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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE Relações de Produção, Consumo e os Impactos sobre o Meio Ambiente e a Saúde. Por: Cristiane Gomes da Rocha Orientadora: Profa. Maria Esther de Araujo Oliveira Rio de Janeiro 2010.

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

Relações de Produção, Consumo e os Impactos sobre o Meio Ambiente e a Saúde.

Por: Cristiane Gomes da Rocha

Orientadora: Profa. Maria Esther de Araujo Oliveira

Rio de Janeiro

2010.

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

Relações de Produção, Consumo e os Impactos sobre o Meio Ambiente e a Saúde.

Apresentação de monografia à Universidade

Cândido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Gestão

Ambiental.

Por:

Cristiane Gomes da Rocha

AGRADECIMENTOS

Aos professores do Instituto A Vez do Mestre,

que se dedicaram e compartilharam seus

conhecimentos e experiências.

DEDICATÒRIA

Dedico este trabalho em primeiro lugar a Deus,

ao meu filho Gustavo e meu marido Ângelo, aos

meus pais Idenir e Iracema, as minhas irmãs

Creise e Cristina, que me incentivaram a

concretizar este trabalho.

EPÍGRAFE

“Todo mundo “pensando” em deixar

um planeta melhor para nossos

filhos...

Quando é que “pensarão” em deixar

filhos melhores para o nosso

planeta”.

Autor desconhecido

METODOLOGIA

Este trabalho trata de uma pesquisa bibliográfica. Os principais autores utilizados na

realização deste trabalho foram Nakata, Barbieri e Lipovetsky.

RESUMO

Este trabalho visa mostrar como as relações produção e consumo impacta o meio ambiente e a saúde. Visando o comportamento da sociedade contemporânea, que cada vez mais vem se expandindo e com isso gerando impactos negativos no Planeta Terra. A finalidade deste trabalho está voltado para a conscientização sobre os impactos ambientais que vivemos e vivenciamos, onde colaboram para a degradação ambiental. O objetivo central é empregar o desenvolvimento sustentável, juntamente com a ferramenta da gestão ambiental, como um novo modelo de sustentabilidade, onde as nossas necessidades sejam atendidas de modo que não comprometa as advindas gerações.

Palavras-chave: produção, consumo, impactos ambientais, desenvolvimento sustentável e gestão ambiental.

.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 01

CAPÍTULO I – Produção-Consumo e os Impactos Ao Meio Ambiente e a

Saúde

03

1.1 Quanto aos meios de produções 06

1.2 Impactos sobre o meio ambiente e a saúde 09

CAPÍTULO II – Consumo Consciente. 12

2.1 Consumismo e consumerismo 13

2.2 A sociedade de hiperconsumo 14

2.3 A sociedade de consumo 16

2.4 Consumo consciente 17

CAPÍTULO – III – Desenvolvimento Sustentável –o novo paradigma 20

3.1 O desempenho sustentável 26

3.2 A análise ambiental 27

3.3 A consciência ambiental no Brasil 27

3.4 Gestão Ambiental 28

3.5 Sistema de Gestão Ambiental 32

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................... 35

REFERÊNCIAS............................................................................................ 36

1

INTRODUÇÃO O Tema deste estudo é Relações de Produção, Consumo e os Impactos sobre o

Meio Ambiente e a Saúde. A questão central deste trabalho é como o

desenvolvimento sustentável poderá contribuir para melhoria da qualidade de vida e

redução do consumismo. O tema sugerido é de fundamental relevância pois,

atualmente, nos deparamos com as questões ambientais, como problemas que

estão se tornando preocupantes e significantes. Entre esses problemas, podemos

destacar a produção em larga escala, lançando cada vez mais produtos descartáveis

no mercado, que por sua vez a sociedade consumista, vem colaborando na

utilização dos mesmos, resultando em uma maior pressão sobre os recursos

naturais, causando impactos ambientais, sem visar o desenvolvimento sustentável,

onde afeta a relação saúde e meio ambiente. O motivo que demandou este estudo

foi à inquietação sobre a problemática das relações de produção e consumo aos

impactos sobre o meio ambiente e a saúde. São, portanto, objetivos desta pesquisa:

mostrar as relações de produção e consumo, identificar os impactos ao meio

ambiente e a saúde e analisar consumo consciente com o desenvolvimento

sustentável. Com o aumento do desenvolvimento social e socioeconômico é possível

identificar que o meio ambiente está sofrendo transformação e intervenção pela

ação humana. O atual momento mostra a necessidade iminente de mudanças nos

valores e nas formas de pensar e agir das pessoas, visto que, é evidente que o

padrão de consumo das sociedades modernas é ambientalmente insustentável,

socialmente injusto e moralmente indefensível. As relações de produção e consumo

geram impactos ambientais, onde põe em risco a sobrevivência de todos os seres

2

vivos. Identificar esses impactos, bem como analisar o consumo consciente, a fim de

que seja possível alcançar o desenvolvimento sustentável.

3

CAPÍTULO 1 – Produção, Consumo e os impactos ao meio ambiente e a saúde

De acordo com (NAKATA, 2000, p.15) “O ser humano produz, inventa, fabrica

instrumentos, utensílios e ainda instrumentos para fabricar instrumentos”.

Segundo Nakata (2000), a produção é um processo de transformação da natureza,

pelo qual o resultado são bens de consumo, destinados a satisfação do homem.

A produção é de natureza econômica, onde o homem sobre o meio ambiente tem

como o seu principal objetivo a obtenção, através de um determinado processo

produtivo, bens que podem ser produtivos e serviços que satisfaçam as suas

necessidades.

As matérias-primas (minerais, vegetais e animais) utilizadas são os objetos que, no

processo de produção são transformados, para consistirem o bem final. Já os

recursos naturais (terra etc) são aqueles retirados da natureza e que podem ser

adicionado à atividade do homem. Com a utilização dos instrumentos, que direto ou

indiretamente permite transformar a matéria-prima num bem final. Quanto aos meios

é imprescindível à matéria-prima e os instrumentos de produção, para realização de

qualquer tipo de trabalho. Para se produzir os bens de consumo e de serviço são

pertinentes, que os homens estabeleçam relações uns entre os outros. Essas

relações são estabelecidas entre os homens na produção, na troca e na distribuição

dos bens, chamadas de relações de produção. O modo de produção é a maneira

como se utiliza e distribui os bens e serviços na sociedade. Pode ser equacionado

como, modo de produção igual forças produtivas mais relações de produção, sendo

assim, podemos dizer, que as relações de produção são o centro organizador da

sociedade.

4

EM 1955, O Japão criou, um órgão privado o JPC (Japan Productivity Center)

composta por representantes de empregados, empregadores e terceiros, onde

decidiram em propor três princípios que marcaram o movimento de elevação da

produtividade:

1.Elevação da produtividade tem como objetivo final o aumento de emprego. O excesso de pessoal gerado na transição deve ser remanejado e reaproveitado, evitando o desemprego.

2.O empregado e o empregador cooperarão na pesquisa e debate para obtenção do método efetivo a ser usado para aumentar a produtividade.

3.O resultado gerado pela elevação da produtividade será distribuído de forma justa entre empregado, empregador e consumidor, refletindo a situação econômica nacional.(NAKATA, 2000 p.16)

Diante destes princípios, o Japão pode estender o movimento de elevação de

produtividade como movimento nacional. Onde teve intervenção com missões para

os EUA e a Europa e até para ex-URSS e o Leste Europeu. Diversas análises da

administração industrial foram estudadas e divulgadas com intuito de estreitar os

relacionamentos modernos entre empregado e empregador, com processo de

controle da produção, sensibilização, educação, treinamento e consciência de

produtividade.

Pode-se dizer que produzir é desenvolver, criar bens, serviços e informações de novos valores dentro dessa grande natureza. É criar uma nova força ao mundo econômico por intermédio da criatividade do homem, da combinação da força humana com a energia existente na natureza”. (NAKATA, 2000 p.16)

Com isso podemos dizer que o homem é o grande explorador e utilizador da

natureza, para sua criação, inovação e desenvolvimento de bens e serviços.

5

Outro fator importante é o aumento da escala de produção que vem colaborando a

estimulação da exploração dos recursos naturais o que acarreta o aumento da

quantidade de resíduos.

“A crença de que a natureza existe para servir ao ser humano contribui para o estado de degradação ambiental que hoje se observa. Mas certamente foi o aumento da escala de produção e consumo que iria provocar os problemas ambientais que hoje conhecemos”. (BARBIERI, 2007, p.7)

Barbieri (2007) aborda que esse tipo de crença vem contribuindo negativamente

para a degradação ambiental, onde o meio ambiente era visto como fonte

inesgotável de recursos; bem como podemos verificar que a produção e o consumo

são elementos que colaboram para o crescimento de problemas ambientais.

Segundo Araújo (2000), a sociedade moderna contribui para a poluição do meio

ambiente, seja com rejeitos sólidos, líquidos e gasosos. Para melhor controle de

produção, evitando o desperdício, existem muitas tecnologias, adequando melhores

processos de tratamentos dos rejeitos, reduzindo assim, a poluição. Bem como já

existem mecanismos que permitem o reaproveitamento de materiais. Com isso, é

possível evitar a poluição e a degradação do meio ambiente, economizando energia

e recursos naturais.

De acordo com Bidone (2001), podemos verificar o aumento de consumo, bem como

o maquinário industrial, produzindo a todo vapor, para satisfação e desejos da

sociedade consumista. Com isso, temos o grande descarte de produtos, constituindo

os resíduos sólidos, que aumentam cada vez mais nos meios urbanos. Pelo qual se

tornam um problema sério de impactos ambientais e gerando degradações

ambientais.Onde a sociedade em desenvolvimento e os países ricos, enfrentam no

seu dia-a-dia , o destino final desses resíduos.

6

Para o destino final, desses resíduos: “[...] destacam-se: aterros sanitários,

incineração, reaproveitamento, reciclagem e compostagem”. (BIDONE, 2001, p44).

É possível identificar, através desses resíduos a poluição do ar, do solo e das águas,

incluindo também a elevação de doenças relacionadas ao lixo.

1.1 Quanto aos modos de produções:

Modo de produção primitivo:

Desde o surgimento da sociedade mais primitiva, o ser humano é dotado de espírito

solidário e cooperação, sempre em busca de ajudar o seu semelhante. Devido a

isso, este modo de produção indica uma formação econômica e social que envolve

um período longo. Pois não havia propriedade privada dos meios de produção e sim

propriedade coletiva dos meios de produção, onde a terra era prioridade.

O Estado não existia. Mas com o passar do tempo, os homens começaram a exercer

autoridade sobre outros. Então surgiu o Estado, como meio de organização social e

de denominação.

Modo de produção escravista:

Os escravos surgiram para servir e para serem propriedade do senhor. Pois eram

vistos, como objeto e não havia humanização por parte dos seus donos. Os meios

de produção na sociedade escravista, envolvida terras, instrumentos de produção e

os escravos. Bem como, as relações de produção eram de domínio, submissão e de

sujeição, entre senhores e escravos. Os escravos não possuíam direitos, a não ser

de trabalhar, pois representava a força de trabalho. Sendo assim, os senhores eram

proprietários dos escravos e do meio de produção.

7

Modo de produção asiático:

Este tipo de produção predominou, no século anterior no Egito, na China, na Índia e

também na África.

No tempo dos faraós, no Egito parte produtiva da sociedade era o trabalho de

escravos e camponeses, que eram forçados pelo Estado, a entregar o que

produziam.

O meio de produção asiático foi extinto, a partir da rebelião dos escravos, a

manutenção era alta dos setores improdutivos e bem como a terra era propriedade

do nobre.

Modo de produção feudal:

Era constituída por senhores X servos. Os servos eram pessoas que serviam os

senhores, em troca de comida e casa. Não eram considerados escravos, pois os

seus senhores, não tinham domínio sobre eles.

Neste modo de produção, os servos dividiam o seu trabalho, pois trabalhava para o

senhor e para si próprio.

Com o passar do tempo, as relações feudais tiveram obstáculos no desenvolvimento

das forças produtivas.

Pois aumentava a exploração dos servos na zona rural e com isso o rendimento da

agricultura era baixo. Já na zona urbana, houve o crescimento da produtividade dos

artesãos, que eram impedidos pelos regulamentos existentes devido ao crescimento

das cidades pela imposição feudal.

Dando início neste momento, às relações capitalistas de produção.

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Modo de produção capitalista:

Neste modo temos as relações assalariadas de produção,ou seja o trabalho

assalariado, as suas relações de produção capitalista, onde propriedade privada

predomina os meios de produção pela burguesia, que substitui o modo feudal, bem

como também o trabalho servil do feudalismo. No capitalismo existem duas classes

sociais distintas: a burguesia e os trabalhadores assalariados. Sendo assim, o

capitalismo é movido por lucros. Este modo possui quatro etapas importantes:

-Pré-capitalismo: começa o desenvolvimento de relações capitalista, mas ainda há

domínio do modo de produção feudal.

-Capitalismo comercial: o trabalho assalariado é predominante, mas a maior

concentrações dos lucros estão no poder dos comerciantes.

-Capitalismo industrial: com o surgimento das indústrias, o capital gera em torno dos

investimentos da revolução industrial, que se torna a mais importante atividade

econômica.

-Capitalismo financeiro: predomina o financiamento, através do controle das

atividades econômicas dos bancos e outras organizações financeiras, que

manipulam o controle da agropecuária, indústria e comércio.

Modo de produção socialista:

Neste modo predomina a propriedade social dos meios de produção, ou seja,

coletivos ou públicos e não existem empresas privadas.

O objetivo da sociedade socialista é a garantia das necessidades básicas e culturais

da população, com direitos a educação, saúde, emprego e habitação.

Vivemos no modo de produção capitalista, onde temos o desenvolvimento dentro de

uma economia globalizada, que se tornou um aliado ao desequilíbrio, nos últimos

9

anos, devido ao enorme consumo de produtos industrializados, praticado pela

sociedade capitalista e consumista, aonde vem contribuindo gradativamente para a

poluição da natureza.

Vivenciamos o aquecimento global, derretimento das geleiras e mudanças climáticas

entre outras conseqüências, que são resultantes, deste modelo de sociedade.

É preciso, um trabalho de conscientização e educação ambiental, através de novos

modelos de estilo de vida e não o engessamento do paradigma, para sim, termos a

garantia e sadia qualidade de vida no presente e visando as futuras gerações do

nosso planeta.

1.2 Impactos sobre o Meio Ambiente e a Saúde

“Meio ambiente é tudo o que envolve ou cerva os seres vivos. A palavra ambiente vem do latim e o prefixo ambi da idéia de “ao redor de algo” ou de “ambos os lados”. O verbo latino ambio, ambier significa “andar em volta ou em torno de alguma coisa”. Cabe notar que as palavras meio e ambiente trazem per se a idéia de entorno e envoltório, de modo que a expressão meio ambiente encerra uma redundância.” (BARBIERI, 2007, p.5)

De acordo com (BARBIERI, 2007), o Planeta Terra, envolve os seres vivos e tudo o

que está ao seu redor, tanto na composição, natural ou construído pelo homem.

Sendo assim, o meio ambiente pode ser natural ou artificial, que engloba o ambiente

físico e biológico originais e também o ambiente alterado, como destruído e

construído pelos homens, que envolvem as áreas urbanas, industriais e rurais. Então

toda a composição está relacionada à vida de todos os seres vivos existentes ou

aqueles que venham existir. Pois é através do meio ambiente, que a vida é

assegurada, como fonte de vida, seja na promoção de alimentos, na obtenção de

energia, no ar que respiramos, da água e dos nutrientes minerais.

10

Podemos dizer que toda a existência de vida no Planeta Terra, dependerá

unicamente do meio ambiente e a maneira que ele se apresenta, dependerá

exclusivamente da aproximação do homem, ou seja, como ele o desfrutará em prol

do seu benefício.

“Os problemas ambientais provocados pelos humanos,

decorrem do uso do meio ambiente para obter os recursos

necessários para produzir os bens e serviços que estes

necessitam e dos despejos de materiais e energia não

aproveitada no meio ambiente”. (BARBIERI, 2007, p.7)

Um fator importante é a exploração das matérias-primas, para elevar a escala de

produção, que por conseqüência, gera o aumento de quantidade de resíduos. O

desenvolvimento industrial sem planejamento, visando o lucro, resulta na poluição

seja, nas emissões ácidas, de gases de estufa e de substâncias tóxicas, já que a

população cada vez mais, produzirá resíduos, compostos por descartes de

embalagens e de produtos industriais.

Após a intervenção do ser humano, o meio ambiente nunca mais foi o mesmo. O

uso indevido dos recursos naturais de forma inconsciente e desordenada, levou para

o início da degradação e devastação ambiental.

Estamos na era do mundo industrializado e o desenvolvimento da indústria e

comércio seja no ramo do meio rural e urbano geraram conseqüências,

sobrecarregando o meio ambiente, com poluentes, de diversas formas, como a

atmosfera, o ar, a água, como também a destruição da vegetação, a retirada dos

minérios e a ocupação da vegetação.

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Outro fator importante é a expansão demográfica, com o crescimento desordenado

da população, as cidades progridem , crescem e na mesma proporção os problemas

de resíduos também aumentam, em decorrência da relação produção e consumo

desenfreado que degradam o solo, o ar e as águas, surgindo assim, um grande

índice de doenças humanas, causado por vírus, bactérias, protozoários, germes e

vermes, que são seres vivos existentes, relacionados a está contaminação.

A prioridade no terceiro milênio dos governantes deverá ser de sustentar o

crescimento do progresso e buscar solução aos problemas de crescimento

demográfico e do bem-estar de todos, sem destruir o meio ambiente. Pois a

destruição provocada pelo o ser humano, colaborará em atraso e ao dano do

processo de desenvolvimento social e econômico das nações.

Atualmente, podemos verificar os impactos ao meio ambiente e a saúde em

decorrência da produção e o consumo.

“Os riscos à saúde e ao meio ambiente decorrentes do desenvolvimento econômico

e tecnológico, estejam eles presentes nos ambientes onde as pessoas trabalham,

moram ou circulam, podem ser pouco ou muito graves.” (PORTO, 2007, p.25)

De acordo com Porto (2007), o perigo maior habita, na ausência de análise e

intervenção da sociedade que não é capaz de enfrentá-lo. Diante dos sistemas

técnicos perigosos existem organizações, instituições, movimentos sociais e

modelos de avaliação que estejam em conformidade com qualidade da prevenção

existente. Podendo ser influenciada, pelos recursos econômicos e tecnológicos

existentes e bem como a percepção dos riscos, pelas pessoas envolvidas,

objetivando a intenção e atributo do conhecimento empregado.

12

CAPÍTULO 2 – Consumo consciente

Após a segunda metade do século XX, nasce uma nova sociedade, aquela que

deseja e adquiri produtos para a sua satisfação e da multiplicação indefinida das

suas necessidades.

Com isso, temos o capitalismo de consumo, posto ao lado da estimulação da

demanda, o que contribui para os gêneros de vida, os costumes, os modos de vida e

os gostos.

Todos nós conhecemos a palavra consumo, mas para cada pessoa tem um

significado diferente.

Ao associarmos o consumo à compra, a idéia está incompleta, mas não incorreto.

Pois a compra é apenas uma fase, que envolve a decisão o que consumir, porque

consumir, como consumir e de quem consumir. Então partimos para compra, e após

a compra descartamos o que já foi adquirido. Analisando este tipo de consumo,

verificamos que ele faz parte do nosso cotidiano, bem como o consumo de água,

eletricidade, combustível etc. Devido a isso, o consumo torna-se importante e

acarreta diversos impactos.

De acordo com Cortez (2007, p. 11), o consumo: “é uma forma de atender as

necessidades internas e externas, primárias e secundárias, adquirindo algo ou

utilizando produtos e serviços, sejam produzidos pela natureza ou pela atividade

humana.”.

Sendo assim, podemos analisar o consumo como pertinente e importante, pois faz

parte da nossa vida, em nosso cotidiano, mas em contrapartida causa impactos na

economia e ao meio ambiente.

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Na sociedade, que tem que gastar com despesas do consumo, em prol do benefício

ou necessidade que ele traz.

Na economia, quando adquirimos algo, movimentamos as máquinas da produção,

distribuição e também a economia.

Na natureza, onde é retirado os recursos naturais para ativar a produção,do qual

consumimos.

Atualmente, o consumo nos satisfaz, mas é preciso saber produzir e consumir os

bens e serviços existentes, tendo em vista, que a produção e consumo vêm

contribuindo para a desigualdade social e a degradação ambiental.

2.1 Consumismo e Consumerismo

Muitas vezes, ao consumirmos, sem consciência, produtos ou serviços

desnecessários, somente pela sedução ou prazer da compra, chamamos de

consumismo.

Pois de um lado, existe toda a estratégia de marketing, que convida a comprar e

comprar produtos supérfluos, capaz de envolver e seduzir como todo o

deslumbramento do produto. Do outro lado, temos o modelo de sociedade capitalista

que consume exageradamente, adquirindo assim, a atitude consumista.

Este tipo de comportamento, da sociedade contemporânea, vem contribuindo para

os impactos negativos ao meio ambiente.

Já o consumerismo, de acordo com Carvalho (2010) é um movimento social, surgido

nas últimas décadas, para garantir que a voz do consumidor, seja escutada e seus

questionamentos sejam respondidos. Esse movimento é denominado, palavra em

inglês, consumerism, traduzido para consumerismo, e estabelecido como “políticas e

14

atividades traçadas para protege os interesses e direitos dos consumidores, em suas

relações de troca com qualquer tipo de organização”. Abrangendo diversas

organizações envolvidas de negócios, ou no sentido mais amplo, englobam

hospitais, agências governamentais entre outros. A definição do consumerismo pode

ser compreendida como “uma reação popular contra negligência burocrática e

desrespeito corporativo em relação aos cidadãos e consumidores”.

Para o Laboratório de Consumo & Saúde-LabConsS da Faculdade de Fármacia da

UFRJ, descreve, o Consumerismo, como uma ’ciência que de forma multiprofissional

e interdisciplinar, é o trabalho da ciência, que estuda o fenômeno moderno do

“consumo”, abrangendo o comportamento, a economia, o direito e, principalmente,

as implicações sanitárias, ambientais e culturais sobe a vida e o planeta”.

2.2 A Sociedade de Hiperconsumo

De acordo com Lipovetsky (2007), a sociedade do desejo, gerou uma revolução,

após as novas orientações do capitalismo, no caminho da estimulação e desejo

permanente da demanda, da mercantilização e do aumento e alguns tipos de

necessidades, então as economias de produções, tomou o lugar do capitalismo de

consumo. Atualmente as expectativas do futuro real é considerar que o prazer

individual e imediato é a finalidade da vida. Com isso, esse novo modelo de

pensamento, vem substituindo o lugar da vida no presente. As paixões nacionais e

os divertimentos são trocados pela febre do conforto, ou seja, a revolução. O bem-

estar passou a ser sustentado pelo melhoramento permanente das condições de

15

vida, se tornando uma paixão de massa, com finalidade soberana das sociedades

democráticas.

“Aparentemente, nada ou quase nada mudou: continuamos a nos mover na

sociedade do supermercado e da publicidade, do automóvel e da televisão.”

(LIPOVETSKY, 2007 p. 12)

É possível analisar, que após as últimas décadas, surgiu um recente “ismo” que

acabou com a sociedade de consumo, mudando as práticas cotidianas, a

organização de oferta e o universo da cabeça do consumismo moderno; onde foi

revolucionada a própria revolução do consumo. Sendo assim, a nova fase do

capitalismo de consumo se instala.

A economia da variedade e da reatividade, não visando apenas a qualidade, através

da difusão de produtos padronizados, no sistema fordista, torna através do tempo, a

inovação e renovação de produtos que ganham criteriosas competitividade das

empresas. Outra conquista dos mercados são os novos modelos, quanto a

distribuição, o marketing e comunicação. Pois o mercado, leva em conta as

necessidades e satisfação do cliente, desenvolvendo uma abordagem mais

qualitativa, onde passa a ser uma economia centrada na procura, ao invés, de uma

economia centrada na oferta. Então surge, a empresa orientada para o mercado e o

consumo, onde passa por uma revolução que substitui a empresa “orientada para o

produto”, como estratégia de política, modelos de fidelização, “criação de valor para

o cliente”, crescimento da comunicação e em toda a segmentação, gerando assim, o

funcionamento global de nossa economia. Quanto a subida dos preços do petróleo,

não são originados pelos produtores, mas sim pela excessiva procura, em particular

americana e chinesa.

16

No momento em que se intensificam as ameaças de catástrofes ecológicas, a temática do “consumo durável” encontra amplo eco, aparecendo o hiperconsumidor como o ator a ser responsabilizado com toda urgência, uma vez que suas práticas excessivas desequilibram a ecoesfera.”(LIPOVETSKY, 2007 p.13)

Segundo Lipovetsky (2007), o estado da economia marcado pela centralidade do

consumidor, coincide a sociedade de hiperconsumo. É assim, que a nova era do

capitalismo se constrói mediante de dois atores primordiais, ou seja, o acionista de

um lado e o consumidor do outro.

2.3 A Sociedade de consumo

A sociedade industrial capitalista é substituída pela sociedade de consumo. Após a

Segunda Revolução Industrial, no final do século XIX, que provocou o aumento do

crescimento mercantil e técnico.

Em 1909, foi fundada a linha de montagem na fabricação de automóveis pela

empresa de Henry Ford, onde diminui o custo dos veículos. O crescimento da

produção em massa, solidifica o consumo em grande escala.

Em 1920, pela primeira vez aparece a expressão “Sociedade de Consumo”, mas

ficou conhecida no mundo, nos anos 1950-60, onde ainda continua absoluta nos

dias atuais, assim o conceito da sociedade de consumo é destaque, pois configura a

ordem econômica e da vida cotidianas da sociedade atual.

[...] Na área da sociologia e da economia, consolidou-se o conceito de sociedade de consumo. Esta expressão é usada hoje para definir um grupo social que se encontra em estágio avançado de desenvolvimento industrial, com grande circulam e consumo de bens e serviços oferecidos graças a uma produção intensiva.(FAJARDO, 2010, p.14)

17

Para que a vida no planeta seja viabilizada, será preciso rever os padrões de

consumo, em que a sociedade contemporânea vem praticando, atrelado ao sistema

capitalista. Caso contrário, a existência humana estará ameaçada, devido aos

impactos causados pelos os atuais padrões de consumo.

A aceleração do processo da industrialização impulsiona o progresso econômico,

mas do outro lado, os recursos utilizados, vem da natureza e são infinitos. E se não

houver preocupação com os impactos provocados por esta prática, o meio ambiente

sofrerá danos sérios, que acarretará prejuízos irreparáveis para o Planeta Terra.

Segundo (DIAS, 2007 p.24) “A sociedade de consumo repousa integralmente sobre

a fabricação e o consumo de produtos destinados a atender às necessidades das

pessoas.

Podemos considerar uma grande diversidade de produtos, porém muitos com

redução de vida, atrelado ao aumento da taxa de consumo. Pois como, a todo

instante a tecnologia evolui, é possível identificar, que muitos produtos não duráveis,

pois são usados como estratégia de mercado de venda.

2.4 Consumo consciente

Fajardo (2010) aborda que na essência da sociedade contemporânea, encontramos

o consumo. Transformando-se um fator essencial da cultura, da economia e dos

nossos valores.

Os cientistas biológicos dizem que os seres vivos usam recursos naturais, mais ou

menos, dependendo do que consomem. Já na área da ciência econômicas, dizem

que a sociedade ao consumir utiliza bens e serviços para a sua satisfação.

18

O ser humano, para viver, precisa de alimento, abrigo, afeto e alegria, mas a vida da

sociedade foi se tornando complexo e daí surge outras necessidades, constituídas

em desejos e fantasia, que variam de pessoa para pessoa.

Para ser um consumidor consciente é preciso:

“Antes de comprar, o consumidor costuma se perguntar: quanto custa? Qual é a marca? Qual tipo de material usado? Essas questões não são suficientes para o consumidor consciente, que também se faz as seguintes indagações: De onde vem o produto? Quem o produziu e em que condições? Foram respeitados o meio ambiente e os direitos dos trabalhadores? O que estou incentivando ao comprar esse produto?” (FAJARDO, 2010, p. 21)

Sendo assim, é possível verificar, que o consumidor é o responsável, pelas as suas

atitudes ao consumir, devendo ter cautela e prudência antes de adquirir um bem ou

serviço. A sociedade com o seu poder de consumo, pode buscar aumentar os

impactos positivos e diminuir os negativos, com isso cooperará na construção de

uma qualidade de vida, para todos os seres do meio ambiente.

É preciso ter conscientização, antes de comprar, para não comprometer ao meio

ambiente. Pois o primeiro a ser impactado pelo consumo, é o consumidor, devido ter

que pagar pela compra. Em termos econômicos, quando alguém compra um

produto, esse consumo, colabora para ativar a produção, distribuição de

mercadorias.

De acordo com as intenções e motivações do consumidor, existem diversos tipos de

compras, segundo Fajardo (2010):

ü Compra altruísta: movida por sentimentos de caridade. O consumidor

escolhe o produto por motivos emocionais e pelo desejo de ajudar o próximo,

sobretudo os menos favorecidos.

19

ü Compra consciente: neste caso, o ato de comprar é visto como algo

importante ao comprar, o consumidor escolhe mercadorias cuja produção

obedece a critérios sociais e ambientais.

ü Compra racional: quando se aceita pagar mas por um produto por sua

qualidade e pelos benefícios que pode trazer à nossa saúde. É o caso, por

exemplo da dona de casa que prefere alimentos orgânicos para evitar expor

sua família aos malefícios causados pelo uso de pesticidas na lavoura.

Para equilibrar a satisfação individual e a sustentabilidade, o consumidor consciente

poderá aumentar positivamente as relações sociais, econômicos e do meio

ambiente.

É com pequenas atitudes, que poderá ter maiores desdobramentos futuros que

promova a qualidade de vida transformada por esse consumo consciente. Onde

poderá ser utilizado no seu cotidiano, assumindo assim, o seu compromisso de

desenvolvimento sócio-ambiental.

20

CAPÍTULO 3 – Desenvolvimento sustentável – o novo paradigma

A sustentabilidade surgiu como maneira de impedir ou evitar o consumo

desenfreado da sociedade como também impedir ou evitar o esgotamento dos

recursos naturais da natureza. É possível identificar que o crescimento econômico

gerou enormes desequilíbrios, gerando a degradação ambiental e a poluição que

vemos no dia-a-dia. Mediante desta comprovação, surge o conceito do

Desenvolvimento Sustentável, buscando acordar o desenvolvimento econômico com

a preservação do meio ambiente.

“A sustentabilidade é, desta forma, algo que não pode ser obtido instantaneamente. É um processo de mudança, de transformação estrutural que necessariamente deve ter a participação de todos os setores da sociedade. A redução nos níveis de poluição do ar, por exemplo, demanda modificações no setor produtivo, nas políticas de transporte, nas estratégias de planejamento urbano e regional, nos hábitos dos cidadãos e requer incentivo ao desenvolvimento das ciências e tecnologias. (AFONSO, 2006 p.08)

A sustentabilidade para ser alcançada precisará da mobilização de todos os setores

envolvidos. E mudar os velhos paradigmas, de uma hora para outra, é difícil e

complexo, pois engloba a questão cultural. Mas em contrapartida, se não houver

uma educação ambiental juntamente com conscientização, os problemas ambientais

aumentaram, e em conseqüência teremos diversas degradações ambientais.

De acordo com Fonseca (2002): “Desenvolvimento sustentável implica ainda a

manutenção, o uso racional e a valorização da base de recursos naturais que

sustentam a recuperação dos ecossistemas e o crescimento econômico”

Afonso (2006) aborda que: a proposta da sustentabilidade ainda precisará de longo

prazo, com trabalho de transformação econômica e social para torná-la real, visto

que, ainda se encontra no plano teórico.

21

O conceito de sustentabilidade foi apresentado com o Relatório de Brundtland, onde

há intensa relação com a vida e a sobrevivência da humanidade. Com a elevação do

padrão de consumo, a relação da sociedade é afetada com o meio ambiente, o que

dificulta o objetivo do alcance da sustentabilidade.

Tanto a organização social e a tecnologia, são aperfeiçoadas e inovadas para

oferecer crescimento econômico.

Para ocorrer um desenvolvimento sustentável, as necessidades básicas de todos

deverão ser supridas, bem como a promoção de qualidade de vida.

Como há existência da pobreza, as catástrofes na natureza são inevitáveis e com a

evolução demográfica, ocorre maior pressão sobre os recursos, elevando os

padrões de vida, mas o problema está na divisão dos recursos e não apenas no

crescimento populacional, sendo assim o desenvolvimento sustentável para ser

alcançado deverá ser nivelado o potencial produtivo produzido dos recursos naturais

juntamente com o crescimento demográfico.

O desenvolvimento sustentável para ser alcançado dependerá de dois fatores

importantes: o planejamento e a identificação de que recursos naturais se esgotam,

ou seja, são finitos.

Não podemos confundir o desenvolvimento com o crescimento econômico.

Os gestores mercadológicos precisam adotar um meio de atender as necessidades dos consumidores, se preocupando com as conseqüências desse consumo para o meio ambiente em longo prazo, e um meio para tornar isso possível é através da sustentabilidade, que é “prover o melhor para as pessoas e para o ambiente tanto agora como para um futuro indefinido” (ALMEIDA, 2007, p. 146).

A preocupação entre os equilíbrios da sociedade, a economia e o meio ambiente, foi

aumentada, a partir da década de 60. Outro fator de destaque é o crescimento

22

populacional, que contribui aos impactos negativos ao meio ambiente, seja na no

uso desenfreado de materiais descartáveis até o descarte desses resíduos.

A Organização das Nações Unidas (ONU), no ano de 72 deu impulso a Conferência

das Nações Unidas, que aconteceu em Estocolmo, na Suécia. Onde pela primeira

vez, com a integração de líderes de governo, trataram sobre a necessidade de

controlar os impactos ambientais. Nesta conferência foi criada o Programa das

Nações Unidas para o meio Ambiente/PNUMA.

Com o passar dos anos, a evolução das questões sócio-ambientais quantificou em

estudos e em números de organizações, no sentido de criar um novo modelo que

seja sustentável, ou seja, o desenvolvimento sustentável.

A ONU, em 1983 cria a Comissão Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento

(UNCED), com a participação da primeira ministra da Noruega, Gro Harlem

Brundtland. Em 1987 é criado um Relatório, chamado Relatório Brundtland, pelo

qual é o mais conhecido mundialmente sobre o desenvolvimento sustentável, onde

diz: “Desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessidades do

presente sem comprometer a possibilidade de as futuras gerações atenderem às

suas próprias necessidades”.

Esse relatório tem o modelo do desenvolvimento, onde visa à crítica dos países

industrializados e também imitados dos países em desenvolvidos, onde foca os

riscos da retirada excessiva dos recursos naturais, desrespeitando a renovação

natural.

Segundo o relatório Brundtland, para obter o desenvolvimento sustentável, os

Estados deveriam adotar:

• limitação do crescimento populacional;

23

• garantia de alimentação a longo prazo;

• preservação da biodiversidade e dos ecossistemas;

• diminuição do consumo de energia e desenvolvimento de tecnologia que

admitem o uso de fontes energéticas renováveis; aumento da produção

industrial nos países não-industrializados à base de tecnologias

ecologicamente adaptadas.

• Controle da urbanização selvagem e integração entre campo e cidades

menores; as necessidades básicas devem ser satisfeitas.

Após essa propagação ou recomendação, foi organizado a Conferência das Nações

Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, em 1992, chamada de Eco-92 ou

Rio-92 ou. Onde foram elaborados os documentos mais importantes como:

Convenção Quadro sobre Mudanças Climáticas, que foi acordada posteriormente no

Protocolo de Kyoto, a Carta da Terra e a Agenda 21. Com objetivo de integrar todos

os países, em assumir seu compromisso, em cooperar de forma local e global, para

melhor resolução dos problemas socioambientais.

De acordo com Andrade, Tachizawa & Carvalho (2002), a Agenda 21 estabeleceu

um plano de ação, que teve finalidade de realização de programas para a questão

da degradação ambiental e tornar real os princípios da Carta da Terra.

A Agenda 21, no Brasil tem como finalidade a preocupação de criação de programas

socioambientais como, a inclusão social integrando a população ao acesso a

habitação, educação, saúde e distribuição e renda.

A Comissão das Nações Unidas para a Mudança Climáticas negociou o tratado de

protocolo de Kyoto, que foi assinado em 1997, na cidade de Kyoto, no Japão. Com

24

intuito de estabelecer procedimentos em que os países mais industrializados,

cumpram com meta em diminuir até 2012, a emissão de 5% dos gases de efeito

estufa.

O Brasil, como não faz parte do grupo de países mais industrializados, por isso não

tem o compromisso de reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Mas mesmo

assim, juntamente com outros países, assinou e aprovou o protocolo de Kyoto e vem

tomando medidas para ajudar na diminuição desses gases.

Em 2002, em Johannesburgo, na áfrica do Sul, aconteceu a Cúpula do Milênio ou

Rio +10, com a finalidade de integrar a Agenda 21 mundo, como análise das

barreiras encontradas para alcançar as metas elaboradas no Eco-92 .

O primeiro índice de sustentabilidade global foi o índice Dow Jones de

sustentabilidade, que surgiu em 1999, onde todos os papéis são negociados na

Bolsa de Nova York, com o desenvolvimento financeiro das companhias líderes em

sustentabilidade da globalização.

De acordo com Sachs (1993) o desenvolvimento sustentável mostra cinco

dimensões.

25

Figura 1 - As cinco dimensões da sustentabilidade

Fonte: Sachs (1993, p. 29)

Ø Sustentabilidade Social: Atende expectativas da sociedade e do meio

ambiente juntamente com o desenvolvimento da empresa, com cumprimento

de leis e norma.

Ø Sustentabilidade econômica: Compreende-se o melhor gerenciamento dos

recursos e permanentes investimentos econômicos privados e públicos.

Ø Sustentabilidade ecológica: Pode ser por meio do modo sustentável dos

recursos, seja por limitação de resíduos, poluentes e redução de consumo de

combustíveis fósseis. Bem como, adotar práticas de reduzir, reutilizar,

reaproveitar, reciclar e repensar todas as maneiras favoráveis para o meio

ambiente.

Ø Sustentabilidade espacial: Compreende-se melhor instalação da sociedade

e das atividades econômicas, oferecendo condições e equilíbrio urbano-rural.

26

Ø Sustentabilidade cultural: Deve ser uma transição de para uma nova

cultura, onde os valores consideráveis são: culturais, individuais, grupo,

empresa ou instituição.

3.1 O desempenho sustentável

Segundo (SEIFFERT, 2009 p. 189) “As expectativas da sociedade mudaram e as

empresas devem adaptar-se a essas mudanças”.

Quando uma organização desempenha um papel útil dentro da sociedade, ela

existirá e resistirá, a mudanças ocorridas neste processo de adaptação, caso

contrário a empresa quebra.

“A preocupação por parte das organizações com seus impactos socioambientais tornou-se uma componente constante de qualquer processo produtivo, problema que só pode ser solucionado mediante um processo de gestão ambiental sistematizado e estrategicamente focado”. (SEIFFERT, 2009 p 190).

O homem escolhe em seus negócios a não sustentabilidade do uso dos recursos

naturais, como sujeição de combustíveis fósseis não renováveis, as energias não

renováveis produzidas pelo setor agrícola, lançamentos de poluentes na atmosfera,

destruição do solo, excessivo utilização de fertilizantes, embalagem descartáveis de

produtos entre outros.

Somente as empresas que se adaptarem em tempo a essa tendência terão chances de sobreviver e de prosperar. A adoção de tecnologias ou produtosde menor impacto ambiental passou a ser encarada como uma necessidade de sobrevivência das empresas, constituindo um novo mercado e diferenciando a política de marketing e de competitividade das empresas. ANDRADE, 2002, p.199).

27

Existem diversas alternâncias, para a organização buscar o aprimoramento de seu

desempenho ambiental, do qual envolve a viabilidade do seu lucro, indispensável

para a sustentabilidade econômica, diminuindo assim os seus impactos ao meio

ambiente.

O processo de análise ambiental torna-se indispensável, como uso de instrumento,

que forma a base de implantação de distintos instrumentos de gestão ambiental.

3.2 A análise ambiental

O processo de análise ambiental é fundamental e indispensável, para fiscalizar os

aspectos ambientais de qualquer organização, que deseja fluir seus produtos

internamente ou externamente, sobre os impactos, que tenham objetivos legais

ambientais, controlados pelos órgãos de controle ambiental.

“A análise ambiental que resulta em diagnóstico do desempenho ambiental da

organização, assim como a educação ambiental, são os pressupostos básicos para

a implantação de qualquer projeto de gestão ambiental”. (SEIFFERT, 2009 p.190)

3.3 A consciência ambiental no Brasil

Foi 1934 foi promulgado o código das águas, que foi o macro para a questão

ambiental no Brasil, iniciando a administração de recursos hídricos no país, onde

envolveu o abastecimento público, a geração de energia elétrica e controle de

enchentes entre outros.

28

Com a expansão urbana, devido à oportunidade de emprego nas indústrias, por

conseqüência do desenvolvimento industrial, fez com que o Poder Público tomasse

iniciativa para controlar a poluição das águas. Então surgiu, na década de 50, em

São Paulo, no Brasil, o primeiro instrumento legal, o Conselho Estadual de Controle

da Poluição das Águas – CECPA, para monitorar e controlar a poluição das águas,

através da Lei Estadual n. 2.182/53 e posteriormente a Lei Estadual n. 3.068/55.

Depois, para melhor tratamento de resíduos sólidos, líquidos e gasosos, que seriam

gerados pelas indústrias existentes e as que viessem a se instalar criou o Código

Nacional da Saúde, através do Decreto n. 4.9974-A/61.

3.4 Gestão Ambiental

De acordo com Barbieri (2007) a gestão ambiental pode ser compreendida como

métodos para preservar a total estrutura dos meios físicos e bióticos e também de

toda a sociedade que deles dependem. Também visa monitorar as ações humanas,

para que haja, a redução de impactos sobre o meio. Esse monitoramento

proporciona a escolha das melhores técnicas, bem como o cumprimento da

legislação e os procedimentos corretos de recursos humanos e financeiros.

A gestão ambiental é uma prática recente, podendo ser:

“[...] como as diretrizes e as atividades administrativas e operacionais, tais como planejamento, direção, controle, alocação de recursos e outras realizadas como o objetivo de obter efeitos positivos sobre o meio ambiente, quer reduzindo ou eliminando os danos ou problemas causados pelas ações humanas, quer evitando que eles surjam”. (BARBIERI, 2007 p.25)

29

É possível através da gestão ambiental, analisar que o seu maior propósito é a

questão ambiental, visando harmonizar um ambiente ecologicamente equilibrado.

Segundo Valle (2004), a gestão ambiental se destacou após a implantação dos

conceitos de Garantia da Qualidade e Responsabilidade Social, ocupando posição

nas funções organizacionais, não pela participação positiva, que acrescenta valor a

imagem da empresa, mas com a preocupação dos efeitos perigosos, praticados nos

mau desempenho ambiental, que poderá afetar a sua imagem.

“Mas recentemente, todavia, começa-se a identificar no tema meio ambiente um

novo fator que fortalece a competitividade das organizações que passaram abordar

esse tema sob um ângulo distinto.” (VALLE, 2004 p.68)

As empresas, para se manter competitiva no mercado, devem adotar a

responsabilidade socioambiental, com o desenvolvimento sustentável como

tecnologias limpas, comprometimento com a comunidade local e investimento

permanente da qualidade de seus produtos e serviços.

De acordo com Valle (2004) o tema meio ambiente pode colaborar, na empresa

para:

• Favorecer o preço de venda dos produtos e serviços que empregam em seu

marketing a imagem ambiental;

• Diminuir os custos de produção pela gestão adequada dos processos e

matérias-primas, por meio de projetos de conservação de energia, reutilização

da água, diminuição de produção de resíduos, reduzindo os acidentes,

juntamente com os princípios da ecoficiência.

30

Novos desafios a gestão ambiental, vem sofrendo a cada dia, para atender as

cobranças de mercado onde as empresa vem adotando modelo de responsabilidade

socioambiental ao invés da visão do lucro.

Outro fator, que vem contribuindo para degradação ambiental é o aumento da

quantidade CO2, que são lançados na atmosfera, devido aos processos industriais,

que utilizam de combustíveis fósseis, gás, petróleo e carvão que vem colaborando

para o aumento da temperatura terrestre.

Com o aumento da temperatura terrestre, é possível ocorrer fenômenos climáticos,

decorrentes das ações climáticas como chuvas intensas provocando deslizamentos

e enchentes, surgimento de furacões entre outros.

“A gestão ambiental deve também contribuir para melhoria contínua das condições ambientais de segurança e saúde ocupacional de todos os seus colaboradores e para um relacionamento sadio com os segmentos da sociedade que interagem com o empreendimento e a organização”. (VALLE, 2004 p.69)

Sendo assim, a gestão ambiental é uma ferramenta importante nos dias atuais, para

melhor monitoramento de todo empreendimento existente e também proporcionar a

qualidade de vida da sociedade.

De acordo com Barbieri (2007) a empresa poderá operar juntamente aos problemas

ambientais, mediante as suas atividades, podendo desenvolver três abordagens

distintas, que são controle da poluição, prevenção da poluição e as estratégias, que

poderão unificar ao modelo empresarial, conforme a Tabela1, abaixo:

31

Tabela 1 - Abordagens da gestão ambiental na empresa

CARACTERÍSTICAS ABORDAGENS

CONTROLE DA POLUIÇÃO

PREVENÇÃO DA POLUIÇÃO ESTRATÉGICA

Preocupação básica

Cumprimento da legislação e respostas às pressões da comunidade

Uso eficiente dos insumos

Competitividade

Postura típica Reativa Reativa e proativa Reativa e proativa Ações típicas Corretivas

Uso de tecnologias de remediação e de controle no final do processo (end-of-pipe); aplicação de normas de segurança

Corretivas e preventivas Conservação e substituição de insumos Uso de tecnologias limpas

Corretivas, preventivas e antecipatórias; Antecipação de problemas e captura de oportunidades utilizando soluções de médio e longos prazos Uso de tecnologias limpas

Percepção dos empresários e administradores

Custo adicional Redução de custo e aumento da produtividade

Vantagens competitivas

Envolvimento da alta administração

Esporádico Periódico Permanente e sistemático

Áreas envolvidas Ações ambientais confinadas nas áreas geradoras de poluição.

Crescente envolvimento de outras áreas como produção, compras, desenvolvimento de produto e marketing

Atividades ambientais disseminadas pela organização Ampliação das ações ambientais para toda a cadeia produtiva

Fonte: Barbieri (2007, p. 119)

As três abordagens se fazem necessárias para melhor alcance do controle,

prevenção da poluição e bem como adotar a escolha da correta estratégia para a

empresa se manter competitiva dentro do mercado.

Ø Controle da poluição: impedir os danos poluentes causados pelas práticas

do processo produtivo.

Ø Prevenção da poluição: atua sobre os processos e produtos praticados pela

empresa, buscando prevenir os poluentes.

Ø Estratégias: a empresa deve adotar melhor estratégia, juntamente com a

sustentabilidade para se manter competitiva, dentro do mercado econômico.

32

3.5 Sistema de Gestão Ambiental (SGA)

Pode ser considerada como instrumento organizacional, para melhor colocação de

recursos, como também visa à qualidade contínua de suas práticas, métodos,

padrões e processos, para desenvolver o melhor desempenho ambiental.

Esse sistema permite que organização, tenha o olhar sobre meio ambiente, como

uma oportunidade de desenvolvimento e de buscar uma imagem ecologicamente

correta junto à sociedade.

O Sistema de Gestão Ambiental oferece diversos benefícios, onde é possível

identificar as boas práticas, dos quais podem ser considerados:

• Garantir aos clientes o comprometimento com uma gestão ambiental; ou seja,

através de projeto de responsabilidade social;

• Manter boas relações com o público, por exemplo, a mídia e com a

comunidade;

• Atender as críticas dos investidores para evitar os desperdícios e melhorar o

acesso ao capital;

• Obter seguro, para que a empresa fica resguardada no caso de apresentação

de risco;

• Fortalecer a imagem da empresa e manter competitiva no mercado;

• Aperfeiçoar controle de custos;

• Mostrar atuação da empresa;

• Preservar matérias-primas e energia;

• Promover a obtenção de licenças e autorizações, pelo cumprimento da lei;

33

• Estimular o desenvolvimento e participar de soluções ambientais;

• Melhorar as relações entre o governo e a indústria;

• Reduzir os riscos poluentes ambientais.

Para que haja leis mais severas, onde as empresas que praticam ações danosas,

possam cumprir, na redução ou diminuição as agressões ao meio ambiente, foi

criada a ISO 14 000 para atender a essas necessidades.

A Norma ISO 14 000 é um certificado para atestar as normas técnicas dentro da

padronização, a conformidade da empresa

Segundo Donaire (1999), a ISO 14 000, tem como objetivo aplicar a normalização

para facilitar o comércio internacional e a cooperação nas áreas de tecnologias, da

ciência e da produção, para buscar a certificação e conformidades de seus produtos

e serviços.

A ISO 14 000 surgiu na década de 40, em Genebra, pela Organização Internacional

de Normalização, para que as empresas ou interessados possam buscar

conformidade na certificação junto a terceiros.

Os princípios ou etapas do Sistema de Gestão Ambiental são baseados nos

requisitos da ISO 14 000 para identificar, o desempenho ambiental dentro da

organização; pelos quais se destacam:

v Compromisso e política: Fase da organização que assume compromisso com a

política ambiental;

v Planejamento: Fase em que a organização traça meta para corresponder as

expectativas das políticas;

34

v Implementação: Fase em que a organização põe em ação as práticas,

oferecendo os recursos e suporte aos processos em funcionamento;

v Medição e avaliação: Fase em que a organização avalia e monitora, o seu

desempenho junto ao meio ambiente, onde os seus objetivos e metas não são

primordiais;

v Verificação e ações corretivas: Fase em que a organização verifica os seus

processos quanto ao impacto ambiental, quanto à conformidade, caso contrário,

enviará ações corretivas e preventivas para buscar o aperfeiçoamento de seus

métodos, mecanismos e processos.

v Análise pela Administração: Fase em que a organização verifica a melhoria

permanente do sistema, analisando a necessidade de alterar a Política

Ambiental.

É possível o alcance do desenvolvimento sustentável entre a sociedade, a empresa

e o Governo, para que repense a importância do seu papel no planeta Terra. A

sociedade poderia cooperar no sentido de consumir menos, adotar métodos de

reciclar e reutilizar, onde diminuiria o aumento dos resíduos, a empresa no sentido

de reduzir poluentes e a excessiva e desnecessária retirada de matéria-prima, bem

como ter o monitoramento de uma gestão ambiental, com a utilização do Sistema de

Gestão Ambiental(SGA) e as normas da ISO 14 000 para alcançar os seus objetivos

e o Governo criando mais leis rigorosas, punindo assim, todos que contribuem na

pratica da degradação ambiental.

Sendo assim, a qualidade de vida da sociedade será perfeita em equilíbrio com o

meio ambiente.

35

Considerações Finais

Com o crescimento populacional e o avanço tecnológico, vieram também diversos

problemas que contribuem nos impactos ambientais e na saúde.

Conciliar o crescimento econômico a preservação ambiental, ainda é o maior desafio

das empresas e da sociedade, para a discussão da questão ambiental, visto que,

algumas organizações ainda visão o lucro, sem planejamento e comprometimento

com a natureza, onde colaboram na degradação ambiental. Onde a sociedade vem

consumindo cada vez mais produtos descartáveis, que vem aumentando a cada dia,

na geração de resíduos.

É preciso mudanças nos modelos de valores e conceitos organizacionais, em adotar

tecnologias limpas, aperfeiçoamento e aprimoramento seus produtos e serviços e

também adesão do Sistema de Gestão Ambiental, que servirá como melhor

desempenho ambiental, juntamente com sustentabilidade para buscar uma imagem

ecologicamente correta junta a sociedade e na redução d impactos ambientais.

Mudar os hábitos da sociedade, é difícil, complicado, mas não impossível. Somente

com uma educação ambiental, por parte da sociedade, será conquistada a

responsabilidade social com o meio ambiente, bem como a necessidade a

importância de um consumo consciente, para buscar mudanças nos valores e nas

maneiras de pensar e agir das pessoas.

O desenvolvimento sustentável é modelo que poderá ser seguido e praticado, para

preservar o meio ambiente e não comprometer as futuras gerações. Podemos dizer,

que o desenvolvimento sustentável é modelo de transformação e não um conceito,

pelo o qual a sociedade, a empresa poderão adotar em suas ações e atitudes, para

buscar uma nova cultura, na postura para a mudança de comportamento, com

consciência e ter educação ambiental para assumir práticas de responsabilidade

social e ambiental. Bem como, também reduzir os impactos ao meio ambiente e a

saúde, visando o desenvolvimento sustentável para contribuir na melhoria da

qualidade de vida e diminuição do consumismo e degradação do meio ambiente.

36

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