reforco escolar - historia

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O Mundo GregoA histria da Grcia, como de outras civilizaes, foi fortemente condicionada pelo ambiente geogrfico. A pennsula Balcnica e muito recortada e cercada por centenas de ilhas - tanto no mar Egeu, no mar Jnio e no mar Mediterrneo. O seu relevo muito montanhoso e com um solo rido. Em decorrncia disto, os gregos iro atribuir uma enorme importncia s atividades mercantis. O solo e o clima auxiliam o desenvolvimento da cultura de oliveira, de vinho e ao pastoreio ( cabra e ovelha). Para suprir as necessidades de sua populao, os gregos iro se dedicar ao comrcio martimo, resultado o processo de colonizao. Dos povos do mundo antigo, os helnicos foram os que melhores refletiram o esprito do homem ocidental. A idia de liberdade, o racionalismo, o conceito de cidadania, a filosofia e as bases da cincia moderna surgiram como glorificao grega ao esprito humano. O processo histrico da civilizao Helnica est assim dividido: 1.Perodo 2.Perodo 3.Perodo 4.Perodo Pr-Homrico Homrico Arcaico Clssico - sculo XX a.C ao sculo XII a.C . - sculo XII a.C ao sculo VIII a.C. - sculo VIII a.C ao sculo VI a.C . - sculo V a.C ao sculo IV a.C.

As caractersticas de cada perodo sero analisadas a seguir.

Perodo Pr-Homrico. Do povoamento da pennsula Balcnica Primeira Dispora.A pennsula Balcnica j era habitada pelos pelasgos desde o final do perodo Neoltico. partir de 2000 a.C., povos de origem indo-europia - os Helenos - comeam a entrar na regio. Os helenos eram uma mistura de raas que falavam uma lnga de filiao indoeuropia e possuiam essencialmente a mesma cultura. Os primeiros helenos foram os Aqueus que dominaram as cidades de Micenas, Tria, Tirinto e, por fim, conquistaram a ilha de Creta. Com o domnio aqueu sobre Creta originou-se a Civilizao Micnica.

A seguir, nova onda de helenos sobre a pennsula, desta feita so os chamados Jnios e Elios, que se fixaram na tica e na sia Menor. A ltima leva foi a dos D r i o s ( 1200 a.C. ) que se estabeleceram no Peloponeso. Possuindo armas de ferro, os drios arrasaram as principais cidades da Hlade, provocando uma onda de horror e destruio, causando uma disperso dos povos para fora da pennsula - a chamada Primeira Dispora grega e um regresso na organizao social, econmica e poltica das comunidades. Como conseqncia deste retrocesso resulta a formao do SISTEMA GENTLICO. A Primeira Dispora ocorreu em direo s ilhas do mar Egeu e Asia Menor.

Perodo Homrico. O sistema gentlico e a sua crise.A principal fonte histrica para a compreenso deste perodo tm sido os poemas picos Ilada e Odissia , atribudos Homero. Ao que tudo indica, as obras foram escritas em momentos diferentes, sendo que a Ilada descreve a Guerra de Tria e a Odissia narra as peripcias do astuto Ulisses, em sua viagem de volta para taca aps a Guerra de Tria. Com a invaso dos drios, h um acentuado declnio da organizao social, que retrocedeu formas muito simples. Formaram-se os GENOS que eram grupos de parentes consangneos, descendentes de um mesmo antepassado. Os genos constituam uma unidade econmica, social, poltica e religiosa. A seguir as suas principais caractersticas: ECONOMIA: de consumo, ou seja, auto-suficiente; os bens de produo eram coletivos; predomnio da agricultura e ausncia da propriedade privada. SOCIEDADE: uma relativa igualdade social em virtude da ausncia da propriedade privada. POLTICA; o exerccio do poder poltico estva com o paterfamilias (o patriarca) responsvel pelo culto dos antepassados.

Com o passar do tempo, a comunidade gentlica comea a enfrentar problemas, sendo que o principal ser o crescimento demogrfico. Este crescimento demogrfico um enorme desequilbrio econmico, pois a produtividade agrcola continua a mesma. Tal situao provoca uma onda de fome, misria e epidemias. Com estes problemas a serem solucionados, tem incio o surgimento da propriedade privada: terra, gado e instrumentos so divididos. Nesta diviso, alguns sero beneficiados - origem dos grandes proprietrios; outros se tornaro pequenos proprietrios e um grande nmero de indivduos ficaro sem terras. Como consequncia desta crise, h a desintegrao do sistema gentlico e o incio de uma nova organizao poltica, que ser a marca principal do mundo helnico: a PLIS. A crise gentlica tambm ser a responsvel pela chamada SEGUNDA DISPORA grega, que ser o processo de colonizao grega de reas do mar Mediterrneo ( norte da frica, sul da Itlia, da Frana e Espanha ).

Perodo Arcaco. A formao e o desenvolvimento das Pleis.Como vimos, partir da crise do sistema gentlico, os gregos conhecem a formao das cidades-estado (Plis) e realizam a colonizao do mar Mediterrneo. Primeiro observe os fatores desta colonizao: crescimento demogrfico e a crise dos genos; existncia de um nmero muito grande de pessoas sem acesso terra; escassez de alimentos e terras frteis; desenvolvimento da arte de navegao.

O processo de colonizao grega deu-se no mar Mediterrneo, mar Negro, o sul da Itlia e da Glia. Destas reas coloniais provinham o trigo, o azeite, o vinho, ferro e estanho para a Hlade. Deve-se Ter em mente que as colnias gregas no ficam submetidas s metrpoles - cidades fundadoras - nem poltica, nem militarmente. O vnculo da colnia com a metrpole era de carter econmico e cultural. Como conseqncias da colonizao tm-se: o desenvolvimento do comrcio martimo grego, a introduo da moeda para facilitar as trocas comerciais, o desenvolvimento da escrita, o processo de codificao da lei e o urbanismo.

A importncia do perodo arcaco se estende. Foi nesta poca que a cidade-estado desenvolveu-se. Suas principais caractersticas sero agora analisadas. Toda cidade-estado rigorosamente autnoma: leis prprias, moeda prpria e sistema poltico prprio. Este arraigado sentimento de liberdade foi, em boa parte, influenciado pelo relevo grego: entre as plancies surgem as cidades, separadas uma das outras por macios montanhosos. Uma plis era constituda pela Acrpole- construo na parte mais elevada da cidade e com funo militar e religiosa; a gora praa pblica, que era o espao utilizado para o debate poltico. Desenvolveu-se no mundo grego mais de 160 pleis, primitivamente governadas por um rei, o Basileu. Destas duas merecem destaques: ATENAS e ESPARTA, agora analisadas.

ESPARTA e o militarismo.

Localizada na plancie da Lacnia e tendo como fundadores os drios, Esparta, ao longo do sculo VIII a.C. passa por grandes transformaes. Estas transformaes esto ligadas ao processo de conquista da plancie da Messnia, o que acarretou um enorme afluxo de escravos. A escravido levou Esparta a realizar uma alterao no regime de terras. As centrais - que eram as mais frteis, passaram a ser do estado, que cedia seu usufruto aos cidados espartanos. Cada lote de terra j vinha com um certo nmero de escravos. As terras perifricas eram entregues aos periecos, que pagavam impostos ao estado. Desta forma, Esparta vai apresentar o seguinte quadro social: Espartanos ou Espartatas: grupo dominante com direitos polticos e militares; Periecos: homens livres, porm sem direitos polticos e que se dedicavam aos trabalhos rurais e urbanos; Hilotas: os escravos pertencentes ao Estado. A sociedade espartana era voltada para as atividades blicas, da ser a educao eminentemente militar. Este militarismo ir desenvolver a xenofobia, ou seja, uma averso aos estrangeiros e o laconismo, que significa o no desenvolvimento do senso crtico. Tambm ao longo do sculo VIII a.C. Esparta atinge a maturidade poltica, consolidando o regime oligrquico, no qual o exerccio do poder poltico e de exclusividade dos grandes proprietrios de terras. A constituio poltica de Esparta, atribuda a Licurgo apresenta o seguinte organizao:

GERSIA: principal instituio. Composta por 28 gerontes, responsveis pelas leis, escolha dos membros dos foros e da Diarquia.O cargo era vitalcio. FOROS: formavam o poder executivo. Composto por 05 magistrados indicados pela Gersia e aprovados pela pela. Mandato anual. PELA: a Assemblia dos cidados. De carter consultivo e aprovava as decises da Gersia. DIARQUIA: dois reis, indicados e com poderes vitalcios. Possuiam as funes militar e sacerdotal.

ATENAS E A DEMOCRACIA.Constituda pela unio de aldeias da tica, Atenas possua uma localizao geogrfica privilegiada: um excelente porto e uma proteo natural contra ataques estrangeiros. Desde cedo, a atividade mercantil ter um importante papel. Atenas ser uma cidade com intensa atividade comercial, o que vai representar o desenvolvimento de uma complexa sociedade, esquematizada abaixo: EUPTRIDAS: grupo politicamente dominante, formado pelos grandes proprietrios de terras. GEORGIS: camada dos pequenos proprietrios. A situao de pobreza deste grupo tanta que muitos se transformam em escravos por dvidas. DEMIURGOS: so os trabalhadores urbanos. THETAS: Grupo marginalizado e sem terras. Muitos se dedicam s atividades comerciais. METECOS: comerciantes estrangeiros. ESCRAVOS: ou por dvidas ou adquiridos em guerras. Constituem a principal fora de trabalho. Produtores da riqueza no mundo grego.

Os conflitos polticos de Atenas.A classe comerciante de Atenas, organizada no partido Popular, pressiona o governo, representado pela aristocracia, reunida no partido Aristocrtico. O partido Popular tinha como metas o fim das leis orais, o fim da escravido por dvidas e exigia uma maior participao nas decises polticas. Da presso das camadas

populares - algumas bastante violentas - a aristocracia ateniense fez algumas concesses. Em 621 a.C., Drcon elaborou uma legislao escrita e, em 594 a.C. Slon foi o responsvel por um conjunto de reformas na economia- criando um padro monetrio, de pesos e medidas; na sociedade - abolindo a escravido por dvidas e, no campo poltico estabeleceu o voto censitrio, onde a participao poltica dar-se-ia pela riqueza do indivduo. As tenses sociais no diminuram, apesar das reformas acima, possibilitando a ascenso de Psstrato, o primeiro tirano de Atenas, no ano de 560 a.C. A fase da tirania prossegue com Hpias, Hiparco e Isgoras. A tirania caracterizada pela realizao de obras pblicas e pela ampliao de reformas, para conseguir o apoio popular.

A Democracia ateniense.Durante o governo de Isgoras, houve uma aliana de alguns nobres atenienses com Esparta, resultando em novos conflitos sociais. Destes conflitos, Clstenes - um aristocrata - assume o poder e inicia uma srie de reformas polticas e sociais, sendo por isto reconhecido como o pai da democracia ateniense. Entre suas reformas destacam-se: aumento no nmero de ciadados, organizados nos DEMOS (unidade poltica que forma a tribo. O cidado deve estar inscrito em uma tribo.); implantao da isonomia, que significa a igualdade dos cidados perante as leis; criado o ostracismo, ou seja, a cassao dos direitos do cidado que fosse considerado perigoso para o Estado.

-

A democracia ateniense vai apresentar a seguinte constituio: ECLSIA: Assemblia dos cidados, possuia o poder de vetar as leis. Composta por todos os cidados. BUL: responsvel pela elaborao das leis. Formada por 500 cidados indicados pela Eclsia. HELIIA: formada por doze tribunais, responsveis pela aplicao da justia. ESTRATEGOS: Poder Executivo composto pelos estrategos, eleitos pela Eclsia. Mandato anual. A democracia ateniense ser direta e limitada. Direta pois os cidados esto reunidos em praa pblica tomando as decises e

limitada. Estavam excludos do exerccio poltico os escravos, pequenos proprietrios, trabalhadores urbanos e todas as mulheres. A atual democracia ilimitada, significa dizer que partir de uma certa idade, todos tm direitos polticos. No entanto esta democracia no direta, mas sim representativa. Durante o governo de Pricles (444 a 429 a.C.) a democracia ateniense atinge o seu apogeu.

Perodo hegemonias.

Clssico

-

a

poca

das

Perodo marcado pelo imperialismo e pelas hegemonias. O imperialismo antigo est caracterizado pelas Guerra Mdicas, disputa das cidades gregas contra o expansionismo dos persas. Em 490 a.C. os atenienses venceram os persas na plancie da Maratona. partir desta vitria, os atenienses passam a liderar as demais cidades gregas contra os persas, atravs de uma liga militar, A Confederao de Delos. No ano de 448 a.C., com a assinatura do Tratado de Susa, os persas reconhecem o domnio dos gregos no mar Egeu. Com o fim da guerra, Atenas passa a exercer uma hegemonia poltica e cultural sobre as demais pleis. A Confederao de Delos foi mantida - sob o argumento de que os persas podiam voltar - e o pagamento de tributos voltados para a guerra continuaram a serem cobrados. Estes recursos foram aplicados para o desenvolvimento de Atenas. Este perodo de esplendor ateniense, o sculo V a.C. conhecido como o "Sculo de Pricles" , ou "Sculo de ouro", marcado pelo aperfeioamento das instituies democrticas, pela construo de obras pblicas e pelo grande desenvolvimento das artes e do pensamento filosfico. Fdias, Sfocles, Herdoto e Scrates so alguns dos nomes deste perodo. GUERRAS DO PELOPONESO.( 431 a 404 a.C.) Trata-se de uma guerra civil, contra a hegemonia de Atenas e contra a Confederao de Delos. A cidade de Esparta declara guerra Atenas no ano de 431 a.C. e organiza uma liga militar, a Liga do Peloponeso. Com o final das guerras em 404 a.C., Esparta inicia uma hegemonia militar sobre as cidades gregas. As guerra civis continuam por um certo perodo, Tebas exercer tambm um domnio sobre as pleis.

Estas guerras internas enfraquecem as cidades gregas, possibilitando a invaso de um povo estrangeiro, os macednicos.

Perodo helenstico.

macednico

-

o

mundo

A histria autnoma do mundo grego estende-se at o ano de 338 a.C. , quando Filipe da Macednia conquista a Grcia, aps a Batalha de Queronia. A vitria macednica foi facilitada pelas rivalidades internas das cidades gregas. Com a morte de Filipe, seu filho Alexandre Magno ocupa o poder inicia uma grande expanso territorial, formando o Imprio Helenstico. Este imprio era formado pela Macednia, Grcia, sia Menor, Egito, Mesopotmia, Assria e Prsia. A civilizao helenstica consequncia da fuso cultural helnica (grega) com a oriental ( Egito e Prsia), caracterizada pela poltica de casamento entre os gregos e os orientais, pela manuteno dos cultos religiosos e pelo predomnio do grego como idioma oficial. Os principais centros de difuso do helenismo foram as cidades de Alexandria, Prgamo e Antiquia. Em 323 a.C. com a morte de Alexandre Magno, o imprio foi dividido em quatro partes: Mesopotmia, Egito, sia Menor e Grcia.

CULTURA GREGA.RELIGIO - elemento fundamental da unidade cultural grega. Caracterizada pelo politesmo e antropomorfismo, quer dizer, os deuses gregos assemelhavam-se aos homens, tendo a imortalidade como a nica distino. TEATRO - Muito apreciado pelo gregos a ponto de existirem os festivais anuais. Os principais gneros foram a tragdia e a comdia. Seus principais representantes so: Tragdia- squilo, autor de Os Persas, Os sete contra Tebas e Prometeu Acorrentado. Sfocles, com as peas dipo-rei e Antgona.

Eurpedes, com enorme senso crtico e autor de Mdeia. Comdia - Aristfanes, que escreveu As rs, As vespas e A paz.

EXERCCIOS1. (UEMT) - O enfraquecimento das cidades gregas, aps a Guerra do Peloponeso (431/404 a.C.), possibilitou a conquista da Grcia pelos: a) bizantinos e) macednios. 2. (FUVEST) Na antigidade, a escravido foi uma instituio: a) presente com igual importncia econmica em todas as sociedades mediterrneas; b) restrita s cidades-Estado da Grcia e Roma republicana e imperial; c) to importante na sociedade do Egito e da Mesopotmia quanto nas da Grcia e de Roma; d) marcante nas sociedades grega e romana s a partir de um determinado estgio do desenvolvimento de ambas; e) desconhecida nas chamadas sociedades hidralicas do Egito e da Mesopotmia e entre os hebreus e fencios. 3) (MACK) Foram traos caractersticos da democracia grega: a) o fato de ser direta e excluir mulheres, estrangeiros e escravos; b) o fato de ser representativa e se estender a toda a populao; c) Ter mantido a unidade gentlica e os privilgios dos euptridas; b) hititas c) assrios d) persas

d) Ter beneficiado os escravos, que passaram a ser considerados cidados com direitos polticos; e) No possuir mecanismos que defendessem o regime democrtico contra possveis golpes autoritrios. 4) (UNIP) Sobre as Guerra Mdicas, ocorridas durante o Perodo Clssico da Antiguidade Grega, podemos afirmar que: a) foram provocadas pelo imperialismo ateniense na poca de Pricles; b) caracterizaram-se pela disputa militar entre gregos e macednios; c) inserem-se no quadro do imperialismo persa; d) envolveram os partidrios da Confederao de Delos e as cidades-Estado da Liga do Peloponeso; e) deram a vitria aos espartanos, que iniciaram um poltica imperialista.

5) (UFRN) - A colonizao grega do sculo VIII a.C. foi um processo econmico, mas tambm: a) uma estratgia poltica de ocupao e civilizao do Mediterrneo; b) de liberao do comrcio no Mediterrneo; c) a causa da decadncia da Grcia; d) implicou a destruio dos povos que foram colonizados; e) provocou uma emigrao considervel do territrio da Grcia.

6) (UnB) - Num viso mais ampla do Mundo Grego, julgue as seguintes afirmaes: (0) (1) (2) (3) (4) O Mundo Grego caracterizava-se pela desarticulao lingstica e cultural. As cidades-Estado da Grcia eram politicamente autnomas. Com uma poltica imperialista, Atenas conseguiu recursos econmicos para seu desenvolvimento cultural durante a poca de Pricles. O sistema educativo ateniense visava formao de soldados fortes e disciplinados para a defesa da ptria. Em todas as manifestaes artsticas e intelectuais dos gregos, nota-se a preocupao em valorizar a figura, as paixes e o pensamento humanos.

7) (FUVEST) Escreveram peas para o teatro, durante o "Sculo de Pricles": a) b) c) d) e) Homero, Tucdedes, Herdoto e Xenofonte; squilo, Sfocles, Eurpedes e Aristfanes; Scrates, Protgoras, Plato e Aristteles; Eratstenes, Arquimedes, Euclides e Pitgoras; Pndaro, Alceu, Safo e Hesodo.

Respostas - 1) E 2) D 6) F V V F V

3) A 7) B

4) C

5) E

AULA 02 - ROMAA principal caracterstica da histria romana foi a sua expanso territorial. Roma foi o grande imprio da antigidade. A histria romana tem a seguinte periodizao: Monarquia - de 753 a.C. 509 a.C. Repblica - de 509 a.C. 27 a.C. Imprio - de 27 a.C. 476 d.C.

MONARQUIA. um perodo caracterizado pelas lendas. A prpria fundao da cidade no ano de 753 a.C. est ligada uma tradio: Enias, que participou da guerra de Tria, chega Itlia e funda uma cidade ALBA LONGA. Os gmeos Rmulo e Remo, descendentes de neias, foram abandonados no rio Tibre. Uma loba os amamenta. Foram recolhidos por um pastor que os educa e, mais tarde fundaram a cidade de Roma. A histria, porm, atesta que Roma provavelmente surgiu como uma fortificao militar - por volta do sculo VIII a.C. - para defender-se dos povos etruscos. A economia no perodo era baseada na agricultura e no pastoreio. A estrutura social era formada pelos patrcios, que eram os grandes proprietrios; os clientes, que recebiam amparo e proteo dos patrcios e os plebeus, que ocupavam a base da sociedade: artesos, comerciantes e pequenos proprietrios. Segundo a tradio, houve em Roma sete reis, sendo que o ltimo - Tarqnio, o Soberbo - foi expulso do poder em virtude de seu despotismo. Com sua expulso, inicia-se o perodo republicano em Roma.

REPBLICA.A principal instituio de Repblica romana ser o Senado, responsvel pela direo de toda poltica romana. Formado por patrcios, que ocupavam a funo de forma vitalcia, o Senado era o

responsvel pela conduo da poltica interna e da poltica externa. Escolhia os magistrados, que eram cargos executivos. Os magistrados eram indicados anualmente e possuam funes especficas de natureza judiciria e executiva. A seguir as principais magistraturas de Roma: Consulado: magistratura mais importante, ocupado por dois militares. Um agia em Roma e outro fora de Roma. Em casos de extrema gravidade interna ou externa, esta magistratura - como de resto, as outras tambm - era substituda pela DITADURA uma magistratura legal com durao de seis meses. Tribunos da plebe: representantes da plebe junto ao Senado. Possuam o poder de vetar as decises do Senado que afetassem os plebeus, assegurando assim seus direitos. Questor: impostos. responsvel pela arrecadao de

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Pretor: encarregado da justia civil. Censor: zelava pela moral pblica ( a censura) e realizava a contagem da populao ( o censo ). Edil: cuidava da manuteno pblica - obras, festas, policiamento, abastecimento.

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Para completar a organizao poltica, restam as Assemblias que eram em nmero de trs: Assemblia Centuriata: a mais importante da Repblica. Responsvel pela votao de todas as leis. Monopolizada pelos patrcios. Assemblia Tribuncia: composta pelas tribos de Roma. Aqui a votao era coletiva, pela tribo. O nmero de tribos de patrcios era maior do que de plebeus. Assemblia da Plebe: uma conquista dos plebeus. Tinha por finalidade escolher os tribunos da plebe.

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As leis votadas nesta assemblia sero vlidas a todos os cidados, trata-se do plesbicito.

A luta entre patrcios e plebeus.A sociedade romana, como j se observou, era formada por patrcios, clientes e plebeus. O monoplio do poder poltico exercido pelos patrcios, acompanhado pelas pesadas obrigaes, impostas aos plebeus - tais como o pagamento de impostos, servio militar obrigatrio em poca de guerras e o risco de tornarem-se escravos por dvidas - provocou enormes tenses sociais entre estas duas classes. Os plebeus buscavam a igualdade social e poltica. Atravs de conflitos, os plebeus conseguiram vrias conquistas, a saber: criao da magistratura do Tribuno da Plebe em 494 a.C.. - Lei das Doze Tbuas em 450 a.C., codificao das leis. - Lei Canulia de 445 a.C. , autorizando o casamento entre as classes. - Lei Licnia de 367 a.C. que aboliu a escravido por dvidas. - Lei Hortnsia de 287 a.C. que estabeleceu que as medidas tomadas na Assemblia da Plebe tivessem validade poltica ( plebiscito ). -

A expanso territorial romana.Roma surgiu como uma fortificao para proteger-se das invases estrangeiras. A evoluo militar romana foi excepcional e, ao longo da Monarquia e incio da Repblica, os romanos j haviam conquistado toda a pennsula Itlica. Com estas conquistas, Roma passa a exercer uma poltica imperialista ( de carter expansionista ), entrando em choque com CARTAGO - importante colnia fencia no norte da frica - que controlava o comrcio martimo no Mediterrneo. O conflito entre Roma e Cartago, as Guerra Pnicas, inicia-se em 264 a.C., quando Roma anexou a Siclia, e estende-se at o ano de 146 a.C. quando o exrcito romano, comandado por Cipio Emiliano destruiu Cartago.

Atrados pelas riquezas do oriente, Roma conquista a Macednia, a Grcia, o Egito e o Oriente Mdio. A parte ocidental da Europa, a Glia e a pennsula Ibrica tambm foram conquistadas.

As conseqncias da expanso romana.A expanso territorial trouxe profundas mudanas na estrutura social, poltica, econmica e cultural de Roma. 1. Houve um enorme aumento da escravido, j que os prisioneiros de guerra eram transformados em escravos. 2. O surgimento dos latifndios e a falncia dos pequenos proprietrios. As terras anexadas ao Estado, atravs das conquistas possuam o status de "ager publicus", destinadas aos camponeses. No entanto o patriciado acaba apossandose destas terras e ampliando seu poder. 3. Processo de marginalizao dos plebeus, resultado do empobrecimento dos pequenos proprietrios e da expanso do escravismo, deixando esta classe sem terras e sem emprego. 4. O surgimento de uma nova classe social - os Cavaleiros ou H o m e n s - n o v o s - enriquecidos pelo comrcio e pela prestao de servios ao Estado: explorar minas, construir estradas, cobrar impostos etc... 5. Aumento do luxo e surgimento de novos costumes, em decorrncia da conquista do Imprio Helensitco. Como exemplo, o culto do Mitrasmo. 6. Como resultado da marginalizao dos plebeus e do desenvolvimento do escravismo, houve um enorme xodo rural, tornando as cidades superpovoadas, contribuindo para uma onda de fome, epidemias e violncia. Para controlar esta massa urbana, o Estado inicia a Poltica do Po e Circo - a distribuio de alimentos e diverso gratuita. Com isto, o Estado romano impedia as manifestaes em favor de uma reforma agrria. 7. No plano militar, o cidado soldado foi substitudo pelo soldado profissional, que passou a ser fiel no ao Estado mas sim ao seu general. O fortalecimento dos generais contribuiu para as guerras civis em Roma.

A crise republicana

A) Os irmos Graco. A situao de marginalidade dos plebeus, o aparecimento dos latifndios; levaram alguns tribunos da plebe a proporem uma reforma agrria: foram os irmos Tibrio e Caio Graco. Os irmos Graco tentaram melhorar as condies de vida dos plebeus por meio de uma reforma agrria e de uma lei frumentria. As terras pblicas ( o Ager publicus ) seriam utilizadas para transformar o pobre urbano em campons, bem como a ampliao da distribuio de alimentos. Mediante estas reformas, acreditavam os tribunos, as tenses sociais diminuiriam. Os dois irmos foram assassinados... B) Os generais Mrio e Sila. O desaparecimento do cidado soldado veio fortalecer o poder individual de alguns generais, que se utilizavam da popularidade diante de seus soldados para manterem-se no poder. Destaque para o general Mrio e o general Sila que levam seus exrcitos a conflitos pela disputa do poder poltico. Estes conflitos polticos, com fortes conotaes sociais esto na origem das chamadas guerras civis. Durante estas guerras internas, outros generais destacaram-se como Pompeu e Jlio Csar. C) Triunvirato. Perodo em que o governo de Roma estava dividido entre trs generais. O primeiro Triunvirato foi composto por Csar, Pompeu e Crasso. Com a morte de Crasso, Csar e Pompeu travam uma disputa pelo poder, resultando na vitria de Jlio Csar e no incio de seu poder pessoal, que dura at o ano de 44 a.C., ano de seu assassinato. O segundo Triunvirato era formado por Caio Otvio ( sobrinho de Jlio Csar ), Marco Antnio e Lpido. Aqui tambm haver uma intensa disputa pelo poder pessoal. No ano de 31 a.C., com a vitria de Caio Otvio sobre Marco Antnio tem incio o poder pessoal de Otvio, que se tornar o primeiro imperador romano.

IMPRIO.A principal caracterstica do Imprio Romano a centralizao do poder nas mos de um s governante. O longo perodo das guerras civis, contribuiu para enfraquecer o Senado e fortalecer o exrcito.

Caio Otvio ser o primeiro imperador de Roma e receber uma srie de ttulos, tais como: Augusto ( honra dada somente aos deuses ), Tribuno da Plebe vitalcio e Prncipe ( o primeiro cidado do Senado). O seu governo vai do ano 31 a.C. at o ano 14 d.C. Realizou reformas que contriburam para a sua popularidade: ampliou a distribuio gratuita de trigo para a plebe e de espaos para a diverso pblica ( a famosa Poltica do Po e Circo ), efetuou uma distribuio de terras aos soldados veteranos e foi um protetor dos artistas romanos. Seu perodo conhecido como a PAX ROMANA, dado ao fortalecimento do exrcito, a amenizao das tenses sociais - graas poltica do po e circo - e a pacificao das provncias do imprio. O perodo imperial romano dividido em dois momentos: o Alto Imprio, marcado pelo apogeu de Roma; e pelo Baixo Imprio, que representa a decadncia e queda de Roma. A) ALTO IMPRIO. Formado pelas chamadas dinastias de ouro. o momento de grandiosidade de Roma tendo as seguintes dinastias: a) Jlio-Cladios b) Flvios c) Antoninos d) Severos ( 14 - 68 ) ( 69 - 96 ) ( 96 -192) (193-235).

partir do ano de 235, inicia-se um perodo de crises em virtude do enorme custo para a manuteno do exrcito. Os gatos militares minavam as finanas do Estado, que era obrigado a aumentar os impostos. Esta poltica provoca tumultos e revoltas nas provncias. A crise militar acarreta o fim do expansionismo romano, contribuindo - a mdio prazo e de forma contnua - para diminuir a entrada de mo-de-obra escrava em Roma. A chamada crise do escravismo est na raiz da queda de Roma.

A crise e a queda De Roma.Toda a riqueza do Imprio Romano advinha do uso da mo-deobra escrava, conseguida pela expanso territorial. partir do sculo III, como forma de conter os excessivos gastos militares, Roma cessou suas conquistas territoriais,

acarretando uma diminuio no nmero de escravos e, conseqentemente, uma expressiva queda na produo agrcola. Como resultado desta crise econmica o Estado romano passa a aumentar, de forma sistemtica, os impostos. O aumento dos impostos reflete em um aumento no preo das mercadorias, gerando um processo inflacionrio. Diante desta situao, a poltica de po e circo deixa de existir - pois o Estado no pode mais arcar com a distribuio gratuita de alimentos - contribuindo para aumentar as tenses sociais. Como se no bastasse tudo isto, as fronteiras do Imprio Romano comeam a serem invadidas pelos chamados p o v o s brbaros, trazendo um clima de insegurana e pnico a todos.

Conseqncias da crise imperial.-XODO URBANO: uma sada da populao urbana para o campo, fugindo da crise econmica e dos brbaros. No campo, esta populao tinha uma oportunidade de trabalho pois, em virtude da diminuio do nmero de escravos, os grandes proprietrios passam a necessitar de fora de trabalho. -O COLONATO: como soluo para a falta de fora de trabalho e de uma forte onda inflacionria, desenvolve-se no campo o regime de colonato, onde o grande proprietrio arrenda lotes de terras para os camponeses que, em troca, trabalhavam e produziam para o grande proprietrio. O colono passa a ser um homem preso terra. A economia passa a ser auto-suficiente. -INFLAO: com a queda da produo agrcola, o Estado tem sua arrecadao de impostos diminuda e, em contrapartida, um aumento das despesas - como a manuteno do exrcito para a defesa das fronteiras dos ataques brbaros. Na falta de dinheiro, o Estado passa a exercer uma poltica emissionista ( emisso de moeda ) provocando uma desvalorizao do dinheiro. Sem dinheiro, o Estado inicia a sua falncia. -CRISE MILITAR: sem recursos para manter o exrcito, o Estado romano passa a recrutar brbaros para defender as suas fronteiras, que em troca do servio prestado recebiam terras. No campo, a ausncia militar e a necessidade de garantir a propriedade, leva o grande proprietrio a contratar mercenrios para a defesa da terra, criando um exrcito pessoal. -O CRISTIANISMO: um outro elemento que contribuiu para a crise de Roma foi a difuso da religio crist. O fortalecimento do cristianismo ocorria, simultaneamente, com o enfraquecimento de

Roma. Os cristos no aceitavam as instituies romanas, ligadas ao paganismo; no reconheciam a divindade do imperador e no aceitavam a escravido. As autoridades romanas iniciam uma poltica de perseguio sistemtica aos cristos, considerando-os culpados por todas as calamidades que ocorriam. No entanto, quanto mais os cristos eram perseguidos e torturados, maior o nmero de adeptos.

Reformas do Baixo Imprio.Procurando evitar o colapso poltico-administrativo total do Imprio, alguns imperadores empreenderam algumas reformas, com o objetivo de reestruturar o imprio. DIOCLECIANO: dividiu o poder imperial em quatro parte - a tetrarquia - procurando aumentar a eficincia administrativa ao descentralizar a organizao do Estado; reintroduziu o servio militar obrigatrio; incentivou o regime de colonato; editou a lei do Preo Mximo, para combater a inflao; ampliou a perseguio aos cristos. C O N S T A N T I N O : sucessor de Diocleciano, realizando a reunificao do Imprio e transferindo a capital de Roma para Bizncio na parte oriental do Imprio ( futura Constantinopla ); o dito de Milo (313) , legalizando o cristianismo. Esta medida tinha tambm um interesse econmico. O pago, de perseguidor passa a ser perseguido, e seus bens ( maiores que os do cristo ) confiscados pelo Estado, constituindo assim, uma forma de aumentar o errio estatal. TEODSIO: realizou a diviso do Imprio romano em duas partes: Imprio romano ocidental - Roma Imprio romano oriental - Constantinopla partir do sculo IV a presso dos brbaros sobre as fronteiras de Roma aumenta. Uma imensa onda de tribos - fugindo dos Hunos inicia a penetrao na parte ocidental de Roma. Por conta da fraqueza interna, Roma foi saqueada e dominada no ano de 476 por Odoacro, que se declarou rei da Itlia. Esta data considerada o ponto final da histria romana. Quanto ao lado oriental de Roma, este sobrevivi at o ano de 1453 com o nome de Imprio Bizantino.

Cultura romana.A cultura romana foi profundamente influenciada pela cultura grega. O teatro ser um dos divertimentos de Roma. Os romanos gostavam ainda das lutas de gladiadores e corridas de biga. O martrio dos cristos tambm servia de entretenimento. Na literatura - cuja poca de ouro foi o perodo de Augusto destacam-se Horcio, Virglio e Tito Lvio autor de "A Histria de Roma". A principal contribuio dos romanos para a posteridade foi, sem dvida alguma, no campo do Direito. O Direito romano continua a ser a base da cincia do Direito ainda hoje. Outro importante legado o latim, origem de muitas lnguas modernas, tais como o portugus, o italiano, o francs e o espanhol. Para finalizar, o grande desenvolvimento de Roma - em todos os aspectos, assim como o grego - s foi possvel graas ao uso do trabalho escravo.

Exerccios.1) (FUVEST) O Estado Romano no Baixo Imprio carcterizou-se pela: a) aceitao do princpio da interveno do Estado na vida social e econmica: b) tentativa de conduzir os negcios pblicos exclusivamente a partir de um determinado grupo social; c) estabilidade nas relaes entre o poder central e os governos provinciais; d) perfeita harmonia dos rgos legislativos quanto s idias de expanso territorial; e) absoluta identidade de pensamento quanto s atitudes frente ao problema religioso.

2) (UEMS) Entre as reformas introduzidas em Roma por Augusto, podemos citar: a) o estabelecimento do divrcio; b) a drstica reduo dos efetivos militares; c) a restaurao do antigo sistema de cobrar os impostos provinciais; d) a criao de um sistema centralizado nos tribunais; e) a reduo da autonomia das provncias. 3) (FUVEST) Diocleciano ( 284-304 ) e Constantino ( 312-337) destacaram-se no histria do Imprio Romano por terem: a) conquistado e promovido a romanizao da Lusitnia, incorporando-a ao Imprio; b) introduzido em Roma costumes religiosos e polticos dos etruscos; c) concedido plebe defensores especiais - os tribunos da plebe - que protegiam seus direitos; d) consolidado o Direito Romano na chamada Lex Duodecim Tabularum; e) estabelecido medidas visando deter a crise que abalava o Imprio. 4)(PUC) Os irmos Graco: a) b) c) d) e) defenderam os camponeses sem terra contra a aristocracia; foram os conquistadores de Cartago; eram os principais lderes do partido aristocrtico; elaboraram a primeira lei escrita de Roma; foram os autores da Lei das Doze Tbuas.

5) (FUVEST) A expanso de Roma durante a Repblica, com o conseqente domnio da Bacia do Mediterrneo, provocou sensveis transformaes sociais e econmicas, entre as quais: a) um marcante processo de industrializao, xodo urbano e endividamento do Estado; b) o fortalecimento da classe plebia, expanso da pequena propriedade e propagao do cristianismo; c) o crescimento da economia agropastoril, intensificao das exportaes e aumento do trabalho livre; d) o enriquecimento do Estado Romano, aparecimento de uma poderosa classe de comerciantes e aumento do nmero de escravos; e) a diminuio da produo nos latifndios, acentuado processo inflacionrio e escassez de mo-de-obra escrava.

6) (UnB) A Repblica foi um dos mais significativos perodos da histria romana, marcado por: (0) (1) (2) (3) (4) intensas lutas sociais envolvendo patrcios e plebeus; uma tendncia ao expansionismo, cuja primeira etapa foi a conquista da Itlia; uma forte presena do Senado que, entre outras funes , administrava as provncias, supervisionava as finanas pblicas e conduzia a poltica externa; uma vitria decisiva sobre Cartago ( Guerras Pnicas ), que abriu as portas do Mediterrneo dominao romana; uma equiparao da elite patrcia com a classe plebia, em termos de poder poltico e de fora econmica, como decorrncia de suas conquistas.

7) (OSEC) Sobre a ruralizao da economia ocorrida durante a crise do Imprio Romano, podemos afirmar que: a) proporcionou ao Estado a oportunidade de cobrar mais eficientemente os impostos; b) foi a causa principal da falta de escravos; c) foi conseqncia da crise econmica e da insegurana provocada pela invases dos brbaros; d) incentivou o crescimento do comrcio; e) proporcionou s cidades o aumento de suas riquezas.

Respostas - 1. A 5.D

2. E 3. E 6. V V V V F

4.A 7.C

AULA 03 - IDADE MDIA.

A Idade Mdia o perodo histrico compreendido entre os anos de 476 ( queda de Roma ) ao ano de 1453 ( a queda de Constantinopla). Este perodo apresenta uma diviso, a saber: ALTA IDADE MDIA ( do sculo V ao sculo IX ) - fase marcada pelo processo de formao do feudalismo. BAIXA IDADE MDIA ( do sculo XII ao sculo XIV ) - fase caracterizada pela crise do feudalismo. Entre os sculos IX e XII observa-se a cristalizao do Sistema Feudal. Posto isto, vamos dividir o estudo do perodo medieval em duas partes. Nesta aula, de nmero trs, tratar-se- da Alta Idade Mdia. Na aula de nmero quatro, do Feudalismo e a Baixa Idade Mdia.

ALTA IDADE MDIA.Perodo do sculo V ao sculo IX caracterizado pela formao do Sistema Feudal. Neste perodo observa-se os seguintes processos histricos: a formao dos Reinos Brbaros, com destaque para o Reino Franco; o Imprio Bizantino - parte oriental do Imprio Romano - e a expanso do Mundo rabe. Grosso modo, a Alta Idade Mdia representa o processo de ruralizao da economia e sociedade da Europa.

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1. OS REINOS BRBAROS.Para os romanos, "brbaro" era todo aquele povo que no possua uma cultura greco-romana e que, portanto, no vivia sob o domnio de sua civilizao. Os brbaros que invadiram e conquistaram a parte ocidental do Imprio Romano eram os Germnicos, que viviam em um estgio de civilizao bem inferior, em relao aos romanos. Eles no conheciam o Estado e estavam organizados em tribos. As principais tribos germnicas que se instalaram na parte ocidental de Roma foram: Os Os Os Os Os Os Os Anglo-Saxes, que se estabeleceram na Gr-Bretanha; Visigodos estabeleceram-se na Espanha; Vndalos fixaram-se na frica do Norte; Ostrogodos que se instalaram na Itlia; Suevos constituram-se em Portugal; Lombardos no norte da Itlia; Francos que construram seu reino na Frana.

Os Germnicos no conheciam o Estado, vivendo em comunidades tribais - cuja principal unidade era a Famlia. A reunio de famlias constitua um Cl e o agrupamento de cls formava a Tribo. A instituio poltica mais importante dos povos germnicos era a Assemblia de Guerreiros, responsvel por todas as decises importantes e chefiada por um rei ( rei que era indicado pela Assemblia e que, por isto mesmo, controlava o seu poder ). Os jovens guerreiros se uniam - em tempos de guerra - a um chefe militar por laos de fidelidade, o chamado Comitatus. A sociedade germnica era assim composta: - N o b r e z a: formada pelos lderes polticos e grandes proprietrios de terras; - Homens-livres: pequenos proprietrios e guerreiros que participavam da Assemblia; - Homens no-livres: os vencidos em guerras que viviam sob o regime de servido e presos terra e os escravos - grupo formado pelos prisioneiros de guerra. Economicamente, os germnicos viviam da agricultura e do pastoreio. O sistema de produo estava dividido nas propriedades privadas e nas chamadas propriedades coletivas ( florestas e pastos ).

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A religio era politesta e seus deuses representavam as foras da natureza. Como vimos na aula 02, o contato entre Roma e os brbaros, a princpio, ocorreu de forma pacfica at meados do sculo IV. partir da, a penetrao germnica deu-se de forma violenta, em virtude da presso dos hunos. Tambm contriburam para a radicalizao do contato: crescimento demogrfico entre os germanos, a busca por terras frteis, a atrao exercida pelas riquezas de Roma e a fraqueza militar do Imprio Romano. Entre os povos germnicos, os Francos so aqueles que iro constituir o mais importante reino brbaro e que mais influenciaro o posterior desenvolvimento europeu.

O REINO FRANCO.A histria do Reino Franco desenvolve-se sob duas dinastias: Dinastia dos Merovngios ( sculo V ao sculo VIII ) e Dinastia dos Carolngios ( sculo VIII ao sculo IX ).

OS MEROVNGIOS. O unificador das tribos francas foi Clvis ( neto de Meroveu, um rei lendrio que d nome a dinastia). Em seu reinado houve uma expanso territorial e a converso dos Francos ao cristianismo. A converso ao cristianismo foi de extrema importncia aos Francos que passam a receber apio da Igreja Catlica; e para a Igreja Catlica que ter seu nmero de adeptos aumentado, e contar com o apio militar dos Francos. Com a morte de Clvis, inicia-se um perodo de enfraquecimento do poder real, o chamado Perodo dos reis indolentes. Neste perodo, ao lado do enfraquecimento do poder real haver o fortalecimento dos ministros do rei, o chamado Mordomo do Pao (Major Domus). Entre os Mordomos do Pao, mercerem destaque: Pepino d'Herstal, que tornou a funo hereditria; Carlos Martel, que venceu os rabes na batalha de Poitiers, em 732 e Pepino, o Breve, o criador da dinastia Carolngia.

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A Batalha de Poitiers representa a vitria crist sobre o avano muulmano na Europa. Aps esta batalha, Carlos Martel ficou conhecido como "o salvador da cristandade ocidental". OS CAROLNGIOS. Dinastia iniciada por Pepino, o Breve. O poder real de Pepino foi legitimado pela Igreja, iniciando-se assim uma aliana entre o Estado e a Igreja - muito comum na Idade Mdia, bem como o incio de uma interferncia da Igreja em assuntos polticos. Aps a legitimao de seu poder, Pepino vai auxiliar a Igreja na luta contra os Lombardos. As terras conquistadas dos Lombardos foram entregues Igreja, constituindo o chamado Patrimnio de So Pedro. A prtica de doaes de terras Igreja ir transform-la na maior proprietria de terras da Idade Mdia. Com a morte de Pepino, o Breve e de seu filho mais velho Carlomano, o poder fica centrado nas mos de Carlos Magno. O IMPRIO CAROLNGIO. Carlos Magno ampliou o Reino Franco por meio de uma poltica expansionista. O Imprio Carolngio vai compreender os atuais pases da Frana, Holanda, Blgica, Suia, Alemanha, Repblica Tcheca, Eslovnia, parte da Espanha, da ustria e Itlia. A Igreja Catlica, representada pelo Papa Leo III, vai coro-lo imperador do Sacro Imprio Romano, no Natal do ano 800. O vasto Imprio Carolngio ser administrado atravs das Capitulares, um conjunto de leis imposto a todo o Imprio. O mesmo ser dividido em provncias: os Condados, administrados pelos condes; os Ducados, administrados pelos duques e as Marcas, sob a tutela dos marqueses. Condes, Duques e Marqueses estavam sob a vigilncia dos Missi Dominici - funcionrios que em nome do rei inspecionavam as provncias e controlavam seus administradores. Os Missi Dominici atuavam em dupla: um leigo e um clrigo. No reinado de Carlos Magno a prtica do benefcio (beneficium) foi muito difundida, como forma de ampliar o poder real. Esta prtica consistia na doao de terras a quem prestasse servios ao rei, tendo para com ele uma relao de fidelidade. Quem recebesse o benefcio no se submetia autoridade dos missi dominici. Tal prtica foi importante para a fragmentao do poder nas mos de nobres ligados terra em troca de prestao de servios - a origem do FEUDO. Na poca de Carlos Magno houve um certo desenvolvimento cultural, o chamado Renascimento Carolngio, caracterizado pela promoo das atividades culturais, atravs da criao de escolas e pela vinda de sbios de vrias partes da Europa, tais como Paulo Dicono, Eginardo e Alcuno - monge fundador da escola palatina.4

Este "renascimento" contribuiu para a preservao e a transmisso de valores da cultura clssica ( greco-romana ). Destaque para a ao dos mosteiros, responsveis pela traduo e cpia de manuscritos antigos. DECADNCIA DO IMPRIO CAROLNGIO. Com a morte de Carlos Magno, em 814, o poder vai para seu filho Lus, o Piedoso, o qual conseguiu manter a unidade do Imprio. Com a sua morte, em 841, o Imprio foi dividido entre os seus filhos. A diviso do Imprio ocorreu em 843, com a assinatura do Tratado de Verdun estabelecendo que: Carlos, o Calvo ficasse com a parte ocidental ( a Frana atual); Lotrio ficasse com a parte central ( da Itlia ao mar do Norte) Lus, o Germnico ficasse com a parte oriental do Imprio. Aps esta diviso, outras mais ocorrero dentro do que antes fora o Imprio Carolngio. Estas divises fortalecem os senhores locais, contribuindo para a descentralizao poltica que, somada a uma onda de invases sobre a Europa, partir do sculo IX ( normandos, magiares e muulmanos ) contribuem para a cristalizao do feudalismo.

e

A CIVILIZAO ISLMICA.Os rabes possuem uma histria que pode ser dividida em dois perodos: pr-islmico e islmico.

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PERODO PR-ISLMICO.Caracterizado pela ausncia de unidade poltica (ausncia de Estado) e pela diviso dos rabes em dois grupos: os bedunos ou rabes do deserto e os rabes da cidade. Nesta poca, os rabes eram politestas. Segundo as tradies, os dolos adorados pela tribos ficavam na CAABA, santurio situado na cidade de Meca. Na Caaba, existia tambm a Pedra Negra, adorada por todos pois, de acordo com as tradies caiu do cu, sendo um presente dos deuses. Devido ao santurio e Pedra Negra, Meca tornou-se o principal centro religioso e tambm o mais importante centro comercial dos rabes.

PERODO ISLMICO.Marcado pela revoluo religiosa patrocinada por Maom. Aos 40 anos de idade teve uma revelao, atravs do anjo Gabriel que lhe disse: "s h um nico Deus, que Al, e Maom o seu nico profeta". partir deste momento, Maom comea a pregao de uma nova religio: o Islamismo. O ISLAMISMO. O contedo bsico da doutrina islmica est resumido nas seguinte regras essenciais: crena em Al, o nico Deus, e em Maom, seu profeta; realizar cinco oraes dirias; dar esmolas; jejuar durante o ms de Ramad ( ms considerado sagrado); visitar Meca uma vez na vida; fazer a Guerra Santa ( djihad ).

Destacam-se tambm a proibio de ingesto de bebidas alcolicas, proibio de comer carne de porco e severa punio ao roubo. Durante a pregao da nova religio, Maom foi perseguido e quase assassinado. Fugiu de Meca para Yatreb ( depois Medina )episdio conhecido como Hgira, que marca o incio do calendrio muulmano. Para evitar uma maior oposio s novas idias religiosas, Maom manteve o santurio da Caaba e a Pedra Negra, agora como um presente do anjo Gabriel.

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Todos os princpios religiosos do Islamismo esto contidos no livro sagrado chamado Alcoro. H um outro livro importante, denominado Suna, que contm relatos da vida e ensinamentos do profeta Maom. Com a morte de Maom a religio islmica divide-se em seitas, sendo que as principais so: SUNITAS: Alm do Alcoro, aceitam a Suna como fonte de ensinamento. Defendem que o califa ( chefe do Estado muulmano ) rena virtude de honra, respeito s leis e capacidade de trabalho. No acham que o califa deva ser infalvel em suas aes. XIITAS: Aceitam somente o Alcoro como a nica fonte de ensinamentos. Defendem que o califa seja descendente do Profeta Maom e que deva ser infalvel em suas aes - pois diretamente inspirado por Al.

A EXPANSO ISLMICA.Com a introduo do monotesmo, Maom lanou as bases da criao de um Estado Teocrtico, ou seja, as leis religiosas pesam mais que as leis humanas. Este Estado era governado por Califas ( os sucessores ) que contriburam para a expanso territorial muulmana. Dentre os fatores para a expanso destacam-se: o a a a crescimento demogrfico dos rabes; Guerra Santa ( a expanso da f islmica ); fraqueza do Imprio Bizantino e Persa; fraqueza dos Reinos Brbaros.

A expanso Islmica ocorreu em trs momentos: 1 etapa ( de 632 a 661 )- conquistas da Prsia, da Sria, da Palestina e do Egito; 2 etapa ( de 661 a 750 )- a Dinastia dos Omadas, que expandiu as fronteiras at o vale do Indo (ndia); conquistou o Norte da frica at o Marrocos e a Pennsula Ibrica na Europa. O avano rabe sobre a Europa foi contido por Carlos Martel, em 732 na batalha de Poitiers. 3 etapa ( de 750 a 1258 )- a Dinastia dos Abssidas, onde ocorre a fragmentao poltico-territorial e a diviso do Imprio em trs califados: de Bagd na sia, de Cordova na Espanha e do Cairo no Egito.7

Aps esta diviso, do mundo Islmico ser constante at que no ano de 1258 Bagd ser destruda pelos mongis.

AS CONSEQNCIAS DA EXPANSO.A expanso rabe representou um maior contato entre as culturas do Oriente e do Ocidente. No aspecto econmico a expanso territorial provocar o bloqueio do mar Mediterrneo, contribuindo para a cristalizao do feudalismo europeu, ao acentuar o processo de ruralizao e fortalecendo a economia de consumo.

A CULTURA ISLMICA.Literatura: poesias picas e fbulas. Destaque para os contos de aventuras, como As Mil e uma Noites. Cincias: muito prticos os rabes aplicaram o raciocnio lgico e o experimentalismo. Desenvolveram a Matemtica ( lgebra e trigonometria ), a Qumica ( alquimia ), Medicina ( sendo Avicena o grande nome ) e a Filosofia ( estudo de Aristteles ). Artes: a grande contribuio foi no campo da Arquitetura, com construo de palcios e de Mesquitas. Na Pintura, dado a proibio religiosa de reproduzir a figura humana, houve o desenvolvimento dos chamados arabescos.

O IMPRIO BIZANTINO.No ano de 395, Teodsio divide o Imprio Romano em duas partes: o lado ocidental passa a ser designado por Imprio Romano do Ocidente, com capital em Roma; o lado oriental passa a ser Imprio Romano do Oriente com capital em Bizncio ( uma antiga colnia grega). Quando o imperador Constantino transferiu a capital

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de Roma para a cidade de Bizncio, ela passou a ser conhecida como Constantinopla.

A ERA DE JUSTINIANO ( 527/565).Justiniano foi um dos mais famosos imperadores bizantinos. Seu reinado corresponde ao apogeu do Imprio Bizantino. Em seu reinado destacam-se: o cesaropapismo: significa que o chefe do Estado ( Csar ) torna-se o chefe supremo da religio ( Papa ). As constantes interferncias do Estado nos assuntos religiosos provocam desgastes entre o Estado e a Igreja resultando, no ano de 1054, uma diviso na cristandade - o chamado GRANDE CISMA DO ORIENTE. A cristandade ficou dividida em duas igrejas: Igreja Catlica do Oriente ( Ortodoxa ) e Igreja Catlica do Ocidente, com sede em Roma. a guerra de Reconquista: tentativa de Justiniano para reconstituir o antigo Imprio Romano, procurando reconquistar o Norte da frica, a Itlia e Espanha que estavam sob o domnio dos chamados povos brbaros; a Revolta Nika: para sustentar a Guerra de Reconquista, o governo adotou uma poltica tributria o que gerou insatisfaes e lutas sociais. Justiniano usou da violncia para acalmar o Imprio;

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Justiniano foi tambm um grande legislador e responsvel pela elaborao do Corpus Juris Civilis ( Corpo do Direito Civil ), que estava assim composto: o Cdigo: reviso de todas as leis romanas; o Digesto: sumrio escrito por juristas; as Institutas: manual para estudantes de Direito; as Novelas: conjunto de leis criadas por Justiniano.

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Com a morte de Justiniano, o Imprio Bizantino inicia sua decadncia. Entre os sculos VII e VIII os rabes conquistam boa

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parte do Imprio Bizantino e em 1453 os turcos ocupam a capital Constatinopla.

A CULTURA BIZANTINA.O povo bizantino era muito religioso e exerciam os debates teolgicos. Muitas questes teolgicas foram discutidas, destacamdose: o monofisismo: tese que negava a dupla natureza de Cristohumana e divina. Segundo o monofisismo, Cristo tinha uma nica natureza: a divina. A iconoclastia: movimento que pregava a destruio de imagens sagradas ( cones ).

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Nas artes, os bizantinos destacaram-se na Arquitetura: construo de fortalezas, palcios, mosteiros e igrejas. A mais exuberante das igrejas foi a Igreja de Santa Sofia, construda no reinado de Justiniano. A caracterstica da arquitetura bizantina era o uso da cpula. Os bizantinos tambm se destacaram na arte do mosaico, utilizados na representao de figuras religiosas, de polticos importantes e na estilizao de plantas e animais.

EXERCCIOS.1) (FUVEST) - Entre os fatores citados abaixo, assinale aquele que NO concorreu para a difuso da civilizao bizantina na Europa ocidental:

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a) Fuga dos sbios bizantinos para o Ocidente, aps a queda de Constantinopla; b) Expanso da Reforma Protestante, que marcou a quebra da unidade da Igreja Catlica; c) Divulgao e estudo da legislao de Justiniano, conhecida como Corpus Juris Civilis; d) Intercmbio cultural ligado ao movimento das Cruzadas; e) Contatos comerciais das repblicas martimas italianas com os portos bizantinos nos mares Egeu e Negro.

2) (PUC) - Em relao ao Imprio Bizantino, certo afrimar que: a) b) c) d) e) o o o o o governo era ao mesmo tempo teocrtico e liberal; Estado no tinha influncia na vida econmica; comrcio era sobretudo martimo; Imprio Bizantino nunca conheceu crises sociais; imperialismo bizantino restringiu-se sia Menor.

3) (OSEC) - A Hgira assinala: a) b) c) d) e) um marco histrico para o incio do calendrio judaico; a reunificao do Imprio Romano sob Justiniano; a tomada de Constantinopla pelos turcos; a fuga de Maom de Meca para Medina; o domnio dos navegantes escandinavos sobre os mares Bltico e do Norte.

4) (MACK) A seqncia das conquistas muulmanas foi a seguinte: a) b) c) d) e) Oriente Mdio e Extremo Oriente; Extremo Oriente e Oriente Mdio; Mediterrneo Ocidental e Oriente Mdio; Oriente Mdio e Mediterrneo Oriental; Oriente Mdio e Mediterrneo Ocidental.

5) (UFGO) - Qual das razes abaixo NO se coloca para explicar a expanso do Islo?

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a) b) c) d) e)

centralizao poltica; exploso demogrfica; promessas do Paraso; razzias e botim; todas se colocam.

6) (UNIP) - A importncia da Batalha de Poitiers, em 732, no contexto da histria da Europa, justifica-se em funo de que: a) os cristos foram derrotados pelos rabes, consolidandose o feudalismo europeu; b) a derrota rabe frente ao Reino Franco impediu a islamizao do Ocidente; c) a partir da teve incio a Guerra de Reconquista na Pennsula Ibrica; d) esse evento assinalou o limite da expanso crist no Mediterrneo.

7) (PUC) - A converso e batismo de Clvis, aps a Batalha de Tolbiac, explicam-se principalmente: a) b) c) d) pela insistncia de sua mulher Clotilde; pela insistncia dos bispos da Glia; pela insistncia do papa Gregrio Magno; pelo fato de que a maior parte da populao da Glia era crist; e) por orientao dos Major Domus. 8) (PUC) O declnio da Dinastia dos Merovngios no Reino Franco permitiu o aparecimento de um novo chefe poltico de fato, a saber: a) o condestvel d) o missi dominici b) o tesoureiro e) o marqus. c) o major domus

9) (OSEC) A penetrao dos brbaros no Imprio Romano: a) foi realizada sempre atravs de invases armadas; b) realizou-se a partir do sculo VI, quando o Imprio entrou em decadncia;

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c) verificou-se inicialmente sob a forma de migrao pacficas e, posteriormente, atravs de invases armadas; d) foi realizada sempre de maneira pacfica; e) verificou-se principalmente nos sculos II e III.

RESPOSTAS - 1.B 7.D 8.C

2.C 9.C

3.D

4.E

5.A

6.B

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Aula 22

O neocolonialismo e a descolonizao.Esta aula tratar de dois processos: primeiramente o processo do neocolonialismo, iniciado no sculo XIX. Em seguida, o processo de descolonizao, efetivado com o final da Segunda Guerra Mundial. O Neocolonialismo O sculo XIX vai conhecer uma nova corrida colonial. Este processo histrico est diretamente relacionado com a chamada Segunda Revoluo Industrial ocorrida na Inglaterra, Frana, Blgica, Alemanha, Itlia, Japo e Estados Unidos. A Segunda Revoluo Industrial provocou um enorme aumento na capacidade produtiva das indstrias, fazendo-se necessrio uma ampliao do mercado consumidor e do mercado fornecedor. A disputa por novos mercados resulta no imperialismo e, posteriormente, na Primeira Guerrra Mundial. O Antigo Sistema Colonial e o Neocolonialismo. O Antigo Sistema Colonial ocorreu entre os sculos XVI e XVIII. A preocupao fundamental era o fornecimento de gneros tropicais e de metais preciosos para a Europa, bem como o consumo de produtos manufaturados europeus, por parte das colnias. A mo-de-obra utilizada era a escrava (negra ou indgena), a poltica econmica que norteava as relaes era o Mercantilismo com a necessidade de acumulao de capitais, da a existncia dos monoplios. A rea geogrfica do Antigo Sistema Colonial era a Amrica- podendo-se encontrar colnias de explorao e colnias de povoamento. J no Neocolonialismo a rea geogrfica passou a ser a frica e a sia. A poltica econmica que predomina ser o liberalismo e o fator bsico da colonizao econmico, ou seja, necessidade de matrias-primas industriais, tais como carvo, ferro, petrleo. A rea colonial receber os excedentes industriais e ser local para investimentos de capitais disponveis na Europa. As novas reas coloniais tambm auxiliaro as tenses sociais da Europa: novas terras para receber populao europia, tornando-se uma vlvula de escape s presses demogrficas. O regime de trabalho ser o assalariado garantindo assim o mercado consumidor. A mo-de-obra barata das reas coloniais interessava s grandes industriais, pois o trabalhador europeu recebia altos salrios, em razo de sua organizao sindical e de partidos polticos que lutavam pelos direitos trabalhistas. A propaganda que defendia o imperialismo denominava-se darwinismo social. Baseada em idias pseudocientficas, afirmava ser a sociedade europia (branca) mais civilizada que outras sociedades (no brancas). Assim, cabia sociedade europia a misso de civilizar as demais, o conhecido fardo do homem branco. Porm, o neocolonialismo foi estritamente econmico, satisfazendo os interesses dos grandes grupos econmicos cartis, trustes e holdings e beneficiando a alta burguesia. Por conta disto, o necolonialismo alterou o

capitalismo que, de concorrencial passou a ser monopolsta: o capital concentrado em grandes grupos econmicos financiados por grandes bancos. Desenvolve-se ento uma nova modalidade de capitalismo, o capitalismo financeiro. O imperialismo na sia A revoluo Industrial e a expanso da indstrias txtil inglesa torna a sia uma consumidora de produtos europeus, especialmente britnica. Uma das regies mais disputadas na sia foi a ndia que, ao longo dos sculos XVI ao XIX ficar sob o controle da Inglaterra. A ndia ser administrada pela Companhia das ndias Orientais. Em 1857 ocorre a Revolta dos Sipaios, ltima tentativa de resistncia ao domnio britnico e, em 1876 a rainha Vitria foi coroada imperatriz da ndia. O imperialismo na China ligava-se aos interesses econmicos do ch, seda e outras mercadorias. Entre 1840 e 1842 ocorreu a Guerra do pio, em razo da destruio de carregamentos de pio para a China. A vitria inglesa no conflito resultou na assinatura do Tratado de Nanquim, onde Hong Kong incorporado Inglaterra e cinco portos foram abertos ao comrcio ingls com destaque para os portos de Xangai e Nanquim. Aps esta abertura forada, a China ser alvo de outras naes imperialistas, como o Japo, Alemanha, Frana, Itlia e Estados Unidos. Como reao ao domnio estrangeiro surge uma sociedade nacionalista secreta a Sociedade dos Boxers promovendo ataques e sabotagens aos estrangeiros. Surge ento a Guerra dos Boxers, cuja derrota chinesa s potncias estrangeiras culminou com novas concesses econmicas. O imperialismo na frica. Um dos pioneiros na conquista da frica foi a Frana que, em 1830 ocupou a Arglia; em 1844 conquistou o Marrocos e em 1854 o Senegal. No ano de 1910 foi formada a frica Ocidental Francesa, composta pelos territrios da Guin, Gabo, parte do Congo e do Sudo. Ainda parte do imprio colonial contava-se o Madagascar e a Tunsia. A Inglaterra teve sua colonizao na frica impulsionada peloa construo do canal de Suez, no Egito. Em 1888 a companhia dirigida por Cecil Rhodes conquistou a Rodsia. Entre os anos de 1888 e 1891 foram incorporados ao imprio britnico o Qunia, a Somlia e Uganda. Outros territrios britnicos foram a Unio Sul-Africana, Nigria, Costa do Ouro e Serra Leoa. A Alemanha conquistou o Camaro, frica Sudoeste e frica Oriental. A Itlia anexou a Lbia, Somlia e Eritria. Portugal anexou Moambique, Angola, Guin Portuguesa; a Espanha com o Marrocos Espanhol, Guin Espanhola e Rio do Ouro. A regio central da frica era objeto de disputa por vrias naes europias. Para resolver a questo foi organizada a Conferncia de Berlim (1884/85), que contou com a participao da Rssia e dos Estados Unidos. A conferncia estimulou a corrida sobre os poucos territrios livres que existiam no continente africano. O Japo adota posturas imperialistas a partir da dcada de 1860, incio do

perodo de modernizao do Japo, conhecido como Era Meiji. O imperialismo japons ocorrer sobre a China, Coria e Formosa ( Taiwan). O imperialismo na Amrica Latina ser exercido pelos Estados Unidos: Mxico, aps a guerra de 1848. A partir de 1870 o domnio norte-americano se far na regio do Caribe. A parte sul do continente americano ter o predomnio da Inglaterra. Conseqncias do neocolonialismo O mundo ser partilhado entre as grandes potncias industriais. A tentativa de ampliar as reas de dominao provocar o choque imperialista. Este choque vai deflagrar a Primeira Guerra Mundial. A descolonizao. Causas da descolonizao A descolonizao da sia e da frica est relacionada com a decadncia da Europa, motivada pela Primeira Guerra Mundial, pela crise de 1929 e Segunda Guerra Mundial. Outro fator ser o despertar do sentimento nacionalista na sia e na frica, impulsionado pela decadncia da Europa e pela Carta da Onu, que, em 1945, reconheceu o diereito dos povos colonizados autodeterminao. O ponto mximo do nacionalismo ser a Conferncia de Bandung (1955), ocorrida na Indonsia que estimulou as lutas pela independncia. A guerra fria e a polarizao entre EUA (capitalismo) e a URSS (socialismo) tambm contribuiu para o fim dos imprios coloniais. Cada uma das superpotncias via na descolonizao uma oportunidade de ampliar suas influncias polticas e econmicas. A Descolonizao da sia. O processo de independ6encia das reas coloniais asiticas foi por meio da guerra ou pacfica. Independncia da ndia O processo de independncia da ndia teve seu incio na dcada de 1920, atravs do Partido do Congresso, sob a liderana de Mahatma Gandhi e Jawarhalal Nerhu. A campanha de Gandhi foi caracterizada pela desobedincia civil, no violncia e resistncia passiva. Em 1947, os ingleses reconheceram a independncia da ndia. Em face das rivalidades religiosas o territrio foi dividido: a maioria hindusta, governada por Nerhu formar a Unio Indiana; a parte islmica, governada por Ali Junnah, formar o Paquisto. Em 1971 o Paquisto Oriental proclama sua independncia do Paquisto Ocidental, surgindo a Repblica do Bangladesh. Independncia da Indonsia

O movimento de independncia da Indonsia foi conduzido por Sukarno. A luta estendeu-se at 1949, quando a Holanda recconheceu a independncia. Independncia da Indochina No ano de 1941, como resistncia a ocupao japonesa, formou-se um movimento nacionalista Vietminh dirigido por Ho Chi Minh. Aps a derrota japonesa na guerra foi proclamada a independncia da Repblica Democrtica do Vietn ( parte norte). Os franceses no reconheceram a independncia e tentaram, a partir de 1946, recolonizar a Indochina, tendo incio a Guerra da Indochina. Em 1954, na Conferncia de Genebra foi reconhecida a independncia da Indochina, dividida em Laos, Camboja e Vietn(parte norte e parte sul). A mesma conferncia estabeleceu que o paralelo 17 dividiria o Vietn. Em 1956 formou-se a Frente de Libertao Nacional, contra o governo de Ngo Dinh Diem apoiado pelos EUA. A Frente contou com o apoio do Vietcong ( exrcito guerrilheiro). O cancelamento das eleies de 1960 deu incio guerra do Vietn. O Vietcong contou com o apoio do Vietn do Norte, e o governo de Ngo Dinh Diem dos EUA. A guerra perdurou at 1975, quando os Estados Unidos retiraram-se da regio. A Descolonizao da frica. Independncia do Egito O Egito era um protetorado ingls ( a regio possua autonomia, supervisionada pela Inglaterra). O domnio ingls terminou em 1936, porm o canal de Suez continuou sob controle britnico. Independncia da Arglia O movimento nacionalista argelino comeou em 1945. Liderada por muulmanos este movimento inicial foi reprimido. As manifestaes intensificaram-se aps a fundao da Frente Nacional de Libertao influenciada pelo fundamentalismo islmico. A guerra de independncia comeou em 1954. Em 1957 ocorreu a Batalha de Argel duramente reprimida pelo exrcito francs. No ano de 1962 houve a assinatura do acordo de Evian, ocorrendo o reconhecimento da independncia argelina. O fim do imprio colonial portugus. Durante a dcada de 1950 comearam a se organizar movimentos separatistas em Angola, Moambique e Guin portuguesa. Em 1956 foi criado o Movimento Popular pela Libertao de Angola (MPLA), sob a liderana de Agostinho Neto. Posteriormente surgiram a Frente Nacional de Libertao de Angola (FNLA) e a Unio Nacional para a Independncia Total de Angola (UNITA). Aps a independncia de Angola, mediante o Acordo de Alvor em 1975, o trs grupos acima iniciaram uma guerra civil, na disputa pelo poder.

A independncia de Moambique foi patrocinada pela Frelimo (Frente de Libertao de Moambique), tendo como lider Samora Machel que em 1960 iniciou um movimento de guerrilha. Portugal reconheceu a independncia em 1975. No ano de 1956, Amlcar Cabral fundou o Partido Africano para a Independncia da Guin e Cabo Verde (PAIGC). No ano de 1974 foi reconhecida a independncia da Guin; em 1975 do Cabo Verde e de So Tom e Prncipe. Um importante fato que contribuiu para o fim do imprio colonial portugus foi a Revoluo dos Cravos, que ocorreu em 25 de abril de 1974 e que marcou o fim do regime fascista (imposto por Oliveira Salazar e continuado por Amrico Toms e seu primeiro-ministro Marcelo Caetano). O novo governo de Portugal no ofereceu resistncia para o reconhecimento da independncia das colnias. As conseqncias da descolonizao. Entre as conseqncias do processo de descolonizao afro-asitica enumeramos o surgimento de novos pases que, ao lado das naes latino americanas, formaram o bloco do Terceiro Mundo. Este bloco fica sob a dependncia dos pases capitalistas desenvolvidos (Primeiro Mundo) ou de pases socialistas (Segundo Mundo). A dependncia deste bloco ser responsvel pela concentrao de renda nos pases ricos e pelo crescente endividamento externo dos pases subdesenvolvidos, apresentando srios problemas de sade, educao, desnutrio, entre outros. Exerccios 1) (Unicentro-PR)- A poltica do sculo XIX, tambm conhecida como neocolonialismo, pode ser entendida como produto da expanso do capitalismo em sua fase imperialista. Sobre esse assunto, assinale a alternativa incorreta: a) Nesse perodo, vrios pases europeus estavam passando pela Revoluo Industrial e buscavam fontes de matria-prima industrial para abastecer suas empresas; b) Buscavam novas regies onde pudessem investir capitais excedentes com boa rentabilidade; c) No plano poltico, os Estados europeus estavam interessados em diminuir seus efetivos militares buscando minimizar a tenso entre as potncias, e a sada para tal situao era a colonizao de novas terras; d) Motivadas por questes religiosas e culturais, muitas ordens religiosas enviavam seus missionrios para as regies colonizadas em busca de novos crentes; e) Tambm teve importncia o movimento intelectual e cientfico, pois as associaes geogrficas mapearam e catalogaram todas as potencialidades capazes de serem exploradas pelas potncias colonialistas.

2) (Unicentro-PR) No final do sculo XIX e incio do sculo XX, os pases capitalistas conseguiram dominar praticamente o mundo todo. o fenmeno conhecido como imperialismo, cuja caracterstica principal foi: a) busca de locais capazes de atender s necessidades de consumo, produzindo lucro garantido aos investidores; b) busca de territrios apenas para a extrao mineral; c) provocar apenas uma partilha de terras dos pases do Primeiro Mundo; d) garantir terras para a migrao das populaes mais pobres da Amrica; e) incentivo s tcnicas para o desenvolvimento local. 3) (UNITAU) O Imprio Chins, sofrendo presses de vrios pases, foi obrigado a ceder algumas partes de seu territrio a pases europeus. Um desses territrios, em poder do Reino Unido, acaba de ser devolvido ao governo chins (1997). Trata-se do territrio de: a) Cingapura b) Macau c) Taiwan d) Hong Kong e) Saigon 4) (UCSal-BA)- ...os vinte e nove pases que ali se reuniram, em 1955, apresentaram-se como o Terceiro Mundo, selando o compromisso de ajuda mtua na libertao dos povos ainda dependentes das metrpoles imperialistas. O texto refere-se conferncia de: a) So Francisco b) Versalhes c) Ialta d) Munique e) Bandung 5) (FGV-SP) Em novembro de 1954, com a guerra da independncia da Arglia j iniciada, Franois Miterrand, ento ministro do Interior da Frana, declarava: A Arglia a Frana e a Frana no se negocia. O que segui foi: a) uma revolta popular de grandes propores, culminado com eleies livres e diretas em 15 de maio de 1968; b) uma violenta guerra de libertao, que custou a vida de quase 100 mil pessoas a cada ano e culminou com a independncia da Arglia, em 3 de julho de 1962; c) um longo combate entre a Frana e a Arglia, culminando com a derrota francesa e a convocao de um plebiscito geral em 31 de maro de 1965; d) um levante poltico partidrio envolvendo grande contingente de militantes e culminou com a interveno das Naes Unidas, atravs de uma fora de paz, em 9 de julho de 1964; e) uma rebelio de militares de esquerda, que culminou com a convocao de uma Assemblia Nacional Constituinte em 25 de agosto de 1967.

Respostas: 1) 2) 3) 4) 5) C A D E B

Aula 04 - BAIXA IDADE MDIA.

Nesta aula, ser analisada a estrutura do Sistema Feudal- seus aspectos econmicos, sociais, polticos e culturais. Tambm ser efetuada uma anlise da crise do feudalismo, observando o Renascimento Comercial e Urbano, a formao das Monarquias Nacionais e as crises dos sculo XIV.

O FEUDALISMO.I. Origens O feudalismo europeu resultado da sntese entre a sociedade romana em decadncia e a sociedade brbara em evoluo. Esta sntese resulta nos chamados fatores estruturais para a formao do feudalismo. Roma contribui para a formao do feudalismo atravs dos seguintes elementos: a "villa", ou o latifndio auto-suficiente; o desenvolvimento do colonato, segundo o qual o trabalhador ficava preso terra; a Igreja Crist, que se tornar na principal instituio medieval. A crise romana refora seu poder poltico local e consolida o processo de ruralizao da economia.

Os Brbaros contribuem com os seguintes elementos: uma economia centrada nas trocas naturais; o comitatus, instituio que estabelecia uma relao de fidelidade e reciprocidade entre os guerreiros e seus chefes; a prtica do chamado benefcio ( beneficium ), dando imunidade ao proprietrio deste; o direito consuetudinrio, isto , os costumes herdados dos antepassados possuem fora de lei.

Alm destes elementos estruturais ( internos ), contriburam tambm os chamados elementos conjunturais ( externos ) , que foram as Invases Brbaras dos sculos VIII ao IX - os normandos e os muulmanos. Os normandos efetuam um bloqueio do mar Bltico e do mar do Norte e os muulmanos realizam o bloqueio do mar Mediterrneo. Estas invases aceleram o processo de ruralizao europia - em curso desde o sculo III - acentuando a economia agrria e auto-suficiente. II. Estruturas feudais. ESTRUTURA ECONMICA: a economia era basicamente agropastoril, de carter auto-suficiente e com trocas naturais. O comrcio, embora existisse, no foi a atividade predominante. As terras dos feudos eram divididas em trs partes: - terras coletivas ou campos abertos: de uso comum, onde se recolhiam madeira, frutos e efetuava-se a caa. Neste caso, temos uma posse coletiva da terra. reserva senhorial - de uso exclusivo do senhor feudal - era a propriedade privada do senhor. Manso servil ou tenncia: terras utilizadas pelos servos. Serviam para manter o sustento destes e para cumprimento das obrigaes feudais.

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O carter auto-suficiente da economia feudal dava-se em virtude da baixa produtividade agrcola. O comrcio, embora no fosse a atividade predominante, existia sob duas formas: o comrcio local - onde realizava-se as trocas naturais; e o comrcio a longa distncia - responsvel pelo abastecimento de determinados produtos, tais como o sal, pimenta, cravo, etc... O comrcio a longa distncia funcionava com trocas monetrias e, partir do sculo XII ter um papel fundamental na economia europia. ESTRUTURA POLTICA. O poder poltico era descentralizado, ou seja, distribudo entre os grandes proprietrios de terra ( os SENHORES FEUDAIS). Apesar da fragmentao do poder poltico, havia os laos de fidelidade pessoal ( a vassalagem). Por esta relao estabelecia-se o contrato feudo-vasslico, assim caracterizado:

Homenagem: juramento de fidelidade do vassalo para com o seu suserano; Investidura: entrega do feudo do vassalo para o suserano. O suserano ( aquele que concede o feudo ) deveria auxiliar militarmente seu vassalo e tambm prestar assistncia jurdica. O vassalo ( aquele que recebe o feudo e promete fidelidade) deve prestar o servio militar para o suserano e comparecer ao tribunal por ele presidido. ESTRUTURA SOCIAL. A sociedade feudal era do tipo estamental, onde as funes sociais eram transmitidas de forma hereditria. As relaes sociais eram marcadas pelos laos de dependncia e de dominao. Os estamentos sociais eram trs: CLERO: constitudo pelos membros da Igreja Catlica. Dedicavamse ao ofcio religioso e apresentavam uma subdiviso: - Alto clero- formado por membros da nobreza feudal (papa, bispo, abade) - Baixo clero- composto por membros no ligados nobreza ( padre, vigrio ). NOBREZA: formada pelos grandes proprietrios de terra e que se dedicavam atividade militar e administrativa. TRABALHADORES: simplesmente a maioria da populao. Os camponeses estavam ligados terra ( servos da gleba ) sendo obrigados a sustentarem os senhores feudais. Assim, o clero formava o 1 Estado, a nobreza o 2 Estado e os trabalhadores o 3 Estado. O Sistema feudal tambm apresentava as chamadas obrigaes feudais, uma conjunto de relaes sociais onde os servos eram explorados pelos senhores feudais. As principais obrigaes feudais eram: CORVIA: obrigao do servo de trabalhar nas terras do senhor(manso senhorial). Toda produo de seu trabalho era do proprietrio.

TALHA: obrigao do servo de entregar parte de sua produo na gleba para o senhor feudal. BANALIDADES: pagamento feito pelo servo pelo uso de instrumentos e instalaes do feudo ( celeiro, forno, estrada...).

CRISE DO FEUDALISMO.A crise do Sistema Feudal tem sua origem no sculo XI e est relacionada ao crescimento populacional. Este, por sua vez, est relacionado a um conjunto de inovaes tcnicas, tais como o uso da charrua ( mquina de revolver a terra ), o peitoril ( para melhor aproveitamento da fora do cavalo no arado ), uso de ferraduras e o moinho d'gua. A estas inovaes tcnicas, observa-se uma expanso da agricultura, com a ampliao de reas para o cultivo ( conquista dos bosques, pntanos...). Sabendo-se que a produtividade agrcola era baixa- mesmo com as inovaes acima- o crescimento populacional acarreta uma srie de problemas sociais: o banditismo, aumento da misria, guerras internas por mais terras... As Cruzadas foram, neste contexto, uma tentativa para solucionar tais problemas.

AS CRUZADAS.Foram convocadas pelo papa Urbano II, em 1095, com o objetivo oficial de libertar a Terra Santa ( Jerusalm ) do domnio muulmano. No entanto, outros fatores contriburam para a organizao das Cruzadas: canalizar o esprito guerreiro dos nobres para o oriente; o ideal de peregrinao crist; o interesse econmico em algumas regies do oriente e a necessidade de exportar a misria- em virtude do crescimento populacional. As principais conseqncias das Cruzadas foram: reabertura do mar Mediterrneo e o desenvolvimento do intercmbio comercial entre o Ocidente e o Oriente; fortalecimento do poder real, em virtude do empobrecimento Dos senhores feudais; o renascimento urbano.

Renascimento Comercial.As Rotas O comrcio de produtos na Europa desenvolve-se em dois centros: No Norte da Europa, onde a Liga Hansetica - unio de cidades alems- atravs dos mares do Norte e Bltico, monopolizava o comrcio de peles, madeiras, peixes secos, etc... Na Itlia, onde cidades como Veneza e Gnova, monopolizavam o comrcio de produtos vindos do Oriente, como a seda, cravo, canela, etc... Estes centros comerciais eram interligados por rotas terrestres, sendo que a mais importante era a de Champagne. As feiras Contriburam para a dinamizao do comrcio e das trocas monetrias. Desenvolveram-se no encontro de rotas comerciais ( os ns de trnsito ). A principal feira ocorria na cidade de Champagne, na Frana.

Renascimento Urbano.O intenso desenvolvimento comercial colaborou para o desenvolvimento das cidades medievais e de uma nova classe social, a burguesia. A burguesia inicia uma luta pela emancipao das cidades dos domnios do senhor feudal ( movimento comunal ). No interior das cidades ( Burgos ), a produo urbana estava organizada nas chamadas Corporaes de Ofcio. ( Guildas na Itlia ). O principal objetivo destas organizaes era regulamentar a produo, defendendo o justo preo e praticando o monoplio. O interior da Corporao de Ofcio apresentava uma diviso hierrquica, a saber: o mestre, o aprendiz e o jornaleiro - pessoa que recebia por uma jornada de trabalho.

FORMAO DAS MONARQUIAS NACIONAIS.A formao das Monarquias Nacionais est associada aliana entre a burguesia comercial e o rei, efetivada no final da Baixa Idade Mdia. O interesse da burguesia nesta aliana era econmico, pois o senhor feudal era um obstculo para o desenvolvimento de suas atividades: impostos excessivos, pesos e medidas no padronizados e ausncia de unificao monetria. J o rei, que buscava centralizar o poder poltico, a classe de senhores feudais representava seu principal obstculo ( lembre-se que o poder poltico feudal era fragmentado ). Para fazer valer sua autoridade era necessrio a criao de um exrcito, formado por mercenrios. Assim, a burguesia comercial passa a financiar a montagem deste exrcito. O rei passa a superar o senhor feudal e a impor sua vontade. A centralizao do poder poltico implica na unificao econmica: padronizao de pesos, medidas e monetria - incentivando as trocas comerciais. A Monarquia passa a criar as Companhias de Comrcio, onde o monoplio da atividade comercial ficar a cargo da burguesia. Monarquia Nacional - caso francs. DINASTIA DOS CAPETOS: substituio das obrigaes feudais por tributos pagos Coroa, criao de um Exrcito Nacional. Durante a Guerra dos Cem Anos ( 1337/1453 ), a nobreza feudal se enfraquece, colaborando para o fortalecimento do poder real. Filipe Augusto (1180/1223 ) - iniciou a luta contra o domnio ingls; Lus IX ( 1226/1270) - organizao da justia real; Filipe IV, o Belo ( 1285/1314 ) - entrou em choque com o Papado, episdio conhecido como o Grande Cisma, quando transferiu a sede do Papado para Avignon. Monarquia Nacional - caso ingls. DINASTIA DOS PLANTAGENETAS: No processo de formao da Monarquia Nacional inglesa, destaque para a Magna Carta, documento

imposto a Joo Sem-Terra, que limitava o poder real, sobretudo no que dizia respeito justia e tributao. Henrique II ( 1154/1189 ) - procurou submeter a Igreja da Inglaterra aos tribunais reais; Ricardo Corao de Leo ( 1189/1199) - dedicou-se terceira Cruzada, o reino passou para Joo Sem-Terra. Em seu governo, os bares ingleses impuseram a Magna Carta, que impunha a liberdade individual e que nenhum homem livre pode sofrer arbitrariedades.

A CRISE DO SCULO XIV.O final da Idade Mdia marcado por uma sria crise social, econmica e poltica - a denominada trada: a Guerra dos Cem Anos, a Peste Negra e a fome, responsveis pelas revoltas camponesas. CRISE SCIO-ECONMICA: Como vimos, a partir do sculo XI, houve uma expanso da agricultura. Ocorre que as terras de boa qualidade ficam cada vez mais raras, acarretando uma diminuio na produtividade. Soma-se a isto, uma srie de transformaes climticas na Europa, responsveis pela perda de colheitas e gerando uma escassez de alimentos e perodos de fome (1315 a 1317, 1362, 1374 a 1438 ). Enfraquecida pela fome, a populao europia fica vulnervel s epidemias, como no caso da Peste Negra, trazida do Oriente. Calcula-se que um tero da populao europia desapareceu. A epidemia, aliada s sucessivas crises agrcolas, provoca uma enorme escassez de mo-de-obra, levando os servos a fazerem exigncias por melhores condies de vida. Muitos servos conseguiam comprar a sua liberdade. Em algumas regies, no entanto, s exigncias dos servos foram seguidas pelo aumento dos laos de dependncia, acarretando as revoltas camponesas. Tanto em um caso - abertura do sistema, quando o servo adquire a sua liberdade; como no outro - fechamento do sistema, quando os laos de dependncia so ampliados - o resultado ser o agravamento da crise feudal e o incio de um novo conjunto de relaes sociais. CRISE POLTICA: O perodo medieval foi marcado pelos conflitos militares, dada a agressividade da nobreza feudal. Entre estes conflitos, A Guerra do Cem Anos ( 1337/1453 ) merece destaque.

A Guerra dos Cem Anos ocorreu entre o reino da Frana e o reino da Inglaterra, motivada por motivos polticos - a sucesso do trono francs entre Filipe de Valois e Eduardo III, rei da Inglaterra; e motivos econmicos - a disputa pela regio da Flandres, importante rea produtora de manufaturas. Ao longo do combate, franceses e ingleses obtiveram vitrias significativas. Entre seus principais personagens, destaque para a figura de Joana d'Arc, que no ano de 1431 foi condenada fogueira. Aps a sua morte os franceses expulsaram os ingleses, vencendo a guerra. Esta longa guerra prejudicou a economia dos dois reinos e contribuiu para o empobrecimento da nobreza feudal e, consequentemente, o seu enfraquecimento poltico. Ao mesmo tempo que a nobreza perdia poder, a autoridade do rei ficava fortalecida, beneficiando o processo de construo das Monarquias Nacionais.

A IGREJA MEDIEVAL.A principal instituio medieval ser a Igreja Catlica. Esta exercia um papel decisivo em todos os setores da vida medieval: na organizao econmica, na coeso social, na legitimao da dominao poltica e nas manifestaes culturais. O clero estava organizado em clero secular ( que vivia no mundo cotidiano em contato com os fiis ) e o clero regular ( que vivia nos mosteiros, isolando do mundo ) que obedecia regras. Trata-se dos beneditinos, franciscanos, dominicanos, carmelitas e agostinianos. O topo da hierarquia eclesitica era ( e ainda ) ocupada pelo papa. Este exercia dois tipos de poderes, o espiritual ( autoridade religiosa mxima) e o poder temporal ( poder poltico decorrente das grandes extenses de terra que a Igreja possua ). O exerccio do poder temporal levou a Igreja a envolver-se em questes polticas, como a clebre Querela das Investiduras. QUERELA DAS INVESTIDURAS. Questo envolvendo o papa Gregrio VII e o imperador do Sacro Imprio Germnico Henrique IV quanto nomeao de sacerdotes para cargos eclesisticos. No Sacro Imprio Germnico, era o imperador que investia o bispo em suas funes e o papado reagiu contra isto, em virtude do nicolasmo ( desregramento moral do clero ) e da simonia ( venda de cargos eclesisticos ).

Durante o conflito, o imperador foi excomungado pelo papa, tendo que pedir perdo. Em seguida, Henrique IV atacou Roma, obrigando o papa a fugir. Henrique IV colocou um novo papa - um bispo alemo que assumiu o poder com o ttulo de Clemente III. O impasse foi resolvido em 1122, com a Concordata de Worms, quando o papa Gregrio reassumi o poder e o imperador abdicou de seu direito de fazer a investidura total dos bispos ( a investidura religiosa ficava a cargo do papa ).

Movimentos reformistas.A interferncia da Igreja em assuntos polticos, a corrupo eclesistica, o desregramento moral do clero e a venda de bens eclesisticos levaram a Igreja a afastar-se de seu ideal religioso. No sculo XI surgiu um movimento reformista que buscava recuperar a autoridade moral da Igreja, originado a Ordem de Cluny, que tinha por objetivo seguir as regras da Ordem Beneditina ( castidade, pobreza, caridade, obedincia, orao e trabalho ). O papa Gregrio VII, que se envolveu na Querela das Investiduras, havia sido um monge desta ordem. Outras ordens religiosas surgiram, as chamadas Ordens mendicantes, como a dos cartuxos e dos cistercienses. Pregando a pobreza absoluta e vivendo da caridade, surge a Ordem dos Franciscanos e dos Dominicanos. INQUISIO A perda da autoridade moral da Igreja Catlica propiciou o desenvolvimento de uma srie de doutrinas, crenas e supersties denominadas heresias, que contrariavam os dogmas da Igreja. Para combater os movimentos herticos, o papa Gregrio IX criou, em 1231, os Tribunais de Inquisio, com a misso de julgar os considerados hereges. Os condenados eram entregues s autoridades administrativas do Estado, que executavam a sentena. A Inquisio desempenhava um importante papel poltico, freando os movimentos contrrios aos interesses das classes dominantes.

CULTURA MEDIEVAL.Referir-se Idade Mdia como a "Idade das Trevas" um grave erro. Tal concepo representa uma viso distorcida do perodo medieval. Este preconceito com a Idade Mdia originou-se no sculo XVIII com o Iluminismo - fortemente anticlerical. No entanto, o perodo medieval foi riqussimo em atividade cultural. EDUCAO: controlada pelo clero catlico, que dominava as escolas dos mosteiros, escolas paroquiais e as universidades. O surgimento e expanso das universidades esto relacionadas com o desenvolvimento das cidades, bem como o surgimento de uma nova classe social: a burguesia comercial. Os ramos de conhecimento estudados nas universidades medievais eram: Teologia e Filosofia, Letras, Cincias, Direito e Medicina. O ensino era ministrado em latim. ARTES: a)Literatura- enaltecer a figura do cavaleiro cristo e suas qualidades: lutar pelo bem pblico, combater as heresias e defender os pobres, vivas e rfos. Na poesia pica exalta-se os torneios, as aventuras e a defesa do cristianismo, tais como A cano de Rolando (sculo XI ) e El Cid( sculo XII). Na poesia lrica, predomina o tema do amor espiritualizado e idealizado do cavaleiro pela sua amada. No sculo XIII, o grande destaque da literatura foi Dante Alighieri, autor da Divina Comdia. b)Pintura- possua uma funo didtica, pois estava associada divulgao de temas religiosos. Entre os principais pintores medievais, destacam-se Cimabue e Giotto. religiosos. c)Escultura- funo decorativa e de divulgao dos valores

d)Arquitetura- desenvolvimento de dois estilos: o romnico e o gtico. Romnico: (sculos XI/XII) - arcos em abbadas redondos, sustentados por paredes macias. A catedral de Notre-Dame la Grande em Poitiers um exemplo deste estilo.

Gtico: ( sculos XII/XVI ) - uso do arco em ponta ou ogival, permitindo a construo de abbadas bastante amplas. Existncia de muitas janelas para melhor iluminao do interior, muito mais amplo que o estilo romnico. O gtico est relacionado com o crescimento populacional e o desenvolvimento urbano. A catedral de Notre-Dame, em Paris, um exemplo deste estilo. e)musica: divulgava os valores cristos. Destaque para Gregrio Magno ( 590/604 ) que implantou o canto gregoriano. Na msica popular, destaque para as canes trovadorescas, cujos temas eram os ideais cristos. CINCIAS E FILOSOFIA: A principal corrente filosfica do perodo foi a Escolstica, que tinha por objetivo conciliar a razo com a f. Seus principais representantes foram Alberto Magno ( 1193/1280 ) e Toms de Aquino ( 1225/ 1274). Este ltimo reconstruiu parte das teorias de Aristteles, dentro de uma viso crist, na sua obra Summa Theolgica. No setor cientfico, Roger Bacon (1214/1294) defensor da observao e da experimentao como norma cientfica.

EXERCCIOS1) (UnB) - Sobre o feudalismo, podemos afirmar que: (0) (1) (2) na economia feudal no existia o comrcio como atividade permanente e organizada; os produtos eram trocados diretamente, sem a utilizao do dinheiro; no apogeu do feudalismo, a sociedade era formada pelo clero, nobreza e camponeses e se caracterizava por grande mobilidade social; as relaes de trabalho baseavam-se na servido; o servo entregava ao senhor feudal uma parte do que produzia e ainda trabalhava para ele em troca da proteo militar; os camponeses constituam a grande maioria da sociedade feudal; no feudalismo, o poder poltico estava concentrado na pessoa do rei.

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2) (PUC)- A caracterstica marcante do feudalismo, sob o ponto de vista poltico, foi o enfraquecimento do estado enquanto instituio, porque: a) a inexistncia de um governo central forte contribuiu para a decadncia e o empobrecimento da nobreza; b) a prtica do enfeudamento acabou por ampliar os feudos, enfraquecendo o poder poltico dos senhores; c) a soberania estava vinculada a laos de ordem pessoal, tais como a fidelidade e lealdade ao suserano; d) a proteo pessoal dada pelo senhor feudal a seus sditos onerava-lhe as rendas; e) a competncia poltica para centralizar o poder, reservada ao rei, advinha da origem divina da monarquia. 3) (GV) A crise do sistema feudal pode ser explicada: a) a partir do desenvolvimento comercial, que gerou a economia monetria e desintegrou a economia natural;

b) a partir da contradio do prprio sistema feudal, cujas relaes de trabalho eram incompatveis com a ampliao do mercado consumidor; c) pelo desenvolvimento da economia capitalista, que liqidou a economia de consumo feudal; d) pelo surgimento das cidades e a conseqente atrao dos servos para os ncleos urbanos, despovoando o campo;