relatÓrio de actividades 2004 - inegi.pt · Óptica e mecânica experimental 38 organismo de...

113
Instituto de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial 2004 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES Inovação e Transferência de Tecnologia

Upload: vuongtruc

Post on 22-Dec-2018

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Instituto de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial

2004

RELATÓRIO DE

ACTIVIDADES

Inovação eTransferência de Tecnologia

Rua do Barroco 174, Leça do Balio

telef: 22 9578710 | fax: 22 9537352

[email protected] | www.inegi.up.pt

4465-591

Mensagem do Presidente

A Direcção do INEGI submeteu em Dezembro de 2003 uma candidatura para financiamentodas suas Novas Instalações no Campus da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.A mudança da equipa governamental, ocorrida durante 2004, veio atrasar significativamenteeste processo, tendo a Direcção do INEGI mantido todos os esforços para a obtenção daaprovação desta candidatura.

Este esforço foi recompensado e é com enorme satisfação que a Direcção do INEGI anuncia aaprovação do financiamento para a construção do novo edifício INEGI/IDMEC, no âmbito doPrograma PRIME, Medida 5.1, Acção B, com um incentivo, não reembolsável de 3.000.000Euros.

O referido projecto foi homologado em 22 de Novembro de 2004, por Sua Excelência o SenhorSecretário de Estado do Desenvolvimento Económico, Engenheiro Manuel Correa de Lancastre,tendo a Agência de Inovação comunicado ao INEGI a sua aprovação em 11 de Janeiro de2005.

A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Económico elogiou também a actividade doInstituto, referindo que a aprovação do projecto se deveu à qualidade e mérito da candidaturaapresentada e ao reconhecimento pela comunidade empresarial da relevância da actividade doInstituto.

Estão assim reunidas as condições financeiras que viabilizam a construção das novas instalaçõesdo INEGI/IDMEC no Campus da FEUP.

Apesar de termos percorrido um longo e difícil percurso para atingir este objectivo, julgamos quevaleu a pena e que este momento é histórico para a vida do DEMEGI, do IDMEC e do INEGI.

As novas instalações darão um novo impulso na actividade do Instituto, criando as condiçõespara uma maior motivação dos seus quadros, que actualmente trabalham em condiçõesinadequadas para as funções que desenvolvem.

Por outro lado a proximidade ao DEMEGI e IDMEC, terá reflexos óbvios na qualidade do ensinono DEMEGI e será um factor facilitador para um maior envolvimento de docentes e alunos nasactividades de Investigação, Inovação e Desenvolvimento.

Daqui para a frente ainda temos um longo e difícil caminho a percorrer, que passa pelaresolução definitiva da posse do terreno pela Universidade do Porto, pela finalização do projectode execução, pela abertura do concurso público para adjudicação da obra, e pela fase deconstrução.

A Direcção do INEGI tudo fará para que o início da construção do novo edifício possa ocorrerdurante o ano de 2005.

É meu dever dirigir um agradecimento especial aos quadros e colaboradores do INEGI, àsEmpresas que apoiaram este projecto, à Reitoria da Universidade do Porto, aos Presidentes doDEMEGI e IDMEC e a todos quantos contribuíram para esta candidatura, cuja intervenção foideterminante para o sucesso desta iniciativa.

O INEGI prosseguiu em 2004 estudos com vista à implementação do Sistema de Gestão daQualidade (norma ISO 9001 / 2000) e terminou o processo de selecção de um novo Sistema deInformação e Gestão da Instituição que será implementado no decorrer de 2005.

Apesar do condicionalismo económico adverso, o Instituto conseguiu, em 2004, manter umasituação económica e financeira equilibrada com uma ligeira diminuição de 1,8% do volume denegócios em relação a 2003. Pelo terceiro ano consecutivo o INEGI consegue ResultadosLíquidos do Exercício positivos, tendo em 2004 o Free Cash Flow ultrapassado os 395 milharesde Euros. A estabilidade alcançada nestes últimos anos permite transmitir a todos oscolaboradores, sócios e clientes, uma mensagem de entusiasmo, optimismo e confiança nofuturo.

Estamos assim perante um quadro estimulante para prosseguirmos o nosso trabalho ao serviçodo desenvolvimento científico e tecnológico do País, em que o INEGI se afirma cada vez maiscomo agente activo do Sistema Nacional de Inovação e Instituição de referência na ligaçãoUniversidade / Indústria.

Das inúmeras delegações que visitaram o INEGI, em 2004, destacamos as da AUTOEUROPA,AMTROL-ALFA, INESC Porto, ESA - European Space Agency e Embaixada de França emPortugal. Estas visitas permitiram detectar novas oportunidades para a realização de projectos eoutras actividades.

O sector da Formação foi reestruturado com o objectivo de responder às necessidades de cadatipo de Empresa através de Cursos Específicos concebidos de acordo com as suasespecificações. Este novo modelo permitiu a realização de cursos em várias empresas, nas áreasde Trabalho dos Metais, Materiais, Desenho de Construção Mecânica, Gestão da Produção,etc.

Aos meus colegas da Direcção e aos restantes membros dos órgãos sociais do INEGI, gostariade expressar a minha gratidão pelo apoio e confiança que me manifestaram para prosseguirneste segundo mandato.

A concretização do velho sonho do INEGI de desenvolver a sua actividade no Campus da FEUP,em instalações próprias e modernas, parece estar cada vez mais próximo, sendo um factoracrescido de estímulo e motivação para prosseguir esta missão.

São grandes os desafios que o futuro reserva ao INEGI. É também grande a responsabilidade deos ultrapassar. Mas é maior o orgulho de fazer parte dos seus quadros e ainda maior a honra deo presidir.

Augusto Barata da Rocha

PRESIDENTE DA DIRECÇÃO DO INEGI

1. CARACTERIZAÇÃO DO INEGI 04

Natureza e Objectivo 07

Missão 07

Eixos de Intervenção 08

Órgãos Sociais 09

Estrutura Organizacional 10

Recursos Humanos 11

Origem dos Conhecimentos 14

Áreas de Competência 17

Meios de Suporte à Actividade 19

2. ACTIVIDADE DE I&D 22

Desenvolvimento Sustentável 25

Engenharia e Desenvolvimento do Produto 28

Automóvel 30

Aeronáutica e Aeroespacial 31

Auditorias e Acções de Desenvolvimento 32

Gestão da Inovação 33

Tecnologias na Área de Materiais Compósitos 33

Novas Tecnologias de Fundição e Prototipagem Rápida 35

Fabrico Rápido de Ferramentas 36

Óptica e Mecânica Experimental 38

Organismo de Normalização Sectorial 39

Formação 39

2.1. PROJECTOS EM DESTAQUE 40

3. OUTRAS INICIATIVAS 60

Seminários e Congressos 63

Feiras e Exposições 66

Publicações 66

O INEGI nos Media 65Mestrados e Doutoramentos 64

5. CONTAS 74

Apreciação Global das Contas 77

Proveitos Operacionais 77

Custos Operacionais 79

Resultados 80

Análise do Balanço 81

Aplicação de Resultados 83

5.1. BALANÇO 84

5.2. DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS 90

5.3. ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS 96

5.4. PARECER DO ROC 1025.5. PARECER DO CONSELHO FISCAL 108

4. ACÇÕES INTERNAS ESTRUTURANTES 68

Sistema de Gestão da Qualidade 71

Novas Instalações 71

Sistema de Informação e Gestão 72

Estrutura Organizacional 72

Recursos Humanos 73

Higiene, Saúde e Segurança no Trabalho 73

Caracterização dos Clientes 20

Patentes 65

CARACTERIZAÇÃO DO INEGI

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2004

04

1.

NASCEU EM 1986, NO SEIO DO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA

MECÂNICA E GESTÃO INDUSTRIAL DA FACULDADE DE ENGENHARIA DA

UNIVERSIDADE DO PORTO, COMO

. COM A FIGURA JURÍDICA DE

, E UM ESTATUTO DE

,

INSTITUIÇÃO DE INTERFACE ENTRE A

UNIVERSIDADE E O MEIO EMPRESARIAL

“ASSOCIAÇÃO PRIVADA SEM FINS LUCRATIVOS”

“UTILIDADE PÚBLICA” O INEGI É HOJE UM AGENTE ACTIVO DO

SISTEMA DE INOVAÇÃO NACIONAL, DANDO UM CONTRIBUTO

EFECTIVO PARA O DESENVOLVIMENTO DA INDÚSTRIA

PORTUGUESA.

06

CARACTERIZAÇÃO DO INEGI

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2004

MISSÃO

“Contribuir para o aumento da competitividade da indústria

nacional através da investigação e desenvolvimento,

demonstração, transferência de tecnologia e formação nas

áreas de concepção e projecto, materiais, produção,

energia, manutenção, gestão e ambiente”.

NATUREZA E OBJECTIVO

O INEGI é uma Instituição de interface entre a Universidade e a Indústria

vocacionada para a realização de actividade de Inovação e Transferência

de Tecnologia orientada para o tecido industrial. Nasceu em 1986 no seio

do Departamento de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial (DEMEGI)

da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Mantém ainda hoje

essa ligação insubstituível ao DEMEGI, que constitui uma das principais

fontes de conhecimento e competências científicas e tecnológicas. Ao longo

dos seus 19 anos de existência desenvolveu e consolidou uma posição de

parceiro da indústria em projectos de I&D sendo que presentemente mais de

50% do seu volume de negócios resulta de contratos com empresas.

Com a figura jurídica de Associação Privada sem Fins Lucrativos e com o

estatuto de “Utilidade Pública” é hoje um agente activo no desenvolvimento

do tecido industrial Português e na transformação do modelo competitivo da

indústria nacional.

A missão da instituição tal como está estabelecida e difundidainternamente é a seguinte:

07

Consubstancia a sua missão através da realização de projectos de I&D e

Inovação em cinco eixos principais de intervenção, a saber:

Criação de conhecimento e desenvolvimento tecnológico a

montante da aplicação industrial: tipicamente financiada por

programas de apoio à investigação científica e tecnológica como os

promovidos pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, POCTI,

POSI e Comissão Europeia.

I&D com empresas co-financiada por programas de apoio ao

desenvolvimento da indústria: uma parte muito significativa da

actividade do Instituto consiste na realização de projectos de I&D em

parceria com empresas, recorrendo ao co-financiamento de

programas de apoio ao desenvolvimento da indústria nacional em

particular no âmbito do programa PRIME e do 6º Programa quadro

da UE.

I&D financiada pelas empresas: uma parte crescente da actividade

do INEGI resulta de contratos com empresas para a realização de

projectos de Investigação e Desenvolvimento nomeadamente para

o desenvolvimento de novos produtos e novos processos.

Consultoria científica e tecnológica: apoio às empresas nas

vertentes científicas e tecnológicas no domínio de actividade do

INEGI, nomeadamente, nas áreas de engenharia e

desenvolvimento de produtos, processos tecnológicos e gestão

industrial.

Formação especializada: acções de formação altamente

especializada desenhada à medida das necessidades das

empresas.

Para além da actividade de natureza mais científica e tecnológica, o INEGI

tem também apoiado a criação de empresas “ para exploração e

desenvolvimento comercial de tecnologias desenvolvidas ou em

desenvolvimento no Instituto.

spin-off”

EIXOS DE INTERVENÇÃO08

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2004

ORGÃOS SOCIAIS

MESA DAASSEMBLEIA

GERAL

CONSELHOFISCAL

DIRECÇÃO

UP - Universidade do Porto

AIMMAP - Associação dos Industriais Metalúrgicos,Metalomecânicos e Afins de Portugal

BPN - Banco Português de Negócios, S.A.

Quintas & Quintas -

ADEMEC - Associação dos Antigos Alunos doDepartamento de Engenharia Mecânica da FEUP

ADIRA -

Condutores Eléctricos, S.A.

A. Dias Ramos, Máquinas Ferramentas, Lda.

Salvador Caetano – Indústrias Metalúrgicas eVeículos de Transporte, S.A.

PRESIDENTE

Augusto Barata da Rocha | UP

VOGAIS

Jorge Lino Alves | UPJorge Casais | AIMMAPManuel Moura | BPNJosé Costa e Silva | Quintas & Quintas

PRESIDENTE

José Novais Barbosa | UP

PRESIDENTE

J. Abreu Teixeira | Salvador Caetano

1º SECRETÁRIO

2º SECRETÁRIO

Joaquim Silva Gomes | ADEMEC

Luís Dias Ramos | ADIRA

RELATOR

VOGAL

António Torres Marques | UP

Rafael Campos Pereira | AIMMAP

Os actuais Órgãos Sociais do INEGI foram eleitos em 2004 para o biénio

2004-2005. A sua composição é a seguinte:

09

FIG. 1 - ORGÃOS SOCIAIS

10ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

SAF - Serviços Administrativos e Financeiros

UICI - Informática, Comunicação e Imagem

FORM - Formação

QUAL - Qualidade

CEFAD - Comportamento à Fadiga de Estruturas

CETERM - Energia e Ambiente

CETRIB - Tribologia e Manutenção Industrial

GEIN - Gestão e Engenharia Industrial

LOME - Óptica e Mecânica Experimental

UMN - Mercados e Negócios

CEMACOM - Materiais Compósitos

CETECOFF - Fundição e Novas Tecnologias

CETECOP - Tecnologias de Conformação Plástica

UDEP - Desenvolvimento de Produto

A estrutura organizacional do INEGI é do tipo Matricial. Tem na sua base um

conjunto de unidades especializadas por tipo de área científica e

tecnológica, suportando a actividade de investigação. Transversalmente a

estas funciona a actividade de I&D direccionada ao desenvolvimento de

soluções para as empresas. Esta estrutura organizacional revela-se

particularmente ajustada a projectos de desenvolvimento de produtos e

processos cuja complexidade tecnológica requer cada vez mais a integração

de conhecimentos e competências multidisciplinares.

Na figura 2 apresenta-se o organigrama actual do Instituto.

SERVIÇOSDE APOIO

SAF

UICI

FORM

QUAL

CEMACOM

CETECOFF

CETECOP

UDEP

CEFAD

CETERM

CETRIB

GEIN

LOME

UMN

INOVAÇÃO ETRANSFERÊNCIADE TECNOLOGIA

DESENVOL-VIMENTO

DE PRODUTO

DirectorGeral

DIRECÇÃO

FIG. 2 - ORGANIGRAMA

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2004

11RECURSOS HUMANOS

Contratados

Bolseiros de Investigação

Colaboradores Universitários

Colaboradores Pontuais

TOTAL

70

42

56

5

173

Os técnicos especializados suportam aactividade nos laboratórios e oficinas

O quadro de pessoal é actualmente constituído por 112 colaboradores, dos

quais cerca de 65%, são contratados, sendo os restantes bolseiros de

investigação. Para além do quadro de pessoal próprio, o INEGI conta com a

colaboração regular de cerca de 56 colaboradores universitários. Uma

parte significativa destes colaboradores desenvolve a sua actividade de

Investigação no INEGI.

O INEGI possui um quadro composto por três categorias principais de

colaboradores que dão resposta às necessidades do Instituto nas áreas

fundamentais de actividade: Investigação, Inovação e Transferência de

Tecnologia sob contrato, Consultoria Científica e Tecnológica e Formação.

O quadro de contratados garante uma dinâmica de resposta adequada às

necessidades das empresas e os Bolseiros de Investigação suportam a

actividade nos projectos de investigação sob orientação dos colaboradores

universitários que trazem para o Instituto competência científica e

tecnológica de elevado nível. Os colaboradores universitários são, na sua

maioria, docentes no Departamento de Engenharia Mecânica e Gestão

Industrial (DEMEGI) da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

(FEUP). Contudo, o INEGI conta também com a participação regular de

colaboradores universitários de outros departamentos da FEUP, de outras

faculdades da Universidade do Porto e de outras Universidades e Institutos

Politécnicos.

Os bolseiros de investigação têm umpapel activo no desenvolvimento dos

projectos de I&D

Aposta na formação como instrumento deactualização permanente

Fig. 04

Fig. 05

Fig. 06

FIG. 3 - QUADRO DE COLABORADORES DO INEGI

112

61

40%

24%

32%

3%

100%

65%

35%

COLABORADORES

70%

15%

6%

9%

FIG. 7 - DISTRIBUIÇÃO POR CATEGORIA PROFISSIONAL

QUADROS SUPERIORES

ADMINISTRATIVOS

TÉCNICOS DE CONTABILIDADE

TÉCNICOS DE LAB/OFICINAS

O INEGI acolhe ainda alunos finalistas de cursos superiores para a

realização de estágios curriculares ou profissionais. Para o efeito, são

integrados em projectos de investigação orientados por quadros superiores

do Instituto ou colaboradores universitários.

O quadro próprio de colaboradores do INEGI é constituído na sua maioria

por quadros superiores. Em segundo lugar aparece a categoria de técnicos

qualificados. Na figura 7 apresenta-se a distribuição dos colaboradores

(excluindo os universitários) por qualificação.

Dos quadros superiores a grande maioria são licenciados, muitos deles em

formação. Na figura 8 apresenta-se a distribuição dos quadros superiores

em função das habilitações académicas.

12

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2004

FIG. 9 - GRÁFICO ETÁRIO

29 A 33 ANOS DE IDADE

8%

19%

15%

16%

34 A 39 ANOS DE IDADE

SUP. 39 ANOS DE IDADE

19 A 23 ANOS DE IDADE

24 A 28 ANOS DE IDADE

42%

EM FORMAÇÃOMESTRADO/ESPECIALIZAÇÃO

BACHARELATO

OUTRA

MESTRES

LICENCIADOS13%

6%

5%

66%

9%1%

DOUTORADOS

FIG. 8 - HABILITAÇÕES ACADÉMICAS

Na figura 9 apresenta-se a distribuição etária dos colaboradores do INEGI, cuja média é de 31 anos. Cerca de

60% dos colaboradores tem idade inferior a 33 anos, reflexo do papel que o Instituto desempenha no lançamento

de engenheiros na vida profissional no sector empresarial.

13

ORIGEM DOS CONHECIMENTOS14

Na sua origem o INEGI tinha como principal fonte de conhecimento o

Departamento de Engenharia Mecânica da Faculdade de Engenharia da

Universidade do Porto. Esta fonte de conhecimento ainda hoje se mantém

como uma das principais, mas agora alargada a outros departamentos da

mesma faculdade e a outras organizações de investigação e ensino superior

com as quais o INEGI mantém relações de colaboração. Esta ligação

umbilical à Universidade do Porto permite ao INEGI estar permanentemente

actualizado em termos de conhecimento nas áreas que suportam a sua

actividade. Parte dos colaboradores universitários desenvolvem a sua

actividade de investigação no INEGI constituindo, assim, mais uma fonte de

criação de conhecimento.

Com o desenvolvimento do Instituto ganharam importância crescente as

fontes próprias de criação de conhecimento explicito e tácito, que são hoje

uma parte essencial na vida do INEGI. Esse conhecimento é adquirido por

várias vias, nomeadamente:

O conhecimento acumulado dos colaboradores do quadro próprio

do Instituto, parte deles com cerca de dez anos de actividade de I&D

direccionada para a indústria. O contacto destes colaboradores

com o meio industrial permitiu e permite, no dia à dia, adquirir um

conhecimento da realidade industrial que constitui um património

inestimável ao serviço da missão do INEGI.

Acções estruturadas para aumentar o conhecimento da realidade

do tecido industrial. O INEGI tem um contacto muito estreito com a

indústria através dos projectos de desenvolvimento realizados com

as empresas de vários sectores, o que constitui um meio importante

de geração de conhecimento sobre a indústria. Para além deste

contacto resultante da sua actividade regular, o INEGI tem realizado

acções estruturadas com vista a aumentar o conhecimento de

determinados sectores, para depois poder adaptar a sua oferta de

serviços de investigação e desenvolvimento às especificidades

desses sectores alvo.

Edifício do DEMEGI no campus Asprela

DEMEGI

Imagem gráfica do DEMEGI

Fig. 10

Fig. 11

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2004

Formação contínua dos seus colaboradores. Os quadros do INEGI

continuam a sua formação através da realização de cursos de

especialização, mestrados e doutoramentos permitindo assim

alargar continuamente os conhecimentos científicos e tecnológicos.

Participação em projectos de Investigação e Desenvolvimento de

âmbito nacional. O INEGI tem a decorrer permanentemente

dezenas de projectos de I&D financiados pelas entidades públicas

de apoio à investigação e desenvolvimento, designadamente o

Ministério da Ciência e Inovação e Ensino Superior, o Ministério das

Actividades Económicas e do Trabalho, e a CCDR-N. Estes projectos

são um meio de excelência para a produção de conhecimento

científico e tecnológico bem como para o desenvolvimento de

competências.

Participação em projectos de Investigação e Desenvolvimento

europeus. Outra importante fonte de conhecimento,

nomeadamente no que respeita ao conhecimento do estado de

desenvolvimento científico e tecnológico à escala europeia, é

obtida através da participação em projectos europeus.

Colaboração regular com organizações representativas da

indústria. Permite ter uma visão clara e actualizada dos principais

desafios e necessidades do tecido industrial nacional. Permite

também fazer uma avaliação do estado de desenvolvimento da

indústria nas várias vertentes e assim melhorar a capacidade de

enquadrar as acções do INEGI num quadro global bem

caracterizado.

Cooperação com outras Instituições nacionais em projectos de

investigação e desenvolvimento (CATIM, CITEVE, INESC, INETI, LIP,

etc.). A cooperação com outras Instituições revela-se

particularmente profícua em termos de aquisição de conhecimento

complementar e de partilha de experiências.

O Instituto integra um consórciointernacional para desenvolver um

novo sistema de travões para aviões

15

Fig. 12

Cooperação com entidades públicas de promoção da investigação,

desenvolvimento e inovação em estudos de diagnóstico e definição

de estratégias e programas operacionais de promoção da I&D e

inovação tais como a Adi e a CCDR-N.

Através de estudos no âmbito da ciência e tecnologia, levados a

cabo por Instituições privadas ou públicas de âmbito regional,

nacional ou europeu. A Comissão Europeia, o Estado Português,

através dos seus organismos próprios, e as autoridades locais

produzem regularmente estudos de diagnóstico, estratégicos e

prospectivos na área da ciência, tecnologia e inovação. Estes

estudos são de extrema utilidade e constituem também uma

importante fonte de conhecimento. Há ainda diversos canais de

divulgação e promoção da Inovação e Transferência de Tecnologia

que permitem a troca de informação e de experiência que também

são uma fonte de conhecimento muito útil.

Visitas e participações em feiras. O INEGI mantém uma política de

participação regular em feiras industriais e de inovação tecnológica

nas áreas relacionadas com a sua actividade como forma de avaliar

o “estado da arte” de desenvolvimento tecnológico e estabelecer

contactos com empresas.

Presença em conferências, congressos e seminários, quer na

posição de assistentes, quer em muitos casos como entidade

organizadora, quer como entidade apresentadora de

comunicações. Este tipo de eventos é um excelente meio de manter

a Instituição bem enquadrada com toda a actividade de I&D que

está em curso em determinada área e como forma de estabelecer

um quadro prospectivo, e ainda de reconhecimento internacional.

Participação na EMAF 2004 - Exposição

Internacional de Máquinas - Ferramentas

e Acessórios

Fig. 13

Participação na II “MOSTRA DE CIÊNCIA”

da Universidade do Porto

Fig. 14

16

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2004

A capacidade de resposta do INEGI, no desenvolvimento de soluções para a

indústria, está suportada num conjunto alargado de competências ligadas à

área da Engenharia Mecânica e Gestão Industrial e à inovação de produtos

e processos. Sempre que necessário, incorpora competências externas,

numa lógica de complementaridade, por via da participação de quadros de

outros departamentos da FEUP, de outras faculdades da UP ou de outras

Instituições de investigação e ensino superior. Frequentemente realiza

parcerias com outras Instituições de I&D complementares em termos de

competências. O INEGI cultiva estas parcerias uma vez que a crescente

complexidade tecnológica das soluções exige a integração de diversas áreas

científicas e tecnológicas e em muitos casos é nesta linha que se encontram

soluções distintamente inovadoras. Nos projectos com as empresas

criadas equipas de mistas com participação de quadros das

empresas de modo a maximizar a partilha de conhecimento.

Ligadas à oferta ao tecido industrial, o INEGI tem vindo a desenvolver

competências fundamentais para uma economia baseada na inovação e na

intensidade tecnológica dos produtos e processos, tais como auditorias

tecnológicas e gestão da inovação quer ao nível das empresas quer ao nível

de agregados de maior dimensão como o sectorial ou regional.

A produção de conhecimento e desenvolvimento de tecnologias que

incorporam a oferta do INEGI são suportados pela actividade de um

conjunto de unidades científicas e tecnológicas cobrindo praticamente todas

as especialidades da Engenharia Mecânica e Gestão Industrial. Na figura 15

apresenta-se uma listagem das principais competências de base da

Instituição e da oferta principal ao tecido industrial.

são,

normalmente,

ÁREAS DE COMPETÊNCIA17

Gestãoindustrial

Energia

Ambiente

Desenvolvi-mento deprodutos eequipamen-tos

Processosdeprodução

Auditoriastecnológicase acções dedesenvolvi-mento técn.

Fig. 15

Algumas das áreas de competência do

INEGI

O INEGI é ainda nos domínios relativos ao Desenho técnico (CT1) e

aos Elementos de ligação mecânicos (CT9). Como ONS desenvolve a sua actividade em duas vertentes principais:

elaboração de versões portuguesas de normas europeias e internacionais e elaboração de pareceres sobre

projectos de novas normas EN e ISO.

Organismo de Normalização Sectorial, ONS,

18

FIG. 16 - COMPETÊNCIAS E SERVIÇOS DE I&DT

Automação industrial, instrumentação e controlo

Energia e térmica industrial

Energias renováveis

Sistemas de informação

Integridade e simulação estrutural

Análise de vibrações e ruído

Análise experimental de tensões e ensaios não destrutivos

Tribologia e manutenção industrial

Mecânica experimental

Materiais compósitos

Reacção dos materiais ao fumo e fogo

Materiais metálicos e revestimentos

Novas tecnologias de fundição

Prototipagem rápida e fabrico rápido de ferramentas

Tecnologias de conformação plástica

Simulação processos de fabrico

Projecto mecânico

Metodologias e ferramentas de desenvolvimento de produto

Medição e tratamento de efluentes industrias

Gestão de energia

Gestão industrial

Investigação

Engenharia e

desenvolvimento

de produto

Processos de

produção

Auditorias

energéticas e

desenvolvimento

de soluções

Auditorias

ambientais e

desenvolvimento de

soluções

Desenvolvimento

de tecnologias

Energias

renováveis -

eólica

Auditorias

tecnológicas e

acções de

desenvolvimento

Fabrico rápido

de protótipos

Gestão de

tecnologia e

inovação

Formação

Serviços de IDT

Com

petên

cias científicas e tecnológicas

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2004

MEIOS DE SUPORTE À ACTIVIDADE19

LABORATÓRIOS:

Metrologia

Ensaios Mecânicos

Ensaios de Conformação Plástica

Prototipagem Rápida

Tribologia e Manutenção Industrial

Materialografia

Óptica e Mecânica Experimental

Combustão

Pilhas de Combustível

Ensaio de Peças em Compósito

Caracterização Ambiental

Reacção ao Fumo e Fogo

Eólica

(acreditado pelo IPQ)

(acreditado pelo IPQ)

FERRAMENTAS COMPUTORIZADAS:

CAD 3D, modelação em sólidos e Superfícies

Avançadas (Computer Aided Design), SOLIDWORKS,

UNIGRAPHICS e CATIA

CAE, simulação estrutural linear e não linear, IDEAS,

COSMOS, ABACUS

Simulação de Processos de Produção: conformação

plástica, injecção de polímeros e fundição

MEIOS OFICINAIS PARA DESENVOLVIMENTO E

FABRICO DE PRÉ-SÉRIES

Oficinas para desenvolvimento e fabrico de protótipos e

pré-séries de peças fundidas

Oficinas para desenvolvimento e fabrico de protótipos e

pré-series de peças em chapa

Oficinas para fabrico de protótipos maquinados por

arranque de apara

Oficinas para desenvolvimento e fabrico de peças em

materiais compósitos

Para além dos recursos humanos, sem dúvida o melhor activo da Instituição, o INEGI possui um conjunto muito

completo de outros meios para suportar a sua actividade, nomeadamente laboratórios destinados à realização de

trabalho experimental, oficinas para desenvolvimento de componentes e pré-séries e um vasto conjunto de

ferramentas informáticas para o trabalho de concepção e projecto como sejam CAD 3D (Computer Aided Design),

que é de facto uma ferramenta base na área da Engenharia Mecânica e disponível em todos os postos de trabalho,

CAE (Computer Aided Engineering), ferramentas de simulação estrutural, IDEIAS, COSMOS, ABACUS etc., e

simulação de processos, PROCAST (Fundição).

Na figura 17 sumariamos os principais meios de suporte à actividade do INEGI.

FIG. 17 - MEIOS DE SUPORTE À ACTIVIDADE

CARACTERIZAÇÃO DOS CLIENTES20

Analisando as características dos Clientes, constata-se que os mesmos são constituídos, na sua maior parte, por

empresas industriais ligadas aos sectores metalúrgicos e metalomecânicos e com uma dimensão maioritariamente

pequena e média. Do ponto de vista geográfico, a maioria dos Clientes está sedeada na Região Norte.

É de referir, no entanto, a diversidade de sectores industriais clientes do INEGI, bem como a variedade institucional

dos mesmos (Empresas Industriais, de Serviços e Comerciais, Infra-Estruturas Tecnológicas, Universidades, etc.).

Na página seguinte, na figura 19, apresenta-se uma lista dos 30 maiores Clientes do INEGI durante o ano de 2004

por ordem decrescente do volume de actividade.

,

Fact

uraç

ãoem

%

Clientes em %

Fig. 18 - CURVA ABC CLIENTES/FACTURAÇÃO

50%

30%

20%

10%

40%

10%

100%

90%

80%

70%

60%

0% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

0%

Por força do seu domínio científico e tecnológico, o INEGI tem uma intervenção horizontal à maioria dos sectores

industriais - quase todas as indústrias têm processos no âmbito da Engenharia Mecânica e Gestão Industrial. O

INEGI aparece, contudo, com maior expressão em sectores mais intensivos em competências da esfera da

Engenharia Mecânica, tais como o sector da Metalomecânica, Automóvel, Aeronáutica e Aeroespacial, Bens de

Equipamento, Transportes, Energia e Ambiente.

A intervenção do INEGI têm-se estendido a outros sectores, embora com menor peso, tais como, os sectores da

Madeira e Mobiliário, Têxteis, Defesa, Construção Civil, Química, Petroquímica, Cortiça e Derivados.

Em 2004 recorreram aos serviços do INEGI um total de 319 Clientes (valor 2,7% inferior ao número de Clientes de

2003). Uma Análise ABC do contributo dos Clientes para a facturação do INEGI, permite constatar que 80% da

facturação é assegurada por 17% dos Clientes.

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2004

21

OS 30 MAIORES CLIENTES

Vulcano - Termo Domésticos, S.A.

Enernova - Novas Energias, S.A.

ESA - European Space Agency

Fundação Minerva

Catim - Centro de Apoio Tecnológico à Indústria Metalomecânica

Hidromais - Sistemas de Engenharia, Lda.

Generg - Gestão e Projectos de Energia, S.A.

Idmec - Instituto de Engenharia Mecânica

Enercon GmbH

Instituto da Construção

IAPMEI - Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento

Gamesa Energia (Portugal), S.A.

Clique - Componentes para Calçado, Lda.

Empreendimentos Eólicos da Serra do Sicó, S.A.

Cifial - Fundição e Tecnologia, S.A.

EDP Produção EM - Engenharia e Manutenção, S.A.

SRE - Soluções Racionais de Energia

Zollern

Empreendimentos Eólicos do Vale do Minho, S.A.

Finerge - Gestão de Projectos Energéticos, S.A.

Amtrol-Alfa - Metalomecânica, S. A.

SIIF Énergies (Portugal)

Kupper & Schmidt - Componentes para Automóveis, Lda.

STCP - Sociedade de Transportes Colectivos do Porto, S.A.

Microprocessador - Sistemas Digitais, S.A.

Gamesa Eólica

Extruplás - Reciclagem, Recuperação e Fabrico de Produtos Plásticos, Lda.

Eólica do Centro - Empreendimentos Eléctricos Lda.

Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

Portcast

Fig. 19 - LISTAGEM DOS 30 MAIORES CLIENTES DO INEGI EM 2004

22

ACTIVIDADE DE I&D

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2004

2.

DADA A QUANTIDADE E DIVERSIDADE DE PROJECTOS EM

QUE O INEGI ESTÁ ENVOLVIDO NÃO É PERTINENTE

APRESENTAR UMA LISTA EXAUSTIVA DE TODOS OS QUE

ESTÃO EM CURSO. OPTOU-SE, ASSIM, POR UMA

APRESENTAÇÃO DE UM CONJUNTO DE PROJECTOS DE I&D

QUE SÃO REPRESENTATIVOS DA ACTIVIDADE DO INEGI.

24

ACTIVIDADE DE I&D

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2004

25

A área do desenvolvimento sustentável é uma área de grande peso na

actividade do INEGI. Neste âmbito o INEGI tem desenvolvido projectos de

I&D e disponibiliza serviços de consultoria tecnológica em quatro vertentes

principais, a saber:

· Caracterização de efluentes industriais e desenvolvimento de

soluções para o seu tratamento.

· Desenvolvimento de tecnologias limpas.

· Energias renováveis com particular incidência na energia eólica.

· Gestão de Energia.

Seguidamente apresentam-se alguns dos projectos representativos desta

área.

Na área da caracterização de efluentes industriais e consultoria tecnológica

ambiental, o INEGI dispõe de um serviço bem desenvolvido de consultoria,

caracterização de efluentes gasosos e medição do ruído. Dispõe de um

Laboratório Acreditado pelo IPQ - Instituto Português da Qualidade que dá

suporte aos projectos de I&D nesta área e à actividade de caracterização dos

efluentes. Esta actividade registou um aumento da procura em 2004, com

ensaios em cerca de 300 empresas. A título de exemplo, realizaram-se

ensaios de caracterização de emissões gasosas em cerca de 1800 chaminés,

esperando-se que esta tendência continue à medida que as preocupações

com o desenvolvimento sustentável vão sendo absorvidas pela indústria

nacional.

Caracterização de efluentes industriais e consultoria ambiental

Consultoria tecnológica

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Lab. de Caracterização Ambiental

Fig. 20

Durante 2004 o INEGI investiu na criação de capacidades para a prestação

de consultoria tecnológica integrando as áreas da Gestão de Energia e

Ambiente, que designou por GEA - Gestão de Energia e Ambiente. Este

serviço, que tem como lema “ Inovar para um Futuro Responsável”, pretende

dar resposta às carências das empresas industriais nestas áreas, desde o

apoio ao cumprimento da legislação vigente até à optimização energética

dos processos, passando pelo desenvolvimento de soluções tecnológicas

integradas quando o mercado ainda não tiver respostas para essas

necessidades.

O INEGI está inserido numa parceria que inclui o INETI - Instituto Nacional

de Engenharia, Tecnologia e Inovação e a SRE - Soluções Racionais de

Energia S.A., que, em 2004, prosseguiram com o desenvolvimento de fontes

de alimentação de baixa potência (até 500W) baseadas em pilhas de

combustível para alimentação de sistemas portáteis e móveis.

Uma dessas fontes foi aplicada num protótipo de um Trolley de Golfe,

sustentado por uma pilha de combustível com uma potência de 50 watts e

que foi apresentado na Feira de Hannover em Abril de 2004.

Os projectos do INEGI nesta área são de extrema importância, pois

envolvem competências científicas e tecnológicas do Instituto na área da

Engenharia Térmica, Energia, Química e Desenvolvimento de Produto.

A parceria realizou, em 2004, várias candidaturas para o financiamento de

projectos de I&D na área das Pilhas de Combustível e na área da Produção

de Hidrogénio que, associado ao facto de também ter sido criado um

laboratório especialmente equipado para o desenvolvimento destas

soluções, se espera que venham a permitir um incremento significativo da

capacidade de desenvolvimento nesta área.

Células de Combustível e Sociedade do Hidrogénio

Fig. 21

Imagem gráfica do mais recenteserviço do INEGI

Reactor experimental de borohidreto

Fig. 22

26

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2004

O INEGI iniciou também o trabalho preparatório com vista à realização de

projectos de I&D associando as energias renováveis à produção de

hidrogénio, que terá expansão em 2005.

O contributo do Instituto neste domínio é já vasto e reconhecido, em especial

na área da Energia Eólica. Os serviços realizados passam

fundamentalmente pela consultoria no âmbito da avaliação do potencial

eólico, estudos de viabilidade e pelo apoio à implementação e manutenção

de Parques Eólicos.

Desde que iniciou as suas actividades nesta área, e até ao final de 2004, o

INEGI já instalou perto de 300 estações meteorológicas de medição do

vento e, actualmente, opera em mais de 150. Em 2004, realizaram-se cerca

de 170 estudos de avaliação de recurso eólico.

Esta actividade apresenta um elevado potencial de internacionalização, uma

vez que foram já concretizados alguns trabalhos no Brasil (são processados

regularmente os dados de uma rede Brasileira constituída por mais de 30

estações) e estão em curso propostas para Moçambique. Ainda neste âmbito

é de realçar a colaboração com a REN - Rede Eléctrica Nacional, do Grupo

EDP, no âmbito da definição dos seus investimentos ao nível da rede

eléctrica, para permitir perspectivar os aproveitamentos dos recursos eólicos

nacionais.

É uma área que ainda apresenta uma margem de progressão significativa,

sobretudo no que respeita ao aproveitamento de energia eólica em locais

com condições de vento menos interessantes pelos padrões actuais. O

INEGI pretende continuar a ser um Instituto de referência nesta área.

A área do Desenvolvimento de Produto é uma das áreas de excelência de

Energias Renováveis

27

Montagem de uma das torres do parqueeólico de Cabril

Fig. 23

trabalho do INEGI. Vários produtos estão no mercado

com a colaboração do INEGI, tendo sido

desenvolvidos numa lógica de parceria com as

empresas clientes. De entre as muitas com que o INEGI

teve a satisfação de colaborar no desenvolvimento de

novos produtos contam-se a VULCANO, EFACEC-

Energia e a MICROPROCESSADOR.

Um projecto que se destacou em 2004 foi o Projecto

PET. Este projecto consiste no desenvolvimento de um

equipamento de mamografia utilizando

tecnologia PET - “Positron Emission

Tomography”. Trata-se de um

p r o j e c t o p r o m o v i d o p e l a

TAGUSPARQUE - Sociedade de Promoção e

Desenvolvimento do Parque de Ciência e Tecnologia da Área de Lisboa e co-

financiado pela ADI - Agência de Inovação. O Projecto é desenvolvido por

um consórcio que, além do INEGI, envolve o Laboratório de Instrumentação

e Física Experimental de Partículas, Hospital Garcia da Horta, Fundação da

Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Faculdade de Medicina

da Universidade de Coimbra e o INESC Inovação. O consórcio conta,

ainda, com a colaboração do CERN - Centro Europeu de Pesquisa Nuclear,

na área da tecnologia de detecção dos fotões. A data de concretização do

primeiro protótipo está prevista para 2005.

As competências em Engenharia e Desenvolvimento de Produto são

consideradas, pelo INEGI, como essenciais para concretizar a mudança do

ENGENHARIA E DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO

Modelo esquemático do equipamento PET

Fig. 24

28

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2004

modelo competitivo da indústria nacional. Nos últimos anos o INEGI tem

vindo a desenvolver, de forma consistente, esta área não só na vertente de

engenharia, mas também em áreas relacionadas com a gestão e

organização da actividade de desenvolvimento de produto numa empresa,

não só como instrumento de inovação, mas também de planeamento

estratégico, metodologias estruturadas, gestão de projectos e articulação da

actividade com as outras áreas funcionais da empresa. Outra vertente muito

importante a que o INEGI tem dado particular atenção é a vertente das

ferramentas de suporte à actividade de desenvolvimento de produto como

sejam as ferramentas para modelação, CAD - “Computer Aided Design”,

ferramentas para dimensionamento estrutural, CAE - “Computer Aided

Engineering”, e ferramentas para simulação de processos de produção.

Outras ferramentas cada vez mais relevantes para a diminuição dos tempos

de desenvolvimento e facilitar a colaboração entre empresas são as

ferramentas de suporte ao desenvolvimento de produto em ambiente

distribuído e colaborativo, engenharia simultânea, gestão de informação de

produto e prototipagem virtual.

As capacidades na área da Engenharia e Desenvolvimento de Produto,

associadas às capacidades na área da prototipagem rápida, simulação de

processos e fabrico de protótipos, fazem do INEGI uma Instituição com

capacidades ímpares nesta área.

Durante o ano de 2004 o INEGI integrou um consórcio responsável pelo

desenvolvimento de um protótipo de um mini-autocarro que irá servir de

29

plataforma para demonstração e ensaio de tecnologias desenvolvidas ou a

desenvolver pelo consórcio, composto pelo INEGI, FEUP, INESC - Porto, ISR,

CAETANOBUS, EFACEC, VIDROPOL e ALMA DESIGN.

Denominado Projecto FEUP BUS, insere-se no Programa Mobilizador SIM -

Soluções Integradas de Mobilidade, da Faculdade de Engenharia da

Universidade do Porto (FEUP), cuja missão é a promoção da

interdisciplinaridade e colaboração entre os vários grupos de Investigação e

Desenvolvimento, especialmente em áreas com potencial de aplicação em

sectores da indústria e serviços de bens e pessoas. Por outras palavras, o que

se pretende é uma aproximação entre todos os departamentos, laboratórios

e centros tecnológicos da FEUP, fazendo uso dos seus recursos na aplicação

prática de tecnologia e soluções eficazes, chamando, ainda, a atenção da

indústria para a importância da

Inovação.

O sector automóvel é considerado

um sector prioritário a nível nacional e no

norte em particular, dado que nesta região existe um

“cluster” de empresas fornecedoras do sector automóvel e dada a

proximidade ao norte de Espanha onde se situa um sector automóvel de

grande expressão. O INEGI possui um conjunto de valências que podem e

devem ser postas ao serviço do reforço da capacidade de desenvolvimento

de produtos e de processos das empresas do “cluster” automóvel.

O INEGI tem já tradição no sector aeronáutico, especialmente na área da

integridade estrutural e desenvolvimento de metodologias de projecto e

AUTOMÓVEL

Modelo de design do autocarro

Fig. 26

Estudo dimensional do autocarro

Fig. 25

30

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2004

dimensionamento de estruturas em materiais compósitos.

Em 2004 o INEGI viu alargado o âmbito tradicional de intervenção neste

sector com um projecto europeu, designado por PIBRAC e que

visa desenvolver um novo sistema de travões para os aviões.

Este novo sistema utiliza placas de cristal piezoeléctrico

que, ao serem percorridas por corrente eléctrica, se

expandem criando pressão sobre os discos dos travões.

O papel do INEGI no desenvolvimento deste sistema

passa pela área dos componentes, devido ao know-how

do Instituto no desenvolvimento de produto, e na área do

controlo não-destrutivo. O Instituto terá ainda a seu

cargo o desenvolvimento de um site onde será gerida

toda a informação resultante das investigações,

permitindo a todos os intervenientes manterem-se

actualizados e em constante interacção.

Liderado pela empresa francesa SAGEM, o consórcio, além

do INEGI, integra outras empresas e Instituições, como a AIRBUS

(Reino Unido); MESSIER-BUGATTI (França); Universidade de Paderborn

(Alemanha); SKODA (República Checa); IMMG (Grécia); SAMTECH

(Bélgica); NOLIAC (Dinamarca); BAM (Alemanha) e a A. BRITO, uma

empresa portuguesa do sector das engrenagens.

Durante 2004 foi lançado um serviço inovador, resultante de uma parceria

entre o INEGI e o BPN - Banco Português de Negócios, com o objectivo de

promover a intervenção das duas Instituições no desenvolvimento da

31AERONÁUTICA E AEROESPACIAL

Fig. 27

Desenvolvimento de um novo sistema detravões para aviões, intitulado ActuadorPiezoeléctrico para Travões.

GESTÃOINDUSTRIAL

MARKETING

GESTÃO DA INOVAÇÃOE TECNOLOGIA

I&D APLICADOA PRODUTOS E PROCESSOS

FERRAMENTASDE APOIO À GESTÃO

AVALIAÇÃOECONÓMICO-FINANCEIRA

GESTÃO DE NEGÓCIOSE PARCERIAS

indústria. Trata-se de um serviço, designado por “Auditorias e Acções de

Desenvolvimento”, A2D, que preconiza uma abordagem integrada

das vertentes tecnológicas e de negócio. O objectivo é

propor às empresas a realização de uma auditoria a

partir da qual se identificam áreas de melhoria e se

elaboram planos de desenvolvimento para a

empresa. Trata-se especificamente de uma

metodologia estruturada para a identificação e

caracterização de áreas da empresa com

necessidades ou potencial de melhoria, no

caso do INEGI no plano das tecnologias de

produção, engenharia e desenvolvimento de

produto, gestão industrial e logística. O BPN

responsabiliza-se pelas componentes da gestão do

negócio e económico-financeira. O objectivo é partir de

uma auditoria tecnológica para definir projectos de

desenvolvimento com uma avaliação dos benefícios esperados. A

empresa será convidada a implementar os projectos de desenvolvimento

numa óptica de partilha de risco, ou seja, a remuneração das Instituições

parceiras será função dos resultados obtidos. Com este instrumento o INEGI

espera promover o investimento das empresas em projectos de I&D e

estabelecer parcerias tecnológicas numa óptica de longo prazo.

O INEGI participou numa parceria constituída pela COTEC, EGP, DELOITTE

& TOUCHE, INESC-Porto, INTELI e TECMINHO, que teve a seu cargo um

projecto promovido pela CCDR-N, no âmbito do programa NORTINOV,

que visou a “Definição de uma Estratégia Tecnológica e de Inovação na

AUDITORIAS E ACÇÕES DE DESENVOLVIMENTO

Áreas de intervenção no âmbito dainiciativa A2D

Fig. 28

32

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2004

Região Norte em Torno dos Sectores Automóvel e Tecnologias de

Informação, Comunicação e Electrónica”. O contacto que este projecto

proporcionou com um conjunto de empresas de referência no sector

automóvel permitiu aumentar o capital de conhecimento que o INEGI tem

sobre as empresas e tecnologias. Para além disso permitiu uma participação

activa na definição de uma estratégia de inovação para a região norte bem

como na definição de programas de acção para a levar a cabo. A

experiência de cooperação com outras Instituições complementares e a

troca de conhecimentos e experiências também é algo a que o INEGI atribui

grande valor.

As características de elevada resistência mecânica, leveza e resistência à

corrosão, adequadas para cada situação, fazem com que os materiais

compósitos se tornem no material de eleição para reservatórios de

armazenamento de fluidos (gás de garrafa, CO , cerveja, GPL, hidrogénio,2

33GESTÃO DA INOVAÇÃO

Fig. 29

O contacto com as empresas permitiuenriquecer o conhecimento

TECNOLOGIAS NA ÁREA DE MATERIAIS COMPÓSITOS

etc.) sob média/elevada pressão. Verifica-se não existir actualmente nenhuma empresa nacional em condições

técnicas e tecnológicas para competir neste mercado. Só no mercado nacional estima-se que o consumo de

reservatórios deste tipo seja, actualmente, das centenas de milhar de unidades/ano.

Uma produção em série, de reservatórios em material compósito para fluidos sob pressão exige a utilização de

equipamentos de enrolamento filamentar polar ou de multi-eixos assistidos por computador que permitem a

execução em simultâneo da parede cilíndrica e dos fundos copados do reservatório, não disponíveis em nenhuma

empresa nacional. Para além disso, estas tecnologias exigem a utilização de

moldes perecíveis, desmontáveis ou que se venham a incorporar como

“lining” (metálico ou polimérico) do reservatório final, que carecem de

estudos especiais, tendo em conta quer a redução de custos de fabrico, quer

a compatibilidade e riscos de segurança face aos fluidos que se pretendem

armazenar (nalguns casos torna-se necessário que o “lining” apresente

propriedades especificas, tais como, por exemplo, condutibilidade eléctrica

ou resistência ao fogo, ou baixa permeabilidade a gases).

Sabendo-se que o mercado, para além da segurança e baixo custo, tem

vindo cada vez mais a exigir a utilização de produtos mais ecológicos,

considera-se ser uma importante mais-valia a incorporação de materiais

recicláveis/reutilizáveis, como é o caso das matrizes termoplásticas que

permitem ainda uma melhoria muito significativa das condições ambientais

de produção.

34

Assim, a Unidade de Materiais Compósitos do INEGI e o Departamento de Engenharia de Polímeros da

Universidade do Minho encetaram uma parceria que visa o Projecto, Fabrico e Ensaio de Reservatórios em

Materiais Compósitos para médias/altas pressões. Pretende-se desenvolver novos produtos e novas tecnologias de

produção, associando empresas que pretendam ser líderes no mercado de cada produto específico, através das

mais-valias resultantes da utilização de matérias-primas mais adequadas em termos de segurança, ambiente,

durabilidade e desempenho.

Em 2004, a AMTROL-ALFA, S.A., iniciou um processo de desenvolvimento de reservatórios transportáveis para

gases sob pressão, sendo a componente estrutural feita por enrolamento filamentar sobre um “liner” metálico, de

polipropileno reforçado com fibras de vidro. Deste trabalho conjunto resultará uma unidade de produção em

meados de 2005, localizada em Guimarães. No futuro, será testada uma tecnologia de produção do polipropileno

reforçado com fibra de vidro, desenvolvida e patenteada pela Unidade de Materiais Compósitos do INEGI e pelo

Departamento de Engenharia de Polímeros da Universidade do Minho.

Uma das áreas com especial relevo no INEGI é o desenvolvimento de novas tecnologias de fundição e de

prototipagem rápida. Um dos projectos em curso, que se destacou em 2004, visa desenvolver o processo de

fundição por contragravidade sob vácuo de impulsores para turbocompressores de veículos automóveis. Trata-se

Produto acabado (garrafa de gás)

Fig. 30

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2004

de um projecto encomendado pela empresa ZOLLERN, e que contará com

um co-financiamento da Adi, que tem como objectivo final a implementação

de uma unidade industrial durante 2005/2006 na Maia para produzir

inicialmente 1.000.000 de impulsores.

No seguimento da política de desenvolvimento de processos especiais de

fundição e de ligas especiais, o INEGI tem investido no desenvolvimento de

processos de fundição de precisão, por cera perdida ou usando moldações

cerâmicas em bloco, com vista ao desenvolvimento de processos de fabrico

de componentes para o sector automóvel, peças para a indústria química,

joalharia, próteses e implantes médicos, indústria aeronáutica e

aeroespacial. Ainda em 2004, o INEGI preparou um projecto, a ser

implementado futuramente para turbocompressores de automóveis em ligas

convencionais de titânio, no seguimento do processo que se encontra em

curso para obter estas peças em ligas de alumínio. Será ainda objecto deste

projecto o desenvolvimento do processo de fundição em moldações bloco e

em moldações em carapaça para peças em compostos intermetálicos Al-Ti,

vulgarmente designadas por titanatos de alumínio. O projecto deverá ter

como parceiros a ZOLLERN, a ARSOPI, a M. J. Amaral, uma empresa de

implantes traumatológicos e outras empresas interessadas em dominar

tecnologias diferentes e inovadoras. Entre outras coisas, este projecto

obrigará à aquisição de um forno de alta-frequência com cadinhos frios que

implica um investimento da ordem de um milhão de euros.

O INEGI é membro de um consórcio liderado pela IBEROMOLDES que visa

desenvolver a capacidade nacional na área do Fabrico Rápido de

Ferramentas. O consórcio conta ainda com a participação de outras

empresas industriais; FERESPE, SONAFI e M. C. GRAÇA e de outras

35NOVAS TECNOLOGIAS DE FUNDIÇÃO E

PROTOTIPAGEM RÁPIDA

Fig. 31

Modelo em SL, utilizado nodesenvolvimento de uma turbina ou

como “master”

instituições de I&DT; CENTIMFE, INETI e UNINOVA.

Os objectivos gerais desta iniciativa são os seguintes:

· Criação de uma rede nacional especializada nas tecnologias de

“Rapid Tooling” e formada por instituições de I&DT, centros

tecnológicos e empresas representativas dos sectores de moldes,

cunhos, cortantes e ferramentas especiais, fundição, plásticos e

estampagem.

· Desenvolvimento, validação e demonstração de cadeias

tecnológicas alternativas para o fabrico de ferramentas de

produção, utilizando as tecnologias de “Rapid Tooling”, das quais

possam resultar reduções significativas de custo e/ou de tempo

para o início da produção ou para lançamento de novos produtos

no mercado.

· Adaptação das metodologias utilizadas no projecto de ferramentas

de produção de modo a incorporar os novos conceitos de “Rapid

Tooling”.

· Implementação industrial das cadeias de produção alternativas de

maior valor, tendo em atenção os aspectos de organização

necessários à exploração industrial das novas soluções.

· Disseminação dos resultados do projecto e promoção do uso das

tecnologias de “Rapid Tooling” junto do tecido industrial português.

· Identificação das limitações tecnológicas ainda existentes e

iniciação de acções de investigação colaborativa ao mais alto nível

nestes campos.

· Promoção da ligação a outras redes de “Rapid Tooling”, já

36FABRICO RÁPIDO DE FERRAMENTAS

Molde em gesso para obtenção depeças cerâmicas, obtido por

tecnologias de conversão em que seutilizou modelos de PR e moldes de

silicone.

Fig. 32

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2004

existentes ou a promover por outros países, em particular da União

Europeia, e acompanhamento das acções de I&DT que são feitas

neste domínio pela comunidade internacional.

É um projecto que obteve resultados positivos em 2004. Com este projecto

espera-se criar condições mais favoráveis à afirmação da actividade de

desenvolvimento de produto no nosso país.

Na unidade de Óptica e Mecânica Experimental desenvolveram-se técnicas

sem contacto de caracterização de forma. Das muitas aplicações que estas

técnicas podem ter, destacam-se a aplicação a processos de "reverse

engineering” e prototipagem rápida, como auxiliar na definição de modelos

37

Molde protótipo em zamack de parte de uma bilha de gás (molde para injecção de plásticos) epeças injectadas em termoplástico.

Fig. 33

numéricos para cálculos com MEF e para o levantamento de formas

exteriores em medicina.

Outro projecto que se destacou, consiste no desenvolvimento de um sistema

para caracterização da topografia de objectos a partir de técnicas de

processamento de imagem utilizando iluminação estruturada. O sistema

deverá obter a forma exterior de objectos de forma expedita e sem contacto.

Inclui rotinas para ajuste dos padrões a projectar, calibração das imagens,

estabelece correspondências entre imagens obtidas em poses distintas e

produz ficheiros compatíveis com utilizações posteriores.

De referir ainda o desenvolvimento de uma instalação para realizar ensaios

de tracção e compressão a elevadas velocidades de deformação, permitindo

a caracterização do comportamento dinâmico de materiais em situação de

impacto.

A instalação permitirá ensaiar materiais em compressão, com taxas de

deformação até 1500/s, e em tracção até 200/s, o que permite caracterizar

materiais metálicos convencionais e materiais compósitos para aplicações

dinâmicas como o Kevlar ® e o Dyneema ®.

O INEGI é Organismo de Normalização Sectorial nos domínios relativos ao

Desenho técnico (CT1) e aos Elementos de ligação mecânicos (CT9). No

âmbito deste Organismo, o INEGI desenvolve a sua actividade em duas

vertentes principais: elaboração de versões portuguesas de normas

38ÓPTICA E MECÂNICA EXPERIMENTAL

Modelo digital de um manequim obtidopor digitalização óptica

Equipamento de ensaio

Fig. 34

Fig. 35

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2004

europeias e internacionais nos domínios do Desenho técnico e dos

Elementos de ligação mecânicos, e formulação de pareceres sobre normas

EN e ISO em processo de criação ou revisão nestes domínios. Desde o início

da actividade como Organismo Sectorial de Normalização, o INEGI já

elaborou cerca de 90 versões portuguesas de normas no domínio do

Desenho técnico, 64 das quais foram entretanto publicadas pelo IPQ. Na

vertente de colaboração com os Organismos Internacionais de

Normalização, o INEGI tem respondido a todos os pedidos de pareceres

destes organismos, no âmbito de projectos ou revisão de normas. É uma

actividade que tem sido classificada pelas entidades competentes como

39ORGANISMO DE NORMALIZAÇÃO SECTORIAL

Fig. 36

Normas Portuguesas nos domínios doDesenho Técnico

sendo de muita relevância, pretendendo-se manter o nível de desempenho neste domínio.

Em 2004, foram elaboradas mais 21 versões portuguesas de normas de Desenho técnico, e formulados algumas

dezenas de pareceres técnicos. Foi activada a Comissão Técnica Elementos de ligação mecânicos que

iniciou os trabalhos com vista à elaboração de versões portuguesas de normas Europeias e Internacionais neste

domínio.

O INEGI tem longa tradição na formação especializada quer para técnicos qualificados quer para licenciados que

CT9 -

FORMAÇÃO

pretendam aprofundar os seus conhecimentos e competências técnicas na área da Engenharia Mecânica e Gestão

Industrial. Em 2004 o INEGI implementou uma estratégia que privilegia a formação altamente especializada

desenhada à medida das necessidades das empresas. No seguimento desta estratégia foram formatadas em 2004,

as seguintes acções, para responder a necessidades específicas de fromação: Desenho de Construção Mecânica;

Engenharia de Materiais; Trabalho de Metais em Chapa, e Gestão de Produção.

É o concretizar de alteração de estratégia nesta área que se espera que venha trazer bons resultados para o INEGI e

para a Indústria Nacional.

40

PROJECTOS EM DESTAQUE

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2004

SÍNTESE DOS PRINCIPAIS PROJECTOS DE I&D REALIZADOS EM 2004

2.1.

PROJECTO ESA

42

PROJECTOS EM DESTAQUE

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2004

Projecto ESA

Desenvolvimento de Metodologias para Dimensionar as Ligações entre os

Componentes Utilizados na Indústria Aeroespacial

Descrição:

O projecto tem como principal objectivo desenvolver

metodologias de dimensionamento das ligações em

materiais compósitos util izadas na indústria

aeroespacial. Nesse sentido, serão desenvolvidos

novos tipos de ensaios experimentais para

caracterização de propriedades das ligações, que

também serão alvo de análises para verificação do efeito

de temperaturas extremas na sua rigidez e resistência

mecânica. O Projecto inclui, ainda, o desenvolvimento

de novos modelos analíticos e semi-analíticos para o

dimensionamento das ligações. Estes modelos vão ser

implementados num programa a desenvolver no INEGI.

As metodologias desenvolvidas neste projecto serão

inseridas no manual de dimensionamento de estruturas

da ESA(Structural Materials Handbook).

Áreas de Competência:

Aeronáutica

Materiais compósitos

Mecânica da fractura

Tipo de Projecto:Investigaç e Desenvolvimentoão

Cliente:European SpaceAgency

44

PROJECTO FRF

PROJECTOS EM DESTAQUE

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2004

Projecto FRF

Fabrico Rápido de Ferramentas

Descrição:Destinatários:Empresas de injecção de plásticos, estampagem

de chapa, de produção e desenvolvimento de

peças metálicas

Tipo de Projecto:Investigação e Desenvolvimento

Parceiros:

IBEROMOLDES

FERESPE

M.C. GRAÇA

SONAFI

INETI

CENTIMFE

AGILTEC

Desenvolvimento de processos de fabrico rápido de

ferramentas para injecção de plásticos, estampagem de

chapa, fundição de areia e injecção de ceras (produção

de pré-séries de peças metálicas pelo processo de cera

perdida que, futuramente, serão injectadas em

alumínio), tecnologias de “Rapid Tooling” directas, como

DMLS (INETI) e SLS (CENTIMFE), e de Fabrico Rápido

Indirecto para ferramentas de grande porte - até uma

tonelada - em ligas de Zinco (INEGI).

Também as tecnologias de Erosão Laser e o fabrico

rápido de eléctrodos de electroerosão serão abordadas

(INETI), a par das tecnologias baseadas na

prototipagem rápida (LOM, SLA, SLS) para produzir

ferramentas rápidas de grande porte (1m x 1m x 0,5m)

em resinas poliméricas, carregadas com pós-metálicos,

para injecção de plásticos e estampagem de chapa

(INEGI).

Áreas de Competência:Prototipagem Rápida

Fundição de precisão em carapaça e em bloco

Simulação de processos

Engenharia de produto

Projecto de ferramentas

Materiais especiais

Financiador:Agência de Inovação - Projecto Mobilizador da

Ciência e Tecnologia.

46

PROJECTO PILHAS DECOMBUSTÍVEL

PROJECTOS EM DESTAQUE

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2004

Projecto Pilhas de Combust velí

Desenvolvimento de Fontes de Alimenta Baseadas em Pilhas de Combust velção í

Descrição:

Garrafa de hidrogénioPilha de combustível

Tipo de Projecto:

Investigação e DesenvolvimentoAplicado

Áreas de Competência:

Desenvolvimento de produto

Automação e controlo

Mecânica dos fluídos

Fenómenos de transferência

Cliente:

SRE - Soluções Racionais de Energia

Parceiros:

INETI

FEUP - Departamento de Química

EFACEC

Este projecto tem como objectivos criar e desenvolver

competências no desenvolvimento e optimização de

pilhas de combustível para aplicação em fontes de

alimentação de baixa potência.

Durante o ano de 2004 foram concebidas, projectadas e

construídas três pilhas experimentais de 120W, 20W e

30W. Realizaram-se testes preliminares para verificação

do funcionamento e afinação de pormenores de projecto,

tais como, condições de vedação do hidrogénio,

sistemas de alimentação do ar, problemas de

aquecimento, questões relacionadas com a drenagem

de água e com a manutenção do bom funcionamento ao

longo da sua utilização. Foi ainda construído um reactor

experimental para produção de hidrogénio a partir de

borohidreto.

48

PROJECTO PET

PROJECTOS EM DESTAQUE

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2004

Projecto PET - MAMOGRAFIA

Desenvolvimento de Equipamento para Mamografia

Descrição:Tipo de Projecto:Investigação e DesenvolvimentoAplicado

Parceiros:TAGUSPARQUE - Sociedade de Promoção e

Desenvolvimento do Parque de Ciência e Tecnologia da

Área de Lisboa

LIP - Laboratório de Instrumentação e Física

Experimental de Partículas

Hospital Garcia Horta

Fundação da Faculdade de Ciências da Universidade de

Lisboa

Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra

INESC - Inov

O Projecto PET-Mamografia tem como finalidade

desenvolver um equipamento que melhore, de forma

significativa, a capacidade de detecção de cancro da

mama em comparação com os sistemas actualmente

existentes. Toda a tecnologia a ser desenvolvida será,

exclusivamente, dedicada à obtenção de imagens de

tumores da mama, configurando um sistema muito mais

compacto e económico que os actuais sistemas PET

para imagens de corpo inteiro.

O INEGI é responsável pela parte mecânica e

mecatrónica do sistema, que inclui a concepção,

projecto e construção do equipamento experimental de

mamografia, incorporando nele as componentes

desenvolvidas pelos outros parceiros.

Áreas de Competência:Desenvolvimento de produto

Automação e controlo

Financiador:Agência de Inovação - Programa IDEIA

50

PROJECTO PIBRAC

PROJECTOS EM DESTAQUE

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2004

Projecto PIBRAC

Desenvolvimento de Sistemas de Travagem para Ind stria Aeron uticaú á

Descrição:Tipo de Projecto:Indústria Aeronáutica

Parceiros:SAGEM

Airbus

Messier-Bugatti

Universidade de Paderborn

Skoda

IMMG

Samtech

Noliac

Bam

A. Brito

O projecto tem como objectivo aumentar a fiabilidade

dos sistemas de travões das aeronaves, mas também

contribuir para a redução de peso, custos de

manutenção e danos ambientais. O INEGI contribui com

o seu know-how no desenvolvimento de produto na área

do controlo não-destrutivo e das novas tecnologias de

informação, ficando a seu cargo o desenvolvimento de

um site onde será gerida toda a informação resultante

das investigações, permitindo a todos os intervenientes,

manterem-se actualizados e em constante interacção.

Áreas de Competência:

Desenvolvimento de produto

Mecânica experimental

Tecnologias de informação

Financiador:Comissão Europeia

52

PROJECTO WOLVERINE

PROJECTOS EM DESTAQUE

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2004

Projecto WOLVERINE

Soluções Técnicas para Melhoria de Máquinas de Micro-Alhetar e Máquina de

Testes de Fugas

Descrição:O projecto teve como objectivo melhorar o processo de

fabrico de tubos de transferência de calor e focou-se em

duas fases. A primeira incidiu sobre a micro-alhetagem,

redução das tolerâncias de início e de fim das zonas

micro-alhetadas. A segunda no controlo de qualidade,

redução do numero de não conformidades da máquina

de teste de fugas. Após estudos exaustivos do

funcionamento das máquinas foram sugeridas

alterações que melhoraram a precisão e produtividade

das mesmas, bem como a introdução de um novo

esquema pneumático de controlo de qualidade.

Clientes:

WOLVERINE

Áreas de Competência:Desenvolvimento de processos

Automação e controlo

Tipo de Projecto:Desenvolvimento de processo de fabrico

Parceiro:

WOLVERINE

54

PROTOTIPAGEM RÁPIDA

PROJECTOS EM DESTAQUE

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2004

Descrição:

Este projecto consiste na prototipagem rápida e

fabricação rápida de ferramentas. A utilização destas

tecnologias passa pela produção de protótipos não

funcionais e funcionais, moldes para injecção de

plásticos, coquilhas, matrizes de forjamento,

ferramentas para conformação plástica a frio, etc..

Realização de modelos de engenharia e moldes de

fundição por técnicas de prototipagem rápida LOM

(laminated object manufacturing - fabrico de objectos por

camadas); fabrico rápido de ferramentas utilizando

tecnologias de vazamento de resinas em vácuo e

tecnologias de fundição em areia, cerâmica ou cera

perdida. Fabricação de protótipos e pré-séries em metal,

por processos de fundição, puncionamento e quinagem

CNC.

Clientes:

CACIA(Renault)

CASA- MUSEU MESTRE JOÃO DASILVA

CENTIMFE

CIFIAL

DAGOFORM

FRANCISCO M. PROVIDÊNCIA, Designer Lda.

INETI

INFUSÃO

KUPPER & SCHMIDT

L.A. MEDICAL

MECANAIR

MOLDECAR

PROTOGENISIS

SONAFI

Prototipagem Rápida

Áreas de Competência:

Prototipagem Rápida

Fabrico Rápido de Ferramentas

Tipo de Projecto:Venda de serviços de prototipagem rápida

56

AUDITORIAS E ACÇÕES DEDESENVOLVIMENTO

PROJECTOS EM DESTAQUE

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2004

Destinatários:

Parceiros:

Descrição:

Áreas de Competência:

Tipo de Projecto:

BPN - Banco Português de Negócios

Trata-se especificamente de uma metodologia

estruturada para a identificação e caracterização de

áreas da empresa com necessidades ou potencial de

melhoria, no plano das tecnologias de produção,

engenharia e desenvolvimento de produto, gestão

industrial e logística. O BPN responsabiliza-se pelas

componentes da gestão do negócio e económico-

financeira. O objectivo é partir de uma auditoria

tecnológica para definir projectos de desenvolvimento

com uma avaliação dos benefícios esperados. A

empresa será convidada a implementar os projectos de

desenvolvimento numa óptica de partilha de risco, ou

seja, a remuneração das Instituições parceiras será

função dos resultados obtidos. Com este instrumento o

INEGI espera promover o investimento das empresas

em projectos de I&D e estabelecer parcerias

tecnológicas numa óptica de longo prazo.

Pequenas e médias empresas

Consultoria tecnológica

Desenvolvimento de produto

Integra todas as competências científicas

e tecno lóg icas do INEGI e as

competências do parceiro BPN

Auditorias e Acções de Desenvolvimento

58

GESTÃO DEENERGIA E AMBIENTE

PROJECTOS EM DESTAQUE

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2004

Gest o de Energia e Ambienteã

Destinatários:

duosEfluen

Líquidpanhamento damentação da solu

ção especializadaIndústriantes Atmosféricos em chaminés in

dade do ar interior

A li ã d

Parceiros:

Descrição:

Tipo de Projecto:

INOVAR PARAUM FUTURO RESPONSÁVEL

Empresas do sector do ambiente e da energia

Consultoria tecnológica

FEUP - Faculdade Engenharia da Universidade do Porto

Áreas de Competência:

Energia eAmbiente

Um serviço de consultadoria no âmbito da gestão de

energia e ambiente, que pretende dar resposta aos mais

diversos interesses das empresas industriais, desde o

apoio ao cumprimento da legislação vigente ao

desenvolvimento de soluções tecnológicas integradas

quando o mercado é incapaz de responder a uma

necessidade.

Com a missão de transferência de conhecimento e

tecnologia, o GEA pretende dar resposta ao tecido

industrial ao nível de consultoria, auditoria,

desenvolvimento de soluções de base tecnológica e

serviços de laboratório, entre outros.

60

OUTRAS INICIATIVAS

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2004

3.

PARA ALÉM DOS PROJECTOS DE I&D QUE ACABAMOS DE VER,

DECORRERAM, AINDA EM 2004, OUTRAS INICIATIVAS QUE SÃO

IGUALMENTE IMPORTANTES PARA A COMPREENSÃO DA

ACTIVIDADE DO INEGI, COMO A PARTICIPAÇÃO EM VÁRIOS

EVENTOS, PUBLICAÇÕES, DESTAQUES NA COMUNICAÇÃO

SOCIAL, ENTRE OUTROS...

OUTRAS INICIATIVAS

62

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2004

SEMINÁRIOS E CONGRESSOS63

Fig. 37

Seminário Final do Projecto Lognorte, no

auditório da Escola de Gestão do Porto

Os colaboradores do INEGI participaram, organizaram e realizaram

comunicações em vários eventos, a nível nacional e internacional,

nomeadamente:

”Seminário Final Projecto Directório VFV - Processamento Integrado

de Veículos em Fim de Vida” - Porto

”Workshop Nortinov Tecnologias Automóvel 2015” - EGP/COTEC

Porto

”7th International Conference on Computacional Structures

Technology” - Lisboa

”International Conference on Computacional and Experimental

Engineering and Sciences” - Madeira

”5º Encontro Nacional de Análise Experimental de Tensões e Mecânica Experimental” - APAET, Coimbra

”VIII Congresso Nacional de Mecânica Aplicada e Computacional” - Lisboa

”4as Jornadas Politécnicas de Engenharia”, Instituto Superior de Engenharia do Porto - Porto

”Seminário ATEHP-APMI sobre Manutenção” - Lisboa

”Seminário Acreditação em Marcha: Presente e Futuro” - Tomar

"8º Workshop Actividade Aeronáutica e Aeroespacial em Portugal, Instituto Superior Técnico" - Lisboa

"Seminário DDVVDD no Instituto de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial" - Porto

"Proceedings of the Seventh International Conference on Computational Structures Technology" - Lisboa

"Proceedings of the Third International Conference of the European Society for Wood Mechanics" - Vila Real

"Proceedings of the 2004 International Conference on Computational & Experimental Engineering &

Science" - Madeira

"BioÉvora 2004, II Iberian Congress on Biomaterials and Biosensors and XXVII Symposium of the Sociedad

Iberica de Biomecanica y Biomaterials" - Évora

"First International Conference on Engineering Failure Analysis (ICEFA)" - Lisboa

"Third International Conference of the European Society for Wood Mechanics" - Vila Real

"Seventh International Conference on Computational Structures Technology" - Lisboa

"Análise Experimental de Tensões e da Mecânica Experimental - 5º Encontro Nacional, Departamento de

Engenharia Mecânica da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra" - Coimbra

"European Society of Biomechanics, ESB 2004" - Hertogenbosch, Netherlands

64

"25th International SAMPE Europe Conference" - Portes des Versailles, France

"ANTEC’04" - Chicago, EUA

"11th European Conference on Composite Materials – ECCM11" - Rhodes, Greece.

"6th International Conference on Durability Analysis of Composite Systems – DURACOSYS 2004" - Riga,

Latvia

"Seminarul Stiintific al Catedrei, Catedra Rezistenta Materialelor, Universitatea Politehnica Bucuresti" -

Bucareste, Roménia

"Avances en la Modelización del Daño en Materiales Compuestos, Universitat de Girona, Departament

d'Enginyeria Mecànica i de la Construcció Industrial e do Departament de Física" - Girona, Espanha

"Associação Espanhola de Materiais Compósitos (AEMC), Universidade de Sevilha" - Sevilha, Espanha

"Escuela Superior de Ingenieros, Universidade de Sevilha" – Sevilha, Espanha

"Proceedings of the Composite Testing and Model Identification Conference" - Bristol, U.K.

"5th FEM-/Composite Network Meeting, RISØ National Laboratory" - Riso, Dinamarca

"Workshop on Fracture Mechanics for Composite Materials, RISØ National Laboratory" – Riso, Dinamarca

”11th World Conference on Investment Casting” - Edimburgo, Escócia

”Conferência de Prototipagem Rápida” - Detroit, EUA

”Euromold” - Frankfurt, Alemanha

”TRAINSAFE Steering Group Meeting” - Nuneaton - London, UK

”31th "Leeds-Lyon Symposium" on Tribology - Leeds, UK

Durante 2004 decorreram mais de 40 teses de mestrado e doutoramento, realizadas não só no âmbito do mestrado

em Engenharia Mecânica da FEUP, mas também de outros mestrados, como, os de Design Industrial e Engenharia

Ambiental, entre outros.

MESTRADOS E DOUTORAMENTOS

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2004

65O INEGI NOS MEDIA

Ao longo de 2004, o INEGI foi notícia nos . De seguida referem-se

alguns dos órgãos de comunicação social onde o Instituto foi referenciado

pela sua actividade:

media

RTP

RTPN

Público

Diário Económico

Vida Económica

Jornal de Negócios

Jornal de Notícias

Diário de Notícias

Tal&Qual

Correio da Manhã

24 Horas

AEIOU.pt

O Comércio do Porto

O Primeiro de Janeiro

Mais Valia

Auto Foco

Auto Hoje

Sábado

Ideias&Negócios

Expresso

Fig. 38

Ao longo de 2004, o INEGI foi várias

vezes motivo de notícia, nos mais

variados jornais nacionais

Durante 2004 o INEGI manteve as suas políticas de protecção de

propriedade industrial e que se traduziram no registo de três patentes. Nesse

sentido foram depositados no Instituto Nacional da Propriedade Industrial

(INPI) os registos de Patente de Invenção de Acessório Universal de Corte

para Moto Roçadoras Portáteis (Processo nº 103 203 Z – PAT), Marca

Nacional “STILLCUTS” (Processo nº 385 226 G – MNA) e Sistema de

Tomografia por Emissão de Positrões – PET (Processo nº 103 200 PAT).

PATENTES

Fig. 39

Instituto Nacional da Propriedade Industrial

FEIRAS E EXPOSIÇÕES

O Instituto marcou presença, com stand próprio, em algumas exposições e

feiras, designadamente:

Mostra da Universidade do Porto, Pavilhão Rosa Mota, Porto.

Hydrogen+Fuel Cells, Feira de Hannover, Hannover, Alemanha.

EMAF 2004, Exponor, Porto.

PUBLICAÇÕES

Em 2004 foram publicados, a nível nacional e internacional, vários artigos em jornais e revistas especializadas etécnicas das quais se destacam:

Fig. 40

Imagem da “MOSTRA DE CIÊNCIA”

da Universidade do Porto, em 2004

· Revista ANECRA

· Materials Science Forum

· Smart Materials and Structures

· Experimental Mechanics

· Journal of Vibration and Control

· Diamond and Related Materials

· International Journal for NumericalMethods in Engineering

· NASA Technical Memorandum213277

· Strain - International Journal for StrainMeasurement

· Manutenção

66

· Fatigue and Fracture of EngineeringMaterials & Structures

· I n t e r n a t i o n a l J o u r n a l o fCrashworthiness

· Revista Port Ortop Traum

· Ciência & Tecnologia dos Materiais

· Tribology International

· Industrial Lubrication and Tribology

· WEAR

· ACE Journal-Applied ComputingEngineering

· Mecânica Experimental

· Technohospital

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2004

67

Os colaboradores do INEGI participaram na edição de capítulos de livros e de livros, onde se destacam osseguintes:

FIG. 41 - AS EDIÇÕES MAIS RELEVANTES DE 2004

ACÇÕES INTERNASESTRUTURANTES

68

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2004

4.

OS SERVIÇOS DE QUALIDADE SÃO UMA PRIORIDADE DO

INSTITUTO, SEMPRE APOSTADO EM DINAMIZAR A SUA ESTRUTURA,

ADAPTANDO-A ÀS NECESSIDADES DA INDÚSTRIA E COM

RECURSOS HUMANOS DEVIDAMENTE QUALIFICADOS.

ACÇÕES INTERNASESTRUTURANTES

70

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2004

71

Vista frontal do edifício

O ano de 2004 ficou marcado pela concretização de um velho sonho do INEGI: a aprovação de uma candidatura

para a construção de novas instalações, por sua Excelência o Senhor Secretário de Estado do Desenvolvimento

Económico, Engenheiro Manuel Correia Lancastre.

NOVAS INSTALAÇÕES

Fig. 42

Foi o culminar de vários anos de trabalho com este objectivo e que permitiu

dar mais um importante passo, com vista à construção de instalações

adequadas à actividade do Instituto.

É um novo impulso para o qual contribuíram muitas entidades e

personalidades. Aqui fica o nosso agradecimento a todos!

Com um custo superior a 6 milhões de Euros, o Novo Edifício INEGI/IDMEC

ocupará uma área total de 7609 m dentro do Campus da Faculdade de

Engenharia da Universidade do Porto (FEUP). É um projecto ambicioso e

muito exigente do ponto de vista financeiro, mas que

não deixará de contituir um enorme

estímulo para todos os

colaboradores do Instituto.

2

Prosseguiu em 2004 o trabalho iniciado no final de 2003, conducente à definição e aplicação de um Sistema de

Gestão da Qualidade (ISO 9001:2000) no INEGI. O trabalho da equipa dedicada a este projecto decorreu sem

desvios assinaláveis tendo produzido uma proposta para a estrutura documental de suporte ao Sistema de Gestão

da Qualidade. O projecto continua em 2005 estando prevista a aplicação a implementação no segundo semestre.

SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE

SIGEI - actual sistema de informação

para gestão utilizado no INEGI

Fig. 43

72SISTEMA DE INFORMAÇÃO E GESTÃO

Durante 2004 foi realizado, em parceria com o INESC-Porto, o trabalho com

vista à definição de uma nova solução para o Sistema de Informação e

Gestão do INEGI. Foi produzida uma especificação detalhada da solução

pretendida e, com base nela, realizou-se o trabalho de qualificação de

parceiros para a sua implementação.

Com o novo sistema pretende-se implementar ferramentas de suporte à

gestão da instituição em várias vertentes, nomeadamente na gestão dos

projectos quer do ponto de vista orçamental quer do ponto de vista

operacional, na gestão de recursos humanos, na gestão documental, na

gestão de conhecimento e na gestão de fluxos de trabalho, isto para além

das tradicionais componentes contabilística e financeira.

O projecto prosseguirá em 2005 com a elaboração de um contrato de

parceria para a aplicação da nova solução.

Foram dados passos significativos em 2004 com vista à definição de uma estrutura organizacional mais adequada

às exigências competitivas que se colocam ao INEGI, particularmente no que concerne à capacidade de resposta a

solicitações da indústria, que normalmente coloca grandes pressões em termos de tempo de resposta e preço. O

objectivo é, para além de tornar a Instituição mais capaz de responder a solicitações da indústria dentro dos

parâmetros que esta exige, torná-la mais capaz de fornecer soluções e uma oferta integrada às necessidades de

desenvolvimento tecnológico das empresas. Espera-se em 2005 concretizar a implementação das soluções que

foram definidas.

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2004

A colocação de mais extintores pela

instituição, foi uma das deficiências que

foram corrigidas

Fig. 44

73

O INEGI investiu muito nos últimos anos na criação de instrumentos de gestão de recursos humanos e na gestão de

competências. Grande parte das ferramentas que o INEGI se propôs criar estão hoje operacionais. Contudo, é

necessário evoluir para novos patamares de exigência em termos de resultados destes instrumentos. Em 2004

iniciou-se um processo de revisão e melhoria dos instrumentos ao serviço da gestão de recursos humanos

nomeadamente o sistema de avaliação de desempenho. É um projecto que prosseguirá em 2005 com a

concretização das melhorias.

RECURSOS HUMANOS

No sentido de criar melhores condições de trabalho e assim facilitar a

motivação dos seus colaboradores o INEGI iniciou em 2004 a

implementação de uma política de Higiene, Saúde e Segurança no

Trabalho. Concluiu-se o diagnóstico e iniciou-se a implementação de

algumas medidas com vista à correcção de aspectos negativos que foram

detectados. É um trabalho que se pretende concluir em 2005 atingindo o

maior grau de conformidade possível com as boas normas e práticas dentro

das limitações que as actuais instalações e a perspectiva de mudança

colocam.

HIGIENE, SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO

CONTAS

74

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2004

5.

A PRESENTE SECÇÃO APRESENTA A SITUAÇÃO ECONÓMICA E

FINANCEIRA DA INSTITUIÇÃO, SUA ANÁLISE , PEÇAS

CONTABILÍSTICAS, E RESPECTIVOS PARECERES DO REVISOR OFICIAL

DE CONTAS E CONSELHO FISCAL.

CONTAS

76

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2004

APRECIAÇÃO GLOBAL DAS CONTAS

PROVEITOS OPERACIONAIS

77

O Resultado Líquido do Exercício foi de 761 Euros, apresentando uma

redução face aos 122.265 Euros em 2003. Esta evolução deve-se a uma

redução de 1,8% no Volume de Negócios, ao aumento de 10% dos Custos

com Pessoal e a uma provisão extraordinária para Riscos e Encargos.

Os Resultados Operacionais foram negativos em 204.158 Euros,

representando uma evolução negativa, face aos 29.656 Euros também

negativos do ano anterior.

Os Resultados Financeiros são negativos em 9.465 Euros, um resultado pior

do que os 5.396 Euros negativos de 2003.

O Cash Flow do exercício foi de 395.880 Euros, inferior em 32,4% ao valor

de 2003 (585.886 Euros).

Os Proveitos Operacionais desceram 1,7%, de 3.828.404 Euros para 3.764.117 Euros, e onde as principais

componentes apresentam tendências distintas:

A Prestação de Serviços desceu cerca de 1,8% em relação a 2003, de 3.744.842 Euros para 3.677.365.

Apesar desta descida, 2004 foi o segundo ano melhor ano de sempre.

Os Subsídios à Exploração subiram 3,9% para 83.880 .

Os Outros Proveitos Operacionais subiram 2,1% face aos valores de 2003 (de 2.812 para 2.872 Euros).

Euros

78

FIG. 45 - EVOLUÇÃO DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

CONSULTORIA

CONTRATOS DE I&D

FORMAÇÃO

Milh

ões

deeu

ros

2001

0

2002 2003 2004

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

4,0

As actividades da Prestação de Serviços também apresentaram evoluções distintas:

A Consultoria desceu 5% de € 2.019.374 para €1.917.420.

Os Contratos de I&D subiram 10,9% de €1.490.014 para €1.652.135. O valor mais alto em toda a história

do INEGI. Nesta actividade, o peso do Projecto PRIME 5.1 Acção A, “Plano de Actividades” é bastante

significativo, representando quase 40% desta actividade (em 2003 representava 50%).

As actividades de Formação (€85.289) e Contratos de Formação (€22.520) desceram 26,1% e 81,2%

respectivamente. Estes valores representam a alteração estratégica operada em 2004.

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2004

CUSTOS OPERACIONAIS79

FIG. 46 - EVOLUÇÃO DOS CUSTOS OPERACIONAIS

FORNECIMENTOS SERVIÇOS EXTER.

OUTROS CUSTOS OPERACIONAIS

IMPOSTOS

AMORTIZ+PROVISÕES

CUSTOS COM PESSOAL2001

0

2002 2003 2004

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

4,0

4,5

Milh

ões

deeu

ros

Os Custos Operacionais subiram 2,9% face a 2003. Desta subida é de destacar:

O aumento de 10% nos Custos com Pessoal (especialmente na componente de remuneração de

colaboradores docentes da UP, em que ocorreu um aumento de 43,6%),

O aumento de 11,7% dos custos com IVA (provocado pela diminuição da taxa de prorata do IVA em virtude

do aumento do peso da actividade isenta de IVA)

O aumento de 13,9% dos Outros Custos Operacionais, provocado pelo aumento de 84% na Despesas com

a Propriedade Industrial (de 12.872 para 23.725 Euros), de 45% nas Quotizações (de 6.300 para 9.143

Euros) e pela redução de 7% nos Custos na Participação em Acções de Formação (de 50.336 para 46.622

Euros).

Redução de 4,2% nas Amortizações e de 33% nas Provisões, apesar da contabilização extraordinária de

116.690 Euros de uma Provisão para Riscos e Encargos. Esta contabilização deve-se à necessidade de fazer

face a um acerto de contas com o POEFDS em relação a um projecto de formação financiada.

Os Fornecimentos e Serviços Externos mantiveram o valor de 2003.

80RESULTADOS

FIG. 47 - EVOLUÇÃO DO CASH FLOW

RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

AMORT + PROV - SUB. INVESTIMENTO

2001

Milh

ares

deeu

ros

2002 2003 2004

700

600

500

400

300

200

100

0

-100

Os Resultados Operacionais foram negativos em 204.158 Euros. Um valor

pior do que o apresentado em 2003, que foi de 29.656 Euros negativos. Tal

aumento dos resultados negativos deve-se a um aumento dos Custos

Operacionais e a uma redução dos Proveitos Operacionais.

Os Resultados Financeiros apresentam um resultado pior do que o de 2003.

O resultado passa de -5.396 para -9.465 Euros. Este resultado é o reflexo de

uma situação menos favorável de Tesouraria que o INEGI sofreu ao longo de

2004.

Os Resultados Extraordinários são positivos em 214.384, superiores aos

157.417 Euros de 2003. Este aumento deve-se à redução dos Custos

Extraordinários (em 2003 efectuaram-se abates e alienações de imobilizado

que se encontrava obsoleto ou sem utilização de valor significativo) apesar

de também ter ocorrido uma redução dos Proveitos Extraordinários.

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2004

81

ANÁLISE DO BALANÇO

Activo

Na componente Proveitos Extraordinários são contabilizados os Subsídios ao

Investimento correspondentes às Amortizações suportadas dos

equipamentos cuja aquisição foi financiada. O valor foi de 249.045 Euros

em 2004 (em 2003 foi de 261.675 Euros).

O Resultado Líquido do Exercício passou de 122.365 para 761 Euros.

O Cash Flow Total ascendeu a 395.880 Euros, inferior em 32,4% aos

585.886 Euros do ano passado.

O Total do Activo subiu 6,7% face a 2003. Este aumento deve-se essencialmente ao aumento 113,2% dos

Acréscimos e Diferimentos.

O Imobilizado Líquido apresentou, este ano, um decréscimo de 6,6%. Tal situação deve-se ao facto de o

investimento efectuado ter sido inferior às Amortizações e às Alienações ocorridas.

As Dívidas de Terceiros subiram 28,2%. Este valor deve-se, principalmente, ao aumento da componente de Clientes

C/C que reflecte o volume de facturação dos últimos meses de 2004 que foram bastante positivos.

82

Os valores dos Depósitos Bancários e Caixa atingem o valor de 53.778

Euros, bem inferior ao valor de 2003 que foi de 429.695 .

Os Acréscimos e Diferimentos subiram de 555.995 para 1.185.370 Euros.

Em Acréscimos de Proveitos são contabilizados os Proveitos Operacionais

relativos aos projectos de Investigação e Desenvolvimento imputáveis a

2004, mas não recebidos até 31 de Dezembro. O importante aumento

desse valor evidencia atrasos significativos no recebimento de incentivos.

Euros

Capital Próprio e Passivo

O Capital Próprio não regista uma variação significativa tendo em conta o

montante do Resultado Líquido do Exercício.

Registou-se um aumento em 12,9% do valor do Passivo. Um aumento em

1,8% das Dívidas a Terceiros, causado fundamentalmente pelo aumento das

Dívidas ao Estado (em especial IVA Liquidado e correcção do prorata do IVA

a favor do Estado de Dezembro), pela ocorrência de Adiantamentos de

Clientes e um aumento de Outros Credores.

Os Acréscimos e Diferimentos subiram 11,1%, reflectindo o aumento de

43,6% dos Acréscimos de Custos (essencialmente Remunerações a Liquidar

Férias e Subsidio de Férias de 2005) e o aumento de 6,9% dos Proveitos

Diferidos. Este aumento dos Proveitos Diferidos indica que durante 2004 o

montante recebido dos Subsídios ao Investimento foi superior ao montante

contabilizado dos Subsídios ao Investimento imputados ao exercício.

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2004

83APLICAÇÃO DE RESULTADOS

Porto, 18 de Fevereiro de 2005

(Augusto Barata da Rocha | )PRESIDENTE

(José Costa e Silva | )VOGAL

(Manuel Moura | )VOGAL

(Jorge Casais | )VOGAL

(Fernando Jorge Lino Alves | )VOGAL

A DIRECÇÃOO DIRECTOR FINANCEIRO

(Manuel Sérgio Pereira Cunha)

Propõe-se a transferência para Resultados Transitados de todo o Resultado

Líquido do Exercício.

BALANÇO

84

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2004

5.1.

85

86

BALANÇO

ACTIVO:Activo ImobilizadoActivo Circulante

Acréscimos e Diferimentos

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2004

ACTIVO

ACTIVO IMOBILIZADO ACTIVOBRUTO

2004 2003 %

IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREASDespesas de instalação e expansão

Propriedades industrial e outros direitos

Outras

IMOBILIZAÇÕES CORPÓREASEdifícios e outras construções

Equipamento básico

Equipamento de transporte

Ferramentas

Equipamentos administrativos

Outras imobilizações corpóreas

Imobilizações em curso

INVESTIMENTOS FINANCEIROSPartes de capital n/ instituitções/ Empresas

SUB-TOTAL

AMORTIZ. EPROVISÕES

ACTIVOLÍQUIDO

ACTIVOLÍQUIDO

ACTIVOLÍQUIDO

Despesas de instalação e expansão

Propriedades industrial e outros direitos

Outras

-

281.993

10.753

292.746

-

256.599

10.753

267.351

0

25.394

0

25.394

0

49.174

0

49.174

-

-48,4

-

-48,4

2.024.143

7.183.806

39.390

32.916

881.047

326.725

181.126

10.669.153

1.182.015

6.298.605

22.345

32.916

691.538

260.639

-

8.488.057

842.129

885.201

17.045

0

189.510

66.086

181.126

2.181.096

932.916

909.737

13.066

0

196.184

81.542

181.126

2.314.571

-9,7

-2,7

30,5

-

-3,4

-19,0

0

-5,8

0

0

34.078

34.078

34.078

34.078

34.078

34.078

0

0

10.995.977 8.755.408 2.240.568 2.397.823 -6,6

EXISTÊNCIAS

DÍVIDAS DE TERC. - MÉD. E LONGO PRAZO

DÍVIDAS DE TERCEIROS - CURTO PRAZO

TÍTULOS NEGOCIÁVEISOutras aplicações de tesouraria

Clientes - títulos a receber

Clientes c/c

Clientes - cobrança duvidosa

Outros devedores

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

692.383

9.320

374.096

64.654

1.140.452

-

-

331.377

-

331.377

692.383

9.320

42.719

64.654

809.076

406.007

52.805

123.539

48.686

613.037

70,5

-82,4

-65,4

32,8

28,2

49.890

49.890

0

0

49.890

49.890

49.890

49.890

0

0

DEPÓSITOS BANCÁRIOS E CAIXADepósitos a prazo

Depósitos bancáriosCaixa

-48.403

5.37553.778

0000

-48.403

5.37553.778

-427.390

2.305429.695

--88,7133,2-87,5

SUB-TOTAL 1.244.121 331.377 912.744 1.110.622 -17,8

ACTIVO CIRCULANTE ACTIVOBRUTO

AMORTIZ. EPROVISÕES

ACTIVOLÍQUIDO

ACTIVOLÍQUIDO

ACTIVOLÍQUIDO

Acréscimos de proveitos

Custos diferidos

1.137.679

47.692

0

0

1.137.679

47.692

522.769

33.226

117,6

43,5

ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS ACTIVOBRUTO

AMORTIZ. EPROVISÕES

ACTIVOLÍQUIDO

ACTIVOLÍQUIDO

ACTIVOLÍQUIDO

SUB-TOTAL 1.185.370 0 1.185.370 555.995 113,2

TOTAL DO ACTIVO 13.425.468 9.086.785 4.338.683 4.064.440 6,7

88

CAPITAL PRÓPRIOPASSIVO

BALANÇO

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2004

89

Resultados transitados

Capital

Resultado líquido do exercício

741.750

1.327.763

761

TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 2.070.274 2.069.513 0,0

CAPITAL PRÓPRIO + PASSIVO

CAPITAL PRÓPRIO

2004 2003 %

741.750

1.205.398

122.365

DÍVIDAS A TERCEIROS - CP

Estado e outros entes públicos

Fornecedores imobilizado

Outros credores

Adiantamentos de clientes

Dívidas a instituições de crédito

Fornecedores c/c

0

111.625

129.515

83.142

223.679

153.511

701.471

TOTAL DO PASSIVO 2.268.409 1.994.927 12,9

PASSIVO

0,0

10,2

-99,4

0

141.352

81.980

373.948

91.723

-

689.003

-

-21,0

58,0

-77,8

143,9

-

1,8

ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS

Acréscimo de custos

Proveitos diferidos

211.319

1.238.928

1.450.247

147.177

1.158.747

1.305.924

43,6

6,9

11,1

TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO + PASSIVO 4.338.683 4.064.440 6,7

PROVISÕES PARA RISCOS E ENCARGOS 116.690 0 -

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

90

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2004

5.2.

91

92

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

CUSTOS

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2004

93

CUSTOS 2004 2003 %

FORNECIMENTOS SERVIÇOS EXTERNOS

Subcontratos

Fornecimentos e serviços

0

1.283.881 1.283.881

0

1.283.799 1.283.799

-

- 0

CUSTOS COM PESSOAL

Remunerações e encargos sociais

Bolseiros

Pessoal UP

Outros custos

1.195.494

405.311

257.485

13.017 1.871.308

1.111.403

392.496

179.318

15.656 1.698.873

7,

43,6

-16,9

6

3,3

10,1

AMORTIZ. DE IMOB. CORP. E INCORP.

PROVISÕES

526.921

117.243 644.164

550.103

175.093 725.196

-4,2

-33,0 -11,2

I.V.A.Outros impostos

IMPOSTOS89.223

208 89.431

79.884

548 80.432

11,7

-62,1 11,2

(A).............. 3.968.274 3.858.060 2,9

OUTROS CUSTOS OPERACIONAIS 79.490 69.760 13,9

(C).............. 3.978.769 3.865.100 2,9

JUROS E CUSTOS SIMILARES 10.494 7.040 49,1

(E).............. 4.018.731 4.021.675 -0,1

(G).............. 4.018.731 4.021.675 -0,1

CUSTOS E PERDAS EXTRAORDINÁRIOS 39.962 156.575 -74,5

IMPOSTO S/ RENDIMENTO DO EXERC. 0 0 -

RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 761 122.365 -99

TOTAL DE CUSTOS 4.019.492 -3,04.144.040

94

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

PROVEITOS

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2004

(B).............. 3.740.117 3.828.404 -2,3

(D).............. 3.741.146 3.830.048 -2,3

PROVEITOS FINANCEIROS 1.030 1.644 -37,4

Resultados Operacionais B-A -204.158 -29.656 588,4

PRESTAÇÃO SERVIÇOS

Consultoria

Formação

Contratos I&D

Contratos formação 3.677.365

1.917.420

85.289

1.652.135

22.520 3.744.842

2.019.374

115.353

1.490.014

120.101 -1,8

-5

-26,1

10,9

-81,2

PROVEITOS GANHOS EXTRAORDINÁRIOS

Ganhos em imobilizações

Subsídios ao investimento

Outros proveitos

0

249.045

5.300 254.345

8.671

261.675

43.646 313.992

-100

-4,8

-87,9 -19,0

(F).............. 4.019.492 4.144.040 -3,0

Result. Financeiros (D-B)-(C-A) -9.465 -5.396 75

Resultados Correntes D-C -213.622 -35.052 509,4

Resultados Antes Impostos F-E 761 122.365 -99

Resultado Líquido Exercício F-G 761 122.365 -99

PROVEITOS SUPLEMENTARES

TRABALHO P/ PRÓPRIA EMPRESA

SUBSÍDIOS À EXPLORAÇÃO

OUTROS PROVEITOS OPERACIONAIS

0

0

83.880

2.872

0

0

80.750

2.812 83.562

-

-

3,9

2,1 3,886.752

PROVEITOS 2004 2003 %

95

ANEXO AO BALANÇO E ÀDEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

96

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2004

5.3.

97

98

ANEXO AO BALANÇO E ÀDEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2004

99

1. Nada a referir.

2. Nada a referir.

3. IVA: O INEGI, como se encontra abrangido pelo sistema do “pro-

rata” do IVA, deduz, em 2004, 52% do IVA Suportado (contra 53% de 2003),

pelo que o restante é custo do exercício. Foi efectuado, ao abrigo do artigo

24º do CIVA, uma correcção do IVA Suportado, a favor do Estado, no

montante de € 6.984,52.

AMORTIZAÇÕES Regime previsto no Decreto-Lei nº 2/90

PROVISÕES

Valores vencidos entre 180 e 365 dias = 25%

Valores vencidos entre 365 e 545 dias = 50%

Valores vencidos a mais de 545 dias = 100%

4 a 6. Nada a referir.

7. Número de Empregados e Assalariados, em 31.12.2004.

Pessoal Contratado: 70 (2 em regime de licença sem vencimento)

Bolseiros de Investigação: 42

8 e 9. Nada a referir.

ANEXO AO BALANÇO E ÀDEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

10. Valores em Euros.

Saldo inicial

Reavaliações

Aumentos

Alienações

Transferências e abates

SALDO FINAL 292.745,66 10.488.027,13 34.078,12

RUBRICAS

ACTIVO BRUTO

IMOBILIZAÇÕESINCORPÓREAS

IMOBILIZAÇÕESCORPÓREAS

INVESTIMENTOSFINANCEIROS

283.660,90

0,00

9.084,71

0,00

0,05

10.266.863,36

0,00

283.360,80

21.134,37

-41.062,66

34.078

0,00

0,00

0,00

0,00

Saldo inicial

Reforço

Regularizações

SALDO FINAL 267.351,47 8.488.056,93 0,00

AMORTIZAÇÕES

234.486,79

37.816,02

-4.951,34

8.133.417,74

489.105,01

-134.465,82

0,00

0,00

0,00

11 a 13. Nada a referir.

14. As Imobilizações Corpóreas estão todas localizadas nas instalações

do INEGI, na Rua do Barroco, em Leça do Balio, ou nas instalações da

Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.

15 a 31. Nada a referir.

100

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2004

32. Valores em euros.

Bancária

Bancária

Bancária

TIPO GARANTIA VALOR GARANTIA MOTIVO BENEFICIÁRIO

10.308,66

9.397,35

8.549,33

Adiantamento financiamento

Adiantamento financiamento

Adiantamento financiamento

CCRN

CCRN

CCRN

33. Nada a referir.

34. Valores em euros.

28 - Provisões para cobranças duvidosas

CONTAS SALDO INICIAL AUMENTO SALDO FINAL

330.823,29 553,27 0,00 331.376,56

REDUÇÃO

35 a 48. Nada a referir.

101

29 - Provisões para riscos e encargos 0,00 116.689,84 0,00 116.689,84

Porto, 31 de Dezembro de 2004

(Augusto Barata da Rocha | )PRESIDENTE

A DIRECÇÃOO DIRECTOR FINANCEIRO

(Manuel Sérgio Pereira Cunha)

PARECER DO ROC

102

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2004

5.4.

103

104

PARECER DO ROC

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2004

105

pág. 1/3

106

pág. 2/3

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2004

107

pág. 3/3

PARECER DO CONSELHO FISCAL

108

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2004

5.5.

109

110

PARECER DO CONSELHO FISCAL

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2004

111

pág. 1/1