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Prémios Santa Casa Longevidade Página 1 de 19

REGULAMENTO DOS PRÉMIOS SANTA CASA LONGEVIDADE

Incentivo no Âmbito do Programa Lisboa, Cidade de Todas as Idades

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) é uma pessoa coletiva de direito privado e utilidade pública administrativa, que tem por missão a melhoria do bem-estar das pessoas abrangendo as prestações de ação social, saúde, educação e ensino, cultura e promoção da qualidade de vida, bem como a promoção, apoio e realização de atividades que visem a inovação, a qualidade e a segurança na prestação de serviços e, ainda, o desenvolvimento de iniciativas no âmbito da economia social, nos termos do disposto nos seus Estatutos, aprovados pelo Decreto-Lei n.º 235/2008, de 3 de dezembro

Atualmente assiste-se a uma reconfiguração da sociedade que se reflete no aumento das médias de idades da população. Ao perspetivarmos a longevidade, esta transformação exige que se repense a intervenção, as práticas e as respostas às novas características e potencialidades da comunidade. Neste sentido, importa criar condições, metodologias e serviços inovadores para a promoção da autonomia, da autodeterminação e da participação.

Atendendo a esta realidade, a SCML assume um compromisso com os principais parceiros da cidade na implementação de uma estratégia para a população de Lisboa, através do Programa Lisboa, Cidade de Todas as Idades.

O Programa tem por base a promoção de políticas integradas para a longevidade, assente em diversas medidas personalizadas às pessoas 65+, com o intuito de dar respostas integradas, articuladas e de proximidade à população de idade avançada residente na cidade de Lisboa.

Estes objetivos concretizam-se em 3 Eixos Estratégicos: a) Eixo da Vida Ativa que se prende com as condições de promoção de vida ativa para a população 65+, seja de âmbito cultural, desportivo, formativo ou de intervenção cívica; b) Eixo da Vida Autónoma que está relacionado com a melhoria das condições físicas do espaço público e do edificado, assim como com a requalificação e a diversificação da rede de equipamentos e serviços que promovam a autonomia deste grupo populacional, em alternativa à sua institucionalização; c) Eixo da Vida Apoiada que se refere à melhoria e à ampliação da rede de equipamentos sociais e de saúde, assim como da prestação de cuidados para as situações de dependência.

De acordo com a alínea f) do n.º 3 do artigo 4.º dos seus Estatutos a SCML promove a realização de estudos e a investigação nas suas áreas de atuação. Neste âmbito e entendendo-se que a comunidade científica deve estar envolvida nas respostas às necessidades emergentes, surgem os Prémios Santa Casa Longevidade com o intuito de apoiar a investigação e o desenvolvimento científicos em torno das novas exigências decorrentes do aumento da longevidade.


CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Artigo 1.º

Objeto

1. O presente Regulamento estabelece as regras e os procedimentos relativos à atribuição, pela SCML, dos Prémios Santa Casa Longevidade (PSCL), no âmbito do Programa Lisboa, Cidade de Todas as Idades.

2. Os PSCL realizam-se de dois em dois anos e consistem na disponibilização de um apoio financeiro, até ao montante máximo de € 100.000 (cem mil euros), a cada um dos três projetos de investigação a eles candidatos que, cumprindo todos os critérios e procedimentos previstos no presente regulamento, sejam classificados em primeiro lugar, mostrando-se mais promissores no alcance dos objetivos pretendidos para cada um dos 3 Eixos Estratégicos indicados no número seguinte.

3. Os projetos de investigação candidatos devem focar-se num dos 3 Eixos Estratégicos do Programa Lisboa, Cidade de Todas as Idades, a saber:

a) Eixo da Vida Ativa que se prende com as condições de promoção de estilos de vida dinâmicos para a população 65+, seja de âmbito cultural, desportivo, formativo ou de intervenção cívica;

b) Eixo da Vida Autónoma que está relacionado com a melhoria das condições físicas do espaço público e do edificado, assim como com a requalificação e a diversificação da rede de equipamentos e serviços que promovam a autonomia deste grupo populacional, em alternativa à sua institucionalização;

c) Eixo da Vida Apoiada que se refere à melhoria e à ampliação da rede de equipamentos sociais e de saúde, assim como da prestação de cuidados para as situações de dependência.

4. Privilegiam-se os projetos de natureza interdisciplinar e multidisciplinar que aproximem diferentes atores, fomentem sinergias, ampliem redes de conhecimento e incentivem parcerias entre instituições nacionais e/ou estrangeiras.

Artigo 2.º

Objetivo e âmbito

1. O Programa Lisboa, Cidade de Todas as Idades e os PSCL têm como objetivo contribuir para a dinamização da investigação científica, da inovação e da produção de conhecimento através do desenvolvimento de projetos que constituam respostas de qualidade e de impacto face às preocupações, necessidades e/ou ambições, no contexto dos 3 Eixos Estratégicos indicados no n.º 3 do artigo 1º.

2. Com a atribuição dos PSCL, a SCML visa sustentar e adequar as opções estratégicas e de futuro, acrescentando saberes, qualidade e inovação às suas áreas de intervenção, assim


como tornar mais robusto e pertinente o Programa Lisboa, Cidade de Todas as Idades, facilitando o compromisso de apoiar a investigação e o desenvolvimento científicos em torno dos 3 Eixos Estratégicos (Vida Ativa, Vida Autónoma, Vida Apoiada).

3. Os PSCL pretendem ter impacto a nível institucional e, eventualmente, a nível nacional ou internacional, particularmente em termos de produção científica praxiologicamente útil

4. Os projetos candidatos devem valorizar as áreas de intervenção dos Eixos Estratégicos do Programa Lisboa, Cidade de Todas as Idades a que se candidatam, nomeadamente, através da transferência de conhecimento e da aplicação dos resultados previstos no plano de projeto e na candidatura. Assim, deverão focar-se numa das seguintes tipologias de investigação:

a) Investigação aplicada; b) Investigação de translação; c) Investigação-ação; d) Investigação clínica, quando se aplique; e) Outra metodologia que permita a aplicação dos seus resultados de investigação

previstos, com evidência do impacto na intervenção proposta.

Artigo 3º

Candidatos

1. As candidaturas podem ser propostas por Doutorandos, Doutorados e Pós-Doutorados, Investigadores ou Professores afiliados em instituições portuguesas de ensino superior, centros de investigação ou noutras instituições públicas ou privadas, em que a sua atividade central considere a investigação científica.

2. Não obstante o disposto no número anterior, são aceites parcerias ou colaborações com instituições estrangeiras e professores e/ou investigadores não afiliados em instituições portuguesas, desde que estas não representem mais de 50% do grupo de pessoas ou de instituições de uma determinada candidatura.

CAPÍTULO II

ABERTURA DO CONCURSO E FORMALIZAÇÃO DAS CANDIDATURAS

Artigo 4.º

Abertura do Concurso

1. A Abertura do concurso para a atribuição dos PSCL é comunicada mediante Anúncio publicitado na página da internet da SCML e em outros meios que a SCML considere apropriados, como jornais nacionais de grande tiragem.

2. O Anúncio estabelece os requisitos específicos para o concurso a que respeita.


3. A SCML reserva-se ao direito de não abrir concurso em determinado ano ou para determinado Eixo Estratégico.

Artigo 5.º

Investigador Principal e Instituição Proponente

1. As candidaturas são apresentadas por um Investigador Principal afiliado a uma Instituição Proponente.

2. A Instituição Proponente é a líder do projeto de investigação, cabendo-lhe a coordenação e a interlocução com a SCML, em nome e em representação de todas as instituições eventualmente envolvidas no projeto apresentado.

3. O Investigador Principal deve ser professor, investigador integrado ou estar afiliado como membro de um centro de investigação, de uma Instituição portuguesa, pública ou privada, de ensino superior, de saúde, ou em outras entidades que realizem investigação científica.

4. O Investigador Principal é corresponsável, juntamente com a Instituição Proponente, pela candidatura, direção do projeto, e cumprimento dos objetivos e regras subjacentes à concessão do PSCL.

5. A Instituição Proponente deve ser uma instituição de ensino superior portuguesa, pública ou privada, que tenha como atividade central o desenvolvimento de atividades de investigação.

Artigo 6.º

Das Candidaturas

1. As candidaturas são entregues no prazo estabelecido no Anúncio, mediante preenchimento de formulário próprio e submissão eletrónica do mesmo na página da Internet indicada no Anúncio de Abertura.

2. As candidaturas devem conter os seguintes elementos, não obstante outra documentação que possa ser exigida no Anúncio de Abertura:

a) Formulário de candidatura devidamente preenchido, onde terá de constar, entre outros elementos, o Eixo Estratégico do Programa Lisboa, Cidade Todas as Idades, o Domínio e a Área e a Subárea Científicas onde se enquadra o projeto a concurso;

b) Identificação do Investigador Principal;

c) Declaração de compromisso do Investigador Principal (de acordo com os modelos disponibilizados online para o efeito);

d) Declaração de compromisso da Instituição Proponente (de acordo com os modelos disponibilizados online para o efeito);


e) Declaração de autorização de tratamento e recolha de dados pessoais (de acordo com os modelos disponibilizados online para o efeito).

Artigo 7.º

Requisitos dos projetos de investigação científica a submeter

1. Os projetos devem ser originais e inéditos, explicitando devidamente estas componentes quanto ao tema, metodologia, método ou aplicabilidade. Também poderão ser considerados os projetos já submetidos a outros concursos, desde que não tenham sido alvo de desenvolvimentos e que permitam a consolidação de projetos de investigação de excelência.

2. Os projetos têm um limite de dez mil palavras, podendo ser completados com imagens e anexos. Os trabalhos são redigidos em língua portuguesa, em letra tipo Arial, tamanho 12, espaço e meio, com as folhas numeradas, em ficheiro “pdf”, com limite máximo de 10 MB.

3. No projeto submetido a concurso deve constar:

a) Título;

b) Índice do trabalho;

c) Um resumo/abstract, com limite máximo de 250 palavras;

d) 5 Palavras-chave para enquadramento;

e) Indicação do Eixo Estratégico do Programa Lisboa, Cidade de Todas as Idades, bem como o Domínio, a Área e a Subárea Cientificas a que respeita o projeto submetido a concurso;

f) Identificação da Equipa de investigação:

i. Nomes;

ii. Graus académicos;

iii. Papel desempenhado no plano de atividades e percentagem de tempo previsto de afetação;

iv. Curriculum Vitae e nota biográfica de cada um dos membros da equipa, com limite de 300 palavras para o Investigador Principal e um limite de 200 palavras para cada um dos restantes membros da equipa;

v. Referências da equipa de investigação, no tema em questão e/ou em outros temas relacionados (publicações, comunicações e/ou artigos científicos), quando existam.

g) Identificação da Instituição Proponente, bem como de todas as instituições que colaboram no projeto, indicando qual a responsabilidade de cada uma no plano de atividades;

h) Objetivos e fundamentação;

i) Interesse, relevância, descrição do caráter inovador e interdisciplinar;

j) Plano de atividades e Calendarização/ cronograma dos trabalhos de investigação, metodologia e métodos;


k) Referências bibliográficas;

l) Resultados preliminares e/ou expetáveis (indicadores de realização);

m) Plano de financiamento / orçamento total e detalhado, com distribuição das verbas por rubricas e alocação de verbas a cada Instituição que colabora no projeto;

n) Outros documentos considerados relevantes, nomeadamente que evidenciem outros apoios ao projeto;

o) Comprovativo do adequado cumprimento dos requisitos ético-legais aplicáveis, no caso de a investigação envolver experimentação animal e/ou humana;

p) Fontes de financiamento suplementares do projeto, caso aplicável.

4. O período de execução do projeto não deve ultrapassar os 24 meses, contados a partir da data de concessão dos PSCL.

5. Excecionalmente, os candidatos podem solicitar à SCML, ficando à sua consideração, a prorrogação do período pela duração de mais 12 meses, não podendo exceder um total de 36 meses de duração do projeto.

6. Os elementos referidos no presente artigo devem ser entregues em suporte eletrónico no ato da submissão da candidatura.

7. A SCML pode solicitar os originais ou cópias autenticadas de qualquer dos documentos submetidos eletronicamente ou de outros que considere relevantes, bem como de informações complementares, que deverão ser disponibilizados pelo candidato no prazo indicado.

8. Os documentos entregues não serão devolvidos.

Artigo 8.º

Elegibilidade das candidaturas

1. A análise da elegibilidade das candidaturas será realizada pela SCML ou por quem esta definir, nomeadamente pelo Júri dos PSCL.

2. Será apurada a elegibilidade das candidaturas apresentadas a concurso conforme previsto no presente Regulamento.

3. São, entre outros, motivos de inelegibilidade das candidaturas:

a) A submissão de projetos que estejam submetidos a outros concursos que decorram em simultâneo ou que já se encontrem em desenvolvimento;

b) O incumprimento do estabelecido no presente Regulamento, em particular no que respeita ao processo e aos requisitos da candidatura;

c) A apresentação ou alteração das candidaturas, após a data limite estabelecida no Anúncio;

d) Dedicação do Investigador Principal inferior a 35% (Equivalente a Tempo Integral -ETI);

e) Dedicação de qualquer um dos restantes membros da equipa de investigação inferior a 15% (ETI);


f) A inclusão, na equipa de investigação, de um ou mais elementos que tenham qualquer tipo de vínculo jurídico-laboral ou um contrato de prestação de serviços com a SCML;

g) A inclusão, na equipa de investigação, de um ou mais elementos que sejam membros, à data de apresentação de candidatura:

i) Do(s) júri(s) de avaliação das candidaturas do presente concurso; ou

ii) Do júri dos Prémios Santa Casa Neurociências (PSCN); ou

iii) Da Comissão de Honra dos Prémios João Lobo Antunes (PSCN); ou

iv) Da Comissão Científica de Biociências da SCML; ou

v) Do Conselho Consultivo da Unidade de Missão Santa Casa.

h) A apresentação dos trabalhos de investigação por, ou em colaboração com, elementos que sejam membros dos órgãos referidos na alínea anterior;

i) A inclusão, na equipa de investigação, de um ou mais elementos que beneficiem presentemente de outro financiamento para a investigação, atribuído pela SCML;

j) O incumprimento injustificado por parte da Instituição Proponente ou de outra entidade participante no projeto, quanto à apresentação de relatórios de execução científica e financeira.

k) A não devolução de montantes referentes a projetos anteriores, no âmbito de projetos financiados pela SCML;

l) A inobservância por parte do Investigador Principal dos requisitos estipulados para a apresentação de relatórios de execução de outros projetos apoiados pela SCML, onde tenha sido o responsável pela investigação;

m) A participação de uma mesma pessoa singular, enquanto Investigador Principal ou membro da equipa de investigação, em mais do que uma candidatura submetida ao mesmo concurso;

4. Os candidatos são notificados da decisão de admissão ou exclusão, por carta registada ou por correio eletrónico, remetidos para os endereços indicado no formulário de candidatura.

5. Da decisão a que se refere o número anterior não cabe recurso ou reclamação.

CAPÍTULO III

AVALIAÇÃO DAS CANDIDATURAS

Artigo 9º Fases de Avaliação

1. A avaliação das candidaturas processa-se em duas fases.

2. Na 1ª fase avaliam-se os projetos que cumpram os requisitos de elegibilidade estipulados no Artigo 8º do presente Regulamento.


3. Os projetos com melhor pontuação na 1.ª fase passam à 2ª fase, conforme previsto no Artigo 10º do presente Regulamento.

4. Na 2.ª fase, o Júri de Avaliação reúne presencialmente e procede à seriação dos projetos a concurso, atendendo aos relatórios de avaliação emitidos na 1.ª fase, identificando os 5 (cinco) melhores projetos de cada Eixo Estratégico. O Conselho Consultivo da Unidade de Missão da SCML irá emitir uma apreciação técnica relativamente a esses 15 projetos finalistas.

5. A homologação dos três projetos vencedores, um por cada eixo estratégico, é efetuada pela Mesa da SCML, com base na avaliação do Júri e na apreciação técnica do Conselho Consultivo da Unidade de Missão da SCML referidos no número anterior.

Artigo 10.º

Avaliação das candidaturas

1. Apenas são avaliadas as candidaturas consideradas elegíveis de acordo com o previsto no presente Regulamento.

2. A avaliação das candidaturas é feita mediante os critérios de avaliação estabelecidos no Anúncio de Abertura do concurso e no presente Regulamento.

3. As candidaturas apresentadas a concurso são avaliadas por painéis sectoriais de júri(s), atendendo ao disposto no artigo 11º e considerando o indicado no formulário de candidatura, conforme previsto na alínea a) do nº 2 do Artigo 6º.

4. As candidaturas, por Eixo, com melhor avaliação na 1.ª fase passam à 2.ª fase para serem seriadas.

5. Das candidaturas apuradas para a 2ª fase, será determinado um vencedor por cada um dos Eixos Estratégicos do Programa.

6. Caso o Júri entenda não existirem candidaturas, por Eixo, que reúnam as condições de qualidade pretendidas ou não se apresentem a concurso número suficiente de candidaturas, releva a pontuação atribuída na 1.ª fase para o apuramento das finalistas.

7. A avaliação do Júri quanto aos vencedores, por Eixo, resultará de decisão colegial dos respetivos membros, tomada em reunião presencial.

8. A SCML reserva-se ao direito de não atribuir o apoio previsto neste Regulamento, caso o Júri considere que as candidaturas a concurso não apresentam a qualidade exigida.

Artigo 11.º

Critérios de avaliação das candidaturas

1. Os projetos admitidos a concurso são avaliados mediante a ponderação dos seguintes critérios:

a) Relevância, mérito científico e natureza inovadora do projeto;


b) Mérito do Investigador Principal;

c) Mérito da equipa de investigação;

d) Qualidade e exequibilidade do plano de trabalhos;

e) Fundamentação do financiamento solicitado;

f) Potencial de valorização dos resultados da investigação científica;

g) Contribuição para a disseminação e promoção do conhecimento e cultura científica;

h) Potencial benefício social.

2. Os critérios de avaliação acima referidos e respetivos subcritérios encontram-se detalhados na tabela do Anexo I, o qual é parte integrante do presente Regulamento.

3. Podem ser definidos outros critérios de avaliação adicionais, os quais são devidamente explicitados no Anúncio de Abertura do concurso.

4. Os PSCL serão atribuídos aos projetos que obtenham a maior classificação final, em resultado das várias fases de avaliação, sem prejuízo do disposto no n.º 8 do Artigo 10º do presente Regulamento.

CAPÍTULO IV JURÍS DE AVALIAÇÃO DAS CANDIDATURAS

Artigo 12º

Júris de avaliação de candidaturas

1. Para efetivar a avaliação das candidaturas, a SCML designará painéis de avaliação constituídos sectorialmente, de acordo com as áreas de especialidade e de intervenção submetidas a concurso, segundo os Eixos Estratégicos descritos no n.º 3 do Artigo 1º do presente Regulamento.

2. São constituídos tantos painéis, quantas as áreas de intervenção propostas a concurso, garantindo a representatividade disciplinar/científica e respetivos Eixos Estratégicos.

3. Os membros dos painéis de avaliação a designar são especialistas de reconhecido mérito, nacionais ou estrangeiros, representantes de:

a) Instituições nacionais de gestão ou regulação da atividade científica e/ou de ensino superior (universidades, institutos politécnicos ou outros);

b) Entidades da área da prestação de cuidados de saúde;

c) Centros/instituições de investigação, de natureza pública.

4. Os membros dos painéis de avaliação podem ser propostos pelos responsáveis das instituições acima referidas, de acordo com as suas áreas de especialidade e correspondente Eixo Estratégico do Programa Lisboa, Cidade de Todas as Idades, bem como do Domínio, Áreas e Subáreas Científicas, enunciados no Anexo II do presente Regulamento.


5. Os painéis sectoriais de avaliação são constituídos pela SCML, sendo a lista de membros de cada painel homologada pela Mesa da SCML.

6. Compete aos membros dos painéis sectoriais de avaliação:

a) Analisar as candidaturas elegíveis mediante os critérios de avaliação;

b) Hierarquizar, por ordem decrescente de pontuação, as candidaturas elegíveis;

c) Elaborar pareceres de avaliação de cada projeto;

d) Propor à SCML, quando necessário, a designação de peritos, nacionais ou estrangeiros, para elaborar parecer sobre as candidaturas.

7. Cada painel de avaliação sectorial, organizado por área ou subárea de especialidade, terá um coordenador, parte integrante do Júri com direito a voto, que será designado pela SCML e a quem compete:

a) Assegurar que todos os membros do painel verificam a elegibilidade das candidaturas submetidas a concurso.

b) Garantir que todos os membros do painel aplicam os critérios e subcritérios de avaliação estabelecidos no Regulamento e respetiva ponderação;

c) Verificar, em colaboração com os restantes membros do painel, a adequação das candidaturas segundo o Regulamento;

d) Garantir que as candidaturas são associadas aos avaliadores, cuja área de especialidade é a mais adequada à respetiva avaliação;

e) Coordenar e moderar as reuniões de painel de avaliação e assegurar um processo colegial de decisão;

f) Elaborar um relatório final de avaliação global do processo do painel que coordena.

8. A SCML designa um Presidente de Júri, com reconhecimento científico, a quem compete coordenar o trabalho de avaliação das candidaturas de todos os painéis.

9. O Júri de Avaliação será remunerado de acordo com o estabelecido no artigo 11.º do Regulamento Interno do Júri.

10. O mandato do Júri dos PSCL vigora até à entrega do relatório final de avaliação das candidaturas, podendo ser automaticamente renovado por igual período, caso não seja comunicada a intenção de cessação por nenhuma das partes.

11. Tal como estabelecido no artigo 13.º do Regulamento Interno do Júri, está impedido de participar no painel ou no Júri quem:

a) seja responsável ou colabore em qualquer programa/projeto candidato a concurso;

b) seja responsável pelas Instituições Proponentes ou Participantes.

12. Os painéis ou júri(s) de avaliação pode(m) ser coadjuvado(s) por um elemento designado pela SCML, com funções de secretariado e sem direito a voto de acordo com o artigo 9.º, número 3 do Regulamento Interno do Júri, que os auxiliará no que respeita a:

a) Escrutinar o cumprimento dos critérios de elegibilidade;

b) Agendar os trabalhos, reuniões e redigir atas;

c) Distribuir documentos;


13. Para a decisão da avaliação das candidaturas finalistas será considerada a deliberação do Júri de Avaliação, complementada pela apreciação técnica do Conselho Consultivo da Unidade de Missão da SCML.

14. Sempre que pertinente, os membros dos painéis de avaliação e do Júri podem solicitar esclarecimentos aos candidatos.

15. Do resultado da avaliação e da decisão de escolha do(s) vencedor(es) não cabe qualquer tipo de recurso ou reclamação.

CAPÍTULO V PRÉMIO

Artigo 13.º

Da atribuição do prémio

1. O prémio a atribuir a cada um dos 3 projetos de investigação vencedores dos PSCL consiste na disponibilização de um valor máximo de 100.000 € (cem mil euros) por projeto para apoio financeiro ao mesmo.

2. Sem prejuízo do disposto no número anterior, o orçamento global e detalhado do projeto deve apresentar a totalidade das despesas afetas.

Artigo 14.º

Entrega do prémio

1. O prémio a que se refere o artigo anterior será faseado em duas prestações anuais, após cumprimento de todos os requisitos identificados neste Regulamento.

2. O prémio é atribuído à(s) candidatura(s) vencedora(s) do concurso após assinatura e devolução à SCML do Termo de Aceitação, de acordo com o estipulado nas alíneas a) e b), do n.º 1, do artigo 18.º .

3. Os pagamentos serão efetuados por transferência bancária para o número de identificação bancária (NIB) da Instituição Proponente, indicado no formulário de candidatura, e prontamente comunicado pela respetiva entidade em caso de alteração. Esta Instituição fica responsável pela alocação dos recursos financeiros necessária ao cumprimento do estabelecido no plano de financiamento proposto.

4. A segunda transferência apenas será efetuada após verificação do cumprimento dos pressupostos para a sua atribuição, nomeadamente o cumprimento do plano de trabalhos apresentado a concurso e de entrega de todos os elementos de acompanhamento de avaliação anual e/ou intercalar.

5. Caso não consigam cumprir os prazos previamente estabelecidos, os candidatos podem solicitar a sua prorrogação mediante apresentação à SCML, até 60 dias antes da data prevista efetiva de términus do projeto, de um pedido de prorrogação do mesmo. Este pedido tem de ser acompanhado dos seguintes elementos:


a) Relatório detalhado dos trabalhos realizados;

b) Plano de trabalhos para o período de prorrogação;

c) Fundamentação do pedido de prorrogação;

d) Estimativa detalhada dos custos incorridos e dos a incorrer, para o desenvolvimento do plano de trabalhos referentes ao período adicional.

6. A prorrogação do prazo não requer a assinatura de um novo Termo de Aceitação e é comunicada por escrito, à Instituição Proponente, pela SCML.

7. O prémio atribuído deve ser utilizado única e exclusivamente para despesas comprovadamente afetas ao projeto que cumpram o disposto no artigo seguinte.

8. Quando as despesas realizadas na execução do projeto sejam inferiores ao valor entregue pela SCML, o Investigador Responsável e a Instituição Proponente responsabilizam-se pela devolução, no prazo de 30 dias após a conclusão do projeto, dos montantes excedentes entregues pela SCML.

9. Caso o projeto apoiado não seja concluído no prazo previsto, pode ser exigido pela SCML à respetiva Instituição Proponente o reembolso do apoio financeiro atribuído e não concretizado.

10. O apoio financeiro concedido a um projeto nos termos do presente Regulamento pode ser cumulável com apoios financeiros de outras entidades, nacionais ou estrangeiras, devendo ser dado conhecimento desse financiamento à SCML, assim que o mesmo seja aprovado e desde que respeitado o estipulado no presente Regulamento.

Artigo 15.º

Elegibilidade das despesas

1. No âmbito do presente Regulamento, consideram-se não elegíveis as seguintes despesas:

a) Vencimentos e remunerações de carater permanente;

b) Despesas de funcionamento corrente da Instituição Proponente, nomeadamente de energia e água;

c) Aquisição ou aluguer de viaturas;

d) Aquisição de bens de capital e encargos com operações financeiras ou bancárias;

e) Aquisição, arrendamento, construção ou renovação de edifícios;

f) Amortização ou encargos com dívidas;

g) Amortização relativa à aquisição de equipamentos;

h) Despesas com manutenção de equipamentos;

i) Custos com elaboração da candidatura;

j) Encargos gerais (overheads) que ultrapassem o máximo de 8% das despesas elegíveis, devendo esse valor ser considerado incluído no total do financiamento atribuído.


2. São consideradas elegíveis as despesas suportadas pela Instituição Proponente que decorram, exclusivamente, da execução do projeto, nomeadamente:

a) Aquisição de serviços;

b) Despesas relativas a missões (para obtenção de elementos imprescindíveis à execução do projeto), com limite máximo de 10% do orçamento;

c) Materiais consumíveis;

d) Instrumentos e equipamentos científicos e técnicos imprescindíveis ao projeto e afetos durante o período da sua execução;

e) Despesas relativas a inscrições e deslocações a eventos científicos para apresentação dos trabalhos resultantes do projeto;

f) Registo nacional e no estrangeiro de patentes, direitos de autor, modelos nacionais ou marcas;

g) Recursos humanos afetos ao plano de trabalhos apresentado, com limite máximo de 20% do orçamento.

3. As despesas elegíveis financiadas pela SCML não podem ser simultaneamente financiadas por outra Instituição.

4. Para determinação do valor das despesas elegíveis comparticipáveis é deduzido o Imposto sobre o Valor Acrescento (IVA) sempre que a Instituição Proponente seja sujeito passivo desse imposto e possa exercer o direito à respetiva dedução.

5. Apenas são consideradas despesas elegíveis as suportadas por faturas, recibos ou documentos equivalentes, nos termos da legislação vigente, nomeadamente do Código do IVA, devendo estar cumpridos todos os imperativos fiscais, bem como respeitar as regras da contratação pública, quando aplicáveis.

6. O Anúncio de Abertura do concurso pode limitar as despesas elegíveis referidas no n.º 2 do presente artigo.

7. Não são aceites como elegíveis as despesas anteriores à data de assinatura do Termo de Aceitação, referido na alínea a), do n.º 1, do artigo 18º.

Artigo 16.º

Revogação do financiamento

1. A decisão de atribuição dos PSCL pode ser revogada pela SCML, desde que se verifique uma das seguintes condições:

a) Não cumprimento do Regulamento ou dos compromissos assumidos, que ponha em causa, de forma grave, a consecução dos objetivos definidos, por motivo imputável à Instituição Proponente, Instituições Participantes ou Investigador Principal, bem como a recusa de informações ou de outros elementos solicitados;

b) Não cumprimento, por facto imputável à Instituição Proponente ou Instituições Participantes das obrigações legais e fiscais;


c) Prestação de falsas informações ou viciação de dados fornecidos na apresentação, apreciação ou acompanhamento do projeto;

d) Duplicação de componentes científicas relevantes para o projeto, que já seja objeto de financiamento na sequência de concursos promovidos por outras entidades, com ou sem financiamento comunitário.

2. A revogação da decisão de atribuição dos PSCL implica a suspensão do apoio financeiro e a consequente obrigação de restituição do apoio já recebido, sendo a Instituição Proponente obrigada, no prazo de 60 dias úteis a contar da data do recebimento da respetiva notificação, a repor as importâncias recebidas.

3. Quando a revogação se verificar pelo motivo referido na alínea d) do nº 1 do presente artigo, o Investigador Principal fica impedido de assumir as funções de investigador responsável ou de membro da equipa de investigação de um projeto, pelo período de dois anos, em candidaturas que venham a ser apresentadas à SCML.

CAPÍTULO VI CANDIDATURAS VENCEDORAS

Artigo 17.º

Comunicação dos resultados

1. Os resultados da avaliação da 1ª fase são comunicados ao Investigador Principal após a conclusão da avaliação das candidaturas.

2. Os resultados da avaliação da 2ª fase são comunicados ao Investigador Principal e à Instituição Proponente, com os fundamentos que conduziram à decisão, até 60 dias úteis após a data limite de submissão de candidaturas, e mediante notificação por escrito, que pode ser enviada por correio eletrónico para o endereço constante do formulário de candidatura.

3. Os resultados referidos no número anterior são anunciados publicamente na página de Internet da SCML.

Artigo 18.º

Responsabilidades da candidatura vencedora

1. O projeto vencedor e os seus responsáveis devem assegurar:

a) A assinatura, juntamente com os representantes legais das instituições que participam no projeto, do Termo de Aceitação, disponibilizado pela SCML, no qual todas as partes garantem o cumprimento de todos os critérios exigidos no presente Regulamento e nos documentos nele referidos;


b) A devolução à SCML do Termo de Aceitação num prazo de 20 dias úteis, assinado e rubricado, prazo que poderá ser prorrogado por igual período desde que a Instituição Proponente apresente justificação fundamentada à SCML. A não devolução à SCML do Termo de Aceitação devidamente assinado por razões imputáveis à Instituição Proponente ou as Instituições Participantes, no prazo referido, determina a caducidade da decisão de concessão do apoio;

c) Que o projeto se inicie no prazo máximo de 6 meses a contar da data de comunicação da atribuição da linha de financiamento por parte da SCML, salvo em situações devidamente justificadas perante a SCML;

d) A comunicação à SCML do início efetivo do projeto;

e) A utilização do apoio para o pagamento das despesas consideradas na previsão de custos apresentada na candidatura, de acordo com o plano e rubricas previstos;

f) A formalização dos pedidos de autorização de alterações ao projeto aprovado, caso seja necessário, nos termos descritos no artigo 19.º;

g) A apresentação, no final de cada ano, de um relatório de execução científica e de um relatório de execução financeira, que serão objeto de avaliação, de acordo com modelos disponibilizados pela SCML para o efeito, e atendendo ao constante no artigo 20.º;

h) O cumprimento do período de execução do projeto de acordo com o prazo proposto;

i) Aquando da publicação ou divulgação do trabalho, por qualquer meio ou suporte, a menção aos “Prémios Santa Casa Longevidade”, ao “Programa Lisboa, Cidade de Todas as Idades” ou à “Santa Casa da Misericórdia de Lisboa”;

j) Que a equipa de investigação se compromete a dedicar tempo para a comunicação, a formação ou a disseminação de conhecimento decorrente do projeto em eventos promovidos ou organizados pela SCML;

k) A manutenção de um sistema contabilístico separado ou um código contabilístico adequado para todas as transações relacionadas com o projeto em consonância com as normas contabilísticas em vigor;

l) Nos originais dos documentos de despesa e receitas é aposto um carimbo com identificação do apoio da SCML e a taxa de imputação considerada.

2. Em caso de suspensão do projeto, a candidatura vencedora deve informar a SCML, apresentando a respetiva justificação, podendo a SCML exigir, consoante o caso concreto, a restituição da totalidade ou parte do apoio atribuído.

Artigo 19.º

Pedido de alteração ao projeto aprovado

1. Quaisquer alterações ao projeto devem ser previamente autorizadas pela SCML.


2. Os eventuais pedidos de alteração ao projeto devem ser formalizados mediante o preenchimento e submissão eletrónica do respetivo formulário, disponibilizado pela SCML, o qual deve conter informação detalhada fundamentando a necessidade da alteração.

3. É da competência da Instituição Proponente e do Investigador Responsável proceder às alterações orçamentais que se mostrem necessárias à boa execução do projeto, desde que compreendidas dentro do financiamento aprovado.

4. As alterações orçamentais referidas no número anterior devem ser devidamente identificadas nos relatórios de execução financeira a enviar à SCML.

5. Não são autorizados pedidos de prorrogação da data de fim do projeto que ultrapassem 6 meses da duração inicialmente aprovada, com exceção das situações previstas no número 5 do artigo 14.º e nos casos em que haja autorização prévia escrita, da SCML, para continuação do projeto.

6. A aceitação pela SCML dos pedidos de prorrogação da data de fim do projeto não dá direito a qualquer financiamento adicional por parte da SCML.

Artigo 20.º

Acompanhamento e controlo

1. Os projetos apoiados no âmbito do disposto no presente Regulamento são acompanhados e avaliados pela SCML ou por quem esta designar.

2. Para a avaliação referida no número anterior devem ser preenchidos pela Instituição Proponente os relatórios de execução científica e financeira, podendo ser exigida informação adicional considerada relevante ou serem efetuadas avaliações adicionais.

3. O relatório de execução científica deverá ser remetido até 30 dias após a conclusão do plano de atividades, com descrição detalhada da execução dos trabalhos efetuados, discriminando as publicações e/ou outros resultados decorrentes do projeto, os desvios ao programa de trabalhos proposto ou ao orçamento aprovado. Podem ser anexados documentos que se constituam como informação complementar do descrito no relatório. O acesso às publicações e a outros resultados deve ser garantido.

4. O relatório final de execução financeira deverá ser remetido até 30 dias após a conclusão do plano de atividades, e deve listar as despesas efetuadas, as eventuais receitas obtidas no período a que se referem e fundamentar os desvios ocorridos.

5. Os relatórios referidos nos números anteriores podem ser apreciados por comissões de acompanhamento, constituídas por área de atuação da SCML, que podem recomendar a suspensão ou o cancelamento do financiamento.

6. Para além dos relatórios referidos, o projeto pode ser alvo de visitas de acompanhamento para controlo da sua execução nas condições acordadas.

7. Para efeitos de acompanhamento e controlo dos projetos, a Instituição Proponente deve constituir um processo do qual deve constar a seguinte informação:

a) Formulário de candidatura e documentos associados;

b) Comunicação da decisão de aprovação do projeto;


c) Cópia do Termo de Aceitação devidamente preenchido e assinado;

d) Cópia dos relatórios de execução científica e financeira, entregues e aprovados;

e) Cronograma de execução financeira e dos trabalhos de investigação;

f) Comprovativos dos montantes recebidos;

g) Cópia dos comprovativos das despesas imputadas ao projeto;

h) Documentos relativos a outros apoios recebidos, se aplicável;

i) Pedidos de alteração ao projeto e respetiva decisão, nos casos em que se aplique;

j) Documento comprovativo da posição relativa ao IVA;

k) Protocolos entre as instituições que colaboram no projeto.

8. O processo técnico-financeiro deve manter-se atualizado, não sendo admissível um atraso superior a 60 dias.

9. Após a conclusão do projeto, o respetivo dossier deve ser arquivado pelo período mínimo de 5 anos a contar da data de encerramento do projeto.

Artigo 21.º

Dados pessoais

1. No âmbito do presente Regulamento a SCML recolhe e procede ao tratamento informático dos dados pessoais que se encontram na candidatura.

2. A SCML cumpre o Regulamento Geral de Proteção de Dados, limitando o tratamento dos dados pessoais ao estritamente necessário e exclusivamente para fins ligados à atribuição dos PSCL.

3. Todos os que facultam dados pessoais no âmbito das candidaturas aos PSCL terão de prestar o seu consentimento livre, esclarecido e informado de acordo com a declaração de consentimento disponibilizada para o efeito no Formulário de Candidatura.

4. A SCML aplica medidas técnicas e organizativas adequadas a garantir o nível de segurança necessário ao risco e dispõe de um sistema informático capaz de resistir a eventuais acidentes ou atos maliciosos que comprometam a disponibilidade e integridade dos dados pessoais conservados ou transmitidos. Não obstante, a SCML não assume e o Candidato expressamente reconhece que a SCML não é responsável por quaisquer danos e ou prejuízos decorrentes da destruição, manipulação, difusão ou utilização ilícitas por terceiros dos dados pessoais.

5. Para cumprimento das finalidades decorrentes da atribuição dos PSCL, a SCML, conserva os dados pessoais dos candidatos pelo prazo de 10 anos.

6. Nos termos do Regulamento Geral da Proteção de Dados é reconhecido aos titulares dos dados o direito de consulta, atualização, alteração e retificação dos seus dados pessoais, o que poderá fazer após a submissão da candidatura, através do endereço de correio eletrónico [email protected]. É ainda reconhecido ao Candidato a direito de retirar o seu consentimento em qualquer momento, sem que comprometa a licitude do tratamento


efetuado com base no consentimento previamente dado, mediante pedido escrito dirigido à SCML através do endereço de correio eletrónico: [email protected]

7. Todos os elementos que compõem a candidatura vencedora (Instituição Proponente, Instituições Participantes, Investigador Principal e membros da equipa de investigação) aceitam a divulgação pela SCML dos seus dados pessoais de identificação por qualquer forma e meio, incluindo, nomeadamente, através de um ou vários meios de comunicação de âmbito nacional ou internacional (imprensa diária e/ou revistas, rádio, televisão, internet), sem direito a qualquer contrapartida económica.

Artigo 22.º

Propriedade intelectual

1. Os candidatos são responsáveis, em exclusivo, pela autoria dos trabalhos, podendo, contudo, apresentar as devidas autorizações, no que respeita aos direitos de terceiros, nomeadamente de propriedade intelectual.

2. Qualquer violação aos direitos de terceiros, nomeadamente no que respeita à propriedade intelectual ou direitos de autor, é da exclusiva responsabilidade dos candidatos vencedores; caso os projetos vencedores sejam apresentados por vários candidatos, estes são solidariamente responsáveis entre si.

3. A violação aos direitos de terceiros implica a devolução do montante do apoio já atribuído.

4. Os candidatos apoiados concedem à SCML uma licença perpétua, mundial, não exclusiva, gratuita e intransmissível para utilizar, traduzir, reproduzir, distribuir, divulgar, difundir, comunicar e colocar à disposição do público, sem limitações de meio, local ou forma, os resultados dos trabalhos e respetivo conteúdo, para quaisquer fins pretendidos, nomeadamente, mas não exclusivamente, para ações de divulgação e promoção da presente iniciativa, mencionando sempre os seus autores e considerando-se como contrapartida adequada para o efeito o montante do apoio atribuído.

5. Os titulares do direito da propriedade intelectual e/ou industrial gerada através dos projetos financiados pela SCML, conferem a esta uma licença de utilização/usufruto, gratuita e perpétua, dos respetivos resultados e benefícios, no âmbito da atividade da SCML.

CAPÍTULO VII DISPOSIÇÕES FINAIS

Artigo 23.º

Omissões

Os casos omissos no presente Regulamento são resolvidos pela SCML.


Artigo 24.º

Alterações

1. O presente Regulamento pode ser objeto de revisão pela SCML.

2. As alterações ao Regulamento entram em vigor nos mesmos termos da entrada em vigor do Presente Regulamento.

3. Aquando da entrada em vigor das emendas é republicado o Regulamento.

Artigo 25.º

Entrada em vigor

O presente Regulamento entra em vigor na data da Deliberação de Mesa da SCML que o aprova.

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