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REINOS GERMÂNICOS
• Em contraste com Bizâncio, a região da Europa ocidental, dominada por diversos povos germânicos , apresentava cidades destruídas e comércio reduzido.
• A unidade germânica se fragmentou num mosaico de reinos germânicos.
• Esses reinos passaram a disputar territórios entre si. Dessas disputas, destacaremos o reino dos francos.
OS FRANCOS• Clóvis iniciou a dinastia merovíngia, em homenagem a Meroveu;
• A conversão de Clóvis ao cristianismo significou uma aliança dos francos com a Igreja: A Igreja fornecia ao reino Franco pessoas preparadas para manter a ordem e cuidar da administração e da justiça em seus territórios. Por outro, os francos se comprometia, a defender a Igreja e a converter pagãos.
• Com a morte de Clóvis, as terras do Reino Franco foram dividas igualmente entre seus herdeiros . Os sucessores de Clóvis, porém, envolveram-se em intensos conflitos pelo poder , enfraquecendo o poder do rei.
• Com isso, as funções reais mais importantes passaram a ser exercidas por altos funcionários da Corte os prefeitos do palácio.
• Carlos Martel era um desses prefeitos (autoridade militar). Sob seu comando , em 732 os francos venceram os árabes muçulmanos , na Batalha de Poitiers, impedindo seu avanço pela Europa.
• Com sua morte, seu filho, Pepino, o Breve, herdou a função de “prefeito”. Em 751, apoiado pela Igreja, Pepino destronou o último monarca merovíngio e foi aclamado rei dos francos, dando início à dinastia Carolíngia.
• O papa Estevão II recorreu aos francos para expulsar os lombardos da península Itálica.
• Em 754 e 756, Pepino organizou campanhas contra os lombardos e retomou as regiões de Ravena e Roma, doando-as à Igreja. O ato, conhecido como doação de São Pedro, deu origem ao Estado pontifício que riria durar mais de onze séculos.
• Carlos Magno sucedeu seu pai, Pepino, o Breve. Ele reforçou a aliança do Reino franco com a Igreja e estendeu as fronteiras do reino em direção ao leste, promovendo uma fase de grande prosperidade econômica e cultural.
• Carlos Magno submeteu saxões, boêmios, morávios e lombardos e combateu muçulmanos na Península Ibérica.
IMPÉRIO CAROLÍNGIO• Situação paradoxal: De um lado a construção da Monarquia Cristã mais forte desde a
queda do Antigo Império Romano do Ocidente, de outro a criação de instituições que levariam à descentralização política típica do feudalismo medieval.
• Império Carolíngio foi dividido em:
1. Condados: Governados por homens de confiança do imperador que lhe prestavam juramento de fidelidade pessoal, recebendo em troca a honra de cargos e terras.
2. Ducados: Territórios livres da administração dos condes, pois estavam autorizados a conservar suas próprias leis, embora subordinados ao Imperador.
3. Marcas: Fronteiras do Império, confiadas aos marqueses, dotados de poderes militares.
4. Missi dominici (enviados do senhor): Encarregados de fiscalizara administração real.
• No Império carolíngio havia alguns principados e ducados com considerável autonomia. Príncipes e duques eram soberanos em seus domínios, mas deviam tributos a Carlos Magno.
• Assim, entre condes, duques e marqueses, O Império carolíngio fez surgir o embrião da nobreza medieval, caracterizada pela propriedade da terra e pela prestação de serviços militares e administrativos ao imperador.
• Capitulares: Normas criadas por Carlos Magno. Fundamentais para aprimoramento dos tribunais dos condados e ainda estimularam o uso da escrita – em latim.
• Renascimento Carolíngio (renovação cultural)
Escola do Palácio (nobres, maior parte da população analfabeta);
Monges copistas : reproduziam manualmente diversos tipos de textos .
FRAGMENTAÇÃO DO IMPÉRIO• O Estado não dispunha de finanças estáveis;
• Não havia tributação em moeda;
• Abandono da área urbana e concentração nas áreas rurais.
• IMPORTANTE: O Império Carolíngio era agrário, sustentado pelo trabalho de camponeses submetidos aos duques, condes e marqueses.
• Invasões a partir no século IX: árabes, húngaros e vikings aumentaram a sensação de insegurança da população. O medo desses ataques levou a edificação de um grande número de castelos e fortalezas.
• Com a morte de Carlos Magno, Luís, o Piedoso, assumiu o trono. Em 843, os três filhos de Luís assinaram o Tratado de Verdum, que dividiu o Império Carolíngio em três grandes regiões. (Mapa pág. 96)
• A partir de meados do século IX, o Ocidente adquiriu as características que iriam marcar boa parte da Idade Média :
Econômico-social: o triunfo da ruralização
Institucional: triunfo da descentralização política;
Única força centralizadora: Igreja Católica – autoridade máxima no plano simbólico.
FEUDALISMO• A nova onda de invasões, à ruralização e à descentralização política, propiciaram a
formação do feudalismo.
• Grande parte das características do mundo feudal, entetanto, já estava presente no Império carolíngio: as terras concedidas (condado, marca, ducado) em forma de benefício (feudo) deram origem aos senhores feudais (detinham o monopólio da função militar e exerciam, por direito, amplos poderes sobre a população camponesa.
• O regime senhorial chegou a contar com diversos tipos de trabalhadores: escravos, homens livres, ex-escravos e até uns poucos assalariados. No século XI, a consolidação do feudalismo nivelou todos esses como servos.
AS HERANÇAS GERMÂNICAS E ROMANAS DO MUNDO MEDIEVAL.
Ao falarmos em feudo, estamos falando de um local que recebeu influências destes dois povos (Romanos e Germânicos). De maneira bem resumida, o colonato é uma tradição sobre a exploração da terra, enquanto o comitatus é uma tradição sobre uma relação militar.
FEUDALISMO• Consolidação da servidão desde os tempos carolíngios (transferência das terras e o
direito de explorar o trabalho de camponeses)
• Senhor feudal: possuía milícia própria, podia julgar, punir e obrigar os servos a pagar tributos em suas terras.
• Divisão do feudo:
1. Manso senhorial: Tudo que era produzido nesse lote pertencia exclusivamente ao seehor. Casa do senhor (morada para seus parentes e agregados);
2. Manso servil: Ocupada pelos servos.
3. Manso comunal: terras comuns (pasto e bosque, estábulos, o moinho, o forno e o celeiro).
VILAS: UMA TRADIÇÃO ROMANA
SOCIEDADE DE ORDENS • Estratificada;
• Dividida em três ordens:
1. Clero: por meio de suas orações seriam responsáveis pela salvação dos homens;
2. Nobres: proteger a população
3. Trabalhadores: garantir o próprio sustento e o de toda a sociedade.
Servos (camponeses): Pagavam os impostos.
A. Corveia: tributo pago na forma de trabalho não remunerado nas terras do senhor;
B. Talha: obrigação de entregar quase a metade do que produziam nas terras servis;
C. Banalidades: tributo pago para usar os moinhos, fornos e celeiros;
D. Mão-morta: Taxa paga ao senhor feudal para que a família ficasse na terra após a morte do chefe da família;
E. Formariage: Taxa paga ao senhor feudal quando o próprio servo ou algum parente do nobre casava.
Essa construção da sociedade em ordens foi formulada pela Igreja, baseando-se no mesmo modelo divino da Santíssima Trindade; infringi-la era o mesmo que cometer um pecado. Entretanto, essa construção não correspondia exatamente ao que ocorria no período.
Essa divisão é, antes de qualquer coisa, uma representação do que seria ideal para a Igreja.
Uma organização social em ordens garantiria que todos teriam deveres e responsabilidades, mas também benefícios.
O sistema de vassalagemUma das principais características do mundo medieval;
A vassalagem era um ato de entrega, de lealdade, de submissão, declarado espontaneamente por um cavaleiro (vassalo) a outro nobre (suserano) em uma cerimônia, a HOMENAGEM, que se dividia em dois atos: JURAMENTO e a INVESTIDURA.
1.JURAMENTO: o vassalo prometia ajuda militar sempre que requisitado; prometia também prestar conselho, realizar cavalgadas e dar ajuda financeira a seu suserano.
2.INVESTIDURA: O vassalo recebia o feudo, na forma de terra, pensão ou rendimento agrícola.
• Somente os cavaleiros podiam prestar vassalagem a outro nobre ou cavaleiro.
Primeiro porque dispunham de cavalo, armaduras e armas, bens de alto valor e acessíveis a poucos.
Segundo, porque se tratava de um pacto entre iguais, entre homens de mesmo status social.
• Os camponeses jamais poderiam ser vassalos porque eram servos, com liberdade parcial e status inferior.
ECONOMIA• Agrária e rural.
• Feudo: unidade de produção propriedade feudal ou senhorial.
• Pouco uso de moeda.
• Comércio reduzido e localizado.
• Sistema trienal de rotação de culturas: preservação do solo.
RELIGIÃO • Na Idade Média, a Igreja Católica dominava o cenário religioso.
• Detentora do poder espiritual, a Igreja influenciava o modo de pensar, a psicologia e as formas de comportamento na Idade Média.
• A igreja também tinha grande poder econômico, pois possuía terras em grande quantidade e até mesmo servos trabalhando.
• Os monges viviam em mosteiros e eram responsáveis pela proteção espiritual da sociedade. Passavam grande parte do tempo rezando e copiando livros e a bíblia .