1 faperj.br rc.unesp.br apÊndice j- diagnÓstico da poluiÇÃo ambiental - dpa diagnóstico da...

15
1 faperj.br rc.unesp.br APÊNDICE J- DIAGNÓSTICO DA POLUIÇÃO AMBIENTAL - DPA Diagnóstico da Poluição Ambiental - DPA visa a elaboração de um diagnóstico integrado, necessário ao plano de manejo de uma região, e tem por objetivo determinar, em função do grau de poluição ambiental, a prioridade que deve ser dada ao problema por região.

Upload: internet

Post on 17-Apr-2015

109 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: 1 faperj.br rc.unesp.br APÊNDICE J- DIAGNÓSTICO DA POLUIÇÃO AMBIENTAL - DPA Diagnóstico da Poluição Ambiental - DPA visa a elaboração de um diagnóstico

1

faperj.br

rc.unesp.br

APÊNDICE J- DIAGNÓSTICO DA POLUIÇÃO AMBIENTAL - DPA

Diagnóstico da Poluição Ambiental - DPA visa a elaboração de um diagnóstico integrado,

necessário ao plano de manejo de uma região, e tem por objetivo determinar, em função do grau de poluição ambiental, a prioridade que

deve ser dada ao problema por região.

Page 2: 1 faperj.br rc.unesp.br APÊNDICE J- DIAGNÓSTICO DA POLUIÇÃO AMBIENTAL - DPA Diagnóstico da Poluição Ambiental - DPA visa a elaboração de um diagnóstico

faperj.br

APÊNDICE J- DIAGNÓSTICO DA POLUIÇÃO AMBIENTAL - DPA

O método do CIDIAT (Hidalgo, 1988compreende os diagnósticos da poluição hídrica, da poluição

atmosférica, da poluição sonora e da poluição por resíduos sólidos (poluição do solo).

Page 3: 1 faperj.br rc.unesp.br APÊNDICE J- DIAGNÓSTICO DA POLUIÇÃO AMBIENTAL - DPA Diagnóstico da Poluição Ambiental - DPA visa a elaboração de um diagnóstico

faperj.br

APÊNDICE J- DIAGNÓSTICO DA POLUIÇÃO AMBIENTAL - DPA

A poluição tem sua origem nas fontes poluidoras, quando da geração e emissão dos poluentes pelas mesmas. Estas podem ser fixas ou móveis.

Entende-se por fontes fixas aquelas cujos lançamentos ocorrem em locais invariáveis no tempo, tais como as indústrias e redes de esgotos.

São fontes móveis aquelas cujas descargas são espacialmente variáveis ao longo do tempo, como o uso de agrotóxicos e fertilizantes, cujos residuais e excedentes vão, direta ou indiretamente, para a água, o ar e o solo.

Page 4: 1 faperj.br rc.unesp.br APÊNDICE J- DIAGNÓSTICO DA POLUIÇÃO AMBIENTAL - DPA Diagnóstico da Poluição Ambiental - DPA visa a elaboração de um diagnóstico

faperj.br

POLUIÇÃO HÍDRICAA poluição hídrica, seja de fonte móvel ou fixa, é avaliada através da análise de indicadores de poluição, tais como: DBO, OD, pH, temperatura,, etc., cujos limites estão assegurados através dos padrões de qualidade, na PORTARIA 518/04.

Para fins deste diagnóstico, faz-se uso da DBO5 para a classificação da poluição hídrica, conforme o quadro J.1.

Classificação Nível de DBO Índice

Baixa < 3,0 1 Média baixa 3,0 a 6,0 2

Média 6,0 a 7,0 3 Média alta 7,0 a 9,0 4

Alta > 10,0 5

Page 5: 1 faperj.br rc.unesp.br APÊNDICE J- DIAGNÓSTICO DA POLUIÇÃO AMBIENTAL - DPA Diagnóstico da Poluição Ambiental - DPA visa a elaboração de um diagnóstico

POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA

A Resolução CONAMA no 003/90, estabelece os padrões de qualidade do ar para todo o território nacional, considerando os níveis máximos toleráveis de concentração de poluentes atmosféricos - padrões primários -, e os níveis desejáveis de concentrações de poluentes atmosféricos - padrões secundários, para fontes fixas e móveis.

Para os fins a que se destina este diagnóstico, a poluição atmosférica é classificada conforme os quadros J.2 e J.3, baseados na Resolução CONAMA no 003/90.

Page 6: 1 faperj.br rc.unesp.br APÊNDICE J- DIAGNÓSTICO DA POLUIÇÃO AMBIENTAL - DPA Diagnóstico da Poluição Ambiental - DPA visa a elaboração de um diagnóstico

POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA

6

Quadro J.2: Concentração de CO, média de 8 horas, em g/m3 (fontes móveis)

Quadro J.3: Concentração de partículas em suspensão na atmosfera, em g/m3 (fontes fixas)

Classificação Nível de CO Índice

Baixa < 5.000 1

Média baixa 5.000 a 9.000 2

Média 10.000 3

Média alta 11.000 a 39.000 4

Alta > 40.000 5

Classificação Nível de MP Índice

Baixa < 20 1

Média baixa 20 a 40 2

Média 40 a 60 3

Média alta 60 a 80 4

Alta > 80 5

Page 7: 1 faperj.br rc.unesp.br APÊNDICE J- DIAGNÓSTICO DA POLUIÇÃO AMBIENTAL - DPA Diagnóstico da Poluição Ambiental - DPA visa a elaboração de um diagnóstico

POLUIÇÃO SONORA

7rc.unesp.brpanoramio.comfalaouropreto.com.br rc.unesp.brrc.unesp.br

77

A Resolução CONAMA 001/90, estabelece as normas a serem observadas, a nível nacional, notocante à emissão de ruídos em decorrência de quaisquer atividades. Os critérios e padrões a serem aplicados são os das normas NBR 10.151 e 10.152, da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT. No presente diagnóstico, a poluição sonora passa a ser classificada conforme o quadro J.4.

Classificação Nível de ruído Índice

Baixa zero a 40 1

Média baixa 40 a 50 2

Média 50 a 60 3

Média alta 60 a 75 4

Alta > 75 5

Quadro J.4: Poluição sonora por fontes fixas e móveis, em dB.

Page 8: 1 faperj.br rc.unesp.br APÊNDICE J- DIAGNÓSTICO DA POLUIÇÃO AMBIENTAL - DPA Diagnóstico da Poluição Ambiental - DPA visa a elaboração de um diagnóstico

POLUIÇÃO POR RESÍDUOS SÓLIDOS

faperj.br

O manejo do lixo urbano, tóxico ou não tóxico, pode ser enquadrado em uma das três classificações:

Adequado (A)Exemplo: Aterro Sanitário, Usina de Compostagem, Incineradores, etc.

Inadequado Coberto (IC) Exemplo: Aterros controlados.

Inadequado Descoberto (ID) Exemplo: Lixões ou Vazadouros a céu aberto.

Page 9: 1 faperj.br rc.unesp.br APÊNDICE J- DIAGNÓSTICO DA POLUIÇÃO AMBIENTAL - DPA Diagnóstico da Poluição Ambiental - DPA visa a elaboração de um diagnóstico

POLUIÇÃO POR RESÍDUOS SÓLIDOS

faperj.br

Quadro J.5: Poluição por resíduos sólidos urbanos, tóxicos e não tóxicos..

O grau de manejo do lixo urbano é determinado através da avaliação do percentual coletado pelo serviço de limpeza pública e do tratamento e/ou disposição final. A partir do cruzamento destas duas informações, obtém-se o índice correspondente à poluição por resíduos sólidos, conforme o quadro J.5.

Classificação % Manejado Índice

A IC ID

Baixa > 75 1 2 3

Média baixa 50 a 75 2 3 4

Média 25 a 50 3 4 5

Média alta < 25 4 5 5

Alta --- 5 5 5

Page 10: 1 faperj.br rc.unesp.br APÊNDICE J- DIAGNÓSTICO DA POLUIÇÃO AMBIENTAL - DPA Diagnóstico da Poluição Ambiental - DPA visa a elaboração de um diagnóstico

POLUIÇÃO POR RESÍDUOS SÓLIDOS

faperj.br

Quadro J.6: Poluição por resíduos sólidos rurais.

A avaliação do percentual manejado é feita a partir de pesquisa, em cada propriedade rural, do tipo de destino final empregado. O lixo produzido normalmente é enterrado, reciclado ou incinerado. Com os resultados faz-se o diagnóstico, classificando-se a poluição ambiental por resíduos sólidos rurais, conforme o quadro J.6.

Classificação % Manejado Índice

Baixa > 80 1

Média baixa 60 a 80 2

Média 40 a 60 3

Média alta 20 a 40 4

Alta < 20 5

Page 11: 1 faperj.br rc.unesp.br APÊNDICE J- DIAGNÓSTICO DA POLUIÇÃO AMBIENTAL - DPA Diagnóstico da Poluição Ambiental - DPA visa a elaboração de um diagnóstico

faperj.br

APRESENTAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DA POLUIÇÃO AMBIENTAL

A metodologia do diagnóstico da poluição ambiental segue o princípio do cálculo do valor crítico. Parte-se da hipótese de que o menor valor (valor 1), corresponde a situação "menos grave" e o maior valor (valor 5), corresponde a situação "mais grave", ao aplicar o correspondente índice para cada tipo de poluição considerado.

Page 12: 1 faperj.br rc.unesp.br APÊNDICE J- DIAGNÓSTICO DA POLUIÇÃO AMBIENTAL - DPA Diagnóstico da Poluição Ambiental - DPA visa a elaboração de um diagnóstico

DETERMINAÇÃO DO VALOR CRÍTICO PARA A ÁREA

VC (Valor crítico) = f (UR) (plotar no eixo das ordenadas)

UR = unidades de risco.(plotar no eixo das abscissas)

12

Page 13: 1 faperj.br rc.unesp.br APÊNDICE J- DIAGNÓSTICO DA POLUIÇÃO AMBIENTAL - DPA Diagnóstico da Poluição Ambiental - DPA visa a elaboração de um diagnóstico

UNIDADES DE RISCO DO DPA

Pol. hídrica fontes fixas(PHFF) 1 - 5Pol. hídrica fontes móveis(PHFM) 1 - 5Pol. atmosférica fontes fixas(PAFF) 1 - 5Pol. atmosférica fontes móveis(PAFM) 1 - 5Pol. sonora fontes fixas(PSFF) 1 - 5Pol. sonora fontes móveis(PSFM 1 - 5Pol. por res. sol. urbanos(PRSU) 1 - 5Pol. por res. sol. urbanos tóxicos(PRSUT) 1 - 5Pol. por res. sol. rurais(PRSR) 1 - 5TOTAL DE UNIDADES DE RISCO 9 - 45

13

Min Max

Page 14: 1 faperj.br rc.unesp.br APÊNDICE J- DIAGNÓSTICO DA POLUIÇÃO AMBIENTAL - DPA Diagnóstico da Poluição Ambiental - DPA visa a elaboração de um diagnóstico

14

UNIDADES DE RISCO DO DPAA conclusão do diagnóstico deve apresentar a análise quantitativa do VC% e a descrição da situação da poluição ambiental na região, ressaltando-se os parâmetros mais críticos, as fontes poluidoras e as conseqüências da poluição, estabelecendo os problemas prioritários, que resultarão nos programas de controle ambiental.

Page 15: 1 faperj.br rc.unesp.br APÊNDICE J- DIAGNÓSTICO DA POLUIÇÃO AMBIENTAL - DPA Diagnóstico da Poluição Ambiental - DPA visa a elaboração de um diagnóstico

1515

EXEMPLOEm levantamento sanitário realizado recentemente no

município de Cabaceiras, observou-se que 65% dos resíduos sólidos urbanos tóxicos são manejados para aterros controlados e 50% dos não tóxicos são manejados para lixões. Com relação aos resíduos rurais, observou-se que a população maneja 80% dos resíduos, fazendo a queima dos mesmos na propriedade. A poluição sonora é irrelevante e não existe registro sobre a poluição do ar. No que diz respeito às águas, a demanda bioquímica de oxigênio é em média de 9,0 mg/L para fontes fixas e 3,0 mg/L para móveis. Elabore o DPA para o município nessas condições, priorizando as atividades para um programa de controle da poluição ambiental.

Parte do Material dessa aula foi gentilmente cedido pela Professora Sema Maria de Araújo.