relato grupo 1

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Page 1: relato grupo 1

GRUPO 1

- Além das questões orientadoras para o debate, foi lembrada a importância de pensar os aspectos regionais e locais.

- Importante lembrar que a oferta gera demanda. Quando há ofertas de melhores serviços há mais demandas por eles. Também se deve lembrar que o melhor atendimento pode empoderar as mulheres, que precisam ter uma rede completa de apoio (enfrentamento à violência, autonomia econômica, educação, assistência social...)

- Algumas recomendações de estratégias são experiências já realizadas ou ainda em planejamento que podem ser replicadas.

- Os três itens de debate estão interligados.

3 – Estratégias de Articulação Política

- As atividades de sensibilização/capacitação na ponta (UBS, PSF) são indicadas para os municípios, pois eles podem chegar a todos os postos. No caso da gestão estadual, é necessário que as profissionais venham às ações da gestão.

- Fazer cursos nacionais para formar multiplicadores.

- Fazer atividades em cidades polo para atingir municípios pequenos.

- As ações para sensibilização/formação para esse tema precisam ser disparado pelo MS, Conass e Conasems. Depois de iniciada por eles, não da para ficar solto. Precisa de estratégia montada para que depois se dispare localmente as ações pelos gestores. Devemos fazer isso como bola de neve.

- Precisa de articulação continua entre coordenações LGBT, de política para mulheres e das áreas de saúde. É importante que sejam criadas as áreas técnicas da saúde lgbt. Também sempre importante a articulação com sociedade civil, incluindo conselhos da mulher e da saúde.

- As Ouvidorias são canais importantes que devem ser incluídos. Ouvidoria Geral e de saúde.

-A criação de grupos de lgbt nas unidades de saúde também podem ajudar na sensibilização. Deve ocorrer a partir dos profissionais da unidade.

- Gestores locais muitas vezes buscam contrapartidas para aplicar políticas. Precisa institucionalizar redes inter e intra governamentais que implementem políticas obrigatoriamente.

- Nos próximos seminários, gestores de SDH, SPM, MS precisam ouvir relatos de pessoas que tem as vivências para serem sensibilizados.

2 – Estratégias de Formação

- Importante pensar quem formar, como formar e por quem formar.

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- Formação, sensibilização, capacitação são diferentes. Em aspectos de sexualidade, é mais indicado primeiro sensibilizar, depois capacitação, depois formação. Se coloca formação, sem sensibilizar, tem pouco efeito. Sensibilizar para mudar; refletir, para mudar de atitude.

- Buscar o uso da ficção/lúdico. Muitas capacitações são chatas, é importante conseguir envolver as profissionais.

- Formação tem que ser cotidiana e permanente. Muitas vezes é preciso sensibilizar os serviços/gestores para que eles aceitem a formação no tema, pois alguns negam os problemas no atendimento (inclusive negam a existência da população LGBT atendida).

Por quem formar:

- É importante trazer a pessoa que vive a realidade para sensibilizar os tutores e outras pessoas que farão as capacitações. Em sensibilizações, também se pode trabalhar diretamente com pessoas que têm as vivências. Nem sempre só quem tem o estudo formal pode capacitar, mas também quem esta na militância ou na vivência das identidades.

- Também importante ter recurso para contratar consultorias especificas para sensibilização e capacitação, pois equipe técnica está sobre carregada.

- Há debate sobre obrigatoriedade de disciplinas sobre o tema em cursos de graduação. Obrigatório ou não? Obrigatório garante o mínimo de contato, mas não associa com outros aspectos da formação. Transversal associa com os demais aspectos, mas não há obrigatoriedade.

- MEC não determina tem disciplinas fixas. MEC dá perfil de profissional. É preciso que MEC coloque algo mais claro sobre sexualidade para diretriz pro curso de medicina. Conselhos de classe não tem função de indicar currículo. Isso é na universidade.

- Há cursos de extensão nas universidades que podem ser associados na formação de gestores.

- Estava prevista a abertura de uma linha de equidade no Pro Saúde e no PET Saúde. Ver junto ao MEC como as questões LGBT entram nessa linha.

- É importante levar a pauta para as Residências em Saúde Coletiva e Multiprofissional, pois reúnem pessoas sensíveis.

- Núcleos de pesquisa também agregam alunos e professores e podem ser associados em processos de formação. Não apenas os núcleos na área de saúde.

Quem formar:

- Melhores experiências de saúde acontecem pq tem gestores comprometidos. É preciso trabalhar bem os gestores.

- Professores da rede básica e profissionais de saúde da rede básica do interior do estado.

- professores universitários, todos os profissionais de saúde e profissionais de educação.

- Os profissionais que estão na ativa precisam sempre ser reciclados sempre.

Page 3: relato grupo 1

- Conselhos de profissionais precisam se envolver e ser envolvidos.

- Profissionais das unidades de atenção a saúde da família e também nos locais especializados.

Como formar:

- Fazer escuta do profissional e das mulheres lésbicas e bi em um espaço conjunto. Depois fazer documento que de um lado tem informação para o profissional e do outro para as mulheres lésbicas. A usuária se vê de um lado. O profissional se vê do outro.

- Curso feito a distancia para profissionais do interior do estado (plataforma moodle). Atividade final debater tema com a comunidade local. Premiação (laptops, câmeras). Tutores para acompanhar o curso, pois há encontros presenciais.

- O curso e um bom tutor não garante que as práticas mudem. Há algumas estratégias para efetivar a política: incentivar que a discussão de caso sobre alguma paciente lésbica seja feita nas reuniões de equipe da UBS.

- Agendar com UBS capacitação sem informar teor. Contratar atrizes para passar por pacientes e ver reação dos profissionais. Dialogar a partir da reação deles com as atrizes.

- As denúncias na ouvidoria podem ser usadas para identificar UBS, postos, pólos e escolas com mais lesbobifobia. As capacitações-sensibilizações podem ser levadas para estes lugares sem que eles sejam avisados das denúncias previamente.

- As mulheres que fizeram sensibilização eram lesbicas. Fizemos a sensibilização a partir do trabalho de pesquisa de uma lesbica sobre acesso. A parte técnica Tb será dada por uma pessoa da área de saúde que e lesbica.

- Preparar cartazes para tirar foto com profissionais e colocar em redes sociais (ex: sou contra a homo lesbo bi trans fobia). A partir da foto, a proposta é que os profissionais discutam o que significa o conteúdo do cartaz.

- Videoconferências sobre o tema. Para isso também precisa de materiais. As vídeoconferencias depois são formatadas pra curso.

- Eventos dentro dos CRMs, em articulação com eles. Levando médicos para falar para médicos. Além de médicos formados, podem atrair a participação de estudantes.

- Trabalhar com educadores locais que montam as turmas dos municípios de suas redondezas. Quando trabalhamos com pessoas do local e mais fácil lidar com as questões especificas locais.

- Os profissionais que tinham acolhimento melhor era por que tinham vivências com pessoas em sua família que eram gays ou lésbicas. É importante levar lésbicas e bi para as capacitações para que sejam vistas e ouvidas.

1 – Estratégias de Comunicação

- A internet e produtos audiovisual podem ajudar a informação a chegar a locais mais remotos.

Page 4: relato grupo 1

- Usar cartazes / selos para marcar visualmente que uma unidade de saúde foi sensibilizada/formada para o atendimento a mulheres lésbicas e bi também é uma estratégia para comprometer gestor e profissionais da unidade.