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2006 Relatório e Contas Sociedade de Transportes Colectivos do Porto, S.A.

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2006

R e l a t ó r i o e C o n t a sSociedade de Transportes Colectivos do Porto, S.A.

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Índice

03

02.2. Quem somos2.1 Visão2.2 Missão

060606

01.1. Perfil 05

03.3. Mensagem da Presidente 09

04.4. Factos Marcantes 2006 10

05.5. Governo da Empresa 12

06.6. Relatório de Actividades na Óptica do Desenvolvimento

Sustentável6.1 Eficiência Económica6.2 Responsabilidade Social Perante os Trabalhadores6.3 Responsabilidade Perante a Comunidade Externa6.4 Responsabilidade Ambiental

1414263137

07.7. Relatório de Gestão7.1 Enquadramento7.2 Gestão Económica e Financeira7.3 Perspectivas para 20077.4 Proposta de Aplicação de Resultados7.5 Anexo ao Relatório de Gestão

424243485051

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A Sociedade de Transportes Colectivos do Porto, SA é uma

empresa detida pelo Estado Português. Como uma das principais

empresas de transporte público de passageiros do país, a STCP

está empenhada em desenvolver a sua actividade de prestador

de serviço público dentro da Área Metropolitana do Porto

(AMP) de uma forma socialmente responsável, pretendendo

colaborar activamente para o seu desenvolvimento sustentável.

1,3 Milhões de habitantes

6 Concelhos

52 Freguesias

190 Milhões de deslocações anuais

496 Quilómetros de Rede

94 Linhas

81 Linhas da Rede Diurna e Nocturna

13 Linhas da Rede da Madrugada

1.673 Trabalhadores

32 Milhões de quilómetros percorridos

508 Autocarros

8 Carros Eléctricos

1,1 Milhões de euros de Investimento

01. Perfi l

05

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hoje

2.1 Visão

A STCP é o maior operador de transporte público

urbano de passageiros do Grande Porto, desen-

volvendo a sua actividade num cenário misto:

monopólio legal do modo rodoviário no Porto

e concorrência com os demais operadores fora

dos limites da cidade.

A STCP quer ser líder do Sistema de Transportes

Públicos da Área Metropolitana do Porto

constituindo-se como o principal elo de ligação

da cadeia de mobilidade.

A STCP é uma empresa com um efectivo de 1673

trabalhadores, com idade média de 47 anos e uma

antiguidade próxima dos 21 anos. Grande parte

destes trabalhadores viveu a fase de transformação

da Empresa numa sociedade anónima de capitais

exclusivamente públicos, ocorrida em 1994, e

atravessou todo o processo de profunda rees-

truturação e modernização que a STCP tem vivido,

sobretudo ao longo dos últimos oito anos.

A STCP quer ser uma empresa onde é esti-

mulante trabalhar, com profissionalismo e

competência, na perspectiva da consolidação

da sua posição como pilar de referência do Sis-

tema de Transportes Públicos da Área Metro-

politana do Porto.

A STCP detém um papel determinante na

prestação do serviço social associado ao trans-

porte público de passageiros no seu espaço de

influência, diferenciando-se, pela qualidade do

serviço, do conjunto dos demais operadores em

modo rodoviário que actuam na Área Metro-

politana do Porto.

02. Quem somos

A STCP quer manter-se como agente de refe-

rência na prestação do serviço social associado

à realização da sua actividade como operador

de transportes públicos de passageiros, contri-

buindo activamente para o estabelecimento

de um quadro objectivo de partilha da respon-

sabilidade social entre os operadores de

transporte e o Estado, que viabilize o caminho

para um correcto desempenho económico.

A STCP, a par com a Metro do Porto e com a CP

esteve na iniciativa de criação do TIP, ACE em

Dezembro de 2002. Este ACE constituiu a

primeira pedra para o lançamento das bases

de um verdadeiro Sistema de Transportes

Públicos da Área Metropolitana do Porto, em

antecipação à criação formal da Autoridade

Metropolitana de Transportes desta área que

hoje, com mais de três anos decorridos após a

nomeação da respectiva Comissão Instaladora,

ainda não se encontra constituída e em fun-

cionamento.

A STCP quer manter a dinâmica do processo

então iniciado, contribuindo para o estabe-

lecimento das condições propícias à criação de

um eficiente Sistema de Transportes na Área

Metropolitana do Porto.

2.2 Missão

A missão da STCP é assegurar o transporte

rodoviário urbano de passageiros na Área

Metropolitana do Porto, em termos que

contribuam para a efectiva mobilidade das

pessoas e que disponibilizem uma alternativa

credível ao transporte individual privado,

06

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07

gerando, pela sua actividade, benefícios sociais

e ambientais num quadro de racionalidade

económica.

Nas condições presentes, constituem elementos

base para o correcto cumprimento da missão

da STCP:

1. A sua apresentação como uma empresa

moderna de transporte público de passageiros,

assim entendida pelos Clientes pela qualidade

dos serviços prestados, pela imagem que reflecte

e pela organização da sua estrutura e dos

sistemas operacionais que adopta.

2. A integração plena da Empresa no Sistema

de Transportes da Área Metropolitana do Porto,

em articulação concertada com os demais

operadores rodoviários, ferroviário e de metro

ligeiro, com a promoção da indispensável

regulamentação.

3. A afirmação da Empresa como agente de

promoção do transporte público urbano, pela

qualidade do serviço e adequação da resposta

à procura, contribuindo decisivamente para a

inversão da actual tendência para a maior

utilização do transporte individual.

4. O desenvolvimento profissional e social dos

trabalhadores, num ambiente de trabalho

exigente, que contribua para a sua motivação

bem como para a qualidade e produtividade

do trabalho prestado.

5. A prossecução de um modelo de gestão

rigoroso que persiga a economicidade da

exploração sem perder de vista a possibilidade

de desenvolver a actividade, se a procura

emergente o justificar e o espaço de concessão

atribuída assim o permitir.

6. O relacionamento claro com o Accionista,

baseado na contratualização do serviço público,

em conformidade com os objectivos políticos

definidos para o sector e a fixação objectiva da

comparticipação do Estado nos tarifários sociais

praticados.

7. A promoção de uma postura aberta, de

diálogo permanente e mobilizador com os

principais parceiros da Empresa, nomeadamente

a Junta Metropolitana do Porto, os Municípios,

os demais operadores locais, públicos ou pri-

vados, os Cidadãos e o Estado enquanto legis-

lador e regulador.

8. A preocupação sistemática com a evolução

das necessidades de mobilidade e com os sinais

de procura emergente em termos de adequação

da rede e da programação do serviço que pos-

sam garantir uma resposta correcta.

9. A racionalização dos meios humanos e

materiais e dos activos da Empresa na pers-

pectiva de uma melhor rendibilização da

capacidade disponível e instalada.

10. A consolidação como empresa de referência

no conjunto das que apresentam as melhores

práticas no transporte público urbano de pas-

sageiros.

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O ano de 2006 coincidiu com uma etapa particularmente importante

da vida da STCP, em especial marcada pelas decisões relativas à definição

final da Nova Rede e do plano da fase final de implementação, à adopção

do sistema de bilhética assente na tecnologia sem contacto e ao

alargamento da intermodalidade com a introdução dos títulos Andante

em toda a rede.

De relevar que estas matérias constituíram preocupação prioritária da

nova equipa de gestão da Empresa, empossada em 18 de Abril de 2006,

porque se tratava de projectos estruturantes do futuro da STCP, embora à data em fase ainda pouco

avançada de concretização.

As mudanças decorrentes da opção de concretizar, em 1 de Janeiro de 2007, o arranque daquelas

três medidas determinaram a preparação de um processo interno de intenso trabalho, para desenvolver

e realizar os planos de discussão, de comunicação e informação e de formação, que atenuassem os

inevitáveis efeitos menos positivos, nos clientes da STCP, pela alteração de hábitos de muitos anos.

Passado já o primeiro mês de experiência da Nova Rede STCP e da utilização exclusiva da bilhética

com tecnologia sem contacto sentimos que se encontra ultrapassada a fase mais difícil e que,

gradualmente, a par com a atenção dada pela Empresa à introdução de pequenos acertos pontuais

em segmentos da rede, os clientes foram também encontrando as soluções de transporte que melhor

correspondem às suas necessidades de mobilidade.

Para que as empresas evoluam é indispensável haver coragem para assumir o ónus das mudanças

consideradas necessárias e para enfrentar as inevitáveis reacções adversas, sabendo reconhecer, com

serenidade e pragmatismo, que não existem soluções perfeitas e que dificilmente é possível captar

a atenção dos que são abrangidos pelas alterações antes que elas ocorram.

Só o futuro poderá confirmar os resultados de uma mudança forte que procurou dar simultaneamente

resposta às alterações da procura e à sua tendência fortemente decrescente, com a consequente

racionalização dos meios utilizados, e ao objectivo de promover condições para a construção de um

verdadeiro sistema intermodal de transportes na Área Metropolitana do Porto, onde a STCP assume

a responsabilidade que corresponde à sua posição de maior operador na zona.

Ficou provada a adesão e o entusiamo que a maioria dos trabalhadores da Empresa colocou neste

projecto, mesmo quando a pressão do trabalho foi mais forte e quando as dificuldades junto do

público foram maiores. Provou-se, assim, que era segura a confiança depositada na nossa mensagem

“Contamos consigo”, através da resposta inequívoca dada pelos trabalhadores.

A eles se deve o ser possível atingir as metas de um percurso que, desde sempre, tem procurado

garantir à STCP um papel preponderante na evolução da actividade do transporte público de

passageiros na área metropolitana que serve.

Que os anos subsequentes mostrem uma STCP dinâmica, forte e coerente na defesa dos seus objectivos

são os votos que formulo, confiante que assim será se nós o quisermos.

19 de Fevereiro de 2007

Fernanda Meneses

Presidente do Conselho de Administração

09

Mensagem da Presidente

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04. Factos Marcantes 2006

10

1 JaneiroA STCP passa a ter à disposição dos seus clientes

o Livro de Reclamações, em todos os locais

próprios de atendimento ao público.

1 FevereiroSegunda fase da Nova Rede – Criação de quatro

novas linhas e duas linhas especiais - ZM e ZR

- e descontinuidade de oito.

5 AbrilA STCP é distinguida com o 1.º Prémio “Boas

Práticas no Sector Público”, na categoria Serviços

Electrónicos – atribuído ao serviço SMSBUS –

Informação em Tempo Real.

O serviço www.Itinerarium.net conquista o 3.º

Prémio “Boas Práticas no Sector Público”,

distinguido pela prática de projectos inovadores

que melhoram a qualidade do serviço ao cliente.

3 MaioProjecto pioneiro no

Museu do Carro

Eléctrico – Início do

“Teatro no Museu”,

projecto de animação

para crianças e jovens

em visita escolar, que

consiste na narração

e teatralização de

histórias com activi-

dades interactivas e

que suscitou, desde a primeira hora, grande

adesão da população escolar.

11 MaioA STCP reforça a segurança

dos carros eléctricos com um

novo sistema de travagem,

desen-volvido pelo INEGI. O

sistema aumenta a segurança

nos veículos de tracção

eléctrica, preservando a

originalidade e o valor histórico destes veículos

centenários que fazem parte do património da

cidade.

29 Junho

Empresa renova frota ecológica – A Secretária

de Estado dos Transportes preside à cerimónia de

assinatura do contrato entre a STCP, a MAN Veículos

Industriais (Portugal) e o BPI, para o fornecimento

de 80 novos autocarros a gás natural.

HORÁRIOS EM TEMPO REAL

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19 SetembroSTCP abastece táxis com gás natural – Cerimónia

de assinatura do protocolo de fornecimento de

gás natural comprimido a veículos de transporte

público de passageiros de associados da

ANTRAL, FTP e APVGN, nos postos da STCP e

da Carris, presidida pela Secretária de Estado

dos Transportes.

3 Outubro

Lançamento do Projecto Nova Rede sem

Contacto – Realizada em Francos uma sessão

interna de abertura do projecto Nova Rede Sem

Contacto envolvendo a generalidade dos cola-

boradores da Empresa.

1 NovembroInício do período de transição para o novo

sistema de Bilhética Sem Contacto a imple-

mentar a 1 de Janeiro de 2007.

1111

2 NovembroNova Legislação altera Fiscalização de Títulos

de Transporte – Um novo regime sancionatório

aplicável às transgressões ocorridas em matéria

de transportes colectivos de passageiros entra

em vigor, abrangendo todos os modos de

transporte.

6 NovembroServiço de mensagens sobre escalamento, “SMS

Motorista”– Na sequência de sugestão

apresentada por um motorista da Empresa e

premiada no âmbito da Caixa de Sugestões

interna da STCP, é criado um serviço de

mensagens, via telemóvel, para consulta das

escalas.

30 NovembroSTCP apresenta a sua Nova Rede – Em sessões,

que decorreram na Estação de Recolha de

Francos, a Empresa apresentou à Comunicação

Social, às Câmaras Municipais e outras entidades

públicas, bem com aos Operadores Públicos e

Privados, a sua nova rede de transportes a

implementar a partir de 1 de Janeiro de 2007.

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Órgãos Sociais

05. Governo da Empresa

12 CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Presidente:Fernanda Pereira Noronha Meneses MendesGomesVogais:Jorge Rui Guimarães Freire de SousaJoão Rui de Sousa Simões Fernandes MarranaRui André Albuquerque Neiva da Costa SaraivaAntónio Paulo da Costa Moreira de Sá

FISCAL ÚNICO

Efectivo:Alves da Cunha, A. Dias & Associados, repre-sentada pelo Dr. José Duarte Assunção DiasSuplente:José Luís A. Alves da CunhaTodos os membros do Conselho de Adminis-tração têm funções executivas.

Nenhum dos administradores aufere qualquerremuneração suplementar por funções desem-penhadas nas empresas participadas.

O Estado Português é o accionista único daSTCP. A actual composição dos órgãos sociaisda Empresa resulta da eleição ocorrida naAssembleia-Geral realizada a 18 de Abril de2006, para um mandato de 3 anos.

MESA DA ASSEMBLEIA-GERAL

Presidente:Associação Comercial do Porto, representadapelo seu presidente Rui MoreiraVice-presidente:Maria Teresa Vasconcelos Abreu Flor de MoraisSecretário:Carlos Maria Rocha Pinheiro Torres

Conselho de Administração

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ÓRGÃOS DE STAFF

Gabinete de Informática e Comunicações:Maria Helena Meira da Silva e Castro

Gabinete de Apoio Jurídico:Carlos Maria Rocha Pinheiro Torres

Gabinete de Planeamento e Controlo de Gestão:Margarida Maria Dias Veríssimo Nogueira Mota

Gabinete de Auditoria Interna:Maria Beatriz Queirós Marques da Silva Rangel

Gabinete de Serviços Gerais e Autoridade deSegurança:Joaquim Manuel Allen Reinas

Gabinete de Comunicação e Imagem:Maria do Céu Silva Costa

Gabinete de Projectos e Estratégia:Gil Joaquim de SáJoão Aires de SousaJorge Manuel Rocha TeixeiraCarlos Manuel Vale Vieira de Sousa

Macroestrutura

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Provedor do clienteCarlos Eugénio Pereira de Brito

DEPARTAMENTOS

Operações:Joaquim Manuel de Oliveira Gomes

Estação de Recolha de FrancosCarlos Afonso Rodrigues Militão

Estação de Recolha da Via NorteElias Jorge Barroso

Estação de Recolha de MassarelosCarlos Afonso Rodrigues Militão

Manutenção:Vítor Joaquim Silva Ribeiro

Marketing:Maria Teresa Leite Pereira

Administrativo e Financeiro:Luísa Maria Sampaio Faustino Campolargo

Recursos Humanos:Helena Maria Neves Moreira

UNIDADE DE GESTÃO

Museu do Carro Eléctrico:Cristina Mafalda Nieto Guimarães Pimentel

13

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hoje

A STCP quer ser líder do Sistema de Transportes

Públicos da Área Metropolitana do Porto

constituindo-se como o principal elo de ligação

da cadeia de mobilidade.

Pelo segundo ano consecutivo o relatório anual

da STCP, relativo a todas as suas actividades, é

elaborado reflectindo o comprometimento da

Empresa numa abordagem assente na defesa

do desenvolvimento sustentável.

6.1 Eficiência Económica

A STCP quer manter-se como agente de refe-

rência na prestação do serviço social associado

à realização da sua actividade como operador de

transportes públicos de passageiros, contribuindo

activamente para o estabelecimento de um

quadro objectivo de partilha da responsabilidade

social entre os operadores de transporte e o

Estado, que viabilize o caminho para um correcto

desempenho económico.

O sistema de transportes da Área Metropolitana

do Porto tem vindo a sofrer, desde há alguns

anos, uma renovação profunda, tanto ao nível

das infra-estruturas e do material circulante,

como dos modos de transporte em operação

e simultaneamente ao nível organizacional.

A STCP, como parte integrante do Sistema, tem

procurado antecipar esta evolução, assumin-

do-se inequivocamente como o principal operador

rodoviário da zona, adoptando uma postura

de complementaridade com os restantes ope-

radores ciente da responsabilidade do seu papel

no contributo para o desenvolvimento urbano

sustentado da área metropolitana que serve.

06.Consciente desta evolução do mercado do

transporte público de passageiros e dos impactos

na sua actividade, nomeadamente a significativa

perda da sua quota de mercado, a STCP encetou

uma série de linhas de acção estratégicas que

lhe permitissem responder, de uma forma

consistente e economicamente sustentada a

estes desafios.

Elo principal da cadeia de mobilidade

Como maior operador do sistema de transportes

da Área Metropolitana do Porto tem sido

preocupação constante da STCP, assumir-se

como o principal elo da cadeia de mobilidade,

mantendo uma posição de preponderância,

apesar do novo modo de transporte que é o

metro e do processo de integração dos diversos

operadores no sistema intermodal.

Assim, a STCP assume o dever de assegurar a

mobilidade da população com padrões de

qualidade, segurança e eficiência, que poten-

ciem a opção modal a favor de meios de trans-

porte mais sustentáveis.

Para atingir este objectivo foram tomadas me-

didas concretas que, em 2006, se consubstanciam

essencialmente na mudança do sistema de

bilhética com a adopção da tecnologia sem

contacto – permitindo a integração de todas

as linhas da sua nova rede a partir de Janeiro

de 2007 no sistema tarifário intermodal – e na

definição do desenho final de uma nova rede

estratégica, articulada com os outros modos de

transporte, com o objectivo de promover e

incentivar o uso do transporte público.

14

Relatório de Actividadesna Óptica doDesenvolvimento Sustentável

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15

Bases de uma sã actividade concorrencial

Visando o estabelecimento de alicerces que

permitam uma actividade concorrencial com

respeito por princípios de saudável convivência,

tendente não só a garantir a prestação de um

melhor serviço aos clientes, com níveis de

qualidade crescentes, como também uma

racionalização da produção global, por

corredores servidos, foi encetado diálogo com

a ANTROP – Associação Nacional de Transportes

Rodoviários de Pesados de Passageiros, em

representação de 12 operadores privados que

actuam na área geográfica onde se desenvolve

a actividade da STCP.

Está previsto assinar o acordo daí resultante

nos primeiros meses de 2007, a que se seguirá

uma fase complementar de estabelecimento

de acordos bilaterais, criando assim condições

efectivas para o desenvolvimento de uma

actividade articulada dos operadores rodoviários

de transporte público de passageiros na Área

Metropolitana do Porto.

Sob a égide do projecto Nova Rede semContacto

Novas Linhas sempre à Mão

A Nova Rede surge na STCP como um reflexo

da preocupação de adaptação da produção do

transporte da Empresa às recentes evoluções

das necessidades das populações, da alteração

da oferta dos vários modos de transporte e,

consequentemente, da procura, induzidas

essencialmente por:

– Significativas alterações demográficas nas

duas últimas décadas, motivadas pela

deslocação da população residente na

cidade do Porto para cidades vizinhas,

facto gerador de novas polaridades;

– Crescimento significativo do transporte

individual na Área Metropolitana do

Porto, como reflexo do desenvolvimento

sócio-económico dos últimos 15 anos e

com a consequente diminuição gradual

na utilização do transporte público;

– Introdução de um novo modo de trans-

porte, o metro ligeiro, na área servida

pela STCP.

Estes factores contribuíram para a decisão de

abandono definitivo de soluções de ajusta-

mentos pontuais, com sucessivas criações e

alterações de linhas numa rede com uma lógica

cinquentenária, para se avançar para uma

solução completamente nova, em que pudessem

ser ultrapassadas redundâncias e ineficiências,

minorar sobreposições com o metro, melhorar

os tempos de deslocação pela implementação

de uma maior regularidade e frequência,

flexibilizar as opções de transporte sem custos

adicionais para o cliente, conseguir uma maior

eficiência na operação.

Esta decisão demonstra de forma inequívoca o

objectivo da STCP em assumir um papel

estruturante no sector onde desenvolve a sua

actividade, marcando o primeiro grande passo

para a sua sustentabilidade no longo prazo.

Este grande desafio de implementação de uma

Nova Rede apresentava alguns condicionalismos

a respeitar:

– Manter toda a área geográfica servida,

obrigando a STCP a respeitar as conces-

sões atribuídas nas alterações a introduzir;

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– Necessidade de criação de novos términos

para toda a zona central da cidade do

Porto, dada a decisão do município de

retirar do eixo Praça da Liberdade – Avenida

dos Aliados todos os términos de linhas.

Facilitar a mobilidade das populações e melhorar

o serviço prestado aos clientes constituem as

vantagens que se pretende obter com a criação

de uma Nova Rede. No seu desenho foram

utilizadas as seguintes premissas:

– Redução do número de linhas existentes,

mantendo igual área servida.

– Diminuição da extensão média das linhas,

permitindo uma maior capacidade na

regularização da oferta, com articulação

de horários para minorar o possível efeito

negativo dos transbordos.

– Considerar o metro como um meio de

transporte complementar, com o qual as

linhas da STCP se devem articular, as-

sumindo a lógica de um sistema integrado

de transportes.

– Estabelecer pontos centrais de interface

com outras linhas ou outros modos de

transporte assentes em 4 pólos centrais

- Baixa, Boavista, Marquês e Casa da Mú-

sica - e um outro para ligação das linhas

da periferia Norte - pólo do Hospital

S. João - para melhor articulação com

outros modos de transporte.

– Criação de grupos de linhas por loca-

lização, distinguindo as linhas urbanas

do Porto, caracterizados pelo contacto

em, pelo menos, dois dos principais in-

terfaces apresentados, e as linhas urbanas

de ligação Porto – Periferia, que consi-

deram sempre uma ligação ao centro e

uma ligação à estação de metro mais

próxima, ou ao Hospital S. João.

– Criação de nova numeração para as linhas,

representando o primeiro dígito a área

geográfica de destino.

– Criação de 4 tipos de linhas:

– Linhas radiais, de ligação da periferia

ao centro do Porto, garantindo alta

16

regularidade e rebatimento em inter-

faces do sistema de transportes;

– Linhas transversais, de cobertura

espacial entre extremos da cidade do

Porto;

– Linhas circulares, de cobertura do nú-

cleo central da cidade do Porto e fun-

cionando como linhas distribuidoras e

– Linhas de cobertura local com ligação

a outras linhas, funcionando com ca-

rácter de vaivém.

– Manutenção do mesmo conceito de rede

em todos os dias da semana, assumindo

diferenciação de horários em fim-de-

-semana apenas ao sábado à tarde e aos

domingos e feriados.

A Nova Rede apresenta alterações profundas

em todas os concelhos que a STCP serve – Porto,

Matosinhos, Maia, Valongo, Gondomar e Vila

Nova de Gaia – sendo expectável que, numa

fase inicial, os clientes sintam dificuldades de

adaptação à mudança, pese embora as van-

tagens de melhor mobilidade que lhe estão

associadas, mas cuja percepção nunca é ime-

diata.

A Nova Rede foi implementada em 3 fases:

– Uma primeira fase que decorreu em 2005,

com nova numeração de 19 novas linhas,

sem significativas alterações em termos

de percurso, permitindo uma primeira

abordagem e preparação dos clientes

pela alteração das frequências e pela

integração no sistema intermodal An-

dante, a par com a manutenção do

tarifário próprio STCP.

– A segunda fase decorreu em Fevereiro

de 2006, com a implementação de 4 novas

linhas e duas linhas Z’s, considerando

novas frequências e a aceitação de

tarifário intermodal e descontinuidade

de 8 linhas existentes.

– A terceira e última fase, com as alterações

mais significativas, foi ajustada para

arranque em 1 de Janeiro de 2007.

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O segundo semestre de 2006 foi de preparação

intensiva para que tudo estivesse pronto para

o arranque da 3.ª e última fase da nova rede

às 24 horas do dia 31 de Dezembro.

transitória de adaptação dos clientes, em

utilização simultânea com o sistema antigo.

1 de Janeiro de 2007 foi o dia eleito para o

alargamento da intermodalidade a toda a rede

STCP, data a partir da qual é também obrigatória

para todos os clientes a utilização do novo

sistema de bilhética sem contacto, quer na

opção do tarifário monomodal STCP, quer na

opção do tarifário intermodal Andante, sem

que isso determinasse qualquer alteração de

tarifário.

Os suportes de títulos ocasionais, em cartão de

papel, têm um custo de 0,50€ mas são reu-

tilizáveis até deterioração das suas características

essenciais. Durante os meses de Novembro e

Dezembro foi efectuada uma campanha

promocional com a oferta das bases destes

cartões a quem os carregasse de imediato com

um mínimo de duas viagens.

Decorrente desta nova solução, a rede de vendas

da STCP teve que ser profundamente alterada

e adaptada para possibilitar o carregamento

dos novos títulos com tecnologia sem contacto.

Para todas as aquisições de títulos ocasionais

ou recarregamento de assinaturas houve neces-

sidade de reformular a rede externa de vendas

da Empresa. Foram assim denunciados os

contratos com todos os revendedores da STCP

e estabelecido um protocolo de colaboração

entre a STCP e o TIP para o alargamento da

venda dos títulos monomodais STCP na nova

estrutura de vendas da rede Payshop, incluindo

as estações dos CTT, para além das já existentes

lojas Andante. Foram ainda adicionadas ao

sistema externo de vendas as cerca de 170

máquinas de venda automática localizadas nas

estações do metro.

Em simultâneo, e para fazer face à procura dos

novos cartões de assinatura monomodais, foi

realizada uma campanha especial no último

trimestre de 2006, reforçando-se para tal todos os

pontos de venda próprios da STCP e também as

lojas Andante, além de terem sido adaptados 7

17

Sistema de bilhética universal

Com a introdução das novas linhas ofereceu-se

aos clientes a possibilidade de opção entre o

tarifário monomodal STCP e o tarifário inter-

modal Andante.

Tornou-se para tal indispensável dotar a Empresa

de um sistema de bilhética assente numa nova

tecnologia que permitisse responder, de modo

eficiente e eficaz, a ambas as situações e que

permitisse também obter informação fiável

sobre a procura do serviço de transporte, não

descurando a importância de uma solução mais

cómoda e atractiva para o cliente.

Foi seleccionado o sistema adoptado pelo TIP,

que a STCP integra, e já instalado em algumas

linhas da Empresa. Este sistema de bilhética,

apoiado exclusivamente em tecnologia de

validação sem contacto, é uma solução bastante

inovadora e que permite também sinergias com

o sistema de bilhética já utilizado para o tarifário

intermodal Andante.

De realçar também as vantagens ambientais

deste sistema, dado que os títulos ocasionais

passam a ser recarregáveis.

Este sistema de bilhética foi implementado em

1 de Novembro de 2006, ainda numa fase

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autocarros fora de serviço a postos móveis de

atendimento e venda.

Novos Autocarros

Em Junho a Empresa celebrou novo contrato

de prestação de serviços em leasing operacional

para o fornecimento de 80 autocarros a gás

natural – 30 viaturas articuladas e 50 standard

– dando continuidade ao objectivo traçado de

preencher 50% da frota com viaturas a gás

natural. No início de 2007, aquando da recepção

deste novo lote, as viaturas com estas carac-

terísticas totalizarão 255.

Estes novos veículos são dotados de piso

rebaixado, rampa para acesso a pessoas com

mobilidade reduzida e ar condicionado. Os 30

autocarros articulados, modelo Lion’s City G

CNG com 17,98 metros de comprimento, têm

3 portas de acesso, uma de entrada e duas de

saída, e uma lotação de 140 lugares, dos quais

35% são sentados. Os 50 autocarros standards,

modelo City-Gold MAN 2K CNG com 12 metros

de comprimento, têm 2 portas de acesso, uma

de entrada e outra de saída, e uma lotação de

83 lugares, dos quais 41% são lugares sentados.

Ambos os tipos de veículos obedecem às exigências

ambientais em vigor, nomeadamente à Enhanced

Environmentally Friendly Vehicle (EEV).

Do ponto de vista dos custos energéticos, estes

veículos irão permitir economias, que se estima

poderem atingir 35% face ao custo/km da frota

a gasóleo.

Qualidade do serviço prestado

A intermodalidade na Área Metropolitana do

Porto, pressuposto base da nova rede da STCP,

e a crescente adesão de outros operadores

privados ao título Andante, são condições para

o estabelecimento de uma melhor mobilidade

neste território.

Consolidada e estabilizada esta alteração das

18

características da oferta, a certificação do serviço

- entendido aqui como uma linha ou conjunto

de linhas – será o próximo passo rumo à

melhoria continuada nos serviços da STCP.

Este objectivo tem justificado o envolvimento

da Empresa na Comissão Técnica de Certificação

CTC-11, coordenada pela CERTIF (entidade

acreditada para certificação), cujo objectivo se

centra no desenvolvimento e posterior acom-

panhamento das Especificações Técnicas neces-

sárias à certificação do serviço de transporte

público de passageiros de acordo com a norma

orientadora NP EN 13816.

Já se encontram prontas as Especificações

Técnicas para o Transporte Público Urbano de

Passageiros para o modo Autocarro e Eléctrico,

o que tem permitido à Empresa, assumindo

algumas metodologias de verificação e controlo

de um processo de certificação na aferição da

qualidade do serviço prestado, vir a efectuar

auditorias operacionais, à condução, à infor-

mação disponibilizada em paragens e abrigos

e ao atendimento nos Postos de Venda, com

recurso a inquéritos com a metodologia do

Cliente Mistério.

A STCP integra também a Comissão Técnica de

Normalização CT-148, coordenada pela APLOG

(entidade reconhecida como Organismo de

Normalização Sectorial), em sede da qual se

discute a possibilidade de passagem a norma

das Especificações Técnicas atrás referidas.

Na perspectiva de a STCP vir a avançar para a

certificação da empresa e das suas Linhas, após

a estabilização da Nova Rede, foi efectuada a

caracterização da informação integradora para

a produção dum futuro Manual de Qualidade.

Prioridade ao Transporte Público

Ao longo de 2006 a STCP promoveu activamente

a implementação de medidas conducentes à

concessão de prioridade ao transporte público

(TP), como melhor forma de combater o

congestionamento da Área Metropolitana do

Porto de forma sustentada. Este trabalho

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consistiu na apresentação de propostas de

soluções de circulação automóvel e de acções

de dissuasão às infracções de trânsito impe-

ditivas à passagem do TP. Preocupação constante

foi igualmente a tomada de acções conducentes

a melhorar qualitativamente a conectividade

dos diferentes modos de transporte.

mentos e reboques também teve uma redução,

tendo-se verificado em 2006, 187 bloquea-

mentos e 901 reboques.

19

Operação Via livre

Autos Bloqueamentos Reboques0

6000

5000

4000

3000

2000

1000

5.539

4.439

508 1871.081 901

Corredores BUS

Com vista a melhorar os tempos de viagem dos

clientes e inverter a tendência verificada nos

últimos anos de diminuição do comprimento

dos corredores em sítio próprio, a STCP con-

tinuou a sua campanha de sensibilização das

Câmaras Municipais para a necessidade de um

reforço da implementação de corredores Bus.

A STCP e a Câmara Municipal do Porto definiram

um conjunto de novos corredores, tendo em

conta a nova rede da STCP, cuja implementação

deverá ser efectuada de forma gradual a partir

de 2007, aumentando assim a extensão dos

corredores dedicados ao transporte público.

Operação Via Livre

A operação, concertada com a Câmara Muni-

cipal do Porto e iniciada em 2004, de combate

ao estacionamento abusivo como forma de

facilitar a circulação dos transportes públicos

começou a produzir os efeitos pretendidos ao

longo de 2006. O factor dissuasor das brigadas

de fiscalização, que tem inibido significa-

tivamente as transgressões, tem induzido a

queda progressiva nas infracções detectadas.

Registou-se uma redução de 19% no número

de autos face a 2005, continuando a ser o

estacionamento indevido nas paragens o

principal factor de infracção (cerca de 90% das

situações autuadas). O número de bloquea-

2005

2006

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Interfaces

A melhoria das condições de espera e trans-

bordo nas paragens é uma preocupação

crescente da STCP, sobretudo tendo em conta

a filosofia subjacente à Nova Rede. Neste sentido

e em conjunto com os Municípios onde opera,

foram estudadas, em termos de localização e

espaço, as alterações necessárias a introduzir

em paragens e abrigos, para tornar mais cómoda

a espera e facilitar o transbordo. Este estudo,

a validar após implementação final da Nova

Rede, define prioridades para a sua imple-

mentação.

A Câmara Municipal do Porto aprovou já o

projecto de licenciamento da Interface da

Areosa. Esta interface, situada numa zona de

confluência de um segmento significativo da

rede da STCP, apresentará um modelo de abrigo

idêntico ao instalado no Campo 24 de Agosto,

que irá melhorar as condições de conforto dos

seus clientes durante os tempos de espera,

incluindo a disponibilidade de informação ao

público em tempo real.

Contra-sentidos

Sendo necessário encontrar soluções viárias que

facilitem a circulação do TP e que minimizem,

sempre que possível, percursos sem interesse

para a mobilidade dos passageiros, a circulação

em contra-sentido é uma medida que tem vindo

a ser adoptada com resultados positivos. Assim

ocorreu em 2006 a implementação do contra-

sentido na Av. de França, que teve o seu início

de utilização em simultâneo com o início de

operação da Interface intermodal da Casa da

Música. Foi igualmente concluído o acesso em

contra-sentido da linha ZM à Interface rodoviária

do Bom Sucesso, cujo início de utilização ocorrerá

em Janeiro de 2007, com a Nova Rede.

Encontra-se em estudo com a Câmara Municipal

do Porto a possibilidade de criação de um

corredor reversível na Rua de Mouzinho da

Silveira, que irá permitir melhorar a velocidade

comercial das linhas que percorrem este

arruamento.

Comunicação com o Cliente

Durante o ano de 2006 foi dada enorme atenção

à comunicação com o cliente. Este aspecto foi

considerado como um dos factores críticos do

processo da implementação da nova bilhética

e também das duas últimas fases da nova rede

a implementar. Assim, as duas campanhas de

maior impacto de comunicação com o cliente

foram as seguintes:

20

• Fevereiro de 2006

O site www.Itinerarium.net foi utilizado

como ferramenta essencial da campanha

de comunicação, quer na Internet, quer em

plataformas móveis, o que permitiu o seu

aproveitamento no esclarecimento directo

de clientes na rua. O Itinerarium passou a

ter informação intermodal e a efectuar

cálculos com os tarifários dos 3 operadores

públicos, comparando as soluções antes e

depois da introdução da Nova Rede. Outra

novidade foi a divulgação de percursos em

CD-ROM 3D no âmbito da campanha de

informação nesse período. Este CD-ROM,

de conteúdo inovador, apresenta a simulação

dos percursos das linhas novas, suportados

no Sistema de Informação Geográfica da

STCP, em formato animado e com imagens

digitais. Tratou-se de uma iniciativa pioneira

já que, pela primeira vez, este tipo de meios

foi utilizado para divulgar percursos de linhas

de transportes públicos.

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• Outubro, Novembro e Dezembro de 2006

Manteve-se constante a campanha de

comunicação com o cliente, com uma

vertente muito forte na informação,

organizada por segmentos e pelos dois

temas a divulgar: bilhética sem contacto e

Nova Rede. Os objectivos desta grande

campanha de comunicação centraram-se,

no curto prazo, na preocupação de infor-

mar, tentando facilitar a compreensão das

alterações relativas à bilhética e à rede, na

tentativa de criar uma atitude positiva face

à mudança e de realçar as vantagens das

alterações, mantendo a confiança no serviço

da Empresa. O objectivo de médio prazo

consistiu em reforçar as relações de con-

fiança, captar novos clientes e dar notorie-

dade à marca STCP.

Em termos de públicos alvo salienta-se a comu-

nicação específica dirigida a:

– População da Área Metropolitana do Porto

– Clientes ocasionais da STCP

– Clientes de assinaturas STCP

– Revendedores

– Autarcas

– Outros operadores de transporte de pas-

sageiros, públicos e privados

– Estudantes

– Colaboradores internos e seus familiares

Em termos de meios de publicidade e infor-

mação foi considerada a utilização de:

– Imprensa (2 jornais nacionais de grande

tiragem, 2 jornais gratuitos e diversos jor-

nais locais)

– Encarte de 84 páginas com explicação dabilhética, e com mapas de cada uma daslinhas da nova rede, tempos de percurso efrequências, distribuído no dia 23 de De-zembro em dois jornais de grande tiragem(100.000 exemplares)

– Rádio: 3 spots de rádio, difundidos emdiferentes momentos, para divulgação dabilhética, da nova rede e da oferta detransporte gratuito nos dias 1 e 2 de Janeiro

21

de 2007, em 6 estações de rádio, uma delasde âmbito nacional

– Televisão: 1 spot de 20 segundos na TVdivulgando a nova rede com a mensagemda adaptação da nova rede à evolução dacidade, sendo de realçar que pela primeiravez a STCP faz publicidade em televisão

– Rectaguardas integrais de autocarros: 75no total, sendo 23 afectas à bilhética e 52à Nova Rede

– Cartazes em autocarros e abrigos da STCP,tanto da bilhética como da nova rede

– Acções de rua: decorreram durante duassemanas de Novembro acções de rua des-tinadas a cativar os clientes a aderirem aonovo sistema de bilhética e ensinando-ostambém a validar dentro dos autocarros;efectuou-se também durante um dia adistribuição massiva de informação acercadas principais vantagens da Nova Rede eprazos de implementação do projecto juntoao estádio do Dragão em dia de jogo; paraalém disso efectuaram-se acções contínuasde rua desde a 2.ª semana de Dezembroaté ao final do ano, abrangendo todas aslinhas da STCP e percorrendo todos osperíodos diários de operação

– Folhetos informativos: foram distribuídosno último trimestre de 2006 cerca de doismilhões de folhetos informativos e horáriosdas novas linhas

– Sites da STCP: foi criado o micro-site daBilhética, o micro-site da Nova Rede e oItinerarium foi actualizado com a versãoda Nova Rede, permitindo a consulta de

percursos e horários actuais e futuros e

melhores tarifários para cada situação

O ano de 2006 terminou em franca actividade,

com mais de 100 pessoas na rua numa cam-

panha de substituição das 2600 placas de para-

gem da STCP.

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Call-Center

Em Abril de 2006 procedeu-se à concentração

da Linha Azul STCP e a Linha Andante em novas

instalações localizadas na Estação de Recolha

de Francos. Embora se mantivesse a autonomia

de operação das duas linhas esta mudança

possibilitou a criação de sinergias pelo facto de

se encontrarem num espaço comum.

Com a entrada em funcionamento da bilhética

sem contacto, em Novembro, e a perspectiva

de entrada da Nova Rede a 1 de Janeiro de

2007, e no sentido de proporcionar um maior

apoio aos clientes, procedeu-se ao alargamento

do horário de funcionamento do Call-Center

no último trimestre de 2006, para 7 dias na

semana, com atendimento das 7 às 22 horas

nos dias úteis, garantindo deste modo um maior

apoio aos clientes.

Este serviço fundamental para os utilizadores do

sistema de transportes, registou um crescimento

de cerca de 7% face a 2005, num total de 37 mil

chamadas, com uma média diária de 100.

Vendas e Marketing

Conhecer melhor o movimento dos clientes

Com o novo sistema de bilhética sem contacto

é possível ter uma informação rigorosa do acesso

dos clientes à rede – onde, a que horas, com

que título, em que linha e em qual paragem –

sendo necessário complementar esta informação

com dados relativos ao movimento de saída

nas paragens, para assim se conhecer com maior

22

rigor quais as deslocações efectuadas e se

proceder às adaptações na oferta que permitam

melhorar continuamente o serviço prestado.

Com a mesma finalidade, procedeu-se também

à transferência do Sistema de Contagem Auto-

mática de Passageiros (SCAP) para o segmento

de viaturas a gás, tendo sido equipadas 10 viaturas

que funcionarão como viaturas laboratório, cujo

objectivo consiste em complementar a informação

recolhida do sistema de bilhética.

Duplicar os pontos de venda de títulos de

transporte

Tirando partido da introdução da tecnologia

da bilhética sem contacto e prosseguindo uma

estratégia de aproximação e adaptação às novas

necessidades dos clientes, foi feita, no último

trimestre do ano, a duplicação do número de

pontos de venda disponíveis para aquisição e

carregamento dos novos títulos de transporte

monomodais, promovendo-se desta forma uma

considerável melhoria do nível da cobertura

territorial da rede de vendas. Para além das

lojas STCP, os clientes passaram a contar com a

rede das Lojas e Máquinas de Venda Automática

Andante, com a rede alargada dos CTT e a rede

Payshop, num universo de 619 locais, cres-

cimento substancial quando comparado com

os anteriores 510 pontos.

Tarifas e Receita de Bilheteira

Coexistência de 2 tarifários

Em 2006 manteve-se a coexistência dos dois

tipos de tarifários – o tarifário monomodal STCP

e o tarifário intermodal Andante. Os títulos

com tarifas mais bonificadas do tarifário

monomodal representam cerca de 12% da

receita de bilheteira no cenário vigente em

2006 com uma oferta ainda limitada de tarifários

alternativos. De facto, a possibilidade de os

clientes optarem pelo tarifário mais vantajoso

de acordo com o seu perfil de deslocações,

existia apenas em algumas das linhas da STCP

que já aceitavam a intermodalidade.

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Receita de Bilheteira

A principal fonte de receita da Empresa decorre

da venda de títulos de transporte – 51 milhões

de euros em 2006.

Os preços encontram-se administrativamente

fixados e, no ano em análise, foram efectuados

dois aumentos de preços autorizados por Des-

pacho Normativo. A sua aplicação no tarifário

monomodal resultou num aumento médio

global simples de 4,03%, com um aumento de

1,66% em Janeiro e um acréscimo de 2,34% na

revisão de Julho. Este segundo aumento visou

compensar as empresas de transporte da

escalada do custo do petróleo registada durante

o 1.º semestre do ano.

Os títulos de cariz mais social, nomeadamente

os passes para menores, terceira idade,

reformados e pensionistas, sofreram no ano

um incremento de 6%. Este tipo de títulos de

transporte representa 13% da receita de

bilheteira monomodal da STCP.

O tarifário intermodal não sofreu qualquer

alteração de preço ao longo de 2006, o que

provocou um desajustamento do preço res-

pectivo face ao critério inicial. De registar, ainda,

a introdução do tarifário social no sistema

intermodal Andante em Julho de 2006, na base

da partilha da subsidiação do desconto de preço

entre os operadores e o Estado.

A procura global, medida em termos de pas-

sageiros transportados, sofreu uma redução de

9% face ao ano anterior, reflectindo essen-

cialmente os efeitos do serviço do metro ligeiro

após a conclusão da 1.ª fase do projecto do

Metro do Porto.

A receita intermodal, proveniente do tarifário

Andante, justificou 4% da receita global, o que

representa uma evolução crescente de impor-

tância, pois em 2005 contribuiu apenas com 1,9%.

Quilómetros que percorremos e passageiros

que transportámos

Como principal operador de transportes públicos

na Área Metropolitana do Porto e na conti-

nuidade da preocupação de ajustamento da

sua oferta ao continuado crescimento da

operação do modo metro que, em finais de

2005, passou a operar com uma nova linha em

Gaia, a STCP percorreu ao longo do ano 32

milhões de quilómetros, oferecendo 2.955

milhões de lugares km, o que, em comparação

com o ano anterior, representa uma redução

de cerca de 2% nos quilómetros percorridos e

de 3% nos lugares km oferecidos.

23

209.089

Passageiros Transportados (10^3)

221.715 219.159

189.775

2003 2004 2005 2006

31,932,7

33,7

Veículos Km (10^6)

34,2

2003 2004 2005 2006

Com autocarros

A produção de transporte foi garantida, na sua

quase totalidade, pelo modo autocarro, que

representa 99,7% da produção total, na qual

87% (28 milhões de quilómetros) foram asse-

gurados por viaturas da própria empresa. Os

restantes 4 milhões de quilómetros foram

assegurados por Operadores Privados, através

de acordos de exploração celebrados para 14

linhas da rede.

Com carros eléctricos

Em 2006, o modo carro eléctrico operou em

3 linhas: linhas 1 “Massarelos-Infante”, 1\ “Mas-

sarelos-Passeio Alegre”, ambas na marginal do

rio Douro, e linha 18 “Massarelos-Carmo”, esta

última ligando a zona marginal ao Carmo e

Cordoaria. Foram percorridos cerca de 109 mil

quilómetros, mais 31% do que no ano transacto,

ocorrendo igualmente um acréscimo no número

de passageiros, que se situou em cerca de 80 mil.

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• Cálculo até 2006, inclusive

Desde 1984 até 2006, inclusive, os passageiros

transportados da STCP são calculados com

base nos títulos de transporte vendidos, aos

quais são indexados coeficientes de utilização

por cada título.

Cada título vendido mensalmente é multi-

plicado pelo correspondente coeficiente de

utilização, indicador obtido com base em

sondagens, representando uma estimativa do

número de viagens efectuadas com o referido

título de transporte. Como exemplo, considera-

-se que um cliente que adquire um talão passe

normal A – Porto realiza 100 viagens por mês

e que um cliente que compra um bilhete pré-

-comprado T1 efectua em média 1,45 viagens

(os coeficientes incorporam os transbordos

gratuitos).

Os passageiros transportados por título de

transporte obtêm-se multiplicando as quan-

tidades vendidas de cada título pelo seu coefi-

ciente de utilização. O total de passageiros

transportados corresponde, então, à soma dos

passageiros transportados por título de trans-

porte.

Assim, a óptica seguida até 2006 para o cálculodos passageiros tem sido a das vendas e nãoa da utilização efectiva de cada título de trans-porte.

• Novo sistema de bilhética sem contactoa partir de 2007: oportunidade para amodificação na metodologia do cálculodos passageiros

Com a adopção, a partir de Janeiro de 2007,inclusive, do sistema de bilhética em pla-taforma sem contacto para os dois tarifáriosque estarão em vigor em pleno na STCP –tarifários monomodal e intermodal – serápossível conhecer a utilização real dos títulosde transporte pelos clientes, pois a cadavalidação efectuada a bordo corresponderáum registo electrónico nos títulos ocasionaise nos títulos de assinatura.A introdução da nova bilhética constitui, destaforma, uma oportunidade única para a rupturada série de contagem de passageiros seguidaaté 2006, inclusive.De uma óptica das vendas, até aqui seguida,evoluir-se-á para uma óptica de contagem efectivada utilização de cada título de transporte.

Nota sobre a Metodologia de Cálculo dos Passageiros Transportados

24

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Minimização do esforço financeiro doEstado para garantir o cumprimento doserviço de transporte público

Racionalização dos meios humanos e materiais

e dos activos da Empresa na perspectiva de uma

melhor rendibilização da capacidade disponível

e instalada

Embora o principal enfoque da actividade da

empresa em 2006 se tenha centrado na pre-

paração da implementação do Projecto da Nova

Rede sem Contacto, foi igualmente dedicada

especial atenção à revisão de processos, numa

lógica de aumento de produtividade e racio-

nalização de custos.

Redimensionamento do efectivo

Na sequência do que vem ocorrendo na última

década, o número de colaboradores reduziu-

se em 78, situando-se o efectivo em final de

ano em 1.673 trabalhadores. O pessoal

tripulante – motoristas e guarda freios – repre-

sentam 67% da estrutura do efectivo, a manu-

tenção corresponde a 13% e os restantes 20%

estão afectos às demais actividades da empresa.

planeamento operacional da oferta de serviço

através do sistema GIST. Trata-se de um sistema

informático que aborda, de uma forma inte-

grada e coerente, a globalidade do processo

de planeamento operacional, desenvolvido por

um consórcio português composto por institutos

de investigação e desenvolvimento e empresas

de transportes.

Numa primeira fase foi desenvolvido e imple-

mentado o escalamento automático do pessoal

tripulante – GIST, já em exploração desde 1995.

Em 2006 desenvolveu-se a parte do projecto

relativa ao escalamento de viaturas – GESBUS,

cuja implementação irá ocorrer durante o

primeiro trimestre de 2007, para permitir a

racionalização deste processo, proporcionando

uma diminuição do número de pessoas afectas

à actividade de escalamento de viaturas e do

custo da respectiva operação. Para além disso

permitirá também um controlo mais efectivo

da imobilização dos veículos e maior celeridade

nos processos da disponibilização das mesmas

para a operação.

Performance económica condicionada porum regime indefinido de financiamento daprestação de serviço público

Relacionamento claro com o Accionista, baseado

na contratualização do serviço público, em

conformidade com os objectivos políticos

definidos para o sector e fixação objectiva da

comparticipação do Estado nos tarifários sociais

praticados.

Na esfera de acção sob o seu domínio a STCP

deu continuidade ao esforço de melhoria da

sua eficiência interna. Melhorias ao nível dos

rácios de veículo km/efectivo médio, lugar

km/efectivo médio e comprimento da rede/-

/efectivo médio, atestam a melhoria ocorrida

na produtividade:

25

2003 2004 2005 2006

Homens Mulheres

Evolução Efectivo

1.583

90

1.659

92

1.752

92

2.091

106

GESBUS - continuada melhoria do planeamento

operacional apoiada no Sistema GIST

No âmbito da revisão de processos conducentes

à melhoria da eficiência interna destaca-se o

investimento que vem sendo feito ao nível do

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Produtividade 2003 2004 2005 2006 06/05Veículo km (10^3) / Efectivo Médio 15,5 16,6 18,2 18,8 3%Lugar km (10^3) / Efectivo Médio 1.434,7 1.545,4 1.692,4 1.733,1 2%Comprimento Rede (km) / Efectivo Médio 0,49 0,53 0,60 0,64 5%

26

a partilha com estes do valor adicional resul-

tante. Assumem particular relevo os aspectos

relacionados com a organização e o desenvol-

vimento internos, passando pela motivação –

formação e avaliação de desempenho, com-

pensação do mérito, condições de trabalho –

eficácia da comunicação interna, afectação ade-

quada dos trabalhadores às actividades,

optimização de processos e pleno aproveita-

mento das capacidades de gestão da oferta.

O ano de 2006 caracterizou-se pela consolidação

das alterações internas introduzidas e pela

concepção de um novo modelo de exploração

da rede e mudança de tarifário a serem

implementados no início de 2007.

No final de 2006 a Empresa tinha 1.673 tra-

balhadores, representando uma redução de

4,5% face ao ano anterior. Cerca de 50% do

efectivo situa-se em faixas etárias inferiores aos

49 anos, sendo que a idade média se fixa nos

47 anos, o que aponta para um ligeiro enve-

lhecimento da população trabalhadora, fruto

da política seguida de redimensionamento de

efectivo sem novas admissões. Num sector mar-

cadamente masculino, as mulheres representam

5% da força de trabalho e estão sobretudo nas

áreas administrativas e de direcção de topo.

Trata-se no entanto de um esforço sem reper-

cussão na relação com o accionista, nomea-

damente pela continuada ausência da tão

esperada contratualização do serviço público

prestado, mantendo-se a atribuição aleatória

de verbas a título de indemnizações compen-

satórias. O montante atribuído tem sido cons-

tantemente insuficiente para compensar a

componente do diferencial de custos e proveitos

operacionais, associado quer às obrigações de

prestação de serviço público quer à insuficiência

tarifária. O montante de 15,5 milhões de euros

atribuído em 2006, situou-se 7% acima do valor

atribuído no ano anterior mas foi 28% inferior

ao de 2004.

6.2 Responsabilidade Social Perante osTrabalhadores

Enquadrar o relacionamento com os traba-

lhadores numa perspectiva de criação de valor

Este novo referencial, assumido como linha

estratégica, deverá ser entendido segundo duas

vertentes: a criação de valor para a empresa

pelo melhor desempenho dos trabalhadores e

<18 anos0

700

600

500

400

300

200

100

800Histograma de idades · 2006

18-29 30-39 40-49 50-59 >59

Total 0 60 444 335 726 108

0,0% 3,6% 26,5% 20,0% 43,4% 6,5%%

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Motivação e Evolução das Competências

Desenvolvimento profissional e social dos

Trabalhadores, num ambiente de trabalho

exigente, que contribua para a sua motivação

bem como para a qualidade e produtividade

do trabalho prestado.

Formação

A formação é uma ferramenta chave para a

promoção das competências internas e para a

melhoria da qualidade do serviço que a Empresa

presta às populações. O grande enfoque do

plano de formação realizado em 2006 situou-se

no âmbito dos grandes desafios específicos da

empresa neste ano, nomeadamente os projectos

da nova bilhética com tecnologia sem contacto

e da Nova Rede, numa campanha que envolveu

todos os trabalhadores da empresa.

Sob o lema “Contamos Consigo”

“Porque a Empresa prepara novas e impor-

tantes mudanças, a concretizar no curto

27

prazo, para melhor servir os nossos Clientes,

gostaríamos de as partilhar consigo desde já.

Por isso lhe formulamos o convite de nos

acompanhar no evento de lançamento do

Projecto Nova Rede sem Contacto no pró-

ximo dia 3 de Outubro, pelas 10 horas, na

Estação de Recolha de Francos...”

Este era o conteúdo do convite endereçado a

todos os colaboradores da Empresa para a sessão

de lançamento deste projecto, evento inédito

na história já longa da STCP.

A implementação da bilhética com tecnologia

sem contacto e da última fase da Nova Rede

envolveu a realização de um significativo esforço

de formação dos colaboradores de todas as

áreas da STCP e, ainda, de elementos de enti-

dades externas que colaboram com a Empresa

no âmbito destes projectos.

Desenvolvida em duas fases – a primeira, relativa

à bilhética sem contacto, e a segunda, relativa

à Nova Rede – esta formação foi importante

para a consolidação de um espírito de forte

mobilização de todos os trabalhadores em torno

destes dois sub-projectos.

As duas fases indicadas integraram acções em

sala e em quiosques de formação, tendo sido

entregue, em cada uma das fases, um estojo

com o respectivo manual de formação. Foi ainda

N.º de formandos totais

0

250

500

750

1.000

1.250

1.500

2003 2004 2005 2006

557

811 721 785

1.644

1.1001.118 1.254

Pess. Tripulante Número de Trabalhadores

Horas de formação totais

4.494 2.474

2003 2004 2005 2006

Pess. Tripulante Total Horas

0

11.000

22.000

33.000

44.000

55.000 46.414 41.652

6.209 4.4308.429 5.085

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ministrada formação em percursos na rua, em

algumas situações específicas.

Estiveram envolvidos 1642 colaboradores, para

um total de 3801 horas de formação.

Avaliação de Desempenho

Outra vertente importante da evolução das

competências respeita ao desenvolvimento

profissional dos trabalhadores e encontra-se

regulado no SEP - Sistema de Evolução Pro-

fissional, por acordo celebrado com as Orga-

nizações Sindicais representativas dos tra-

balhadores. Tem subjacente um processo de

avaliação de desempenho anual, que envolve

directamente toda a estrutura da empresa, num

diálogo que se pretende franco e responsável.

Para este processo concorrem quer os aspectos

qualitativos do desempenho individual, quer

indicadores quantitativos que, no caso do

pessoal tripulante, para além dos factores nega-

tivos comuns de absentismo, faltas injustificadas

e sanções disciplinares, abarcam também o

número de ocorrências e custo médio dos aci-

dentes, permitindo premiar o bom desempenho

e, assim, criar um incentivo à melhoria da

performance individual. Em 2006 esta avaliação

de desempenho premiou com promoção 277

colaboradores.

Premiar a Excelência na condução

Com o “Prémio Condutor Excelente”, traduzido

na atribuição de um montante pecuniário, têm

sido distinguidos anualmente os motoristas com

um maior número de horas de condução sem

acidentes ou outros registos negativos de condução,

durante cinco anos consecutivos, reflectindo as

preocupações de uma condução defensiva, factor

decisivo para a segurança do transporte de

passageiros. Em 2006 foram distinguidos com este

prémio cinco motoristas.

Como incentivo à criatividade interna, são

distinguidos anualmente os colaboradores que

apresentem sugestões válidas de melhorias de

processos de trabalho, com viabilidade de aplicação

28

prática. Em 2006, por exemplo, foi implementado

o serviço “SMS Motorista”, resultante do desen-

volvimento de uma sugestão apresentada.

Dar aos jovens a oportunidade do primeiro

contacto com o mercado de trabalhoA Empresa prosseguiu a política de colaboração

com os meios académicos, no sentido de manter

a abertura para a aceitação de estagiários em

diversas áreas. Esta postura permite aos estu-

dantes terem o seu primeiro contacto com o

meio laboral e à Empresa ter contacto com o

que de novo é transmitido nas escolas. Foram

igualmente disponibilizados estágios a tra-

balhadores estudantes.

De destacar os três estágios curriculares con-

cedidos a alunos do Curso de Carpintaria de

Limpos cujo trabalho se desenvolve na recu-

peração do Carro Eléctrico 213 e que, atendendo

ao resultado positivo alcançado, levou a celebrar

com eles contratos de estágio profissional com

a duração de nove meses. Esta iniciativa, que

irá ser repetida, reveste-se de especial impor-

tância ao permitir a abertura ao mercado de

trabalho qualificado para rejuvenescimento do

pessoal afecto à manutenção e recuperação do

espólio de carros eléctricos, veículos emble-

máticos tão ligados à história e vida dos cidadãos

do Grande Porto.

Comunicação e Melhoria das Condições de

Trabalho

Intranet

A Intranet continua a ser uma ferramenta de

informação interna muito importante, tendo

sido durante o ano um excelente apoio para

todas as acções de informação e formação

ocorridas, em especial as ligadas ao projecto

Nova Rede sem Contacto, para além das muitas

funcionalidades de apoio à gestão corrente que

apresenta.

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29

Folha Informativa Mensal

Foi recuperada em 2006 a Folha Informativa

Mensal, como síntese informativa que constitui

um canal privilegiado para manter todos os

trabalhadores informados sobre os principais

factos da vida da empresa ou com esta direc-

tamente relacionados, mensalmente ocorridos.

Pretende-se, através deste suporte de comunicação,

reforçar a partilha de valores comuns e de infor-

mação entre todos quantos trabalham na STCP,

fortalecendo o comprometimento com os objec-

tivos e a missão da empresa. Assim, a folha infor-

mativa passou de novo a ser editada desde Agosto

com a participação de todas as áreas da STCP.

Melhorar as condições de trabalho

Numa actividade como a do transporte público

de passageiros, em que uma parte significativa

dos postos de trabalho se exerce em espaço

público ou ao ar livre, não se torna fácil criar

as melhores condições de trabalho, mas a

Empresa continua empenhada nessa tarefa.

No sentido de melhorar as condições existentes,

foram remodeladas algumas instalações,

nomeadamente os vestiários e balneários do

pessoal oficinal da Estação de Recolha da Via

Norte, construídos em 1993. Foram também

realizadas obras de melhoramento das ins-

talações sanitárias dos postos de trabalho

ligados ao serviço de abastecimento das Estações

de Recolha da Via Norte e de Francos.

No âmbito do apoio aos motoristas, concluí-

ram-se as obras de remodelação da Interface

do Hospital São João e concretizou-se o projecto

de instalação da sala de motoristas em espaço

integrado na estação de São Bento da CP, em

substituição das instalações existentes no Posto

de Atendimento de São Bento da STCP, a serem

descontinuadas em 2007.

Segurança e Saúde dos Trabalhadores

No âmbito das medidas de prevenção da saúde,

foi realizado o rastreio anual pulmonar aos tra-

balhadores e efectuado diariamente o controlo

de alcoolemia a um conjunto de trabalhadores

seleccionados de forma aleatória, com acom-

panhamento por médicos e psicólogos dos casos

registados com valores acima dos estabelecidos

por lei.

Dando cumprimento ao estipulado no Código

do Trabalho, a Empresa dispõe de meios próprios

que lhe permitem desenvolver as actividades

integradas no funcionamento dos serviços de

segurança, higiene e saúde no trabalho, tendo

criado um serviço próprio com técnicos acre-

ditados. De entre as funções desse serviço desta-

cam-se a avaliação das condições ambientais

dos locais de trabalho, a realização de estudos

sobre a identificação de situações de risco, a

distribuição de fardamento e calçado de segu-

rança, a análise dos acidentes de trabalho

ocorridos procurando despistar as condições ou

situações perigosas e a elaboração de proposta

das respectivas medidas preventivas.

No sector da saúde e da higiene e segurança

no trabalho, foram efectuadas com regularidade

ao longo do ano, análises / visitas aos locais de

trabalho, procurando identificar eventuais

situações de inconformidades, quer a nível de

condições de trabalho e utilização do equi-

pamento de segurança distribuído, quer de

segurança das instalações e da maquinaria

utilizada, assegurando a sua rápida correcção.

A Empresa assegura a todos os trabalhadores,

nas suas instalações, a prestação de serviços de

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Evolução do Complemento de Pensões 2003 2004 2005 2006 06/05Compl. Pensões pago no ano (milhares de euros) 825 746 694 644 -7%N.º médio de pensionistas 473 447 408 378 -7%

saúde. Para tal dispõe de um Posto Clínico que,

além da medicina do trabalho que é desen-

volvida por Médicos de Trabalho em estreita

ligação com os técnicos da psicologia, oferece

ainda um corpo de médicos de clínica geral e

de diversas especialidades, médicos para os aci-

dentes de trabalho e um serviço de enfermagem

que apoia todo o serviço clínico.

Relações com os Parceiros Sociais

A empresa mantém um relacionamento cordial

e de cooperação com os Sindicatos e a Comissão

de Trabalhadores, bem como com o Conselho

de Quadros, órgãos representativos dos tra-

balhadores e, como tal, interlocutores sociais

importantes. Ao longo de todo o ano foram

realizadas reuniões com estas organizações,

pese embora os resultados não tenham sido os

desejados nas questões relacionadas com a

contratação colectiva, uma vez que não foi

ainda possível obter o consenso de todos em

torno de um mesmo Acordo de Empresa.

Não obstante o clima de diálogo existente, não

se evitou a ocorrência de alguns períodos de

greve: nos dias 18; 22; 23 e 24 de Setembro e,

nos dias 22; 23 e 24 de Dezembro, promovidos

por três das organizações sindicais, com taxas

de adesão de 39% e de 15% respectivamente.

30

A percentagem total de trabalhadores sindi-

calizados na STCP é de 92%, encontrando-se

todos os trabalhadores abrangidos por acordos

de empresa.

Benefícios Sociais

É disponibilizado aos trabalhadores um conjunto

de benefícios sociais além dos previstos

legalmente. Todos beneficiam de um subsídio

de refeição de valor superior ao atribuído à

função pública e de um refeitório onde são

vendidas refeições ao custo do fornecimento,

dispondo ainda em todas as instalações de

máquinas de venda de produtos e de bebidas.

Em caso de doença dos trabalhadores a empresa

disponibiliza os referidos serviços de medicina

curativa no posto clínico da empresa e com-

participa na acção medicamentosa no montante

não suportado pela Segurança Social.

A empresa atribui um complemento de reforma

aos seus trabalhadores cujos encargos se

encontram cobertos por um fundo de pensões

constituído em 2002. Esses complementos

encontram-se limitados a um valor fixo, pelo

que o número de trabalhadores a beneficiarem

deste complemento tem vindo a descer, como

se pode aferir na tabela seguinte:

Aos trabalhadores com filhos a frequentarem

infantários, a empresa atribui uma compar-

ticipação de valor fixo.

Anualmente a empresa promove uma cerimónia

de comemoração dos vinte e cinco anos de

antiguidade de trabalhadores na Empresa,

fazendo entrega de uma lembrança.

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Apoia ainda os trabalhadores através do Centro

Cultural e Desportivo dos Trabalhadores da

STCP, através de subsídios e da disponibilização

de apoio logístico para as actividades de índole

cultural e recreativas que o Centro desenvolve,

tais como a Festa de Natal e a Colónia Balnear.

6.3 Responsabilidade Perante a Comu-nidade Externa

A STCP quer manter-se como agente de

referência na prestação do serviço social

associado à realização da sua actividade como

operador de transportes públicos de passageiros,

contribuindo activamente para o estabe-

lecimento de um quadro objectivo de partilha

da responsabilidade social entre os operadores

de transporte e o Estado, que viabilize o cami-

nho para um correcto desempenho económico.

A STCP é um dos actores urbanos chave da área

metropolitana que pauta a sua actuação quer

por uma preocupação constante de desen-

volvimento do transporte público, consciente

do contributo que este pode dar para a melhoria

da qualidade de vida das pessoas, quer por um

esforço de envolvimento na própria comu-

nidade.

Prevenir Situações de Exclusão

A par das actividades de natureza comercial,

tem-se vindo a abraçar um conjunto de projectos

que visam a promoção de melhorias nas aces-

sibilidades tanto ao cidadão comum como

àqueles que têm necessidades específicas ou

que residem em áreas mais desfavorecidas. São

exemplos deste serviço as linhas denominadas

“Z” e as linhas da Madrugada.

31

Linha ZH – Zona Histórica

A STCP, em parceria com a Câmara Municipal

do Porto, implementou em 2004 uma linha de

autocarros para servir exclusivamente o centro

histórico do Porto, em particular os moradores

das freguesias da Sé, Vitória e S. Nicolau. Com

esta iniciativa pretendeu-se integrar socialmente

a população residente com idade avançada e

economicamente mais desfavorecida, que se

encontrava privada de condições de mobilidade.

Em 2006 foram transportados 42 mil passageiros,

tendo a STCP proposto à Câmara Municipal do

Porto a prorrogação do protocolo.

Linha ZM – Zona Massarelos e Linha ZR – Zona

Rio

A criação destas linhas, também com suporte

num protocolo celebrado com a Câmara Muni-

cipal do Porto, resultou do facto de, com a

definição da Nova Rede da STCP, algumas zonas

da cidade passarem a ter a sua acessibilidade

penalizada pela supressão de algumas linhas.

Embora com procura muito reduzida a Autar-

quia e a empresa entenderam ser necessário

assegurar às populações condições de mobi-

lidade sob pena de se potenciar o seu isola-

mento, do que resultou uma parceria entre as

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duas entidades para implementação das linhas

ZM e ZR a partir de 1 de Fevereiro de 2006.

Durante o ano foram transportados 58 mil

passageiros na Linha ZM e 79 mil na Linha ZR.

Rede da Madrugada

A STCP mantém-se como único operador da Área

Metropolitana do Porto a oferecer uma rede de

transporte de passageiros entre a 1 e as 6 da

manhã, disponibilizando um produto adaptado

às necessidades das deslocações neste período,

com uniformidade de frequências e horários de

partida e de localização de términos no centro

do Porto das 13 linhas que integram esta rede.

Em 2006 foram transportados 378 mil passa-

geiros, a uma média de 1.037 passageiros dia.

Facilitar o acesso ao Transporte Público (TP)

SMS BUS

1.º Prémio Boas Práticas no Sector Público, na

categoria Serviços Electrónicos – atribuído ao

serviço SMSBUS – Informação em Tempo Real.

Lançado com grande sucesso em 2005, este

serviço que permite obter informações de

horários de passagem das diferentes linhas em

determinada paragem através de mensagens

telefónicas, viu a adesão dos clientes aumentar

32

significativamente, tendo-se registado em 2006uma média diária de 1.469 utilizadores, mais31% do que no ano transacto com um total de793 mil mensagens.

www.itinerarium.net3.º Prémio Boas Práticas no Sector Público,distinguido pela prática de projectos inovadoresque melhoram a qualidade do serviço ao cliente

Em Janeiro de 2006 foi colocada on-line umaversão melhorada desta ferramenta de infor-mação, apresentando novos desenvolvimentos,nomeadamente:

– integração de toda a informação dosoperadores STCP, CP e MP sobre percursos,horários e tarifário, permitindo pesquisasmultimodais;

– nova cartografia, com base de dados detoponímia e pontos de interesse, quepassou a permitir a pesquisa por morada;

– apresentação da comparação entre tari-fário Andante e o tarifário monomodal,para informação específica no âmbito dacampanha da Nova Rede.

Aquando da campanha de divulgação e infor-mação da Nova Rede o Itinerarium apresen-tou-se como uma ferramenta importante deapoio aos promotores que prestavam infor-mações nas paragens aos clientes através dasua instalação em Tablet PC’s.

Promover a segurança

Segurança dentro dos autocarrosGarantir maior segurança aos passageiros e

maior apoio aos motoristas no seu posto de

trabalho levou a STCP a equipar 85% da sua

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33

frota de autocarros com o sistema de vídeo-vigilância, permitindo assim a monitorizaçãoda actividade dentro das viaturas em operaçãona rua. A disponibilização das imagens reco-lhidas é efectuada para o exterior apenas apedido das entidades oficiais, motivado porincidentes ocorridos com passageiros. Em 2006o número de pedidos triplicou, atestando bemda utilidade deste serviço de apoio.Pretendendo alargar o sistema a toda a frotade autocarros de serviço público, foi adjudicadano final do ano a aquisição de mais 80 equi-pamentos para serem montados nas novas viatu-ras a receber no início de 2007.

Design das interfaces na percepção de segurança

Contando com o apoio da UITP, a STCP participa

conjuntamente com diversas cidades europeias

e os dois operadores públicos da Área Metro-

politana do Porto num projecto de investigação

sobre a influência do design na percepção de

segurança em zonas de interface do transporte

público, projecto coordenado pela Yellow

Design Foundation. No final do projecto, a ocor-

rer em 2007, e para o caso do Porto, preten-

de-se obter soluções para as interfaces inter-

modais de General Torres e Hospital S. João. A

apresentação deste projecto e os respectivos

resultados irão ser divulgados no Congresso da

UITP em Helsínquia em Maio de 2007.

Procedimentos de Segurança

Representando as matérias associadas à segu-

rança da operação uma preocupação constante

da Empresa, promoveu-se a actualização de

uma série de procedimentos associados a esta

temática, nomeadamente relativos à Resolução

de Acidentes e Incidentes em Operação.

Segurança das Instalações

Neste domínio foram preparados os planos de

emergência e evacuação das estações de recolha

da Via Norte e de Francos e elaborados os pro-

cedimentos relativos à resolução de acidentes

e incidentes nas instalações.

Manter Diálogo permanente com os par-

ceiros sociais

Promoção de uma postura aberta, de diálogo

permanente e mobilizador com os principais

parceiros da Empresa, nomeadamente a Junta

Metropolitana do Porto, os Municípios, os

demais operadores locais, públicos ou privados,

os Cidadãos e o Estado enquanto legislador e

regulador.

O diálogo com as autarquias e outros órgãos

representativos dos cidadãos revela-se de

importância primordial para o bom desempenho

da actividade de transporte público de passa-

geiros, para que este responda às reais neces-

sidades das populações, diálogo ainda mais

necessário nesta fase de reformulação integral

da rede da STCP. No segundo semestre do ano

promoveram-se inúmeras reuniões de trabalho

de apresentação e discussão da Nova Rede,

nomeadamente com Câmaras Municipais e

Juntas de Freguesia, outros operadores de

Transportes Públicos da Área Metropolitana do

Porto, (Metro e CP Porto) e Operadores Privados

(Antrop), bem como com os Operadores com

quem a STCP tem acordos de exploração.

Realizaram-se igualmente várias sessões de

apresentação do projecto da Nova Rede às

empresas congéneres nacionais, à DGTTF, bem

como aos Comandos da GNR e PSP. A STCP man-

teve reuniões com representantes de partidos

políticos e comissões de utentes.

Este debate partilhado e enriquecedor veio

permitir a revisão de alguns pontos do projecto

da Nova Rede.

Desenvolver novos projectos

Projecto IMS - Informação para apoio à mobi-

lidade em transportes públicos metropolitanos

A STCP decidiu integrar o Projecto IMS no

âmbito da candidatura ao Programa IDEIA da

Agência de Inovação. Este projecto tem em

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vista o desenvolvimento de uma ferramenta de

apoio à decisão sobre mobilidade em trans-

portes públicos que ajude os utilizadores,

normais e eventuais, a planearem e decidirem

sobre as suas deslocações com base em infor-

mação em tempo real. Tal ferramenta e infor-

mação será disponibilizada em telemóveis ou

outros equipamentos móveis georeferenciados,

permitindo por exemplo ao utilizador selec-

cionar a melhor combinação de transportes para

atingir um determinado destino, com indicação

de percursos e horários, desde o local da partida,

que pode coincidir ou não com aquele em que

o utilizador se encontra no momento. Este

projecto conta com uma parceria envolvendo

instituições, investigadores, operadores de

transporte e fornecedores de sistemas.

Aumentar a satisfação do cliente

A palavra aos clientes

A Provedoria do Cliente, no seu terceiro ano

de actividade e com a independência estatutária

que lhe está concedida, prosseguiu a sua função

de auscultar e defender os interesses dos clientes

da STCP, através do tratamento das reclamações

e sugestões e da apresentação de propostas de

alteração de procedimentos ou de processos à

Empresa. As actividades/preocupações mais

relevantes do Provedor durante o ano de 2006

situaram-se em questões ligadas a prazo de

validade dos Bilhetes Pré-Comprados, Nova Rede,

acessibilidade para clientes com mobilidade

reduzida, reembolsos ou indemnizações, qua-

lidade da informação ao público, comporta-

mento de motoristas de serviço público, tarifário

Andante e normas de acesso dos clientes às via-

turas durante o tempo de suporte.

A nível interno promoveu-se uma verificação

da aplicação das recomendações do Provedor

do Cliente da STCP, a par com uma alteração

de procedimentos neste âmbito com vista ao

aumento da eficiência e eficácia no tratamento

de Reclamações.

34

Reclamações

Dando cumprimento à legislação em vigor, a

partir de 1 de Janeiro, os clientes passaram a

ter à sua disposição o Livro de Reclamações, em

todos os locais de atendimento da Empresa. A

criação deste livro, conforme referido no

preâmbulo do diploma legal, teve por base a

preocupação com um melhor exercício da

cidadania através da exigência do respeito dos

direitos dos consumidores. A justificação da

medida prendeu-se com a necessidade de tornar

mais célere a resolução de conflitos entre os

cidadãos consumidores e os agentes económicos,

bem como de permitir a identificação, através

de um formulário normalizado, de condutas

contrárias à lei.

Da actuação conjunta da Provedoria do Cliente

e do tratamento do Livro de Reclamações re-

sultou a análise e resposta a cerca de 3.500

situações, sendo de salientar como mais recla-

madas as questões relativas a problemas opera-

cionais (38%), e a alterações da oferta (22%).

Índice de satisfação do cliente

Desde 2003 que a empresa integra o projecto

European Customer Satisfaction Índex – Portugal

– Índice Nacional de Satisfação do Cliente. Tra-

tando-se de um sistema de medida da qualidade

dos bens e serviços disponíveis no mercado

nacional, por via da satisfação dos clientes, os

resultados anuais são analisados em comparação

com o subsector dos transportes públicos de

passageiros da Área Metropolitana do Porto e

envolve as marcas STCP, CP, Metro do Porto e

o grupo dos outros operadores de transporte

público de passageiros que agrega todos os

outros operadores não estudados individual-

mente. O conjunto de indicadores onde a

posição relativa da STCP é menos favorável,

prende-se, em grande parte com factores ine-

rentes ao transporte rodoviário, como sejam a

fiabilidade dos serviços de transporte, o tempo de

espera nas paragens e a duração da deslocação.

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35

Promover produtos culturais e turísticos

O Museu do Carro Eléctrico

A STCP oferece à cidade um património de

museologia industrial de grande valor, cum-

prindo assim uma missão de preservação de um

espólio cultural de relevo, através do Museu do

Carro Eléctrico que continua a atrair muitos

visitantes com um acréscimo de 5% relativa-

mente ao número verificado no ano anterior.

Os alunos em visita escolar continuam a cons-

tituir o público mais representativo do Museu

com um total de cerca de 18 mil o que repre-

senta um acréscimo de 15% face ao ano de

2005. De salientar ainda, o incremento de 59%

registado no número de visitantes estrangeiros

em visita individual e de 15% no de entradas

pagas.

No aluguer de carros eléctricos - vertente mais

turística da actividade do Museu - registou-se

um incremento apreciável no número de

contratos celebrados, num total de 197,

salientando-se os realizados com agências de

viagens e/ou de promoção de eventos turísticos

e também com empresas e particulares. O

aumento do número de solicitações, aliado a

uma actualização das tabelas de preços,

contribuiu decisivamente para um acréscimo

de 43% na receita do serviço de aluguer de

carros eléctricos relativamente ao ano anterior.

No que concerne aos eventos produzidos pelo

Museu do Carro Eléctrico, o ano de 2006

caracterizou-se pela manutenção de alguns,

que desde há longa data vêm sendo orga-

nizados e funcionam já como um referencial

da cidade, de que é exemplo principal o desfile

anual de carros eléctricos, e pela reformulação

de outros como as Noites de Massarelos.

O ano de 2006 ficou também marcado pela

evolução positiva do processo de credenciação

do Museu ao abrigo da nova Lei – Quadro dos

Museus Portugueses – a Lei n.º 47/2004 de 19

de Agosto.

Eventos culturais sob o patrocínio do Museu do

Carro Eléctrico

– Desfile dos Carros Eléctricos Históricos -

dia 6 de Maio.

– Visitas encenadas no Museu do Carro

Eléctrico – em regime permanente ao

longo do ano.

– Ciclo de visitas “À Noite no Museu” – 3

visitas entre Maio e Julho - iniciativa

inserida no evento internacional “Les

Nuits des Musées”, promovido pelo

Ministério da Cultura francês. Os visitantes

foram convidados a participar numa

viagem nocturna pela linha da marginal,

seguida de uma visita ao edifício do

museu, onde outrora funcionou a antiga

central termo-eléctrica de Massarelos. À

luz das candeias foram revelados segredos

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e pormenores que se escondem por detrás

das colecções.

– II Ciclo de Viagens Comentadas - todos

os domingos nos meses de Julho e Agosto

- viagens a bordo de um carro eléctrico

histórico da colecção do Museu, com guia

turístico. Enquanto viajavam conforta-

velmente sentados num dos mais antigos

carros eléctricos do Museu, os passageiros

tiveram a oportunidade de ouvir histórias

e comentários sobre as igrejas, monu-

mentos, jardins e museus que se encon-

tram ao longo do percurso.

– Ópera de Mozart no Museu do Carro

Eléctrico – 21 e 22 de Julho – levada à

cena a comédia musical “O Empresário”,

uma ópera da autoria de Mozart. Uma

iniciativa enquadrada no “Porto Bairro

a Bairro”, promovida pela Câmara Muni-

cipal do Porto, e no conjunto de eventos

que se realizaram na cidade para come-

morar os 250 anos do nascimento do

compositor austríaco Wolfgang Amadeus

Mozart.

Outros Eventos

Eventos e iniciativas como a “Auto Porto 2006”,

“Queima das Fitas 2006”, “Serralves em Festa

2006”,”Dia Mundial da Criança”, “Comemo-

ração Nacional do dia Dez de Junho no Porto”,

“Feira do Livro”, “FITEI” e “Porto R@lly Paper

Cultural” contaram com a presença ou apoio

da STCP.

No ano de 2006 e dado o êxito do modelo

seguido em 2005 com o transporte gratuito

para os estudantes, a STCP contratualizou com

a Federação Académica do Porto a cedência de

viaturas articuladas para o transporte nas oito

noites consecutivas de comemoração dos

festejos da Queima das Fitas no Queimódromo,

situado no Parque da Cidade. O Serviço Especial

Queima 2006 foi efectuado através de duas

ligações ao Parque da Cidade: ligação Praça da

Liberdade – Boavista – Parque da Cidade e

Ligação Pólo da Asprela (Hospital São João) -

36

Parque da Cidade. A média diária de validações

das linhas que servem os pontos acima descritos

foi de 931 validações, representando um

acréscimo de cerca de 73% comparativamente

com a média normal registada anteriormente.

Desde 2000 que a STCP vem oferecendo em 1

de Junho, dia Mundial da Criança, transporte

gratuito aos clientes menores de 12 anos. É

permitida a circulação livre em toda a rede a

todas as iniciativas organizadas um pouco por

toda a nossa área de operação e alusivas à

comemoração deste dia.

Em 2006, a Empresa voltou a associar-se à “Feira

do Livro”, instalando um stand com informação

institucional e venda de merchandising do

museu.

Circuito Porto Vintage

A componente turística associada ao transporte

público é um novo segmento de mercado que

a STCP explora desde 2005, em conjunto com

a Carristur.

O ano de 2006 caracterizou-se não só pela

consolidação das alterações efectuadas em 2005

- alargamento do circuito, definição dos horários

de Verão e de Inverno e introdução do sistema

digital de som para acompanhamento das

viagens - mas também pela introdução de

medidas de aumento de oferta em resposta aos

aumentos de procura verificados: eliminação

da interrupção do serviço à 2.ª feira, duplicação

da frequência no período de Verão e diver-

sificação de produtos.

O número total de passageiros transportados

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37

foi de 49.729, o que representou um acréscimo

de 59% relativamente a 2005.

Em 2006 foram lançados 2 novos produtos

inseridos no Circuito Porto Vintage:

– “Porto by Night” - Durante o Verão reali-

zaram-se diariamente viagens nocturnas

seguindo o mesmo percurso do circuito

diurno.

– “Porto a Brilhar” - De 15 de Dezembro a

6 de Janeiro, realizou-se um circuito

especial nocturno a bordo do autocarro

turístico “Porto Vintage”, percorrendo

as ruas do Porto com decoração alusiva

à quadra natalícia.

Doações e Donativos

Foi renovado o protocolo com o Governo Civil

do Porto que permite fazer contratos de doação

de viaturas fora de serviço com diversas enti-

dades e organismos, como foram os casos da

Junta de Freguesia de Grijó, Junta de Freguesia

de Avintes e Câmara Municipal de Lousada.

Foram igualmente doados autocarros à Câmara

Municipal de Mesão Frio e ao Instituto Portu-

guês de Juventude.

Foram também ajudadas instituições de carácter

social e carenciadas, através da doação de

diversos equipamentos, mobiliário de escritório,

informático e outro, sem utilização na empresa.

Os donativos que, em geral, revestem a forma

de oferta de títulos de transporte ou de cedência

de viaturas a diversas organizações e instituições

de beneficência, totalizaram em 2006 um custo

de cerca de 44 mil euros.

6.4 Responsabilidade Ambiental

Os factos ambientais mais relevantes durante

o ano de 2006 foram:

– A assinatura de um contrato para aqui-

sição de 80 novos autocarros a gás natural;

– A utilização do combustível bio-diesel

nos 333 autocarros a diesel;

– A assinatura de um protocolo para For-

necimento de Gás Natural Comprimido

a veículos de transporte público de pas-

sageiros propriedade de associados da

ANTRAL, FTP e APVGN, nos Postos da

STCP.

Mobilidade sustentada

O crescimento populacional e o aumento de

instalações urbanas têm como consequência a

deterioração do ambiente e da qualidade de

vida. Os centros urbanos criam necessidades

acrescidas de mobilidade que normalmente é

satisfeita recorrendo ao automóvel que oferece

flexibilidade de utilização mas tem impactos

ambientais preocupantes. Para combater esta

situação, é necessário uma política de trans-

portes economicamente viável, socialmente

aceitável e que respeite o ambiente.

Com vista a incentivar a utilização do transporte

colectivo, a STCP tem à disposição dos seus

clientes, além da rede normal, as redes com-

plementares nocturna, madrugada e fim-de-

-semana, com as quais se procura adaptar a

oferta de transportes às necessidades específicas

dos clientes, com a maior economia de meios

possível.

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38

A definição da Nova Rede Estratégica foi pla-

neada com um objectivo claro de promover e

incentivar a mobilidade em transporte público,

também na perspectiva da utilização intermodal

da oferta de transporte.

Nova frota mais amiga do ambiente

Dando continuidade ao objectivo de subs-

tituição de 50% da frota por viaturas a gás

natural, a Empresa celebrou, em Junho, um

novo contrato de prestação de serviços em

leasing operacional abrangendo 80 autocarros

a gás natural, 30 articulados e 50 standard. Os

dois tipos de veículos obedecem às exigências

ambientais em vigor, nomeadamente à Enhanced

Environmentally Friendly Vehicle (EEV). Estes

novos veículos irão permitir, do ponto de vista

energético, economias da ordem dos 35% face

ao actual custo/km da frota a gasóleo.

A actual frota

A STCP opera com 508 autocarros, dos quais 175

são movidos a gás natural. A evolução da

renovação da frota continua a reflectir a

crescente preocupação em oferecer um maior

nível de conforto, qualidade e facilidade de

acesso, bem como contribuir para menores níveis

de poluição na Área Metropolitana do Porto.

Durante o ano de 2006 verificou-se uma

pequena alteração na composição da frota de

autocarros, tendo-se registado uma redução de

5,6% no total de viaturas, sendo as suas

características as seguintes:

333 Autocarros a gasóleo: 276 standard, 52

articulados e 5 minis

175 Autocarros a gás

A STCP contribui, assim, para a redução das

emissões poluentes, de acordo com as exigências

do Protocolo de Quioto.

No ano de 2007, a frota de autocarros a gás

natural passará a ser de 255 viaturas.

Projecto CUTE

Até Junho de 2006 a STCP participou num

projecto Europeu denominado CUTE (Clean

Urban Transports for Europe). Este projecto

com a duração de quatro anos e meio previa a

experimentação, em cada uma de nove cidades

europeias, de três veículos a pilha de combustível

a hidrogénio. Neste projecto e numa primeira

fase, foram desenvolvidos os processos de

produção, armazenamento e abastecimento do

hidrogénio aos veículos. Foram igualmente

desenvolvidos todos os procedimentos de

qualidade e segurança bem como todo o

material de formação. A STCP teve como

parceiro a BP, responsável pelo fornecimento

do hidrogénio e pela respectiva estação de

enchimento.

Ac´s DieselAc´s Gás Natural

10,68

5,30

Idade média 2006 por tipologia

Articulado

0,0

25,0

20,0

15,0

10,0

5,0

Idade Média da frota - 2006

Merc. 1ª/2ª/3ª série

Merc. 4ª série

Merc. 6ª série

Merc. 5ª série

Mini

Man D

iesel

Man G

ás

Idad

e M

édia

Séries Idade Média

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39

Para ser possível prestar a manutenção em

condições aceitáveis e seguras foi adaptada

parte da instalação da área de Manutenção de

Via e Obras, automatizando-se uma das zonas

para esse efeito.

As viaturas circularam durante dois anos, de

Fevereiro de 2004 a Dezembro de 2005, na linha

20 de uma forma perfeitamente satisfatória e

foram do agrado quer dos motoristas quer dos

clientes.

Como conclusão pode referir-se que se trata de

uma tecnologia que se espera possa ter apli-

cação no futuro, sendo até lá necessário investir

para a redução do custo dos veículos e para o

aumento da sua eficiência global e, também,

para a descida do custo do hidrogénio.

Indicadores Ambientais

A responsabilidade ambiental é uma preo-

cupação constante da STCP que se reflecte na

gestão ambiental, no controlo da poluição e

na promoção da eco-eficiência. Foram selec-

cionados os seguintes indicadores ambientais:

qualidade do ar, consumo de energia, emissões

de gases com efeito de estufa, consumo de água

e resíduos, com o objectivo de dar a conhecer

o modo como a STCP está a usar os recursos

ambientais e energéticos.

Qualidade do ar

No âmbito do protocolo de colaboração esta-

belecido entre a STCP, a Universidade de Aveiro

e a Comissão de Coordenação e Desenvolvi-

mento Regional – Norte (CCDR-Norte) destinado

à “Avaliação do Impacto na Qualidade do Ar

da Circulação de Transportes Públicos movidos

a Gás Natural e a Célula de Combustível na

Cidade do Porto”, foi apresentado um estudo

que teve como principal objectivo a avaliação

do efeito sobre as emissões de poluentes

atmosféricos resultante da introdução de

viaturas a gás natural e da diminuição da idade

média da frota de veículos de transporte de

passageiros da STCP. O trabalho realizado

envolveu o cálculo das emissões de monóxido

de carbono (CO), dióxido de carbono (CO2),

óxidos de azoto (NOx), compostos orgânicos

voláteis (COV) e partículas (PM10) para os anos

de 1999 a 2005 e previsão para 2007, recorrendo

à aplicação do modelo Transport Emission Model

for Line Sources (TREM).

Como resultado das estimativas verificou-se que

entre 2005 e 2007, a penetração do gás natural

permitirá diminuir entre 20 a 30% as emissões

por quilómetro da frota STCP com respeito à

maioria dos poluentes estudados, exceptuando

o CO2 que não registará uma variação signi-

ficativa e os COV que aumentarão cerca de 4%,

devido ao elevado teor em metano deste

combustível. A análise do período compre-

endido entre 1999 – ano anterior à introdução

do gás natural – e 2007, permitiu verificar que

as diminuições assumem valores de aproxi-

madamente 60%, contra um aumento de 30%

de COV.

A contribuição actual da STCP para o total das

emissões dos transportes rodoviários na área

de abrangência da sua actividade é pouco

significativa, variando entre um mínimo de

0,3% no caso do CO e um máximo de 6,7% no

do NOx, com as emissões de PM10 a represen-

tarem 4,5% do total e as de COV 4,1%. No

entanto, se expressas em função do número de

passageiros transportados por quilómetro, as

emissões da frota da STCP têm um peso muito

mais reduzido comparativamente com o parque

automóvel de veículos ligeiros na sua área de

actuação.

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consequência os impactos ambientais que

decorrem da execução e utilização da

infra-estrutura STCP em particular;

Emissões de gases com efeito de estufa

No seguimento da estratégia de redução da

emissão de gases com efeito de estufa, a STCP

continuou com a renovação da sua frota a gás

natural, iniciou a utilização de combustível

biodiesel e assinou um protocolo para

fornecimento de gás natural às viaturas de

associados da ANTRAL, FTP e APVGN, nos Postos

da STCP.

Estas medidas inserem-se no âmbito da estra-

tégia da União Europeia de redução da emissão

de gases com efeito de estufa decorrente

dos compromissos assumidos no Protocolo de

Quioto, em especial para cumprimento do

disposto no Programa Nacional para as

Alterações Climáticas (PNAC) para a área dos

transportes.

Água

A gestão da água é uma preocupação ambiental

da STCP. Com vista à redução do consumo, está

a ser equacionada a possibilidade de fazer a

reciclagem da água da lavagem das viaturas.

40

Energia 2003 2004 2005 2006 06/05Electricidade utilizada na rede dos carros eléctricos (kwh) 210.469 211.144 186.198 219.225 18% Consumo específico Kwh/100km 205 199 222 198 -11%Electricidade utilizada nas instalações fixas (kwh) n.d. 3.423.944 4.447.074 4.713.345 6%

Consumo de gasóleo (litros) 11.054.991 10.939.633 10.067.799 9.420.372 -6% Consumo específico litros/100km 52,66 52,84 51,93 53,74 3%

Consumo de gás natural (m3) 7.713.130 7.641.618 7.690.584 7.781.004 1% Consumo específico m3/100km 67,96 67,97 67,31 69,01 3%

2003 2004 2005 2006 06/05Consumo total de água (m3) 18.161 19.733 12.505 15.304 22%

Eficiência Energética

No âmbito do protocolo realizado entre a STCP

e a participada Energaia, foi possível estabelecer

em 2006 um plano de acções específico para o

triénio 2007-2010, de que se salienta:

– Concepção e gestão de um projecto para

a eficiência de utilização da frota da STCP,

nomeadamente por via de estratégias de

análises de dados, decorrentes da

obtenção directa de dados de utilização

da frota da empresa e posteriores medi-

das de correcção/sensibilização;

– Realização de um estudo de posi-

cionamento da STCP, presente e futuro,

perante o mercado de emissões de CO2,

no sentido de validar e/ou propor

alterações à estratégia operacional da

empresa, de forma a minimizar futuros

impactos que este mercado venha a

representar para este sector de actividade

e a STCP em particular;

– Actividade de consultoria de projecto e

execução, para a eco-eficiência da Estação

de Recolha de S. Roque. Com este pro-

jecto pretende-se que a Energaia integre

a equipa multidisciplinar de projecto

deste empreendimento, no sentido de

propor soluções técnicas que levem a

custos de execução e exploração o mais

reduzidos possíveis, minimizando em

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Análise das águas residuais

Uma das preocupações da STCP é minimizar os

impactes ambientais que resultem, directa ou

indirectamente, das actividades e serviços,

privilegiando as medidas de prevenção da

poluição. Assim, em Junho de 2006 foi feita

uma análise às águas residuais da Estação de

Recolha de Francos. De acordo com o boletim

de análise, os parâmetros analisados encontram-

-se dentro dos valores admissíveis.

Resíduos

Em 2006 foram recolhidos cerca de 421 tone-

ladas de resíduos, das quais 51 toneladas (12%)

eram resíduos perigosos. A taxa de valorização

atingiu os 93%.

Destacam-se os seguintes resíduos:

41

Resíduos industriais perigosos 2003 2004 2005 2006 06/05Óleos Usados (litros) 60.400 42.500 27.500 27.300 -1%Baterias Usadas (un) 407 719 226 453 100%Lâmpadas Fluorescentes (Kg) 398 419 482 644 34%

Resíduos industriais não perigosos 2003 2004 2005 2006 06/05Madeira (kg) 11.340 4.380 4.600 5.900 28%Resíduos industriais banais (kg) 18.532 20.350 26.635 20.840 -22%Resíduos metálicos (kg) 186.062 167.720 287.173 106.140 -63%

Outros resíduos 2003 2004 2005 2006 06/05Papel e cartão (kg) 41.890 32.910 20.280 11.800 -42%Resíduos de demolição e construção (kg) 191.000 34.080 296.220 223.580 -25%Resíduos hospitalares Gr. III e IV 37 76 69 70 2%

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hoje

7.1 Enquadramento

Transportar anualmente, nos seis concelhos da

Área Metropolitana do Porto, cerca de 190 mi-

lhões de passageiros, numa rede com 496 km

de extensão, ao longo de 32.040 mil quilómetros

percorridos, com o esforço e dedicação dos seus

1.673 trabalhadores, foi a missão primeira da

STCP ao longo de 2006.

Neste enquadramento, as principais acções

prosseguidas para implementação da estratégia

definida para o ano em análise residiram:

A. Implementação da Nova Rede da STCP

Foi preparada, até ao final de 2006, a integração

numa única fase das principais alterações do

projecto designado de Nova Rede, para a sua

implementação em Janeiro de 2007.

B. Preparação de um regime de intermodalidade

plena

Foram levadas a cabo todas as acções condu-

centes a permitir a aplicação a todas as linhas

07.da STCP, em simultâneo com a implementação

da Nova Rede, da intermodalidade e do seu

tarifário, integrando já a oferta de tarifários

sociais em paralelo com a manutenção do

tarifário monomodal próprio. Para possibilitar

este objectivo e também numa lógica de siner-

gias de um sistema de bilhética idêntico para

ambos os tarifários, foi introduzido, a partir de

Novembro, um sistema de bilhética com tecno-

logia sem contacto no tarifário próprio, pos-

sibilitando aos clientes a substituição gradual

dos títulos de transporte até ao final do ano.

C. Transferência de serviços comuns ao sistema

de transporte

Foi desenvolvido o processo conducente à cria-

ção de condições para a integração de serviços

comuns às diversas empresas públicas aderentes

ao sistema Andante, nomeadamente nos domínios

da informação ao público, inte-grando o call

center, do alargamento dos canais de venda, do

lançamento de um concurso público internacional

para a recolha e depósito da receita e da Prove-

doria do Cliente.

D. Criação de um sistema de avaliação da oferta

e da procura

Foram desenvolvidas acções de consolidação

dos dados relativos à oferta, tendo sido igual-

mente iniciada a construção de uma base de

dados que venha a integrar os dados oriundos

do SAEI (oferta) e do sistema de bilhética (pro-

cura) para permitir a construção de um modelo

de avaliação da performance das linhas.

E. Acordo de Empresa

Decorreu um longo processo negocial para a

obtenção de um Acordo de Empresa Único re-

42

Relatório de Gestão

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43

presentativo da maioria dos trabalhadores, que

se espera venha a ser concluído no próximo ano.

F. Plano de formação

Concretizou-se um plano intensivo de formação

de todos os colaboradores da empresa relativo

à Nova Rede e bilhética sem contacto, com

particular ênfase no segmento do pessoal de

front-office, nomeadamente motoristas, pessoal

da rede de vendas e dos canais de informação.

G. Racionalização da organização do trabalho

Prosseguiram os processos de reestruturação

interna no sentido de um aumento da qualidade

de serviço e da produtividade, em especial nas

áreas operacionais, para uma redução susten-

tada do custo de produção de transporte.

H. Certificação

Foi preparado o processo para o lançamento da

certificação do serviço prestado, a iniciar em 2007.

I. Rede de tracção eléctrica

Foram realizados trabalhos preparatórios para

a conclusão da rede de carros eléctricos na baixa

Investimentos 2003 2004 2005 2006 06/05Material Circulante 238 1.271 124 368 197%Infra estruturas 1.322 1.431 833 236 -72%Outros 1.217 1.588 3.059 543 -82%Total 2.777 4.290 4.016 1.147 -71%

(milhares de euros)

do Porto e negociação com a autarquia do res-

pectivo protocolo de construção.

7.2 Gestão Económica e Financeira

Investimento

Em 2006 o investimento foi de 1,1 milhões de

euros, também em resultado da reponderação

da estratégia relativa aos projectos da Nova

Sede e relocalização das Estações de Recolha.

Do investimento realizado no ano, de destacar

a aquisição de 4 autocarros mini para utilização

nas linhas Z, no montante de 364 mil euros.

Foram gastos 122 mil euros nos projectos

associados à refuncionalização das estações de

recolha.

Iniciou-se o processo de instalação do sistema

de travagem de emergência em 9 carros eléc-

tricos de chassis rígidos, tendo sido já dispen-

didos 187 mil euros.

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De salientar que este ano, a título excepcional,

a obtenção do equilíbrio financeiro da empresa

foi conseguida pela afectação de um finan-

ciamento de curto prazo da Direcção Geral do

Tesouro, intercalar a uma operação de conso-

lidação de crédito de curto prazo por emprés-

timo obrigacionista a emitir em 2007.

Resultados

Custos

Apesar da redução dos custos com pessoal em

2006, consolidando assim a tendência já iniciada

em 2002, os custos operacionais sofreram um

agravamento de 2% face a 2005, essencialmente

como consequência do agravamento verificado

nas rubricas amortizações e provisões.

Financiamento

O financiamento da actividade da empresa

decorreu, uma vez mais, nos moldes dos anos

anteriores, ou seja, dependente do esforço

financeiro do Estado, sem uma base de

afectação objectiva, dado que continua por

definir o novo enquadramento da actividade

de transporte público.

As Dotações de Capital mantiveram-se nulas, a

exemplo do já ocorrido nos últimos quatro anos.

As Indemnizações Compensatórias foram apenas

disponibilizadas à STCP em Novembro e Dezem-

bro de 2006, traduzindo um aumento de 7%

face a 2005, mas foi 28% inferior ao montante

de 2004.

Até final de 2006 o subsídio do PAII, que visa

compensar parte dos tarifários sociais da terceira

idade, não havia ainda sido atribuído.

44 Custos 2003 2004 2005 2006 06/05FSE+CMVMC 30.646 33.421 36.372 36.655 1%Custos com Pessoal 45.238 43.438 41.191 39.663 -4%Amortizações e Provisões 6.855 5.721 5.082 7.991 57%Operacionais 83.245 83.070 83.012 84.550 2%

Financeiros 7.322 6.554 6.465 7.811 21%Correntes 90.567 89.624 89.477 92.361 3%Extraordinários 22.168 16.935 4.089 6.282 54%Custos Totais 112.756 106.586 93.594 98.668 5%

(milhares de euros)

% Custos com Pessoal 2003 2004 2005 2006 06/05Custos c/ Pessoal / Custos Operacionais 54,3% 52,3% 49,6% 46,9% -5%Custos c/ Pessoal / Custos Totais 40,1% 41% 44% 40% -9%Custos c/ Pessoal per capita (milhares de euros) 20,4 21,4 22,9 22,1 -4%Receitas de bilheteira / Custos c/ Pessoal 1,1 1,2 1,3 1,3 1%

É notório o esforço de contenção nas principais

rubricas de custos - custos com pessoal e

fornecimentos e serviços externos - sendo de

destacar os primeiros com uma redução de cerca

de 4%, ou seja menos 1,5 milhões de euros.

Verifica-se, assim, uma melhoria generalizada

nos rácios de cobertura dos custos com pessoal:

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Em contrapartida as amortizações sofreram um

aumento significativo de 16%, fruto do início

da amortização do SAEI a partir de Abril de

2006. As provisões do exercício apresentam

igualmente um crescimento significativo de

57%, mais 2,9 milhões de euros, decorrente

fundamentalmente do reforço efectuado ao

nível dos processos judiciais e da criação de uma

provisão reflectindo os encargos com indemni-

zações de sinistros relativos a anos anteriores

no valor de 781 mil euros.

Os custos financeiros evoluíram negativamente

face ao exercício anterior, com um aumento de

45

Proveitos 2003 2004 2005 2006 06/05Proveitos Totais 68.175 96.310 76.447 73.068 -4%Bilheteira 50.879 53.113 52.433 50.887 -3%Indemnizações Compensatórias 11.787 21.563 14.525 15.541 7%

(milhares de euros)

21%, mais 1,3 milhões de euros, reflexo do

agravamento do endividamento de curto prazo

e da tardia disponibilização das indemnizações

compensatórias do exercício, associados à subida

das taxas de juro.

Nos custos extraordinários do exercício de 2006

regista-se, igualmente, um acréscimo de 2

milhões de euros, mais 54%, justificado em

grande medida pelo registo da perda com a

alienação do investimento financeiro na par-

ticipada FERNAVE, SA.

Proveitos

O ano 2006 revelou um decréscimo de 3% nos

Proveitos de Bilheteira e um incremento de 7%

nos subsídios à exploração.

De acordo com o esperado a receita da

bilheteira caiu em 2006 face ao crescimento da

rede do sistema metro, com a consequente

transferência de passageiros entre modos. Esta

diminuição da procura foi, no entanto, menor

que a esperada. Por outro lado acentuou-se a

quebra no segmento de passageiros de títulos

pré-comprados, segmento mais rentável, que

atingiu os 11%.

Salienta-se ainda a manutenção dos tarifários

STCP e intermodal que, para além de implicar

custos adicionais para a Empresa, permite ao

passageiro a opção pelo título mais económico.

Proveitos Totais (milhões de euros)

2003 2004 2005 2006

Indemnizações CompensatóriasReceitas de bilheteiras

50,9

11.85,5

53,1

21,6

21,6

52,4

14,59,5

50,9

15,5

6,6

Outros proveitos

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Resultados

A evolução das contas em termos gerais foi

desfavorável, essencialmente fruto da queda

da procura pela transferência para o sistema

de metro, das rubricas extraordinárias induzidas

sobretudo por factores de exercícios anteriores

e da evolução dos custos financeiros que reflec-

tem o modelo de financiamento apoiado em

capitais alheios.

Excluindo as Indemnizações Compensatórias,

registaram-se Resultados Líquidos com evolução

negativa de 30%, em cerca de 9 milhões de

euros face a 2005 e Resultados Operacionais

com um agravamento de 4 milhões de euros.

46

Os Resultados Financeiros apresentam um des-

lizamento negativo face a 2005, fruto do cres-

cente nível de endividamento, da subida das

taxas de juro e da tardia disponibilização dos

subsídios à exploração.

Do mesmo modo os Resultados Extraordinários

(4,8 milhões de euros) apresentam um signi-

ficativo agravamento, decorrente das situações

ligadas às já referidas perdas em imobilizações

financeiras ocorridas no exercício e do facto de

o ano de 2005 estar influenciado favoravel-

mente pela anulação do valor remanescente

da provisão para reestruturação constituída em

2003.

-56,4

-29,8-25,6-24,7-27,8

-31,7-31,8

2003 2004 2005 2006

Res. Operacionais antes Ind.Compens. (10^6 euros)

Res. Líquido antes Ind.Compens. (10^6 euros)

-41,1

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Estrutura do Balanço 2003 2004 2005 2006 06/05Activo 84.274 82.547 76.728 71.392 -7%

Imobilizado 71.002 69.627 65.452 60.070 -8%Circulante 8.096 9.558 10.571 9.983 -6%Acréscimos e Diferimentos 5.176 3.362 705 1.339 90%

Capital Próprio e Passivo 84.274 82.547 76.728 71.392 -7%Capital Próprio -122.469 -132.759 -149.897 -175.498 17%Passivo 206.743 215.306 226.625 246.890 9%

(milhares de euros)

A Evolução Patrimonial

O Capital Próprio da Empresa apresentou-se

novamente negativo, atingindo os 175 milhões

de euros.

47

50% da dívida titulada da Empresa o que compara

com 71% em 2005. O Passivo financeiro representa

87% do passivo total da Empresa.

A STCP iniciou, em Junho de 2006, uma consulta

ao mercado financeiro para a obtenção de um

financiamento de 100 milhões de euros com

uma maturidade de 15 anos. Das propostas

recebidas destacaram-se algumas bastante inte-

ressantes e economicamente vantajosas que

dispensavam a obtenção de garantia do Estado

Português. Contudo o Accionista entendeu que

se devia optar por uma estrutura com aval pes-

soal da República.

O Senhor Secretário de Estado do Tesouro e Fi-

nanças concedeu à STCP, por despacho n.º 1270/06,

de 28 de Setembro de 2006, um empréstimo

intercalar de 50 milhões de euros, acordado em

contrato assinado pela STCP e Direcção Geral

do Tesouro, em 12 de Outubro de 2006. Esta

decisão permitiu à empresa ultrapassar cons-

trangimentos de tesouraria, sendo possível efec-

tuar no mercado financeiro novas consultas

para obter uma proposta que minimize custos

e beneficie da garantia do Estado na emissão

do novo empréstimo.

A amortização do financiamento intercalar dos

50 milhões de euros e a emissão dos 100 milhões

de euros terão data coincidente e prevista para

30 de Março de 2007.

A evolução da estrutura do activo mantém a

tendência decrescente, essencialmente como

resultado da contínua diminuição do imobi-

lizado, que representa cerca de 85% do total

do Activo, diminuição essa decorrente da política

de investimento em viaturas adquiridas em

leasing operacional em detrimento da aquisição

em propriedade plena, do baixo nível de

investimento realizado e ainda do início da

amortização do projecto SAEI em Abril de 2006.

No final do ano procedeu-se à venda à CP –

Caminhos-de-ferro Portugueses, E.P. da

participação que a Empresa detinha na Fernave.

O investimento total na Fernave ao longo dos

anos atingiu quase três milhões de euros.

A perda imputável a 2006 foi de 1.722 mil euros.

De salientar também no activo o elevado valor

de Acréscimos e Diferimentos em 2006 face a

2005, justificado por não ter sido ainda feita a

atribuição do subsídio do PAII relativo a 2006.

O agravamento do passivo em cerca de 9%

denota a continuação do financiamento com

recurso a capitais alheios.

A proximidade do reembolso de um empréstimo

obrigacionista justifica a modificação da estrutura

da dívida, representando o Passivo Financeiro a

médio e longo prazo, no final de 2006, cerca de

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para a criação de condições adequadas nos pon-

tos de transbordo com maior procura; aper-

feiçoar os protocolos de partilha de custos para

serviços específicos localizados, com resposta

através das Linhas designadas por Z.

Com Outros Operadores Públicos e Privados -

Prosseguir os esforços para um desenvolvimento

coordenado da actividade de transporte público

de passageiros na Área Metropolitana do Porto,

promovendo a intermodalidade alargada.

Com o Provedor do Cliente STCP - Cooperar

activamente na análise e no esclarecimento dos

problemas colocados pelos Clientes, adoptando

as medidas que venham a ser necessárias; pros-

seguir o estudo da possível transformação do

“Provedor do Cliente STCP” em “Provedor do

Cliente do Sistema de Transportes Públicos da

Área Metropolitana do Porto”.

Internamente

– Utilizar os sistemas de informação dispo-

níveis, designadamente o SAEI e a Bilhética,

para avaliar a produção e a procura, em

especial o nível de conexão existente nos

transbordos, e definir as medidas correctivas

necessárias.

– Prosseguir as negociações para o restabe-

lecimento de um único Acordo de Empresa

aplicável ao respectivo universo de traba-

lhadores (AE 1 e AE 2) com um regime que

salvaguarde condições de maior satisfação

dos trabalhadores e maior produtividade.

– Promover a revisão do Sistema de Evolução

Profissional na perspectiva da compensação

do melhor desempenho.

– Concluir a recepção das novas 80 viaturas a

gás (30 articuladas e 50 standard) e colocá-

las em operação.

– Validar a dimensão e a tipologia da frota,

adequada à produção estabilizada da Nova

Rede, ajustando correspondentemente o

plano de aquisições e de abates.

Não existem dívidas em mora ao Estado e outros

entes públicos, incluindo à Segurança Social.

7.3 Perspectivas para 2007

Em 2007 a STCP irá dar continuidade à imple-

mentação do seu plano de acções consubs-

tanciado nos Objectivos Estratégicos 2006-2009.

Externamente

Com o Accionista - Estabelecer com a Tutela a

“carta de missão” para definição dos objectivos

de desempenho a atingir pela equipa de gestão

e manter um nível de iniciativa elevado para

prosseguir acções e propor medidas que cor-

respondam aos objectivos definidos para a

Empresa.

Com os Clientes - Aplicar um esforço redobrado

e especificamente concentrado no restabe-

lecimento de uma boa imagem da Empresa

perante os seus Clientes e o público em geral,

dada a elevada exposição pública e os custos

da implementação da última fase da Nova Rede

da STCP.

Com as Autarquias - Manter a estreita coope-

ração estabelecida com as seis autarquias e as

Juntas de Freguesia da área geográfica servida

pela STCP; apresentar propostas fundamen-

tadas, designadamente para uma melhor

circulação pelo aumento dos corredores BUS e

48

Médio e Longo Prazo

2003 2004 2005 2006

Curto Prazo

72%

28%

91%

9%

71%

29%

Passivo

49%

51%

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– Concluir, coordenadamente com a Câmara

Municipal do Porto, a execução da fase final

da reposição da rede de eléctricos na “baixa”

da cidade e proceder à definição do modelo

de negócio da operação do carro eléctrico.

– Aumentar a utilização do combustível bio-

diesel, iniciada em Julho de 2006, para atin-

gir a meta de 10% da frota antes de 2012.

– Prosseguir o processo de relocalização das

estações de recolha e de alienação dos imó-

veis disponíveis.

– Concretizar a operação de emissão de um

empréstimo obrigacionista, com aval do

Estado, no montante de 100 M euros, para

consolidação de passivo de curto prazo.

– Assegurar o controlo rigoroso da rede de

vendas externa e avaliar a rede interna na

perspectiva de uma futura rede única.

– Proceder ao arranque do processo de cer-

tificação da Empresa ao nível da qualidade,

ambiente e segurança.49

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O Conselho de Administração propõe que o

resultado líquido apurado no exercício, no valor

negativo de 25.600.521 euros, seja integral-

mente transferido para a conta de Resultados

Transitados.

Porto, 22 de Fevereiro de 2007

50

O Conselho de Administração

Presidente:

Fernanda Pereira Noronha Meneses Mendes Gomes

Vogais:

Jorge Rui Guimarães Freire de Sousa

João Rui de Sousa Simões Fernandes Marrana

Rui André Albuquerque Neiva da Costa Saraiva

António Paulo da Costa Moreira de Sá

7.4Proposta de Aplicaçãode Resultados

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Accionistas em 31 de Dezembro de 2006

Relação a que se refere o n.º 4 do artigo 448.º

do Código das Sociedades Comerciais.

Accionista Número de Acções % do Capital SocialEstado Português 15.929.800 100%

51

O Conselho de Administração

Presidente:

Fernanda Pereira Noronha Meneses Mendes Gomes

Vogais:

Jorge Rui Guimarães Freire de Sousa

João Rui de Sousa Simões Fernandes Marrana

Rui André Albuquerque Neiva da Costa Saraiva

António Paulo da Costa Moreira de Sá

7.5Anexo ao Relatório deGestão

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C o n t a s d o E x e r c í c i od e 2 0 0 6

e A n e x o s

2006

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Índice

55

08.

07.7.6 Contas do Exercício7.6.1 Demonstrações Financeiras7.6.2 Anexo ao Balanço e à Demonstração dos Resultados

7.6.3 Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria

7.6.4 Relatório e Parecer do Fiscal Único

565765

81

83

8. Anexos8.1 Painel de Indicadores de Actividade

8.2 Painel de Indicadores de GRI

8.3 Associações e Parcerias

8.4 Informações Complementares8.4.1 Regulamentos Internos e Externos8.4.2 Informação sobre as Transacções Relevantes8.4.3 Informação sobre outras Transacções8.4.4 Remunerações dos Orgãos Sociais

8586

94

98

9999

100100101

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7.6 Contas do Exercício

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7.6.1 Demonstrações Financeiras

57

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58

Balanço em 31 de Dezembro de 2006

(montantes expressos em euros)

Imobilizado:Imobilizações incorpóreas:

Despesas de instalaçãoDespesas investigação e desenvolvimentoPropriedade industrial e outros direitosImobilizações em curso

Imobilizações corpóreas:Terrenos e recursos naturaisEdifícios e outras construçõesEquipamento básicoEquipamento de transporteFerramentas e utensíliosEquipamento administrativoOutras imobilizações corpóreasImobilizações em cursoAdiant. por conta de imob. corpóreas

Investimentos financeiros:Partes de capital em empresas do grupoPartes de capital em empresas associadasTítulos e outras aplicações financeirasOutros Empréstimos Concedidos

Circulante:Existências:

Matérias-primas, sub. e de consumoProdutos e trabalhos em curso

Dívidas de terceiros - Médio e longo prazo:Outros devedores

Dívidas de terceiros - Curto prazo:Clientes, c/cClientes de cobrança duvidosaEmpresas do grupoEmpresas participadas e participantesAdiantamentos a fornecedoresEstado e outros entes públicosOutros devedores

Depósitos bancários e caixa:Depósitos bancáriosCaixa

Acréscimos e diferimentos:Acréscimos de proveitosCustos diferidos

Total de amortizaçõesTotal de ajustamentosTotal do activo

Activo 2006

Exercícios

2005

AB AA AL AL

752.11321.306

1.185.660

1.959.079

17.713.47558.697.1391.594.893

809.4938.180.483

489.694

87.485.177

342.171

342.171

750

987.250988.000

89.444.2561.330.171

90.774.427

37.694856

13.05051.600

15.473.63722.524.14814.526.858

271.25419.811

1.081.5291.120.5904.874.430

25.34659.917.603

4.23671.24925.000

100.485

685.3363.777

689.113

2.710.460

6424.338

1.708.6404.600.9329.025.012

207.87061.196

269.066

986.206353.024

1.339.230

71.392.109

57.36164.76013.050

135.171

15.473.63723.335.63910.585.570

510.67824.531

1.483.0241.125.992

12.649.33524.726

65.213.132

5.76357.44725.14014.872

103.222

538.1565.134

543.290

37.90037.900

1.296.829

2.4942.465.8345.510.6589.275.815

130.346583.302713.648

157.836547.208705.044

76.727.222

752.11359.000

1.186.51613.050

2.010.679

15.473.63740.237.62373.223.9971.866.147

829.3049.262.0121.610.2844.874.430

25.346147.402.780

4.23671.24925.000

100.485

1.027.5073.777

1.031.284

2.710.460750642

4.338

1.708.6405.588.182

10.013.012

207.87061.196

269.066

986.206353.024

1.339.230

162.166.536

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79.649.000

13.84516.523.778

74.90725.728

-246.184.339-149.897.081-25.600.521

-175.497.602

2.730.0822.730.082

29.000.00080.000.000

6.716

2.598.758111.605.474

27.375.000

27.236.2359.766.199

110.49750.010.3742.747.3971.003.779

382.765118.632.246

7.383.0486.538.861

13.921.909246.889.71171.392.109

79.649.000

13.75716.652.052

74.90725.728

-229.166.037-132.750.593-17.146.577

-149.897.170

1.635.7591.635.759

56.375.00081.246.995

13.3017.686

3.503.240141.146.222

22.500.000

34.818.6547.500.638

110.2637.522

3.664.7231.060.787

286.17569.948.762

6.720.8287.172.821

13.893.649226.624.39276.727.222

59

Balanço

(montantes expressos em euros)

Capital próprio:Capital:

Capital socialDotações de capital

Ajust. de partes de capital em filiais e associadasReservas de reavaliaçãoReservas:

Reservas legaisOutras reservas

Resultados transitadosSubtotal

Resultado líquido do exercícioTotal do capital próprio

Passivo:Provisões:

Outras provisões

Dívidas a terceiros - Médio e longo prazo:Empréstimos por obrigaçõesNão convertíveisDívidas a instituições de créditoOutros empréstimos obtidosFornecedores, c/cFornecedores de Imobilizado, c/c

Dívidas a terceiros - Curto prazoEmpréstimos por obrigaçõesNão convertíveis

Dívidas a instituições de créditoFornecedores, c/cFornecedores - Facturas em recepção e conferênciaOutros empréstimos obtidosFornecedores de imobilizado, c/cEstado e outros entes públicosOutros credores

Acréscimos e Diferimentos:Acréscimos de custosProveitos diferidos

Total do passivoTotal do capital próprio e do passivo

Capital próprio e passivo 2006

Exercícios

2005

O Técnico Oficial de ContasFernanda Maria Vidal Ribeiro

O Conselho de AdministraçãoPresidente: Fernanda Pereira Noronha Meneses Mendes Gomes

Vogais: Jorge Rui Guimarães Freire de SousaJoão Rui de Sousa Simões Fernandes MarranaRui André Albuquerque Neiva da Costa SaraivaAntónio Paulo da Costa Moreira de Sá

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O Técnico Oficial de ContasFernanda Maria Vidal Ribeiro

O Conselho de AdministraçãoPresidente: Fernanda Pereira Noronha Meneses Mendes Gomes

Vogais: Jorge Rui Guimarães Freire de SousaJoão Rui de Sousa Simões Fernandes MarranaRui André Albuquerque Neiva da Costa SaraivaAntónio Paulo da Costa Moreira de Sá

20052006

1.751.369

34.620.764

41.190.699

5.081.931

365.79583.010.558

703

6.464.48889.475.7494.088.747

93.564.49628.052

93.592.548-17.146.57776.445.971

52.483.534-3.15374.880

19.334.27938

71.889.578

24.62771.914.2054.531.766

76.445.971

2.114.188

34.540.329

39.662.997

7.991.431

240.72184.549.666

1.527

7.809.54092.360.7336.282.361

98.643.09425.313

98.668.407-25.600.52173.067.886

50.946.007-1.35735.664

19.332.3242.437

70.315.075

1.269.09071.584.1651.483.721

73.067.886

Custo merc. vend. e das mat. consumidas:Matérias

Fornecimentos e serviços externos

Custos com o pessoal:RemuneraçõesEncargos sociais:

PensõesOutros

Amortizações imob. corpóreo e incorpóreoAjustamentosProvisões

ImpostosOutros custos e perdas operacionais

(A)Perdas em empresas do grupo e associadasJuros e custos similares:

Outros(C)

Custos e perdas extraordinários(E)

Imposto sobre o rendimento do exercício(G)

Resultado líquido do exercício

Proveitos e ganhos

Prestações de serviçosVariação da produçãoTrabalhos para a própria empresaProveitos suplementaresSubsídios à exploraçãoOutros proveitos e ganhos operacionaisReversões de amortizações e ajustamentos

(B)Ganhos em empresas do grupo e associadasOutros juros e proveitos similares:

Outros(D)

Proveitos e ganhos extraordinários(F)

Resumo

Resultados operacionais: (B) - (A) =Resultados financeiros: (D-B) - (C-A) =Resultados correntes: (D) - (C) =Resultados antes de impostos: (F) - (E) =Resultado líquido do exercício: (F) - (G) =

1.751.369

33.391.606

-143.2567.942.349

5.017.14030.98233.809

157.851207.944

6.464.488

52.483.534

2.620.11315.369.7391.344.427

38

1.839

22.788

2.114.188

32.005.489

-48.9527.706.460

5.815.0281.070.4841.105.919

146.24194.480

7.809.540

50.946.007

2.271.90516.431.746

628.6732.437

18.140

1.250.950

60

Demonstração dos Resultadospor Natureza em 31 de Dezembro de 2006

(montantes expressos em euros)

Custos e perdas 2006

Exercícios

2005

-14.234.591-6.541.977

-20.776.568-25.575.208-25.600.521

-11.120.980-6.440.564

-17.561.544-17.118.525-17.146.577

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67.377.753-68.007.418

-629.6654.317.219

-4.703.230-8.900.004-4.097.540

-14.013.220-7.786.964

16.384-1.722.633-2.068.775

-25.575.208-25.313

-25.600.521

-25.600.521-1,6071

61

Demonstração de Resultadospor funções em 31 de Dezembro de 2006

(montantes expressos em euros)

Prestação de serviçosCusto da prestação de serviços

Resultados brutosOutros proveitos e ganhos operacionaisCustos de distribuiçãoCustos administrativosOutros custos e perdas operacionais

Resultados operacionaisCusto líquido de financiamentoGanhos / Perdas em filiais e associadasGanhos / Perdas em outros investimentosResultados não usuais ou não frequentes

Resultados correntesImpostos s/ resultados correntes

Resultados correntes após impostosResultados extraordináriosImpostos s/ resultados extraordinários

Resultados líquidosResultados por acção

2006 2005

67.853.273-67.068.944

784.3294.651.282

-3.700.764-8.937.113-3.864.441

-11.066.707-6.441.987

-7.382297

397.254-17.118.525

-28.052-17.146.577

-17.146.577-1,0764

O Técnico Oficial de ContasFernanda Maria Vidal Ribeiro

O Conselho de AdministraçãoPresidente: Fernanda Pereira Noronha Meneses Mendes Gomes

Vogais: Jorge Rui Guimarães Freire de SousaJoão Rui de Sousa Simões Fernandes MarranaRui André Albuquerque Neiva da Costa SaraivaAntónio Paulo da Costa Moreira de Sá

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54.750.458-39.782.962-32.600.595-17.633.099

-53.63911.685.757-6.000.981

321.082-1.572.864-7.252.763

316.739119.931

3.106

439.776

-1.707.465-1.337.855

-49.973-3.095.293-2.655.517

253.930.000253.930.000

-243.927.723-1.800.934-7.402.220

-253.130.877799.123

-9.109.157

-16.611.017-25.720.174

57.962.510-38.104.582-33.942.857-14.084.929

-23.20811.476.425-2.631.712

8.346-2.773.873-5.397.239

781.4352.236.599

2.89030.638

3.051.562

-14.872-5.653.933

-135.866-5.804.671-2.753.109

175.845.000175.845.000

-173.192.113-2.573.653-6.258.548

-182.024.314-6.179.314

-14.329.662

-2.281.355-16.611.017

62

Demonstração dos Fluxos de Caixaem 31 de Dezembro de 2006

(montantes expressos em euros)

Actividades Operacionais:Recebimentos de clientesPagamentos a fornecedoresPagamentos ao pessoal

Fluxo gerado pelas operações

Pagamento / Recebimento do imposto sobre o rendimentoOutros recebimentos / pagamentos relativos à act. operacional

Fluxos gerados antes das rubricas extraordináriasRecebimentos relacionados com rubricas extraordináriasPagamentos relacionados com rubricas extraordinárias

Fluxos das actividades operacionais (1)

Actividades de investimento:Recebimentos provenientes de:

Imobilizações corpóreasSubsídios de investimentoJuros e proveitos similaresDividendos

Pagamentos respeitantes a:Investimentos financeirosImobilizações corpóreasImobilizações incorpóreas

Fluxos das actividades de investimento (2)

Actividades de financiamento:Recebimentos provenientes de:

Empréstimos obtidos

Pagamentos respeitantes a:Empréstimos obtidosAmortização de contratos de locação financeiraJuros e custos similares

Fluxos das actividades de financiamento (3)

Variação de caixa e seus equivalentes (4)=(1)+(2)+(3)Efeitos das diferenças de câmbioCaixa e seus equivalentes no início do períodoCaixa e seus equivalentes no final do período

Método Directo 2006 2005

O Técnico Oficial de ContasFernanda Maria Vidal Ribeiro

O Conselho de AdministraçãoPresidente: Fernanda Pereira Noronha Meneses Mendes Gomes

Vogais: Jorge Rui Guimarães Freire de SousaJoão Rui de Sousa Simões Fernandes MarranaRui André Albuquerque Neiva da Costa SaraivaAntónio Paulo da Costa Moreira de Sá

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61.196207.870

-25.989.240-25.720.174

25.989.240269.066

63

Anexo à Demonstração dos Fluxos de Caixaem 31 de Dezembro de 2006

(montantes expressos em euros)

NumerárioDepósitos bancários imediatamente mobilizáveisEquivalentes a caixaCaixa e seus equivalentesOutras aplicações de tesourariaDescoberto bancárioDisponibilidades constantes do balanço

2006 2005

583.302130.346

-17.324.665-16.611.017

17.324.665713.648

1- Discriminação dos componentes de caixae seus equivalentes

O Técnico Oficial de ContasFernanda Maria Vidal Ribeiro

O Conselho de AdministraçãoPresidente: Fernanda Pereira Noronha Meneses Mendes Gomes

Vogais: Jorge Rui Guimarães Freire de SousaJoão Rui de Sousa Simões Fernandes MarranaRui André Albuquerque Neiva da Costa SaraivaAntónio Paulo da Costa Moreira de Sá

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Nota Introdutória

A Sociedade de Transportes Colectivos do Porto,

SA foi instituída pelo Decreto-Lei 202/94 de 23

de Julho, como sociedade anónima de capitais

exclusivamente públicos, tendo sucedido ao

Serviço de Transportes Colectivos do Porto,

criado pelo Decreto-Lei n.º 38144, de 30 de

Dezembro de 1950.

A STCP, SA assegura o transporte colectivo

público rodoviário de passageiros em regime

de exclusividade dentro dos limites do concelho

do Porto, e no regime geral de concorrência

nos concelhos limítrofes - Matosinhos, Maia,

Valongo, Gondomar e Vila Nova de Gaia -

integrados na Área Metropolitana do Porto.

Explora preponderantemente o modo autocarro

e, residualmente, o modo carro eléctrico.

No exercício de 2006, a Empresa empenhou-se

na finalização da reformulação integral da rede

de transportes, denominado Projecto Nova Rede

sem Contacto. Aliada à Nova Rede, a Empresa

optou pela continuação do tarifário monomodal

mas numa versão sem contacto, à semelhança

do tarifário intermodal andante.

O alargamento do tarifário intermodal andante

a todas as linhas foi programada para 1 de

Janeiro de 2007, mas já em Outubro de 2006,

se iniciou a implementação em todos os

autocarros da bilhética monomodal sem

contacto.

As notas a seguir indicadas estão de acordo

com a numeração sequencial definida no POC

e aquelas cuja numeração não consta deste

anexo não são aplicáveis à Empresa ou a sua

apresentação não é relevante para a leitura das

demonstrações financeiras em apreciação.

(montantes expressos em euros)

Período Findo em 31 de Dezembro de 2006

65

7.6.2

Anexo ao Balançoe à Demonstraçãodos Resultados

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As demonstrações financeiras foram preparadas a partir dos livros e registos contabilísticos da

Empresa, no pressuposto da continuidade das operações e de acordo com os princípios contabilísticos

geralmente aceites.

3.1. Critérios Valorimétricos Utilizados:

Os principais critérios valorimétricos foram os seguintes:

a) Disponibilidades

As disponibilidades em moeda estrangeira são expressas no balanço ao câmbio em vigor a 31 de

Dezembro de 2006.

b) Dívidas de e a terceiros em moeda estrangeira

Os saldos expressos em moeda estrangeira estão actualizados ao câmbio em vigor a 31 de

Dezembro de 2006.

c) Existências

As existências dão entrada pelo custo de aquisição ou de produção. Como método de custeio

das saídas ou consumos é utilizado o custo médio ponderado.

Não houve alteração de critério em relação ao exercício anterior.

d) Acréscimos e diferimentos

A Empresa regista nesta rubrica as despesas e as receitas que respeitam a vários exercícios futuros

e que são imputadas aos resultados de cada um desses exercícios pelo valor que lhes corresponde,

compreendendo essencialmente:

• As remunerações e respectivos encargos devidos por férias e subsídio de férias, vencidas e não

pagas no final de cada exercício;

• Os encargos financeiros vencidos e não pagos até ao final de cada exercício, bem como os

encargos financeiros pagos e a imputar aos exercícios seguintes;

• Os custos com fornecimentos e serviços externos (nomeadamente comissões, rendas e alugueres,

subcontratos, electricidade, comunicações e conservação e reparação) relativos ao exercício,

a pagar no exercício seguinte;

• O custo com o imposto municipal sobre imóveis a pagar no exercício seguinte;

• As receitas obtidas pela venda de bilhetes de assinatura que respeitem ao exercício seguinte;

• Os subsídios recebidos a fundo perdido para financiamento de imobilizações, reconhecidos

na demonstração de resultados proporcionalmente às amortizações das imobilizações subsidiadas;

• Os prémios de seguro, repartidos pelos exercícios de acordo com o respectivo período de

vigência;

• O grau de financiamento do fundo de pensões constituído para assumir as responsabilidades

emergentes do plano de benefícios definidos com complementos de pensões de reforma e

invalidez.

66

3. Critérios Valorimétricos e Métodos de Cálculo

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67

Rubricas Até 1988 1989 e 1990 1991 a 2001 2002 a 2006Edifícios e Outras Construções 8 a 100 10 a 100 10 a 50 10 a 50Equipamento Básico 5 a 36 8 a 12 8 a 12 3 a 12Equipamento de Transporte 7 a 25 5 a 12 5 a 12 4 a 12Ferramentas e Utensílios 5 a 56 5 a 10 5 a 10 5 a 10Equipamento Administrativo 6 a 10 3 a 10 3 a 10 3 a 10Outras Imobilizações Corpóreas - - 10 4 a 10

(anos)

e) Indemnizações Compensatórias do Governo Português

A Empresa está submetida a um regime de preços administrativos, o que implica a atribuição

pelo Governo de indemnizações compensatórias não reembolsáveis para financiar parcialmente

as suas operações no cumprimento das suas obrigações de serviço público. A Empresa segue o

critério de registar como subsídios à exploração as indemnizações compensatórias no exercício

em que as mesmas são atribuídas.

f) Imobilizações

• Imobilizações incorpóreas

Estão valorizadas ao custo de aquisição/produção, líquido das amortizações efectuadas dentro

dos limites das taxas legalmente fixadas.

• Imobilizações corpóreas

Estão registadas pelos valores de aquisição/produção acrescidos do aumento resultante das

reavaliações efectuadas, indicado no ponto n.º 12, líquido de amortizações acumuladas.

• Investimentos financeiros

As Participações de capital em filiais e associadas estão valorizadas segundo o método

equivalência patrimonial e as participações de capital em outras empresas estão valorizadas

ao método do custo.

3.2. Métodos de Cálculo Utilizados:

a) Amortizações

Os bens do activo imobilizado corpóreo e incorpóreo adquiridos e produzidos até 31 de Dezembro

de 1988 estão a ser amortizados de acordo com os critérios que vinham sendo seguidos pela

Empresa, critérios que foram sancionados pela Administração Fiscal aquando da entrada em vigor

do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas. Estes bens são amortizados de acordo

com as taxas diferentes das previstas no Decreto Regulamentar n.º 2/90, de 12 de Janeiro e

segundo o método das quotas constantes, por duodécimos.

Os bens adquiridos a partir de 01 de Janeiro de 1989 estão a ser amortizados de acordo com os

limites estabelecidos pelo Decreto Regulamentar n.º 2/90, de 12 de Janeiro, utilizando-se o método

das quotas constantes, por duodécimos.

A vida útil dos activos está determinada como segue, consoante o ano de aquisição:

b) Ajustamentos

Foram ajustadas as seguintes rubricas do activo:

• Clientes e outras dívidas de terceiros - de acordo com o risco da incobrabilidade dos respectivos

créditos.

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68

A empresa está sujeita ao regime geral de IRC, mas dada a sua situação deficitária nunca pagou

imposto sobre o rendimento. Suporta apenas os encargos decorrentes da tributação autónoma e,

por outro lado, tem efectuado o pagamento especial por conta a que se encontra obrigada.

Assim, os prejuízos fiscais acumulados nos últimos seis anos são os seguintes:

6. Impostos Sobre o Rendimento

Face ao exposto, a empresa não procedeu ao reconhecimento de qualquer activo ou passivo por

impostos diferidos por não se prever a possibilidade de dedução a lucros fiscais futuros dos prejuízos

fiscais reportáveis até à data.

Ano Prejuízos Fiscais2000 26.102.4282001 26.617.5372002 34.062.9852003 23.904.5232004 25.984.9462005 19.629.563

Os saldos expressos em moeda estrangeira, de valor pouco relevante, estão actualizados ao câmbio

em vigor a 31 de Dezembro de 2006.

4. Cotações Utilizadas na Conversão das Contas Activas e PassivasExpressas em Moeda Estrangeira

• Depreciação de existências - de acordo com a quantificação dos materiais em excesso, obsoletos,

defeituosos e deteriorados.

• Outros investimentos financeiros – de acordo com o valor recuperável, quando inferior ao

registado no activo.

c) Provisões

Foram constituídas as seguintes Provisões:

• Processos judiciais em curso - de acordo com os encargos que a Empresa poderá vir a suportar

por processos pendentes em 31 de Dezembro de 2006 em Tribunal e correspondendo ao valor

previsível global.

• Acidentes de trabalho e doenças profissionais - de acordo com os encargos que a Empresa

deverá vir a suportar no futuro pelas pensões vigentes em 31 de Dezembro de 2006. Até

Fevereiro de 1998, a Empresa foi auto-seguradora relativamente a estes acidentes, existindo

no entanto um seguro parcial para grandes riscos. A partir de 1 de Março de 1998, a Empresa

transferiu para uma seguradora a responsabilidade decorrente de acidentes de trabalho, com

franquia de 30 dias.

• Outros Riscos e encargos – de acordo com os encargos que a Empresa poderá vir a suportar

por processos de sinistros ocorridos, da sua responsabilidade, pendentes em 31 de Dezembro

de 2006.

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69

Durante o exercício de 2006, o efectivo médio foi de 1.705 pessoas (1.796 pessoas em 2005).

7. Pessoal

10. Movimento no Activo Imobilizado e Respectivas Amortizações eAjustamentos

Rubricas Saldo Aumentos Alienações Ajustamentos Transferências SaldoInicial e abates Final

Imobilizações incorpóreasDespesas de instalação 752.113 752.113Despesas de investigaçãoe desenvolvimento 161.609 -102.609 59.000

Propriedade industriale outros direitos 1.430.102 229 -243.815 1.186.516

Imobilizações em curso 13.050 13.0502.356.874 229 -346.424 2.010.679

Imobilizações corpóreasTerrenos e recursos naturais 15.473.637 15.473.637Edifícios e outras construções 39.949.054 41.130 247.438 40.237.623Equipamento básico 66.274.411 427.918 2.001 6.523.669 73.223.997Equipamento de transporte 2.065.337 199.190 1.866.147Ferramentas e utensílios 829.723 7.636 -8.055 829.304Equipamento administrativo 9.291.023 136.124 17.494 -147.641 9.262.012Outras imobilizações corpóreas 1.610.284 1.610.284Imobilizações em curso 12.649.335 529.863 -8.304.768 4.874.430Adiantamentos por contade imobilizações corpóreas 24.726 620 25.346

148.167.530 1.143.292 218.685 -1.689.357 147.402.780Investimentos financeirosPartes em empresas do grupo 5.763 -1.667 140 4.236Partes de capital em associadas 57.447 13.802 71.249Títulos e outras aplicaçõesfinanceiras 451.340 426.200 -140 25.000

Outros empréstimosconcedidos 816.971 1.707.465 2.524.436

1.331.521 1.707.465 2.950.636 12.135 100.485

Activo Bruto

Os movimentos na rubrica de despesas de investigação e desenvolvimento devem-se ao abate dos

projectos BIOPOR e ROBOT.

8. Movimento Ocorrido nas Contas de Despesas de Instalação e Despesasde Investigação e Desenvolvimento

Conta Descrição Saldo Inicial Movimentos Saldo Final 431 Despesas de Instalação 752.113 752.113 432 Despesas de Investigação e Desenvolvimento 161.609 -102.609 59.000

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70

Rubricas Saldo Reforço Reversão Alienações Transferências SaldoInicial e Abates Final

Imobilizações incorpóreasDespesas de Instalação 752.113 752.113Despesas investigaçãoe desenvolvimento 104.248 19.667 -102.609 21.306

Propriedade ind. e out. direitos 1.365.342 64.133 -243.815 1.185.6602.221.703 83.800 -346.424 1.959.079

Imobilizações corpóreasEdifícios e outras construções 16.613.415 1.100.060 17.713.475Equipamento básico 55.688.841 3.866.248 2.001 -855.949 58.697.139Equipamento de transporte 1.554.659 210.341 170.107 1.594.893Ferramentas e utensílios 805.192 12.335 -8.034 809.493Equipamento administrativo 7.807.999 537.522 13.125 -151.913 8.180.483Outras imobilizações corpóreas 484.292 5.402 489.694

82.954.398 5.731.908 185.233 -1.015.896 87.485.177Investimentos financeirosTítulos e outras aplicaçõesfinanceiras 426.200 426.200

Outros empréstimosconcedidos 802.100 802.100

1.228.300 1.228.300

Amortizações e Ajustamentos Anulação

As sucessivas reavaliações do Imobilizado Corpóreo tiveram por base os seguintes diplomas legais:

• Decreto-Lei n.º 278/85, de 19 de Julho;

• Decreto-Lei n.º 111/88, de 2 de Abril;

• Decreto-Lei n.º 49/91, de 25 de Janeiro;

• Decreto-Lei n.º 264/92, de 24 de Novembro;

• Decreto-Lei n.º 31/98, de 11 de Fevereiro.

12. Diplomas Legais Utilizados na Reavaliação das ImobilizaçõesCorpóreas

13. Quadro Discriminativo das Reavaliações

Custos Históricos Reavaliações Valores ContabilísticosRubricas (a) (a)(b) Reavaliados (a)Imobilizações CorpóreasTerrenos e recursos naturais 902.637 3.587.273 4.489.910Edifícios e outras construções 4.311.615 12.389.497 16.701.112Equipamento básico 21.305 6.997 28.303

5.235.557 15.983.767 21.219.325(a) Líquido de amortizações(b) Englobam as sucessivas reavaliações

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a) A repartição das imobilizações corpóreas e em curso afecta a cada sector da Empresa é a seguinte:

14. Imobilizações Corpóreas e em Curso

Sector 2006 2005Produção de transportes 102.121.502 102.462.252Manutenção 7.723.644 7.776.826Estrutura geral 37.557.634 37.928.452

147.402.780 148.167.530

b) A Empresa possui implantadas em propriedade alheia imobilizações corpóreas no montante de

9.647.751 euros (8.568.718 euros em 2005) e imobilizações em curso no montante de 1.918.802

euros (3.048.825 euros em 2005). São constituídas por linha aérea, subestações, cabos subterrâneos,

via, abrigos, interface rodoviário e estações de correspondência.

A STCP, SA mantém, a 31 de Dezembro, os seguintes bens em regime de locação financeira:

• Viaturas ligeiras, com o valor de aquisição global de 594.353 euros;

• Equipamento básico, com o valor de aquisição de 273.151 euros;

• Edifícios e terrenos, com o valor de aquisição de 9.578.098 euros.

No exercício foram pagas rendas de locação financeira no montante de 1.959.319 euros, decompon-

do-se em 158.385 euros de juros e 1.800.934 euros de amortizações. O valor pago, referente a

amortização de capital, desdobra-se da seguinte forma:

• Equipamento informático, 24.871 euros, com IVA incluído;

• Equipamento básico, 588.503 euros, com IVA incluído;

• Edifícios e terrenos, 984.711 euros, isentos de IVA;

• Viaturas ligeiras 202.849 euros, com IVA incluído;

Em 31 de Dezembro de 2006 a STCP, SA mantinha responsabilidades, como locatária, relativas a

rendas de contratos de locação financeira, no montante de 4.222.076 euros (com IVA incluído quando

este não é dedutível), a vencer nos próximos exercícios:

15. Locação Financeira

Anos Amortiz. Vincendas Juros Vincendos Rendas Vincendas2007 1.140.952 129.400 1.270.3522008 805.061 88.626 893.6872009 239.266 67.432 306.6982010 248.739 57.958 306.6972011 258.589 48.008 306.597>=2012 1.047.103 90.942 1.138.045Total 3.739.710 482.366 4.222.076

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Valor dos bens em regime de locação financeira reportado a 31 de Dezembro de 2006:

Ano de Celebração do Contrato Valor de aquisição Amort. Acumuladas Valor Líquido1998 7.117.746 854.005 6.263.7412002 2.460.352 2.460.3522004 594.353 410.882 183.4712006 273.151 18.969 254.182Total 10.445.602 1.283.856 9.161.746

Em Outubro do corrente ano, e de acordo com a engenharia financeira desenhada para a operação

“Locação Portuguesa Estruturada”, ocorreu a exoneração dos membros com maior participação no

AUTOLOC- Aluguer de Autocarros, ACE. Com esta alteração estatutária, efectuada a custo zero para

os restantes membros do agrupamento complementar de empresas, a STCP, SA passou a membro

maioritário do agrupamento.

b) Outras Empresas Participadas

• OPT - Optimização e Planeamento de Transportes, SA, com sede no Edifício INEGI, Rua do

Barroco, 174 - 4466 Leça do Balio, Matosinhos, sendo a participação de 25.000 euros cor-

respondente a 12% do capital social.

A STCP, SA vendeu a sua participação na Fernave, Formação Técnica, Psicologia Aplicada e Consultoria

em Transportes e Portos, SA, no final de 2006, após ter procedido a suprimentos necessários para

o seu saneamento financeiro.

a) Empresas do Grupo e Associadas

16. Empresas Associadas e Outras Participadas

% Capitais Resultado ValorizaçãoDescrição Part. Próprios Líquido no balançoSTCP Consultoria – Transportes Urbanos,

Consultoria e Participações, Unipessoal, LdaAvenida Fernão Magalhães, 1862 - 13.º, 4350-158 Porto 100 4.236 -355 4.236AUTOLOC - Aluguer de Autocarros, ACEAv. dos Aliados, 54 - 3.º, 4000-066 Porto 90 -6.501.527 1.142.063 0TIP - Transportes Intermodais do Porto, ACEAvenida Fernão Magalhães, 1862 - 9.º, 4350-158 Porto 33 -5.012.173 -397.740 0Transpublicidade – Publicidade em Transportes, SA.Avenida da República, n.º 90 - 2.º Dt.º, 1600 Lisboa 20 356.245 90.698 71.249Metro do Porto, SAAvenida Fernão Magalhães, 1862 - 7.º, 4350-158 Porto 25 207.668.676 -122.155.435 0

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Em Abril de 2002 a STCP, SA contraiu um empréstimo no mercado Schuldschein, a 7 anos, no montante

de 25.000 milhares de euros. O reembolso do empréstimo efectuar-se-á ao par, integralmente no

final da sua vida. A empresa poderá proceder ao reembolso antecipado, total ou parcial, em cada

data do vencimento do cupão, sem qualquer penalização.

73

2006 2005Dívidas Activas 106.981 122.107

Empréstimos e Adiantamentos (*) 106.981 122.107

Dívidas Passivas 4.668.555 4.763.596Remunerações a Pagar 1.243 990Encargos c/ Férias e Subsídios de Férias 4.667.312 4.762.606

(*) Inclui 105.368 euros relativos a adiantamentos de subsídios de baixa de doença, regularizados à medida que a SegurançaSocial envia o subsídio de baixa para a Empresa, comparativamente com 121.163 euros de 2005

25. Dívidas Activas e Passivas com o Pessoal

2006 2005Clientes de Cobrança Duvidosa 750 3.187Outros Devedores de Cobrança Duvidosa 987.250 77.872

23. Dívidas de Cobrança Duvidosa

A 31 de Dezembro de 2006, a Empresa não tinha quaisquer dívidas em mora perante o Estado ou

quaisquer outros entes públicos.

28. Dívidas em Mora ao Estado e Outros Entes Públicos

29. Dívidas a Terceiros a mais de 5 Anos

Rubricas do Balanço Dívidas de 1 a 5 anos Dívidas a mais de 5 anos TotalDívidas a Instituições de Crédito Empréstimo Schuldschein 01 25.000.000 25.000.000 Empréstimo Schuldschein 02 55.000.000 55.000.000Emp. por Obrigações Obrigacionista 02 29.000.000 29.000.000Outros Empréstimos Obtidos

Fundo Especial Transportes Terrestres 6.716 6.716 Fornecedores de Imobilizado c/c 1.551.655 1.047.103 2.598.758

110.558.371 1.047.103 111.605.474

21. Movimentos Ocorridos nas Rubricas Activo Circulante Ajustamentos

Contas Saldo Inicial Reforço Reversão Saldo FinalExistências Matérias-primas, sub. e de consumo 181.065 161.106 342.171Dívidas de Terceiros Clientes c/c 3.187 2.437 750 Outros Devedores e Credores 77.872 909.378 987.250 262.125 1.070.484 2.437 1.330.171

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Complementos de Pensões de Reforma e Invalidez

A Empresa possui, desde 1 de Maio de 1975, um plano de benefícios definidos que prevê a atribuição

de complementos de pensões de reforma e invalidez a todos os trabalhadores com contrato de

trabalho sem termo para que a sua pensão de reforma e invalidez nunca seja inferior a 598,56 euros.

Em Dezembro de 1998 a Empresa transferiu a sua responsabilidade para o Fundo de Pensões

BPI-Aberto, procedendo, com a assinatura do contrato de Adesão, a uma dotação inicial de 3.042.667

euros, correspondente a 304.158,66 unidades de participação. Nos quatro anos seguintes reforçou

as suas contribuições de forma a dotar o fundo com activos suficientes para cobrir as responsabilidades

passadas assumidas pelo Fundo.

Desde o ano de 2003 que a Empresa não tem procedido a contribuições dado que o valor dos activos

do fundo superam o valor das responsabilidades assumidas pelo fundo.

Apresentam-se de seguida, os movimentos no Fundo de Pensões BPI-Aberto:

31. Compromissos Financeiros

Ainda em 2002, em Novembro, foi contraído um Empréstimo Obrigacionista de 29.000 milhares de

euros, também pelo prazo de 7 anos, titulado por 2.900 obrigações, por subscrição particular e

colocação directa, com valor nominal de 10.000 euros/obrigação. O reembolso efectuar-se-á ao par,

integralmente no final da vida do empréstimo. A empresa poderá proceder ao reembolso antecipado,

total ou parcial, a partir do 10.º cupão, em cada data do vencimento de juros, sem qualquer

penalização.

Em Setembro de 2004 a STCP, SA contraiu um empréstimo no mercado Schuldschein, a 7 anos, no

montante de 55.000 milhares de euros. O reembolso do empréstimo efectuar-se-á ao par, integralmente

no final da sua vida. A empresa poderá proceder ao reembolso antecipado, total ou parcial, em

cada data do vencimento do cupão, sem qualquer penalização.

Em Março de 2007, a Empresa procederá ao reembolso do empréstimo obrigacionista, emitido no

ano de 2000, no montante de 27.375 milhares de euros.

O empréstimo de mútuo no montante inicial de 9.976 milhares de euros tem vindo a ser amortizado

semestralmente desde Setembro de 2003. Este empréstimo estará totalmente amortizado em Março

de 2007.

Desde 2003 a Empresa tem procedido à cobertura do risco da variação da taxa de juro de alguns

dos empréstimos de médio e longo prazo, contratando-se swap’s para fixação do risco de taxa de

juro. A última destas quatro coberturas vence-se em Maio de 2007, passando a totalidade da dívida

a taxa variável.

Rentabilidade Taxa deAno Valor dos Contribuições Pensões líquida Responsabilidades Cobertura do

Activos STCP pagas comissões do Fundo Fundo1998 3.061.968 3.042.667 19.301 8.423.699 36,3%1999 5.203.671 2.755.908 -802.903 188.697 7.871.031 66,1%2000 6.893.008 2.493.989 -785.721 -18.931 7.183.189 96,0%2001 6.358.079 374.054 -761.207 -147.776 6.383.294 99,6%2002 5.703.021 398.000 -793.723 -259.335 5.728.871 99,5%2003 5.340.541 -825.388 462.908 5.477.057 97,5%2004 4.923.574 -746.446 329.479 4.819.881 102,2%2005 4.594.160 -693.660 364.246 4.271.651 107,5%2006 4.224.049 -643.999 273.888 3.796.726 111,3%

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Entidade 2006 2005Companhia de Seguro de Créditos 111.511 115.327Millennium BCP 348.213 379.870Caixa Geral de Depósitos 52.548Banco Espírito Santo 101.233 101.233Banco BPI 93.467 93.467

654.424 742.445

32. Garantias Prestadas

Taxa de actualização 3%, no longo prazo, face à taxa de crescimento dos salários e 4% face à taxa de crescimento das pensões

Taxa de crescimento das pensões da STCP Igual à taxa de crescimento das pensões da Seg. Socialcom limite da diferença entre o valor do tecto e a pensãoda Seg. Social

Taxa de crescimento do tecto (1) Sem crescimento, valor fixo de 598,56 EurosTaxa de crescimento das pensões da SegurançaSocial (2) 2%, no longo prazoTaxa de crescimento dos salários 1% acima da taxa de crescimento das pensõesTábua de mortalidade Tábua francesa TV 73/77Tábua de invalidez Tábua suíça EKV-80(1) Nos anos anteriores a 2001 o tecto era de 548,68 Euros(2) Nos anos anteriores a 2001 era de 1%, no longo prazo

No Balanço e na Demonstração de Resultados os saldos das contas cujos valores se encontram

influenciados pela relevação desta Directriz são:

Conta 2738 – Benefícios de Reforma a Liquidar -427.323

Conta 644 – Benefícios de Reforma e Prémios para PensõesCustos dos Serviços Correntes 237.356Custo dos Juros 29.026Retorno Líquido dos Activos do Fundo -273.888Ganhos Actuarias -97.308 -104.814

De acordo com o estudo actuarial à data de 31 de Dezembro de cada ano, levado a efeito pelo BPI

PENSÕES, o valor presente das obrigações assumidas com responsabilidades por complementos de

pensões de reforma decompõe-se da seguinte forma:

A Empresa procede à contabilização das responsabilidades assumidas segundo as orientações da

Directriz Contabilística n.º 19 – Benefícios de Reforma, utilizando como método de cálculo das

responsabilidades o Método de Crédito da Unidade Projectada.

Os pressupostos financeiros e actuariais utilizados na avaliação actuarial das responsabilidades foram

os seguintes:

2006 2005Responsabilidades do Fundo 3.796.726 4.271.651Custo com serviços Passados Reformados 3.763.557 4.235.935Custo com Serviços Passados Activos 33.169 35.716

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A Empresa tem ainda pendentes dois processos judiciais cujo valor da acção é materialmente

relevante. Num dos processos é autor o Município do Porto, e proposto também contra o Estado

Português, é reivindicado o património imobiliário adquirido pela empresa no período de 1950 a

Julho de 1994. No entanto, o Gabinete Jurídico considera que o que está em causa nesta acção não

é o valor da acção, mas sim o impacto que um ganho de causa total, ou até parcial, terá para a

operação da empresa que, na contingência de ficar sem parte do seu património, deixa de ter

condições para a prossecução da sua actividade.

No outro processo, também instaurado contra o Estado Português e outro operador rodoviário, é

reivindicado o valor das indemnizações compensatórias atribuídas no ano de 2003. Neste caso, o

Gabinete Jurídico não considera pertinente o risco de perda desta acção.

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Contas Saldo Inicial Aumento Redução Saldo Final29. Provisões para Riscos e Encargos

293. Processos judiciais em curso 1.064.120 324.753 1.388.873294. Acidentes de trabalho e doenças profissionais 571.639 11.596 560.043298. Outros riscos e encargos 781.166 781.166

1.635.759 1.105.919 11.596 2.730.082

34. Movimentos Ocorridos nas Provisões

O capital social no valor de 79.649.000 euros encontra-se totalmente realizado.

35. Realização do Capital

O capital social é representado por 15.929.800 acções em forma meramente escritural, com o valor

nominal de 5 euros cada uma.

36. Número de Acções e Valor Nominal

O Estado Português é detentor de 100% do capital social da Empresa.

37. Detentor do Capital

2006 2005Saldo Inicial 16.652.052 16.793.847Utilização no Exercício 128.274 141.795Reavaliação no Exercício Saldo Final 16.523.778 16.652.052

39. Movimento Ocorrido nas Reservas de Reavaliação

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Rubricas Saldo Inicial Débito Crédito Saldo FinalCapital

Capital Social 79.649.000 79.649.000Ajustamentos Partes Capital Filiais e Associadas 13.757 88 13.845Reservas de Reavaliação (1) 16.652.052 128.274 16.523.778Reservas

Reservas Legais 74.907 74.907Outras Reservas 25.728 25.728

Resultados Transitados -229.166.037 17.146.577 128.274 -246.184.339Resultados Líquidos -17.146.577 25.600.521 17.146.577 -25.600.521(1) O movimento ocorrido nos resultados transitados e reservas de reavaliação deve-se à utilização da reserva de reavaliação,constituída ao abrigo do Decreto-Lei n.º 31/98, no que respeita ao excedente realizado, em resultado do uso dos bensexistentes. Este movimento tem em conta o estabelecido na Directriz Contabilística n.º 16.

40. Variação das Contas do Capital Próprio

Produtos e Trabalhos em CursoMovimentos 2006 2005Existências Finais 3.777 5.134Existências Iniciais 5.134 8.287Aumento / Redução no Exercício -1.357 -3.153

42. Demonstração da Variação da Produção

Mat. Primas, Subsidiárias e de ConsumoMovimentos 2006 2005Existências Iniciais 719.220 641.691Compras 2.229.878 1.669.565Regularização de Existências 192.597 159.333Existências Finais -1.027.507 -719.220Custo no Exercício 2.114.188 1.751.369

41. Demonstração do Custo das Matérias Consumidas

Órgãos Sociais 2006 2005Conselho de Administração 408.176 294.551Fiscal Único 16.383 18.355Mesa da Assembleia-Geral 1.361 2.721

425.920 315.627

43. Remunerações Atribuídas aos Membros dos Órgãos Sociais

Em 2005 e até Março de 2006, o Presidente do Conselho de Administração da STCP, SA auferia

remuneração pelo cargo exercido na Empresa Metro do Porto, SA em acumulação de funções. Em

Março de 2005, o Vogal do Conselho de Administração, Dr. Diogo Manuel de Portugal Moreira

Gandra, cessou funções na STCP.

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Custos e Perdas 2006 2005681. Juros Suportados 7.238.921 5.948.321682. Perdas em Empresas do Grupo e Associadas 1.527 703685. Diferenças Câmbio Desfavoráveis 50 18688. Outros Custos Perdas Financeiras 570.569 516.149Resultados Financeiros -6.541.977 -6.440.564

1.269.090 24.627

Proveitos e Ganhos 2006 2005781. Juros Obtidos 3.472 3.443782. Ganhos em Empresas do Grupo e Associadas 18.140 1.839785. Diferenças de Câmbio Favoráveis 22 68786. Descontos de Pronto Pagamento Obtidos 18.259 19.252788. Reversões e outros proveitos e Ganhos Financeiros (1) 1.229.197 25

1.269.090 24.627(1) Em 2006, inclui 1.228.300 euros relativos à reversão do ajustamento com o investimento financeiro na Fernave, S.A.

45. Demonstração dos Resultados Financeiros

Custos e Perdas 2006 2005691. Donativos 96.560 109.110693. Perdas em Existências 12 1.835694. Perdas em Imobilizações (1) 2.957.557 373.276695. Multas e Penalidades 24.360 261696. Aumento extraordinário de amortizações 681697. Correcções Relativas a Exercícios Anteriores 1.125.064 462.797698. Outros Custos e Perdas Extraordinários (2) 2.078.127 3.141.468Resultados Extraordinários -4.798.640 443.019

1.483.721 4.531.766

Proveitos e Ganhos 2006 2005792. Recuperação de dívidas 76794. Ganhos em imobilizações 34.676 98.055795. Benefícios e penalidades contratuais 405.423 1.394.959796. Reduções de amortizações e provisões (3) 11.597 2.566.695797. Correcções relativas a exercícios anteriores 197.314 167.141798. Outros proveitos e ganhos extraordinários 834.635 304.916

1.483.721 4.531.766(1) Em 2006, inclui 2.950.635 euros relativos à perda com a alienação do investimento financeiro na participada Fernave,S.A.(2) Em 2006, inclui 1.305.245 euros relativos a indemnizações por rescisão de contrato de trabalho por mútuo acordo ecompensação pela passagem à situação de reforma, comparativamente com 2.654.678 euros em 2005.(3) Em 2005, inclui 2.550.000 euros relativos à reposição da provisão para reestruturação justificada pela concretização em2005 de rescisões de contrato de trabalho por mútuo acordo.

46. Demonstração dos Resultados Extraordinários

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Passivo 2006 2005Acréscimo de Custos 7.383.048 6.720.828

Férias e Subsídio de Férias 4.667.312 4.762.606Juros dos Empréstimos Obtidos 1.161.967 897.764Seguros a Liquidar 45.632 56.299Comissões 129.227 132.737Contribuição Autárquica 131.219 120.422Benefícios de Reforma a Liquidar -427.323 -322.509Outros Custos 1.675.014 1.073.509

Proveitos Diferidos 6.538.861 7.172.819Subsídios para Investimento (1) 4.924.390 5.608.295Prestações de Serviços 1.318.967 1.231.909Outros Proveitos 295.504 332.615

(1) Em 2006, inclui 4.629.469 euros relativos a subsídios recebidos através do Instituto de Estradas de Portugal e DGTT, noâmbito do Programa Operacional Norte, para o projecto SAE/SAEI, em 2005 este valor era de 5.432.032 euros.

b) Acréscimos e diferimentos

Activo 2006 2005Acréscimo de Proveitos 986.206 157.836

Juros a Receber 566Outros Acréscimos de Proveitos (1) 986.206 157.270

Custos Diferidos 353.024 547.208Desconto de Títulos 117.616 159.341Despesas com Emissão de Obrigações 37.486 85.516Seguros 26.702 29.492Rendas e Alugueres 6.865 9.093Conservação e Reparação 11.541 35.487Outros 152.814 228.279

(1) Em 2006, inclui 870.038 euros relativo ao subsídio de apoio ao Idoso do ano de 2006

48. Outras Informações Relevantes

a) Estado e outros entes públicos

Activo 2006 2005I.R.C – Pagamento Especial por Conta 193.993 125.489I.R.C – Estimado 2.729 7.670I.V.A. 1.511.918 2.332.675

1.708.640 2.465.834

Passivo 2006 2005Contribuições para a Segurança Social 730.012 757.220I.R.S/I.R.C. Retenção na Fonte Efectuado a Terceiros 253.003 287.389Outros 20.764 16.178

1.003.779 1.060.787

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c) Dívidas de terceiros

Nas dívidas de terceiros a curto prazo são de referir os seguintes valores:

• 812 milhares de euros relativos a despesas suportadas por conta da Comissão Instaladora da

Autoridade Metropolitana de Transportes do Porto e que deverão ser reembolsadas pela nova

Autoridade Metropolitana de Transportes do Porto.

• 910 milhares de euros relativos a indemnização, debitada ao Município do Porto, pelos custos

directos sofridos pela STCP com a remoção da via férrea de tracção eléctrica nos troços

compreendidos entre a Praça Cidade S. Salvador e a Praça Gonçalves Zarco.

d) Capital Próprio negativo

No exercício findo em 31 de Dezembro de 2006 a Sociedade incorreu num prejuízo de 25.600.521

euros verificando-se que, nessa data, o seu passivo total excede o seu activo total em 175.497.602

euros.

Porto, 16 de Fevereiro de 2007

80

O Técnico Oficial de ContasFernanda Maria Vidal Ribeiro

O Conselho de AdministraçãoPresidente: Fernanda Pereira Noronha Meneses Mendes Gomes

Vogais: Jorge Rui Guimarães Freire de SousaJoão Rui de Sousa Simões Fernandes MarranaRui André Albuquerque Neiva da Costa SaraivaAntónio Paulo da Costa Moreira de Sá

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Introdução

1. Nos termos da legislação aplicável, apresentamos a Certificação Legal das Contas e Relatório de

Auditoria sobre a informação financeira contida no Relatório de Gestão e nas Demonstrações

Financeiras anexas do exercício findo em 31 de Dezembro de 2006, da Sociedade de Transportes

Colectivos do Porto, S.A. (STCP), as quais compreendem: o Balanço em 31 de Dezembro de 2006

(que evidencia um total de 71.392 milhares de euros e um total de capital próprio negativo de

175.498 milhares de euros, incluindo um resultado líquido negativo de 25.601 milhares de euros),

as Demonstrações dos Resultados por Naturezas e por Funções e a Demonstração dos Fluxos de

Caixa do exercício findo naquela data, e os correspondentes Anexos.

Responsabilidades

2. É da responsabilidade do Conselho de Administração

a)a preparação de demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada

a posição financeira da Empresa, o resultado das suas operações e os fluxos de caixa;

b)a informação financeira histórica, que seja preparada de acordo com os princípios contabilísticos

geralmente aceites em Portugal e que seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita,

conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários;

c) a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados;

d)a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado;

e)a informação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a sua actividade, posição

financeira ou resultados; e

f) a informação financeira prospectiva, que seja elaborada e apresentada com base em pressupostos

e critérios adequados e coerentes e suportada por um sistema de informação apropriado.

3. A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação financeira contida nos documentos

de prestação de contas acima referidos, designadamente sobre se é completa, verdadeira, actual,

clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários, competindo-nos

emitir um relatório profissional e independente baseado no nosso exame.

Âmbito

4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de

Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja

planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as

81

7.6.3

Certificação Legaldas Contas e Relatóriode Auditoria

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demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto o

referido exame incluiu:

– a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações constantes das

demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos

pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação;

– a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua divulgação,

tendo em conta as circunstâncias;

– a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade;

– a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras;

e

– a apreciação se a informação financeira é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita.

5. O nosso exame abrangeu ainda a verificação da concordância da informação financeira constante

do relatório de gestão com os restantes documentos de prestação de contas.

6. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa

opinião.

Opinião

7. Em nossa opinião, as referidas demonstrações financeiras apresentam de forma verdadeira e

apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira da Sociedade

de Transportes Colectivos do Porto, S.A. (STCP) em 31 de Dezembro de 2006, o resultado das suas

operações e os fluxos de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios

contabilísticos geralmente aceites em Portugal e a informação nelas constante é completa,

verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita.

Ênfase

8. Tal como está referido na nota 34 e na alínea d) da nota 48 do Anexo ao Balanço e à Demonstração

dos Resultados, a continuidade da sociedade pode estar dependente, respectivamente, do desfecho

favorável do processo judicial que lhe foi movido pelo Município do Porto e da obtenção de

resultados positivos no futuro e das medidas que vierem a ser adoptadas pelo Estado, na sua

qualidade de accionista único.

Lisboa, 28 de Fevereiro de 2007

ALVES DA CUNHA, A. DIAS & ASSOCIADOSSociedade de Revisores Oficiais de Contas

representada por José Luís Areal Alves da Cunha(inscrita no Registo de Auditores da CMVM com n.º 2699)

82

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1. Em cumprimento das disposições legais aplicáveis, o Fiscal Único apresenta à Assembleia Geral o

seu Relatório e Parecer sobre o relatório de gestão e as contas relativas ao exercício findo em

31 de Dezembro de 2006 que lhe foram presentes pelo Conselho de Administração da Sociedade

de Transportes Colectivos do Porto, S.A. (STCP).

2. O resultado líquido do exercício em apreço (-25,6 milhões de euros) agravou-se relativamente ao

registado em 2005 (-17,1 milhões de euros), para o que concorreram, em sentido desfavorável,

os seguintes factores essenciais:

• Perdas extraordinárias associadas à alienação da participação na FERNAVE e ao pagamento de

indemnizações ao pessoal que saiu da empresa e não estavam provisionadas: -5,2 milhões de

euros;

• Redução da procura derivada do alargamento da rede do Metro do Porto, deduzida da

compensação dos aumentos tarifários: -1,5 milhões de euros;

• Reforço da provisão para fazer face a riscos com processos judiciais e criação de provisão para

indemnizações de sinistros pendentes: 2,2 milhões de euros;

• Aumento das amortizações devido à entrada em funcionamento no exercício do SAEI: 0,8

milhões de euros.

Com comportamento positivo destacam-se as seguintes variações comparativamente com o exercício

de 2005:

• Redução dos custos com o pessoal, em consequência do redimensionamento progressivo que

o efectivo humano tem registado: -1,6 milhões de euros;

• Aumento das indemnizações compensatórias devidas à STCP em razão da prestação do serviço

público de transporte urbano: +1,0 milhões de euros.

De referir que, pese embora o aumento dos combustíveis verificado no exercício (+10%), os

Fornecimentos e Serviços Externos, no seu conjunto, situaram-se ao mesmo nível de 2005, como

consequência da finalização nesse ano do projecto CUTE, o que permitiu, por si só, diminuir em

cerca de 2,0 milhões de euros naquela rubrica de custos em 2006.

3. Tal como referimos no parecer do ano transacto, em consequência dos sucessivos resultados

negativos que vêm sendo anualmente registados, a que acresce a falta de dotações de capital

social que os pudessem compensar, a situação financeira da STCP, no final de 2006, apresenta-se

inevitavelmente mais desequilibrada, como o denota o endividamento crescente e, sobretudo,

a existência de um capital próprio negativo superior ao do exercício transacto.

83

7.6.4Relatório e Parecerdo Fiscal Único

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4. O Fiscal Único acompanhou a actividade desenvolvida pela Empresa durante o exercício de 2006

e desenvolveu as análises e verificações mencionadas em apropriado Relatório, tendo emitido

ainda a competente Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria, datada de 28 de

Fevereiro de 2007.

5. Assim sendo, somos de parecer que:

a) sejam aprovados o relatório de gestão e as contas do exercício de 2006;

b) seja igualmente aprovada a proposta de aplicação de resultados apresentada pelo Conselho

de Administração.

Lisboa, 28 de Fevereiro de 2007

O FISCAL ÚNICO

ALVES DA CUNHA, A. DIAS & ASSOCIADOSSociedade de Revisores Oficiais de Contas

Representada por José Luís Areal Alves da Cunha (inscrita no Registo de Auditores da CMVM com o n.º 2699)

84

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08. Anexos

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86

Rede 2003 2004 2005 2006Linhas em Exploração

RodoviáriasTracção Eléctrica

ConcelhosFreguesiasParagensExtensão (km)

RodoviáriaTracção EléctricaCorredores BUS

949136

522.600496,2489,7

6,521,3

979436

522.685495,6489,7

5,922,6

838126

522.661492,4486,6

5,828,2

828116

522.655492,9487,1

5,832,6

8.1Painel de Indicadoresde Actividade

(valores em milhares)

Procura 2003 2004 2005 2006 06/05-9%-9%

-10%-3%1%

-9%

PassageirosAutocarros

Produção PrópriaOperadores Privados

Tracção EléctricaPassageiros km

189.775189.695170.12119.574

80753.329

209.100209.022188.87420.148

79830.051

219.159219.075198.54320.532

84869.981

221.978221.746200.91620.830

232881.027

ReceitaAutocarrosTracção Eléctrica

(valores em milhares de euros)

2003 2004 2005 2006 06/05-3%-3%-5%

50.88750.851

36

52.43352.395

38

53.11353.064

48

50.87950.815

64

50.87950.786

92

(valores em milhares de euros)2003 2004 2005 2006 06/05

-3%-6%

148%

Receita líquida por tipo de tarifárioReceita MonomodalReceita Andante

50.88748.6102.277

52.43351.516

917

53.11352.776

337

Estrutura de títulos utilizadosPasses

Passes STCPPasses Combinados

Pré-CompradosBilhetes Avulso + DiáriosAndante

2003 2004 2005 2006 06/05

0%1%

-18%

-11%6%

217%

75,7%73,3%

2,5%

18,3%3,0%3,0%

75,8%72,7%

3,0%

20,5%2,8%0,9%

74,2%70,9%

3,3%

22,1%3,3%0,3%

72,2%68,8%

3,4%

23,9%3,8%0,1%

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Distribuição EfectivoHomensMulheres

2003 2004 2005 2006 06/05

-5%-2%

1.58390

1.65992

1.75292

2.091106

87

Canais de vendaPostos de venda STCPRevendedores de Passes

CTTConcessionários

Máquinas de venda automáticaRevendedores de Pré-comprados

2003 2004 2005 2006

58162145

343

58263145

351

58062135

367

57461135

391

Tratamento ClientesLinha AzulOutros Canais

Total Reclamações

2003 2004 2005 2006 06/05

49%36%42%

1.5902.0133.603

1.0651.4752.540

1.0591.4262.485

7741.1911.965

Efectivo Total em 31/12Motorista SP em 31/12Pessoal tripulante (% total)

Efectivo Total Médio

Recursos Humanos 2003 2004 2005 2006 06/05-4%-3%1%

-5%

1.6731.111

67,1%1.705

1.7511.149

66,3%1.796

1.8441.231

67,4%2.032

2.1971.283

59,5%2.200

AbsentismoTaxa Global em 31/12 (%)

Pessoal Tripulante (%)Outros (%)

2003 2004 2005 2006 06/05

-1,2%-0,6%-0,8%

6,57,25,0

6,57,25,0

6,06,74,9

6,47,05,4

Trabalho SuplementarHoras

Pessoal TripulanteValor (milhares de euros)

Pessoal Tripulante

2003 2004 2005 2006 06/05

4%1%5%2%

174.187154.515

1.3791.185

168.184152.586

1.3201.158

157.695135.723

1.220998

150.794127.446

1.139915

Canais de venda (após 1 de Novembro 2006)Agentes PayshopEstações CTTPostos STCPLojas AndanteBilheteiras da CPMVA’s MP

341855

132

173

2006

Tipo ReclamaçõesAlteração da OfertaInformação ao PúblicoDisfunção OperacionalPessoal e SegurançaParagens e AbrigosTítulos TransportesOutros

2005 % 2006 %100%22%8%

24%20%7%

14%5%

3.603793288865721252504180

100%17%11%23%21%9%

14%5%

2.540432279584533229356127

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Velocidade ComercialAutocarrosTracção Eléctrica

2003 2004 2005 2006 06/05

4%31%

15,510,1

14,97,7

14,97,8

14,97,7

Estrutura Etária18-2930-49> 49Total

2003 2004 2005 2006 06/05

-45%-4%0%

-4%

60779834

1.673

110810831

1.751

161871812

1.844

223894

1.0802.197

88

FormaçãoHorasPessoal Tripulante

Formação ContínuaTrabalhadoresPessoal Tripulante

Formação Contínua

2003 2004 2005 2006 06/05

-90%-94%-94%31%-2%-2%

4.4942.4742.4741.6441.1001.100

46.41441.65241.6521.2541.1181.118

6.2094.4304.430

785721721

8.4295.0853.321

811557548

Taxa de OcupaçãoAutocarrosTracção Eléctrica

2003 2004 2005 2006 06/05

-7%-22%

25,6%3,2%

27,4%4,1%

27,8%3,5%

27,7%10,1%

Produção GlobalAutocarrosTracção EléctricaVeículos kmAutocarrosTracção EléctricaLugares km

Oferta 2003 2004 2005 2006 06/05

-2%31%-2%-3%31%-3%

31.931109

32.0402.947.373

7.5202.954.893

32.66583

32.7483.033.836

5.7443.039.580

33.723104

33.8273.132.959

7.2293.140.188

34.22399

34.3223.178.149

6.8953.185.043

(valores em milhares)

Produção da Frota Própria AC’sN.º Médio Veículos (un.)Veículos kmLugares kmVeículos hora

2003 2004 2005 2006 06/05

-2%-4%-4%-8%

45027.802

2.606.5811.820

45728.864

2.724.7791.973

48729.864

2.819.1162.041

50030.212

2.852.0042.065

(valores em milhares)

Indicadores da Oferta Frota Própria AC’sTaxa de Ocupação (%)Velocidade Comercial (km/h)Taxa de Acidentes (por milhão km)

2003 2004 2005 2006 06/05

-5%4%

-8%

26%15,3

48

27%14,6

52

28%14,6

59

28%14,6

60

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Indicadores de Desvios por ObrasConcluídosDuração Média (dias)

2003 2004 2005 2006 06/05

-30%-26%

5299

74134

38161

46230

Indicadores da Oferta Carros EléctricosTaxa de Ocupação (%)Velocidade Comercial (km/h)

2003 2004 2005 2006 06/05

-22%31%

3,2%10,1

4,1%7,7

3,5%7,8

10,1%7,7

89

Produção da Frota Operadores PrivadosVeículos kmLugares kmVeículos hora

2003 2004 2005 2006 06/05

9%10%9%

4.129340.792

244

3.801309.057

224

3.859313.843

223

4.011326.144

232

(valores em milhares)

Indicadores da Oferta Frota Operadores PrivadosTaxa de Ocupação (%)Velocidade Comercial (km/h)

2003 2004 2005 2006 06/05

-12%0%

22,8%16,9

25,9%16,9

26,0%17,3

25,4%17,3

Produção da Frota Carros EléctricosN.º Médio Veículos (un.)Veículos kmLugares kmVeículos hora

2003 2004 2005 2006 06/05

0%31%31%-2%

3109

7.52010,8

383

5.74411,0

3104

7.22913,0

399

6.89513,0

(valores em milhares)

Características da FrotaGás naturalAr condicionadoPiso rebaixadoRampa rebatível

2003 2004 2005 2006

34,5%51,8%69,5%37,0%

32,5%48,1%64,9%32,7%

32,2%47,0%63,5%32,2%

30,0%43,7%59,2%30,0%

Composição de FrotaAutocarrosCarros Eléctricos

Frota 2003 2004 2005 2006 Idade Média

8,868,8

516508

8

55453816

55954316

59958316

Composição da frota de autocarrosViaturas a gasóleo

StandardArticuladosMinis

Viaturas a gás natural

2003 2004 2005 2006 06/05-6%-8%

-10%-5%

400%0%

508333276525

175

538363307551

175

543368304640

175

583408339645

175

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Idade MédiaCarros EléctricosAutocarros

DieselGás natural

2003 2004 2005 2006

68,758,78

10,665,21

71,758,32

10,304,21

70,757,559,623,21

69,757,169,292,21

90 Operacionalidade da FrotaTaxa de ImobilizaçãoTaxa de Avarias (por mil km)

2003 2004 2005 2006 06/05

-26%0%

2,7%1,12

3,6%1,12

7,0%1,43

7,3%1,47

Consumo viaturas por tipo combustível utilizadoGasóleo (l/100 km)

Custos Total (m/€)Custo por 100 kmCusto Médio (€/por litro)

Gás Natural (m3/100 km)Custos Total (m/€)Custo por 100 kmCusto Médio (€/m3)

Energia Tracção (Kwh/100 km)Custos Total (m/€)Custo por 100 kmCusto Médio (€/kw)

2003 2004 2005 2006 06/05

3%4%

15%11%3%

26%27%24%

-11%21%-8%3%

53,747.42742,370,79

69,013.25228,840,42

198,1022

19,480,10

51,937.17237,000,71

67,312.58922,660,34

222,2618

21,280,10

52,846.65432,140,61

67,972.08118,510,27

198,7523

21,210,11

52,665.98028,480,54

67,962.02517,840,26

205,4439

38,200,15

Custos TotaisFSE+CMVMCCustos com PessoalAmortizações e ProvisõesOperacionaisFinanceirosCorrentesExtraordinários

Económica e Financeira 2003 2004 2005 2006 06/055%1%

-4%57%2%

21%3%

54%

98.66836.65539.6637.991

84.5507.811

92.3616.282

93.59436.37241.1915.082

83.0126.465

89.4774.089

106.58633.42143.4385.721

83.0706.554

89.62416.935

112.75630.64645.2386.855

83.2457.322

90.56722.168

(milhares de euros)

Proveitos TotaisBilheteiraIndemnizações Compensatórias

2003 2004 2005 2006 06/05-4%-3%7%

73.06850.88715.541

76.44752.43314.525

96.31053.11321.563

68.17550.87911.787

(milhares de euros)

% Custos com PessoalCustos c/ Pessoal / Custos OperacionaisCustos c/ Pessoal / Custos TotaisCustos c/ Pessoal per capita (milhares de euros)Receitas de Bilheteira / Custos c/ Pessoal

2003 2004 2005 2006 06/05

-5%-9%-4%1%

46,9%40%22,11,3

49,6%44%22,91,3

52,3%41%21,41,2

54,3%40%20,41,1

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91

ResultadosResultados Operacionais

Antes de IC’sResultados FinanceirosResultados CorrentesResultados ExtraordináriosResultado Líquido Exercício

Antes de IC’s

2003 2004 2005 2006 06/05

28%16%2%

18%-1.183%

49%30%

-14.235-29.776-6.542

-20.777-4.799

-25.601-41.142

-11.122-25.647-6.440

-17.562443

-17.147-31.672

-3.095-24.658-6.485-9.580

-669-10.276-31.839

-16.054-27.841-7.271

-23.325-21.235-44.581-56.368

(milhares de euros)

% custos operacionaisPrestação de ServiçosSubsídios à ExploraçãoProveitos e Ganhos Operacionais

2003 2004 2005 2006 06/05

-5%5%

-6%

60,3%19,4%86,4%

63,2%18,5%92,1%

64,1%26,9%

115,9%

61,4%15,1%81,9%

Proveitos Operacionais / Passageiro kmAntes de IC’s

Custos Operacionais / Passageiro kmAntes de Amortizações

Proveitos Operacionais / Lugar kmAntes de IC´s

Custos Operacionais / Lugar kmAntes de Amortizações

2003 2004 2005 2006 06/058%5%

12%10%1%

-2%5%2%

93,3472,71

112,23103,0923,8018,5428,6126,28

86,6169,11

100,0193,9323,6518,8727,3125,65

91,9367,1495,4889,1425,4718,6026,4524,70

76,2662,8894,4987,1921,1017,3926,1424,12

(valores em euros por milhar de km)

Indicadores de ActividadeProdução

Por efectivo médioAntes de IC’s

Valor Acrescentado BrutoPor efectivo médioAntes de IC’s

2003 2004 2005 2006 06/05

-2%3%

-4%-5%0%

-13%

68.04139,9

52.49933.417

19,617.876

69.27038,6

54.74535.151

19,620.626

77.10137,9

55.53846.061

22,724.498

64.32929,0

52.54336.038

16,224.251

(milhares de euros)

Prazo Médio PagamentoPrazo Médio RecebimentoPrazo Médio ExistênciasRotação Activo Imobilizado

2003 2004 2005 2006 06/0528%

115%-2%-1%

96,719,2

104,934,1%

75,38,9

107,234,6%

72,35,7

88,534,3%

79,64,2

113,632,3%

(valores em dias)

Rácio de Liquidez GeralRácio de Liquidez ReduzidaRácio de Liquidez Imediata

2003 2004 2005 20068,7%8,2%0,2%

14,0%13,3%0,9%

27,8%26,5%1,4%

14,0%13,1%1,1%

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92

Estrutura do BalançoActivo

ImobilizadoCirculanteAcréscimos e Diferimentos

Capital Próprio e PassivoCapital PróprioPassivo

2003 2004 2005 2006 06/05

-7%-8%-6%90%-7%17%9%

71.39260.0709.9831.339

71.392-175.498246.890

76.72865.45210.571

70576.728

-149.897226.625

82.54769.6279.5583.362

82.547-132.759215.306

84.27471.0028.0965.176

84.274-122.469206.743

(milhares de euros)

InvestimentosMaterial CirculanteInfra-estruturasOutrosTotal

2003 2004 2005 2006 06/05

197%-72%-82%-71%

368236543

1.147

124833

3.0594.016

1.2711.4311.5884.290

2381.3221.2172.777

(milhares de euros)

Variação Ponderada do TarifárioTaxa Inflação AnualVariação Custo Médio Unitário do Gasóleo

Outros Indicadores de Actividade 2003 2004 2005 20063,6%3,1%

10,7%

4,3%2,2%

17,1%

4,6%2,3%

12,5%

3,5%3,3%4,4%

ProdutividadeVeículo km (10^3) / Efectivo MédioLugar km (10^3) / Efectivo MédioPassageiro (10^3) / Efectivo MédioPassageiro km (10^3) / Efectivo MédioComprimento Rede (Km) / Efectivo Médio

2003 2004 2005 2006 06/05

3%2%

-4%-4%5%

18,81.733,1

111,3441,80,64

18,21.692,4

116,4462,20,60

16,61.545,4

107,9428,10,53

15,51.434,7

100,0396,90,49

Passivo FinanceiroMédio e Longo Prazo

Empréstimo ObrigacionistaEmpréstimos BancáriosOutros Empréstimos

Curto PrazoEmpréstimo ObrigacionistaEmpréstimos BancáriosOutros Empréstimos

2003 2004 2005 2006 06/0510%

-21%-49%-2%

-48%82%22%

-22%625030%

213.628109.00729.00080.000

7104.62227.37527.23650.010

194.962137.63556.37581.247

1357.32722.50034.819

8

177.807162.63778.87583.741

2115.170

15.15713

153.972110.13978.87531.235

2943.833

43.8249

(milhares de euros)

EnergiaElectricidade utilizada na rede dos carros

eléctricos (kwh)Consumo específico Kwh/100km

Electricidade utilizada nas instalações fixas (kwh)Consumo de gasóleo (litros)

Consumo específico litros / 100kmConsumo de gás natural (m3)

Consumo específico m3 / 100km

Ambiente 2003 2004 2005 2006 06/05

18%-11%

6%-6%3%1%3%

219.225198

4.713.3459.420.372

53,747.781.004

69,01

186.198222

4.447.07410.067.799

51,937.690.584

67,31

211.144199

3.423.94410.939.633

52,847.641.618

67,97

210.469205n.d.

11.054.99152,66

7.713.13067,96

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93

ÁguaConsumo total de água (m3)

2003 2004 2005 2006 06/05

22%15.30412.50519.73318.161

Resíduos industriais perigososÓleos Usados (litros)Baterias Usadas (un.)Lâmpadas Fluorescentes (Kg)

2003 2004 2005 2006 06/05

-1%100%34%

27.300453644

27.500226482

42.500719419

60.400407398

Resíduos industriais não perigososMadeira (kg)Resíduos industriais banais (kg)Resíduos metálicos (kg)

2003 2004 2005 2006 06/05

28%-22%-63%

5.90020.840

106.140

4.60026.635

287.173

4.38020.350

167.720

11.34018.532

186.062

Outros resíduosPapel e cartão (kg)Resíduos de demolição e construção (kg)Resíduos hospitalares Gr. III e IV

2003 2004 2005 2006 06/05

-42%-25%

2%

11.800223.580

70

20.280296.220

69

32.91034.080

76

41.890191.000

37

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8.2 Painel de Indicadores GRI

94

Visão e estratégia1.1 Declaração da visão e da estratégia da organização no que se

refere à sua contribuição para o desenvolvimento sustentável1.2 Declaração do Presidente

Perfil2.1 Nome da organização2.2 Principais produtos e/ou serviços2.3 Estrutura operacional2.4 Estrutura organizacional2.5 Países em que está presente2.6 Tipo e natureza legal de propriedade2.7 Mercados servidos2.8 Dimensão da organização2.9 Lista das partes interessadas2.10 Pessoa a ser contactada para esclarecimentos2.11 Período a que se referem as informações2.12 Relatório mais recente2.13 Limites do relatório2.14 Alterações ocorridas desde o relatório anterior2.15 Base de elaboração do relatório2.16 Reformulação de informações2.17 Princípios ou protocolos da GRI2.18 Critérios e definições2.19 Alterações significativas2.20 Políticas e procedimentos internos2.21 Verificações imparciais2.22 Informações adicionais

Estrutura de Governação e Sistemas de Gestão3.1 Estrutura de governação3.2 Percentagem de administradores independentes e não-executivos3.3 Especialização dos membros do Concelho de Administração3.4 Processos do Concelho de Administração3.5 Remuneração dos executivos3.6 Estrutura organizacional3.7 Missão e valores, códigos internos de conduta3.8 Mecanismos de recomendações do Concelho de Administração

Participação das Partes Interessadas3.9 Base para identificação e selecção das principais partes

interessadas3.10 Formas de consulta às partes interessadas3.11 Consultas às partes interessadas3.12 Uso das informações

Políticas Abrangentes e Sistemas de Gestão3.13 Explicação sobre o princípio de precaução3.14 Cartas de princípios internacionais3.15 Principais adesões a associações industriais e empresariais3.16 Políticas e/ou sistemas para gerir os impactes3.17 Gerir impactes económicos, ambientais e sociais indirectos3.18 Principais modificações realizadas, durante o período de

elaboração dos relatórios

Tipo Ind. Pág. Observações

NRNR

NR

NRND

ND

NDNDNDND

NDND

NR

69

5513136-75,126-75

14-3797

42-4614

5,7212

94-9765-68

99-10181-8486-93

12,1312

101,102136-7

9837-4137-41

EE

EEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE

EEEEEEEE

EEEE

EEEEE

E

Page 95: RELATORIO 1-13 - Sistema de difusão de informaçãoweb3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13807.pdf · A missão da STCP é assegurar o transporte ... Contacto – Realizada em Francos

95

3.19 Desempenho económico, ambiental e social3.20 Estado da certificação

Indicadores de Desempenho EconómicoEC1 Vendas líquidasEC2 Análise regional do mercadoEC3 Custo dos bens, materiais e serviços adquiridosEC4 Percentagem de contratos pagos segundo os termos estabelecidosEC5 Total do montante salarial e benefíciosEC6 Distribuições aos investidoresEC7 Aumento / decréscimo em ganhos retidos no fim do períodoEC8 ImpostosEC9 Subsídios recebidos de acordo com o país ou regiãoEC10 DoaçõesEC11 Classificação de fornecedoresEC12 Desenvolvimento de infra-estruturas para negócios não-centraisEC13 Impactes económicos indirectos da organização

Indicadores de Desempenho AmbientalEN1 Consumo total de materiais por tipo (excepto água)EN2 Percentagem de materiais utilizados que são resíduosEN3 Consumo directo de energiaEN4 Consumo indirecto de energiaEN5 Consumo total de águaEN6 Localização e áreas das terras pertencentes à organização,

arrendadas ou por ela geridas em habitats ricos em biodiversidadeEN7 Impactes sobre a biodiversidadeEN8 Emissões de gases com efeito de estufaEN9 Utilização e emissão de substâncias destruidoras da camada de

ozonoEN10 NOx, SOx e outras emissões atmosféricas significativas, por tipoEN11 ResíduosEN12 Descargas significativas na águaEN13 Derrame significativo de produtos químicos, óleos e combustíveis,

por número total de ocorrências e por volume totalEN14 Impactes ambientais significativos dos principais produtos e serviçosEN15 Percentagem recuperável dos produtos vendidos e percentagem

efectivamente recuperadaEN16 Incidentes ou multas pelo não-cumprimentoEN17 Iniciativas para uso de fontes de energia renovável e para aumentar

a eficiência energéticaEN18 Consumo anual de energia dos principais produtosEN19 Outros consumos indirectos de energia e suas implicaçõesEN20 Fontes de água e ecossistemas / habitats significativamente afectados

pelo consumo de águaEN21 Consumo anual de água existenteEN22 Reciclagem e reutilização total de águaEN23 Quantidade total de terras compradas, arrendadas ou geridas para

actividades de produção ou uso extractivoEN24 Quantidade de superfície impermeável em relação a terras

compradas ou arrendadas, em percentagemEN25 Impactes das actividades e operações sobre áreas protegidas ou

sensíveisEN26 Alterações dos habitats naturaisEN27 Objectivos, programas e metas para proteger e restaurar

ecossistemas e espécies nativas em áreas degradadasEN28 Número de espécies na Lista Vermelha da UICN com habitat em

áreas afectadas pelas operaçõesEN29 Unidades de negócios que operem ou pretendam desenvolver

operações em áreas protegidas ou sensíveis, ou na zona envolventeEN30 Outras emissões indirectas relevantes de gases com efeito de estufa

Tipo Ind. Pág. Observações

ND

ND

NR

NDNDND

NDND

NDND

NR

ND

NDND

NDND

ND

NRNDND

ND

ND

NDNR

ND

ND

NDND

14-26,31-47

455,14

44,45,60

60,26-31

58,5960

44,45,6037

404040

40

3941

37-39

EE

EEEEEEEEEECCC

EEEEE

EEE

EEEE

EE

EE

CCC

CCC

C

C

CC

C

C

CC

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96

EN31 Toda a produção, transporte, importação e exportação de qualquerresíduo considerado prejudicial segundo a Convenção da Basileia

EN32 Fontes de água significativamente afectadas pela descarga eescoamento de água

EN33 Desempenho dos fornecedores relativo aos componentesambientais

EN34 Impactes ambientais significativos do transporte utilizadoEN35 Total de gastos ambientais

Indicadores de Desempenho SocialLA1 Mão-de-obra, por região ou país, estatuto, tipo de empregoLA2 Criação de empregos e rotatividade, por região/paísLA3 Percentagem de empregados representados por organizações

sindicais independentesLA4 Relações trabalho/gestãoLA5 Saúde ocupacionalLA6 Comités formais sobre saúde e segurançaLA7 Índice de absentismoLA8 Descrição de políticas ou programas a respeito de VIH/SIDALA9 Formação por ano, por empregado e por categoriaLA10 Descrição de políticas ou programas promotores de oportunidades

iguaisLA11 Proporção homem/mulher e outros indicadores de diversidade

culturalmente apropriadosLA12 Benefícios dos colaboradores além dos previstos por leiLA13 Representação formal de trabalhadores em tomadas de decisão

ou administraçãoLA14 Directrizes sobre Sistemas de Gestão de Segurança e Saúde no

TrabalhoLA15 Acordos formais com sindicatosLA16 Programas para apoiar a continuidade da vida laboral dos

funcionáriosLA17 Gestão da capacidade e formação ao longo da vida profissional

Direitos HumanosHR1 Directrizes dos direitos humanosHR2 Impactes sobre os direitos humanosHR3 Desempenho em direitos humanosHR4 Não-discriminaçãoHR5 Política de liberdade de associaçãoHR6 Trabalho infantilHR7 Trabalho forçado e compulsatórioHR8 Formação de empregadosHR9 Processos judiciaisHR10 Política de não-retaliação e sistema efectivo e confidencial de

recepção das queixas dos funcionáriosHR11 Formação em direitos humanos para segurança dos funcionáriosHR12 Necessidades das populações indígenasHR13 Queixas e reclamações da comunidade indígenaHR14 Receita operacional

SociedadeSO1 Impactes sobre as comunidadesSO2 Suborno e corrupçãoSO3 Gestão de lobbies e contribuições políticasSO4 Prémios recebidosSO5 Financiamento de partidos políticosSO6 Decisões do tribunalSO7 Comportamentos anticompetitivos

Responsabilidade sobre o produtoPR1 Políticas para preservar a saúde e a segurança do consumidorPR2 Informações sobre o produto e a sua rotulagem

Tipo Ind. Pág. Observações

NR

NR

NDNDND

NDND

NR

ND

NR

ND

ND

ND

NDNR

NDNDNDNDNRNRNRNDND

NDNDNRNRNR

NDNR

NRNRNR

NR

30

29,30

87

27,88

26,8730,31

10,32

32,33

C

C

CCC

EE

EEEEEEE

E

EC

C

CC

CC

EEEEEEECC

CCCCC

EEECCCC

EE

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C - Indicador complementar

E - Indicador essencial

NR - Indicador “não relevante” ou “não aplicável”

ND - Indicador “não disponível” ou apenas “disponível parcialmente”

Para mais informações por favor contactar:

Gabinete de Serviços Gerais e Autoridade de Segurança

Sociedade de Transportes Colectivos do Porto, SA

Av. Fernão de Magalhães, 1862-13.º

4350-158 Porto

e-mail: [email protected]

Tel.: +351 22 507 1000 / Fax: +351 507 1150

www.stcp.pt

97

Fonte: GRI (2002) - “Directrizes para Elaboração dos Relatórios de Sustentabilidade”

PR3 Respeito pela privacidade do consumidorPR4 Não-conformidade com a legislação referente à saúde e segurança

do consumidorPR5 Reclamações recebidas com a saúde e segurança do consumidorPR6 Conformidade voluntária com um código de conduta, selos ou

rótulosPR7 Não-conformidade com a legislação referente a informações e

rotulagem do produtoPR8 Satisfação do consumidorPR9 Adesão a padrões e códigos voluntários de publicidadePR10 Violação de regulamentações em publicidade e marketingPR11 Reclamações relacionadas com a violação da privacidade de

consumidores

Tipo Ind. Pág. ObservaçõesND

ND

ND

ND

NRND

NR

34,87

34

E

CC

C

CCCC

C

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8.3 Associações e Parcerias

A STCP é membro de:

UITP – Union Internationale des Transports Publics– Commission on Transport Economics– Commission on Transport and Urban Life– Commission on Transport Management– Commission on Human Resources– Commission on Marketing and Product Development– Commission on Information, Technology and Innovation– Bus Commitee

A STCP participa em Projectos Internacionais:

CUTE – Clean Urban Transport for EuropeIMS – Informação para Apoio à Mobilidade em Transportes Públicos MetropolitanosYellow Design Foundation – A Influência do Design na Percepção de Segurança em Zonas de Interfacedo Transporte Público

A STCP é associada de:

ADETURN – Associação de Turismo do Norte de PortugalADFER – Associação para o Desenvolvimento do Transporte FerroviárioAEP – Associação Empresarial de PortugalAMTC – Associação para o Museu dos Transportes e ComunicaçõesAPAC – Associação Portuguesa dos Amigos dos Caminhos de FerroAPH2 – Associação Portuguesa para a Promoção do HidrogénioAPQ – Associação Portuguesa para a QualidadeAssociação “Amigos do Coliseu do Porto”Associação Centro de Informação de Consumo e Arbitragem do PortoAssociação Comercial do PortoAssociação Porto HistóricoAssociação Portuguesa de Veículos a Gás NaturalBiblioteca da Faculdade de Engenharia da Universidade do PortoEnergaiaFundação de SerralvesFundação Portuguesa a Comunidade Contra a SidaINEGI – Instituto de Engenharia Mecânica e Gestão IndustrialISQ – Instituto de Soldadura e QualidadePRP – Prevenção Rodoviária Portuguesa

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8.4InformaçõesComplementares

8.4.1 - Regulamentos internos e externos

Atento o facto de a Sociedade adoptar a forma de sociedade anónima tem que dar cumprimento,

para além do previsto nos seus estatutos (aprovados pelo DL 202/94 de 23 de Julho e rectificados

pela declaração n.º 101/94), às normas constantes do Código das Sociedades Comerciais.

Considerando que o accionista único da Sociedade é o Estado, está ainda a Sociedade sujeita, naquilo

que lhe é aplicável, ao regime previsto para o sector empresarial do Estado, contido no DL 558/99

de 17 de Dezembro, com as alterações que lhe foram introduzidas.

Na prossecução do seu objecto social – exploração do transporte público rodoviário de passageiros

– a Empresa está sujeita, essencialmente, ao cumprimento do disposto nos seguintes diplomas:

– Decreto n.º 37 272, de 31 de Dezembro de 1948, com as alterações que lhe foram sendo introduzidas

- Regulamento de Transportes em Automóveis;

– Decreto-Lei n.º 3/2001, de 10 de Janeiro, relativo ao Transporte Rodoviário de Passageiros;

– Código da Estrada, aprovado pelo DL 114/94 com as alterações que lhe foram sendo introduzidas;

– Lei 28/2006 de 4 de Julho que prevê o regime sancionatório aplicável ás transgressões ocorridas

em matéria de Transportes Colectivos de Passageiros.

Quanto aos procedimentos a adoptar para as aquisições de bens e serviços, observa-se o regime

previsto no DL 59/99, de 2 de Março, para as Empreitadas e, para a Aquisição de Bens e Serviços, o

disposto, nomeadamente nos Decretos-Lei 197/99, de 8 de Junho, e o 223/200,1 de 9 de Agosto, com

as alterações introduzidas pelo 234/2004, de 15 de Dezembro.

No que respeita à questão laboral e social, a Empresa rege-se, basicamente, pelos Acordos de Empresa

outorgados com as diferentes organizações sindicais, pelas Ordenações emanadas pelo Conselho

de Administração e pelos Avisos emitidos pelos responsáveis das várias áreas da Empresa.

Subsidiariamente, aplicam-se nestas matérias as normas constantes do Código e da Regulamentação

do Trabalho, respectivamente Lei nº 99/2003, de 27 de Agosto, e 35/2004, de 29 de Julho.

Em tudo o mais, a Empresa obriga-se ao cumprimento da legislação em vigor.

A Empresa tem um manual de procedimentos internos, onde se encontram descritas, de forma

exaustiva, as normas e tarefas a desenvolver pelas diferentes áreas para assegurar a execução dos

processos.

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8.4.2 Informação sobre as transacções relevantes

Aquisição de bens e serviços a entidades relacionadas

Entidade Descrição da aquisição MontanteTIP-Transportes Internacionais do Porto, ACE 1.558.269,36

Comissão 2,5% sobre as vendas da receita intermodal STCP 69.182,43Aquisição Título Euro 414.592,00Débito de custos com pessoal dos postos de venda 2004 e linha azul 83.103,45Débito de custos com pessoal dos postos de venda 2005 e linha azul 280.175,73Débito de custos com pessoal dos postos de venda 2006 e linha azul 150.393,19Débito custo de validação dos títulos monomodais 55.453,64Débito da compra de bases para títulos monomodais tecnologia sem contacto 468.030,26Débito da compra de carteiras para bilhetes de assinatura 37.338,66

OPT-Optimização e Planeamento de Transportes, S.A. 99.332,58Contrato de manutenção do software GIST e SMS BUS 59.463.08Produção do software para elaboração mapa das linhas e horários 39.869,50

(valores em euros e com IVA incluído)

Venda de bens e serviços a entidades relacionadas

Entidade Descrição da aquisição MontanteMetro do Porto, S.A. 1.481.234,40

Sublocação de salas do 9.º Piso Torre das Antas, lugares de garagem e arrecadação 198.389,78Cedência de trabalhadores 93.360,80Contrato de prestação de serviços da gestão do serviço de transporte alternativo 290.628,69Gestão administrativa dos processos de fiscalização 32.960,40Contrato de prestação de serviços administrativos e informáticos 207.113,28Débito de despesas por conta relativo a empreitadas com abrigos intermodais 628.531,45Patrocínio para actividades no Museu do Carro Eléctrico 30.250,00

TIP-Transportes Intermodais do Porto, ACE 6.920.626,22Débito quota parte receita intermodal Andante 2.343.331,22Débito vendas de receita monomodal STCP 4.074.004,42Débito quota parte receita título Euro 294.035,21Comissão 2% sobre as vendas de Andante 56.457,16Contrato de armazenagem, distribuição e venda título Euro 25.082,00Sublocação de salas do 9.º Piso Torre das Antas 77.767,67Cedência de trabalhadores 49.948,54

Transpublicidade - Publicidade em Transportes, S.A. 362.127,32Contrato de prestação de serviços de publicidade em Autocarros e paineis 362.127,32

(valores em euros e com IVA incluído)

8.4.3 Informação sobre outras transacções

Procedimentos adoptados em matéria de aquisição de bens e serviços

As aquisições de bens e serviços são efectuadas mediante concurso ou por ajuste directo, consoante

os valores em causa e tendo em conta o disposto na lei sobre a matéria.

As compras de bens de investimento, após consulta ao mercado, são obrigatoriamente autorizadas

por um membro do Conselho de Administração, desde que se trate de investimentos incluídos no

orçamento anual, ou deliberadas pelo Conselho de Administração se tal não ocorrer.

Os procedimentos em vigor na empresa relativos à aquisição de bens e serviços encontram-se

regulamentados no seu Manual de Procedimentos, nomeadamente no seu capítulo PD-Compras.

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Universo de transacções que não tenha ocorrido em condições de mercado

Não ocorreram situações neste âmbito.

Lista de fornecedores que representam mais de 5% dos fornecimentos e serviços externos:

Nome Localidade Morada Montante(*)PETROGAL - Portugal, SA MATOSINHOS R. D. NUNO ÁLVARES PEREIRA 9.283.146,34MAN VEICULOS IND. ALGÉS ALAMEDA FERNÃO LOPES 7.022.629,33Transgás - Soc. Pot. Gás Natural, SA BUCELAS EST. NACIONAL 116-V 3.343.856.81Empresa Transportes Gondomarense FÂNZERES RUA MONTEZELO, 815 3.310.107,69VALPIBUS - Alberto Pinto e Filhos, SA GANDRA PRD AV. JOAQUIM RIBEIRO 3.206.970,01TIP - Transportes Intermodais do Porto, ACE PORTO AV.ª FERNÃO DE MAGALHÃES 1.747.353,34EUROMEX - Comp. Limpezas Mecanizadas, Lda. PERAFITA EST. NACIONAL 107, 3 1.672.263,72AXA PORTO RUA GONÇALO SAMPAIO 1.255.579,01TOTAL 30.841.906,25(*) Valores em euros e com IVA incluído

8.4.4 Remunerações dos Órgãos Sociais

Todos os membros do Conselho de Administração são administradores executivos.

Apresenta-se quadro síntese com toda a informação solicitada para os membros dos órgãos de

administração, do órgão de fiscalização e da mesa da Assembleia-Geral que exerceram funções na

STCP ao longo do ano de 2006:

Remunerações e Encargos com Benefícios Sociais (em milhares de euros)

Nome

Juvenal Silva Peneda (3)João Rui Sousa Simões Fernandes MarranaJoão Velez Carvalho (4)Miguel Barbosa de Carvalho Macedo (5)Fernanda Pereira Noronha Meneses Mendes Gomes (6)Jorge Rui Guimarães Freire de Sousa (6)(7)Rui André Albuquerque Neiva da Costa Saraiva (6)António Paulo da Costa Moreira de Sá (6)António Abel de Melo Nunes (5)João Filipe de Carvalho Malheiro Vilaverde (5)M.ª Teresa Vasconcelos Abreu Flôr MoraisRui Moreira (6)Carlos Maria Rocha Pinheiro Torres (6)Alves da Cunha, A. Dias & Associados, SROC

Seg. SocialContrib.

Beneficiário0

6,482,002,524,87

04,824,82

Seg. SocialContrib.Patronal

013,784,265,3510,34

010,2410,24

Regime deSegurançaSocial (2)

CGARGSSRGSSRGSSRGSSCGARGSSRGSS

SenhasPresença

(Ass. Geral)

0,580,320,45

00

AdicionalAcum. Funçõesem Empr. Parti-cipadas (1)(8)

017,666,878.3212,5312,5312,5312,53

DespesasRepresen-tação (1)

015,355,987,2414,6210,8910,8910,89

RemuneraçãoPrincipal (1)

051,1819,9224,1341,7636,3136,3136,31

14,10

Cargo

Presid. CAVogal CAVogal CAVogal CAPresid. CAVogal CAVogal CAVogal CA

Presid. Ass. GeralSecr. Ass. Geral

Vice-Pres. Ass. GeralPres. Ass. GeralSecr. Ass. Geral

Fiscal Único(1) - Inclui Subsídio de Férias e Subsídio de Natal(2) - Não existe qualquer regime complementar para os AdministradoresIndicam-se os regimes de Segurança Social que abrangem os Administradores(3) - Em 2006 não auferiu remuneração mensal, despesas de representação e adicional mensal de acumulação de funções pela STCP, tendo optado por ser remunerado pelo cargo exercido na Metro do Porto, SA emacumulação de funções. Exerceu funções até 18 de Abril de 2006(4) - Apenas exerceu funções até 21 de Março de 2006(5) - Exerceu funções até 18 de Abril de 2006(6) - Exerce funções desde 18 de Abril de 2006(7) - Efectua directamente o pagamento de contribuições à CGA(8) - O montante do valor mensal é indicado pela Comissão de Remunerações

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Outras Regalias e Compensações e Informações Adicionais (em milhares de euros)

Informa-se adicionalmente que em 2006 os membros do Conselho de Administração não auferiram

remunerações relativas a:

• Prémios de Gestão

• Subsídios de Deslocação

• Subsídio de Refeição

Não se aplicaram igualmente aos membros do Conselho de Administração, em funções ao longo

de 2006, as seguintes situações:

• Seguros de Saúde ou de Vida

• Opção pelo vencimento de origem

• Usufruto de casa de função

• Exercício de funções remuneradas em empresas participadas ou fora do grupo

Nome

Juvenal Silva PenedaJoão Rui Sousa Simões Fernandes MarranaJoão Velez CarvalhoMiguel Barbosa de Carvalho MacedoFernanda Pereira Noronha Meneses Mendes GomesJorge Rui Guimarães Freire de SousaRui André Albuquerque Neiva da Costa SaraivaAntónio Paulo da Costa Moreira de Sá

Exercício opçãoaquisição

viatura serviçosimnãosimsimnãonãonãonão

Cargo

Presid. CAVogal CAVogal CAVogal CAPresid. CAVogal CAVogal CAVogal CA

Valoraquisição

viatura serviço49,7538,6740,0037,4140,0040,6430,0050,13

Anoaquisição

viatura serviço20032003200320012005200320041999

Custo prémioseguro acidentes

pessoais0,060,200,050,050,170,150,150,13

Combustívelgasto

viaturas serviço0,352,040,380,320,882,611,182,45

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Ficha Técnica:

Sociedade Transportes Colectivos do Porto, S.A.

Av. Fernão Magalhães, 1862 - 13º

4350-158 PORTO

Tel. 351 22 5071000

Fax 351 22 5071150

e-mail - [email protected]

Capital Social - euros 79.649.000

Capital Próprio - euros (175.497.602)

N.º Contribuinte - 500246467

Registada na 2.ª Conservatória do Registo

Comercial do Porto com o n.º 51372

Depósito Legal - 225450/05

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EXTRACTO DA ACTA DA ASSEMBLEIA GERAL DA SOCIEDADE DE TRANSPORTES COLECTIVOS DO PORTO, S.A. DE 8 DE MAIO DE 2007

……………………………………………………………………………………………………………………

Iniciaram-se os trabalhos pela análise do primeiro ponto da Ordem de Trabalhos – Deliberar sobre o

Relatório de Gestão, que inclui o relatório do desenvolvimento sustentável, e as Contas do Exercício

de dois mil e seis, documentos estes acompanhados do Relatório e Parecer do Fiscal Único e Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria, todos apensos a esta acta.

O Senhor Presidente da Mesa da Assembleia Geral concedeu a palavra à Senhora Presidente do Conselho de Administração, Dra. Fernanda Pereira Noronha Meneses Mendes Gomes, para apresentar os aspectos mais relevantes do Relatório.

No uso da palavra, a Senhora Presidente do Conselho de Administração procedeu a uma breve caracterização da situação da Empresa e da conjuntura em que se insere, nos termos de documento anexo à presente acta.

Uma vez terminada esta intervenção, o representante da totalidade do capital social votou favoravelmente a aprovação do Relatório de Gestão, que inclui o relatório do desenvolvimento sustentável, e as Contas do Exercício de dois mil e seis, atenta a ênfase expressa na Certificação Legal das Contas.

O Senhor Presidente da Mesa da Assembleia Geral informou que se passaria à discussão do segundo ponto da Ordem de Trabalhos, ou seja, deliberar sobre a proposta de aplicação dos

resultados do mesmo exercício, apresentada pelo Conselho de Administração, no sentido de o prejuízo apurado, no montante 25.600.521 euros (vinte e cinco milhões, seiscentos mil, quinhentos e vinte e um euros), ser integralmente transferido para a conta de Resultados Transitados.

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Usou da palavra o representante do capital social que votou favoravelmente a proposta de aplicação de resultados apresentada pelo Conselho de Administração, no sentido de transferir para Resultados Transitados o prejuízo de 25.600.521 euros (vinte e cinco milhões, seiscentos mil, quinhentos e vinte e um euros).

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Está Conforme o Original O Secretário da Mesa da Assembleia Geral

(Dr. Carlos Maria Rocha Pinheiro Torres)