regiÃo norte 2007 pdf

66
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MAXIMILIANO PAINES SCHERVENSKI REGIÃO NORTE Palhoça 2010

Upload: dricaea

Post on 25-Jun-2015

2.041 views

Category:

Documents


62 download

TRANSCRIPT

Page 1: REGIÃO NORTE 2007 pdf

UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

MAXIMILIANO PAINES SCHERVENSKI

REGIÃO NORTE

Palhoça

2010

Page 2: REGIÃO NORTE 2007 pdf

MAXIMILIANO PAINES SCHERVENSKI

REGIÃO NORTE

Orientadora: Profª. Fernanda Gavioli

Palhoça

2010

Trabalho apresentado à disciplina de História

da Alimentação, do curso de Nutrição da

Universidade do Sul de Santa Catarina.

Page 3: REGIÃO NORTE 2007 pdf

SUMÁRIO

1. REGIÃO NORTE .................................................................................................................... 9

1.1. ASPÉCTOS GERAIS ........................................................................................................ 9

1.2. PRINCIPAIS CIDADES DA REGIÃO NORTE ............................................................. 10

1.3. ALIMENTAÇÃO E PRATOS TÍPICOS: ........................................................................ 10

1.4. FOLCLORE ..................................................................................................................... 11

2. ACRE ..................................................................................................................................... 12

2.1. DADOS ECONÔMICOS E SOCIAIS ............................................................................. 12

2.2. PONTOS TURÍSTICOS E CULTURAIS ....................................................................... 12

2.3. GEOGRAFIA ................................................................................................................... 13

2.4. RELEVO .......................................................................................................................... 13

2.5. ECONÔMIA .................................................................................................................... 14

2.6. ESGOTO .......................................................................................................................... 14

2.7. SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ............................................................. 14

2.8. ABASTECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA ........................................................... 15

2.9. ALIMENTAÇÃO ............................................................................................................ 15

2.10. PRATOS TÍPICOS ........................................................................................................ 15

2.10.1. Bobó de Camarão .................................................................................................... 15

2.10.3. Bombom de Cupuaçu .............................................................................................. 16

2.11. HISTÓRICO .................................................................................................................. 16

2.12. FOLCLORE ................................................................................................................... 18

3. AMAPÁ ................................................................................................................................. 19

Page 4: REGIÃO NORTE 2007 pdf

3.1. DADOS ECONÔMICOS E SOCIAIS ............................................................................. 19

3.2. PONTOS TURÍSTICOS E CULTURAIS ....................................................................... 19

3.3. ECONOMIA .................................................................................................................... 20

3.4. GERAL ............................................................................................................................ 20

3.5. ESGOTO .......................................................................................................................... 21

3.6. ABASTECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA ........................................................... 21

3.7. PRATOS TÍPICOS .......................................................................................................... 22

3.7.1. Tacacá ........................................................................................................................ 22

3.7.2. Pato no Tucupi........................................................................................................... 22

3.7.3. Tucupi ........................................................................................................................ 23

3.7.4. Jambu ........................................................................................................................ 23

3.7.5. Farinha D'água ........................................................................................................... 23

3.8. HISTÓRICO .................................................................................................................... 24

3.9. FOLCLORE ..................................................................................................................... 25

4. AMAZONAS .......................................................................................................................... 26

4.1. DADOS ECONÔMICOS E SOCIAIS ............................................................................. 26

4.2. PONTOS TURÍSTICOS E CULTURAIS ....................................................................... 26

4.3. GEOGRAFIA ................................................................................................................... 27

4.4. CLIMA ............................................................................................................................. 27

4.5. REGIÃO ........................................................................................................................... 28

4.6. RIOS ................................................................................................................................. 28

4.7. VOLUME DE ÁGUA ...................................................................................................... 28

Page 5: REGIÃO NORTE 2007 pdf

4.7.1. Rio Negro ................................................................................................................... 29

4.8. ESGOTO .......................................................................................................................... 29

4.9. ÁGUA .............................................................................................................................. 29

4.10. ABASTECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA ......................................................... 29

4.11. PRATOS TIPICOS ........................................................................................................ 30

4.11.1. Pirarucu à casaca ..................................................................................................... 30

4.11.2. Sanduíche de tucumã .............................................................................................. 31

4.12. HISTÓRICO .................................................................................................................. 31

4.13. FOLCLORE ................................................................................................................... 33

4.13.1. Garantido e Caprichoso ........................................................................................... 33

4.13.2. Bumbódromo .......................................................................................................... 33

5. PARÁ ...................................................................................................................................... 35

5.1. DADOS ECONÔMICOS E SOCIAIS ............................................................................. 35

5.2. PONTOS TURÍSTICOS E CULTURAIS ....................................................................... 35

5.3. GEOGRAFIA ................................................................................................................... 36

5.4. CLIMA ............................................................................................................................. 36

5.5. VEGETAÇÃO ................................................................................................................. 36

5.6. HIDROGRAFIA .............................................................................................................. 37

5.6.1. Afluentes do Rio Amazonas ....................................................................................... 37

5.7. ESGOTO .......................................................................................................................... 37

5.8. ÁGUA .............................................................................................................................. 38

5.9. ABASTECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA ........................................................... 38

Page 6: REGIÃO NORTE 2007 pdf

5.10. PRATOS TÍPICOS ........................................................................................................ 38

5.10.1. Maniçoba ................................................................................................................. 38

5.10.2. Chibé........................................................................................................................ 39

5.11. HISTÓRICO .................................................................................................................. 39

5.12. FOLCLORE ................................................................................................................... 40

5.12.1. Dança do Carimbó ................................................................................................... 40

5.12.2. Dança do Siriá .......................................................................................................... 40

5.12.3. Lundu ....................................................................................................................... 41

6. RONDÔNIA ........................................................................................................................... 42

6.1. DADOS ECONÔMICOS E SOCIAIS ............................................................................. 42

6.2. PONTOS TURÍSTICOS E CULTURAIS ....................................................................... 42

6.3. GEOGRAFIA ................................................................................................................... 43

6.4. CLIMA ............................................................................................................................. 43

6.5. VEGETAÇÃO ................................................................................................................. 44

6.5.1. Floresta Ombrófila Aberta ......................................................................................... 44

6.5.2. Floresta Ombrófila Densa .......................................................................................... 44

6.5.3. Floresta Estacional Semidecidual .............................................................................. 44

6.5.4. Cerrado ...................................................................................................................... 45

6.5.5. Vegetação Aluvial ...................................................................................................... 45

6.6. HIDROGRAFIA .............................................................................................................. 45

6.6.1. Bacia do Rio Madeira ................................................................................................ 45

6.8. ÁGUA .............................................................................................................................. 46

Page 7: REGIÃO NORTE 2007 pdf

6.9. ABASTECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA ........................................................... 47

6.10. PRATOS TÍPICOS ........................................................................................................ 47

6.11. HISTÓRICO .................................................................................................................. 48

6.12. FOLCLORE ................................................................................................................... 49

7. RORAIMA .............................................................................................................................. 50

7.1. DADOS ECONÔMICOS E SOCIAIS ............................................................................. 50

7.2. PONTOS TURÍSTICOS E CULTURAIS ....................................................................... 50

7.3. GEOGRAFIA ................................................................................................................... 51

7.4. CLIMA ............................................................................................................................. 51

7.5. HIDROGRAFIA .............................................................................................................. 51

7.6. RELEVO .......................................................................................................................... 52

7.7. ECONOMIA .................................................................................................................... 53

7.8. EDUCAÇÃO E SAÚDE .................................................................................................. 53

7.9. TURISMO ........................................................................................................................ 54

7.10. ESGOTO ........................................................................................................................ 54

7.11. ENERGIA ELÉTRICA .................................................................................................. 55

7.12. PRATOS TÍPICOS ........................................................................................................ 55

7.12.1. Caldeirada de peixe ................................................................................................. 55

7.12.2. Galinha caipira ......................................................................................................... 55

7.12.3. Mugica de peixe ...................................................................................................... 55

7.13. HISTÓRICO .................................................................................................................. 55

7.14. FOLCLORE ................................................................................................................... 56

Page 8: REGIÃO NORTE 2007 pdf

8. TOCANTINS .......................................................................................................................... 57

8.1. DADOS ECONÔMICOS E SOCIAIS ............................................................................. 57

8.2. PONTOS TURÍSTICOS E CULTURAIS ....................................................................... 57

8.3. GEOGRAFIA ................................................................................................................... 58

8.4. CLIMA ............................................................................................................................. 58

8.5. HIDROGRAFIA .............................................................................................................. 58

8.6. ECONOMIA .................................................................................................................... 59

8.7. RELEVO .......................................................................................................................... 59

8.8. VEGETAÇÃO ................................................................................................................. 59

8.9. TURISMO ........................................................................................................................ 60

8.10. ENERGIA ELÉTRICA .................................................................................................. 60

8.11. PRATOS TÍPICOS ........................................................................................................ 60

8.11.1. Arroz Maria Isabel ................................................................................................... 60

8.11.2. Paella do Tocantins ................................................................................................. 61

8.12. HISTÓRICO .................................................................................................................. 61

8.13. FOLCLORE ................................................................................................................... 62

8.13.1. Sasi........................................................................................................................... 62

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................ 63

ANEXOS..................................................................................................................................... 64

Page 9: REGIÃO NORTE 2007 pdf

9

1. REGIÃO NORTE

A região norte baseia-se nos seguintes estados: Acre, Amapá, Amazonas, Pará,

Rondônia, Roraima e Tocantins.

1.1. ASPÉCTOS GERAIS

A área total da região norte, reunindo todos os seus estados, é de 3.869.637 km²,

com uma população de 12.833.383 habitantes e densidade demográfica 3,31hab/km².

Vegetação: Floresta Amazônica (quase todo território da região norte),

vegetação de mangue (litoral do Amapá e Pará) e Cerrado (extremo sul do Amazonas,

Pará, Tocantins e Rondônia).

Clima: prevalece na região o clima equatorial, com temperaturas elevadas e

índice pluviométrico (de chuvas) elevado.

Agricultura (principais produtos agrícolas): soja (crescimento expressivo nos

últimos anos), guaraná, arroz, mandioca, cacau, maracujá e cupuaçú.

Economia: Baseada no extrativismo vegetal e na agricultura. Pecuária bufalina

em Roraima e na Ilha de Marajó. No setor industrial destaca-se o Pólo Industrial de

Manaus, na cidade de Manaus-AM. Nesta região há grande produção de eletrônicos,

relógios, eletrodomésticos e suprimentos de informática.

Turismo: A beleza natural da Floresta Amazônica (fauna, flora, cachoeiras,

corredeiras, rios) tem atraído cada vez mais turistas do Brasil e de vários países do

mundo. Além do ecoturismo, existem festas e pontos turísticos importantes: Mercado

Ver-o-Peso (Belém), Museu Paraense Emilio Goeldi, Teatro da Paz (Belém), Teatro

Amazonas (Manaus).

Cultura: Danças típicas (marujada, carimbó, cirandas), Festival Folclórico de

Parintins, festa religiosa do Cirio de Nazaré (Belém). Na culinária é forte a influência

indígena. Os pratos típicos que se destacam são: pirarucu de casaca, tacaca, açai, pato

no tucupi e maniçoba.

Page 10: REGIÃO NORTE 2007 pdf

10

1.2. PRINCIPAIS CIDADES DA REGIÃO NORTE

Estado do Amazonas: Manaus (capital), Coari, Manacapuru, Tefé, Parintins,

Tabatinga e Itacoatiara.

Estado do Pará: Belém (capital), Santarém, Altamira, Marabá e Bragantina.

Estado de Tocantins: Palmas (capital), Araguaína, Porto Nacional, Gurupi e

Paraíso do Tocantins.

Estado de Rondônia: Porto Velho (capital), Ji-Paraná, Ariquemes, Vilhena e

Cacoal.

Estado de Roraima: Boa Vista (capital), Amajari, Alto Alegre, Rorainópolis,

Mucajaí e Caracaraí.

Estado do Acre: Rio Branco (capital), Cruzeiro do Sul, Feijó, Sena Madureira,

Tarauacá.

Estado do Amapá: Macapá (capital) e Santana.

1.3. ALIMENTAÇÃO E PRATOS TÍPICOS:

As comidas típicas da região norte do Brasil são dominados por pratos a base de

peixes e algumas plantas como o Jambu que é um tipo agrião do Pará. Os peixes são

pela grande quantidade de rios que cortam a floresta amazônica, sendo a maior bacia

hidrográfica do mundo. Ainda assim, o Pará e o Amazonas – maiores estados da Região

Norte – exportam guaraná, castanha e cacau – todos orgânicos. Em Manaus e em

Belém, as comissões da Produção Orgânica promovem feiras para ajudar pequenos

produtores a vender o que cultivam. “Somente quando o produtor faz a venda direta ao

consumidor é que o comércio pode ocorrer sem a certificação. É o caso das feiras de

orgânicos de Manaus e de Belém, feitas com relativa periodicidade”, diz Martha.

Page 11: REGIÃO NORTE 2007 pdf

11

1.4. FOLCLORE

As danças que fazem parte do folclore da região norte são a marujada, carimbó,

boi-bumbá, ciranda. As festas são o Círio de Nazaré (Belém), indígenas. O artesanato é

caracterizado pela cerâmica marajoara, as máscaras indígenas e artigos feitos em palha.

As mais conhecidas lendas locais são da Sumaré, Iara, Curupira, da Vitória-régia,

Mandioca, Uirapuru.

Page 12: REGIÃO NORTE 2007 pdf

12

2. ACRE

Localizado na região norte do Brasil, com uma área de 152.581,388 km², sua

capital é Rio Branco, sua sigla AC, e os naturais desse estado são denominados

acreanos. Foi fundado em 28/12/1882, sua população em 2009 era de 686.652, uma

densidade demográfica de 4,5 habitantes por km². Possui um total de 22 municípios em

toda sua extensão. Seus principais rios são: Juruá, Xapuri, Purus, Tarauacá, Muru,

Embirá, Acre. Capital: Rio Branco.

2.1. DADOS ECONÔMICOS E SOCIAIS

Produto Interno Bruto (PIB)*: R$ 2.716.123.000,00 (2009)

Renda Per Capita*:R$ 4.338 (2003)

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,697 (PNUD - 2009)

Principais Atividades Econômicas: extração vegetal (castanha, borracha), pesca e

agricultura

Mortalidade Infantil (antes de completar 1 ano): 33,2 por mil (em 2009)

Analfabetismo:16,9%

Expectativa de vida (anos): 70,5

2.2. PONTOS TURÍSTICOS E CULTURAIS

- Rios, Floresta Amazônica e outras belezas naturais.

- Palácio Rio Branco (sede do governo).

- Museu da Borracha

- Horto Florestal

- Lago do Amapá

- Parque Ambiental Chico Mendes

- Casa do Seringueiro

Page 13: REGIÃO NORTE 2007 pdf

13

- Obelisco aos heróis da Revolução Acreana.

- Feiras de artesanato.

2.3. GEOGRAFIA

Suas principais cidades são Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Feijó, Sena Madureira,

Tarauacá. O clima é equatorial sendo que o Estado do Acre é quente e úmido com duas

estações: seca e chuvosa. A estação seca estende-se de maio a outubro e é comum

ocorrer “friagens”, fenômeno efêmero, porém muito comum na região. A estação

chuvosa, “inverno”, é caracterizado por chuvas constantes, que prolongam-se de 12

novembro a abril. A umidade relativa apresenta-se com médias mensais em torno de 80-

90% com níveis elevados durante todo o ano. Os totais pluviométricos anuais variam

entre 1600 mm e 2750 mm, e tendem a aumentar no sentido Sudeste-Noroeste. As

precipitações, na maior parte do Estado, são abundantes e sem uma estação seca nítida.

Os meses de junho, julho e agosto são os menos chuvosos. A temperatura média anual

do Estado está em torno de 24,50 C, mas a máxima pode ficar em torno de 32 C. A

temperatura mínima varia de local para local em função da maior ou menor exposição

aos sistemas extratropicais. Seus principais produtos são a borracha, castanha e pecuária

(bovinos) e suas principais indústrias são as de processamento de alimentos, madeira e

construção civil.

2.4. RELEVO

Praticamente todo o relevo do estado do Acre se integra no baixo platô arenítico, ou

terra firme, unidade morfológica que domina a maior parte da Amazônia brasileira.

Esses terrenos se inclinam, no Acre, de sudoeste para nordeste, com topografia, em

geral, tabular. No extremo oeste se encontra a serra da Contamana ou do Divisor, ao

longo da fronteira ocidental, com as maiores altitudes do estado (609m). Cerca de 63%

da superfície estadual fica entre 200 e 300m de altitude; 16% entre 300 e 609; e 21%

entre 200 e 135

Page 14: REGIÃO NORTE 2007 pdf

14

2.5. ECONÔMIA

A economia acriana repousa na exploração de recursos naturais. O mais

importante é a borracha, produto no qual se baseou o povoamento da região. A extração

da borracha se faz ao longo dos rios, pois a seringueira é árvore de mata de igapó. Os

tipos produzidos são caucho, cernambi caucho, cernambi rama e cernambi seringa. A

maior parte da produção estadual cabe à bacia do rio Purus. Nessa região destaca-se o

vale do rio Acre, que, além de possuir o maior número de seringueiras, é também região

rica em castanheiras. A floresta acriana é também objeto de exploração madeireira, e a

caça nela praticada parece contribuir de forma substancial para a alimentação local.

2.6. ESGOTO

O Esgoto não atende adequadamente as necessidades dos moradores. Boa parte

foi desenvolvido pela comunidade. As soluções adotadas se dividem em: fossa,

córregos, caixas coletoras, “pântanos”, e há, ainda, os tubos que levam o esgoto até o

Rio Acre.

2.7. SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Esta regional é dotada das mais variadas soluções de abastecimento de água. Esta

variação vai desde a rede pública, passando por poços artesianos, chegando na retirada

direta da água do Rio Acre - sem qualquer tratamento.

A maioria das casas não é beneficiada pela rede pública de abastecimento de água.

Page 15: REGIÃO NORTE 2007 pdf

15

2.8. ABASTECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA

A Companhia de Energia Elétrica do Acre – ELETROACRE. Boa parte é provida

de iluminação pública regularizada. Uma grande parcela das ruas é beneficiada de

postes de concreto para iluminação, mas mesmo assim ainda encontra-se grande número

de ligações clandestinas. Geração: 331 GWh; consumo: 405 GWh

2.9. ALIMENTAÇÃO

As comidas típicas do acre são a mistura de sabores da cozinha Nordestina,

Paraense, Síria e Libaneza. Na rua, praças aonde tem as barraquinhas tem uma

infinidade de lanches típicos. Além do delicioso café da manhã recheado de sobremesas

à base de frutos regionais, os licores amazônicos são irresistíveis.

2.10. PRATOS TÍPICOS

2.10.1. Bobó de Camarão

Cozinhar a mandioca em água e sal e bater no liquidificador acrescentando o leite

de coco e o copo de leite até formar um creme meio pastoso. Refogar as polpas dos

tomates, a cebola de cabeça e o alho no azeite. Adicionar a massa de tomate e juntar o

creme de mandioca. Misturar e deixar descansar por 10 min. Colocar os camarões, a

salsa e a cebolinha de folha e deixar ferver por cerca de 10 min.

Page 16: REGIÃO NORTE 2007 pdf

16

2.10.2. Carne de Sol com Purê de Macaxeira

Fritar a cebola até ficar dourada e reservar. Na mesma panela, fritar a carne,

cortada em pedaços, até ficar dourada e macia e reservar. Se necessário, pingar um

pouco de água, para formar um caldo. Em outra panela, colocar a manteiga para derreter

e acrescentar o aipim.Temperar e misturar bem para formar um purê liso e macio.

Colocar numa travessa e acrescentar a carne-de-sol em volta. Servir quente.

2.10.3. Bombom de Cupuaçu

Colocar o leite condensado no fogo médio até começar a soltar do fundo da panela

e dar ponto de enrolar. Após esfriar, retirar 1/2 colher de sopa da massa de leite

condensado, achatar com os dedos e passar o açúcar. Rechear com 1 colher de chá de

doce de cupuaçu. Fazer uma bolinha e fechar.Passar no açúcar novamente e deixar secar

de um dia para o outro. No dia seguinte, derreter o chocolate em banho-maria e

mergulhar os bombons. Deixar secar.

2.11. HISTÓRICO

A história do Acre começa a se definir em 1895 quando uma comissão

demarcatória foi encarregada de definir limites entre Brasil e Bolívia, com base no

Tratado de Ayacucho, de 1867.

No processo demarcatório foi constatado, no ponto inicial da linha divisória entre

os dois países (nascente do Javari) que a Bolívia ficaria com uma região rica em látex,

na época ocupada por brasileiros. Reconhecida legalmente a fronteira Brasil-Bolívia, em

12 de setembro de 1898 a Bolívia quis tomar posse da região então ocupada por

Page 17: REGIÃO NORTE 2007 pdf

17

seringueiros brasileiros, na vila de Xapuri. Os brasileiros não aceitaram e obrigaram os

bolivianos a se retirar da região.

No início de 1899 desembarcou em Puerto Alonso o ministro boliviano, Dom José

Paravicini, com apoio do governo brasileiro, impôs decretos, inclusive o de abertura dos

rios amazônicos ao comércio internacional, cobrou altos impostos sobre a borracha,

demarcou seringais e oprimiu os nativos da região. O período dessa atuação ficou na

história como os "Cem dias de Paravicini".

A insurreição Acreana ganha seu primeiro ensaio em 1º de maio de 1899, quando

seringalistas se reúnem no seringal Bom Destino, de Joaquim Vitor, liderados pelo

jornalista José Carvalho e decidem lutar contra o domínio boliviano, O momento

coincidia com a viagem de Paravivini para Belém. O Delegado que o substituía, Moisés

Santivanez foi expulso. Começava a Revolução Acreana. Sem armas ou tiros, os

revolucionários brasileiros restabeleceram o domínio e criaram a Junta Central

Revolucionária.

Em 03 de junho de 1899 entra no cenário da Revolução do Acre o jornalista

espanhol Luis Galvez, que denuncia nos jornais paraenses uma aliança entre Bolívia e

Estados Unidos. Os EUA apoiariam militarmente os bolivianos em caso de guerra

contra o Brasil.

Enquanto o governo brasileiro continuava reconhecendo os direitos da Bolívia sobre a

região, revolucionários decidem pela fundação do Estado Independente do Acre.

Os revolucionários, em 14 de julho de 1899 - escolhida por ser a data de aniversário da

Queda da Bastilha durante a Revolução Francesa - concretizam a criação do Estado

Independente do Acre, com capital na Cidade do Acre, antes chamado Puerto Alonso.

Luis Galvez, não poderia ser diferente, foi aclamado presidente do novo país.

Galvez buscou o reconhecimento internacional, elaborou legislação, mas também

desagradou seringalistas, aviadores e exportadores e acabou sendo deposto em 28 de

dezembro de 1899 pelo seringalista Antônio de Souza Braga, que não se garantiu no

comando e devolveu o posto a Galvez, em 30 de janeiro de 1900. Em 15 de março de

1900 o governo federal enviou força da marinha brasileira para o Acre. Galvez foi

destituído e o Acre voltou ao domínio Boliviano.

O governo do Amazonas também tinha pretensões de anexar o Acre ao estado e

decidiu financiar a expedição Floriano Peixoto ou Expedição dos Poetas, que levou para

a área boêmios e profissionais liberais de Manaus. Em 29 de dezembro de 1900, em

Puerto Alonso, os poetas foram derrotados.

Page 18: REGIÃO NORTE 2007 pdf

18

Em 11 de julho de 1901 a Bolívia assina contrato de arrendamento do Acre com

capitalistas norte-americanos e ingleses, que chegaram para instalar o Bolivian

Syndicate, para a opinião pública uma ameaça à soberania nacional. O governo federal

finalmente percebe os riscos e possíveis perdas e interfere, salvando a Amazônia do

domínio imperialista.

Com novo apoio do governo do Amazonas seringueiros e seringalistas

revolucionários partiram mais uma vez para a luta em 6 de agosto de 1902, em Xapuri.

A luta armada se estendeu até 24 de janeiro de 1903, data de retomada do poder aos

brasileiros e reinstalação do Estado Independente do Acre.

Com a substituição, na República brasileira, de Campos Sales (1898/1902) por

Rodrigues Alves (1902/1906) muda a postura do governo federal sobre o assunto. A

partir das negociações do Ministro das Relações Exteriores, Rio Branco, foi

estabelecido o Tratado de Petrópolis, em 17 de novembro de 1903, que anexava o Acre

ao Brasil.

Em 8 de setembro de 1909, mediante o Tratado do Rio de Janeiro, foi resolvida

também a questão de fronteiras como Peru.

Colaboração de texto e fotos: Secretaria de Turismo do Estado do Acre.

2.12. FOLCLORE

No Acre, cuja principal atividade extrativa é a borracha, encontrarmos o

seringueiro. Ele mora na floresta, próximo dos rios, e ergue sua casa sobre estacas (

palafitas) , para se proteger da inundação na época das enchentes. Entra na densa

floresta em busca das seringueiras.

Page 19: REGIÃO NORTE 2007 pdf

19

3. AMAPÁ

Localizado no extremo norte do país, possui uma área de 142.815,81 km² e uma

população de 477.032. Foi fundado na data de 04/02/1758. Seu relevo é uma planície

com mangues e lagos no litoral; depressões na maior parte, interrompidas por planaltos

residuais. Seu ponto mais elevado é a serra Tumucumaque (701 m). Os principais rios

são o Amazonas, Jari, Oiapoque, Araguari, Maracá. A vegetação é caracterizada por

mangues litorâneos, campos gerais, floresta Amazônica. O clima é equatorial. Sua

capital é Macapá.

3.1. DADOS ECONÔMICOS E SOCIAIS

Produto Interno Bruto (PIB)*: R$ 3.083.013.000 (2004)

Renda Per Capita*:R$ 6.796 (2004)

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,753 (PNUD - 2000)

Principais Atividades Econômicas: extrativismo vegetal (castanha-do-para e madeira)

mineral (manganês)..Mortalidade Infantil (antes de completar 1 ano): 24,9 por mil (em

2000*)

Analfabetismo: 9,2% (2000)

Expectativa de vida (anos): 69,8 (2000)

3.2. PONTOS TURÍSTICOS E CULTURAIS

Belezas naturais (rios, Floresta Amazônica, cachoeiras)

Feiras de artesanato

Fortaleza de São José

Page 20: REGIÃO NORTE 2007 pdf

20

Linha do Equador

Vila de Curiaú

Zôo Botânico

Porto de Santana

Museu Ângelo Costa Lima

3.3. ECONOMIA

Dentre outras atividades econômicas praticadas no Amapá as principais estão

envolvidas no extrativismo, na agricultura e na indústria.

Uma importante fonte de recursos financeiros é a extração de castanha-do-pará e

madeira, outro item de destaque na economia amapaense é a extração de manganês.

Economicamente falando o Amapá não se destaca como um grande produtor de

riquezas, automaticamente contribui de maneira reduzida na composição do PIB

nacional, além disso, consome muitos produtos oriundos de outros estados,

especialmente do Pará.

Na pecuária é desenvolvida a criação de gado bovino e búfalo, na agricultura são

cultivados, entre outros, mandioca e arroz.

3.4. GERAL

Amapazeiro: árvore típica, ameaçada de extinção. O estado leva o nome de

Amapá por causa da árvore, abundante na região. Aqui, aliás, pouco espaço não é

coberto por árvores. Quase três quartos do território amapaense é de Floresta

Amazônica. A proximidade com a imensa área verde faz o turismo se voltar para

passeios de barco pelos rios Negro e Solimões, rio Amazonas e o maior do interior do

estado, rio Araguaria onde acontece o fenômeno da Pororoca. A onda mais longa do

Page 21: REGIÃO NORTE 2007 pdf

21

mundo dura duas horas e acontece na fronteira com a Guiana Francesa por causa do

encontro das águas do rio com o Oceano Atlântico. Além deste fenômeno, Amapá se

orgulha de ter a Linha do Equador cruzando seu território e, assim, o estado faz parte de

ambos os hemisférios. Não é à toa que a capital Macapá é chamada de “cidade do meio

do mundo”. Também inusitada é a iguaria típica da região amazônica: o tacacá é uma

espécie de vatapá do norte, servido numa cuia pegando fogo, onde se mistura o caldo de

tucupi com camarão e jambu, temperado com sal e pimenta. Em termos de festa, Amapá

tem a cidade de Mazagão como palco dos principais acontecimentos festivos, como a

Festa de São Tiago e o Divino Espírito Santo.

3.5. ESGOTO

O Amapá é o Estado brasileiro com menor índice de esgoto tratado, de acordo

com um estudo divulgado pelo Centro de Políticas Sociais da FGV (Fundação Getúlio

Vargas). A taxa de acesso à rede geral de esgoto é de apenas 1,42%.

3.6. ABASTECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA

A Gazeta apurou que a Usina Coaracy Nunes, em condições normais, produz

apenas 78 MW (megawatts) de energia. As duas máquinas mais antigas produzem 24

MW cada, enquanto ou outros 30 são gerados pela terceira turbina. Segundo a

Eletronorte, existem projetos para dobrar a geração e até para a construção de mais uma

hidrelétrica no rio Araguari, que tem potencial energético para tal.

Em razão do forte verão, com diminuição da vazão do rio Araguari, a Usina

Coaracy Nunes está produzindo entre 20 e 50 MW. As usinas térmicas, que

mensalmente consomem 20 milhões de óleo diesel, comprados da Petrobras pela

Page 22: REGIÃO NORTE 2007 pdf

22

Eletronorte, produzem 114 MW. A direção da Eletronorte no Amapá informa que o

consumo geral varia em média de 100 MW, (às 6 horas da tarde) a 170 MW (no pico

máximo às 10 horas da noite). A empresa afirma que o consumo da Expofeira da

Fazendinha não teve relação com o racionamento. O consumo do alimentador da

Fazendinha foi de 3 MW somados ao consumo de mais dois bairros próximos da

realização do evento.

De acordo com a Eletronorte, com a potência máxima instalada será possível

atender 92% do Estado. Somente os municípios de Vitória do Jari, Laranjal do Jari e

Oiapoque não são atendidos com a energia gerada pela estatal. O Amapá é o único

Estado do país isolado do Sistema Interligado Nacional (SIN). A ligação ao sistema só

será possível com a construção do Linhão de Tucurui – obra privatizada -, previsto para

ficar pronto em 2012. Uma empresa da Espanha lidera o consórcio vencedor do trecho

do Linhão para o Amapá, do qual a Eletronorte não participa.

3.7. PRATOS TÍPICOS

3.7.1. Tacacá

É uma espécie de vatapá do norte, servido numa cuia pegando fogo, onde se

mistura o caldo de tucupi com camarão e jambu, temperado com sal e pimenta. É uma

iguaria da região amazônica e do Amapá. De origem indígina, é a base de caldo de

Tucupi ou carne com goma de tapioca, jambu que é uma espécie de agrião do Pará,

camarão, sal, alho e pimenta. Sevido sempre muito quente e em cumbucas ou cuias.

3.7.2. Pato no Tucupi

Depois de assado o pato é cortado em pedaços e fervido no tucupi, onde fica de

molho durante algum tempo para tomar gosto. Como tempero leva alho, chicória e

alfavaca. O jambu, já aferventado em água e pouco sal, depois de escorrido é colocado

Page 23: REGIÃO NORTE 2007 pdf

23

sobre o pato, coberto pelo tucupi. Acompanhamentos: arroz branco, farinha-d'água e

pimenta-de-cheiro a gosto

3.7.3. Tucupi

É um líquido amarelo, extraído da raiz da mandioca. Seu preparo guarda a forma

artesanal cultivada pelos índios da região. Deve ser cozido demoradamente antes de ser

consumido, pois cru é venenoso. Oferece sabor inconfundível aos pratos com ele

preparados, como o tacacá, pato, leitão, peixe, camarão e alguns tipos de caça.

3.7.4. Jambu

Planta rasteira, companheira inseparável do tucupi na preparação dos pratos

paraenses, sobretudo do tacacá e do pato. Suas folhas, quando mastigadas, produzem

leve tremor nos lábios e, talvez por isso, muitos o apontem como afrodisíaco. Antes de

ser acrescentado nos diversos pratos em que é usado, deve ser ligeiramente aferventado

em água com pouco sal.

3.7.5. Farinha D'água

É uma das muitas variedades de farinhas feitas com a mandioca e também a mais

apreciada. Acompanha todos os pratos paraenses e, até mesmo, os que não são típicos

do Pará. A melhor vem das colônias e deve estar bem torradinha. É encontrada nas

feiras livres. Outros tipos de farinha feitos a partir da mandioca: tapioca, suruí, seca, etc.

Page 24: REGIÃO NORTE 2007 pdf

24

3.8. HISTÓRICO

Tendo sido um dos últimos territórios brasileiros elevados à categoria de Estado

ou Unidade Federal (através da Constituição de 1988), o Amapá tem como origem

histórica a capitania da Costa do Cabo do Norte, cuja doação foi destinada em 1637 a

Bento Manuel Parente. Avizinhando-se a regiões de domínio francês, o território é

reivindicado pela França como domínio próprio, mas através do Tratado de Utretch

(1713) são então demarcados os pontos fronteiriços entre este território e a Guiana

Francesa. Não bastando o simples estabelecimento do Tratado, os franceses ainda

empreenderam várias tentativas de conquista, levando os colonizadores portugueses à

construção da Fortaleza de São José do Macapá. A disputa com os franceses é acirrada

com a descoberta de reservas auríferas no território e ainda com a alta cotação

internacional dos preços da borracha então extraída. Só no final do século XIX o

território é reconhecido como posse definitiva do Brasil através da Comissão de

Arbitragem instituída em Genebra.

Não delimitado de maneira autônoma, inicialmente, o território do Amapá é

vinculado à zona estadual do Pará com o nome de Araguari, sendo só em 1943 nomeado

como Amapá e oficializado como território federal autônomo.

Um novo objeto de extração foi descoberto em 1945, modernamente bastante

requisitado pela indústria: o manganês, cujas jazidas, as maiores do Brasil, estavam

situadas na Serra do Navio, altera drasticamente o quadro da economia amapaense,

sendo iniciadas as atividades de extração do minério a partir do ano de 1957,

estimulando assim o crescimento populacional na região. Nestes dois anos referidos, o

território passa por reformulações em seus limites: no primeiro, com a região ao norte

do rio Cassiporé abrigando o município de Oiapoque e, no último, com a cessão de

terras ao norte dos rios Amapá Grande e Mutum.

O território do Amapá foi elevado à categoria de Estado da Federação apenas

com a Constituição promulgada em 5 de outubro de 1988. Atualmente, o Estado é

representado no Congresso Nacional em Brasília por três senadores e oito deputados

federais. A Assembléia Legislativa do Amapá conta com dezessete deputados estaduais.

A capital do Estado, Macapá, tem origem com a fundação do Forte de São José

de Macapá, em 1688, formando-se em torno deste um povoado que apenas em 1758

Page 25: REGIÃO NORTE 2007 pdf

25

seria elevado à categoria de Vila de São José de Macapá. A cidade abriga um porto

situado na região de um dos braços do delta do rio Amazonas.

O Amapá é mais um dos Estados que sofrem com sua posição geográfica

periférica em relação às demais regiões do território brasileiro. Há conseqüências

ressonantes no Amapá, assim como em todos os Estados portadores desta característica:

infra-estrutura alarmantemente não desenvolvida e condições precárias na área da saúde

pública. O quadro social apresentado pelo Estado revela uma grande parcela da

população em situação de miséria.

3.9. FOLCLORE

Na alimentação destacam-se: a maniçoba, o vatapá, o caruru, o pato no tucupi, a

caldeirada de tucunaré, o camarão no bafo, a farofa de pirarucu, o pirarucu, etc.

A Castanha-do-Brasil está presente nos doces, bolos, biscoitos, tortas, sorvetes, cremes,

etc.

Dentre as bebidas citam-se: açaí, bacaba, tacacá, refresco de cupuaçu, de graviola,

de maracujá, de taperebá, etc.

A dança típica do povo amapaense é o Marabaixo, que é dançado durante a Festa

do Divino.Um mastro é levantado e as pessoas dançam em torno, ao som de caixas e

tambores. Durante a festa são servidas certas iguarias típicas como: beijo-de-moça,

quindim, rosquinha, beijus, mingau de banana e de farinha de tapioca, etc.

No Amapá existem lendas interessantes como do Manganês, do João de Gatinha,

da Pedra do Guindaste e uma enorme quantidade de fantasias, como a do Boto,

importante peixe do Amazonas.

Page 26: REGIÃO NORTE 2007 pdf

26

4. AMAZONAS

Localizado no centro da região Norte, possui uma população de 2.812.557

habitantes, seu relevo consiste em uma depressão na maior parte de sua extensão; faixa

de planície perto do rio Amazonas e planaltos a Leste, seu ponto mais elevado é o pico

da Neblina na serra Imeri (3.014.1m). A vegetação é caracterizada, principalmente pela

floresta Amazônica. O Clima é equatorial. Sua capital é Manaus.

4.1. DADOS ECONÔMICOS E SOCIAIS

Produto Interno Bruto (PIB)*: R$ 35.889.111.000 (2005)

Renda Per Capita*:R$ 11.103 (2005)

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,713 (PNUD - 2000)

Principais Atividades Econômicas: agricultura, extrativismo vegetal (borracha) e

mineral (gás, petróleo), pecuária e indústria de eletrônicos.

Mortalidade Infantil (antes de completar 1 ano): 21,2 por mil (em 2000*)

Analfabetismo: 6,6% (2000)

Expectativa de vida (anos): 71 (2000)

4.2. PONTOS TURÍSTICOS E CULTURAIS

Belezas naturais (florestas, rios, cachoeiras).

Teatro Amazonas

Praia da Ponta Negra

Parque do Mindú

Zoológico do Exército

Porto Flutuante (Roadway)

Page 27: REGIÃO NORTE 2007 pdf

27

Bosque da Ciência do INPA

Museu de Ciências Naturais (Colônia Agrícola Japonesa)

Palácio Rio Negro

Catedral de N. S. da Conceição - Igreja da Matriz

Central de Artesanato Branco e Silva

Monumento à Abertura dos Portos

Museu do Seringal "Vila Paraíso"

Memorial dos povos da Amazônia

Museu do Índio

4.3. GEOGRAFIA

Rios importantes: Amazonas, Juruá, Purus, Madeira, Negro, Içá, Solimões,

Uaupés e Japurá. Principais cidades: Manaus, Coari, Manacapuru, Tefé, Parintins,

Tabatinga e Itacoatiara.

É o Estado portador da maior área territorial em relação aos demais Estados

brasileiros, correspondendo a uma parcela de 18% da área total do país. Situa-se na

Região Norte do país. Dadas as grandes proporções territoriais do Estado, as zonas de

fronteira são inúmeras: na porção oeste, há as fronteiras internacionais ao norte com a

Venezuela, ao noroeste com a Colômbia, ao sudoeste com o Peru. Com relação às

fronteiras interestaduais, estas localizam-se ao norte com Roraima, ao leste com o Pará,

ao sudeste com Mato Grosso e ao sudoeste com o Acre.

4.4. CLIMA

O clima é equatorial úmido, com temperatura média/dia/anual de 26,7 ºC, com

variações médias entre 23,3 ºC e 31,4 ºC. A umidade relativa do ar fica em torno de

80% e o Estado possui apenas duas estações bem definidadas: chuvosa (inverno) e seca

ou menos chuvosa (verão).

Page 28: REGIÃO NORTE 2007 pdf

28

4.5. REGIÃO

Diferentemente do que se tem divulgado, a Região Amazônica não é uma vasta

planície, mas sim uma peneplanície, notada pelas elevações que se podem observar

próximas às calhas, como as serras de Maraguases e Maracaçu, em Parintins, as da Lua

e outras antes do altiplano guianense.

É no Estado do Amazonas que se encontram os pontos mais elevados do Brasil: o

Pico da Neblina, com 3.014 metros de altitude, e o 31 de Março, com 2.992 m de

altitude, ambos na fronteira. Sofrendo influência de vários fatores com precipitação,

vegetação e altitude, a água forma na região a maior rede hidrográfica do planeta.

4.6. RIOS

Os rios amazonenses são, praticamente, navegáveis durante todo o ano. Outros

como o Negro, Alto Madeira, Urubu, Aripuanã, Branco e Uaupés são obstruídos pelas

formações em degraus, o que não impede sempre a navegação ordinária, salvo as

corredeiras do Alto Madeira e a famosa cachoeira das Andorinhas, no rio Aripuanã.

4.7. VOLUME DE ÁGUA

O rio mais encachoeirado é o Negro. O rio Amazonas é internacionalmente

conhecido como o maior do mundo em volume de água e sua descoberta aconteceu em

1500, na embocadura, pelo espanhol Vicente Yanez Pinzon, que o chamou "Mar

Dulce", e por Francisco Orelhana, que o percorreu de oeste para leste, em 1541, dando-

lhe o nome em homenagem às presumíveis mulheres guerreiras encontrada na foz do rio

Nhamundá.

O rio Amazonas tem o curso calculado em 6.300 quilômetros, incluindo-se o

Ucaiale. Seu arco atlântico tem a extensão de 400 quilômetros. Nasce presumivelmente

na lagoa Santana (Andes Ocidentais), onde sua bacia de recepção é um rio de geleira.

Page 29: REGIÃO NORTE 2007 pdf

29

4.7.1. Rio Negro

O segundo rio mais importante do Estado é o Negro. Ele também foi descoberto

por Francisco Orelhana, em 3 de junho de 1541. Sua nascente fica na Colômbia, aos 2°

de latitude norte, na região de Popaiã. Tem 1.551 quilômetros de curso, dos quais cerca

de 50 obstruídos por corredeiras e saltos medíocres.

4.8. ESGOTO

Somente 4,2% dos domicílios do Amazonas são atendidos por rede geral de

esgoto, o que coloca o Estado na 24ª posição do ranking nacional.

4.9. ÁGUA

São 24 municípios que não recebem nenhum tipo de tratamento de água. Ainda

assim, o Amazonas detém a segunda maior proporção da Região Norte (38,7%) de

cidades a receber água sem qualidade. Dos 62 municípios, 32 oferecem água totalmente

tratada e 12 parcialmente.

4.10. ABASTECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA

Page 30: REGIÃO NORTE 2007 pdf

30

O consumo de energia elétrica no Estado cresceu 12,47% no primeiro trimestre

deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. As contas de luz dos

consumidores amazonenses também sofrem reajuste principalmente com a chegada do

verão amazônico. Uma das maiores demanda de energia vem do ar-condicionado, usado

para amenizar as temperaturas que podem chegar aos 40 ºC até o fim do mês.

De acordo com a Amazonas Energia, a alta no consumo de energia elétrica no

Amazonas também está relacionado ao comércio e a indústria. Os setores

impulsionaram o aumento de 14,39% este ano em relação aos primeiros três meses de

2009. O aumento de 12,47% registrou o uso de 979.737 MW/h (megawatt por hora) no

ano passado para 1.101.865 MW/h de janeiro a março de 2010.

Manaus é a cidade que mais consome energia no Estado com o uso de 186.373 MW/h,

sendo 86,70% do total de 214.972 megawatt por hora. Segundo a Amazonas Energia, a

capacidade de fornecimento da empresa é de 1,6 GW (gigawatt) mas apenas 1,1 GW é

utilizado. O consumo de energia no Amazonas pode crescer 31,25%.

4.11. PRATOS TIPICOS

Caldeirada de peixe - Tambaqui; Tucunaré; Bodó etc.

Tartarugada (50 pratos diferentes)

Pirarucu à casaca

Pirarucu assado de brasa ao leite de castanha

bolo de macacheira

sanduíche de tucumã com banana frita

sanduiche de tucumã com queijo coalho

4.11.1. Pirarucu à casaca

Page 31: REGIÃO NORTE 2007 pdf

31

Um dos pratos mais tradicionais de Manaus é o pirarucu de casaca. A receita pede

como ingrediente o pirarucu seco e salgado. Assim como o bacalhau, deve ser

inicialmente deixado de molho em água, trocando-a várias vezes. O pirarucu deve então

ser refogado com bastante azeite, alho, cebola, pimentões e cheiro verde.

4.11.2. Sanduíche de tucumã

O tucumã é a fruta do tucumanzeiro, uma palmeira que atinge até 15 metros de

altura e possui vários espinhos ao longo de seu tronco. Os cachos do tucumanzeiro

apresentam uma fruta com casca verde que, ao amadurecer, se torna amarelo-alaranjado.

Sua polpa, alaranjada, oleaginosa, e fibrosa, possui três vezes mais vitamina A que a

cenoura.

Em Manaus, o tucumã é saboreado de forma inusitada: como recheio de

sanduíches. Uma das iguarias favoritas dos manauaras é o X-Caboclinho que,

traduzindo, é um pão francês recheado com lascas de tucumã e queijo coalho derretido.

Por ser oleosa, a fruta casa muito bem com o pão francês

4.12. HISTÓRICO

Inicialmente, a posse da região amazônica fora determinada através do próprio

Tratado de Tordesilhas. Sendo assim, o território primeiramente fez parte dos domínios

colonizadores espanhóis. Datando do século XVII as explorações portuguesas na região,

ao alcançarem o Rio Negro, os colonizadores lusos determinaram a posse definitiva do

território. Para garantir a posse da terra, iniciou-se o processo de catequização dos

indígenas. Paralelamente, não tardaram a ser estabelecidas guarnições militares

portuguesas em pontos estratégicos. No ano de 1755, houve então a criação da

Capitania de São José do Rio Negro. A posse definitiva da região já tivera como base

Page 32: REGIÃO NORTE 2007 pdf

32

oficial, em 1750, o Tratado de Madri. Em 1850, é criada por D. Pedro II a província do

Amazonas.

A borracha, inicialmente, foi o grande produto oferecido pelo atual Estado do

Amazonas. Todavia, esta atividade enfrentou mais tarde a concorrência holandesa e

inglesa: estes possuíam métodos avançados de cultivo de seringais, em que a plantação

era realizada de maneira racionalizada, mediante estudos agronômicos. O apogeu da

produção é atingido em 1912, com a exigência da borracha pela então incipiente

indústria automotiva estrangeira para a fabricação de pneumáticos. O uso de derivados

do petróleo e a concorrência internacional, porém, acarretam em declínio posterior

dessa atividade, mais tarde retomada de maneira mais vigorosa a partir da ocupação dos

seringais orientais por parte dos japoneses, na II Guerra Mundial. Neste período, em

busca de trabalho, cerca de trinta mil nordestinos migraram para a região. A

industrialização local ganhou vigor com a implantação federal de incentivos,

culminando na criação da Zona Franca de Manaus, no ano de 1967. A indústria eletro-

eletrônica teve grande fôlego em sua implantação, vigorando hoje em dia entre os

maiores setores industriais no Estado do Amazonas.

A cidade de Manaus está situada no encontro dos rios Negro e Amazonas,

apresentando uma população de 1.157.357 de habitantes, de acordo com o último censo

realizado. Deste total, 595.431 são mulheres e 561.926 são homens.

O desenvolvimento da cidade amazonense foi lento durante toda sua história e

atividades como a exploração de borracha, castanha e madeira figuram dentre as mais

importantes no âmbito econômico do local. O meio mais utilizado para a locomoção

destes produtos é transporte o fluvial, uma vez que a cidade conta com dois dos maiores

rios do país. Várias estradas ligam Manaus ao Sul e Sudeste do Brasil, regiões nas quais

o comércio das riquezas vindas do Amazonas é intenso. A atividade comercial em

Manaus é bastante diversificada, uma vez que a cidade funciona como a única zona

franca de comércio do Brasil. A Zona Franca de Manaus é a maior fonte de empregos

do local. Indústrias estabelecidas nesta Zona Franca têm desconto nos impostos e vários

benefícios que as atraíram para a cidade.

A fundação oficial de Manaus (nome originado dos índios manaus)ocorreu em

1669, quando os portugueses construíram um forte, no então chamado Lugar da Barra,

para proteger a pequena vila do ataque de invasores. Por volta de 1890, por causa da

abundância de seringueiras na região, a indústria da borracha intensificou-se e sustentou

a cidade por quase três décadas. Por causa do lucro obtido através da venda da borracha,

Page 33: REGIÃO NORTE 2007 pdf

33

a rica cidade ganhou várias melhorias e foi construído o Teatro Amazonas, o mais

imponente da região, cuja inauguração contou com a presença do tenor italiano Enrico

Caruso. Com o declínio da borracha, a cidade parou de se desenvolver, só voltando a

crescer na ocasião da instalação da Zona Franca. Até então, a migração interna para

cidades do Sudeste e do Nordeste era fator preocupante em todo o país. Nos dias de

hoje, o turismo funciona como um importante meio de divulgação da cidade, atraindo

milhares de visitantes que vão fazer compras e conhecer a floresta. Por causa de sua

localização próxima à Floresta Amazônica, turistas de todo o mundo chegam a Manaus

a fim de visitar as belezas naturais da região, ver animais inexistentes em outros países e

conhecer a maior fonte de oxigênio do planeta.

Atualmente, o Estado do Amazonas conta com representantes no Congresso

Nacional em Brasília entre oito deputados federais e três senadores. Em sua Assembléia

Legislativa, o povo do Amazonas é representado por vinte e quatro deputados estaduais.

4.13. FOLCLORE

4.13.1. Garantido e Caprichoso

Os bois-bumbás de Parintins, Caprichoso e Garantido, existem desde 1913, mas o

festival foi oficializado em 1966, transformando-se no maior espetáculo folclórico do

Brasil e a segunda maior festa popular do mundo.

4.13.2. Bumbódromo

O Bumbódromo de Parintins, ou Centro de Convenções Amazonino Mendes, foi

inaugurado em 24 de junho e aberto para o 22º Festival Folclórico, em 1988. O

Bumbódromo tem 35 mil lugares, entre camarotes, arquibancadas especiais e

arquibancadas gratuitas. Essas representam 95% dos lugares e são divididas em duas

partes rigorosamente iguais para as torcidas do Caprichoso, representada pela cor azul, e

Page 34: REGIÃO NORTE 2007 pdf

34

a do Garantido, cor vermelha. Cada um dos lados da arquibancada é pintado com a cor

de um Boi.

Page 35: REGIÃO NORTE 2007 pdf

35

5. PARÁ

Localizado na região norte, sua capital é Belém e possui uma população de, em

média 7.110.465 habitantes. Sua extensão é de 1.247.689,5 km². A densidade

demográfica é de 5,7 habitantes por km². Quantidade de municípios: 143.

5.1. DADOS ECONÔMICOS E SOCIAIS

Produto Interno Bruto (PIB)*: R$ 28.062.242.000 (2003)

Renda Per Capita*: R$ 4.443,00 (2003)

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,723 (PNUD - 2000)

Principais Atividades Econômicas: agricultura, pecuária, extrativismo e mineração.

Mortalidade Infantil (antes de completar 1 ano): 27,3 por mil (em 2000*)

Analfabetismo: 10,6% (2003)

Expectativa de vida (anos): 71 (2000)

5.2. PONTOS TURÍSTICOS E CULTURAIS

Teatro da Paz (Belém)

Ilha de Marajó

Belezas naturais: Floresta Amazônica, rios, lagos e cachoeiras

Feiras de Artesanato

Forte do Castelo

Igreja da Sé

Museu Emílio Goeldi

Bosque Rodrigues Alves

Page 36: REGIÃO NORTE 2007 pdf

36

5.3. GEOGRAFIA

Os rios mais importantes são o Amazonas, Tapajós, Jari, Pará e Tocantins. Suas

principais cidades são Belém, Santarén, Altamira, Marabá e Bragantina.

5.4. CLIMA

No contexto climático o Pará apresenta um prevalecimento do clima equatorial

que possui como principal característica a ocorrência de temperaturas bastante elevadas,

acompanhadas de muita umidade. A temperatura média anual no Estado varia entre 24º

e 26ºC e a incidência de chuvas abundantes registram índices pluviométricos que

atingem até 2.900 mm ao ano. A seca se apresenta no inverno e primavera, porém não

ocorre em Belém que permanece úmida durante todo o ano.

5.5. VEGETAÇÃO

O território paraense apresenta basicamente mangues, campos, cerrados e Floresta

Amazônica, a última predomina no Estado.

A variedade vegetativa é muito grande, nesse caso as composições principais de

cobertura vegetal dão origem a cinco tipos específicos de vegetação, como Mata de

Terra Firme (não sofre inundações), Mata de Várzea (margens de rios que sofrem

inundações), Mangue (porção litorânea do Estado), Campos e Cerrados.

Page 37: REGIÃO NORTE 2007 pdf

37

5.6. HIDROGRAFIA

O rio Amazonas deságua no Oceano Atlântico em pleno território paraense. A

rede hidrográfica do Estado é farta, nesse território há presença de duas bacias

importantes, do Amazonas e do Tocantins.

Quando as águas do rio Amazonas atingem o Oceano, o encontro das águas forma

ondas com mais de quatro metros de altura, esse fenômeno natural é denominado de

pororoca.

5.6.1. Afluentes do Rio Amazonas

Margem direita: Xingu e Tapajós.

Margem esquerda: Jarí, Paru, Trombetas e Nhamundá.

Na hidrografia do Pará existe ainda: Lagos: geralmente se encontram em várzea. Ilhas:

a principal é a ilha de Marajó. Litoral: são 618 km de extensão em território paraense.

5.7. ESGOTO

Apenas 1,7% de municípios paraenses possuem rede de esgoto sanitário, deixando

o Estado na segunda pior posição do País, à frente apenas de Rondônia. Já entre os

municípios que fazem tratamento do esgoto, o Pará tem o quarto pior resultado, com

4,2% de cidades que dispõem do serviço.

Page 38: REGIÃO NORTE 2007 pdf

38

5.8. ÁGUA

Cerca de 40% dos municípios do Pará não recebem nenhum tratamento de água.

No Pará, 40,5% dos 1,492 milhões domicílios ainda não possuem serviço rede de

abastecimento de água, sendo que esse percentual alcança 33,4% da Região

Metropolitana de Belém.

5.9. ABASTECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA

Aproximadamente 21% dos habitantes do Pará não são contemplados com o

fornecimento de energia elétrica (ANEEL, 2004), sendo que a grande maioria desse

percentual representa a população residente na área rural, principalmente nas áreas

isoladas, as quais, fazendo-se uma alusão à crise energética de 2001, vivem hoje em um

“eterno apagão”.

5.10. PRATOS TÍPICOS

5.10.1. Maniçoba

É um prato tipicamente indígena. Na versão original é preparada com folhas de

maniva (mandioca-brava) e extremamente demorada (três dias pelo menos).

A maniva contém acido cianídrico, uma substância tóxica que somente o longo

cozimento com panela destampada consegue evaporar. Enquanto vai sendo cozida, a

maniva libera um suco que acentua o sabor das carnes: quanto maior o tempo de

cozimento, mais saborosa fica a maniçoba.

Page 39: REGIÃO NORTE 2007 pdf

39

5.10.2. Chibé

É uma mistura, com farinha de mandioca e água (de rio opcional), para saciar a

fome, e pode ser acompanhada de sal e pimenta à gosto.

5.11. HISTÓRICO

O primeiro nome dado à região do atual Pará fora Feliz Luzitânia, em

referência à terra portuguesa. Posteriormente, o território foi denominado Grão-Pará e,

mais adiante, Pará. O nome do Estado, de origem tupi-guarani, significa “rio-mar”, uma

referência à grandeza do próprio rio Amazonas, que atravessa o Estado e desemboca no

Oceano Atlântico na região litorânea ao centro-norte do território.

Desde cedo, no período colonial, percebeu-se a importância da região referente

ao atual Pará como uma localidade de entrada à região Amazônica, além de sua

privilegiada posição estratégica. Desta forma, o território passa a sofrer invasões a partir

do século XVI. A cobiça dos invasores europeus, entre ingleses e holandeses, não

chegou a alterar o quadro do povoamento da região, que se efetivou apenas a partir da

retomada de interesse da terra brasileira por Portugal.

No século XVII, a cidade de Nossa Senhora de Belém é fundada, mais

precisamente em 12 de janeiro de 1616, dando origem à atual capital do Estado. A

região do atual Pará foi mais tarde incorporada ao Maranhão, já com o nome de Grão-

Pará. Posteriormente, no século XVIII, desvinculou-se o Pará das demais regiões e, com

o avanço e o estabelecimento definitivos dos portugueses na região, são fundadas

cidades como Vila Nova Del Rei (atual Curuçá), Chaves e Monte Alegre.

O atual Estado do Pará foi palco de dois momentos históricos importantes. No

período da Revolução Constitucionalista do Porto, o Pará apoiou o novo quadro político

de Portugal, levantando insurgências contra o rei. Tal levante, no entanto, tratava-se, de

certa forma, de uma oposição à Independência do Brasil, sendo sufocado pelas forças

Page 40: REGIÃO NORTE 2007 pdf

40

militares fiéis ao imperador. A Cabanagem também teve origem no Pará,

acompanhando a tendência, em nível nacional, da formação de movimentos de

independência inter-regional como a Revolta dos Alfaiates, a Balaiada etc.

No início do século XX, a borracha torna-se um importante produto no mercado

mundial. Esta tendência fez com que o Pará deixasse para trás um longo período de

estagnação econômica. Atualmente, o Pará tem destaque no país por ser o principal

produtor de ferro.

O Pará é representado em Brasília por dezessete deputados federais e três

senadores. Sua Assembléia Legislativa é formada por quarenta e um deputados

estaduais.

5.12. FOLCLORE

5.12.1. Dança do Carimbó

A mais extraordinária manifestação de criatividade artística do povo paraense foi

criada pelos índios Tupinambá que, segundo os historiadores, eram dotados de um

senso artístico invulgar, chegando a ser considerados, nas tribos, como verdadeiros

semi-deuses.

5.12.2. Dança do Siriá

A mais famosa dança folclórica do município de Cametá é uma das manifestações

coreográficas mais belas do Pará. Do ponto de vista musical é uma variante do batuque

africano, com alterações sofridas através dos tempos, que a enriqueceram de maneira

extraordinária.

Contam os estudiosos que os negros escravos iam para o trabalho na lavoura

quase sem alimento algum. Só tinham descanso no final da tarde, quando podiam caçar

Page 41: REGIÃO NORTE 2007 pdf

41

e pescar. Como a escuridão dificultava a caça na floresta, os negros iam para as praias

tentar capturar alguns peixes. A quantidade de peixe, entretanto, não era suficiente para

satisfazer a fome de todos.

5.12.3. Lundu

O "Lundu" é uma dança de origem africana trazida para o Brasil pelos escravos. A

sensualidade dos movimentos já levou a Côrte e o Vaticano a proibirem a dança no

século passado. No Brasil o "Lundu", assim como o "Maxixe" (a dança excomungada

pelo Papa), foi proibido em todo Brasil por causa das deturpações sofridas em nosso

país. Mas, mesmo às escondidas, o "Lundu" foi ressurgindo, mais comportado,

principalmente em três Estados brasileiros: São Paulo, Minas Gerais e na Ilha do

Marajó, no Pará.

Page 42: REGIÃO NORTE 2007 pdf

42

6. RONDÔNIA

Localizado na região norte, sua extensão é de 237.576,167 km², com uma

população, em média, de 1.562.417 habitantes. Sua capital é Porto Velho. A densidade

demográfica é de 6,6 hab./km².

6.1. DADOS ECONÔMICOS E SOCIAIS

Produto Interno Bruto (PIB)*: R$ 13.491.977.000,00 (2003)

Renda Per Capita*: R$ 8.533,69 (2004)

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,735 (PNUD - 2000)

Principais Atividades Econômicas: agricultura, pecuária e extrativismo (vegetal e

mineral).

Mortalidade Infantil (antes de completar 1 ano): 24,6 por mil (em 2000*)

Analfabetismo:8,6% (2001)

Expectativa de vida (anos): 70,6 (2000)

6.2. PONTOS TURÍSTICOS E CULTURAIS

Floresta Amazônica

Museu da Estrada de Ferro Madeira Mamoré

Prédio do Relógio

Reserva Ecológica Lago de Cuniã

Vila do Maici

Page 43: REGIÃO NORTE 2007 pdf

43

Catedral de Porto Velho

Fortaleza do Abunã

Museu Estadual de Rondônia

6.3. GEOGRAFIA

Seus rios mais importantes: Madeira, Ji-Paraná, Guaporé e Mamoré. Suas

principais cidades são Porto Velho, Ji-Paraná, Ariquemes, Vilhena e Cacoal.

6.4. CLIMA

No território do estado é possível identificar três tipos de climas:

- Equatorial: possui temperaturas elevadas aliadas a uma grande umidade, há somente

três meses sem ocorrência de precipitação (chuva). Essa característica climática gera

influência no norte do Estado, nas áreas limítrofes com o Estado do Amazonas e

entorno de Porto Velho.

- Quente e úmido: consiste em uma grande quantidade calor e muita chuva, o período de

seca dura até dois meses.

- Quente e semi-úmido: esse exerce influência restrita a parte oeste do Estado onde

estão situados os municípios de Colorado e Cabixi.

Em âmbito mais abrangente, em Rondônia as temperaturas médias anuais variam

entre 24° a 26ºC, no decorrer dos meses de junho, julho e agosto a temperatura cai,

chegando a atingir até 8ºC, isso acontece devido a passagem de uma frente polar. O mês

mais seco é julho e o mais chuvoso é setembro. No Estado, os índices pluviométricos

anuais variam entre 1.800 a 2.400 mm.

Page 44: REGIÃO NORTE 2007 pdf

44

6.5. VEGETAÇÃO

A cobertura vegetal do Estado é diversificada, apresentando vários tipos de

vegetação dos quais se destacam:

6.5.1. Floresta Ombrófila Aberta

Esse tipo de vegetação é a que mais predomina no Estado, principalmente no

leste, sul, norte e na área central do território.

As Florestas Ombrófilas são constituídas por quatro fisionomias vegetais (floresta

de cipó, palmeiras, bambu e sorocaba).

6.5.2. Floresta Ombrófila Densa

Ocorre em uma área restrita localizada na parte central, é formada basicamente

por palmeiras, trepadeiras lenhosas, epífitas e árvores de médio e grande porte.

6.5.3. Floresta Estacional Semidecidual

Esse tipo de cobertura vegetal ocorre no sul do Estado, apresenta árvores em

número restrito denominadas de caducifólia (árvores que perdem as folhas na seca ou

no inverno).

Page 45: REGIÃO NORTE 2007 pdf

45

6.5.4. Cerrado

Existem “manchas” do cerrado no centro do Estado, esse tipo de vegetação é

constituído por árvores de pequeno porte, troncos retorcidos, folhas e cascas grossas e

raízes profundas.

6.5.5. Vegetação Aluvial

Apresenta-se nos arredores do rio Guaporé, possui características de uma

cobertura vegetal formada a partir de arbustos (acácias, mimosa) e herbáceas (junco,

rabo-de-burro).

6.6. HIDROGRAFIA

A rede hidrográfica de Rondônia é composta por três principais bacias e uma

secundária.

6.6.1. Bacia do Rio Madeira

O rio principal é o Madeira e seus afluentes principais são:

Margem direita: rio Ribeirão, Igarapé das Araras, rio Castanho, rio Mutum-Paraná,

garapé Cirilo, rio Jaci-Paraná, rio Caracol, rio Jamari, Igarapé Mururé e rio Ji-Paraná.

Page 46: REGIÃO NORTE 2007 pdf

46

Já os afluentes da margem esquerda são os rios: Albuná, rio Ferreiros, Igarapé São

Simão, rio São Lourenço, rio Caripunas, Igarapé Maparaná, Igarapé Cuniã e rio Aponiã.

6.7. ESGOTO

Tratamento de água e de esgoto ainda é artigo de luxo em Rondônia - só agora é

realidade na capital, que tem 400 mil habitantes. Esgotos a céu aberto, além de

abastecimento de água e coleta de lixo precário, são comuns na maioria dos bairros em

Porto Velho, que convive com outros problemas de infraestrutura.

A Companhia de Águas e Esgoto de Rondônia (Caerd), estatal responsável pelo

abastecimento de água e tratamento de esgoto, atende a uma pequena parcela da

população. A grande maioria conta com poços artesianos para ter água diariamente.

6.8. ÁGUA

Os maiores índices de contaminação e de problemas de abastecimento de água e

tratamento de esgoto na região amazônica estão em grandes cidades como Manaus

(Amazonas), Belém (Pará), Porto Velho (Rondônia), Boa Vista (Roraima) e Rio Branco

(Acre).

Page 47: REGIÃO NORTE 2007 pdf

47

6.9. ABASTECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA

A energia elétrica consumida em Rondônia é gerada pela Usina Hidrelétrica

Samuel e por um parque termelétrico operado pela Eletrobras Eletronorte e por

produtores independentes de energia. Samuel tem potência instalada de 216 MW e é

considerada um marco na história local. Sua construção possibilitou que uma antiga

colônia de pescadores desse lugar ao município de Candeias do Jamari. A hidrelétrica

foi concebida inicialmente para suprir as cidades rondonienses de Guajará-Mirim,

Ariquemes, Ji-Paraná, Pimenta Bueno, Vilhena, Abunã e a capital, Porto Velho.

Atualmente, 90% dos 52 municípios do Estado são beneficiados com energia firme e

segura desse sistema isolado da Eletronorte. Em 20 de novembro de 2002, a capital do

Acre, Rio Branco, passou a ser abastecida também com a energia de Samuel. Em maio

de 2006, esse sistema foi ampliado, permitindo que a geração térmica do Acre fosse

substituída pela hidráulica, proporcionando a substituição da geração a derivados de

petróleo. Além de Samuel, a Eletrobras Eletronorte opera a Usina Termelétrica Rio

Madeira, que produz 90 MW. Somada à geração dos produtores independentes de

energia, a potência instalada da Eletrobras Eletronorte em Rondônia é de 403 MW.

6.10. PRATOS TÍPICOS

Sua maior arte, baseada em peixes e frutos da região. Com seus sabores picantes e

frutos exóticos não se difere em quase nada do restante da deliciosa Amazônia. Por isso,

pode-se dizer que a Gastronomia de Porto Velho e de todo o restante de Rondônia é

composta, em geral, de pratos comuns à cozinha amazonense. Dentre os pratos

preferidos por qualquer “bom garfo” de Porto Velho pode-se destacar os seguintes:

Maniçoba, Caldeirada de Tucunaré - peixe de escamas prateadas. Doce de Cupuaçu -

Um dos frutos mais exóticos da região. Caruru - camarão seco e quiabo, azeite de dendê

e farinha de mandioca.

Page 48: REGIÃO NORTE 2007 pdf

48

Seguindo a tendência amazonense, a culinária de Rondônia também é conhecida

pelos seus temperos frescos e saborosos como o cheiro verde, a cebolinha, a chicória, a

alfavaca e a pimenta-de-cheiro.

6.11. HISTÓRICO

Os primeiros colonizadores portugueses começam a percorrer o atual estado de

Rondônia no século XVII. Somente no século seguinte, com a descoberta e a exploração

de ouro em Goiás e Mato Grosso, aumenta o interesse pela região. Em 1776, a

construção do Forte Príncipe da Beira, às margens do rio Guaporé, estimula a

implantação dos primeiros núcleos coloniais, que só se desenvolvem no final do século

XIX com o surto da exploração da borracha. No início do século XX, a criação do

estado do Acre, a construção da ferrovia Madeira–Mamoré e a ligação telegráfica

estabelecida por Cândido Rondon representam novo impulso à colonização. Em 1943 é

constituído o Território Federal de Guaporé, com capital em Porto Velho, mediante o

desmembramento de áreas pertencentes aos estados de Mato Grosso e Amazonas. A

intenção é apoiar mais diretamente a ocupação e o desenvolvimento da região, que em

1956 passa a se chamar Território de Rondônia. Até a década de 60, a economia se

resume à extração de borracha e de castanha-do-pará. O crescimento acelerado só

ocorre, de fato, a partir das décadas de 60 e 70. A política de incentivos fiscais e os

intensos investimentos do governo federal, como os projetos de colonização dirigida,

estimulam a migração, em grande parte originária do Centro-Sul. Além disso, o acesso

fácil à terra boa e barata atrai grandes empresários interessados em investir na

agropecuária e na indústria madeireira. Nessa época, a descoberta de ouro e cassiterita

também contribui para o aumento populacional. Entre 1960 e 1980, a população cresce

quase oito vezes, passando de 70 mil para 500 mil habitantes. Em 1981, Rondônia

ganha a condição de estado.

Page 49: REGIÃO NORTE 2007 pdf

49

6.12. FOLCLORE

Em Rondônia os maiores eventos relacionados ao folclore são a Flor do Maracujá

em Porto Velho e e o Festival Pérola do Mamoré em Guajará-Mirim.

O Festival Folclórico de Guajará-Mirim acontece desde o ano de 1994. Na época,

o evento era chamado de "Festival Folclórico Pérola do Mamoré".

Page 50: REGIÃO NORTE 2007 pdf

50

7. RORAIMA

Localizado na região norte do Brasil, sua extensão é de 224.298 km², com uma

população de 391.317 habitantes, tendo uma densidade demográfica de 1.45 hab./km².

Sua capital é Boa Vista, e tem um total de 15 municípios.

7.1. DADOS ECONÔMICOS E SOCIAIS

Produto Interno Bruto (PIB)*: R$ 1.677.318.000,00 (2003)

Renda Per Capita*: R$ 4.881,00 (2004)

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,746 (PNUD - 2000)

Principais Atividades Econômicas: agricultura, pecuária e extrativismo (vegetal e

mineral).

Mortalidade Infantil (antes de completar 1 ano): 17,8 por mil (em 2000*)

Analfabetismo:9,7% (2001)

Expectativa de vida (anos): 69,3 (2000)

7.2. PONTOS TURÍSTICOS E CULTURAIS

Sitio Arqueológico da Pedra Pintada

Monte Roraima

Parque Nacional de Monte Roraima

Parque Nacional do Viruá

Estação Ecológica de Maracá

Estação Ecológica de Niquiá

Page 51: REGIÃO NORTE 2007 pdf

51

7.3. GEOGRAFIA

Seus rios mais importantes: Rio Branco, Água Boa do Univi, Ajarani e Catrimari.

Suas principais cidades: Boa Vista, Amajari, Alto Alegre, Rorainópolis, Mucajaí e

Caracaraí.

7.4. CLIMA

O clima em Roraima é quente e úmido. Só existem duas estações no ano: inverno

(período de chuva) e verão (período seco). Nos planaltos mais elevados a temperatura

no inverno, varia de 15º e 20ºC. Nas partes mais baixas a temperatura chega a 36ºC. Os

meses de junho e julho são os que mais chovem, enquanto dezembro e janeiro são os

mais secos. As chuvas influenciam na quantidade de água no rio Branco. Durante o

verão ele fica quase que intrafegável para barcos grandes. Isso dificulta muito o

transporte fluvial entre Manaus e Caracaraí (cidade porto de Roraima).

7.5. HIDROGRAFIA

A hidrografia do Estado de Roraima é constituída principalmente pela bacia do

rio Branco. O rio Branco é um afluente do rio Negro que, por sua vez, é afluente do rio

Amazonas. O rio Branco é formado pelos rios Tacutu e Uraricoera há uns 30 Km

aproximados acima de Boa Vista e tem 548 Km de percurso. O seu percuso pode ser

dividido em 3 segmentos:

Alto rio Branco: com 172 Km, da confluência dos rios Uraricoera e Tacutu até a

cachoeira do Bem-Querer;

Page 52: REGIÃO NORTE 2007 pdf

52

Médio rio Branco: com 24 KM, da cachoeira do Bem-Querer até Vista Alegre;

Baixo rio Branco: com 388 Km, de Vista Alegre até a sua desembocuadura no

rio Negro.

7.6. RELEVO

O relevo de Roraima é bem diferenciado, e pode ser dividido em 5 partes.

Primeiro degrau: este seria as áreas de acumulação inundáveis. Não apresentam

propriamente uma forma de relevo, mas são áreas cobertas por uma fina camada de

água.

Segundo degrau: este seria o pediplano Rio Branco. Este é uma unidade de

relevo de enorme expressão em Roraima, pois ocupa grande parte de suas terras. Nesse

pediplano as altidudes variam de 70 a 160m e têm fraca declividade rumo à calha dos

rios.

Terceiro degrau: é formado por elevações que podem chegar a 400m de altidude.

São serras como a serra da Lua, serra Grande, serra da Batata e outras.

Quarto degrau: é formado por elevações que podem variam a 600 a 2.000m de

altidude. É formado pela cordilheira do Pacaraima, serra do Parima e serra do

Urucuzeiro. Estas estão unidas em forma de cadeias e nela nascem os rios que formam o

rio Uraricoera que se encontra com o Tacutu formando o Rio Branco.

Quinto degrau: é o mais alto, formado por elevações que chegam a quase

3.000m de altidude. Um exemplo desse degrau é o Monte Roraima, com 2.875m de

altidude.

Page 53: REGIÃO NORTE 2007 pdf

53

7.7. ECONOMIA

A economia do Estado está baseada na Agropecuária e na mineração. O Boi já foi

um dos maiores produtos de exportação de Roraima. Mas, atualmente, Boa Vista

importa carne bovina, suína e de aves de outros estados para abastecimento. O arroz

(principal produto de exportação), mandioca, o feijão, frutas tropicais (melão, abacaxi,

mamão etc), hortaliças (alface, cebolinha, cheiro-verde etc) são os principais produtos

da agropecuária. No extrativismo vegetal, castanha-do-pará, sorva e madeira. E no

animal, peixe ornamental. A mineralização já teve maiores destaques, porém hoje

permanece paralisada, apenas com pequena produção de diamante e ouro em garimpos

tradicionais. Possui pequeno parque industrial com produção de refrigenrantes,

derivados do leite e beneficia cereais. Comércio importador principalmente de São

Paulo, Manaus e Venezuela. Sendo os principais produtos: cimento, ferro, combustíveis,

produtos para alimentação.

7.8. EDUCAÇÃO E SAÚDE

No Setor da Educação Pública: Roraima dispõe de uma rede física satisfatória. A

última estatística revela que, em 1995, o Estado dispunha de 450 prédios escolares,

onde estudaram 79.514 alunos em 1407 salas de aula. Esse estudantes estavam assim

distribuídos: 9.990 no Pré-escolar, 58.424 no Primeiro Grau, 9.420 no Segundo Grau e

1.630 no Supletivo Especial. Com 3720 professores. No 3º grau, a UFRR (Universidade

Federal de Roraima) abrigou, em 1996, 2.800 alunos nos mais diversos cursos. Roraima

conta também com diversos cursos profissionalizantes, na ETFRR (Escola técnica

Federal de Roraima), no SENAR, no SENAC e no SENAI. No Setor da Saúde Pública:

Roraima dispõe de uma rede de postos médicos tanto nas cidades como no interior.

Hospitais em cidades localizadas estrategicamente de modo de atender uma região. As

doenças que mais ocorrem em Rorâima são: malária, leishmaniose, oncocerose,

Page 54: REGIÃO NORTE 2007 pdf

54

hepatite, tuberculose e hanseníase. Outras que ocorrem com menor freqüência são:

varicela, AIDS, dengue, cólera, caxumba, sarampo, meningite, febre amarela e tétano.

7.9. TURISMO

As belezas naturais de Roraima são, sem dúvida, o seu patrimônio maior. São

incomparáveis, talvez únicas numa Amazônia povoada de mistérios indecifráveis. São,

também, o melhor e mais importante produto de exportação, capaz de ser vendido em

qualquer parte do mundo e, para Roraima, trazer visitantes dos mais diversos recantos

do planeta. Essa é, hoje, a mais importante questão que deve tomar conta do

planejamento das diretrizes que vão pautar o desenvolvimento sócio-econômico do

Estado de Roraima. O turismo é uma indústria que não requer investimento na

produção. O produto está pronto e, para ser vendido, só carece de infra-estrutura para

sua exportação. Roraima, com seus rios, florestas e elevados. Com essas riquezas

depositadas num solo abençoado pela natureza. Fazer desse patrimônio um produto

turístico é, sem dúvida, abrir caminho para o Estado e sua gente antever um futuro que

se pretende deixar como herança para as próximas gerações.

7.10. ESGOTO

A Companhia possui um moderno sistema de captação superficial do Rio Branco,

113 poços em funcionamento no interior e 80 em Boa Vistam, duas grandes estações de

tratamento de água na capital e outra em construção. A sede tem mais de 9 mil metros

quadrados e sistema de gestão totalmente informatizado.

Page 55: REGIÃO NORTE 2007 pdf

55

7.11. ENERGIA ELÉTRICA

Têm como base o fornecimento de energia elétrica as indústrias, visando o

atendimento regular e continuo. Faz parte do projeto o estudo de soluções alternativas

de fornecimento de energia.

7.12. PRATOS TÍPICOS

7.12.1. Caldeirada de peixe:

Azeite de Oliva, cheiro verde, cebola,tomate e sal, água e peixe cortado em

postas.

7.12.2. Galinha caipira:

Cheiro verde, pimentão cortado, em pedaços pequenos, guisada ao molho pardo;

7.12.3. Mugica de peixe

Peixe assado no forno com todos os temperos para peixe, desfiado, mugicado

(cozido) com farinha branca e azeite.

7.13. HISTÓRICO

O antigo território do Rio Branco foi disputado por espanhóis, portugueses,

holandeses e ingleses desde o início do século XVI. Seus povoados, no entanto,

somente começaram a se instalar no século XVIII, após o extermínio de grande número

Page 56: REGIÃO NORTE 2007 pdf

56

de indígenas. Em 1858, o Governo Federal criou a freguesia de Nossa Senhora do

Carmo, transformada no município de Boa Vista do Rio Branco, em 1890. Em 1904

houve grave disputa territorial com a Inglaterra, que tirou do Brasil a maior parte das

terras da região do Pirara, pequeno afluente do rio Maú, incorporadas à Guiana Inglesa.

A partir de 1943, foi criado o Território Federal do Rio Branco, cuja área foi

desmembrada do Estado do Amazonas. Passou a chamar-se Território Federal de

Roraima a partir de 13 de setembro de 1962. Em 5 de outubro de 1988, com a

promulgação da nova Constituição do País, o Território foi transformado em Estado da

Federação.

7.14. FOLCLORE

O vaqueiro é descendente de índios miscigenados com os brancos, usa chapéu de

palha de palmeira, camisa e calça comuns, perneira curta de pele de veado, alpargatas

de couro de veado e para o trabalho usa um laço de couro cru. Ele é forte e resistente e

alimenta-se de carne cozida, mandioca e leite.

Page 57: REGIÃO NORTE 2007 pdf

57

8. TOCANTINS

Localizado no norte do Brasil, sua área é de 277.620,914 km², e uma população de

1.305.728 habitantes, tendo uma densidade demográfiva de 4,17 hab./km². Sua capital é

Palmas e possui 139 municípios.

8.1. DADOS ECONÔMICOS E SOCIAIS

Produto Interno Bruto (PIB)*: R$ 4.189.864.000,00 (2003)

Renda Per Capita*: R$ 3.776 (2003)

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,710 (PNUD - 2000)

Principais Atividades Econômicas: agricultura, pecuária e extrativismo.

Mortalidade Infantil (antes de completar 1 ano): 28,4 por mil (em 2000*)

Analfabetismo:17% (2000)

Expectativa de vida (anos): 70,7 (2000)

8.2. PONTOS TURÍSTICOS E CULTURAIS

Cachoeira do Roncador

Morro do Governador

Bosque dos Pioneiros

Praia da Graciosa

Parque Cesamar

Reserva Ecológica do Lajeado

Trilha do Brejo da Lagoa

Page 58: REGIÃO NORTE 2007 pdf

58

8.3. GEOGRAFIA

Rios importantes: Araguaia, Tocantins, do Sono, das Balsas e Paranã.

Principais cidades: Palmas, Araguaína, Porto Nacional, Gurupi e Paraíso do Tocantins.

8.4. CLIMA

O Estado do Tocantins está sob domínio climático tropical semi-úmido,

caracterizado por apresentar uma estação com estiagem aproximada de 4 meses. Com

essas temperaturas e índices de pluviosidade, o clima recebe a classificação de AW –

Tropical de verão úmido e período de estiagem no inverno , de acordo com a

classificação de Koppen. A estiagem varia de 3 a 5 meses, sendo as precipitações

pluviais crescentes do Sul para o norte (1500 a 1750 mm/ano) e do Leste para o Oeste

(1000 a 1800 mm/ano). Janeiro se caracteriza por ser o mais chuvoso e agosto o mais

seco.

8.5. HIDROGRAFIA

A bacia hidrográfica do Estado do Tocantins está delimitada principalmente pelo

rio Araguaia a oeste, e pelo Rio Tocantins a leste. Esses rios correm no sentido Sul-

Norte e se encontram no extremo norte do Estado, na região do Bico do Papagaio. Após

esta confluência, o Rio Tocantins deságua no delta do Rio Amazonas.

O Estado, abrange aproximadamente dois terços da bacia Hidrográfica do Rio

Tocantins e um terço da Bacia Hidrográfica do Rio Araguaia, além de várias sub-bácias

importantes, fazendo do Estado do Tocantins, um dos Estados mais ricos do Brasil em

Page 59: REGIÃO NORTE 2007 pdf

59

recursos hídricos para irrigação, construção de hidrovias, geração de energia elétrica, e

empreendimentos de turismo ecológico, aquicultura e consumo humano.

8.6. ECONOMIA

Principalmente pela parte da agroindústria.

8.7. RELEVO

O relevo de Tocantins é formado por depressões na maior parte do território,

planaltos ao sul e a nordeste , e planicie na região central, com a Ilha do Bananal. O

ponto mais elevado é a Serra Traíras com 1.340 metros. A Depressão do Araguaia-

Tocantins acompanha os rios Araguaia e Tocantins e estende-se desde o centro-oeste.

Suas formas de relevo são quase planas e de baixas altitudes.

8.8. VEGETAÇÃO

O estado Tocantins tem a vegetação de cerrado (são formados de arbustos

esparsos e baixos, entremeados por gramineas) e um pouco de floresta tropical no

noroeste do estado. Ao norte encontra-se a floresta Amazônica.

Page 60: REGIÃO NORTE 2007 pdf

60

8.9. TURISMO

As praias dos rios Araguaia e Tocantins atraem todos os anos cerca de 100 mil

turistas de todo o país. Com a formação de um lago em Palmas e Porto Nacional, a orla

da capital se prepara para montar um complexo turístico com hotéis, restaurantes e áreas

de lazer. Marinas, clubes náuticos e praças de esportes serão instalados na avenida Beira

Rio, em Porto Nacional. Na área do ecoturismo, já está funcionando o Centro Canguçu,

no entorno da ilha do Bananal. Com a renda do hotel ecológico são financiados estudos

ambientais.

8.10. ENERGIA ELÉTRICA

– Geração: 4.633 GWh; consumo: 883 GWh

8.11. PRATOS TÍPICOS

Tocantins é um dos Estados mais novos do Brasil que foi criado pela Constituição

de 1988. A gastronomia com uma grande quantidade de pratos variados que agradam

todos que passam pela região. O centro gastronômico leva uma forte mistura das

influências das culturas indígena, paulista, portuguesa e mineira.

8.11.1. Arroz Maria Isabel:

1 kg de arroz 1kg de carne seca picada 3 dentes de alho 1 cebola 5 colheres de

sopa de óleo pimenta - do - reino a gosto pimenta de cheiro a gosto modo de fazer lava -

se a carne seca picada e coloca - se para dourar em óleo quente em seguida, acrescenta-

Page 61: REGIÃO NORTE 2007 pdf

61

se a cebola e o alho. refoga - se. bem coloca-se o arroz misturando bastante com os

temperos e a carne acrescentando- se em seguida a água quente e a pimenta de cheiro

cortada ao meio . abafa- se a panela e aguarda - se um pouco até que o arroz fique solto.

para decorar o prato coloca coentro e cebolinha.

8.11.2. Paella do Tocantins

É feita a base de calabresa, galinha caipira e pequi entre outros e é servida na

Churrascaria Portal do Sul de Palmas. A invenção do prato com produtos locais em

substituição aos frutos do mar.

8.12. HISTÓRICO

O extremo norte de Goiás foi desbravado por missionários católicos chefiados por

Frei Cristovão de Lisboa, que em 1625 percorreram a área do rio Tocantins, fundando

ali uma Missão religiosa. Nos dois séculos que se seguiram, a corrente de migração

vinda do norte e nordeste continuou a ocupar parte da região. Pelo sul, vieram os

bandeirantes, chefiados por Bartolomeu Bueno, que percorreram toda a região que hoje

corresponde aos Estados de Goiás e Tocantins, ao longo do século XVIII. Na região

existiam duas culturas diferentes: de um lado, a dos sulistas, originários de São Paulo, e,

do outro, os nortistas, de origem nordestina.

As dificuldades de acesso à região sul do Estado, por parte dos habitantes do

norte, os levaram a estabelecer vínculos comerciais mais fortes com os Estados do

Maranhão e Pará, sedimentando cada vez mais as diferenças e criando o anseio

separatista. Em setembro de l821, houve um movimento que proclamou em Cavalcante,

e posteriormente em Natividade, um governo autônomo da região norte do Estado.

Cinqüenta e dois anos depois, foi proposta a criação da Província de Boa Vista do

Tocantins, projeto não aceito pela maioria dos parlamentares do Império. No ano de

l956, o juiz de Direito da Comarca de Porto Nacional elaborou e divulgou um

Page 62: REGIÃO NORTE 2007 pdf

62

"MANIFESTO À NAÇÃO", assinado por numerosos nortenses, deflagrando um

movimento nessa Comarca, que revigorava a idéia da criação de um novo Estado.

Em l972, foi apresentada pelo Presidente da Comissão da Amazônia, da Câmara

dos Deputados, o Projeto de Redivisão da Amazônia Legal, do qual constava a criação

do Estado de Tocantins, aprovada em 27 de julho de l988, pela Comissão de

Sistematização e pelo Plenário da Assembléia Nacional Constituinte. Seu primeiro

Governador, José Wilson Siqueira Campos, tomou posse em 1 de janeiro de 1989, na

cidade de Miracema do Tocantins, escolhida como capital provisória do novo Estado,

até que a cidade de Palmas, a atual capital, fosse construída.

8.13. FOLCLORE

8.13.1. Sasi

Assim é a sua história: Um negrinho de uma perna só, capuz vermelho na cabeça,

e que segundo alguns, usa um cachimbo. Não é maldoso. Só gosta de fazer travessuras,

como por exemplo, dar nó no abo dos cavalos. É muito popular em todas as regiões do

Brasil, onda o caipira muitas vezes o invoca para encontrar objetos ou animais perdidos

Page 63: REGIÃO NORTE 2007 pdf

63

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SITES:

http://www.suapesquisa.com/estadosbrasileiros

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/brasil

http://www.portalbrasil.net/regiao_norte.htm

http://www.arteblog.net/comidas-tipicas-do-norte-do-brasil/

http://asnovidades.com.br/2007/comidas-tipicas-do-acre-brasil/

http://asnovidades.com.br/2009/comidas-tipicas-de-rondonia-brasil/

http://asnovidades.com.br/2009/comidas-tipicas-de-tocantins-brasil/

http://asnovidades.com.br/2008/comidas-tipicas-do-amazonas-brasil/

http://asnovidades.com.br/2008/comidas-tipicas-do-amapa-brasil/

http://asnovidades.com.br/2008/comidas-tipicas-do-roraima-brasil/

http://asnovidades.com.br/2009/comidas-tipicas-do-para-brasil/

http://orbita.starmedia.com/geoplanetbr/amazonas.htm

http://orbita.starmedia.com/geoplanetbr/para.htm

http://orbita.starmedia.com/geoplanetbr/amapa.htm

http://www.achetudoeregiao.com.br/ro/Historia_de_Rondonia.htm

http://www.vestibular1.com.br/revisoes/geografia/estados/tocantins.htm

http://www.velhosamigos.com.br/DatasEspeciais/diafolclore4.html

http://diamantenegroaluisio.blogspot.com/2009/08/dia-22-dia-do-folclore-o-

folclore-em.html

Page 64: REGIÃO NORTE 2007 pdf

64

ANEXOS

2. ACRE

(imagem retirada do site

http://www.suapesquisa.com/estadosbrasileiros/estado_acre.htm)

3. AMAPÁ

(imagem retirada do site

http://www.suapesquisa.com/estadosbrasileiros/estado_amapa.htm)

Page 65: REGIÃO NORTE 2007 pdf

65

4. AMAZONAS

(imagem retirada do site

http://www.suapesquisa.com/estadosbrasileiros/estado_amazonas.htm)

5. PARÁ

(imagem retirada do site

http://www.suapesquisa.com/estadosbrasileiros/estado_para.htm)

6. RONDÔNIA

(imagem retirada do site

http://www.suapesquisa.com/estadosbrasileiros/estado_rondonia.htm)

Page 66: REGIÃO NORTE 2007 pdf

66

7. RORAIMA

(imagem retirada do site

http://www.suapesquisa.com/estadosbrasileiros/estado_roraima.htm)

8. TOCANTINS

(imagem retirada do site

http://www.suapesquisa.com/estadosbrasileiros/estado_tocantins.htm)