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Governo do Estado de São Paulo Secretaria de Economia e Planejamento Região Administrativa de Campinas * * Levantamento de informações desenvolvido pela Coordenadoria de Planejamento e Avaliação (CPA) e pela Unidade de Assessoria Econômica (UAE), com a colaboração dos Escritórios Regionais da Secretaria de Economia e Planejamento, a partir do trabalho sobre Economia Regional Paulista elaborado pela UAE, disponível no site www.planejamento.sp.gov.br . Foram utilizadas fontes de informação de terceiros e empenhados todos os esforços para oferecer os dados mais atualizados sobre a Região e, sempre que possível, disponíveis na Internet. Entretanto, pede-se atenção em seu uso, principalmente em face de possíveis mudanças não registradas pelas fontes referenciadas (São Paulo, Janeiro 2007).

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Governo do Estado de São Paulo Secretaria de Economia e Planejamento

Região Administrativa de Campinas*

* Levantamento de informações desenvolvido pela Coordenadoria de Planejamento e Avaliação (CPA) e pela Unidade de Assessoria Econômica (UAE), com a colaboração dos Escritórios Regionais da Secretaria de Economia e Planejamento, a partir do trabalho sobre Economia Regional Paulista elaborado pela UAE, disponível no site www.planejamento.sp.gov.br. Foram utilizadas fontes de informação de terceiros e empenhados todos os esforços para oferecer os dados mais atualizados sobre a Região e, sempre que possível, disponíveis na Internet. Entretanto, pede-se atenção em seu uso, principalmente em face de possíveis mudanças não registradas pelas fontes referenciadas (São Paulo, Janeiro 2007).

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1. Caracterização Regional

A Região Administrativa - RA de Campinas é formada por 90 municípios1, dos quais 19 também compõem a Região Metropolitana de Campinas. A RA ocupa uma área de 27.079 km², que representam 10,9% do total do território do Estado.

Área Total (Km2)

RA ESP

27.079 248.600

10,9%

Nº de Municípios

RA ESP

90 645

14,0%

Fonte: Fundação Seade. Elaboração: Unidade de Assessoria Econômica.

O fluxo de transporte rodoviário regional é suprido por excelente malha rodoviária, onde têm destaque as Rodovias Anhangüera e Bandeirantes, que fazem a ligação com a cidade de São Paulo e o interior do Estado até o limite com Minas Gerais; a Rodovia Dom Pedro I, que liga Campinas à Dutra e Fernão Dias; a Adhemar de Barros, que liga a região ao sul de Minas Gerais; e a Santos Dumont, que dá acesso à Castello Branco e à região de Sorocaba.

A infra-estrutura de transportes inclui, também, ferrovia operada pela Ferroban, que faz a ligação Mato Grosso do Sul - Porto de Santos, a estrada de ferro operada pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, antiga Estrada de Ferro Santos-Jundiaí, a Hidrovia Tietê-Paraná – que tem sua porta de entrada no município de Piracicaba – e inúmeras estradas vicinais. A região é servida, ainda, pelo Gasoduto Bolívia-Brasil.

A RA abriga o Aeroporto Internacional de Viracopos, o segundo maior do Brasil em movimento de carga aérea e o primeiro em volume e valor de importação, o Aeroporto Campo dos Amarais e o Aeroporto de Bragança Paulista.

As principais Bacias Hidrográficas da região são a dos Rios Piracicaba/Capivari/Jundiaí, com forte presença da atividade industrial e disponibilidade de água reduzida, em função da transferência de água para a RM de São Paulo (Sistema Cantareira); a do Rio Mogi Guaçu; e a do Rio Pardo. 1 Os 90 municípios da RA de Campinas são: Aguaí, Águas da Prata, Águas de Lindóia, Águas de São Pedro, Americana, Amparo, Analândia, Araras, Artur Nogueira, Atibaia, Bom Jesus dos Perdões, Bragança Paulista, Brotas, Cabreúva, Caconde, Campinas, Campo Limpo Paulista, Capivari, Casa Branca, Charqueada, Conchal, Cordeirópolis, Corumbataí, Cosmópolis, Divinolândia, Elias Fausto, Engenheiro Coelho, Espírito Santo do Pinhal, Estiva Gerbi, Holambra, Hortolândia, Indaiatuba, Ipeúna, Iracemápolis, Itapira, Itatiba, Itirapina, Itobi, Itupeva, Jaguariúna, Jarinu, Joanópolis, Jundiaí, Leme, Limeira, Lindóia, Louveira, Mococa, Mogi Guaçu, Moji Mirim, Mombuca, Monte Alegre do Sul, Monte Mor, Morungaba, Nazaré Paulista, Nova Odessa, Paulínia, Pedra Bela, Pedreira, Pinhalzinho, Piracaia, Piracicaba, Pirassununga, Rafard, Rio Claro, Rio das Pedras, Saltinho, Santa Bárbara d'Oeste, Santa Cruz da Conceição, Santa Cruz das Palmeiras, Santa Gertrudes, Santa Maria da Serra, Santo Antonio de Posse, Santo Antonio do Jardim, São João da Boa Vista, São José do Rio Pardo, São Pedro, São Sebastião da Grama, Serra Negra, Socorro, Sumaré, Tambaú, Tapiratiba, Torrinha, Tuiuti, Valinhos, Vargem, Vargem Grande do Sul, Várzea Paulista e Vinhedo.

2. Histórico

Até o final do século XIX, a região foi a maior produtora de café do Estado, cuja dinâmica estruturou uma economia formada por grandes fazendas de café e pequenas e médias propriedades que produziam para o mercado interno em expansão, além de indústrias, comércio atacadista e varejista e serviços. Com a crise cafeeira, a economia regional se reciclaria, expandindo sua indústria e diversificando a produção agropecuária exportável e industrializável, com fortes impactos sobre o meio urbano e a expansão do setor terciário.

O crescimento da região foi reforçado com os investimentos em infra-estrutura, energia e, sobretudo, transportes, que ampliaram a malha rodoviária regional, além da construção da Refinaria de Paulínia e da instalação de instituições de pesquisa e Universidades.

Uma especificidade de Campinas – sua função de centralidade em relação a expressivas parcelas do território estadual – condicionou seu crescimento. A cidade e a região beneficiaram-se do impulso comercial e de serviços decorrentes da ocupação territorial do Oeste e estão estrategicamente próximas da Capital e do Porto de Santos, além de o município de Campinas ter se constituído em importante entroncamento rodo-ferroviário.

Além da centralidade, o grau mais avançado de diversificação de sua base produtiva, apresentando relações inter-setoriais e inter-regionais dinâmicas, e a posição da cidade de Campinas como interface entre a Capital e o interior, no processo de desenvolvimento econômico paulista, são duas características que sempre distinguiram Campinas das demais regiões do Estado.

A partir da década de 1970, o município de Campinas passou por grande expansão urbana, tanto verticalmente, no seu interior, como horizontalmente, no vetor sudoeste, com incorporação de áreas situadas além da Rodovia Anhangüera, em direção a Sumaré, Hortolândia, Monte Mor e Indaiatuba, formando uma única mancha urbana. Outros vetores de expansão foram na direção do Distrito de Barão Geraldo, Paulínia e Jaguariúna, do eixo norte-nordeste e do eixo em direção aos Distritos de Sousas e Joaquim Egídio. A concentração industrial no vetor de expansão de Indaiatuba se intensificou após a abertura do Aeroporto de Viracopos e a instalação do Distrito Industrial de Campinas.

O parque produtivo tem forte presença de setores modernos e plantas industriais de alta tecnologia que, ao atraírem diversas redes de fornecedores especializados, aumentam o dinamismo industrial, intensificando as relações entre as empresas. A disponibilidade de mão-de-obra, com capacidade de ocupar postos de trabalho que exigem elevada qualificação, formada a partir do excelente parque universitário instalado, colabora para acentuar esse dinamismo, aumentando os níveis de competitividade da indústria e gerando um círculo virtuoso.

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RA de Campinas

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Um ramificado sistema viário serve a região, permitindo uma eficiente integração do mercado de trabalho e facilitando os deslocamentos entre residência, local de trabalho ou centros de compras. De certo modo, vem se consolidando uma tendência de maior crescimento industrial dos municípios pequenos e médios e maior especialização de Campinas no atendimento de demandas regionais nas atividades comerciais, de abastecimento e de serviços especializados.

3. Aspectos Demográficos

A população regional, em 2005, foi de 5.916.224 habitantes, representando 14,8% do total estadual. Nesse mesmo ano, a taxa de urbanização da região foi de 93,82%.

População – 2005

RA ESP

5.916.224 39.949.487

14,8%

Fonte: Fundação Seade. Elaboração: Unidade de Assessoria Econômica.

O aumento populacional da RA, nas últimas décadas, decorreu do seu dinamismo econômico, que atraiu grande contingente de pessoas. Nos períodos de 1980/1991, 1991/2000 e 2000/2005, a taxa geométrica de crescimento da população foi de 2,91%, 2,31% e 1,91% ao ano, continuando a ser superior à do total do Estado de São Paulo, de 2,12%, 1,82% e 1,56%, respectivamente. Taxa Geométrica de Crescimento Anual da População

2,121,82

1,56

2,91

2,31

1,91

0,00

1,00

2,00

3,00

1980 / 1991 1991 / 2000 2000 / 2005

(% a.a.)

Estado de São Paulo RA de Campinas

Fonte: Fundação Seade. Elaboração: Unidade de Assessoria Econômica.

A população regional apresentava, em 2005, uma estrutura etária menos concentrada nas faixas de 0 a 29 anos e mais concentrada nas faixas de 30 anos e mais, em comparação com a população total do Estado. No entanto, comparando-se a estrutura etária da população de 1980 com a de 2005, verifica-se que ocorreu, na RA de Campinas, o mesmo fenômeno de envelhecimento populacional ocorrido no Estado de São Paulo: no período, em ambos, houve um decréscimo significativo da participação das faixas etárias de 0 a 29 anos e um aumento da participação das faixas superiores a 30 anos, no total da população.

Distribuição da População, Segundo Faixas Etárias – RA

de Campinas

Distribuição da População, Segundo Faixas Etárias - Estado de São Paulo

Fonte: Fundação Seade. Elaboração: Unidade de Assessoria Econômica.

Em 2005, além do município de Campinas, com cerca de 1.029.898 habitantes, a RA possuía quatro municípios com mais de 200 mil habitantes: Piracicaba (356 mil), Jundiaí (346 mil), Limeira (272 mil) e Sumaré (220.937); e dez com mais de 100 mil habitantes: Americana (196 mil), Rio Claro (185 mil), Hortolândia (184 mil), Santa Bárbara d´Oeste (182 mil), Indaiatuba (172 mil), Bragança Paulista (140 mil), Mogi Guaçu (137 mil), Atibaia (127 mil), Araras (112 mil) e Várzea Paulista (103 mil ). Dentre os demais municípios da região, 14 possuíam população entre 50.000 a 100.000 habitantes; 25, entre 20.000 a 50.000 habitantes; 17, entre 10.000 a 20.000 habitantes; 13, entre 5.000 a 10.000 habitantes; e seis, abaixo de 5.000 habitantes.

4. Panorama Econômico

O Produto Interno Bruto-PIB da RA de Campinas, em 2004, foi de R$ 94,8 bilhões, ou 17,3% do total do Estado.

Produto Interno Bruto PIB 2004 (R$ Bilhões)

RA ESP

94,8 546,6

17,3%

PIB per Capita 2004 (R$)

RA ESP

16.073,08 13.725,14

Fonte: Fundação Seade. Elaboração: Unidade de Assessoria Econômica.

A estrutura produtiva regional é bastante complexa. A RA de Campinas se caracteriza por uma agricultura moderna e diversificada, pelo mais expressivo parque industrial do interior do Estado de São Paulo e por um setor de serviços moderno, sofisticado e de alta tecnologia.

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RA de Campinas

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A tipologia dos municípios segundo o perfil do PIB2 está apresentada no Mapa abaixo e mostra que 12 municípios têm sua atividade econômica voltada, predominantemente, para a agropecuária (grupo 1); 19 para as atividades agropecuárias e terciárias (grupo 2); oito dedicam-se, principalmente, à industria simples (grupo 3); 10 são voltados à indústria complexa (grupo 4); 24 possuem agroindústrias (grupo 5); sete são multisetoriais (grupo 6); e sete têm sua economia caracterizada por atividades do setor terciário (grupo 7).

Tipologia dos Municípios Segundo o Perfil do PIB, 2003

Fonte: Fundação Seade.

Na agricultura, a cana-de-açúcar é a cultura predominante e, nos últimos anos, as usinas de açúcar e álcool têm feito investimentos importantes na modernização de seus equipamentos.

A citricultura tem grande participação na agricultura regional e vem, também, se modernizando, com o adensamento do plantio, que contribuiu para o aumento da produtividade e a redução de custos. Além da produção de suco concentrado e congelado, a região é tradicional na produção de mudas.

O café, também, tem destaque e seu cultivo está entre os mais tradicionais do Estado. O café produzido na região de São João da Boa Vista é de qualidade superior, beneficiado por condições agro-ecológicas, de clima e relevo. A RA também é importante produtora de batata e parte relevante da produção nacional é de lá originária.

A região lidera a produção nacional de flores, parte da qual é exportada para diversos países do mundo. O município de Holambra possui o maior centro de comercialização de flores e plantas da América Latina, o Veiling Holambra.

2 Fundação Seade. Atlas da Economia Paulista, 2006. A tipologia dos municípios, segundo o perfil do PIB, destaca, dentre as diversas atividades econômicas do município a de maior peso na formação do PIB municipal. Em www.seade.gov.br.

Há, na RA, uma produção significativa de frutas, nos municípios de Indaiatuba, Itatiba, Itupeva, Jarinu, Jundiaí, Louveira, Valinhos e Vinhedo, que, inclusive, formam o Pólo Turístico do Circuito das Frutas. Os principais produtos são uva, figo, goiaba, caqui, pêssego e morango, cuja comercialização e degustação têm impulsionado não só o agronegócio, mas também o turismo da região.

A agropecuária regional destaca-se, ainda, por apresentar, em muitos casos, rendimentos físicos por hectare que são superiores à média estadual. É a primeira região no país em índice de mecanização, uso de adubos, de sementes selecionadas etc. Com isso, registram-se ganhos de competitividade, otimização dos processos produtivos e introdução constante de inovações tecnológicas.

A agricultura apresenta grande articulação com a indústria, formando complexos agroindustriais, com elevada participação de produtos exportáveis ou destinados ao mercado urbano de maior poder aquisitivo. Participação Percentual dos Setores Econômicos no Valor

Adicionado - 2004

7,77

52,35

39,89

0

20

40

60

80

100

Primário Secundário Terciário

(%)

Fonte: Fundação Seade. Elaboração: Unidade de Assessoria Econômica.

Campinas é a segunda região do estado de São Paulo em valor de produção industrial, atrás apenas da Região Metropolitana de São Paulo, e responsável por mais de 10% do total da produção industrial nacional. Abrange desde áreas industriais tradicionais como automotiva, têxtil, metalúrgica, alimentícia, petroquímica e farmacêutica até nichos da produção de ponta em telecomunicações, eletrônica, informática e química fina.

Segundo a Pesquisa de Atividade Econômica Paulista (Paep)3, realizada pela Fundação Seade, em 1996 e 2001, a participação das unidades locais da indústria da região no total do Estado passou de 14,84%, em 1996, para 17,86%, em 2001. No mesmo período, a participação do pessoal ocupado na indústria passou de 16,89% para 18,93%, e do valor adicionado industrial, de 16,10% para 19,62% do total estadual.

3 Fundação Seade. Pesquisa de Atividade Econômica Paulista, 1996 e 2001. Em www.seade.gov.br.

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RA de Campinas

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Participação Percentual da Indústria da RA de Campinas no Total do Estado de São Paulo – 1996 e 2001

14,8417,8616,89

18,9316,10

19,62

0

5

10

15

20

25

1996 2001

Unidades locais Pessoal Ocupado Valor Adicionado

Fonte: Fundação Seade - Paep, 1996; 2001.

A função industrial regional tem se caracterizado por abrigar setores modernos e plantas industriais articuladas em grandes e complexas cadeias produtivas, com relevantes participações na produção estadual.

A diversificação e o peso da estrutura industrial da RA são marcantes, podendo-se destacar, o Pólo Petroquímico de Paulínia, composto pela Replan, da Petrobrás, e por outras empresas do setor químico e petroquímico; o parque têxtil de Americana, Nova Odessa e Santa Bárbara d´Oeste; o pólo ceramista, em Santa Gertrudes, Artur Nogueira, Pedreira e Porto Ferreira; o de papel e celulose, em Limeira e Jundiaí; além do pólo de alta tecnologia de Campinas e Hortolândia.

O principal eixo indutor da atividade industrial da região foi a Via Anhangüera, ao redor da qual se instalou a grande maioria das plantas industriais, principalmente em Jundiaí, Vinhedo, Valinhos, Campinas, Sumaré, Americana, Nova Odessa e Limeira. A localização geográfica e o sistema viário regional foram fatores primordiais no desenvolvimento da agroindústria, permitindo a ligação com as regiões produtoras de matérias-primas e mercados consumidores e terminais de exportação.

Assim, uma de suas divisões mais representativas é a de alimentos e bebidas. No segmento de produtos de bens intermediários, destacam-se a indústria química e as divisões de papel e celulose, borracha e plástico, farmacêutica e de minerais não-metálicos e, no segmento de bens de capital, é importante a presença do ramo metal-mecânico e de suas divisões de máquinas e equipamentos e de automóveis.

Campinas possui escala para desenvolver um conjunto de atividades tradicionalmente encontrado apenas nas grandes capitais do país. Seu setor terciário engloba um desenvolvido segmento de serviços, com destaque para os complexos universitário, cultural e hospitalar; grandes redes educacional, bancária, imobiliária e de transportes; comércio de grande porte ou especializado; rede de alojamento e alimentação; e serviços pessoais diferenciados.

Em Campinas, sobretudo na Rodovia D. Pedro I e nas cercanias, foram implantados empreendimentos de comércio, alimentação, entretenimento e hotelaria, que vieram reforçar, ainda mais, seu papel de pólo regional. Recentemente, foram

instalados hipermercados, empresas de materiais de construção e shopping centers de grande porte, que passaram a atrair pessoas vindas de diversas cidades.

A região abriga importantes instituições de ensino superior como a Universidade Estadual de Campinas-Unicamp, a Pontifícia Universidade Católica de Campinas-Puccamp, a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz-ESALQ, da USP, os Institutos de Biociências e de Geociências e Ciências Exatas da UNESP, as Faculdades de Campinas (FACAMP), a Universidade Metodista (UNIMEP), o Centro Universitário Salesiano de São Paulo (UNISAL), a Universidades São Francisco (UFS) e a Universidade Paulista (UNIP).

A região possui a maior concentração de instituições de pesquisa e desenvolvimento do interior brasileiro, com destaque para o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento-CPqD, a Fundação Centro Tecnológico para a Informática-CTI, a Companhia de Desenvolvimento Tecnológico-Codetec, o Instituto Agronômico de Campinas-IAC, o Instituto Tecnológico de Alimentos-Ital, o Laboratório Nacional de Luz Sincroton-LNLS e o Instituto de Zootecnia localizado em Nova Odessa.

A existência dessas instituições e de inúmeras escolas técnicas e a conseqüente disponibilidade de pessoal qualificado foram fundamentais para a presença de empresas de alta tecnologia, que atuam principalmente nos setores de informática, microeletrônica, telecomunicações, eletrônica e química fina, além de um grande número de empresas de pequeno e médio porte fornecedoras de insumos, componentes, partes, peças e serviços.

Outro fator relevante é o Parque Tecnológico a ser instalado na região que ocupará uma área de aproximadamente oito milhões de metros quadrados no perímetro da Unicamp, Puc-Campinas e Rodovia Campinas Moji-Mirim. Esse Parque reunirá Empresas e Institutos de Pesquisa, de modo a permitir o uso de serviços compartilhados, próximos aos laboratórios de grandes universidades, gerando um ambiente favorável ao desenvolvimento de atividades de alto valor agregado, ao surgimento de empresas de base tecnológica e novos empreendimentos imobiliários.

A oferta de serviços de saúde, na região, extravasa seus limites geográficos. Em Campinas, destacam-se o Hospital das Clínicas da Unicamp, centro de referência, que presta assistência médico-hospitalar em escala regional e nacional; o Hospital da PUC-Campinas; o Centro de Atendimento Integral à Mulher-CAISM, referência no atendimento da saúde da mulher, o Gastrocentro e o Hemocentro da Unicamp; o Centro Infantil de Investigações Hematológicas Dr. Domingos Boldrini, referência em pesquisa e tratamento de câncer infantil; e os Hospitais Estaduais de Hortolândia e Sumaré, sendo este último considerado referência nacional. Com bons hospitais e postos de saúde, Americana e Piracicaba são, também, referências regionais em saúde.

Várias cidades da RA têm no turismo a sua principal atividade econômica, como é o caso das estâncias hidrominerais de

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RA de Campinas

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Atibaia, Serra Negra, Águas de Lindóia, Águas de São Pedro, Amparo e Lindóia, conhecidas pela qualidade terapêutica de suas águas.

Na RA, foram implantados grandes empreendimentos turísticos e de lazer, como os parques temáticos de Vinhedo e Itupeva, localizados às margens da Rodovia Bandeirantes.

Além disso, alguns municípios têm como tradição a apresentação de feiras e exposições periódicas de seus produtos agropecuários, como é o caso de Holambra, com a Expoflora; de Atibaia, com as festas de Flores e Morangos, da Uva, do Pêssego, do Morango, do Figo e Expolegumes; e de Louveira e Jundiaí, com a Festa da Uva.

A região possui diversos Arranjos Produtivos Locais (APL), como de equipamentos médicos e de tecnologia da informação, em Campinas; de flores, em Holambra; de jóias folheadas, em Limeira; de moda adulta e de frutas, em Jundiaí; de café fino, em Santo Antonio do Pinhal; de cerâmica estrutural, em Tambaú e Vargem Grande do Sul; cerâmica de revestimento, em Santa Gertrudes; malhas, em Socorro; têxteis, em Americana; e móveis, em Itatiba4.

5. Rede de cidades – Aglomerados Urbanos de Jundiaí, Limeira/Rio Claro e Mogi-Guaçu/Moji-Mirim e Centros Urbanos de Atibaia, Bragança Paulista e Piracicaba.5

A RA de Campinas abriga não só a Região Metropolitana de Campinas-RMC como um conjunto importante de aglomerados e centros urbanos.

O Aglomerado Urbano de Jundiaí é formado pelos municípios de Cabreúva, Campo Limpo Paulista, Itupeva, Louveira, Várzea Paulista e Jundiaí. Juntos, possuem 621 mil habitantes, dos quais mais da metade estão em Jundiaí, que fica a 50 km da capital paulista.

O parque industrial do município de Jundiaí abriga mais de 700 indústrias, que atuam em diferentes setores, como químico, embalagens, autopeças, metal-mecânico, alimentos, vestuário e cerâmico. Possui amplos e modernos distritos industriais, localizados às margens das rodovias Anhangüera e Bandeirantes. Além disso, tem uma economia urbana estruturada em diversos segmentos do setor de serviços e comércio.

A atividade agropecuária é bastante significativa em Jundiaí, conhecida como a “Terra da Uva”. O município é grande produtor de frutas, principalmente uva Niágara e morangos, além de outros hortifrutigranjeiros e aves de corte.

O município de Jundiaí vem se firmando como um dos pólos de logística e distribuição da Região Metropolitana de São Paulo, graças à ligação das rodovias Bandeirantes e Anhangüera com o Rodoanel Mario Covas. O acesso à cidade

4 Secretaria de Desenvolvimento. www.ciencia.sp.gov.br/desenvolvimento/apls/lista/ 5 Rede de Cidades. Em www.investimentos.sp.gov.br.

pode ser feito também pelas rodovias Marechal Rondon e Engenheiro Constantino Cintra.

O Aglomerado Urbano de Limeira/Rio Claro é formado pelos municípios de Limeira, Rio Claro, Araras, Leme, Iracemápolis e Cordeirópolis, que juntos abrigam uma população de 694 mil habitantes. Limeira e Rio Claro são as principais cidades. Ambas situam-se a 154 km e 173 km, respectivamente, da capital paulista.

A atividade industrial de Limeira é diversificada, com a presença de indústrias do ramo alimentício, metalúrgico, metal-mecânico e bens de capital. O município é reconhecido como um dos maiores clusters do setor de jóias folheadas da América Latina. Na cidade, são produzidas mais de 400 toneladas de peças por mês que representam mais da metade da produção nacional deste segmento. O Pólo emprega diretamente cerca de nove mil pessoas e mais 40 mil, indiretamente.

Limeira é um dos maiores centros de produção de mudas cítricas da América Latina, sendo 80% delas voltadas para exportação. Há cerca de duas mil propriedades rurais, no município, com forte atuação em cana-de-açúcar e citrus (laranja, limão e tangerina).

Limeira, que está situada à margem da Via Anhanguera, principal rota de ligação entre a Capital e as regiões Norte e Centro de São Paulo, ocupa uma posição privilegiada em relação ao importante entroncamento rodo-ferroviário (Via Anhanguera; Washington Luís; Limeira-Piracicaba; Limeira-Moji-Mirim e FERROBAN).

A cidade é servida pelo gás natural proveniente do Gasoduto Bolívia-Brasil, possuindo dois city-gates para sua distribuição.

Já a economia do município de Rio Claro está baseada na agroindústria sucroalcooleira. O parque industrial é diversificado, com destilarias de álcool e usinas de açúcar, indústrias de alimentos e de bens de capital. Os distritos industriais da região contam com infra-estrutura completa.

Situado às margens da Rodovia Washington Luiz (SP-310), o município de Rio Claro pode ser acessado pelas rodovias Anhangüera (SP-330), Bandeirantes (SP-348), Engenheiro Paulo Nilo Romano (SP-225), Wilson Finardi (SP-191) e Fausto Santomauro (SP-127).

Rio Claro possui um city-gate do Gasoduto Bolívia-Brasil e, também, está integrado à rede de fibra óptica paulista.

O Aglomerado Urbano de Mogi-Guaçu/Moji-Mirim é formado pelos municípios de Mogi-Guaçu, Moji-Mirim, Estiva Gerbi e Itapira, que juntos abrigam uma população de cerca de 300 mil habitantes. As maiores concentrações populacionais estão nas cidades de Mogi-Guaçu (137 mil habitantes) e Moji-Mirim (90 mil habitantes). O município de Mogi-Guaçu, sede da aglomeração, fica a 168 km da capital paulista e a 50 km de Campinas.

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RA de Campinas

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Mogi-Guaçu, principal município da aglomeração, é importante centro de negócios, com terras férteis e planas, responsáveis pela alta produtividade das culturas de cana-de-açúcar e cítricos.

A indústria cerâmica também é representativa na região, principalmente na produção de ladrilhos. Além da cerâmica de revestimento, as atividades industriais predominantes no município estão voltadas aos setores metalúrgico, alimentício e de papel e celulose.

As principais estradas de acesso a Mogi-Guaçu são a SP-340, que faz a conexão com Campinas, e a SP-342, que liga o município a Espírito Santo do Pinhal. A cidade, que dispõe também de transporte ferroviário de carga e passageiros pela Malha Paulista (antiga Fepasa), fica a 90 km da Hidrovia Tietê-Paraná.

Compondo a rede de cidades da RA de Campinas, encontram-se os Centros Urbanos de Atibaia, Bragança Paulista e Piracicaba.

Atibaia é estância hidromineral localizada na Serra da Mantiqueira, a 52 km de distância da capital paulista, 56 km de Campinas e 80 km de São José dos Campos.

O turismo é a principal atividade econômica de Atibaia. As fontes de águas medicinais radioativas, muito procuradas para fins terapêuticos, atraem milhares de visitantes por ano.

A agropecuária, também, é bastante importante para a economia do município. Conhecida como a Cidade das Flores e dos Morangos, Atibaia é destaque nacional na produção de flores e morangos. As culturas de milho, feijão e gengibre também são significativas. A pecuária bovina é expressiva, com mais de 10 mil cabeças, e uma produção anual de mais de três mil litros de leite.

Atibaia também abriga indústrias modernas e de alta tecnologia em diversos setores e segmentos, como têxtil, frutas congeladas, concreto, laticínios, náutica, metalúrgica, máquinas para concreto, isolantes, química e molas.

O município fica no cruzamento da Rodovia Fernão Dias BR-381, que liga São Paulo a Belo Horizonte, e a Rodovia Dom Pedro I (SP-065), que liga Campinas a Jacareí.

Bragança Paulista está situada no centro do quadrilátero formado pelo Vale do Paraíba, região de Campinas, sul de Minas Gerais e norte de São Paulo. O município fica a 83 km da capital paulista.

As principais atividades econômicas estão ligadas à agropecuária, com destaque para a criação de suínos, bovinos e eqüinos.

O parque industrial é diversificado. Nele, estão instaladas empresas de diversas nacionalidades, que atuam em diferentes setores e segmentos, como Alimentos, Têxtil, Componentes Eletrônicos, Autopeças e Confecções.

O município, cortado no sentido norte-sul pela Rodovia Fernão Dias (BR-381), fica a 150 km da Hidrovia Tietê–Paraná.

Piracicaba fica a 152 km da capital e consolidou-se como importante área de produção de cana-de-açúcar no Estado de São Paulo, em torno da qual se formou um complexo agroindustrial de açúcar e álcool.

O parque industrial é bastante diversificado e dele participam indústrias de grande porte e tecnologia avançada, que atuam nos setores sucroalcooleiro, metal-mecânica, alimentos, papel e têxtil.

As principais estradas de acesso ao município são a Rodovia Luiz de Queiroz (SP-304), que se conecta as rodovias Anhangüera (SP-330) e Bandeirantes (SP-348), em direção à capital e Campinas, e a Rodovia do Açúcar (SP-308), ligando-se à Rodovia Castelo Branco (SP-280), rumo a Sorocaba.

6. Panorama Social – O Índice Paulista de Responsabilidade Social – IPRS6

A RA de Campinas tem sua dimensão e complexidade revelada pelo Índice Paulista de Responsabilidade Social - IPRS7, ocupando a 4ª posição no indicador de riqueza, a 7ª colocação em longevidade e o 11º lugar no indicador de escolaridade.

A distribuição dos municípios nos cinco grupos do IPRS revela uma predominância nos dois primeiros: 48,9% dos municípios encontram-se nos grupos 1 e 2. No Grupo 1, que reúne os municípios com bons indicadores nas três dimensões do índice, foram classificados 24 municípios; no Grupo 2, que congrega os que possuem bons indicadores de riqueza, mas um dos indicadores socioeconômicos insatisfatórios, foram classificados 20 municípios. No Grupo 3, cuja principal característica é agregar os municípios que, mesmo não apresentando indicador de riqueza elevado, exibem indicadores sociais satisfatórios, encontram-se 14 municípios. No Grupo 4, que agrega municípios com baixo indicador de riqueza e indicadores sociais intermediários, concentraram-se 16 municípios. No Grupo 5, caracterizado por municípios com indicadores de riqueza, longevidade e escolaridade menos favoráveis, estão 16 municípios.

6 Fundação Seade e Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo. Índice Paulista de Responsabilidade Social – IPRS, 2006. Em www.seade.gov.br. 7 O Índice Paulista de Responsabilidade Social - IPRS sintetiza a situação de cada município no tocante a longevidade, escolaridade e riqueza, a partir de indicadores que podem assumir valores entre 0 e 100. De acordo os parâmetros do IPRS de 2006, o indicador de riqueza é Baixo até 42 e Alto com escore de 43 e mais; o de longevidade é Baixo até 68, Médio de 69 a 72 e Alto de 73 e mais; e o de escolaridade, Baixo até 53, Médio de 54 a 57 e Alto de 58 e mais.

Page 9: Região Administrativa de Campinas - rc.unesp.br · PDF fileconcentração industrial no vetor de expansão de Indaiatuba se intensificou após a abertura do Aeroporto de Viracopos

Índice Paulista de Responsabilidade Social –IPRS RA de Campinas

2000 2002

2004

Fonte: Fundação Seade.

Na dimensão de riqueza, o indicador sintético da RA de Campinas acompanhou o estadual, aumentando cerca de 4% entre 2002 e 2004. O resultado decorreu do maior consumo de energia elétrica no comércio, na agricultura e nos serviços, que compensou a redução do valor adicionado fiscal per capita na região.

Na dimensão de longevidade, quase todos os indicadores de mortalidade sofreram decréscimo, exceto a taxa de mortalidade das pessoas com 60 anos e mais. No total, o comportamento da dimensão foi favorável, mas alguns esforços ainda são necessários em determinados municípios que apresentam taxas de mortalidade infantil muito elevadas.

A dimensão de escolaridade apresentou progresso semelhante ao do Estado, sendo que apenas 11 municípios da região registraram queda neste indicador. Um dos destaques da RA de Campinas deve-se ao índice de atendimento à pré-escola que ampliou-se de 78,5% para 80,4%, entre 2002 e 2004, superando a média estadual do último ano em análise (77,0%).

Índice Paulista de Responsabilidade Social –IPRS RA de Campinas – 2004

Grupo 1

Americana, Amparo, Analândia, Araras, Cordeirópolis, Engenheiro Coelho, Estiva Gerbi, Holambra, Indaiatuba, Itatiba, Jaguariúna, Jundiaí, Limeira, Mococa, Mogi Guaçu, Nova Odessa, Paulínia, Pirassununga, Rio Claro, Saltinho, São José do Rio Pardo, Serra Negra, Valinhos, Vinhedo

Grupo 2

Águas de Lindóia, Águas de São Pedro, Atibaia, Bragança Paulista, Cambreúva, Campinas, Campo Limpo Paulista, Capivari, Hortolândia, Itupeva, Jarinu, Louveira, Moji Mirim, Monte Mor, Pedreira, Piracicaba, Rio das Pedras, Santa Bárbara d’Óeste, Sumaré, Várzea Paulista

Grupo 3

Charqueada, Divinolândia, Espírito Santo do Pinhal, Ipeúna, Iracemápolis, Itirapina, Monte Alegre do Sul, Morungaba, Pinhalzinho, Santa Gertrudes, Santa Maria da Serra, Santo Antonio do Jardim, Tapiratiba, Tuiuti

Grupo 4

Águas da Prata, Artur Nogueira, Brotas, Corumbataí, Cosmópolis, Elias Fausto, Itapira, Lindóia, Mombuca, Rafard, Santa Cruz da Conceição, Santo Antonio da Posse, São João da Boa Vista, São Pedro, Torrinha, Vargem

Grupo 5

Aguaí, Bom Jesus dos Perdões, Caconde, Casa Branca, Conchal, Itobi, Joanópolis, Leme, Nazaré Paulista, Pedra Bela, Piracaia, Santa Cruz das Palmeiras, São Sebastião da Grama, Socorro, Tambaú, Vargem Grande do Sul

Fonte: Fundação Seade.

7. Investimentos Anunciados na RA de Campinas

O interesse do setor privado pela economia local pode ser dimensionado pelos investimentos anunciados para a região que, segundo a Pesquisa de Investimentos no Estado de São Paulo – Piesp8, indicavam US$ 1,7 bilhão em 2005. Em relação ao ano anterior, a RA de Campinas teve um aumento de 38% nos investimentos anunciados. Com isso, duplicou sua participação no total do Estado, passando de 7,7% para 15,8%, atrás apenas da RA de São José dos Campos.

Do total de US$ 1,7 bilhão anunciado para a região, 85,2% referiam-se ao setor industrial, com destaque para dois segmentos: produtos farmacêuticos (35,8%) e refino de petróleo e álcool (17,1%). As intenções de investimentos destinadas a este último referem-se à ampliação da Refinaria do Planalto – Replan, em Paulínia. Três outros investimentos elevados estão vinculados aos subsetores industriais de papel e celulose, automotivo e transporte aéreo.

No setor de serviços, a participação da RA de Campinas no total dos investimentos anunciados no Estado foi de 11,8%, sendo 6,2% em atividades de transporte aéreo. No comércio, a participação no total do Estado foi de 3,0%.

8 Fundação Seade. Pesquisa de Investimentos no Estado de São Paulo, 2005. Em www.seade.gov.br.