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1 Senhoras e Senhores Acionistas, os principais resultados do Banco do Brasil são apresentados neste relatório atendendo ao mesmo modelo usado na publicação anterior, de forma a permitir que os leitores possam comparar os dados com facilidade e acompanhar o desempenho da Empresa. No desempenho financeiro, o Banco apresentou lucro líquido de R$ 2,5 bilhões no semestre, com retorno sobre o patrimônio líquido de 24,3%, acompanhando o fortalecimento da economia nacional. A título de remuneração aos acionistas, foram destinados, no semestre, R$ 990,9 milhões – R$ 651,9 milhões na forma de juros sobre o capital próprio e R$ 339 milhões em dividendos. No primeiro semestre de 2007, a conjuntura internacional continuou favorável ao fluxo de recursos para os mercados emergentes, apesar da volatilidade dos preços do petróleo e de turbulências transitórias nos mercados, relacionadas às incertezas quanto ao desempenho econômico e à trajetória futura da política monetária dos Estados Unidos. Já no ambiente doméstico, o fortalecimento dos fundamentos econômicos, principalmente no que se refere aos indicadores de solvência externa, tem sido parâmetro importante para a queda do risco-país, o aumento do fluxo de capitais externos e as recentes elevações das notas de rating do Brasil pelas agências Fitch Ratings e pela Standard and Poor’s (S&P). A nota de crédito de emissor para títulos de longo prazo em moeda estrangeira passou de “BB” para “BB+”, colocando o País a um notch do grau de investimento. Já o rating da dívida interna de longo prazo avançou de ‘BB+’ para ‘BBB’, atingindo a classificação inédita de investment grade, por parte da S&P. Esse movimento tem favorecido a entrada de dólares no mercado nacional. Como conseqüência, a relação real/dólar tem apresentado os menores patamares dos últimos seis anos. O cenário para a inflação permanece benigno: a variação do IPCA tem apresentado valores abaixo da meta central definida pelo CMN (4,5%). O processo de flexibilização da política monetária prosseguiu ao longo deste semestre, com redução da taxa básica de juros em 125 pontos- base, saindo de 13,25% para 12,0%.

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Senhoras e Senhores Acionistas,

os principais resultados do Banco do Brasil são apresentados neste relatório atendendo ao mesmo modelo usado na publicação anterior, de forma a permitir que os leitores possam comparar os dados com facilidade e acompanhar o desempenho da Empresa.

No desempenho financeiro, o Banco apresentou lucro líquido de R$ 2,5 bilhões no semestre, com retorno sobre o patrimônio líquido de 24,3%, acompanhando o fortalecimento da economia nacional. A título de remuneração aos acionistas, foram destinados, no semestre, R$ 990,9 milhões – R$ 651,9 milhões na forma de juros sobre o capital próprio e R$ 339 milhões em dividendos.

No primeiro semestre de 2007, a conjuntura internacional continuou favorável ao fluxo de recursos para os mercados emergentes, apesar da volatilidade dos preços do petróleo e de turbulências transitórias nos mercados, relacionadas às incertezas quanto ao desempenho econômico e à trajetória futura da política monetária dos Estados Unidos.

Já no ambiente doméstico, o fortalecimento dos fundamentos econômicos, principalmente no que se refere aos indicadores de solvência externa, tem sido parâmetro importante para a queda do risco-país, o aumento do fluxo de capitais externos e as recentes elevações das notas de rating do Brasil pelas agências Fitch Ratings e pela Standard and Poor’s (S&P). A nota de crédito de emissor para títulos de longo prazo em moeda estrangeira passou de “BB” para “BB+”, colocando o País a um notch do grau de investimento. Já o rating da dívida interna de longo prazo avançou de ‘BB+’ para ‘BBB’, atingindo a classificação inédita de investment grade, por parte da S&P.

Esse movimento tem favorecido a entrada de dólares no mercado nacional. Como conseqüência, a relação real/dólar tem apresentado os menores patamares dos últimos seis anos.

O cenário para a inflação permanece benigno: a variação do IPCA tem apresentado valores abaixo da meta central definida pelo CMN (4,5%). O processo de flexibilização da política monetária prosseguiu ao longo deste semestre, com redução da taxa básica de juros em 125 pontos-base, saindo de 13,25% para 12,0%.

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A queda dos juros, o alongamento dos prazos de empréstimos/ financiamentos e a contínua recuperação dos salários e do emprego têm sido os principais fatores a sustentar ampliação do consumo e do crédito. Esse ambiente e a perspectiva de maior crescimento da economia nos próximos anos têm incentivado os investimentos, gerando um cenário de forte crescimento da demanda doméstica sem pressões de preços que ameacem o cumprimento da meta de inflação.

No âmbito do BB, o bom desempenho da Instituição ganhou reconhecimento do mercado: na lista dos Maiores e Melhores Conglomerados Financeiros, divulgada em maio pela FGV, o BB se destacou como o melhor banco público em 2006, e atingiu a maior rentabilidade média entre as instituições nos últimos três anos. Além de ocupar, mais uma vez, o posto de maior banco e conglomerado por ativos, o BB foi a maior instituição financeira por operações de crédito e depósitos totais.

Os bons resultados vieram especialmente do crédito consignado, cuja inadimplência é reduzida, da estratégia de financiamento de veículos, do controle das despesas e da melhoria da eficiência operacional.

No relacionamento com os clientes, destaca-se a expansão dos negócios relacionados ao financiamento de veículos e ao crédito imobiliário. Vale a pena sublinhar, ainda, a expansão das parcerias com redes varejistas e o incremento do relacionamento com clientes não-correntistas.

Registramos o recorde de US$ 7,4 bilhões desembolsados em Adiantamento sobre Contrato de Câmbio (ACC) e Adiantamento sobre Cambiais Entregues (ACE) no semestre. Nos desembolsos de recursos do Sistema BNDES/Finame, o BB alcançou R$ 2,7 bilhões.

Encerramos a safra 2006/2007 com um total de R$ 33,9 bilhões investidos no agronegócio, volume 26% maior do que o observado na safra anterior.

Em relação aos processos internos, lançamos o programa Excelência em Gestão, com o objetivo de otimizar a estrutura de back-office do Banco, centralizando os principais processos e atividades de suporte na Unidade Suporte Operacional, com isso, desonerando a rede de atendimento que amplia seu foco na realização de negócios.

No âmbito do comportamento organizacional, destacamos o investimento de R$ 37 milhões para a capacitação de nosso corpo

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funcional e a oferta de 500 bolsas de estudo de graduação e 132 de idiomas.

No relacionamento com a sociedade, fomos pioneiros ao lançar a Agenda 21 do BB, assumindo o planejamento dos compromissos socioambientais da Empresa.

Nos próximos períodos, queremos continuar crescendo, oferecendo retorno para o investimento dos acionistas, honrando a preferência dos clientes, com um atendimento de excelência e a oferta de produtos e serviços de qualidade, e gerando benefícios à sociedade brasileira.

DESEMPENHO FINANCEIRO

1. Análise do desempenho

Para mais informações, veja o Relatório de Análise do Desempenho no Portal BB (www.bb.com.br/ri)

O lucro de R$ 2,5 bilhões no primeiro semestre de 2007 foi 36,3% menor do que o registrado no mesmo período de 2006 e 14,9% maior do que o do semestre anterior. Já o lucro recorrente superou em 84,4% o apresentado no primeiro semestre de 2006. Enquanto no primeiro semestre de 2006 foram contabilizados R$ 2,3 bilhões em receitas extraordinárias, no primeiro semestre de 2007, em decorrência do Programa de Afastamento Antecipado (PAA), o resultado foi reduzido em R$ 445,9 milhões líquidos de impostos.

O patrimônio líquido aumentou 16,3% em 12 meses, totalizando R$ 22,3 bilhões em junho. Ao final do semestre, o índice de Basiléia chegou a 15,9%, em comparação a 17,3% em junho de 2006. Essa redução é explicada pelo crescimento dos crédito tributários, que exigem alocação de capital da ordem de 300%.

Mesmo assim, o excesso de capital alcançou R$ 9,7 bilhões e permitiu uma alavancagem de R$ 88 bilhões em novas operações de crédito.

Os investimentos do BB em sociedades controladas e coligadas, atingiram R$ 1,2 bilhão em 30 de junho de 2007, registrando um aumento de 16,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. Não houve alteração na composição societária durante o período.

As receitas das operações de crédito totalizaram R$ 12,2 bilhões, crescimento de 16,6% em relação ao primeiro semestre de 2006, e as receitas de prestação de serviços atingiram R$ 4,8 bilhões, incremento

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de 10,7% em 12 meses, reflexo da evolução do volume de recursos administrados e da ampliação da base de correntistas.

As despesas administrativas, que compreendem as despesas de pessoal e as outras despesas administrativas, totalizaram R$ 7,5 bilhões, crescimento de 6,1% em relação ao semestre anterior, e de 11,9% em relação ao primeiro semestre de 2006. Vale lembrar que nas despesas de pessoal estão contabilizados R$ 445,9 milhões, antes dos impostos, decorrente do Plano de Aposentadoria Antecipada. (Veja mais sobre eficiência operacional na seção Processos Internos)

As despesas de provisão para risco de crédito somaram R$ 2,9 bilhões, decréscimo de 28,1% em relação ao semestre anterior.

Assim, o resultado operacional, que inclui o resultado da intermediação financeira, as receitas de serviços, despesas administrativas e outras receitas e despesas operacionais, atingiu o montante de R$ 3,8 bilhões.

Carteira de Crédito

A carteira de crédito do BB atingiu R$ 145,2 bilhões. Este montante representa crescimento de 28,4% em relação a junho de 2006.

R$ milhões

Variação (%) Carteira de Crédito Jun/06 Dez/06 Jun/07

Jun/06 Dez/06

País 103.209 128.070 133.019 28,9 3,9

. Pessoa Física 21.637 26.130 27.904 29,0 6,8

. Pessoa Jurídica 41.658 55.166 56.345 35,3 2,1

- MPE 16.605 19.448 21.390 28,8 10,0

- Demais 25.053 35.718 34.956 39,5 2,1

. Agronegócios 39.914 46.774 48.769 22,2 4,3

Exterior 9.894 12.318 12.214 23,5 (0,8)

Total 113.103 140.387 145.233 28,4 3,5

A carteira de crédito interna do BB cresceu 28,9% em 12 meses, contra 21,4% observado no Sistema Financeiro Nacional (SFN), consolidando a liderança do BB na concessão de crédito no País. As operações de crédito referencial para taxa de juros para pessoas físicas evoluíram 31,9%, 9,1 pontos percentuais acima do observado

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na Indústria. A carteira pessoa jurídica cresceu 35,3% em relação ao mesmo período de 2006, mantendo a liderança do Banco nesse segmento, e as operações de agronegócios evoluíram 22,2%.

As operações classificadas nos níveis de risco AA, A, B e C responderam por 90,8% da carteira do BB, em linha com os 91,2% do SFN. O índice de atraso de 90 dias, que contempla o total de operações vencidas sobre a carteira total, atingiu 2,4%, abaixo do percentual registrado no mesmo período do ano anterior, de 3,2%.

Captações

O Banco encerrou o semestre com R$ 239,3 bilhões captados, mantendo a liderança no País. Isso corresponde a incremento de 25% em relação ao mesmo período do ano anterior. O maior crescimento ocorreu nos depósitos de poupança – 22,9% em 12 meses.

No mercado externo, o saldo de nossas captações em dólar também apresentou variação positiva de 4,25%, totalizando US$ 10,7 milhões.

2. Desempenho das ações e dos bônus de subscrição

A ação do Banco do Brasil iniciou o quadrimestre vigente (maio/07 – ago/07) com 1,7% de participação no Ibovespa, elevando sua posição de 21ª, no último quadrimestre, para 16ª na carteira teórica atual.

Com vistas a favorecer a liquidez das ações do BB e o acesso de pequenos investidores, foi realizado, em junho, o desdobramento (split) das ações (BBAS3) na proporção 1:3. A medida ampliou a quantidade de ações emitidas sem alterar o patrimônio e a participação percentual dos acionistas. Como não houve desdobramento dos bônus de subscrição série C (BBAS13), foi alterada a proporção válida para eventual exercício do direito desse título para 3,131799 ações ordinárias para cada bônus.

O mercado financeiro reconheceu a melhoria da governança corporativa, além dos fundamentos econômicos do Banco, e a ação do BB encerrou o semestre com valorização de 79,6%, a maior entre os bancos listados no Ibovespa, cotada a R$ 27,89. No mesmo período, o Ibovespa apresentou evolução de 48,9%.

A capitalização de mercado do BB atingiu R$ 69,1 bilhões, crescimento de 67,4%. O lucro líquido por ação alcançou R$ 1,00 no semestre.

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Foram destinados R$ 990,9 bilhões, no semestre, a título de rendimentos aos acionistas – R$ 651,9 milhões como dividendos e R$ 339 milhões na forma de juros sobre o capital próprio (JCP).

Os Bônus C tiveram valorização de 132,4% em 12 meses.

3. Governança Corporativa

No Novo Mercado da Bovespa desde 2006, o Banco do Brasil está comprometido com a transparência, a prestação de contas, a eqüidade e a responsabilidade socioambiental, alinhando a gestão da organização aos interesses dos acionistas e da sociedade.

No relacionamento com o acionista, merecem destaque, no período, a fixação do payout de 40% do lucro líquido, cumprindo-se a política de pagamento de dividendos e/ou JCP, com periodicidade trimestral e o desdobramento das ações.

No semestre, o Banco realizou 14 reuniões com analistas do mercado de capitais nas regionais Apimec. Foram também realizadas outras 58 reuniões e teleconferências com investidores e analistas no Brasil, além de uma conferência internacional e três road shows nos Estados Unidos, Europa e Ásia; além de quatro teleconferências de resultado com analistas (duas em português e duas em inglês).

Em relação às mudanças nos quadros da administração, cabe destacar a efetivação, em abril, do então presidente interino do Banco do Brasil, Antonio Francisco de Lima Neto, no cargo. Lima Neto é funcionário do BB desde 1979 e exerceu, entre outras, as funções de Vice-presidente de Varejo e Distribuição, Vice-presidente interino de Negócios Internacionais e Atacado e Diretor da área Comercial.

No mesmo mês, a Assembléia Geral Ordinária (AGO) e Extraordinária (AGE) elegeu cinco membros, com respectivos suplentes, para o Conselho Fiscal para o mandato 2007/2008 e sete membros do CA do BB, para o mandato 2007/2009. Três deles foram indicados pelos acionistas minoritários e os demais pelo controlador, atendendo a regra de no mínimo dois conselheiros independentes, conforme definido no Regulamento do Novo Mercado.

Desde maio de 2007, está disponível no Portal do BB na Internet ambiente em que é possível informar eventuais descumprimentos de dispositivos legais, normativos, regulamentos e códigos internos aplicáveis ao Banco do Brasil e às subsidiárias financeiras integrais. Essas informações são acessadas exclusivamente pelo Comitê de

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Auditoria do Banco do Brasil, órgão estatutário de assessoramento ao CA, integrado por pessoas sem outros vínculos com o BB.

Em cumprimento à instrução CVM 381, o Banco do Brasil informa que os serviços não relacionados à auditoria externa prestados pela KPMG Auditores Independentes não ultrapassaram 5% do total de honorários recebidos pelo serviço de auditoria externa. As empresas para as quais foram executados serviços de auditoria externa englobam o Banco do Brasil S.A. e suas subsidiárias.

CLIENTES

1. Mercado Varejo

No final do primeiro semestre de 2007, o segmento Varejo no BB reunia 23,3 milhões de correntistas e 9,4milhões de não-correntistas (poupadores e beneficiários do INSS), totalizando 32,7 milhões de clientes pessoa física, um crescimento de 3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Além disso, o segmento era formado por 1,6 milhão de micro e pequenas empresas, das quais 94,6% enquadravam-se nos critérios definidos pela Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas.

Para atender o segmento Alta Renda – BB Private e BB Estilo, o Banco mantêm agências e escritórios especializados. No primeiro semestre, observou-se um crescimento de 61% na base desses clientes e de 30% em recursos administrados provenientes desse segmento.

Para atender o segmento menor renda, o BB conta com a subsidiária integral Banco Popular do Brasil (BPB). No final do período, o BPB estava presente em 1,3 mil municípios brasileiros e atendia a 1,4 milhão de clientes.

Crédito

Em junho de 2007, a carteira de crédito consignado atingiu R$ 10,2 bilhões, 17,6% de participação de mercado, com 3,4 milhões de contratos ativos. Com esse resultado, o BB conquistou a liderança do mercado de crédito consignado.

A carteira de financiamento de veículos continuou em expansão: cresceu 92,5% em relação ao semestre anterior e encerrou o semestre com saldo de R$ 1,7 bilhão. Merece destaque a estratégia de financiamento oferecido em concessionárias e multimarcas por

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meio de parcerias, responsável por R$ 216,1 milhões do total contratado no segundo trimestre.

Enquanto se prepara para constituir uma carteira própria de crédito imobiliário, o BB firmou uma parceria com a Associação de Poupança e Empréstimo do Exército (Poupex) para oferecer operações de financiamento imobiliário por meio daquela instituição, de forma a atender, no curto prazo, a demanda de seus funcionários e clientes. Desde maio, foram acolhidas propostas no montante de R$ 124,9 milhões e concedidas cartas de crédito/financiamentos no valor total de R$ 91,7 milhões.

O Banco Popular encerrou o semestre com R$ 42 milhões em créditos concedidos, o que corresponde a 228 mil operações de valor médio de R$ 185 e saldo em carteira de R$ 43,4 milhões.

A carteira de crédito do segmento de Micro e Pequenas Empresas (MPE) alcançou R$ 21,4 bilhões no final do período, incremento de 28,8% em relação ao mesmo período de 2006, que corresponde a 14,7% da carteira total de crédito do BB. Aproximadamente 78% da carteira de MPE foram aplicados em linhas de capital de giro e 22% em financiamento de investimentos.

Para facilitar o acesso ao crédito e incrementar os negócios com o segmento MPE, o BB desenvolveu e implementou uma nova metodologia de crédito para análise de risco de MPE com menos de um ano de experiência em crédito no BB.

Captações

O BB oferece aos seus clientes um amplo portfólio de produtos de captação, como fundos de investimento, CDB e poupança. No final do semestre, o BB registrou R$ 81,4 bilhões captados em depósitos a prazo, o que lhe permitiu manter a liderança desse mercado. Já a Poupança contava com 16,3 milhões de clientes aplicadores e R$ 40,8 bilhões captados.

Cartões

As Receitas com Cartões, no total das Receitas de Prestação de Serviços, totalizaram R$ 397 milhões no semestre. A base de cartões alcançou 59,8 milhões no final de junho, com crescimento expressivo no número de cartões de parcerias varejistas (private label), que saltou de 56 mil em dezembro de 2006 para 276 mil no final do semestre. Em

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comparação com o mesmo período de 2006, o crescimento total da base de cartões foi de 60%.

No semestre, o BB faturou R$ 22,4 bilhões com cartões, valor 26% superior ao do mesmo período de 2006. Desse montante, R$ 12,3 bilhões referem-se a cartão de crédito e R$ 10,2 bilhões aos de débito.

O Ourocard Empresarial, para micro e pequenas empresas, atingiu 752 mil plásticos, representando crescimento de 66,7% em 12 meses. O faturamento com cartões desse segmento atingiu R$ 942,6 milhões, evolução de 38,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. O Banco Popular lançou o cartão de débito Visa Electron, inédito para o segmento de menor renda, que permite realizar todas as transações bancárias nos pontos de atendimento do Banco Popular e efetuar compras na rede Visa no Brasil. Desde seu lançamento, em março, foram emitidos 363 mil cartões. Seguros, previdência, capitalização e consórcio

Os negócios com seguros, previdência e capitalização agregaram ao Banco R$ 631,2 milhões no primeiro semestre, entre equivalência patrimonial e receitas de serviços, incremento de 31,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A Aliança do Brasil arrecadou R$ 698 milhões em prêmios emitidos, evolução de 7,3% em relação ao mesmo período de 2006, e alcançou 3,5 milhões de segurados em sua carteira.

A Brasilveículos encerrou o semestre com 6,3% de market share (com RVNE), na 6ª posição no ranking do mercado (acumulado até junho/2007). No período, faturou R$ 562,5 milhões em prêmios e emitiu 443,4 mil apólices, registrando 718 mil veículos segurados, evolução de 13,1% em 12 meses.

A Brasilsaúde implementou um novo modelo de atuação, em parceria com corretores independentes, focado nas praças do Rio de Janeiro e de São Paulo, e encerrou o período com uma carteira de 81,6 mil vidas e R$ 63,3 milhões em prêmios ganhos.

A Brasilprev arrecadou R$ 1,4 bilhão no período (14,7% proveniente do segmento Alta Renda), crescimento de 31,3% em 12 meses. No semestre, o volume de vendas aumentou 101,6% e o índice de

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captação líquida 55%, garantindo uma performance superior à da concorrência.

A Brasilcap manteve a liderança no mercado de capitalização em provisões, com 23,1% de participação, e em contribuições, com 25,1% em junho. O faturamento da empresa, no semestre, atingiu R$ 923,7 milhões, superando em 6,8% o valor observado no mesmo período de 2006.

Com três anos de atuação, a BB Consórcios é a terceira maior administradora do mercado em número de cotas. São mais de 147 mil participantes ativos, com crescimento no semestre de 20% na carteira de trator/caminhão e de 22,8% na de automóvel.

Canais Relacionamento de Varejo

O BB encerrou o semestre com 15,2 mil pontos próprios de atendimento em 3,2 mil municípios brasileiros, constituindo a maior rede do País, e com uma estrutura complementar de 2,2 mil lojas, por meio de correspondentes da rede “Aqui tem BB”.

Os clientes BB contaram, ainda, com canais alternativos (Terminais de Auto Atendimento - TAA, central de atendimento BB, Portal bb.com.br, mobile banking, rede externa de TAA compartilhada, casas lotéricas). No período, o BB estendeu, para todo o País, o compartilhamento de terminais com a Caixa Econômica Federal e deu início a um projeto piloto de compartilhamento de TAAs com o Bradesco. Por fim, firmou um convênio para uso da rede do BB pelos clientes do Banco Popular.

No segmento Alta Renda, o BB Private manteve quatro escritórios localizados em regiões de alta concentração de renda – São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre. O BB Estilo, por sua vez, dispunha de 54 agências e 453 pontos de atendimento.

No semestre, o BB ampliou, ainda, o atendimento a clientes não correntistas por meio de concessionárias, parcerias varejistas e canais alternativos, inaugurando, no período, por exemplo, uma loja em João Pessoa (PB) com um parceiro varejista e outra em Brasília (DF) com uma empresa promotora de vendas. A previsão é de que, até o final do ano, outros 117 pontos com foco em não-correntistas sejam abertos.

2. Mercado Atacado

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Composto por empresas médias, grandes e corporate, investidores institucionais e instituições financeiras, segmentadas por faturamento anual e atividade econômica, o Pilar Atacado do BB contava, até o final do semestre, com 35,5 mil clientes.

Crédito

As operações de crédito para pessoas jurídicas do mercado atacado, que inclui as empresas agroindustriais e as registradas no exterior, alcançaram R$ 50,3 bilhões, crescimento de 43,6% em 12 meses.

O saldo das operações com linhas de capital de giro, incluindo operações baseadas em recebíveis, atingiu R$ 19 bilhões, crescimento de 70,2% em relação ao mesmo período de 2006.

Nas linhas para investimento, merecem destaque as operações com repasses de recursos do BNDES e Finame, que atingiram o saldo de R$ 3,4 bilhões, contra R$ 2 bilhões no mesmo período de 2006. As operações do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) e do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) alcançaram saldo de R$ 1,2 bilhão no final de junho, evolução de 34,3% em 12 meses.

Soluções de Negócios

O serviço de assessoria que o Banco presta a grandes grupos empresariais brasileiros e investidores externos levou a um expressivo volume de operações estruturadas no primeiro semestre de 2007: R$ 280,5 milhões.

O cash management oferecido pelo BB gera um conjunto de soluções customizadas e integradas aos sistemas de gestão empresarial. Ao final do semestre, o Banco tinha 7,9 mil contratos com empresas para prestação de serviço de folha de pagamentos e 446,3 mil convênios de cobrança firmados.

Previdência Complementar

A carteira administrada de planos de previdência aberta do BB encerrou o semestre com R$ 14,1 bilhões de volume da e com 1,9 milhão de participantes ativos. No segmento de previdência complementar fechada, o BB atua por meio da BB Previdência, que encerrou o semestre com patrimônio de R$ 1,2 bilhão, distribuído em 40 planos de 51 empresas patrocinadoras e instituidores, com mais de 50 mil participantes.

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Cartões

A base de cartões corporativos para o segmento Atacado atingiu 69 mil plásticos, aumento de 31,4% em 12 meses. O faturamento anual cresceu 24,8%, somando R$ 317,8 milhões.

O BB é o maior emissor de cartões BNDES, com 69,7 mil plásticos no final de junho, evolução de 194,5% em 12 meses. O faturamento foi de R$ 40,8 milhões, 173,8% maior do que no mesmo período do ano anterior.

No segmento de vales-benefício, a quantidade de cartões Visa Vale distribuídos por meio do BB atingiu 986 mil unidades, com faturamento de R$ 623 milhões.

Parcerias Varejistas

No final do semestre, o BB contava com 25 parcerias contratadas com redes de diversos segmentos, em âmbito nacional, como comércio de eletrodomésticos, aéreo, montadora de veículos e telefonia. Por meio dessas parcerias, o BB oferece crédito, títulos de capitalização, seguros, serviços de correspondente bancário e cartões private label para clientes correntistas e não-correntistas.

No semestre, a novidade dessas parcerias foi o Cartão Distribuição, meio de pagamento destinado à cadeia produtiva das empresas, que possibilita o pagamento a crédito de compras recorrentes.

Os negócios realizados nas parcerias, já permitiram ao BB alcançar R$ 155 milhões na carteira de crédito (financiamento e cartões) e 651 mil plásticos emitidos em oito meses de operação.

Canais de Relacionamento Atacado

O Banco encerrou o período com 84 agências Atacado, sendo 68 Empresariais e 16 Corporate e 43 plataformas instaladas em agências de Varejo. No final do semestre, havia 1 milhão de empresas habilitadas a usar o Gerenciador Financeiro – canal na Internet para pessoas jurídicas. No período, foram realizadas 497,8 milhões de transações por meio desse canal, 22,3% a mais do que no primeiro semestre de 2006.

3. Mercado Governo

O BB respondeu por 4,4 milhões de pagamentos de servidores públicos no semestre. A base de Cartões Governo cresceu 47,7% em

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12 meses, atingindo 44,7 mil plásticos. O faturamento aumentou 66,7%, somando R$ 52,4 milhões.

No período, o Banco arrecadou 3,7 milhões de Guias da Previdência Social (GPS), no valor total de R$ 9,9 bilhões, correspondentes a 30,8% do volume total arrecadado pelo INSS.

Em relação à Receita Federal, o BB arrecadou 6,8 milhões de guias, no montante de R$ 21,9 bilhões, o que corresponde a 20,5% do volume total.

O BB também se destacou na arrecadação de tributos estaduais e municipais, sendo responsável por, respectivamente, 27,6 milhões e 13,5 milhões de guias.

O Banco do Brasil disponibilizou aos Regimes Próprios de Previdência Social dos Estados e Municípios soluções de compartilhamento técnico-operacional para os serviços previdenciários e gestão dos respectivos recursos financeiros, totalizando, ao final do semestre, 55 contratos com 228,5 mil servidores e patrimônio de R$ 4,8 bilhões.

Outro serviço oferecido aos entes públicos é o sistema eletrônico de compras e contratações de serviços: o canal Licitações-e. No semestre, foram realizadas 12,4 mil licitações eletrônicas, que movimentaram R$ 1,7 bilhões.

Canais de Relacionamento Governo

A rede Governo encerrou o período com 39 agências. No semestre, o Banco expandiu seu atendimento por meio da instalação de 50 Plataformas Governo em grandes municípios.

O auto-atendimento ao setor público contabilizou, no final do semestre, 11,1 mil clientes, responsáveis pela realização de 27,1 milhões de transações, incremento de 24,4% em relação ao mesmo período de 2006.

4. Agronegócio

O BB é o primeiro em carteira de crédito de agronegócio no ranking das instituições financeiras integrantes do Sistema Nacional do Crédito Rural, com participação de 59,4%, o que representa 33,6% da carteira de crédito do Banco.

Ao final do semestre, a carteira de agronegócios do BB apresentou saldo de R$ 48,8 bilhões, aumento de 22,2% em 12 meses. Essa

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carteira era composta por 39,5% de operações de custeio, 19,9% de comercialização e 40,4% de operações de investimento.

Na safra 2006/2007, o Banco destinou R$ 33,9 bilhões ao setor rural.

A título de equalização, o Banco recebeu R$ 853 milhões no primeiro semestre de 2007, 161% a mais que no mesmo período de 2006.

Canais de Relacionamento Agronegócios

No final do semestre, a rede de distribuição do Banco contava com mais de 1,7 mil agências com perfil de agronegócios, sendo 620 voltadas à agricultura empresarial e 1,1 mil à agricultura de pequeno porte.

5. Mercado Exterior

O BB está presente em 22 países, com uma rede de 16 agências, 10 subagências, 10 escritórios de representação e unidades de negócios, além de cinco subsidiárias. Além de sua rede própria de agências, o BB conta com uma rede complementar de 1,5 mil bancos correspondentes, em 147 países.

No semestre, o BB ultrapassou a marca de 400 mil pontos de atendimento para oferta do serviço de remessas de recursos do e para o exterior em mais de 200 países.

6. Comércio Exterior

O Banco se manteve líder no mercado de câmbio de exportação, com participação de 26,8%. No final do semestre, as operações de Adiantamento sobre Contrato de Câmbio (ACC) e de Adiantamento sobre Cambiais Entregues (ACE) atingiram volume de US$ 7,4 bilhões, somando 14 mil contratos: um recorde histórico.

Único banco brasileiro a oferecer contratação de câmbio de exportação 100% on-line para operações de até US$ 1 milhão, o BB registrou 50,4 mil contratos nas modalidades ACC/ACE Automático e Câmbio Pronto On-line no semestre. Essas operações somaram US$ 1,5 bilhão, um crescimento de 32,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O volume de Financiamentos à Importação atingiu recorde neste semestre, alcançando US$ 2,4 bilhões, uma evolução de 27,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em junho, o Banco foi pioneiro ao lançar a contratação de câmbio de importação pela Internet para operações de valor até US$ 1 milhão.

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No primeiro semestre, foram desembolsados US$ 754 milhões em operações de Pré-Pagamento de Exportação, um aumento de 37% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Em operações de BNDES-Exim, o BB repassou US$ 545,5 milhões, mantendo-se novamente na liderança no ranking de Agentes Financeiros em operações da área de comércio exterior do BNDES.

O volume do BB em operações sindicalizadas com recursos externos atingiu US$ 502,2 milhões no primeiro semestre de 2007.

As receitas de consultoria em comércio exterior cresceram 26,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, somando R$ 4,8 milhões.

7. Mercado de Capitais

O Banco do Brasil atua no mercado de capitais doméstico por meio do BB Banco de Investimentos S.A (BB-BI). No semestre, o BB-BI participou de operações de renda fixa com um volume de R$ 5,8 bilhões. Em renda variável, cordenou 12 ofertas públicas de ações, com volume de emissões de R$ 9,4 bilhões e em operações de Certificado de Potencial Adicional de Construção (Cepac), com R$ 130 milhões. Em securitização, totalizou um volume de R$ 200 milhões. Participou, ainda, da distribuição para o varejo em 15 ofertas públicas de ações, que somaram R$ 9,9 bilhões em emissões.

No período, o BB teve participação significativa em operações de lançamento de títulos de renda fixa internacional, tendo participado em oito colocações de bonds no mercado de capitais internacional, por meio de sua corretora externa, BB Securities Ltd., em um total de, aproximadamente, US$ 3,4 bilhões em operações offshore.

Merece destaque a crescente participação em emissões denominadas em Reais no mercado externo para instituições financeiras nacionais e internacionais, bem como para o Brasil, correspondendo a R$ 4,7 bilhões em colocações. É de se ressaltar a participação do Banco como co-manager em todas as emissões de títulos externos realizados pelo Brasil no período, em um montante de, aproximadamente, US$ 2,9 bilhões em seis operações.

8. Administração de Recursos de Terceiros

A BB DTVM, maior administradora de recursos da América Latina, encerrou o semestre com o recorde de R$ 208,9 bilhões de patrimônio, crescimento de 23,5% em 12 meses e 19,1% de participação de mercado.

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A BB DTVM possui 356 fundos de investimento e 74 carteiras administradas distribuídos em segmentos como varejo, alta renda, private, atacado, governo, investidores institucionais e investidores estrangeiros, totalizando 1,5 milhão cotistas.

PROCESSOS INTERNOS

1. Gestão de Riscos

Em consonância com as melhores práticas adotadas no mercado mundial e as recomendações do Comitê de Basiléia, os riscos de mercado, liquidez, crédito e operacional são geridos de forma consolidada pelo Banco do Brasil.

O gerenciamento é realizado de modo autônomo, segregado das unidades de negócios, cabendo ao Comitê de Risco Global, fórum composto pelo Conselho Diretor, diretores e executivos, a definição das estratégias de gestão do Banco ou de suas subsidiárias integrais. Todas as decisões são tomadas de forma colegiada.

No tocante a Basiléia II, o Banco do Brasil trabalha na adequação de seus processos, com o objetivo final de adotar a abordagem avançada para mensuração de capital. Já no âmbito externo, vale destacar a participação do BB nas discussões com o Bacen e a indústria bancária no que se refere à proposta de regulação para o Brasil. Risco de Crédito – Dentre as principais atividades desenvolvidas no semestre, destacam-se a preparação do Banco para implementação do Novo Acordo, bem como a análise do Edital n.º 26 (cálculo de exigência de capital e limites de exposição). Reconhecendo-se o esforço tecnológico necessário para dar suporte a essas ações, foram alocados recursos adicionais para o desenvolvimento das demandas vinculadas à infra-estrutura de TI.

Risco Operacional – Foram desenvolvidas ações visando a implementação de estrutura de gerenciamento de risco operacional, em conformidade com a Resolução CMN 3.380, que alcançam o modelo de gestão, o conceito, as categorias e política de risco operacional, os procedimentos de documentação e armazenamento de informações, os relatórios de gerenciamento do risco operacional e o processo de disclosure. Em junho, o CA aprovou um conjunto de medidas que serão implementadas para garantir o completo alinhamento da Empresa ao disposto na Resolução.

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Riscos de Mercado e de Liquidez – Foi definida a Estratégia e Limites de Risco de Carteira de Títulos Privados; apuração do VaR (Value at Risk) de mercado consolidado das posições do banco comercial, dependências externas e subsidiárias. O Banco se encontra apto a atender as exigências da Resolução CMN n.º 3.464 que trata da estrutura de gerenciamento do risco de mercado no prazo estabelecido.

O Banco do Brasil utiliza em seus processos internos de gestão de riscos o conceito de capital baseado em modelos internos. A tabela abaixo apresenta a exigência de capital de acordo com os critérios vigentes (Capital Regulatório) e o consumo de capital baseado em modelos internos:

R$ milhões Regulatório Modelo Interno

PLE-Patrimônio Líquido Exigido 2T07 4T06 2T07 4T06

Exigência sobre APR 21.323 19.130 4.117 3.585

Carteira de Crédito(*) 13.884 12.452 4.117 3.585

Demais (**) 7.439 6.678 Exigência sobre risco de mercado (Trading Book) 535 439 1.908 1.920

Exigência sobre risco operacional 1.140 1.069

Total 21.858 19.569 7.165 6.574

(*) Operações de crédito e prestação de garantias (**) Créditos Tributários de IR e Contribuição Sindical, CDI-Instituições Financeiras Não-Ligadas, Carteira de Câmbio e Outros Ativos

Especificamente em relação aos riscos de mercado e liquidez, em conformidade com o art. 8º da Circular Bacen 3.068/01, o Banco do Brasil confirma que possui intenção e capacidade financeira de manter, até o vencimento, os títulos classificados na categoria “Títulos Mantidos até o Vencimento”. A capacidade financeira está amparada em projeção de fluxo de caixa que não considera a possibilidade de venda desses títulos.

2.Cobrança e recuperação de créditos

O Banco reforçou a gestão do processo de cobrança por meio da migração do estoque de dívidas para um único sistema. Essa medida proporcionou ganhos em termos de diminuição de riscos, custos, complexidade da cobrança e melhoria das informações gerenciais.

De junho de 2006 a junho de 2007, a participação das operações com mais de 15 dias de atraso na carteira diminuiu de 5% para 4,1%. Nas operações com mais de 90 dias de atraso, a redução foi 80 pontos base, saindo de 3,2% para 2,4%.

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Durante o primeiro semestre de 2007, o Banco intensificou as medidas de gestão focadas no portfólio de operações de crédito baixadas em perdas. O montante recuperado nesse período alcançou R$ 732 milhões, evolução de 38,1% em relação ao primeiro semestre de 2006.

Entre as medidas adotadas para a recuperação de créditos contabilizados em perdas, destacam-se: a) criação de ferramenta alternativa de solução de dívidas com base em modelo estatístico para definição de piso negocial, cujas características principais são: a) agilidade e baixo custo operacional; b) implementação de trabalho conjunto entre as Diretorias de Reestruturação de Ativos e Jurídica, no sentido de desenvolver ações que propiciem maior celeridade no desfecho dos processos judiciais considerados estratégicos para o Banco em termos de retorno financeiro.

3. Controle e Gestão de Custos

As despesas administrativas mantiveram-se sob estrito controle, atingindo R$ 7,5 bilhões, crescimento de 11,9% em 12 meses. No mesmo período, as receitas operacionais chegaram a R$ 15,2 bilhões, crescimento de 3,4%.

Assim, o índice de eficiência (despesas administrativas/receitas operacionais) atingiu 49,1%, contra 45,5% no mesmo período do ano anterior e o índice de cobertura das despesas de pessoal com as receitas de prestação de serviços atingiu 110,1%, queda de 210 pontos-base em relação a junho de 2006.

A Central de Atendimento BB – CABB, um importante instrumento para melhoria de eficiência operacional, apresentou uma performance média de 6,8 milhões de transações por mês.

Ainda visando a busca contínua da melhoria na eficiência, o BB implementou a utilização de software livre. Entre os benefícios do uso de software livre para a Instituição, estão a independência de fornecedores, segurança e a redução de custo (com a sua adoção estima-se uma economia de quase R$ 90 milhões em quatro anos).

Em maio, o BB informou ao mercado um conjunto de ações com o objetivo de melhorar sua eficiência operacional: o programa Excelência em Gestão. O programa consiste em medidas que aprimoram o processo decisório nas diversas instâncias da Empresa, estabelecem novos parâmetros de relacionamento com os clientes e

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centralizam os processos de suporte operacional, melhorando os prazos de entrega de produtos e serviços para os clientes e desonerando a rede de atendimento para a realização de negócios.

4.Controles Internos

Utilizando os direcionadores do Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Comission (Coso) e domínios do Control Objectives for Information and Related Tecnology (Cobit), foi estruturado e encontra-se em implantação Plano de Atuação para o ano de 2007 que representa a organização e formalização das atividades a serem desenvolvidas durante o exercício, estando programadas verificações segregadas de compliance e ações de assessoria, seguindo com o foco na disseminação da cultura e na promoção da melhoria dos controles internos no Banco.

A avaliação dos controles internos nas unidades organizacionais, incluindo as redes de distribuição, e nas subsidiárias está alinhado com as melhores práticas de mercado. O modelo adotado baseia-se em três camadas de controle: a primeira, realizada por meio de auto-avaliação, no nível estratégico, e por meio de auto-verificações, no nível operacional; a segunda, realizada de forma segregada pela Diretoria de Controles Internos por meio de verificações e backtestings; e a terceira camada, realizada por meio de avaliações independentes e sistematizadas pelas Auditorias Interna e Independente, com foco nos riscos, controles e governança. Também foi dada continuidade ao avanço de soluções automatizadas de controle, no incremento dos testes eletrônicos e no investimento em capacitação dos funcionários. 5. Prevenção e Combate à Lavagem de Dinheiro

Merecem destaque, no primeiro semestre de 2007, as seguintes ações com vistas a prevenir a lavagem de dinheiro: elaboração do planejamento estratégico para o processo de prevenção e combate à lavagem de dinheiro no Banco do Brasil, para o biênio 2006-2007; assessoramento às empresas controladas pelo Banco para o aprimoramento de seus processos; e implementação de funcionalidades para classificação do risco das sinalizações apresentadas pelo aplicativo de Detecção de Indícios de Lavagem de Dinheiro (DLD).

6.Tecnologia, Infra-estrutura e Logística

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Em 2007, os canais automatizados representaram 89,9% das transações realizadas pelos clientes do BB e a rede de 39,9 mil TAAs responderam por 45,9% do volume dessas transações.

Cerca de 32,2% das transações de auto-atendimento foram realizadas pela internet em 2007. Aproximadamente 8,4 milhões de clientes cadastrados para utilizar o canal internet estão também habilitados para utilizar o auto-atendimento pelo celular, que já conta com mais de 400 mil usuários, que realizam aproximadamente 2 milhões de transações por mês. A meta é chegar a 1 milhão de usuários em 2007.

Em junho, o BB lançou o novo portal na Internet. A principal mudança está no conceito de atendimento focado no relacionamento com o cliente, e não somente em produtos e serviços. O portal BB está entre os mais completos portais do mercado financeiro do país.

O BB deu continuidade à construção do complexo Datacenter, projetado com o intuito de manter um ambiente propício e seguro à hospedagem de equipamentos de tecnologia da informação, independentemente das variáveis externas, em concordância com as demandas do Bacen e com as exigências do Acordo de Basiléia II e da Lei Sarbanes - Oxley.

COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL

O Banco do Brasil encerrou o semestre com 79,3 mil funcionários de carreira, 63,4% homens e 36,6% mulheres. Além disso, no final do período o BB contava com 4,2 mil contratados junto a empresas especializadas no fornecimento de mão-de-obra temporária e 9,8 mil estagiários.

Em maio, o BB lançou o programa “Excelência em Gestão – Ações Estruturantes”, com vistas a garantir, nos próximos anos, a competitividade e a sustentabilidade da Empresa.

Dentre as medidas aprovadas, destacamos o lançamento do Plano de Afastamento Antecipado (PAA), que criou condições para o desligamento socialmente responsável dos funcionários que já reuniam os requisitos exigidos para a obtenção do complemento de aposentadoria antecipada da PREVI (ter 50 anos de idade ou estar apto a requerer o benefício previdenciário do INSS e possuir 15 anos de contribuição à PREVI).

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Paralelamente acionou o Plano de Adequação de Quadros – PAQ, que disponibilizou alternativas de realocação aos funcionários lotados em unidades redimensionadas ou desativadas. No semestre, cerca de 6,9 mil funcionários se desligaram com os incentivos do PAA. Outros 102 se desligaram pelo PAQ. Com isso, o BB contabilizou R$ 445,9 milhões líquidos de impostos a fim de atender aos acordos. A Empresa prevê que as medidas gerem efeitos positivos no resultado a partir de 2008.

Os funcionários atingidos pela reorganização de dependências contaram com um sistema eletrônico diferenciado para facilitar a realocação: o Sistema Automático de Concorrência à Remoção.

Para os funcionários que se desligam da Empresa, o Banco disponibiliza às Comissões de Conciliação Prévia (CCP), alternativas para discussão de conflitos trabalhistas que possibilitam acordos extrajudiciais com ganhos para ambas as partes.

1. Capacitação e Encarreiramento

No primeiro semestre, foram investidos R$ 37milhões em programas de capacitação e treinamento dos funcionários, 47% a mais do que no mesmo período do ano anterior. Ao final do período, a média de treinamento por funcionário foi de 71 horas. 31 mil funcionários realizaram cursos utilizando a plataforma de e-learning da Universidade Corporativa Banco do Brasil. Além disso, foram concedidas 500 bolsas de graduação, 33 de mestrado e doutorado e 132 para estudo de língua estrangeira.

No programa Ascensão Profissional, que avalia o conhecimento dos funcionários por meio de testes e democratiza a ascensão na Empresa, houve participação de mais de 40 mil funcionários em todo o País. Cerca de 16 mil funcionários obtiveram certificações. No piloto da etapa de Qualificação, que é a avaliação em relação ao perfil gerencial necessário ao exercício de funções gerenciais na Rede de Agências, participaram 270 funcionários, sendo que 158 foram aprovados.

2. Previdência, Saúde e Alimentação

O Banco do Brasil repassou R$ 39 milhões, como contribuição patronal, para o plano Previ Futuro. Já as contribuições patronais e dos funcionários para o Plano de Benefícios 1 foram suspensas como conseqüência do superávit acumulado na Previ, após acordo entre BB

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e funcionários. A suspensão corresponderá a cerca de 300 milhões de redução de despesa no ano e será reavaliada a cada doze meses. Sua manutenção está vinculada à existência da Reserva Especial do Plano de Benefícios 1, decorrente da situação superavitária daquele Plano. As contribuições para o Plano Previ Futuro (funcionários admitidos nos últimos 9 anos) permanecem inalteradas.

Para custear o plano de saúde dos funcionários, foram repassados R$ 206,4 milhões para a Cassi. O programa de Alimentação do Trabalhador recebeu R$ 290,3 milhões em benefícios de auxílio refeição e cesta de alimentação no período.

A título de participação nos lucros ou resultados (PLR), foram distribuídos R$ 272 milhões no período, referentes ao lucro obtido no segundo semestre de 2006.

3. Ouvidoria Interna

A Ouvidoria atua na prevenção e solução de conflitos, contribuindo para construção de um ambiente de trabalho mais democrático e saudável. No semestre, a área recebeu 4,9 mil contatos.

SOCIEDADE

No primeiro semestre do ano, o BB lançou sua Agenda 21 – um instrumento de planejamento que direciona a implementação de práticas administrativas e negociais com base em princípios de responsabilidade socioambiental (RSA). A Agenda 21 do BB divide-se em três grandes eixos: negócios com foco no desenvolvimento sustentável, práticas administrativas e negociais com responsabilidade socioambiental e investimento social privado.

A Agenda 21 do BB está disponível, na íntegra, no endereço: http://www.bb.com.br/portal/emp/ep/srv/cpt/dwn/Agenda.pdf.

Certificações, tratados e acordos relacionados à RSA

2003 Assinatura do Pacto Global das Nações Unidas

2004 BB assume compromisso de desenvolver Agenda 21 Empresarial

Pacto pelo Combate ao Trabalho Escravo

Princípios do Equador 2005

Relatório de Informações sobre Emissão de Carbono

2006 Adoção dos Indicadores propostos pela Global Reporting Initiative – GRI

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Initiative – GRI

2007 Publicação da Agenda 21 do BB

1. Acionistas e Analistas de Mercado*

Veja mais informações sobre as iniciativas do BB no relacionamento com seus acionistas na seção Governança Corporativa.

No relacionamento com o mercado, o BB busca a transparência, a prestação de contas e o tratamento igualitário dos acionistas. Com esses propósitos, o Banco realizou 14 reuniões com analistas do mercado de capitais nas regionais da Apimec no primeiro semestre. A novidade foi a realização dessas reuniões em cidades fora do tradicional circuito financeiro, como Ribeirão Preto (SP), Campinas (SP), Vitória (ES) e Florianópolis (SC).

No final do semestre, o BB reformulou seu site de Relações com Investidores (www.bb.com.br/ri), que ganhou novas funcionalidades. O BB oferece, ainda, para acionistas e investidores um canal virtual de relacionamento – a Sala do Acionista.

2. Clientes

Desenvolvimento Regional Sustentável (DRS)

O DRS é um novo modelo de negócios do Banco que considera a viabilidade das atividades produtivas em suas dimensões econômica, social e ambiental e respeita a diversidade cultural. Por meio do DRS, o BB e parceiros buscam soluções sustentáveis, inclusivas e participativas, apoiando práticas que valorizam a participação dos agentes das cadeias de valor de atividades rurais e urbanas.

Com a estratégia DRS, o Banco do Brasil atua como apoiador da economia, integrando e convergindo as ações necessárias para a melhoria de todo o processo produtivo, de forma economicamente viável, socialmente justa, ambientalmente correta, valorizando a cultura e o saber locais.

No final do semestre, o BB contava com 3,6 mil agências habilitadas a desenvolver a estratégia DRS e havia disponibilizado R$ 1,3 bilhão em crédito para esses negócios. O resultado foi 307,3 mil famílias envolvidas nos Planos de Negócios DRS em 3,3 mil municípios. No período, foram criadas, ainda, Gerências de DRS em todas as superintendências de varejo para ampliar e otimizar os negócios.

Arranjos Produtivos Locais (APL) e Cooperativas de Crédito

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O APL é uma concentração de empresas, cooperativas e empreendedores, em uma mesma região, que realizam atividades produtivas correlacionadas e interdependentes. Por meio do apoio a esses APL, o BB promove o desenvolvimento de economias regionais, bem como a geração de trabalho e renda.

No final de junho, o BB atuava em 139 APL, atendendo 6,6 mil empresas e 421 empreendedores, aos quais foram concedidos R$ 707 milhões em empréstimos para capital de giro e para financiar investimentos. Foram destinados às empresas integrantes dos APL R$ 106 milhões em recursos para o comércio exterior e R$ 107 milhões para operações voltadas ao agronegócio.

Para o segmento cooperativista de crédito, o BB oferece o Serviço de Integração Compe/SPB, por meio do qual as cooperativas têm acesso ao Sistema de Compensação de Cheques e Outros Papéis e ao Sistema de Liquidação de Pagamentos e Transferências. No final do período, 275 cooperativas de crédito singulares mantinham parceria com o BB via Sistema de Integração.

Produtos e Serviços com Atributos Socioambientais

A atuação socioambientalmente responsável do BB se dá também por meio da oferta de produtos com atributos socioambientais. O BB Florestal, para ampliação da produção florestal, superou, já no primeiro trimestre a meta de desembolsos para o ano. Até o final de junho, foram contratados R$ 209,9 milhões, valor 15,8% superior ao observado no mesmo período do ano anterior.

O BB Ações-ISE, primeiro fundo de ações do mercado referenciado no Índice de Sustentabilidade Empresarial da Bolsa de Valores de São Paulo (ISE), apresentou retorno de 14,1% no período. O BB Referenciado DI Social 200, outro com atributos socioambientais, que destina 50% da taxa de administração para o apoio a ações sociais, repassou R$ 590 milhões no período para projetos sociais.

Inclusão Bancária

Para atender o segmento da população de menor renda, garantindo a inclusão bancária e a democratização do acesso ao crédito, o BB conta com a subsidiária integral Banco Popular do Brasil (BPB).

Além de ter disponibilizado R$ 26,5 milhões em crédito, o BPB realizou 1,1 mil operações de estímulo ao empreendedorismo e à

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geração de renda no âmbito do Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado.

Para atender os portadores de necessidades especiais, o BB oferece acesso especial à Central de Atendimento do Banco do Brasil para clientes com deficiência auditiva e o portal do BB na Internet preparado para receber clientes com deficiência visual. Os clientes com dificuldade de locomoção e os idosos dispõem de fácil acesso às agências BB e às salas de auto-atendimento. Além disso, o Banco oferece 4,3 mil terminais de auto-atendimento no modelo universal, conforme as normas definidas pela ABNT.

Ouvidoria Externa

A Ouvidoria é a porta de entrada de críticas e sugestões, evidenciando que o Banco prestigia a opinião desses públicos, razão de existir de qualquer empresa.

3. Comunidade e Governo

Entre as iniciativas implementadas pelo BB que beneficiam a Comunidade e que estão alinhadas com as políticas sociais do Governo, merecem destaque: 4,7 mil adolescentes atendidos pelo Programa Adolescente Trabalhador, para jovens carentes de 15 a 17 anos; 1,5 mil funcionários capacitados em cursos de voluntariado, para atuar nas comunidades; e 20 telecentros inaugurados em 2007, perfazendo uma rede de 1,6 mil telecentros. A previsão do BB é encerrar o ano de 2007 com 2 mil telecentros inaugurados.

Esporte e Cultura

O BB patrocina o esporte brasileiro há 21 anos e há 16 anos é o patrocinador oficial do Vôlei Brasileiro. No primeiro semestre, foram investidos R$ 37 milhões em marketing esportivo, nas modalidades vôlei indoor, vôlei de praia, iatismo, tênis e futebol de salão.

Nesse período, foram realizados 25 eventos de cunho esportivo, em 27 cidades, com mais de 237,4 mil pessoas. Nessas ocasiões, o BB promoveu 90 eventos de relacionamento para clientes com os atletas patrocinados, arrecadou 175,3 toneladas de alimentos para doações, fez 123 oficinas de esporte para 3,4 mil crianças carentes e gerou 6,8 mil empregos temporários.

O Banco foi pioneiro em neutralizar a emissão de gás carbônico em eventos esportivos. A previsão é de que até o final de 2007 o BB tenha plantado 20 mil mudas de árvores.

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No semestre, o BB investiu R$ 17,3 milhões em 515 eventos culturais nos três Centros Culturais (CCBB) e no Circuito Cultural, que passou por duas cidades. Esses eventos receberam 3 milhões visitantes.

A atuação social nessas iniciativas merece destaque: 162 mil estudantes foram beneficiados pelo Programa Educativo desenvolvido pelos CCBB e pelo Circuito Cultural e R$ 85 mil, relativos a 20% das bilheterias do CCBB, foram repassados para programas e projetos do Governo.

Fundação Banco do Brasil (FBB)

No primeiro semestre do ano, a FBB inaugurou, no Distrito Federal, um Centro de Recondicionamento de Computadores com foco na formação de jovens e no recondicionamento de computadores em parceria com o Banco do Brasil, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, a Associação de Apoio à Família, ao Grupo e à Comunidade (Afago) e a Cobra Tecnologia.

No semestre, os investimentos sociais da FBB somaram R$ 35,4 milhões, dos quais R$ 20 milhões foram repassados pelo BB, destinados para tecnologias sociais.

Em parceria com o Sebrae, a Fundação implantou 888 unidades da tecnologia social de Produção Agroecológica Integrada Sustentável em 36 municípios, que geram renda para famílias do Semi-Árido brasileiro.

Na área de educação, o programa BB Educar, dedicado à alfabetização de adultos e jovens com mais de 15 anos, atendeu 13,8 mil pessoas no semestre. Já o Programa Integração AABB Comunidade, que propõe ações de atendimento a jovens de famílias de baixa renda por meio de atividades educativas, lúdicas, desportivas e de saúde, esteve presente em 392 municípios em todo o Brasil, envolvendo 47,9 mil crianças e adolescentes.

4. Fornecedores e Parceiros

O processo de compras no BB é norteado pela Lei de Licitação 8.666/93. No entanto, preocupado com o aprimoramento da sua relação com os fornecedores, o Banco estabeleceu uma política adicional de relacionamento que torna transparente o que se espera de cada uma das partes e estabelece cláusulas específicas sobre a não utilização de trabalho infantil e trabalho forçado, bem como o atendimento à legislação vigente.

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Adicionalmente, o Banco adota os Acordos de Nível de Serviços – documento que visa assegurar o comprometimento mútuo em relação às obrigações estabelecidas nos contratos – e oferece um canal direto na Internet para facilitar a comunicação entre o BB e seus parceiros (www.bb.com.br/appbb/portal/bb/forn/index.jsp). Além disso, o Banco prioriza a realização das compras de bens e serviços por meio eletrônico, com vistas a democratizar a participação no processo.

5. Funcionários e Colaboradores*

Veja na seção “Comportamento Organizacional”.

6. Meio Ambiente

O Banco do Brasil apóia empreendimentos de ampliação da capacidade energética, de desenvolvimento de fontes alternativas de geração e co-geração de energia limpa, e de desenvolvimento do agronegócio e da indústria de transformação.

Para os processos de certificação de projetos e comercialização dos créditos de carbono, o BB está desenvolvendo um modelo específico de negócios, que conta com alianças e parcerias estratégicas.

O BB apóia, ainda, desde 2005, o pedido de abertura de informações sobre a emissão de gases de efeito estufa enviado às 500 maiores empresas do mundo – Carbon Disclosure Project.

Além disso, o BB implementa ações com vistas a mitigar os impactos ambientais de suas atividades. No semestre, por exemplo, o BB firmou uma parceria com o Governo do Distrito Federal para promover o plantio de árvores como forma de compensar o impacto da impressão de seu Relatório Anual 2006, lançado em abril.

Ainda neste semestre, o BB iniciou a utilização de papel reciclado em envelopes de depósitos e faturas de cartão de crédito.

Programa de Ecoeficiência

O Programa de Ecoeficiência é o Sistema de Gestão Ambiental do BB e tem o objetivo de reduzir os custos operacionais e o impacto no meio ambiente, por meio do monitoramento e da avaliação sistemática e documentada do consumo de insumos e da destinação de resíduos do seu processo produtivo.

Graças ao Programa de Conservação de Energia, por exemplo, que prevê uso racional de equipamentos e a conscientização dos funcionários para evitar o desperdício de energia, o BB obteve uma

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redução de 14% nas despesas com energia elétrica em Brasília nos meses de fevereiro e março.

Para racionalizar a impressão de documentos, o BB implementou o modelo de Ilhas de Impressão nas diretorias da Empresa. Dessa forma, concentrou recursos para reprografia, fax, scanner e impressão corporativa em único local, permitindo a redução do parque de equipamentos em mais de 30%. O resultado desse projeto foi a redução, dentre outros recursos, de 9% na quantidade de resmas de papel A4 utilizadas, o que gerou uma economia de R$ 500 mil. Até o final do ano, o Banco estima reduzir o consumo de papel em 150 mil resmas, com economia de R$ 1 milhão.

Principais prêmios, certificados e reconhecimentos recebidos no primeiro semestre de 2007

Prêmio “Mérito Lojista 2006”, na Categoria Serviços, Segmento Banco Comercial

Prêmio “Financial Times de Finanças Sustentáveis 2007”, na categoria Banco Sustentável em Mercados Emergentes – América Latina

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Prêmio “Os maiores e melhores conglomerados financeiros do País" - Instituto Brasileiro de Economia (IBRE), Fundação Getúlio Vargas

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Nota máxima na pesquisa para a página de Responsabilidade Socioambiental do Banco do Brasil realizada pela Consultoria espanhola Management & Excellence

Grande Prêmio “Case de Marketing Promocional do Ano”, etapa Brasília - Associação Brasileira dos Colunistas de Marketing e Propaganda

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Segunda marca que mais cresceu em 2006, com uma valorização de 110%, segundo ranking da revista Istoé Dinheiro

Page 29: Relatório da Administração - 1S07

29

Out

ros Prêmio “Personalidade do Ano 2007”, para o Presidente do

BB - Câmara de Comércio Brasileira na Grã-Bretanha

Prêmio “Oswaldo Chechia” - ABRH Nacional

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tão “Prêmio Nacional da Gestão Pública” (PQGF) - Ministério

do Planejamento, Orçamento e Gestão - faixa bronze na categoria Empresas Públicas e Sociedade de Economia Mista, para as áreas de Agronegócios e de Crédito

Prêmio “e-Finance 2007”: Melhor conjunto de aplicativos para mobile banking; melhor aplicativo para agência; melhor utilização de business inteligence; melhor conjunto de aplicativos para cartões e meios de pagamento; melhor operação de correspondente bancário; melhor solução em administração de dados; e melhor conjunto de solução para gestão de ITIL. T

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“VII Prêmio ABT”, na categoria Operação de Relacionamento em Call Center Próprio ou Terceirizado

Rating "BBB-" – Agência Fitch

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“Best Financial Institution Bond for 2006” – revista Latin Finance

14 fundos da BB DTVM classificados no ranking de fundos mais rentáveis nos últimos 12 meses – revista Istoé Dinheiro

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Quatro fundos listados no “Star Ranking” – revista ValorInveste