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Reforma Religiosa XV Mostra Científica - 2014 29/7/2014

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Reforma ReligiosaXV Mostra Científica - 2014

29/7/2014

Page 2: Reforma Religiosa

Dados de Identificação:

Diretora: Roselaine Lamberti Vice Diretora: Lourdes Sagrilo Instituição: Escola de Educação Básica da Uri

Santiago/RS.

Autor: Stêvão Clós Limana Coautor: José Leonardo Bonoto Série: 2° Ano – Ensino Médio Tema: Reforma Luterana Professor Orientador: José Lir Madalosso

Introdução:

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Reforma foi o termo usado para representar um conjunto de determinados fatos acontecidos na maior parte do século XVI, cujo movimento corrompeu significativamente a Igreja Católica e, seus respectivos fiéis.

Dentro da reforma, consequentemente religiosa, houveram três grupos intitulados protestantes (à Igreja): Luteranismo, Anglicanismo e Calvinismo. Ambos constituídos com uma mesma visão, mas distintas ideologias.

A mudança foi brusca, de tal forma, que os métodos usados, ainda são refletidos na sociedade contemporânea.

Ainda na Reforma, a Igreja Católica reagiu aos ideais protestantes e este movimento é conhecido como Reforma Católica ou Contra-Reforma.

Desenvolvimento:

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1-Antecedentes da Reforma:

O movimento reformista foi antecedido por várias divergências ao tradicional regime Católico. As equívocas ordens e interpretações de fatos comum do dia-a-dia, como o “castigo divino dos céus” fez com que a população pensasse e questionasse a si mesmo, se não estariam necessitando de uma fé mais próxima de Deus e afastada das concupiscências carnais.

Maiores que estas dúvidas, ainda ocorria a Cisma do Ocidente, período em que, havia dois papas, um em Roma (Itália) e outro na cidade de Avignon (França).

Antes mesmo, na idade média eram visíveis as críticas e contestações ao poder Católico. O movimento opositor já tinha raízes antes de Lutero, com John Wyclif e John Huss.

2- Causas da Reforma:

Surpreendentemente, a Reforma não foi um movimento exclusivamente religioso. Além deste fator, também foi influenciado por adversidades políticas e econômicas.

Fatores Religiosos:

- Enfraquecimento da autoridade papal, provocado por conflitos entre papas e imperadores;

- Luxo exagerado ao qual viviam papas, bispos e todo o alto clero;

- Desrespeito ao celibato, sendo descoberto vários casos de padres;

Fatores Políticos: Vários governantes estrangeiros não admitiam a interferência do Papa nos negócios do Estado. Outro fator importante era a posse de terras da Igreja, pois no final do século a Igreja Católica chegou a ser detentora de um terço das melhores terras europeias. A burguesia e a nobreza desejam estas

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terras. O poder político colaborava para que a hegemonia católica fosse muito grande.

A autoridade papal, por ser universal, unificava todos os alemães e nessa forma o “ser cristão” superava o “ser nacional”.

3-Reforma na Alemanha

A Reforma inicou-se na Alemanha (parte do Sacro Império Romano-Germânico) região essencialmente feudal. O fato de a Igreja possuir um terço das melhores terras europeias despertou desejo dos nobres. Este fato aliado a imoralidade da Igreja influenciou a ambição de haver a Reforma na Alemanha.

O movimento reformista foi liderado pelo padre Alemão Martinho Lutero, que também exercia a profissão de professor de teologia, na Universidade de Wittemberg, um grande estudioso da Bíblia e questionador.

O principal fator que levou Lutero a liderar a reforma, foi a venda de indulgências dos padres Católicos.

"A indulgência é a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida pelos pecados já perdoados quanto à culpa, (remissão) que o fiel bem-disposto obtém, em condições determinadas, pela intervenção da Igreja que, como dispensadora da redenção, distribui e aplica por sua autoridade o tesouro das satisfações (isto é, dos méritos) de Cristo e dos santos."

"A indulgência é parcial ou plenária, conforme liberar parcial totalmente da pena devida pelos pecados." Todos os fiéis podem adquirir indulgências (...) para si mesmos ou aplicá-las aos defuntos.

Wikipédia

A indulgência já era uma medida tradicional de iludir o povo, visto que tinha total apoio do Papa Leão X, que visava o

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dinheiro recolhido para finalizar as obras da Basílica de São Pedro em Roma.

O alto luxo do Clero também foi um fator grave, em razão de viveram em lugares luxuosos, pessoas sem nenhuma vocação assumiam o cargo, além de também serem vendidos alguns cargos eclesiásticos.

O humanista Erasmo de Roterdã ponderou a situação do clero: “O que o Clero mais sabe fazer é ganhar dinheiro, beber vinho e assediar as moças”.

Lutero defendia a teoria da predestinação, da fatalidade da salvação, negando os jejuns pregados pela Igreja.O frade agostiniano, iniciou suas pregações como padre na universidade de Wittenberg, Saxônia. Sempre defendendo a doutrina da salvação pela fé e por suas obras na terra, diferente dos demais Cleros Católicos, causando confrontos internos e rupturas dentro da Igreja.

Revoltado com a venda das indulgências e a promiscuidade as quais eram incentivadas e abusivas aos fiéis, principalmente pelo dominicano João Tetzel, Lutero escreveu 95 teses, onde criticava o sistema clerical dominante e apresentou sua nova doutrina, baseada na Bíblia.

Lutero fixou o documento na porta de sua igreja (Catedral de Wittemberg), causando imediata difusão, questionamentos e contradições escritas.

As principais teses que Lutero defendia eram:

- Condena a usura, que é a cobrança de juros sobre um "empréstimo" na época;

- Condena a venda de indulgências;

- O princípio da salvação pela fé;

- A livre leitura da bíblia;

- A supressão do clero regular, do celibato clerical e das imagens religiosas (ícones);

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- A manutenção de apenas dois sacramentos: batismo e eucaristia;

- A utilização do alemão, em lugar do latim, nos cultos religiosos;

- Submissão da Igreja ao Estado;

- A negação da transubstanciação (transformação do pão e vinho no corpo e sangue de Cristo), aceitando-se a consubstanciação (pão e vinho representam o corpo de Cristo).

Com a grande disseminação das novas ideias, a Igreja Católica já estava sofrendo com a perda de fiéis. No ano de 1520, o Papa Leão X, através de uma bula, condenou Martinho e intimou-o a se retratar, sob pena de ser considerado herege.

Em uma conversa com Leão X, Lutero foi submetido a conversar com o Papa deitado com o rosto colado no chão, demonstrando uma posição de humilhação.

Porém, Lutero não se retratou e queimou a bula papal (documento de excomunhão) em praça pública.

Ainda com esperanças de retratação do frade agostiniano, o Imperador do Sacro Império, Carlos V, convocou uma assembleia, denominada dieta de Worms, a qual compunha todos os governantes do Sacro Império, com fins de julgar Lutero. Novamente, Lutero resistiu e não se retratou.

Considerado herege, não foi punido. Suas teses já haviam sido propagadas na população e o mesmo já compunha seguidores a favor de sua nova religião, além de ter o apoio da burguesia.

Refugiado no castelo do Príncipe Frederico da Saxônia, traduziu a Bíblia para o alemão vulgar (língua oficial do país), visto que o Livro Sagrado era em Latim, língua pouco difundida na época.As missas também eram ministradas no Latim e os padres

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pregavam de costas aos fiéis. Traduzindo a Bíblia, Lutero deixou disponível a população ler e interpretar o livro.

Em 1529, como consequência da expansão das ideias reformistas, Carlos V convocou novamente uma assembleia, agora sediada na cidade de Spira. Na assembleia, ficou definida a tolerância da nova religião (Luterana), mas somente nos Estados que já a tinham adotado. Proibindo sua propagação. Tal decisão ocasionou protestos dos seguidores de Lutero, razão pela qual os reformistas foram chamados de protestantes.

Já em 1530, Lutero e o teólogo humanista Felipe Melanchton escreveram a Confissão de Augsburgo. Onde constavam os princípios luteranos como uma profissão de fé e fundamentação.

Após um ano, os príncipes luteranos uniram-se contra o imperador Carlos V, firmando a Liga da Smalkalde.

O conflito somente foi resolvido em 1555, quando foi assinada a Paz de Augsburgo. Representando os impactos das novas religões, foi determinado que a religião do Príncipe fosse a religião de seu povo. Também foram acatadas as secularizações dos bens da Igreja.

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Conclusão:

Portanto, conclui-se que a Reforma Protestante foi um movimento que marcou a transição do feudalismo para uma sociedade aos moldes burgueses na Europa Ocidental.

Martinho Lutero criou sua igreja visando uma fé mais próxima de Deus. Primeiramente com seus pequenos seguidores, difundiu a religião aos poucos e hoje em dia já contém mais de 90 milhões de fiéis, 23 só na Alemanha, no Brasil temos aproximadamente um milhão de luteranos.

O termo protestantismo não designa