reflexões sobre o processo de descentralização das ações...
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Reflexões sobre o processo de descentralização das ações do
CONSELHO REGIONAL DE SERVIÇO SOCIAL- SÃO PAULO.
RESUMO
O presente artigo tem por finalidade discorrer sobre experiência incipiente do
CRESS/SP desenvolvida pela Comissão de Trabalho Profissional e Organização
Política – CTPOP - pela gestão Ampliações ―Das Lutas Coletivas à Emancipação‖
(2014/2017).
PALAVRAS CHAVES: Descentralização, Conselho profissional.
ABSTRACT
The following article discusses incipient experience of CRESS/SP developed by the
Professional Work and Political Organization Commission—CTPOP, in Portuguese—
under the ―Das Lutas Coletivas à Emancipação‖ administration (2014/2017).
KEY WORDS: Decentralization; Professional advice.
O presente artigo tem o objetivo de discorrer sobre as experiências
desenvolvidas no processo de descentralização das ações político-pedagógico
assumidas pela atual gestão Ampliações: ―Das Lutas Coletivas à Emancipação‖
(2014/2017) diretoria responsável na atual direção do CRESS/SP- Conselho
Regional de Serviço Social São Paulo 9ª região. Eis o desafio!
Antes de nos determos sobre este processo de organização da categoria
através de ações descentralizadas, é necessário abordar brevemente a natureza
dos conselhos de profissões no Brasil, as particularidades do Conselho de Serviço
Social e finalmente à proposta iniciada pela referida gestão.
Segundo RODRIGUES (2005), a formação dos conselhos de profissão pode
ser compreendida através de três marcos históricos: a promulgação da Constituição
Federal de 1988, o período pós-promulgação da referida Constituição Federal e a
edição da Lei 9.649 sancionada em 27/05/1998. Antes da promulgação da
Constituição Federal os conselhos de profissões eram geridos por pessoas jurídicas
com o objetivo de controlar o exercício de determinadas profissões. ―As entidades de
fiscalização foram criadas por leis e submetidas ao regime político administrativo‖
(RAMOS, 2005, p.123). No começo não havia consenso sobre a função das
entidades de fiscalização profissional: eram autarquias ou não? Ao longo do tempo
foi acordado que tais entidades são autarquias corporativas.
A primeira autarquia no Brasil surgiu com a criação da Caixa Econômica
Federal em 1861. Na década de 1920 foi criada a Caixa de Aposentadorias e
Pensões e o Instituto de Previdência dos Funcionários Públicos da União.
Atualmente temos muitas autarquias impossíveis de enumerarmos nesse artigo.
(RAMOS)
O decreto de lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967 no Título I Art. 5º, define
autarquia como:
serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada1
.
Ramos (2005) aponta em seus estudos, valendo-se de PEREIRA (2001), que
o referido decreto exige uma nova revisão, pois limita-se apenas a uma
1 Sugerimos consultar: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0200.htm consultado em
20/03/2016.
regulamentação jurídica das autarquias esquecendo-se de sua função de direito
público. Estruturalmente as autarquias são classificadas em três modos:
fundacionais, que desenvolvem uma ação específica; territoriais, que atuam em um
determinado território e coorporativas, responsáveis por fiscalizar o exercício
profissional.
Considerando essa definição legalista, cabe-nos resgatar alguns elementos
históricos construídos pela categoria profissional dos Assistentes Sociais como
estratégias para não só reproduzir o caráter corporativo do conjunto conselho, mas
ao mesmo tempo construir ações político-pedagógicas descentralizadas na
perspectiva de contribuir para a construção de sociabilidade emancipatória. Aqui
temos, portanto, outro desafio!
1.1 Características históricas do conjunto CFESS/CRESS
A história do Conselho Federal de Serviço Social - CFESS – está articulada
com o processo de criação dos conselhos profissionais em âmbito nacional e com a
regulamentação da profissão de Serviço Social em todo território nacional.
O Serviço Social brasileiro nasceu na década de 1930 vinculado ao projeto de
recristianização da sociedade brasileira, capitaneado pela influência da Igreja
Católica. Emerge, em síntese, como uma resposta política às expressões da
questão social2 que se reproduzem a nível mundial, decorrentes das contradições do
modo produção capitalistas que atingem a vida cotidiana da classe trabalhadora.
Foi reconhecido na divisão sociotécnica do trabalho através da promulgação
da lei nª 3.252 de agosto de 1957. Após a sua regulamentação, pelo Decreto 994/62,
de 15 de maio de 1962, foi criado, no mesmo ano, o Conselho Federal dos
Assistentes Sociais - CFAS - com a função de organizar e fiscalizar as ações
desempenhadas pelos Conselhos Regionais de Assistentes Sociais – CRAS - que
atuavam em âmbito dos Estados através das Delegacias Seccionais.
Conforme aponta RAMOS (2005), a trajetória da entidade é marcada pela
reprodução da repressão e da ideologia controladora do Estado. Durante o período
do regime militar empresarial, instalado após 1.o de abril de 1964, não deixou de
atuar alinhada ao regime, mas não consegui conter, ainda assim, a ousadia de
profissionais que combateram bravamente os terrores produzidos pela ditadura.
2 As expressões da questão social é a reprodução das contradições entre o capital e o trabalho que
se reproduzem em todas as esferas da vida social que impulsiona a organização política da classe trabalhadora.
Foi no bojo da conjuntura ditatorial, contraditoriamente, que emergiu o
Movimento de Reconceituação3 do Serviço Social latino americano. No Brasil tal
movimento desdobrou-se no processo de renovação, em duas perspectivas: a
perspectiva modernizadora, que reatualizou o conservadorismo e a perspectiva de
intenção de ruptura. Não faz parte do objetivo desse artigo tratar dos conteúdos que
envolvem cada perspectiva citada e que já possui ampla bibliografia4.
Em meados da década de 1970, começa a se constituir um movimento de
organização política da classe trabalhadora, através movimentos sociais, partidos
políticos e sindicatos, como resposta à repressão do regime militar empresarial.
É neste contexto que o histórico conservadorismo social também reproduzido
no interior da profissão é confrontado. Um dos marcos desse confronto é o chamado
―Congresso da Virada‖ – o III Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais - realizado
em 1979. Ele é o ápice, no seio da profissão, na articulação das lutas da categoria
com as lutas dos trabalhadores.
O III Congresso da Virada não trouxe a categoria profissional para cena política da
qual ela nunca esteve ausente: trouxe para cena política os componentes
democráticos até então reprimidos na categoria profissional. E se fez tardiamente, a
responsabilidade deve ser debitada à força do conservadorismo que, derrotado
naquele episódio histórico nem por isto viu suprimida a pesada e duradoura hipoteca
que impôs e impõe ao Serviço Social no Brasil (Netto, 2009 p.33).
Essa movimentação ampliou-se de tal forma no interior da profissão que
culminou na revisão curricular de 1982 e 1996, no código de ética de 1986 e 1993 e
na organização política dos órgãos representativos da categoria profissional. Os
CFAS e CRAS, antes apenas burocráticos, transmutam-se no Conjunto
CFES/CRESS - Conselho Federal de Serviço Social e os vários Conselho Regionais
de Serviço Social (CFESS/CRESS),mantendo a função precípua de fiscalizar a
profissão e ampliando a ação política; o conjunto articula-se com a Associação
Brasileira de Ensino e Pesquisa de Serviço Social (ABEPSS), que assume não só a
3 A reconceituação é sem qualquer duvida, parte integrante do processo internacional de erosão do
Serviço social ―tradicional‖ e, portanto, nesta medida, partindo de suas casualidades e características. Como tal, ela não pode ser pensada sem referencia ao quadro global (econômico-social, político e cultural e estritamente profissional) em que ele se move. No entanto, ela se apresenta com nítidas particularidades latino americana (NETTO, 2007, p.146).
4 Sugerimos a Leitura de: NETTO, Jose Paulo. DITADURA E SERVIÇO SOCIAL: Uma analise do
serviço social no Brasil pós 64. 11ª Ed. São Paulo: Cortez, 2007.
representação dos Cursos mas prioriza a pesquisa e comungando essas ações com
a Executiva Nacional de Estudantes de Serviço Social (ENESSO), expressam as
instituições que dão suporte ao projeto ético-político profissional.
Assim, a construção do projeto ético-político significa não só a substituição
das antigas siglas, mas também a introdução de uma perspectiva política assumida
pelas direções das entidades representativas da categoria.
A aparente neutralidade que travestia a categoria profissional é rompida
exigindo que na atualidade o serviço social seja apreendido em permanente relação
com a totalidade social. O assistente social trabalha, em síntese, ao mesmo tempo
para o capital e o trabalho, e é essa compreensão que permite aos profissionais no
cotidiano assumir posicionamentos. Hoje, de acordo com os princípios do código de
ética profissional, o nosso posicionamento é a favor das lutas coletivas que visam a
construção de uma sociabilidade justa e igualitária.
1.2 Mudanças legislativas e suas implicações na organização do
Conjunto CFESS/CRESS.
Na atualidade, o conjunto CFESS / CRESS é regido através da Lei 8.662/93,
e as contribuições de RAMOS (2005) e SIMÕES (1998) apontam que a lei atual, de
um lado, propicia a superação da concepção liberal individualista, e de outro lado,
articula a profissão como parte da função pública. Ao mesmo tempo vincula o
exercício profissional as políticas públicas. Desse modo, as competências e as
atribuições privativas do trabalho profissional passam a ser subordinadas a lei.
Nesse sentido, a categoria se organiza para adequar-se à lei de
regulamentação da profissão, e ao mesmo tempo preocupa-se com a direção
política do trabalho da/o assistente social.
Para assegurar a reprodução da democracia representativa o conjunto
CFESS/CRESS, modifica seu processo eleitoral: a diretoria passa a ser eleita
democraticamente através dos votos recebidos da categoria, que é chamada para
escolher a chapa que representa os profissionais. A direção é composta por 18
diretores em âmbito nacional e regional, que durante três anos assumem as
responsabilidades frente à gestão do conselho. As seccionais – nos Estados em que
existem - seguem o mesmo processo elegendo uma direção com 6 diretores.
Como parte deste processo também ocorrem outras modificações, de acordo,
com RAMOS (2005), e que abarcam: as resoluções, pareceres jurídicos e outros
documentos, que de modo geral norteiam a política administrativa e financeira5 do
conjunto CFESS/CRESS; a fiscalização e orientação do exercício profissional6 e a
política nacional de comunicação7.
Para assegurar a reprodução da democracia direta no âmbito político da
gestão do conjunto CFESS/CRESS foram criados espaços e instâncias de
deliberação. Em nível regional os profissionais são convocados, pelos CRESS, a
participar de Assembleias, nas quais as demandas e propostas são apresentadas.
Além disso, nessas assembleias, também ocorre à eleição de delegados de base e
o referendo dos diretores da direção estadual, aqui compreendidos os diretores da
estadual e das seccionais. Todos/as os/as eleitos/as são responsáveis em levar as
propostas aprovadas ao Encontro Nacional, instância máxima de deliberação da
categoria. Tais demandas, após longos debates e consensos, são agregadas ao
Plano de Ações do conjunto CFESS/CRESS, que norteia ações político-pedagógica
durante toda a gestão.
1.3 A incipiente experiência político-pedagógica descentralizada desenvolvida
pelo CRESS/9 Região
A gestão ampliações das ―Lutas Coletivas à Emancipação‖ (2014/2017) é
constituída através de um coletivo formado somente por assistentes sociais cujas
opções políticas inscrevem-se no campo da esquerda. Surge em 2004, como uma
frente de profissionais engajados na efetivação e materialização do projeto ético-
político profissional hegemônico que defende uma sociedade emancipada.
Ao assumirmos a gestão nos deparamos com uma formação de organização
político-pedagógica que funcionava através de núcleos temáticos abrangendo a
região metropolitana. São eles os núcleos de Assistência Social, de Saúde e as
comissões regimentais. Essas últimas são as de ética e direitos humanos,
permanente de ética, de inscrição e inadimplência, de comunicação, orientação e
5 Disponível em:<http://www.cfess.org.br/arquivos/LivroProcedimentosAdmCFESS_2010.pdf> acesso
em 20/03/2016. 6 Disponível em:< http://www.cfess.org.br/arquivos/brochura_cofi2007-atribuicoes.pdf> acesso em
23/03/2016. 7 Disponível em: < http://www.cfess.org.br/arquivos/POLITICA_COMUNICACAO_CFESS-
CRESS.pdf> retirado em 20/03/2016.
fiscalização profissional. São instâncias compostas por direção e base, isto é,
assistentes sociais que se dispõem a participar e contribuir para o andamento das
atividades do conselho.
Com a perspectiva de desenvolver ações descentralizadas que garantam um
maior alcance junto à categoria profissional, criamos a Comissão de Trabalho
Profissional e Organização Política (CTPOP), cujo objetivo é estabelecer diretrizes
para o fortalecimento do trabalho profissional por meio de ações de educação
permanente e organização política da categoria profissional.
Essa iniciativa corresponde o que preconiza a Política Nacional de
Fiscalização (2007, p.49), no eixo I que aborda:
Dimensão afirmativa de princípios e compromissos conquistados: Expressa a concretização de estratégias para o fortalecimento do projeto ético-político profissional e da organização política da categoria em defesa dos direitos, das políticas públicas e da democracia e, consequentemente, a luta por condições de trabalho condignas e qualidade dos serviços profissionais prestados.
E no Eixo II que trata da mesma política
Dimensão político-pedagógica – Compreende a adoção de procedimentos técnico-políticos de orientação e politização dos assistentes sociais, usuários, instituições e sociedade em geral, acerca dos princípios e compromissos ético-políticos do Serviço Social, na perspectiva da prevenção contra a violação da legislação profissional. (2007, p.50).
A proposta encabeçada pela CTPOP vem como uma resposta à conjuntura
político-econômica neoliberal que impera no país, produzindo efeitos que se
reproduzem e provocam a fragilização das políticas sociais e do trabalho do
assistente social. De acordo, com IAMAMOTO (2010, p. 173),
presenciamos hoje no mundo contemporâneo uma transformação significativa dos padrões de produção e acumulação capitalista, com profundas alterações na dinâmica internacional do capital e da concorrência intercapitalista, implicando numa reestruturação dos Estados nacionais em suas relações com as classes sociais. Transformações àquelas que vêm acompanhadas de uma clara reorientação do fundo público a favor dos grandes oligopólios em detrimento da reprodução da força de trabalho, pela retração dos investimentos estatais nas áreas de seguridade social, da política salarial e do emprego.
As históricas expressões da questão social, nesse sentido, justificam a
inserção do assistente social na divisão sociotécnica do trabalho, pois elas mantêm -
e ao mesmo tempo assumem - novas configurações, impondo novos desafios aos
profissionais. Desafios que também se reproduzem no âmbito da formação
profissional, haja visto a crescente mercantilização do ensino. Também é importante
destacar que, essas e tantas outras determinações do projeto político-econômico
neoliberal produzem impactos que afetam diretamente os/as trabalhadores/as do
Serviço Social e seus usuários e as usuárias.
Frente a esses e tantos outros desafios postos pela conjuntura, a CTPOP cria
estratégias para aproximar e sensibilizar os profissionais para participar da gestão
do conselho. Coloca-se assim, em prática, a política de educação permanente, pois
compreendemos que o conselho deve funcionar articulando a dimensão precípua de
fiscalização com a educação permanente, processo fundamental para garantir as
competências e atribuições privativas inscritas na lei de regulamentação da
profissão.
A CTPOP articula-se com as demais comissões existentes no CRESS/ SP,
que são a COFI – Comissão de Orientação e Fiscalização Profissional, a Formação
e a CAEDH – Comissão Ampliada de Ética e Direitos Humanos. As informações
sobre eixos, diretrizes, os objetivos gerais e específicos, metodologia e processo de
funcionamento estão anexadas no final do artigo.
REFERÊNCIAS BRASIL. Decreto nº 200, de 25 de fevereiro de 1967. Dispõe sobre a organização da Administração Federal, estabelece diretrizes para a Reforma Administrativa e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0200.htm.> acesso em: 23/03/2016. CFESS. Congresso da Virada 30 anos “começaria tudo outra vez se preciso fosse”. In NETTO, José Paulo. III CBAS: Algumas Referências para a sua Contextualização. Brasília/DF 2009. ________. Instrumentos para fiscalização do exercício profissional do assistente social. Brasília/DF. 2007. Disponível em: <http://www.cfess.org.br/arquivos/brochura_cofi2007-atribuicoes.pdf> acesso em: 23/03/2016. _______. Política Nacional de Comunicação Conjunto CFESS – CRESS. 2ªEd. Brasília/DF, 2008 – 2011. Disponível em: <http://www.cfess.org.br/arquivos/POLITICA_COMUNICACAO_CFESS-CRESS.pdf> Acesso em: 23/03/2016. ______. Procedimentos Administrativos, Financeiros e Contábeis. 2ªEd. Brasília/DF, 2009. Disponível em: <http://www.cfess.org.br/arquivos/LivroProcedimentosAdmCFESS_2010.pdf> acesso em: 23/03/2016. IAMAMOTO, M.V. O Serviço Social na Contemporaneidade: trabalho e formação profissional. 19ª. Ed. São Paulo: Cortez, 2010. NETTO, Jose Paulo. DITADURA E SERVIÇO SOCIAL: Uma analise do serviço
social no Brasil pós 64. 11ª Ed. São Paulo: Cortez, 2007. RAMOS, Sâmya Rodrigues. A mediação da organização política na (re) construção do projeto profissional: o protagonismo do Conselho Federal de Serviço Social. 332 folhas. Universidade Federal de Pernambuco Centro de Ciências Sociais Aplicadas Doutorado em Serviço Social. Pernambuco, 2005.
ANEXO
Eixos:
Formação e Organização Política da categoria.
Formação/educação permanente (teórico-metodológica ético-política e
técnico-operativa).
Articulação com outras comissões.
Diretrizes:
Reafirmação do Projeto Ético Político em sua totalidade, articulando com
outros órgãos de representação da categoria.
Fortalecimento da categoria profissional a partir de sua organização e
articulação política.
Reflexões de debates permanentes acerca do cotidiano profissional e da
importância da formação/educação permanente, enquanto elemento de
resistência, articulação e fortalecimento dos/as trabalhadores/as.
Objetivos:
Objetivo Geral:
Organizar ações descentralizadas na perspectiva de formação/educação
permanente e organização política da categoria profissional.
Objetivos Específicos:
Desenvolver ações descentralizadas, nas diferentes regiões de abrangência
do CRESS 9ª região, de modo a garantir a formação/educação profissional
permanente e a organização política da categoria;
Estabelecer a articulação com as demais Comissões do CRESS, no sentido
de ampliar as ações frente à categoria profissional;
Ampliar o debate acerca dos diferentes espaços sociocupacionais, numa
perspectiva transversal, visando a ampliação de conhecimentos para a
elaboração de estratégias de enfrentamento das demandas cotidianas dos/as
trabalhadores/as;
Consolidar o Projeto Ético Político Profissional, fortalecendo assim a categoria
profissional.
Contribuir para a criação de espaços reflexivo-analíticos, oferecendo
subsídios para o aprimoramento do exercício profissional;
Realizar o monitoramento das deliberações do Encontro Nacional CFESS/
CRESS8 com a participação de assistentes sociais de base nesse processo;
Capacitar trabalhadores/as da base para comporem os Núcleos
representativos da CTPOP;
Estrutura e diretrizes do trabalho:
1. Cada Núcleo terá uma coordenação com a seguinte composição: dois/duas
profissionais da base e 01 diretor/a, a duração da base na coordenação deve
ser de 1 ano, podendo ser renovada por mais um ano (tabela de
responsabilidade de 2016 – Anexo III);
2. Desenvolverá ações mensais e/ou bimestrais em suas respectivas regiões;
3. As ações deverão estar pautadas nos eixos aprovados no Encontro Nacional
e na Assembleia do CRESS: Formação e Organização Política da categoria;
Formação/educação permanente (teórico-metodológica ético-política e
técnico-operativa); e em Articulação com outras comissões;
4. As demandas identificadas nas ações serão:
a) registradas em formulário de avaliação;
b) repassadas e discutidas junto a outros Núcleos do CRESS, Reunião de
pleno/executiva;
c) redirecionadas aos/às trabalhadores/as das regiões para adoção dos
encaminhamentos necessários, visando contribuir para organização
desses; e,
d) em acordo com suas especificidades poderão servir de bases para futuros
trabalhos itinerantes do CRESS.
5. Os/as responsáveis pelas ações dos Núcleos (2 profissionais da base e
diretor/a), terão a incumbência de:
5.1. Identificação de assistentes sociais para formação de Comissão de
Mobilização;
5.2. Localizar, reservar e organizar o local dos encontros;
5.3. Fazer toda a divulgação dos encontros por meio de convite padrão
(anexo modelo padrão);
8 Para ver o documento na íntegra acesse: http://www.cfess.org.br/arquivos/43EncontroNacional-
RelatorioFinal.pdf
5.4. Planejar as ações e atividades que serão desenvolvidas em cada
encontro/evento;
5.5. Levar materiais do CRESS para vendas e/ou distribuição;
5.6. Articular com editoras para divulgação e vendas nos locais dos
encontros/eventos;
5.7. Desenvolver as ações e/ou convidar outros/as profissionais em acordo com a
temática a ser abordada nos encontros/eventos;
5.8. Articular a criação de GTs que possam executar os encaminhamentos das
ações iniciadas e desenvolver estudos pertinentes às temáticas
abordadas;
5.9. Aplicar lista de presença para os/as participantes;
5.10. Preencher formulário de avaliação ao término de cada encontro/evento;
5.11. Apresentar dados dos/as participantes dos encontros/eventos, para formação
de cadastro (banco de dados) específicos de cada local;
5.12. Apresentar e discutir as avaliações das ações desenvolvidas, nas reuniões da
CTPOP;
5.13. Elaborar planejamento semestral das ações para apresentação na CTPOP;
5.14. Participar de formações específicas, oferecidas pelo CRESS;
5.15. Após capacitados/as, ministrar oficinas pelo CRESS;
5.16. Estabelecer contatos com a Assessoria de imprensa do CRESS para fins
de atualização constante das informações de cada Núcleo.
6. A participação dos assistentes sociais nos núcleos será a partir da divisão de
subprefeituras, conforme tabela disponível no anexo I e site da Prefeitura
Municipal de São Paulo
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/subprefeituras/subprefeituras/d
ados_demograficos/index.php?p=12758, e pela região metropolitana disponível
no Anexo II.
CTPOP
Comissão de Trabalho Profissional e Organização Política
Missão: Desenvolver ações estratégicas intersetoriais para discussão, organização do trabalho
profissional e organização política da categoria.
Metas:
Estruturar Núcleos, por regiões e seccionais para desenvolvimento de ações voltadas à organização política da categoria e educação permanente;
Estabelecer relações sistemáticas com as demais comissões do CRESS-SP
Núcleo - Centro expandido
Pirituba Lapa
Pinheiros Butantã
Sé Mooca
Ipiranga Vila Mariana Jabaquara
Núcleo 2 Grande Oeste
Osasco Carapicuíba
Barueri Taboão da Serra
Jandira Itapevi
Santana do Parnaíba Cajamar
Pirapora do Bom Jesus Cotia
Vargem Grande Paulista
Embu-das-Artes
Núcleo 4 – Norte Freguesia do Ó
Casa Verde Santana Jaçanã
Vila Maria Vila Guilherme
Núcleo 5 – Sul 1 Santo Amaro Campo Limpo
Cidade Ademar
Núcleo 7 – Leste 1
Penha Aricanduva
São Matheus Sapopemba
Vila Prudente
Núcleo 9 – Alto Tiete
Itaquaquecetuba Mogi das Cruzes
Suzano Poá
Ferraz de Vasconcelos Salesópolis
Arujá Santa Isabel
Biritiba Mirim
Núcleo 3 – Noroeste Perus
Caieiras Francisco Morato Franco da Rocha
Mairiporã
Núcleo 6 – Sul 2 Capela do Socorro
Parelheiros M’Boi Mirim
Itapecerica da Serra
Embu-Guaçu São Lourenço da
Serra Juquitiba
Núcleo 8 – Leste 2
Guaianazes Itaquera Cidade
Tiradentes São Miguel
Itaim Paulista Ermelino
Núcleo 10 –
Guarulhos Guarulhos
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REFERÊNCIAS
IAMAMOTO, M.V. O Serviço Social na Contemporaneidade: trabalho e formação
profissional. 19ª. Ed. São Paulo: Cortez, 2010.
BRASIL, Instrumentos para a fiscalização do exercício profissional do assistente
social. Brasília. CFESS. 2007.
BRASIL. Código de ética do/a assistente social. Lei 8.662/93 de regulamentação da
profissão. 10º edição ver. e atual. Brasília. CFESS. 2012.
15