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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS AUDITORIA INTERNA 1 Número: 03/2013 Relatório de Auditoria Dourados MS Unidade Auditada: Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas da Fundação Universidade Federal da Grande Dourados. Objeto: Processos de Concessão de Adicionais de Insalubridade. 1. Introdução 1. Como conclusão da Ação de Controle 5.1 Insalubridade/Periculosidade (programa 2109 ação 00H1), do grupo Gestão de Recursos Humanos, apresentamos os resultados da auditoria realizada nos processos de concessão de adicionais de Insalubridade e Periculosidade. 2. Os trabalhos foram realizados no período de abril a dezembro de 2013, por meio de análises e consolidação de informações coletadas junto à unidade auditada, em estrita observância às normas de auditoria aplicáveis ao Serviço Público Federal. Nenhuma restrição foi imposta à coleta de dados para análise. 3. O objetivo principal desta auditoria foi consignado originalmente do PAINT 2013 como “verificar a existência de laudo pericial” nos processos de concessão dos adicionais de insalubridade e periculosidade. O Plano Anual de Atividades de Auditoria Interna – PAINT 2013 previa para esta ação um escopo de “20% dos servidores que recebem os adicionais”. 4. No entanto, após a vinda das informações da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas da UFGD – PROGESP, por meio da CI nº 189/2013, concluiu-se pela: a) inexistência de servidores da UFGD percebendo adicional de periculosidade, por não haver em seu quadro funções que ensejassem o seu pagamento; b) e que o quantitativo de servidores que percebiam o adicional de insalubridade perfazia um total de 463 pessoas (quatrocentos e sessenta e três). 5. Diante deste último dado a unidade de auditoria interna concluiu que o escopo da atividade encontrava-se superdimensionado para sua capacidade de trabalho, pois a amostra inicialmente prevista pelo PAINT/2013 implicaria na análise de 93 (noventa e três) processos.

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS

AUDITORIA INTERNA

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Número: 03/201 3 Relatório de Auditoria Dourados – MS

Unidade Auditada: Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas da Fundação Universidade Federal da Grande Dourados.

Objeto: Processos de Concessão de Adicionais de Insalubrida de.

1. Introdução

1. Como conclusão da Ação de Controle 5.1 Insalubridade/Periculosidade (programa 2109 ação 00 H1), do grupo Gestão de Recursos Humanos, apresentamos os resulta dos da auditoria realizada nos processos de concessão de adicionais de Insalubridade e Periculosidade. 2. Os trabalhos foram realizados no período de abril a dezembro de 2013, por meio de análises e consolidação de inform ações coletadas junto à unidade auditada, em estrita observância às normas de auditoria aplicáveis ao Serviço Público Federal. Ne nhuma restrição foi imposta à coleta de dados para análise. 3. O objetivo principal desta auditoria foi consignado originalmente do PAINT 2013 como “verificar a exist ência de laudo pericial” nos processos de concessão dos adicionais de insalubridade e periculosidade. O Plano Anual de Atividades de Au ditoria Interna – PAINT 2013 previa para esta ação um escopo de “20% dos servidores que recebem os adicionais”. 4. No entanto, após a vinda das informações da Pró-Rei toria de Gestão de Pessoas da UFGD – PROGESP, por meio da CI nº 189/2013, concluiu-se pela:

a) inexistência de servidores da UFGD percebendo adici onal de periculosidade, por não haver em seu quadro funções que ensejassem o seu pagamento;

b) e que o quantitativo de servidores que percebiam o adicional de insalubridade perfazia um total de 463 pessoas (qua trocentos e sessenta e três).

5. Diante deste último dado a unidade de auditoria int erna concluiu que o escopo da atividade encontrava-se su perdimensionado para sua capacidade de trabalho, pois a amostra ini cialmente prevista pelo PAINT/2013 implicaria na análise de 9 3 (noventa e três) processos.

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6. Após avaliação dos membros da equipe de auditoria a provou-se uma redução na dimensão quantitativa do escopo da a ção de 20% (vinte por cento) para 10% (dez por cento). 7. Consigne-se, todavia, que em contrapartida foi ampl iado o objeto desta ação, no que se refere aos requisitos legais de formalização da concessão dos adicionais de insalub ridade. A análise realizada nesta ação de auditoria não se restringiu , apenas, à verificação da presença ou não do referido laudo no s processos, mas também a adequação destes à legislação de regência, quanto à sua formalização e conteúdo. 8. Após o recebimento dos processos requisitados os me smos foram analisados pela Equipe da Auditoria Interna de acor do com o Programa de Auditoria previamente elaborado. O procedimento adotado contemplou a utilização de Check List específica, que permitiu uma análise formal dos processos, no que se refere aos requisitos de autuação e para concessão e revisão de adicionais. 9. É importante registrar que a equipe considerou o Pa recer do Técnico em Segurança do Trabalho e o Laudo Técnico da Engenheira em Segurança do Trabalho conjuntamente, para a análise dos critérios de concessão e revisão do adicional de insalubridade. Por se tratarem de peças complementares, que na maioria dos process os traziam referências entre si, a verificação do adimplemento das condições formais de concessão considerou-os conjuntamente. 10. Com a utilização do Sistema Integrado de Administra ção de Recursos Humanos – SIAPE foram emitidas as Fichas F inanceiras de cada servidor contemplado na amostra, por meio das quais realizou-se a análise da regularidade dos valores pagos a títul o de adicional de insalubridade. 11. Por fim, acrescente-se que a unidade de auditoria p romoveu a realização de Entrevista, por questionário semiestr uturado, da servidora Engenheira de Segurança do Trabalho da UF GD, matrícula SIAPE n. 1968358, no dia 11 de setembro de 2013. 12. Todos os documentos e evidências relacionados a est a ação de controle fazem parte dos Papéis de Trabalho da Equi pe de Auditoria. 13. Diante do atingimento dos objetivos desta ação de a uditoria, esperamos contribuir para o fortalecimento da gestã o da UFGD, evitando a ocorrência de ônus impróprios, improprie dades ou irregularidades no que diz respeito ao objeto anali sado.

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2. VISÃO GERAL DO OBJETO DE AUDITORIA

14. A legislação do Regime Jurídico Único dos Servidore s Civis da União (Lei Ordinária n. 8.112/90) determina, para o s casos de exposição a agentes ambientais considerados insalub res ou perigosos, um adicional no vencimento-base do servidor, nos te rmos de seu art. 68:

Art. 68. Os servidores que trabalhem com habituali dade em locais insalubres ou em contato permanente com substâncias tóxicas, radioativas ou com risco de vida, fazem jus a um ad icional sobre o vencimento do cargo efetivo.

15. No que se refere à insalubridade este adicional é d e 5% (cinco por cento) para grau mínimo, 10% (dez por cento) pa ra grau médio e 20% (vinte por cento) para grau máximo (Art. 5º da Orientação Normativa da Secretaria de Gestão Pública Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – SE GEP/MPOG nº 06, de 18/03/2013 – atualmente em vigor). 16. Para atividades classificadas como perigosas, o adi cional tem um valor único que é de 10% (dez por cento) do venc imento-base do servidor. 17. Os adicionais ocupacionais não são cumulativos, nos termos do art. 68, § 1º da Lei n. 8.112/90 e do art. 4º da ON SEGEP/MPOG nº 06, de 18/03/2013. 18. Como ficou registrado no primeiro tópico deste rela tório, esta auditoria não tratará do adicional de periculosidad e, uma vez que não existem nos quadros da UFGD servidores que o pe rcebam. 19. Prosseguindo, o pagamento do adicional de insalubri dade está condicionado à verificação de que o ambiente de tra balho apresenta agentes nocivos ao servidor, considerando-se o temp o de exposição e levando-se em conta o tipo de atividade desenvolvid a durante sua jornada de trabalho (Artigo 10 da ON SEGEP/MPOG nº 06/2013):

Art. 10. A caracterização e a justificativa para co ncessão de adicionais de insalubridade e periculosidade aos se rvidores da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional, quando houver exposição permanente ou habitual a ag entes físicos, químicos ou biológicos, dar-se-ão por meio de laudo técnico elaborado com base nos limites de tolerância mensur ados nos termos das Normas Regulamentadoras nº 15 e nº 16, aprovada s pela Portaria do Ministério do Trabalho e Emprego nº 3.214, de 08 de junho de 1978.

20. Alguns agentes estão presentes no nosso ambiente de trabalho por conta do tipo de atividades e processos que são desenvolvidos no local, conforme referido no artigo citado. Assim se ndo, podemos

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concluir que cada local de trabalho tem seus agente s característicos, relacionados aos trabalhos lá dese nvolvidos. 21. Os agentes ambientais podem ser classificados como físicos, químicos e biológicos (art. 10 da ON 06/2013 e iten s 9.1.5.1, 9.1.5.2 e 9.1.5.3 da NR-09 - Portaria nº 3.214 de 0 8/06/1978):

a) Agentes físicos: ruído, vibração, pressão, temperat ura, radiação (ionizante e não ionizante);

b) Agentes químicos: poeiras, fumos, líquidos, névoas, neblinas, gases, vapores, podendo ser absorvidos por via resp iratória, através da pele ou por ingestão;

c) Agentes biológicos: bactérias, fungos, bacilos, par asitas, protozoários, vírus, entre outros.

22. A legislação determina que a caracterização e justi ficativa para a concessão de adicionais ocupacionais deve se r feita através de laudo técnico, emitido por servidor público que pode ser Médico do Trabalho, Engenheiro ou Arquiteto especializado em Segurança do Trabalho (permitindo-se a contratação de serviços d e terceiros para auxiliar o profissional competente), considerando a situação individual de trabalho do servidor (Art. 10 e parág rafos da ON SEGEP/MPOG nº 06/2013). 23. Até fevereiro de 2010, o local de trabalho passava por uma avaliação qualitativa. A simples existência do agen te ambiental já era suficiente para classificá-lo como “insalubre” ou “perigoso”. A partir daí, qualquer servidor que trabalhasse neste local, independente do tempo de exposição, passava a ter o direito ao adicional respectivo. 24. A partir de fevereiro de 2010, de acordo com a Orie ntação Normativa SEGEP/MPOG nº 02 de 19/02/2010, os critér ios passaram a ser mais rígidos:

-A avaliação passa a considerar a situação individu al de trabalho do servidor;

-Para agentes Físicos, a exposição do servidor no l ocal de trabalho deve passar por uma avaliação quantitativa e compar ada aos Limites de Tolerância da NR-15, a fim de classificá-lo ou n ão como ‘insalubre’;

-Para os agentes Químicos descritos nos Anexos 11 e 12 da NR-15, a exposição do servidor no local de trabalho deve pas sar por uma avaliação quantitativa e comparada aos Limites de T olerância da NR- 15, a fim de classificá-la ou não como ‘insalubre’;

-Para os agentes Químicos descritos no Anexo 13 da NR-15, a avaliação é qualitativa, ou seja, a caracterização da insalubridade é em função do agente químico e da atividade;

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-Os agentes Biológicos continuam sendo classificado s qualitativamente; porém, a concessão a adicionais é feita exclusivamente ao servidor que tenha contato direto , habitual ou permanente e por força da necessidade funcional des te contato;

-Definiu-se que “Exposição Habitual” representa car ga horária acima da metade da jornada semanal (>50%).

25. Conforme definido no PAINT-2013, esta ação de contr ole se correlaciona com o Programa de Governo 2109 – Progr ama de Gestão e Manutenção do Ministério da Educação, especificamen te com a ação orçamentária 2109 .20TP – Pagamento de Pessoal Ativo da União, cuja dotação inicial para esta Universidade no ano de 20 13 foi de R$ 53.363.207,00 1 (cinquenta e três milhões, trezentos e sessenta e três mil e duzentos e sete reais). 26. Na sequência serão apresentados os parâmetros de de finição do escopo da ação de auditoria 5.1/2013, com base nas informações prestadas pela Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas - PROGESP.

2.1. Parâmetros de Definição do Escopo da Ação 5.1 – Adicional de Insalubridade

27. Como informado no tópico introdutório deste relatór io houve uma redução no aspecto quantitativo do escopo desta açã o de auditoria de 20% (vinte por cento) para 10% (dez por cento) do t otal de servidores que percebem o adicional de insalubridad e e em razão da inexistência de servidores percebendo o adicional d e periculosidade centrou-se a análise apenas no adicional de insalub ridade.

2.1.1. Variação dos valores pagos acima de 15% no p eríodo considerado

28. Em razão da limitação estabelecida pelo escopo, no que se refere ao número de processos por unidade pagadora, e para otimizar os resultados desta auditoria, estabeleceram-se cri térios qualitativos para definição da amostra. Este critér io especificador priorizou a análise das maiores variações nos valor es pagos a título de adicional de insalubridade. 29. Abaixo estão listados os processos de servidores co m variações superiores ao fator discriminante estabelecido pela Audin-UFGD, que foi de 15% (quinze por cento) nos valores pagos a t ítulo de adicional de insalubridade:

1 Dados extraídos do Quadro de Detalhamento das Despesas (QDD) – PO impresso em 02/10/2012 através do SIMEC.

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Quadro 1. UFGD –Valores de Adicional de Insalubrida de com variação superior a 15%

Nº Matrícula

SIAPE nº Variação Processos Classificação

*2 1. 1811896 16% 23005.001260/2012-08 e

23005.004209/2010-88 8º (15)

2. 1544238 16% 23005.002342/2008-85 e 23005.001796/2010-53

8º (16)

3. 0432189 39% 23005.001718/2012-11 1º(1) 4. 0433110 26% 23005.002085/2009-62 e

23005.001748/2012-27 4º (6)

5. 1545540 23% 23005.002085/2009-62 e 23005.001740/2012-61

5º (10)

6. 1660578 16% 23005.002341/2008-31 e 23005.002085/2009-62 e 23005.001780/2010-41

8º (17)

7. 1578629 16% 23005.002223/2009-11 8º (18) 8. 1651640 16% 23005.001258/2012-21 e

23005.000385/2011-21 8º (19)

9. 1544612 18% 23005.002085/2009-62 e 23005.001004/2012-11

7º (13)

10. 1859340 16% 23005.001609/2011-12 8º (20) 11. 0433742 39% 23005.002085/2009-62 e

23005.001711/2012-07 1º(2)

12. 1479715 23% 23005.002085/2009-62 5º (11) 13. 1668950 16% 23005.002085/2009-62 e

23005.001728/2012-56 8º (21)

14. 1545526 21% 23005.003028/2012-04 6º (12) 15. 1811351 16% 23005.001262/2012-99 8º (22) 16. 1144857 30% 23005.001722/2012-89 3º (4) 17. 0433729 26% 23005.001723/2012-23 4º (7) 18. 1144973 18% 23005.002085/2009-62 e

23005.001764/2012-10 7º (14)

19. 1713489 16% 23005.002085/2009-62 e 23005.001734/2012-11

8º (23)

20. 2538015 16% 23005.000495/2011-93 8º (24) 21. 1144883 33% 23005.002085/2009-62 e

23005.001713/2012-98 2º (3)

22. 4316517 26% 23005.002085/2009-62 e 23005.001745/2012-93

4º (8)

23. 1544758 16% 23005.002085/2009-62 e 23005.000759/2011-17

8º (25)

24. 1279540 16% 23005.002085/2009-62 e 23005.001008/2012-91

8º (26)

25. 1333597 16% 23005.002085/2009-62 8º (27) 26. 0434002 26% 23005.002085/2009-62 e

23005.001732/2012-14 4º (9)

27. 1760519 30% 23005.002085/2009-62 e 23005.000912/2013-60

3º (5)

Observação. Classificação: a numeração ordinal se refere à cla ssificação da variação e a entre parênteses à organização segundo o critério alfabético de listagem, utilizado na definição da amostra, verifi cável por meio dos papéis de trabalho, pois omitiram-se neste relatório os no mes dos servidores.

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Quadro 2. HU/UFGD - Valores de Adicional de Insalub ridade com variação superior a 15%

Nº Matrícula

SIAPE nº Variação Processos Classificação *4

1. 1824489 -48% 23005.004213/2010-46 3º (3) 2. 1807565 110% 23005.002761/2010-31 2º (3) 3. 1791182 20% 23005.003374/2010-12 *2 4º (5) 4. 1803825 *1 -100% 23005.002891/2010-74 1º 5. 1809573 118% 23005.003413/2010-81 1º (1) 6. 1808095 118% 23005.004052/2010-91 1º (2) 7. 1808624 75% 23005.002993/2010-90 3º (4) 8. 1800514 -48% 23005.002617/2010-03 3º (4) 9. 1811159 -72% 23005.003259/2010-48 2º *1. Não constou informação sobre pagamento de adici onal para este servidor no período de Abril de 2013, o que ocasionou esta vari ação negativa, também não constou o sinal utilizado pela PROGESP para indicar o não pagamento, qual sendo um travessão -, nas informações prestadas. *2. Há duas ocorrências deste servidor, ambas trata ndo de adicional de insalubridade, na primeira houve variação de 20% e na segunda de 5% do valor. *3. Classificação das variações positivas em negrit o e negativas em itálico.

2.1.2. Servidores cujo adicional deixou de ser pago , apresentou inconsistência, foi concedido no período ou publica do no Boletim de Serviço de 08/05/2013

30. Os critérios apresentados neste tópico da definição da amostra surgiram de análises preliminares realizadas em inf ormações prestadas pela Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas – PROGESP da UFGD. 31. Das informações financeiras notou-se que em alguns meses suspendeu-se o pagamento do adicional de insalubrid ade a alguns servidores, sendo este retomado em período posterio r e, em alguns casos, inconsistências nos pagamentos, considerando -se como base de comparação a sequência de pagamentos anteriores do mesmo servidor. 32. Incluíram-se, ainda, concessões realizadas no perío do inicial da auditoria e em um Boletim de Serviço específico, datado de 08 de maio de 2013, por duas razões:

a) para verificar-se o procedimento da PROGESP nos dia s atuais, no que se refere à concessão dos adicionais;

b) e também porque as concessões do BS de 08/05/2013 d eram-se após o início dos trabalhos de auditoria.

33. Abaixo estes são apresentados por unidade pagadora:

Quadro 3. UFGD: Servidores que se enquadram nos cri tério do Tópico 2.1.2

N Matrícula SIAPE Processos

1. 1661625 23005.002085/2009-62 e 23005.001003/2012-68 2. 1546278 23005.002027/2008-58 3. 1566975 23005.002027/2008-58, 23005.002085/2009-62 e

23005. 001006/2012-00

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Observação 1. Os adicionais dos dois primeiros servidores deixar am de ser pagos no mês de março de 2013. Integrando a amostra o primeiro deles, por se tratar de processo mais recente e que espelha o atu al procedimento da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas. Observação 2. O terceiro processo apresentou inconsistência no v alor creditado no mês de março e deixou de ser pago em a bril de 2013.

Quadro 4. HU/UFGD: Servidores que se enquadram nos critério do Tópico 2.1.2 N Matrícula SIAPE Processos

1. 1801486 23005.001224/2013-17 *1

2. 1855251 23005.001301/2013-39 *3 3. 2801485 23005.003431/2010-63 4. 1799921 23005.002618/2010-40 *3

5. 1803825 23005.002891/2010-74 6. 1760519 23005.000912/2013-60 *2

7. 1802138 23005.004698/2010-78 *3 8. 1812364 23005.003501/2010-83 9. 1898974 23005.005017/2011-70 10. 1809728 23005.003478/2010-27 11. 1815284 23005.003621/2010-81 12. 1808624 23005.002993/2010-90 13. 1765795 23005.000594/2010-94 14. 1808074 23005.003411/2010-92 *3 15. 1806164 23005.002979/2010-96 16. 1811159 23005.003259/2010-48 17. 2809760 23005.001496/2011-55 18. 1800530 23005.002739/2010-91 *1. Suspensão do adicional publicada no Boletim de Serviços da UFGD em 08/05/2013. *2. Processo concedido no período. *3. Alteração de adicional publicada no Boletim de Serviços da UFGD em 08/05/2013. *4. Processos em negrito: compreendidos no critério nº 1.

2.1.3. Maiores Adicionais – acima de R$ 1.000,00 (u m mil reais)

34. A equipe de auditoria interna entendeu ser relevant e a definição de critério de eleição que considerasse o s maiores valores pagos a título de adicional, diante da maior reperc ussão material na hipótese de falhas na concessão destes, adotando co mo patamar mínimo o valor de R$ 1.000,00 (um mil reais).

Quadro 5. UFGD: Maiores Adicionais – acima de R$ 1. 000,00 (um mil reais)

N Matrícula SIAPE Processos VALOR R$ CLASSIFICAÇÃO

1. 0433742 23005.002085/2009- 62 e 23005.001711/2012-07

1127,09

2º(3)

2. 1144883 23005.002085/2009- 62 e 23005.001713/2012-98

1166,97

1º(1)

3. 0434002

23005.002085/2009- 62 e 23005.001732/2012-14

1166,97

1º(2)

*1. Todos os processos encontram-se listados no cri tério nº 1.

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Quadro 6. HU/UFGD: Maiores Adicionais – acima de R$ 1.000,00 (um mil reais) N Matrícula SIAPE Processos VALOR R$ CLASSIFICAÇÃO

1. 1806892 23005.004168/2010-20

1.300,68

2. 3337979 23005.005032/2010-37

1.300,68

2.1.4. Total Geral de Processos e Refinamento da Am ostra

35. Com o objetivo de calcular o total de processos a s erem requisitados à unidade auditada e analisados, defin iu-se que:

a) para os servidores listados que possuíam elencados mais de um processo requisitou-se apena o mais recente (um por servidor);

b) seriam excluídas da contagem eventuais repetições, ou seja, processos abrangidos por um critério não seriam con tados novamente em outro. Para se garantir uma análise co mpleta de cada caso, na planilha de distribuição dos processo s entre os membros da equipe de auditoria foram consignadas as trilhas de cada servidor, indicando os pontos de análise.

36. Após todos estes considerandos, chegou-se ao seguin te número:

Quadro 7. Comparativo entre o número de processos e ncontrados e o escopo da ação Encontrados Escopo Diferença UFGD: 33 12 +21 HU: 26 36 -10 TOTAL: 59 48 +11

Quadro 8. Discriminação da contagem por critério de definição do escopo: UFGD

HU/UFGD

Critérios: 2.1.1: 27 2.1.2: 3 2.1.3: 3 TOTAL: 33

Critérios: 2.1.1: 9 2.1.2 : 15 2.1.3 : 2 TOTAL: 26

37. Assim, após os levantamentos e avaliações dos proce ssos apresentados, a unidade de Auditoria Interna conclu iu que:

a) um percentual amostral de 10% (dez por cento) dos p rocessos foi atingido apenas pela UFGD, com um total de 12 (doze ) processos como originalmente previsto;

b) a necessidade da utilização de todos os processos d o HU/UFGD abrangidos pelos critérios da amostra, uma vez que o quantitativo deste ficou abaixo da estimativa, 26 ( vinte e seis) processos enquadrados nos critérios face os 3 6 (trinta e seis) originalmente previstos.

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2.2. Definição da Amostra

38. Assim, após a reavaliação da extensão quantitativa do escopo da ação originalmente prevista no PAINT/2013 e dos aju stes realizados chegou-se à seguinte amostra:

Quadro 9. UFGD: Amostra da Ação de Auditoria n. 5.1 /2013 Nº Matrícula SIAPE Processo 1. 0432189 23005.001718/2012-11 2. 0433742 23005.001711/2012-07 3. 1144883 23005.001713/2012-98 4. 1144857 23005.001722/2012-89 5. 1760519 23005.000912/2013-60 6. 0433110 23005.001748/2012-27 7. 0433729 23005.001723/2012-23 8. 4316517 23005.001745/2012-93 9. 0434002 23005.001732/2012-14 10. 1545540 23005.001740/2012-61 11. 1661625 23005.001003/2012-68 12. 1566975 23005.001006/2012-00

Observação 1. Nº 1 a 10 – variação de valores percebidos a títul o de adicional superior a 15%. Observação 2. Nº 11 e 12 – Servidores cujo adicional deixou de s er pago, apresentou inconsistência, foi concedido no período ou publicado no Boletim de Serviço de 08/05/2013. Observação 3. Nº 2, 3 e 9 - adicionais com valor superior à R$ 1 .000,00.

Quadro 10. HU/UFGD: Amostra da Ação de Auditoria n. 5.1/2013 Nº Matrícula SIAPE Processo 1. 1791182 23005.003374/2010-12 2. 1824489 23005.004213/2010-46 3. 1807565 23005.002761/2010-31 4. 1803825 23005.002891/2010-74 5. 1809573 23005.003413/2010-81 6. 1808095 23005.004052/2010-91 7. 1808624 23005.002993/2010-90 8. 1800514 23005.002617/2010-03 9. 1811159 23005.003259/2010-48 10. 1801486 23005.001224/2013-17 11. 1855251 23005.001301/2013-39 12. 2801485 23005.003431/2010-63 13. 1799921 23005.002618/2010-40 14. 1760519 23005.000912/2013-60 15. 1802138 23005.004698/2010-78 16. 1812364 23005.003501/2010-83 17. 1898974 23005.005017/2011-70 18. 1809728 23005.003478/2010-27 19. 1815284 23005.003621/2010-81 20. 1765795 23005.000594/2010-94 21. 1808074 23005.003411/2010-92 22. 1806164 23005.002979/2010-96 23. 2809760 23005.001496/2011-55 24. 1800530 23005.002739/2010-91 25. 1806892 23005.004168/2010-20 26. 3337979 23005.005032/2010-37

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Observação 1. Nº 1: 2 incidências com valores distintos. Observação 2. Nº 2 a 9: variação de valores percebidos a título de benefício superior a 15%. Observação 3. Nº 10 a 24: Servidores cujo adicional deixou de se r pago, apresentou inconsistência, foi concedido no período ou publicado no Boletim de Serviço de 08/05/2013. Observação 4. Nº 25 e 26: adicionais com valor superior à R$ 1.0 00,00.

39. Registre-se, ainda, que em razão de alterações no q uadro de servidores da Auditoria Interna a análise de parte dessa amostra restou prejudicada. Contudo, como a análise não se restringiu apenas ao ano de 2013 e sim abrangeu os pagamentos de adic ionais de cada servidor desde o início, o valor total auditado foi de R$ 249.067,35(duzentos e quarenta e nove mil e sessent a e sete reais e trinta e cinco centavos). 40. O total de valores auditados, tendo-se por referênc ia apenas o ano de 2013, foi de R$ 29.326,58 (vinte e nove mil, trezentos e vinte e seis reais e cinquenta e oito centavos), qu e representa 4,2% dos valores pagos pela Universidade Federal da Gran de Dourados – UFGD e pelo Hospital Universitário da UFGD – HU/UFG D no período considerado para a amostra, que foi de janeiro a ab ril de 2014, conforme tabela de valores apresentada pela Pró-Rei toria de Gestão de Pessoas da UFGD – PROGESP/UFGD:

Quadro 11. Total de Recursos Auditados Adicional de

Insalubridade UFGD/HU (Jan. a abr.

2013) (A)

Recursos Auditado s (jan. a

abr. 2013) (B) % (B/A)

Recursos Auditados desde o início do

pagamento dos adicionais (C)

% (C/A)

695.075,71 29.236,58 4,2% 249.067,35 35,83%

3. ANÁLISE DOS ACHADOS DE AUDITORIA

41. Neste capítulo apresentam-se os principais Achados da Auditoria Interna durante a execução desta ação de controle. Segundo o Manual de Auditoria Operacional do TCU, um achado represen ta a discrepância entre a situação existente com um determinado crité rio. Os critérios de auditoria, por sua vez, representam o estado ide al ou desejável daquilo que se examina. 42. Assim, durante esta auditoria foram identificadas a lgumas oportunidades de melhorias no que diz respeito aos processos de concessão de adicional de insalubridade pela UFGD.

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43. Esses achados são apresentados em forma de relatos articulados e argumentados nas seções a seguir, sendo que cada seção tratará de um achado específico.

3.1. Pagamento indevido de adicional de insalubrida de 3.1.1. Critérios e Análise das Evidências

44. Critérios Normativos: Artigos 13, 14, 15, 16 e 17 d a ON nº 06/2013 – SEGEP/MPOG; Art. 4º do Decreto nº 97.458/ 89; Art. 69 da Lei n. 8.112/90. 45. Processo nº 23005.001732/2012-14. Portaria nº 582 d e 01/10/09. Laudo Pericial nº 128 de 09/04/12. Fichas Financeir as ref. a matricula nº 0434002 do período out/09 a jun/13. 46. Processo nº 23005.001748/2012-27. Portaria nº 581 d e 01/10/09. Laudo Pericial nº 153 de 09/04/12. Fichas Financeir as ref. a matricula nº 0433110 do período out/09 a jun/13. 47. O adicional concedido inicialmente foi revisado em 2012 resultando em novos laudos periciais com alteração do grau de risco identificado. Contudo, não consta do processo nenhu ma nova portaria alterando o percentual e o servidor, de acordo com a ficha financeira, continuou recebendo o adicional no mesm o grau primeiramente concedido. 48. Processo n. 23005.001496/ 2011-55. Portaria nº 195 /2011 (Médio Químico, 10%) . Portaria nº 784 de 18/10/11 majorando o adicional da servidora de 10% para 20% de seu venci mento básico .

Portaria n. 610/2013 que: a) Reduziu de 20% para 10% no período de 01/03/2012 a 30/04/2012; b) Suspendeu o pagamento de 01/05/2012 até 28/04/2013; c) Concedeu no percentual de 20% a partir de 29/04/201 3.

49. Não há Laudo Pericial no processo que fundamente a majoração pela portaria n. 784/2011. 50. Fichas Financeiras ref. a matricula nº 2809760 dos meses de novembro e dezembro de 2011, janeiro a abril de 201 2 e março à junho de 2013. 51. Processo n. 23005.001711/ 2012-07. Portaria: não há . Laudo Pericial n. 118/2012. Fichas Financeiras emitidas p elo Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos – SI APE, demonstrando que mesmo após o dia 09 de abril de 2012 (data do l audo que alterou o percentual original do adicional de máximo para m édio) o servidor continuou percebendo o adicional na ordem de 20% (v inte por cento) de seu vencimento básico.

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52. Processo n. 23005.001745/ 2012-93. Portaria: não há . Laudo Pericial n. 147/2012. Fichas Financeiras emitidas p elo Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos – SI APE, demonstrando que mesmo após o dia 09 de abril de 2012 (data do l audo que definiu não ser mais devido o adicional) o servidor continu ou percebendo o adicional na ordem de 10% (dez por cento) de seu ve ncimento básico.

53. Processo n. 23005.003413/ 2010-81. Portaria n. 922/ 2012. Laudo Pericial n. 216/2012. Fichas Financeiras emitidas p elo Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos – SI APE, demonstrando que mesmo após a edição da Portaria n. 922/2012, qu e determinou o pagamento do adicional de insalubridade na ordem de 10% à servidora a partir de 1º de agosto de 2012, verificou-se que nos meses de agosto a novembro de 2012 o pagamento do adicional deu-se em desconformidade com aquela, pois foi pago no percen tual de 20% sobre o vencimento básico. 54. Processos Coletivos de Concessão de Adicional de In salubridade por meio de Laudo Ambiental. Quando da definição da amostra a unidade de auditoria interna verificou a existência de servidores que percebiam o adicional de insalubridade unicamen te em razão de processos de análise ambiental coletiva, que confli ta com as determinações sobre a matéria desde 2010. São estes os processos n. 23005.2027/2008-58 e 23005.002085/2009-62, referent es aos seguintes servidores:

Quadro 12. Lista de Servidores que percebem adicion al de insalubridade em razão de Laudo Ambiental

N. Matrícula Processo 1. 1608993 23005.002085/2009-62 2. 1547083 23005.002085/2009-62 3. 0432566 23005.002085/2009-62 4. 1479715 23005.002085/2009-62 5. 1546278 23005.002027/2008-58 6. 1668385 23005.002085/2009-62 7. 1544847 23005.002085/2009-62 8. 1551639 23005.002085/2009-62 9. 1668758 23005.002085/2009-62 10. 0433557 23005.002027/2008-58 11. 1333597 23005.002085/2009-62 12. 1682194 23005.002085/2009-62

55. Foram requisitados tais processos com a finalidade de averiguar esta constatação, surgida das informações prelimina res prestadas pela PROGESP. 56. A Auditoria Interna da UFGD entende ser necessária a revisão dos mesmos, de maneira similar ao recomendado pela Controladoria-Geral da União – CGU, na Nota-Técnica 16/2011 para a Universidade Federal de Santa Catarina – UFSCAR (N° OS: 20110895 9 - N°

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Constatação: 032 - N° Recomendação: 001)(nota técni ca anexa), que se fundamenta no art. 69 da Lei n. 8.112/90.

3.1.2. Causas

57. Ausência de controles administrativos, por parte da PROGESP, que contemplem a verificação da efetiva atualização da situação dos servidores, também, após a emissão do laudo pericia l.

3.1.3. Efeitos e riscos decorrentes da manutenção d a situação encontrada

58. Ocorrência de pagamentos indevidos, ocasionando pre juízo aos cofres públicos e expondo a UFGD a situações irregu lares perante os normativos relacionados à concessão de adicional de insalubridade.

3.1.4. Conclusão

59. Verificou-se da análise dos papéis de trabalho a re levância da definição e observância de padrões no procedimento para concessão, revisão e monitoramento dos adicionais.

3.1.5. Propostas

Corretivas:

3.1.5.1 - Que a UFGD proceda a apuração e o ressarcimento dos valores pagos indevidamente a título de adicional d e insalubridade aos servidores dos processos 23005.001732/2012-14, 23005.001748/2012-27, 23005.001496/2011-55, 23005.0 01711/ 2012-07, 23005.001745/ 2012-93 e 23005.003413/ 2010-81;

3.1.5.2 - Que a UFGD adote providências com vistas a regul arizar a situação de servidores que estão recebendo adiciona l de insalubridade em desacordo com o laudo pericial;

3.1.5.3 - Que a UFGD proceda a revisão do pagamento dos ad icionais de insalubridade aos servidores matrícula SIAPE n. 1608993, 1547083, 0432566, 1479715, 1546278, 1668385, 1544847, 155163 9, 1668758, 0433557, 1333597 e 1682194 que os percebem unicamen te em razão de Laudos Ambientais de processos coletivos, em razão do conflito desta forma de concessão com o estabelecido pelas Orienta ções Normativas SEGEP/MPOG n. 06/2009, 02/2010 e 06/2013 que passar am a exigir que se considere “a situação individual de trabalho do servidor”, em consonância com o que dispõe o art. 69 da Lei n. 8. 112/90.

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Preventivas:

3.1.5.4 - Que a UFGD, através da PROGESP, aprimore a rotin a de acompanhamento permanente da situação dos servidore s que recebem adicional de insalubridade, com o fim de evitar nov as ocorrências de pagamento indevido.

3.1.6. Benefícios esperados

60. São os seguintes os benefícios esperados: a) Reposição ao erário do valor pago indevidamente; b) Evitar novas ocorrências de pagamentos indevidos de adicional

de insalubridade; c) Adequação da situação dos servidores de acordo com os

normativos vigentes.

3.2. Inexistência de normas internas ou manuais par a concessão dos adicionais de insalubridade e periculosidade

3.2.1. Critérios e Análise das Evidências

61. Resposta à questão nº 1 da entrevista com a servido ra Engenheira de Segurança do Trabalho da UFGD, matríc ula SIAPE n. 1968358, no dia 11 de setembro de 2013:

1. Existe alguma norma da UFGD sobre concessão dos adicionais de insalubridade e periculosidade?

R: Normatização interna não há, seguem-se as determ inações da SEGEP. Não há um manual, mas há o planejamento para elabor ação de um, consta do Plano de Metas até 2015.

3.2.2. Causas

62. Priorização da execução em detrimento da formalizaç ão dos controles internos para a execução das rotinas de t rabalho.

3.2.3. Efeitos e riscos decorrentes da manutenção d a situação encontrada

63. Falta de padronização das etapas de concessão e rev isão do adicional de insalubridade;

Fragilidade nos controles internos e falhas no proc edimento de concessão e revisão deste adicional.

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3.2.4. Conclusão

64. No próximo capítulo deste relatório (3.3) restarão evidenciadas situações nas quais a ausência de documentos ou for malidades determinadas pelas normas de regência da concessão de adicional de insalubridade impactaram negativamente na administr ação. 65. Assim, conclui-se ser de grande importância para a regularidade desta espécie de procedimento que se padronize, em norma específica, as etapas e a documentação essencial à concessão e revisão do adicional de insalubridade.

3.2.5. Propostas

3.2.5.1 - Que a UFGD elabore normativos internos com o obj etivo de padronizar a concessão e a revisão do adicional de insalubridade.

3.2.6. Benefícios esperados

66. A proposta apresentada neste capítulo tem por objet ivo garantir uma maior aderência aos preceitos normativos acerca da matéria e aprimorar os controles internos, no que se refere a os procedimentos para concessão e revisão do adicional de insalubrid ade.

3.3. Falhas na autuação dos processos de concessão de adicional de insalubridade

3.3.1. Critérios e Análise das Evidências

67. Critérios Normativos: Art. 2º, VIII da Lei nº 9.784 /99; Portaria Normativa nº 5/2002, MPOG, Anexo, item 5; Art. 4º, Decreto nº 97.458/89; Art. 13, ON nº 06/2013 – SEGEP/MPOG.

3.3.1.1. Ausência de numeração das folhas do proces so

68. Evidências:

a) 23005.001732/2012-14 – Todas as 11 (onze) folhas;

b) 23005.001748/2012-27 – Todas as 09 (nove) folhas;

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c) 23005.003478/2010-27 – duas últimas folhas do proce sso estavam sem a devida numeração (foram numeradas pela equipe de auditoria);

d) 23005.001711/2012-07 – Todas as 8 (oito) folhas;

e) 23005.001003/2012-68 – Todas as 9 (nove) folhas;

f) 23005.001745/2012-93 – Todas as 8 (oito) folhas.

3.3.1.2. Ausência da cópia da portaria de localizaç ão ou de exercício do servidor no local periciado nos proces sos analisados

69. Diante das constatações da ausência de portarias de localização ou de exercício do servidor, em desacordo com o art . 13 da ON 06/2013 e do art. 4º do Decreto n. 97.458/89, a equ ipe de auditoria incluiu este tópico na entrevista realizada com a E ngenheira em Segurança do Trabalho, onde constou que:

6. Como são feitas as movimentações internas dos se rvidores, por portarias ou outros atos? (Ex.: servidor do HU que deixa de trabalhar em uma enfermaria para trabalhar em uma U TI).

R: Estamos tratando do local do exercício. Na UFGD só há o ato de movimentação do servidor se este alterar a lotação entre faculdades ou setores. Ex.: dentro da seção de laboratórios po de haver a movimentação de pessoal entre os diversos laboratór ios daquela seção sem a existência de uma portaria formalizando este ato. No HU somente pelo controle de escala, não há uma portari a de alteração.

7. Existe algum setor ou servidor responsável pelo controle dos atos de movimentação de pessoal?

R: Há um setor que faz o controle destas movimentaç ões, mas não contempla movimentações dentro dos setores, no que se (refere) ao exercício de atividades.

8. Como a entrevistada toma conhecimento das altera ções de lotação? Qual o procedimento adotado quando da alteração do local de exercício de um servidor?

R: Na universidade por meio de vistoria ou própria solicitação do servidor. No HU pela solicitação do servidor e pelo acompanhamento da escala (de trabalho do setor, que inclui folgas, licenças, férias, etc.), encaminhada pela direção de enfermag em, que se refere aos dados sobre técnicos e enfermeiros. Médicos se dá por meio de vistoria, pois estes não tem escala.

8.1 Há uma periodicidade destas vistorias?

R: Rotineiramente são realizadas vistorias, entreta nto estas são pontuais. Percorrendo-se todos os setores a cada tr imestre.

8.2 Existem informações de alterações de lotação po r parte das chefias?

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R: Não, desde o período que realiza o trabalho não.

8.3 Já houveram modificações verificadas sem comuni cação?

R: Sim, hipóteses de lotação provisória publicadas no Boletim de Serviços, verificadas por ação da própria seção de segurança do trabalho.

70. Assim, considerando-se os artigos 13, 14 e 15 da ON 06/2013 e o art. 4º do Decreto n. 97.458/89 é necessária uma re visão no procedimento da universidade, no que se refere a es sa matéria, para que se garanta ao setor de recursos humanos subsídi os suficientes para realizar a concessão e o acompanhamento perman ente do pagamento dos adicionais, caso ocorram mudanças de atividades que façam cessar os mesmos.

3.3.1.3. Pareceres e outros documentos sem a aposiç ão das devidas assinaturas

71. Evidências, processos número:

a) 23005.001748/2012-27: “Ficha de Descrição das Ativi dades Realizadas no Campus da UFGD” sem a assinatura da s ervidora;

b) 23005.003431/2010-63: Pareceres do Técnico em Segur ança do Trabalho estão sem as devidas assinaturas (folhas 0 4, 13 e 16);

c) 23005.002739/2010-91: Parecer do Técnico em Seguran ça do trabalho estão sem assinatura (folha 32, verso);

d) 23005.004052/2010-91: Parecer do Técnico em Seguran ça do Trabalho sem a devida assinatura (folhas 04 e 05);

e) 23005.002617/2010-03: Parecer do Técnico em Seguran ça do Trabalho (094/2010) sem a devida assinatura (folhas 04 e 05);

f) 23005.003413/2010-81: Parecer do Técnico em Seguran ça do Trabalho (211/2010) sem a devida assinatura (folhas 04 e 05).

3.3.1.4. Pagamento de adicional suspenso sem consta r do processo cópia da portaria de suspensão ou portaria editada posteriormente

72. Processo n. 23005.002739/2010-91 – não consta cópia da portaria que suspendeu o pagamento do adicional quando o ser vidor foi removido para outro setor a partir de 01/02/12 (obs .: o pagamento do adicional foi, de fato, suspenso);

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73. Processo n. 23005.001496/2011-55 - Ausência de paga mento de adicional nos meses de maio de 2012 a fevereiro de 2013 convalidadas apenas em 07 de junho de 2013 pela portaria n. 610.

3.3.2. Causas

74. Falta de padronização das etapas de concessão e rev isão do adicional de insalubridade. 75. Ausência de etapa de verificação da correta autuaçã o dos processos.

3.3.3. Efeitos e riscos decorrentes da manutenção d a situação encontrada

76. Ocorrência de erros formais quando da autuação dos processos de concessão de adicional de insalubridade, podendo co mprometer, assim, a lisura e legalidade de tais concessões. 77. Pagamento de adicional discrepante do ato de conces são e responsabilização administrativa, penal e civil dos dirigentes por pagamentos em desacordo com a legislação (art. 17, da ON SEGEP/MPOG n. 06/2013), uma vez que seja alterada a atividade ensejadora do pagamento do adicional por outra que não o caracter ize sem comunicação ao órgão responsável pela gestão de pes soas.

3.3.4. Boas Práticas

78. De acordo com a indagação oral realizada em 11/09/1 3, a Engenheira em Segurança do Trabalho informou que, d esde quando ingressou na UFGD, está fazendo a devida verificaçã o das assinaturas dos documentos do processo, devolvendo-os quando nã o assinados.

3.3.5. Conclusão

79. A ampliação do escopo para fazer constar a verifica ção da formalização dos processos revelou-se correta, dada s as falhas de constituição e acompanhamento detectadas. 80. É possível concluir que a ausência de uma rotina es tabelecida pelo setor responsável faz com que a não autuação c orreta de determinado processo gere risco e prejuízo à admini stração.

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3.3.6. Propostas

Corretivas:

3.3.6.1 - Que a UFGD revise a autuação dos processos, com o intuito de verificar e corrigir as situações apontadas no i tem 3.3 deste relatório.

Preventivas:

3.3.6.2 - Que a UFGD faça constar no normativo interno rec omendado no tópico 3.2 deste relatório:

a) os documentos de instrução obrigatória do processo de concessão e revisão do adicional de insalubridade;

b) a obrigatoriedade da comunicação ao órgão de gestão de recursos humanos da movimentação funcional dos servidores qu e percebam os adicionais pelos gestores de unidades administra tivas, em atendimento aos artigos 13, 14 e 15 da Orientação N ormativa SEGEP/MPOG 06/2013.

3.3.6.3 - Que a PROGESP crie formas de controle que garant am a correta autuação dos processos nas rotinas de conce ssão e revisão de adicional de insalubridades.

3.3.7. Benefícios esperados

81. Evitar retrabalhos; evitar substituição indevida da s folhas dos processos; evitar o comprometimento da legalidade d o ato de concessão ou revisão de adicional de insalubridade.

3.4. Não especificação, pelo Laudo Pericial, do lim ite de tolerância conhecido, quanto ao tempo de exposição ao agente n ocivo e da verificação do tempo de exposição do servidor aos a gentes agressivos.

3.4.1. Critérios e Análise das Evidências

82. Critérios Normativos: Art. 2º, III, “a” e “b” do De creto nº 97.458/89; Art. 10, §2º, IV, “c”, “1” e “2” da ON n º 06/2013 – SGP/MPOG. 83. Evidências: Processos n. 23005.001711/2012-07 e 23005.1003/2012-68, processos de concessão de adici onal de insalubridade por agentes químicos.

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84. Diante das disposições normativas e da análise dos processos empreendida no curso da ação de auditoria, por ocas ião da entrevista com a Engenheira de Segurança do Trabalho da UFGD, matrícula SIAPE n. 1968358, foram apresentadas pela equipe os segui ntes questionamentos, que já contam com as respectivas r espostas:

14. O Laudo Pericial identifica o agente nocivo à s aúde ou o identificador do risco? Como é feita essa identific ação?

R: Sim, para os químicos, físicos, a partir da vist oria e da ficha de descrição de atividades, verifica-se o enquadram ento nas hipóteses de exposição permanente ou habitual. No b iológico utiliza-se a própria norma, ela traz o motivo, mas não diz qual o agente em si, ex.: “contato com paciente em isolamento”, não fala a doença em si.

14.1 – Esta informação consta do laudo?

R: Consta do PPRA e da vistoria, mas também faz con star do laudo.

15. No que se refere aos agentes químicos, a UFGD t em condições de realizar a mensuração técnica da exposição dos serv idores a estes, na forma como determina a legislação?

R: Não. O problema não é a mensuração e sim a análi se laboratorial. A universidade não tem aparelhos que permitem esta análise quantitativa, do limite de tolerância. O que é feit o é uma análise qualitativa, nos casos de concessão. Uma vez que at ualmente a legislação permite a contratação de empresas tercei rizadas para a realização destes serviços e que a manutenção e ope racionalização destes equipamentos pela universidade seria inviáve l, seria importante e necessária a contratação de empresa te rceirizada para realizar este trabalho.

16. O laudo pericial especifica qual o limite de to lerância conhecido quanto ao tempo de exposição ao agente no civo? Caso afirmativo, qual norma embasa os limites de tolerân cia?

R: Sim, citando que é em conformidade com a NR 15.

16.1 – Existe no laudo especificamente o limite?

R: Não, fazendo remissão à NR 15.

17. É feita uma verificação do tempo de exposição d o servidor ao agente nocivo? Como (in loco ou com base na Ficha d e Descrição de Atividades) e por quem (técnico ou engenheiro)?

R: Nos dois, sempre é feita a verificação do tempo de exposição do servidor por meio da vistoria, confrontando com a f icha de descrição de atividades. Sendo sempre realizada pela engenhei ra de segurança do trabalho e, eventualmente, em conjunto com o téc nico de segurança do trabalho.

85. Das respostas ofertadas conclui-se que na hipótese de concessão de adicional de insalubridade por risco biológico n ão há que se consignar no Laudo Pericial o “limite de tolerância conhecido quanto ao tempo de exposição ao agente nocivo”, pois a nor ma estabelece em

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que medida a presença deste no ambiente de trabalho garante a percepção do adicional, trata-se de análise qualita tiva (da presença do agente e enquadramento nas hipóteses legais) (qu estão n. 14). 86. Nos Laudos Periciais de concessão de adicionais de insalubridade por agentes químicos apenas se faz re missão à Norma Regulamentadora n. 15 da Portaria do Ministério do Trabalho n. 3.214, de 08 de junho de 1978, que trata das Ativid ades e Operações Insalubres (115.000-6), sem especificar-se em qual dos limites daquela o servidor se enquadra, para fins de compar ação com o período apurado. 87. Prosseguindo, em que pese a reposta à questão 17, o nde se informa que “sempre é feita a verificação do tempo de exposição do servidor por meio da vistoria, confrontando com a f icha de descrição de atividades”, em alguns processos da amostra não constavam ambas as peças, Parecer e Laudo Pericial, como é o caso d os n. 23005.1003/ 2012-68, fl. 09 e n. 1711/2012-07, fl. 8. Também nã o existia juntada àqueles autos outra peça que evidenciasse esta veri ficação. 88. De fato, os processos citados não foram conduzidos pela Engenheira em Segurança do Trabalho que atualmente chefia o setor responsável pelas concessões e que participou da en trevista realizada nesta ação de auditoria. No entanto, isto evidencia a necessidade de uma normatização que afaste a subjet ividade na condução dos processos. 89. Assim, é importante que o setor responsável pela c oncessão do adicional de insalubridade regulamente:

a) a necessidade da descrição e registro do enquadrame nto do servidor na NR/MTB n. 15/78 nos documentos que comp õem o Laudo Técnico (Parecer e Laudo Pericial), especificando q ual a tolerância conhecida quanto ao tempo de exposição, em atendimento ao art. 2º, III, “a” e “b” do Decreto n º 97.458/89 e art. 10, §2º, IV, “c”, “1” e “2” da ON nº 06/2013 – SGP/MPOG;

b) a maneira de se realizar e a forma de se registrar a verificação do tempo de exposição do servidor ao ag ente nocivo, garantindo a formalização de documento cont endo o método e as conclusões da verificação nos processos de concessão (ex.: visita ao setor, verificação de esc ala, etc.).

90. Por fim, nos termos da resposta à questão n. 15 da entrevista citada, as análises laboratoriais necessárias ao pr ocesso de concessão de adicional de insalubridade por agente físicos e químicos revelaram-se uma dificuldade técnica, pois , conforme registrado, a “universidade não dispõe dos aparelho s que permitem esta análise quantitativa, do limite de tolerância” e “a manutenção e operacionalização destes equipamentos pela univer sidade seria inviável”. Sugeriu a entrevistada que a universidad e realizasse a contratação de empresa terceirizada para executar t ais atividades.

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91. Nos exatos termos da informação prestada pela engen heira em segurança do trabalho o §1º do art. 10, da ON 06/20 13 da SEGEP/MPOG prevê tal hipótese:

Art. 10. ...

§ 1º O órgão ou a instituição poderá contratar serv iços de terceiros para a dosagem e medição de agentes físicos e quími cos ou para a identificação de agentes biológicos, com a finalida de de auxiliar o profissional competente na expedição de laudo técni co, desde que o levantamento dos dados seja supervisionado por serv idor da área de saúde e segurança do trabalho.

3.4.2. Causas

92. Falta de padronização das etapas e de documentos de concessão do adicional de insalubridade; dificuldades técnica s para a verificação dos critérios de concessão do adicional de insalubridade.

3.4.3. Efeitos e riscos decorrentes da manutenção d a situação encontrada

93. Falhas no procedimento de concessão dos adicionais.

3.4.4. Conclusão

94. Os pontos de formalização do processo de concessão do adicional de insalubridade merecem atenção especial da UFGD ( registro do enquadramento legal do tempo de exposição e da veri ficação deste no processo), para que os autos do procedimento repres entem, de forma fidedigna, todas as informações referentes à verifi cação dos critérios de concessão. 95. Também é imprescindível a resolução pela UFGD da qu estão apontada no que se refere às análises laboratoriais necessárias ao processo de concessão de adicional de insalubridade por agentes físicos e químicos.

3.4.5. Propostas

Preventivas:

3.4.5.1 - Que o setor responsável pela concessão do adicio nal de insalubridade regulamente:

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a) a necessidade da descrição e registro do enquadrame nto do servidor na NR/MTB n. 15/78 nos documentos que comp õem o Laudo Técnico (Parecer e Laudo Pericial), especificando q ual a tolerância conhecida quanto ao tempo de exposição, em atendimento ao art. 2º, III, “a” e “b” do Decreto n º 97.458/89 e art. 10, §2º, IV, “c”, “1” e “2” da ON nº 06/2013 – SGP/MPOG;

b) a maneira de se realizar e a forma de se registrar a verificação do tempo de exposição do servidor ao ag ente nocivo, garantindo a formalização de documento cont endo o método e as conclusões da verificação nos processos de concessão e revisão (ex.: visita ao setor, análise de escala, etc.).

3.4.5.2 - Que a UFGD promova a devida análise laboratorial quantitativa do limite de tolerância à agentes físi cos e químicos nos processos de concessão de adicional de insalubr idade, avaliando a oportunidade e conveniência da contratação de emp resa terceirizada para tanto(§1º do art. 10, ON 06/2013 da SEGEP/MPOG ).

3.4.6. Benefícios esperados

96. Garantia de aderência às determinações legais, no q ue se refere à forma do Laudo Técnico de concessão dos Adicionai s de Insalubridade e o processo de verificação dos requi sitos para concessão dos mesmos.

4. DA APRESENTAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO

97. Segue anexo a este relatório modelo de Plano de Açã o a ser preenchido e devolvido à Auditoria Interna da UFGD pela Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas – PROGESP no prazo máximo de 1 5 (quinze) dias corridos.

Franz Maciel Mendes Chefe da Auditoria Interna UFGD