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Química – Prof. Marcos Antônio da S. Jr. Roteiro para Elaboração de Relatório 1. INTRODUÇÂO Um dos objetivos de uma disciplina experimental é ensinar a redigir relatórios. A elaboração de relatórios é um procedimento bastante corriqueiro durante o exercício de qualquer profissão técno – científica e, em certos casos, esta habilidade chega a ser utilizada como uma medida de capacidade profissional. Ser um bom profissional envolve também saber transmitir a outros os resultados de um trabalho. Espera-se que, aos poucos, cada um dos alunos adquira a habilidade de redigir bons relatórios. A seguir, são dadas algumas orientações sobre a redação de relatórios científicos, que devem ser seguidas na elaboração dos relatórios referentes às diferentes experiências realizadas. 2. ESTILO IMPESSOAL E CLAREZA É praxe redigir relatórios de uma forma impessoal, utilizando-se a voz passiva no tempo passado, pois se relata algo que já foi feito. Assim, para relatar a determinação da massa de algumas amostras sólidas, pode-se escrever: a) “A massa das amostras sólidas maciças foi determinada utilizando-se uma balança...” b) “Determina-se a massa das amostras sólidas maciças utilizando-se uma balança...” Não se deve usar formas como: “Eu determinei a massa...” ou “pesei as amostras...”. Sempre evite a forma pessoal. Outro aspecto muito importante é ter sem mente que as pessoas que eventualmente lerão o relatório poderão não ter nenhuma informação prévia sobre aquilo que está sendo relatado. Isso significa que o relato do que foi feito deve ser detalhado, cuidadoso e meticuloso , de modo que qualquer pessoa que leia o relatório consiga efetivamente entender o que foi feito e como. 3. PARTES DO RELATÓRIO Em geral, um relatório é composto de cinco partes: título, introdução, procedimento experimental (materiais e métodos), resultados, conclusão e referências bibliográficas. Cada uma das partes do relatório deve ser destacada em separado, através de um subtítulo, contendo, pelo menos, o nome específico da parte. A seguir, é explicitado o que deve ser incluído em cada uma das seções de um relatório. 3.1 Título Através de um título, que pode ser o mesmo já contido no roteiro da prática, designar o assunto a ser tratado. O título deve explicar, de forma breve, o problema a ser resolvido através da experiência realizada. 3.2 Introdução Fazer uma abordagem teórica sobre o objeto de estudo do experimento, através de pesquisa bibliográfica. 3.5 Materiais e métodos Essa seção deve conter relatos exatos e claros de como foi feita a experiência, de modo que, baseado nesses relatos, qualquer outra pessoa possa repeti-la. Deve- se descrever, passo a passo, como a experiência foi realizada. Note que não basta copiar o procedimento experimental contido no material referente à experiência, pois na melhor das hipóteses, toda a forma de redação

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Page 1: Relatório

Química – Prof. Marcos Antônio da S. Jr.Roteiro para Elaboração de Relatório

1. INTRODUÇÂO

Um dos objetivos de uma disciplina experimental é ensinar a redigir relatórios. A elaboração de relatórios é um procedimento bastante corriqueiro durante o exercício de qualquer profissão técno – científica e, em certos casos, esta habilidade chega a ser utilizada como uma medida de capacidade profissional. Ser um bom profissional envolve também saber transmitir a outros os resultados de um trabalho. Espera-se que, aos poucos, cada um dos alunos adquira a habilidade de redigir bons relatórios. A seguir, são dadas algumas orientações sobre a redação de relatórios científicos, que devem ser seguidas na elaboração dos relatórios referentes às diferentes experiências realizadas.

2. ESTILO IMPESSOAL E CLAREZA

É praxe redigir relatórios de uma forma impessoal, utilizando-se a voz passiva no tempo passado, pois se relata algo que já foi feito. Assim, para relatar a determinação da massa de algumas amostras sólidas, pode-se escrever: a) “A massa das amostras sólidas maciças foi determinada utilizando-se uma balança...” b) “Determina-se a massa das amostras sólidas maciças utilizando-se uma balança...” Não se deve usar formas como: “Eu determinei a massa...” ou “pesei as amostras...”. Sempre evite a forma pessoal. Outro aspecto muito importante é ter sem mente que as pessoas que eventualmente lerão o relatório poderão não ter nenhuma informação prévia sobre aquilo que está sendo relatado. Isso significa que o relato do que foi feito deve ser detalhado, cuidadoso e meticuloso, de modo que qualquer pessoa que leia o relatório consiga efetivamente entender o que foi feito e como.

3. PARTES DO RELATÓRIO

Em geral, um relatório é composto de cinco partes: título, introdução, procedimento experimental (materiais e métodos), resultados, conclusão e referências bibliográficas. Cada uma das partes do relatório deve ser destacada em separado, através de um subtítulo, contendo, pelo menos, o nome específico da parte. A seguir, é explicitado o que deve ser incluído em cada uma das seções de um relatório. 3.1 Título Através de um título, que pode ser o mesmo já contido no roteiro da prática, designar o assunto a ser tratado. O título deve explicar, de forma breve, o problema a ser resolvido através da experiência realizada. 3.2 Introdução Fazer uma abordagem teórica sobre o objeto de estudo do experimento, através de pesquisa bibliográfica. 3.5 Materiais e métodos Essa seção deve conter relatos exatos e claros de como foi feita a experiência, de modo que, baseado nesses relatos, qualquer outra pessoa possa repeti-la. Deve-se descrever, passo a passo, como a experiência foi realizada. Note que não basta copiar o procedimento experimental contido no material referente à experiência, pois na melhor das hipóteses, toda a forma de redação terá de ser mudada. Lembre-se que a forma deverá ser impessoal, usando voz passiva no tempo passado. Além disso, há necessidade de se explicar claramente cada equipamento utilizado, inclusive a marca, modelo, precisão e todos os materiais e reagentes com as concentrações e purezas. Esta seção só deve conter a descrição detalhada do experimento realizado, sem incluir os resultados obtidos no experimento e/ou os cálculos realizados. 3.6 Resultados Nesta seção deverão ser relacionados todas as observações e dados obtidos em cada etapa do experimento e, sempre que possível, organizados na forma de gráficos, tabelas, cálculos e equações. Os dados e as observações deverão ser analisados detalhadamente. Todo e qualquer comentário referente à precisão dos dados e discrepâncias ocorridas no experimento devem ser discutidas, sempre de forma impessoal. 3.7 Conclusão Através dos resultados e discussões, deve-se fundamentar as possíveis explicações referentes ao comportamento ou características dos sistemas estudados, bem como sugerir formas alternativas de otimização do experimento. Sempre de forma impessoal. 3.9 Referência Bibliográfica Toda bibliografia pesquisada deve ser citada de acordo com as normas da ABNT (associação Brasileira de Normas Técnicas), Que para o caso de livros e manuais são as seguintes: SOBRENOME DO AUTOR, iniciais do nome completo. Título do livro: subtítulo. Nº da edição. Local de publicação: Casa publicadora, Ano da publicação. Página(s) consultada(s).