relatório de bloco

15
Centro Universitário Fundação Educacional de Barretos Engenharia Civil – 4º Termo Ensaio de Classificação de Blocos Cerâmicos e Blocos de Concreto segundo Norma Arnon Borges de Oliveira R.A. 522854 Emerson Soares Rossini R.A. 523397 Gustavo de Oliveira Ferreira R.A. 519105 João Vitor Alves de A. Barros R.A. 523680 Vinicius Sidnei Silva R.A. 522979

Upload: jotavitor

Post on 15-Nov-2015

216 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

relatório de resistência de blocos

TRANSCRIPT

Centro Universitrio Fundao Educacional de Barretos

Engenharia Civil 4 Termo

Ensaio de Classificao de Blocos Cermicos e Blocos de Concreto segundo Norma

Arnon Borges de OliveiraR.A. 522854Emerson Soares RossiniR.A. 523397Gustavo de Oliveira FerreiraR.A. 519105Joo Vitor Alves de A. BarrosR.A. 523680Vinicius Sidnei SilvaR.A. 522979

Barretos, So Paulo.04/12/2014ResumoO experimento realizado teve o intuito de classificar os blocos cermicos e de concreto de acordo a norma estabelecida, sendo a NBR 15270-2 para os blocos cermicos e a NBR 6163 para os blocos de concreto. As avaliaes realizadas aferem somente sobre a resistncia mecnica dos corpos de prova, caracterizadas pela compresso. O preparo dos elementos ensaiados seguiu mtodo similar ao especificado em norma, j que no houve quantificao da umidade, e a ABNT determina que os corpos sejam rompidos saturados. Alm de no serem aferidas caractersticas fsicas e qumicas, as quais permitiriam uma anlise mais completa. Ainda assim no foram ensaiados elementos suficientes para caracterizar uma amostra, interferido no estudo estatstico da anlise. Por isso a dificuldade de estabelecer comparaes significativas sobre os resultados. Entretanto, os corpos de prova ensaiados tiveram sua resistncia a compresso estabelecida e classificada. Esta que condiciona o uso dos elementos da mesma classe. Assim, foi possvel concluir que de fundamental importncia a realizao de ensaios amostrais para concluses mais precisa quando se tratar de aceitao de lotes quanto as caractersticas mecnicas, assim como as caractersticas fsicas e qumicas para explicaes mais precisas sobre os mesmos.Palavras-Chaves: Ensaio; Alvenaria; Compresso; Classificao.

1. Introduo

Segundo Herculano 2010, a indstria da construo civil no Brasil assume papel fundamental na economia nacional, sendo que em 2003 representou 16% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, ndice que vem crescendo de forma exponencial no pas, sendo que nos ltimos anos sofreu uma crise pela falta de profissionais qualificados e atualmente sofre os abalos da crise econmica mundial (CBIC).O desenvolvimento da construo civil no pas est intimamente ligado eficincia produtiva, maior agilidade (evoluo do gerenciamento) nas entregas de obras, qualificao dos profissionais envolvidos, melhor desenvolvimento das edificaes melhor aproveitamento de materiais. Estes ltimos esto intimamente associados com a competitividade da empresas no mercado. O que gera uma elevada preocupao com os materiais empregados nas atividades, assim, apenas ensaios normatizados podem garantir a qualidade destes (Colho, 2003).Segundo Thomaz 2009, os blocos cermicos de vedao so elementos destinados a compartimentar espaos e preencher vos os das estruturas em geral. No possuem a capacidade de resistir a cargas alm do seu peso prprio e cargas isoladas (incidncia de vento, armrios, redes de dormir e impactos acidentais). Esses elementos possuem furos prismticos perpendiculares s faces que o contm, so constitudos basicamente por argila, silte, areia. O que lhes garantem peso adequado e isolao trmica, possuem ranhuras na sua superfcie que lhe garantem adeso a argamassa, e so padronizados pela NBR 15270-1 e seus ensaios pela NBR 15270-3. Segundo a NBR 15270-2, os blocos cermicos estruturais so elementos destinados suportar cargas mecnicas alm do seu peso prprio, podem ter paredes macias ou vazadas, o que permite a armao ativa ou passiva dos elementos. Os blocos devem ser produzidos por conformao plstica de matria-prima argilosa, contendo ou no aditivos e queimados elevadas temperaturas. Entende-se por bloco de concreto o elemento que pode ser classificado como bloco estrutural ou bloco de vedao, sendo que o bloco estrutural deve resistir cargas alm do seu peso prprio. O bloco de concreto de vedao utilizado para compartimentar espaos e preencher vos das estruturas. Podendo ter furos de diversas dimenses, ou at mesmo ser do tipo canaleta. O trao do concreto utilizado determinado em funo de suas caractersticas fsicas e mecnicas, caracterizado por cimento portland, agregados, gua, podendo ao no conter aditivos, o ensaio das caractersticas mecnicas normatizado pela NBR 6136.Segundo a NBR 6163 h 4 classes para os blocos de concreto:Classe A: Elementos com funo estrutural para uso em alvenarias acima ou abaixo do nvel do solo. Classe B: Elementos com funo estrutural para uso em alvenarias acima do nvel do solo.Classe C: Elementos com funo estrutural para uso em alvenarias acima do nvel do solo.Classe D: Elementos sem funo estrutural para uso em alvenarias acima do nvel do solo.Tabela 1. Requisitos para resistncia caracterstica compresso, absoro e retrao.ClasseResistncia Compresso fbk (MPa)Absoro Mdia %Retrao %1

Agregado NormalAgregado Leve

A6,010,0%13,0%(Mdia)16,0%(Individual)0,065%

B4,0

C3,0

D2,0

Facultativo

Fonte: ABNT NBR 6136.Os blocos cermicos de desempenho estrutural so determinados pela NBR 15.270-2, no item 5.3., o qual determina que apenas sero considerados como blocos de funo estrutural, quando a resistncia mecnica for superior a 3,0 MPa, sendo que os lotes devam passar por anlise estatstica.A normatizao determina a realizao de ensaios referentes a resistncia a compresso, absoro de gua e retrao (facultativo) para determinar se o lote deve ser ou no aceitado. Entretanto, h diversas outras caractersticas que as peas devem atender (massa especfica, dimenses caractersticas, composio, potencial hidrogeninico, dureza, etc). Contudo, o experimento realizado apenas determinou a resistncia compresso.

2. Metodologia

O ensaio foi realizado no laboratrio de Engenharia Civil do Centro Universitrio Fundao Educacional de Barretos, no dia 28 de novembro de 2014, no intuito de classificar as caractersticas mecnicas (resistncia compresso) dos elementos ensaiados, blocos cermicos e de concreto, segundo normas da ABNT, neste caso a NBR 15.270-1,2 e 3, para blocos cermicos, e a NBR 6136 para os blocos de concreto.3. Procedimentos Experimentais

Figura 1. A imagem dos blocos cermicos permite visualizar as diferenas fsicas entre os blocos de 8 furos redondos e quadrados. Alm da caracterizao do capeamento feito.

Figura 2. A imagem caracteriza o capeamento dos blocos de concreto, entretanto no h diferena ntida entre seus furos, pois foram cobertos com a pasta de cimento.

Figura 3. A imagem evidencia os blocos cermicos de 9 furos quadrados utilizados nos ensaios.

Figura 4. Blocos de concreto utilizados no ensaio, sendo o de 3 furos vazados so utilizados sem funo estrutural, e o de 2 furos no-vazados com funo estrutural.

Figura 5. Prensa utilizada no ensaio no laboratrio de Engenharia civil, a prensa hidrulica eltrica (marca Emic) com capacidade para 30tf, na qual foram ensaiadas os blocos cermicos.

Figura 6. Prensa utilizada no ensaio no laboratrio de Engenharia civil, a prensa hidrulica (marca Zeloso) com capacidade para 100tf, na qual foram ensaiadas os blocos de concreto.

3.1. Preparo dos blocos cermicosO anexo C da NBR 15.270-3, item C.4.3. determina os mtodos para preparo dos elementos para ensaios mecnicos: a) Cobrir ambas as faces com argamassa, executando uma de cada vez, trao da pasta 1:1, e exercer uma presso manual suficiente para fazer a argamassa refluir sobre a superfcie, tornando a camada de argamassa com o mximo de 3 mm, utilizando equipamento de raspagem, para tornar a superfcie o mais lisa possvel;b) Assim que a argamassa estiver seca retirar os excessos com uma esptula, de forma que as arestas fiquem retangulares (planas e paralelas);c) Deve-se saturar os corpos de prova com gua para a realizao dos ensaios. Entretanto, o ensaio realizado no laboratrio do Unifeb foi utilizado para o capeamento uma nata de cimento, com 3 mm de espessura, e para garantir faces planas e niveladas foi utilizado uma chapa de vidro na confeco, e ento, saturados em gua.3.2. Preparo dos blocos de concretoOs blocos de concreto foram preparados de forma similar dos blocos cermicos, apenas com a divergncia do capeamento, no qual foi substituda a nata de cimento e aplicada uma argamassa (trao 1:1), e posteriormente submersos em gua.3.3. Execuo dos ensaiosA norma 15.270-3 estabelece que os corpos de provas devem ser ensaiados saturados, entretanto os blocos foram rompidos sem quantificao de umidade, mesmo estando dias expostos ao meio atmosfrico. As compresses foram realizadas por prensa hidrulica. Sendo rompidos 10 corpos de prova, os quais 6 elementos cermicos e 4 blocos de concreto.

4. Resultados e Discusso

4.1. Blocos Cermicos

ItemDescriorea comprimida cm

1Bloco Cermico 8 furos redondos9,00 x 19,00

2Bloco Cermico 8 furos redondos9,00 x 19,00

3Bloco Cermico 8 furos quadrados9,00 x 19,50

4Bloco Cermico 8 furos quadrados9,00 x 19,00

5Bloco Cermico 9 furos quadrados11,00 x 24,00

6Bloco Cermico 9 furos quadrados11,50 x 24,50

Segundo a NBR 15.270-3 entre os 6 blocos, apenas o bloco do item 4, poderia ser classificado como elementos de funo estrutural, entretanto o item 3 possui as mesmas caractersticas, apenas com 0,50 cm de diferena e teve 45,7% de variao na resistncia compresso. O que torna evidente a necessidade de uma anlise estatstica, ainda assim, a quantidade de elementos avaliados no constitui uma amostra. Os blocos referentes aos itens 1,2,3,5 e 6 so classificados como blocos cermicos sem funo estrutural.O que pode explicar as variaes dos blocos so as caractersticas das dimenses dos furos vazados dos elementos, sendo os circulares rompendo-se mais facilmente pela dificuldade em distribuir a carga aplicada pelo corpo do bloco. J os blocos com furos quadrados possuem mais facilidade em distribuir a carga pelas suas arestas perpendiculares, alm da influncia dos septos dos blocos.4.2. Blocos de Concreto

ItemDescriorea comprimida cm

1Bloco de Concreto9,00 x 39,00

2Bloco de Concreto14,00 x 39,00

3Bloco de Concreto14,00 x 39,00

4Bloco de Concreto14,00 x 39,00

Os blocos de concreto so classificados de acordo com a tabela 3 da NBR 6136, no qual determina as classes de blocos de concreto. O bloco 1 classificado como classe D, o bloco 3 sendo de classe B, e os blocos 2 e 4 de classe A. Entretanto importante ressaltar que no foram ensaiados componentes suficientes para uma anlise estatstica, determinada pela norma. A especificao das classes de blocos de concreto determinada pela norma no item 4.1., exposto na introduo deste trabalho.

5. Concluso

1. Para a classificao dos blocos de fundamental importncia a realizao da anlise estatstica previsto por norma, para resultados conclusivos;2. O preparo dos corpos de prova interfere nos resultados de resistncia mecnica e devem ser realizado segundo norma da ABNT.3. A classificao dos blocos de fundamental importncia para a utilizao e verificao dos mesmos.4. Ensaios com blocos pontuais no representam a resistncia caracterstica de um lote. 5. de fundamental importncia a caracterizao fsica e qumica dos elementos para explicaes mais coerentes sobre os resultados encontrados.

6. Bibliografia

Cmara Brasileira da Indstria da Construo CBIC. Banco de Dados. Disponvel em: http://www.cbicdados.com.br/home/. Acesso em: 29 de novembro de 2014.Cdigo de Prticas n1: Alvenaria de vedao em blocos Cermicos / rico Thomaz [et al.].-- So Paulo: IPT Instituto de Pesquisas Tecnolgicas do Estado de So Paulo, 2009. (Publicao IPT;3011)COLHO, Ronaldo Srgio de Arajo. Mtodo para estudo da produtividade da mo-deobra na execuo de alvenaria e seu revestimento em ambientes sanitrios. Dissertao (Mestrado em Engenharia Mecnica) Faculdade de Engenharia Mecnica, Universidade Estadual de Campinas, 2003;Herculano, Mateus Teixeira. Produtividade em alvenaria de vedao de blocos cermicos: anlise comparativa / Mateus Teixeira Herculano. Fortaleza, 2010;Norma Brasileira n 15.270 1: Componentes Cermicos Parte 1: Blocos cermicos para alvenaria de vedao Terminologia e requisitos (2005);Norma Brasileira n 15.270 - 2: Componentes Cermicos Parte 2: Blocos cermicos para alvenaria estrutural Terminologia e requisitos (2005);Norma Brasileira n 15.270 - 3: Componentes Cermicos Parte 3: Blocos cermicos para alvenaria estrutural e de vedao Mtodos de Ensaio (2005);Norma Brasileira n 6136: Blocos vazados de concreto simples para alvenaria Requisitos. (2008).