relações precoces psicologia

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Page 1: Relações precoces psicologia
Page 2: Relações precoces psicologia

Caracterização das relações precoces

0A vocação social manifesta-se logo após o nascimento nas relações precoces que o bebé estabelece com a mãe ou com os adultos que cuidam dele. Estas relações e as que desenvolvemos ao longo da vida explicam o que pensamos, o que sentimos, o que aprendemos. As relações precoces vão ter um papel fundamental na construção de relações com os outros e na construção do eu.

Page 3: Relações precoces psicologia

A Imaturidade do Bebé Humano

0O humano quando nasce é um ser imaturo. Essa imaturidade torna-o dependente de adultos para se alimentar e para ser protegido.

Page 4: Relações precoces psicologia

Competências para

Comunicar0A comunicação entre o bebé e os pais faz-se através de um conjunto de trocas e sinais que manifestam as suas necessidades e o seu estado emocional. A qualidade da relação depende da capacidade de responderem adequadamente aos estados emocionais do outro. Este processo foi designado de regulação mútua: processo através do qual o bebé e os progenitores transmitem estados emocionais e respondem de modo adequado. O bebé é um sujeito ativo que emite sinais daquilo que pretende e que responde. Logo que nasce, o bebé é capaz de dirigir a sua atenção para estímulos do meio ambiente: distingue sons, vozes, imagens e odores. O choro, o sorriso, as expressões faciais e as vocalizações são alguns modos que o bebé recorre para manifestar as

Page 5: Relações precoces psicologia

O sorriso

0O sorriso é uma das formas de comunicação

que desencadeia a confiança e o afeto,

reforçando a necessidade que os adultos têm

em satisfazer o bebé. O primeiro sorriso pode

ocorrer logo após o nascimento, de modo

espontâneo. Depois de comer ou adormecer, é

frequente esboçar um sorriso. Estes sorrisos

são automáticos, reflexos e involuntários. É

entre as 6 e as 12 semanas que o sorriso se

manifesta como meio de comunicação social do

bebé. Por volta dos 3 meses é mais duradouro e

ao 4º mês é mais alto ao ouvir sons diversos.

Aos 6 meses, só sorri para pessoas que

conhece: é um sorriso social.

Page 6: Relações precoces psicologia

O choro

0O choro é o meio mais eficaz para manifestar

uma necessidade ou mal-estar. Existem 4 tipos

padrões de choro: choro básico de fome, choro

de raiva, choro de frustração e choro de dor.

0Os país reconhecem o tipo e respondem ao

bebé.

Page 7: Relações precoces psicologia

As expressões faciais

0A tristeza, o medo, a alegria, a raiva e a surpresa

são emoções que podem manifestar-se através

de expressões faciais. As expressões faciais

têm um valor comunicacional porque

transmitem uma mensagem que tem a

expectativa de uma resposta.

Page 8: Relações precoces psicologia

As vocalizações

0Os bebés desde muito cedo emitem sons vocais

como resposta às vocalizações dos adultos.

Chama-se lalação ao tipo de emissões

reproduzidas entre os 3 e os 6 meses. As

vocalizações que vão evoluindo para forma de

conversa são um reforço para a atenção

dispensada pelos adultos.

Page 9: Relações precoces psicologia

Competências Básicas da

mãe0São consideradas competências básicas da

mãe a capacidade para estabelecer

comunicação com o bebé proporcionando

respostas positivas às suas necessidades. O

bebé mantém uma relação privilegiada com a

mãe.

Page 10: Relações precoces psicologia

Mãe-continente

0A mãe continente, segundo alguns autores, é a

mãe que reage às necessidades do bebé

comunicando eficazmente e transformando a

angustia e a ansiedade do bebé me conforto e

bem-estar. Segundo Bion, há três possibilidades

da actuação da mãe: face ao choro do bebé, a

mãe considera-o uma “malha2 e não lhe liga

nenhuma; face a uma situação semelhante, a

mãe desenvolve comportamentos excessivos

de proteção, o ultimo é a mãe-continente.

Page 11: Relações precoces psicologia

Fantasias da mãe

0A relação entre a mãe o bebé inicia-se antes do

nascimento, através de fantasias que ela

desenvolve sobre o filho que vai nascer. É antes

do nascimento que se começa a construir o

vínculo. O bebé idealizado terá de dar lugar ao

bebé real com as características que lhe são

próprias.

Page 12: Relações precoces psicologia

A estrutura da relação do

bebé com a mãe0A prematuridade do recém-nascido

disponibiliza-o para o estabelecimento das

relações precoces com que lhe propicia

cuidados parentais. Predispõem-no para o

desenvolvimento de competências relacionais

com que cuida dele sob a forma de vinculação.

Page 13: Relações precoces psicologia

A importância da relação da

vinculação0 John Bowlby identificou a vinculação como

sendo uma necessidade básica do bebé para

criar relações de proximidade e afectividade

com os outros, para assegurar a proteção e

segurança. Considerou a vinculação uma

necessidade inata, biologia, primária, tal como a

fome e a sede.

0Para manter a relação com as figuras de

vinculação o bebé desenvolve um conjunto de

comportamentos como seguir com o olhar com

o olhar, sorrir, agarrar e emitir vocalizações.

Page 14: Relações precoces psicologia

0O estudo da vinculação foi aprofundado pela

psicóloga Mary Ainsworth que, a partir dos

dados de uma experiencia Situação Estranha,

distinguiu três tipos de vinculação.

0 Vinculação segura seria a que influenciaria mais

positivamente o desenvolvimento do bebé, com

efeito nas suas relações futuras.

0 Vinculação evitante manifesta-se pela indiferença

da criança à separação da mãe e ao seu regresso.

0 Vinculação resistente/ambivalente caracteriza-se

pelo estado de perturbação mesmo antes da

situação de abandono pela mãe. O bebé hesita

entre a aproximação e o afastamento.

0Algumas criticas foram avançada relativamente

à forma como se tiraram as conclusões da

experiência, sobretudo se não tiver em conta as

condicionantes de ordem cultural.

Page 15: Relações precoces psicologia

A figura de vinculação

0Estudos revelam que o bebé estabelece laços

de vinculação com a pessoa mais próxima.

Outros cuidadosos podem substituir a mãe,

como agentes maternantes. Na sociedade atual

pode-se falar de vinculações múltiplas, pois a

mãe não é a única figura de vinculação. As

relações de vinculação se forem positivas

proporcionam sentimentos de segurança que

favorecem o processo de autonomia da criança.

Page 16: Relações precoces psicologia

Consequências das

perturbações nas relações

precoces0As experiências levadas a cabo por Harlow com

macacos vieram alertar para os efeitos das

carências afectivas. Constatou a necessidade

que as crias tinham de estar junto das mães, de

manterem contato físico. Harlow considera que

a necessidade de contato físico com a mãe ou

com outro cuidador estaria na origem da

vinculação, sendo mais importante do que

alimentação na construção dessa relação.

Page 17: Relações precoces psicologia

O Hospitalismo

0 Outro investigador, René Spitz, estudou o efeito das carências afectivas nos seres humanos. Designou por hospitalismo o conjunto de perturbações vividas por crianças insticionalizadas e privadas de cuidados maternos: atraso na desenvolvimento corporal, dificuldades na habilidade manual e na adaptação do meio ambiente, atraso na linguagem. A resistência a doenças é menor e pode ocorrer apatia. Siptz confirmou a necessidade de laços e contato afectivo entre o bebé e o adulto, especialmente entre mãe e filho. A sua ausência pode conduzir a perturbações emocionais, comportamentais e desenvolvimentais graves.

0 Há crianças que, apesar de sofrerem situações muito penalizadoras, conseguem resistir e desenvolver-se com equilíbrio. São designadas por