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Sexo, drogas e Rock n' Roll

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Reflexões Psicodélicas

Vitor Braga Franco Página 2

Para que o leitor estabeleça sua conexão com a poesia será necessário explorar a profundidade de cada palavra e severamente a sua aplicação. Escancarar as portas da percepção descobrindo o cenário que guarda pensamentos pré-selecionados, não tentar interpretar a obra mas sim, absorver o mundo na visão do poeta. Assim, alcançará conhecimentos inesperados de uma forma suave com alto nível de entretenimento saudável. As experiências então vivenciadas foram filtradas e mostradas de uma forma um pouco menos dolorosa através da poesia. Seria extremamente interessante que o leitor tivesse um mínimo de interesse pela biografia do autor pois as metáforas são totalmente relacionadas a acontecimentos reais. Este livro foi escrito, motivado por impulsos involuntário durante um longo período de uma adolescência fabricada pelo cotidiano do mundo atual. Tem como finalidade à exposição da situação em que nossos jovens se encontram. Portanto ele é dedicado a toda a juventude de todas as nações lembrando que não estaremos sozinhos enquanto nos unirmos. A arte pode ser uma saída viável... Criemos um novo mundo! Vitor Braga Franco

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Vitor Braga Franco Página 3

Dedico este livro para a minha musa, namorada e amiga Juliana Charret de Barros que foi a minha maior fonte de inspiração nesse período. Só você conseguiu despertar o que há de melhor dentro de mim e a necessidade de aprimoramento a cada dia de minha vida. Te amo mais que tudo!

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Primeiramente agradeço a Deus por tudo. Por colocar-me neste mundo, por fornecer-me este dom e por possibilitar a criação deste livro. Obrigado Senhor! A minha mãe por sofrer junto comigo e pelo seu amor que me manteve vivo neste período tão abalado de minha vida. Não precisa mais chorar mãe... Agradeço também ao meu pai Ivair Siqueira Franco, a minha madrasta Norma Moreira Salgado Franco por acreditarem no meu potencial e por contribuírem de todas as formas possíveis para que esse livro fosse editado. Muito obrigado pais. Ao professor Édio Amorim Coelho, primeiro por me orientar e por me elucidar neste novo mundo literário e também pelas correções gramaticais de cada poesia. Obrigado pela sua paciência e boa vontade. A todos os meus amigos e familiares que direta ou indiretamente contribuíram para a construção da minha personalidade que caracteriza minhas poesias. Obrigado a todos.

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Quando me sinto só, explodo em letras A criança industrial agora vive em um mundo de silício Fisicamente nada é real Bem vindo à realidade virtual Atraído pela razão o sentido se perde em vão Na matemática vigorosa a solução Da película poligonal, da alma e do coração Imortalidade pura e fiel Sem caminho ou distância entre o inferno e o céu Tomar tempo do tempo até que seja inexistente O patamar de uma paisagem criada pela mesma mente Sabedoria é a chave para o poder Já não há mais o que esconder Talvez esse seja o começo de um novo fim Que os anjos lancem sobre mim o que não for ruim Pois aqui a sombra me persegue E você não quer que eu negue Mas eu só protegia você Porque ouvir aquilo você não ia querer E porque eles acharam que você deveria saber? Será o acaso de uma ilusão de que só há privacidade no que é social ? O pardal quer ser tridimensional, mas o rato ocioso não passa de um animal Uma prece para aqueles que sentem, Piedade à crueldade, cultura ao que é ignorante E liberdade ao que é viajante...

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De onde vem essa vontade de escrever? É muito estranho, quando paro p’ra pensar Palavras fúteis parecem viver E se encaixam no muro tentando se estruturar P’ra que seguir um estilo quando temos liberdade? Métrica surreal que realça os sentidos Exibindo situações, opiniões, privacidade... São tantas as inspirações que encantam o meu ser Preenchem espaços vazios traídos pela razão Objetos coloridos formatados para ter A beleza deslumbrante disfarçada de ilusão E os sentimentos que explodem em meu coração Elevando-se a caminho da minha mente Promovem o funeral de amargura em emoção Da lágrima salgada p’ra uma feição sorridente É tão bom viver com essa amiga Uma muleta precisa nos momentos melancólicos Ao mesmo tempo que avanço tendo a recuar Defesa automática do punho aos leucócitos Apresento-te ao meu mundo Um espelho distorcido daquilo que tu não vês Decifrar minha mente é um desafio profundo Antítese urbana, natureza de um sonho que não se pode prever Após o primeiro contato não terás como fugir Veneno vicioso com benefícios de uma nova amplitude Não solta minha mão sem pedir Pois o choque é doloroso e o adeus é rude.

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Acabamos de nos conhecer E já explode a empatia Testando os limites da vida Bailando em nossa sinfonia Somos espíritos habitando nesses corpos Fornecidos pelo poder oculto Que se revela no descuido momentâneo Materializado na forma de um vulto Viemos para nos divertir E somos guerreados por várias neuroses Destruindo pensamentos insanos Que nos levariam a overdose Mas nada que fizemos foi errado Pelo menos para essa juventude Tudo, tudo foi um filme em preto e branco Baseado em nossa virtude E agora flui a comunicação Dos destinos que se encontraram no tempo Viajando em uma nova sensação Debaixo do céu cinzento Tudo o que tenho pra lhe dizer É prazer em conhecer você!

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Lutando contra o meu próprio ser Nos momentos em que os momentos me atacam Sei que não tenho como vencer Quando fluídos pessimistas se propagam E a fraqueza interior corre sem destino fugindo da luz Mesmo sabendo que através dela a dor imaginária se reduz Como uma planta não regada procuro forças para suportar Essa rotina assassina que não para de matar Cada fracasso reafirma essa condição insuperável Dopaminas e serotoninas num desgaste irreversível Parece que tudo conspira para um desastre corriqueiro Em uma sociedade preconceituosa logo caio em desespero Pois não tenho controle sobre coisas animadas Que se movem em direção de toda falha em retaguarda Não sei mais o que fazer Mas não quero protestar Já que não consigo viver Só me resta me matar...

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Congelamento mental no momento de impacto profundo As raízes de um pânico processado foi armazenado no inconsciente Bala perdida de todos os lados querem fazer-me defunto Todos os medos sintetizados numa paranóia insistente Vem uma náusea cardíaca como um ladrão noturno Quando a senhora catanofobia faz a visita cordial Roubando o oxigênio antes presente no meu mundo Para desfrutar de mais uma vertigem real Se quatro paredes formam um mundo seguro Só falta uma pessoa para assegurá-lo Pois cada ataque pede menos um minuto Desse invasor constante mais que desagradável A evitação fóbica quer controlar seu fantoche desprevenido Um agente endógeno focalizado na sua missão De neutralizar a voluntariedade naquele ser adquirido Em suas garras que apavoram a inerte decisão Na realidade empírica uma dúvida constante Desafia a inteligência de mais um mortal afetado Pela praga celestial de castigo marcante A cada segundo que é encarado o passado Porque é que eu sinto tanto medo assim...?

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Chuva ácida cai do brilho azul Sendo armazenada no cálice dourado Consumida por um órgão nu Esconde a amargura no seu gosto salgado A cada tempestade contornos de sensibilidade Poças imundas de maldade gratuita Trovões sonoros vibram com toda gravidade Por territórios onde não haja escuta O formato padrão é deformado pela dor Enquanto o vento é espremido entre o gancho retraído É despertado um terremoto no interior Da embalagem amassada de conteúdo ferido Milhões de possibilidades são analisadas e descartadas Força destrutiva em objetos inocentes Pensamentos inflamam quando emoções são tocadas E a vontade é tanta que faz pressão dentro da gente É como se algo sobrenatural entrasse em nossos corpos Ficando cada vez mais difícil controlar os impulsos Loucura oculta manifestando-se de pouco a pouco Surpreendendo-nos com desejos malucos. Resta-nos apenas esta carência de consolo Qualquer esperança é bem-vinda sem compromisso Para que um anjo possa sorrir de novo Dando a toda essa lágrima o merecido sumiço.

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Lágrimas escorrem para aliviar meu sofrimento. Felizes são os que pensam e não sentem; Com tanta coisa ruim acontecendo vocês ainda querem saber quanto foi o jogo... Isso é repugnante, vocês são frios demais. Estão confundindo nossos sentidos de ação e reação. Estou dependendo de uma informação virgem para que me torne consciente. Às vezes, me sinto como um rato de laboratório em uma experiência sem um mínimo de valor. Tenho nojo do que vejo e aprecio o que não sinto. Critico o que não é direito, mas não lembro que também minto. Sei que existe alguém no controle e que essa baderna tem que acabar. Só não vou apelar para o instinto primitivo; Não sirvo para matar! Então tento desenvolver minha capacidade intelectual como elemento chave. A arma secreta na luta pela liberdade onde o campo de batalha pode ser um papel ou apenas ondas sonoras. Eu prefiro assim... Ouvi dizer que não é necessário que saibamos exatamente o que uma coisa é para que saibamos que ela pode ser perigosa. Então apenas sigo meu instinto e tento me relacionar com o que é bom liberando desejos profundos e insanos. Mas não pense que a bondade vai bater a sua porta. É preciso conquistá-la reprimindo a luxúria, a ganância e outras coisas que atrasam o nosso desenvolvimento. Fique atento ao que acontece, mas não se prenda ao momento!

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Sou um adolescente frustrado, paranóico, esquizofrênico com tendências suicidas. Passo a maior parte do tempo projetando minha vida baseado em meus sonhos. Sempre acreditando no que dizer ser impossível para transformar em realidade. Realidade, boa palavra. O que é realidade? Resumo-a em tudo o que penso, digo e sinto. Será que minha vida é real ou apenas uma brincadeira de um deus entediado? Sentimos constantemente essa necessidade de desvendar o oculto, Talvez para descobrir a nós mesmos quando tudo o que precisamos saber está contido dentro de nós, mas que permanece abstrato até a música soar em cavernas desvendadas pela inocência do amor. Assim continuo vivendo na esperança de que um dia a comunidade urbana se conscientize de que fiz escolhas que achei que eram as melhores pra mim. Se foram erradas ou não, agora não importa pois sei que sou um ser humano, pelo menos é o que dizem. Aí ficam perturbando seu pai deixando-o mais estressado do que ele já é para cobrar o comportamento do seu filho que está fora do padrão. Mas será que por isso ele necessariamente estará errado? O que é errado? Quem inventou nossas leis? Sua consciência está limpa? Apenas te digo do fundo do meu coração que aqui dentro não existe sentimento de culpa. Se alguma vez magoei alguém é porque não fui corretamente compreendido. Se não me entendes não me julgues, não invente!

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Passado, futuro, sombras de dúvidas Lembranças de lágrimas e algodão Esperanças de entendimento e glorificação Um caminho a seguir e batalhas a ganhar O destino a se cumprir e mil sorrisos a brilhar Como escutar as ondas do mar e respirar poluição? Como tocar em algo precioso sem causar destruição? O pássaro continua pelo céu e eu aqui tentando voar, Mas o dom da inteligência ele nunca vai experimentar Não entendo a inteligência já que fui criado para obedecer Mas a minha liberdade não pertence a você! Você me disse para segurar em sua mão, Mas depois veio chorando me pedir perdão Mas, meu amor, errar é humano, Se não for me diga então... Quem sou eu pra lhe dizer, Mas volta p’ra Plutão! A camisa de força tá apertada demais As coisas aqui já não são mais iguais O que era prazer agora é dor O que era dor agora é adrenalina O que é adrenalina já foi loucura O que é loucura hoje é viver.

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A música agia como uma terapia Na medida em que eu cantava esquecia Das coisas que perturbavam meu encéfalo E machucavam meu coração Em cada canção uma lição já vivenciada Experimentos desajustados de gente como eu Golpeado pela vida que Deus me deu Nas lágrimas expressão da dor Instalada como uma doença por culpa do amor Descobri que os outros não se importam com os nossos sentimentos Até o momento em que os seus sejam afetados É visível a indiferença nas suas expressões Destruindo planos pré-meditados O medo elementar surgiu da inexperiência Fazendo a insegurança vencer a consciência Saudade é a única esperança No ritmo de cada segundo eterna dissonância Como se fosse a última vez Seus passos acompanhados por um espião infalível Escondendo o fato de um ato inconcebível Alguém perecendo pelo que o outro fez Colocando-me em seu lugar sei que Sujeitaria-me a lhe ajudar porque Pensando bem posso não ter outra oportunidade De esbarrar na porta da felicidade E não ousar girar a maçaneta A fechadura oferece uma visão de silhueta Mas é triste ter que se conformar com tão pouco Com tantas barreiras é fácil ficar louco E querer dar adeus mais cedo Alguém me ajude! Estou ficando com medo...

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Quando nasci me deram uma rosa E disseram que era um presente, aceitei Falaram que ela era bonita Porque era igual a todas, acreditei Descobri que nela havia espinhos, me espetei Agora sei que não sou igual a todos, não sangrei Tentei usar minhas asas e alcançar a liberdade, não voei Inocente ou culpado? Gênio ou retardado? Eu não sei Sem mulheres, sem amigos Sem claridade, me matei!

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Foram vocês que fizeram isso comigo Agora vêm me perguntar porquê Já forneci muitas pistas Eu prefiro não responder A loucura está passando aqui pertinho Digo coisas que parecem não ter sentido Estou preso em minha cabeça sozinho Solidão de um amor escondido E todas as noites lágrimas molham minha cama Quando lembro de tudo que eu queria e não fiz Pois amanhã podem planejar mais uma trama Aqueles que não querem me ver feliz Sim, eles estão em todo lugar Atormentando mais uma alma vazia Asas abertas p’ra viajar Ociosidade, uma bela oficina Uma bela mente, eternamente Um acidente, suavemente... Extremamente inconseqüente Novamente, confusamente mais uma mente

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Primeiro o isolamento, depois a sudorese Aí o desespero da escravidão temporal Nunca houve vida foi tudo uma tese Será que voltarei a ser normal? É um dom muito belo Mas que se alimenta de sentimentos amargos Imagens coloridas e sons psicodélicos Palavras selecionadas que se encaixam por acaso Renuncio agora essa fonte de inspiração Tenho que sair daqui de cima E botar meus pés no chão Talvez não haja outra ocasião Parece que entendi o sentido da vida Quando comecei a amar alguém Percebendo que somos todos um só E que ninguém é igual a ninguém.

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A criança sorri em um momento monótono de sabedoria Descobrira a magia de magos e alquimistas esquecida no passado Percebendo o mundo inteiro como um grão de areia A mulher sereia que roubou seu coração Agora para sempre ao seu lado segurando sua mão O amor é divino, mas merece perdão? A distância entre o sol e a lua me dizem que não Um dia a loucura se libertará de sua mente De uma forma inteligente Que se espalha de repente Essa é a vida dos sábios, dos loucos, dos revoltados... Pessoas que ensinam o que ninguém parece querer entender Que a vida é mais do que dinheiro, Ela é feita de conquistas Aqui estão as minhas pistas Agora só depende de você.

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O duende fumava em cima de um cogumelo se exilando da depressão tornando este mundo caótico em pura ilusão Mas como tornar em ilusão o que é mais que real? Nem as fadas decifraram a incógnita e ficaram mal No mundo mágico da desigualdade A celulose se distribui sem piedade Máquinas destruidoras fazem estrelas chorar Nos prometeram progresso e só deram azar Crise, conseqüência inevitável da desinformação No pais da Amazônia o comando está de maletas na mão Índios não desistem ao pedir aos céus Misericórdia a um povo que não foi ao banco dos réus Cavalgue unicórnio me leve rente ao ar Flutue pelas nuvens, me tire deste lugar uma intervenção divina é só o que iria adiantar Milagre dos céus não mais se realizaram, e como é que vai ficar? Resta a esperança de um colapso civil anarquia organizada pelo povo do Brasil Agora fecho os olhos, vou de volta p’ro meu lar Escrevo poeticamente para o sonho se espalhar Ao meu mundo paralelo todos ainda hão de chegar.

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Conversávamos em idiomas indisvendáveis Corríamos por labirintos secretos Solucionamos as incógnitas do futuro E agora o que é que ficou? Viajamos em rabiscos num papel Ultrapassamos o limite entre o inferno e o céu Rompemos para outra dimensão E onde é que eu fui parar? A ilusão nos fortificou O esquecimento nos exilou A depressão nos violou E quem é que te avisou? A charada é infinita A resposta em uma margem E a fruta esquisita Era só uma miragem Seu conhecimento tornou-se complexo Estendeu-se o imerso E o mundo inteiro não passava de um reflexo Como sairemos deste universo?

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Se eu fosse te visitar para onde eu iria? Se eu fosse me comunicar qual língua eu usaria? Se eu fosse te questionar qual a pergunta que eu faria? Se eu fosse me explicar como eu argumentaria? Passeando pelo céu pensei ter te visto Fazendo coisas que eu nunca sonhei ver Por avenidas de ouro planei te procurando Mas na terra do enxofre acabei te achando Tive a sensação da imortalidade E despertei no desespero de não mais te ter Quando me dei conta aí já era tarde E agora o que posso fazer? Vou hastear a bandeira da liberdade Cantando o hino da fuga imperfeita Depois vomitar a continência de toda saudade Daquela alucinação que me levou à sarjeta O intrigante é o capítulo arrancado do manuscrito Não há bola de cristal que possa prever Só me resta confiar no jeito esquisito Que o ser celestial tem para escrever Pelos altos e baixos tudo vai acontecendo As linhas formatam o dia-a-dia depressivo Às vezes, sua mão treme e ele acaba se esquecendo De que nós somos sensíveis ao comportamento nocivo.

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Misericórdia de um anjo sem luz Circulam em volta de sua carne Desprezando o que sua alma conduz Peso inconsciente , um poço de pecados Estão contabilizando seus sentimentos Como se nunca tivesse valor real Um obstáculo na estrada de suas vidas Mais um germe em seu quintal Seus sonhos não passaram De um risco na parede Noites de loucura perdidas em anonimato Tentando aliviar um pouco de sua sede Vingança contra um mundo de amor pacato Suicídio é depender daqueles que cuspiram em sua face Quando tudo o que pedia era apenas atenção Quem me dera se todos fossem companheiros Do jeito que eu vi na televisão Agora você enxerga em minha embalagem Coisas que te fazem vomitar horrores Pô meu ! Que sacanagem Não apele p’ros seus vícios de linguagem O sol está secando minha pele Vai demorar até anoitecer Forneça ao menos uma caixa de papelão Já que na periferia nunca conhecemos um caixão Começou em um copo híbrido Insensatez de copulações infelizes Um monstro criado por um ser ímpio Novela sem atores ou atrizes

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Vivendo no planeta azul sem conhecer meus ancestrais Suas almas passeiam pelo paraíso ou então onde mais ? Se um corpo possui uma alma Não existe reencarnação, Pois Adão e Eva eram dois E hoje há superpopulação Tão leve como chumbo Tão pesado quanto um grão de areia Cem neurônios por segundo Bem estar e mil problemas Divididos pela malícia De viver em uma sociedade Que não compreende o que é igualdade Somada com a inocência Gera um pouco de bondade A equação do amor É a mais pura liberdade A raiz quadrada de tudo isso Revelará o que é verdade

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A vida hoje é assim ... Só basta percepção Corpos malhados e mentes pensando na aquisição Os valores não são iguais E os preconceitos são gerais A nova era está aqui E os poderosos não vão resistir Sociedade ambientalista natural Tendo a irmandade de igual p’ra igual Os profetas nos avisaram sobre o Que virá a acontecer... Mas quem quer saber sobre o fim do mundo ? Quem quer saber se vamos pagar ? Quem quer saber se vamos sofrer ? E o inevitável vai acontecer Pode escrever, o mundo vai mudar Cartões de crédito, bip e celular Os seus brinquedos lá não vão se usar E a criança que virou soldado Vai florescer em vez de matar Tudo azul, todos os dias domingo Vamos brincar e trabalhar sorrindo Porque há fome, talvez a miséria ? Não há dinheiro que pague o que há na terra ! A ferramenta tá na mão do povo

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Revolução e revolta em dobro Aí viveremos no infinito Deus já te disse : _ Meu filho eu não minto !

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Vamos p’ra rua procurar diversão Talvez encontrar alguém que nos satisfaça Esbanjando hormônios é puro tesão Loucura juvenil transbordando na taça Anos noventa, nova conquista, falo disso... Relacionamento de uma noite só Sexo sem nenhum compromisso Até agora não inventaram nada melhor Inventaram até uma borracha Que faz a sua proteção Quem tem consigo esculacha Como ensinaram na televisão O que me preocupa é a falta de amor Esse vazio que sentimos dentro do peito O sistema nos aplicou esse horror Overdose de ensinamento suspeito De um lado o garanhão vitorioso Do outro a acusada promíscua Fica com todas dando uma de gostoso Contém-se sendo sempre submissa Alguns fogem dessa corrente São rotulados de marginais Porque percebem que tudo é incoerente Programam-nos para sermos iguais

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Quero um mundo de suor e purpurina Diversão, inteligência e liberdade Sem que materializem a vagina Fabricando a nossa puberdade.

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Entre nuvens orgânicas deslizava o totem sagrado Arrancando sangue pela porta da frente num protesto pioneiro Erupção vulcânica, a dor de um prazer molhado É o grito de liberdade, inconsciência é um estado passageiro Como o transportado confortavelmente no dragão terrestre Nova arma utilitária para destruir distâncias desnecessárias Veja agora como se faz o chão tremer... Abra as covas de cada temor, de cada leão faminto, De todas as coisas que transformarão a noite em chamas Sinta o poder dentro de suas veias começando a se manifestar Esse é o ritual pelo qual você esperou a vida inteira Assim como a sensação de não sentir nada além da vibração Entre quatro paredes ou ao ar livre as crianças voltam a brincar O que supostamente só os adultos tem direito de fazer Dizem que a inocência pede licença e vai embora Mas a maldade vem de seu próprio pensamento que vestiu a nossa raça Tabus são feitos para serem quebrados, não temos o que temer Somos livres e ativistas, não temos nada a perder Os descendentes deixaram as técnicas primárias Agora pode ser feito sem nenhum contato real Basta canalizar o conhecimento para fazer a transição mental Sensações primatas em sentimentos distorcidos Mostram o quanto necessitamos da paridade Executando rituais esquisitos.

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Papibaquígrafo é tão desafiador... Me faz ultrapassar as barreiras longitudinais no latifúndio semeado por fonemas quase impronuciáveis Papibaquígrafo se torna tão engraçado... À medida em que sua vulnerabilidade se agrava na face sorridente hyper encabulada com o desafio intrusamente estimulado por uma mente não superior Papibaquígrafo desperta a curiosidade... Um fantasma indecifrável no mundo de caracteres alinhados organizadamente no manual dos signos camuflados em funções metalingüísticas Papibaquígrafo não foi derrotado... Mais uma vez seu oponente subestimou todo o poder de um guerreiro persistente ainda intacto pelas batalhas infalíveis Papibaquígrafo é sua última chance... Depois de tantas exposições enfatizadas em todo o início ele corre desesperadamente para o podium do suspiro final; Papibaquígrafo...

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Ó grande portal do meu mundo Que me trouxe para um lugar tão bonito e ao mesmo tempo tão cruel Mas que nunca deixou de colocar suas asas me confortando Seu amor é doce como mel Nos momentos mais cruciais da minha vida Na minha doença e também na alegria Onde quer que fosse você sempre esteve lá Já fez tanto por mim e nunca pediu nada em troca És uma pessoa difícil de não se idolatrar Admiro profundamente sua perseverança de viver Uma flor solitária em um pântano de ilusões Contorcendo os ponteiros lembro-me de coisas que fizemos juntos Coisas que levam ao extremo minhas emoções O seu carinho, o seu beijo, o seu abraço A pureza de seu sentimento O seu sorriso verdadeiro O seu orgulho sem embaraço... Tanta coisa que me faz feliz Pensamentos que me ajudam a viver Na luta pela sobrevivência O meu anjo da guarda é você Estou tentando expressar meu infinito agradecimento Por ter sido o motivo de minha existência Deus não errou quando quis que eu tivesse a melhor Mãe eu te amo ! Tá vendo, eu também faço outras coisas além de lhe torrar a paciência ...

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Quando olho para o outro lado da rua, sei que pertencemos a mundos diferentes. Mas sei que ainda cruzarei a linha de chegada, mesmo que para isso eu tenha que destruir o seu castelo e tomar o lugar do seu príncipe encantado; O conto de fadas acabou! Sua descoberta será a passagem para voar nas asas do amor. Seremos fogo e água em uma dança mágica e imortal. Mas por enquanto nossas almas brincam de esconde-esconde quando o prêmio é o acaso. Parece que quanto mais te acho mais me perco, sabendo que um jogo tão complexo pode acabar antes da próxima estação. Dia após dia um novo plano de conquista, mais uma decepção para o meu ego. A cor do sol fica mais intensa na hora H e os encantos da lua parecem se ofuscar Planetas desconhecidos deveriam ser meu lar. Me conte como era lá no céu antes do meu lado você aparecer. Porque andar entre os humanos sem saber o que é viver ? Pobre é aquele que não tem a sensação que está dentro do meu peito. Este coração é um operário e só trabalha por você, um escravo sem monarquia com um ideal para morrer. Quantos milênios vão durar até a semana que vêm ? Pegarei um cavalo de aço para mais rápido te encontrar. Torcendo para que o outro lado da rua apenas mude de lugar.

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Sabe, existem muitas coisas que eu gostaria de te dizer Desde que te conheci não consigo mais esquecer Aquele teu sorriso contagiante Que chamou minha atenção no mesmo instante Em que cruzamos nossos olhares sem nenhuma intenção Mas porque eu não paro de pensar em você então ? Me diga, por favor, se você sente algo por mim Eu juro por Deus, tá difícil viver assim... Escondendo um sentimento tão puro e bonito Engasgado em minha garganta um grito Dizendo bem alto p’ra todo mundo ouvir Estou apaixonado por você, não há porque resistir A não ser que outra pessoa esteja em sua mente Mesmo assim, não acho que seja diferente A maneira pela qual vou conquistar você Me diga se há algo que eu deva saber Que me faça mudar de idéia Você sente o mesmo que eu ? Porque você não está deixando transparecer ? É melhor eu parar por aqui,... Acho que vou enlouquecer...

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Estamos cada vez mais distantes E eu não sei dizer porquê Na verdade, nunca estivemos juntos Quero chegar perto de você Tenho idéias tão provectas Mais que não saem do papel Amor platônico, algemas sem correntes Remorso ousado, instinto fiel O que você está fazendo agora ? O que você está pensando ? O que guia você p’ra outra direção ? E me deixa aqui sonhando ... A lua louca de amor Estava vagindo tanto Que criou mares de lágrimas Minhas noites de horror O brilho de sua alma ofuscou a luz do sol Enfeitiçou um poeta beato Que se inspira em seu formato real Uma palavra a cada ato

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Passeando pelo cosmo do amor Num foguete de depressão Que se torna em alegria A toda sua aparição Eu sacrificarei meus ideais por você Se você me der apenas uma chance Nem que seja um quebra-cabeça Nada será como antes Do vinho p’ra água Transformação sem casulo Um beijo como incentivo De seus lábios de veludo Aí seremos unha e carne Borboletas dançando ao vento Entrelaçados a cada segundo Sem se preocupar com o tempo.

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Te mostrei e confiei no teu instinto Acho que meus olhos não te disseram nada Expressando-me por eles nunca minto Pois não consigo pela fala Meu cupido é muito ruim de mira Conseguiu errar o seu coração Tento esconder a minha ira De beijar te apenas em ilusão Vai ver que este jogo tá empatado E você sentiu o mesmo que eu Mas tiraram algumas cartas do baralho Passo, dessa vez não deu Tentei fazer do teu mundo o meu Mas não gostei do meu papel Interpretando alguém que não sou eu Fiquei longe do seu mel Sei que não sou o estereótipo de teus sonhos Mas juro que tentei ser Largar uma filosofia carregada a tantos anos... Assim não dá p’ra viver! Será que isso é justo? Sou tão diferente de teu príncipe assim? Sairás de trás desse arbusto? Onde está teu querubim?

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Ela acredita que vai p’ro céu E eu não sei onde é meu lugar Queria um caminho mais fácil P’ra do seu lado chegar Preces contínuas descrevem meu sentimento Sou um espiral em declínio Quando vivo aquele momento Sei que não nasci p’ra viver sozinho Continuo vivendo neste limbo Onde o rei dos anjos não mostra sua face A paz que sinto por trás daqueles olhos Talvez seja o seu disfarce Respeito seu corpo esculpido simetricamente Aprecio o sorriso à distância O tempo para momentaneamente Me levando de volta à infância É impossível viver essa hebefrenia Até agora tenho dado sorte Quando ponho na sintonia Que o pagamento de todo pecado é a morte Não tenho mais porque fugir O meu amor aperta minha consciência Essa mente bombardeada de erros vai sumir Após a entrega total na verdadeira obediência.

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Quanta decepção...! Vejo as pessoas felizes e só consigo chorar Tudo acontece ao meu redor Num beco sem saída Não há mais por onde andar Classifiquei todas as possibilidades E me achei perdido entre o orgulho e a vaidade Mera coincidência procurar alguém Que absorva toda ira e lance num poço profundo Onde o eco segue o infinito Agora estou aqui e não sei se estou vivo Uma conversa com a minha sorte determinaria o destino Neurônios perturbados revelam a fraqueza E na guerra interior prolifera insana realeza Ontem foi uma noite tão ruim Um anjo triste me deixou assim Na aparição do casal meu pesadelo Tudo estava certo, criando desespero Vou atirar na lua para que ela chore comigo Em noites solitárias me transformo em perigo Minha alma enxuta parece querer se libertar Mas sei que a dimensão dos pecados não é seu lugar Então crio a poesia de beleza dolorosa Onde me exilo procurando a coragem de quantia volumosa P’ra mostrar a ela o quanto quero ser Amado por alguém que apenas me faça viver.

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Reflexões Psicodélicas

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Às vezes eu sinto... O cosmo da sua áurea penetra em minha mente Transforma-se em fluídos que conhecem o percurso do meu corpo E vão voando como águias de aço através do extenso labirinto à procura do ninho do amor... o coração Ao achar os laços do amor se chocam causando uma explosão inevitável que resulta num ato de carinho e ternura que estava escondido dentro de nós mas que no momento é revelado... o beijo

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Conhecendo o roteiro daquela vida Me flagrei mergulhando em seus olhos Seus lábios se moviam mas eu estava longe da margem Onde ondas suaves quebravam Como eu imaginava o tempo parou Mas o mundo ainda girava em torno de nós A mágica natural de um céu incandescente Levou a todos nos deixando a sós Queria poder ler a sua mente E descobrir tudo o que ela estava sentindo Tocando em suas mãos delicadamente Descartei a possibilidade de um anjo mentindo Só Deus sabe como me fazer feliz Solidão a dois foi tudo o que eu sempre quis E finalmente aquele sonho se realizou Quando seu rosto se aproximou O enigma de sua carta ela decifrou Cometas se acariciavam perto do céu Com gosto de paixão mais doce que o mel E até agora eu não consigo definir A sensação de estar prestes a explodir Navegando em correntes secretas da paixão Em oceanos prateados de um nome Que cria uma nova religião Juliana, sou seu devoto... Espero que escolha o meu coração.

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Terminando o complexo quebra-cabeça Ainda com uma peça na mão Temo encaixá-la em seu lugar Sabendo que ela pode ser um... Não quero ignorar meus sentimentos E tomar os seus como ofensa Melhor engarrafar todo sofrimento Acumulando uma safra de experiência Homicídio à queima roupa Com palavras eu não brincava Imagine que cena louca O cupido comprou uma arma Só quero ser algo E ela é tão especial Mas não consigo ser nada Tudo continua tão normal Será que sou egoísta Egocêntrico, excêntrico Masoquista ou epidêmico? Suas concepções são diluídas em defeitos Que não se exibem em um zepelim Ramificações de amigos suspeitos Ofendidos por atitudes de um serafim Coisas que junto a paralelepípedos se desintegraram Criando noites como anestesia Passo a passo as barreiras se quebraram Curando erros da vida sem nenhuma cirurgia Vencerás essa síndrome de decência? Ou seus beijos foram todos em vão? Pequei contra os céus agindo em prudência? Sim ou não, eis a questão!

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Mais do que corpo, uma alma que fala por si mesma Melodias nascem de seu sorriso tornando o mundo ao redor Impreciso para os corações penetras em um curso ainda não estabelecido Rastejam, caminham, correm, flutuam em busca da essência singular Guardada nos limites da inibição emocional; tesouro do seu ser. Como descobrir a chave predestinada sem um mapa referencial? Não importa quantos grãos de areia se usa para construir um castelo, Pois a estrutura é frágil demais a carícia contínua das ondas do mar. Um pirata lutando para recuperar o que na verdade nunca foi seu Em batalhas inteligíveis mas de difícil compreensão. Existem verdades que nunca devem ser mentidas apenas para suavizar a mensagem suposta. Cardumes de tubarões circulam em volta do navio enquanto você vê seu refém caindo da prancha impulsionado por um sabre de desilusões acumuladas por todo o percurso. Vou pensar ... um passo à frente! Amanhã eu dou a resposta... mais um passo! Nnnnnão... adeus, mas tire as correntes!

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Alguém nos apresentou o teatro judiciário Onde se estuda uma sentença Era a verdade num disfarce embriagado Fenômeno real entrando em cena Existe um elo que liga o arroz ao feijão Assim como o estrogonofe repele a farofa Mas quando bate um apetite no coração A mistura é perfeita, e essa noite é uma prova Aprecio seu estilo politicamente correto Ela se sente atraída pela simples rebeldia Criamos um mecanismo compatível e completo De personalidades que se entrelaçam em sintonia Quisera eu ter uma tranquilidade estóica Sem tornar-me escravo das próprias expectativas Busquei respostas de uma forma paranóica Surpreendido em uma das tentativas Nada se resume a uma só palavra E você se limitou a uma oxítona de negação Com tantas disponíveis na gramática Escolheste logo aquela propulsora de aversão Agora já é de senso comum Tudo aquilo que tentei postular Registrei muitos fatos, esqueci algum? O resto deixo pra você contar... Se você fosse tão simples ao ponto que eu pudesse entendê-la Eu seria tão idiota que ainda assim não conseguiria entendê-la.

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Big Bang o amor se espalha aleatoriamente como poeira estrelar Os planetas dançam pelo céu ao redor do astro rei Caminhos secretos na via láctea fazem a distância aumentar Como andrômeda nebulosa mantenho o mistério de tudo o que eu falei Rabisquei sua vida como um cometa desnorteado Caindo num buraco negro que eu mesmo cavei Sou alienígena no seu mundo fechado Sofrendo em meteoritos lacrimais, sim, como eu chorei... Pensamentos a anos luz de sua aventura momentânea Ultrapassando constelações onde signos constituem personalidades Na selva da minha alma clonada, a explosão é simultânea Em ósculos imprevisíveis tão incessantes quanto às eternidades Apocalipse, inicia-se o processo de autodestruição Porque ainda não inventaram uma história sem fim Uma imagem na memória quase como uma ilusão Foi tudo o que você deixou para mim.

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Nessa esperada viagem inicial Serão concluídos os desejos guardados no tempo Com as cartas na mesa tudo volta ao normal incentivo que deixa o poeta sedento Parece que ela encontrou o caminho Quando descobriu que as costas não são cordiais O calor de sua presença derreteu o gelo De todo o fingimento que deixei para trás Agora não existem mais perdedores São as coisas simples que realmente contam Quando o sol aparece somos espectadores E os que nos invejam realmente se espantam Quebramos todas as barreiras intransponíveis Estabilizando a análise crítica da situação Com a descoberta de silepses incríveis Foi facilitada a inimaginável democratização A realidade pede um refúgio sensato Enquanto verdades distorcem dúvidas sentimentais Meu coração não vive tão opaco Saudades desperdiçadas em expectativas... nunca mais Respire intensamente todo ar sem medo Nasce um novo mundo para quem quer viver Atitudes criam nosso belo enredo Nos créditos nomes eternos irão aparecer Já o fim da história poderá ocorrer? Se ele tem que existir é melhor esquecer!

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Encontrei uma doce borboleta Seguindo um cometa até o fim do coração Retribuindo segurança a cada palavra Na jornada metamórfica em busca de redenção Eu estava enganado em relação ao casulo Seu medo incentiva palavras ferozes Superadas pelo impacto do inconformismo nulo Só não quero que tentes voar por caminhos atrozes Desmorona a incoerência cada vez que ficas perdida Foram mudanças na rotina antes estável Trazendo remorso para a consciência adquirida E ao racional parentesco a preocupação inevitável Parece que não queres perceber Tuas asas precisam seguir uma linha Retendo a confiança necessária ao viver Ou tua liberdade será totalmente consumida Sei o quanto é difícil de engolir Existem coisas poderosas demais para o pensamento singular Mas sem o que é ruim o bom não pode existir Tudo tem equilíbrio pelo que se pode constatar Um dia tu vais entender o porquê do por quê Terás de admirar aquela precaução inconveniente Meu último pedido foi direcionado e será realizado para ti Ao presenciar o desfile de uma mágica estrela cadente.

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Aos portões se fecharem, o louco surge como uma atitude equivocada Existem coisas que nenhum guardião deixaria de proteger Nesse castelo a passagem secreta fica por cima da escada Mas se a catapulta descer na masmorra irá sofrer A vitória virá como uma estratégia milagrosa Agora sem armaduras a batalha será travada Só porque minha arma está atirando não quer dizer que seu escudo retraia a lágrima viscosa Apenas um mago usaria um feitiço para levantar sua espada Os guerreiros fervem absorvendo o sopro do dragão E já sabem que logo penetrarão pela entrada Sob a ponte elevadiça, estupêndula reação Com toda nobreza sobre a vala molhada Chega então o auge do conflito em mutualidade Cessam em brados frenéticos com involuntária disritmia Restos mortais não por uma mera casualidade São resultados esqueléticos nessa área cercada de ironia Nas ruínas do castelo uma imagem chama atenção Pela torre insufla uma bandeira erguida ineditamente Marcando uma nova era, uma nova geração Constituída às custas do sangue inocente.

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Você quer experimentar o auge de uma criatividade? Aquele momento em que alguém escreve algo sem saber ao certo o que está fazendo. Um paroxismo inquestionável de origem desconhecida. Existem momentos em que um cabotino descomede-se pela sua auto adoração. Será ele algum tipo de aberração oriundo de experiências em seu habitat acolhedor ? Cada dúvida abre espaço para um ciclo infinito que caminha como o paradoxo de zeugma: lento, selvagem e inocente. Algum psicólogo seria capaz de remediar todas as neuroses daquele ser feminino ciclotímico ... vênus do poeta sensível? Por que tantas perguntas? Por que repostas ocultas? Para ser teu correligionário bastaria apenas desistir das coisas que mais gosto na vida. A felicidade mora na rua da liberdade que por acaso é a esquina do pecado. Sinto muito pelas palavras contundentes nas acepções bifurcadas. Minha natureza não me deixa plagiar as atitudes paradigmáticas em troca de um lugar no quadro social. Sua missão é sublimar aquele que te suplica. A porta está aberta...

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Os poetas sangram... Cada vez que sua alma é consumida pela fé negada... Perdidos em decepção por uma queda de dor supérflua Os anjos te contam coisas ruins... Seu desejo se triplica numa fase inadequada Queria te dizer eu te amo... Mas a saudade se revela dolorosa em noites solitárias Queria te tocar... Como um anjo voa suavemente pelo céu azul E de repente cai em remorso mórbido e quase decadente Era hora de dizer chega... Mas a vontade era tanta que levavam os anjos por lugares desconhecidos Foi uma jornada incessante até a exibição pública Mas lhe suplicamos: Nos deixe em paz por favor!

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Vai seguindo em seu rumo o rastejador noturno Se perdendo entre soluções venenosas e anéis de fumaça Mais uma vez praticando seu hedonismo Esquecendo-se que nem tudo o que brilha é ouro Querendo ser mais um herói na festa da caverna Mas seu pior inimigo está entre suas próprias orelhas O inferior é um criminoso assim como os pecadores são santos Tudo parece te levar a negar à vida... Então algo cruza seu caminho e lhe propõe redenção Acompanhando morcegos aprendeu a dormir de cabeça pra baixo Basta um passo para entrar no elevador Asas em enfermos ele voa com dificuldades Saindo do lado negro da lua ofusca seus olhos na claridade Vigilante na ativa, dias incertos em um novo milênio Quantos ainda serão preciso para que ele aprenda? Prefere desvendar segredos ocultos em símbolos secretos Teimosia infantil fascinado como tal No barco de cristal veleja à procura de algo novo Chegarás ao destino contra a maré? É preciso ter a chave da verdade para conhecer o estilo do cafuné Passos curtos levam a lugares distantes e deixam pegadas incolores Bem vindo aonde quer que você esteja!

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Tempo para sinceras reflexões... Todos têm seus problemas e nosso herói não é exceção Ele usa para escapar de algumas situações Vendo sua vida girar num carrossel de ilusão Alimentando-se de diversão antes de cair no vale do esquecimento Parece que com os justos é sempre assim... Em quintais antimateriais planta sua semente filha do vento Para que floresça algo que transgrida o fim Grupos têm suas regras, é tudo questionável... Se não age como o reflexo da alma escondida Não é uma possibilidade viável Para ter uma personalidade definida Chega de ser clone do projeto imperfeito A simplicidade formou a estrutura real A variedade é o detalhe de toda estrela que brilha Inexistente é a necessidade de ser apenas igual O prêmio de qualquer erro pode ser mortal Existem regras que não devem ser destruídas Em troca de um punhado de moral Que esconda milhares de feridas Geradas por sonhos de idealismo barato e covarde Procurando no espelho respostas que expliquem o porquê Para pular de um plano tão alto já pode ser tarde Sobrou o buraco negro para sofrer Cai a noite e você ainda está aqui Há ha ha! Não há p’ra onde fugir.

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Sonho ou realidade? Acorde...! O que você vê é uma prisão neurológica Sinais elétricos em sua mente explodem Criando um mundo de uma vida metódica Vivemos em um sistema de regras questionáveis Que não são combatidas pela nossa ignorância Como andróides imperfeitos obedecemos maleáveis Programados para o fazer desde a infância Destino... , uma mentira um tanto vergonhosa Escolhas e atitudes destroem sua existência Levada a sério pode se tornar perigosa Quando desmascarada só deixa incoerência Abra a sua mente para o que um dia foi desconhecido A porta está aberta, só basta você entrar... Simulações neuro-interativas a cada prazer adquirido Atos de ousadia são a chave elementar Você tem medo de coisas revolucionárias Deixando o controle para mercenários insensíveis Não consegue explicar, mas sente que suas atitudes são retardatárias Enquanto eles a julgam e condenam como inconcebíveis Existe justificativa para tanta mediocridade? Onde está a razão quando querem transformar a ignorância em bênção? Liberte-se deste passado que esconde a verdade, E terá o futuro em sua nova versão!

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Agonia de uma vida sem sentido Se pudesse explodiria uma bomba nuclear Correndo das imposições impostas por outros Fuja! Fuja pelo caminho fácil Não vale a pena se maltratar O alvo foi para o céu antes de você Não voltará para buscá-lo, a ponte caiu Visões infiltram sua mente sem querer Estas cenas enlouquecem num ritmo acelerado Trazendo a dúvida de um outro lado Vamos passar pelo portal, um de cada vez Muita vertigem no meio da escuridão... Chegamos à terra dos sonhos, lá estão seus irmãos Sim, rostos irreconhecíveis apertam a sua mão Lágrimas são alegria para eufóricos corações O festival de gargalhadas confunde o pensamento Que lugar é esse? O território esconde o chão dos fracos Mas o comboio continua a jornada sem hesitar Andando em círculos tentando se achar Existe uma trilha na diagonal invertida Mas porque ninguém passa por lá? Curiosidade supera o medo, confronto milenar Na metade do caminho você está sozinha Sua retaguarda é o nada seguindo você Aonde você quer chegar eu lá vou estar Porque você não sabia aquilo que eu não disse Essa estrada é infinita e não tem como voltar O portal é a saída... E agora, onde ele está?

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Moléculas estruturadas, químicas combinadas Leis físicas de explicação desafiadora O gênese dividindo as forças de um mundo impermutável Com coisas que o eterno ancião projetou Vivos, estamos vivos! Milagre experimental Raciocínio superlativo e um lado sentimental E agora o que faremos? Temos tanto para fazer... Nos vestiremos, nos compraremos, louvaremos antes de morrer Vamos criar p’ra controlar e até julgar para prender Se escapar, quiser mudar a opressão irá sofrer Aqui é meu lugar, não pertence a você Tenho bomba nuclear. Nessa guerra vou vencer Quando chegar em casa dê uma olhada no espelho Lembre-se daquele tempo, aquela criança que não brinca mais Um escravo do pensamento. Que vergonha meu rapaz! Em busca de sexo, talvez amor com desespero Desilusão com tantas drogas. Mais uma vida no bueiro Agora é nossa vez pois nós somos a tecnologia Com o passado faremos arte e no futuro a sinfonia Descobertas reveladoras com base científica A razão é mais confiável e tudo explica Ainda sonhamos e esperamos nosso pai aparecer Em microchips orgânicos como na tela da TV.

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Tive um sonho que um dia Seria preciso viajar pelas nuvens, Agarrar o sol pelos fios luminosos E correr pelas sombras Para encontrar o equilíbrio De um dia perfeito... Foi num dia de verão Peguei o sol pelas mãos e dancei pelas sombras Depois abracei a lua como se fosse pela última vez Naquele momento senti-me como se fosse atemporal Senti todo o universo passando pelo meu corpo vagarosamente O filme de uma vida que foi ficando para trás Ao mesmo tempo que uma força destrutiva consumia a sanidade No estouro final o vermelho buscou o branco do túnel desconhecido Levando a alma doentia pela saída definitiva O sono eterno descansará o que um dia tentou viver E que acordará num pesadelo que ninguém ousou sonhar A morte tem cheiro de medo O medo não vê a coragem A coragem não ouve a vida Porque a vida foi tocada pela morte...

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Quando os raios do sol tocaram as nuvens brancas no céu Trouxeram as sombras que a noite rejeitou As almas perdidas dançavam contentes na festa cruel Acionando a ira do anjo redentor Vidas brotando de vidas que a morte não separou Simples mortais condenados ao horror Guerras com o tempo ao que o ser humano se escravizou Fazem o teatro do ganancioso pecador Tanta evolução, tanta tentação Tantas coisas que não eram para ser E as que eram para ser dependem de você Que não quer saber... Quando a noite engoliu o sol que de dia tanto brilhou Exibiu o infinito firmamento espacial Diante dos anjos o pranto sagrado se derramou Neutralizando impurezas do primata intelectual A invisibilidade dos que conheceram a nova dimensão Provoca a indagação dos que vagam por aqui Solução acoplada ao mais nobre coração Ensinou como o amor vivo deve fluir Tanta destruição, tanta salvação Tantas coisas que poderiam ser E as que não puderam ser eu tentei fazer Somente para você...

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A festa começa após o toque da sétima trombeta O mundo cai gentilmente diante de seus olhos Criaturas estranhas glorificam a lua sangrenta E o dragão esmaga miolos preguiçosos Daqui ninguém pode fugir Até que ultrapasse a linha da morte Com sua foice sem nada para lhe impedir A ceifar as sementes crescidas neste lote Apenas um humano teve a permissão Este que deixou a paz de seu mundo para trazer ao nosso Alguns acharam que era apenas ilusão Agora roem seus dentes de remorso O tempo não é mais existente Assim como o capitalismo Coisas criadas pela mesma gente Que se venderam ao número do egoísmo As palavras foram ditas àqueles que tinham ouvidos Bem aventurados aqueles que escutaram Palavras que curaram doentes e feridos E que ao homem ressuscitaram Sua vida foi um filme em preto e branco Hoje é o dia de seu nascimento Trago a ti cores jamais vistas Florescidas por teu juramento

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A você que não carregou sua cruz Cheiro de enxofre e calor vulcânico Tua alma pertence àquele que seduz Chocalho de serpente sem fim romântico Equilíbrio universal de fronteiras infinitas Novo mundo de rebanho educado Frases tortas em linhas esquisitas Tudo pronto! Fato consumado!

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Começa a batalha espiritual Uns iniciam sua oração Outros iniciam o seu ritual Celebrações a entidades ocultas e divinas Na fé ou nos poderes sua garantia A queda de braço entre o bem e o mal Indecisão com certeza significa descarto Vale mais a reciclagem de um guerreiro disciplinado A cada ataque um teste imediato Palavras selecionadas para um combate sem contato Escolhas difíceis, labirintos e seus caminhos Pedras a serem jogadas fora Mas não se estiverem sozinhos Qualquer erro pode ser crucial Ao preço que se paga não há nada igual O impacto de outros seres depende Da imagem sem identidade A estratégia é mais um trunfo Naquele plano de combate A morte está a sua procura Vindo de mãos dadas com seu destino É bom lembrar disso a cada milésimo de segundo Pois o tempo já está partindo Cada vez mais aguçando a maldição Até que seja feita a purificação Para que não haja traição De que lado está o seu coração?

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Só depende do dependente Encontrar a chave da eternidade Discernindo o que é certo e o que é errado O que é mentira e o que é verdade.

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Caminhava pelo vale das sombras Sobrevivia entre a maldade e a escuridão Via coisas que não se podem soletrar Mas que não eram apenas uma visão Fugia da dor e da depressão Em uma névoa púrpura que batia mais forte o coração Espectros ali pousavam, murmuravam E as coisas só pioravam No lugar onde o sol se recusava a nascer Era o caminho certo p’ra se enlouquecer Até que uma luz aparecesse, E a mão de alguém não muito estranho se estendesse Caminhando pelas estradas de ouro, um anjo segurando sua mão Entendendo a situação logo se consegue o perdão Seguindo um novo caminho deixando a vida alheia No poço da sabedoria a riqueza verdadeira A maldição temporal não mais nos afetando Na luz da imortalidade nossos olhos se ofuscando Todos que sabiam aqui estão esperando O julgamento final está apenas começando Entrego-te minha vida inteira, ó lindo arco-íris Deixo p’ra trás litros de lágrimas neste pires E converso com o vento procurando saber Um pouco mais sobre tanto poder

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Fogo, terra, água e ar Alegria, tristeza, amar e odiar Criar, mandar, obedecer e desculpar Entender, sofrer, viver, matar...