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1 REGRA COMO ERA COMO FICOU CAR Antes SICAR - Sistema de Cadastro Ambiental, porém funcionava na plataforma estadual integrada a uma base nacional. Registro eletrônico, obrigatório para todos os imóveis rurais e tem a finalidade de: I cadastrar, gerenciar e integrar as informações dos imóveis rurais localizadas no MT, referentes ao seu perímetro e localização, aos remanescentes de vegetação nativa, às áreas de interesse social, utilidade pública, Preservação Permanente, Reserva Legal, Uso Restrito e consolidadas; II realizar o acompanhamento e monitoramento da manutenção, recomposição, compensação e supressão da vegetação nativa e da cobertura vegetal nas Áreas de Preservação Permanente, Reserva Legal e Uso Restrito, no interior dos imóveis rurais; III promover o planejamento ambiental e econômico do uso do solo e conservação ambiental no território estadual; Agora SIMCAR - Sistema Mato-grossense de Cadastro Ambiental Rural. Continuará eletrônico e obrigatório. Aos que ainda não aderiram ao CAR, devem fazer a inscrição do imóvel rural na base de dados do SIMCAR mediante a planta do imóvel rural, nos moldes do memorial descritivo. As informações declaradas no CAR deverão ser comprovadas, mediante o envio eletrônico, ou seja, por meio do sistema, em arquivo PDF, dos seguintes documentos: 1. Identificação do requerente, do representante legal, se for o caso e do responsável técnico, caso existente. 2. Identificação do imóvel por planta e memorial descritivo. 3. Comprovante da propriedade ou posse (certidão da matrícula/transcrição de inteiro teor, com data de expedição não superior a 90 (noventa) dias); Caso haja alguma inconsistência, o proprietário ou responsável técnico será notificado por meio do sistema (receberá um oficio pendência). Esse oficio terá prazo para o atendimento, caso não seja atendido no prazo estabelecido, o CAR ficará SUSPENSO. Ficará suspenso também no caso de descumprimento do TAC e/ou ocorrência de nova infração ambiental após a sua validação. E CANCELADO, quando for constatada a inexistência física da propriedade ou posse rural, no local identificado na planta ou memorial descritivo apresentado no ato de inscrição no SIMCAR.

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REGRA

COMO ERA

COMO FICOU

CAR

Antes SICAR - Sistema de Cadastro Ambiental, porém funcionava na plataforma estadual integrada a uma base nacional. Registro eletrônico, obrigatório para todos os imóveis rurais e tem a finalidade de: I cadastrar, gerenciar e integrar as

informações dos imóveis rurais

localizadas no MT, referentes ao seu

perímetro e localização, aos

remanescentes de vegetação nativa, às

áreas de interesse social, utilidade

pública, Preservação Permanente,

Reserva Legal, Uso Restrito e

consolidadas;

II realizar o acompanhamento e

monitoramento da manutenção,

recomposição, compensação e

supressão da vegetação nativa e da

cobertura vegetal nas Áreas de

Preservação Permanente, Reserva Legal

e Uso Restrito, no interior dos imóveis

rurais;

III promover o planejamento ambiental e

econômico do uso do solo e conservação

ambiental no território estadual;

Agora SIMCAR - Sistema Mato-grossense de Cadastro Ambiental Rural. Continuará eletrônico e obrigatório. Aos que ainda não aderiram ao CAR, devem fazer a inscrição do imóvel rural na base de dados do SIMCAR mediante a planta do imóvel rural, nos moldes do memorial descritivo. As informações declaradas no CAR deverão ser comprovadas, mediante o envio eletrônico, ou seja, por meio do sistema, em arquivo PDF, dos seguintes documentos:

1. Identificação do requerente, do representante legal, se for o caso e do responsável técnico, caso existente.

2. Identificação do imóvel por planta e memorial descritivo.

3. Comprovante da propriedade ou posse (certidão da matrícula/transcrição de inteiro teor, com data de expedição não superior a 90 (noventa) dias);

Caso haja alguma inconsistência, o proprietário ou responsável técnico será notificado por meio do sistema (receberá um oficio pendência). Esse oficio terá prazo para o atendimento, caso não seja atendido no prazo estabelecido, o CAR ficará SUSPENSO. Ficará suspenso também no caso de descumprimento do TAC e/ou ocorrência de nova infração ambiental após a sua validação. E CANCELADO, quando for constatada a inexistência física da propriedade ou posse rural, no local identificado na planta ou memorial descritivo apresentado no ato de inscrição no SIMCAR.

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IV subsidiar ações de combate ao

desmatamento ilegal;

V disponibilizar, na Internet, informações

de natureza pública sobre o CAR dos

imóveis rurais localizados no Estado.

As informações no CAR eram realizadas por meio do Sistema de Cadastro Ambiental Rural – SICAR, pré-requisito para a regularização ambiental.

IMPORTANTE:

Para acessar a página do SIMCAR, primeiramente é necessário realizar o credenciamento dos usuários no sistema do SIGA.

O SIGA é uma nova ferramenta de cadastro de pessoas (usuários) que utilizarão a base de dados da SEMA.

Será OBRIGATÓRIO para o produtor rural, responsáveis técnicos que precisam emitir o CAR Como fazer o credenciamento: Acessar site da SEMA (wwww.sema.mt.gov.br), clicar no link do SIGA, na opção Novo Credenciado, criando um “login” e “senha”. Após se credenciarem, seguirá para o próximo passo de realização da inscrição no SIMCAR, (Sistema Mato-grossense do Cadastro Ambiental Rural). Para orientar os usuários do sistema a SEMA disponibilizou vários manuais e vídeos aulas, acessem: Manual do SIGA: clique aqui Vídeo aula do SIGA, acesse pelo site do youtube pelo endereço:

https://www.youtube.com/watch?v=T

yl-k9RB6R8 Manual de Operação do SIMCAR – (Cadastro clique aqui)

Vídeo aula do SIMCAR: Acesse pelo site do Youtube pelo endereço: https://www.youtube.com/watch?v=Ox1EZguqvPA Manual Desenhador Geográfico: clique aqui. Vídeo aula do Desenhador Geográfico: Acesse pelo site do youtube pelo endereço:

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https://www.youtube.com/watch?v=1un0P5_0Jy8

Vídeo aula do Importador Shapefile. Acesse pelo site do youtube pelo endereço: https://www.youtube.com/watch?v=PxobRDxkvj0

Manual Projeto Geográfico, clique aqui.

PARA QUEM

POSSUI O

RECIBO DE

INSCRIÇÃO DO

IMÓVELRURAL

NO CAR

As informações do cadastro do sistema SICAR serão MIGRADAS para o novo sistema, porém devem ser RETIFICADAS. A retificação consiste em fazer a inserção do imóvel rural na base dos dados do SIMCAR (lançamento da planta, nos moldes do Memorial Descritivo com a indicação das coordenadas geográficas com pelo menos um ponto de amarração do perímetro do imóvel rural informando a localização da nativa, área de uso restrito e área consolidada) IMPORTANTE: PRAZO: Fazer a retificação das informações no novo sistema no prazo de 90 (noventa) dias, contados a partir dia 02 de junho. Seu CAR somente será ANALISADO e VALIDADO após o atendimento das NOVAS metodologias empreendidas no SIMCAR, ou seja, apresentar todos os documentos solicitados em arquivo PDF.

DA VALIDAÇÃO

DO CADASTRO

Após a análise das informações declaradas no cadastro, se detectada alguma inconsistência, a Sema encaminhará notificação com lista ÚNICA de pendência ao proprietário rural ou responsável técnico pela Central de Comunicação, estabelecendo o prazo de até 90 (noventa) dias, para complementação das informações e/ou retificação do CAR.

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Caso a notificação seja atendida no prazo estipulado, o Cadastro receberá um parecer e suas informações serão consideradas como validadas. Caso contrário, o Cadastro será suspenso e caberá ao proprietário rural a retificação da inscrição de seu imóvel rural no CAR. A condição de CAR validado para Regularização impõe a notificação do proprietário para que apresente o projeto de regularização dos passivos, ou comprovante de acompanhamento e/ou cumprimento das obrigações ou termos firmados, no prazo de até 90 (noventa) dias.

Os ofícios, intimações e notificações serão publicados eletronicamente em portal do SIMCAR. Substituirá qualquer outro meio e publicação oficial, para quaisquer efeitos legais. Considerará realizada a ciência da publicação o dia em que o requerente ou responsável técnico conectarem-se ao portal do Simcar.

DA

DISTRIBUIÇÃO

DOS

PROCESSOS

E DA

PRIORIDADE

DE ANÁLISE

Não havia regra de distribuição dos processos em lei. E havia regra para prioridades, nos seguintes casos:

• Estatuto do Idoso;

• Propriedades com pedido de desmate (PEF) e reflorestamento;

• Embargo de área;

Como era feita esta solicitação:

Por meio de e-mail para Superintendência Florestal.

Os cadastros realizados serão distribuídos automaticamente pelo sistema e a sua análise seguirá a ordem cronológica de sua inscrição.

Continuará a priorização nos seguintes casos:

• Estatuto do Idoso;

• Propriedades com pedido de desmate (PEF) e reflorestamento;

• Quando apresentar inconsistência para a emissão da APF-Rural;

• Embargo de área;

Como solicitar a prioridade:

• Por solicitação e apresentação de justificativa da Secretaria Adjunta do Licenciamento;

• E quando solicitado ao Secretário adjunto de Gestão Ambiental.

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TAXA

A inscrição era gratuita e não constava na lei a cobrança pela análise, porém é previsto na Lei de Cobrança de Serviços da SEMA, a previsão de taxa por serviços (análises dos processos ambientais).

A inscrição no CAR continua gratuita.

E a nova lei fala que haverá taxa para análise e validação dos cadastros e que deverão ser recolhidas e enviadas pelo sistema (SIMCAR).

Diz ainda que, os custos de análise estão dispostos em lei especifica (Lei de taxa).

Porém, na Lei 10.242/2014 de 30 de dezembro de 2014 (Cobrança de taxa de serviço púbico) não consta valor para análise do CAR e PRA.

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PROGRAMA DE

REGULARIZAÇÃO

AMBIENTAL –

PRA

Formalizada a inscrição do imóvel rural no

CAR, o processo seguirá para a regularização

ambiental, que consistirá nas seguintes etapas:

I - Análise e validação das informações

declaradas no CAR, identificação da cobertura

vegetal fixação do percentual, alocação,

delimitação e registro das áreas de reserva

legal, preservação permanente, uso restrito e

eventual resolução de sobreposições de áreas;

II – Análise e aprovação da proposta de

regularização dos passivos ambientais de

áreas de preservação permanente, reserva

legal ou uso restrito, apresentada pelo

proprietário ou possuidor.

Os percentuais e formas de regularização das

áreas de reserva legal, preservação

permanente e uso restrito obedeciam aos

parâmetros da Lei Federal nº 12.651/2012

(Código Florestal).

O CAR continua sendo pré-requisito para a regularização ambiental.

A análise e a validação das informações permanecem seguindo a mesma regra anterior, porém caso a propriedade tenha passivos ambientais, seja de área de preservação permanente, de reserva legal ou de área de uso restrito, esta seguirá automaticamente para a fase de regularização ambiental da propriedade. O proprietário rural deve apresentar a proposta de regularização ambiental, e em seguida Sema convocará o proprietário para firmar os Termos de Compromisso IMPORTANTE: O não atendimento as

obrigações constantes nos termos de

compromisso implicarão na notificação do

compromissado e responsável técnico e

SUSPENSÃO do CAR e todas

AUTORIZAÇÕES, LICENÇAS emitidas

pela SEMA.

Porém ao reparar o dano ambiental que

deu causa à suspensão do CAR, haverá o

restabelecimento das autorizações e/ou

licenças ambientais que porventura foram

suspensas.

IMPORTANTE:

1. PRAZO: Permanece o mesmo, 31 de dezembro de 2017.

2. ADESÃO AO PRA: Na inscrição do CAR, deve informar o interesse em aderir ao Programa de Regularização Ambiental.

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AREA DE

RESERVA LEGAL

A lei diz que, quando a área de reserva legal

não for vetorizada no CAR, a área de

reserva legal, averbada a margem da

matrícula imobiliária ou assegurada por

Termo de Averbação Futura, esta deverá

ser comprovada por meio de documento

que identifique o seu perímetro e

localização, com a indicação das

coordenadas geográficas de todos os

vértices.

IMPORTANTE:

Quando a averbação ou o Termo não traga

as indicações necessárias ao registro da

reserva legal no SIMCAR, o proprietário ou

possuidor rural deverá retificar o CAR, para

lançar no sistema a vetorização da

respectiva reserva. Então fiquem atentos

a essa informação durante a retificação

no novo sistema.

O percentual e a localização da reserva

legal aprovados na Licença Ambiental

Única-LAU serão respeitados, caso tenham

sido devidamente averbados à margem da

matrícula do imóvel rural.

Área sobrando: O proprietário ou

possuidor de imóvel com Reserva Legal

conservada e inscrita no CAR, cuja área

ultrapasse o mínimo exigido, poderá utilizar

a área excedente para fins de constituição

de Servidão Ambiental, Cota de Reserva

Ambiental, Compensação e outros

instrumentos congêneres previstos nesta

Lei.

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A análise e validação das informações

declaradas no CAR serão concluídas após

a aprovação do quadro de áreas e registro

da Reserva Legal no SIMCAR.

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ÁREAS

CONSOLIDADAS

Na norma anterior somente conceituava e não regulamentava.

Para a validação das áreas consolidadas apresentadas na inscrição do CAR será avaliado se as mesmas foram antropizadas antes de 22 de julho de 2008 e se continuam sendo utilizadas, ressalvado o regime de pousio. Não será considerada área consolidada

aquela que tenha sofrido apenas

degradação florestal por queimada ou

exploração florestal eventual, conforme

classificação utilizada pelo Instituto

Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE.

Reserva Legal imóveis com até 4

módulos: Os imóveis rurais que detinham,

em 22 de julho de 2008, área de até 4

(quatro) módulos fiscais e que possuam

remanescente de vegetação nativa em

percentuais inferiores ao Código Florestal,

a Reserva Legal será constituída com a

área ocupada com a vegetação nativa

existente na referida data, vedado novas

aberturas (desmate).

Desmate após 22 de julho: Os

desmatamentos ocorridos no imóvel rural

após 22 de julho de 2008, ocorridos fora da

área passível de supressão de vegetação

nativa e sem autorização do órgão

ambiental competente, deverão ser objeto

de recomposição ou regeneração natural

dependendo das condições do imóvel.

Nesse caso, o proprietário responsável pelo

desmate deverá arcar com a reposição

florestal, além das sanções cabíveis

previstas na legislação vigente.

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TIPOLOGIA

FLORESTAL

A área de reserva legal deve ser em

concordância com a regra geral (Código

Florestal), seguindo também a normatização

Estadual.

No entanto em nosso Estado há diferentes

fitofisionomias florestais.

E quando havia discordância de tipologia pela

SEMA, era necessário a apresentação de um

Laudo Técnico Florestal para definição da

vegetação incidente sobre o imóvel e

quantificação do percentual de reserva legal. E

ainda a vistoria realizada pela SEMA.

Isso ocorria durante o processo de análise

ambiental do imóvel rural.

Agora a localização da área de Reserva

Legal no imóvel rural deverá levar em

consideração os seguintes estudos e

critérios:

I - o plano de bacia hidrográfica;

II - o Zoneamento Socioeconômico

Ecológico do Estado de Mato

Grosso;

III - a formação de corredores ecológicos

com outra Reserva Legal, com Área de

Preservação Permanente, com Unidade de

Conservação ou com outra área legalmente

protegida;

IV - as áreas de maior importância para a

conservação da biodiversidade;

V - as áreas de maior fragilidade ambiental.

IMPORTANTE:

Agora a apresentação do Laudo Técnico

será no momento da inscrição do CAR.

Veja o que diz a lei:

Havendo discordância entre a fitofisionomia

indicada pelo Mapa de Vegetação do

RADAMBRASIL e a existente no imóvel

rural, o proprietário ou possuidor rural

deverá apresentar relatório técnico de

tipologia vegetal, quando da inscrição no

CAR.

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Serão aproveitados os laudos de tipologia

(Laudo Técnicos) e as vistorias já

realizadas pela SEMA, em procedimentos

administrativos de licenciamento ambiental.

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BENEFÍCIOS DO

PRA

E

MULTAS

APLICADAS

O proprietário ou possuidor de imóvel rural que

aderiam ao PRA tinham direito aos seguintes

benefícios:

I - não autuação por infrações cometidas

antes de 22 de julho de 2008, relativas à

supressão irregular de vegetação em Áreas de

Preservação Permanente, de Reserva Legal e

de Uso Restrito e, enquanto estiver sendo

cumprido o termo de compromisso firmado;

II - suspensão das sanções decorrentes das

infrações cometidas antes de 22 de julho de

2008 relativas à supressão irregular de

vegetação em Áreas de Preservação

Permanente, de Reserva Legal e de Uso

Restrito, desde que cumpridas às obrigações

estabelecidas no PRA ou no termo de

compromisso para a regularização ambiental

das exigências previstas na Lei Federal nº

12.651, de 25 de maio de 2012, nos prazos e

condições neles estabelecidos.

§ 1º As multas decorrentes das infrações

mencionadas no inciso II serão consideradas

como convertidas em serviços de preservação,

melhoria e recuperação da qualidade do meio

ambiente, regularizando o uso de áreas rurais

consolidadas, após a comprovação do

cumprimento do termo firmado.

§ 2º O disposto no §1º aplica-se somente às

sanções impostas em desfavor da parte

compromissada e não se aplica às multas cujos

processos já foram julgados definitivamente na

esfera administrativa.

Os benefícios continuam os mesmos,

porém com algumas alterações.

Somente terão direitos aos benefícios,

aqueles que no momento da inscrição do

CAR aderiram ou aderirem ao PRA

(programa de regularização ambiental).

Aqueles que tem passivos e não fizeram

essa opção, faça-o no momento da

retificação do CAR.

• Enquanto estiver sendo cumprido o termo de compromisso, o proprietário ou possuidor de imóvel rural não poderá ser autuado por infrações cometidas antes de 22 de julho de 2008, relativas à supressão irregular de vegetação em Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal e de Uso Restrito;

• O Termo de Compromisso firmado pelo proprietário ou possuidor suspende a exigibilidade e a prescrição do ilícito administrativo praticado, durante o período definido para a regularização do passivo a que se refere o caput, não se efetuando a sua autuação, salvo se ele deixar de promover as medidas corretivas com as quais se comprometeu.

• Constatando o total cumprimento das obrigações ajustadas no termo, será extinta a punibilidade da infração administrativa.

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§ 3º A suspensão de que trata o inciso II não

impede a aplicação de penalidade a infrações

cometidas a partir de 22 de julho de 2008.

• Conversão da multa: O proprietário de imóvel rural que tiver sofrido autuação anterior a 22 de julho de 2008 e que aderir ao PRA, será beneficiado com a conversão da multa aplicada em prestação de serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente, regularizando o uso de áreas rurais consolidadas, se comprovada à recuperação total do dano ambiental objeto do Termo de Compromisso que deu causa à autuação.

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SOBREPOSIÇÃO

DE AREA

Constatada a sobreposição, o CAR ficava pendente, até que os responsáveis procedessem a retificação das informações declaradas. Enquanto não era solucionado o problema nenhuma atividade econômica era autorizada.

A divergência de sobreposição entre imóveis rurais será dirimida mediante a apresentação dos seguintes documentos, em ordem de preferência:

I - decisão judicial transitada em julgado; II - certificação expedida pelo INCRA, averbada à margem da matrícula do imóvel rural; III - matrícula do imóvel.

Quando houver sobreposição com imóveis

já cadastrados, serão identificados

eletronicamente.

Serão constatadas sobreposição entre

imóveis rurais, imóveis rurais com

assentamentos, com Terras Indígenas

interditadas ou declaradas e com Unidade

de Conservação.

Não serão consideradas áreas com

sobreposição entre imóveis e com

assentamento quando a justaposição não

ultrapassar 0,5% da extensão do menor

imóvel rural sobreposto, desde que esse

percentual não ultrapasse 0,25 hectares.

Quando houver a sobreposição pelo

deslocamento dos imóveis envolvidos,

caberá aos proprietários promover a

retificação dos cadastros.

Nos casos de sobreposição entre imóveis

rurais, serão solucionados pelo seguinte

critério de desempate, em ordem de

relevância:

I – Decisão judicial, liminar ou de mérito.

II – Matrícula do imóvel rural, com

averbação do memorial descritivo

georreferenciado e devidamente certificado

pelo INCRA;

III – matrícula do imóvel rural e memorial

descritivo georreferenciado, devidamente

certificado pelo INCRA;

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IV – Matrícula do imóvel;

V - Declaração pública consensual de

divisa;

Quando a sobreposição for com Terra

Indígena, deverá ser apresentada

justificativa, sob pena de impedimento

automático do CAR.

Poderá ser solucionada mediante a

apresentação de mídia digital do

georreferenciamento, com certificação e

averbação à margem da matrícula

imobiliária efetivadas após o ato de

declaração ou constituição das áreas

especialmente protegidas.

O CAR será CANCELADO quando

identificada a inexistência física do imóvel

rural no local informado pelo requerente.

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AVERBAÇÃO DA

RESERVA LEGAL

Obrigatoriamente era realizado durante o processo de licenciamento ambiental. Emitiam-se os Termos de Averbação de Reserva Legal, inclusive para a Posse (Averbação Futura). E esses Termos eram registrados em Cartório de Registro de Imóveis.

Agora, o registro da reserva legal no CAR desobriga a averbação desta área no Cartório de Registro de Imóveis. Agora o registro da reserva legal ficou mais simples. A SEMA assegurará o registro dessa área no CAR por meio da assinatura de um Termo de Compromisso emitido e assinado eletronicamente, disponibilizado no SIMCAR, contendo, no mínimo, a aprovação da sua localização, as suas características ecológicas básicas e a proibição de supressão da vegetação nativa para uso alternativo do solo. No entanto, se houver averbação da reserva legal à margem da inscrição da matrícula do imóvel, a SEMA deverá fazer o registro dessa informação no CAR. E o proprietário não é obrigado a fornecer essa informação, desde que essa averbação especifique o perímetro georreferenciado e a localização da reserva legal.

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TERMO DE

COMPROMISSO

JÁ FIRMADOS

Os Termos de Compromissos para a regularização ambiental do imóvel rural referentes às Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal e de Uso Restrito, firmados sob a égide da legislação anterior, desde que em vigência, poderão ser revistos para se adequarem ao disposto na Lei Federal nº 12.651, de 25 de maio de 2012. Se autoridade ambiental concluísse que

as obrigações já haviam sido cumpridas,

conforme o anterior instrumento de

ajustamento de conduta ainda em vigor,

não são suficientes para a adequação do

imóvel às regras do Código Florestal, será

emitido termo aditivo com as obrigações

ainda necessárias para a regularização.

Se fosse constatando pela SEMA que as

obrigações firmadas, no instrumento de

ajustamento de conduta anterior já

vencido, não foram cumpridas, a

confecção de novo Termo de

Compromisso para adequação do imóvel

rural às regras da Lei Federal nº 12.651,

de 25 de maio de 2012, ficará

condicionada ao pagamento das

penalidades imposta no instrumento

inadimplido.

A revisão do Termo de Compromisso (TC ou TAC) firmado com a SEMA sob a legislação anterior, poderá ser requerida na Sema. Havendo o descumprimento de Termo de

Compromisso ou quando constatadas novas

infrações ambientais, decorrentes de supressão

de Áreas de Preservação Permanente, Uso

Restrito e Reserva Legal, o proprietário ou

possuidor rural poderá ser notificado para

regularizar a situação ambiental de seu imóvel,

no prazo de até 90 (noventa) dias.

Entende-se por novas infrações ambientais as

ocorridas em momento posterior ao registro da

área de reserva legal no SIMCAR.

Não sendo atendida a notificação no prazo estipulado, o CAR será suspenso.

LICENCIAMENTO

AMBIENTAL

A construção, instalação, ampliação e

funcionamento de estabelecimentos e

atividades utilizadores de recursos

ambientais, efetiva ou potencialmente

poluidores ou capazes, sob qualquer

forma, de causar degradação ambiental

dependerão de prévio licenciamento

ambiental.

A regra permanece a mesma. Porém, houve

acréscimo de mais algumas licenças que não

estavam previstas.

A LAU (Licença Ambiental Única) volta a ser

exigida. É a Licença que avalia a localização,

autoriza a instalação e a operação de atividade

ou empreendimento, aprova as ações de

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A LAU havia sido substituída pela APF-Rural no ano de 2015. A Autorização Provisória de Funcionamento de Atividade Rural deverá ser requerida por aqueles que pretendam desenvolver atividade de agricultura e pecuária extensiva e semi-extensiva em imóveis rurais, independente de possuírem processos administrativos de licenciamento em trâmite na Secretaria de Estado de Meio Ambiente.

controle e monitoramento ambiental e

estabelece condicionantes ambientais para a

sua instalação e operação, em uma única

etapa.

Novas licenças criadas:

LOP (licença operação provisória): é

concedida, estabelecendo as condições de

realização ou operação de empreendimentos,

atividades, pesquisas e serviços de caráter

temporário ou para execução de obras que não

caracterizem instalações permanentes.

LIO (Licença de Instalação e Operação):

autoriza a implantação e a operação de obras

e atividades de infraestrutura, cuja natureza

não necessita de renovação da licença de

operação.

LOPM (Licença de Operação para Pesquisa

Mineral): autoriza a atividade de pesquisa

mineral com ou sem guia de utilização;

Os empreendimentos e as atividades

consideradas de reduzido impacto ambiental,

assim definidos no regulamento, poderão ser

autorizados mediante licenciamento

simplificado ou cadastro do empreendimento a

ser instruído com o termo de responsabilidade

assinado pelo titular do empreendimento e

Anotação de Responsabilidade Técnica ou

equivalente do profissional responsável.

A Licença Ambiental Única, expedida sob a

égide da legislação anterior, permanecerá

válida durante o prazo de sua vigência.

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A renovação da licença deverá ser requerida

com antecedência mínima de 120 (cento e

vinte) dias da expiração de seu prazo de

validade, ficando este automaticamente

prorrogado até a manifestação definitiva do

setor técnico competente da SEMA.

Novidade:

1. A LAU emitida com base na legislação anterior, só poderá autorizar a supressão de vegetação nativa, quando o quadro de áreas por ela aprovado não tiver sofrido alteração.

2. Poderá ser concedida autorização para teste, previamente à concessão da licença de operação, em caráter excepcional.

3. Todas as licenças terão termo de referência, e será indeferido aquele projeto que não atender ao respectivo termo.

4. Aquele empreendedor que adotar novas tecnologias, programas voluntários de gestão ambiental ou outras medidas que comprovadamente permitam alcançar resultados mais rigorosos do que os padrões e critérios estabelecidos pela legislação ambiental, a autoridade licenciadora deverá, motivadamente, estabelecer condições especiais no processo de licenciamento ambiental, incluindo:

I – redução de prazos de análise;

II – dilação de prazos de renovação

das licenças ambientais; ou

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III – outras medidas cabíveis, a critério

da autoridade licenciadora.

IMPORTANTE:

1. Os processos de licenciamento de atividades e empreendimentos em imóveis rurais, em andamento na SEMA, deverão ser desmembrados e adequados aos novos procedimentos de Cadastro, Regularização e Licenciamento Ambiental.

2. Quando o empreendedor que estiver exercendo atividade sem licença e solicitar a regularização espontânea da sua atividade, mediante apresentação de projeto de licenciamento, não lhe será aplicada autuação, desde que não seja constatado dano ambiental decorrente do exercício da atividade e este cumpra todas as notificações emitidas pela SEMA, no curso do processo de licenciamento ambiental

3. Os ofícios, intimações e notificações serão publicados eletronicamente em portal do SIMCAR.

4. O atendimento as obrigações, pendências, informações, complementações, esclarecimentos e demais exigências impostas pelo órgão ambiental estadual deverão ser atendidas em até 90 (noventa) dias, podendo ser prorrogado mediante solicitação e justificativa.

5. O não atendimento as exigências solicitadas, no prazo definido pelo órgão ambiental, ensejarão o indeferimento do requerimento.

6. Os projetos de licenciamento

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indeferidos pelo órgão ambiental estadual serão arquivados, podendo os documentos ser desentranhados do processo administrativo, a pedido do requerente.

7. Não serão arquivados os projetos indeferidos quando o empreendimento estiver instalado ou em operação, devendo ser realizada notificação, autuação e embargo, com o objetivo de instar o empreendedor a regularizar a situação.

8. As taxas utilizadas no processo de licenciamento arquivado poderão ser reaproveitadas, por uma única vez, desde que não tenha ocorrido a análise pelo órgão ambiental estadual.