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DIREITO REGISTRAL REGISTROS PBLICOS Joo Pedro Lamana Paiva Registrador / Tabelio de Protestowww.lamanapaiva.com.br

HISTRICO DO SISTEMA REGISTRAL BRASILEIRO: ANTERIOR AO CDIGO CIVIL DE 1916 Lei Oramentria n 317, de 21/10/1843, regulamentada pelo Decreto n 482, de 14/11/1846 - criou o Registro de Hipotecas (imveis e semoventes). Lei n 601, de 18/9/1850 e Regulamento n 1.318, de 30/1/1854 - instituiu o Registro do Vigrio nas respectivas parquias (circunscrio), da propriedade particular, com efeito declaratrio. Lei n 798, de 18/1/1852, instituiu o primeiro regulamento para o Registro Civil de Pessoas Naturais (teve sua execuo sobrestada por fora de um Decreto de 29/1/1852). Lei n 1.144, de 11/9/1861 e o Regulamento n 3.069, de 17/4/1863, disciplinava o Registro Civil de Pessoas Naturais No-Catlicas. Lei n 1.237, de 24/9/1864, regulamentada pelo Decreto n 3.453, de 26/4/1865 - o Registro de Hipotecas passou a denominar-se Registro Geral. Assim, foi criado o Registro de Imveis, substituindo a tradio pela transcrio. Lei n 3.272, de 5/10/1885 - tornou obrigatria a inscrio de todas as Hipotecas, inclusive as legais. Decreto n 9.886, de 7/3/1888, criou o Regulamento do Registro Civil, que entrou em vigor em 1 de janeiro de 1889, por fora do Decreto n 10.044, de 22/9/1888, acabando com os registros das pessoas catlicas nos livros eclesisticos. Decreto n 181, de 24/1/1890, promulgou a Lei sobre o Casamento Civil, estabelecendo todas as formalidades legais, no fazendo qualquer distino entre as religies. Decreto n 370, de 2/5/1890 - Proclamada a Repblica, veio para substituir a legislao anterior. Lei Federal n 973, de 2/1/1903, criou o Registro Especial de Documentos 1

Particulares. Foi regulamentada pelo Decreto n 4.775, de 16/2/1903, que denominou a nova serventia como Ofcio do Registro Especial e estabeleceu critrios de funcionamento. Sistema TorrensDecreto n 451-B, de 31/5/1890, regulamentado pelo Decreto n 955-A, de 5/11/1890 e

Lei n. 6015/77, arts. 277 e seguintes Criado no Brasil, em 1890. Serve para a legalizao da propriedade fundiria. Processo depurativo do domnio, pelo qual se afastam os vcios, defeitos e anomalias que o mesmo possa apresentar. Reconhecido judicialmente. Nenhuma ao reivindicatria ser oponvel contra o proprietrio de imvel matriculado no sistema torrens. Posterior ao Cdigo Civil de 1916 Lei n 3.071, de 1/1/1916 - instituiu o Cdigo Civil Brasileiro, que previu um Sistema de Registro Comum, mas obrigatrio. Decreto n 12.343, de 3/1/1917 - deu instrues para a execuo dos atos de registros institudos pelo CC. Lei n 4.827, de 7/2/1924; Decreto n 18.527, de 10/12/1928; Decreto n 4.857, de 9/11/1939, modificado pelo Decreto n 5.718, de 26/12/1940 - introduziu novas modalidades de registro. Decreto-lei n 1.000, de 21/11/1969 - atualizou as normas da legislao anterior, simplificando os trmites cartorrios. Lei n 6.015, de 31/12/1973, alterada pela Lei n 6.216, de 30/6/1975 atual Lei dos Registros Pblicos, regendo por completo a matria registral. Lei n 10.406, de 10/01/2002 - Instituiu o (Novo) Cdigo Civil, revogando a Lei n 3.071/1916 e a Primeira Parte da Lei n 556/1850 (Cdigo Comercial), mantendo o sistema registral vigente.

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TORRENS

CDIGO CIVIL

FACULTATIVO

OBRIGATRIO

- INATACVEL - jure et jure

ATACVEL jris tantum (art. 1.247).

- PERPTUO

No Estado do Rio Grande do Sul, permitida a renncia da situao jurdica e direitos decorrentes do Sistema Torrens, em virtude do aprimoramento do Sistema Comum (art. 494 e pargrafos da Consolidao Normativa Notarial e Registral Provimento 32/2006-CGJ). Cdigo Civil O Sistema Registral no Brasil MISTO: Constitutivo: cria um direito e gera a fico de conhecimento para o Brasil e o Mundo. Ex.: compra e venda de imvel. Declarativo: declara o direito. Ex.: nascimento. Lei N 11.382/2006-Penhora Certido Acautelatria (CPC, art.615-A): Finalidade: noticiar a formao de processo de execuo que pode alterar ou modificar o direito de propriedade; Averbada No Flio Real: matrcula; Comunicao Do Ato Ao Juzo: em 10 dias. Atos Posteriores A Averbao: presume-se em fraude execuo a alienao ou onerao;

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Registro x Averbao da Penhora (CPC, Art.659, 4): Procedimento registral da penhora - que anteriormente era efetivada no lbum imobilirio por ato de registro - o que ocasionava dificuldade em proceder ao ato, em virtude do princpio da qualificao documental , agora trata-se de ato de averbao; Finalidade: presuno absoluta de conhecimento por terceiros; Da Penhora On Line (CPC, art. 659, 6): Constrio judicial por meio eletrnico, poder ser feita no s em numerrio, como tambm, em bens mveis e imveis. Sistemas de Publicidade Especficos: Constitutivo - Ex.: hipoteca (Registro de Imveis) e associao (Registro Civil de Pessoas Jurdicas); Declarativo - Ex.: usucapio (exceo no Registro de Imveis) e bito (Registro Civil de Pessoas Naturais). PRECRIOS: quando no h um registro especfico-ativo. Ex.: carteira de trabalho (Registro de Ttulos e Documentos). Sistemas Especficos de Publicidade PESSOAS Registro Civil de Pessoas Naturais. Registro Civil de Pessoas Jurdicas e Registro da Atividade Empresarial (a cargo das Juntas Comerciais). NEGCIOS Registro de Ttulos e Documentos; Tabelionato de Protesto de Ttulos (art. 202, III e 397, CC); Registro Pblico de Empresas Mercantis; Centro de Registro de Veculos Automotores.

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BENS Registro de Ttulos e Documentos (bens mveis); Registro de Imveis (bens imveis). Segurana Jurdica do Sistema O Sistema Registral Brasileiro admitiu a presuno RELATIVA (juris tantum) de verdade ao ato registral, o qual, at prova em contrrio, atribui eficcia jurdica e validade perante terceiros (art. 252, da Lei 6.015/73 e art. 1.245 e segs., do CC). Ato Notarial X Ato Registral Receptor da vontade (ser imparcial em relao s partes) Conserva o documento

Saneia o negcio jurdico;

Prova um direito Gera publicidade (fico do conhecimento); Integra o ato jurdico

Conserva o documento;

Prova o negcio jurdico

Autentica a assinatura

Atividades Notarial e Registral- Natureza Jurdica Regime Jurdico (Lei n 8.935/94) Natureza Jurdica das Atividades Notarial e Registral ANTES DE 1988 - Eram considerados Servidores do Foro Extrajudicial, integrantes dos Servios Auxiliares da Justia.APS 1988 - Constituio Federal (art. 236, regulamentado pela Lei n 8.935/94) - os servios so exercidos em carter privado, por delegao do Poder Pblico.

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A natureza jurdica das Atividades Notarial e Registral de Direito Pblico ou de Direito Privado? O ato inscricional ato jurdico estatal, de direito pblico, posto que para eficcia privatstica.Pontes de Miranda A resposta para esta questo o cerne para resolver as questes relativas responsabilidade civil e aposentadoria dos Notrios e Registradores. Critrios para diferenciar Atividade Pblica da Privada A maioria da doutrina sustenta que o Direito Notarial e Registral Pblico. Entre eles: Gimnez Arnau, Castn, Roberto J. Pugliese, Pontes de Miranda e Leonardo Brandelli. ARGUMENTOS: Critrio Subjetivo: presena do Estado na pessoa do Notrio/Registrador; as atividades notarial e registral so do Estado. Critrio do Interesse Protegido: embora direcionada para atender aos interesses privados, serve mais ao interesse pblico, atravs da preservao da segurana jurdica e da paz social. Critrio da Natureza da Relao: h subordinao entre o Notrio/Registrador e o Estado. Alguns profissionais do Direito caracterizam as Atividades Notarial e Registral como sendo ATPICAS, HBRIDAS ou SUI GENERIS, pois para certos aspectos so consideradas PBLICAS (ingresso por concurso pblico, direitos e deveres etc.) e para outros efeitos so consideradas PRIVADAS (responsabilidade civil, previdncia social e aposentadoria). Os Notrios e Registradores devem observar os princpios que regem a Administrao Pblica, quais sejam: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia.

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Regime Jurdico dos Notrios e Registradores Lei n 8.935/94 Natureza e Fins (arts. 1 e segs.) ART. 1. So servios de organizao tcnica e administrativa. ART. 3. SINNIMOS: Notrio ou Tabelio e Oficial de Registro ou Registrador; So profissionais do Direito, dotados de F Pblica (atributo do ato, no da pessoa); Exerccio da atividade mediante DELEGAO. ART. 4. Princpio da eficincia. Dos Notrios e Registradores (arts. 5 e segs.) CATEGORIAS: Tabelies de notas; Tabelies e oficiais de registro de contratos martimos; Tabelies de protesto de ttulos; Oficiais de registro de imveis; Oficiais de registro de ttulos e documentos e civis das pessoas jurdicas; Oficiais de registro civis das pessoas naturais e de interdies e tutelas; Oficiais de registro de distribuio. Do Ingresso na Atividade Notarial e de Registro (arts. 14 e segs.) A delegao depende dos seguintes requisitos: habilitao em concurso pblico de provas e ttulos; nacionalidade brasileira (art. 37, I, da CF); capacidade civil; quitao com as obrigaes eleitorais e militares; diploma de bacharel em direito; verificao de conduta condigna para o exerccio da profisso. ART. 15, 2. Permite que candidatos no bacharis em Direito, mas desde que 7

contem com dez anos de exerccio em servio notarial ou de registro, obtenham a delegao atravs de concurso; Os concursos so realizados pelo Poder Judicirio; ART . 16. Concurso de Ingresso (provas e ttulos) e Concurso de Remoo (apenas ttulos); Dos Prepostos (arts. 20 e 21) ART. 20. GNERO: Escreventes. ESPCIES: Substitutos e Auxiliares. QUESTIONA-SE: O artigo 1864, I, do CC revogou o 4, do artigo 20, da Lei n 8.935/94? ART. 21. O gerenciamento administrativo e financeiro dos servios notariais e de registro da responsabilidade exclusiva do respectivo titular. Da Responsabilidade Civil, Penal e Administrativa dos Notrios e Registradores Responsabilidade Civil LEGISLAO: Art. 28, da Lei n 6.015/73 (Lei dos Registros Pblicos): Art. 28. Alm dos casos expressamente consignados, os oficiais so civilmente responsveis por todos os prejuzos que, pessoalmente, ou pelos prepostos ou substitutos que indicarem, causarem, por culpa ou dolo, aos interessados no registro. Pargrafo nico. A responsabilidade civil independe da criminal pelos delitos que cometerem. Art. 37, 6, da Constituio Federal: Art. 37. ...

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6 - As pessoas jurdicas de direito pblico e as de direito privado prestadoras de servios pblicos respondero pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsvel nos casos de dolo ou culpa. Ver RE 201.595-STF, adiante. Arts. 22 e segs., da Lei n 8.935/94 (Lei dos Notrios e Registradores): Art. 22. Os notrios e oficiais de registro respondero pelos danos que eles e seus prepostos causem a terceiros, na prtica de atos prprios da serventia, assegurado aos primeiros direito de regresso no caso de dolo ou culpa dos prepostos. Art. 38, da Lei n 9.492/97 (Lei de Protesto de Ttulos): Art. 38. Os Tabelies de Protesto de Ttulos so civilmente responsveis por todos os prejuzos que causarem, por culpa ou dolo, pessoalmente, pelos substitutos que designarem ou Escreventes que autorizarem, assegurado o direito de regresso. OBS.: Protesto para fins de falncia (Lei n 11.101/05). Ex.: O credor requer (ou no) o protesto especial. Arts. 927 e seguintes, da Lei n 10.406/02 (Cdigo Civil - CC): ... Art. 932. So tambm responsveis pela reparao civil: III o empregador ou comitente, por seus empregados, serviais e prepostos, no exerccio do trabalho que lhes competir, ou em razo dele. Art. 933. As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente, ainda que no haja culpa de sua parte, respondero pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos.

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Tese da Responsabilidade Subjetiva: Autores que defendem a tese da responsabilidade SUBJETIVA dos Registradores e Notrios: Caio Mrio da Silva Pereira, Carlos Roberto Gonalves, Rui Stoco, Arnaldo Marmitt, Claudinei de Melo, Clayton Reis e Vilson Alves. Para estes autores a responsabilidade subjetiva porque (i) os Notrios e Registradores so funcionrios pblicos a ttulo sui generis; (ii) exercem esta funo pblica atravs de delegao (longa manus do poder estatal - se no fosse funo pblica no haveria necessidade da delegao); (iii) so ... ... so titulares de f pblica, vinculados ao Poder Judicirio, que lhe fiscaliza os atos; e, (iv) so remunerados pelas partes mediante o pagamento dos emolumentos (natureza de taxa). Neste caso, a ao deve ser movida contra o Estado, cabendo a este cobrar regressivamente do Notrio ou do Registrador, no caso de culpa ou dolo. Podero o Registrador ou o Notrio acionar regressivamente seus prepostos, tambm no caso de culpa ou dolo. Neste sentido: RE 209.354, Rel. Min. Carlos Velloso, j. 2-3-1999, publicado na RTJ, 170:685; Agravo n 138.185/4, Comarca de Belo Horizonte; RE n 189.741-SP, 2 Turma; RE n 116.662-PR, 1 Turma, Ementa: Responsabilidade civil do Estado por dano causado a terceiro por tabelio. Artigo 107 da Emenda Constitucional n 1/69; Agravo de Instrumento n 252.764-DF, DJU 9-11-99, p. 157. Estes arestos tinham por base o 6, do artigo 37, da CF. Ver tambm: RT, 557:263; RJTJSP, 27:89; RJTJSP, 120:290; RT, 609:163). Casos exemplificativos de responsabilizao do Notrio e do Registrador, extrados do livro Responsabilidade Civil, de Carlos Roberto Gonalves, p. 485486: Defeitos formais do ttulo ou do registro que determinem a frustrao do fim perseguido com a interveno do Notrio ou do Registrador; Vcios que determinem a nulidade absoluta ou a relativa (venda de ascendente para descendente, sem anuncia art.496, do CC) ;

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Pela desacertada eleio do meio jurdico para a consecuo do fim proposto; Pelo deficiente assessoramento quanto s conseqncias do ato notarial (parte tributria etc.); Reconhecimento de firma falsa; Falta de especificao, no testamento, de haverem sido observadas todas as formalidades legais; Venda invalidada devido falsidade da procurao outorgada pelos vendedores, sendo a ao movida contra o(a) Notrio(a) que lavrou o instrumento pblico de mandato; Lavratura de escritura com violao das prescries legais (Ex.: Lei n 4.504/65, Lei n 5.709/71 etc.); Falta de imparcialidade; Violao de segredo profissional. Tese da Responsabilidade Subjetiva Direta: O Eminente Desembargador Dcio Antonio Erpen (Aposentado pelo TJRS), entende que a responsabilidade SUBJETIVA DIRETA, com a inverso do nus da prova. Neste caso, caber ao Notrio ou ao Registrador provar que no o responsvel pelo dano, ou que o dano inexiste, ou ainda que no agiu com culpa ou dolo (ver trabalhos sobre Aposentadoria Compulsria e Responsabilidade Civil, publicados nos Boletins Eletrnico do IRIB nos 131 e 132, de 29.9.1999 e 30.9.1999). J para o Desembargador Ricardo Dip (TJSP), a responsabilidade SUBJETIVA DIRETA, podendo a ao ser interposta contra o prprio Notrio ou Registrador, devendo o autor provar a culpa ou dolo. Para o Desembargador Dip, no se aplica o 6, do artigo 37, da CF, aos Notrios e Registradores, porque este dispositivo legal tem como sujeito responsvel pelo dano pessoas jurdicas, quer se trata de pessoas de direito pblico, quer de direito privado (ver trabalho intitulado Da Responsabilidade Civil e Penal dos Oficiais Registradores, publicado no Boletim Eletrnico do IRIB n 551, de 15.10.2002). 11

Tese da Responsabilidade Objetiva: Autores que admitem a tese contrria (responsabilidade OBJETIVA dos Notrios e Registradores): Jos de Aguiar Dias, Humberto Theodoro Jnior, Antonio Lindberg Montenegro, Cretela Junior, Yussef Said Cahali e Jos Renato Nalini. Para estes autores a responsabilidade objetiva porque (i) os Notrios e Registradores no so mais agentes do Poder Pblico, em virtude de exercerem os servios para os quais receberam delegao em carter privado, bem como porque (ii) assumem posio semelhante das pessoas jurdicas de direito privado prestadoras de servios pblicos. Particularmente, desde a vigncia da Lei n 8.935/94, tambm entendo que a responsabilidade dos Notrios e Registradores OBJETIVA. Neste sentido: RE 201.595, Rel. Min. Marco Aurlio, j. 28-11-2000, RTJ, 178:418. Tendo em vista o julgamento da ADIn n 2602, em novembro de 2005, fixando que no se aplica a aposentadoria compulsria aos 70 anos de idade aos Registradores e Notrios porque eles exercem funo pblica em carter privado, por delegao do Poder Pblico, no preenchendo cargos pblicos, o Supremo Tribunal Federal passou a entender a natureza jurdica destas atividades e, por via de conseqncia, provavelmente consagrar a responsabilidade objetiva (pelo exerccio da atividade de forma privada). Responsabilidade Penal LEGISLAO: Art. 28, da Lei n 6.015/73 (Lei dos Registros Pblicos): Art. 28. .... Pargrafo nico. A responsabilidade civil independe da criminal pelos delitos que cometerem. Arts. 23 e 24, da Lei n 8.935/94 (Lei dos Notrios e Registradores): Art. 23. A responsabilidade civil independe da criminal. Art. 24. A responsabilidade criminal ser individualizada, aplicando-se,

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no que couber, a legislao relativa aos crimes contra a administrao pblica. Pargrafo nico. A individualizao prevista no caput no exime os notrios e os oficiais de registro de sua responsabilidade civil. Responsabilidade Administrativa 1.Das Incompatibilidades e Impedimentos; 2.Dos Direitos e Deveres; 3.Das Infraes Disciplinares e das Penalidades; 4.Da Fiscalizao pelo Poder Judicirio. Das Incompatibilidades e dos Impedimentos (arts. 25 e segs.) Incompatibilidades: O exerccio da atividade notarial e de registro incompatvel com o da advocacia, o da intermediao de seus servios ou o de qualquer cargo, emprego ou funo pblicos, ainda que em comisso (art. 25, da Lei n 8.935/94). H compatibilidade, porm, com a investidura em mandato de Vereador, quando houver compatibilidade de horrios (art. 38, III, da CF). ADIn 1531. Impedimentos: Atos de interesse pessoal, ou de seu cnjuge ou de parentes, na linha reta, ou na colateral, consangneos ou afins, at o terceiro grau. Dos Direitos e Deveres (arts. 28 e segs.) Os Notrios e Registradores so INDEPENDENTES no exerccio de suas atribuies e s perdero a delegao nas hipteses previstas em lei. Direitos: percepo dos emolumentos (art. 28); exercer opo, quando do desmembramento ou desdobramento de sua serventia; organizar associaes ou sindicatos de classe e deles participar. Deveres: ver artigo 30.

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Das Infraes Disciplinares e das Penalidades (arts. 31 e segs.) Os deveres dos Notrios e dos Registradores esto previstos no artigo 30, da Lei n 8.935/94. O descumprimento destes deveres poder ensejar uma responsabilizao administrativa, aplicada pelo juzo competente (CorregedorGeral da Justia e Juiz de Direito Diretor do Foro). Infraes Disciplinares (art. 31) Penas (art. 32) - a falta de critrios para valorao das penas acarreta sua inconstitucionalidade, pois permite poder discricionrio muito amplo ao Juzo Corregedor. Perda Da Delegao: sentena judicial transitada em julgado; ou deciso decorrente de processo administrativo instaurado pelo juzo competente, assegurado amplo direito de defesa (Lei Estadual n 10.098). OBS.: Nestes casos, dever haver previso legal em lei especfica e dever haver meno expressa perda da delegao. Da Fiscalizao pelo Poder Judicirio (arts. 37 e segs.) A fiscalizao judiciria sobre os atos notariais e de registro. Da Extino da Delegao (art. 39) CAUSAS: 1.Morte; 2.Aposentadoria facultativa; 3.Invalidez; 4.Renncia; 5.Perda, nos termos do artigo 35; 6.Descumprimento, comprovado, da gratuidade estabelecida NA LEI N 9.534/97 (inciso includo pela Lei n 9.812/99 - aplicvel aps serem 14

impostas as penalidades previstas nos artigos 32 e 33). OBS.: Como se pode ver, no foi prevista como causa de extino da delegao a aposentadoria compulsria, porque esta no se aplica a Notrios e Registradores. Da Seguridade Social (art. 40) Os Notrios, Oficiais de Registro, Escreventes e Auxiliares so vinculados Previdncia Social. No se aplica a aposentadoria compulsria aos Notrios e Registradores, pois no so titulares de cargos efetivos. Logo, Registradores e Notrios no se enquadram no artigo 40, 1, II, da CF (ADIn n 2602, de novembro de 2005). Registros Pblicos CONCEITO: Os Registros Pblicos a que se refere a Lei n 6.015/73 destinam-se a constituir, comprovar e dar publicidade a fatos e atos jurdicos, constituindo meios de provas especiais, cuja base primordial reside na publicidade e tem no Direito a funo de tornar conhecidas (pblicas) certas situaes jurdicas, prevenindo direitos que repercutem na esfera jurdica de terceiros. Objeto A lei tem por objetivo o ato de REGISTRO (latu sensu), equivalente a lanar em livro prprio destinado a escriturao de documentos e/ou declaraes. registro latu sensu compe-se da matrcula, do registro stricto sensu (compra e venda, nascimento etc), da averbao (construo, casamento etc.) e da anotao (bito no assento de nascimento). Finalidades Os Registros Pblicos tm por finalidade dar publicidade, autenticidade, segurana jurdica e eficcia aos atos e fatos jurdicos registrados, averbados e/ou anotados (art. 1 da Lei n 6.015/73).

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Efeitos CONSTITUTIVO - sem o registro o direito no nasce (Ex.: emancipao); COMPROBATRIO - o registro prova a existncia e a veracidade do ato ao qual se reporta (Ex.: usucapio); PUBLICITRIO - o ato registral acessvel ao conhecimento de todos, salvo raras excees (Ex.: adoo judicial). Sistemas Especficos de Publicidade Das Pessoas (Cdigo Civil) Registro Civil de Pessoas Naturais; Registro Civil de Pessoas Jurdicas; Registro Civil de Pessoas Naturais O Registro Civil de Pessoas Naturais tem por finalidade comprovar os fatos e atos da vida civil, capazes de gerar direitos e obrigaes. Do registro decorrem importantssimas relaes de direito concernentes famlia, sucesso, organizao poltica do Estado e a sua prpria segurana interna e externa. Tem nele uma fonte de estatstica de sua populao.Informa a biografia jurdica de cada sujeito de direito. Da Personalidade e da Capacidade Civil ART. 2. A personalidade civil da pessoa comea do nascimento com vida; mas a lei pe a salvo, desde a concepo, os direitos do nascituro. ART. 3. So absolutamente incapazes: os menores de dezesseis anos; os que, por enfermidade ou deficincia mental, no tiverem o necessrio discernimento para a prtica desses atos; os que, mesmo por causa transitria, no puderem exprimir sua vontade.

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ART. 4. So incapazes relativamente: os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; os brios habituais, os viciados em txicos, e os que, por deficincia mental, tenham o discernimento reduzido; os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo; os prdigos. OBS.: Como ao Registrador no cabe a anlise de provas, ocorrem casos em que difcil precisar a capacidade de um sujeito de direito (Ex: Sndrome de Down). ART. 5. A menoridade cessa aos 18 (dezoito) anos completos, quando a pessoa fica habilitada prtica de todos os atos da vida civil. Pargrafo nico. Cessar, para os menores, a incapacidade: I - pela concesso dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento pblico, independentemente de homologao judicial, ou ... II - ... ART. 7. Pode ser declarada a morte presumida, sem decretao de ausncia: I - se for extremamente provvel a morte de quem estava em perigo de vida; II - se algum, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, no for encontrado at 2 (dois) anos aps o trmino da guerra. Pargrafo nico. A declarao de morte presumida, nesses casos, somente poder ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguaes, devendo a sentena fixar a data provvel do falecimento.

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Direitos da Personalidade So direitos intransmissveis e irrenunciveis - arts. 11 e 12. DIREITO AO CORPO (arts. 13 a 15): Vedao da eutansia; Disposio gratuita, para depois da morte. Ex.: doao para estudo cientfico. Escritura Pblica ou por Instrumento Particular? DIREITO AO NOME (art. 16 a 18): Proteo do pseudnimo (art. 19). DIREITO IMAGEM (art. 20): Sem autorizao, no permitida a publicao de uma entrevista. DIREITO PRIVACIDADE (art. 21):A vida privada da pessoa natural inviolvel.

Enunciados Aos Artigos Do Cdigo Civil O Conselho da Justia Federal disponibilizou no portal da Justia Federal, enunciados produzidos durante IV Jornada de Direito Civil, realizada em outubro de 2006, estabelecendo normas de interpretao atinentes aos artigos 11, 12, 13, 14, 18 e 20 do Cdigo Civil. Atos Registrveis (art. 9) I - os nascimentos, casamentos e bitos; II - a emancipao por outorga dos pais ou por sentena do juiz; III - a interdio por incapacidade absoluta ou relativa; IV - a sentena declaratria de ausncia e de morte presumida. OBS.: art. 1.525, V (registro de sentena de divrcio). Ser ou no registrado o divrcio no Livro E? No Rio Grande do Sul, o Provimento n. 32/06CGJ preconiza em seu artigo 163 que sero procedidos os registros das sentenas de separao, restabelecimento da sociedade conjugal e do divrcio no Livro E.

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Lei N 11.441/07 Inventrio, partilha, separao e divrcio consensuais por via administrativa A Lei 11.441/07, que alterou o Cdigo de Processo Civil, estabeleceu inovaes de grande utilidade ao sistema legal brasileiro, possibilitando a realizao de As inventrio, partilha, separao e divrcio consensuais, por via pblicas de separao/divrcio consensuais e de administrativa e/ou extrajudiciais. Diante disso, pergunta-se: escrituras restabelecimento da sociedade conjugal, reguladas por esta lei, so registrveis ou averbveis ? O CNJ entendeu que desnecessrio o registro da escritura pblica decorrente da Lei 11.441/07 no Livro E, nos termos do artigo 10 da Resoluo n. 35/2007. Atos Averbveis (art. 10) I - sentenas que decretarem a nulidade ou anulao do casamento, o divrcio, a separao judicial e o restabelecimento da sociedade conjugal; II - os atos judiciais ou extrajudiciais que declararem ou reconhecerem a filiao; III - os atos judiciais ou extrajudiciais de adoo. OBS.: Art. 1.623, pargrafo nico (adoo). Foi extinta a escritura pblica? Procede-se sempre o cancelamento do registro primitivo e um novo registro, ou apenas uma averbao no registro original? Atos Realizados no Exterior Os assentos de nascimento, bito e casamento de brasileiros em pas estrangeiro, reger-se-o pelas normas estabelecidas no art. 7, da LICC; nos arts. 31, 32 e 33, da Lei n 6.015/73; e, nos arts. 44 e segs. da Consolidao Normativa Notarial e Registral. OBS.: Ver artigo publicado no site www.arpenbrasil.org.br, de autoria da Registradora Ftima Cristina Reynaldo Caldeira. Da Trasladao do Nascimento Formas de Aquisio da Nacionalidade:originria;

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Derivada;

ORIGINRIA (2 critrios); jus soli (nacionalidade do lugar onde nasceu); jus sanguinis (nacionalidade igual a dos seus ascendentes). DERIVADAnaturalizao

(ato de vontade).

Art. 12, I, alneas a, b e c, da C.F. Alneas a: nascidos no territrio brasileiro, ainda que de pais estrangeiros, desde que no estejam a servio de seu Pas. Alnea b: nascidos no estrangeiro, desde que os pais estejam a servio do Brasil.

Alnea c:

os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de me

brasileira, desde que sejam registrados em repartio brasileira competente ou venham a residir na Repblica Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; (Redao dada pela Emenda Constitucional n 54, de 20 de setembro de 2007) ANTERIORMENTE A EMENDA 54/07 No caso da alnea c, a certido de nascimento lavrada em repartio brasileira (Consulado) ou estrangeira, que tiver de produzir efeitos no Brasil, dever ser trasladada no Livro E. Na certido expedida, dever ser observado o seguinte: Se lavrado o registro em Consulado at a vigncia da E. C. n 3, de 7/6/1994, no constar qualquer observao quanto a necessidade de opo. Se lavrado aps a vigncia da E. C. n 3/94, dever constar observao quanto opo. Se lavrado em reparties estrangeiras, constar sempre tal observao (Ex.: Esta certido apenas valer como prova da nacionalidade brasileira quando realizada a opo da nacionalidade, nos termos da lei).

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APS A EMENDA 54/07 A Emenda Constitucional n 54/2007, acrescentou o artigo 95 no Ato das Disposies Constitucionais Transitrias, o seguinte: Art. 95. Os nascidos no estrangeiro entre 7 de junho de 1994 e a data da promulgao desta Emenda Constitucional (20 de setembro de 2007), filhos de pai brasileiro ou me brasileira, podero ser registrados em repartio diplomtica ou consular brasileira competente ou em ofcio de registro, se vierem a residir na Repblica Federativa do Brasil

So brasileiros natos: Os nascidos no estrangeiro, filhos de pai brasileiro ou me brasileira, ainda que no residam no Brasil e nem optem pela nacionalidade brasileira, desde que Registrados em Reparties. Os nascidos no Exterior que vierem a residir no Pas sem registro nas Reparties Diplomticas ou Consulares, desde que Registrados no RCPN. Prazo: Os nascidos no estrangeiro entre 7 de junho de 1994 e 21 de setembro de 2007.

Da Trasladao do Casamento O art. 1.544, do CC 02, estabelece o seguinte: O casamento de brasileiro, celebrado no estrangeiro, perante as respectivas autoridades ou os cnsules brasileiros, dever ser registrado em cento e oitenta dias, a contar da volta de um ou de ambos os cnjuges ao Brasil, no cartrio do respectivo domiclio, ou, em sua falta, no 1 Ofcio da Capital do Estado em que passarem a residir. OBS.: E se passar do prazo, o que acontecer? No h previso. Da Trasladao do bito Sem maiores problemas, bastando que o falecido fosse brasileiro. Atos Realizados A Bordo de Navios e em Campanha Observar as disposies previstas nos artigos 31, 51, 64, 65, 84, 85 e 86, da LRP. Livros do Registro Civil de Pessoas Naturais A - para o registro de nascimentos e para as averbaes dos atos judiciais 21

ou extrajudiciais que declararem ou reconhecerem a filiao, bem como para a averbao dos atos judiciais ou extrajudiciais de adoo (arts. 9 e 10); B - para o registro de casamentos e para as averbaes das sentenas que decretarem a nulidade ou anulao do casamento, o divrcio, a separao judicial e o restabelecimento da sociedade conjugal (arts. 9 e 10); B- Auxiliar - para o registro de casamento religioso para efeitos civis (art. 1.515 e 1.516 - efeitos gerados a partir da celebrao. No RS a transformao da unio estvel em casamento tambm registrada no Livro B- Auxiliar (Provimento n. 32/06, arts. 148 e seguintes); C - para o registro de bito e da sentena declaratria de morte presumida; C Auxiliar - para o registro de natimorto (art. 33, V da LRP); D - para o registro dos proclamas (art. 33, VI, da Lei 6.015/73); E - para os registros dos demais atos relativos ao estado civil, tais como emancipao, interdio, sentena declaratria de ausncia, opo de nacionalidade, separao e divrcio consensuais e do restabelecimento da sociedade conjugal (arts. 9 e 10, do CC 02 e 33, pargrafo nico, da Lei n 6.015/73 e Lei 11.441/07). OBS: Haver tambm o Livro Tombo e o Protocolo de Correspondncias Recebidas e Expedidas. Do Nascimento ANTES DA CF 88 - Admitia a discriminao entre os filhos havidos na constncia do casamento, dos percebidos fora do enlace matrimonial. APS A CF 88 - Com o advento da nova Constituio, todos os filhos passaram a ser iguais perante a lei (artigo 227, 6, da CF). Art. 1.596 e segs. do Cdigo Civil. Competncia e Prazo O caput do art. 50 da Lei n 6.015/73 (Lei dos Registros Pblicos) assim estabelece: Todo nascimento que ocorrer no territrio nacional dever ser dado a

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registro, no lugar em que tiver ocorrido o parto ou no lugar da residncia dos pais, dentro do prazo de quinze dias, que ser ampliado em at trs meses para os lugares distantes mais de trinta quilmetros da sede do cartrio. Declarao De Nascimento A ordem prevista no art. 52 da Lei n 6.015/73 foi alterada pelo art. 226, 5, da CF (tacitamente), que previu a igualdade de direitos entre homem e mulher. Quanto ao estado civil, o Oficial do Registro indagar e solicitar a comprovao do(a)(s) declarante(s). Se os pais forem casados, qualquer um deles poder comparecer no ato, portando a certido de casamento. Caso contrrio, dever comparecer o pai com um documento de identidade da me, ou devero comparecer os dois para declarar o nascimento com a filiao completa. Outrossim, no registro de nascimento de um menor apenas com a maternidade estabelecida, o Oficial do Registro indagar a me sobre a paternidade do menor, esclarecendo-a quanto a realizao da averiguao oficiosa, consoante determina o artigo 2, da Lei n 8.560/92. No tocante a capacidade civil, questiona-se se o menor de idade relativamente incapaz poder declarar o nascimento de seu filho independentemente de assistncia? Entendo que no h a necessidade de assistncia, porque se trata de ato personalssimo e considerando que o relativamente incapazes tm capacidade para testar (arts. 1.609, III e 1.860, pargrafo nico), para casar (art. 1.517), para ser testemunha, para reconhecer filhos (art. 1.609), inclusive, e para responder por ato infracional (arts. 103 e 171 e segs. da Lei n 8.069/90). J o menor absolutamente incapaz dever estar representado (art. 1.634, V). Documentos Necessrios para o Registro Se o PAI e a ME forem casados a mais de cento e oitenta (180) dias (art. 1.597, I), os documentos necessrios para proceder ao registro so os seguintes: a certido de casamento e/ou as carteiras de identidade ou outro

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documento (com foto) que mencione o casamento de quem estiver declarando o nascimento (que poder ser o pai ou a me); a declarao de nascido vivo (DNV) fornecida pelo hospital. Se o PAI e a ME no forem casados ou se forem casados a menos de cento e oitenta (180) dias, podero comparecer juntos no cartrio ou no Posto de Atendimento do Hospital, ou poder comparecer somente o pai (*) para declarar o nascimento, apresentando os seguintes documentos: carteira de identidade do PAI e da ME (no documento desta, dever constar o nome completo da me e os dos avs maternos da criana); declarao de nascido vivo (DNV) fornecida pelo hospital, onde coincida o nome da me. (*) Ver Provimento n32/06-CGJ/RS, art. 98.

O registro de nascimento conter (art. 54, da Lei n 6.015/73): o dia, ms, ano e lugar do nascimento e a hora certa, sendo possvel determin-la, ou aproximada; o sexo do registrando; o fato de ser gmeo, quando assim tiver acontecido; o nome e o prenome atribudos criana a declarao de que morreu no ato ou logo aps o parto, quando isto ocorrer; os nomes e prenomes, a naturalidade, a profisso dos pais, a idade da genitora do registrando, em anos completos na ocasio do parto, e o domiclio ou a residncia do casal; os nomes e prenomes dos avs maternos e paternos. Questes Peculiares do Nascimento Nomeno

se registraro prenomes ridculos (quando os pais no se

conformarem com a recusa do Oficial, a requerimento, este suscitar dvida ao

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juzo competente art. 296 da Lei n 6.015/73 - LRP);o

interessado, no primeiro ano aps atingir a maioridade, poder requerer

a alterao do seu nome, se no prejudicar os apelidos de famlia (art. 56 da LRP ver Lei n 3.764/60, que estabelece o procedimento);permitir-se-

a

alterao

posterior,

somente

por

exceo

e

motivadamente (art. 57 da LRP); Artigo 57, 8 O enteado ou a enteada, havendo motivo pondervel e na forma dos 2o e 7o deste artigo, poder requerer ao juiz competente que, no registro de nascimento, seja averbado o nome de famlia de seu padrasto ou de sua madrasta, desde que haja expressa concordncia destes, sem prejuzo de seus apelidos de famlia.a

mulher solteira, separada, divorciada ou viva, a viver com homem

solteiro, separado, divorciado ou vivo e havendo motivo pondervel, poder requerer a averbao do patronmico (sobrenome) do companheiro (art. 111 da CNNR).

Registro de Natimorto nascendo morta a criana, realizar-se- o registro no Livro C-Auxiliar; morrendo na ocasio do parto, mas tendo respirado (nascido com vida), efetuar-se-o os dois assentos, o de nascimento e o de bito, com remisses recprocas. Registro Tardio

Art. 46. As declaraes de nascimento feitas aps o decurso do prazo legal sero registradas no lugar de residncia do interessado. 1o O requerimento de registro ser assinado por 2 (duas) testemunhas, sob as penas da lei.

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3o O oficial do Registro Civil, se suspeitar da falsidade da declarao, poder exigir prova suficiente. 4o Persistindo a suspeita, o oficial encaminhar os autos ao juzo competente. 5 Se o Juiz no fixar prazo menor, o oficial dever lavrar o assento dentro em cinco (5) dias, sob pena de pagar multa correspondente a um salrio mnimo da regio. (Redao dada pela Lei n 11.790, de 2008). As declaraes de nascimento feitas aps o decurso do prazo legal (15 ou 60 dias) somente registrar-se-o mediante requerimento, assinado por duas testemunhas, no lugar da residncia do interessado (art. 46, art. 50 e art. 52 da Lei n 6.015/73). Em virtude do pargrafo 3 do artigo 46, dispensada a autorizao judicial, independentemente da idade do registrando, salvo se:

o Oficial do Registro Civil desconfiar/suspeitar de falsidade da declarao,poder solicitar produo de prova suficiente do fato alegado: ouvindo pessoas que conheam o Requerente;

Persistindo a dvida, a sim, ser encaminhado para o Juzo Competente.

Requerimento Pelo pai e pela me, aps os prazos legais, se o registrando incompletos; Pelo registrando, assistido pelo pai e pela me, se tiver entre dezesseis e dezoito anos de idade incompletos tiver at dezesseis anos de idade

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(art. 1.634, inciso V, do CC) e Pelo registrando, pessoalmente, se tiver mais de dezoito anos de idade. O requerimento de registro ser assinado por 2 (duas) testemunhas, sob as penas da lei. Requerimento acompanhado de documentos: O requerimento dever ser formulado diretamente ao Oficial do Registro Civil e ser instrudo com os seguintes documentos:Cpia da certido de batismo do registrando, se houver; Cpia da certido de casamento ou de nascimento dos pais; Cpia da Certido de Nascimento ou de casamento de irmos,

se houver.Cpia de documento de identificao dos pais; Certido negativa do registro civil do local de residncia dos

pais na poca do nascimento; Declarao dos pais do motivo de no terem promovido o

registro e Certido negativa da Justia Eleitoral, do Servio Militar e de

antecedentes criminais, se o registrando tiver mais de dezoito anos de idade. At o prazo de validade da DNV, no ser exigida, pelo Oficial do Registro Civil, Certido Negativa. Para os nascimentos domiciliares, o Oficial do Registro Civil de Pessoas Naturais emitir a DNV independentemente da data do nascimento.

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Quanto s assinaturas no assento de registro de nascimento? Ser exigida a assinatura somente do declarante? Ou ser necessrio tambm que as testemunhas assinem o assento de registro tardio? Art. 13, II, Art. 37 e Art. 46 da LRP Registro do Exposto e do Menor Abandonado (art. 61, da LRP e art. 124, do Provimento n 32/06-CGJ/RS) Todo menor em situao irregular dever ter seu registro de nascimento, com a atribuio de nome levando em considerao as circunstncias locais, histricas e pessoais com o fato (v. g., nomes de rvores, praas, ruas, pssaros etc.). Compete ao Juzo da Infncia e da Juventude determinar, em medida incidental, a expedio de mandado para registro do nascimento. O mandado dever especificar as circunstncias determinantes do registro, para averbao margem.

MODELO DE REGISTRO DE MENOR EXPOSTO E/OU ABANDONADO REGISTRO CIVIL DE PESSOAS NATURAIS TERMO DE NASCIMENTO N ... Livro N A-...- Folha N...No dia vinte e trs (23) do ms de julho (7) do ano de dois mil e quatro (2004), nesta cidade de SAPUCAIA DO SUL, no SERVIO DE REGISTRO CIVIL DE PESSOAS NATURAIS, compareceu Fulano de Tal (qualificar), e declarou que no dia vinte (20) do ms de junho (6) do ano de dois mil e quatro (2004), nesta cidade, s vinte horas e trinta minutos (20h.30min.), nasceu uma criana do sexo masculino, que recebeu o nome de JOO ORQUDEA DA ROSA, filho de MANOEL DA ROSA (qualificar sem o estado civil) e de TERESA ORQUDEA DA ROSA (qualificar sem o estado civil, incluindo a idade). Sendo avs paternos: PEDRO DA ROSA e JOAQUINA LIMA DA ROSA e, avs maternos: PAULO ORQUDEA e JOANA CURI ORQUDEA. Registro procedido nos termos dos artigos 95 e seguintes, da Consolidao Normativa Notarial e Registral. Nada mais foi declarado. Do que para constar, foi lavrado este termo, que lido e achado conforme,

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vai assinado pelo declarante. Eu, Joo Pedro Lamana Paiva, Registrador, conferi, subscrevo e assino. DeclaranteJoo Pedro Lamana Paiva - Registrador Emolumentos:Nihil-De acordo com a Lei nmero 9534/97.

MODELO DE AVERBAO MARGEM DO TERMO

AV-1 - Procede-se a esta averbao para ficar constando que o registro foi realizado em virtude de Mandado Judicial datado de vinte e dois (22) de julho (7) de dois mil e quatro (2004), assinado pelo Exmo. Sr. Dr. ..., Juiz de Direito desta Comarca, por se tratar de MENOR EXPOSTO, encontrado no ptio da casa do declarante, ao lado de uma flor, vestindo um macaco vermelho com o emblema do Sport Club Internacional, com uma touca e sapatinho de l brancos. Nada mais constava. Sapucaia do Sul, 23 de julho de 2004. Eu, Beltrana de Tal, escrevi e assina o Registrador: Joo Pedro Lamana Paiva.

MODELO DE CERTIDO DE REGISTRO DE MENOR EXPOSTO E/OU ABANDONADO

CERTIDO DE NASCIMENTO CERTIFICO que se acha registrado nesta Serventia, no Livro de Registro de Nascimento de nmero ..., folha ..., sob o nmero ..., o assento de nascimento de JOO ORQUDEA DA ROSA, do sexo masculino, nascido no dia vinte (20) do ms de junho (6) do ano de dois mil e quatro (2004), nesta cidade, s vinte horas e trinta minutos (20h.30min.), filho de MANOEL DA ROSA e de TERESA ORQUDEA DA ROSA. Sendo avs paternos: PEDRO DA ROSA e JOAQUINA LIMA DA ROSA e, avs maternos: PAULO ORQUDEA e JOANA CURI ORQUDEA. O referido verdade e dou f. Sapucaia do Sul, 23 de julho de 2004. Joo Pedro Lamana PaivaRegistradorEmolumentos:Nihil-De acordo com a Lei nmero 9534/97 (1 via).

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Do Reconhecimento De Filho (arts. 1.607 e segs.) ato personalssimo, pois envolve direitos indisponveis do estado da pessoa e ser realizado das seguintes formas: - no prprio termo de nascimento; - atravs de escritura pblica ou de escrito particular, a ser arquivado em cartrio; - por testamento, ainda que incidentalmente manifestado; - por manifestao expressa e direta perante o juiz, ainda que o reconhecimento no haja sido o objeto nico e principal do ato que o contm. O artigo 2, da Lei n 8.560/92, assim estabelece: Em registro de nascimento de menor apenas coma maternidade estabelecida, o oficial remeter ao juiz certido integral do registro e o nome e prenome, profisso, identidade e residncia do suposto pai, a fim de ser averiguada oficiosamente a procedncia da alegao. Assim, a averiguao oficiosa de paternidade acima mencionada, uma vez que no houve previso expressa no NCC, foi ou no revogada? Entendo que no foi revogada, pois se trata de um instrumento muito eficaz e clere para que o menor tenha sua filiao completa, evitando o processo judicial de investigao de paternidade. Todavia, o Projeto Fiuzza, que tramita no Congresso Nacional, revoga totalmente dita lei. E agora, devemos ficar atentos! O filho maior no pode ser reconhecido sem o seu consentimento. ato irrevogvel, mesmo quando feito em testamento. Do Casamento CAPACIDADE Idade mnima, tanto para homem quanto para mulher, de dezesseis (16) anos (art. 1.517). Quando menores, exige-se o consentimento de ambos os pais.Excepcionalmente, ser permitido o casamento de menores de dezesseis (16) anos, para evitar imposio ou cumprimento de pena criminal (alterado) ou em caso de gravidez, desde que esta seja devidamente comprovada ao Oficial de Registro (art. 1.520).

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IMPEDIMENTOS

CAUSAS SUSPENSIVAS

No PODEM casar:

No DEVEM casar:

ART. 1.521

ART. 1.523

ABSOLUTO

As causas previstas em lei impossibilitam momentaneamente o registro

A infringncia da norma gera a NULIDADE

Se o juiz ou o registrador tiverem conhecimento, sero obrigados a declar-lo

Habilitao de Casamento (Novo Cdigo Civil e Lei n 6.015/73) Recebendo o requerimento de habilitao, instrudo com os documentos exigidos pela lei civil (art. 1.525), o Oficial atentar para a observncia, especialmente, das normas legais e regulamentares relativas idade dos nubentes, aos impedimentos e s causas suspensivas, ao uso do nome pelos nubentes (art. 1.565, 1 - qualquer dos nubentes poder acrescer ao seu o sobrenome do outro - uniformidade) e ao regime de bens. Autuado o requerimento e afixado o edital de proclamas, aps a audincia do Ministrio Pblico, ser homologada a habilitao pelo juiz (art. 1.526). Estando habilitados os nubentes, o Oficial certificar a circunstncia nos autos e entregar certido aos requerentes (a eficcia da habilitao ser de 90 dias, a contar da data em que foi extrado o certificado art. 1.532). Relativamente ao requerimento previsto no art. 1.525, a expresso de prprio 31

punho prevista pelo legislador, significa a assinatura dos nubentes. Desta forma, quando um ou ambos os nubentes forem analfabetos, aplicar-se-, por analogia, a norma do artigo 1.534, 2, no necessitando de instrumento pblico de procurao. ART. 1.565, 1. Qualquer dos nubentes, poder acrescer ao seu o sobrenome do outro. Com isso, no se admite baguna na escolha do nome. Como o CC adotou expresses no singular (qualquer ao invs de quaisquer e poder ao invs de podero), apenas um dos nubentes poder alterar seu nome. Neste sentido, verificar o voto do Eminente Desembargador Luiz Felipe Brasil Santos no Incidente de Uniformizao de Jurisprudncia n 70008779761, do TJRS, que, citando Belmiro Pedro Welter, ensina: O nome no pertence s a mulher, mas sim a todo o grupo familiar como entidade, transcendendo, portanto, mera individualidade, e renunciar origem, alm de ilegal, menosprezar os pais, apagar o passado, sua procedncia, a sua filiao, a sua estirpe, , enfim, desonrar e ofender a incolumidade do nome de sua prpria famlia. No voto ficou decidido que o 1, do artigo 1.565, do CC, faculta a qualquer dos nubentes acrescer aos seus prprios patronmicos o sobrenome do cnjuge. No fala em suprimir, nem em substituir, mas sim em acrescer aos seus. Logo, permitir a supresso pretendida pela nubente no processo de habilitao , no mnimo, fazer pouco caso da lei vigente no pas. Assim, ficou decidido que o nome um misto de direito e de obrigao. ART. 1.528. dever do Oficial do registro esclarecer os nubentes a respeito dos fatos que podem ocasionar a invalidade do casamento, bem como sobre os diversos regimes de bens. Estende-se esta norma para o critrio de escolha do nome, onde o oficial do registro dever fazer com que haja uniformidade. Sugere-se seja inserido na Declarao dos Contraentes o seguinte texto: Os contraentes foram esclarecidos a respeito da alterao do nome e dos fatos que podem ocasionar a invalidade do casamento, bem como sobre os diversos regimes de bens, nos termos do artigo 1.528, da Lei n 10.406/02.

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Registro da Celebrao (art. 1.536): Celebrado o casamento, lavrar-se- o assento, assinado pelo presidente do ato, os cnjuges, as testemunhas e o Oficial, consignando-se: a) os prenomes, sobrenomes, datas de nascimento ou de morte, profisso, domiclio e residncia dos cnjuges; b) os prenomes, sobrenomes, data de nascimento ou de morte, domiclio e residncia atual dos pais; c) o prenome e sobrenome do cnjuge precedente e a data da dissoluo do casamento anterior, quando for o caso; d) a data da publicao dos proclamas e da celebrao do casamento; e) a relao dos documentos apresentados ao Oficial; f) o prenome, sobrenome, profisso, domiclio e residncia atual das testemunhas; g) o regime de casamento com declarao da data e do cartrio em cujas notas foi lavrada a escritura antenupcial, quando o regime no for o da comunho parcial, ou o obrigatoriamente estabelecido. Ainda, dever constar do registro, embora sem previso no CC 02, o seguinte: h) o nome e sobrenome do(a) nubente, alterado pelo casamento.

Registro do Casamento Religioso para Efeitos Civis COM PRVIA HABILITAO (art. 1.516, 1): os nubentes habilitados para o casamento podero pedir ao Oficial que lhes fornea a respectiva certido para se casarem perante a autoridade religiosa; realizado o casamento religioso, os habilitados solicitaro ao Oficial, no prazo de 90 (noventa) dias, o registro do mesmo para gerar efeitos civis. OBS.: Neste caso, h uma prorrogao do prazo de validade da habilitao (art. 1.516, 1 X art. 1.532). SEM PRVIA HABILITAO (art. 1.516, 2): -sero apresentados para registro o requerimento, a prova do ato religioso e os documentos exigidos pela lei civil. Casamento Nuncupativo realizado quando no houver tempo para a celebrao do matrimnio com observncia do formalismo prescrito na lei civil. Requisitos:

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a) Com a presena da autoridade e de duas (2) testemunhas que saibam ler e escrever (art. 1.539, CC 02): - molstia grave; - urgncia. b) Sem a presena da autoridade, mas de seis (6) testemunhas, as quais no podem ser parentes na linha reta ou colateral at o segundo grau (art. 1.540, do CC e art. 76, da Lei n 6.015/73): - iminente risco de vida. Realizado o casamento, devem as testemunhas comparecer perante a autoridade judicial mais prxima, dentro de dez (10) dias (art. 1.541). Casamento por ProcuraoART. 1.542. O casamento pode celebrar-se mediante procurao, por instrumento pblico, com poderes especiais. 3. A eficcia do mandato no ultrapassar noventa dias. 4. S por instrumento pblico se poder revogar o mandato. OBS.: Podem os dois nubentes estarem representados por procuradores, ou somente um? Pode um estrangeiro casar por procurao?

Invalidades do Casamento NULIDADE: art. 1.549. ANULABILIDADES: arts. 1.550, 1.556, 1.558. Efeitos do Casamento Igualdade entre o homem e a mulher (por omisso da lei): DIREITOS: acrscimo do sobrenome do outro; planejamento familiar; direo da sociedade conjugal; escolha do domiclio. DEVERES: fidelidade; vida em comum; mtua assistncia; sustento, guarda e educao dos filhos; respeito e considerao mtuos. Havendo divergncia, qualquer dos cnjuges poder recorrer ao juiz, que decidir tendo em considerao aqueles interesses.

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DO BITOO registro de bito conter (art. 80, da LRP): a) a hora, se possvel, dia, ms e ano do falecimento; b) o lugar do falecimento, com indicao precisa; c) o prenome, nome, sexo, idade, cor, estado civil, profisso, naturalidade, domiclio e residncia e o nmero de um documento de identidade do morto; d) se era casado, o nome do cnjuge sobrevivente, mesmo quando separado; se vivo, o do cnjuge pr-morto; e o Ofcio do realizar o casamento, em ambos os casos; e) os nomes, prenomes, profisso, naturalidade e residncia dos pais; f) se o morto faleceu com testamento conhecido; g) se deixou filhos, nomes e idade de cada um; h) se a morte foi natural ou violenta, e a causa conhecida, com os nomes dos atestantes; i) o lugar do sepultamento; j) se deixou bens e herdeiros menores ou interditos; l) se era eleitor. OBS.: Havendo rasura ou omisso na Declarao de bito (DO), dever o Oficial devolv-la para correo/complementao.

Das Sentenas de Nulidade Ou Anulao de Casamento, de Separao, de Divrcio e do Restabelecimento da Sociedade Conjugal As sentenas que decretarem a nulidade ou anulao do casamento, o divrcio, a separao judicial e o restabelecimento da sociedade conjugal sero AVERBADAS no Livro B e REGISTRADAS no Livro E. Da Separao Judicial Mantido o sistema de imputao da culpa, em alguns casos (Art. 1.704 , Art. 1.801 , III). Pode ser requerida se um dos cnjuges provar a impossibilidade de sua reconstituio e a ruptura da vida em comum h mais de um (1) ano, ou, aps dois (2) anos, quando o outro estiver acometido de doena mental grave. OBS.: Os arts. 5 e 40, da Lei n 6.515/77, exigiam o lapso temporal de

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dois e cinco anos, respectivamente. A sentena da separao judicial surte efeitos a partir do seu trnsito em julgado (art. 8 da Lei n 6.515/77). DO DIVRCIO O casamento vlido s se dissolve pela morte ou pelo divrcio. Dissolvido o casamento pelo divrcio direto ou por converso, o cnjuge poder manter o nome de casado (arts. 1.571, 2 e 1.578). OBS.: Pela Lei 6.515/77, a mulher s poderia manter o seu nome de casada, se fosse vencedora na ao de separao judicial litigiosa. A sentena do divrcio surte efeitos a partir do seu registro no RCPN (art. 32 da Lei n 6.515/77). O divrcio pode ser concedido sem que haja prvia partilha de bens. Neste caso, o divorciado s poder se casar pelo regime da separao obrigatria de bens, quando no comprovar o registro da partilha (arts. 1.523, III; 1.581 e 1.641, I, do CC 02). OBS.: Difere dos artigos 31 e 40, IV, da Lei 6.515/77. Do Restabelecimento da Sociedade Conjugal ART. 1.577. Seja qual for a causa da separao judicial e o modo como esta se faa, lcito aos cnjuges restabelecer, a todo tempo, a sociedade conjugal, por ato regular em juzo. Pargrafo nico. A reconciliao em nada prejudicar o direito de terceiros, adquirido antes e durante o estado de separado, seja qual for o regime de bens. O restabelecimento da sociedade conjugal somente ser admitido se anterior ao divrcio, pois se este j houver ocorrido, dever ser celebrado novamente o casamento. Quanto aos atos registrais, aplicam-se as mesmas regras da separao e do divrcio.

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Da Emancipao, Da Interdio E Da AusnciaEMANCIPAO - Em cada comarca, em relao aos menores nela domiciliados, registrar-se-o no Livro E do Ofcio, ou no 1 Ofcio, se houver mais de um, os atos dos pais e as sentenas que a concederem. Ser concedida pelos pais (arts. 5, I e 9, II, do CC 02). Quanto a regra do artigo 1.631, como ser verificado/comprovado o impedimento de um dos pais? Eis a questo! Constaro do registro: a) a data do registro e da emancipao; b) o nome, prenome, idade, filiao, profisso, naturalidade e residncia do emancipado; data e Ofcio do registrar o seu nascimento; c) o nome, profisso, naturalidade e residncia dos pais ou do tutor. INTERDIO (art. 9, III) - Em cada comarca, em relao aos interditos nela domiciliados, registrar-se-o no Livro E do Ofcio, ou no 1 Ofcio, as sentenas de interdio, declarando-se: a) a data do registro; b) o nome, prenome, idade, estado civil, profisso, naturalidade, domiclio e residncia do interdito; data e Ofcios do registrar o nascimento e o casamento, e o nome do cnjuge, ser for casado; c) a data da sentena, nome do Juiz prolator, Comarca e Vara; d) o nome, profisso, naturalidade e residncia do curador; e) o nome do requerente da interdio e a causa desta; f) os limites da curadoria, quando for parcial a interdio e o lugar onde est internado o interdito.

DECLARAO DE AUSNCIA (art. 9, IV) - O registro das sentenas declaratrias de ausncia que nomearem curador, far-se- no Ofcio do domiclio do ausente, com as mesmas cautelas e efeitos do registro da interdio, declarando-se: a) a data do registro; b) o nome, prenome, idade, estado civil, profisso e domiclio anterior do ausente, data e Ofcios do registrar do nascimento e do casamento, bem como o nome do cnjuge, ser for casado; c) o tempo da ausncia at a data da sentena; d) o nome do autor; e) a data da sentena, nome do Juiz prolator, a Comarca e a Vara; f) o nome, estado civil, profisso, domiclio e residncia do curador e os limites da curatela.

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MORTE PRESUMIDA (arts. 6, 7 e 9, IV) - O CC 02 acrescentou as duas formas previstas nos incisos do artigo 7, para a declarao de morte presumida, sem a decretao da ausncia. Presume-se a morte, nos seguintes casos: pela ausncia; sem ausncia (art. 88, Lei n 6.015/73); desaparecidos polticos (Lei n 9.140/95); extremamente provvel a morte de quem estava em perigo de vida;desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, quanto no for encontrado at dois anos aps o trmino da guerra (art. 7, do CC 02). Indaga-se em que livro ser procedido o registro, se no Livro C ou no Livro E? Entendo que ser no Livro C. No RS, o procedimento do registro da morte presumida no livro C tem respaldo legal (art. 183, CNNR-CGJ).

Da Adoo Evoluo Legislativa Lei n 3.071/1916 - Cdigo Civil - CC (arts. 368 e segs. - Escritura Pblica) Decreto n 4.827/1924 (art. 2, b, V - averbao) Decreto n 18.542/1928 (art. 110 - averbao) Decreto n 4.857/1939 (art. 39, 1, V - averbao) Lei n 3.133/1957 (alterao do CC) Lei n 4.655/65 (legitimao adotiva) Lei n 6.697/1979 (instituiu o Cdigo de Menores) Constituio Federal de 1988 Lei n 8.069/1990 (Estatuto da Criana e do Adolescente) Lei n 10.406/2002 - Cdigo Civil de 2002 (art. 10, III e arts. 1.618 e segs.)

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Cdigo Civil De 1916 ART. 375. A adoo far-se- por escritura pblica, em que se no admite condio, nem termo. OBS.: Permitia a dissoluo da adoo (arts. 373 e 374). OBS.: Tinha o condo de dar filho a quem no tivesse mais condies fsicas. OBS.: Sem carter assistencial. OBS.: Adotante com mais de 50 anos de idade e diferena mnima de 18 anos do adotado. Decreto n 4.827/1924 (art. 2, b, V - averbao) ART. 2. No Registro Civil de Pessoas Naturais far-se-h: b) a averbao: V - das escripturas de adopo e dos actos que a dissolverem (art. 373 e 375). OBS.: A averbao era feita no assento primitivo, a partir do qual o Oficial fornecia certido apenas com os novos elementos, no podendo conter informaes sobre o estado anterior do adotado. Decreto n 18.542/1928 (art. 110 - averbao) ART. 110. No livro de nascimentos sero averbadas as sentenas, que julgarem illegitimos os filhos concebidos na constancia do casamento ou que provarem a filiao legtima, as escripturas de adopo e os actos que dissolverem, bem como os de reconhecimento judicial ou extra-judicial de filhos illegitimos, salvo si este constar do prprio assento. Decreto n 4.857/1939 (art. 39, 1, V - averbao) ART. 39. Sero inscritos no Registro Civil de Pessoas Naturais: ... 1. Sero averbados no registro: V - As escrituras de adoo e os atos que as dissolverem. Lei n 3.133/1957 (alterao do CC)

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OBS.: Reduziu a idade mnima do adotante de 50 anos para 30 anos. OBS.: Passou a apresentar natureza assistencial, pois permitia quem j tivesse filhos naturais realizar uma adoo. OBS.: Diminuiu a diferena de idade de 18 anos para 16 anos. OBS.: O adotado no tinha direito sucessrio se os adotantes possussem filhos legtimos, legitimados ou reconhecidos. Lei n 4.655/65 (legitimao adotiva) ART. 375 do CC de 1916. A adoo far-se- por escritura pblica, em que se no admite condio, nem termo. OBS.: Teve por finalidade introduzir o direito de igualdade do adotado com os demais filhos. OBS.: Aplicvel aos menores em estado irregular e com at 5 anos de idade. OBS.: Exigia o consentimento dos pais do adotado. OBS.: Se dava por deciso judicial.

LEI N 6.697/1979 (instituiu o Cdigo de Menores) OBS.: Criou duas espcies de adoo, a simples e a plena Da Adoo Simples Art 27. A adoo simples de menor em situao irregular reger-se- pela lei civil, observado o disposto neste Cdigo. Art 28. A adoo simples depender de autorizao judicial, devendo o interessado indicar, no requerimento, os apelidos de famlia que usar o adotado, os quais, se deferido o pedido, constaro do alvar e da escritura, para averbao no registro de nascimento do menor. 1 ....

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Da Adoo Plena Art 29. A adoo plena atribui a situao de filho ao adotado, desligando-o de qualquer vnculo com pais e parentes, salvo os impedimentos matrimoniais. Art 30. Caber adoo plena de menor, de at sete anos de idade, que se encontre na situao irregular definida no inciso I, art. 2 desta Lei, de natureza no eventual. Pargrafo nico. A adoo plena caber em favor de menor com mais de sete anos se, poca em que completou essa idade, j estivesse sob a guarda dos adotantes. Art 31. A adoo plena ser deferida aps perodo mnimo de um ano de estgio de convivncia do menor com os requerentes, computando-se, para esse efeito, qualquer perodo de tempo, desde que a guarda se tenha iniciado antes de o menor completar sete anos e comprovada a convenincia da medida.

Art 32. Somente podero requerer adoo plena casais cujo matrimnio tenha mais de cinco anos e dos quais pelo menos um dos cnjuges tenha mais de trinta anos. Pargrafo nico. Provadas a esterilidade de um dos cnjuges e a estabilidade conjugal, com dispensa do prazo. Art 33. ... (requerida por vivo). Art 34. ... (requerida por cnjuges separados judicialmente). Art 35. A sentena concessiva da adoo plena ter efeito constitutivo e ser inscrita no Registro Civil mediante mandado, do qual no se fornecer certido. 1 A inscrio consignar o nome dos pais adotivos como pais, bem como o nome de seus ascendentes. 2 Os vnculos de filiao e parentesco anteriores cessam com a inscrio. 41

3 O registro original do menor ser cancelado por mandado, o qual ser arquivado. 4 Nas certides do registro nenhuma observao poder constar sobre a origem do ato. 5 A critrio da autoridade judiciria, poder ser fornecida certido para salvaguarda de direitos. Art 36. .... Art 37. A adoo plena irrevogvel, ainda que aos adotantes venham a nascer filhos, as quais esto equiparados os adotados, com os mesmos direitos e deveres. Constituio Federal de 1988 Art. 227. dever da famlia, da sociedade e do Estado assegurar criana e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito vida, sade, alimentao, educao, ao lazer, profissionalizao, cultura, dignidade, ao respeito, liberdade e convivncia familiar e comunitria, alm de coloc-los a salvo de toda forma de negligncia, discriminao, explorao, violncia, crueldade e opresso. ART. 227, 5. A adoo ser assistida pelo Poder Pblico, na forma da lei, que estabelecer casos e condies de sua efetivao por parte de estrangeiros. OBS.: Entre a vigncia da Constituio Federal (1988) at a entrada em vigor da Lei n 8.069 (1990), qualquer adoo se dava por sentena judicial, em virtude da assistncia do Poder Pblico, inclusive de pessoa maior. ART. 227, 6. Os filhos, havidos ou no da relao de casamento, ou por adoo, tero os mesmos direitos e qualificaes, proibidas quaisquer designaes discriminatrias relativas filiao. OBS.: Verifica-se que o caput do artigo 227 (no qual os 5 e 6 esto inseridos) assegura direitos to-somente s crianas e aos adolescentes. Interpretando os de acordo com o caput, no h porque aplicar as regras da

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adoo de menores adoo de maiores. Caso contrrio, a CF no teria estipulado a limitao pessoal no caput do artigo. Para o CC, a proteo ser apenas das crianas, consideradas as pessoas menores de 12 anos (art. 1.621). LEI N 8.069/1990 (ESTATUTO DA CRIANA E DO ADOLESCENTE) ART. 39. A adoo da criana e do adolescente reger-se- segundo o disposto nesta lei. Pargrafo nico. vedada a adoo por procurao. ART. 47. O vnculo da adoo constitui-se por sentena judicial, que ser inscrita no registro civil mediante mandado do qual no se fornecer certido. 2. O mandado judicial, que ser arquivado, cancelar o registro original do adotado. OBS.: Legislao aplicvel s crianas (at 12 anos) e aos adolescentes (at 18 anos), conforme prev o artigo 2. Cdigo Civil de 2002 (Art. 10 e Arts. 1.618 e Segs. do CC) ART. 10. Far-se- averbao em registro pblico: III - os atos judiciais ou extrajudiciais de adoo. ART. 1.623. A adoo obedecer a processo judicial, observados os requisitos estabelecidos neste Cdigo. Pargrafo nico. A adoo de maiores de dezoito anos depender, igualmente, da assistncia efetiva do Poder Pblico e de sentena constitutiva. Os filhos, havidos ou no do casamento, ou por adoo, tero os mesmos direitos e qualificaes, proibida qualquer designao discriminatria. Adoo por duas pessoas: (i) se forem marido e mulher; (ii) ou se viverem em unio estvel (art. 1.622); (iii) ou, sendo divorciados ou judicialmente separados ..., contanto que acordem sobre a guarda e o regime de visita ... (p. nico). OBS.: No caso do item ii, podero ser adotantes pessoas do mesmo sexo que vivem em unio estvel reconhecida judicialmente? A adoo ocorrer, sempre, por processo judicial (sentena constitutiva) e somente ser possvel se o adotante for maior de 18 (dezoito) anos e possuir, no mnimo, 16 (dezesseis) anos de diferena do adotado (arts. 1.618, 1.619 e 1.623). 43

O Cdigo Civil extinguiu a adoo contratual (por Escritura Pblica), em virtude da disposio do art. 1.623, ou manteve a possibilidade de formalizao de Escritura Pblica para a adoo dos maiores de dezoito (18) anos (art. 10, III, do CC)? Salvo melhor juzo, entende-se que permitida a formalizao da Escritura, a qual, no entanto, dever passar pelo crivo do Poder Judicirio, efetivando-se por sentena constitutiva (art. 1.623, pargrafo nico) . No RS, a adoo de maiores de 18 anos poder ser realizada por escritura pblica (2 ,do art. 188,CNNR-CGJ). Ver enunciado 272 DA IV JORNADA DE DIREITO CIVIL). A ttulo de curiosidade, foi prevista a Escritura Pblica para a adoo de maiores de 18 anos no 3, do art. 1.623, do Projeto de alterao do Cdigo Civil de 2002, elaborado pelo Deputado Fiza. O ato constitutivo da adoo, emanado de deciso judicial, ser averbado no assento de nascimento do adotado, conforme prev o art. 10, III, do CC? A meu juzo, em todos os casos a sentena deveria ser averbada no registro original. No entanto, a Vara dos Registros Pblicos de Porto Alegre e os Juzes das Varas da Infncia e da Juventude decidiram manter o procedimento anterior ao CC, para evitar que os adotados tenham conhecimento de sua situao. Com isso, continua-se a cancelar o registro primitivo e a realizar um registro novo para o adotado (art. 47, do ECA), independentemente da idade do adotado. Pessoalmente, acho que no est correto, por que as certides do Registro Civil de Pessoas Naturais nada informaro sobre a adoo, salvo por solicitao judicial, em respeito ao artigo 1.596, parte final, do CC e ao artigo 227, 6, da CF. Tambm, no caso de adoo de maiores de dezoito (18) anos, onde exige-se o consentimento destes, no haver prejuzo algum em manter o registro existente, averbando-se a adoo.

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Ademais, a adoo atribui situao de filho ao adotado, desligando-o de qualquer vnculo com os pais e parentes consangneos, salvo quanto aos impedimentos para o casamento (art. 1.626). Tambm, sero mantidos os vnculos de filiao se um dos cnjuges ou companheiros adotar o filho do outro (pargrafo nico). Neste sentido, no vejo o porqu cancelar o registro primitivo para a realizao de um novo, devendo ser procedida uma averbao no termo de nascimento original, mantendo-se os vnculos de acordo com o Cdigo Civil. Com isso, conclui-se com o seguinte posicionamento: (i) a adoo de criana (at 12 anos de idade) ensejar o cancelamento do registro original e o lanamento de um novo, face a exigncia do Judicirio Gacho, com base no artigo 47 do ECA (OBS.: Neste caso, como que os Registradores Civis, os Promotores e os Juzes promovero o controle das disposies previstas no artigo 1.521, incisos III e V, do CC ? ); (ii) a adoo de adolescente (de 12 a 18 anos de idade), porque ser necessria a concordncia do prprio adotado (art. 1.621 do CC), dever ser averbada no assento primitivo, aps a sentena constitutiva; (iii) a adoo de maior de idade, porque tambm ser necessria a sua concordncia, poder ser feita por escritura pblica, a qual dever ser averbada no assento primitivo, aps a sentena constitutiva; (IV) as Escrituras lavradas anteriormente 11 de janeiro de 2003, por no se aplicar o ECA, tambm devero ser averbadas no assento original; (v) a adoo prevista no pargrafo nico, do artigo 1.626, que apresenta um dos cnjuges ou companheiros como adotante do filho do outro, este j integrante do registro existente, dever ser averbada no registro primitivo, pois um dos pais verdadeiros j consta do registro do adotado, independentemente da sua idade. Ver enunciado 273 da IV Jornada de Direito Civil

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Conselho da Justia Federal Enunciados 272 Art. 10. No admitida em nosso ordenamento jurdico a adoo por ato extrajudicial, sendo indispensvel a atuao jurisdicional, inclusive para a adoo de maiores de dezoito anos. 273 Art. 10. Tanto na adoo bilateral quanto na unilateral, quando no se preserva o vnculo com qualquer dos genitores originrios, dever ser averbado o cancelamento do registro originrio de nascimento do adotado, lavrando-se novo registro. Sendo unilateral a adoo, e sempre que se preserve o vnculo originrio com um dos genitores, dever ser averbada a substituio do nome do pai ou da me natural pelo nome do pai ou da me adotivos. Modelos de AtosExemplo de Procedimento Executado hoje, conforme artigo 47 do eca (entendimento atual) MODELO DE CERTIDO DE REGISTRO EM VIRTUDE DE ADOO (ART. 47 ECA) CERTIDO DE NASCIMENTO CERTIFICO que se acha registrado nesta Serventia, no Livro de Registro de Nascimento de nmero ..., folha ..., sob o nmero ..., o assento de nascimento de JOO APSTOLO DE DEUS, do sexo masculino, nascido no dia vinte (20) do ms de junho (6) do ano de dois mil e quatro (2004), s vinte horas e trinta minutos (20h.30min.), no Hospital ..., nesta cidade, filho de JESUS FILHO DE DEUS e de MARIA APSTOLO DE DEUS. Sendo avs paternos: PEDRO PASTOR DE DEUS e JOAQUINA FILHO DE DEUS e avs avs maternos: PAULO APSTOLO e JOANA NETA APSTOLO. O referido verdade e dou f. Sapucaia do Sul, 23 de julho de 2005. Joo Pedro Lamana Paiva Registrador Emolumentos:Gratuitos, de acordo com a Lei nmero 9534/97 (1 via).

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Modelos De AtosExemplo De Procedimento Que Poder Ser Adotado Conforme O Novo Entendimento MODELO DE CERTIDO DE REGISTRO APS AVERBAO DE ADOO, SEM MENCIONAR O REGISTRO ANTERIOR CERTIDO DE NASCIMENTO CERTIFICO que se acha registrado nesta Serventia, no Livro de Registro de Nascimento de nmero ..., folha ..., sob o nmero ..., o assento de nascimento de PEDRO DE JESUS NOGUEIRA, do sexo masculino, nascido no dia vinte (20) do ms de junho (6) de hum mil, novecentos e oitenta e quatro (1984), s vinte horas e trinta minutos (20h.30min.), no Hospital ..., nesta cidade, filho de HORTNCIO PARREIRA NOGUEIRA e de CLOTILDE DOS ANJOS DE JESUS. So avs paternos: RODOLFO VALENTIM NOGUEIRA e MARISA PARREIRA NOGUEIRA e so avs maternos JOE DA SILVA DE JESUS e ALICE DOS ANJOS DE JESUS. O referido verdade e dou f. Sapucaia do Sul, 23 de julho de 2005. Joo Pedro Lamana Paiva Registrador Emolumentos:Gratuitos, de acordo com a Lei nmero 9534/97 (1 via).

Do Poder Familiar Ser exercido pelos pais conjuntamente, mesmo que separados, divorciados ou dissolvida a unio estvel (arts. 1.631 e 1.632). A representao e a assistncia competem aos pais (art. 1.634, V e art. 1.690). Do Bem de Famlia Poder ser institudo o bem de famlia sobre mais de um bem, desde que no ultrapasse um tero do patrimnio lquido existente ao tempo da instituio (art. 1.711). Poder ser institudo por terceiro (art. 1.711, p. nico). A instituio dar-se- por escritura pblica ou por testamento (art. 1.711), no admitindo o instrumento particular, devendo ser registrada(o) conforme estabelece o art. 167, I, item 1 e os arts. 260 e segs. da Lei n 6.015/73.

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Da Unio Estvel Fundamento legal: - CF, art. 226, 3; - Lei n 8.971/94 (regula o direito dos companheiros a alimentos e sucesso); - Lei n 9.278/96 (regula o 3 do art. 226, da CF); - Lei 10.406/2002, art. 1.723 e segs. Reconhecimento/Dissoluo/Partilha por Escritura Pblica A Resoluo n 35/2007, assim dispe: Art. 18. O(A) companheiro(a) que tenha direito sucesso parte, observada a necessidade de ao judicial se o autor da herana no deixar outro sucessor ou no houver consenso de todos os herdeiros, inclusive quanto ao reconhecimento da unio estvel. No RS, atravs do Provimento 309/09-CGJ, houve admisso da dissoluo da unio estvel por escritura pblica. Ofcio-Circular - Orientaes de Servios -01/2009, do Colgio Notarial e Colgio Registral, sugere a admisso do reconhecimento, concomitantemente da dissoluo da unio estvel e da partilha.

Caractersticas Convivncia pblica, contnua e duradoura; Pessoas de sexos opostos; Objetivando a constituio de famlia. Particularidades reconhecida como entidade familiar. Logo, dever ser tratada como Direito Pessoal. Poder ser reconhecida a unio estvel de pessoas casadas, mas separadas de fato ou judicialmente ( 1, 2 parte, do art. 1.723). Aplicar-se- o regime da comunho parcial de bens, salvo contrato escrito que estabelea regime diverso (Escritura Pblica - art. 1.640, p. nico). A Converso da Unio Estvel em casamento ser procedida mediante

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pedido ao oficial do RCPN, o qual far EXAME PRELIMINAR da documentao (Provimento n 32/06-CGJ/RS, arts. 148 e seguintes). O ressurgimento do CONCUBINATO, previsto no art. 1.727, est sendo considerado um retrocesso. Difere do casamento, quando confere companheira to-somente o direito de exigir indenizao quando o companheiro aliena bem adquirido na vigncia da Unio Estvel.

Do Regime De Bens: ART. 1.639. lcito aos nubentes, antes de celebrado o casamento, estipular, quanto aos seus bens, o que lhes aprouver. 2. admissvel a alterao do regime de bens, mediante autorizao judicial em pedido motivado de ambos os cnjuges, apurada a procedncia das razes invocadas e ressalvados os direitos de terceiros. No RS, o Provimento n 32/06-CGJ/RS estabelece as diretrizes (procedimento) para a modificao do regime de bens, nos artigos 158 e seguintes da CNNR. Questiona-se: Admite-se a alterao do regime de bens dos casamentos celebrados na vigncia do CC 16? O Dr. Pablo Stolze Gagliano, Juiz de Direito e Professor da UFBA, entende que sim. No mesmo sentido, Wilson Souza Campos Batalha, em Direito Intertemporal. H jurisprudncia do STJ (REsp 730546) e do TJRS admitindo a alterao ver Apelao Cvel n 70011082997. Questiona-se: Uma vez autorizada a alterao do regime de bens, ser necessria a formalizao da escritura pblica de pacto (ante)nupcial, para vigncia perante terceiros? Entendo que sim (ver comentrio no site www.lamanapaiva.com.br, no campo novidades, no trabalho intitulado Da necessidade ou no da escritura pblica de pacto (ante)nupcial por ocasio da alterao do regime de bens.

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No RS, exige o pacto antenupcial (art. 160 do Prov.32/06)Porm, a questo controvertida e o tema palpitante. H quem entenda que no, porque o 2, do art. 1.639 estabelece que ser mediante autorizao judicial, sem se reportar ao pacto, bem como porque o pargrafo nico do art. 1.640, prev a exigncia da escritura pblica de pacto antenupcial, que significa antes das npcias (processo de habilitao). Outrossim, h quem defenda a exigncia da escritura, porque a parte final do pargrafo nico do art. 1.640 prescreve a realizao da mesma quando os nubentes escolherem regime diverso do legal, em respeito ao princpio da publicidade, gerando efeitos perante terceiros (art. 1.657 - registro do pacto).

ART. 1.647. Ressalvado o disposto no artigo 1.648, nenhum cnjuge pode, sem autorizao do outro, exceto no regime da separao absoluta: I - alienar ou gravar de nus real os bens imveis; II - ... III - prestar fiana ou aval. Questiona-se: Por separao absoluta entende-se a separao convencional, a obrigatria, ou ambas? Salvo melhor juzo, entende-se que se refere to-somente separao convencional, pois na obrigatria no h separao absoluta, em face da comunicabilidade dos bens adquiridos onerosamente na constncia do casamento (aqestos), por fora da Smula 377, do STF. Do Registro ART. 1.657. As convenes antenupciais no tero efeito perante terceiros seno depois de registradas, em livro especial, pelo oficial do Registro de Imveis do domiclio dos cnjuges. OBS.: Ver artigos 167, I, 12; 178, V; e, 244, da Lei n 6.015/73.

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Regime da Comunho Parcial de Bens Independe de Escritura Pblica de Pacto Antenupcial (Arts. 1.658 ao 1.666, do CC 02). Quando no houver conveno em contrrio, o regime ser o da comunho parcial. O art. 1.640, assim estabelece: No havendo conveno, ou sendo ela nula ou ineficaz, vigorar, quanto aos bens entre os cnjuges, o regime da comunho parcial. Bens adquiridos antes do casamento (incomunicveis), doados ou herdados, excluem-se da comunho e o cnjuge suprstite concorrer nos bens particulares do pr-morto. Bens adquiridos na constncia do casamento: Comunicam-se e pertencem ao casal (meao).

Regime da Separao Obrigatria de Bens Independe de Escritura Pblica de Pacto Antenupcial (Art. 1.641, do CC 02). ART. 1.641. obrigatrio o regime da separao de bens no casamento: I - das pessoas que o contrarem com inobservncia das causas suspensivas (art. 1.523) da celebrao do casamento; II - da pessoa maior de sessenta anos; III - de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial. o regime sano, imposto pela lei, nos casos antes mencionados. Na alienao e/ou onerao, o cnjuge dever comparecer para prestar sua anuncia, diferentemente do regime da separao convencional e da exceo prevista no regime da participao final nos aqestos (art. 1.656). Questiona-se: A exceo prevista no artigo 45, da Lei n 6.515/77 est vigorando, ou no? Entende-se que sim, pois no houve nenhuma disposio em contrrio que revogasse o dispositivo, que segue: Quando o casamento se seguir a uma comunho de vida entre os nubentes, existentes antes de 28 de junho de 1977, que haja perdurado por 10 (dez) anos consecutivos, ou da qual 51

tenha resultado filhos, o regime matrimonial ser estabelecido livremente, no se lhe aplicando o antigo disposto no art. 258, pargrafo nico, n. II, do Cdigo Civil (hoje, art. 1.641, II, do NCC). Questiona-se: A Smula 377, do STF est vigorando ou no? Entende-se que sim, pois o novo ordenamento no disps em contrrio. Regime da Comunho Universal de Bens Depende de Escritura Pblica de Pacto Antenupcial (Arts. 1.667 ao 1.671, do CC 02). H a comunicao dos bens adquiridos antes e aps o casamento. Entram na partilha (meao). No h concorrncia, salvo as excees previstas no art. 1.668 do CC, que estabelecem os casos de excluso da comunho de bens. OBS.: A comunho vai de encontro concorrncia. Regime da Participao Final nos Aqestos Depende de Escritura Pblica de Pacto Antenupcial (Arts. 1.672 ao 1.686, do CC 02). Comunicam-se somente os bens adquiridos em conjunto pelo casal, a ttulo oneroso, na constncia do casamento (patrimnio conjunto). Integram o patrimnio prprio os bens que cada cnjuge possua anteriormente ao casamento e os por ele adquiridos, a qualquer ttulo, durante o casamento (patrimnio individual). A alienao de bens mveis independer da anuncia/autorizao do outro cnjuge. No caso de doao de bens mveis sem a anuncia do outro cnjuge, poder ensejar a reivindicao pelo cnjuge prejudicado (art. 1.673, p. nico e art. 1.675). Para a alienao de bens imveis, obrigatria a anuncia, salvo a exceo do art. 1.656, desde que conste na escritura pblica de pacto antenupcial (para a onerao aplicam-se as mesmas regras da alienao). Sobrevindo a dissoluo da sociedade conjugal, apurar-se- o montante dos aqestos, excluindo-se da soma dos patrimnios prprios (art. 1.673): ver

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incisos I ao III, do art. 1.674, sobre a excluso. Regime MISTO (comunho parcial e separao de bens). Pelo que se percebe, ser necessrio advogado e contador para a apurao da participao final nos aqestos. Regime da Separao de Bens Depende de Escritura Pblica de Pacto Antenupcial (Arts. 1.687, 1.688 e 1.647, caput, do CC 02). Depender do que for disposto no pacto antenupcial, quanto a separao total ou limitada de bens (art. 1.639). No necessita mais da outorga marital ou uxria para alienar ou gravar bens imveis (art. 1.647). Questiona-se: Aplicar-se- esta norma nas alienaes de bens adquiridos na vigncia do CC 16, assim como se aplica para as alienaes de bens adquiridos a partir de 11-1-2003? Ver arts. 2.035 e 2.039. Salvo melhor juzo, em respeito aos princpios da segurana jurdica e do ato jurdico perfeito, bem como para preservao da famlia (arts. 235 e 242 do CC 16), entendo que o direito dos cnjuges, constitudo plenamente pela lei que regeu o casamento, na poca da sua celebrao, no pode ser tolhido ou diminudo, devendo, portanto, ser exigida a outorga conjugal nas alienaes e oneraes de bens imveis de cnjuges casados pelo regime da separao convencional, cujo casamento tenha sido formalizado na vigncia do Cdigo Civil de 1916. Outrossim, h jurisprudncia que entende de forma contrria (Apelao Cvel n 389-6/6, de So Paulo). ART. 2.035. A validade dos negcios e demais atos jurdicos, constitudos antes da entrada em vigor deste Cdigo, obedece ao disposto nas leis anteriores, referidas no art. 2.045, mas os seus efeitos, produzidos aps a vigncia deste Cdigo, aos preceitos dele se subordinam, salvo se houver sido prevista pelas partes determinada forma de execuo. ART. 2.039. O regime de bens nos casamentos celebrados na vigncia do Cdigo Civil anterior, Lei n 3.071, de 1 de janeiro de 1916, o por ele 53

estabelecido. ART. 1.657. As convenes antenupciais no tero efeito perante terceiros seno depois de registradas, em livro especial, pelo oficial do Registro de Imveis do domiclio dos cnjuges. OBS.: Ver artigos 167, I, 12; 178, V; e, 244, da Lei n 6.015/73. Da Sucesso Hereditria ART. 1.829, I. A sucesso legtima defere-se na seguinte ordem: I - aos descendentes, em concorrncia com o cnjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunho universal, ou no da separao obrigatria de bens (art. 1.640, pargrafo nico); ou, se, no regime da comunho parcial, o autor da herana no houver deixado bens particulares; II - aos ascendentes, em concorrncia com o cnjuge; III - ao cnjuge sobrevivente; IV - aos colaterais. OBS.: No inciso I, o correto art. 1.641. A mudana na ordem da sucesso hereditria deu-se pela concorrncia do(a) cnjuge sobrevivente com os descendentes, dependendo do regime de bens. Haver a concorrncia quando casado(a) pelos seguintes regimes de bens: comunho parcial com bens particulares; participao final nos aqestos; separao convencional. No haver a concorrncia nos seguintes regimes: comunho parcial sem bens particulares; comunho universal de bens; separao obrigatria de bens (Smula 377, do STF - adquiridos na constncia do casamento).

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Da Compra e Venda e Da Doao Entre Cnjuges ART. 499. lcita a compra e venda entre cnjuges, com relao aos bens excludos da comunho. OBS.: Volta do bem reservado. ART. 544. A doao de ascendentes a descendentes, ou de um cnjuge a outro, importa adiantamento do que lhes cabe por herana (somente no caso de haver bens particulares de um dos cnjuges, onde houver a concorrncia; ou, quando o regime no importar na comunicao, pois tem de haver a transmisso de patrimnio). ART. 1.657. As convenes antenupciais no tero efeito perante terceiros seno depois de registradas, em livro especial, pelo oficial do Registro de Imveis do domiclio dos cnjuges. OBS.: Ver artigos 167, I, 12; 178, V; e, 244, da Lei n 6.015/73. Da Opo de Nacionalidade O filho de brasileiro(a) nascido(a) no estrangeiro, que venha residir no pas antes de atingir a maioridade, poder optar pela nacionalidade brasileira, perante o Juzo Federal da residncia do optante ou dos seus pais. A opo poder ser feita com qualquer idade. Fundamento legal: Art. 12, I, c, da CF e art. 52, pargrafos, da Consolidao Normativa Notarial e Registral. Da Extraterritorialidade O art. 1.544, do CC 02, estabelece o seguinte: O casamento de brasileiro, celebrado no estrangeiro, perante as respectivas autoridades ou os cnsules brasileiros, dever ser registrado em cento e oitenta dias, a contar da volta de um ou de ambos os cnjuges ao Brasil, no cartrio do respectivo domiclio, ou, em sua falta, no 1 Ofcio da Capital do Estado em que passarem a residir. OBS.: E se passar do prazo, o que acontecer? No h previso. Os assentos de nascimento, bito e casamento de brasileiros em pas

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estrangeiro, reger-se-o pelas normas estabelecidas no art. 7, da LICC; nos arts. 31 e 32, da Lei n 6.015/73; e, nos arts. 44 e segs. da Consolidao Normativa Notarial e Registral.

Das Averbaes e Das Anotaes Das Averbaes Far-se- a averbao pelo Oficial do Cartrio do registro: vista de carta de sentena ou de mandado; mediante petio acompanhada de certido ou documento legal e autntico, aps audincia do Ministrio Pblico. No livro de casamento, averbar-se- a sentena de nulidade ou anulao de casamento, as de separao ou divrcio, declarando-se a data da prolatao pelo Tribunal ou Juiz, os nomes das partes e a data do trnsito em julgado. Averbar-se-, tambm, o ato de restabelecimento da sociedade conjugal (art. 10). No livro de nascimento averbar-se- a perda da nacionalidade brasileira, quando comunicada pelo Ministrio da Justia. No livro de emancipao, interdies e ausncias, averbar-se-o: as sentenas a anular, desconstituir ou a por termo interdio; as substituies dos curadores de interditos ou ausentes; as alteraes dos limites da curatela; a cessao ou mudana de internao; a cessao de ausncia pelo aparecimento do ausente. Averbar-se--, tambm, no assento de ausncia, a sentena de abertura da sucesso provisria, aps o trnsito em julgado. Das Anotaes Sempre que o Oficial fizer algum registro ou averbao, no prazo de (cinco) dias, dever anot-los nos atos anteriores, com remisses recprocas, se lanados em seu Ofcio, ou far comunicao, com resumo do assento, ao Ofcio cujos atos primitivos estiverem registrados (ver art. 194, da CNNR). O bito ser anotado nos assentos de casamento e nascimento, e o

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casamento no deste. A emancipao, a interdio e ausncia, a mudana do nome da mulher em virtude de casamento ou sua dissoluo, anulao, separao ou divrcio, sero anotadas nos assentos de nascimento e casamento. Das Retificaes RETIFICAES EM GERAL: A retificao dar-se- mediante petioassinada pelo interessado ou seu procurador, independente do pagamento de emolumentos. Recebida a petio, protocolada e autuada, o Oficial a submeter, com os documentos juntados ao rgo do Ministrio Pblico, e far os autos conclusos ao Juiz. Deferido o pedido, o Oficial averbar a retificao margem do registro, mencionando o nmero do protocolo, a data da sentena e o seu trnsito em julgado.

Retificao De Erros Evidentes De Grafia: O art. 199, da CNNR, com a redao dada pelo Provimento n 32/06-CGJ, diz o seguinte: a retificao de erros de grafia e outros erros evidentes, constantes nos assentos do registro civil, poder ser processada no prprio ofcio registral onde se encontrar o assento, mediante petio assinada pelo interessado ou seu procurador, sem nus para o mesmo. Gratuidade Do Servio -Lei n 9.534/97 O art. 30, da LRP, alterado pela Lei n 9.534/97, assim estabelece: No sero cobrados emolumentos pelo registro civil de nascimento e pelo assento de bito, bem como pela primeira certido respectiva. 1 Os reconhecidamente pobres esto isentos de pagamento de emolumentos pelas demais certides extradas pelo cartrio de registro civil. 2 O estado de pobreza ser comprovado por declarao do prprio interessado ou a rogo, tratando-se de analfabeto, neste caso, acompanhada da assinatura de duas testemunhas. 3 A falsidade da declarao ensejar a responsabilidade civil e criminal do interessado.

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4 ao 8 (VETADOS) Art. 2 (VETADO) Art. 3 ... Art. 4 (VETADO) Art. 5 O artigo 45, da Lei n 8.935/94, passa a vigorar com a seguinte redao: "Art. 45. So gratuitos os assentos do registro civil de nascimento e o de bito, bem como a primeira certido respectiva. Pargrafo nico. Para os reconhecidamente pobres no sero cobrados emolumentos pelas certides a que se refere este artigo. Art. 6 (VETADO) Art. 7 Os Tribunais de Justia dos Estados podero instituir, junto aos Ofcios de Registro Civil, servios itinerantes de registros, apoiados pelo poder pblico estadual e municipal, para provimento da gratuidade prevista nesta Lei. Art. 8 Esta Lei entra em vigor no prazo de noventa dias, contado da data de sua publicao. Lei n 9.812/99 Introduziu o inciso VI ao art. 39, da Lei n 8.935/94, inserindo mais um item que permite a extino da delegao a notrio ou a oficial de registro por descumprimento, comprovado, da gratuidade estabelecida na Lei no 9.534, de 10 de dezembro de 1997. Lei n 10.169/00Previu a criao do Fundo de Compensao aos Registradores Civis das Pessoas Naturais, a nvel estadual (art. 8). No Rio Grande do Sul o Fundo foi regulado pela Lei n. 12.692 de 29 de dezembro de 2006. OBS.: Ver Lei Estadual n 12.692, de 29 de dezembro de 2006, que dispe sobre os Emolumentos dos Servios Notariais e de Registro no Estado do Rio Grande do Sul, bem como da criao do selo digital de fiscalizao.

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Dos Centros De Registro De Veculos AutomotoresOs Centros de Registro de Veculos Automotores, criados pela CorregedoriaGeral da Justia juntamente com a Secretaria da Justia e Segurana do Estado do Rio Grande do Sul, funcionam em conjunto com os Ofcios de Registros Civis das Pessoas Naturais atravs do convnio firmado com o DETRAN/RS e admitido pelo Conselho da Magistratura. Resultante deste esforo, a recente autorizao concedida pelo Conselho da Magistratura do Tribunal de Justia do Estado, imprimiu consistncia definitiva ao Centro de Registro de Veculos Automotores (CRVA), com validade para todo o Estado do Rio Grande do Sul, propiciando aos titulares do Registro Civil de Pessoas Naturais, a faculdade de realizar as atividades necessrias aos registros de veculos automotores, novos e usados.

Esta iniciativa constitui uma nova forma de prestao de servios comunidade gacha, a qual poder transferir, modificar e alterar os direitos e os dados sobre os veculos automotores. Cada Centro de Registro de Veculos Automotores (CRVA) administrado por um Oficial de Registro Civil de Pessoas Naturais, indicado para qualificar a documentao dos veculos, uma vez que se trata de servio do Estado, delegado pela confiabilidade, pela f pblica e pela capilaridade verificada em todo o Estado. Servios Prestados pelos CRVAs Registro Inicial; Alienao/Desalienao; Transferncia de propriedade; Atualizao cadastral ; Segunda via do Certificado de Registro do Veculo - CRV; Troca de categoria do veculo; Mudana de municpio, no Rio Grande do Sul; Certido; Mudana de municpio para outra UF;

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Servios Prestados pelos CRVAs Colocao de lacre na placa traseira; Alterao de caractersticas do veculo; Bai