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30 A Hora Veterinária – Ano 34, nº 200, julho/agosto/2014 INTRODUÇÃO RELATO DE CASO Relato de caso: Tuberculose sistêmica em bezerro Um bezerro sem raça definida, com oito meses de idade, foi atendido no Centro de Desenvolvimento da Pecuária da Universidade Federal da Bahia, com histórico de emagrecimen- to progressivo, aumento de volume na região do pescoço e difi- culdade respiratória. O animal apresentava perda da condição corporal, aumento dos linfonodos parotídeos, submandibular, retrofaríngeos, cervical superficial e sub-ilíaco, tosse crônica, secreção nasal purulenta, estridores respiratórios e estertores pulmonares. No teste da tuberculinização cervical comparada, o bezerro apresentou resultado positivo. Foi realizada a eutaná- sia e à necropsia e foram observadas lesões sugestivas de tuber- culose nos linfonodos, pulmões, fígado e intestinos. Pela bacte- riologia, observou colônias pequenas, de aspecto rugoso e colo- ração creme. Essas foram submetidas à coloração de Ziehl-Neelsen e todos os esfregaços evidenciaram a presença de bacilos álcool- ácido resistentes. A caracterização molecular, pela técnica de PCR multiplex, confirmou o Mycobacterium bovis. Os resulta- dos do exame clínico, TTCC e bacteriologia indicaram tubercu- lose em um bezerro e a PCR foi fundamental para a identifica- ção do agente etiológico. F. ALZAMORA FILHO 1 , T. S. SOUZA 2 , C. C. V. LIMA 2 , I. FEHLBERG 2 , A. C. ALCÂNTARA 2 , M. M. FERREIRA 2 , J. N. COSTA 3 1 Fernando Alzamora Filho, Uni- versidade Estadual de Santa Cruz (UESC), Departamento de Ciên- cias Agrárias e Ambientais, Campus Soane Nazaré de Andrade, Ilhéus,BA, BRASIL. [email protected] 2 Thiago Sampaio de Souza, Carla Caroline Valença de Lima, Italaney Fehlberg, Adriano Costa de Alcântara, Margareth Moura Ferreira, Universidade Federal da Bahia (UFBA), Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia, Salvador, BA, BRASIL. 3 Joselito Nunes Costa, Univer- sidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB), Centro de Ci- ências Agrárias, Ambientais e Bi- ológicas. Cruz das Almas, BA, BRASIL. INTRODUÇÃO A tuberculose bovina é uma zoonose de evolução crônica causada pelo Mycobacterium bovis, que pertence ao Complexo Mycobacte- rium tuberculosis. A doença é caracterizada pelo desenvolvimento progressivo de lesões nodulares denominadas tubérculos, localiza- dos em qualquer órgão, predominantemente no sistema respiratório e linfonodos associa- dos (Fuverki et al., 2008). Ocasiona tubercu- lose em bovinos, suínos, primatas e carnívo- ros. Destaca-se como zoonose de reconheci- da importância entre as micobactérias tuber- culosas. A prevalência da tuberculose causa- da pelo M. bovis é maior em países subdesen- volvidos e em desenvolvimento, sendo um grande problema para a expansão do setor pecuário (Parreiras et al., 2012). Os prejuízos econômicos determinados por esta enfermi- dade manifestam-se pela redução de 10 a 20% da produção de leite e do ganho de peso, alte- rações reprodutivas e condenação de carca- ças. Os principais fatores que favorecem a transmissão dessa doença no rebanho são: tamanho do rebanho, elevada densidade populacional e presença de animal portador (Bittencourt, 2009; Oliveira et al., 2007). Em países desenvolvidos, a prevalência é reduzida em virtude da implantação e conso- lidação de programas de controle e erradicação que visam o saneamento do rebanho, através da identificação de animais infectados, e o sacrifício dos animais reagentes e posterior implantação de um sistema para vigilância epidemiológica da doença, principalmente, a partir dos serviços oficiais nos abatedouros (Almeida, 2006; De La Rua-Domenech, 2006; Kantor et al., 2008). No Brasil, a doença é endêmica e tem uma prevalência média estimada em 1%, sen- do que há diferenças significativas entre as regiões (Kantor; Ritacco, 2006). Em Ilhéus, Bahia, foi realizado o teste intradérmico cervical HV200.pmd 16/06/2014, 09:53 30

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30 A Hora Veterinária – Ano 34, nº 200, julho/agosto/2014

INTRODUÇÃORELATO DE CASO

Relato de caso:Tuberculose sistêmicaem bezerro

Um bezerro sem raça definida, com oito meses de idade,foi atendido no Centro de Desenvolvimento da Pecuária daUniversidade Federal da Bahia, com histórico de emagrecimen-to progressivo, aumento de volume na região do pescoço e difi-culdade respiratória. O animal apresentava perda da condiçãocorporal, aumento dos linfonodos parotídeos, submandibular,retrofaríngeos, cervical superficial e sub-ilíaco, tosse crônica,secreção nasal purulenta, estridores respiratórios e estertorespulmonares. No teste da tuberculinização cervical comparada,o bezerro apresentou resultado positivo. Foi realizada a eutaná-sia e à necropsia e foram observadas lesões sugestivas de tuber-culose nos linfonodos, pulmões, fígado e intestinos. Pela bacte-riologia, observou colônias pequenas, de aspecto rugoso e colo-ração creme. Essas foram submetidas à coloração de Ziehl-Neelsene todos os esfregaços evidenciaram a presença de bacilos álcool-ácido resistentes. A caracterização molecular, pela técnica dePCR multiplex, confirmou o Mycobacterium bovis. Os resulta-dos do exame clínico, TTCC e bacteriologia indicaram tubercu-lose em um bezerro e a PCR foi fundamental para a identifica-ção do agente etiológico.

F. ALZAMORA FILHO1,T. S. SOUZA2, C. C. V. LIMA2, I. FEHLBERG2,

A. C. ALCÂNTARA2, M. M. FERREIRA2, J. N. COSTA3

1Fernando Alzamora Filho, Uni-versidade Estadual de Santa Cruz(UESC), Departamento de Ciên-cias Agrárias e Ambientais,Campus Soane Nazaré deAndrade, Ilhéus,BA, [email protected]

2Thiago Sampaio de Souza,Carla Caroline Valença deLima, Italaney Fehlberg,Adriano Costa de Alcântara,Margareth Moura Ferreira,Universidade Federal da Bahia(UFBA), Escola de MedicinaVeterinária e Zootecnia, Salvador,BA, BRASIL.

3Joselito Nunes Costa, Univer-sidade Federal do RecôncavoBaiano (UFRB), Centro de Ci-ências Agrárias, Ambientais e Bi-ológicas. Cruz das Almas, BA,BRASIL.

INTRODUÇÃO

A tuberculose bovina é uma zoonose deevolução crônica causada pelo Mycobacteriumbovis, que pertence ao Complexo Mycobacte-rium tuberculosis. A doença é caracterizadapelo desenvolvimento progressivo de lesõesnodulares denominadas tubérculos, localiza-dos em qualquer órgão, predominantementeno sistema respiratório e linfonodos associa-dos (Fuverki et al., 2008). Ocasiona tubercu-lose em bovinos, suínos, primatas e carnívo-ros. Destaca-se como zoonose de reconheci-da importância entre as micobactérias tuber-culosas. A prevalência da tuberculose causa-da pelo M. bovis é maior em países subdesen-volvidos e em desenvolvimento, sendo umgrande problema para a expansão do setorpecuário (Parreiras et al., 2012). Os prejuízos

econômicos determinados por esta enfermi-dade manifestam-se pela redução de 10 a 20%da produção de leite e do ganho de peso, alte-rações reprodutivas e condenação de carca-ças. Os principais fatores que favorecem atransmissão dessa doença no rebanho são:tamanho do rebanho, elevada densidadepopulacional e presença de animal portador(Bittencourt, 2009; Oliveira et al., 2007).

Em países desenvolvidos, a prevalênciaé reduzida em virtude da implantação e conso-lidação de programas de controle e erradicaçãoque visam o saneamento do rebanho, atravésda identificação de animais infectados, e osacrifício dos animais reagentes e posteriorimplantação de um sistema para vigilânciaepidemiológica da doença, principalmente, apartir dos serviços oficiais nos abatedouros(Almeida, 2006; De La Rua-Domenech, 2006;Kantor et al., 2008).

No Brasil, a doença é endêmica e temuma prevalência média estimada em 1%, sen-do que há diferenças significativas entre asregiões (Kantor; Ritacco, 2006). Em Ilhéus,Bahia, foi realizado o teste intradérmico cervical

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comparado em 916 fêmeas bovinas com idade acima de 24meses e foi constatada prevalência de 2,8% de animaisreagentes ao M. bovis e de 10,6% de propriedades com ani-mais positivos (Ribeiro et al., 2003). No combate à tuberculo-se bovina, o levantamento da doença nas fazendas, em amos-tras representativas, pode proporcionar boas estimativas dafrequência da doença, reservando-se aos matadouros o papelde “sentinela epidemiológica” e de rastreabilidade (Baptistaet al.,2004). Costa et al. (2010) avaliaram linfonodos e lesõespulmonares sugestivas ou não de tuberculose, durante a ins-peção post-mortem em três abatedouros na região metropoli-tana de Salvador. Na inspeção, foram coletadas amostras de43 carcaças bovinas, sendo que sete amostras foram identi-ficadas como M. bovis pela biologia molecular. Dessas amos-tras, apenas cinco apresentavam características macroscópicassugestivas de tuberculose.

O Brasil começou o combate à doença com a imple-mentação do Programa Nacional de Controle e Erradicação daBrucelose e Tuberculose (PNCEBT) em 2001 (Parreiras et al.,2012), mas a tuberculose continua sendo um importante pro-blema de sanidade animal e saúde pública. O presente estudotem como objetivo divulgar as alterações clínicas, achadosmacroscópicos da necropsia e exames bacteriológicos emoleculares de um bezerro com tuberculose generalizada, aten-dido no Centro de desenvolvimento da pecuária da Escola deMedicina Veterinária da Universidade Federal da Bahia (CDP-UFBA). A importância deste trabalho é demonstrar a importân-cia dos exames bacteriológico e molecular para confirmação dodiagnóstico de tuberculose, principalmente em propriedadesonde a tuberculose não foi comprovada anteriormente.

RELATO DE CASO

No ano de 2010, deu entrada no CDP-UFBA um bezerrosem raça definida, de oito meses de idade, proveniente daregião de Santo Amaro, Bahia. De acordo com o histórico clí-nico, o animal apresentou perda progressiva da condição cor-poral e dificuldade respiratória. O animal apresentava escorecorporal um (1-5), aumento dos linfonodos parotídeo,submandibular (Figura 1), retrofaríngeo, cervical superficial esubilíaco. No exame do sistema respiratório verificou-se se-creção nasal mucopurulenta bilateral, hiperfonse laringo-traqueal, tosse crônica, estridores respiratório e estertorespulmonares. O hemograma revelou hiperfibrinogenemia (800mg/dL), leucocitose (15.450/ì /L) com linfocitose (10.970/ì /L)e monocitose (1082/ì /L). Foi realizado o teste de tubercu-linização cervical comparada e o bezerro apresentou uma dife-rença de 17 mm, sendo esse resultado considerado positivopara tuberculose (BRASIL, 2006). O animal foi eutanasiado eencaminhado ao setor de necropsia e os tecidos afetados fo-ram coletados para exame bacteriológico. O animal apresen-tou extensas lesões nodulares granulomatosas localizadas noslinfonodos submandibulares, parotídeos, retrofaríngeos (Fi-gura 2), mediastínicos (Figura 3), pulmão (Figura 4) e fígadoque, ao corte, apresentavam “ranger de faca”, com coloraçãoamarelada e secreção caseosa ao centro. Amostras de lesõesnos linfonodos e pulmão foram colhidas e encaminhadas aoLaboratório de Tuberculose da Escola de Medicina Veteriná-

ria – UFBA e no exame bacteriológico, houve crescimento nomeio Stonebrinck-Leslie, aos 39 dias, de colônias pequenas,arredondadas, de superfície granular, bordas irregulares, co-loração creme e crescimento disgônico (Kantor; Ritacco, 1994;Costa, 2010). Esta morfologia de colônias é considerada porMonteiro et al. (2003) como possivelmente a forma típica dasmicobactérias do Complexo Mycobacterium tuberculosis, epara Reis et al. (2011) e Mota et al. (2001), são colônias típicasde M. bovis, aquelas de coloração creme, amareladas, peque-nas, arredondadas, com bordas irregulares e superfície granu-lar, semelhantes aos isolados da presente pesquisa.

As colônias isoladas foram submetidas à coloração deZiehl-Neelsen (BRASIL, 2008) e confirmada à característica deBAAR (Bacilo álcool-ácido resistente). Da amostra BAARpositiva foi extraído o DNA e submetida à identificação pelométodo de PCR multiplex (mPCR) segundo Warren et al. (2006).O diagnóstico baseado na reação em cadeia da polimeraseoferece vantagem em relação aos métodos tradicionais de iden-tificação, por ser rápido, sensível e específico (Ruggiero, 2004;Fuverki et al., 2008). O isolado foi identificado como M. bovispela biologia molecular. Cada reação do mPCR de Mycobacte-rium spp. continha, em um volume final de 25 ìl, 0,625 Unida-des da enzima HotStarTaq plus DNA polymerase (QIAGEN),tampão de PCR 1X, tampão Q 1X, 2 mM MgCl2, 0,4 mM decada dNTP, 1 ìM de cada primer e 100 ng de DNA, tanto doscontroles positivos e negativos quanto da amostra BAARpositiva. As reações foram realizadas no termociclador

Figura1. Bezerro com aumento dos linfonodossubmandibulars e parotídeos

Figura 2. Corte transversal dos Linfonodos retrofaríngeos.Observa-se múltiplos tubérculos (setas), alguns com necrosede caseificação no centro da lesão (cabeça de seta).

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(Bio-Rad iCycler iQ5) sob as seguintes condições: incubaçãoinicial a 95 ºC por 5 minutos; seguidos por 45 ciclos de 94 ºC por1 minuto, 62 ºC por 1 minuto e 72 ºC por 1 minuto; extensão final a72 ºC por 10 minutos. O isolado clínico analisado por mPCR reve-lou um padrão similar à cepa M. bovis AN5 (Figura 5). Esse re-sultado mostra que o método de mPCR utilizado no presente traba-lho é rápido e confiável para as micobactérias de crescimento lento.

A tuberculose causada pelo M. bovis é uma doença deevolução crônica, que acomete bovinos com idade acima de 36meses (Grisi Filho, 2011), mas pode afetar bezerros, sendo essauma importante fonte de manutenção do agente no rebanho. Autilização de várias metodologias laboratoriais permitiu uma re-dução no tempo necessário para a identificação do M. bovis,confirmando a presença da doença em um bezerro tuberculino-positivo, de uma propriedade considerada livre de tuberculose.

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Figura 3. Aumento do linfonodo mediatínico.

Figura 4. Presença de nódulos caseosos no parênquimapulmonar (setas).

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