reforco do sistema imunologico jose maria alves

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SISTEMA IMUNITRIO JOS MARIA ALVES

O REFORO DO SISTEMA IMUNITRIO

WWW.HOMEOESP.ORG

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O reforo do sistema imunolgico a base da medicina preventiva e curativa

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Aos que perderam a ESPERANA

Maro de 20073

INTRODUO

O sistema imunitrio ou imunolgico abarca todos as estruturas, em virtude das quais os organismos multicelulares se protegem e escudam de invasores perniciosos, tais como vrus, bactrias e parasitas. Quando falamos em sistema imunitrio, h quase que uma associao imediata sida, com as suas nefastas consequncias. Olvidamos assim, a extenso de um problema cuja resoluo urge. Suponhamos que uma pessoa est infectada com o VIH. Isso no quer dizer que venha a adoecer gravemente ou at a morrer com alguma infeco oportunista. Poder conviver pacificamente com o vrus durante toda uma vida, desde que cuide do seu sistema imunolgico. O mesmo se diga no tocante aos carcinomas; casos haver em que a regresso ser vivel, e a muitas outra patologias oportunistas que surgem mesmo na ausncia daquela. O VIH, no opera como as outras infeces. O vrus injuria, infeccionando e danificando as clulas CD4, que so clulas T auxiliadoras, tendo sido figurativamente descritas como as regentes da orquestra imunolgica. Assim, dirigem a resposta do sistema aos vrus, bactrias, parasitas e aos tumores. Quando o nmero de clulas CD4 diminui, o sistema imunolgico deixa de poder responder satisfatoriamente quer s infeces quer aos carcinomas. Por esse motivo, o reforo do sistema imunitrio to importante em sede de VIH, quanto do cancro, sem que olvidemos todas as patologias que se nos apresentam com carcter de cronicidade, e mais importante ainda, na medicina preventiva, gerando terrenos em que os agressores sejam ineficazes, face a um aparelho defensivo forte e actuante. A nossa inteno que o ser humano permanea fsica e mentalmente saudvel depois de lhe ter sido diagnosticada a

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seropositividade ou qualquer doena, e que possamos prevenir nos restantes o seu aparecimento. Neste particular, no devemos olvidar nunca a sade mental. A personalidade normal, a que permite um bem estar consigo, auto-estima e gosto pela vida. Por isso, insistimos tanto nos exerccios de meditao. Para alguns terapeutas, o estado afectivo dos doentes bem mais importante que o seu corpo fsico. hoje dado como assente, que uma mente estvel interfere positivamente no sistema imunitrio, proporcionando um acrscimo de defesas a todos os que gozam de sade espiritual. Neste particular, podemos constatar que a Psicopatologia determina, entre outras, como doenas em que pode predominar uma patogenia psicossomtica, a artrite, doenas da coluna, o espasmo do esfago, dispepsia, lcera gastroduodenal, sndroma do clon irritvel, obstipao, diarreia, colites, eczema, urticria, eritema, asma, rinite, coriza alrgica, tuberculose, psicalgias diversas, enxaqueca, hipertenso, cardialgias, acidentes vasculares cerebrais, hipertiroidismo, anorexia, perturbaes sexuais, cancro. A Cura Pelos Florais De Bach, SeteCaminhos. Em finais do sculo XX, 1,2 mil milhes de almas viviam na misria, com rendimentos inferiores a 1 dlar dirio, enquanto que trs milhes, correspondentes ento a metade da populao mundial viviam com menos de dois dlares. Enquanto escrevamos este livrinho, fomos assolados por uma profunda tristeza natural: suplementos alimentares de preo exorbitante para quem no tem nada ou quase nada para comer; exerccios de meditao para quem no sabe ler, nem nunca entrou numa escola; alimentao variada e equilibrada para quem nem sequer tem uma pequena poro de arroz ou farinha para saciar a fome?! Triste, naturalmente triste...

Iniciamos com sucintos apontamentos relativos ao sistema sanguneo, e ao sistema linftico. Compreender-se- assim, o fenmeno da imunodeficincia. Trataremos sumariamente o VIH, para darmos depois o conjunto dos principais factores que deprimem o sistema imunitrio. Seguem-se os factores que reforam o sistema imunitrio ou que evitam o seu enfraquecimento. Naquela que podemos considerar a II parte, e que se constitui como objectivo essencial deste trabalho O Reforo Do Sistema Imunitrio , teremos: Substncias Medicamentosas Estimuladoras Do Sistema Imunolgico;5

Plano de Tratamento de caractersticas gerais v.g. doenas crnicas, VIH, neoplasias , e meramente orientador; Hidroterapia; Massagem com incidncia na automassagem; Meditao com um programa e descrio dos exerccios Terminamos com um captulo, provavelmente o mais controverso, que descreve um mtodo simplificado de preparao de medicamentos unitrios ou complexos, a partir das substncias idneas a produzir a estimulao do sistema imunitrio, por preos irrisrios. uma ideia que no agrada aos vendilhes da medicina, e a todos os que apenas correm atrs do ouro, maltratando e usurpando os j parcos rendimentos dos que sofrem. Temos conscincia de que no alteraremos as injustias deste mundo, mas continuaremos a pregar em altos brados, no porque os criminosos de colarinho branco se disponham converso, mas para no permitir que sejamos ns os convertidos...

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O SISTEMA SANGUNEO

O nosso sangue constitui-se como um sistema altamente complexo de clulas e de tecidos com funes intimamente interligadas. antes do mais, um meio lquido veiculador de nutrientes, que apesar de estar sujeito a perdas ou derrames, tem um sistema prprio de conteno. Os nutrientes so transportados para todas as partes do corpo, de modo a que a sua sobrevivncia seja assegurada, evitando assim a necessidade de autonomizao de cada uma delas. A circulao sangunea, agrega para alm das mencionadas faculdades, a capacidade de se proteger de mltiplos elementos invasores de cariz exgeno, tais como, vrus, bactrias e parasitas, devendo ser suficientemente resistente e actuante, bem como possuir a necessria selectividade distinguindo os microorganismos estranhos e propiciadores de desequilbrios, das clulas essenciais ao normal e optimizado funcionamento do corpo. As clulas dos organismos tm absoluta e constante carncia, quer de oxignio quer de nutrientes, produzindo para alm disso, produtos residuais txicos, que tm de ser expulsos; o sistema sanguneo executa estas funes.

O sistema imunolgico composto por um conjunto relativamente numeroso de protenas e clulas que se encontram dispersas, pelo sistema sanguneo, pelos tecidos, e pelo denominado sistema linftico, constituindo o sistema hemolinftico. O sistema imunitrio s atinge a sua plena eficcia quando a criana atinge os cinco anos de idade, decaindo obviamente durante o decurso do envelhecimento, em virtude da produo de clulas imunitrias entrar em

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decrscimo, o que tem como consequncia lgica a ineficaz resposta aos agentes exgenos. Reconhecemos hoje, que um sistema imunitrio deficiente pode muito bem ser a causa provvel de inmeras patologias, tais como, alergias, artrite, aterosclerose, depresso. ainda sem qualquer dvida, o propiciador de patologias, consequncia de uma resposta ineficaz aos agentes externos.

O SANGUE Bem mais de cinquenta por cento do volume total do sangue do organismo humano constitudo por plasma. um liquido que tem uma cor de tonalidade amarela e um teor de gua da ordem dos noventa por cento, nutrientes, produtos residuais, ies v.g., sdio e magnsio e protenas. Toda a parte remanescente do seu volume constituda por clulas sanguneas: Os eritrcitos ou glbulos vermelhos, como so mais correntemente identificados, representando cerca de noventa e nove por cento daquelas, e cuja funo a de fornecerem oxignio s clulas, recolhendo o dixido de carbono; Os leuccitos ou glbulos brancos, clulas defensivas de formas variadas, existindo em mdia, um para cada 700 eritrcitos. Os trombcitos ou plaquetas, que encarnam a funo de reparar as rupturas dos vasos, concebendo cogulos impeditivos de perdas sanguneas. Os leuccitos, como j se disse, so clulas sanguneas defensivas. Vamos encontrar os basfilos e os mastcitos nos tecidos perifricos, contendo grnulos de histamina. Os eosinfilos esto tambm nesses tecidos perifricos, acometendo todos os invasores cujas dimenses sejam demasiadamente grandes para serem neutralizados pelos neutrfilos, que residem essencialmente na circulao e so em regra os que acorrem em primeiro lugar s reas com leses ou que se encontram contaminadas por agentes patognicos. Os moncitos so clulas fagocticas especialmente programadas para pesquisar os tecidos perifricos, buscando todos os agressores potencialmente causadores de patologias.8

O SISTEMA LINFTICO

Para alm do sistema sanguneo, um outro, que aquartela mltiplas clulas imunitrias complementa-o de modo eficaz: referimo-nos ao sistema linftico. Se no primeiro o sangue que circula, no segundo a linfa que percorre os vasos linfticos estes so reconhecveis pela sua cor de tom amarelado. O sistema linftico tem duas funes primordiais: Por um lado, nutre e treina os linfcitos tipo de glbulos brancos que asseguram a imunidade produzidos na medula ssea. Estes, mantm-se no sistema linftico, at que um qualquer estado de rebate os faa viajar para a corrente sangunea. Agem contra invasores exgenos, tais como, vrus, bactrias, e endgenos, como os prprios tumores. Abastece a corrente sangunea de linfa. Atente-se que o sistema linftico um verdadeiro sistema de drenagem, incluindo o bao, o timo, e um nmero elevado de gnglios cujo dimetro pode atingir os 2,5 cm. Nos gnglios vamos encontrar os linfcitos, produzidos e treinados quer na medula ssea quer no timo, aguardando a eventual invaso de agentes patognicos para cumprirem as suas funes de defesa.

LINFCITOS Podemos distinguir na categoria de linfcitos: Clulas assassinas naturais, conhecidas por NK natural killers. Tm como funo a destruio de clulas tumorais, ou ento, de clulas infectadas por vrus.9

Clulas B. Os linfcitos B, desde que estimulados, transformam-se em plasmcitos, produzindo anticorpos. Os anticorpos so molculas de protena produzida como resposta a um determinado antignio v.g., molcula de um veneno ou da parede celular de uma bactria. Se considerarmos figurativamente que os leuccitos so os guerreiros do organismo, ento os anticorpos ho-de ser as suas armas. Anticorpos ou imunoglobulinas (Ig), so macroprotenas produzidas pelos linfcitos B, que reconhecem e atacam os antignios. Clulas T ou linfcitos T, reconhecveis em trs grupos: - Linfcitos citotxicos, que so os que acossam e destroem os invasores patognicos, previamente identificados pelo sistema imunitrio; - Linfcitos auxiliadores so os que intensificam a maturao dos linfcitos B, nos plasmcitos. - Linfcitos supressores, que suprimem a actividade dos linfcitos B, gerando assim uma resposta imunitria equilibrada. Neutrfilos e clulas NK Inspeccionam o organismo, demandando organismos patognicos. Estas clulas no so forosamente especializadas, investindo contra todos os microorganismos que julguem suspeitos. Os linfcitos T e B, em conjuno com os anticorpos, fornecem o que podemos denominar de imunidade especfica, ou seja, tipo de resposta imunitria que reconhece, ataca e busca destruir, agentes infecciosos especficos.

O TIMO O timo um rgo do sistema linftico que presta um valioso auxlio na maturao das clulas imunitrias, preparando-as para a difcil tarefa de reconhecimento de elementos invasores nocivos ao equilbrio do organismo. uma glndula com dois lobos ovais de cor purpura at puberdade, cor essa que vai amarelecendo com o decorrer da idade localizada no centro do trax, atrs do esterno e frente do corao.10

Acolhe os linfcitos T imaturos lanados na circulao sangunea e produzidos na medula ssea, e aps seleco rigorosa, expe-os a uma mistura de hormonas, treinando-os de modo especializado para o combate a determinados antignios.

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A IMUNODEFICINCIA

A imunodeficincia uma das doenas mais disseminadas e a que a maioria dos alopatas no presta a necessria ateno, to obcecados esto com os rgos individualmente considerados. Levando a nossa investigao s causas ltimas, podemos afirmar que est presente mesmo onde nem sequer o suspeitamos. So milhes as pessoas que padecem de inmeras patologias, que se ficam a dever a um sistema de defesas imunolgicas debilitado. Uma das suas manifestaes mais evidente, prende-se com a predisposio dos imunossuprimidos em contrair infeces. Estas, vo de uma simples gripe a outras formas de padecimento mais graves, como a bronquite ou a pneumonia. Doenas que surgem periodicamente v.g., resfriamentos de repetio, sinusite, infeces urinrias podem resultar e resultam em regra, de uma resposta imunitria inadequada, bem como o sndroma do cansao crnico podemos definir, ainda que sumariamente cansao crnico, como o que no conseguimos eliminar com o sono ou com o repouso. Um sistema imunitrio forte, em princpio adequado para defender o organismo que o alberga de praticamente todas as agresses. Muitas vezes, seno na sua maior parte, no so verdadeiramente os agentes patognicos os causadores da doena, mas um sistema imunitrio dbil e inadequado para exercer as funes para as quais se encontra destinado. No caso do VIH o sistema imunitrio quem em ltima instncia vai decidir se o seropositivo vai ou no adoecer. Como bem se sabe, esta doena importou uma nova configurao de doena infecciosa: o vrus tem a aptido de danificar o sistema imunolgico como consequncia dos ataques que desfere contra as clulas T, reduzindo o seu nmero, de forma a que o organismo violentado fica sem capacidade de reagir, dominando outras infeces.

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O VIH

O VIH pode conduzir sndrome da imunodeficincia adquirida, tambm denominada sida, e no discrimina sexo, orientao sexual, idade, classe social ou raa. A epidemia teve o seu incio declarado na dcada de oitenta, e desde a, j fez dezenas de milhes de vtimas. No age como as outras infeces, lesando partes ou o organismo como um todo. O vrus agride, infectando e danificando as clulas CD4, que so clulas T auxiliadoras e que se configuram como as organizadoras do sistema; dirigem a resposta deste aos vrus, bactrias, parasitas e aos tumores. Quando o nmero de clulas CD4 diminui, o sistema imunolgico deixa de poder responder satisfatoriamente quer s infeces quer aos carcinomas. Os principais modos de transmisso: - Sexo anal ou vaginal com penetrao. O sexo oral tambm pode ser fonte de contaminao, apesar de as hipteses serem menores. - Introduo de sangue contaminado, nomeadamente por efeito de transfuses, ou pela partilha de seringas. - Da me para o filho em gestao. Quando uma pessoa infectada, inexistem sinais claros do facto, apresentando algumas, apenas, um quadro clnico em que predominam a febre e as dores de garganta quadro sintomtico algo similar ao de uma gripe. Ser necessrio, em princpio, que decorram cinco ou dez anos dependendo de factores intrnsecos a cada indivduo para que o infectado manifeste sinais e sintomas nomeadamente infeces fngicas da boca, herpes, edema dos gnglios, e havendo progresso da doena, tuberculose, pneumonia, carcinomas . No entanto, conhecem-se casos que ultrapassaram em muito esta estimativa, mantendo-se em saudvel equilbrio. Esta constatao, no destri ou minimiza a previso de que a maior parte da populao mundial venha a padecer de SIDA.

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A medicina aloptica dispe de uma teraputica anti-retroviral combinada. So administradas ao paciente trs ou quatro substncias, que protegem as clulas CD4, que por ainda no terem sido danificadas, podem exercer cabalmente as suas funes de defesa especfica. Um dos seus maiores problemas, prende-se com os incmodos efeitos secundrios destes medicamentos, os quais podem ser atenuados pela Homeopatia e pela Isopatia veja-se a Cura Pela Isopatia e em sede de artigos de Homeopatia, o relativo aos Antecedentes e Barreiras, www.homeoesp.org Havendo algumas centenas de estirpes de VIH e atentas as mutaes virais, ser muito difcil obter uma vacina plena e universalmente actuante. Por outro lado, a geral debilitao do sistema imunitrio dos habitantes do planeta, mesmo os no infectados, propiciar o desenvolvimento e expanso de novos vrus: aquilo a que algum chamou a sida I, sida II, sida III... O alopata, necessita de exames de diagnstico regulares para determinar o momento em que deve iniciar a medicao: anlises da carga viral e quantificao dos ditos CD4. O teste relativo carga viral avalia a diviso do VIH, enquanto que a contagem dos CDs demonstra a evoluo da patologia. normal, que com o decurso do tempo a carga viral aumente, contrariamente ao nmero de CDs, que tendem a baixar, tendncia que nos cumpre combater com todos os meios disponveis. Se um determinado indivduo est infectado com o VIH, isso no o conduzir fatalmente doena. O nmero de clulas T CD4 ir determinar o prognstico. Quando estas diminuem drasticamente, aumentam as probabilidades de serem contradas infeces, a que normalmente nos referimos como oportunistas. O seropositivo poder adoecer no decurso de alguns anos, ou at mesmo, no nosso entender, nunca adoecer. Em sntese, diga-se que as probabilidades de se adoecer so directamente proporcionais aos ataques do vrus, com o concomitante aumento da carga viral e destruio das mencionadas clulas CD4. O reforo diligente e constante do sistema imunitrio obstar a que enfraquea e no consiga debelar as infeces que se instalam e a que todos estamos sujeitos, mas a que reagimos de modo diferente em funo da vitalidade e operncia do sistema individualmente considerado.

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FACTORES QUE DEPRIMEM O SISTEMA IMUNITRIO

So mltiplos os factores que diminuem a eficincia do sistema imunolgico. No entanto, no podem ser analisados objectiva, mas subjectivamente. No domnio psicopatolgico, perguntamo-nos dos motivos que levam a que um determinado indivduo exposto ao luto de um ente querido, faa uma depresso grave, enquanto que um outro, nas mesmas condies, apesar de ter de enfrentar uma tristeza mais ou menos prolongada, consegue aceitar a adversidade sem adoecer. A diversidade de terrenos, poder facilitar a explicao do fenmeno. essa mesma diversidade que nos informa quanto resistncia ou no a determinados agentes exgenos ou alteraes endgenas. O ser humano uma entidade bio-psico-social inseparvel. Um determinado estmulo a que exposta essa entidade determinada, produz uma resposta individualizvel. Para cada entidade sua resposta. A configurao constitucional do paciente serve de substracto para a sua inclinao para resistir ou pelo contrrio sucumbir s foras ambientais potencialmente patognicas. Mesmo as doenas infecciosas, podem ser concebidas como o resultado da interaco entre, por um lado, os vrus e bactrias que proliferam no meio ambiente e, por outro, as defesas imunolgicas de cada organismo que, em ltima anlise, determinaro quais os indivduos que ficaro afectados. A patologia psquica pode ser concebida a partir do mesmo padro contextual interactivo. Aqui, no entanto, no so as defesas imunolgicas mas os padres de personalidade individual que determinaro em que medida a pessoa ficar afectada pelos factores de stress psicossociais do ambiente.

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Entre os inmeros factores que se assumem como enfraquecedores do sistema imunitrio, podemos destacar sem pretender ser exaustivos, e sem que nos debrucemos na causalidade meramente biolgica: Luto; Divrcio o divrcio uma espcie sui generis de luto; Solido esta afecta em regra mais os idosos, mas no factor excludente, quer em jovens quer em pessoas de meia idade; Tristeza devemos distinguir a tristeza da depresso. A primeira pode ser natural enquanto que a segunda patolgica, e em determinados casos resulta da prpria imunodeficincia quando tal no ocorre, transforma-se num dos seus poderosos factores; Stress e estados emocionais negativos; Repouso insuficiente; O exerccio fsico, quando exagerado; Poluio atmosfrica; A exposio solar sem a devida proteco; Radiaes provenientes do desenvolvimento tecnolgico durante milhes de anos, o homem e seus antecessores desenvolveram um apurado sistema defensivo contra as radiaes, quer oriundas da prpria Terra quer do cosmos. A tecnologia tem vindo nos ltimos anos a gerar um sem nmero de objectos nefastos pelas suas radiaes, com resposta defensiva absolutamente ineficaz por carncia de tempo suficiente adaptao necessria; Tabagismo para alm do mais, o tabaco um poderoso carcingeno; Consumo de estupefacientes; Alcoolismo; Alimentao deficiente, subnutrio, comida de plstico; Zonas do organismo com infeces v.g., abcessos, tais como os dentrios; O uso excessivo de plantas medicinais pode nalguns casos provocar a imunodeficincia; O uso repetido de certos produtos farmacolgicos, tais como: - ansiolticos benzodiazepinas e outros; - antidepressivos; - frmacos para tratamento de inflamaes e infeces, como corticosterides e antibiticos estes, para alm de outros efeitos secundrios, destroem as bactrias teis da flora intestinal, elementos absolutamente essenciais ao normal16

funcionamento do sistema imunitrio. Aqui, os probiticos podem como veremos, exercer um papel compensador, sendo em regra ignorados no receiturio aloptico. - antitssicos, por inibirem a desobstruo das vias respiratrias, em especial dos pulmes;

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FACTORES QUE REFORAM O SISTEMA IMUNITRIO ou que evitam o seu enfraquecimento

Segundo alguns autores o funcionamento adequado do sistema imunolgico determinado por cinco factores fundamentais: A hereditariedade; Algumas patologias; Por certos medicamentos; Pelo stress; e Pela alimentao. Os factores que a seguir se discriminam, no so esgotantes, mas surgem-nos como essenciais: Auto-estima o ser humano deve aprender a conviver consigo. Neste particular, os exerccios de meditao exercem uma funo determinante. Gosto pela vida devemos consumir a vida, no deixando que seja esta a consumir-nos. Bom humor cultivar a alegria e o riso. Evitar o contacto com fontes geradoras de tristeza ou sentimentos negativos, como filmes agressivos e pouco gratificantes. Preferir a msica em especial a meldica televiso, cujos programas banais em nada propiciam o crescimento espiritual. Escolha a msica que lhe provoque relaxamento e o faa sentir em harmonia. Estar na companhia de pessoas amadas, evitando as conflituosas e que nos desagradam. Nalguns casos, os animais de estimao auxiliam-nos a suportar desalentos e tristezas.

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Evitar todo o tipo de stress. A meditao, o yoga e o tai-chi fazem diminuir ou extinguem a ansiedade. A automassagem para alm de ser um mtodo estimulador de todo o organismo, tem tambm a propriedade de combater os estados ansiosos. Repouso o quarto deve ser ventilado quotidianamente e devemos dormir no mnimo sete horas por dia, em horrios definidos. O quarto no deve estar excessivamente quente. O colcho deve ser duro e estar assente num estrado de madeira no utilizar estrados metlicos ou de molas. Quando debilitados, as horas de repouso devem aumentar. Exerccio fsico desde que moderado, um estimulador do sistema imunitrio; estudos referem que o nmero e a capacidade de actuao das clulas NK aumenta, melhorando tambm a aco das clulas T. Caminhar ao ar livre, preferencialmente na natureza, uma ou duas horas por dia, o bastante. De manh, ao levantar, fazer alguns alongamentos ou exerccios leves. Quando praticamos exerccio fsico, cumpre-nos verificar a frequncia cardaca esta no deve ultrapassar oitenta por cento da mxima, calculada da seguinte forma: 220 menos a idade do indivduo sujeito a esforo. Se o exerccio fsico intenso, de competio ou exagerado, melhora inicialmente a funo imunitria, a verdade que acaba depois por a degradar. Poluio quando possvel, optar por viver longe de locais poludos. Exposio luz solar se a luz solar um factor de fortalecimento do sistema imunolgico, j a exposio aos seus raios, sem a devida proteco e em horas inadequadas das 11 s 16H , enfraquece-o substancialmente. Radiaes evitar radiaes nefastas. Tabaco a eliminar. O tabaco para alm de ser a primeira causa de inmeras doenas e mortes em Portugal, constitui-se como um poderoso imunossupressor. Deixar de fumar no tarefa fcil. So mltiplos os mtodos de auto-ajuda anunciados, mas apenas a firme vontade do fumador o poder afastar definitivamente do vcio. Isto no quer dizer, que com o devido aconselhamento do seu mdico ou farmacutico, no recorra a tratamento farmacolgico que lhe reduza os sintomas de abstinncia.

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Alguns conselhos bsicos podem ser extremamente valiosos a partir do momento em que se determinou a deixar de fumar: o No beba caf ou quaisquer outras bebidas com cafena; o Beba chs de ervas medicinais, sumos de frutas e muita gua; o No beba lcool e evite refeies pesadas que o possam induzir ao prazer do fumo. o Coma muita fruta e vegetais frescos; o Pratique meditao e tcnicas de relaxamento, muito em especial quando o desejo de fumar for muito forte. Pode tambm mastigar pastilha elstica sem acar nos momentos de maior tenso Estupefacientes a eliminar. lcool deve ser banido da alimentao. Quando muito, um pequeno copo de vinho tinto puro nas duas principais refeies. Alimentao deve ser equilibrada, rica e variada. Evitar o ch preto e o caf, as gorduras e doces. O pequeno almoo deve ser rico em fibras, as refeies regulares. Evitar as infeces esta recomendao particularmente pertinente para os imunossuprimidos. S tomar medicamentos imunossupressores v.g., corticides, antibiticos nos casos estritamente necessrios.

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O REFORO DO SISTEMA IMUNITRIO

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SUBSTNCIAS MEDICAMENTOSAS ESTIMULADORAS DO SISTEMA IMUNOLGICO

Inclumos entre outros, nesta sede, os micronutrientes, os suplementos nutritivos microbiais, as vitaminas e os fitoterpicos. ZINCO o mais importante dos micronutrientes para o sistema imunitrio. Envolvidos na funo imunitria, esto tambm: o Vitaminas A, B6, E e C o cido flico; o cido pantotnico; o cidos gordos essenciais; o Outros minerais para alm do Zinco clcio, cobre, ferro, magnsio, mangans, selnio. Os PROBITICOS so suplementos nutritivos microbiais, que tm como objectivo melhorar o equilbrio e reforar a microflora intestinal v.g. por intermdio dos lactobacillus . So particularmente teis nos casos de candidase e quando se fazem antibiticos. ALCAUZ Tradicionalmente indicado nas patologias do estmago e do duodeno, estimula a formao de leuccitos e anticorpos. ALHO Infeces bacterianas, virais ou fngicas. Estimulante do sistema imunitrio. Canddiase. Foi realizado um estudo em doentes que fazem teraputica retro-viral, que o alho inibe a sua aco. Est tambm contra-indicado em pacientes que tomem anti-coagulantes. ANTIOXIDANTES Existem formulas complexas no mercado venda em farmcias e nas lojas de produtos naturais .

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ASHWAGANDHA Tem aco anti-inflamatria, anti-microbiana, anti-tumoral, e imunossupressora nas doenas auto-imunes. ASTRALAGUS (ASTRALAGUS MEMBRANACEUS) Activa o sistema imunitrio e indicado nas infeces por vrus. CARTILAGEM DE TUBARO No cancro ter de ser estudado caso a caso, devido s suas implicaes com o corao. CHLORELLA Alga unicelular que promove o aumento dos glbulos brancos e age como anti-viral. COENZIMA Q10 Entre outros, na deficincia do sistema imunolgico e no cancro. Essencial para prevenir as sequelas do envelhecimento. EQUINCEA Estimulante do sistema imunitrio. No deve ser tomado por crianas, grvidas e pessoas com doenas auto-imunes anemia perniciosa, artrite reumatide, diabetes do tipo I, doena celaca, doenas da tiride, esclerose mltipla, lpus eritematoso, trombocitopenia imune . O tratamento no deve exceder um ms, sob pena de se correrem riscos de imunossupresso. Por tal motivo, os pacientes com VIH no devem fazer este fitoterpico o mesmo se diga do homeoptico. GARRA DE GATO (CATS CLAW) Tem um efeito poderoso, estimulando o sistema imunitrio, e sendo anti-oxidante, antiinflamatrio. uma planta a considerar, quer nos casos de tumores quer de VIH. GINSENG AMERICANO uma espcie bastante prxima do denominado Ginseng Coreano, sendo no entanto mais calmante do que este. O Ginseng uma planta de caractersticas adaptognicas, aumentando a resistncia do organismo s agresses exteriores e ao stress psquico e fsico. Deve evitar-se o caf com todas as espcies de ginseng. GINSENG COREANO Tem um poder estimulante superior ao do Ginseng Americano. Tonifica todo o organismo e estimula o sistema imunitrio, exercendo ainda uma aco benfica no sistema nervoso.

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GINSENG SIBERIANO (ELEUTHEROCOCCUS SENTICOSUS) Tnico adaptgeno. LEO DE ONAGRA Nas desordens imunolgicas.

LEO DE FGADO DE TUBARO Estimulante do sistema imunitrio, com relevante efeito nas clulas T. PAU DARCO Anti-bacteriano, viral e fngico. Tambm utilizado no cancro. RNA/DNA Estimulante do sistema imunitrio. REISHI-SHITAKE-MAITAKE Estimulante do sistema imunitrio. Carcinomas. Como coadjuvante nos tratamentos radioterpicos e quimioterpicos.

CARDO MARIANO Regenerador do fgado com manifesta funo desintoxicante. URTIGA Desintoxicao do organismo. H ainda a considerar os seguintes medicamentos naturais: PROPLIS. PLEN. GELEIA REAL LECITINA DE SOJA CH VERDE Funo anti-oxidante. Existe um estudo, do princpio do milnio, que o associa preveno de carcinomas da boca, clon, esfago, estmago, mama, recto e dos pulmes num mximo de 5 chvenas dirias .

Os FLORAIS DE BACH Os Remdios Florais intentam curar os distrbios psicolgicos dos indivduos imediata ou mediatamente causadores das doenas fsicas, sem olvidar, que gerando o equilbrio personolgico do paciente, melhoram substancialmente a sua qualidade de vida. A recuperao da doena muito mais rpida e eficaz quando os aspectos dinmicos da personalidade se24

enquadram em padres considerados normais e a atitude do paciente perante a vida e os inmeros factores psicossociais envolventes se assume de modo positivo. Bach considerando que o tratamento dos inmeros padecimentos a que os seres humanos esto expostos, deveria tomar em considerao a causa das doenas, determinou-se ao estudo da imunologia. Estamos perante um sistema curativo essencialmente vocacionado para a autocura. A leitura dos artigos respeitantes aos Florais, constantes deste site www.homeoesp.org -, acompanhados de uma atitude conducente ao autoconhecimento far com que o paciente escolha com rigor os medicamentos indicados para o seu estado. A HOMEOPATIA Se o paciente no tiver conhecimentos profundos desta cincia e arte de curar, prefervel ser obter auxlio profissional junto de terapeuta credenciado que poder ser ou no mdico alopata . Atente-se que no Brasil a homeopatia uma especialidade mdica. Vejam-se os artigos de Homeopatia neste site.

No existem frmulas consagradas ou programas de cura reputados como mais ou menos eficazes. O esquema de tratamento que infra se anexa meramente indicativo, e necessitar de adaptaes pontuais consoante os desgnios ou patologias dos destinatrios. So estes e os terapeutas, que em ltima anlise decidiro quais os produtos que vo tomar ou prescrever, tendo sempre em vista a prossecuo do objectivo primordial que a sade. Os medicamentos fitoterpicos, so em regra muito dispendiosos e no acessveis maior parte da populao. Assim, uma das alternativas, a sua diluio em baixa potncia, segundo normas adaptadas da farmcia homeoptica. Tal matria ser tratada no ltimo captulo PREPARAO DE COMPLEXOS. Anexo ao plano de tratamento, juntamos um protocolo teraputico para neoplasias, de Nuno Alves, bem como um sucinto plano alimentar para as mesmas. O plano teraputico comporta medicamentos homeopticos complexos dos laboratrios Heel, e fitoterpicos da Solgar. Podem ter de ser adaptados aos diversos tipos de carcinomas.

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PLANO DE TRATAMENTO

O plano de tratamento ou preventivo de reforo do sistema imunolgico deve ser elaborado ou pelo terapeuta ou pelo prprio paciente, tendo em vista as necessidades deste. Por outro lado, diga-se que inexistem planos rgidos. A regra a ser adoptada a da flexibilidade, ou seja, o plano deve ser alterado mensalmente ou de dois em dois meses, por duas razes fundamentais: - para que o organismo se no intoxique com excedentes das mesmas substncias; e - de molde a que pela experincia o paciente prossiga os melhores resultados. H ainda que considerar o seu estado de sade; incluir mais ou menos substncias, proporcionalmente gravidade daquele. No processo de autocura, dever informar-se detalhadamente das propriedades das substncias medicamentosas, eventuais contraindicaes e posologia os laboratrios tm quase sempre literatura disponvel . No deve em caso algum suspender ou reduzir a medicao aloptica a que esteja sujeito por prescrio do seu mdico alopata. O plano que traamos a seguir, meramente exemplificativo, englobando no entanto, as substncias que reputamos mais eficientes tendo em vista o reforo do sistema imunitrio.

1 MS Complexo vitamnico Frmula antioxidante Coenzima Q10 Garra de Gato Ginseng Coreano26

Ginseng Siberiano tomar durante 20 dias e fazer uma pausa de 10 dias no mnimo Pau dArco Reishi Shitake Maitake - h no mercado um complexo da Solgar Proplis No final do primeiro ms, fazer uma pausa de cinco dias. 1 dia uma dose de Nux Vomica 30 CH 2 ao 5 dia Cardo Mariano e Urtiga. 2 MS Repetir o procedimento do primeiro ms, com a mesma pausa de 5 dias. 3 MS E SEGUINTES Adaptar s necessidades prprias, englobando novos medicamentos. No entanto, deve ser feita uma pausa de um dia por semana, para alm da pausa final, que passar a ser de trs dias. A dose nica de Nux Vomica ser tomada de seis em seis meses, elevando-se a potncia para 200 CH

Acompanhar o tratamento com: Regime alimentar adequado ao caso veja-se infra para as neoplasias a proposta que perfilhamos . Nos casos em que por qualquer motivo o paciente tem dificuldade em se alimentar convenientemente, deve pensar-se em suplementos, tais como a Ceri Nutrina ou o Cergumil, venda em farmcias. Exerccio fsico moderado, e adequado condio do paciente. Hidroterapia. Automassagem. Meditao.

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NEOPLASIAS

Alimentos Recomendveis Fruta, vegetais e legumes frescos (insistir na beterraba). No se devem alterar as suas propriedades mediante qualquer processo de confeco alimentar. De qualquer modo, caso se pretenda cozinhar os legumes e vegetais deve-se faz-lo atravs de processos de cozedura a vapor. Os alimentos devero ser de provenincia biolgica. Cereais integrais. Aveia, trigo, centeio e qualquer outro tipo de cereal. Inclui-se neste grupo os pes integrais ou escuros. Mel, batata cozida com casca, nozes, amndoas e coco. No consumir os frutos secos que apresentem bolores (estes constituem-se de propriedades carcinognias). No consumir amndoas amargas pois estas produzem substncias que se podem converter em cianeto. O leite consumido deve ser absolutamente fresco e a sua ingesto deve ser bastante moderada. Deve-se substituir a carne por soja. Esta ltima possui um alto teor proteico que substitui adequadamente (no totalmente) a protena animal. Os peixes so para excluir da alimentao. Progressivamente, incluir-se-o no regime alimentar os peixes gordos (salmo; peixe espada preto; sardinha...)

Alimentao a Evitar Estimulantes de qualquer tipo: tabaco; caf; chs muito estimulantes; lcool.

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Doces (que contenham acares refinados) e farinhas brancas. Gorduras saturadas. Deve-se eliminar da alimentao qualquer tipo de enchidos. As protenas animais tm de ser evitadas. A sua ingesto farse- progressiva, equilibrada e oportunamente. Picantes e sal. Qualquer tipo de bagas, principalmente: framboesa; morangos; groselha; amoras; mirtilhos. Lacticnios, principalmente os pasteurizados. Aditivos sintticos (nitritos e nitratos). Empregar sempre produtos resultantes de produo biolgica. Grelhados e churrascos, principalmente se cozinhados sobre o carvo. Possuem forte potencial carcinognio.

Outras Recomendaes A vida diria deve ser o mais regrada possvel. Horas reparadoras de sono so de extrema importncia. A regra de deitar cedo e cedo erguer... no deve ser descurada de modo algum. Devem ser respeitados momentos de repouso ao ar livre, evitando fontes produtoras de toxinas(fumos, gases de escape, substncias irritantes...), ou quaisquer outros tipos de stress para o organismo fsico e psicolgico. O exerccio moderado e adequado condio individual deve ser dirio e praticado ao ar livre. Insiste-se na questo dos perodos de repouso (exerccio e passeios ao ar livre) em espaos isentos de agentes perniciosos ao organismo, visto a oxigenao e as trocas gasosas ao nvel dos pulmes e restantes tecidos orgnicos serem da mxima importncia nestes quadros patolgicos.

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TERAPUTICA NEOPLASIAS

Dirios

Galium-Heel gotas (Heel) 10 gotas num pouco de gua mineral, 2 vezes ao dia entre as refeies. Lymphomyosot gotas (Heel) 10 gotas num pouco de gua mineral, 2 vezes ao dia entre as refeies. Ginseng compositum gotas (Heel) 10 gotas num pouco de gua mineral, 3 vezes ao dia entre as refeies. Molybdn compositum comprimidos (Heel) 1 comprimido, 2 vezes por dia entre as refeies. Deixar dissolver lentamente os comprimidos sob a lngua.

Semanais

Glyoxal compositum ampolas (Heel) 1 ampola por semana (segundas-feiras), num pouco de gua mineral. Sutoxol-Injeel ampolas (Heel) 1 ampola por semana (segundas-feiras), num pouco de gua mineral. Coenzyme compositum ampolas (Heel) 1 ampola por semana (segundas-feiras), num pouco de gua mineral. Ubichinon compositum ampolas (Heel) 1 ampola por semana (segundas-feiras), num pouco de gua mineral.

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Hepar compositum ampolas (Heel) 1 ampola por semana (segundas-feiras), num pouco de gua mineral. Viscum compositum forte ampolas (Heel) 1 ampola por semana (segundas-feiras), num pouco de gua mineral.

Suplementos Alimentares

Reishi + Shitake + Maitake / 50 vegicaps (Solgar) - 1 a 2 cpsulas por dia s principais refeies (almoo e jantar). Antioxidant Free Radicals Modulators / 60 Vegicaps (Solgar) - 1 a 2 cpsulas por dia s principais refeies (almoo e jantar). Cats Claw Garra de Gato / 60 Vegicaps (Solgar) - 1 a 2 cpsulas por dia s principais refeies (almoo e jantar). Shark Cartilage 750 mg / 180 cpsulas (Solgar) - 6 a 8 cpsulas por dia s principais refeies (pequeno-almoo, almoo e jantar).

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HIDROTERAPIA

Algumas das tcnicas desenvolvidas pela hidroterapia so extremamente benficas ao sistema imunitrio. No nos cabe aqui desenvolver uma matria vasta, mas antes apontar dois mtodos simples e eficazes. BANHO DE PS DE TEMPERATURA ASCENDENTE Para alm de ser um bom estimulante do sistema imunitrio, -o tambm da circulao sangunea, estando indicado para doenas agudas e crnicas, como as dos brnquios, seios perinasais e vias urinrias. No sndrome dos ps e mos cronicamente frios. Enche-se um recipiente suficientemente grande para os ps, com gua quente a cerca de 35 centgrados. Mergulham-se os ps e acrescenta-se gua quente at que a temperatura suba no mximo aos 43. Depois, o paciente deve repousar deitado, pelo menos 30 minutos. BANHO DE BRAOS DE TEMPERATURA ASCENDENTE Estimula a circulao sangunea dos braos, das artrias coronrias, dos pulmes e da cabea. Sentado junto a uma mesa, coloca-se no tampo desta um recipiente capaz de albergar todo o antebrao parte do brao entre o cotovelo e o punho e a mo. Enche-se o recipiente com gua, como no tratamento supramencionado, e durante 15 minutos vai-se acrescentando gua quente, at que a temperatura atinja cerca de 40.

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MASSAGEM

A massagem produz indubitavelmente uma sensao de bem estar geral. Estimula a circulao sangunea, liberta bloqueios energticos, produz o relaxamento dos msculos e exerce um efeito notvel sobre o sistema nervoso, diminuindo o stress, a angstia, a ansiedade e a prpria depresso. um estmulo tctil, que pelas suas caractersticas muito peculiares, fortalece o sistema imunitrio. H pequenos, mas muito teis manuais de massagem no mercado livreiro, que abordam praticamente todas as suas tcnicas. Como nem sempre temos nossa disposio um profissional qualificado muito especialmente pelo esforo financeiro que pode envolver ou algum que se predisponha a massajar-nos, devemos optar por uma obra, que refira ainda que sucintamente a tcnica da automassagem elucidativa e pouco dispendiosa, a intitulada O Prazer da Massajem, Editora Girassol, que para alm de outros tem um captulo relativo Reflexologia, com os respectivos mapas zonais . Vamos aqui referir-nos, ainda que muito sumariamente automassagem, que funciona essencialmente como um mtodo idneo para estimular todo o organismo, propiciador do mencionado bem estar geral. No existem regras rgidas. A sua intuio e sensibilidade ir gui-lo. O melhor mtodo no necessariamente o estabelecido pelos especialistas, mas o que produz resultados pelo menos satisfatrios. AUTOMASSAGEM 1 Relaxe durante alguns minutos, na posio de deitado ou sentado, mantendo-se imvel, de preferncia com msica de fundo adaptada meditao.33

2 Sentado ou deitado, se o preferir comece por massajar levemente todo o couro cabeludo, com ligeiros movimentos rotativos das pontas dos dedos. Experimente outros tipos de aco, como a presso exercida pelas palmas. 3 Massaje a testa. Com as pontas dos dedos faa movimentos circulares. Faa movimentos em vrios sentidos, como quem estica a pele. 4 O contorno dos globos oculares e a raiz do nariz, utilizando neste caso o polegar e o indicador. 5 Toda a face, nomeadamente as mandbulas, a zona circundante dos lbios inferiores e superiores e as mas do rosto. 6 A base do crnio, o pescoo e os trapzios. Utilize a presso que julgar adequada e com que se sinta menos tenso. 7 Os dedos e as palmas das mos. Verifique se nas mos existe algum ponto doloroso. Se tal acontecer, massaje-o suavemente durante alguns minutos at que sinta alvio. 8 Passe agora aos braos, percorrendo-os do pulso at aos ombros. Efectue alguns movimentos lentos com os dois braos, como se praticasse Tai-Chi. 9 Deitado, massaje o abdmen com movimentos circulares no sentido dos ponteiros do relgio. Toque-o com leveza e com as pontas dos dedos, num ligeiro movimento de percusso. 10 Sentado friccione a zona dos rins com as duas mos. 11 Colocando-se de barriga para cima e dobrando as pernas sobre o abdmen, puxe para este os joelhos com as mos e balance-se de um lado para o outro, estimulando assim as costas. 12 Massaje as pernas, passando aos ps, que lhe devem merecer um cuidado especial planta, dedos, peito, calcanhar de Aquiles .

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Se se deparar com pontos dolorosos, detenha-se neles, massajandoos de modo circular durante o tempo necessrio ao desaparecimento da dor.

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MEDITAO

Temos considerado, que meditar no cumprir um programa espiritual, no se compadece com retiros, no tem horas marcadas. No um procedimento racional que visa atingir uma verdade especfica. ateno global e constante de todas as ocasies sejam elas quais forem. Implica solido, a libertao do conhecido, a extino da dor, para que o novo, o desconhecido surja veja-se o artigo referente meditao, em sede de espiritualidade, neste site www.homeoesp.org No entanto, temos conscincia que para muitos, a inexistncia de um programa promove a inaco. Por tal facto, inserimos um esboo meramente indicador de possvel prtica espiritual. Use-o ou rejeite-o, valendo aqui o que ficou escrito na introduo ao livro O Despertar Da Espiritualidade Meditar Sem Mestre, cuja introduo tambm consta deste site.

1 SEMANA 1 dia Notcia da doena 2 dia Notcia da doena 3 dia Relaxamento deitado (30 minutos) Conscincia da respirao (30 minutos) 4 dia Relaxamento deitado (30 minutos) Conscincia da respirao ritmada (30 minutos) 5 dia Relaxamento deitado (30 minutos) Conscincia da respirao (15 minutos) Mantra (15 minutos) 6 dia Relaxamento deitado (30 minutos) Conscincia da respirao (15 minutos) Mantra com observao do que o rodeia (15 minutos) 7 dia Relaxamento deitado (30 minutos) Conscincia da respirao (15 minutos)36

Mantra com observao do que o rodeia (30 minutos) 2 SEMANA 1 dia Relaxamento sentado e imvel (15 minutos) Mantra com observao do que o rodeia (30 minutos) Conscincia dos rostos, corpos e palavra (30 minutos) 2 dia Relaxamento sentado e imvel (15 minutos) Mantra com observao do que o rodeia (30 minutos) Conscincia dos rostos, corpos e palavra (30 minutos) 3 dia Relaxamento sentado e imvel (15 minutos) Mantra com observao do que o rodeia (30 minutos) Conscincia dos rostos, corpos e palavra (30 minutos) 4 dia Relaxamento em movimento, com gestos suaves (30 minutos) Mantra com observao do que o rodeia (30 minutos) Observar o pensamento e o que o rodeia (30 minutos) 5 dia Relaxamento em movimento, com gestos suaves (30 minutos) Mantra com observao do que o rodeia (30 minutos) Observar o pensamento e o que o rodeia (30 minutos) 6 dia Relaxamento em movimento (30 minutos) Observar o pensamento e o que o rodeia (30 minutos) 7 dia Relaxamento em movimento (30 minutos) Observar o pensamento e o que o rodeia (30 minutos) 3 SEMANA 1 dia Conscincia de si (30 minutos) Concentrao num objecto (15 minutos) Visualizao (15 minutos) 2 dia Conscincia de si (30 minutos) Concentrao num objecto (15 minutos) Visualizao (15 minutos) 3 dia Conscincia de si (30 minutos) Concentrao num objecto (15 minutos) Visualizao (15 minutos) 4 dia Conscincia de si (30 minutos) Quem sou eu? (15 minutos) Visualizao (15 minutos) 5 dia Conscincia de si (30 minutos) Quem sou eu? (15 minutos) Visualizao (30 minutos) 6 dia Conscincia de si (30 minutos) Quem sou eu? (15 minutos)37

Visualizao (15 minutos) Exerccio morte (15 minutos) 7 dia Conscincia de si (30 minutos) Quem sou eu? (15 minutos) Visualizao (15 minutos) Exerccio morte (15 minutos) 4 SEMANA 1 dia Conscincia de si (30 minutos) Visualizao (15 minutos) Meditao SoHam (30 minutos) Expanso do eu (15 minutos) 2 dia Conscincia de si (30 minutos) Visualizao (15 minutos) Meditao SoHam (30 minutos) Expanso do eu (15 minutos) 3 dia Conscincia de si (30 minutos) Visualizao (30 minutos) Meditao SoHam (30 minutos) 4 dia e seguintes CONSCINCIA CONSTANTE

EXERCCIOS DE MEDITAO

Os exerccios que se seguem foram extrados do livro O Despertar Da Espiritualidade Meditar Sem Mestre, da Editora SeteCaminhos veja-se a Introduo ao mesmo neste site, www.homeoesp.org , excepcionando-se o que visualizao se refere, por ter sido sujeito a ligeiras alteraes.

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NOTCIA DE DOENA

Este exerccio pode ser realizado a ttulo introdutrio, motivando a prtica dos que se seguem, e repetido sempre que se julgue conveniente. Tem a finalidade de nos despertar para o que importante nas nossas vidas, varrendo o acessrio do nosso quotidiano. Demonstra-nos como tem sido vulgar e mesquinha a nossa existncia, com as suas estpidas rotinas, preocupaes absurdas, e tempo desperdiado. Vai auxiliar-nos a valorizar o essencial, levando-nos a separar o trigo do joio e a rvore que floresce da infrutfera.

Imagine que se dirige ao consultrio do seu mdico para tomar conhecimento do resultado de anlises e exames auxiliares de diagnstico que fez, face existncia de sintomas e sinais patolgicos preocupantes. Desloca-se ansioso, temendo o anncio de uma doena incurvel, que pressentia e previa. Entra no seu gabinete com um amargo de boca e com o corao a bater desordenadamente. Os pensamentos sucedem-se catica e ininterruptamente, gerando uma angstia indefinvel. Senta-se sua frente. Os olhos do clnico pousados silenciosamente no resultado dos exames de diagnstico deixam antever o pior. A sua expresso inquietante e reveladora da gravidade da situao. Acaba por lhe dizer com a cautela e seriedade de um profissional competente: - Est doente, muito doente. Uma doena incurvel, pode durar seis meses, um ano, talvez mais... Vai tudo depender do acaso e tambm de si, da sua vontade de viver. Volta para casa. Est consciente. A morte algo certo, previsvel como sempre foi, s que agora pode senti-lo profundamente. E como estranha a sensao de um acontecimento inevitvel, que se recusou a interiorizar na sua curta, frgil e misrrima existncia.

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tudo uma questo de tempo. Com sorte pode permanecer neste mundo mais um ou dois anos. Estamos sempre limitados pelo tempo e pelo espao em que um dia deixaremos de nos movimentar. Faa uma retroinspeco da sua vida. Os acontecimentos mais marcantes, os momentos de alegria, de pesar, o luto, as constantes trivialidades que tanto valorizou, o tempo dissipado com banalidades. Escreva-o. Passmos uma existncia completa a caminhar para o emprego em transportes incmodos. Uma luta constante por promoes com as inerentes intrigas, executando tarefas que s muito raramente nos preencheram. A desenfreada busca do prazer, a ambio, o cime nas nossas relaes, a inveja declarada ou sublimada, os conflitos familiares constantes, os inevitveis ardis e falsidades relacionais. Vivemos emparedados em muros de beto, sem que tenhamos apreciado a beleza de uma flor, de uma rvore, de um pr-do-sol, do oceano, de um rosto. Estamos quase sempre de costas voltadas para a vida, absorvidos por pensamentos parasitas e destruidores, por dios, sentimentos de vingana e de culpa. Nunca ou em parcos momentos, reflectimos sobre os grandes temas existenciais e olhmos para o nosso interior, compreendendo-nos. Um desperdcio absoluto e insustentvel, uma verdadeira tragdia de que nunca nos apercebemos por estarmos permanentemente num estado psicolgico de fuga. Imagine-se agora prostrado no sof ou no leito, com a angstia e a depresso a invadirem todo o seu ser. Os pensamentos amontoam-se, sucedem em cascata, incapaz de se concentrar num nico assunto. A ansiedade cresce minuto a minuto. Revolta-se, rejeita o facto, pede o auxlio divino, aquele contrato transcendental que o poder salvar de deixar de ser quem e de perder o que tem. E afinal, quo miservel tem sido a sua vida. E essa misria cuja perda o assusta e aterroriza. Tem a sensao de que ficou praticamente tudo por pensar e por fazer. Implanta-se um forte sentimento de impotncia, uma melancolia essencial, destrutiva e opressiva. Lentamente, com o decurso do tempo, apodera-se de si a serenidade possvel e necessria. H que resolver de imediato questes financeiras e outros pormenores de ndole material, sem adiamentos. A morte exige uma preparao burocrtica que alivie os sobreviventes de problemas de difcil resoluo.

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Passada que esteja esta fase, tem de decidir como que vai passar os seus ltimos dias. O que que lastima no ter feito? Quais as actividades a que se vai dedicar? H algo em especial que queira fazer ou investigar? No teve tranquilidade, paz, pacincia, alegria e compaixo. Esteve sempre envolto em tumultuosa bruma de sentimentos negativos. No amou o suficiente para que se sentisse verdadeiramente preenchido. Desperdiou o seu tempo com banalidades. Nada ou pouco fez, que lhe propiciasse um crescimento espiritual gratificante. No observou este mundo com os olhos inocentes da criana de tenra idade, valorizando a sua beleza prpria. No cumpriu com quase nenhum dos projectos a que se props. Prestou espordico auxlio aos outros, e quando o fez, aguardou o necessrio retorno. Solidariedade e fraternidade so meras palavras sem contedo e aco, com que ludibria o mundo e se engana a si mesmo. uma rplica mal elaborada de bondade e amor, capaz de ser desmascarada por qualquer ser mais atento, tal como a imitao grosseira de uma obra de arte facilmente desvendada nas suas imperfeies por um leigo relativamente informado. Anote sequencialmente, hierarquizando tudo o que no fez ou no terminou e julgue importante realizar. Constate como tudo o que considerava essencial perde significado: o dinheiro, o poder, a carreira profissional, os bens materiais, o sexo, mas no o Amor nem a Contemplao.

RELAXAMENTO

Vivemos em perptua tenso. Conflitos internos e externos assolam a nossa existncia. So os inglrios combates do quotidiano, com a rotina imposta pelas nossas mltiplas actividades, mecnicas, repetitivas e inspidas. Nunca distendemos os nossos msculos ou afrouxamos as amarras do crebro. Carecemos de incrementar a placidez do corpo e do esprito. O relaxamento uma atitude fundamental idnea prossecuo de estados superiores de tranquilidade.

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Num aposento com pouca luz, o mais isento possvel de rudos e com uma temperatura amena, deite-se de costas vestindo roupas cmodas e pouco justas, numa cama, tapete ou directamente no cho, desde que de madeira, com o corpo todo ao mesmo nvel. As pernas devem ficar ligeiramente afastadas e os braos ao longo do corpo tambm com um ligeiro afastamento relativamente ao trax. Pode estar em silncio ou ouvir msica, de preferncia adaptada aos estados meditativos, que lhe proporcione um acrscimo de distenso. Este processo para ser eficaz, pode durar nos primeiros tempos cerca de uma hora. Aps alguma prtica, a sua capacidade de relaxamento ir encurt-lo substancialmente. Mantenha-se em completa imobilidade durante alguns minutos a experincia dar-lhe- as indicaes necessrias , com os olhos fechados, respirando profunda e regularmente pelas narinas, tomando conscincia do movimento do ar e do seu percurso em todo o aparelho respiratrio. Comece agora a concentrar-se no peso do seu corpo, pernas, braos, mos, trax, cabea, projectado no local onde se alongou. No tardar muito para que comece a sentir um ligeiro formigamento nalgumas partes, em especial nos ps, pernas, braos e mos, para alm de uma sensao geral de afundamento. No se mova. chegada a altura de se concentrar nos ps. Comece nos dedos e sinta-os a distenderem-se. A sensao de formigueiro aumenta. V deslocando calma e pacientemente a sua ateno, percorrendo os ps na direco das pernas. provvel, que por fora da imobilidade, nesta altura os braos e mos j estejam bastante distendidos. Deposite a sua ateno nas pernas, num movimento ascendente. Agora, faa o mesmo com os braos, comeando nos ombros e descendo at s mos, culminando nos dedos caso prefira, pode comear nos dedos, seguindo um movimento ascendente . tempo de relaxar o trax. Ao princpio poder parecer-lhe que os progressos so diminutos. No desespere, nem se apoquente. Os resultados iro surgindo com o tempo e com a persistncia.

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Por ltimo, o pescoo, seguindo-se a cabea. Os msculos da face, o couro cabeludo. Esta provavelmente a parte do corpo que vai merecer mais cuidados, tempo e energia, a mais difcil.

Quando estiver familiarizado com o mtodo de relaxamento na posio de deitado, passe postura sentada, mantendo a coluna vertebral e a cabea em linha recta, com as mos suavemente apoiadas nas pernas ou no baixo-ventre. Mantenha-se imvel e pratique o mtodo descrito anteriormente, com as necessrias adaptaes.

O passo seguinte, atingir a relaxao enquanto sentado, nos transportes pblicos, privados, nos cafs, em casa, e em quaisquer outros locais, mas aqui, sem que observe uma imobilidade total, tomando ateno aos seus gestos e movimentos, que no devem ser bruscos.

Por fim, treine o relaxamento enquanto caminha e em todas as situaes que no obriguem a movimentos bruscos. Os gestos devem ser lentos, suaves e graciosos, para que seja permitido mente concentrar-se em todas as suas atitudes corporais.

CONSCINCIA DA RESPIRAO

Observar a respirao um bom mtodo de controlo da mente e de meditao. Quando a nossa ateno recai nela, os outros pensamentos desvanecem-se. Buda, na sua procura da iluminao experimentou praticamente todos os mtodos que havia para experimentar, at que um dia a atingiu sentado sombra de uma figueira, tendo transmitido aos seus discpulos o segredo de uma forma que nos parece demasiadamente simples: Quando respirardes muito profundamente, queridos monges, tende conscincia de que respirais muito profundamente. Quando respirardes pouco43

profundamente, tende conscincia de que respirais pouco profundamente. E quando respirardes superficialmente, tende plena conscincia de que estais a respirar superficialmente. A reteno voluntria do ar na respirao ritmada tambm favorece a aniquilao dos pensamentos. Experimente sust-la por alguns segundos e atente na quase impossibilidade de estes surgirem. Durante esses breves segundos, se observar o que o rodeia, note como tudo real, dotado de uma realidade prpria, no contaminada pelas mltiplas distraces do esprito.

Concentre-se no seu corpo, na posio que adoptou, durante breves instantes. Mantenha-se imvel. Sentado ou deitado, de preferncia com a coluna vertebral e a cabea numa postura direita. No tardar que sinta algum alvio da tenso e que se produza um progressivo relaxamento. Concentre-se na respirao. No ar que entra e sai pelas narinas e no seu trajecto ao longo das vias respiratrias. Evite os pensamentos, a disperso mental. Caso surjam, no lhes resista. Observe-os e deixe que passem pela mente tal como as guas dum rio se deslocam e as aves cruzam os cus, retomando logo que possvel a concentrao no acto de respirar. V aumentando de modo lento o tempo de concentrao no acto de respirar. No conveniente, logo de incio, que o faa por longos perodos.

A concentrao na respirao ritmada poder auxiliar na resoluo de inmeros problemas do foro psicolgico, tais como, ansiedade, depresso, neuroses, fobias e ataques de pnico. Inspire enquanto conta mentalmente 1, 2, 3, 4, ou 1, 2, 3, 4, 5, 6, ao ritmo dos segundos ou das batidas do corao, seguindo o trajecto do ar desde as narinas aos pulmes. Agora, retenha o ar inspirado enquanto conta 1, 2, ou 1, 2, 3, neste ltimo caso se a inspirao atingiu o nmero 6. Expire de seguida contando o mesmo nmero que contou durante a inspirao. Descanse alguns segundos entre cada respirao completa. Repita o exerccio at que sinta algum cansao.

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MANTRA

A recitao de um mantra, que fundamentalmente um protector da mente, porquanto inviabiliza os pensamentos, um mtodo de meditao. Tcnica utilizada entre outros, pelo Bhakti Yoga, uma frase ou palavra dada pelo guru ou de caractersticas universais ex. Deus amor, Ram, Abba, Om , que deve ser repetida atentamente um sem nmero de vezes e que tem por finalidade a realizao espiritual. Considera-se que uma simples recitao mecnica possa produzir efeitos relevantes. Gandhi afirmava ter afastado todos os seus medos e crer plenamente, que a incessante repetio do nome de Deus, com f, curaria ou obstaria ao aparecimento de qualquer doena. Um clebre guru indiano, Swami Rmdas, percorreu as estradas da ndia repetindo sem cessar o mesmo mantra: Om, Shri Rm, Jai Rm, Jai, Jai, Jai Rm. Via em cada coisa e em cada ser a encarnao do poder divino. Repetir incessantemente o nome de Deus, meditar sobre os seus mltiplos atributos Deus existncia, conscincia e felicidade absolutas, por isso pureza, paz, pacincia, amor, beatitude, alegria e compaixo abandonando-lhe todas as aces, eis o caminho por si preconizado. S no recitava o Rm mantra enquanto conversava, lia ou escrevia. Comportou-se sempre como uma criana, sem qualquer plano para o futuro. Ramakrishna dizia que com a repetio constante do santo nome de Deus, todas as dvidas so apaziguadas, tornando-se desnecessrios quaisquer outros exerccios. Deus realizado pelo poder do seu santo nome. A repetio do nome leva-nos ao esquecimento do corpo e das dores. Impede que a mente sofredora se fixe em ideias depressivas e angustiantes, dirigindo-a antes para Deus.

Um mantra ideal para o incio da peregrinao caminho a percorrer na direco do Absoluto a frmula Pai tende piedade de45

mim. Alguns cristos usam frequentemente a expresso Senhor Jesus tende piedade de mim. Cada um pode escolher a frase ou palavra que mais o toque e impressione, e que se coadune com as suas expectativas e motivaes espirituais. O peregrino pode optar por um ou mais mantras adequados ao seu estado de esprito, repetindo-o num estado similar ao da orao, em perfeito recolhimento ou enquanto passeia ou viaja. A repetio pode ser feita de vrias formas: com ou sem acompanhamento da conscincia da respirao, em voz alta ou mentalmente. No primeiro caso o mantra pode ser dito durante a inspirao e concentramo-nos no relaxamento que a expirao produz ex. Jesus expirao, Deus amor - expirao ou uma parte dita na inspirao e outra na expirao ex. Je - sus, Deus - amor, Pai - tende piedade de mim . Na hora ou horas destinadas ao recolhimento, em viagem, na companhia de outrem, podemos tomar conscincia das sensaes respiratrias ao mesmo tempo que pronunciamos mentalmente o mantra. Se a dvida e o sofrimento se instalarem nos nossos coraes no devemos desesperar. Repita o nome de Deus Jesus, Pai, Jav, Rama, Al e acredite-se que tem o poder de curar todas as doenas, de fazer descer sobre si a sua graa e amor, de o tornar puro. Se Deus no responder s suas oraes e chamadas, insista. A sua alma acabar por responder, como ensinava M Ananda Moyi.

Um outro exerccio que bastaria sem mais a uma vida de devoo. Concentre-se intensamente na inspirao enquanto pronuncia a palavra Pai Senhor Jesus, Jesus, Um ou Om . Simultaneamente sinta que de todo o Universo partem raios de luz dourada, que se vo depositar no seu plexo solar (cova do estmago, onde as costelas se comeam a separar). Raios que trazem consigo o poder e a graa de Deus. Aps uma breve reteno expire pronunciando de preferncia mentalmente a frase tende piedade de mim. Sinta durante esta fase que os raios de luz banham todo o seu corpo, irradiando do plexo, abenoando-o, dando-lhe paz e curando todos os seus males.46

O japam repetio do mantra um mtodo que tem vindo a ser desaconselhado por alguns mestres de espiritualidade, entre os quais Krishnamurti, por poder provocar o embotamento do esprito forando-o a uma quietude isolada da realidade. No nosso entender, no entanto perfeitamente adaptvel aos nossos tempos e a situaes de crise, podendo ser encarado como uma iniciao nos restantes casos, face sua simplicidade de execuo. Haver um momento, em que todos estes exerccios sero voluntria e espontaneamente abandonados, dando lugar ao que denomino verdadeira meditao, caminho para a realidade e que neste conjunto de exerccios intitulamos como conscincia constante.

CONSCINCIA DOS ROSTOS, CORPOS E PALAVRA

Em casa veja o rosto dos seus familiares. Da companheira, dos filhos, dos pais ou avs. Veja sem mais, limitando-se a observar pura e simplesmente. O cabelo e os seus reflexos, o nariz, a boca, os olhos, a face, rugas, brilhos, os pormenores que nunca notou ou em que nunca se deteve. Concentre-se agora nas formas corporais, no vesturio e adornos, bens que muito dificilmente podemos dissociar do ser humano que os usa. A beleza de um corpo, as malformaes, feridas. As formas corporais insinuadas nos vestidos, nas calas e camisas. O seu corte e estilo. Atente nos gestos, nas expresses e na forma de caminhar. Na rua proceda da mesma maneira. Enquanto estiver num caf ou bar, nos jardins, nos transportes pblicos, nas salas de espera, mantenha-se atento aos rostos e corpos recebendo as mensagens que os outros lhe transmitem no seu modo de ser. Veja as crianas que brincam, os jovens namorados que se abraam, a beleza de uma mulher, o sorriso paciente e bondoso dos velhos, a tristeza do mendigo, o sofrimento do mutilado, a energia dos vendedores ambulantes.

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Oua o que os outros tm para lhe dizer sem que recorra a comparaes com ideias, doutrinas ou juzos pr-concebidos. Oua s, o que to difcil como ver sem mais. Pacientemente, sem nervosismo, irritao ou pressa, seja o que for que lhe esteja a ser dito.

OBSERVAR O PENSAMENTO

Uma das formas de conseguir a cessao da actividade mental a observao continuada da mente. Quando a examinamos tomando conscincia de todos os pensamentos que a so gerados, seguindo-os at sua origem, as suas actividades tendem a parar, ficando tranquila. Ficar tranquilo quer dizer no pensar. Na linguagem do poeta Caeiro, diga-se que o que faz falta conhecer e no pensar. Na origem no temos pensamentos. O espao que os separa de quietude. Quando o tronco de carvalho j no alimenta a fogueira, esta repousa. Quando se tornam silncio, o Eu encontra a paz, residindo no estado puro, e a libertao torna-se atingvel. Os pensamentos so como os ventos: aparecem, mudam de direco uns quantos graus de tempos a tempos, e desaparecem dando lugar a outros novos. O segredo est em no os pensar, aceitando o seu fluxo como o das correntes de mar. O silncio o estado que transcende, quer a palavra quer o pensamento. a linguagem mais poderosa, elevada e eficaz. Nos estados de sonho e viglia, o crebro est em actividade. No sono profundo esta cessa e manifesta-se a conscincia pura em todo o seu esplendor. A felicidade ento sentida de forma absoluta por aquele que no pensa, compreendendo assim de modo seguro o que o envolve graas linguagem universal do silncio. no seu seio que podem ser

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compreendidas questes submetidas a investigaes e estudos de anos e sculos sem sucesso.

Observe os pensamentos como se no fossem seus. Veja-os a atravessar o espao mental da mesma forma que uma ave cruza os cus. No se interesse por eles, nem se preocupe ou aflija com o seu contedo. A mente parece dividir-se em duas. Por um lado a eterna testemunha, por outro o conjunto de divagaes despropositadas e pensamentos parasitas, que com o tempo acabam por ser pacificados. Com a prtica, limitar-se- sua escuta e do seu movimento prprio, sem que recorra a tcnicas dualistas de observao. Simultaneamente com a observao continuada da mente, veja e oua sem restries tudo o que o rodeia. A montanha, a fraga erecta, o bosque de folhosas, o nascer e o pr-do-sol, o autocarro apinhado de gente, a mulher no mercado, o mendigo paraltico, as catedrais, os castelos, as obras de arte, o mar revolto, a calmaria da lagoa, o cu azul, as nuvens, as estrelas, as vozes na praa da aldeia, o rudo dos automveis, a msica. Com a mente vazia, num estado de tranquilidade quase perfeita, h uma percepo real, no contaminada do objecto da observao. E s esse estado permite a percepo da beleza de forma estvel e duradoura. Se vir e escutar tudo o que o rodeia enquanto observa a mente e esta se encontra em estado de repouso, tem acesso imediato sabedoria e plenitude, por penetrar no mago da realidade.

CONSCINCIA DE SI

O autoconhecimento a base essencial de todo o crescimento espiritual.

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Tem de se observar atenta e constantemente em cada minuto e em cada segundo do dia. Deve escutar a sua mente, com toda a sua problemtica. Ouvir os seus pensamentos, os desgostos, a ansiedade, o desespero, a alegria, os conflitos, as tenses, a clera, o cime, o dio, os sentimentos de culpa, as mais horrendas tentaes, a vaidade, o orgulho, a cobia, todos os desejos e medos. Estar atento aos sentimentos, forma como se conduz em pblico e em privado, como se veste e cuida, como fala, como come. Escutar o que lhe vai no ntimo e as atitudes, sem que proceda a justificaes. Observar to-somente, na perspectiva da testemunha que se limita a vivenciar os factos sem deles tirar quaisquer ilaes. Torne-se consciente de tudo o que ocorre em si, no corpo e mente. O exerccio de conscincia de si prprio pode ser praticado na primeira semana durante cerca de trinta minutos dirios, aumentando-se progressivamente nas semanas seguintes at que seja uma constante absoluta da sua existncia. O conhecer-se a si mesmo no tem fim nem metas a atingir. prtica de toda uma vida.

Sente-se em casa numa posio confortvel, caminhe na rua ou execute quaisquer tarefas. Escute e explore o seu interior, as sensaes, os pensamentos, as mensagens da mente, a clera, os desejos, o medo. Como que sente o corpo? Tenso, relaxado, dorido? Explore as mltiplas sensaes das suas diversas partes. Concentre-se agora no acto de respirar, na inspirao e expirao. No ar que entra e sai pelas narinas. No interfira no seu ritmo. Observe-o apenas. Se for profunda tenha conscincia de que respira profundamente, se for superficial tenha tambm conscincia de que respira superficialmente. Verifique ainda que durante a exalao se descontrai. Em que que est a pensar? No pagamento da prestao da casa, nos estudos e futuro dos filhos, na doena da companheira, no trabalho que o no realiza, nas ofensas que lhe foram feitas?

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Tome conscincia dessa multido de pensamentos que anarquicamente se sobrepem uns aos outros e no permitem estabilidade mental. Na sequncia de um dilogo irrita-se, acabando por se encolerizar. Tome conscincia de que est inquieto. Sinta o crescer da irritao e o nascimento da clera. Que tipo de clera esta? Quais as manifestaes visveis e ocultas? O que que est a provocar em si? Donde veio? Porque que est assim? Cime? Inveja? Complexo de inferioridade? Depresso? Uma qualquer neurose? Escute os desejos que tm sido entendidos como a causa de todos os males e no os reprima. Escute-os. Assista ao seu nascimento e crescimento. Escute atentamente tudo o que tm para lhe dizer. No se envergonhe deles. Analise a sua estrutura, intensidade e objecto. Determine a sua causa. Adira-lhes e ver como se vo desvanecendo aos poucos. Oua os seus medos. Da doena, da dor, do sofrimento. Do amanh, da morte, das contrariedades que podem surgir. De perder o emprego, da pobreza. Este medo que psicolgico, no reage revolta que possa ter contra ele, pelo que deve perfilh-lo. Esquea o passado e o futuro. S h presente e neste no h lugar para o medo do amanh, apenas para o facto, para a realidade. A clera, o desejo e o medo necessitam de ateno para desaparecerem. Se os sentir, se os experimentar, acabam por se diluir na mente. Realiza o seu trabalho e sente-se frustrado, abatido, com uma enorme vontade de mudana. Perceba tudo isso instantaneamente. Das profundezas da mente surgem pensamentos tenebrosos. Tem vontade de matar, de ofender corporalmente, de fazer sofrer, de cometer abusos. No os reprima nem recalque. Oua-os sem que se comprometa emocionalmente e veja como se vo dissipando enquanto a serenidade se apodera de si.

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Oua e perceba a angstia, a inveja, a agitao motora, todas as emoes como se fosse a primeira vez que esse estado se apoderasse do seu ntimo.

Quando se observa a mente, esta torna-se tranquila e em paz, e nesse estado que tudo se torna inteligvel.

Escute e investigue de imediato as causas do seu comportamento, nomeadamente quando: - se irrita e agride os outros por via de contrariedades que sofre e que no consegue suportar psicologicamente; - obstina-se por prazer ou simplesmente teima; - quer avassalar os outros pela fora; - se deixa corromper; - no ouve os outros e pensa que tem pouco a aprender com eles; - maltrata ou mata animais por puro deleite; - tem ndole cruel; - o corpo e a sua roupagem so o mais importante; - desagradvel com a famlia e simptico com conhecidos e estranhos; - desabona os outros ou os calunia; - experimenta uma necessidade absoluta de encontrar novos parceiros sexuais; - se torna inactivo com medo de cometer erros ou por estar sempre hesitante; - suspeita de tudo; - tem esprito de contradio; - fala pouco ou demais; - se isola; - procura sempre, seja para o que for, a companhia e amparo dos que o circundam; - se refugia na intelectualidade ou em qualquer actividade cultural; - considera que todo o mundo perverso; - quer ser engraado ou cmico; - quer ser sempre o vencedor e odeia perder seja no que for, acabando por desprezar todos os que aparentemente lhe so superiores;

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- quer ser aceite por todos aqueles com quem convive, mesmo custa da represso das suas emoes e princpios; - se humilha ou exalta perante os que o cercam; - exterioriza o seu mau humor e transforma os outros em bodes expiatrios; - no quer fazer o que deve ou aquilo a que est obrigado; - cogita que os outros falam mal de si e criticam o seu modo de estar na vida; - desvaloriza os bens materiais dos outros e o seu talento; - pretende que os seus desejos sejam imediatamente satisfeitos e as suas vontades saciadas; - se sente inferior ou pelo contrrio enverga um sentimento de preeminncia; - fantasia ser um grande poltico, escultor, santo, msico, estrela de cinema ou guerreiro; - utilizando vrios mecanismos de defesa psicolgica foge das suas responsabilidades e comprometimentos; - os sentimentos de culpa lhe assolam o esprito. No que a estes ltimos respeita, atente que o resultado de tudo o que fez. Bem e mal. A sua procura da Verdade da que deriva. Por isso, no lastime os erros que cometeu. Como transportamos connosco o paraso e o inferno, liberte-se deste ltimo.

CONCENTRAO NUM OBJECTO

Quando a ateno repousa sobre qualquer coisa, a mente fica tranquila. A concentrao o acto pelo qual a mente se fixa sobre um qualquer objecto ou pensamento, podendo tambm incidir, como j vimos, sobre a repetio de um mantra, evitando-se na medida do possvel a disperso mental. A concreta, visando um objecto materialmente definido ou uma divindade de caractersticas pessoais a mais adequada ao iniciado, o que

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mesmo assim no faz afastar a sensao de cansao nos primeiros tempos de prtica. A concentrao num objecto implica um conhecimento pleno e detalhado do mesmo, constituindo-se como acto de observao paciente. Inicialmente deve escolher os da sua preferncia. Uma flor, um quadro, uma fotografia, um pedao de rocha com musgo, uma pequena planta, um galho, uma escultura. Isto torna-a mais fcil e atractiva.

De um qualquer modo, seja qual for a sua prtica espiritual orao, japa, concentrao, conscincia constante deve ser persistente e laborioso, praticando-a sistemtica e regularmente. Ramakrishna dizia que se ocupssemos parte do tempo que desperdiamos com ninharias, na procura do despertar, alcanaramos a libertao em poucos anos.

A VISUALIZAO

este o momento indicado para que falemos da visualizao. Podemos visualizar tudo o que quisermos e que esteja ao alcance da nossa imaginao. So inmeros os meditantes que a utilizam no seu quotidiano nomeadamente Uri Geller, cujos poderes paranormais esto cabalmente demonstrados , imaginando tudo o que pretendem que lhes acontea, entre outros, o sucesso nos negcios e na profisso, em actividades a que se estejam a dedicar, no crescimento espiritual, abandono de hbitos e vcios jogo, lcool, tabaco, drogas , a melhoria ou erradicao de factores predisponentes ou j instalados de distrbios e deformaes de personalidade. A visualizao extraordinariamente til quando estamos doentes. O seu poder sugestivo enorme o ser humano uma criatura extremamente sugestionvel e influencivel, dando-nos prova disso os recentes avanos realizados pela Medicina Psicossomtica . Deitado ou sentado, em estado de recolhimento, feche os olhos, imaginando um ecr de cinema onde far desenrolar as cenas com as finalidades que pretende atingir. Imagine-as ao pormenor, em toda a sua54

cor, forma e movimento. Escolha com mincia e adequadamente os intervenientes. Acredite energicamente, com toda a sua vontade, que os desejos propostos sero efectivamente realizados. No caso de doena, depois de ter colhido as necessrias informaes atinentes fisiologia e patologia inerentes enfermidade, visualize o rgo atingido ou o aparelho afectado com o auxlio de gravuras constantes de livros mdicos , funcionando de modo correcto e fortificando-se. Inverta todo o processo patolgico, corrigindo as anomalias que esto a ocorrer. Imagine que o sistema imunitrio se fortalece e que as defesas do organismo esto a debelar infeces e a destruir clulas doentes. Este procedimento pode ser bastante proveitoso em sede de doenas incurveis, como o VIH podendo aqui visualizar-se a produo de clulas CD4 e a expulso do vrus do organismo e no caso de carcinomas visualizandose a erradicao das clulas cancergenas e a regresso dos tumores . Visualize os linfcitos T imaturos vindos da medula ssea a viajarem na corrente sangunea at ao timo. Imagine-os perfeitos e adequados s suas funes. Veja-os agora a entrarem no timo, expostos sua aco, sendo treinados para desempenharem o papel que lhes est destinado. Depois de treinados, imagine a sua circulao produtiva por todo o organismo, debelando infeces, destruindo as clulas doentes, gerando em si o bem estar psicofsico que caracteriza o estado de sade.

QUEM SOU EU?

Esta questo colocada insistentemente provoca a introverso, tranquilizando a mente. Se souber quem ter resolvido todos os problemas do conhecimento, todos os mistrios. Esta atitude de pesquisa no exige a interveno de qualquer livro sagrado ou de estudos profundos. Basta-lhe a experincia. Como no sabemos quem somos tememos a morte.55

Coloque a si mesmo a questo: - Quem sou eu? Seremos este corpo com as correlativas funes orgnicas? O corpo e os seus rgos no pode ser o Eu real. quando muito uma muda de roupa. O fenmeno de conscincia pelo qual entramos em contacto ou percepcionamos o Universo ou criamos um universo prprio estado de sonho , no pode ser o Eu. O intelecto, gerador de pensamentos, cuja sucesso delimita a individualidade, ou melhor, o ego que s se manifesta no estado de viglia e de sonho , tambm no o Eu. O Eu s pode ser a essncia que subjaz aos trs estados que dominam toda a nossa vida viglia, sonho e sono profundo . Tem de estar presente em todos os segundos e suas fraces.

O sono profundo o repouso por excelncia. Quando dormimos profundamente no temos ego. No existe eu e tu, a Terra, a Lua, o Sol. No possumos nada, nem sequer o corpo. Nada sabemos. Desaparece a ideia de dualidade ns dum lado e o mundo do outro , que s renasce com o acordar, com a tomada de conscincia do corpo. Neste estado no h clera, desejos, medo, e os sonhos esto calados de forma a que possamos saborear de modo directo a felicidade do Ser Deus, alma, conscincia pura . Por isso, todos ns preparamos cuidadosamente o leito, e desejamos dormir to profundamente quanto possvel.

EXERCCIO MORTE

Observe uma pequena planta, um animal. Veja-os nascer, crescer, multiplicar e morrer.56

Eleve os seus olhos ao firmamento. Por todo o lado h estrelas e planetas em formao, bem como em desintegrao. assim o todo. A dissoluo o retorno origem. Se no Universo no h mais do que uma existncia, se tudo Um, quem nasce e quem morre? A Irm Morte pode atravessar-se no seu caminho nos prximos anos, dias ou minutos. Com ou sem pr-aviso. Para viver tem de admitir a insegurana. Tem de a sentir profundamente no seu corao. S esse sentimento permite o gozo pleno, intenso e apaixonado do momento presente, nico que possui existncia real e que em regra aniquilado pela mente. O ego indubitavelmente o assassino do esprito. Cada dia deve ser vivido como se fosse o ltimo: abundantemente. Um ocasional momento de pnico demonstra a instabilidade e a precariedade da vida. Vivemos a negar ou aterrorizados pela morte. No entanto, a impermanncia no um inimigo do ser humano. uma provocao a profundas reflexes sobre a eventual existncia de algo que esteja para l das aparncias e das mudanas. Quando o corpo morre, desaparecem as emoes negativas. Extinto o ego, revela-se a conscincia pura. Para Maharshi o sono uma morte temporria, e a morte um sono prolongado.

Imagine-se gravemente doente. Est deitado no seu leito. Sofre. Nisto, apodera-se de si um estado de doura, de abandono. Vai-se extinguindo em si o ltimo sopro de vida. Morre. O seu corpo comea a ficar frio e plido. Os globos oculares contraem-se e perdem o brilho. Os msculos endurecem e o corpo torna-se rgido. Deitam-no num fretro para o levarem para a igreja.

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Sinta a sua morte fsica. A morte do seu corpo, do crebro centro de todos os sentidos e estrutura bsica do seu eu. Apercebase de tudo o que se passa. a testemunha que assiste ao desaparecimento dos desejos, das paixes, do sofrimento, do medo, da alegria, da inquietao; que assiste corrupo do corpo. Agora pergunte-se: O que este corpo? Eu sou este corpo? Ou para alm dele existe algo mais? O corpo morre, todos os corpos morrem. mais tambm pode ser destrudo? Tambm morre? Sinta-o. Deixe que se manifeste. Mas esse algo

MEDITAO SOHAM

Naquela que podemos considerar a segunda espcie de meditao, identificamo-nos com o Ser supremo. SoHam significa eu sou Ele, eu sou Brahman Deus considerado no seu aspecto criador . Diz-se que o maior de todos os mantras. A sua recitao pressupe que j obteve a convico de que no este corpo veja-se o exerccio Quem sou eu . Repita-o mentalmente dizendo So enquanto inspira e Ham quando expira, concentrando-se quer no seu significado quer no fenmeno respiratrio. Associe-lhe ideias de pureza, pacincia, paz, amor, beatitude, alegria e compaixo. Sinta a presena de Deus em tudo.

Damos ao Ser nomes diferentes: Atman, Deus. Est imvel. O movimento propriedade do corpreo. O mundo habita no Ser, que toca o Universo em todos os seus pontos, mesmo no vazio atmico.58

Por isso se diz que o Ser est em tudo e tudo est no Ser. O Ser Deus. Tu s o Ser. Tu s Deus. Sem qualquer outra explicao, esta afirmao pode indiciar uma absoluta falta de humildade, bem como uma exaltao monstruosa do eu. Mas, a identificao com o Supremo no mais do que um outro nome para a destruio do ego. a nossa prpria negao. Deixamos de ser ns para sermos Ele. As aces no so nossas, so dEle. A vontade no nossa, dEle.

EXPANSO DO EU

Shankara afirmava a realidade de Brahman e a inexistncia do Universo, mas foi mal compreendido atravs dos tempos, j que pretendia to s demonstrar, que quando vemos os objectos no prisma da multiplicidade so irreais os fenmenos so ilusrios quando considerados como estando separados do Ser e quando contemplados na perspectiva da unidade Brahman so reais os fenmenos so reais enquanto Ser . A realidade um todo. A matria um mar de energia e luz em movimento que repousa no Ser. Este no tem forma nem limites, est para alm do tempo, do espao e da causalidade, pelo que omnipresente e infinito. Em consequncia s h Um. Observemos o oceano ou um lago. O vento origina vagas, que provocam a ondulao. Cada onda parece ter uma existncia prpria com todas as vicissitudes que lhe so inerentes nascimento, crescimento, morte . Objectivamente no mais do que oceano. Oceano com forma especfica naquele tempo e lugar, mas oceano e no onda com existncia autonomizvel. O Absoluto o oceano.

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Eu, vs, os animais, as rvores, os rios, a Terra, as galxias, somos ondas que se diferenciam daquele, pelo tempo, pelo espao e pela causalidade. a mesma ignorncia, que ao crepsculo nos faz confundir a corda com a serpente, que inviabiliza a percepo da unidade.

Sinta a existncia de uma vida universal, nica na sua essncia. Tome conscincia da infinitude do Ser e da sua presena total. Eleve a sua viso ao cu com as suas nuvens, aos raios dourados do Sol, s montanhas, ao firmamento estrelado, e sinta que est em tudo. Veja-se em todos os lugares e tempos. Alargue a sua conscincia dimenso do Universo. To simples quanto isto.

CONSCINCIA CONSTANTE

A conscincia constante ateno, a pura percepo do agora, que a nica coisa que realmente possumos. estar atento em cada instante; ateno que engloba as prprias distraces. A ateno uma realidade mais ampla que a concentrao. Esta incide sobre um objecto, um pensamento, enquanto que aquela incide sobre tudo que em determinado momento nos envolve e ainda sobre a actividade da nossa mente. A ateno global uma forma de meditao porventura a nica que no nos divorcia integral ou parcialmente da realidade , desde que a conscincia do que vemos, escutamos, sentimos, cheiramos e saboreamos no esteja contaminado por impresses, sensaes e pensamentos guardados em memria.

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Olho para o pinheiro do meu jardim. Limito-me a pensar: o meu pinheiro. E j no o vejo, como alis talvez nunca tenha visto. Vejo a fraca lembrana que dele tenho. Contento-me com o rtulo. No entanto, sempre novo, a cada dia e instante. Em todo o planeta inexistem duas rvores semelhantes, mesmo que da mesma espcie. O facto de estarem vivas, num enrgico turbilho de partculas atmicas, faz com que sejam totalmente diferentes. So os nossos olhos e depois o nosso crebro, que definindo-as, matam o esprito, que de sublime se transforma em algo de mesquinho e estreito. Uma mente renovada v o pinheiro todos os dias como se fosse a primeira vez. Por isso, por saber morrer para o passado, est viva e no morreu antes de ter morrido, j que morta est a que vive de rtulos, recordaes ou memrias.

A conscincia constante o corolrio de alguns dos exerccios j enunciados. Em rigor no pode ser considerada como um exerccio, mesmo que completo, antes um estado de esprito de natureza permanente. a tomada de conscincia do que vemos, escutamos, sentimos, cheiramos e saboreamos. Vamos estar conscientes do que se passa em ns e nossa volta. Ver o teatro da vida como verdadeiros espectadores. Assistir ao jogo que a existncia, na qualidade de testemunhas. Estar atentos em cada instante sem nos evadirmos da realidade que nos d tudo aquilo de que necessitamos, sendo certo que o intelecto o seu grande assassino. Vamos tornar-nos vigilantes, recebendo atentamente tudo o que a vida nos traz: a alegria e a dor, a fortuna e a misria, o amor e dio, o desespero e a paz. Com um olhar neutro o da testemunha que vivencia o que no seu interior se manifesta e ainda o que a envolve e a mente fresca, ver as coisas que agora passam a ter uma nova significncia: um olhar, um gesto, um aperto de mo, a mmica donde intumos sentimentos, as verdades ocultas. Estamos conscientes do cu azul, das nuvens, daquela rvore que contorcida se ergue, do rochedo que parece fender-se, do musgo, das flores silvestres da orla do bosque, da montanha e dos vales verdes, do rio, do61

regato, do cachorro ou gatito que brinca na soleira da porta, desse magnfico pr-do-sol. Somos conscientes de ns prprios, da clera, dos desejos e medos, de todos os nossos actos por mais insignificantes que paream, dos sentimentos, dos estados de alma, do cheiro e do sabor das coisas, at da respirao, perscrutando em profundidade o nosso interior. Conscientes dos homens, das suas palavras e obras.

Experimente por si. Esta ateno acabar por o conduzir ao silncio, sabedoria, paz e Beleza.

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A PREPARAO DE COMPLEXOSA preparao de complexos ou de unitrios a partir de substncias medicamentosas, nomeadamente de fitoterpicos, pressupe um conhecimento mnimo da doutrina homeoptica, e especialmente das tcnicas farmacolgicas utilizadas por esta terapia. Neste site, esto disponveis artigos e um livro online, que podem por si ou conjuntamente com edies especficas cumprir tal objectivo. A Cura pela Isopatia livro online Caso se pretenda optar pelos artigos, temos: Artigos de Homeopatia: - Nascimento da Homeopatia; - Princpios da Homeopatia; - Validade Cientfica da Homeopatia; - Noes Breves de Farmcia Homeoptica. Artigos de Isopatia: - Preparao de Isopticos Segundo o Mtodo de Korsakov; - Um Procedimento Farmacolgico Expedito. Quer a esterilizao quer a descrio do material a utilizar esto a descritas, a observar com as necessrias adaptaes.

PREPARAO DA DILUIO Temos primeiramente de avaliar a quantidade de substncia a utilizar em funo da sua natureza: Se utilizamos um comprimido ou uma cpsula de determinado medicamento, tomaremos em linha de conta a quantidade de substncia activa contida nesse comprimido ou cpsula.63

Exemplificando: 20 mg de substncia activa para 2 ml de mistura glicerina-lcool-gua resultam num extracto de 1%, ou seja, numa 1 CH 1 centesimal hahnemanniana . Colocamos o comprimido ou o contedo da cpsula num tubo de ensaio ou outro recipiente anlogo. Esmagamos o produto com o auxlio de uma esptula nova, recorrendo a algumas gotas de excipiente nos laboratrios homeopticos, para as substncias insolveis, o mtodo utilizado o das trituraes sucessivas de 1% de substncia activa para 99% de lactose, at 3 CH. No entanto a experincia tem demonstrado que o amolecimento tal como o descrevemos nesta sede, funciona de modo perfeito . Com uma seringa, juntamos a quantidade necessria da mistura glicerina-lcool-gua de modo a obter uma diluio de 1% de produto activo. Agitamos frequente e energicamente o recipiente devidamente tamponado sobre a palma da mo ou sobre uma superfcie pouco rgida, tal como a capa de um livro. Deixamos os produtos a macerar durante uma hora, agitando o recipiente com frequncia um mnimo de 100 vezes. Passamos a dispor da primeira extraco, 1 CH, que ser em regra bastante para produzir uma eficaz estimulao do organismo. Por vezes a quantidade de substncia activa presente num comprimido ou cpsula muito baixa, pelo que teremos de configurar a hiptese de realizar uma segunda diluio, que pode ser centesimal, mas nada obsta a que seja decimal proporo de 1 para 10 em vez de 1 para 100 . Eis o procedimento: Deitamos 4 gotas (cerca de 0,1 ml) do macerado, num frasco graduado em 10 ml. Vertemos gua pura, at ao trao medida, colocamos a tampa e agitamo-lo algumas vezes um mnimo de dez, de preferncia, 100 energicamente, batendo com o fundo na palma da mo ou num livro de capa pouco rgida. Obtemos deste modo a 2 diluio. No entanto, preferiremos sempre a 1 diluio, em virtude de possuir maior concentrao de substncia activa.

Partindo do princpio que realizmos diluies de vrias substncias, vamos agora reunir num mesmo frasco, igual quantidade de lquido de cada64

uma delas at um mximo de 5 , procedendo agitao deste 20 ou 30 vezes. Podemos assim obter um ou mais frascos tratamento complexos de substncias , em conformidade com as nossas escolhas teraputicas. De cada um tomaremos 10 gotas a ministrar sublingualmente, trs vezes por dia e no intervalo das refeies. A cada toma, o frasco deve ser agitado algumas vezes de 5 a 10 . Todas as semanas faremos um repouso de um dia, e decorridos que sejam trs meses, repousaremos dez dias. No devem ser tomadas as mesmas substncias por mais de trs meses. Convm pois, elaborar um plano de tratamento diversificado, com desintoxicaes orgnicas veja-se neste livro o captulo Plano de Tratamento .

JOS