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Aula 60 – 22.10.2019 Prof. Dener Ângelo Dalbem Bilatto Monitora: Priscila Machado REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL (RPPS) → Livros: Manual Prático das Aposentadorias do Servidor Público – Bruno Sá Freire Martins e Theodoro Vicente Agostinho Regime Próprio de Previdência Social dos Servidores Públicos – Marcelo Barroso de Lima Brito Aposentadoria do Servidor Público Professor orienta que tem muitos erros na concessão da aposentadoria do servidor púbico Não temos uma legislação nacional que regulamente a matéria. Aplicamos a legislação local. → Art. 40 da CF/1988: Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003).

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REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL

(RPPS)

→ Livros:

• Manual Prático das Aposentadorias do Servidor Público – Bruno Sá Freire Martins e Theodoro Vicente Agostinho

• Regime Próprio de Previdência Social dos Servidores Públicos – Marcelo Barroso de Lima Brito

→ Aposentadoria do Servidor Público

→ Professor orienta que tem muitos erros na concessão da aposentadoria do servidor púbico

→ Não temos uma legislação nacional que regulamente a matéria. Aplicamos a legislação local.

→ Art. 40 da CF/1988:

Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. (Redação dada

pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003).

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§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores fixados na forma dos §§ 3º e 17: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 88, de 2015)

III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço público e cinco anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as seguintes condições: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se homem, e cinqüenta e cinco anos de idade e trinta de contribuição, se mulher; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) (Vide Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

§ 2º Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua concessão, não poderão exceder a remuneração do respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da pensão. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

§ 3º Para o cálculo dos proventos de aposentadoria, por ocasião da sua concessão, serão consideradas as remunerações utilizadas como base para as contribuições do servidor aos regimes de previdência de que tratam este artigo e o art. 201, na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

§ 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)

I portadores de deficiência; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)

II que exerçam atividades de risco; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)

III cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)

§ 5º Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão reduzidos em cinco anos, em relação ao disposto no § 1º, III, "a", para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)

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§ 6.º As aposentadorias e pensões dos servidores públicos federais serão custeadas com recursos provenientes da União e das contribuições dos servidores, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)

§ 6º Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma desta Constituição, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime de previdência previsto neste artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)

§ 7º - Lei disporá sobre a concessão do benefício da pensão por morte, que será igual ao valor dos proventos do servidor falecido ou ao valor dos proventos a que teria direito o servidor em atividade na data de seu falecimento, observado o disposto no § 3º (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)

§ 7º Lei disporá sobre a concessão do benefício de pensão por morte, que será igual: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

I - ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso aposentado à data do óbito; ou (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

II - ao valor da totalidade da remuneração do servidor no cargo efetivo em que se deu o falecimento, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso em atividade na data do óbito. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

§ 8º Observado o disposto no art. 37, XI, os proventos de aposentadoria e as pensões serão revistos na mesma proporção e na mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade, sendo também estendidos aos aposentados e aos pensionistas quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos servidores em atividade, inclusive quando decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da pensão, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)

§ 8º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios estabelecidos em lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

§ 9º O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será contado para efeito de aposentadoria e o tempo de serviço correspondente para efeito de disponibilidade. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)

§ 10 - A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuição fictício. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) (Vide Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

§ 11 - Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total dos proventos de inatividade, inclusive quando decorrentes da acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como de outras atividades sujeitas a contribuição para o regime geral de previdência social, e ao montante resultante da adição de proventos de inatividade com remuneração de cargo acumulável na forma desta Constituição, cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, e de cargo eletivo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)

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§ 12 - Além do disposto neste artigo, o regime de previdência dos servidores públicos titulares de cargo efetivo observará, no que couber, os requisitos e critérios fixados para o regime geral de previdência social. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)

§ 13 - Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o regime geral de previdência social. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)

§ 14 - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, desde que instituam regime de previdência complementar para os seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo, poderão fixar, para o valor das aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo regime de que trata este artigo, o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)

§ 15 - Observado o disposto no art. 202, lei complementar disporá sobre as normas gerais para a instituição de regime de previdência complementar pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, para atender aos seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)

§ 15. O regime de previdência complementar de que trata o § 14 será instituído por lei de iniciativa do respectivo Poder Executivo, observado o disposto no art. 202 e seus parágrafos, no que couber, por intermédio de entidades fechadas de previdência complementar, de natureza pública, que oferecerão aos respectivos participantes planos de benefícios somente na modalidade de contribuição definida. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

§ 16 - Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos § § 14 e 15 poderá ser aplicado ao servidor que tiver ingressado no serviço público até a data da publicação do ato de instituição do correspondente regime de previdência complementar. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)

§ 17. Todos os valores de remuneração considerados para o cálculo do benefício previsto no § 3° serão devidamente atualizados, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

§ 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas pelo regime de que trata este artigo que superem o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, com percentual igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

§ 19. O servidor de que trata este artigo que tenha completado as exigências para aposentadoria voluntária estabelecidas no § 1º, III, a, e que opte por permanecer em atividade fará jus a um abono de permanência equivalente ao valor da sua contribuição previdenciária até completar as exigências para aposentadoria compulsória contidas no § 1º, II. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

§ 20. Fica vedada a existência de mais de um regime próprio de previdência social para os servidores titulares de cargos efetivos, e de mais de uma unidade gestora do respectivo regime em cada ente estatal, ressalvado o disposto no art. 142, § 3º, X. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

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§ 21. A contribuição prevista no § 18 deste artigo incidirá apenas sobre as parcelas de proventos de aposentadoria e de pensão que superem o dobro do limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201 desta Constituição, quando o beneficiário, na forma da lei, for portador de doença incapacitante. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)

EVOLUÇÃO HISTÓRICA

→ Com a CF de 1891 tivemos a primeira regra de aposentadoria do servidor público que era a aposentadoria por invalidez.

→ Em 1934, surgiu a aposentadoria por idade compulsória por idade

→ Até 1937 nada se falava sobre as pensões, e aí começaram a surgir os institutos de pensão. Ex. IPESP

→ 1946 começamos a falar sobre tempo de serviço de 35 anos para se aposentar, caso o funcionário requeresse.

→ Em 1946 veio a ideia da contagem de serviço público (Federal, Estadual e Municipal)

(art. 192). Surgiu também o reajuste na forma da paridade (art. 193).

PARIDADE: igualdade com os ativos.

→ A EC 01/1969 tratou da aposentadoria por invalidez, compulsória por idade e voluntária por tempo.

→ A EC18/1981 tratou da aposentadoria do professor, prevendo 30 anos para o homem e 25 anos para a mulher no exercício de funções de magistério garantindo o salário integral.

→ E chegamos a CF/1988.

RPPS sem contribuição obrigatória e sem exigência de viabilidade financeira e atuarial

- Requisito para aposentadoria: tempo de serviço - Cálculo do provento pela última remuneração - Correção do provento pela paridade - Pensão de 100% sem redutor

→ Em 1993 tivemos a EC 03/1993.

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Aqui veio a preocupação do caráter contributivo, precisa haver contribuição.

O Art. 40 “§ 6.º abarcava apenas os servidores federais, então passou a ter a obrigatoriedade de contribuição apenas para os servidores federais.

→ EC 20/1998 - Isso foi corrigido na EC 20/1998 onde o RPPS passou a contar com contribuição e viabilidade financeira e atuarial obrigatórias.

Passamos a ter os seguintes requisitos: tempo de contribuição, idade mínima, no serviço público e no cargo.

Cálculo do provento pela última remuneração, ficando a ela limitado – não pode ter mais nenhum ganho na aposentadoria além do valor de sua última remuneração. As vezes ocorria de no momento da aposentadoria o servidor ganhar um “bônus” no valor.

Inserção de regra de transição (art. 8º da EC nº 20/1998)

→ Existem 2 datas que precisamos guardar quando estamos analisando um cliente do RPPS:

• 16/12/1998 – EC 20/98

• 31/12/2003 – EC 41/98

→ EC 41/2003 - Cálculo do provento pela média, ficando limitado à última remuneração

(Regulamentada Lei 10.887/2004).

A PARTIR DA EC 41/2003 acabou a PARIDADE no serviço público. Quem ingressou no sistema do RPPS antes de 2003 tem possibilidade de manter a paridade por regra de transição. Quem

ingressou após 2003 não tem mais direito a paridade.

- Correção do provento para manter o valor real.

- Passou a prever a contribuição dos aposentados e pensionistas - Discutida em Ação Direta de Inconstitucionalidade 3105 e 3128 (contribuição previdenciária dos inativos e pensionistas)

Ou seja, quem é aposentado também contribui para o RPPS, mas só contribui se ganhar acima teto previdenciário.

Digamos que o teto seja R$ 5.800 e a pessoa receba R$ 6.000 de aposentadoria, o servidor vai contribuir sobre os R$ 200 que passou o teto.

- Inserção de regras de transição (arts. 2º e 6º da EC nº 41/2003)

- Pensão de 100%, com redutor

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- A PEC 06/19 não trouxe alteração de regras para os servidores dos Estados e municípios. Se os estados quiserem aplicar suas regras eles precisam fazer por forma de lei, o mesmo o município.

→ EC 47/2005

- Ampliou a possibilidade de aposentadoria especial, mediante lei complementar:

- Deficiência (Lei Complementar 142/2013)

A LC 142/2013 é aplicada por analogia, mas não é aplicada direto, precisamos fazer o pedido administrativo que será negado e então acionamos o judiciário por meio de mandado de injunção.

- Risco (Lei Complementar 51/1985 – 144/2014)

Os guardas entravam por aqui, hoje o STF entende que não. Necessário mandado de injunção.

- e Condições Especiais (Súmula 33)

Risco biológico. Aqui não precisamos de mandado de injunção porque temos a Súmula 33 do STF.

A Súmula 33 não se aplica para a situação do Risco acima (guardas) e sim apenas para o risco biológico, mas alguns juízes entende que se aplica. Precisamos estudar a jurisprudência do local para ver se é aceita.

Súmula Vinculante 33: Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do regime geral da previdência social sobre aposentadoria especial de que trata o artigo 40, § 4º, inciso III da Constituição Federal, até a edição de lei complementar específica.

Porém a lei complementar que deveria regular essas modalidades especiais de aposentadoria nunca existiu.

→ EC 47/2005

- Isenção da contribuição previdenciária para os aposentados/pensionistas portadores de doença incapacitante até duas vezes o teto do RGPS (§ 21, art. 40 CF)

Tínhamos uma isenção até 2x o teto para os servidores que possuíam doenças incapacitantes.

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Essa previsão acaba com a PEC 06

- Inserção de regra de transição (art. 3º da EC nº 47/2005)

→ OBS.: Quando falamos em última remuneração do servidor público não é aquilo que ele está ganhando, mas sim apenas as verbas incorporáveis por lei (ex.: hora extra não entra)

→ EC 70/2012

- Alteração na EC nº 41/2003 amplia a paridade para os aposentados por invalidez que ingressaram no serviço público (cargo efetivo) anterior a 31/12/2003

Possibilidade de revisão dos servidores que poderiam entrar na regra de transição, mas não entraram porque tiveram que se aposentar antes devido a invalidez.

NOTA TÉCNICA Nº 02/2012/CGNAL/DRPSP/SPPS/MPS

→ EC 88/2015

Trouxe a aposentaria compulsória aos 75 anos.

Lei Complementar 152 de 04/12/2015

→ ALTERAÇÕES DA PEC 06/2019 (se aplica para todos os servidores: união, estado e municípios)

- Acumulação de pensão com aposentadoria

Vai pode cumular, mas apenas um percentual

- Veda a criação de RPPS

Quem tem continua, quem não tem não poderá mais criar

- Pagamento apenas de Aposentadorias e Pensões

- Utiliza o tempo do cargo ou emprego público rompe-se o vínculo com a administração

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Se utilizamos o tempo como funcionário público no Regime Geral e eu me aposentei, automaticamente o vínculo de trabalho se rompe.

- Dispõe sobre as incorporações de vantagens

CARACTERISTICAS DO RPPS

→ O RPPS é exclusivo do Servidor titular de cargo efetivo (art. 40 CF)

• Estável no serviço público (ADCT 19) – O art. 37 da CF veio na CF de 1988. Digamos que o servidor entrou no serviço público em 1982, naquela época não era obrigatório o concurso público. Esse servidor não é concursado, mas é estável.

• Diferença entre EFETIVO X ESTÁVEL Ato das Disposições Constitucionais Transitórias Art. 19. Os servidores públicos civis da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, da administração direta, autárquica e das fundações públicas, em exercício na data da promulgação da Constituição, há pelo menos cinco anos continuados, e que não tenham sido admitidos na forma regulada no art. 37 da Constituição, são considerados estáveis no serviço público.

Aqui em São Paulo temos a Lei 500 que estabilizou inclusive aqueles que entraram após 1988. No Estado de Minas aconteceu a mesma coisa, mas essa lei foi declarada inconstitucional.

Orientação Normativa 02/2009 Art. 12 – São filiados a RPPS, desde que expressamente regidos pelo estatuto dos servidores do ente federativo, o servidor estável, abrangido pelo art. 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, e o admitido até 05 de outubro de 1988, que não tenha cumprido, naquela data, o tempo previsto para aquisição da estabilidade no serviço público

Tem entendimento jurisprudencial que aquele estável sem concurso não é vinculado ao RPPS (jurisprudências nos slides)

→ Exemplo Prático: Seu cliente é aprovado em um concurso público, sua nomeação foi publicada no jornal. Ocorre que ao se dirigir ao Departamento responsável para assinar sua posse ele sofre um acidente fatal. A família te procura e pergunta:

- Tem direito a pensão?

- E quanto é?

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Antes precisamos responder:

“Qual o momento da filiação previdenciária do servidor titular de cargo efetivo: da nomeação, da posse ou do exercício?”

Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello “não basta a nomeação para que se aperfeiçoe a relação entre o Estado e o nomeado. Cumpre que este tome posse, que é o ato de aceitação do cargo”.

LOGO, como seu cliente faleceu antes de tomar posse de seu cargo efetivo, seus dependentes não terão direito ao benefício de pensão

→ NA PEC 06 a alíquota sai e 11% para 14% (união, estado e municípios).

→ Compensação Previdenciária: é um tipo de compensação. Uma vez averbada a CTC, o órgão que a recebeu pede ao órgão que emitiu os valores de recolhimento.

→ No site abaixo conseguimos ver o resultado atuarial do regime em que estamos:

https://cadprev.previdencia.gov.br/Cadprev/faces/pages/modulos/draa/consultarDemonstrativos.xhtml

→ APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA DO QUE COUBER DAS NORMAS DO RGP: CF 88 Art. 40 - § 12

→ PAGAMENTO APENAS DE BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS: As contribuições que vão para o órgão só podem ser usadas para pagamento dos benefícios previdenciários. Lei 9.717/98 Art. 1º - I

→ Não existe atrasado no regime próprio, o pagamento é a partir do ato de concessão. Mesmo se demorar um ano, não recebe atrasados.

→ VEDAÇÃO DE BENEFÍCIOS DISTINTOS DO RGPS: Lei 9.717/98 Art. 5º

→ Bases Legais:

Lei 9.717/1998 – organização e funcionamento Lei 9.796/1999 – compensação financeira Lei 10.887/2004 – cálculo da média Orientação Normativa 02/2009 – estabelece orientações gerais a serem observadas pelos RPPS

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→ Onde localizar a Legislação do RPPS

http://www.previdencia.gov.br/regimes-proprios/legislacao-dos-rpps/

→ SERVIDOR PÚBLICO

Precisamos ver se ele é empregado público (que é vinculado ao RGPS – aplica art. 201 da CF) ou se é Funcionário Público (ver certidão funcional ou portaria de nomeação para confirmar)

Como ver na hora se é servidor público, pede o último holerite. No holerite estará para onde ele contribui.

→ CARGO EM COMISSÃO

Até 16/12/1988, caso existisse RPPS, o segurado contribuía para o RPPS, se não existisse ele contribuía para o RGPS.

A EC 20/98 diz que o cargo exclusivamente em comissão contribui para o RGPS.

Problema: Ex.: o servidor que entrou em 1990 para o sistema como comissionado e contribuiu de 1990 até 1998 para o RPPS e de 1998 a 2019 pelo RGPS e se aposentou em 2019 pelo RGPS.

* As contribuições entre 1998 e 2019 o INSS tem, mas anteriores o INSS não tem e leva em conta 1 salário mínimo.

* Isso é revisão certa! Precisamos pedir a CTC com a relação dos salários de contribuição e a ficha financeira.

→ Ex.: Prestou concurso para escriturário e foi nomeado em comissão como diretor. Viria na cabeça o RGPS, mas é RPPS, porque vai para o RGPS quem é exclusivamente em comissão, é o cara que nunca prestou concurso.

O concursado para o cargo X que foi nomeado em comissão para o cargo Y e não pede exoneração, é do RPPS.

→ Contrato temporário (CF 88, art. 37, IX; Lei 8.745/93 - contratação por tempo determinado para atender à necessidade temporária de excepcional interesse público): Esse cara é vinculado ao RGPS

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→ Empregado público (CLT): RGPS

→ Ocupante de mandato eletivo não vinculado a RPPS (CF 88, art. 38, IV e V): RGPS

OBS. Professor concursado que se candidatou a vereador e ganhou, esse vereador contribui para o RPPS, porque antes de ser eleito ele já contribuía para o regime próprio.

→ Servidor público sem RPPS (filiação obrigatória ao RGPS – art. 12 – Lei 8.213/91 ): RGPS

→ OBS.: TESE DE COMPLEMENTAÇÃO DO SALÁRIO.

Servidor público e o município possui estatuto do servidor público, só que não possui o RPPS.

O art. 40 fala que é “assegurado aos servidores efetivos”, se é assegurado o RPPS e não tem na lei do local onde eu estou trabalhando a complementação, então podemos pleitear judicialmente essa complementação. Essa complementação é banida na PEC 06/2019.

Digamos que o segurado ganhava $10 mil e se aposentou no INSS com $3 mil, esse servidor pode pleitear essa complementação de $7mil pagos pelo Tesouro.

→ CF 88 - Art. 12 da CF/1988

→ É expressamente proibida a contribuição como facultativo do servidor público. Art. 201 da CF/1988

→ ACUMULAÇÃO DE CARGOS PÚBLICOS – Art. 37 CF

XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

a) a de dois cargos de professor; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

- Muitos municípios permitem a carga suplementar (acabam dobrando a jornada) o que pode acarretar problemas na aposentadoria – a verba da “carga suplementar” não é incorporada.

Essa carga complementar não é incorporada na aposentadoria.

Page 13: REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL (RPPS)€¦ · disponibilidade. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) § 10 - A lei não poderá estabelecer qualquer forma

Aula 60 – 22.10.2019 Prof. Dener Ângelo Dalbem Bilatto

Monitora: Priscila Machado

b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

- Cargo técnico – que exige nível médio profissionalizante

- Cargo científico – que exige nível superior

c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 34, de 2001)

- Formação na área da saúde