uruquê semanal
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Edição II 24 de outubroTRANSCRIPT
Em outros
tempos, buscar água em
poços, cacimbas ou
chafarizes era cena corriquei-ra nas quebradas dos sertões.
A hoje esquecida lata, era
uma das mais utilizadas vasi-
lhas para carregar a preciosa e
sempre tão difícil água. Atu-
almente, o episódio da “lata
d‟água na cabeça” ressurge
das entranhas secas do casti-
gado nordeste brasileiro, o
fazendo reviver a dura peleja
por saciar a sede de água quando não há muito onde a
encontrar.
Sabemos, pois, que a
falta de chuva é consequência
do desencadeamento hostil do
aquecimento global, que tem,
nos últimos anos, feito com
que as chuvas desapareces-
sem ou caíssem de forma in-
suficientes em determinadas
regiões, comprometendo la-
vouras, pomares e outros se-tores da economia rural, em
especial. Outro agravante é o
não abastecimento dos reser-
vatórios destinados ao consu-
mo humano.
Em Uruquê, por e-
xemplo, a água do açude que
abastece a vila - e que já se
confunde com a lama -, desde
muito tempo não é utilizada
para cozinhar ou beber. Com a redução do volume de água
do reservatório, a mesma
tornou-se imprópria ao con-
sumo, exceto, para tomar
banho e lavar roupa, e, ainda assim, segundo os morado-
res, exala mau cheiro ao abri-
rem as torneiras.
O poço que abastece
a comunidade com água po-
tável encontra-se temporaria-
mente desativado para repo-
sição de novas peças. Desta
forma, os moradores que não
possuem cisterna têm que
comprar garrafões de água mineral para beber, ou se
remediar com a água trazida
de longe pelos caminhões
pipas, e que é distribuída em
cisternas comunitárias ou no meio da rua. Aqui, entram
em ação as “latas d‟água”, já
com outros nomes, formas e
modelos, auxiliando na cap-
tação e dando à imagem um
tom pitoresco para gravar na
memória, do visitante ou
investigador, a realidade nua
e crua do dia a dia uruque-
nense.
E é nesse momento que vem a tona em nosso
juízo toda a indisciplina que
praticamos quando a temos
(a água) em abundância. A
água, como qualquer outro bem, deve ser gerida por
todos com o mais absoluto
critério racional de uso,
desde as autarquias respon-
sáveis por sua distribuição
aos consumidores em suas
casas e indústrias. Ou seja,
poderíamos, e poderemos,
fazer melhor uso da água e
contribuir para minimizar os
impactos resultantes do aquecimento global, que já
se confirmou, dentre outras
causas, a ação humana.
Uma medida muito
interessante seria a captação
das águas das cobertas dos
ginásios, que aliás, são dois
no distrito. Alguém já parou
para se perguntar quantos
metros cúbicos de água por
segundo poderiam ser arma-
zenados para o uso da pró-pria comunidade? Isso cha-
ma-se arquitetura sustentá-
vel e não falta muito para
efetivá-la, já que os ginásios
são projetados para tal.
Agora não adianta
chorar a água derramada
desnecessariamente. Pegue-
mos nossas latas e, em pro-
cissão, rezemos para que
Deus mande um bom inver-
no!
Lata d’água na cabeça
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Edição 2
Sexta feira, 24/10/2014
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Poço profundo em Uruquê .
Fone: (88) 9930-8566 Org.: Lili & Eduardo
Félix Almeida
No último dia 5 acompanhamos uma eleição difícil. Nú-
meros surpreenderam. A população disse o que queria. Em todo o Brasil temos mais de 115 milhões de pessoas que se deslocaram de
suas casas para as urnas, para escolher o presidente da República. No Ceará tivemos números bastante significativos: dos 5.007.565 eleito-
res, 6,30% votaram em branco; 4,64% nulos e uma porcentagem de abstenção que o Tribunal Superior Eleitoral considerou alarmante.
Tivemos mais abstenção nessa eleição do que na eleição de 2010,
quando a população era menor. Mais de 1 milhão de cearenses não compareceram as urnas, segundo o jornal Folha de São Paulo. Boa
parte dessa abstenção, são de trabalhadores informais, que estão no sudeste e, por isso, acabaram não votando. Este total
pode chegar a 4 milhões de pessoas.
Nos Estados Unidos da América, a república concede voto facul-
tativo. Mas o que significa República? O nome vem do latim res publica, e quer dizer coisa publica. A republica
fundamenta a obrigatoriedade do voto. Ela torna a democracia não apenas o modo da população
manifestar sua vontade, mas também a efetivação da participação de todos. O voto é um poder-
dever e o atual estágio da democracia brasileira ainda não permite a adoção do voto facultativo.
Acredita-se que, se com o voto facultativo no nosso país, apenas as classe C e D votariam, tam-
bém no que se refere a baixa escolaridade, segun-do o Senado, isso favoreceria aqueles candidatos que se aprovei-
tam da necessidade do eleitor para arrecadar votos.
Dura verdade, mas, se você refletir sobre isso, nossa
maioria eleitoral são de classes C e D e ainda muitos não tem acesso a informação e ensino de qualidade. Isso não quer dizer
que estamos retrocedendo no quesito comunicação. As possibili-dades hoje são muitas do eleitor se informar. Mas quando ele não
quer, se torna alienado, condenado a agir pela mente-
/manipulação dos outros.
Ano passado contemplamos, se é que assim pode-se dizer, por tamanho escarcéu, as redes sociais ganharem força e
juntarem jovens que nunca se viram na vida em praças e ruas nas capitais brasileiras, reivindicando pela melhoria nos transportes;
por baixos preços das passagens de ônibus; por segurança; saúde de qualidade e mais transparência política. Logo, as manifesta-
ções ganharam repercussão internacional, inspirando passeatas no interior do pais. Quixeramobim também foi palco dessas ma-
nifestações. Por todo o país as notícias ocupavam, às vezes, a maior parte dos telejornais locais, destacando as manifestações
pacíficas e, em contrapartida, os abusos de manifestos ocorridos
ora aqui ora ali, deturpando a essência do movimento.
A grande verdade é que o povo tem poder, mas conti-nua dividido. O que justifica o resultado do primeiro turno, quan-
do tivemos, de acordo com o G1, Dilma (41,59% com mais de 43,2 milhões de votos) e Aécio (33,55% com mais de 34,9 mi-
lhões de votos). Já, a candidata Marina era apontada nas pesqui-sas para concorrer ao segundo turno, conseguiu mais de 22 mi-
lhões de votos e o terceiro lugar nas eleições.
Entre outros episódios, vimos o TSE se modernizar
lançando a campanha “#Vem Pra Urna”, com o objetivo de cha-mar a atenção dos manifestantes do ano passado para a importân-
cia do ato de votar, a campanha nos fez lembrar de algo que tí-
nhamos esquecido (?).
Seria a urna o melhor lugar para as pessoas manifesta-
rem sua opinião sobre o poder e administração política (?). O jovem está pronto para a urna ou ainda prefere as ruas? O que
aconteceu com o jovem eleitor? Onde está aquele interesse pela política, manifestado há um ano? Agora muitos se influenciam
por pesquisas, sem conhecer as propostas dos candidatos. Será mesmo que estamos usando nossa cidadania da maneira certa?
Essa não é a melhor hora para isso?
Na prática, jovens votaram bem menos que os adultos.
No Ceará, 130.153 adolescentes entre 16 e 18 anos, na maioria mulheres, compareceram para votar, mas representam somente
2% contra 24,55% dos eleitores entre 25 e 34 anos, por exemplo, que ainda são na maioria mulheres (mais de 781 mil votos). O
gigante dormiu?
Ainda segundo o Folha de São Pau-
lo, em Quixeramobim, com todas as 183 urnas
apuradas, e um total de 55.222 votos, foram
39.204 votos válidos para presidente, 887 em branco, 2.377 nulos. Para governador, 37.967
votos válidos, 1.629 brancos, 2.872 nulos. A
abstenção foi de 23,1%, ou seja, 12.754 quixe-
ramobinenses não votaram.
Vimos, também, o nordestino virar alvo de piada nas redes sociais. Termos como “nordestino des-
graçados” e “burros” subiam nos assuntos mais comentados do momento no Twitter. A escolha do nordestino não agradou muito
os moradores do Sul. O Brasil se mostrou dividido nesse primei-ro turno e surpreendente a cada momento. Agora, vemos novas
pesquisas. Vemos o Nordeste sendo defendido por candidato A
ou B afim de cair nas graças do povo e ganhar essa eleição.
De qualquer forma, independentemente da sua escolha, é bom sempre analisar as propostas do seu candidato, não se
deixar levar pela emoção nem tampouco ser apático, pois a polí-tica, jovem, queira ou não está sempre presente e você faz parte
dela. Enquanto o voto não for facultativo, você estará participan-do para escolher quem vai te representar por quatro anos. Depois
disso não adianta manifestar fora do tempo, quando você teve a oportunidade nas eleições. Dia 26 de Outubro está muito próxi-
mo. Cabe a você decidir se quer ser a mudança ou não.
Página 2
O efeito Urna: um país dividido e os jovens
Humor com Charles Charge
URUQU Ê S EM AN AL
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Leandro Casimiro
Folha de São Paulo
EDIÇ ÃO 2
Você já se perguntou por que
gosta de saber? Ou por que tem
curiosidade e se sente interessa-
do por algum assunto? Pra que queremos informação afinal?
Quando era garota e atormenta-
va minha mãe com os
“porquês” típicos da infância,
depois de horas respondendo,
suas respostas se esgotavam, e
ela dizia: “Menina! A curiosida-
de matou o gato!” Eu tinha cer-
teza que ela estava errada, afi-
nal eu nunca havia visto a morte
de um gato por curiosidade. Mas, já havia percebido, no
entanto, que os gatos são curio-
sos por barulho, gosta de explo-
rar novas rotas de fuga, e isso fez mui-
to sentido quando nas aulas de ciên-
cias, Darwin, através do modelo de
seleção pelas consequências, disse que
à medida que encontramos respostas
temos mais chances de sobrevivência.
De fato, os gatos acabavam
encontrando mais alimentos, encon-
trando mais gatas, encontrando chan-
ces maiores para a sobrevivência. Cer-
tamente, em algum momento o gato
iria se dar mal, mas mesmo que isso
ocorresse, ele teria encontrado muito
mais alimentos e namorado muito
mais gatas do que um gato não curioso
e não investigador de novos territórios.
Os gatos curiosos, portanto, podem até
morrer logo, mas deixam mais descen-
dentes, tem muito mais prazer na vida e
sobrevivem bem mais alimentados.
Minha mãe podia está certa que
a curiosidade matou o gato, mas o gato
curioso fez mais história e descendentes
que o acomodado. Bom, o fato aqui é
que o gato é uma metáfora para nos
referirmos a nós, meros animais huma-nos, movidos pela curiosidade e pelo
prazer de encontrar as respostas. De
acordo com Darwin, essa curiosidade é
uma conduta compartilhada por nossa
espécie. Somos curiosos porque já nas-
cemos com essa propensão. Pesquisas
em psicologia e neurociências mostra-
ram que existem áreas de nosso cérebro
que são responsáveis pela nossa curiosi-
dade. No entanto, a cultura, nosso meio
social e historia de aprendizagem indi-
vidual, vão determinar os elementos pelos quais sentimos mais curiosidades,
ou pelo que nos interessamos em saber.
Nossa curiosidade é o que nos move
muitas vezes a definir nossa carreira
profissional, nossos relacionamentos,
nosso estilo e porque não dizer nosso
lugar no mundo.
O fato é que se somos estimu-
lados a buscar o conhecimento sozinho,
se não nos é dado respostas prontas e se
somos expostos a estímulos como a lei-
tura, por exemplo, temos mais propen-
são a sermos curiosos, não no sentido comum das coisas - como curiosidade
pela vida alheia -, mas curiosos por in-
formações que nos beneficiem de algu-
ma maneira. A informação, quando vem
fundamentada em preceitos éticos, cien-
tíficos e morais proporciona não somen-
te mais chances de sobrevivermos, mas
contribui para a construção e manuten-
ção de um mundo melhor e relaciona-
mentos mais saudáveis. Este é o intuito
deste informativo: contribuir com infor-mações úteis, descontrair e proporcionar
reflexões sobre nosso cotidiano e nossas
condutas em sociedade.
Finalizo esta apresentação di-
zendo que, embora a curiosidade possa
ter matado o gato, deve valer a pena
para o gato conhecer novas gatas, afinal,
se não fosse por isso e por sua curiosida-
de você não estaria lendo esse jornal.
Página 3
Passatempo Você sabia que
Por que somos curiosos? Herleny Rios
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O jornal que você tem em mãos é parte do pro-
jeto do Grupo Cultural Faz di Conta. Grupo este que se
iniciou no ano de 2009, com a necessidade de apresentar
a Escola Cel. Humberto Bezerra, um trabalho de Histó-
ria, dos alunos do 1º ano do ensino médio, voltado à Consciência Negra no Brasil. Mediante isto, os alunos
envolvidos no trabalho, juntamente com outros alunos e
alguns funcionários da escola José Marinho de Góes,
formaram o grupo de teatro composto pelo seguinte e-
lenco: Keila, Miguele, Mikaele, Emanuelle, Maria de
Lourdes, Fabíola, Alessandro, Alexandre, Alex, Nyuher-
ton, Leandro e Félix.
Depois de três meses de ensaios exaustivos, o
produto final saiu. Foi a palco a peça “A eXcravidão”,
exibida no patamar da Capela de São José. Em seguida,
realizaram-se mais duas apresentações: uma na Escola
Cel. Humberto Bezerra e outra no então colégio SEI-COC.
Z E X C R A V I D A O C C F
W A T O J M N O V A I P A U
H I S T O R I A P A L Z P M
C Y X G R L G A T O D O E B
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T A S A L D N E G R A G M V
O R T A E T A D M O R V B C
O R U B A M S S F O B T I K
Que honra é para esse, amiú-
de colunista, escrever sobre Vinícius
de Moraes – nome tão suave e impo-
nente que sinto sabor ao dizê-lo – e sua obra.
Nascido na primavera de 1913 – 19 Outubro, no bairro Jardim
Botânico, que na época era parte da
Gávea, foi o segundo filho do casal
Lydia e Clodoaldo Pereira da Silva
Moraes. Apresentado por sua mãe à
música, Vinícius ainda pequeno brin-
cava na pianola da família fingindo
ser pianista aos sete anos. Porém é o
pai Clodoaldo, que com sua „mania‟
de escrever poemas, estimulava o pe-
queno Vinícius a rabiscar seus incipi-
entes versos. Aos 11 anos ingressou no
colégio de padres Jesuítas – Colégio
Santo Inácio – aonde participava do
coral da escola e do grupo de teatro.
Três anos depois Vinícius inicia junto
com os irmãos Haroldo e Paulo Tapa-
jós um grupo de apresentação em fes-
tas e no colégio Santo Inácio. Nessa
época Vinícius já vinha intensificando
a criação de poemas e junto com os
dois irmãos escreve duas populares canções: Loura ou Morena (com Ha-
roldo) e Canção da Noite (com Pau-
lo), ambas lançadas em disco no co-
meço da década de 1930.
Entre 1933 e 1946 já havia
publicado seis livros de poemas. No
entanto aos 43 anos, Vinicius marca a
MPB ao lançar, com a pareceria de
Tom, a peça Orfeu da Conceição,
nesse início, Vinícius, além de poeta;
crítico de cinema e diplomático, co-
meça uma vida de letrista, embora já
houvesse escrito versos em parceria com irmãos Tapajós (fim da década
de 1920), Antônio Maria e Paulo So-
ledade (primeira metade da década de
1950), entretanto tinha-a como ativi-
dade secundaria, nada que ameaça-se
sua carreira inveterada como poeta,
doravante com o sucesso de Orfeu da
Conceição, Vinicius entra de vez para
a música popular.
Com o nascimento desse
novo Vinícius e seu vasto número de poemas deu-se início a uma revolução
na música popular. 1958 – Em maio, a
Cantora Elizeth Cardoso lança o disco
antológico Canção do Amor Demais,
com todas as composições criadas por
Tom Jobim e Vinícius. O álbum é
considerado uma das pedras funda-
mentais do movimento musical Bossa
Nova. A música „Chega de saudade’
tocada pelo violinista João Gilberto,
com um estilo de batidas inovador, foi
a base do movimento. A música aju-dou Vinícius a consolidar-se como
letrista popular. Também em 1958,
Tom e Vinicius compõem a canção
Eu Sei Que Vou Te Amar, um dos
maiores sucessos da parceria.
O „poetinha‟ – apelido cari-
nhoso dado por Tom Jobim, já conso-
lidava sua herança musical banhada a
uísques e paixões, ao todo foram nove
casamentos. Grande boêmio e princi-
pal fundador da Bossa Nova, tem uma grande inspiração lírica em sua obra.
Ele consegue com facilidade, e uma
linguagem, que na época parecia um
tanto vulgar, escrever versos incre-
mentados, com sua visão doce e apai-
xonada.
Em 1980, enquanto finaliza-
va a obra musical infantil Arca de
Noé, veio a falecer vítima de AVC.
Vinícius viveu a mais pura e emocio-
nante vida de um poeta, inspirou gran-
des artistas nacionais e internacionais
com seus líricos poemas, nomes como Caetano Veloso, Chico Buarque de
Holanda, Carlos Drummond e Elizeth
Cardoso reconheceram sua influência
como antológico poeta e letrista brasi-
leiro. Músicas conhecidas: Garota de
Ipanema, Eu Sei Que Vou Te Amar,
Pela Luz dos Olhos Teus, Chega de
Saudade, Samba da Benção, Tarde em
Itapoã, Canto de Ossanha, Aquarela.
Insensatez e Arrastão.
Por: Generson Carvalho
Soneto de Fidelidade
Vinícius de Moraes
De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
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Cultura
URUQU Ê S EM AN AL
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EDIÇ ÃO 2
O esporte de Uruquê tem
passado por muitas mudanças nesses
últimos tempos. Quem o conhece,
sabe bem que no passado só existia espaço para o popular “futebol de
poeira”. Mas agora, com o aumento
da difusão cultural começam a surgir
outras modalidades e a demanda tam-
bém aparece.
Desde agosto, aos domin-
gos, jovens de idades entre sete e
vinte anos se reúnem no Ginásio
Poliesportivo Antônio Pinheiro da
Silva, em Placas - Uruquê, para rece-
berem uma lição de artesanato, luta, dança, vida e cidadania. Estamos
falando da capoeira.
Por iniciativa própria e in-
teiramente voluntaria os professores
Wilame e Cícero Rômulo, divulgam
a capoeira em nossa região, percor-
rendo 15 Km, para dar aulas de graça
aos jovens de Uruquê. O motivo?
Simplesmente o amor à capoeira.
Porém, desenvolver esse
trabalho vem se tornando difícil, já
que os professores não recebem ne-nhuma ajuda de custo, como por e-
xemplo, para a condução. Também
tem a questão do tempo, pois ambos
trabalham e dão aulas em alguns pon-
tos de Quixeramobim. Ainda assim,
eles pretendem estender as aulas para
dois dias na semana.
Segundo os capoeiristas, a
secretaria disponibiliza verbas para a
capoeira, mas se torna efêmera, pois com inúmeras academias em Quixera-
mobim não sobra recurso para promo-
ver eventos que divulguem a capoeira
e beneficie a compra de materiais co-
mo: abadá (roupa), instrumentos e
outros.
Mas disposição é o que não
falta. E quem viu a roda de capoeira
na escola José Marinho de Góes, no
dia sete de setembro, sabe muito bem
disso. E alguns alunos mais otimistas
já dizem merecer a primeira corda.
De fato, temos que aplaudir
as iniciativa voluntarias que aconte-cem em nosso distrito, pois não é algo
a nível de grandes capitais, que estão
a anos luz de nós, mas é algo que está
aqui nas portas de nossas casas, a nos-
so alcance. É a cultura do nosso pais.
São ensinamentos que ficaram para a vida toda, sem falar da defesa pessoal,
que exercita e faz bem a saúde, ainda
que muito criticada por supostamente
“induzir à violência”. Mas quem a-
companha de perto vê que não é ver-
dade e que, ao contrário, só prega a
paz e a harmonia social.
E se você, caro leitor, gosta
de praticar esportes, faça parte deste
grupo. Basta chegar domingo, às
nove horas da manha, no Ginásio Poliesportivo Antônio Pinheiro da
Silva e falar com um dos responsá-
veis (Wilame e Cícero Rômulo), e
efetuar sua inscrição gratuitamente.
Menores de idade, devem apresentar
-se na companhia dos pais ou res-
ponsáveis. Participe!
Farofa de banana da terra
Ingredientes: 3 bananas da terra firmes em fatias; 2 colheres
de sopa de manteiga; 1 cebola picada; 1 colher de chá de alho picado; 1 xícara de cheiro verde picado; 500 g. de fari-
nha de mandioca; óleo para fritar; sal a gosto.
Modo de preparo: corte as bananas em rodelas finas e leve-
as para fritar em óleo bem quente até que fiquem bem doura-
das. Escorra em uma peneira com papel absorvente. Retire
um pouco do óleo no qual foram fritas as bananas e acres-
cente a manteiga. Em seguida, refogue o alho e a cebola.
Adicione a estes as bananas e a farinha. Por fim, o cheiro
verde, o sal e misture bem.
Por: Suélia Pinheiro
De uma maneira geral, a farofa faz parte do gosto
popular, tem variações, cores e sabores diversos. Não há
uma receita secreta, cada uma tem seus ingredientes.
A mandioca, matéria prima da farofa, também co-nhecida em algumas regiões do Brasil como macaxeira,
aipim, costelinha, é uma planta duradoura e arbustiva e per-
tence a família das euforbiáceas, plantas já cultivadas pelos
índios antes mesmo da chegada dos portugueses ao Brasil.
A farinha de mandioca é muito utilizada na cozinha
brasileira e já virou tradição em pratos como: tutu de feijão,
pirão de peixe, pato no tucupi, e farofa. E, por falar nela,
veja nossa dica para esta semana.
Página 5
Esporte
Culinária
Wellison Albuquerque
Recentemente rece-
bemos em nosso Uruquê, uma
vizinha que decidiu se insta-
lar. O DER (Departamento
de Estradas e Rodovias) colo-
cou uma placa delimitando os
limites dos municípios de
Quixeramobim e Quixadá. O
curioso é que, de acordo com
a placa, esse limite fica prati-camente dentro do distrito, e
não mais nas proximidades da
entrada da Fazenda Parada,
como é do conhecimento de
todos. Em entrevista ao pro-
grama O Secretário do Povo,
da Rádio Difusora Cristal, o
Prefeito Cirilo Pimenta brin-
cou: “Então vamos retirar de
lá”. O típico humor Cearense
continua, até porque a placa
não está incomodando nin-guém, mas quando o DER vai
se dar conta de que está erra-
do?
Homem fingiu coma
durante dois anos para escapar de
dívida com o vizinho. Se você
conhece um pão-duro por ai, ele
com certeza não se compara a esse
cara. Para enganar a Previdên-
cia britânica e um vizinho, ele
fingiu estar em coma por
mais de dois anos. Alan, de
47 anos, alegou ter sofrido
um acidente na garagem de sua casa, que o dei-
xou "tetraplégico". A esposa
de Alan participou da farsa e
chegava a conduzir o marido
em cadeira de rodas toda vez
que ele precisava ir a um
tribunal ou a hospital. O
"estado vegetativo" também
fez o britânico fugir de dívi-
da de cerca de R$ 156 mil
com um vizinho. A maior vítima foi o aposentado Ivor
Richards que emprestou cerca
de R$ 162 mil para a
"recuperação" do amigo. Com
a "doença", a dívida nunca era
quitada. Mas a mentira des-
moronou quando câmeras de
segurança flagraram o
"tetraplégico" dirigindo um
carro e fazendo compras
em supermercados. Ouvidos
pela polícia, os seus médicos disseram que estavam come-
çando a desconfiar do quadro
alegado pelo paciente, após
ser visto comendo e escreven-
do. Investigado, a polícia
descobriu que, o golpista usou
o dinheiro obtido com vizinho
aposentado para custear via-
gens e comprar um carro no-
vo. A sua sentença sairá em
novembro.
CURI
S I D A D E S
Leandro Casimiro
Página 6 Próxima edição: 31 de outubro
Semana Mundial
Chuva de meteoros é vista no Ceará
O clarão visto em várias partes do céu do Ceará,
inclusive em Quixeramobim, na noite desta segunda-
feira, 20, foi causada pelos detritos do cometa Halley,
que passou pela Terra em 1986.Os Fragmentos não re-presentam perigo, o fenômeno pode se repetir até 7 de
novembro.
Homem paralisado volta a andar após transplante de
células do nariz
Um homem paralisado conseguiu andar nova-
mente após um tratamento inovador que envolveu o
transplante de células de sua cavidade nasal para a medu-
la espinhal. Antes do tratamento, Fidyka estava paralisa-
do havia quase dois anos e não mostrava nenhum sinal
de recuperação, apesar de meses de fisioterapia intensiva.
Ele disse que andar novamente foi "uma sensação incrí-
vel".
PF apreende barras de ouro em aeroporto.
Foram 31 barras de ouro no aeroporto de Soro-
caba, interior paulista. De acordo com nota da PF, houve
uma denúncia de que o avião de pequeno porte pousaria
no local com mercadorias ilegais, transportava cerca de
18 kg de ouro Segundo os depoimentos do piloto e do
passageiro, o material seria entregue para um empresário
de São Paulo que realizaria uma purificação no metal
para venda. O ouro foi depositado na Caixa Econômica
Federal.
Empresa trabalha em 1 milhão de vacinas contra ebo-
la para 2015 Johnson & Johnson está acelerando os trabalhos
para sua vacina experimental contra o ebola e tem como
objetivo produzir 1 milhão de doses no próximo ano, 250
mil das quais espera estarem disponíveis até maio. A
Organização Mundial da Saúde (OMS) espera que deze-
nas de milhares de pessoas na África Ocidental, incluin-
do profissionais de saúde da linha de frente com alto
risco de infecção, comecem a receber as vacinas Ebola a
partir de janeiro, como parte de testes clínicos em larga
escala.
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recisamos d
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ara ajudar n
os cu
steios co
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pressõ
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Su
a colab
oração
pod
erá ser dad
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