reflexão semanal 23e 24 de novembro

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1 REFLEXÃO SEMANAL (23 E 24 DE NOVEMBRO) Como já vem sendo habitual, a aula iniciou-se com os grupos a falarem sobre as suas experiências nas escolas onde estão a estagiar. Depois de cada par ter relatado o que tinha observado, demos continuidade ao melhoramento do texto do João. Este melhoramento de texto é feito nos mesmos moldes do que os textos das “nossas” salas de aula. A professora Helena distribuiu uma folha que continha o texto a ser trabalhado, os aspectos positivos e negativos deste, perguntas ao autor e propostas de reescrita. Devo dizer que neste exercício senti algumas dificuldades, pois não sabia o que escrever. Como o João é o meu par de estágio, sabia o que ele queria transmitir com o seu texto, percebendo assim o seu raciocínio. Outra dificuldade, foi a de fazer o que os “meninos” fazem constantemente, ou seja, críticas construtivas. Para as crianças do MEM esta actividade é natural, mas para mim foi uma grande novidade. Em seguida falámos acerca do Tempo de Estudo Autónomo na sala de aula. No documento analisado vimos que grande parte do Estudo Autónomo , é guiada pelo Plano Individual de Trabalho . O PIT , a meu ver, é o instrumento de pilotagem mais importante do modelo, pois clarifica a organização do trabalho a curto

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Reflexão Semanal 23e 24 de Novembro

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Page 1: Reflexão Semanal 23e 24 de Novembro

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REFLEXÃO SEMANAL (23 E 24 DE NOVEMBRO)

Como já vem sendo habitual, a aula iniciou-se com os

grupos a falarem sobre as suas experiências nas escolas onde

estão a estagiar.

Depois de cada par ter relatado o que tinha observado,

demos continuidade ao melhoramento do texto do João. Este

melhoramento de texto é feito nos mesmos moldes do que os textos

das “nossas” salas de aula. A professora Helena distribuiu uma

folha que continha o texto a ser trabalhado, os aspectos positivos

e negativos deste, perguntas ao autor e propostas de reescrita.

Devo dizer que neste exercício senti algumas dificuldades, pois

não sabia o que escrever. Como o João é o meu par de estágio,

sabia o que ele queria transmitir com o seu texto, percebendo

assim o seu raciocínio. Outra dificuldade, foi a de fazer o que os

“meninos” fazem constantemente, ou seja, críticas construtivas.

Para as crianças do MEM esta actividade é natural, mas para

mim foi uma grande novidade.

Em seguida falámos acerca do Tempo de Estudo Autónomo na sala

de aula. No documento analisado vimos que grande parte do

Estudo Autónomo , é guiada pelo Plano Individual de Trabalho .

O PIT , a meu ver, é o instrumento de pilotagem mais importante

do modelo, pois clarifica a organização do trabalho a curto

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prazo. O facto deste registo ser individual, permite a cada aluno

uma gestão real do seu percurso.

O Plano Semanal visa clarificar as diferentes modalidades de

trabalho, para isso as rotinas da turma são organizadas. Esta

organização é negociada com a turma. O TEA , realiza-se uma

hora por dia, e é nesta hora que o professor trabalha as

dificuldades específicas de cada aluno. Para isso é necessário

que a turma negoceie durante as planificações semanais ( Plano

Semanal ) e diárias ( Plano do Dia ).

O tempo de Trabalho em Projectos , também faz parte da Agenda

Semanal . Todos os alunos estão empenhados em pequenas

pesquisas. Estas decorrem dos interesses dos alunos, dos

programas curriculares e dos desafios propostos pelos professores.

Falámos ainda acerca de outros instrumentos de trabalho

complementares ao PIT , que tanto podem ser regulados

individualmente como colectivamente. Estes instrumentos de

registo de produções estão expostos em diversas áreas de trabalho,

ao alcance de todos. Como os alunos estão em contacto

permanente com estes registos têm uma visão real do seu processo

de aprendizagem.

Na aula de terça-feira analisámos os nossos parâmetros de

avaliação. Estes parâmetros foram discutidos com todos os

professores cooperantes, o que me parece muito mais justo, já que

eles têm um peso decisivo na nossa nota.

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Depois de termos lido e discutido a avaliação, começámos a

analisar um documento do Sérgio Niza, “O Diário de Turma e o

Conselho”. Vimos que o Diário de Turma é (…) “um instrumento

mediador e operador (ou alimentador) da regulação social do

grupo e do processo de negociação permanente interactiva que

uma educação cooperara ou democrática pressupõe” (…),

permitindo também a planificação e a apreciação do trabalho.

Como Sérgio Niza o chama, o “Termómetro Moral”, (…) “permite

ler em perfil temporal como se desenrola o clima emocional, de

relações e de valores de um grupo” (…).

O Conselho de Turma é mediado pelo Diário de Turma , regulando e

organizando a turma. (…) O Conselho é assim um momento de

articulação, de reordenação, de coordenação e de instituição por

excelência (…).

Esta semana foi extremamente importante, pois já

começámos a nos apropriar de diferentes conceitos e instrumentos de

pilotagem do MEM , o que nos irá proporcionar uma melhor

integração na sala de aula.