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Revista Bimestral de Comunicação Interna Ano II n número 08 RELAÇÕES SOCIAIS DE VALOR Sinergias Encontro para dinamização da Aliança • Roberto Macêdo assume Federação das Indústrias • J. Macêdo: uma história de compromissos • As empresas e a nova realidade mundial • Nossa gente de valor

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Page 1: Relações sociais de valoR - J.Macêdo · comunidades rurais do Nordeste brasileiro; quando de- senvolveu, em parceria com a Embrapa, a tecnologia de produção do cajueiro anão-precoce,

Revista Bimestral de Comunicação InternaAno II n número 08

Relações sociais de valoR

Sinergias Encontro para dinamização da Aliança

• Roberto Macêdo assume Federação das Indústrias• J. Macêdo: uma história de compromissos• As empresas e a nova realidade mundial • Nossa gente de valor

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06Sinergias. J. Macêdo e Bunge afinam parceria em

workshop realizado em Fortaleza.

08Meninos & Meninas.Uma gostosa novidade para

a criançada. A J. Macêdo vai realizar, em 2007, cursos de culinária em todo o País só para crianças.

Setembro/Outubro 2006

Sugestões e comentários: Zilmara (85) 4006-6168 Débora (85) 4006-8152 E-mail: [email protected]ço: Rua Benedito Macêdo 79, Vicente Pinzón, Fortaleza-CE, CEP 60180-900www.jmacedo.com.br www.donabenta.com.br www.petybon.com.br

NESTA EDIÇÃO

Conselho de Administração: Presidente José Dias de Macêdo Conselheiros Roberto Macêdo, Amarílio Macêdo, Georgina Macêdo Comitê Estratégico (coordenador) Edson Vaz Musa Comitê de Marcas (coordenador) Marcel Fleischmann Comitê das Pessoas e da Organização (coordenador) João de Paula Monteiro Comitê de Auditoria (coordenador) Humar Oliveira Diretoria Executiva: Presidente Amarílio Macêdo Diretores Eiron Pereira, Jacob Cremasco e Marcos Andrade Comitê de Comunicação José Souza, Jumar Pedreira e Flávio Paiva Coordenação Geral Zilmara Azevedo Jornalista Responsável Débora Cronemberger, MTB DF01749JP Projeto Gráfico e Editoração OMNI Editora Associados Impressão Gráfica Halley Tiragem desta edição 5.600 exemplares

A Revista Diálogo J.Macêdo é uma publicação bimestral dirigida aos colaboradores de J.Macêdo, com o objetivo de intensificar o diálogo, praticar a transparência, fortalecer o trabalho de equipe, divulgar os valores da empresa, informar fatos relevantes acontecidos no período, disponibilizar dados dos produtos e das Unidades, aprimorar permanentemente a comunicação interna, aproximar o universo de trabalho de todos os que fazem a J.Macêdo com suas famílias.

imagem da capa geNTiL BaRReiRa

10Entrevista. Roberto Macêdo assume

presidência da Federação das Indústrias do Estado do Ceará com proposta de união do empresariado para que o setor possa contribuir mais no desenvolvimento do Brasil.

16Nossa gente.Colaboradores de

J. Macêdo comentam a relação de valor que têm com a empresa e como as lições do trabalho influenciam sua vida pessoal.

20Representação empresarial.

Lideranças brasileiras falam com exclusividade à Diálogo sobre o papel das entidades empresariais no mundo contemporâneo.

SEtEMbRo/outubRo 2006 | Diálogo | �www.donabenta.com.br

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trajetória empresarial de J. Macêdo é marcada desde o seu início por uma forte sensibilidade em relação a seus compromissos sociais. Neste

sentido, desenvolvemos nos nossos 67 anos de exis-tência uma teia consistente de relações sociais de valor que nos orgulha e nos anima a persistir acreditando na empresa como uma entidade privada, lucrativa e de interesse social.

Esta convicção, que está na essência da nossa em-presa, motivou nossos acionistas a atender a mais uma demanda da sociedade, desta vez, do setor industrial, liberando parte preciosa do tempo do nosso conselheiro Roberto Macêdo, que é também presidente da Cemec e da Hidracor, nossas coligadas, para exercer o cargo de Presidente da Federação das Indústrias do Ceará – Fiec.

Roberto aceitou o desafio de trabalhar pela moderni-zação da gestão da Fiec e contribuir para a elevação do papel da representação empresarial brasileira. Atento às novas oportunidades para o desenvolvimento do nosso País, propiciadas pela nova conjuntura mundial, ele tem uma forte crença de que as entidades em-presariais precisam participar mais para ampliar suas condições de articulação com os demais agentes sociais para a melhoria das nossas empresas e do bem-estar da sociedade. Com isso, Roberto assume mais uma res-ponsabilidade como cidadão, ele que já vem de muitos anos militando nas questões ligadas ao meio ambiente, como Conselheiro da The Nature Conservacy, TNC (ONG internacional de preservação da natureza) e Presidente da Associação Caatinga.

A participação de dirigentes da nossa empresa em ações de interesse público iniciou-se com o nosso fun-dador, José Dias de Macêdo, que nas décadas de 1950, 60 e 70 dedicou boa parcela do seu tempo para cumprir missões no Congresso Nacional, em mandatos caracte-rizados por ações e projetos voltados para o desenvolvi-mento do País.

Essa linha de atuação teve continuidade com as ações do nosso Presidente-Executivo, Amarílio Macêdo que, desde o final da década de 1970 vem combinando as suas tarefas empresariais com um forte empenho em ações de natureza sócio-política, que hoje se exemplifi-cam nas funções de membro efetivo do Conselho Nacio-nal de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidên-

Nossa vitalidade socialeventos que a J.Macêdo nos propor-ciona, pois podemos nos conhecer cada vez mais e trocar novas idéias e deliciosas receitas, pois eu e minha mãe gostamos de cozinhar e apren-der coisas novas.

Acho muito bonitas a fidelidade e dedicação com que meu pai tem para com a empresa e com a nossa família, pois se dedica com amor, carinho e responsabilidade.

Obrigada por nos enviar a revis-ta Diálogo, pois podemos ficar por dentro de todas as novidades da J.Macêdo e também conhecer novas receitas.

Gostaria de parabenizar a Direção e dizer que tenho orgulho de ser fi-lha de um funcionário da J.Macêdo.Daiany Nagaishi oliveiraFilha do colaborador José Anto-nio de barros oliveira, encarrega-do de produçãoItapetininga, SP

EDITORIALbem-vindo a nossa revista

DIGALÁ!Espaço aberto para Cartas, Sugestões e Críticas

CertremRecebemos a revista Diálogo que reporta na capa o Certrem. Ficou incrível: excelente. O Certrem foi divulgado de uma forma muito querida e num formato bastante pro-fissional. As informações estão corre-tas e coerentes e colocadas de forma muito atraente para o leitor.

Parabéns a vocês pelo belo trabalho! Jussára bisól Menezes Gerente do Certrem Fortaleza, CE

Novas parceriasAcho que a idéia da parceria com a Balu Doces, tratada na última revista Diálogo, poderia frutificar com outras parcerias nas grandes capitais - São Paulo, Rio de Janeiro, etc, onde, como água, nossa farinha invade desde as pequenas às grandes cozinhas resultando daí gostosuras irresistíveis doces ou salgadas.

Show de bola essa estratégia con-junta de Marketing. Parabéns!Laura KergesSecretária da Presidência Lapa, SP

Casamento bem sucedidoSou uma jovem de 15 anos e acho muito bonito esse casamento família e empresa.

Gosto muito quando nossa família é convidada para participar de alguns

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Amarílio Macêdo – Eiron Pereira – Jacob Cremasco – Marcos AndradeCoMEX – Comitê Executivo da J.Macêdo S/A

Diálogo significa conversa, troca, colaboração de duas partes em busca

do melhor. E é isto o que queremos com nossa troca de idéias — o melhor.

Por isso, este espaço é destinado a mostrar o que você tem a nos dizer — opine, critique, sugira, elogie... Diga lá!

Mande seu e-mail para [email protected] ou entregue sua carta ao Coordenador de RH de sua Unidade. Ele se encarregará de fazê-la chegar até a Redação.

DesafioEstar na J. Macêdo é um desafio que gosto de encarar. A cada dia tenho uma novidade e algo de importante para aprender e também ensinar. A convivência com os amigos é ótima.otávio tibagyEstagiárioSão José dos Campos, SP

Novos produtosGostaria de parabenizar a Revista Diálogo por trazer novidades de outras unidades e por divulgar os produtos da empresa. Aproveito para dizer que a equipe do fermento agra-dece a oportunidade e a confiança que foi depositada nesse novo pro-jeto de envase do FERMIX, contri-buindo, assim, para o crescimento da família J. Macêdo.odair Izidoro operador de Produção IISão José dos Campos, SP

cia da República – CNDES, e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial, CNDI.

A vitalidade social da J. Macêdo tem se expressado em uma série de outras iniciativas que concretizam a sua essência, asseguram a sua longevidade e interferem na melhoria da qualidade de vida da sociedade brasileira. Foi assim, por exemplo, quando criou, em parceria com o Senai-CE, o Centro Regional de Treinamento em Mo-agem Senador José Dias de Macêdo, Certrem; quando financiou o Instituto Equatorial de Cultura Contemporâ-nea, que tinha como objetivo democratizar a informa-ção; e quando patrocinou o funcionamento do Pacto de Cooperação do Ceará, que implantou um sistema de diálogo entre governo, mercado e sociedade civil, hoje expandido em diversos estados brasileiros.

Este mesmo espírito de valorização dos relacionamen-tos sociais inspirou J. Macêdo, quando disponibilizou uma tecnologia de processos de minifábricas de pro-cessamento integrado de castanha de caju, que trouxe profundos efeitos na geração de emprego e renda das comunidades rurais do Nordeste brasileiro; quando de-senvolveu, em parceria com a Embrapa, a tecnologia de produção do cajueiro anão-precoce, que impactou fortemente a cajucultura no Brasil; quando investiu no incentivo à auto-suficiência nacional na produção de trigo, por meio da garantia de aquisição do produto irrigado no interior baiano; quando patrocinou o traba-lho do Pensa/USP, de pesquisa, estudo e edição do livro “Estratégias para o trigo no Brasil”, em parceria com a Bunge Alimentos; quando traduziu, editou e difundiu no Brasil o livro “O pão francês e os produtos correlatos”, de Raymond Calvel, a principal obra publicada sobre panificação no Brasil; quando, enfim, patrocinou diversas iniciativas das nossas manifestações culturais, a exemplo da participação no Projeto Monumenta, com o moinho latino-americano de Corumbá.

A missão de Roberto Macêdo, no comando da Fiec, confirma, portanto, essa tradição de produção de rela-ções sociais de valor em nossa empresa. Processo esse que só se concretiza em virtude da colaboração de muitos que fazem a nossa J. Macêdo e seus parceiros, servindo de inspiração a todos os que acreditam em atividades que transformam a sociedade através da ação empresarial.

� | Diálogo | SEtEMbRo/outubRo 2006 www.petybon.com.br SEtEMbRo/outubRo 2006 | Diálogo | �www.donabenta.com.br

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2º WORkShOpSINERGIASSenso de urgência e foco em resultados

este encontro, desenvolvido em clima de grande confiança, integração, sentido de urgência

e determinação para perceber novas oportunidades e criar formas inova-doras de transformá-las em negócios rentáveis para as duas empresas, foram tratados temas de grande relevância, entre eles, possibilidades de inovações, serviços compartilhados e a visão de futuro da Aliança. Os trabalhos resulta-ram na identificação de 15 projetos de

Avançando na AliançaEm busca de acelerar a captura de resultados e de refinar as ações conjuntas da Aliança entre a bunge Alimentos e a J. Macêdo, 60 líderes de diferentes áreas das duas empresas reuniram-se, nos dias 19 e 20 de outubro, em Fortaleza, no 2º Workshop Sinergias.

N Na foto maior, os participan-tes do 2º Workshop Sinergias. Acima, Amarílio Macêdo, presidente da J. Macêdo e Sérgio Waldrich, presidente da bunge alimentos

Carta de Fortaleza

Fortaleza, 20 de outubro de 2006

“A coisa que menos me mete medo é o futuro” *

Dois anos depois da nossa reunião em Itapema/Gaspar, já é possível comprovar o quanto são significativos os resultados alcançados pela nossa Aliança. A consolidação da TrigoBrasil e as ações conjuntas de mercado , exemplificam as conquistas produzidas com a complementação das nossas competências, dos nossos negócios e das nossas necessidades.

Inauguramos nesse período um novo modelo de gestão dos negócios, com processos e responsabilidades compartilhados que possibilitam a realização do nosso propósito comum. Os resultados são fortes estímulos para aprovei-tarmos ainda mais o potencial dessa inovadora iniciativa empresarial entre empresas líderes e independentes e sua capacidade de produzir benefícios para ambos.

No encontro de Fortaleza exercitamos a nossa confiança mútua com absoluta transparência. Este é um ativo precioso das duas empresas – por meio das suas pessoas e lideranças - aprimorado numa relação de quatro décadas. Na Aliança a confiança se materializa nas operações cotidianas, no respeito ao combinado e no compartilhamento de estratégias que estamos construindo juntos.

O respeito à autonomia de cada uma das nossas empresas, o exercício da complementaridade das nossas competências e a convergência dos valores e princípios de gestão aumentam ainda mais a nossa competitivida-de, credibilidade e reputação nos mercados em que atuamos, enriquecendo nosso patrimônio intangível e tornando a nossa Aliança uma força de atração para novos parceiros e negócios.

O avanço do aprendizado resultante da prática dos princípios enuncia-dos na Carta de Gaspar (24/6/2004) tem garantido que os percalços das rotinas operacionais não afetem a grandeza do nosso propósito. Sabemos respeitar a cultura um do outro. Temos comprovado no nosso relaciona-mento que, ser parceiro não é ser igual, é compartilhar e ser complementar.

O encontro de Fortaleza tornou mais forte o pensar como “nós”. Ampliamos a nossa visão de futuro e reafirmamos a nossa determinação de não medir esforços para fazer da Aliança entre Bunge Alimentos e J. Ma-cêdo um dos pilares centrais da estratégia de sucesso do negócio das duas Organizações na área de alimento humano.

Conclamamos a todos que integram as duas empresas para se empe-nharem cada vez mais no espírito da construção e do comprometimento de cada um para com o senso de urgência e eficácia, para potencializarmos a nossa capacidade de gerar resultados por meio das nossas sinergias, habilidades e competências.

Cordialmente,

Sérgio Waldrich Amarílio MacêdoPresidente Bunge Alimentos Presidente J. Macêdo

* Monteiro Lobato (1882-1948) em carta a Godofredo Rangel, RJ, 8/11/1925

Carta de Gaspar

Gaspar, 24 de junho de 2004

“Menor que meu sonho, não posso ser”*

Nesses dois dias de trabalho fortalecemos uma relação atemporal permeada por desafios, empenho mútuo, confiança, comprometimento, sucessos e realizações.

Tratamos da nossa Aliança como possibilidade de abertura para novos caminhos, novos negócios e para a mescla de características das duas empresas, mantendo as individualidades de cada uma.

Para que cada um reforce a consciência do aprendizado coletivo desse encontro e possa com isso desempenhar um papel multiplicador do sentido e da grandeza da nossa Aliança, ressaltamos alguns pontos que considera-mos essenciais desse aprendizado:

• O nosso olhar não deve ser narcísico para que possamos estar sempre dispostos a aprender um com o outro e assim podermos agregar valor ao negócio;

• Toda Aliança parte de um raciocínio simples que é buscar no outro as competências que nós ainda não temos. O sucesso da Aliança resulta da combinação das nossas diferentes competências;

• Os nossos valores e metas comuns constituem a plataforma de impulsão da Aliança;

• Quanto maior for a compreensão da nossa interdependência, maior será o nosso grau de independência;

• Nas Alianças duradouras, o contrato se faz pelo diálogo, focando o processo e não as hierarquias;

• Detectar oportunidades não significa saber aproveitá-las. A atenção ao óbvio pode ser a chave de grandes descobertas.

O que vivenciamos nesses dois dias de trabalho em Itapema e Gaspar foi a explicitação do primeiro estágio de nossa Aliança. Focamos em oportunidades de ganhos de nossa união. Um processo fortalecido neste encontro e que será consolidado com a contínua medição e monitoramento do aperfeiçoamento de rumos.

Que a quebra de barreiras entre estas duas grandes forças da indústria alimentícia se traduza em um compartilhamento profícuo pautado pela cooperação recíproca, pois desta forma evoluiremos para a geração de valor no qual o crescimento de um resulta no crescimento do outro.

O sonho está posto, cabe a cada um de nós o esforço de alcançá-lo.

Cordialmente,

Sérgio Waldrich Amarílio MacêdoPresidente Bunge Alimentos Presidente J. Macêdo

* Citação do poeta Lindolf Bell (1938-1998) reproduzida em pedestal na praça Hercílio Luz em Blumenau.

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pública nas Cartas de Gaspar e de Fortaleza, reproduzidas na íntegra nesta Diálogo. n

captura de sinergia e na elaboração de uma lista de recomendações, para ma-ximizar a força da complementaridade e, consequentemente, trazer novos ganhos para as duas empresas.

A relação complementar existente entre Bunge Alimentos e J.Macêdo, que vem desde o final da década de 1960 e galgou novo patamar de inte-ração por meio da Aliança estratégica firmada entre as duas empresas em março de 2004, se expressa de forma

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Informação e diversão para os pequenos

idéia de um curso de culiná-ria só para crianças surgiu com o sucesso de dois cursos que

aconteceram em Salvador (BA), em outubro. A pedido da Delicatessen Perini, no bairro Pituba, a J. Macêdo organizou duas turmas, cada uma com cerca de 35 crianças entre 6 e 12 anos de idade, para botar a mão na massa.

As crianças testaram várias recei-tas e ganharam um kit com produ-tos Dona Benta e Sol, além de ban-danas e aventais personalizados. “Essa experiência com o público in-

A

Tem criança na cozinha!

fantil nos dá sempre um retorno im-portante. Fica cada vez mais eviden-te que a maioria escolhe o que quer comer e qual a marca da sua prefe-rência”, conta Fabrice Rubin, gerente de Serviços ao Cliente da J. Macêdo.

Segundo Fabrice, a receita de maior sucesso entre a meninada foi a do pastelzinho de forno, que você encon-tra na próxima página. Quem sabe você não resolve testar seu talento na cozinha? Mas não esqueça de tomar alguns cuidados, certo? Siga bem di-reitinho as recomendações que estão no quadro ao lado. Boa sorte! n

Segurança na cozinhaTer sempre um ajudante adulto por perto é muito importante; ele vai te ajudar a:>> Ligar e desligar a batedeira, li-quidificador entre outros equipa-mentos>> Acender o forno ou o fogão>> Retirar assadeiras do forno quente>> Pegar ou guardar utensílios e in-gredientes em lugares altos>> Utilizar facas ou ralar os ingre-dientes necessários

HigieneO alimento é muito importante. É

Parte da turminha que participou do curso de culinária em Salvador (bA). Ao lado, aprendizado com apoio e segurança

ele que nos dá energia e saúde para andar, para passear e para brincar. Então devemos ter o maior cuida-do com ele. Antes de começar, pre-pare-se:>> Lave bem as mãos com água e sabão>> Use o cabelo preso e com touca>> Use avental para não sujar a roupa>> Tenha sempre por perto papel-to-alha para emergências

organizaçãoCuidado com a bagunça!>> Leia ou peça ao se ajudante para ler a receita que você vai preparar>> Verifique o prazo de validade dos

Dicas&Cuidadosingredientes que você irá utilizar>> Escolha o lugar que você vai uti-lizar para o preparo da receita>> Separe os utensílios e os ingre-dientes que você vai precisar, não pode faltar nada no final da receita>> Lave a louça à medida que for sendo utilizada em vez de ir jun-tando tudo na pia>> Faça o mesmo com o lixo. Jogue caixas, latas e papéis fora>> Quando terminar a receita, co-loque os ingredientes, as travessas e panelas de volta nos lugares>> Deixe o espaço que você usou bem limpinho e organizado

Alguns truques para arrasar na cozinha>> Quebre sempre os ovos em ti-gelinhas separadas, nunca junto com outros ingredientes. Se o ovo estiver estragado, você não perde-rá tudo >> Quando estiver cozinhando cubra sempre os potes com filme plástico ou com a tampa do pró-prio pote>> Muito cuidado com a faca: sem-pre peça ajuda quando tiver que utilizá-la>> Se for preciso pegar alguma coi-sa quente, utilize luvas ou peça aju-da se for pesado>> Decore bem os pratos quando terminar a receita>> Quando for servir, coloque uma toalha bem bonita na mesa e chame todos para saborear sua receita n

MENINOS&MENINAS

IngredientesRecheio1 xícara (chá) de mussarela picada ou ralada1 xícara (chá) de presunto picado½ xícara (chá) de requeijão

Pastel de forno com recheio de mussarela e presunto1 tomate médio sem semente, sem pele e picadoMassa1 ½ xícara (chá) de Farinha de trigo com Fermento Dona benta½ xícara (chá) de creme de leite1 gema2 colheres (sopa) de margarina½ colher (chá) de salPara pincelar1 gema ligeiramente batida

Modo de preparoRecheio: Em uma tigela, misture todos os ingredientes do recheio e reserve.Massa: Em uma tigela, misture a Fari-nha de trigo com Fermento Dona benta com o creme de leite, a gema, a margarina e o sal até a massa ficar úmida

e que solte das mãos. Abra a massa com 0,5 cm de espessura e corte com corta-dores de biscoito com 7 cm de diâmetro. Coloque uma pequena porção de recheio no centro do círculo. Feche, formando meia-lua e aperte as pontas com um gar-fo. Arrume os pastéis em assadeira e pin-cele com a gema. Asse em forno médio (180ºC), pré-aquecido, por cerca de 15 minutos ou até dourar. Sirva em seguida.

tempo de preparo: 1 hora e 30 mi-nutos

Rendimento: 15 unidades

>> Dica. Para evitar que os pastéis abram no forno, não deixe a massa muito fina e feche bem os pastéis.

Você gosta de cozinhar? A J. Macêdo vai promover, a partir do ano que vem, cursos de culinária só para crianças. Fique de olho nos calendários dos cursos oferecidos pela J. Macêdo em todo o País, pois em breve você poderá participar de um deles!

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verdadeiramente a participação da so-ciedade. Precisamos exigir dos gestores públicos o dever de ouvir a sociedade para assumir compromissos de longo prazo com a Nação e com o País.

Diálogo. O jornalista Luís Nassif, em sua coluna de 7/4/2004, na Folha de São Paulo, comentou que o que dife-rencia a geração de empresários atuais, da dos anos 1950, “dos Walther Mo-reira Salles, dos Feffer, dos Klabin, dos Lafer, dos Amador Aguiar, dos Setubal é que a geração anterior trabalhava de forma muito mais sistêmica o conceito de país” (...) No ambiente pré-interna-cionalização, esses empreendedores

viam o destino do país umbilicalmente ligado ao seu (...) Essa condição tor-nou-os quase todos empresários com visão pública”. O Sr. concorda com essas opiniões? O que teria a comentar sobre elas? Roberto Macêdo. Eu concordo com esse comentário do Nassif de que existe uma grande diferença dos empresários da primeira metade do século XX e dos atuais. Até porque naquela época tudo estava por ser feito. As oportunidades do pioneirismo moviam os empreen-dedores de uma forma diferente da de hoje, onde o objetivo é superar a concorrência local e mundial. O estar vivo amanhã se constitui no principal desafio. Hoje os empresários têm que

oberto Macêdo deseja influir para fortalecer a empresa brasileira, colocando sua competitividade em padrões mundiais e ampliando suas contribuições ao desenvolvimento do Brasil. Para ele, “ser empresário é muito mais do que ser apenas um dono de empresa” e, sem pretender substituir os governos em suas

obrigações, trabalhar para gerar relações sociais de valor que resultem em benefícios complementares para a sociedade.

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ENTREvISTA RObERTO MAcêDO

Nesta entrevista, feita com a par-ticipação do economista Osmundo Rebouças e do coordenador do Comi-tê das Pessoas e da Organização, de J. Macêdo, João de Paula Monteiro, Roberto Macêdo fala da sua crença em contribuir para o desenvolvimento, por meio da articulação entre os elos industriais das cadeias produtivas. Ex-pressa também sua convicção de que, cada vez mais, as pessoas distinguirão positivamente, com suas escolhas, as empresas que cumprem seus verda-deiros compromissos sociais.

Diálogo. Em muitos países, a exemplo do Japão e da Alemanha, os governos têm a prática de ouvir o setor produtivo antes de decidir suas grandes diretrizes. Como o Sr. vê essa questão no Brasil? Falta algo a ser feito nesse sentido?Roberto Macêdo. Na minha visão, a lógica leva a que realmente os governos usem a comunidade e suas represen-tações para colher daí seus desejos, necessidades e expectativas, para poder compreendê-las e realizá-las. No Brasil temos muitas experiências de escuta da sociedade, em forma de conselhos e em outros colegiados. Embora ainda não tenhamos estudos suficientes sobre os resultados práticos, para sabermos bem como estão sendo aproveitadas essas escutas da sociedade, existem muitas críticas sobre a sua eficácia. Na relação da sociedade com o Estado, ainda não criamos uma cultura de ver-dadeira participação democrática. Isso é necessário, mas não vem por decreto, nem se faz de uma hora para outra. Temos que acabar com essa deforma-ção dos governantes preocuparem-se principalmente com suas reeleições. Esse é um problema secular em nosso País. Historicamente, ao invés de criar o governo que queria, a sociedade brasileira foi moldada por um governo que já veio pronto de Portugal, com uma cultura colonizadora, extrativista e exploradora dos recursos naturais, sem respeito às culturas locais. Aí estão as raízes das dificuldades de lidarmos hoje com as questões da sustentabilidade. Depois de cinco séculos ainda não conseguimos superar esse trauma que leva os governos a não valorizarem

buscar as eficiências e o menor custo na velocidade do bit, o que de certa forma dificulta pensar no longo prazo. O conceito de patriotismo daquela época cedeu espaço ao da superação da concorrência mundial. Temos os Marcel, os Guilherme Leal, os Feffer, os Grendene dos dias de hoje desenvol-vendo tecnologias, marcas e negócios, que colocam bem o Brasil nesse con-texto. Essas grandes mudanças passam a exigir do empresariado mais união para fortalecer a representação através das suas entidades de classe. A nossa contribuição se dará na proporção da nossa maior participação voluntária na discussão dos destinos do País.

Diálogo. Na última década a questão da Responsabilidade Social das empre-sas foi intensificada e hoje é assunto corriqueiro no meio empresarial. Até que ponto isso tem se traduzido em transformações efetivas dentro e fora da empresa? Os ganhos de imagem re-sultantes dessas ações são consistentes e sustentáveis?Roberto Macêdo. Existe um traba-lho real de responsabilidade social que vem sendo desenvolvido e administra-do há muitos anos pelo empresariado brasileiro, através do Sistema “S” (ver quadro na próxima página). Isso já bem antes do modismo de hoje, que dá mais destaque para ações de aparência do que para aquelas que produzem efeitos reais. Claro que existem muitas ações exemplares por parte de empresas e entidades sérias, que realizam excelentes trabalhos de compromissos sociais. Estamos ama-durecendo. Confio que a sociedade vai saber cada vez mais premiar com suas escolhas as empresas que cum-prem seus verdadeiros compromissos sociais. E esses compromissos devem ter como premissa o cumprimento das obrigações tributárias e trabalhistas, a produção de bens e serviços que atendam e respeitem o consumidor, a geração de riqueza, emprego e renda, enfim, que antes de tudo realizem a sua razão de ser como empresa. Ser empre-sário é muito mais do que ser apenas um dono de empresa. Estou falando de empresários, como indivíduos. Mas

Precisamos exigir dos gestores

públicos o dever de ouvir a sociedade para assumir compromissos de longo prazo com a Nação e com o País.

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10 | Diálogo | SEtEMbRo/outubRo 2006 www.petybon.com.br SEtEMbRo/outubRo 2006 | Diálogo | 11www.donabenta.com.br

o conselheiro Roberto Macêdo, membro do Conselho de Administração da J. Macêdo S/A, assume a presidência da Fiec, Federação das Indústrias do Estado do Ceará, tendo a união e a participação do empresariado como bandeiras para enfrentar os desafios de um cenário de grandes mudanças sociais, políticas e econômicas.

pARTIcIpAÇÃOpARTIcIpAÇAOcuLTuRA DE

Flávio PaivaSecretário-Executivo de Comunicação

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quando esses empresários se juntam em suas associações e possibilitam ações sociais de instituições como as do Sistema “S”, eles multiplicam o seu poder transformador da sociedade.

Diálogo. Como as entidades empre-sariais poderiam aumentar sua potência transformadora buscando mais com-plementaridade com agentes governa-mentais e não-governamentais?Roberto Macêdo. A condição inicial é o fortalecimento das nossas entidades empresariais, a começar pela dinamiza-ção e representação dos próprios sin-dicatos. Para sermos fortes em nossas interlocuções com agentes de outros setores é fundamental ampliarmos a participação nos nossos sindicatos. Na hora que tivermos a representa-tividade necessária, com entidades fortes e participativas, alcançaremos melhores condições de influenciar no fortalecimento das nossas empresas e no aumento do bem-estar social.

Diálogo. Em que medida as entidades empresariais atuam ou deveriam atuar considerando o conjunto dos setores econômicos e se articulando com as respectivas cadeias produtivas?Roberto Macêdo. Ao fortalecermos os sindicatos, estaremos automati-camente criando as condições para trabalhar com as cadeias produtivas, pois sindicatos fortalecidos expressarão as necessidades de seus setores que, necessariamente, mostram as articula-ções uns com os outros. Isso leva, em primeiro lugar a uma articulação entre os elos industriais das cadeias, que fa-cilitará o trabalho conjunto, posterior, com a agricultura, o comércio, serviços e com os governos.

Diálogo. O problema da educação é considerado um dos maiores entraves para a competitividade da empresa brasileira. De que forma as entidades empresariais poderiam ampliar suas contribuições para melhorar a quali-dade da educação no Brasil?Roberto Macêdo. Na verdade a CNI e as Federações já contribuem muito através do Sistema “S” e do IEL [Insti-tuto Euvaldo Lodi]. As parcerias com

as universidades, com o Cefet, com o Sebrae e com outras instituições são mecanismos de ampliação das nossas contribuições para melhorar a educação em nosso País. Mas essas contribuições têm um limite. Não podemos substituir os governos em suas obrigações. Para isso, pagamos impostos.

Diálogo. O modelo institucional de representação empresarial no Brasil atende aos desafios dos novos tempos? O empresário brasileiro, de um modo geral, se sente bem representado e motivado a participar?Roberto Macêdo. Tenho ressaltado a necessidade do fortalecimento da nossa representação a partir do aumento da participação dos empresários nos sindi-catos de suas categorias. Sentimos que algumas diretorias de sindicatos ainda estão distantes dos seus associados e essas diretorias não estão fazendo grande esforço para atrair novos as-sociados. Há setores, por exemplo, em que de 300 empresas existentes, apenas 50 são associadas, confirmando a baixa representatividade. No meu discurso de posse, fui categórico ao dizer que tenho observado uma inibição de muitos dos nossos companheiros industriais em freqüentar o andar da diretoria. Fiz, então, uma convocação a todos para nos visitarem e, em meu nome e da nossa diretoria assumi, o compromisso de irmos às empresas e aos sindicatos, utilizando este convívio para uma troca permanente de idéias como companheiros e aliados e não como concorrentes. Entendo que com essa aproximação reduziremos os pre-conceitos, aumentaremos a confiança mútua, aprenderemos mais, sairemos do isolamento, superaremos o indivi-dualismo e teremos mais união. Assim, fortaleceremos a nossa Federação, os nossos sindicatos e aumentaremos nossa força competitiva.

Diálogo. Há uma crítica recorrente sobre a eficiência da gestão de muitas entidades empresariais do País, sob o argumento de que têm vícios típicos de algumas repartições públicas. Em que medida essa crítica tem sentido e, em caso positivo, o que deveria ser feito

pERfILpara implantar uma gestão inteiramen-te profissional nessas entidades?Roberto Macêdo. Certamente a qualidade da gestão ainda não é a que se deseja, mas muitos esforços têm sido realizados com sucesso no sentido de tornar a administração mais eficiente em nossas entidades empresariais. Sesi, Senai e IEL são exemplos concretos do bom cumpri-mento de suas respectivas missões. Sem dúvida, mais e mais precisa ser feito para termos uma gestão inteira-mente profissional nas nossas entida-des. No caso da Fiec, criamos a função de superintendente geral, fazendo a gestão de toda a parte operacional do Sistema, de modo que a diretoria possa se dedicar ao estratégico e ao fortale-cimento dos sindicatos que integram a Federação. Com as federações fortale-cidas, através da maior participação do empresariado, poderemos contribuir mais para o desenvolvimento do nos-so País. Para se ter uma idéia do que vem sendo feito nesse sentido, em seu discurso de posse, o presidente da CNI [Confederação Nacional da Indústria], Armando Monteiro, reafirmou que sua agenda para os próximos quatro anos tem como foco principal criar condições para o Brasil se transformar em uma economia de alto crescimento. Crescimento e competitividade dão o norte da ação política da CNI, com a qual estamos inteiramente alinhados.

Diálogo. Sabendo-se que as ativida-des como presidente de uma entidade empresarial consomem muito tempo, como o Sr. concilia isso com suas tarefas na empresa?Roberto Macêdo. Da mesma forma que já participo de outras instituições, sem qualquer conflito de agenda, na Federação não será diferente porque estamos reforçando a profissionaliza-ção da estrutura, o que facilitará o meu desempenho nas duas funções. O que estou fazendo é algo semelhante ao que diz meu pai [José Dias de Macêdo], que, quando perguntado sobre a razão do seu sucesso empresarial, costuma responder que sempre procurou cercar-se de profissionais melhores do que ele no que cada um faz. n

chamado Sistema “S” é for-mado por organizações criadas pelos setores produtivos (indús-

tria, comércio, agricultura, transportes e cooperativas) com a finalidade de qualificar e promover o bem-estar social de seus trabalhadores.

As organizações do Sistema “S” subordinadas à Confederação Nacio-nal da Indústria, CNI, são o SENAI - a quem cabe a educação profissional e a prestação de serviços de assistência técnica e tecnológica às empresas do setor - e o SESI - que promove a melhoria da qualidade de vida do trabalhador e de seus dependentes por meio de ações em educação, saúde e lazer - e o IEL que promove o desenvolvimento da indústria através da capacitação empresarial e do apoio à pesquisa e à inovação tecnológica.

outras instituições que fazem parte do Sistema “S”SENAC — Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial. Educação profissional para trabalhadores do setor de comércio e serviços SESC — Serviço Social do Comércio. Promoção da qualidade de vida dos trabalhadores do setor de comércio e serviços SENAR — Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Educação pro-fissional para trabalhadores rurais SENAt — Serviço Nacional de Aprendizagem em Transportes. Edu-cação profissional para trabalha-dores do setor de transportes SESt — Serviço Social de Trans-portes. Promoção da qualidade de vida dos trabalhadores do setor dos transportes SEbRAE — Serviço Brasileiro de Apoio às Pequenas e Médias Empre-sas. Programas de apoio ao desen-volvimento de pequenas e médias empresas SESCooP — Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo. Aprimoramento e desenvolvimen-to das cooperativas e capacitação profissional dos cooperados para exercerem funções técnicas e ad-ministrativas

Fonte: www.senai.br

O que é o Sistema “S”

o

É acionista e dirigente das seguintes empresas, ocupando os cargos a seguir:

Diretor Vice-presidente J. Macêdo S/A - Comércio

Administração e Participações

Membro do Conselho de Administração

J. Macêdo S/A

Diretor Presidente Hidracor S/A Cemec – Construções

Eletromecânicas S/A

da Biosfera da Caatinga

Conselheiro Comitê Estadual da Reserva da

Biosfera da Caatinga

Conselheiro / Colaborador Fazenda da Esperança (Entidade

dedicada à recuperação de dependentes de droga e álcool)

Presidente do Conselho Associação Caatinga (OSCIP de

conservação da biodiversidade da caatinga)

Membro do Conselho The Nature Conservacy do Brasil

(ONG internacional de preservação da natureza)

Membro do Conselho universitário

Universidade de Fortaleza - Unifor

Membro do Conselho Editorial

Jornal O Povo

Roberto Proença de Macêdo 62 anos, casado, nasceu em Fortaleza, formado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal do Ceará, UFC.

imagem aRquivo pessoaL

Como empresário e cidadão, exerce ou exerceu as seguintes atividades de representação:

Presidente Fiec – Federação das Indústrias

do Estado do Ceará

Conselheiro Conselho Nacional da Reserva

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disposição, a motivação e o entusiasmo de Roberto Macêdo em assumir a pre-

sidência da FIEC me fizeram refletir bastante e assim, como homena-gem ao amigo, criei coragem para oferecer esta modesta contribuição para a revista Diálogo.

Fiquei imaginando por que uma pessoa com a família estruturada, filhos bem encaminhados, empre-sário bem sucedido, tendo tudo para usufruir os benefícios e os prazeres que a vida pode propor-cionar, toma a decisão de dedicar tempo precioso da vida para tra-balhar pelo bem comum.

Quero crer que se trata de ma-nifestação do dever de cidadania, aquela vontade que nasce no fun-do da alma, vontade de contribuir para que este País possa melhorar, para que sua terra, onde canta o sabiá, proporcione melhores condi-ções aos que nela vivem.

O Brasil vive um momento de grande inquietação sem entender por que, com tantos recursos, não consegue avançar e corrigir dis-torções acumuladas ao longo dos tempos. Há algo profundamente equivocado na nossa visão de mun-do, de progresso, de justiça social e de desenvolvimento humano.

Quem teve a oportunidade de assistir a propaganda da última campanha eleitoral e os debates e embates na mídia, pôde constatar que a agenda dos candidatos foi muito pobre, de visão curta, sem o menor sinal de um embasamen-to filosófico, de um pensamento estratégico, de grandeza e de sina-lizações de que poderíamos estar em igualdade com outras nações mais maduras.

A intenção aqui não é repetir

Para fazer renascer a esperança

(*) Riuiti Kanadani é consultor de empresas, foi vice-presidente da Belgo-Mineira e membro do Conselho de Administração da J. Macêdo S/A

o rol de nossos problemas, mesmo porque as páginas desta revista não seriam suficientes para enunciá-los. A proposição é mostrar que os em-presários podem e devem ser atores das mudanças estruturais que o País demanda. Os empresários, que detêm poder e capacidade de rea-lização, podem efetivamente atuar como agentes de mudanças.

A ação empresarial aqui proposta precisa ser estruturada e planejada estrategicamente com visão de lon-go prazo.

Para ter eficácia, o empresariado deve bancar a formulação de pro-postas, fazer a divulgação, buscar o engajamento da academia, das co-munidades e das organizações não governamentais sérias.

Na negociação com os políticos eleitos, o empresariado deve assumir o papel de agente, de cobrador, de fiscal. Sua autoridade se assenta no fato de que a empresa gera riquezas, dá emprego, forma pessoas produti-vas, corre riscos e detém capital.

Os políticos, sem cobrança es-truturada, não farão as reformas

necessárias. Sem isso, o governo não reduzirá suas despesas, logo não haverá redução de impos-tos. Quem então poderá fazer as reformas e dar início a um pro-grama ordenado de redução da carga tributária?

O Estado, ao longo do tempo, tornou-se autofágico. Arrecada 40% de toda a riqueza produzida e consome quase tudo no custeio de seu próprio funcionamento.

O engessamento da supra-es-trutura do País e a incapacidade de mudar os processos estão nos levando a um impasse de propor-ções imprevisíveis. Portanto, o en-gajamento do empresariado é uma questão do interesse nacional do direito de sobrevivência, do direi-to de trabalhar, de competir e de prosperar em sua própria pátria.

A proposta aqui apresentada sucintamente não é inédita. Em muitos países, empresários vêm se reunindo para debater a ques-tão da obsolescência dos Estados e buscando novos caminhos. A supra-estrutura dos Estados não consegue mais atender os desa-fios dos tempos atuais.

É marcante que algumas em-presas, no afã de sobreviver, tor-naram-se mundiais, globais. Ain-da assim, lutam para que, global-mente, haja alguma racionalidade por parte dos governantes.

No Brasil, quero acreditar que o empresariado tem as condições necessárias para esta mobilização e, com uma ação persistente e concatenada, poderá dar início ao que chamo de Era da Esperança. n

A

Os empresários,

que detêm poder e capacidade de realização, podem efetivamente atuar como agentes de mudanças.

socialmente responsável é o sonegador de impostos”, afir-mou. Segundo ele, só haverá justiça social quando muitos pagarem pouco, ao invés de poucos pagarem muito.

O presidente da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), Carlos Eduardo Moreira Ferreira, esteve presente na posse e ressaltou que a Fiec tem desempenhado um importante papel para o processo de industrialização do Estado e também na construção do modelo confede-rativo de representação da indústria nacional. “Roberto Macêdo irá ratificar a imagem galgada pela Fiec ao lon-go dos anos, por meio de suas ações, garantindo a con-tinuidade de um trabalho sério”, disse.

O presidente da CNI leu uma mensagem enviada pelo presidente da Fiesp, Paulo Skaf, que enfocou a posse de Roberto Macêdo, afirmando que a integração entre as duas entidades pelo bem do Brasil garante uma perma-nente disposição em somar esforços. “Tenho certeza de que a experiência, a capacidade e a honra do novo pre-sidente vão representar uma sólida garantia de sucesso, agora à frente da Fiec”, disse Skaf na mensagem. n

solenidade de posse de Roberto Macêdo, na pre-sidência da Federação das Indústrias do Ceará, aconteceu no auditório da Fiec, no dia 18 de se-

tembro passado. Em seu discurso de posse, ele frisou que o problema da sonegação não será resolvido sem uma reforma tributária. “E o maior concorrente do empresário

A

Compromisso com a modernização

o patrono da nova Diretoria da Fiec, Luiz Esteves, acompanhado da esposa, Dona Ileana, com Roberto Macêdo e Armando Monteiro, presidente licenciado da CNI

pOSSEfIEcRoberto Macêdo: união e profissionalismo

ARTIGOPor Riuiti Kanadani (*)

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Carlos Eduardo Moreira Ferreira, presidente da CNI

o novo presidente da Fiec discursa na solenidade de posse

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REALIzAÇÃO NOTRAbALhOColaboradores falam do relacionamento com a empresa

ma relação recíproca de va-lorização. Para uma empresa crescer e alcançar os resulta-

dos que deseja, é fundamental que tenha um quadro de pessoal qualifi-cado e interessado em superar desa-fios. Para o colaborador, o emprego ganha um significado que vai além da sustentação financeira, quando nele encontra uma ponte para o cres-cimento profissional e pessoal.

J. Macêdo reúne aproximadamente três mil colaboradores, com muitos perfis e talentos diferenciados. In-dependente de tempo de empresa, todos têm muitas histórias para contar sobre a forma como se rela-cionam com o trabalho e o que isso

Percepções do valorRealização profissional e realização pessoal andam lado a lado. A satisfação no trabalho, na relação que tem com os colegas e a empresa, se reflete na vida em família e com os amigos. Colaboradores de J. Macêdo contam do aprendizado a partir de suas histórias na empresa.

u acrescenta em suas vidas.O gerente de Contabilidade No-

nato Costa tem 35 anos de J. Ma-cêdo, completados no começo de novembro. Entrou na empresa pelas mãos da tia Biana, que trabalhava na copa da Comercial J. Macêdo, no Centro de Fortaleza, em 1971. A tia informou que havia uma vaga para servente, mas achava que ele não iria se interessar pelo serviço. “Cargo nenhum é desonra. Eu tinha 20 anos e já sabia que J. Macêdo era uma empresa referência. Para mim não importava como começar, eu só sabia que iria chegar lá”, conta.

Depois de percorrer um longo ca-minho – passando por várias funções,

trabalhando em outros Estados e se formando em Contabilidade – Nona-to chegou lá em termos de realização pessoal. “Se eu tivesse de começar tudo de novo, faria tudo igual. O que consegui em patrimônio foi graças à minha história em J. Macêdo. Acredi-to que a família é o alicerce de tudo e J. Macêdo é, para mim, uma família tão importante como a que tenho em casa”, diz Nonato, que ganhou dos colegas do Escritório Central uma festa em comemoração aos seus 35 anos de empresa.

Todos concordam que um ambien-te de trabalho positivo, com respeito e amizade, é um dos fatores mais im-portantes de motivação no trabalho.

“A convivência com os colegas ajuda meu trabalho. Trabalho num ambien-te com poucas pessoas e isso cria relação mais forte, um ajuda muito o outro”, diz Laura Chaves, da Cozinha Dona Benta da Unidade Regional de Negócios (URN) Belo Horizonte.

Há quase quatro anos na empresa, Laura diz que uma das características que mais se destacam na J. Macêdo é que ela passa para os colaboradores sua base de valores – compromissos com a qualidade, transparência, cul-tura, cidadania, sustentabilidade e inovação. “Isso é muito importante para a gente seguir uma linha, princi-palmente no meu caso, que estou em contato direto com o consumidor fi-nal. A responsabilidade é muito gran-de pelo que a gente fala, afinal, você é a imagem da empresa para o público externo”. Para ela, a J. Macêdo é uma empresa gostosa de trabalhar.

Ediuilson Sério, distrital de vendas da URN Porto Alegre, tem quase nove anos de J. Macêdo. O que ele diz valorizar mais na empresa é a forma com que ela trata seus colabora-dores. “Há apoio para crescimento profissional e pessoal. O que mais me motiva é o crescimento que a compa-nhia tem realizado e nosso desafio de avançarmos ainda mais no Rio Gran-de do Sul”, afirma.

Referencial no mercado. Sandra Alves Costa, vendedora da URN Recife e com atuação em Natal (RN), diz que o cliente enxerga J. Macêdo como uma empresa séria. “Quando nos apresen-tamos como da J. Macêdo, o cliente nos vê como representantes de uma empresa inovadora, com produtos de qualidade e grau de importância incal-

culável no mercado”, diz Sandra, que está há 20 anos na empresa.

“O nome da empresa é associa-do a profissionalismo. O mercado avalia que as pessoas que trabalham em J. Macêdo têm tendência de ter maior profissionalismo que em outras companhias”, diz Ediuilson Sério, da URN Porto Alegre. Essa percepção influencia um sentimento de realiza-ção pessoal. A opinião é endossada por Nonato Costa. “Quando participo de um seminário e falo que trabalho em J. Macêdo, todo mundo se vira e presta atenção nas minhas observa-ções”, afirma Nonato.

O vendedor José Oscar Amaral Jú-nior, da URN Belém, está na empresa há quase quatro anos. “Com a J. Ma-cêdo, só tenho alegrias. É uma empre-sa muito conhecida e isso engrandece meu nome como profissional perante meus clientes. Fico muito feliz por tra-balhar numa empresa que tem marcas líderes de mercado, por representar essa empresa na minha região”, diz Oscar, que mora em Manaus.

Canal aberto. Valter Seluzniak, dis-trital de vendas da URN Curitiba, acres-centa que um outro ponto fortalece a motivação no trabalho: a acessibilidade às várias áreas. “Em outras empresas, a gente ouve falar de presidente, de diretores. Aqui não, a gente tem opor-tunidade de conversar com o presidente da empresa. Essa abertura que a com-panhia nos dá é de fundamental impor-tância”, afirma Valter. “Isso mexe muito com a questão de motivação, estimula a exposição de opiniões e a busca por soluções”, acrescenta Ediuilson Sério.

Este é um ponto chave também para Conceição Rosa, distrital de

Minha vida mudou da noite pro dia quando entrei na J. Macêdo. A empresa proporciona uma conversa franca e isso me motiva cada vez mais a buscar o melhor para a companhia e para a minha vida pessoal

Ediuilson Silva Sério, URN Porto Alegre

ão é qualquer pessoa que tem uma história de 37 anos em uma mesma

empresa. Sebastião Barboza Ro-drigues, 67 anos, foi admitido em J. Macêdo em fevereiro de 1969. Seu lugar de trabalho: Moinho Atlântico, em Niterói (RJ). O vín-culo de Sebastião com o Moinho Atlântico vinha de muito antes: ele começou a trabalhar lá em 1956, quando a unidade perten-cia ao Grupo Galdiano.

Ao ser admitido por J. Macêdo, Sebastião assumiu a função de contador. Até então ele atuava como assistente de contabilidade. “Aprendi muito na empresa, sem-pre tive muita assessoria da área de Controladoria. Muito embora a minha formação não seja univer-sitária, muita gente também diz que aprendeu comigo”, conta.

Em tanto tempo de J. Macêdo, ele diz que acompanhou várias mudanças. Algumas mais difíceis, mas superadas pelo esforço cole-tivo, pelo entrosamento e, assim, um resultado mais positivo para a equipe e a empresa foi alcançado.

Quando o Moinho Atlântico fechou, em 2004, Sebastião pas-sou a atuar vinculado ao Centro de Distribuição (CD) de Olaria.

Sebastião saiu da J. Macêdo no final de outubro e agora planeja atuar como consultor de contabilidade. “Minha men-sagem é de agradecimento por toda a atenção que me deram. São muitos os amigos que co-nheci em J. Macêdo”, afirma. n

Experiência rara

N

Trabalho num ambiente onde um ajuda muito o outro. É uma empresa gostosa de trabalhar, dá orgulho de fazer o que fazemos

Laura Chaves, URN Belo Horizonte

A J. Macêdo é uma empresa que valoriza as pessoas e dá oportunidades. A abertura que a companhia nos dá é de fundamental importância e motiva bastante

Valter Seluzniak, URN Curitiba

As pessoas têm de fazer o que gostam e eu estou muito feliz na J. Macêdo. A criação da URN foi uma grande sacada. É a única empresa que conheço que tem essa postura de tratar cada região como ela é, respeitando suas características

Conceição Rosa, URN Goiânia

A convivência na Águia é ótima, tanto é ótima que nunca quis sair daqui

Genário de Jesus, Unidade Simões Filho

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Nonato Costa ganhou de amigos a camisa do time do seu coração, Ceará, na comemoração de �� anos de empresa

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vendas da URN Goiânia. Há quase três anos na empresa, e com expe-riência anterior em multinacionais, Conceição diz que essa abertura de relacionamento que existe em J. Ma-cêdo é incomum. Ela acrescenta que um marco de motivação para seu trabalho foi a criação das URNs. “Foi uma grande sacada. A J. Macêdo é a única empresa que conheço que tem essa postura de tratar cada região como ela é e respeitar suas carac-terísticas. Como negociadora isso é muito importante”.

Lições do trabalho. Sandra Alves Costa começou a trabalhar em J. Macêdo quando tinha 14 anos, como demonstradora de produtos em pontos de venda. Hoje vendedora junto a gran-des contas em Natal, Sandra conta que tem aprendido muita coisa por meio da profissão. “Aprendi que não podemos baixar a cabeça diante de nenhuma dificuldade. Temos de ir em busca do melhor da gente para alcançar um ob-jetivo. Nosso trabalho nos ensina a lidar com as pessoas e a ter simplicidade e humildade. Quando tem isso, as por-tas se abrem”, diz. O resultado dessa satisfação profissional se reflete em sua relação com a família. Mãe de Rayane, de 10 anos, Sandra diz que sua maior alegria é ser uma fonte inspiradora para a filha. “Minha filha sempre diz que tem uma mãe muito dinâmica, que trabalha de dia, faz faculdade à noite e acompanha as tarefas escolares dela. Isso me engrandece muito, pois o filho copia muito os pais. Ela valoriza meu trabalho, todo aniversário na escola ela faz questão que o bolo seja Dona Benta”, afirma.

Lidar com pessoas também tem

sido a principal lição que o vendedor João Macêdo, da URN SP Capital, tem tirado do trabalho. “Temos de aprender a lidar com as personalida-des mais diferentes”. “O que eu levo da minha vida profissional para a pessoal é a determinação, organiza-ção e a vontade de crescer”, diz José Oscar Amaral Júnior.

E Genário de Jesus, então? Com 38 anos de trabalho na fábrica da Águia, em Simões Filho (BA), ele é uma referência de dedicação. “Aqui aprendi a dar o melhor de mim”, diz ele. Genário entrou na Águia em 1958, aos 17 anos, como ajudante de almoxarifado. Trabalhou com caldeira, padaria e hoje é mecânico de produção. Em tanto tempo de empresa, ele afirma que o momento mais marcante foi quando saiu do almoxarifado e passou para a mecâ-nica, em 1968. “Pude melhorar de vida. Na fábrica construí minha famí-lia e formei meus dois filhos”, conta. Segundo ele, dentro da empresa a relação com os colegas é muito boa. “Tanto é ótima a convivência que nunca quis sair daqui”, diz.

Sugestões de melhoria. Para que essa relação com o trabalho se torne ainda mais valorosa, eles têm algumas sugestões para a empresa. Laura Cha-ves acha que pode ser intensificada a questão de treinamentos e que haja um plano de carreira mais definido, com maiores oportunidades de trans-ferências entre Unidades.

O plano de carreira também é a principal sugestão da distrital de ven-das Conceição Rosa, da URN Goiânia, e do vendedor José Oscar Amaral Júnior, da URN Belém. Oscar comenta

que seria muito interessante a realiza-ção de convenções para que os cola-boradores pudessem interagir pessoal-mente. “A gente atua no Brasil inteiro e, com certeza, a troca de experiências entre pessoas da mesma função, mas de regiões diferentes, tem o que acres-centar no trabalho. Quem sabe, essa convenção poderia ser em Fortaleza, pois meu grande sonho é visitar o Moinho e meus amigos de empresa que não conheço”.

Sonhos a realizar. Estudo e pro-gresso na carreira. Estes são sonhos em comum a vários colaboradores de J. Macêdo. Segundo o vendedor João Macêdo, em breve chegará sua vez de freqüentar uma universidade. “Venho de uma família de origem bem humilde e trabalho há 30 anos com vendas. Sou estimulado na empresa a fazer uma gra-duação, mas hoje pago faculdade para três filhos. Em 2008 vai ser minha vez”, afirma João, que está em J. Macêdo há quase 15 anos. O curso que mais o atrai é Administração de Vendas.

Valter Seluzniak tem um objetivo claro de crescer no trabalho e assumir funções de maior responsabilidade. “A J. Macêdo é uma empresa que valoriza as pessoas e dá oportunida-des. Acho isso importante”. Formado em Administração de Empresas, ele pensa em voltar a estudar. Quer fazer pós-graduação em alguma área liga-da a vendas, talvez Marketing.

Para Sandra Alves Costa, um de seus maiores projetos é concluir a faculdade de Marketing em Vendas e assim estar apta para novas oportuni-dades no trabalho. E assim, como em toda boa relação, quando um cresce, todos crescem juntos. n

O que eu levo da minha vida profissional para a vida pessoal é a determinação, a organização e a vontade de crescer

José Oscar Amaral Júnior, URN Belém

Nosso trabalho nos ensina a lidar com as pessoas e a ter simplicidade e humildade. Quando tem isso, as portas se abrem

Sandra Alves Costa, URN Recife

Os clientes gostam da maneira que nós atendemos. Não costumamos deixar cliente na mão. A J. Macêdo é uma empresa querida

João Macêdo, URN São Paulo Capital

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do Conselho de Administração da Caloi e coordenador do Comitê de Estratégia da J. Macêdo; Guilherme Leal, co-presidente do Conselho de Administração da Natura e um de seus principais acionistas; Horácio Lafer Piva, membro do Conselho de Administração da Klabin, presidente do Conselho da bracelpa – Associação brasileira de Celulose e Papel e ex-presidente da Fiesp/Ciesp; e Paulo Francini, diretor titular do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp.

Para discutir sobre o papel das entidades empresariais e dos empresários no mundo contemporâneo, Diálogo ouviu com exclusividade alguns dos principais líderes empresariais do País. Assuntos como relação do setor produtivo com os governos, estrutura e gestão das entidades de classe, educação, desenvolvimento e compromisso social são tratados com grande atualidade por Cláudio Vaz, presidente do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo); Edson Vaz Musa, presidente

cOMpLExIDADE

cenário que se desenha no mundo contemporâneo aponta para uma completa

revolução das organizações, que passam a operar cada vez mais como redes dinâmicas e abertas. Uma teia de complexidades que se organiza a serviço do consumidor final, do contribuinte, das comuni-dades e dos povos. Esse processo de redes, aliado ao desenvolvimento das tecnologias da informação e da comunicação, permite que se vis-lumbre uma nova era para as orga-nizações em um mundo novo que está se configurando. A adaptação das empresas ao funcionamento em redes é uma necessidade vital.

As mudanças no mundo contem-porâneo passam pela compreensão de que a inovação é indispensável em um contexto de intensas trans-formações. Passa também pelo crescimento da expectativa de vida da população e, consequen-temente, pela elevação do número de pessoas com mais idade, o que muda totalmente o perfil do merca-do. Requerem de forma sistêmica a formação de alianças entre empre-sas. Neste mundo mutante, a gera-ção de valor dos ativos intangíveis cresce numa velocidade superior à dos tangíveis e a questão do apren-dizado deixou de ter uma duração

o mais e de forma mais organizada para com o desenvolvimento sus-tentado do País.

Requisitos da competitividade. Na ava-liação de Cláudio Vaz, as entidades empresariais, quando voltadas para assuntos de interesse principal-mente econômicos, têm de estar focadas na competitividade. Para ele, competitividade não é algo que se limite à empresa, precisa ser considerada na extensão da cadeia produtiva na qual a empresa se insere. “Um setor é tão competiti-vo quanto o mais fraco elo da sua cadeia produtiva. Por isso, é absolu-tamente essencial que os interesses de cada um dos segmentos da in-dústria de transformação, fornece-dores de matéria-prima e produtos acabados, levem em conta toda a cadeia produtiva”.

O aumento vertiginoso da con-corrência global coloca desafios permanentes entre nossas cadeias produtivas e aquelas dos produtos que entram em nosso mercado. Segundo Cláudio Vaz, quando con-corremos contra o calçado chinês no Brasil, não estamos concorrendo apenas contra o calçado. Estamos concorrendo contra uma cadeia

GLObALLíderes empresariais brasileiros dialogam sobre os novos tempos

iLusTRaÇÃo maRio saNdeRs / FoTos aRquivo pessoaL

O pApEL DA REpRESENTAÇÃO EMpRESARIAL

Musa chama a atenção também para os novos padrões de liderança.

Em sua opinião, a liderança não se exerce mais nas

formas tradicionais, que era de planejar, or-ganizar e comandar. “Hoje a liderança é exercida muito mais como guardiã da cultura, dos valores

da organização, como defensora de ações

ambientais e como promotora das relações de qualidade com o pessoal da empresa,

com os clientes, parceiros e com a

sociedade”.O mundo

tem mudado e as organi-zações não podem deixar de mudar. Em especial,

aquelas como as federações

das indústrias, que precisam ser

conduzidas de manei-ra mais efetiva e consciente

da sua importância como agente social, para, assim, contribuírem

definida para se tornar algo contí-nuo e permanente.

Em meio a tantas e grandes transformações, Edson Vaz Musa visualiza o deslocamento da economia mundial para a Ásia como um dos destaques do novo paradigma. Baseia-se na previsão de que, nas próximas cinco décadas, a econo-mia da China e da Índia, juntas, será maior que a soma das economias dos Estados Uni-dos e da União Européia. “É um fenômeno que vai mexer muito com a economia mundial e em particular muito com a competitividade das em-presas, das organizações em geral, que vão ter de levar em conta todas essas mudanças”. Lembra que o pêndulo asiático não move apenas o deslocamento industrial e de serviços, move também núcleos de conhecimento com seus centros de pesquisa e de desenvolvimento.

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o governo é escasso. “Em algumas discussões sobre política industrial ou acordos comerciais globais cha-mam a gente para bater um papi-nho, mas a articulação é tímida e de alcance reduzido, muito chapa branca”. Leal defende a necessida-de de se discutir um projeto maior para o país, um projeto para o Brasil no século XXI, mas acha que essa discussão não deve ser circuns-crita a gabinetes.

Já para o industrial Horácio Lafer Piva, o fato de no Brasil os governos tradicionalmente não terem o hábi-to de ouvir os empresários antes de formularem suas grandes diretrizes faz parte de uma incompreensão de que em qualquer lugar do mundo o setor produtivo é parte da solução e não do problema. Piva defende a construção de um sistema de esforços cooperativos mais eficazes entre governos e empresários, que leve ao crescimento com justiça social, considerando variáveis refe-rentes às vocações regionais e às oportunidades continentais.

Na opinião de Paulo Francini, a ausência de melhor interlocução entre governos e setor produtivo deriva, em parte, do fechamento político ocorrido durante o regime militar (1964 – 1985), que inibiu uma participação mais aberta da sociedade, inclusive dos setores empresariais. Considera que por conta desse fato as entidades em-presariais demoraram a se organi-

dade radicular para que as melhores práticas estejam ao alcance de todos os que as consultarem.

De acordo com Cláudio Vaz, as entidades empresariais precisam desenvolver um trabalho de melhor articulação para se transformarem. Essas entidades, na sua visão, ain-da se organizam basicamente por interesses regionais e setoriais ou por um misto dos dois. “Infeliz-mente, dentro deste processo de

representação, ainda há uma busca por espaços, que deveriam ser coo-perados e que acabam sendo con-correntes, pelo fato das lideranças dessas entidades terem uma gran-de dificuldade em co-dividir o mes-mo espaço”. Cláudio Vaz diz que o processo de amadurecimento das lideranças e das entidades tornará o resultado mais importante do que o processo.

Tendo em vista a prioridade para o resultado, ele defende que é necessário prestigiar entidades de nível nacional para os temas de in-teresse nacional. “É muito comum ver entidades regionais ou setoriais querendo tomar para si questões que não são nem do seu setor, nem do seu Estado, por exemplo, discutir reforma tributária, que é um assunto de interesse do Brasil como um todo. Não é pelos olhos

Líderes empresariais brasileiros dialogam sobre os novos tempos

coureiro-calçadista estrangeira. Quando temos problemas em in-dústrias complexas, como siderur-gia e automobilística, temos toda uma cadeia produtiva envolvida. “É fundamental que o enfoque dado atualmente pela CNI, através do Fórum Nacional da Indústria, que produziu um dos melhores documentos da indústria brasileira (Mapa Estratégico da Indústria) voltado para os oito anos que se iniciam em 2007, seja intensificado nos níveis nacional, regional e seto-rial”. Para ele, é impossível imaginar que somente uma empresa ou um segmento isolado possa resolver a questão da competitividade. A saí-da, argumenta, está exclusivamente na abordagem do problema na ótica da competitividade de cadeias produtivas integradas.

Relação com os governos.

Guilherme Leal considera que ainda é insufi-ciente o nível de articula-ção entre o governo e o setor produ-

tivo no Brasil. Para ele, o

diálogo entre o empresariado e

zar para fazer parte do atual jogo democrático. “Eu acho que estamos andando. Diria que as entidades têm melhorado. Mas não chegamos ainda a um tipo de representação adequado ao peso e à importância da produção industrial que é crucial em termos de visão futura de país”. Francini reconhece que, dentro do atual cenário de mudanças mun-diais, é difícil trocar o imediatismo por questões mais de médio e longo prazo. Afirma, contudo, que essa carência não é somente do setor industrial, é uma carência da sociedade brasileira.

Claudio Vaz também acredita que há muito a melhorar na relação entre governos e empresários. Dá como exemplo, do lado em-presarial, uma postura de certos setores de colocarem o governo na situação de árbitro de questões que são próprias do setor privado. “Em países como o Japão, Alemanha e mesmo França, o setor empresarial não se organiza como no Brasil. Nesses países o setor empresarial conseguiu ser coeso, de modo que todos os ramos, quer industriais, comerciais ou de prestadores de serviço, se agrupam em entidades empresariais e têm a maturidade de procurar equacionar as suas di-ferenças internamente e, assim, se apresentarem ao governo com pro-postas que representem os interesses dos diferentes setores e dos diversos elos de uma cadeia produtiva”.

O presidente do Ciesp afirma que isso pode ser feito também no Brasil, mencionando um exemplo positivo ocorrido no setor auto-motivo no começo dos anos 1990, quando o governo acabou apoian-do as demandas de segmentos que em tese eram praticamente rivais. “Acho que é um processo de ama-durecimento normal, e que cabe mais ao setor empresarial do que propriamente ao governo dar um passo adiante”. Cláudio Vaz diz que é preciso ter amadurecimento para equacionar divergências internas, fazer concessões e exigir conces-sões entre parceiros das cadeias produtivas, de forma a apresentar-se ao governo com uma proposta que atenda ao interesse coletivo, para não precisar pedir que o go-verno seja árbitro, o que no fundo representa dar vantagens a alguns em detrimento de outros.

Atuação conjunta. A arti-culação das empresas do setor in-dustrial brasileiro apresenta alguns complicadores bem particulares, segundo Francini. “É que a indús-tria carrega consigo um grau de complexidade que evidentemente também interfere na organização dos seus reclamos ou da sua visão”. Comenta que, enquanto setores como o financeiro e a agricultura, têm homogeneidade suficiente para aproximar suas demandas, o setor industrial está estruturado em grandes cadeias de compradores e vendedores, às vezes com interes-ses até um pouco conflitantes. Por isso considera a produção de uma ampla e orgânica visão sistêmica capaz de associar a atividade indus-trial ao desenvolvimento do País, uma tarefa muito mais árdua para o setor industrial.

Horácio Piva, por sua vez, entende que as entidades empresariais são os grandes hubs, os nós que podem de alguma maneira atrair, organizar, sistematizar e disponibilizar contatos e informações, usando a sua capaci-

de São Paulo que vamos fazer uma reforma tributária, como não será pelos olhos do Nordeste ou da Amazônia. O único local em que essas questões podem ser bem resolvidas é numa entidade qualifi-cada, de âmbito nacional”. Cláudio Vaz chama atenção do setor in-dustrial para aproveitar a excelente fase que a CNI tem hoje, para se articular com ela, de modo que os interesses, que muitas vezes são conflitantes entre setores e regiões, possam ser debatidos e equaciona-dos coletivamente.

Educação e desenvolvimento. Há uma ampla discussão no País sobre a importância da educação para o aumento da competitividade da indústria brasileira e para o desen-volvimento do Brasil. Paulo Francini, mesmo reconhecendo a necessidade de uma melhoria na educação, afir-ma que isso não é suficiente para assegurar o crescimento econô-mico. Segundo ele, o crescimento depende mais de um ambiente macro-econômico que seja favorá-vel à produção.

No entanto, para Guilherme Leal, sem educação e conhecimento a mudança necessária nunca vai acontecer. “Temos que ampliar nossa capacidade de inserção no mercado global e ao mesmo tempo fazer crescer o mercado interno através de uma revolução na educa-ção e da construção de um modelo de desenvolvimento inclusivo e sus-tentável”. Essa, para ele, é a tarefa da atual geração de empresários.

Os recursos despendidos hoje para a educação já são suficientes, no entendimento de Horácio Piva. Mas, segundo ele, há muito desper-dício, muita falta de compreensão com relação ao que pode ser feito para que avancemos nesse ponto. “Tenho absoluta certeza de que muitas empresas já lidam bem com essa questão, apoiando programas

Tenho absoluta certeza de que muitas empresas já lidam bem com essa questão (investimento em educação), apoiando programas nas suas regiões de influência

Horácio Lafer Piva, membro do Conselho de Administração da Klabin, presidente do Conselho da Bracelpa – Associação Brasileira de Celulose e Papel e ex-presidente da Fiesp/Ciesp

cOMpLExIDADEGLObAL

As mudanças no mundo contemporâneo passam pela compreensão de que a inovação é indispensável em um contexto de intensas transformações.

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o se posicionarem sobre a questão da responsabilidade social empresarial, Musa e

Francini procuram comparar as ações realizadas no Brasil com aquelas que ocorrem em outros países. “O Brasil manifestamente está num meio ter-mo em matéria de evolução cultural e econômica. Na questão da corrup-ção, por exemplo, não é correto dizer que em países como Estados Unidos isso não existe. Existe, sim. Na China, a corrupção é quase um negócio ins-titucional. Nós empresários, líderes, temos que ser baluartes na questão da ética”, defende Musa.

Francini considera que o nível das ações de responsabilidade social no Brasil situa-se em uma média bas-tante razoável, quando comparada com a de outros países, mesmo os desenvolvidos. “Boa parte do que as empresas se consideram no sen-timento de ter que fazer, deveria ser feito pelo Estado. Mesmo sem entrar na questão de a quem cabe fazer o que, as empresas estão ar-regaçando as mangas e fazendo. Acho que isso é uma coisa em que estamos andando direitinho”.

As diferenças de hábitos políti-cos e culturais entre o Brasil e países como a China e a Índia também são levadas em conta por Paulo Francini. “So-bre o aspecto político, evi-

Líderes empresariais brasileiros dialogam sobre os novos tempos

nas suas regiões de influência”. Piva acredita que se houver um grande pacto nacional em torno da ques-tão da governança e da gestão, tratando o problema da nossa edu-cação, pode-se no prazo de uma geração “deixar para trás essa cha-ga que nos atrasa e envergonha”.

Ainda sobre as contribuições dos empresários para a melhoria da educação no País, Paulo Francini cita como referência o trabalho que vem sendo desenvolvido pelo Sesi e pelo Senai de São Paulo, onde os resultados são bastante significati-vos. Informa que são centenas de milhares de alunos do Sesi e deze-nas de milhares no Senai. Acredita que o mesmo ocorra nas devidas proporções em outros Estados. Ressalta, entretanto, que esses ór-gãos não têm condições nem foram desenhados para carregar todo o problema da educação do País.

Da mesma forma que Paulo Francini, Cláudio Vaz entende

que as entidades empresariais já dão exemplo do que podem fazer pela educação através do Sesi e do Senai. Cita o Sesi, como órgão voltado para as questões de lazer, saúde e cultura, que tem atividades no ensino fundamental em muitos Estados do Brasil, e o Senai, na área profissional, como núcleos de excelência. Na sua avaliação, as experiências que o Sesi e o Senai têm hoje no Brasil são muito pouco compartilhadas com o setor públi-co, não apenas sob o aspecto de gestão do ensino, mas também na parte de estruturação curricular, comparação de aprendizado e efici-ência do resultado desse trabalho.

Cláudio Vaz lembra que o Sesi e o Senai são muito conhecidos pelo que fazem em linhas gerais, mas na parte da educação, seja ela educação fundamental, educação de jovens e adultos, ensino profis-sional, ensino técnico, esses órgãos têm uma fortíssima experiência

que ainda é pouco conhecida, mesmo de algumas autoridades do segmento da educação, e pouco também da população brasileira. “Acho que cada empresa individu-almente também tem essa possi-bilidade, mas o trabalho coletivo que o Sesi e o Senai fazem hoje tem bons resultados e boa relação custo-benefício como em poucos lugares do mundo. Nossa socieda-de não está consciente deste fato e muitas vezes sequer identifica o Sesi e o Senai como entidades mantidas e dirigidas pela indús-tria”. Cláudio Vaz diz que os em-presários deveriam ter uma ação mais forte, não propriamente de propaganda ou marketing, mas de transparência sobre o custo desse sistema, os resultados que ele pro-duz, sobre o sucesso dos jovens que se formaram nele, e sobre o quanto a indústria pode contribuir para ampliar a qualidade do ensino a baixo custo. n

Temos que ampliar nossa capacidade de inserção no mercado global e ao mesmo tempo fazer crescer o mercado interno através de uma revolução na educação e da construção de um modelo de desenvolvimento inclusivo e sustentável

Guilherme Leal, co-presidente do Conselho de Administração da Natura e um de seus principais acionistas

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Compromisso social:modismo ou responsabilidade?

A dentemente, a nossa organização é muito superior àquela que vigora na China e até mesmo na Índia. Culturalmente, eu também diria que na Índia a co-existência com a pobreza e a miséria é um fato qua-se entranhado na cultura do país. No Brasil estamos há duas décadas construindo um sistema democrá-tico e isso promove todo um outro ambiente nas relações sociais”. Francini se refere ao convívio das questões das desigualdades que se misturam com a democracia e têm ensejado a atitude da responsabili-dade social exercida no Brasil.

Sobre o modo de fazer a res-ponsabilidade social, Edson Musa declara que antes de se fazer responsabilidade social para fora, primeiro tem que se fazer dentro da empresa. “Hoje, se fala muito mais no tripple bottom line [busca de resultados nas áreas econômi-ca, social e ambiental] do que se falava há cinco anos. Temos já, um bom número de empresários que têm esta consciência e sua prati-ca. Mas, em minha opinião, existe também muito modismo, com muita gente falando

da boca pra fora”.O movimento de responsabi-

lidade social corporativa é muito relevante, entretanto ainda não produziu a transformação social necessária, na observação de Gui-lherme Leal. Para ele, muitas mu-danças já ocorreram no interior das empresas. “A cultura de diálogo e transparência, de relações mais abertas com o conjunto das partes interessadas [os consumidores, os clientes, os acionistas, as comuni-dades do entorno, as organizações não-governamentais, os governos] começa a se instalar. O mercado de capitais começa a reconhecer valor nesses atributos das empresas”. Leal realça que estamos em fase de transição e que novos modelos de negócio devem ser construídos. “É crítica a busca de soluções ino-vadoras que atendam não só às necessidades dos clientes, mas da sociedade como um todo e, esta busca, deve se incorporar ao plane-jamento estratégico das empresas”. Diz ainda que isso não é suficiente. Afirma que o papel do empresaria-do vai além. “Ele tem que discutir e participar da construção de uma nova visão de país. O empresário tem que ser interlocutor da socie-dade, do governo, da academia.

Esse é um exercí-cio fundamental

de cidadania, ao qual os empresários

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também têm vontade de fazer algo e percebem a importância dessas ações, e que necessitam de uma articulação por parte das entidades de classe.

Governança e eficiência. No que se refere à participação do empresário brasi-leiro em suas entidades de classe, Horácio Piva acha que ainda há muito o que avançar. Ao declarar a importância desse assunto, diz que se dispõe a participar de um debate amplo sobre essa questão, que precisa ser tratada em conjunto pelo empresariado. Por outro lado, Musa afirma que as entidades em-presariais acabam sofrendo por não serem sempre conduzidas por ver-dadeiros empresários e que não é raro essas entidades terem proble-mas de governança, devido ao fato de que muitas vezes elas ficam nas mãos de pessoas que se perpetuam

Líderes empresariais brasileiros dialogam sobre os novos tempos

Hoje a liderança é exercida muito mais como guardiã da cultura, dos valores da organização, como defensora de ações ambientais e como promotora das relações de qualidade com o pessoal da empresa, com os clientes, parceiros e com a sociedade

Edson Vaz Musa, presidente do Conselho de Administração da Caloi e coordenador do Comitê de Estratégia da J. Macêdo

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não podem se furtar”. Cláudio Vaz defende que na

conduta de qualquer empresário a cidadania deve anteceder a sua atuação econômica. Afirma que a questão da responsabilidade social é tão presente hoje quanto era no passado. A diferença, segundo ele, é que ela era expressa muitas vezes sob uma forma paternalista, que a relação capital – trabalho hoje não aceita mais. “O paternalismo é um trabalho de conceder unilateral-mente e a responsabilidade social é uma questão de compartilhamento e reconhecimento de que a empre-sa opera num ambiente social que a acolhe e que ela precisa também prestar contas, como presta a seus clientes, a seus funcionários e a seus acionistas”. Com relação às empresas de grande porte, ele acha que a questão da responsabilidade social é um fato consumado, mas entende que quando se trata das pequenas empresas, há muitas que

em suas administrações.Na análise de Cláudio Vaz, o

sistema de representação empre-sarial do Brasil precisa ser bastante aperfeiçoado. Embora sua estrutura seja lógica e bem consolidada ao longo do tempo, ele lembra que não se pode esquecer que muitas atividades existentes no setor in-dustrial hoje não guardam relação com o quadro de setores econô-micos conforme definido ainda na época do início da CLT [Con-solidação das Leis do Trabalho, lei instituída em 1º de maio de 1943]. “Temos setores emergentes que são às vezes forçados a se agruparem em determinados segmentos tra-dicionais dos quais surgiram, mas que hoje já não têm mais nenhuma conexão com eles, causando alguns choques que acabam dividindo um pouco o processo de agrupamento da representação empresarial”. Vaz propõe modernizar esse sistema, oxigená-lo pela forma de compre-

ender novos segmentos industriais, que precisam de uma autonomia de agrupamento legal, afirmando que o processo de financiamento desse sistema precisa ser avaliado.

No que se refere especificamente ao sistema de gestão das entidades empresariais, Piva admite que mui-tas delas vêm sendo administradas com uma certa comodidade, resultante da disponibilidade de fartos recursos e de pouca atenção aos problemas reais, fazendo com que essas entidades não tenham a mesma eficiência das empresas que elas mesmas representam. “Sou partidário da profissionalização, da existência de um conselho de administração com a obrigação de traçar estratégias e operar politica-mente, e de uma gestão entregue a profissionais, bem pagos, com métricas claras, e que transite de uma sociedade de eventos em que tudo termina em palanque, para um compromisso efetivo com resultados”.

De acordo com Cláudio Vaz, a eficiência na gestão das entidades varia muito. “Se procurarmos exemplos de gestão pouco eficien-te, vamos encontrar, mas também temos exemplos magníficos, não apenas eficientes, mas que se tor-nam cada vez mais eficientes. Acho que o sistema empresarial tem um pouco de dificuldade de se expor à sociedade. Não penso que os dias atuais possam ser bem sucedidos

sem que entidades e empresas tenham essa transparência em relação à sociedade”. Propõe que se informe com toda a clareza o que as entidades arrecadam, em que aplicam e quais os benefícios que geram para a sociedade. Para ele, a transparência é uma condi-ção para se ter o reconhecimento fundamental da figura do empre-endedor, da empresa e do papel que ela tem no crescimento do País, no lançamento de bases para o futuro, na geração de empregos, no investimento e na tecnologia.

O empresário e a brasilidade. Quando Gui-lherme Leal diz que o empresário precisa discutir e participar da construção de uma nova visão de país, alimenta o debate em torno da relação entre o comportamento dos empresários e o desenvolvi-mento nacional. A esse respeito, o jornalista Luís Nassif comentou em sua coluna de 7/4/2004, na Folha de São Paulo, que a geração de empresários brasileiros da primeira metade do século passado traba-lhava de forma muito mais sistê-mica o conceito de país do que a atual. Piva concorda com essa ob-servação, mas argumenta que hoje, com o fenômeno da globalização e uma especialização financeira que muitas vezes trabalha tanto para o bem quanto para o mal, a percep-

ção é de que os tempos estão mais curtos, e portanto as decisões aca-bam presas a esta recorrência da vida brasileira que tem sido a dinâ-mica do curto prazo. Além disso, diz ter a impressão de que naqueles anos, o tempo econômico estava mais imbricado ao tempo político, o que hoje é completamente dife-rente. “Não tenho dúvidas de que a visão daquela geração foi a que de fato deu ao País a possibilidade de estar onde estamos no que signifi-ca de bom”. Mesmo considerando os exemplos dos líderes do século passado difíceis de serem seguidos, Piva se considera otimista, e vê outras qualidades nos empresários dos tempos atuais que podem ser úteis ao País.

Já na opinião de Leal os em-presários do pós-guerra viveram a emergência da industrialização, ani-mada pelo presidente Getúlio Vargas. “Eles tiveram uma idéia da construção do País. Havia ca-pitães da indústria articulando interes-ses muito claros. Foi um período onde o Brasil intensificou seu

No Brasil estamos há duas décadas construindo um sistema democrático e isso promove todo um outro ambiente nas relações sociais

Paulo Francini, diretor titular do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp

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É absolutamente essencial que os interesses de cada um dos segmentos da indústria de transformação, fornecedores de matéria-prima e produtos acabados, levem em conta toda a cadeia produtiva

Cláudio Vaz, presidente do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo)

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processo de modernização”. Histo-riando a participação empresarial nos destinos do País, Guilherme declara que o modelo getulista de desenvolvimento perdurou até os anos 1960. “Com a ditadura, uma parcela do empresariado se asso-ciou aos megaprojetos do Estado empresário, liderou as entidades empresariais e beneficiou-se de projetos de desenvolvimento”.

Seguindo sua análise, Leal lem-bra que o Brasil cresceu muito até os anos 1980, mas que despencou com a crise de financiamento do Estado. “Hoje, o País está em bus-ca de novos paradigmas. A ressaca provocada pelo planejamento centralizado dos tempos de auto-ritarismo acabou provocando uma rejeição à planificação. Na prática, jogamos fora o bebê com a água do banho”. Para ele, o sistema de representação sindical e patronal não evoluiu e o corporativismo predominou. “Uma mudança co-

meça a ocorrer no final da década de 1980 quando o Pensamento Nacional de Bases Empresariais [PNBE] provoca o empresariado a refletir sobre seu papel político. Ali, voltou-se a colocar em pauta a cidadania, a discussão do País e a necessidade de representação de-mocrática do empresariado”. Gui-lherme Leal chama a atenção para o fato de que, na década seguinte, as discussões foram ampliadas com a participação da sociedade civil, especialmente por meio das Organizações Não-Governamen-tais, mas que ainda não se tradu-ziram na formulação de um novo projeto de país.

“Com todo o respeito à avalia-ção do jornalista Luis Nassif, há uma diferença fundamental entre o Brasil dos anos 1950 e do inicio do século XXI”, declara Cláudio Vaz. Para ele, a economia dessa década não tinha o dinamismo atual, era extraordinariamente pro-

tegida, estava tudo por fazer e o papel da tecnologia e da inovação era muito menos presente. “É claro que o início da industrialização em qualquer país se faz por gigantes e todos os nossos pioneiros são gigantes pessoais e empresariais”. Argumenta, entretanto, que em função do próprio mercado fecha-do a ligação entre as pessoas físi-cas e jurídicas daquela época seria uma ligação umbilical.

Quanto à relação de hoje, Vaz pontua alguns exemplos de dife-renciação: a economia atual, com seu grau de internacionalização, com o dinamismo que a inovação está trazendo, com a inter-relação de capitais financeiros, industriais e governamentais, traz uma dis-sociação entre a figura da pessoa física e a da empresa. “A empresa é maior do que qualquer de seus acionistas. O interesse da empresa pode ser vinculado aos interesses nacionais. O interesse dos acio-

nistas muitas vezes, ou na maior parte das vezes, tem uma visão diferenciada. Não tiro o mérito, o patriotismo, a brasilidade de ne-nhum dos nossos acionistas hoje, mas a verdade é que a competição é global, a concorrência se faz em outro patamar e faz parte do pa-triotismo também transformar uma empresa em competitiva”. Cláudio Vaz diz que na verdade o interesse que os empresários de hoje têm nas políticas que valorizam o País é tão forte e intenso quanto foi no passado. Destaca, entretanto, que o atual ambiente de concorrência obriga que esse sentimento de país seja transmitido à empresa e à so-ciedade em que ela opera de uma forma completamente diferente do que no início do processo de industrialização.

A complexidade posta pela evo-lução das relações mundiais articu-ladas em redes é, na verdade, uma grande oportunidade que precisa ser mais bem aproveitada. Amplia-se a compreensão da necessidade do diálogo permanente entre os diversos agentes sociais, políticos e econômicos. “Precisamos de muita discussão, da participação de todos os segmentos sociais, de todas as regiões do País para a construção de novo modelo inclusivo em ter-mos sociais, sustentável em termos ambientais e eficiente em termos econômicos”, propõe Guilherme Leal. Para ele não é possível ser próspero, competitivo, numa so-ciedade pobre, ignorante e injusta. “A Natura tenta ser pró-ativa nessa mudança cultural. Temos procura-do envolver todos os nossos par-ceiros na busca dessa evolução O Brasil possui um grande diferencial econômico no seu patrimônio am-biental - muita terra, floresta, sol, água – mas a gente trata esse pa-trimônio como estorvo ao desen-volvimento, em vez de incluir sua gestão inteligente como meio de fomentar a economia e a inclusão social”, conclui. n

ocê tem curiosidade de saber alguma informação sobre a história de J.Macêdo ou a trajetória do fundador da empre-

sa? Então, envie sua pergunta sobre a vida, obra, valores e crenças do nosso fundador José Dias de Macêdo, para o e-mail [email protected], que ele responderá nesta seção fixa da sua revista Diálogo. Participe e confira a resposta nas próximas edições.

Lúcio Ferreira – Logística (Maceió, AL). Como o Senhor vê ou define a presença de Deus em sua vida?

José Dias de Macêdo. Considero-me uma pessoa religiosa. Te-nho fé, mas longe de mim qualquer fanatismo. Sou cristão, acredito que Cristo veio à Terra. Fui Congregado Mariano na minha adoles-cência. Durante um certo tempo, nos períodos de Carnaval, fazia retiros em um convento de Jesuítas. Assisto missa aos domingos e faço minhas orações toda noite antes de dormir. Não costumo dis-cutir sobre religião. Tenho a minha e respeito a dos outros.

V

pERGuNTE AOfuNDADOR

Laura Kerges – Secretária da Presidência (Lapa, São Paulo). Qual a lição de vida que o Sr. tira da sua trajetória vencedora?

José Dias de Macêdo. Houve uma fase em minha vida que eu estava efervescente, sempre com o desejo de realizar alguma coisa nova. Meti-me, inclusive, em negócios que não sei se deveria ter me metido. Mas sei que fazia parte da vontade de fazer, de em-preender, como foi o caso do Frigorífico Industrial de Fortaleza, o Frifort. Criamos o moinho de Fortaleza para resolver o problema do abastecimento de trigo na região. Andava sempre em busca de uma nova atividade. Queria descobrir o que não tínhamos no Ceará para construir. Criamos a cervejaria Astra, com o nome de uma marca de cerveja de Hamburgo [Alemanha], para enfrentar a Brahma e a Antarctica, mas acabamos nos associando à Brahma. Quando o Ceará foi ficando pequeno, evoluímos para o restante do Brasil. A Pneus Tropical, que criamos na Bahia, foi uma tentati-va de fazer um negócio nacional. O certo é que em cada momento éramos movidos pela consciência da diversificação e de desenvol-ver novos negócios. Naquele tempo a diversificação era a forma que achávamos mais adequada para promover o crescimento dos negócios. A necessidade de focar em algumas poucas áreas veio bem depois. Se não tivéssemos sido audaciosos não teríamos saído do lugar. A lição é que vale a pena ousar.

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Prevenção de Acidentes Nossos colaboradores de Simões Fi-lho (BA) participaram, em setembro, de várias atividades na XIX SIPAT — Semana Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho. A SIPAT teve como enfoque principal a impor-tância das mãos no nosso dia-a-dia. Todo cuidado é pouco para que possamos ter uma qualidade de vida cada vez maior. n

2� anos. No dia 17 de ou-tubro de 1981, o piloto brasileiro Nelson Piquet é campeão mundial de Fórmula 1, superando o argen-tino Carlos Reutemann na última prova. No dia 31 deste mesmo mês, foi criada a Casa de Cultura Josué Montello, em São Luís (MA). A Casa conta com a obra completa do escritor maranhense (1916-2006), que integrou a Academia Brasileira de Letras.

Em Londrina, no início deste mesmo mês ingressou na J. Ma-cêdo, Osvaldo Adão Bertoli (2/10).

20 anos. Em setembro de 1986, foi fundada a Associação Bra-sileira de Ciência Política, no Rio de Janeiro. Neste mês foram admitidos José Aníbal de Lima Santiago (1/9), e Antônio José Pamponet Bitten-court (1/9) em Fortaleza, e João Batista Paiva (8/9) em São José dos Campos.

O dia 1/9 marcou a contratação, em Simões Filho (BA), de 73 pes-soas. A maioria delas já trabalhava na Águia, mas quando a unidade era uma joint venture da United Biscuits e da J. Macêdo. Em 1/9, foram contratados pela J. Macêdo: Cícero Matos Santos, Mirian Bispo dos Santos, Maria Nilda Rodrigues da Silva, Elias da Conceição Santos, Nelson Francisco Dantas, José Teles Cerqueira, Malaquias Ferreira do

Nascimento, Carlos Augusto Sales, Delza de Jesus Maia, Isaura Bar-ros Guimarães, Andreza de Jesus Santos, Claudiméia Batista de Jesus, Júlia Maria de Jesus, Geraldina Santana Garcez, Eulália da Silva, Alda Rita Ribeiro de Castro, Mari-vanda da Fonseca, Maria Venância Neri Costa, Josevanda dos Santos Batista, Luciene Moreno Silva, Sônia Barbosa Bastos, Ailton Guimarães Barbosa, Apolônio Amâncio Damas-ceno, Arnaldo Sacramento Mota, Genário de Jesus, Ailton Ferreira dos Santos, Domingos Calazans da Cruz, Lázaro Gonçalves dos Santos,

Máquina do tempo

Veja quem faz aniversário de tempo de empresa em setembro e outubro — e o que acontecia no brasil e no mundo quando eles foram contratados

TuDOAzuLAs nossas datas especiais, aniversários, casamentos e conquistas

Momentos especiais na vida da nossa gente

J. Macêdo na corrida: José Adriano da Silva, Ricardo Assumpção, Márcio oliveira, Igor Cunha e Gerson de Camargo.

talento de sobra!Quem vem dando um show de in-terpretação é nosso colaborador Rafael Rodrigues Marques (foto), do Almoxarifado, da unidade de Itapetininga. Rafael desenvolve um trabalho social ministrando aulas de teatro através do Grupo Teatral Ta-panaraca. Recentemente participou do 5º Festival Estudantil de Teatro do Sesi – Sorocaba e foi premiado co-mo melhor ator na categoria infantil com a peça “Fantástico Mistério de Feiurinha”, um conto de Pedro Ban-deira. O Grupo Tapanacara concor-reu com mais de 110 outros grupos inscritos em toda a cidade de São Paulo e foi selecionado entre os cin-co melhores. De olho nestes talentos internos a Unidade de Itapetininga montou, em novembro, seu próprio grupo teatral. Aos integrantes do Grupo Teatral J. Macêdo Itapetinin-ga: Edilson Fernando Lopes, An-derson Rodrigues Silva, Roberto de Medeiros, Luiz Carlos de Carvalho, Rafael Rodrigues Marques, Wagner Aparecido Delbage e Cláudia Maria de Menezes, nossos parabéns pela excelente iniciativa! n

Florisvaldo José Rodrigues, Maria Cremilda Alcides, Alda de Jesus San-tana, Ana Maria dos Santos, Antô-nia dos Santos, Maria Flora Ferreira, Antônia Moreira Pereira, Carlos Alberto de Jesus, Delmira Lúcia da Silva, Edna de Jesus Oliveira, Ivani Jesus de Souza, Isabel Jesus de San-tana, Ilda Garcia Sales, Iara Maria Brito de Aquino, Josefa Ferreira San-tos, Jair Nascimento da Rocha, José Maria Neto, Lúcia Alves Suzarth, Leonídia Moreira dos Santos, Maria de Oliveira Oliveira, Maria Cassimira dos Santos, Maria de Souza San-tos, Maria Lúcia Bispo dos Santos, Manoel Roque dos Santos Silva, Maria de Lourdes dos Santos Neris, Maria das Graças Lopes Nascimen-to, Manoel Bomfim Souza de Jesus, Nelsonita Silva Santos, Raimunda Braz de Oliveira, Raimundo Nonato da Conceição, Reinaldo Silva de Macedo, Roque do Nascimento, Rosalina Honorina da Silva, Severino de Jesus Almeida, Suzana dos San-tos, Susana Rodrigues Damasceno, Teresa Camelo de Sousa, Wirismar Rodrigues dos Santos, Edvaldo José dos Santos, Álvaro Bandeira Pereira Anunciação, Milson Ramos dos San-tos, Antônio José Pereira da Silva e Flávio Plínio dos Santos. No dia 15/9, também em Simões Filho, foi admitida Aparecida Maria da Luz.

No dia 14 de outubro de 1986, Elie Wiesel, escritor americano nascido na Romênia e sobrevivente dos campos de concentração na-zistas, ganhou o prêmio Nobel da Paz. Neste mês entraram em nossa empresa Jadir Cardoso (1/10), em Londrina, e Luzinete de Paiva Mori-moto (13/10), em Fortaleza.

Josué de Sousa Montello, jornalista, professor, teatrólogo e escritor brasileiro. (1916-2006)

�0 | Diálogo | JuLHo/AGoSto 2006�0 | Diálogo | SEtEMbRo/outubRo 2006 www.petybon.com.br SEtEMbRo/outubRo | Diálogo | �1www.donabenta.com.br

RevezamentoA J. Macêdo marcou presença, em São Paulo, em uma das maiores corridas da América Latina. Uma equipe de 11 atletas das unidades de Itapetininga e Lapa, além de oito convidados, juntaram-se aos mais de 20 mil corredores participantes da Maratona Pão de Açúcar de Revezamento, no dia 17 de setembro, no Parque do Ibirapuera. Nossa equipe organizou-se em grupos de quatro e oito pessoas, que se reve-zaram para completar as quatro voltas no circuito de 42.195 metros. Parabenizamos a equipe J. Macêdo que, com muita garra, levou no peito o nome de nossa empresa. n

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Leitura, música, passeios, diversão. Dicas de todo o brasil

OLhAQuELEGALLIVRoIndicação de Carlos Augusto Neves da RochaGerente de Tecnologia e Processos Fortaleza, CE

Serviçotítulo: O livro dos heregesAutor: Aydano RorizEditora: EdiouroPáginas: 400Preço Médio: R$ 40,00

PASSEIo MoRRo DE SÃo PAuLo (bA)Indicação de Glauberto TemoteoCustos — Fortaleza, CE

O Morro de São Paulo está localizado na ponta nordeste da Ilha de Ti-nharé, ao sul de Salvador. Suas praias, conhecidas internacionalmente por sua beleza, são chamadas não por nomes, mas por ordem numérica. Assim, quem gosta de agitação e gente bonita deve procurar as praias Segunda e Terceira. Quem prefere sossego deve optar pela Quarta, já não tão calma em alta temporada. Os carros não são permitidos no Morro de São Paulo. O único meio de transporte motorizado é o trator, que faz os passeios para outras praias mais distantes e também traslados entre pousadas e aeroporto.

DVD Indicação de Wagner Aparecido DelbageRH — Itapetininga, SP

Serviçotítulo: Desafiando os limitesPreço Médio: R$ 30,00Ano de produção: 2005

CDIndicação de Cláudia Maria de MenezesControladoria — Itapetininga, SP

“Gosto das músicas do Guilherme Arantes há muito tempo, não só pela harmonia da música, mas principalmen-te pelas letras, que são muito bonitas.”

Serviçotítulo: Guilherme Arantes MaxximumGravadora: Sony BMGAno de lançamento: 2005Preço médio: R$ 13,00

Serviço: Há vôos diretos para o Morro de São Paulo que saem do Aeroporto Internacional Luís Eduardo Magalhães, de Salvador. O vôo dura cerca de 20 minutos. Você também pode chegar lá de barco. Veja mais informações no site www.morrodesaopaulo.com.br

Sinopse: O filme tem como protago-nista o ator Anthony Hopkins e mostra uma história comovente sobre a supe-ração e a persistência de um homem que se empenha ao máximo para dar a volta por cima das adversidades de sua vida. Uma história de amor e vitória.

“Herege era a forma como os moradores de Salvador se referiam ao invasor holan-dês. O livro conta a conquista de Salvador pelos holandeses (1624) na visão do líder dos invasores. É interessantíssimo perceber o choque entre a cultura protestante mercantilista e a cultura portuguesa católica, avessa ao juro e ao capital.”

“Este filme mostra um belo exem-plo de determinação e é baseado em uma história real.”

1� anos. Entra em vigor, no dia 5 de setembro de 1991, a Convenção Sobre os Povos Indíge-nas e Tribais, debatida pela Orga-nização Internacional do Trabalho (OIT). O documento foi o primeiro instrumento internacional a tratar de temas básicos como o direito dos povos indígenas viverem e desenvolverem-se como povos di-ferenciados, de acordo com os seus próprios padrões, ingressaram na J. Macêdo Reginaldo Gonçalves dos Santos (10/9), em Salvador, Alex dos Santos Villela (19/9), em Olaria e Carlos Rogério Zácaro (23/9), em

Fortaleza. Em outubro de 1991, o navegador paulista Amyr Klink che-gou em Parati (RJ) vindo da Antárti-da. Ele havia embarcado para lá em dezembro de 1989, em um veleiro especialmente construído para a expedição, o Paratii. Foram con-tratados neste mês Ivan Roberto Alves de Lima (1/10), em Cabedelo, Paulo César Ferreira (14/10), em São José dos Campos e Rivaldo da Silva Souza (18/10), em Maceió.

10 anos. Em setembro de 1996, o Brasil perdeu o regente e compositor cearense Eleazar de Carvalho. No mesmo mês foram contratados em J. Macêdo Geor-gina Alves de Souza, Iracy Correia da Silva, Osmaraci Santana de Sá, Maria das Graças de Jesus Concei-ção e Antônio Teles de Jesus (2/9), em Simões Filho, Edson da Silva Carvalho (3/9), em Salvador, e José Rodrigues da Silva (16/9), em Jaguaré.

Em outubro de 1996, o povo brasileiro votou pela primeira vez utilizando a urna eletrônica. Foi também no iní-cio deste mês que Ricardo da Silva Pereira (09/10) ingressou na nossa empresa, em Cabedelo.

� anos. Em 6 de setembro de 2001, a Frente Revolucionária de Timor Leste Independente vence as primeiras eleições livres do país. Em Fortaleza, Jaqueline Moura da Ro-cha (1/9), Katleen Lilian Bastos de Medeiros Ennes (06/09) e Silvia Cristina Alves de Almei-da (17/9) vieram somar o time J. Macêdo. Em Salvador, foram

Músico e compositor Eleazar de Carvalho, o primeiro maestro brasileiro de projeção internacional. (1912-1996)

contratados Roberto Gomes de Jesus (1/9), Valternei de Jesus Ribeiro (5/9) e Alessandro Santos de Meneses (5/9). Em Simões Filho, nos meses de setembro e outubro, dezoito novos colaboradores foram contratados: Adilson dos Santos e Elizângela de Souza Dantas, ambos no dia 3/9. No dia 9/9 foram admi-tidos Patrícia Amâncio de Santana, Fernanda Jesus dos Santos, Nivaldo Manoel Ferreira dos Santos, Mar-celo Souza da Cruz, Roberto Carlos da Conceição do Carmo e Eduardo Borges Vieira. No dia 10/9 foi a vez de Gileno Borges da Rocha, André Luis Klinger Gonçalves, Domingos Marcus da Silva Barros, Helegson Melo Sousa, Cristina Oliveira de Jesus, Jusilene dos Santos Correia, Rosângela Oliveira Barros Barreto e J u c i - cleide Moreira de Souza

Gomes. Júlio Balbino Muniz dos Santos e Jakson Anunciação de Jesus entraram no dia 11/9.

Em 24 de ou-tubro de 2001, o Conselho Monetá-

rio Nacional aprovou as novas notas de R$ 2

e R$ 20. No primeiro dia deste mês e ano ingressaram na J. Macêdo: Rogério da Consolação Gregório em Jaguaré, Luiz Carlos Gonçalves de França, em Maceió, e Celso Alfredo de Castilho, na Lapa. n

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Revista Bimestral de Comunicação InternaAno II n número 08

Relações sociais de valoR• Roberto Macêdo assume Federação das Indústrias• J. Macêdo: uma história de compromissos• As empresas e a nova realidade mundial

Encontro para dinamização da Aliança

SinergiasEncontro para dinamização da Aliança

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