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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIODIVERSIDADE TROPICAL Relação entre a qualidade ambiental e o hábito alimentar de peixes na bacia do rio Itaúnas, ES – Brasil Anna Paula Bôa da Silva São Mateus 2019

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIODIVERSIDADE TROPICAL

Relação entre a qualidade ambiental e o hábito alimentar de peixes na bacia do rio Itaúnas, ES – Brasil

Anna Paula Bôa da Silva

São Mateus

2019

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIODIVERSIDADE TROPICAL

Relação entre a qualidade ambiental e o hábito alimentar de peixes na bacia do rio Itaúnas, ES – Brasil

Anna Paula Bôa da Silva

São Mateus

2019

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Tropical da Universidade Federal do Espírito Santo, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Biodiversidade Tropical. Orientador: Prof. Dr. Luiz Fernando Duboc da Silva. Coorientador: Dr. Leonardo

Ferreira da Silva Ingenito.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a toda minha família pelo apoio e incentivo durante esse percurso, todos

foram fundamentais. Amo vocês!

A todos os amigos e colegas envolvidos nesse processo, deixo aqui meu enorme

agradecimento.

Agradeço ao meu orientador Luiz Fernando Duboc por todo seu conhecimento,

incentivo, apoio e por me permitir fazer parte desse time. Ao meu coorientador

Leonardo Ingenito e todos os integrantes do NuPPeC, só tenho a agradecer a todos.

A banca por ter aceitado meu convite, meu muito obrigada.

Agradeço ao programa CAPES que financiou esse projeto.

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RESUMO

Este estudo foi desenvolvido com o objetivo de investigar a dieta de variadas espécies

de peixes em diferentes ambientes na bacia do rio Itaúnas, visando melhorar a

compreensão de suas interações ecológicas no contexto do ecossistema. A bacia do rio

Itaúnas encontra-se inserida no bioma Mata Atlântica, possuindo uma superfície de

aproximadamente 4.480 km2, sendo 4.360 km2 no estado do Espírito Santo e 120 km2

no estado da Bahia. A área de estudo é constituída de 10 pontos ao longo da bacia do

rio Itaúnas situados nos municípios de Conceição da Barra, Pedro Canário e divisa

entre Pinheiros e Montanha. As coletas foram realizadas por capturas intensivas e

generalizadas, no período entre Julho de 2017 e Fevereiro de 2018. Os petrechos

utilizados nas amostragens foram peneiras e redes de arrasto. A qualidade ambiental

foi interpretada através do “Índice de Integridade do Hábitat” (IIH). Foram coletados

1.742 exemplares de peixes, distribuídos em 4 ordens, 11 famílias, 19 gêneros e 21

espécies. A dieta das espécies selecionadas foi realizada através de índices

alimentares, complementados por análises de diversidade, uniformidade, índice de

repleção estomacal, fator de condição e similaridade. Foram analisados 809

estômagos, resultando em 60 itens alimentares identificados para todas as espécies e

ambientes estudados, com maior expressividade para os itens autóctones. A dieta da

ictiofauna dessa bacia é sustentada principalmente pelos insetos aquáticos, disponíveis

em grande quantidade no ambiente, o que ressalta a importância da integridade da

vegetação ripária como sendo a principal fornecedora de recursos para a sustentação

da biota aquática. A bacia do rio Itaúnas se encontra com alto índice de degradação,

principalmente pelo desmatamento, acarretando o empobrecimento da diversidade

de peixes, que como observado no estudo, algumas espécies mais exigentes e que

consomem itens mais específicos de ambientes melhores, tais como itens alóctones e

de corredeiras, acabam ficando restritas aos ambientes mais preservados que ainda

apresentam possibilidade de ofertar tais itens.

Palavras-chave: Mata Atlântica, ictiofauna, ecologia trófica, riachos.

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ABSTRACT

This study was developed with the objective of investigate the diet of various fish

species in different environments in Itaúnas river basin, aiming to improve the

understanding of their ecological interactions in context of the ecosystem. The Itaúnas

River basin is part of Mata Atlântica biome, with an area of approximately 4,480 km2,

of which 4,360 km2 is in the state of Espírito Santo and 120 km2 in the state of Bahia.

The study area consists of 10 points along the Itaúnas river basin located in cities of

Conceição da Barra, Pedro Canário and on border between Pinheiros and Montanha.

The collections were performed by intensive and generalized catches from July 2017 to

February 2018. The utensils used in the samplings were sieves and trawls.

Environmental quality was interpreted through the "Habitat Integrity Index" (HII). A

total of 1,742 specimens of fish were collected, distributed in 4 orders, 11 families, 19

genera and 21 species. The diet of the selected species was carried out through food

indices, complemented by analyzes of diversity, uniformity, stomach repletion index,

condition factor and similarity. A total of 809 stomachs were analyzed, resulting in 60

food items identified for all species and sites studied, with greater expressiveness for

autochtonous items. The ichthyofauna diet of this basin is supported mainly by aquatic

insects, which are available in large quantities in the environment, what stands out the

importance of riparian vegetation integrity as the main supplier of terrestrial resources

to support aquatic biota. The Itaúnas river basin has a high rate of degradation, mainly

due to deforestation, leading to impoverishment of fish diversity, which, as observed

in the study, are more demanding species that consume more specific items of better

environments, such as allochthonous items and of rapids, end up being restricted to

the most preserved environments that still have the possibility to offer such items.

Keywords: Atlantic Forest, ichthyofauna, trophic ecology, streams.

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SUMÁRIO

AGRADECIMENTOS ....................................................................................................................... i

RESUMO ....................................................................................................................................... ii

ABSTRACT .................................................................................................................................... iii

SUMÁRIO .................................................................................................................................... iv

INTRODUÇÃO ...............................................................................................................................1

OBJETIVO......................................................................................................................................4

OBJETIVOS ESPECÍFICOS ...............................................................................................................4

ÁREA DE ESTUDO .........................................................................................................................5

MATERIAL E MÉTODOS ..............................................................................................................10

Integridade do hábitat............................................................................................................10

Coleta da ictiofauna ...............................................................................................................11

Obtenção de dados dos estômagos e itens alimentares ........................................................12

ANÁLISE DE DADOS ....................................................................................................................13

Frequência de ocorrência (FO) ...............................................................................................13

Frequência de pontos (Fpi).....................................................................................................13

Índice de importância alimentar (IAi) .....................................................................................14

Índice de diversidade alimentar de Shannon-Wiener – H’a ...................................................14

Uniformidade de Pielou - e ....................................................................................................15

Índice de repleção estomacal (IR) ..........................................................................................15

Fator de condição (FC) ...........................................................................................................16

Bray-curtis ..............................................................................................................................17

SIMPER (Similarity Percentage) ..............................................................................................17

RESULTADOS ..............................................................................................................................18

Dados ambientais ...................................................................................................................18

Ictiofauna ...............................................................................................................................19

Análises da alimentação .........................................................................................................21

Análises de similaridade .........................................................................................................27

Índice de repleção estomacal .................................................................................................33

Fator de condição (FC) ...........................................................................................................37

DISCUSSÃO .................................................................................................................................40

CONCLUSÃO ...............................................................................................................................54

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................................55

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ANEXOS ......................................................................................................................................70

ANEXO l ..................................................................................................................................71

ANEXO ll .................................................................................................................................72

ANEXO lll ................................................................................................................................75

ANEXO lV ................................................................................................................................82

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INTRODUÇÃO

A Mata Atlântica é hoje um dos biomas prioritários para a conservação da

biodiversidade mundial. Sua cobertura vegetal já se estendeu por uma área

equivalente a 1.315.460 km ao longo de 17 estados brasileiros, abrangendo um

mosaico de diferentes tipos de vegetações, como florestas ombrófilas densa, aberta e

mista; florestas estacionais decidual e semidecidual; campos de altitude, mangues e

restingas (Campanili & Prochnow, 2006; SOS Mata Atlântica & Inpe, 2018). Hoje,

restam apenas cerca de 8,5% de remanescentes florestais acima de 100 hectares do

que existia originalmente. É um hotspot mundial sendo uma das áreas mais ricas em

biodiversidade e mais ameaçadas do planeta e decretada Reserva da Biosfera pela

Unesco e Patrimônio Nacional (SOS Mata Atlântica & Inpe, 2018).

O bioma apresenta níveis extremamente elevados de biodiversidade, no qual estão

registradas cerca de 20 mil espécies de plantas, 298 de mamíferos, 992 de aves, 200 de

répteis, 370 de anfíbios e 350 de peixes (SOS Mata Atlântica & Inpe, 2018). Os peixes

representam aproximadamente 50% das espécies de vertebrados, englobando cerca

de 32.000 espécies que ocupam os mais diversos ambientes aquáticos (Nelson, 2016).

A região Neotropical é a que contém a maior diversidade de peixes de água doce de

todo o planeta (Vari & Malabarba, 1998), e segundo Reis et al., (2003), há registro de

cerca de 6.000 espécies, sendo 4.475 válidas e 1.550 conhecidas, mas não descritas.

No Brasil são conhecidas oficialmente cerca de 3.150 espécies de peixes de água doce

(ICMBio, 2018), o que corresponde a cerca de 10% de todas as espécies de peixes

(Nelson, 2016) e mais de 20% das espécies de água doce do mundo (Buckup et al.,

2007). Essa adaptabilidade reflete a grande flexibilidade fenotípica dos peixes, a qual

permite a expressão de diferentes opções ecomorfológicas a um ambiente

constantemente variável (Miranda, 2012).

A maior parte da ictiofauna encontrada nos riachos da Mata Atlântica é composta por

espécies de peixes de pequeno porte (menos de 15 cm de comprimento, sensu Castro,

1999), com distribuição geográfica restrita, sem valor comercial e dependente da

vegetação ripária para sobrevivência (Bitti, 2015), e são as matas ripárias que

desempenham um papel fundamental na estruturação de hábitats, fornecimento de

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abrigo, manutenção da qualidade de água e formação de matéria orgânica (Montag et

al., 1997), onde suas raízes atuam estabilizando as margens, evitando a erosão e o

assoreamento. Além disso, a mata ripária proporciona condições de temperaturas

mais baixas, pelo sombreamento, permitindo uma maior solubilidade de O2,

proporciona alimento alóctone ao rio e aumenta a heterogeneidade ambiental do

próprio rio, graças ao aporte de detritos de diferentes tamanhos à calha (MMA, 2000;

Sabino, 1996). As consequências da retirada da mata ripária, bem como da vegetação

marginal, afetam sobremaneira as comunidades de peixes no que diz respeito às

atividades das quais dependem a visão, como por exemplo, alimentação (Menezes et

al., 1990) e reprodução (Menezes et al., 2007). Esses fatores em conjunto são

responsáveis por baixa riqueza, alta dominância e presença de espécies exóticas em

grande parte dos ambientes aquáticos encontrados no âmbito atual da Mata Atlântica

(Melo et al., 2004; Casatti et al., 2012). A enorme diversidade da biota de água doce da

Mata Atlântica tem sido particularmente negligenciada (Lovejoy, 2005). São muitos os

ambientes para os peixes de água doce e muitos impactos à sobrevivência da

ictiofauna nativa (Abilhoa & Duboc, 2004).

O Espírito Santo está completamente inserido na região da Mata Atlântica sendo que

100% de sua superfície era coberta por Mata Atlântica, mas atualmente os

remanescentes do bioma compreendem apenas 11% da floresta original (SOS Mata

Atlântica & Inpe, 2018). Este sistema é entrecortado por vários sistemas hídricos, cuja

riqueza contrasta com o relativamente pequeno conhecimento de sua fauna ictiológica

(Presley et al., 2014; Sartor, 2014; Bôa, 2016). Apesar desta carência de pesquisas, as

poucas iniciativas levadas a cabo no sentido de se conhecer melhor os peixes de água

doce da região têm sido implementadas por pesquisadores do INMA (Sarmento-Soares

& Martins-Pinheiro, 2008) e por nossa equipe do NuPPeC/PPGBT, as quais vêm

revelando a existência de uma rica e diversificada fauna, muitas vezes associada de

forma íntima à floresta que lhe proporciona proteção e alimento (Coswosck, 2012;

Sarmento-Soares & Martins-Pinheiro, 2012; Machado, 2014; Sartor, 2014; Bitti, 2015;

Bôa, 2016; Gomes, 2017).

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Para se evitar um quadro generalizado de perda de espécies, se faz necessário um

maior e melhor conhecimento da ictiofauna de água doce regional e da situação de

suas bacias hidrográficas, particularmente as situadas no norte do estado (Sarmento-

Soares & Martins-Pinheiro, 2012). Deve-se considerar que os estudos de sua ecologia

são ainda incipientes (Duboc, 2007; Oyakawa et al., 2006; Coswosck & Duboc, 2015),

em uma região em estado avançado de degradação, o que aumenta a necessidade de

estudos nesta região.

Estudos sobre a alimentação de peixes em riachos no Brasil, particularmente os da

Mata Atlântica, indicam que as informações existentes sobre o assunto são bastante

fragmentadas e escassas (Esteves & Aranha, 1999; Duboc, 2003). A utilização da

alimentação como forma de estudo pode proporcionar interessantes campos para

discussão e aplicação de aspectos teóricos, como a substituição das espécies como

resultado de componentes espacial, temporal e trófico do nicho (Schöener, 1974),

além de se obter conhecimento básico da biologia das espécies em questão, para se

compreender a organização trófica do ecossistema e o conhecimento dos mecanismos

biológicos de interação entre espécies, como predação e competição (Esteves &

Aranha, 1999; Herrán, 1988).

Pesquisas sobre a biologia alimentar de peixes também podem gerar subsídios para

uma melhor compreensão das relações entre a ictiofauna e os demais organismos da

comunidade aquática (Hahn & Delariva, 2003). A importância de avaliar os itens do

conteúdo estomacal mostra de forma ampla a estrutura de um ambiente, de forma

que o alimento consumido permite diagnosticar grupos distintos e diferentes dietas

dentro da ictiofauna, podendo inferir sobre o grau de importância de certo item

alimentar assim como a importância dos diferentes níveis tróficos e as interrelações

entre os componentes estudados (Hahn et al., 2002).

Considerando-se a importância da floresta na ecologia dos peixes de riachos, pode-se

perceber a relevância do estudo sobre alimentação, uma vez que foi realizado com

várias famílias de riachos inseridos na Mata Atlântica, podendo fornecer informações

importantes a respeito de suas estratégias de vida, interações com outros organismos

do ecossistema e verificar variações na atividade alimentar em corpos d’água em

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diferentes estados de conservação, assim como a relação das espécies, além da

possibilidade de fornecer subsídios para a elaboração de ações de conservação das

espécies nativas de peixes.

As maiores lacunas de conhecimento da ictiofauna do Espírito Santo encontram-se nos

limites estaduais norte e sul. No limite norte, próximo à divisa com a Bahia, as bacias

dos rios Itaúnas e São Mateus são pobremente amostradas (Sarmento-Soares &

Martins-Pinheiro, 2008), cujos estudos sistematizados estão sendo realizados pelo

NuPPeC/PPGBT com a ictiofauna da bacia do rio São Mateus desde 2010 e a do rio

Itaúnas desde 2015, sendo este o primeiro estudo de ecologia trófica a mostrar

resultados para a ictiofauna desta última bacia.

OBJETIVO

Investigar a dieta de variadas espécies de peixes em diferentes ambientes na bacia do

rio Itaúnas, visando melhorar a compreensão de suas interações ecológicas no

contexto do ecossistema.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Estimar a qualidade ambiental nos pontos amostrados utilizando o “Índice de

Integridade do Hábitat” (Nessimian et al., 2008);

Amostrar as espécies de peixes nos pontos selecionados;

Determinar a dieta das espécies selecionadas através de índices alimentares;

Interpretar a relação da alimentação com a qualidade ambiental.

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ÁREA DE ESTUDO

A bacia do rio Itaúnas encontra-se inserida no bioma Mata Atlântica, possuindo uma

superfície de aproximadamente 4.480 km2, sendo 4.360 km2 no estado do Espírito

Santo e 120 km2 no estado da Bahia (ANA, 2014). Localiza-se ao sul da Bahia e no

extremo norte capixaba, tendo suas nascentes principais nos municípios de Ponto Belo

e Mucurici (Sarmento-Soares & Martins-Pinheiro, 2012). Sua bacia drena os municípios

de Ponto Belo, Mucurici, Montanha, Pinheiros, Pedro Canário, Boa Esperança,

Conceição da Barra e São Mateus, no Espírito Santo e Mucuri na Bahia (ANA, 2014).

A bacia do rio Itaúnas é pobre em disponibilidade hídrica superficial, estando inserida

numa região com baixa pluviosidade. O escoamento das águas fluviais é muitas vezes

esparso ou intermitente, características semelhantes às de rios do Semiárido. Os

recursos hídricos, além de escassos encontram-se com qualidade bastante

comprometida pelo lançamento "in natura" de efluentes domésticos e industriais. O

desmatamento é uma das ações regionais mais impactantes, contribuindo para

aumentar a problemática da seca. (ANA, 2014). Quanto ao estado da ictiofauna da

bacia, há uma grande escassez de estudos e os conhecimentos são poucos.

A área de estudo deste trabalho é constituída de 10 pontos ao longo da bacia do rio

Itaúnas situados nos municípios de Conceição da Barra, Pedro Canário e divisa entre

Pinheiros e Montanha (Fig. 1).

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Figura 1. A – Mapa do Brasil. B – Mapa do Espírito Santo. C – Ampliação das cidades onde os

pontos amostrais estão inseridos.

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Os pontos 1, 2 e 3 (Fig. 2) estão localizados no trecho 1, em uma região que faz divisa

entre Pinheiros e Montanha. Todo este trecho é caracterizado pela ausência de

vegetação ripária e pela presença de pastagens e plantações de eucalipto em seu

entorno:

O ponto 1 (Fig. 2, P01) é marcado por possuir um menor fluxo, com vegetação

marginal, substrato composto de areia, sendo um ambiente homogêneo (sem

uma maior estruturação de hábitats) com profundidade que varia entre 0,50 a

1 m.

O ponto 2 (Fig. 2, P02) possui uma pequena corredeira com fluxo mais rápido,

com vegetação marginal, substrato composto por areia e profundidade

variando entre 0,30 a 1,5 m.

O ponto 3 (Fig. 2, P03) é caracterizado por um menor fluxo, com pouca

vegetação marginal, contendo apenas uma árvore, substrato composto por

areia, pedras e algumas partes com lodo. Sua profundidade varia entre 0,30 a

0,5 m.

P01 P02

P03

Figura 2. Pontos 1, 2 e 3 localizados no trecho 1, na divisa entre Pinheiros e Montanha.

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Os pontos 4, 5 e 6 (Fig. 3) estão localizados no trecho 2, no município de Pedro

Canário. Esta é uma região com alguma vegetação ripária, porém, com plantações de

eucalipto e cultivos agrícolas próximos.

O ponto 4 (Fig. 3, P04) é um local mais homogêneo, com pouca vegetação

marginal, fluxo baixo, substrato composto por areia, com profundidade

variando entre 0,5 a 1,5 m e algumas rochas ao redor.

O ponto 5 (Fig. 3, P05) é caracterizado por uma corredeira de

aproximadamente 7 m de largura, com fluxo rápido, apresentando maior

heterogeneidade devido suas pedras e cascalhos.

O ponto 6 (Fig. 3, P06) fica abaixo da corredeira, com fluxo maior, substrato

composto por areia e algumas rochas, pouca vegetação marginal e

profundidade entre 0,30 a 1,5 m.

P04

P06

P05

Figura 3. Pontos 4, 5 e 6 localizados no trecho 2, município de Pedro Canário.

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Os pontos 7 e 8 (Fig. 4) também são localizados no município de Pedro Canário, mas no

trecho 3, mais a jusante do rio.

O ponto 7 (Fig. 4, P07) possui vegetação ripária e marginal mais abundante,

com pouco fluxo devido à seca, com profundidade não ultrapassando 0,5 m.

Apesar da pequena quantidade de água, o substrato neste ponto é bastante

heterogêneo, possuindo vários micro-hábitats, constituídos por areia, cascalho,

rochas, lodo e galhos de árvores.

O ponto 8 (Fig. 4, P08) está localizado em uma região sombreada e de fluxo

mais rápido, apresentando uma profundidade que varia entre 0,30 a 0,50 m.

Possui vegetação marginal e ripária abundante. A água possui coloração

transparente e o substrato é composto por areia, seixos e alguns locais com

lodo. Apesar de possuir uma variedade de micro-hábitats, este local possui uma

bomba de irrigação para cultivos agrícolas que ocorrem ao redor.

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Os pontos 9 e 10 (Fig. 5) estão localizados no trecho 4, no município de Conceição da

Barra. Ambos possuem vegetação ripária abundante e se sugerindo se tratar de mais

conservados em relação à situação da bacia.

O ponto 9 (Fig. 4, P09) é caracterizado por abundante vegetação marginal,

sendo um local totalmente fechado por floresta. Possui profundidade em torno

de 1,5 m com substrato de areia, silte, pedras e matéria orgânica com fluxo

médio.

O ponto 10 (Fig. 4, P10) possui um substrato variado com areia, pedras, galhos

e cascalhos. Também possui vegetação marginal abundante com profundidade

em torno de 1 a 1,5 m e fluxo médio.

MATERIAL E MÉTODOS

Integridade do hábitat

Com o intuito de interpretar as condições ambientais da área de estudo, foi realizada a

avaliação da integridade ambiental com base na caraterização visual dos aspectos

fisiográficos e fisionômicos de cada ponto pela aplicação do “Índice de Integridade do

Hábitat” - IIH (Nessimian et al., 2008).

P10 P09

Figura 5. Pontos 9 e 10 localizados no trecho 4, no município de Conceição da Barra.

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O IIH é fundamentado no preenchimento de uma ficha composta por 12 itens a partir

da observação visual da área em estudo, onde a máxima pontuação que pode ser

atingida é 1, para uma maior integridade, e a mínima é próxima a 0, para uma

integridade menor. Cada item possui de quatro a seis alternativas, cada qual com sua

respectiva pontuação variando de 1 a 6 pontos, os quais propõem avaliar o status

ambiental dos diferentes trechos estudados em gradações de qualidade (Anexo l).

Coleta da ictiofauna

As coletas foram realizadas por capturas intensivas, de modo a constituir um

levantamento de boa representatividade da ictiofauna de cada ponto amostrado no

período entre julho de 2017 e fevereiro de 2018, quando foram efetuadas duas

amostragens em cada ponto. Os petrechos utilizados nas amostragens foram peneiras

e redes de arrasto (Fig. 6). As peneiras mediam 55 cm de diâmetro e 0,25 cm de malha,

e a rede de arrasto 2 m de comprimento, 1,4 m de altura e 0,25 cm de malha.

Os exemplares capturados foram imediatamente eutanasiados em uma solução

anestésica de benzocaína a 1 g/l (CFBio, 2012) e então fixados em solução de formalina

a 10%, etiquetados, colocados em sacos plásticos e armazenados dentro de bombonas

plásticas. Em laboratório, após cerca de 48 h, os exemplares foram transferidos para

A B

Figura 6. Amostragem realizada na região do estudo. A: peneira, B: rede de arrasto.

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uma solução de álcool a 70% para melhor conservação e viabilizar os trabalhos

subsequentes, como os de triagem e identificação. Com o auxílio de microscópios

estereoscópios (Leica EZ4 e Leica DM750 com aumentos de 35x e 55x,

respectivamente), paquímetro digital (Vonder com precisão de 0,01 mm) e balança

digital (Gehaka AG220A com precisão de 0,0001g), os exemplares foram triados e

identificados ao menor nível taxonômico possível por meio de chaves de identificação

e auxílio de especialistas, contados, medidos e pesados. Exemplares testemunho

foram depositados na Coleção Zoológica Norte Capixaba - CZNC.

Obtenção de dados dos estômagos e itens alimentares

Após as etapas anteriores, os exemplares foram dissecados para remoção dos

estômagos e análise do conteúdo alimentar. Os estômagos removidos foram

conservados em álcool 70%, em frascos etiquetados com a mesma identificação dos

indivíduos de onde foram retirados, e posteriormente pesados e seccionados para as

análises de seus conteúdos. Cada estômago teve seu conteúdo completamente vertido

em placa de petri e analisado com o auxílio de microscópio estereoscópico (lupa), com

os itens sendo identificados até o menor nível taxonômico possível, o que foi feito com

o auxílio de bibliografia especializada e auxílio de especialistas.

Os itens foram analisados através de dois métodos distintos, que são o método da

frequência de ocorrência e o método de pontos (Hynes, 1950; Zavala-Camin, 1996).

Quando utilizados em associação pode-se obter uma inferência mais precisa dos dados

da alimentação (Aranha, 1993). Para a integração dos dois métodos escolhidos na

análise da alimentação foi utilizado o índice de importância alimentar de Kawakami &

Vazzoler (1980), o qual permite uma ponderação dos resultados obtidos pelos dois

métodos. No sentido de padronizar as análises comparativas, foram selecionados

aleatoriamente (através da geração de números aleatórios) dez indivíduos de cada

espécie que possuía número suficiente igual ou acima de dez para a realização da

análise dos itens estomacais.

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ANÁLISE DE DADOS

Frequência de ocorrência (FO)

A análise quantitativa populacional dos itens foi realizada através do método da

frequência de ocorrência de cada item, que corresponde à frequência percentual do

número de estômagos em que ocorre determinado item alimentar em relação ao

número de estômagos com alimento da amostra populacional analisada (Hynes 1950;

Zavala-Camin, 1996). Este método fornece informações sobre o uso ou preferência do

alimento no conjunto da população, bem como o espectro alimentar, podendo

também descrever a uniformidade com que grupos de peixes selecionam seu alimento

(Hahn & Delariva 2003).

FO = (nEi/nEc) x 100

Onde: FO = frequência de ocorrência do determinado item (em porcentagem). nEi = número de estômagos com o item analisado. nEC = número total de estômagos com algum conteúdo (não vazios).

Frequência de pontos (Fpi)

A análise quantitativa individual dos itens foi realizada através do método da

frequência de pontos de cada item em cada um dos indivíduos analisados (Hynes,

1950). Este é uma aproximação à estimativa volumétrica para indivíduos muito

pequenos, cujo tamanho dos estômagos inviabiliza uma análise volumétrica

tradicional. Os estômagos abertos tiveram seu conteúdo vertido em uma placa de Petri

contendo álcool 70% e com papel milimetrado aderido ao fundo. Após sua

identificação, os itens foram separados em grupos, e a análise quantitativa dos itens

foi realizada através da contagem do nº de pontos (1x1 mm) ocupados por cada

conjunto de itens do conteúdo do estômago no papel milimetrado. Através da soma

de todos os pontos ocupados por cada item em todos os estômagos é possível obter a

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frequência de ocupação em pontos de cada item para todo o conjunto de peixes

analisados.

FPi = (Pi/ƩPi) x 100

Onde: FPi = frequência de pontos do determinado item nos estômagos (em porcentagem).

Pi = total de pontos do respectivo item, obtido da soma dos pontos deste item em todos os indivíduos analisados de dada espécie. ΣPi = somatório dos totais de pontos de todos os itens em todos os estômagos

analisados da espécie.

Índice de importância alimentar (IAi)

O IAi (Kawakami & Vazzoler, 1980), o qual pode ser expresso em porcentagem, foi

obtido a partir dos resultados estimados da frequência de pontos e frequência de

ocorrência de cada item. A seguinte equação foi utilizada para o cálculo IAi:

IAI = [Pi x FO/Ʃ(Pi x FO)] x 100

Onde: IAi = índice de importância alimentar (em porcentagem). FPi = frequência de pontos do determinado item. FO = frequência de ocorrência do determinado item.

Σ = somatório final do resultado do fator considerado para todos os itens e todos os

indivíduos por espécie.

Índice de diversidade alimentar de Shannon-Wiener – H’a

Uma vez obtidos os índices alimentares para todos os itens das espécies estudadas,

estes resultados foram analisados através de comparações totais, por importância e

por pontos. Tais avaliações foram realizadas basicamente pelas análises da diversidade

alimentar pelo índice de Shannon-Wiener (H’) e da uniformidade (ou equitabilidade)

de Pielou (e) (Magurran, 1988).

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𝑯a=−Σ(IAi∗𝐥𝐧 (IAi))

Onde: Ha = índice de diversidade alimentar. IAi = índice importância alimentar para determinando item Ln (IAi) = logaritmo natural de IAi. Σ = somatório do resultado da equação para todos os itens.

Uniformidade de Pielou - e

O Índice de Uniformidade de Pielou (e) é um índice de equitabilidade ou uniformidade,

em que a uniformidade refere-se ao padrão de distribuição dos indivíduos entre as

espécies (Connell, 1978).

ea=Ha/ln (Ni)

Onde: ea = índice de uniformidade alimentar. Ha = índice de diversidade alimentar. Ni = número de itens encontrados na espécie analisada.

Índice de repleção estomacal (IR)

Apresenta um resultado em valor percentual que pode ser comparado entre espécies,

assim como entre locais distintos, com um razoável grau de certeza (Zavala-Camim,

1996). A obtenção do IR está baseada no cálculo da relação do peso do estômago

cheio (SW) com o peso total (Wt) para cada indivíduo:

IR=SW/Wt Onde: IR = índice de repleção estomacal. SW = peso do estômago cheio. Wt = peso total do indivíduo.

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Fator de condição (FC)

Foi obtida a relação comprimento-peso para cada exemplar, ajustando-se

graficamente os valores obtidos de peso e comprimento padrão em uma curva, de cuja

equação se obteve o fator de condição (FC) (Sparre & Venema, 1997). Isto foi realizado

facilmente por adicionar uma linha de tendência “potência” (habilitando as opções

“equação” e “R2”) em gráficos de dispersão comprimento x peso no MS excel.

O FC é amplamente utilizado em ictiologia para qualificar o estado de "bem-estar" dos

peixes (Wootton, 1998). Para o cálculo do fator de condição, optou-se pelo método

alométrico, que permite a comparação de amostras formadas por indivíduos de

diferentes tamanhos (Braga, 1986; Lima-Junior et al., 2002). Para realização da análise

de FC, foram utilizados todos os indivíduos das espécies que possuíam número de

indivíduos igual ou acima de dez.

O cálculo desse índice (FC) foi feito para cada indivíduo a partir da expressão:

𝐹𝐶=100(𝑊𝑡

𝑆𝐿𝑏), e o coeficiente b foi calculado a partir de todos os indivíduos

capturados separados por ponto de amostragem, a partir do qual se ajustou a

expressão de comprimento-peso (𝑊=𝑎𝑆𝐿𝑏).

Para a realização das análises do Fator de Condição e Repleção Estomacal, as variáveis

bióticas foram submetidas ao teste estatístico não paramétrico de Kruskal-Wallis com

α=5%, o qual determinou se as diferenças numéricas obtidas entre os pontos são

significativas ou não. O teste estatístico não paramétrico de Kruskal-Wallis foi utilizado

porque os dados não apresentaram uma distribuição normal.

Para as análises do Índice de Repleção estomacal (IR), assim como Fator de Condição

(FC), foram utilizadas as espécies que possuíam número de indivíduos igual e acima de

dez.

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Análises de Similaridade

Análise de cluster

Foi realizada análise de similaridade (ou cluster) utilizando agrupamento UPGMA com

distância de Bray-Curtis. O índice de Bray-Curtis (Bray & Curtis, 1957) pode ser

expresso como uma proporção de similaridade ou dissimilaridade (distância) na

abundância das espécies. Em qualquer um dos casos seus valores vão de um máximo

de 1 ao mínimo de 0. Para a análise de similaridade foi utilizado os valores de IAi.

𝐵 = 1 − ∑ =1𝑛

𝑖 | 𝑋𝑖𝑗− 𝑋𝑖𝑘|

∑ =1𝑛1 (𝑋𝑖𝑗+ 𝑋𝑖𝑘)

Onde: B = medida de similaridade/variação de Bray-Curtis. Xij, Xik = número de indivíduos em espécies i e em cada amostra (j,k). n = número de espécies nas amostras.

A análise de similaridade dos pontos em relação à alimentação em relação ao IIH foi

realizada com a utilização de dez indivíduos das espécies que possuíam número de

indivíduos igual ou acima de dez e que foram coletadas em pelo menos três pontos

amostrais, sendo, Astyanax cf. intermedius, Astyanax lacustris, Australoheros capixaba,

Characidium sp. “cricaré”, Geophagus brasiliensis e Poecilia vivipara.

SIMPER (Similarity Percentage)

SIMPER é um método para avaliar quais táxons são os principais responsáveis por uma

diferença observada entre grupos de amostras (Clarke, 1993).

A análise de similaridade ANOSIM não foi realizada, uma vez que não há repetições a

serem comparadas. Desta forma, o SIMPER foi utilizado numa abordagem exploratória,

auxiliando na interpretação das distinções.

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Para essa análise foram utilizadas quatro espécies, Astyanax cf. intermedius,

Australoheros capixaba, Geophagus brasiliensis e Poecilia vivipara, visto que essas

espécies possuíam número de itens alimentares suficientes exigidos nesta análise.

A tabulação dos dados, análises estatísticas e produção dos gráficos foram realizadas

com o auxílio de planilhas eletrônicas e programas estatísticos disponíveis, tais como

Excel 2010 e PAST 3.14.

RESULTADOS

Dados ambientais

A partir da pontuação obtida para o IIH (Fig. 7), estima-se que os pontos P1 (0,47), P4

(0,52), P2 (0,6) e P3 (0,61) são de mais baixa qualidade ambiental, sendo caraterizados

pela alta homogeneidade de hábitats e falta de vegetação ripária. O P7 (0,65) é

considerado como ponto intermediário entre os mais alterados e mais preservados.

Os pontos P5 (0,87), P10 (0,83), P9 (0,81), P6 (0,77) e P8

(0,72) são considerados como ambientes mais

preservados, os quais estão localizados em mata

preservada com muita vegetação ripária, mas ainda não

são de ótima qualidade.

Da pontuação 0,00 até 0,49 o local foi definido como

“degradado”, de 0,5 até 0,72 os locais foram definidos

como “alterados” e de 0,73 até 1 os locais foram

definidos como “naturais”.

Figura 7: Representação do grau de integridade dos pontos amostrados, através da pontuação do IIH (Nessimian et al., 2008).

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Ictiofauna

Ao todo, foram coletados 1.742 exemplares de peixes, distribuídos em 4 ordens, 11

famílias, 19 gêneros e 21 espécies nos 10 pontos amostrados (Tab. 1) (Anexo ll). A

ordem Cyprinodontiformes apresentou 39,4% (n=686) e Characiformes 38,75%

(n=675), sendo as duas ordens mais representativas, seguidas por Perciformes com

13,67% (n=238) e Siluriformes com 8,21% (n=143). A ordem Cyprinodontiformes foi a

ordem dominante, apresentando apenas a família Poeciliidae com duas espécies,

sendo que a espécie Poecilia vivipara representou sozinha 37,77% (n=658) de todos os

indivíduos coletados (Fig. 8).

Figura 8. Representatividade de cada ordem no total de todos os pontos.

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Ordem Família Espécie P01 P02 P03 P04 P05 P06 P07 P08 P09 P10 Total

Characiformes Characidae Astyanax lacustris (Lutken, 1875) 15 16 16 47

Astyanax cf. intermedius Eigenmann, 1908 32 54 64 1 3 1 3 30 188

Hyphessobrycon bifasciatus Ellis, 1911 40 41 8 89

Hyphessobrycon reticulatus Ellis, 1911 13 13

Mimagoniates microlepis  (Steindachner, 1877) 130 6 136

Moenkhausia vittata (Castelnau, 1855) 20 21 1 42

Oligosarcus acustirostris Menezes, 1987 1 5 6

Chenuchidae Characidium sp. "cricaré" sensu Lopes, 2015 2 9 7 24 22 3 52 119

Erithrynidae Hoplias malabaricus (Bloch, 1794) 1 3 2 6

Anostomidae Leporinus copelandii Steindachner, 1875 14 12 3 29

Siluriformes Heptapteridae Pimelodella lateristriga (Lichtenstein, 1823) 3 1 6 1 11

Rhamdia quelen 4 4 1 9

Trichomycteridae Trichomycterus pradensis Sarmento-Soares, Martins-Pinheiro, Aranda & Chamon, 2005 2 4 58 1 12 77

Loricariidae Hypostomus scabricips (eigenmann & Eigenmann, 1888) 2 11 1 14

Otothyris travassosi Garavello, Britski & Schaefer, 1998 2 1 11 1 15

Aucheniopteridae Parauchenipterus striatulus (Steindachner, 1876) 1 1

Callichthyidae Corydoras nattereri   Steindachner, 1876 1 9 6 16

Perciformes Cichlidae Australoheros capixaba Ottoni, 2010 22 27 22 4 25 1 101

Geophagus brasiliensis (Quoy & Gaimard, 1824) 13 48 35 9 16 3 13 137

Cyprinodontiformes Poeciliidae Poecilia vivipara Bloch & Schneider, 1801 55 308 79 45 39 41 8 83 658

Phalloceros ocellatu s  Lucinda, 2008 2 26 28

209 546 252 82 122 143 17 166 199 6 1742Total de indivíduos

Tabela 1. Lista de táxons e seus pontos de ocorrência.

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Análises da alimentação

Foram analisados 809 estômagos, sendo que 99,26% (803 estômagos) encontravam-se

cheios e 0,74% (6 estômagos) encontravam-se vazios. As análises do conteúdo

estomacal resultaram em 60 itens alimentares identificados para todas as espécies e

ambientes estudados, com maior expressividade para os itens autóctones (Quadro 1).

Os resultados das análises alimentares discriminados por ponto estão demonstrados

no Anexo lll.

O item com maior frequência de pontos (Fpi), ou seja, o mais consumido em volume,

em todos os locais amostrados foi “Fragmentos de insetos” com 25,1% de ocorrência

em relação a todos os itens coletados, seguido de “Fragmentos vegetais” com 20,5% e

“Fragmentos de algas” com 11,7% (Fig. 9). Para a frequência de ocorrência (FO) o item

com maior percentual, ou seja, o mais frequente entre os indivíduos analisados,

também foi “Fragmentos de insetos” com 19,9%, seguido de “Chironomidae” com

15,8% e “Fragmentos vegetais” com 14,7% (Fig. 10). A importância alimentar (IAi)

mostrou a mesma tendência de FO e Fpi, como seria esperado, com o item de maior

valor também sendo “Fragmentos de insetos“, representando 32,4% do total, seguido

por “Fragmentos vegetais“ e “Chironomidae“, com valores de 22,2 e 13,6%,

respectivamente (Fig. 11).

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Odonata Anisoptera Ninfa AU Ephemeroptera Ninfa AU

Gerridae Adulto AU Casa Trichoptera AU

Gerromorpha Adulto AU Frag. Trichoptera Larva AU

Naucoridae Adulto AU Hydropsychidae Larva AU

Heteroptera Nepomorpha Adulto AU Trichoptera Hydroptilidae Larva AU

Notonectidae Adulto AU Leptoceridae Larva AU

Veliidae Adulto AU Philopotamidae Larva AU

Fragmentos OI Polycentropodidae Larva AU

Curculionidae Adulto AL Acari AL

Hydrophilidae Larva AU Arachnida Araneae AL

Coleoptera Elmidae Larva AU Hydrachnidae AU

Elmidae Adulto AL Pseudoscorpionida AL

Não identificado Adulto AU Crustacea Cladocera AU

Não identificado Larva AU Bivalvia AU

Psephenidae Adulto AL Mollusca Gastropoda AU

Ptylodactilidae Larva AU Nematoda AU

Lepidoptera Larva AL Nematomorpha Gordioida AU

Calliphoridae Adulto AL Oligochaeta AU

Ceratopogonidae Larva AU Alevinos AU

Culicidae Larva AU Peixe digerido AU

Chaboridae Larva AU Peixe Poecilia vivipara AU

Chironomidae Larva AU Escama AU

Diptera Dixidae Larva AU Semente AL

Empididae Larva AU Alga AU

Fragmentos OI Fragmentos Inseto OI

Não identificado Larva AU Vegetal OI

Não identificado Pulpa AU Borracha AL

Psychodidae Larva AU Não identificado Linha de rede AL

Simulidae Larva AU MOD OI

Tipulidae Larva AU Plástico AL

Hymenoptera Formicidae Adulto AL

Fragmentos Adulto AL

ITENS ESTOMACAIS

Quadro 1. Discriminação de todos os itens alimentares identificados entre todos os peixes analisados nos pontos

amostrados. MOD – matéria orgânica digerida; AU – item autóctone; AL – item alóctone; OI – origem incerta.

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23

0

5

10

15

20

25

30 Frequência de pontos (Fpi)

Figura 9. Frequência de pontos (Fpi) dos itens alimentares registrados nos estômagos. Valores em porcentagem (%).

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24

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20 Frequência de ocorrência (FO)

Figura 10. Frequência de ocorrência (FO) dos itens alimentares registrados nos estômagos. Valores em porcentagem (%).

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25

0

5

10

15

20

25

30

35 Importância alimentar (IA)

Figura 11. Importância alimentar (IAi) dos itens alimentares registrados nos estômagos. Valores em porcentagem (%).

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Os cálculos de diversidade alimentar (H’a) e uniformidade alimentar (e’a)

demonstrados na Fig. 12 e Anexo IV, mostram que a maior diversidade se deu no

ponto 9 com média de 1,41, sugerindo que entre todos os pontos estudados da bacia,

as espécies se alimentam de uma diversidade mais alta de recursos alimentares nesse

local. Esse ponto também apresentou maior número de itens alóctones em relação aos

demais. A maior uniformidade se deu no ponto 6 com média de 0,63. No ponto 4 a

uniformidade mostrou-se baixa devido à dominância de fragmentos de insetos, o que

provavelmente resultou em uma baixa diversidade.

Figura 12. Diversidade alimentar (H’a) e Uniformidade alimentar (E’a) calculados a partir dos

valores de IAi.

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1,2

1,4

1,6

P1 P2 P3 P4 P5 P6 P8 P9

H'a

Ea

Diversidade alimentar (H’a) e Uniformidade alimentar (Ea)

Pontos

Méd

ia d

e H

’a e

Ea

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Análises de similaridade

Nota-se que os pontos considerados degradados (em vermelho), sempre estão

associados aos pontos alterados (em amarelo), onde sua similaridade alimentar é

maior. Já os pontos considerados naturais (em verde), nunca estão associados aos

pontos degradados, havendo baixa ou nenhuma similaridade entre eles.

Astyanax cf. intermedius (Fig. 13) mostrou um agrupamento com alta similaridade

entre os pontos 1 e 3 e outro agrupamento com similaridade entre os pontos 2 e 9,

porém esses dois grupos não são similares. Astyanax lacustris (Fig. 14) foi coletado

apenas em pontos alterados/degradados, havendo alta similaridade entre os pontos 1

e 3, estando distantes do ponto 2. No gráfico feito para Australoheros capixaba (Fig.

15), o ponto seis, considerado natural, mostrou baixa similaridade em relação ao

agrupamento de pontos degradados e alterados. Characidium sp. “cricaré” (Fig. 16)

mostrou alta similaridade entre dois pontos naturais (5 e 6), não havendo similaridade

com o ponto 8, onde essa espécie também foi coletada. Geophagus brasiliensis (Fig.

17) obteve similaridade maior entre os pontos 1, 2 e 8 estando distante dos pontos 3 e

6, sendo esse último, um ponto natural. Poecilia vivipara (Fig. 18) foi coletada em

maior número de pontos, sendo dois destes naturais. Sua maior similaridade alimentar

foi entre os pontos 2 e 5, com o ponto 1 mais diferente na alimentação em relação aos

outros pontos.

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Figura 13. Análise de similaridade por agrupamento da importância

alimentar (IAi) de Astyanax cf. intermedius. Pontos em verde: naturais;

Amarelo: alterados; Vermelho: degradados.

Figura 14. Análise de similaridade por agrupamento da importância

alimentar (IAi) de Astyanax lacustris. Pontos em amarelo: alterados;

Vermelho: degradado.

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Figura 15. Análise de similaridade por agrupamento da importância alimentar (IAi) de Australoheros

capixaba. Ponto em verde: natural; Amarelo: alterados; Vermelho: degradado.

Figura 16. Análise de similaridade por agrupamento da importância alimentar (IAi) de Characidium

sp. “cricaré”. Pontos em verde: naturais; Amarelo: alterado.

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Figura 17. Análise de similaridade por agrupamento da importância alimentar

(IAi) de Geophagus brasiliensis. Pontos em verde: naturais; Amarelo: alterados;

Vermelho: degradados.

Figura 18. Análise de similaridade por agrupamento da importância alimentar (IAi) de Poecilia

vivipara. Pontos em verde: naturais; Amarelo: alterados; Vermelho: degradados.

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Houve maior contribuição de itens autóctones na discriminação das espécies entre os

pontos. Foram realizadas três tabelas para cada espécie com comparações entre

pontos naturais x alterados, pontos naturais x degradados e pontos alterados x

degradados (Tabelas 2 a 5).

Tabela 2. Resultados do SIMPER mostrando a contribuição percentual dos itens alimentares na

distinção do comportamento alimentar de Astyanax cf. intermedius.

Itens Contrib. % Itens Contrib. % Itens Contrib. %

Trichoptera - Philopotamidae 7,922 Diptera - Psychodidae 7,143 Diptera - Psychodidae 7,421

Arachnida - Pseudoscorpionida 7,922 Diptera - Calliphoridae 7,143 Diptera - Calliphoridae 7,421

Mollusca - Gastropoda 7,922 Coleoptera - Psephenidae 7,143 Diptera - Empididae 7,421

Hymenoptera 7,922 Trichoptera - Philopotamidae 7,143 Semente 7,421

Trichoptera - Casa Trichoptera 7,922 Trichoptera - Frag. Trichoptera 7,143 Coleoptera - Psephenidae 7,421

Diptera - Ceratopogonidae 7,922 Arachnida - Pseudoscorpionida 7,143 Arachnida - Araneae 7,421

Diptera - Empididae 7,922 Mollusca - Gastropoda 7,143 Diptera - Ceratopogonidae 7,421

Fragmento de alga 4,156 Arachnida - Araneae 7,143 Hymenoptera - Formicidae 7,421

Trichoptera - Frag. Trichoptera 4,156 Diptera - Pulpa de Diptera 7,143 Fragmento de alga 3,893

Arachnida - Acari 4,156 Nematoda 7,143 Arachnida - Acari 3,893

Heteroptera - Gerridae 4,156 Hymenoptera 7,143 Heteroptera - Gerridae 3,893

Diptera - Pulpa de Diptera 4,156 Trichoptera - Casa Trichoptera 7,143 Heteroptera - Veliidae 3,893

Heteroptera - Veliidae 4,156 Hymenoptera - Formicidae 7,143 Ephemeroptera 3,893

Ephemeroptera 4,156 Semente 7,143 Arachnida - Hydrachnidae 3,528

Nematoda 4,156 Fragmento inseto 0 Diptera - Frag. Diptera 3,528

Diptera - Frag. Diptera 3,766 Diptera - Frag. Diptera 0 Diptera - Pulpa de Diptera 3,528

Arachnida - Hydrachnidae 3,766 Fragmento vegetal 0 Nematoda 3,528

Diptera - Tipulidae 3,766 Diptera - Chironomidae 0 Trichoptera - Frag. Trichoptera 3,528

Fragmento inseto 0 Diptera - Empididae 0 Diptera - Tipulidae 3,528

Fragmento vegetal 0 Fragmento de alga 0 Fragmento vegetal 0

Semente 0 Diptera - Ceratopogonidae 0 Fragmento inseto 0

Diptera - Chironomidae 0 Ephemeroptera 0 Diptera - Chironomidae 0

Hymenoptera - Formicidae 0 Diptera - Tipulidae 0 Trichoptera - Casa Trichoptera 0

Coleoptera - Psephenidae 0 Arachnida - Hydrachnidae 0 Hymenoptera 0

Arachnida - Araneae 0 Arachnida - Acari 0 Mollusca - Gastropoda 0

Diptera - Psychodidae 0 Heteroptera - Veliidae 0 Arachnida - Pseudoscorpionida 0

Diptera - Calliphoridae 0 Heteroptera - Gerridae 0 Trichoptera - Philopotamidae 0

Natural x Alterado

Astyanax cf. intermedius

Natural x Degradado Alterado x Degradado

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Tabela 3. Resultados do SIMPER mostrando a contribuição percentual dos itens alimentares na distinção

do comportamento alimentar de Australoheros capixaba.

Itens Contrib. % Itens Contrib. % Itens Contrib. %

Arachnida - Acari 25 Crustacea - Cladocera 10 Crustacea - Cladocera 11,21

Diptera - Pulpa de Diptera 25 Arachnida - Hydrachnidae 10 Arachnida - Hydrachnidae 11,21

Fragmento de alga 13,64 Linha de rede 10 Arachnida - Acari 11,21

Mollusca - Gastropoda 13,64 Diptera - Pulpa de Diptera 10 Linha de rede 11,21

Fragmento vegetal 11,36 Ephemeroptera 10 Trichoptera - Hydroptilidae 11,21

Peixes - Escama 11,36 Trichoptera - Hydroptilidae 10 Ephemeroptera 11,21

Diptera - Chironomidae 0 Peixes - Escama 10 Trichoptera - Casa Trichoptera 11,21

Trichoptera - Casa Trichoptera 0 Mollusca - Gastropoda 10 Peixes - Escama 6,034

Ephemeroptera 0 Fragmento de alga 10 Fragmento vegetal 5,172

Trichoptera - Hydroptilidae 0 Trichoptera - Casa Trichoptera 10 Fragmento de alga 5,172

Arachnida - Hydrachnidae 0 Diptera - Chironomidae 0 Mollusca - Gastropoda 5,172

Linha de rede 0 Fragmento vegetal 0 Diptera - Chironomidae 0

Crustacea - Cladocera 0 Arachnida - Acari 0 Diptera - Pulpa de Diptera 0

Natural x Alterado Natural x Degradado Alterado x Degradado

Australoheros capixaba

Tabela 4. Resultados do SIMPER mostrando a contribuição percentual dos itens alimentares na distinção do

comportamento alimentar de Geophagus brasiliensis.

Itens Contrib. % Itens Contrib. % Itens Contrib. %

Trichoptera - Frag. Trichoptera 14,96 Arachnida - Hydrachnidae 10 Arachnida - Hydrachnidae 10

Crustacea - Cladocera 9,854 Diptera - Ceratopogonidae 10 Diptera - Ceratopogonidae 10

Mollusca - Bivalvia 9,854 Fragmento de alga 10 Peixes - Escama 10

Nematoda 9,854 Crustacea - Cladocera 10 Trichoptera - Hydroptilidae 10

Fragmento de alga 5,109 Trichoptera - Frag. Trichoptera 10 Nematoda 6,579

Diptera - Dixidae 5,109 Ephemeroptera 10 Trichoptera - Leptoceridae 6,579

Heteroptera - Naucoridae 5,109 Trichoptera - Leptoceridae 10 Fragmento de alga 6,579

Ephemeroptera 5,109 Peixes - Escama 10 Ephemeroptera 6,579

Coleoptera - Larva de Hydrophilidae 5,109 Trichoptera - Hydroptilidae 10 Mollusca - Bivalvia 3,421

Trichoptera - Leptoceridae 5,109 Mollusca - Bivalvia 10 Crustacea - Cladocera 3,421

Nematomorpha - Gordioida 5,109 Mollusca - Gastropoda 0 Diptera - Dixidae 3,421

Odonata - Anisoptera 5,109 Diptera - Chironomidae 0 Heteroptera - Naucoridae 3,421

Trichoptera - Hydropsychidae 5,109 Fragmento inseto 0 Coleoptera - Larva de Hydrophilidae 3,421

Heteroptera - Gerridae 4,745 Fragmento vegetal 0 Nematomorpha - Gordioida 3,421

Peixes - Poecilia vivipara 4,745 Arachnida - Acari 0 Odonata - Anisoptera 3,421

Mollusca - Gastropoda 0 Nematoda 0 Trichoptera - Hydropsychidae 3,421

Diptera - Chironomidae 0 Trichoptera - Casa Trichoptera 0 Heteroptera - Gerridae 3,158

Fragmento inseto 0 Diptera - Dixidae 0 Peixes - Poecilia vivipara 3,158

Fragmento vegetal 0 Heteroptera - Naucoridae 0 Mollusca - Gastropoda 0

Trichoptera - Hydroptilidae 0 Peixes - Poecilia vivipara 0 Diptera - Chironomidae 0

Trichoptera - Casa Trichoptera 0 Trichoptera - Hydropsychidae 0 Fragmento vegetal 0

Arachnida - Acari 0 Nematomorpha - Gordioida 0 Fragmento inseto 0

Arachnida - Hydrachnidae 0 Coleoptera - Larva de Hydrophilidae 0 Trichoptera - Casa Trichoptera 0

Peixes - Escama 0 Heteroptera - Gerridae 0 Arachnida - Acari 0

Diptera - Ceratopogonidae 0 Odonata - Anisoptera 0 Trichoptera - Frag. Trichoptera 0

Natural x Alterado Natural x Degradado Alterado x Degradado

Geophagus brasiliensis

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Índice de repleção estomacal

O índice de repleção estomacal (IR) da espécie Astyanax lacustris não mostrou

diferenças significativas através do teste de Kruskal-Wallis (Fig. 19). Poecilia vivipara

não obteve diferença significativa em nenhum dos pontos analisados, apresentando

um IR muito semelhante, sendo maior no ponto 4 (Fig. 20), onde este ponto possui

menor diversidade alimentar (Fig. 12). O IR de Characidium sp. “cricaré” mostrou-se

maior no ponto 6, apresentando diferença significativa (p=0,0004) entre os pontos 6 e

8 (Fig. 21). Astyanax cf. intermedius obteve maior IR no ponto 9, mostrando diferenças

significativas entre os pontos 2 e 9 (p=0,0005) e entre os pontos 3 e 9 (p=0,0002) (Fig.

22). Para Geophagus brasiliensis, o IR mostrou-se maior no ponto 8, apresentando

diferenças significativas entre os pontos 1 e 8 (p=0,00007), pontos 3 e 8 (p=0,0014) e

pontos 6 e 8 (p=0,0006) (Fig. 23).

Tabela 5. Resultados do SIMPER mostrando a contribuição percentual dos itens alimentares na distinção do

comportamento alimentar de Poecilia vivipara.

Itens Contrib. % Itens Contrib. % Itens Contrib. %

Mollusca - Gastropoda 12,96 Fragmento inseto 30,61 Diptera - Chironomidae 18,94

Trichoptera - Hydroptilidae 12,96 Trichoptera - Hydroptilidae 17,35 Fragmento inseto 17,96

Trichoptera - Casa Trichoptera 12,96 Diptera - Chironomidae 17,35 Diptera - Ceratopogonidae 12,16

Diptera - Ceratopogonidae 12,54 Trichoptera - Casa Trichoptera 17,35 Fragmento de alga 11,67

Fragmento de alga 12,01 Mollusca - Gastropoda 17,35 Trichoptera - Hydroptilidae 6,776

Diptera - Chironomidae 10,77 Fragmento de alga 0 Trichoptera - Hydropsychidae 6,776

Trichoptera - Hydropsychidae 7,27 Fragmento vegetal 0 Trichoptera - Casa Trichoptera 6,776

Peixes - Escama 6,562 Diptera - Culicidae 0 Mollusca - Gastropoda 6,776

Fragmento inseto 5,983 Trichoptera - Hydropsychidae 0 Peixes - Escama 6,292

Diptera - Culicidae 5,983 Peixes - Escama 0 Diptera - Culicidae 5,872

Fragmento vegetal 0 Diptera - Ceratopogonidae 0 Fragmento vegetal 0

Natural x Alterado Natural x Degradado Alterado x Degradado

Poecilia vivipara

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Figura 19. Índice de repleção estomacal (IR). A: Ponto 1, B: Ponto 2, C: Ponto 3, D: Ponto 5, E: Ponto 6, F: Ponto 8, G: Ponto 9. Espécies: Pv – Poecilia vivipara, Gb –

Geophagus brasiliensis, Lc – Leporinus copelandii, Ac – Australoheros capixaba, Hb – Hyphessobrycon bifasciatus, Al – Astyanax lacustris, Ai – Astyanax cf. intermedius,

Tp – Trichomycterus pradensis, Cc – Characidium sp. “cricaré”, Mm – Mimagoniates microlepis.

A B C

D E F G

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Figura 20. Índice de repleção estomacal (IR) da espécie Poecilia vivipara.

Figura 21. Índice de repleção estomacal (IR) da espécie Characidium sp. “cricaré”.

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Figura 22. Índice de repleção estomacal (IR) da espécie Astyanax cf. intermedius.

Figura 23. Índice de repleção estomacal (IR) da espécie Geophagus brasiliensis.

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Fator de condição (FC)

Todas as espécies utilizadas para análise de FC apresentaram diferenças significativas

entre seus pontos de ocorrência (Fig. 24).

Nota-se que todas as espécies que obtiveram valores maiores de FC no ponto 1

mostram-se contrastantes em relação ao ponto 2, assim como as que obtiveram

valores menores no ponto 1, contrastam valores maiores no ponto 2. A espécie

Leporinus copelandii foi capturada apenas nos pontos 1 e 2 obtendo maior FC no P1,

com uma discrepância grande em relação ao P2 (p=0,00001) (Fig. 25).

Trichomycterus pradensis foi capturado nos pontos 5 e 8, obtendo FC maior no P5

(p=0,000001) o que corrobora com o fato de que este é um ambiente lótico

caracterizado por corredeiras e que esta espécie é adaptada a esse tipo de ambiente,

sugerindo que seu estado de bem-estar esteja melhor nesse local (Fig. 26).

Characidium sp. “cricaré” apresenta características físicas semelhantes às de T.

pradensis, ambas com alta riqueza no P5. Porém, nota-se que seu FC foi maior no P6

(Fig. 27) onde T. pradensis não foi encontrada.

No Ponto 9 o FC foi analisado apenas paras as espécies Astyanax cf. intermedius e

Mimagoniates microlepis (Fig. 24). Levando-se em consideração que M. microlepis é

uma espécie que normalmente é encontrada em ambientes florestados, o resultado

corrobora seu FC maior nesse local, visto que esse ponto se apresenta mais

conservado que os demais, além de ter obtido um alto valor no IIH.

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Figura 24. Fator de condição (FC). A: Ponto 1, B: Ponto 2, C: Ponto 3, D: Ponto 5, E: Ponto 6, F: Ponto 8, G: Ponto 9. Espécies: Pv – Poecilia vivipara, Gb – Geophagus brasiliensis,

Lc – Leporinus copelandii, Ac – Australoheros capixaba, Hb – Hyphessobrycon bifasciatus, Al – Astyanax lacustris, Ai – Astyanax cf. intermedius, Tp – Trichomycterus pradensis,

Cc – Characidium sp. “cricaré”, Mm – Mimagoniates microlepis.

A B C

D E F G

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Figura 25. Fator de condição (FC) de Leporinus copelandii.

Figura 26. Fator de condição (FC) de Trichomycterus pradensis.

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DISCUSSÃO

A caracterização dos pontos amostrais estudados mostra alguns ambientes mais

preservados com presença de floresta em seu entorno e outros com pouca ou

nenhuma vegetação ripária. A mata ripária reduz a incidência de luz pela ação da

irradiação solar, de forma a regular as flutuações diárias de temperatura, sendo que o

aumento nessas variações pode levar à morte de larvas e formas jovens de muitas

espécies (Menezes et al., 2007). Sabino e Castro (1990) afirmam que alterações na

floresta podem modificar substancialmente a estrutura das comunidades de peixes de

pequenos riachos. As matas ripárias exercem grande importância no que se refere à

fonte de alimentos, composição de hábitats e refúgios, que são fatores importantes

para manutenção da diversidade da fauna aquática (Abilhoa et al., 2008). Esses fatores

resultaram em maiores pontuações do IIH para os pontos P5, P6, P8, P9 e P10 (Fig. 7),

que são os ambientes cuja vegetação ripária e marginal são mais abundantes, além de

possuírem maior estruturação de hábitats. Em contrapartida, os ambientes que estão

Figura 27. Fator de condição (FC) de Characidium sp. “cricaré”.

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visivelmente mais alterados/degradados, sem presença de floresta, mostraram valores

menores no protocolo (P1, P2, P3, P4 e P7), como também é mostrado na Fig. 7.

Segundo Marques et al., (1999) o desmatamento tem ocasionado o desaparecimento

de pequenos rios e córregos. Além disso, a perda de vegetação marginal também pode

ser vista como importante elemento na diminuição das abundâncias das espécies, uma

vez que autores como Costa (1987) e Teixeira (1989) destacam o papel da vegetação

marginal na distribuição de peixes de riachos tropicais, pois pode servir como área de

abrigo e forrageamento. Outro fator que pode alterar a estrutura das comunidades de

peixes é a influência de poluentes, que resulta na diminuição do número de indivíduos

e espécies e, consequentemente, em uma redução da abundância e diversidade (Smith

et al., 1997). Apesar de alguns pontos terem apresentado melhor avaliação do IIH,

ainda assim, não são de ótima qualidade, visto que sofrem influências antrópicas como

despejos de agrotóxicos e efluentes domésticos, além de plantações de eucalipto e

cana-de-açúcar ao longo de toda bacia próximos ao rio.

Os impactos provenientes de atividades antrópicas levam ao empobrecimento da

comunidade pela redução do número de espécies e o aumento da densidade de

espécies resistentes às variações ambientais (Reash & Berra, 1987). Assim, alterações

nos corpos d´água podem eliminar espécies mais sensíveis, modificando a organização

das comunidades, as quais passam a ser frequentemente mais pobres e compostas por

indivíduos mais tolerantes às perturbações ambientais (Cornell et al., 1976), não raro

com a substituição de espécies nativas por alóctones. Pinto & Araújo (2007) também

discutem que assembleias dominadas por poucas espécies indicam baixa qualidade

ambiental, demonstrando o empobrecimento das relações tróficas devido à baixa

estabilidade das condições ambientais, como acontece ao longo de toda bacia do rio

Itaúnas, onde se percebe uma homogeneização dos ambientes, além de um domínio

de espécies como Poecilia vivipara, cuja abundância é característica de locais

impactados (Araújo, 1998).

Segundo Cunico (2006), numerosos estudos evidenciam a influência de alterações nas

características físicas e químicas do hábitat sobre o padrão de distribuição das espécies

de peixes. Poecilia vivipara foi encontrada em oito dos dez pontos amostrados. São

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peixes amplamente conhecidos por sua capacidade de tolerar ambientes alterados,

ocorrendo em locais onde muitas espécies têm distribuição limitada (Araújo et al.,

2003). Aranha & Caramaschi (1999) verificaram que este grupo de peixes apresenta

período reprodutivo prolongado e atribuem esta estratégia a uma resposta biológica a

ambientes instáveis, onde a reposição contínua de jovens constituiria um mecanismo

de restabelecimento da estrutura da população.

A família Characidae, da ordem Characiformes, foi uma das famílias com maior

representatividade de espécies, sendo representada por: Astyanax lacustris, Astyanax

cf. intermedius, Hyphessobrycon bifasciatus, Hyphessobrycon reticulatus,

Mimagoniates microlepis, Moenkhausia vittata e Oligosarcus acustirostris. Com

exceção de M. microlepis e O. acustirostris, as demais possuem hábito alimentar pouco

especializado e são consideradas generalistas. Isso se dá devido à baixa preferência em

sua dieta alimentar, sendo na maioria das vezes composta por material vegetal,

sedimentos, restos de peixes e insetos (Ramsauer, 2012). Segundo Buckup (1999), os

membros desta família geralmente formam o principal conjunto de espécies de meia

água de riachos, sendo que tais espécies são normalmente euritópicas, ou seja,

possuem uma grande flexibilidade em ocupar ambientes diferenciados e apresentam

estratégias para isso, podendo assim ser facilmente encontradas em todos os tipos de

ambientes desde o natural ao mais impactado. Nos ambientes alterados e impactados

os peixes são induzidos a se reproduzirem continuamente a fim de conservar o seu

material genético. Peixes com ciclo de vida do tipo “r” tendem a se comportar dessa

maneira (Ramsauer, op. cit.), ou seja, o elevado número de Astyanax cf. intermedius

nos pontos de amostragem suporta tal afirmação.

À medida que um local declina em qualidade há tendência em aumentar a proporção

de indivíduos onívoros (Karr, 1981). A dominância dessas espécies cresce

presumivelmente como resultado da degradação da base alimentar, especialmente

dos invertebrados. Como consequência, sua estratégia alimentar mais oportunista, os

torna mais bem-sucedidos em relação às espécies com estratégias mais especializadas

(Araújo, 1998). Foi estabelecido por Karr, op. Cit. (1981) que amostras com menos de

20% de indivíduos onívoros são boas, enquanto aquelas com mais de 45% de onívoros

são gravemente degradadas, como o encontrado neste trabalho.

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A família Cichlidae apresentou duas espécies, Australoheros capixaba e Geophagus

brasiliensis, nos pontos P1, P2, P3, P4, P6, P7 (com exceção de A. capixaba) e P8,

ambos locais de características semelhantes com províncias lênticas e vegetação

marginal. Oyakawa et al. (2006) mostra que a maioria das espécies dessa família são

adaptadas às províncias lênticas, sendo por isso, comumente encontradas em lagoas

marginais, lagos, reservatórios e remansos dos rios. Os ciclídeos neotropicais

apresentam ainda uma grande diversidade de formas, comportamentos e adaptações

relacionadas à vida em diferentes condições ambientais (Lowe-McConnell, 1991). As

espécies Australoheros capixaba e Geophagus brasiliensis foram mais abundantes no

P2 que é caracterizado por uma vegetação marginal abundante e de fluxo baixo a

médio, o que foi observado por Dala-Corte et al. (2009), em que a predominância de

espécies deste grupo foi maior nos açudes, característicos de água parada. Esse fato é

corroborado pela hipótese de Kullander (2003), em que a maioria dos ciclídeos

neotropicais tem preferência por ambientes lênticos.

As espécies de Siluriformes incluem os peixes mais estritamente associados ao fundo,

encontrados principalmente em locais mais conservados, pois são organismos

bastante sensíveis à turbidez, baixa concentração de oxigênio e às substâncias tóxicas

depositadas no sedimento, uma vez que eles usam esse compartimento para se

alimentar e desovar. A erosão e o assoreamento, por exemplo, podem causar prejuízo

às espécies bentônicas devido à homogeneização do substrato (Bozzetti & Schulz,

2004). A espécie mais abundante dessa ordem no presente estudo foi Trichomycterus

pradensis, com maior frequência no P5, sendo este um local de corredeira com muitas

rochas e pedras, com fluxo alto e presença de vegetação ripária, o que resultou em

maior pontuação do IIH. Esse resultado corrobora o trabalho de Sarmento-Soares et

al., (2005) onde Trichomycterus pradensis foi encontrada principalmente em águas

rasas, rápidas e transparentes. Casatti (2002) também descreve que a espécie

Trichomycterus sp., estudada por ela em outra bacia, utiliza micro-hábitats bastante

específicos e ocorrem quase que exclusivamente em corredeiras.

Sarmento-Soares & Martins-Pinheiro (2012), em trabalho realizado no norte do

Espírito Santo, observaram que as espécies Mimagoniates microlepis, Microglanis

minutus, Acentronichthys leptos, Imparfinis aff. minutus, Aspidoras virgulatus,

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Phalloceros ocellatus e Xenurolebias myersi, são considerados potenciais indicadores

da qualidade ambiental, havendo registro dessas espécies apenas em ambientes

florestados. Entre essas espécies, apenas Mimagoniates microlepis e Phalloceros

ocellatus foram registrados no presente estudo, ambas encontradas em pontos que

obtiveram alto valor de IIH, onde os locais possuem floresta e vegetação marginal em

seu entorno. Outros estudos ainda não publicados realizados pelo NuPPeC (Núcleo de

Pesquisa de Peixes Continentais) na região norte do Espírito Santo também

observaram que a espécie Phalloceros ocellatus só foi coletada em ambientes que

apresentavam algum tipo de vegetação, corroborando assim a afirmação de Sarmento-

Soares & Martins-Pinheiro op. cit. e o encontrado neste estudo.

Estudos sobre a alimentação dos peixes são importantes, pois fornecem o

conhecimento básico sobre a biologia das espécies. Historicamente, o conhecimento

da alimentação de peixes de riachos, incluindo o uso de recursos e a influência dos

componentes espaciais e temporais, tem subsidiado estudos sobre estruturação

dessas comunidades e contribuído para a investigação de interações biológicas, tais

como predação e competição (Esteves & Aranha, 1999). A alimentação de uma espécie

é a chave para a compreensão de aspectos básicos da sua biologia, como: reprodução,

crescimento e adaptação, bem como entender a maneira como explora, utiliza e

compartilha os recursos disponíveis no ambiente. Adicionalmente, propicia

informações úteis sobre as relações tróficas entre os organismos. Alterações na dieta

são evidenciadas de acordo com a abundância ou escassez dos recursos alimentares

nas diferentes estações anuais. Devido às menores variações sazonais nos trópicos,

peixes tropicais tendem a exibir uma intensa plasticidade trófica em suas dietas

(Abelha et al., 2001; Abelha et al., 2006; Montenegro et al., 2011).

Quando se estuda a dieta de uma espécie da ictiofauna, é possível entender as

relações entre ela e os demais componentes do sistema aquático, auxiliando o

entendimento do papel ecológico desempenhado pelos peixes e fornecendo subsídios

para a conservação dos ambientes aquáticos (Rondineli, 2010). A falta de

conhecimento da ecologia dos peixes de água doce em riachos no estado do Espírito

Santo é preocupante, considerando que estes riachos estão inseridos em um bioma

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brasileiro extremamente ameaçado, a Mata Atlântica. A presença ou a ausência da

vegetação ripária é um dos fatores mais importantes que afetam a disponibilidade de

recursos alimentares para a ictiofauna (Pinto & Uieda, 2007). Entre outros fatores, a

vegetação ripária contribui com a entrada de matéria orgânica particulada grossa que

constitui a base para a cadeia trófica aquática, e com o aporte de insetos terrestres,

que serve de alimento para muitas espécies da ictiofauna (Pusey & Arthington, 2003).

Observa-se no ambiente em estudo, que grande parte da vegetação ripária se

encontra devastada, isso provavelmente pode explicar o fato da maior parte dos

recursos consumidos pelas espécies serem de origem autóctone, já que alterações na

composição e na estrutura da vegetação podem ocasionar modificações na

disponibilidade de alimento (Angermeier & Karr 1984). A importância do aporte de

material alóctone para a alimentação dos peixes de riachos é bem documentada na

literatura (Saul, 1975; Angermeier & Karr, 1984; Lowe-McConnell, 1999; Sabino &

Castro, 1990; Henry et al., 1994; Sabino & Zuanon, 1998; Castro, 1999). Apesar de

alguns trabalhos (Costa, 1987; Moyle & Senanayake, 1984; Uieda et al., 1997;

Coswosck & Duboc, 2015), assim como o presente estudo, registrarem a maior

participação de itens autóctones nos estômagos, de fato, estes itens são dependentes

de nutrientes advindos da matéria orgânica carreada da vegetação ripária, considerada

a base da cadeia trófica em ecossistemas de riachos (Gregory et al., 1991), o que

acentua a importância da conservação de áreas ripárias para as comunidades

aquáticas (Angermeier & Karr, 1984).

Astyanax lacustris foi coletada em pontos alterados/degradados. Apesar dessa espécie

ter sido coletada apenas nesses tipos de ambientes, seu conteúdo estomacal

apresentou itens alimentares diversos de origem animal e vegetal (Anexo lll),

englobando vários itens de Heteroptera, Coleoptera, Diptera, Nematoda, Odonata,

Ephemeroptera, Trichoptera, Hydrachnidae (ácaro de água doce), além de ter

consumido vários itens alóctones como Formicidae, Acari, Araneae, Lepidoptera,

Pseudoscorpionida e Sementes. Os itens com maior valor de importância alimentar

foram “fragmentos de insetos”, “fragmentos vegetais” e larvas de Chironomidae. De

maneira geral, insetos foram componentes de grande importância na dieta de

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Astyanax lacustris, em que fragmentos e larvas de insetos se destacaram como os mais

importantes recursos alimentares. Os resultados aqui encontrados concordam com os

resultados de Uieda & Motta (2007), o qual destaca a importância de insetos na dieta

da maioria das espécies de peixes em riachos.

Silva et al., (2012) em um estudo realizado no Rio Grande do Norte, também constatou

que A. lacustris se alimentou de itens de origem animal e vegetal. A dieta foi composta

de moluscos, microcrustáceos, aracnídeos, e insetos nas formas adultas, larvas e

pupas, além de restos de algas, sementes e fitoplâncton. Seu Índice alimentar (IAI)

demonstrou que A. lacustris se alimentou preferencialmente de insetos,

correspondendo a 53,5% da dieta, corroborando o presente estudo. A autora

caracterizou a espécie como onívora com tendência à insetivoria. A ampla variação no

espectro alimentar de espécies desse gênero foi relatada por Vilella et al., (2002) que a

descreveu como espécie onívora, predando uma ampla variedade de itens, com

insetos e plantas representando os alimentos de maior importância na dieta, sendo

que os itens de origem vegetal encontrados foram restos de macrófitas, algas e

sementes. No trabalho citado acima, os insetos mais importantes na dieta foram

dípteros e coleópteros.

Astyanax cf. intermedius teve seu conteúdo estomacal analisado em três pontos

alterados/degradados (P1, P2 e P3) e em um ponto tido como natural (P9). Seu

espectro alimentar foi muito similar com o de A. lacustris, tendo consumido os

mesmos itens, tanto de origem autóctone como alóctone. Os itens com maior valor de

importância alimentar foram “fragmentos de insetos”, “fragmentos vegetais” e larvas

de Chironomidae. Astyanax cf. intermedius apresentou consumo preferencial de

poucos recursos alimentares. Lowe-McConnell (1999) afirma que as cadeias

alimentares em ambientes tropicais são, muitas vezes, baseadas em poucos recursos

alimentares abundantes. O aproveitamento desses recursos disponíveis muitas vezes

mostra o padrão generalista de algumas espécies, todavia havendo certa preferência

por determinados itens em relação a outros. Essa versatilidade alimentar vem sendo

demonstrada por estudos ecológicos (Abelha et al. 2006), como consequência de um

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alto grau de plasticidade trófica dessas espécies (Townsend et al., 2003; Winemiller et

al., 2008).

Coswosck & Duboc (2015) constataram que Astyanax cf. intermedius é uma espécie

com hábito alimentar generalista, oportunista e com tendência à insetivoria. Em seu

estudo, os insetos foram componentes de grande importância para a dieta de

Astyanax cf. intermedius como ficou demonstrado pelos altos valores de IAi obtidos

para este item, em que fragmentos e larvas de insetos se destacaram como

importantes recursos alimentares, além de material vegetal e crustáceos (como

Cladocera e Ostracoda), constituindo recursos importantes, ou complementares à

dieta da espécie analisada, sendo que, Chironomidae destacou-se como principal

recurso alimentar utilizado. Este resultado corrobora uma série de trabalhos que

avaliaram a dieta de peixes de riachos, em que identificaram a enorme importância

dos insetos aquáticos em sua ecologia trófica (Sabino & Castro, 1990, Uieda, 1995,

Uieda et al., 1997; Casatti, 2002; Bennemann et al., 2005; Loureiro-Crippa, 2006;

Souza, 2009). Segundo Russo et al., (2002), invertebrados aquáticos, principalmente

insetos, em diferentes fases de desenvolvimento são elementos constantes na dieta de

diversas espécies de peixes de água doce.

Hyphessobrycon bifasciatus teve seu conteúdo estomacal analisado em locais com

baixo valor no IIH. Sua dieta mostrou-se pouco diversa, consumindo basicamente

Diptera, Ephemeroptera, Nematoda além de algas e vegetais. Entretanto, o IAI

demonstrou grande relevância para “fragmentos de alga”, larvas de Chironomidae e

“fragmentos vegetais”. Esse resultado se mostra similar com o encontrado por

Coutinho et al., (2000), onde os principais itens encontrados na dieta de H. bifasciatus

foram restos vegetais e mais de 50% de algas. Oliveira et al., (2015) encontrou para

Hyphessobrycon heliacus mais de 50% do conteúdo estomacal constituído por algas,

além de restos vegetais e insetos. Lima & Moreira (2003) em um estudo com o mesmo

gênero, mas da espécie Hyphessobrycon langeanii, encontrou formigas, besouro,

larvas de quironomídeos, microcrustáceos, diatomáceas e algas filamentosas em seu

conteúdo estomacal. Carvalho (2006) encontrou para o mesmo gênero, mas da

espécie Hyphessobrycon boulengeri, algas, fragmentos de vegetais superiores e

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sementes, fragmentos ou espécimes inteiros de crustáceos, aranhas, formigas e

coleópteros.

Hyphessobrycon reticulatus foi encontrado apenas no P9, cuja pontuação no IIH foi

alta, sendo este ponto considerado mais preservado. Sua dieta variou entre itens de

Heteroptera, Diptera, Trichoptera, além de algas e vegetais. Seu IAI mostrou-se maior

para os itens “fragmentos de insetos”, “fragmentos vegetais” e Philopotamidae

(Trichoptera). Ao contrário do encontrado para H. bisfaciatus nesse trabalho, H.

reticulatus apresentou baixo valor de IAI para algas. Costa (1987) encontrou para essa

espécie itens alimentares alóctones mais frequentes, o que não foi visto no presente

estudo. Nos estudos de Uieda et al., (1997) Hyphessobrycon anisitsi foi considerada

insetívora-herbívora. Graciolli et al., (2003) constataram hábito onívoro para

Hyphessobrycon luetkenii, sendo os principais itens da dieta os vegetais superiores,

algas e microcrustáceos.

O gênero Hyphessobrycon ocupa os mais variados hábitats, incluindo rios, riachos,

lagoas, represas e áreas pantanosas (Moreira et al., 2002). Carvalho (2006) descreve a

ocorrência da espécie de Hyphessobrycon boulengeri em riachos e lagos/lagoas com

substratos arenosos ou raramente rochosos e pouco profundos, habitando corredeiras

ou poções com vegetação marginal. Nos ambientes lênticos ocorre junto às margens

destituídas de vegetação e/ou locais com vegetação flutuante e emergente, que

fornecem um hábitat protegido aos indivíduos, provavelmente usando as macrófitas

como fonte de abrigo e sítio de alimentação (Grosser & Hahn, 1981), o que corrobora

o presente estudo, onde as espécies desse gênero foram capturadas nas vegetação

marginal em ambientes com pouco fluxo.

Mimagoniates microlepis teve seu conteúdo estomacal analisado apenas no P9. Sua

dieta mostrou-se bem diversa (Anexo lll) com diferentes grupos de insetos aquáticos

além de crustáceos, moluscos, escamas de peixes, algas e materiais vegetais. Seu IAI

mostrou-se maior para os itens “fragmentos de insetos”, “fragmentos vegetais” e itens

alóctones como aranhas e formigas. O aporte de material alóctone é de suma

importância para a manutenção do sistema aquático (Silva, 2009) e desenvolve um

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importante papel nas cadeias alimentares em riachos (Kawaguchi & Nakano, 2001).

Barreto & Aranha (2006) consideraram esta espécie como insetívora terrestre, onde os

insetos de origem alóctone, principalmente himenópteros (Formicidae) e coleópteros,

foram predominantes em todas as estações do ano. Costa (1987) considerou M.

microlepis uma espécie mais especializada, tendo como principal fonte de alimento os

artrópodes terrestres, notando-se sua exigência por uma mata ripária bem preservada,

como é visto no P9. Gonçalves (2012) caracterizou M. microlepis como uma espécie

oportunista por consumir principalmente os insetos com maior disponibilidade no

ambiente, tendo como mais representativos os itens de origem alóctone na dieta. A

predominância de itens alóctones na dieta de M. microlepis é bem documentada na

literatura por Sabino & Castro (1990), Sabino & Silva (2004) e Esteves & Lóbón-Cerviá

(2001) onde estes autores reportaram que insetos terrestres foram itens importantes

na dieta dessa espécie, o que está associado ao oportunismo durante a exploração

ativa da superfície da água.

Moenkhausia vittata teve seu conteúdo estomacal analisado apenas no P4, cuja

avaliação no IIH foi baixa. Bôa (2016) verificou que essa espécie foi dominante em um

local de baixa qualidade ambiental sem nenhuma estruturação de hábitats em estudo

anterior nesta mesma bacia. Sua dieta variou entre itens de Heteroptera, Coleoptera,

Diptera, Hydrachnidae, escamas de peixes, sendo os itens com maiores valores de IAI

“fragmentos de insetos”, Trichoptera e “fragmentos vegetais”. Oliveira et al., (2015)

realizaram um estudo com duas espécies do gênero Moenkhausia, onde encontraram

um amplo espectro alimentar, representada por restos de insetos, restos de vegetais,

escamas, sementes, larvas de lepidóptera, insetos terrestres, cupins, aranhas,

formigas, algas filamentosas e insetos aquáticos, onde os restos de insetos obtiveram

grande importância alimentar, corroborando o presente estudo onde o item

“fragmentos de insetos” obteve maior valor de IAI. O estudo feito por Tófoli (2010)

mostrou que o item mais consumido pelo gênero Moenkhausia foram insetos,

aquáticos e terrestres, dependendo da disponibilidade oferecida pelo ambiente e

época sazonal. Outra espécie do mesmo gênero Moenkhausia foi considerada onívora

em um estudo realizado no reservatório de Capivara, município de Porecatu (Teixeira e

Bennemann, 2007).

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Characidium sp. “cricaré” teve seu conteúdo estomacal analisado em três pontos com

boa pontuação no IIH (P5, P6 e P8). Seu índice de repleção estomacal e seu fator de

condição foram maiores no P6. Variações nos valores de IR indicam uma maior ou

menor atividade alimentar em decorrência da disponibilidade ou escassez de recursos

alimentares ao longo do ano (Hahn, 1991) e o fator de condição reflete aspectos

nutricionais recentes e/ou gastos de reservas em atividades cíclicas, sendo possível,

relacioná-lo às condições ambientais e aos aspectos comportamentais das espécies

(Vazzoler, 1982). Sua dieta mostrou-se bastante diversa com itens autóctones e

alóctones, obtendo maior valor de IAI para os itens de Chironomidae, “fragmentos de

insetos” e Trichoptera. Costa (1987) determinou que Characidium sp. é uma espécie de

fundo, sempre ocorrendo em locais de maior fluxo de água e sua dieta sendo

composta predominantemente de insetos bentônicos quase exclusivamente aquáticos.

Lopes (2015) analisou o conteúdo estomacal de exemplares de C. timbuiense

observando que a espécie se alimentou predominantemente de larvas de insetos

aquáticos, com predomínio de Chironomidae, corroborando o presente estudo.

Barreto & Aranha (2006) analisaram indivíduos de Characidium lanei e o consideraram

insetívoro com tendência a larvofagia, com o predomínio de formas jovens aquáticas

de insetos na dieta, as larvas de Diptera foram os itens que ocorreram com maiores

frequências, seguido por ninfas de Ephemeroptera e larvas de Trichoptera.

Leporinus copelandii foi coletado apenas em dois pontos com baixo IIH (P1 e P2). Seu

fator de condição foi maior no P1, sugerindo que esta espécie possua maior “bem

estar” neste ambiente. Sua dieta foi composta de variados itens autóctones entre

insetos aquáticos, escamas de peixes, algas e vegetais. Seu IAI mostrou-se maior para

os itens de Chironomidae, “fragmentos de algas”, “fragmentos de inseto” e

Ephemeroptera. Durães et al., (2001) analisou o conteúdo estomacal de quatro

espécies do gênero, constatando uma dieta bastante variada, com a presença de itens

animais e vegetais de origem autóctone e alóctone, consistindo basicamente em larvas

e pupas de dípteros, algas filamentosas e vegetais. Hahn et al., (1997) analisou a

espécie Leporinus friderici, onde sua dieta foi composta de vegetais superiores,

insetos, detrito e peixes. Santos (1982) descreveu a alimentação de L. friderici em um

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lago amazônico como composta por ninfas de Ephemeroptera e Diptera, material

vegetal e algas filamentosas. Os resultados encontrados nesses trabalhos corroboram

o presente estudo e confirmam o caráter oportunista desta espécie, que devido à

variedade de itens ingeridos pode ser classificada como onívora (Agostinho et al.,

1997).

Trichomycterus pradensis teve seu conteúdo estomacal analisado nos pontos P5 e P8,

ambos locais caracterizados por fluxo rápido, presença de rochas e pedras soltas. Seu

FC foi maior no P5, corroborando o fato de essa espécie se desenvolver melhor em

locais com as características físicas que esse ponto apresenta, como já dito

anteriormente. Sua dieta variou entre insetos aquáticos, gastrópodes, restos de peixes,

materiais vegetais e algas. Seu IAI mostrou grande representatividade para algumas

famílias da ordem Trichoptera, seguido de Chironomidae. Os tricópteros se destacam

no monitoramento da qualidade da água por apresentarem elevada riqueza e

abundância em ambientes de melhor qualidade ambiental, apresentando níveis

variados de sensibilidade a alterações físicas e químicas e à poluição dos ecossistemas

aquáticos (Rosenberg & Resh, 1993; Wiggins, 1996; Angrisano & Korob, 2001).

Sarmento-Soares et al., (2005) observou pequenas larvas de Chironomidae, ninfas,

Nematoda e fragmentos de insetos nos estômagos de Trichomycterus pradensis. Cetra

et al., (2011) classificou a espécie T. bahianus como invertívora, apresentando alto

grau de preferência por larva de dípteros. Casatti (2002) entre as espécies estudadas,

Trichomycterus sp. se alimentou principalmente de itens autóctones como larvas de

Diptera e Trichoptera.

Australoheros capixaba teve seu conteúdo estomacal analisado em quatro pontos (P1,

P2, P3 e P6). Sua dieta foi composta por insetos aquáticos, Cladocera, Gastropoda,

Hydrachnidae, escamas de peixes, material vegetal e algas, além de alimento alóctone

representado por um ácaro terrestre (carrapato). Seu IAI foi maior para os itens

“fragmentos de insetos”, Trichoptera e Chironomidae. Rícan & Kullander (2003)

descobriram quantidades de conchas de Gastropoda no estômago de A. scitulus.

Ottoni & Katz (2017) estudaram a dieta de seis populações de espécies do gênero

Australoheros, e os resultados obtidos demonstraram que as espécies do gênero

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geralmente possuem um hábito generalista e oportunista, apresentando uma

preferência por artrópodes aquáticos, além de presença de Gastropoda, Cladocera e

larvas de Diptera, assim como encontrado nesse estudo.

Geophagus brasiliensis teve seu conteúdo estomacal analisado em cinco pontos (P1,

P2, P3, P6 e P8). Sua dieta variou entre itens autóctones, como insetos aquáticos,

Hydrachnidae (ácaro de água doce), moluscos, Nematoda, escamas de peixes,

Cladocera, materiais vegetais e algas, e entre itens alóctones, como um ácaro

(carrapato). O IAi foi bastante expressivo para Gastropoda, seguido de Chironomidae e

“fragmentos vegetais”. Seu IR foi maior no P8, o que pode ser interpretado pelo

tamanho dos fragmentos de Gastropoda consumido serem maiores, resultando para

esses peixes um estado de enchimento estomacal maior nesse ponto. Machado (2017)

encontrou para G. brasiliensis grande quantidade de larvas de Chironomidae. Os

representantes desta família da ordem Diptera, são geralmente os mais abundantes em

ambientes lacustres e fluviais, provavelmente em função da sua elevada capacidade

adaptativa a diferentes substratos e de sua plasticidade (Strixino & Trivinho-Strixino,

1997). Para alguns autores, a espécie é considerada onívora ou bentívora (Barrella et al.,

1994; Hanh et al., 1997; Agostinho et al., 1997). Abelha & Goulart (2004) indicaram uma

dieta onívora, composta predominantemente por frutos/sementes, detritos,

sedimentos, invertebrados aquáticos e escamas de peixe, sendo frutos/sementes o

recurso mais consumido. De acordo com Costa & Mazzoni (1997) os principais

constituintes da dieta de G. brasiliensis são gastrópodes, vegetais, algas filamentosas,

aracnídeos e insetos, corroborando os resultados encontrados no presente estudo.

Poecilia vivipara teve seu conteúdo estomacal analisado na maioria dos pontos (P1, P2,

P3, P4, P5, P6 e P8). Sua dieta apresentou alguns itens de insetos aquáticos,

gastrópodes, escama de peixes, materiais vegetais e algas. Seu IAi foi maior para os

itens “fragmentos vegetais”, “fragmentos de algas” e larvas de Ceratopogonidae

(Diptera). Aranha & Caramaschi (1999) analisaram quatro espécies da família

Poecilidae, incluindo P. vivipara, onde apresentaram dieta herbívora. Sabino & Castro

(1990) apresentam Phalloceros caudimaculatus como espécie onívora com tendência à

herbivoria. Por outro lado, Costa (1987) encontrou 100% de algas na dieta de P.

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caudimaculatus em rio costeiro próximo à lagoa de Saquarema (Rio de Janeiro) e

Teixeira (1989) 100% de vegetal superior no conteúdo estomacal da mesma espécie

em rio litorâneo do Rio Grande do Sul.

A dieta das espécies analisadas foi constituída principalmente por insetos, o que

mostra a importância destes invertebrados para a sustentação da cadeia alimentar nos

riachos estudados. Pinto & Uieda (2007) constataram que a maioria das espécies

amostradas em áreas abertas consumiu insetos aquáticos, sendo que o hábito de

consumir insetos como principal recurso alimentar é largamente estabelecido entre

espécies de peixes de riachos, o que também foi evidenciado neste estudo. Em riachos

costeiros brasileiros, a guilda dos insetívoros também predominou sobre as demais

(Sabino & Castro, 1990; Aranha et al., 1998; Esteves & Lobón-Cerviá, 2001; Deus &

Petrere Jr., 2003; Silva, 2009). De acordo com Uieda & Motta (2007), isso se deve à

enorme diversidade e abundância da ordem Diptera (principalmente Chironomidae)

como fonte alimentar, similar a esses resultados. De modo geral, a maior parte dos

estudos sugere a importância do material oriundo da vegetação ripária para a

alimentação de peixes de riachos (Angermeier & Karr, 1984; Sabino & Castro, 1990;

Uieda & Kikuchi, 1995; Pinto & Uieda, 2007), mesmo quando o consumo de recursos

autóctones é maior em comparação aos alóctones, devido à dependência de fonte de

energia que os invertebrados aquáticos possuem com o meio terrestre (Casatti, 2002;

Braga & Gomiero, 2009; Rolla et al., 2009).

A alimentação dos peixes nos pontos considerados ambientes degradados/alterados

mostrou alta similaridade entre si, fazendo com que estes pontos se agrupem. Em

contrapartida, os ambientes tidos como naturais, não mostraram nenhuma

similaridade alimentar com os pontos degradados, por nenhuma espécie analisada.

Isso também pode ser evidenciado pelos itens alimentares que distinguiram esses

agrupamentos, sendo notável que nos ambientes naturais, os itens que obtiveram

maior porcentagem de contribuição foram alimentos mais sensíveis como integrantes

da ordem Trichoptera além de itens alóctones. Nos pontos considerados

degradados/alterados, os itens com maior porcentagem de contribuição foram

organismos tolerantes, como integrantes da ordem Diptera, principalmente larvas de

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Chironomidae, que estiveram bastante presentes qualitativamente e

quantitativamente nas dietas durante este estudo. Larvas de Chironomidade são

organismos que podem ser utilizados como indicadores da má qualidade ambiental

dos ecossistemas aquáticos, sendo suas larvas um importante item na dieta dos peixes

(Kawai et al., 1989; Pinder, 1983). Esta família de Diptera quase sempre se apresentou

como dominante, devido a sua tolerância a situações extremas como hipóxia e grande

capacidade competitiva (Nessimian, 1995; Marques et al., 1999; Callisto et al., 2001).

Ainda, Henriques-Oliveira et al., (2003) mencionam a família Chironomidae como um

grupo abundante e amplamente distribuído que possui papel importante na ciclagem

de nutrientes. Esses resultados corroboram os do presente estudo, indicando que

ambientes com maior abundância de Chironomidae, possivelmente indicam um

ambiente mais degradado, como se encontra a bacia do rio Itaúnas.

O que se pode depreender a partir dos resultados obtidos, é que a bacia do rio Itaúnas

se encontra com alto índice de degradação, principalmente pelo desmatamento,

acarretando o empobrecimento da diversidade de peixes, que como observado no

estudo, algumas espécies mais exigentes e que consomem itens mais específicos de

ambientes melhores, tais como itens alóctones e de corredeiras, acabam ficando

restritas aos ambientes mais preservados que ainda apresentam possibilidade de

ofertar tais itens.

CONCLUSÕES

O rio Itaúnas, apesar de apresentar alguns trechos com indícios de conservação, sofre

diariamente com influência antrópica, além da notável homogeneização ambiental da

bacia e sua ictiofauna sugere tonar-se cada vez menos abundante e rica e cada vez

mais restrita às espécies mais resistentes.

Espécies tolerantes dominam desde os ambientes mais “alterados” até os tidos como

“naturais”, ocorrendo em todo o trecho estudado. A alta ocorrência e abundância

dessas espécies, principalmente a espécie Poecilia vivipara, condiz com o estado

degradado de conservação do rio Itaúnas.

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Este trabalho também mostrou que a dieta da ictiofauna dessa bacia é sustentada

principalmente pelos insetos aquáticos, disponíveis em grande quantidade no

ambiente. Neste sentido, a importância da integridade da vegetação ripária foi

ressaltada como sendo a principal fornecedora de recursos terrestres para a

sustentação da biota aquática.

Acredita-se que a recuperação das matas e o melhor gerenciamento desses ambientes

seja a chave para a conservação dos corpos d’água e consequentemente das

comunidades de peixes que ali vivem. Entretanto, o estado de conhecimento atual da

ictiofauna do rio Itaúnas ainda é incipiente, sendo que pouco se conhece de sua

biologia ou mesmo de sua taxonomia, enfatizando assim a importância de mais

estudos como este, com o intuito de compreender melhor a complexidades desses

ecossistemas.

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70

ANEXOS

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71

ANEXO I

Índice de Integridade de Hábitat (IIH), (Nessimian et al., 2008)

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72

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73

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74

ANEXO ll

Espécies coletadas nos pontos de amostragem na bacia do rio Itaúnas.

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75

ANEXO lll

Planilha com os valores de Fpi: frequência de pontos, FO: frequência de ocorrência e IAi: índice alimentar, para todos os pontos estudados.

Fpi FO IA Fpi FO IA Fpi FO IA Fpi FO IA Fpi FO IA Fpi FO IA Fpi FO IA

Odonata - Anisoptera 0,010929 0,1 0,001916

Heteroptera - Frag. Heteroptera

Heteroptera - Gerridae

Heteroptera - Gerromorpha

Heteroptera - Naucoridae

Heteroptera - Nepomorpha

Heteroptera - Notonectidae 0,005464 0,1 0,000958

Heteroptera - Veliidae

Coleoptera 0,041451 0,2 0,011817

Coleoptera - Curculionidae

Coleoptera - Elmidae 0,010929 0,1 0,001916

Coleoptera - Larva de Coleoptera

Coleoptera - Larva de Elmidae

Coleoptera - Larva de Hydrophilidae

Coleoptera - Psephenidae 0,011396 0,1 0,001899

Coleoptera - Ptylodactilidae

Lepidoptera 0,062176 0,1 0,008863

Diptera - Calliphoridae 0,008547 0,1 0,001425

Diptera - Ceratopogonidae 0,005747 0,1 0,001256 0,022792 0,3 0,011396 0,009174 0,2 0,002021

Diptera - Chaboridae

Diptera - Chironomidae 0,142077 0,7 0,17433 0,084291 0,7 0,128925 0,183938 0,2 0,052438 0,019608 0,2 0,012121 0,119658 0,9 0,179487 0,022936 0,3 0,00758

Diptera - Culicidae

Diptera - Dixidae

Diptera - Empididae 0,032787 0,1 0,005747 0,007772 0,1 0,001108 0,008547 0,1 0,001425

Diptera - Frag. Diptera 0,011396 0,2 0,003799

Diptera - Psychodidae 0,005698 0,1 0,00095

Diptera - Pulpa de Diptera 0,023316 0,3 0,009971 0,019943 0,2 0,006648

Diptera - Simulidae

Diptera - Tipulidae

Hymenoptera

Hymenoptera - Formicidae 0,018135 0,2 0,00517 0,054131 0,2 0,018044

Ephemeroptera 0,120219 0,6 0,126437 0,011494 0,1 0,002512 0,03211 0,2 0,007074

Trichoptera - Casa Trichoptera 0,032787 0,2 0,011494 0,009579 0,2 0,004186

Trichoptera - Frag. Trichoptera

Trichoptera - Hydropsychidae

Trichoptera - Hydroptilidae 0,005464 0,1 0,000958

Trichoptera - Leptoceridae 0,01341 0,1 0,00293

Trichoptera - Philopotamidae

Trichoptera - Polycentropodidae

Arachnida - Acari 0,005747 0,3 0,003767 0,002591 0,1 0,000369 0,009804 0,1 0,00303

Arachnida - Araneae 0,012953 0,2 0,003693 0,034188 0,1 0,005698

Arachnida - Hydrachnidae 0,003831 0,1 0,000837 0,009804 0,1 0,00303

Arachnida - Pseudoscorpionida

Crustacea - Cladocera 0,009804 0,1 0,00303

Mollusca - Bivalvia 0,111111 0,3 0,072834

Mollusca - Gastropoda 0,557471 0,5 0,609045 0,039216 0,2 0,024242

Nematoda 0,001916 0,1 0,000419 0,012953 0,1 0,001846 0,022792 0,2 0,007597 0,009174 0,1 0,001011

Nematomorpha - Gordioida

Oligochaeta

Peixes - Alevinos

Peixes - Escama 0,010929 0,1 0,001916 0,068966 0,1 0,015069

Peixes - Peixe digerido

Peixes - Poecilia vivipara

Semente

Fragmento de alga 0,349727 0,7 0,42912 0,068376 0,1 0,011396 0,880734 1 0,970185 0,891566 0,66 0,907979

Fragmento inseto 0,224044 0,6 0,235633 0,05364 0,4 0,046882 0,634715 1 0,904732 0,362745 0,7 0,784847 0,555556 0,8 0,740741 0,018349 0,3 0,006064

Fragmento vegetal 0,054645 0,1 0,009579 0,072797 0,7 0,111344 0,529412 0,1 0,163636 0,05698 0,1 0,009497 0,027523 0,2 0,006064 0,108434 0,55 0,092025

Borracha

Linha de rede 0,019608 0,1 0,006061

Plástico

Hyphessobrycon bifasciatus Poecilia vivipara

Ponto 1

Itens estomacais Leporinus copelandii Geophagus brasiliensis Astyanax lacustris Australoheros capixaba Astyanax cf. intermedius

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76

Fpi FO IA Fpi FO IA Fpi FO IA Fpi FO IA Fpi FO IA Fpi FO IA Fpi FO IA

Odonata - Anisoptera 0,063032 0,1 0,011878 0,058376 0,1 0,013764

Heteroptera - Frag. Heteroptera

Heteroptera - Gerridae

Heteroptera - Gerromorpha

Heteroptera - Naucoridae 0,005076 0,1 0,001197

Heteroptera - Nepomorpha

Heteroptera - Notonectidae

Heteroptera - Veliidae

Coleoptera 0,003407 0,1 0,000642

Coleoptera - Curculionidae

Coleoptera - Elmidae 0,003407 0,1 0,000642

Coleoptera - Larva de Coleoptera

Coleoptera - Larva de Elmidae

Coleoptera - Larva de Hydrophilidae

Coleoptera - Psephenidae

Coleoptera - Ptylodactilidae

Lepidoptera

Diptera - Calliphoridae

Diptera - Ceratopogonidae

Diptera - Chaboridae

Diptera - Chironomidae 0,02385 0,7 0,031461 0,103175 0,4 0,117648 0,52459 1 0,701755 0,015625 0,1 0,003597 0,065789 0,3 0,025597 0,025381 0,3 0,017953

Diptera - Culicidae

Diptera - Dixidae

Diptera - Empididae

Diptera - Frag. Diptera

Diptera - Psychodidae

Diptera - Pulpa de Diptera

Diptera - Simulidae

Diptera - Tipulidae 0,047619 0,1 0,013575

Hymenoptera

Hymenoptera - Formicidae 0,006814 0,3 0,003852

Ephemeroptera 0,015332 0,1 0,002889 0,040984 0,3 0,016447 0,013158 0,1 0,001706 0,005076 0,1 0,001197

Trichoptera - Casa Trichoptera 0,003407 0,1 0,000642 0,078947 0,3 0,030717 0,038071 0,2 0,017953

Trichoptera - Frag. Trichoptera 0,031746 0,1 0,00905

Trichoptera - Hydropsychidae

Trichoptera - Hydroptilidae 0,040984 0,2 0,010965 0,013158 0,1 0,001706 0,010152 0,2 0,004788

Trichoptera - Leptoceridae

Trichoptera - Philopotamidae

Trichoptera - Polycentropodidae

Arachnida - Acari 0,001704 0,1 0,000321 0,005076 0,2 0,002394

Arachnida - Araneae

Arachnida - Hydrachnidae 0,001704 0,1 0,000321 0,007937 0,1 0,002262

Arachnida - Pseudoscorpionida

Crustacea - Cladocera 0,016393 0,2 0,004386 0,002538 0,1 0,000598

Mollusca - Bivalvia

Mollusca - Gastropoda 0,459391 0,5 0,541594

Nematoda

Nematomorpha - Gordioida 0,035533 0,1 0,008378

Oligochaeta

Peixes - Alevinos

Peixes - Escama 0,04918 0,3 0,019737

Peixes - Peixe digerido 0,125 0,1 0,028777

Peixes - Poecilia vivipara

Semente 0,007937 0,1 0,002262

Fragmento de alga 0,122658 0,3 0,069342 0,103175 0,2 0,058824 0,081967 0,3 0,032895 0,328125 0,4 0,302155 0,026316 0,1 0,003413 0,002538 0,1 0,000598

Fragmento inseto 0,131175 0,7 0,173035 0,269841 0,4 0,307696 0,040984 0,4 0,02193 0,140625 0,5 0,161869 0,802632 0,9 0,936863 0,111675 0,4 0,105327 0,071429 0,3 0,022556

Fragmento vegetal 0,623509 0,6 0,704982 0,428571 0,4 0,488693 0,204918 0,7 0,191886 0,359375 0,6 0,496397 0,241117 0,5 0,284262 0,928571 1 0,977444

Borracha

Linha de rede 0,03125 0,1 0,007194

Plástico

Poecilia viviparaAstyanax lacustris

Ponto 2

Itens estomacais Astyanax cf. intermedius Leporinus copelandii Hyphessobrycon bifasciatus Australoheros capixaba Geophagus brasiliensisFpi FO IA Fpi FO IA Fpi FO IA Fpi FO IA Fpi FO IA

Odonata - Anisoptera

Heteroptera - Frag. Heteroptera 0,004902 0,1 0,000729

Heteroptera - Gerridae 0,006135 0,1 0,002591 0,017094 0,1 0,002717

Heteroptera - Gerromorpha

Heteroptera - Naucoridae

Heteroptera - Nepomorpha

Heteroptera - Notonectidae

Heteroptera - Veliidae 0,038462 0,1 0,006114

Coleoptera

Coleoptera - Curculionidae

Coleoptera - Elmidae

Coleoptera - Larva de Coleoptera

Coleoptera - Larva de Elmidae

Coleoptera - Larva de Hydrophilidae

Coleoptera - Psephenidae

Coleoptera - Ptylodactilidae

Lepidoptera 0,053922 0,2 0,016035

Diptera - Calliphoridae

Diptera - Ceratopogonidae 0,212766 0,3 0,173408

Diptera - Chaboridae

Diptera - Chironomidae 0,039216 0,2 0,014898 0,068627 0,5 0,05102 0,09816 0,8 0,331606 0,055556 0,5 0,044158 0,06383 0,1 0,017341

Diptera - Culicidae

Diptera - Dixidae

Diptera - Empididae

Diptera - Frag. Diptera 0,029412 0,2 0,008746 0,025641 0,1 0,004076

Diptera - Psychodidae

Diptera - Pulpa de Diptera 0,044118 0,4 0,026239 0,025641 0,1 0,004076

Diptera - Simulidae

Diptera - Tipulidae

Hymenoptera

Hymenoptera - Formicidae 0,019608 0,2 0,005831

Ephemeroptera 0,04902 0,2 0,018622 0,025641 0,2 0,008152

Trichoptera - Casa Trichoptera 0,156863 0,4 0,119181 0,03681 0,3 0,046632

Trichoptera - Frag. Trichoptera

Trichoptera - Hydropsychidae

Trichoptera - Hydroptilidae 0,029412 0,2 0,011173 0,104294 0,3 0,132124

Trichoptera - Leptoceridae

Trichoptera - Philopotamidae

Trichoptera - Polycentropodidae

Arachnida - Acari 0,01227 0,2 0,010363 0,008547 0,1 0,001359

Arachnida - Araneae 0,058824 0,2 0,017493

Arachnida - Hydrachnidae

Arachnida - Pseudoscorpionida 0,019608 0,1 0,002915

Crustacea - Cladocera

Mollusca - Bivalvia 0,03681 0,2 0,031088

Mollusca - Gastropoda 0,039216 0,1 0,007449 0,509202 0,1 0,215026

Nematoda 0,068376 0,1 0,01087

Nematomorpha - Gordioida

Oligochaeta

Peixes - Alevinos

Peixes - Escama 0,127451 0,1 0,024209 0,042553 0,1 0,011561

Peixes - Peixe digerido

Peixes - Poecilia vivipara 0,083333 0,1 0,012391 0,110429 0,1 0,046632

Semente 0,009804 0,1 0,001458 0,008547 0,1 0,001359

Fragmento de alga 0,006135 0,1 0,002591 0,170213 0,3 0,138726

Fragmento inseto 0,519608 0,8 0,789573 0,568627 1 0,84548 0,067485 0,6 0,170984 0,57265 0,9 0,819293 0,12766 0,1 0,034682

Fragmento vegetal 0,039216 0,2 0,014898 0,039216 0,2 0,011662 0,01227 0,2 0,010363 0,153846 0,4 0,097826 0,382979 0,6 0,624269

Borracha

Linha de rede

Plástico

Australoheros capixaba Astyanax lacustris Geophagus brasiliensis Astyanax cf. intermedius Poecilia vivipara

Ponto 3

Itens estomacais

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77

Fpi FO IA Fpi FO IA

Odonata - Anisoptera

Heteroptera - Frag. Heteroptera

Heteroptera - Gerridae

Heteroptera - Gerromorpha 0,011494 0,1 0,001601

Heteroptera - Naucoridae

Heteroptera - Nepomorpha 0,022989 0,1 0,003203

Heteroptera - Notonectidae 0,011494 0,1 0,001601

Heteroptera - Veliidae

Coleoptera 0,045977 0,1 0,006405

Coleoptera - Curculionidae

Coleoptera - Elmidae

Coleoptera - Larva de Coleoptera

Coleoptera - Larva de Elmidae

Coleoptera - Larva de Hydrophilidae

Coleoptera - Psephenidae

Coleoptera - Ptylodactilidae

Lepidoptera

Diptera - Calliphoridae

Diptera - Ceratopogonidae 0,086957 0,1 0,021978 0,028736 0,1 0,004003

Diptera - Chaboridae

Diptera - Chironomidae 0,130435 0,1 0,032967

Diptera - Culicidae 0,086957 0,1 0,021978

Diptera - Dixidae

Diptera - Empididae

Diptera - Frag. Diptera

Diptera - Psychodidae

Diptera - Pulpa de Diptera

Diptera - Simulidae

Diptera - Tipulidae

Hymenoptera

Hymenoptera - Formicidae

Ephemeroptera

Trichoptera - Casa Trichoptera 0,051724 0,2 0,014411

Trichoptera - Frag. Trichoptera

Trichoptera - Hydropsychidae

Trichoptera - Hydroptilidae

Trichoptera - Leptoceridae

Trichoptera - Philopotamidae

Trichoptera - Polycentropodidae

Arachnida - Acari

Arachnida - Araneae

Arachnida - Hydrachnidae 0,011494 0,2 0,003203

Arachnida - Pseudoscorpionida

Crustacea - Cladocera

Mollusca - Bivalvia

Mollusca - Gastropoda

Nematoda

Nematomorpha - Gordioida

Oligochaeta

Peixes - Alevinos

Peixes - Escama 0,011494 0,1 0,001601

Peixes - Peixe digerido

Peixes - Poecilia vivipara

Semente

Fragmento de alga 0,304348 0,3 0,23077

Fragmento inseto 0,758621 0,9 0,951156

Fragmento vegetal 0,391304 0,7 0,692311 0,045977 0,2 0,01281

Borracha

Linha de rede

Plástico

Poecilia vivipara Moenkhausia vittata

Ponto 4

Itens estomacais

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78

Fpi FO IA Fpi FO IA Fpi FO IA

Odonata - Anisoptera

Heteroptera - Frag. Heteroptera

Heteroptera - Gerridae

Heteroptera - Gerromorpha

Heteroptera - Naucoridae

Heteroptera - Nepomorpha

Heteroptera - Notonectidae

Heteroptera - Veliidae

Coleoptera

Coleoptera - Curculionidae

Coleoptera - Elmidae

Coleoptera - Larva de Coleoptera

Coleoptera - Larva de Elmidae 0,008403 0,1 0,001393

Coleoptera - Larva de Hydrophilidae

Coleoptera - Psephenidae

Coleoptera - Ptylodactilidae

Lepidoptera

Diptera - Calliphoridae

Diptera - Ceratopogonidae 0,018519 0,1 0,004086

Diptera - Chaboridae

Diptera - Chironomidae 0,138889 0,8 0,245149 0,032258 0,1 0,005025 0,428571 1 0,710308

Diptera - Culicidae

Diptera - Dixidae

Diptera - Empididae 0,046296 0,3 0,030644 0,033613 0,1 0,005571

Diptera - Frag. Diptera

Diptera - Psychodidae

Diptera - Pulpa de Diptera

Diptera - Simulidae

Diptera - Tipulidae

Hymenoptera

Hymenoptera - Formicidae

Ephemeroptera 0,009259 0,2 0,004086 0,042017 0,2 0,013928

Trichoptera - Casa Trichoptera 0,324074 0,6 0,42901 0,032258 0,1 0,005025 0,07563 0,3 0,037605

Trichoptera - Frag. Trichoptera 0,009259 0,1 0,002043

Trichoptera - Hydropsychidae 0,152778 0,4 0,134832 0,042017 0,4 0,027855

Trichoptera - Hydroptilidae 0,046296 0,2 0,020429 0,016129 0,1 0,002513 0,067227 0,4 0,044568

Trichoptera - Leptoceridae

Trichoptera - Philopotamidae 0,078704 0,2 0,034729

Trichoptera - Polycentropodidae 0,074074 0,3 0,04903 0,02521 0,1 0,004178

Arachnida - Acari

Arachnida - Araneae

Arachnida - Hydrachnidae

Arachnida - Pseudoscorpionida

Crustacea - Cladocera

Mollusca - Bivalvia

Mollusca - Gastropoda 0,037037 0,1 0,008172 0,032258 0,1 0,005025 0,016807 0,1 0,002786

Nematoda

Nematomorpha - Gordioida

Oligochaeta

Peixes - Alevinos

Peixes - Escama 0,016807 0,1 0,002786

Peixes - Peixe digerido

Peixes - Poecilia vivipara

Semente

Fragmento de alga 0,013889 0,3 0,009193 0,032258 0,2 0,01005 0,016807 0,1 0,002786

Fragmento inseto 0,032407 0,3 0,02145 0,145161 0,3 0,067839 0,109244 0,4 0,072424

Fragmento vegetal 0,013889 0,2 0,006129 0,725806 0,8 0,904516 0,109244 0,4 0,072424

Borracha 0,00463 0,1 0,001021 0,008403 0,1 0,001393

Linha de rede

Plástico

Trichomycterus pradensis Poecilia vivipara Characidium sp. "cricaré"

Ponto 5

Itens estomacais

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79

Fpi FO IA Fpi FO IA Fpi FO IA Fpi FO IA

Odonata - Anisoptera 0,034934 0,1 0,006235

Heteroptera - Frag. Heteroptera

Heteroptera - Gerridae

Heteroptera - Gerromorpha

Heteroptera - Naucoridae

Heteroptera - Nepomorpha

Heteroptera - Notonectidae

Heteroptera - Veliidae

Coleoptera

Coleoptera - Curculionidae

Coleoptera - Elmidae

Coleoptera - Larva de Coleoptera

Coleoptera - Larva de Elmidae 0,043668 0,1 0,007794

Coleoptera - Larva de Hydrophilidae

Coleoptera - Psephenidae

Coleoptera - Ptylodactilidae

Lepidoptera

Diptera - Calliphoridae

Diptera - Ceratopogonidae

Diptera - Chaboridae

Diptera - Chironomidae 0,532751 0,8 0,76072 0,268456 0,7 0,354431 0,195402 0,7 0,406145

Diptera - Culicidae

Diptera - Dixidae

Diptera - Empididae 0,056769 0,3 0,030398

Diptera - Frag. Diptera

Diptera - Psychodidae

Diptera - Pulpa de Diptera 0,061135 0,4 0,043648 0,022989 0,1 0,006826

Diptera - Simulidae

Diptera - Tipulidae

Hymenoptera

Hymenoptera - Formicidae

Ephemeroptera 0,004367 0,1 0,000779 0,045977 0,1 0,013652

Trichoptera - Casa Trichoptera 0,067114 0,2 0,025317 0,310345 0,4 0,368602

Trichoptera - Frag. Trichoptera 0,048035 0,1 0,008574 0,006711 0,1 0,001266

Trichoptera - Hydropsychidae 0,0131 0,2 0,004677

Trichoptera - Hydroptilidae 0,021834 0,2 0,007794 0,04698 0,2 0,017722 0,022989 0,2 0,013652

Trichoptera - Leptoceridae 0,008734 0,2 0,003118

Trichoptera - Philopotamidae

Trichoptera - Polycentropodidae

Arachnida - Acari 0,04698 0,5 0,044304 0,011494 0,1 0,003413

Arachnida - Araneae

Arachnida - Hydrachnidae

Arachnida - Pseudoscorpionida

Crustacea - Cladocera 0,006711 0,1 0,001266

Mollusca - Bivalvia

Mollusca - Gastropoda 0,067114 0,2 0,025317

Nematoda 0,073826 0,2 0,027848

Nematomorpha - Gordioida

Oligochaeta

Peixes - Alevinos

Peixes - Escama 0,045977 0,1 0,013652

Peixes - Peixe digerido

Peixes - Poecilia vivipara

Semente

Fragmento de alga 0,511628 0,5 0,511628 0,006711 0,1 0,001266 0,091954 0,1 0,027304

Fragmento inseto 0,162791 0,5 0,162791 0,122271 0,5 0,10912 0,201342 0,7 0,265823 0,011494 0,1 0,003413

Fragmento vegetal 0,325581 0,5 0,325581 0,043668 0,2 0,015589 0,208054 0,6 0,235444 0,241379 0,2 0,143345

Borracha 0,008734 0,1 0,001559

Linha de rede

Plástico

Itens estomacais Geophagus brasiliensis Australoheros capixabaCharacidium sp. "cricaré"Poecilia vivipara

Ponto 6

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80

Fpi FO IA Fpi FO IA Fpi FO IA Fpi FO IA

Odonata - Anisoptera 0,034483 0,2 0,02

Heteroptera - Frag. Heteroptera

Heteroptera - Gerridae

Heteroptera - Gerromorpha

Heteroptera - Naucoridae

Heteroptera - Nepomorpha

Heteroptera - Notonectidae

Heteroptera - Veliidae

Coleoptera

Coleoptera - Curculionidae

Coleoptera - Elmidae

Coleoptera - Larva de Coleoptera

Coleoptera - Larva de Elmidae

Coleoptera - Larva de Hydrophilidae 0,017778 0,1 0,002692

Coleoptera - Psephenidae

Coleoptera - Ptylodactilidae

Lepidoptera

Diptera - Calliphoridae

Diptera - Ceratopogonidae

Diptera - Chaboridae

Diptera - Chironomidae 0,178571 0,5 0,185873 0,014368 0,2 0,008333 0,031111 0,5 0,023553 0,076923 0,1 0,018987

Diptera - Culicidae

Diptera - Dixidae 0,048851 0,1 0,014167 0,004444 0,1 0,000673

Diptera - Empididae

Diptera - Frag. Diptera 0,034483 0,1 0,01

Diptera - Psychodidae

Diptera - Pulpa de Diptera

Diptera - Simulidae

Diptera - Tipulidae

Hymenoptera

Hymenoptera - Formicidae

Ephemeroptera 0,071429 0,2 0,02974 0,011494 0,1 0,003333

Trichoptera - Casa Trichoptera 0,160714 0,5 0,167285 0,468391 0,5 0,679162 0,151111 0,5 0,114402 0,051282 0,1 0,012658

Trichoptera - Frag. Trichoptera

Trichoptera - Hydropsychidae 0,022989 0,2 0,013333 0,084444 0,3 0,038358 0,051282 0,1 0,012658

Trichoptera - Hydroptilidae 0,053571 0,3 0,033457 0,022989 0,3 0,02 0,053333 0,5 0,040377 0,025641 0,1 0,006329

Trichoptera - Leptoceridae 0,160714 0,4 0,133828 0,022222 0,2 0,00673

Trichoptera - Philopotamidae

Trichoptera - Polycentropodidae

Arachnida - Acari 0,017857 0,1 0,003717 0,026667 0,3 0,012113

Arachnida - Araneae

Arachnida - Hydrachnidae

Arachnida - Pseudoscorpionida

Crustacea - Cladocera

Mollusca - Bivalvia 0,004444 0,1 0,000673

Mollusca - Gastropoda 0,542222 0,9 0,738901 0,128205 0,2 0,063291

Nematoda 0,026667 0,1 0,004038

Nematomorpha - Gordioida

Oligochaeta

Peixes - Alevinos

Peixes - Escama

Peixes - Peixe digerido

Peixes - Poecilia vivipara 0,183908 0,1 0,053333

Semente

Fragmento de alga

Fragmento inseto 0,357143 0,6 0,446094 0,140805 0,4 0,163332 0,026667 0,4 0,016151 0,435897 0,4 0,430378

Fragmento vegetal 0,017241 0,3 0,015 0,008889 0,1 0,001346 0,230769 0,8 0,455694

Borracha

Linha de rede

Plástico

Itens estomacais Characidium sp. "cricaré" Trichomycterus pradensis Geophagus brasiliensis Poecilia vivipara

Ponto 8

Page 90: Relação entre a qualidade ambiental e o hábito alimentar ...repositorio.ufes.br/bitstream/10/11345/1/tese_13201_104- Anna Paul… · O bioma apresenta níveis extremamente elevados

81

Fpi FO IA Fpi FO IA Fpi FO IA

Odonata - Anisoptera

Heteroptera - Frag. Heteroptera 0,0625 0,1 0,019108 0,021622 0,1 0,003813

Heteroptera - Gerridae

Heteroptera - Gerromorpha

Heteroptera - Naucoridae

Heteroptera - Nepomorpha

Heteroptera - Notonectidae

Heteroptera - Veliidae 0,032432 0,1 0,00572

Coleoptera

Coleoptera - Curculionidae

Coleoptera - Elmidae

Coleoptera - Larva de Coleoptera 0,032432 0,2 0,011439

Coleoptera - Larva de Elmidae

Coleoptera - Larva de Hydrophilidae

Coleoptera - Psephenidae

Coleoptera - Ptylodactilidae

Lepidoptera

Diptera - Calliphoridae

Diptera - Ceratopogonidae 0,037383 0,1 0,010929 0,005405 0,1 0,000953

Diptera - Chaboridae

Diptera - Chironomidae 0,056075 0,6 0,09836 0,041667 0,1 0,012739 0,016216 0,3 0,00858

Diptera - Culicidae 0,005405 0,1 0,000953

Diptera - Dixidae

Diptera - Empididae 0,056075 0,1 0,016393 0,0625 0,1 0,019108 0,005405 0,1 0,000953

Diptera - Frag. Diptera 0,252336 0,4 0,295079 0,010811 0,1 0,001907

Diptera - Psychodidae

Diptera - Pulpa de Diptera

Diptera - Simulidae

Diptera - Tipulidae

Hymenoptera 0,028037 0,1 0,008197

Hymenoptera - Formicidae 0,07027 0,4 0,049571

Ephemeroptera

Trichoptera - Casa Trichoptera 0,037383 0,1 0,010929 0,041667 0,1 0,012739 0,010811 0,1 0,001907

Trichoptera - Frag. Trichoptera 0,009346 0,1 0,002732 0,027027 0,1 0,004766

Trichoptera - Hydropsychidae

Trichoptera - Hydroptilidae 0,020833 0,1 0,006369

Trichoptera - Leptoceridae

Trichoptera - Philopotamidae 0,009346 0,1 0,002732 0,125 0,1 0,038217

Trichoptera - Polycentropodidae

Arachnida - Acari 0,016216 0,2 0,00572

Arachnida - Araneae 0,091892 0,4 0,064823

Arachnida - Hydrachnidae

Arachnida - Pseudoscorpionida 0,009346 0,1 0,002732

Crustacea - Cladocera 0,054054 0,6 0,057197

Mollusca - Bivalvia

Mollusca - Gastropoda 0,018692 0,1 0,005464 0,005405 0,1 0,000953

Nematoda

Nematomorpha - Gordioida

Oligochaeta

Peixes - Alevinos

Peixes - Escama 0,005405 0,1 0,000953

Peixes - Peixe digerido

Peixes - Poecilia vivipara

Semente 0,056075 0,3 0,04918

Fragmento de alga 0,009346 0,1 0,002732 0,020833 0,1 0,006369 0,07027 0,2 0,024785

Fragmento inseto 0,214953 0,5 0,314204 0,395833 0,5 0,605102 0,389189 0,9 0,617728

Fragmento vegetal 0,205607 0,3 0,180326 0,229167 0,4 0,280258 0,12973 0,6 0,137273

Borracha

Linha de rede

Plástico

Astyanax cf. intermedius Hyphessobrycon reticulatus Mimagoniates microlepis

Ponto 9

Itens estomacais

Page 91: Relação entre a qualidade ambiental e o hábito alimentar ...repositorio.ufes.br/bitstream/10/11345/1/tese_13201_104- Anna Paul… · O bioma apresenta níveis extremamente elevados

82

ANEXO lV

Itens

IA LN(pi) Pi*LN(Pi) IA LN(pi) Pi*LN(Pi) IA LN(pi) Pi*LN(Pi) IA LN(pi) Pi*LN(Pi) IA LN(pi) Pi*LN(Pi) IA LN(pi) Pi*LN(Pi) IA LN(pi) Pi*LN(Pi)

Odonata - Anisoptera 0,001916 -6,2577 -0,011988

Heteroptera - Notonectidae 0,000958 -6,9508 -0,006658

Coleoptera 0,011817 -4,43822345 -0,052446

Coleoptera - Elmidae 0,001916 -6,2577 -0,011988

Coleoptera - Psephenidae 0,001899 -6,2663 -0,011902

Lepidoptera 0,008863 -4,72590553 -0,041884

Diptera - Calliphoridae 0,001425 -6,5539 -0,009336

Diptera - Ceratopogonidae 0,001256 -6,68001 -0,00839 0,011396 -4,4745 -0,050991 0,002021 -6,2041 -0,012539752

Diptera - Chironomidae 0,17433 -1,7468 -0,304521 0,128925 -2,04852 -0,26411 0,052438 -2,9481323 -0,154593 0,012121 -4,4128 -0,053488 0,179487 -1,7177 -0,308296 0,00758 -4,8823 -0,037005727

Diptera - Empididae 0,005747 -5,1591 -0,02965 0,001108 -6,80534707 -0,007539 0,001425 -6,5539 -0,009336

Diptera - Frag. Diptera 0,003799 -5,5731 -0,02117

Diptera - Psychodidae 0,00095 -6,9594 -0,006609

Diptera - Pulpa de diptera 0,009971 -4,60812249 -0,045945 0,006648 -5,0135 -0,033328

Hymenoptera - Formicidae 0,00517 -5,26490203 -0,027219 0,018044 -4,015 -0,072445

Ephemeroptera 0,126437 -2,068 -0,261473 0,002512 -5,98686 -0,01504 0,007074 -4,9513 -0,035026752

Trichoptera - Casa Trichoptera 0,011494 -4,4659 -0,051332 0,004186 -5,47604 -0,02292

Trichoptera - Hydroptilidae 0,000958 -6,9508 -0,006658

Trichoptera - Leptoceridae 0,00293 -5,83271 -0,01709

Arachnida - Acari 0,003767 -5,5814 -0,02103 0,000369 -7,90395936 -0,002919 0,00303 -5,79909 -0,017573

Arachnida - Araneae 0,003693 -5,60137426 -0,020685 0,005698 -5,1676 -0,029445

Arachnida - Hydrachnidae 0,000837 -7,08548 -0,00593 0,00303 -5,79909 -0,017573

Crustacea - Cladocera 0,00303 -5,79909 -0,017573

Mollusca - Bivalvia 0,072834 -2,61957 -0,19079

Mollusca - Gastropoda 0,609045 -0,49586 -0,302 0,024242 -3,71965 -0,090173

Nematoda 0,000419 -7,77862 -0,00326 0,001846 -6,29452144 -0,011622 0,007597 -4,88 -0,037075 0,001011 -6,8972 -0,006970377

Peixes - Escama 0,001916 -6,2577 -0,011988 0,015069 -4,19511 -0,06322

Fragmento alga 0,42912 -0,846 -0,363044 0,011396 -4,4745 -0,050991 0,970185 -0,0303 -0,029366046 0,907979 -0,1 -0,08765

Fragmento inseto 0,235633 -1,4455 -0,340603 0,046882 -3,06013 -0,14346 0,904732 -0,10011605 -0,090578 0,784847 -0,24227 -0,190142 0,740741 -0,3001 -0,2223 0,006064 -5,1054 -0,030957647

Fragmento vegetal 0,009579 -4,6482 -0,044523 0,111344 -2,19513 -0,24442 0,163636 -1,81011 -0,296199 0,009497 -4,6568 -0,044224 0,006064 -5,1054 -0,030957647 0,092025 -2,39 -0,21954

Linha de rede 0,006061 -5,10595 -0,030945

H'a -1,444425 -1,30165 -0,455431 -0,713667 -0,907449 -0,182823949 -0,30719

ea -0,581279 -0,50748 -0,197791 -0,343201 -0,343854 -0,093952924 -0,44319

PONTO 1Leporinus copelandii Geophagus brasiliensis Astyanax lacustris Australoheros capixaba Astyanax aff. intermedius Hyphessobrycon bifasciatus Poecilia vivipara

Planilhas com valores de diversidade alimentar (H’a).

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83

Itens

IA LN(pi) Pi*LN(Pi) IA LN(pi) Pi*LN(Pi) IA LN(pi) Pi*LN(Pi) IA LN(pi) Pi*LN(Pi) IA LN(pi) Pi*LN(Pi) IA LN(pi) Pi*LN(Pi) IA LN(pi) Pi*LN(Pi)

Odonata - Anisoptera 0,011878 -4,43306 -0,05266 0,013764 -4,28568 -0,05899

Heteroptera - Naucoridae 0,001197 -6,72803 -0,00805

Coleoptera 0,000642 -7,35083 -0,00472

Coleoptera - Elmidae 0,000642 -7,35083 -0,00472

Diptera - Chironomidae 0,031461 -3,45901 -0,10882 0,117648 -2,14006 -0,25177 0,701755 -0,35417 -0,24854 0,003597 -5,62763 -0,02024 0,025597 -3,66527 -0,09382 0,017953 -4,01998 -0,07217

Diptera - Tipulidae 0,013575 -4,29954 -0,05837

Hymenoptera - Formicidae 0,003852 -5,55907 -0,02142

Ephemeroptera 0,002889 -5,84675 -0,01689 0,016447 -4,10759 -0,06756 0,001706 -6,37332 -0,01088 0,001197 -6,72803 -0,00805

Trichoptera - Casa Trichoptera 0,000642 -7,35083 -0,00472 0,030717 -3,48294 -0,10699 0,017953 -4,01998 -0,07217

Trichoptera - Frag. Trichoptera 0,00905 -4,70501 -0,04258

Trichoptera - Hydroptilidae 0,010965 -4,51305 -0,04949 0,001706 -6,37332 -0,01088 0,004788 -5,34173 -0,02557

Arachnida - Acari 0,000321 -8,04398 -0,00258 0,002394 -6,03488 -0,01445

Arachnida - Hydrachnidiae 0,000321 -8,04398 -0,00258 0,002262 -6,0913 -0,01378

Crustacea - Cladocera 0,004386 -5,42934 -0,02381 0,000598 -7,42117 -0,00444

Mollusca - Gastropoda 0,541594 -0,61324 -0,33213

Nematomorpha - Gordioida 0,008378 -4,78212 -0,04007

Peixes - Peixe digerido 0,028777 -3,54819 -0,10211

Peixes - Escama 0,019737 -3,92527 -0,07747

Semente 0,002262 -6,0913 -0,01378

Fragmento de Alga 0,069342 -2,6687 -0,18505 0,058824 -2,8332 -0,16666 0,032895 -3,41444 -0,11232 0,302155 -1,19682 -0,36162 0,003413 -5,68017 -0,01939 0,000598 -7,42117 -0,00444

Fragmento inseto 0,173035 -1,75426 -0,30355 0,307696 -1,17864 -0,36266 0,02193 -3,81991 -0,08377 0,161869 -1,82097 -0,29476 0,936863 -0,06522 -0,0611 0,105327 -2,25069 -0,23706 0,022556 -3,7917 -0,08553

Fragmento vegetal 0,704982 -0,34958 -0,24645 0,488693 -0,71602 -0,34991 0,191886 -1,65085 -0,31678 0,496397 -0,70038 -0,34767 0,284262 -1,25786 -0,35756 0,977444 -0,0228 -0,0223

Linha de rede 0,007194 -4,93449 -0,0355

H'a -0,95416 -1,25952 -0,97973 -1,1619 -0,30304 -1,23515 -0,10783

ea -0,38398 -0,6057 -0,47115 -0,64847 -0,16913 -0,48155 -0,15556

PONTO 2

Astyanax lacustris Astyanax aff. intermedius Leporinus copelandii Hyphessobrycon bifasciatus Australoheros capixaba Geophagus brasiliensis Poecilia vivipara

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84

Itens

IA LN(pi) Pi*LN(Pi) IA LN(pi) Pi*LN(Pi) IA LN(pi) Pi*LN(Pi) IA LN(pi) Pi*LN(Pi) IA LN(pi) Pi*LN(Pi)

Heteroptera - Frag. Heteroptera 0,000729 -7,22403 -0,00527

Heteroptera - Gerridae 0,002591 -5,95584 -0,01543 0,002717 -5,90808 -0,01605

Heteroptera - Veliidae 0,006114 -5,09715 -0,03116

Lepidoptera 0,016035 -4,13298 -0,06627

Diptera - Ceratopogonidae 0,173408 -1,75211 -0,30383

Diptera - Chironomidae 0,014898 -4,20656 -0,06267 0,05102 -2,97553 -0,15181 0,331606 -1,10381 -0,36603 0,044158 -3,11999 -0,13777 0,017341 -4,05469 -0,07031

Diptera - Frag. de Diptera 0,008746 -4,73912 -0,04145 0,004076 -5,50262 -0,02243

Diptera - Pulpa de Diptera 0,026239 -3,64051 -0,09552 0,004076 -5,50262 -0,02243

Hymenoptera - Formicidae 0,005831 -5,14458 -0,03

Ephemeroptera 0,018622 -3,98341 -0,07418 0,008152 -4,80947 -0,03921

Trichoptera - Casa Trichoptera 0,119181 -2,12711 -0,25351 0,046632 -3,06547 -0,14295

Trichoptera - Hydroptilidae 0,011173 -4,49424 -0,05022 0,132124 -2,02401 -0,26742

Arachnida - Acari 0,010363 -4,56954 -0,04735 0,001359 -6,60123 -0,00897

Arachnida - Araneae 0,017493 -4,04597 -0,07077

Arachnida - Pseudoscorpionida 0,002915 -5,83773 -0,01702

Mollusca - Bivalvia 0,031088 -3,47093 -0,1079

Mollusca - Gastropoda 0,007449 -4,8997 -0,0365 0,215026 -1,537 -0,33049

Nematoda 0,01087 -4,52179 -0,04915

Peixes - poecilia vivipara 0,012391 -4,39081 -0,05441 0,046632 -3,06547 -0,14295

Peixes - Escama 0,024209 -3,72105 -0,09008 0,011561 -4,46016 -0,05156

Semente 0,001458 -6,53088 -0,00952 0,001359 -6,60123 -0,00897

Fragmento de Alga 0,002591 -5,95584 -0,01543 0,138726 -1,97525 -0,27402

Fragmento inseto 0,789573 -0,23626 -0,18655 0,84548 -0,16785 -0,14191 0,170984 -1,76618 -0,30199 0,819293 -0,19931 -0,1633 0,034682 -3,36155 -0,11658

Fragmento vegetal 0,014898 -4,20656 -0,06267 0,011662 -4,45144 -0,05191 0,010363 -4,56954 -0,04735 0,097826 -2,32456 -0,2274 0,624269 -0,47117 -0,29414

H'a -0,81637 -0,73587 -1,7853 -0,72684 -1,11045

ea -0,39259 -0,29613 -0,74453 -0,30312 -0,61975

PONTO 3

Australoheros capixaba Astyanax lacustris Geophagus brasiliensis Astyanax aff. intermedius Poecilia vivipara

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85

Itens

IA LN(pi) Pi*LN(Pi) IA LN(pi) Pi*LN(Pi)

Heteroptera - Gerromorpha 0,001601 -6,43696 -0,01031

Heteroptera - Nepomorpha 0,003203 -5,74381 -0,01839

Heteroptera - Notonectidae 0,001601 -6,43696 -0,01031

Coleoptera 0,006405 -5,05066 -0,03235

Diptera - Ceratopogonidae 0,021978 -3,81771 -0,08391 0,004003 -5,52067 -0,0221

Diptera - Chironomidae 0,032967 -3,41224 -0,11249

Diptera - Culicidae 0,021978 -3,81771 -0,08391

Trichoptera - Casa Trichoptera 0,014411 -4,23973 -0,0611

Arachnida - Acari

Arachnida - Hydrachnidiae 0,003203 -5,74381 -0,01839

Mollusca - Gastropoda

Peixes - Escama 0,001601 -6,43696 -0,01031

Fragmento de alga 0,23077 -1,46633 -0,33839

Fragmento inseto 0,951156 -0,05008 -0,04763

Fragmento vegetal 0,692311 -0,36772 -0,25458 0,01281 -4,35752 -0,05582

H'a -0,87327 -0,28671

ea -0,54259 -0,12452

PONTO 4

Poecilia vivipara Moenkhausia vittata

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86

Itens

IA LN(pi) Pi*LN(Pi) IA LN(pi) Pi*LN(Pi) IA LN(pi) Pi*LN(Pi)

Coleoptera - Larva de Elmidae 0,001393 -6,57647 -0,00916

Diptera - Ceratopogonidae 0,004086 -5,50024 -0,02247

Diptera - Chironomidae 0,245149 -1,40589 -0,34465 0,005025 -5,29331 -0,0266 0,710308 -0,34206 -0,24297

Diptera - Empididae 0,030644 -3,48533 -0,1068 0,005571 -5,19017 -0,02891

Ephemeroptera 0,004086 -5,50024 -0,02247 0,013928 -4,27388 -0,05952

Trichoptera - Casa Trichoptera 0,42901 -0,84628 -0,36306 0,005025 -5,29331 -0,0266 0,037605 -3,28063 -0,12337

Trichoptera - Frag. Trichoptera 0,002043 -6,19338 -0,01265

Trichoptera - Hydropsychidae 0,134832 -2,00373 -0,27017 0,027855 -3,58074 -0,09974

Trichoptera - Hydroptilidae 0,020429 -3,8908 -0,07949 0,002513 -5,98646 -0,01504 0,044568 -3,11073 -0,13864

Trichoptera - Philopotamidae 0,034729 -3,36017 -0,1167

Trichoptera - Polycentropodidae 0,04903 -3,01533 -0,14784 0,004178 -5,47786 -0,02289

Mollusca - Gastropoda 0,008172 -4,80709 -0,03928 0,005025 -5,29331 -0,0266 0,002786 -5,88332 -0,01639

Peixes - Escama 0,002786 -5,88332 -0,01639

Fragmento de alga 0,009193 -4,68931 -0,04311 0,01005 -4,60016 -0,04623 0,002786 -5,88332 -0,01639

Fragmento inseto 0,02145 -3,84201 -0,08241 0,067839 -2,69062 -0,18253 0,072424 -2,62522 -0,19013

Fragmento vegetal 0,006129 -5,09477 -0,03122 0,904516 -0,10036 -0,09077 0,072424 -2,62522 -0,19013

Borracha 0,001021 -6,88653 -0,00703 0,001393 -6,57647 -0,00916

H'a -1,68936 -0,41437 -1,16378

ea -0,62383 -0,21295 -0,44098

PONTO 5

Trichomycterus pradensis Poecilia vivipara Characidium sp. "cricaré"

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87

Itens

IA LN(pi) Pi*LN(Pi) IA LN(pi) Pi*LN(Pi) IA LN(pi) Pi*LN(Pi) IA LN(pi) Pi*LN(Pi)

Odonata - Anisoptera 0,006235 -5,07751 -0,03166

Coleoptera - Larva de Elmidae 0,007794 -4,85437 -0,03784

Diptera - Chironomidae 0,76072 -0,27349 -0,20805 0,354431 -1,03724 -0,36763 0,406145 -0,90104 -0,36595

Diptera - Empididae 0,030398 -3,49339 -0,10619

Diptera - Pulpa de Diptera 0,043648 -3,1316 -0,13669 0,006826 -4,98702 -0,03404

Ephemeroptera 0,000779 -7,15695 -0,00558 0,013652 -4,29387 -0,05862

Trichoptera - Casa Trichoptera 0,025317 -3,6763 -0,09307 0,368602 -0,99804 -0,36788

Trichoptera - Frag. Trichoptera 0,008574 -4,75906 -0,0408 0,001266 -6,67203 -0,00845

Trichoptera - Hydropsychidae 0,004677 -5,36519 -0,02509

Trichoptera - Hydroptilidae 0,007794 -4,85437 -0,03784 0,017722 -4,03297 -0,07147 0,013652 -4,29387 -0,05862

Trichoptera - Leptoceridae 0,003118 -5,77066 -0,01799

Arachnida - Acari 0,044304 -3,11668 -0,13808 0,003413 -5,68017 -0,01939

Crustacea - Cladocera 0,001266 -6,67203 -0,00845

Mollusca - Gastropoda 0,025317 -3,6763 -0,09307

Nematoda 0,027848 -3,58099 -0,09972

Peixes - Escama 0,013652 -4,29387 -0,05862

Fragmento de alga 0,511628 -0,67016 -0,34287 0,001266 -6,67203 -0,00845 0,027304 -3,60073 -0,09831

Fragmento inseto 0,162791 -1,81529 -0,29551 0,10912 -2,21531 -0,24173 0,265823 -1,32492 -0,3522 0,003413 -5,68017 -0,01939

Fragmento vegetal 0,325581 -1,12214 -0,36535 0,015589 -4,16122 -0,06487 0,235444 -1,44628 -0,34052 0,143345 -1,9425 -0,27845

Borracha 0,001559 -6,46381 -0,01008

H'a -1,00373 -0,9644 -1,5811 -1,35927

ea -0,91364 -0,37599 -0,65937 -0,59032

PONTO 6

Poecilia vivipara Characidium sp. "cricaré" Geophagus brasiliensis Australoheros capixaba

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88

Itens

IA LN(pi) Pi*LN(Pi) IA LN(pi) Pi*LN(Pi) IA LN(pi) Pi*LN(Pi) IA LN(pi) Pi*LN(Pi)

Odonata - Anisoptera 0,02 -3,91203 -0,07824

Coleoptera - Larva de Hydrophilidae 0,002692 -5,91754 -0,01593

Diptera - Chironomidae 0,185873 -1,68269 -0,31277 0,008333 -4,7875 -0,0399 0,023553 -3,74849 -0,08829 0,018987 -3,96399 -0,07527

Diptera - Dixidae 0,014167 -4,25687 -0,06031 0,000673 -7,30384 -0,00492

Diptera - Frag. Diptera 0,01 -4,60518 -0,04605

Ephemeroptera 0,02974 -3,51528 -0,10454 0,003333 -5,70379 -0,01901

Trichoptera - Casa Trichoptera 0,167285 -1,78805 -0,29912 0,679162 -0,3869 -0,26276 0,114402 -2,16804 -0,24803 0,012658 -4,36945 -0,05531

Trichoptera - Hydropsychidae 0,013333 -4,3175 -0,05757 0,038358 -3,26079 -0,12508 0,012658 -4,36945 -0,05531

Trichoptera - Hydroptilidae 0,033457 -3,39749 -0,11367 0,02 -3,91203 -0,07824 0,040377 -3,20949 -0,12959 0,006329 -5,0626 -0,03204

Trichoptera - Leptoceridae 0,133828 -2,0112 -0,26916 0,00673 -5,00125 -0,03366

Arachnida - Acari 0,003717 -5,59472 -0,0208 0,012113 -4,41346 -0,05346

Mollusca - Bivalvia 0,000673 -7,30384 -0,00492

Mollusca - Gastropoda 0,738901 -0,30259 -0,22358 0,063291 -2,76001 -0,17468

Nematoda 0,004038 -5,51208 -0,02226

Peixes - Poecilia vivipara 0,053333 -2,9312 -0,15633

Fragmento inseto 0,446094 -0,80723 -0,3601 0,163332 -1,81197 -0,29595 0,016151 -4,12578 -0,06663 0,430378 -0,84309 -0,36285

Fragmento vegetal 0,015 -4,19971 -0,063 0,001346 -6,61069 -0,0089 0,455694 -0,78593 -0,35815

H'a -1,48015 -1,15735 -1,02523 -1,1136

ea -0,76064 -0,48265 -0,39971 -0,57228

PONTO 8

Characidium sp. "cricaré" Trichomycterus pradensis Geophagus brasiliensis Poecilia vivipara

Page 98: Relação entre a qualidade ambiental e o hábito alimentar ...repositorio.ufes.br/bitstream/10/11345/1/tese_13201_104- Anna Paul… · O bioma apresenta níveis extremamente elevados

89

Itens

IA LN(pi) Pi*LN(Pi) IA LN(pi) Pi*LN(Pi) IA LN(pi) Pi*LN(Pi)

Heteroptera - Frag. Heteroptera 0,019108 -3,95762 -0,07562 0,003813 -5,5693 -0,02124

Heteroptera - Veliidae 0,00572 -5,16384 -0,02954

Coleoptera - Larva de Coleoptera 0,011439 -4,47069 -0,05114

Diptera - Ceratopogonidae 0,010929 -4,51635 -0,04936 0,000953 -6,9556 -0,00663

Diptera - Chironomidae 0,09836 -2,31913 -0,22811 0,012739 -4,36309 -0,05558 0,00858 -4,75837 -0,04082

Diptera - Culicidae 0,000953 -6,9556 -0,00663

Diptera - Empididae 0,016393 -4,11089 -0,06739 0,019108 -3,95762 -0,07562 0,000953 -6,9556 -0,00663

Diptera - Frag. Diptera 0,295079 -1,22051 -0,36015 0,001907 -6,26245 -0,01194

Hymenoptera - Formicidae 0,049571 -3,00435 -0,14893

Hymenoptera 0,008197 -4,80403 -0,03938

Trichoptera - Casa Trichoptera 0,010929 -4,51635 -0,04936 0,012739 -4,36309 -0,05558 0,001907 -6,26245 -0,01194

Trichoptera - Frag. Trichoptera 0,002732 -5,90264 -0,01613 0,004766 -5,34616 -0,02548

Trichoptera - Hydroptilidae 0,006369 -5,05624 -0,03221

Trichoptera - Philopotamidae 0,002732 -5,90264 -0,01613 0,038217 -3,26448 -0,12476

Arachnida - Acari 0,00572 -5,16384 -0,02954

Arachnida - Araneae 0,064823 -2,73609 -0,17736

Arachnida - Pseudoescorpionida 0,002732 -5,90264 -0,01613

Crustacea - Cladocera 0,057197 -2,86125 -0,16366

Mollusca - Gastropoda 0,005464 -5,2095 -0,02847 0,000953 -6,9556 -0,00663

Peixes - Escama 0,000953 -6,9556 -0,00663

Semente 0,04918 -3,01227 -0,14814

Fragmento de alga 0,002732 -5,90264 -0,01613 0,006369 -5,05624 -0,03221 0,024785 -3,6975 -0,09164

Fragmento inseto 0,314204 -1,15771 -0,36376 0,605102 -0,50236 -0,30398 0,617728 -0,48171 -0,29756

Fragmento vegetal 0,180326 -1,71299 -0,3089 0,280258 -1,27205 -0,3565 0,137273 -1,98578 -0,27259

H'a -1,70751 -1,11206 -1,40654

ea -0,64702 -0,50612 -0,47769

PONTO 9

Astyanax aff. intermedius Hyphessobrycon reticulatus Mimagoniates microlepsis