relatorio campo 2013

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Relatório Anual 2013

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Relatório Anual Campo 2013

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CAMPO - Centro de Assessoria ao Movimento Popular | 1

Relatório Anual 2013

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1. Apresentação.................................................. pág. 5

2. Nosso Local de Atuação.................................. pág. 6

3. Nossa Estrutura............................................... pág. 6

4. Nosso Trabalho................................................ pág. 8

5. Comunicação.................................................. pág.16

6. Nossos Amigos............................................... pág.18

SUMÁRIO

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CAMPO - Centro de Assessoria ao Movimento Popular | 5

O diferencial do CAMPO sempre foi e continua sendo, há 26 anos, trabalhar com movimentos populares da periferia do Rio de Janeiro. Hoje, mais do que nunca, optar pela PERIFERIA é fun-damental, pois “a periferia precisa de mais atenção que o Centro”. Todos concordam com esta frase, mais pouquíssimos a realizam. Bem pouco os go-vernos, bem pouco as empresas. O Brasil seria ou-tro país se todos dessem prioridade às periferias. Tanto pensamos em priorizar essas regiões das grandes cidades que há mais de um ano os sócios do CAMPO são praticamente todos da periferia. O nosso Presidente, José Carlos Dionízio, moran-do em Duque de Caxias, é extremamente ativo na coordenação do CAMPO e nos encontros comu-nitários, assim como os outros sócios.

Os recursos do CAMPO sempre foram majori-tariamente oriundos do exterior. Procurávamos mudar esta característica, mas era extremamente difícil a captação dentro do Brasil. Como todas as ONGs sabem, os recursos vindos de fora do país para a realização de projetos há muito vem dimi-nuindo. O Brasil ser a sexta economia do mundo dá a falsa impressão que os problemas por aqui estão todos resolvidos. Nadando contra a cor-rente, uma ONG europeia que nos acompanha e tem muitos trabalhos no Brasil (essencialmente na Bahia) soube pelo governo local que o apoio ao país terminaria no final de 2013. Resolveu insis-tir na importância do apoio aos projetos na PE-RIFERIA e acabou convencendo o governo local em mudar a sua decisão final. Ou seja, continuar apoiando três projetos no Brasil, incluindo o pro-jeto do CAMPO - por trabalharmos na PERIFE-RIA - por mais três anos. Além deste projeto, ainda temos outros dois ativos.

Em 2013 o CAMPO também começou a pensar em projetos ligados a saneamento básico que se-riam uma complementação de um antigo proje-to de melhoria de casas de pessoas mais carentes através de mutirões comunitários, realizado pela instituição com apoio da SELAVIP (Chile). O co-ordenador deste projeto da SELAVIP trabalhava também numa empresa belga e expôs que ela es-taria interessada em apoiar um projeto de “água e saneamento” e perguntou se havia interesse do CAMPO. Como esta é uma necessidade legítima da PERIFERIA, diretamente ligada a melhorias habitacionais, dois projetos focados em saneamen-to básico já foram apresentados à empresa belga por grupos comunitários de São Gonçalo, assesso-rados pelo CAMPO.

E registramos satisfeitos o apoio brasileiro con-quistado em 2013. Em parceria com o MetrôRio e o Instituto Invepar, realizamos um projeto capaci-tando em gestão social com ênfase em empreende-dorismo, moradores e lideranças das comunidades junto à Linha 2 do MetrôRio. Apresentamos um novo projeto para o ano seguinte e estamos espe-rançosos na continuidade da parceria.

Importante lembrar que mantendo as metas de autogestão e autossustentação, todos os 22 grupos comunitários apoiados pelo CAMPO realizam eles mesmos, seus projetos para entidades brasileiras.

As Comunidades de Base, com suas REDES, es-tão se fortalecendo. É o que o CAMPO pretende. Como diz nossa Missão:

“Apoiar grupos populares, fortalecendo a orga-nização comunitária como força transformado-ra que contribui para ampliar a cidadania e me-lhorar a qualidade de vida”.

1. APRESENTAÇÃO

Quando a base se fortalece

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O CAMPO tem sua estrutura organizacional di-vidida em quatro núcleos com funções e objeti-vos definidos, mas que se apoiam e operam inter-ligados. Desde 2012 também os Sócios passaram a ser mais atuantes dentro da instituição.

O Núcleo de Administração tem como ob-jetivo dar suporte para os demais núcleos no que diz respeito ao controle financeiro, de pessoal, da documentação, do seu patrimô-nio, da execução das prestações de contas para agentes financiadores e o repasse das informações para a contabilidade da ins-tituição.

O Núcleo de Comunicação Social traba-lha para dar visibilidade à equipe, aos par-ceiros, aos sócios e à sociedade em geral das atividades, projetos e missão da instituição e dos grupos por ela assessorados. O intuito é buscar e manter parcerias, divulgar a razão da existência da instituição, seu ideal e in-centivar a sua prática e multiplicação junto a novos públicos.

Atuamos nas regiões periféricas dos municípios do Rio de Janeiro, Duque de Caxias e São Gon-çalo (todos fazem parte da região metropolitana

O Núcleo de Educação Infantil e Escolar de-senvolve ações direcionados ao público infan-to-juvenil na área de Educação Infantil, Reforço Escolar e Brinquedotecas nas regiões periféricas

do Rio de Janeiro). E também em Cachoeiras de Macacu.

2. NOSSO LOCAL DE ATUAÇÃO

3. NOSSA ESTRUTURA

Núcleo de Comunicação

Social

Núcleo de Educação Infantil

e Escolar

Núcleo de Desenvolvimento

Local Comunitário

Sócios

Núcleo de Administração

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da cidade do Rio de Janeiro, priorizando o mu-nicípio de São Gonçalo. Dessa maneira propor-cionando atividades que fomentem a Cultura, a Educação, o Lazer e o respeito ao Meio Am-biente. Presta ainda assessoria (técnica, política, administrativa e financeira) a grupos comunitá-rios refletindo, planejando e propondo ações que contribuam para o fortalecimento e proposição de políticas públicas na área da educação e assis-tência garantindo os direitos sociais das famílias e beneficiários dos projetos desenvolvidos.

O Núcleo de Desenvolvimento Local Comuni-tário visa promover o desenvolvimento integra-do e sustentável das comunidades assessoradas a partir dos Centros Comunitários de Formação Profissional (CCFPs) e a criação de Redes de So-lidariedade, transformando-os em pólos de ir-radiação de iniciativas, ações e intervenções de fomento a modificação da realidade local e à me-lhoria da qualidade de vida dos moradores de co-munidades de base do Estado do Rio de Janeiro.

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Os Núcleos de Educação Infantil e Escolar e de Desenvolvimento Local Comunitário assessoram grupos em comunidades da periferia do Grande Rio que desenvolvem projetos apoiados por par-ceiros públicos e privados, muitos deles parceiros europeus. Núcleo de Educação Infantil e Escolar (NEIE)

Em 2013 o NEIE assessorou diretamente sete co-munidades: Rio de Janeiro (Rocinha), São Gon-çalo (Fazenda dos Mineiros, Itaoca, Jardim Bom Retiro, Jockey Club, Boaçú e Engenho Pequeno) e indiretamente três comunidades – duas em São Gonçalo (Palmeiras e Jardim Catarina) e uma em Caxias (Saracuruna).São mais de 3000 (três mil) beneficiários dire-tos, entre crianças e adolescentes na faixa etária entre 0 a 17 anos, famílias e educadores, sendo atendidos através de projetos que desenvolvem atividades de Reforço Escolar, Brinquedoteca e fortalecimento dos Ceics (Centros de Educação Infantil Comunitários). O ano para as instituições de educação infantil foi marcado pela mudança no governo munici-pal, sendo necessário estabelecer novas parcerias e acordos para dar continuidade aos convênios celebrados pela gestão anterior e que ainda esta-vam em aberto no início do ano. Por falta de parcerias, a maioria dos grupos passou por uma série de dificuldades, principalmente financeira, para manterem suas institui-ções funcionando levando até a suspensão das atividades temporariamente, como foi

o caso do grupo de Saracuruna, que continuou pontualmente com a colônia de férias e brinque-doteca para algumas crianças. O Núcleo acompanhou as atividades do Proin-fância, programa do Ministério da Educação, trazendo as experiências vivenciadas para serem compartilhadas com os municípios nas discus-sões acerca da proposta pedagógica e as diretri-zes curriculares para a educação infantil.As conquistas das instituições se manifestaram na vida das pessoas que foram beneficiadas pelos projetos desenvolvidos, traduzidas em mudanças significativas no cotidiano das famílias, educa-doras, crianças e jovens atendidos. Hoje com o esforço, empenho e muita articulação das lide-ranças, as entidades conseguiram constituir uma equipe de professoras formadas com o apoio de diversas ONGs, inclusive WFD/CAMPO, que investiram na formação, capacitação em serviço e na qualificação dada pelo Ministério da Edu-cação, estados e municípios, contribuindo com o transporte e alimentação. Atuando nas entidades estão pedagogas e professoras formadas confor-me manda a lei de diretrizes e base da educação o que possibilita a formação do quadro de pro-fissionais necessários à assinatura de convênios e projetos com os órgãos públicos e privados.

Metodologia

4. NOSSO TRABALHO

METODOLOGIA

Assessoria semanal/ quinzenal “in loco”

FORMAÇÃO E QUALIFICAÇÃO

Participação sistemática em redes,

conselhos e Fóruns

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Programa de organização e articulação institucional

O Programa de Organização e Articulação Ins-titucional oportunizou assessoria na área técni-co-pedagógica a sete centros de educação infantil que desenvolvem atividades de Educação Infantil, Creche/Pré-escola, Reforço Escolar e Brinquedo-teca. O CAMPO comemorou junto com a Obra Comunitária São Francisco de Assis, seus 25 anos de trabalho, com uma festa para a comunidade e todos os que vem acompanhando este trabalho ao longo dos anos.

Resultados obtidos:

• Acompanhamentodaassinaturadeconvêniodeseis Ceics com a prefeitura Municipal de Educa-ção de São Gonçalo e um do Rio de Janeiro.

• ParticipaçãodeumCeicnoColegiadodoFó-rum Permanente do Estado do Rio de Janeiro a fim de preparar as assembleias do FEPEI/RJ.

• Participação de dois Ceics nas assembleiasmensais do FPEI/RJ.

• AssessoriadiretaaseteCeicse indiretaa trêsCeics.

• Acompanhamentonoprocessode elaboração eassinatura do TAC (Termo de Ajuste de Conduta) entre os Ceics, Ministério Público e Prefeitura.

• Participação nas reuniões do colegiado doFPEI/RJ.

• DivulgaçãodasassembléiasdoFórumFPEI/RJ.

• ParticipaçãoemaudiênciasdoMinistérioPú-blico do Rio e São Gonçalo.

• AtuaçãodeumrepresentantenasreuniõesdoMIEIB (Movimento de Interfóruns de Educa-ção Infantil do Brasil).

Período de realização: jan a dez 2013 Nº de beneficiários atendidos de forma gratuita: 3.261Nº total de crianças/adolescentes beneficiados: 1.608

Nº total de famílias beneficiadas: 1.551Nº total de educadoras beneficiadas: 102

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Programa de capacitação de educadores e coordenadores comunitários

Resultados obtidos:

Ponto de Cultura – Projeto Brincando de Ponta a Ponta

• FoirealizadaaVeVIjornadadeeducaçãoecultura – juventude, participação e desenvol-vimento de práticas lúdicas, com o objetivo de Articular as Experiências desenvolvidas nos diferentes pontos integrando as ações em rede.

• AssessoriaDiretaaosdezPontinhosdeCultura

• Capacitaçãodejovensparanovastecnologias

• Sistematização dosmateriais produzidos du-rante o ano.

Fórum Permanente de Educação Infantil do estado do Rio de Janeiro - FPEI

• Reuniõesmensaisdacoordenaçãocolegiada.

• AssembleiasmensaisdoFPEI/RJ.

• Acompanhamento da tramitação do PlanoNacional de Educação (PNE) na Câmara dos Deputados visita aos gabinetes em Brasília.

• Participação na conferência internacionalpromovida por professores de diferentes ins-tituições de ensino superior (UFF, UniCEUB, Faeterj Três Rios, UFMT, UFJF, RGGU, Uni-versidade de Siegen) Zóia Prestes .”

Programa de captação de parceiros e de recursos.

Resultados obtidos:

• Elaboração/encaminhamentode12mini-pro-jetos para SIS/WFD (Pessoal/Capacitação/ 10 Projetos/grupos),

• ExecuçãoeAcompanhamentodoProjetoBrin-cando de Ponta a Ponta.

• Elaboração do Projeto Entrelaços (InstitutoC&A)

Programa de BrinquedotecaA disseminação e valorização das brincadeiras e brinquedos foi fomentado com a semana do Brincar, onde todo ano os grupos desenvolvem atividades como cortejos brincantes, oficinas, ro-

das de brincadeiras e exibição de filmes infantis de acordo com o planejamento de cada grupo na “Semana do Brincar”.

As Brinquedotecas e brinquedistas foram asses-soradas e orientadas para desenvolverem ativida-des de: dramatização, jogos da memória, de cores e números, dominó, cantigas de roda, amareli-nha, pular corda, resgate de brincadeiras antigas contos, histórias e fábulas, jogos de encaixe, de empilhar, montagens, jogos de tabuleiros, e ain-da futebol, pingue pongue, jogos cooperativos, como também outras brincadeiras que permeiam o imaginário infantil.

Resultados obtidos:

• ParticipaçãonaTeiaRural

• Dezgruposrealizaramaatividadenasemanado Brincar.

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• Realizaçãodedezmini-oficinasdecapacitaçãode educadoras na área da cultura.

• Realizaçãodeumencontromensal

• Realização de dois passeios culturais comcrianças e educadoras

• Reforma emanutenção da Brinquedoteca doCentro Comunitário Alegria das Crianças.

• Resgate de brincadeiras livres e dirigidas nasala da brinquedoteca trabalhando a coopera-ção, interação e socialização, resgatando brin-cadeiras e cantigas antigas oportunizando a fantasia e a produção de cultura.

Período de realização: janeiro a dezembro/2013

Nº de beneficiários atendidos de forma gratuita: 3.261

Nº total de crianças/adolescentes beneficiados: 1.608

Nº total de famílias beneficiadas: 1.551

Nº total de educadoras beneficiadas: 102

Grupos assessorados pelo NEIE em 2013

* Grupos apoiados indiretamente.

1. Centro Comunitário Alegria das CriançasEndereço: RUA DOIS nº 431, Raiz – ROCIN CEP: 222451-260 - Rio de Janeiro

2. Centro de Educação Infantil Comunitá-rio Estrelinha Azul - Centro Comunitário Amigos do SerpaRua Rosendo Marcos, nº 2661 Fazenda dos Mineiros - São Gonçalo – RJCEP – 24645-000 - Tel.: (55) (21) 2701-0790

3. *Grupo Comunitário Coração de MariaRua Florentino Geovani, Lt. 4-5, Qd. 212Jardim Catarina - São Gonçalo – RJCEP – 24726-120 - Tel.: (55) (21) 3606-7947

4. Centro Comunitário Batista Doce LarEstrada de Itaoca, nº 07 - ItaocaSão Gonçalo – RJ - CEP 24471-230Tel.: (55) (21) 2723-1009

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5. Centro Jardim Bom RetiroRua Laudelino Freire s/n Jardim Bom Retiro São Gonçalo - CEP 24.416 - 160 – RJ

6. * Obra Social do Bairro das PalmeirasRua Cecília Martins, nºs 13 e 15Bairro das Palmeiras – São Gonçalo – RJ - CEP 24415-510

7. Obra Social do Engenho Pequeno – Creche Tia MadáRua Luis Felipe Nazareth, nº 45Engenho Pequeno – São Gonçalo – RJCEP 24417-555 - Tel.: (55) (21) 3705-8107

8. Obra Social do BoaçúRua Inácio Sarmento, nº 74, lote 460, Boaçú São Gonçalo - CEP 24.467-270

9. Obra Comunitária São Francisco de AssisRua Melquíades Peres Lote 20 - Qd 10Jockey Club – São Gonçalo – RJCEP 24743-360 - Tel.: (55) (21) 2601-5842

10. * Centro Comunitário Santa TerezinhaAvenida Canal Faria, Lote 24, Quadra CSaracuruna - Duque de Caxias - RJCEP 25260-000 - Tel: (55) (21) 2777-1561

Núcleo de Desenvolvimento Local Comunitário (NDLC)

O trabalho do Núcleo no ano de 2013 foi pautado nos objetivos do milênio através dos eixos: Qua-lificação Profissional; Aumento de Escolaridade; Moradia; Ações Culturais; Meio Ambiente; Gê-nero; Capacitações; Aumento do Índice de Em-pregabilidade; Fortalecimento das Potencialida-des do Trabalho Comunitário. Fomentando seu trabalho sob a proposta de assessoria do CAMPO e os quatro pilares educacionais propostos pela UNESCO (Aprender a Conhecer; Aprender a Fa-zer; Aprender a Viver com os Outros; Aprender a Ser).

Através da execução de dois projetos “Juventude, Periferia e Meio Ambiente” e “Irrigar Saberes So-ciais – Por uma Cidadania Participativa” o núcleo assessorou a nove comunidades, a uma Rede de Centros Comunitários de Formação Profissional e realizou processo de capacitação a lideranças comunitárias.

Qualificação Profissional

A qualificação profissional desenvolvida nos Centros Comunitários assessorados pelo CAM-PO visa contribuir para o desenvolvimento Lo-cal com o acesso a cursos relacionados com a demanda local em sinergia com as exigências do mercado, e no fomento de debates e oficinas que agreguem valores na motivação ao exercício ci-dadão responsável.

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Quadro da Qualificação Profissional

Aumento da Escolaridade

Dentro da perspectiva de acesso a qualificação profissional, realizado pelos Centros Comunitá-rios, esta associado às ações de aumento de es-colaridade atribuindo a Educação Regular como ferramenta imprescindível ao processo de desen-volvimento local e humano. Por isso, no processo

de assessoria, destacamos e motivamos a impor-tância da realização de atividades que potencia-lizem as etapas educacionais constituintes das escolas regulares de níveis fundamentais, médio e de transição para o ensino superior.

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Moradia

As atividades envolvendo moradia tiveram como um grande parceiro o SELAVIP Bélgica, insti-tuição que financiou a compra de materiais para realização de pequenas reformas e construções beneficiando a 60 famílias.

No processo de efetivação das reformas e cons-truções foram realizadas reuniões que nortea-ram um processo de mutirões, trocas solidárias e debates de cunho ambiental e de perspectivas do trabalho comunitário. Tornando real direitos previstos na Constituição de 1988, contribuindo para o exercício cidadão de famílias em vulnera-bilidade social, pessoas que não são atingidas pe-las políticas públicas.

As famílias selecionadas eram residentes no en-torno dos Centros Comunitários, que tiveram um importante papel na escolha realizando visi-tas e reuniões para definir os beneficiados respei-tando a prioridade das necessidades.

As atividades do projeto tiveram suas praticas ini-ciadas com o diagnóstico realizado com 85 famí-lias, sinalizadas pelos Centros Comunitários para terem suas casas reformadas. Dentro do conceito de autogestão, o CAMPO colaborou adequando o número de famílias a serem beneficiadas con-forme previsto como meta para o ano de 2013.

A metodologia utilizada pelo CAMPO para atin-gir o número previsto dentro de parâmetros que entrelaçassem a ética e o momento estrutural, teve como critério a situação socioeconômica priorizando as famílias com a realidade próxima

e/ou igual as famílias beneficiadas pelo Programa Bolsa Família – programa do governo federal que consiste na transferência de renda para famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza a fim de assegurar os direitos básicos garantidos pela Constituição do Brasil

Destacamos que todos os Centros Comunitários participaram da etapa de diagnóstico, sendo que nem todos foram contemplados, sendo as famí-lias beneficiadas as das seguintes regiões: Pedreira (Ceprosp – sete famílias); Cachoeira de Macacu (CESPP – 22 famílias); Jóquei Clube (Procid – 16 famílias); Barracão (Psinc – 6 famílias); Nossa Se-nhora das Graças (Enfoco – 3 famílias) e Jardim Catarina (CCJC – 6 famílias).

Cultura / Meio Ambiente / Gênero e Gestão Social

As atividades do CAMPO através do trabalho de assessoria aos Centros Comunitários e ao Insti-tuto Invepar, priorizou a motivação ao trabalho com temas e práticas que contribuíssem para a proposta de desenvolvimento local, obtendo os seguintes resultados:

Cultura

Centros Culturais criados: O novo Centro de Cul-tura é uma parceria entre o Ministério da Cultu-ra e a Obra Comunitária São Francisco de Assis, chapéu jurídico do Procid, com o objetivo de re-alizar ações voltadas a atividades lúdicas com o público infanto-juvenil. Embora no Centro Co-

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munitário já haja uma iniciativa nessa área, fruto de uma parceria entre o Campo e Ministério da Cultura, via Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, com foco em ações que resgatem a cultura local a partir das histórias dos anciões da comunidade, trabalho este desenvolvido por um publico adolescente/jovem.

Atividades culturais desenvolvidas: CCFP Pe. Rafael com oficinas de hip hop e apresentações teatrais pelo Ceprosp em parceria com as creches comunitárias locais.

Gênero

O grau de evolução dos três anos de desenvol-vimento do projeto “Juventude da Periferia no Meio ambiente” atingiu aproximadamente a 95% de participação feminina.Os avanços no decorrer deste triênio 2011-2013 estão no processo de empoderamento das mulhe-res nas iniciativas e práticas organizacionais, na participação em políticas partidárias (lançamen-to em candidaturas) e públicas (participação em fóruns,conselhos,redes) a fim de contribuírem de forma efetiva para a diminuição das desigualda-des sociais.As iniciativas para constituir grupos de mulheres se deram em três Centros Comunitários: CCFP Pe. Rafael, Ceprosp e CESPP.

Meio Ambiente

O índice de incentivo a iniciativas e práticas de preservação teve aumento significativo atingindo

não só relações de gênero, mas ações de geração de renda e implementação de mini-projetos, par-tindo da premissa de utilização de matéria prima reciclável. Além de conteúdo educativo dentro de contextos de profissionalização e aumento de escolaridade onde não havia perspectivas de pre-servação ambiental.

Gestão Social

Através do projeto Irrigar Saberes Sociais – Por uma Cidadania Participativa o CAMPO em par-ceria com o Instituto Invepar e o MetrôRio, re-alizou a capacitação de moradores e lideranças comunitárias em Gestão Social com ênfase no Empreendedorismo Social, visando despertar nos participantes a atuação na gestão de políticas, programas e projetos sociais junto às organiza-ções governamentais, empresariais e da socieda-de civil, buscando sempre o desenvolvimento das comunidades.

Aumento do Índice de Empregabilidade

O aumento do índice de empregabilidade é uma ação que vem sendo desenvolvida pelo CCE – Centro Comunitários de Emprego desde 2011, tendo como proposta oportunizar aos moradores das periferias sua entrada no mercado de traba-lho, efetivando suas atividades de forma linear com a oferta e procura, reduzindo assim, os re-flexos de exclusão vividos no mundo do trabalho.

O CCE reiniciou suas ações em abril de 2013, no espaço físico do Procid – Centro Comunitário de Formação Profissional Pró-Cidadania contando com duas agentes comunitárias de emprego (vo-luntárias) para reorganização do mesmo. Reu-niu esforços para resgate de novos parceiros e do público alvo para retomar e cumprir as práticas pertinentes a proposta de inserir a população no mercado de trabalho junto ao processo (desafio) de sustentabilidade.

Através de oficinas de português, matemática e informática, associada a conteúdos que pos-sam agregar valores aos temas já desenvolvidos, o CCE ajuda a potencializar o candidato para o ingresso e manutenção no mercado de trabalho.

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Resultados obtidos:

Fortalecendo as potencialidades do trabalho comunitário

Para fortalecer o trabalho comunitário o CAM-PO incentiva práticas voltadas à preservação am-biental, inserção no mercado de trabalho e gera-ção de renda.

Como resultado desse fortalecimento, em 2013 podemos citar a realização de feiras nos Centros Comunitários com produtos artesanais (usando resíduos sólidos como matéria prima), a partici-pação do Psinc em seminário sobre o tema reci-clagem na Universidade Federal Fluminense com o desfile das peças de roupas confeccionadas com retalhos e as iniciativas empreendedoras em cer-tas comunidades com a venda das peças produ-zidas.

Também a consolidação dos Centros Comuni-tários através das reuniões da Rede, cumprindo com o seu papel como espaço de ampliação de propostas de mobilização não só nas comunida-des que atuam como na sociedade em geral.

Dentro deste contexto, foram realizadas discus-sões quanto a implementação do EAD (Ensino a Distância) como uma nova ação desenvolvida pelos Centros; a necessidade da Rede realizar seu marketing para sua visibilidade e o seu fortaleci-mento; a extinção da comissão de gestão, pois os Centros poderiam assumir os processos de ges-tão com escalas e divisão de tarefas dando conti-nuidade as práticas como debates online; a divul-gação das práticas fomentadas pelos grupos e a Rede utilizando com ferramentas as redes sociais; e a efetivação de avaliações periódicas quanto ao desenvolvimento da mesma, com a reformula-ção da carta de princípio (normas de convivên-cia). Destacando neste processo a realização de workshops de práticas organizacionais entre os Centros e a busca de parcerias junto a universi-dades para o aprimoramento.

5. COMUNICAÇÃOAo longo de 2013 a Co-municação Social man-teve sua atividade de in-formar procurando dar visibilidade ao CAMPO e aos grupos comunitá-rios assessorados. Para isso, alimentou com notícias o site do Cam-po e as redes sociais em que participa. Também pautou na mídia, as-suntos relacionados ao trabalho desenvolvido pela instituição.

Na rotina de ações po-demos destacar:

• Participação periódi-ca das reuniões dos demais núcleos para troca de informações, elaboração de pautas

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e redação de notícias. Além de também auxi-liar na elaboração de novos projetos.

• Assessoria aos grupos e Redes sempre quehouve demanda, seja na criação de um folder, um informativo, na divulgação de um evento ou em palestra sobre o melhor uso das redes sociais.

• Ecomojámencionado,atualizaçãodasferra-mentas de comunicação (site, blog, twitter e jornal mural), estimulando tanto a divulgação externa como a comunicação interna da insti-tuição.

A participação do coordenador geral do CAM-PO, Cristiano Camerman, em evento de revista especializada foi notícia e o projeto Irrigar Sabe-res – Por Uma Cidadania Participativa, parceria com o MetrôRio e o Instituto Invepar, foi desta-que na mídia dirigida.

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6. NOSSOS AMIGOSO CAMPO agradece o apoio daqueles que mais do que parceiros, são verdadeiros amigos. Reco-nhecemos que sem a colaboração e confi ança de todos eles não teria sido possível a realização do nosso trabalho em mais um ano. Portanto, nos-so muito obrigado: Abong, Ação Comunitária do Brasil, Actionaid, Asplande, B.M.Z. – Alema-nha, Cecom, Cedac, Disop, Fase, Instituto Inve-par, MetrôRio, Pacs, Rits, Secretaria de Estado de Trabalho e Renda (Rio de Janeiro e São Gon-çalo), Sebrae, Senac, Senai, Sesc, Stift ung für In-ternationale Solidarität und Partnerschaft (SIS), Umverteillen, Vivacred, Amigos Wezel, Weltfrie-densdienst (WFD), W.P. Schmitz Stift ung, MINC – Ministério da Cultura, entre outras.

Rio de Janeiro, 30 de abril de 2014.

Cristiano Camerman

Coordenador Geral do CAMPO