refinaria de matosinhos - galp energia · 2012-07-05 · refinaria de matosinhos data book de...
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Refinaria de MatosinhosDATA BOOK DE SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTE 2011
Refi naria de MatosinhosDATA BOOK DE SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTE 2011
www.galpenergia.com
REFINARIA DE MATOSINHOSDATA BOOK DE SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTE 2011
MENSAGEM DA DIREÇÃO DA REFINARIA
APRESENTAÇÃO
ENQUADRAMENTO POLÍTICA DE SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTE APRESENTAÇÃO DA REFINARIA DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE
ATIVIDADES, AÇÕES E PROJETOSCONSTRUÇÃO COGERAÇÃO CUSTOS E INVESTIMENTOS FORMAÇÃO EM SSA
EM FOCO
INDICADORES DE ATIVIDADENÍVEL DE ATIVIDADE PRODUÇÃO PARQUE DA BOA NOVA
DESEMPENHO EM AMBIENTE CONSUMO DE RECURSOS EMISSÕES ATMOSFÉRICAS EFLUENTES LÍQUIDOS RESÍDUOS
DESEMPENHO EM SEGURANÇA E SAÚDE SINISTRALIDADEMEDICINA DO TRABALHO SISTEMA DE GESTÃO DE SEGURANÇA DA PREVENÇÃO DE ACIDENTES INDUSTRIAIS GRAVES (SGSPAG) OPAS
RELAÇÃO COM A COMUNIDADE
GLOSSÁRIO
DECLARAÇÃO DE CONFORMIDADE
6
8
10111115
17182122
24
28292929
3132333638
40414343
44
45
47
52
01 •
02 •
03 • 3.13.23.3
04 • 4.14.24.3
05 •
06 •6.16.26.3
07 •7.17.27.37.4
08 •8.18.28.3
8.4
09 •
10 •
11 •
O Data Book da refi naria de Matosinhos apresenta
o desempenho de Segurança, Saúde e Ambiente
da refi naria de modo factual e direto, discutindo
e analisando vários indicadores caraterísticos da
atividade e temas que suscitam interesse do
público, stakeholders e entidades públicas.
1969ano de início de laboração
5,5Mtcrude/ano de capacidade
470número de trabalhadores
290haárea
A refi naria de Matosinhos num fl ash
REFINARIA DE MATOSINHOS / DATA BOOK DE SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTE 20116
01 MENSAGEM DA DIREÇÃO DA REFINARIA 09 10 1108070605040302
01 . MENSAGEM DA DIREÇÃO DA REFINARIA
01 MENSAGEM DA DIREÇÃO DA REFINARIA 09 10 1108070605040302MENSAGEM DA DIREÇÃO DA REFINARIA
01
REFINARIA DE MATOSINHOS / DATA BOOK DE SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTE 2011 7
01MENSAGEM DA DIREÇÃO DA REFINARIA 09 10 1108070605040302
7
Mensagem da direção da refi naria O Data Book de Segurança, Saúde e Ambiente da refi naria da Matosinhos, que anualmente publicamos, é um momento de avaliação. Assim, à semelhança de anos anteriores, aqui damos nota, no Data Book de 2011, dos resultados dos principais indicadores de desempenho de Segurança, de Saúde e de Ambiente da nossa refi naria. Neste ato de avaliação refl etimos sobre as metas alcançadas, sobre os novos desafi os e, principalmente, sobre aquilo que, com humildade, reconhecemos poder e dever fazer ainda melhor.
Se 2010 foi o ano da construção, 2011 fi cará para os registos da refi naria como o ano de arranque das novas unidades de destilação de vácuo e de viscoredução, ofi cialmente inauguradas, em 28 de setembro, por Sua Excelência o Presidente da República, Dr. Cavaco Silva. O comissionamento e arranque das novas unidades, atividade demorada e complexa, foi realizado de forma profi ssional e competente por uma equipa motivada. Orgulhamo-nos em sublinhar a não ocorrência de quaisquer acidentes de trabalho relacionados com essa atividade. Apesar disso, não podemos deixar de registar uma defl agração interna num reservatório e daí tirar as respetivas lições, apesar de todo o dispositivo de prevenção e resposta à ocorrência ter funcionado adequadamente.
Também o plano ambiental esteve em destaque em 2011. Foi levado a cabo um ambicioso programa de monitorização da qualidade do ar ambiente numa envolvente de cerca de 35 km2 em torno da refi naria, medindo os principais compostos orgânicos voláteis, incluindo o benzeno. Foi possível constatar que em todas as zonas habitadas, seja a norte, seja a sul, seja a nascente da refi naria, as concentrações de poluentes são inferiores, em todos os pontos monitorizados, aos exigentes limites legais.
Além da preocupação com o ar, a refi naria descarrega para o meio marinho a água utilizada na sua atividade depois de devidamente tratada e purifi cada. Em 2011 reutilizámos 43% dessa água. Em 2011, pela primeira vez, todas as praias da orla marítima de Leça da Palmeira e de Perafi ta foram distinguidas com a Bandeira Azul. Evidência da saudável convivência da refi naria, e de outras unidades industriais, com o Ambiente.
Quisemos partilhar o nosso entusiasmo com a melhoria do Ambiente e procedemos à requalifi cação arquitetónica da zona de acesso pela Rua Belchior Robles e plantámos árvores ao longo da Rua Coronel Helder Ribeiro, na frente poente da refi naria.
Os principais indicadores de Segurança, nomeadamente o Índice de Frequência de Acidentes com Baixa, que se mantém sustentadamente abaixo da média dos operadores do setor de refi nação europeu, e muito abaixo dos indicadores nacionais, dão-nos a força necessária para prosseguir na senda da melhoria contínua, investindo sempre na formação dos nossos trabalhadores e na qualifi cação dos nossos fornecedores e parceiros, colocando a refi naria na vanguarda dos locais de trabalho seguros.
Somos uma refi naria moderna que se quer afi rmar por uma relação positiva com a comunidade em que se insere, com respeito pelos valores fundamentais da proteção da segurança e saúde da pessoa humana, pelo estabelecimento de uma relação sustentável com o Ambiente. Cada vez são mais atuais os nossos valores, que não nos cansamos de repetir:
• todas as nossas atividades e decisões são sustentadas numa sólida cultura de Segurança;
• o nosso compromisso com o ambiente está para além das questões legais. Procuramos uma integração sustentada na envolvente.
É em defesa destes valores que nos propomos em 2012 obter a certifi cação integrada em Energia, Segurança, Ambiente e Qualidade. Estamos seguros de que a efi ciência energética é indissociável do combate pela preservação do meio ambiente, nomeadamente por via da redução da emissão de gases de efeito de estufa. Situarmo-nos no primeiro quartil dos melhores operadores europeus de refi nação em 2015 em termos de intensidade energética, é um objetivo que ambicionamos e do qual estamos cada vez mais perto, à medida que o plano de melhorias da efi ciência energética vai sendo concretizado, seja com investimentos de recuperação de energia, seja pela utilização de combustíveis mais amigos do Ambiente.
Estaremos assim a construir um legado, alicerçado numa sólida cultura de Segurança Saúde e Ambiente, de que nos poderemos orgulhar perante as gerações que nos vão suceder.
A direção da refi naria de Matosinhos
Diretor da refi naria de Matosinhos
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02 APRESENTAÇÃO 09 10 1108070605040301
02 . APRESENTAÇÃO
02 APRESENTAÇÃO 09 10 1108070605040301 APRESENTAÇÃO
02
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02APRESENTAÇÃO 09 10 1108070605040301
Esta é a quinta edição do Data Book de Segurança, Saúde e Ambiente da refi naria de Matosinhos.
Temos vindo a apresentar o desempenho da refi naria de Matosinhos, nos seus indicadores de Segurança, Saúde e Ambiente mais relevantes, com total transparência e rigor. Os resultados que ora apresentamos são, mais uma vez, a tradução do esforço de todos aqueles que empenhadamente colaboram nesta unidade industrial, unidos no propósito de sustentadamente garantir um desempenho de excelência, pelo qual já somos reconhecidos.
Neste percurso, temos estado atentos às sugestões dos nossos leitores, o que procuramos traduzir no desenvolvimento editorial, gráfi co e de conteúdos que o Data Book tem vindo a experimentar. Este ano, e como contraponto ao Data Book de 2010, onde foi feito um grande enfoque na descrição nos investimentos de expansão da refi naria, enveredámos por uma abordagem mais sintética, mais direta e mais leve. Obviamente, mantemos a parte nuclear do Data Book, centrada na apresentação dos indicadores de desempenho de Segurança, Saúde e Ambiente sem grandes alterações, dado que aí se justifi ca uma evolução de continuidade. Já as secções destinadas a dar a conhecer aspetos operacionais da nossa refi naria foram sintetizadas sem contudo deixarmos de relevar projetos e instalações que, sendo estruturantes para a construção de uma refi naria mais segura e ambientalmente responsável, merecem um lugar de destaque nestas páginas.
A informação numérica apresentada no Data Book tem vindo, desde a sua origem, a mostrar a evolução desde o ano de 2005. Em 2010 ainda foi possível incluir o primeiro ano de reporte mas, a partir de agora e em nome de uma informação viva e de grafi smo mais apelativo, iremos apresentar dados dos últimos cinco anos. Assim, neste ano, as séries temporais apresentadas cobrirão o período de 2007 a 2011. Aos leitores, a quem não tenhamos conseguido fazer chegar os data books dos anos anteriores e que estejam interessados na informação referente aos anos de 2005 e 2006, teremos ao maior prazer de lhes fazer chegar as edições anteriores.
Já referimos a atenção que damos às sugestões dos nossos leitores. Este Data Book é para eles e só faz sentido se corresponder às suas expectativas enquanto fonte de informação, seja para o seu trabalho, seja pelos interesses que detém em relação à refi naria seja ainda por simples prazer de conhecer algo diferente. A todos pedimos, encarecidamente, se entenderem que podemos fazer diferente, se devemos fazer melhor, que preencham o questionário anexo ao Data Book e no-lo remetam para o endereço refi [email protected] e [email protected].
Face à recetividade que a edição inglesa do Data Book tem vindo a evidenciar, este ano iremos continuar a assegurá-la, à semelhança do que foi feito nos dois anos anteriores. Estaremos, desta forma, a abrir as nossas portas a um leque mais alargado de leitores, numa altura em que a nossa Empresa se abre ao mundo, num investimento de internacionalização sem precedentes.
O Data Book pretende ser um documento prático e de consulta rápida, veiculando informação fi ável, fi dedigna e rigorosamente apresentada. É dirigido à comunidade, aos nossos clientes e fornecedores, aos nossos colaboradores, aos nossos acionistas e investidores em geral, às entidades públicas, ao meio académico e à comunicação social. É para todas as partes interessadas na relação da refi naria de Matosinhos com a envolvente urbana em que se insere. Os dados, devidamente enquadrados e defi nidos no capítulo de Glossário, são reprodutíveis e merecedores de toda a confi ança. De facto são objeto de verifi cação por um auditor externo como forma de demonstrar a veracidade e rigor da informação que aqui disponibilizamos. Use-os para satisfação do seu interesse, da sua curiosidade ou até para o seu trabalho. Teremos o maior prazer em o apoiar nessas tarefas. Desejamos-lhe uma boa leitura.
Apresentação
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03 ENQUADRAMENTO 09 10 110807060504020103 ENQUADRAMENTO 09 10 1108070605040201
03 . ENQUADRAMENTO
3.1
3.2
3.3
POLÍTICA DE SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTE
APRESENTAÇÃO DA REFINARIA
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE
ENQUADRAMENTO
03
REFINARIA DE MATOSINHOS / DATA BOOK DE SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTE 2011 11
03ENQUADRAMENTO 09 10 1108070605040201
3.1 Política de Segurança, Saúde e Ambientecontrolo e monitorização de riscos para garantir a Segurança, Saúde e proteção do Ambiente;
• criar condições para que a Organização, como um todo, se mantenha permanentemente preparada para responder a emergências;
• assegurar a sustentabilidade de projetos, empreendimentos e produtos ao longo do seu ciclo de vida, mediante a utilização de tecnologias, instalações, recursos e práticas que previnem ou minimizam consequências adversas;
• estabelecer metas e objetivos desafi adores, medindo e avaliando os resultados obtidos e tomando as ações necessárias à sua prossecução;
• assegurar a utilização efi ciente da energia e recursos e a incorporação de tecnologias seguras e inovadoras na gestão das suas atividades, minimizando o impacte, de forma a garantir a sustentabilidade da Empresa e a proteção do Ambiente;
• informar e divulgar a presente política, de forma responsável e transparente, às partes interessadas, comunicando o desempenho da Empresa a nível de Segurança, Saúde e Ambiente.
A Galp Energia assume-se, portanto, como uma Empresa social e ambientalmente responsável, constituída por uma equipa motivada, competente e inovadora, empenhada em proteger o Ambiente, a Segurança e a Saúde dos seus colaboradores, clientes, parceiros e da comunidade, contribuindo ativamente para o bem-estar da sociedade.
3.2 Apresentação da refi nariaDados do operadorA refi naria de Matosinhos é um ativo da Petrogal, S. A., empresa do grupo Galp Energia. O quadro seguinte apresenta os elementos relevantes:
Refi naria de MatosinhosLeça da Palmeira, Apartado 3015 Matosinhos4451-852 - Leça da Palmeira Telefone: 229 982 100Fax: 229 982 196
CAE: 19201 - Fabricação de Produtos Petrolíferos Refi nadosData de constituição: 26 de Março de 1976Sede social: Rua Tomás da Fonseca - Torre C - 1600-209 LisboaTelefone: 217 242 500 - Fax: 217 240 573Capital social: 516.750.000 EurosNúmero de contribuinte: 500 697 370Número de matrícula na CRC de Lisboa: 523
Novas unidades
A Galp Energia entende que a proteção do Ambiente, a Segurança e a Saúde dos seus colaboradores, clientes e comunidade em geral, são valores essenciais para a sustentabilidade da Empresa e nessa medida, está consciente da sua responsabilidade na gestão do impacte das suas atividades, produtos e serviços na sociedade em que se insere.
Estabelece-se, assim, um compromisso de integrar a Segurança, Saúde e Ambiente (SSA) na estratégia e actividades da Empresa, bem como na melhoria contínua no seu desempenho, fazendo destes pilares da gestão e contribuindo, dessa forma, para alcançar o desenvolvimento sustentável e a excelência empresarial.
A Galp Energia compromete-se a:
• consagrar a Segurança, Saúde e Proteção do Ambiente como valores fundamentais da Empresa;
• assumir que a gestão da Segurança, Saúde e Ambiente é uma responsabilidade direta dos líderes, e a prevenção de riscos, uma responsabilidade de todos na organização;
• promover a formação de todos os colaboradores nesta matéria, envolvendo parceiros e demais partes interessadas, comprometendo-os com as questões de Segurança, Saúde e Ambiente para que atuem proactivamente dentro e fora do ambiente de trabalho;
• aplicar as melhores práticas de gestão e soluções técnicas disponíveis, para além do cumprimento da legislação, nas estratégias de prevenção contínua mediante a identifi cação,
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03 ENQUADRAMENTO 09 10 1108070605040201
Modelo OrganizacionalComo anteriormente referido, trabalham na refi naria de Matosinhos 470 colaboradores, distribuídos por diferentes
Importa também apresentar a estrutura da Organização Integrada de Segurança, Saúde e Ambiente (SSA) da refi naria.
Através da Organização Integrada de SSA a refi naria de Matosinhos reitera o seu compromisso na procura da excelência no desempenho em SSA, assente no princípio fundamental da responsabilização da linha. A gestão de SSA é
áreas, quer sejam processuais, quer de serviços técnicos de apoio, quer de gestão. O esquema seguinte evidencia a estrutura organizacional da refi naria:
participativa, com o envolvimento de todos níveis hierárquicos e a responsabilidade hierárquica em SSA é defi nida e aplicada em todos os níveis e funções, assumindo os profi ssionais de SSA funções de assessoria técnica da organização.
No esquema seguinte encontra-se representada a estrutura da organização de SSA.
Análise de performance
ProjectosTransversais
Acompanhamento de Construção e Comissioning
Planeamento de controlo e serviços
de gestão
Performance e planeamentode produção
TécnicaIntegridade e
conservação de activos
OperaçõesAQS
Ambiente
Qualidade
Segurança
Fabrica de combustíveis
Fabrica deóleos base
Fabrica de aromáticos
Paragens e empreitadas
Conservaçãode activos
Fiabilidade
Controlo processual
Tecnologia
Laboratório
ProgramaçãoControlo
de gestão
Movimentocomercial
Fábrica de Utilidades
Gestão de projectos e Eng.ª
Movimentação produtos
Inspecção
Serviços gerais
Análise de performance
ProjectosTransversais
Acompanhamento de Construção e
Comissioning
Refinaria de Matosinhos
TécnicaIntegridade e
conservação de activos
OperaçõesAQS
Ambiente
Qualidade
Segurança
Fábrica de combustíveis
Fábrica deóleos base
Fábrica de aromáticos
Paragens e empreitadas
Conservaçãode ativos
Fiabilidade
Controlo processual
Tecnologia
Laboratório
ProgramaçãoControlo
de gestão
Movimentocomercial
Fábrica de utilidades
Gestão de projetos e
engenharia
Movimentação produtos
Inspeção
Serviços gerais
Modelo organizacional
Performance e planeamentode produção
Planeamento de controlo e serviços de
gestão
CSSA
Grupos de ExcelênciaNormas e procedimentos
Gruposde trabalho
Grupos de ExcelênciaInvestigação de ocorrências
e incidentes
SubCSSAFábrica de aromáticos
SubCSSAFábrica de combustíveis
SubCSSAFábrica de óleos
SubCSSAFábrica de utilidades
SubCSSAMovimentação de produtos
Estrutura da organização de SSA
REFINARIA DE MATOSINHOS / DATA BOOK DE SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTE 2011 13
03ENQUADRAMENTO 09 10 1108070605040201
A Comissão de SSA (CSSA) da refi naria de Matosinhos é constituída pelos membros da direção, responsáveis das áreas de AQS e pelo Médico do Trabalho. Têm ainda assento na CSSA os responsáveis pela Fábrica de Lubrifi cantes e pelo Parque da Boa Nova de forma a garantir a adequada coordenação de ações e troca de informação com estas unidades.
Dependendo diretamente da CSSA da refi naria funcionam as Subcomissões de SSA (SubCSSA) de cada uma das fábricas e da Movimentação de Produtos, que asseguram a divulgação e alinhamento com a CSSA. As Subcomissões são normalmente constituídas pelo responsável da área, o adjunto, um chefe de turno, dois operadores (pelo menos 1 de exterior), o representante de manutenção da zona, o representante da inspeção da zona, o elemento SSA de apoio à zona, podendo participar outros elementos temporários ou permanentes.
Os Grupos de Excelência (GE) são equipas constituídas com objetivos SSA específi cos. Em 2011 estiveram ativos os GE da refi naria dedicados ao reporte e investigação de ocorrências e incidentes e o grupo de normas e procedimentos.
Além da estrutura acima representada a refi naria de Matosinhos participa ainda em GE corporativos, nomeadamente no GE segurança de processo, o qual lidera, e no GE Prestadores de Serviço.
Localização e envolventeA refi naria de Matosinhos localiza-se no Douro Litoral, entre a Boa-Nova e o Cabo do Mundo, nas freguesias de Leça da Palmeira e de Perafi ta, no concelho de Matosinhos. Ocupa uma área de aproximadamente 400 ha, a Noroeste da cidade do Porto e a cerca de 2 km do Terminal de Leixões.
A refi naria conta com uma boa rede de acessos rodoviários e com uma ligação ao Terminal Petrolífero de Leixões e uma monobóia ao largo, através dos quais se processa a receção de matérias-primas e a expedição de produtos acabados.
Na envolvente da refi naria merecem destaque as seguintes ocupações:
• parque de Gás de Perafi ta, com armazenagem de GPL (Gás de Petróleo Liquefeito) e enchimento de veículos cisterna e garrafas, situado a nordeste da refi naria;
• Hospital Privado de Boa Nova;
• fábricas de conservas, ofi cinas de reparação de veículos e garagens, a cerca de 150 m da vedação da refi naria;
• espaços urbanos com núcleos populacionais, nomeadamente Leça da Palmeira e Matosinhos a sul, Aldeia Nova, Poupas e Telheira a norte e Almeiriga, Amorosa, Gonçalves e Avessada a este;
• espaços fl orestais e agrícolas e matos;
• espaços dunares, com vegetação típica.
Na envolvente à refi naria não existem áreas protegidas de conservação da Natureza.
Enumeram-se de seguida os instrumentos de ordenamento de território em vigor na região que circunscreve a refi naria:
• plano de bacia hidrográfi ca do Rio Leça;
• plano de ordenamento da orla costeira Caminha-Espinho;
• plano regional de ordenamento fl orestal da área metropolitana do Porto e entre Douro e Vouga;
• plano regional de ordenamento do território para a Região Norte;
• plano diretor municipal de Matosinhos;
• plano de urbanização entre a Rua de Belchior Robles e a Avenida dos Combatentes da Grande Guerra em Leça da Palmeira.
Ainda que concorram diversos operadores para a qualidade do ar e dos recursos hídricos na região sob infl uência da refi naria de Matosinhos, e atendendo a que a refi naria realiza monitorização das emissões líquidas e gasosas de forma a controlar o impacte da sua atividade, é relevante apresentar informação acerca da qualidade destes descritores na envolvente.
O concelho de Matosinhos integra a rede de monitorização da qualidade do ar da Região Norte, e está incluído na aglomeração do Porto Litoral. Das 15 estações que compõem a aglomeração do Porto Litoral e que estão dispersas por Espinho, Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto, Valongo e Vila do Conde, 5 encontram-se localizadas em Matosinhos.
Conforme é visível no gráfi co abaixo o índice da qualidade do ar tem apresentado uma melhoria consistente nos últimos anos.
Fonte: Link no sítio da Agência Portuguesa do Ambiente: http://www.qualar.org/INDEX.PHP?page=1.
Nota: No índice apresentado anteriormente são considerados os seguintes poluentes: dióxido
de azoto (NO2), o dióxido de enxofre (SO
2), o monóxido de carbono (CO) e as partículas fi nas
(PM10 – diâmetro inferior a 10 μm).
A informação apresentada é a disponível estatisticamente.
Índice de qualidade do ar - Porto litoral (nº dias)
2007
2008
2009
Muito bom Bom Médio Fraco Mau
201056 178 80 51
46 208 75 36
28 236 67 34 1
19 158 98 89 1
REFINARIA DE MATOSINHOS / DATA BOOK DE SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTE 201114
03 ENQUADRAMENTO 09 10 1108070605040201
A nível de águas superfi ciais, a região é de transição entre as bacias hidrográfi cas do Rio Leça e do Rio Onda. Os cursos de água são temporários, com escoamento natural apenas na sequência de pluviosidade signifi cativa.
Os recursos hídricos subterrâneos apresentam baixa vulnerabilidade à poluição.
As praias que acompanham a refi naria de Matosinhos, e que constituem uma grande parte da sua envolvente, foram todas elas galardoadas em 2011 com a bandeira azul.
Fonte: Link no sítio da Associação Bandeira Azul da Europa: http://www.abae.pt/programa/
BA/zonas_balneares/galardoadas.php
http://www.abae.pt/programa/BA/galardao/2010/praias_marinas.php?t=praias
A bandeira azul simboliza qualidade ambiental e consequentemente respeito pelos critérios de informação e educação ambiental, pela qualidade da água, pela gestão ambiental bem como pela segurança e serviços apresentados.
A atribuição da bandeira azul é pois um indicador de qualidade ambiental para o qual o excelente desempenho da refi naria tem contribuído fortemente, não apenas no domínio da água mas também na vertente da qualidade do ar.
É neste contexto que a refi naria de Matosinhos se integra e comprova que o seu “compromisso com o Ambiente está para além das questões legais, procurando sempre uma integração sustentada na envolvente”.
Resenha histórica
Ano Acontecimento
1966 Início do projeto de construção da refi naria do Porto, com uma capacidade de processamento de 2Mt/ano de petróleo bruto.
1967 Início dos trabalhos de construção em setembro de 1967.
1969 Arranque progressivo das unidades processuais em setembro.
1970 Inauguração ofi cial da refi naria do Porto, a 5 de junho.
1973Entre setembro e dezembro – 1º Revamping para 4,5 Mt/ano, que consistiu na transformação da unidade de viscorredução e craqueamento térmico numa nova unidade de viscorredução, tendo o equipamento entretanto disponível sido aproveitado para implantação de uma nova destilação atmosférica.
1975 Segundo Revamping através da construção de uma nova linha de tratamento de petróleo bruto.
1978 a 1982Paragem de várias unidades de uma das linhas na sequência do choque petrolífero de 1973/74 e posterior arranque da refi naria de Sines, com diminuição drástica do tratamento de petróleo bruto na refi naria do Porto.
1981Início da laboração na Fábrica de Aromáticos, com capacidade de 350 mil t/ano de benzeno, tolueno, paraxileno, ortoxileno e solventes aromáticos e alifáticos.
1982 A capacidade de processamento de petróleo bruto na refi naria passou a ser a de 4,5 Mt/ano.
1983Transformação de um Platforming semi-regenerativo num CCR – Continuous Catalyst Regeneration, de forma a manter as unidades de reformação catalítica com produção adequada em qualidade e quantidade.
1984Alterações na Fábrica de Óleos Base, no sentido de aumentar a sua capacidade de produção de 100 mil para 150 mil t/ano de óleos base. A produção de parafi nas e betumes passou de 5 mil e 30 mil para 10 mil e 130 mil t/ano, respetivamente.
1988Reativação das unidades de Unifi ning e Platforming, devido à contratação de terceiros para tratamento de petróleo bruto. Revamping da ETAR, em que a capacidade de tratamento aumentou de 150 para 450 m3/h.
1989 Alterações para permitir a alimentação da unidade de Destilação de Vácuo com Resíduo Atmosférico proveniente do exterior.
1991Modifi cação das unidades de Unifi ning e Platforming, no sentido de aumento da sua capacidade e redução dos consumos energéticos. Paragem do Unifi ning da linha 3000.
1992Modifi cações à Parex, devido às exigências do mercado internacional relativamente à pureza e crescimento do consumo, que levaram a um aumento da produção global da Fábrica de Aromáticos para 440 mil t/ano.
1994 Modernização da unidade de destilação de Vácuo da Fábrica de Óleos de Base.
1996/7Construção de Estação de Enchimento de Carros Tanque por Baixo com Unidade de Recuperação de Vapores (VRU), de uma nova unidade de Dessulfuração de Gasóleo e ainda das instalações associadas: unidade de produção de enxofre, Stripper de águas ácidas e Revamping de unidade de aminas.
1997/8 Instalação de monobóia ao largo do Porto de Leixões, no sentido de aumentar a operacionalidade da refi naria e a sua rentabilização.
2000 Construção da unidade de hidrogenação de parafi nas e ceras de petróleo.
2001 Entrada em laboração de uma nova unidade de Purifi cação de Hidrogénio.
2004 Modernização do Parque de Resíduos.
2005 Emissão do título de emissão de Gases com Efeito de Estufa nº197.02.
2006 Entrada em funcionamento dos novos pipelines de interligação da refi naria ao Terminal Petroleiro de Leixões. Entrada em funcionamento da monobóia.
2007 Emissão da Licença Ambiental da refi naria do Porto. Entrada em funcionamento das novas bacias de tempestade da ETAR. Paragem geral.
2008Início das obras de reconfi guração da refi naria do Porto.Benefi ciação das antigas bacias de tempestade.Conclusão da inspeção e reabilitação de toda a extensão da rede de dreno oleoso.
REFINARIA DE MATOSINHOS / DATA BOOK DE SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTE 2011 15
03ENQUADRAMENTO 09 10 1108070605040201
Resenha histórica (cont.)
Ano Acontecimento
2009
Entrada em funcionamento do Precipitador Eletrostático, nas caldeiras G e H, para redução das partículas emitidas na Fabrica de Utilidades.Entrada em funcionamento do sistema de remoção de cloretos nas correntes de LPG dos dois reformings U1300 e U3300.Entrada em funcionamento do sistema de remoção de cloretos nas correntes ricas em hidrogénio dos dois reformings U1300 e U3300.Instalação de queimadores de baixo NO
x na caldeira H.
Instalação de uma nova unidade de produção de azoto na FOB.Substituição dos analisadores de fumos nas fontes fi xas de emissão.
2010
Aumento de capacidade de destilação da refi naria para 5.5 Mton/ano adaptada ao tratamento de crudes ácidos e pesados na unidade de topping.Remodelação do trem de permuta e da fornalha H-3001 do topping (U-3000).Instalação da nova unidade de produção de azoto, na Fábrica de Aromáticos.Revamping da unidade de dessulfuração de gasóleo HDS II (aumento da capacidade da Unidade).Novos tanques de armazenagem de gasóleo, TK-6117 A e TK-6117 B.Aumento da capacidade de recuperação de água tratada da ETAR.Novo fi ltro U-1500.
2011
Início de operação da nova unidade de destilação de vácuo com uma capacidade de tratamento de 6.000 ton/dia de resíduo atmosférico.Início de operação da nova unidade visbreaker com uma capacidade de 2.400 ton/dia de tratamento de resíduo de vácuo.Substituição dos reatores da unidade de reformação catalítica de regeneração contínua.Remodelação da unidade HDS I de dessulfuração de gasóleo e petróleo para permitir uma remoção mais profunda de enxofre dessas correntes.Instalação da conduta de gás natural de alta pressão para alimentação da refi naria e da nova central de cogeração
Capacidade A refi naria de Matosinhos tem uma capacidade instalada de refi nação de 5,5 milhões de toneladas de petróleo bruto por ano, produzindo uma gama diversifi cada de produtos comerciais refi nados, nomeadamente:
3.3 Descrição da atividade
• Gás de petróleo liquefeito
• Gasolinas
• Nafta
• Jet/Petróleo
• Gasóleos
• Fuéis
• Óleos-base
• Óleos lubrifi cantes
• Parafi nas
• Solventes alifáticos e aromáticos, benzeno,
tolueno e xilenos
• Betumes
Tipo de Rama Indicador 2007 2008 2009 2010 2011
SWEET
Proporção de utilização (%) 71,10 69,80 62,00 56,61 65,38
Densidade da carga (º API) 41,02 40,67 40,69 40,35 33,90
Enxofre (% m/m) 0,13 0,11 0,12 0,13 0,32
SOUR
Proporção de utilização (%) 28,90 30,20 38,00 43,39 34,62
Densidade da carga (º API) 32,94 33,23 33,18 35,52 32,83
Enxofre (% m/m) 1,96 1,86 1,70 1,58 1,90
A capacidade de armazenagem da refi naria é de 767.132 m3 de petróleo bruto, perfazendo-se um total de 1.865.096 m3 de capacidade de armazenagem.
A gestão e os planos de produção da refi naria, com impacte ao nível da gestão da armazenagem, consideram a necessidade de garantir a segurança do abastecimento do mercado de produtos petrolíferos.
Descrição das principais matérias-primasA refi naria de Matosinhos processa dois tipos de crude: SOUR e SWEET, que se distinguem pelo seu teor de enxofre. O crude provém maioritariamente da Arábia Saudita, Brasil, Argélia, Nigéria, Angola, Camarões e Mar do Norte.
Em Junho de 2011, a refi naria ajustou a dieta de crudes devido ao arranque das novas unidades de Vácuo e Visbreaker, passando a processar crudes mais pesados e mais ácidos, e diversifi cando as fontes de abastecimento de crude.
De Janeiro a Maio, os crudes tratados na Fábrica de Combustíveis foram essencialmente provenientes da Argélia, Nigéria e Mar do Norte, com um API médio de 40,5º e uma acidez média de 0,1 % (m/m).
De Junho a Dezembro, com o arranque das novas unidades, o perfi l da dieta foi ajustado para crudes mais pesados, com um API médio de 30,7º, e mais ácidos, média de 0,4% m/m, provenientes principalmente do Brasil e Angola.
O quadro seguinte apresenta as proporções de utilização de cada rama, bem como as principais características a estas associadas:
REFINARIA DE MATOSINHOS / DATA BOOK DE SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTE 201116
03 ENQUADRAMENTO 09 10 1108070605040201
O aprovisionamento dos crudes é subordinado a requisitos e fatores comerciais, técnicos e ambientais, como sejam: qualidade, disponibilidade no mercado, cotação internacional, planos de produção da refi naria e capacidade de armazenagem.
Descrição dos processosA refi naria de Matosinhos desenvolve as seguintes atividades ao abrigo do diploma de Prevenção e Controlo Integrado de Poluição (PCIP): A fi gura seguinte ilustra a confi guração da refi naria e as
diversas atividades subjacentes à operação.
O esquema seguinte, por sua vez, ilustra simplifi cadamente o processo:
Rubrica PCIP Descrição1.1 Instalações de combustão com potência calorífi ca
de combustão superior a 50 MW
1.2 Refi narias de petróleo e fábricas de gás
4.1. a) Instalações químicas destinadas à produção de produtos químicos orgânicos de base.
Fábrica de Óleos Base
Fábrica de Lubrificantes
Movimentaçãode Produtos
Expedições
Fábrica de Aromáticos
Flare daFábrica deAromáticos Central
Termoeléctrica
Novas unidades Vácuo/Visbreaker
Cogeração
Fábrica deCombustíveis
Configuração da refinaria de Matosinhos
Betumes
Parafinas
Óleos base
GPL
Gasolinas
Aromáticos
Gasóleos
e Jet
Fuéis
Destilaçãoatmosférica
de crude
Destilaçãode vácuo do
resíduoatmosférico
FOBd.a.
FARTratamentos
Arabian
Light Tratamentos
SB, EA, CPC,
Forties,...
GPL
Nafta
Gasóleo
Fuel
Esquema simplificado do processo produtivo
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04ATIVIDADES, AÇÕES E PROJETOS 09 10 1108070605030201
04 . ATIVIDADES, AÇÕES E PROJETOS
4.1
4.2
4.3
CONSTRUÇÃO COGERAÇÃO
CUSTOS E INVESTIMENTOS
FORMAÇÃO EM SSA
04ATIVIDADES, AÇÕES E PROJETOS 09 10 1108070605030201 ATIVIDADES, AÇÕES E PROJETOS
04
REFINARIA DE MATOSINHOS / DATA BOOK DE SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTE 201118
04 ATIVIDADES, AÇÕES E PROJETOS 09 10 1108070605030201
A nova Central de Cogeração refi naria de Matosinhos – PORTCOGERAÇÃOEm breve a refi naria de Matosinhos passará a usufruir, a par da refi naria de Sines, da maior e mais moderna Central de Cogeração existente no país. Será o culminar de um projeto que há muito era desejado pela refi naria e que dará um contributo decisivo na otimização energética deste complexo industrial da Galp Energia bem como na redução do seu impacte ambiental.
Dado que o início deste projeto se sobrepôs à conclusão da Central de Cogeração de Sines (SINECOGERAÇÃO), a qual possui o mesmo tipo de conceção, foi possível transpor para este segundo projeto a experiência adquirida no primeiro.
Com efeito, e tirando partido da relação de sequência na construção de ambas as centrais, foi utilizada pela Galp Power a mesma equipa de engenheiros para a gestão e supervisão de ambos os projetos com todas as vantagens daí decorrentes.
Por outro lado, ambas as refi narias da Galp Energia passarão a utilizar o mesmo tipo de tecnologia na geração simultânea de energia elétrica e de vapor o que permitirá criar indiscutíveis sinergias operacionais entre ambas as fábricas de utilidades.
A Galp Energia dará assim mais um passo decisivo na modernização do seu aparelho refi nador tornando-o energeticamente mais efi ciente, melhor integrado com a sua envolvente ambiental e mais competitivo para abraçar de forma mais sustentável um novo ciclo de vida que se irá iniciar durante o ano de 2012.
Tal como aconteceu no anterior projeto de cogeração para a refi naria de Sines, esta nova Central de Cogeração logrou obter junto do Banco Europeu de Investimento (BEI) uma majoração signifi cativa do seu fi nanciamento o que desde logo constitui um selo de credibilidade para o projeto e um prémio pelo rigor com que a Galp Energia promove, gere e implementa este tipo de investimentos no seu core business industrial.
Para além de todas as vantagens para o aparelho refi nador, estas novas centrais de cogeração permitirão gerar simultaneamente valor na unidade de Gas & Power, pela adição de novos volumes gás natural comercializado e pela utilização desse gás na geração efi ciente de energia elétrica a qual será entregue à rede elétrica de serviço público, no caso da refi naria de Matosinhos, operada pela EDP Distribuição.
O signifi cativo consumo de vapor no processo de refi nação a par do seu regime contínuo de funcionamento, tornam a refi naria de Matosinhos um site de excelência para a aplicação da tecnologia da cogeração pelo que, conduzido pela equipa da Fábrica de Utilidades, o projeto reúne todas as condições para confi rmar os bons resultados já alcançados na Cogeração de Sines e contribuir também para o sucesso deste estratégico complexo industrial da Galp Energia.
A concepção da nova Central de CogeraçãoA nova Central de Cogeração é composta por duas turbinas a gás, tipo industrial da General Electric, modelo Frame 6B equipadas com câmaras de combustão Dry Low NO
x (DLN) com
uma potência elétrica nominal unitária de 41 MWe.
Este modelo de turbina a gás, de conceção industrial (Heavy Duty), conta com mais de mil referências em todo o mundo das quais, algumas centenas, encontram-se instaladas na indústria do Oil & Gas.
4.1 Construção Cogeração
Turbina a Gás GE Frame 6B (DLN)
Dados Técnicos Turbina a Gás:
• compressor axial de 17 estágios de ligação aparafusada;
• equipado com Inlet Guide Vanes (IGV);
• câmara de combustão constituída por 10 elementos anulares;
• emissões NOx: 15 ppm (15% O
2) para gás Natural;
• turbina de 3 estágios de ligação aparafusada.
Às duas turbinas a gás são acopladas a duas caldeiras de recuperação (Heat Recovery Steam Generators) que aproveitam a energia térmica contida nos gases de exaustão para produzirem o vapor destinado à refi naria. Estas caldeiras possuem queimadores de pós-combustão a gás natural que utilizando como comburente os gases de exaustão, permitem modular a produção unitária de vapor (@ 66 barg e 450ºC) desde 85 ton/h (Mínimo Técnico) até 130 ton/h (Maximum Continuous Rating), mantendo inalterada a produção de energia elétrica da turbina a gás que está associada a cada caldeira.
Adicionalmente as caldeiras estão equipadas individualmente com sistemas de fresh-air o qual permite manter o seu funcionamento em caso de paragem da turbina a gás. As caldeiras são do fabricante NEM que forneceu em Portugal as caldeiras de recuperação das centrais de ciclo combinado da Tapada do Outeiro e do Carregado.
REFINARIA DE MATOSINHOS / DATA BOOK DE SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTE 2011 19
04ATIVIDADES, AÇÕES E PROJETOS 09 10 1108070605030201
Modelo 3D da Nova Central de Cogeração
Interligação elétrica entre o complexo industriale a rede de distribuição de energia elétrica
Dados Técnicos da Central de Cogeração:
• 2 x GE Fr6B DLN + 2 x NEM HRSG (eq. c/ PC & FA);
• potência nominal: 82 MWe (2X41 MW
e);
• capacidade de produção de vapor: 260 ton/h (@450ºC, 66 barg);
• produção de energia elétrica: 670 GWh/ano (forecast);
• produção de vapor: 1,6 Mton/ano (forecast);
• consumo de Gás Natural: 232 Mm3(n)/ano (forecast);
• rendimento elétrico equivalente (REE): 75%.
Em regime de funcionamento normal, a nova Central de Cogeração produzirá o equivalente a cerca de 70% da energia elétrica consumida no concelho de Matosinhos com um rendimento elétrico equivalente (REE) de 75% (este valor compara com o rendimento elétrico de uma central de ciclo combinado, atualmente em 60%) o que traduz uma poupança de energia primária superior a 15% e uma redução de emissões de CO
2, a nível nacional, de 400.000 ton./ano.
Com base nestes valores de efi ciência, a nova Central de Cogeração da refi naria de Matosinhos é classifi cada, à luz da Diretiva Comunitária 2004/8/CE, como cogeração de “elevada efi ciência”.
A Interligação da nova Central de Cogeração com as infraestruturas energéticas exterioresA construção da Nova Central de Cogeração implicou novas interligações do Complexo Industrial às redes de transporte a alta pressão de gás natural e de distribuição de energia elétrica em alta tensão.
A construção do novo gasoduto e da GRMS – Estação de Regulação e Medição de Gás (Gas Regulation and Metering Station) fi caram a cargo da REN Gasodutos, tendo a interligação elétrica entre o Novo Posto de Corte (construído no âmbito da Empreitada da nova Central de Cogeração) e a Subestação Elétrica de Santa Cruz do Bispo operada pela EDP Distribuição, fi cado a cargo da PORTCOGERAÇÃO e o segundo troço entre aquela subestação e a Subestação de Custóias, operada pela REN, fi cado a cargo da EDP Distribuição mediante um acordo de comparticipação previamente estabelecido com a PORTCOGERAÇÃO.
Dados técnicos da interligação elétrica:
• primeiro troço: duas linhas subterrâneas, a 60kV, do Posto de Corte da refi naria de Matosinhos à subestação de Santa Cruz do Bispo, na extensão de 3.751 m;
• segundo troço: duas linhas mistas, a 60kV, constituídas por parte subterrânea inicial, da subestação de Santa Cruz do Bispo ao seu apoio n.º1, na extensão de 2.926 m, por parte aérea, do apoio n.º1 ao apoio n.º4, na extensão de 648 m, e por parte subterrânea fi nal, do seu apoio n.º4 à subestação de Custóias, na extensão de 112 m.
REFINARIA DE MATOSINHOS / DATA BOOK DE SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTE 201120
04 ATIVIDADES, AÇÕES E PROJETOS 09 10 1108070605030201
Montagem do estaleiro
Conclusão da montagem
Novo posto de corte
Fotografi as com a evolução da construção
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04ATIVIDADES, AÇÕES E PROJETOS 09 10 1108070605030201
No gráfi co seguinte apresentam-se os principais custos e investimentos em Ambiente. De referir que o indicador proteção e gestão do ambiente engloba os custos e
Os montantes reportados anualmente como investimentos de Ambiente refl etem o ciclo dos projetos. A sua evolução, por conseguinte, deve ser vista de modo integrado, constituindo etapas sucessivas para a consolidação de planos de investimentos. No período em análise (2007-2011) o acumulado de custos e investimentos em ambiente é de 111 milhões de Euros.
Os investimentos no capítulo de segurança, no ano de 2011, perfi zeram um total de 11 milhões de Euros.
Dos montantes apresentados anteriormente, o gráfi co seguinte distingue custos de investimentos, evidenciando-se a preocupação da refi naria na renovação e prevenção da poluição.
Examinando o cariz dos investimentos em matéria de proteção e gestão ambiental, conclui-se que há um esforço substancial da refi naria na aposta em medidas que visam a redução do impacte da poluição produzida. Realça-se que a adoção de tecnologia de fi m de linha traduz muitas vezes limitações técnicas e estruturais que inviabilizam a implementação de tecnologias integradas preventivas da poluição como desejado.
investimentos realizados não só em medidas de proteção contra ruído e vibrações, mas também em medidas de proteção da biodiversidade e paisagem.
4.2 Custos e investimentos
Custos e investimentos em Ambiente (M€)
2007
20088,20 2,33 5,19 7,18 0,10
11,39 0,82 3,16 5,19 0,77
1,47 1,19 6,08 2,11 3,90
1,80 0,73 5,35 18,63 0,37
2,19 0,87 5,58 14,08 0,54
2009
2010
2011
Proteção do Recurso Água Gestão de Resíduos Proteção de Solos e Águas Subterrâneas
Proteção da Qualidade do ar e clima Proteção e gestão do ambiente (Ruído, biodiversidade e paisagem)
Relação entre despesas operacionais e investimentos em Ambiente (M€)
2007
2008
2009
2010
2011
Investimentos Custos
18,55 4,63
24,70 2,18
12,00 2,75
18,72 2,60
22,45 4,81
Cariz de investimentos de 2011 em Ambiente
13%Tecnologiasintegradas
87%Equipamentos
em fim de linha
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04 ATIVIDADES, AÇÕES E PROJETOS 09 10 1108070605030201
A política de formação da Galp Energia visa assegurar o desenvolvimento pessoal e profi ssional dos colaboradores, com o objetivo de contribuir para a consolidação da cultura do grupo, promover o desenvolvimento de competências estratégicas na ótica da criação de valor, sustentando os planos de desenvolvimento individual.
Os temas de Segurança, Saúde e Ambiente, sobretudo numa atividade industrial como é a da refi nação, são absolutamente estratégicos e ao longo dos últimos anos o desenvolvimento cultural da Organização tem tornado claro o imperativo da aposta na formação e na qualifi cação como ferramentas fundamentais na garantia da sustentabilidade da atividade nos seus diversos vetores. A formação desempenha portanto um papel chave e é assumida com enorme seriedade na refi naria e entre os colaboradores e os prestadores de serviços.
A materialização desta visão desdobra-se em duas vertentes. A primeira focaliza-se na formação e qualifi cação dos colaboradores da refi naria e assume os vários formatos disponíveis: on-job, presencial, ou e-learning, acondicionando diversos processos de aprendizagem.
A refi naria de Matosinhos, já desde longa data, como forma de assegurar que os procedimentos e regras são compreendidos e assegurar a vinculação de todos ministra, através de recursos internos, ações de comunicação e formação de diferentes tipos, que se distribuem essencialmente por cinco grandes grupos: acolhimento, formação, sensibilização, advertência, e Brigada de Emergência, quer a colaboradores internos, quer a colaboradores de prestadores de serviço.
Verifi ca-se, pela análise ao gráfi co seguinte, que em 2011 foram ministradas 516 ações de formação distribuídas pelos diferentes tipos de formação.
À exceção da formação da Brigada de Emergência, as formações agora em consideração, não são programáveis, são ministradas em função das circunstâncias e acontecimentos verifi cados em cada ano, de que se dá o exemplo das paragens técnicas para manutenção, o que de alguma forma explica a variação verifi cada ao longo dos tempos, registada na apresentação gráfi ca anterior.
As ações de formação, advertência e sensibilização, distinguem-se essencialmente pela sua fi nalidade.
O facto de a refi naria pretender elevar e adequar os seus índices de desempenho com as melhores referências impõe que, sempre que se identifi cam desvios aos seus indicadores, se promovam campanhas de sensibilização para alertar e desencadear ações de melhoria.
Por sua vez, a melhoria contínua dos procedimentos, práticas e rotinas exige que sejam ministradas ações de formação, como forma de vincular por toda a organização o conhecimento generalizado dos processos de alteração.
O incumprimento dos procedimentos, a adoção de práticas incorretas ou a adoção de comportamentos inseguros, exige a realização de ações de advertência como forma de assegurar a não recorrência dessas atitudes em comportamentos futuros.
4.3 Formação em SSA
Número de horas de formação em Segurança, Saúde e Ambiente
2008
2009
7.854
6.356
2010
2011
4.254
4.123
Número de formandos em ações de formação em Segurança, Saúde e Ambiente
2008
2009
843
467
2010
2011
648
869
Número de ações de formação em Segurança, Saúde e Ambiente
2008
2009
21
68
2010
2011
97
313
Número de ações ministradas em Segurança, Saúde e Ambiente
2008
2009
2010
2011
Total Formação SensibilizaçãoAdvertência Acolhimento Brigada de Emergência
66 36 15 178 221
594
473
72 66 15 281 187
REFINARIA DE MATOSINHOS / DATA BOOK DE SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTE 2011 23
04ATIVIDADES, AÇÕES E PROJETOS 09 10 1108070605030201
As ações de acolhimento, que representam 34% do total das ações ministradas para o ano de 2011, incluem as formações que são lecionadas a todos os elementos que, pela primeira vez, acedem às instalações.
As diferenças percentuais, entre os anos de 2010 e 2011, respetivamente, 45% e 34%, devem-se ao facto do ano de 2010 ter suportado uma paragem técnica, o que implicou o acesso de um grande volume de colaboradores às instalações nesse ano.
A existência de equipas de intervenção, para atuação em situações reais de emergência, pelo facto de a refi naria ser caracterizada com uma instalação de nível superior de perigosidade, nos termos do D.L. nº 254/2007, impõe a realização de ações de formação, com componente teórica e prática designadas por ações de formações da Brigada de Emergência.
Os gráfi cos seguintes ilustram o número de horas de formação e o número de participantes em cada ação de formação referidas anteriormente.
Número de horas de formação ministradas em Segurança, Saúde e Ambiente
2008
2009
2010
201170 46 9 215 343
69 52 8 442
762
563
265
Total Formação Sensibilização Advertência Acolhimento Brigada de Emergência
2008
2009
2010
2011244 245 77 1.889 990
306 500 66 5.683
4.305
2.986
849
Número de formandos nas ações ministradas em Segurança, Saúde e Ambiente
Total Formação Sensibilização Advertência Acolhimento Brigada de Emergência
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05 EM FOCO 09 10 1108070604030201
05 . EM FOCO
05 EM FOCO 09 10 1108070604030201 EM FOCO
05
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05EM FOCO 09 10 1108070604030201
Monitorização da qualidade do arA refi naria de Matosinhos aposta fortemente na minimização do impacte ambiental da sua atividade, estando esses esforços patentes na evolução dos seus principais indicadores e no elevado nível de investimento de melhoria que a unidade industrial tem vindo a realizar.
Nessa linha, entre março de 2010, e dezembro de 2011, foi levado a cabo um estudo exaustivo de avaliação da qualidade do ar na envolvente da refi naria. Este estudo surge na sequência da preocupação que nos foi manifestada pela Comissão de
Coordenação de Desenvolvimento da Região Norte (CCDR-N) na medida em que, estudos indicativos, mandados realizar por aquela entidade, indiciavam concentrações de benzeno alegadamente acima dos limites legais.
Os parâmetros considerados no âmbito deste programa de monitorização da qualidade do ar foram os compostos SO
2 (dióxido
de enxofre), NOx (óxidos de azoto) e BTX. Sob a designação BTX
encontra-se o grupo de compostos benzeno, tolueno e xilenos, sendo substâncias químicas naturais que são encontradas em produtos derivados do petróleo, tais como a gasolina.
O tolueno é um hidrocarboneto aromático insolúvel na água com um odor típico de diluente. Quimicamente, é um derivado mono-substituído do benzeno, ou seja, que apresenta um dos átomos de hidrogénio do anel benzénico substituído por um grupo CH3. O tolueno ocorre naturalmente como um componente de vários produtos de petróleo, sendo largamente utilizado como matéria-prima industrial e como solvente de tintas, revestimentos, colas, petróleo e resinas.
O termo xileno refere-se a um conjunto de três isómeros intimamente relacionados com o benzeno (orto-, meta-, e para-xileno). O xileno é um hidrocarboneto aromático incolor, com odor adocicado e altamente infl amável. O orto-xileno (o-xileno) é a única forma de xileno que ocorre naturalmente; as outras duas formas são de fabrico humano. Os xilenos são utilizados na gasolina e como solvente em indústrias de
impressão, da borracha e de curtumes. O p-xileno é uma matéria-prima utilizada no fabrico de politereftalato de etileno (PET), poliésteres e de polímeros.
O benzeno é um hidrocarboneto aromático incolor e altamente infl amável, levemente solúvel na água, com um odor adocicado e com um ponto de fusão relativamente elevado. Sendo um carcinogénico conhecido, o seu uso como componente da gasolina está atualmente limitado a 1%, sendo no entanto um importante solvente industrial e precursor na produção de borracha sintética, plásticos, nylon, inseticidas, tintas, corantes, colas resinosas, detergentes e cosméticos.
A existência de benzeno na atmosfera, com origem antropogénica, tem a sua principal fonte, cerca de 80%, no tráfego rodoviário como mostra este gráfi co:
Fonte (%)Tráfego rodoviário 80 - 85
Refi narias de petróleo 0,3 - 1,5
Distribuição de combustíveis 2,6 - 6
Indústria química 1,3 - 13
Aquecimento doméstico (lareiras) 3 - 7
Utilização de solventes 1 - 4
Origens de emissão de benzeno
82%Tráfego
rodoviário0,1% Cigarros
3%Atividades individuais
14% Indústria
In Scientific American Magazine, fevereiro de 1998
Origens de exposição de benzeno
45%Cigarros
34%Atividadesindividuais
3%Indústria
18%Automóveis
In Scientific American Magazine, fevereiro de 1998
Já outro estudo, o Position Paper elaborado em setembro de 1998 pelo Council Directive on Ambient Air Quality Assessment and Management Working Group Benzene estima, citando o Air Quality Report of the Auto Oil Programme, que a origem antropogénica do benzeno se deve às seguintes fontes:
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O estudo de avaliação da qualidade do ar, foi realizado pelo Instituto do Ambiente e Desenvolvimento, entidade amplamente reconhecida pela sua competência técnica e científi ca de excelência em matéria ambiental e foi monitorizado por várias entidades ofi ciais, nomeadamente a CCDR-N que coordenou, a Direção Geral de Energia e Geologia, a Agência Portuguesa do Ambiente, a Inspeção Geral do Ambiente e Ordenamemto do Território e a Câmara Municipal de Matosinhos.
O enquadramento legal da qualidade do ar é estabelecido pelo Decreto-Lei nº 102/2010, de 23 de setembro, que fi xa os objetivos para a qualidade do ar ambiente tendo em conta as normas, as orientações e os programas da Organização Mundial da Saúde, destinados a evitar, prevenir ou reduzir as emissões de poluentes atmosféricos. Estabelece, nomeadamente para o benzeno, os valores limite e limiares, sendo este o único hidrocarboneto abrangido pela legislação nacional.
A metodologia de amostragem adotada, resultante da utilização de difusores passivos, permite conhecer a distribuição espacial dos poluentes monitorizados, possibilitando a identifi cação de eventuais áreas mais contaminadas ou o reconhecimento de fontes emissoras desconhecidas.
A campanha de monitorização da qualidade do ar, recorrendo à técnica de colheita passiva de compostos gasosos, foi realizada através da utilização de tubos de difusão Radiello®.
Foram colocados em postes de eletricidade ou de iluminação a uma altura de cerca de 2,5 m, evitando sempre que possível a sua colocação em locais próximos de cruzamentos, de paragens de autocarros e outros “hot spots”.
A amostragem do benzeno, tolueno e xilenos foi realizada através da utilização de amostradores de difusividade passiva de carvão ativado, que possibilita a adsorção dos compostos a uma velocidade constante durante o período de exposição ao ar ambiente, ao qual corresponde um volume de ar amostrado. Após a colheita, as amostras foram seladas e enviadas para laboratório, para análise, pela técnica de cromatografi a gasosa.
Por sua vez a amostragem do NO2 e SO
2 foi realizada através
da utilização de amostradores de difusividade passiva de trietanolamina que são analisados laboratorialmente pela técnica de cromatografi a iónica sob a forma de ião nitrito e ião sulfato, respetivamente.
Em termos de tratamento da informação, e como forma de determinar a concentração média anual sobre um ano civil, conforme exige a legislação, foram efetuadas as médias das 8 campanhas de 2011, dos resultados de cada ponto, e comparados com o limite legal de 5 μgramas/m3.
O agrupamento dos resultados sob a forma de um histograma, que se apresenta na fi gura, mostra que a esmagadora maioria dos resultados se situam entre 1 e 3 μgramas, com apenas 10 pontos acima de 3 microgramas. Apenas um ponto, situado na Rua Coronel Helder Ribeiro, junto à ETAR, ultrapassa os 5 μgramas/m3. Todos os pontos instalados nas zonas sensíveis habitadas situadas a norte, sul e nascente da refi naria apresentam concentrações médias inferiores a 5 μgramas/m3.
O tratamento estatístico dos resultados revela o seguinte:Média: 3,0 μg/m3
Mediana: 2,0 μg/m3
Para efeitos de comparação direta com o valor limite anual para proteção da saúde humana, o Anexo II do Decreto-Lei n.º 102/2010 defi ne como período mínimo de amostragem para as medições indicativas de benzeno um valor de 14%, correspondente a 8 semanas distribuídas ao longo do ano. A fi m de dar cumprimento ao período mínimo de amostragem, defi niu-se a realização de uma série de 13 campanhas, 5 das quais em 2010 e 8 campanhas em 2011.
Valor limite e limiares defi nidos para o benzeno no DL nº 102/2010
Parâmetro Valor (μg.m-3)
Valor limite anual para proteção da saúde humana 5
Limiar Inferior de Avaliação (LIA) 2
Limiar Superior de Avaliação (LSA) 3,5
Localização dos pontos de amostragem
Histograma de concentrações - frequência de ocorrência
> 5 μgramas/m3
4 - 5 μgramas/m3
1
2
3 - 4 μgramas/m3 7
2 - 3 μgramas/m3 22
1 - 2 μgramas/m3
< 1 μgramas/m3
26
1
REFINARIA DE MATOSINHOS / DATA BOOK DE SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTE 2011 27
05EM FOCO 09 10 1108070604030201
O estudo de avaliação da qualidade do ar na envolvente da refi naria de Matosinhos, que acabámos de apresentar, veio demonstrar que não existem quaisquer preocupações com com as concentrações de benzeno na região metropolitada monitorizada, onde a refi naria se insere. Veio também corroborar as medições que a estação pública de monitorização da qualidade do ar, situada em Perafi ta (ver www.qualar.org), a cerca de 1,5 Km a norte da refi naria, tem vindo a apresentar.
Não obstante, a refi naria, consciente das suas obrigações de proteção do ambiente e na procura incessante de melhorar o seu desempenho, irá continuar a efetuar a monitorização do ar nos limites da instalação, quer com amostradores passivos, quer com estações próprias de monitorização em contínuo, entretanto adquiridas.
Laboratório da refi naria de Matosinhos
REFINARIA DE MATOSINHOS / DATA BOOK DE SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTE 201128
06 INDICADORES DE ATIVIDADE 09 10 1108070504030201
06 . INDICADORES DE ATIVIDADE
6.1
6.2
6.3
NÍVEL DE ATIVIDADE
PRODUÇÃO
PARQUE DA BOA NOVA
06 INDICADORES DE ATIVIDADE 09 10 1108070504030201 INDICADORES DE ATIVIDADE
06
REFINARIA DE MATOSINHOS / DATA BOOK DE SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTE 2011 29
06INDICADORES DE ATIVIDADE 09 10 1108070504030201
O gráfi co seguinte apresenta a carga tratada e o crude tratado na refi naria. A carga tratada inclui, não só o crude, mas também as matérias-primas e componentes tratados, ponderados por um fator de conversão em petróleo bruto que atende ao nível de processamento da referida carga.
Durante o ano de 2011 verifi ca-se um aumento da atividade face ao ano de 2010, onde decorreram a paragem técnica para manutenção e as paragens estratégicas das unidades processuais, infl uenciadas pelas oscilações entre a oferta e a procura, resultantes da conjuntura económica mundial.
No gráfi co seguinte apresenta-se a produção da refi naria de Matosinhos ao longo dos últimos anos, à exceção do
Salienta-se o aumento de produção em 2011 face a 2010, já que esse foi ano de paragem técnica para manutenção.
enxofre e parafi nas, pelo facto de estes serem produzidos em quantidades substancialmente inferiores aos restantes produtos.
6.1 Nível de atividade
6.2 Produção
6.3 Parque da Boa Nova
Nível de atividade (106 t)
2008
2009
2010
2011
Carga tratada Crude tratado
4,864,18
3,304,08
20073,82
3,36
3,803,03
3,843,52
Produção (103 t de produtos)
2007
2008123 686 1.472 124 425 145 830 98
193 736 1.780 155 380 151 829 127
159 1.077 1.278 137 360 158 663 76
183 577 1.504 137 325 133 869 105
164 615 1.182 126 276 164 638 99
2009
2010
2011
Betumes Fueis Gasóleos Óleos base Aromáticos Jet/Pet Gasolinas Gases
A área de expedição conta com um conjunto de 46 tanques, onde se armazenam e expedem os produtos para todo o país, abastecendo cerca de 1/3 das necessidades do mercado nacional, e a partir de onde se exporta para a Europa parte dos produtos derivados do petróleo produzidos no complexo da refi naria de Matosinhos.
Esta atividade cobre a receção, loteamento e expedição por veículo-cisterna das várias famílias de produtos, tais como:
• aromáticos e solventes, destinados às indústrias químicas e petroquímicas nacional e internacional.
• gasolinas e gasóleos, para abastecimento de combustível rodoviário para toda a zona norte do país sendo nesta instalação aditivados e coloridos de acordo com as exigências de performance e marcação legal;
• fuéis, para o fornecimento energético de parte da indústria portuguesa;
• parafi nas, cujo componente é usado na indústria de velas, cosmética, de moldes, alimentação, etc.;
• betumes de vários grades, como componente para a indústria de colas, ligantes e telas de isolamento mas essencialmente para pavimentação de estradas;
• JET A1 (para além do aeroporto Sá Carneiro que é abastecido com este combustível de aviação diretamente da refi naria por pipeline, em casos de contingência é possível abastecer os aeroportos nacionais por viatura cisterna a partir desta instalação).
REFINARIA DE MATOSINHOS / DATA BOOK DE SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTE 201130
06 INDICADORES DE ATIVIDADE 09 10 1108070504030201
O gráfi co seguinte apresenta as quantidades de produtos expedidos por veículo-cisterna:
Nota: nos anos anteriores a 2011 o item químico engloba também as parafi nas. Em 2011 o contributo das parafi nas já é segregado.
De seguida, apresenta-se o número de ordens de carregamento por veículo-cisterna, para cada tipo de produto:
Quantidade de produtos expedidos por veículo-cisterna (103 t)
2007
20081.405 492 160 126
1.255 404 156 179
1.100 280 83 162 15
1.303 375 90 169
1.274 334 121 162
2009
2010
2011
Brancos Pretos Químicos Betumes Parafinas
Numero de ordens de carregamento por veículo-cisterna
2007
200860.020 23.593 7.297 4.866
53.479 19.815 6.239 7.894
46.497 12.689 3.744 6.928 726
55.417 18.807 4.124 7.027
53.173 17.794 5.138 6.997
2009
2010
2011
Brancos Pretos Químicos Betumes Parafinas
REFINARIA DE MATOSINHOS / DATA BOOK DE SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTE 2011 31
07DESEMPENHO EM AMBIENTE 09 10 1108060504030201
07 . DESEMPENHO EM AMBIENTE
7.1
7.2
7.3
7.4
CONSUMO DE RECURSOS
EMISSÕES ATMOSFÉRICAS
EFLUENTES LÍQUIDOS
RESÍDUOS
DESEMPENHO EM AMBIENTE
0707DESEMPENHO EM AMBIENTE 09 10 1108060504030201
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07 DESEMPENHO EM AMBIENTE 09 10 1108060504030201
No âmbito do Decreto-Lei n.º 194/2000 – Prevenção e Controlo Integrado da Poluição (PCIP), a refi naria de Matosinhos é detentora de uma licença ambiental, LA n.º 190/2008, onde se sistematiza e reúne todos os requisitos legais em matéria de ambiente a que está obrigada. Acresce a esta licença o Título de Emissão de Gases de Efeito Estufa da refi naria de Matosinhos, TEGEE n.º 197.05.II, que atribui à refi naria um montante de 1.098.095 licenças de emissão de CO
2 em 2011.
A LA n.º 190/2008 foi substituída em novembro de 2011 pela LA n.º 190/0.2/2011. Por este motivo, todos os dados relativos ao ano de 2011 são apresentados de acordo com os limites dispostos na LA n.º 190/2008 e, sempre que considerado pertinente, incluídos também os novos limites e/ou considerações constantes da LA n.º 190/0.2/2011.
Em virtude da signifi cância da sua utilização e da sua relevância ambiental, apresentam-se neste capítulo informações e indicadores relativos ao consumo de água e energia.
Consumo de águaA água que a refi naria de Matosinhos consome para fi ns industriais é proveniente das Águas do Noroeste e da INDAQUA (utilizada para consumo humano e excecionalmente em atividades industriais), podendo ainda provir da captação de água superfi cial do Rio Ave (ETA de Vilarinho), utilizada na atividade industrial, nomeadamente em processos de arrefecimento e de geração de vapor. Quer a água fornecida pela Águas do Noroeste quer pela INDAQUA, têm características de água potável.
O gráfi co seguinte apresenta o consumo total de água, bem como a quantidade de água tratada da nossa Estação de Tratamento de Águas Residuais Industriais (ETAR) e posteriormente reutilizada.
2011 acompanhou a tendência dos últimos anos, em termos de redução gradual do consumo de água fresca, registando um decréscimo de 2% em relação ao ano de 2010. Concomitantemente, registou-se a reutilização de 891.206 m3 de água tratada, em linha com o ano anterior, tirando partido da infraestrutura de armazenamento criada em 2009. Com
efeito, em 2009 foi efetuado um investimento de construção de um novo tanque de água para abastecer a rede de água de incêndio – TK4504. A entrada em funcionamento deste reservatório de água permite armazenar maior quantidade de água recuperada da ETAR.
A reutilização de água tratada na ETAR permite diminuir marcadamente o recurso a água fresca de make-up e, reduzir o volume de água tratada enviada para o meio hídrico recetor, o mar.
No gráfi co abaixo apresentado pode observar-se a evolução do consumo de água por nível de atividade:
Em 2011, não obstante a refi naria ter operado a um maior nível de atividade do que em 2010 e a complexidade do processamento dado às matérias-primas ter aumentado, registou-se uma diminuição do consumo de água fresca, facto que refl ete uma melhor efi ciência na gestão do recurso água e que se traduziu num decréscimo de 2% no indicador de consumo de água por nível de atividade, em relação ao ano transato.
Consumo de energiaComo indicadores de consumo de energia consideram-se os consumos associados aos combustíveis e o consumo de eletricidade.
Neste capítulo apresentam-se informações e indicadores relativos ao desempenho ambiental da refi naria de Matosinhos, que demonstram o cumprimento da LA acima referida e de demais boas práticas preconizadas.
Esses indicadores são apresentados de um modo absoluto, mas também normalizados, ou seja, descontando efeitos de escala decorrentes dos diferentes níveis de intensidade da atividade. Com efeito, o nível de atividade da instalação infere inevitavelmente na valoração absoluta dos indicadores, sem que por vezes a evolução absoluta constitua um bom retrato do desempenho e progresso da instalação. Por outro lado, a normalização dos indicadores permite também comparar o desempenho da refi naria com os pares europeus de referência no setor.
7.1 Consumo de recursos
Consumo de água e água reutilizada (103 m3)
2007
2008
2009
2010
2011
Consumo de água Água reutilizada
2.890469
2.893458
2.689478
2.508896
2.447891
Consumo de água por nível de atividade (m3/t de carga tratada)
2007
2008
0,76
0,60
2009 0,66
2010 0,66
2011 0,64
REFINARIA DE MATOSINHOS / DATA BOOK DE SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTE 2011 33
07DESEMPENHO EM AMBIENTE 09 10 1108060504030201
Neste capítulo apresentam-se as emissões atmosféricas dos poluentes com relevância em termos de qualidade do ar ambiente.
Óxidos de enxofreO gráfi co seguinte apresenta as emissões absolutas de óxidos de enxofre, representadas com base no equivalente em dióxido de enxofre, SO
2.
O gráfi co seguinte normaliza as emissões absolutas com base no nível de atividade:
O enxofre é um componente natural do crude. Durante o processo de refi nação é possível isolar a maior parte deste elemento, mas uma parte residual fi ca retida nos produtos refi nados. Quando estes são usados como combustíveis o enxofre é libertado para a atmosfera.
Como é observável nos gráfi cos, a entrada do gás natural na pool de combustíveis da refi naria verifi cada no fi nal de 2008, tem contribuído signifi cativamente para a diminuição do consumo de RPC.
Em 2011, o consumo de RPC diminuiu cerca de 11% comparativamente ao consumo registado durante o ano de 2010. Esta diminuição deve-se, em parte, ao aumento do consumo de gás natural que em 2011 foi de 79.064 toneladas, face às 45.338 toneladas consumidas em 2010.
Relativamente à eletricidade, a refi naria vende ou adquire eletricidade da rede em função dos regimes de excedente ou carência. O gráfi co seguinte apresenta a eletricidade produzida e consumida.
Os combustíveis consumidos na refi naria são o Resíduo Processual Combustível (RPC) e o Gás, sendo este último uma mistura de fuel gás produzido na refi naria enriquecido com gás natural. Tal adição permite um aumento da quantidade disponível de gás para consumo, fazendo com que seja possível a redução do consumo de combustível menos limpo como o RPC. A refi naria de Matosinhos tem progressivamente privilegiado o consumo de combustíveis limpos.
Os gráfi cos seguintes apresentam o consumo destes combustíveis na refi naria:
7.2 Emissões atmosféricas
Consumo de Resíduo Processual Combustível (103 toneladas de RPC)
2007
2008
211
2009 158
2010 115
2011 102
218
Decréscimo de 11% no consumo de RPC
Emissões de SO2 por nível de atividade
(kg/t de carga tratada)
2007
2008
2,59
1,23
0,99
0,92
0,88
2009
2010
2011
Emissões de SO2 (103 t)
2007
2008
9,89
2009 4,05
2010 3,51
2011 3,39
5,96
Decréscimo de 3% nas emissões totais de SO
2
Consumo de Gás (103 t)
2007
2008
99
2009 134
2010 143
2011 188
141
Aumento de 31% no consumo de Gás
Energia elétrica consumida e produzida (103 tep)1 MWh = 0.29 tep
2007
2008
2009
2010
2011
Consumo de energia elétrica Produção de energia elétrica
5645
6652
5946
5442
6541
REFINARIA DE MATOSINHOS / DATA BOOK DE SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTE 201134
07 DESEMPENHO EM AMBIENTE 09 10 1108060504030201
De forma a reduzir as emissões de SO2, a refi naria tem
desenvolvido esforços cujo impacte é notório mediante a observação dos dois gráfi cos anteriores. Por um lado, o aumento do consumo de gás, através da introdução de gás natural no portfólio de combustíveis usados, e a consequente redução do consumo de RPC (combustível contendo enxofre), contribuem incontestavelmente para a redução das emissões. Por outro lado, é também visível a utilização de um RPC com um teor de enxofre bastante inferior ao limite estipulado na nossa licença (3%), facto que compagina favoravelmente nas emissões de SO
2:
Por fi m, apresenta-se o gráfi co que ilustra a evolução da “Bolha” de SO
2. Este indicador representa a concentração do
óxido de enxofre numa chaminé virtual, ponderando os caudais de fumos e concentrações do poluente nas diversas fontes.
Observa-se pelo gráfi co que a refi naria de Matosinhos tem efetuado um esforço signifi cativo na melhoria contínua do seu desempenho nesta matéria. Também através deste indicador é visível o resultado da utilização de combustíveis mais limpos, nomeadamente no privilégio dado ao consumo de gás e de RPC com baixo teor de enxofre.
Óxidos de azotoO gráfi co seguinte apresenta as emissões absolutas de óxidos de azoto (NO
x):
No gráfi co seguinte apresentam-se as emissões de NOx por
nível de atividade:
Também relativamente às emissões de NOx se verifi ca o
sucesso obtido pela refi naria de Matosinhos no sentido da melhoria contínua do seu desempenho ambiental, facto determinado pelo superior consumo de gás face ao RPC e pela instalação de queimadores de baixo NO
X nas principais
instalações de queima.
Partículas totaisO gráfi co seguinte apresenta os valores da emissão de partículas totais no período em estudo:
Teor de enxofre no RPC (%)
2007
2008
2,28%
2009 1,29%
2010 1,48%
2011 1,53%
1,23%
3%
Limite da licença
Bolha de SO2 (mg/Nm3)
2007
2008
2009
2010
2011
1.453
885
650
610
519
1.700
Objetivo bolha (mg/Nm3)
Decréscimo de 15% na concentração de SO
2
Emissões de NOX (t)
2007
2008
2.323
2.639
2009 1.823
2010 1.365
2011 1.377
Emissões de partículas (t)
2007
2008
544
426
2009 215
2010 76
2011 102
Emissões de NOX por nível de atividade
(kg/t de carga tratada)
2007
2008
0,61
0,54
0,45
0,36
0,36
2009
2010
2011
REFINARIA DE MATOSINHOS / DATA BOOK DE SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTE 2011 35
07DESEMPENHO EM AMBIENTE 09 10 1108060504030201
O gráfi co seguinte permite avaliar a emissão específi ca de partículas na refi naria de Matosinhos:
Verifi ca-se em 2011 um aumento de 30% nas emissões de partículas, face ao ano precedente. Este aumento é justifi cado com o aumento do nível de atividade que se observou na refi naria durante o ano de 2011 comparativamente ao ano de 2010, onde ocorreu a paragem técnica da refi naria em outubro e novembro. Apesar do aumento verifi cado, as emissões mantêm-se a níveis muitos inferiores aos que se observavam antes da introdução das medidas técnicas de redução deste poluente. Como se pode observar, a qualidade dos combustíveis queimados, como o gás, e a instalação de um precipitador eletroestático foram determinantes para a redução das emissões a partir do fi nal de 2008.
Dióxido de carbonoO gráfi co seguinte apresenta as emissões de CO
2 decorrentes
da atividade da refi naria de Matosinhos, podendo constatar-se a sufi ciência de licenças de emissão:
2011 foi o quarto ano do segundo período de cumprimento do Plano Nacional de Atribuição de Licenças de Emissão, PNALE II – 2008-2012. A variação registada ao nível do número de licenças de emissão de 2007 para 2008 não espelha a redução generalizada a todos os setores das licenças atribuídas, uma vez que a partir de 2008 passou a incluir-se a Fábrica de Aromáticos no plafond conjunto.
Embora se verifi que um aumento do consumo de gás, em detrimento do consumo de RPC, com teor de carbono mais elevado, as emissões de CO
2 em 2011 aumentaram
comparativamente a 2010 devido ao aumento do nível de atividade registado durante o ano de 2011 e com o maior número de horas de funcionamento da instalação.
As licenças de emissão representadas no gráfi co, em 2011, não consideram o montante que será atribuído para fazer face à entrada em funcionamento das novas unidades associadas ao projeto de conversão.
Compostos orgânicos voláteisAs emissões de Compostos Orgânicos Voláteis - COV’s da refi naria de Matosinhos têm origem em várias fontes: armazenagem de produtos, processo (incluindo a rede de drenagem) e tratamento de efl uentes.
A refi naria de Matosinhos realiza campanhas de monitorização de COV’s, no âmbito do seu programa LDAR (Leak Detection and Repair), cujas medições têm como objetivo minimizar as emissões fugitivas. Nestas campanhas determina-se a emissão total de COV’s resultante da atividade da refi naria, considerando as emissões fugitivas dos equipamentos processuais, resultantes de fugas em válvulas manuais e controlo, bombas, permutadores, fl anges, pontos de amostragem, vent, purgas e outros fi ns-de-linha.
A estimativa das emissões de COV’s inclui ainda a rede de drenagem e equipamentos da área de armazenagem (como emissões fugitivas), e as emissões difusas dos diferentes órgãos de tratamento da ETAR.
Para a quantifi cação das emissões fugitivas foi utilizada a norma europeia EN15446:2008 Fugitive and diffuse emissions of common concern to industry sectors. Measurement of fugitive emission of vapours generating from equipment and piping leaks para a identifi cação de fugas e avaliação das emissões dos equipamentos processuais e sistema de drenos.
Para a estimativa das emissões difusas da ETAR é utilizado o programa Waters9 da EPA e para estimar as emissões difusas na armazenagem recorre-se ao software TANKS 4.09D.
Estes procedimentos, aplicados no âmbito do programa LDAR, seguem as técnicas defi nidas no documento de referência no âmbito PCIP (BREF): reference documento on best available techniques for mineral oil and gas refi neries - 4.23.6.1.
Monitorização em contínuoA refi naria de Matosinhos realiza monitorização em contínuo de SO
2, NO
x e Partículas em algumas fontes fi xas. Não obstante,
ao abrigo da LA, a monitorização em contínuo é obrigatória somente nas fornalhas de processo alimentadas a RPC e gás – fontes mistas.
Os gráfi cos seguintes apresentam, para os poluentes SO2,
NOx e partículas, os resultados, no período em análise, do
autocontrolo para as três fontes fi xas referidas.
Emissão de CO2 (103 t)
2005
2006
1.156
941
952
1.098
843
1.122
888
781
843
2009
2010
2011
2007
2008
Licenças de emissão (kt)
Emissões de partículas por nível de atividade (kg/t de carga tratada)
2007
2008
0,14
0,09
0,05
0,02
0,03
2009
2010
2011
REFINARIA DE MATOSINHOS / DATA BOOK DE SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTE 201136
07 DESEMPENHO EM AMBIENTE 09 10 1108060504030201
Monitorização em contínuo - Partículas (mg/Nm3 @ 8% O2)
200
250
150
100
50
0jan. fev. mar. abr. mai. jun. jul. ago. set. out.
95
250
nov. dez.
VLE Novo VLEST3001ST0601 ST2001
Monitorização em contínuo - NOx (mg/Nm3 @ 8% O
2)
40035030025020015010050
450
0jan. fev. mar. abr. mai. jun. jul. ago. set. out.
390
450
nov. dez.
VLE Novo VLEST3001ST0601 ST2001
Monitorização em contínuo - SO2 (mg/Nm3 @ 8% O
2)
1.4001.2001.000
800600400200
1.8001.600
0jan. fev. mar. abr. mai. jun. jul. ago. set. out.
1.700
nov. dez.
VLEST3001ST0601 ST2001
Da análise dos gráfi cos acima é visível o compromisso da refi naria na redução do impacte da sua atividade e no desenvolvimento incessante de esforços no sentido da integração sustentada com a envolvente, operando os seus ativos em patamares confortavelmente abaixo dos Valores Limite de Emissão (VLE) estipulados. Os valores de agosto para a fonte ST0601 devem-se à paragem da Fábrica de Aromáticos que, por motivos económicos, decorreu nesse período.
É de notar que, desde 2008, as Grandes Instalações de Combustão (GIC’s) estão sujeitas a um plafond mássico, defi nido pelo Plano Nacional de Redução de Emissão (PNRE). No gráfi co seguinte é possível visualizar a evolução das emissões mássicas nos últimos anos:
Produção de efl uentes líquidosTal como referido em edições anteriores do Data Book de Segurança, Saúde e Ambiente da refi naria de Matosinhos, a produção de efl uentes é inerente à atividade, mas é fortemente infl uenciada pelas condições meteorológicas que se fazem sentir, sendo os efl uentes pluviais das zonas processuais e da armazenagem, recolhidos e encaminhados para tratamento na ETAR da refi naria.
Apresenta-se no gráfi co seguinte a relação entre a produção de efl uentes e a pluviosidade média ocorrida na região da refi naria de Matosinhos (dados de 2011 do Instituto de Meteorologia). À semelhança dos anos anteriores, também no ano de 2011 é notória a infl uência da pluviosidade com a quantidade de efl uentes produzidos na refi naria de Matosinhos.
Emissões de SO2 GIC’s (t)
2008 2.794
2009 2.139
2010 1.836
2011 1.894Plafond SO
2=
3.385 t/ano
Emissões de NOX GIC’s
(t)
2008 1.124
2009 880
2010 748
2011 837
Plafond NOx=
896 t/ano
Emissões de Partículas GIC’s (t)
2008 219
2009 84
2010 31
2011 43
Plafond Partículas=100 t/ano
7.3 Efl uentes líquidos
REFINARIA DE MATOSINHOS / DATA BOOK DE SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTE 2011 37
07DESEMPENHO EM AMBIENTE 09 10 1108060504030201
A evolução ao longo dos últimos anos na produção de efl uentes líquidos está patente no gráfi co seguinte:
O gráfi co seguinte, por sua vez, normaliza a produção de efl uentes com base no nível de atividade:
O gráfi co seguinte ilustra o desempenho da refi naria em relação aos hidrocarbonetos rejeitados.
Monitorização da qualidade dos efl uentes líquidosA LA da refi naria de Matosinhos defi ne também os valores limite de descarga das águas residuais tratadas na Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) existente nas instalações. Os gráfi cos seguintes apresentam a concentração dos poluentes descarregados no meio hídrico, demonstrando o cumprimento dos requisitos patentes na referida LA.
Começa por se apresentar o gráfi co relativo ao pH do efl uente descarregado:
Relação entre efluentes produzidos e precipitação média na região da refinaria
300
250
200
150
100
50
0
140.000
120.000
100.000
80.000
60.000
40.000
20.000
0
180.000
160.000
jan. fev. mar. abr. mai. jun. jul. ago. set. out. nov. dez.
Efluentes produzidos Pluviosidade média
Eflu
ente
s pr
oduz
idos
(m
3 )
Pluv
iosi
dade
méd
ia (
mm
)
126.672
80.576
119.845
79.181 80.001
38.855
66.300
101.864
76.251
122.607
149.847
117.689
Efluentes líquidos produzidos (103 m3)
2007
2008
2009
2010
2011
2,45
2,30
1,73
1,42
1,16
Decréscimo de 18% na produção de efluentes de 2010 para 2011
Efluentes líquidos produzidos por nível de atividade (m3/t de carga tratada)
2007
2008
2009
2010
2011
0,64
0,47
0,42
0,37
0,30
Decréscimo de 19% na produção de efluentes de 2010 para 2011
Hidrocarbonetos rejeitados no efluente
2007
2008
3,84
1,74
10
2,46
0,82
0,81
0,84
0,64
2,10
2,43
2,27
2009
2010
2011
Hidrocarbonetos rejeitados por nível de actividade (mg/l)
Concentração de hidrocarbonetos definida pela licença (g/t)
Concentração hidrocarbonetos rejeitados (mg/l)
pH do efluente
2007
2008
7,37
7,33
7,32
7,50
7,406 9
2009
2010
2011
Intervalo pH permitido pela licença
REFINARIA DE MATOSINHOS / DATA BOOK DE SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTE 201138
07 DESEMPENHO EM AMBIENTE 09 10 1108060504030201
No gráfi co abaixo apresenta-se a concentração do efl uente descarregado em termos de óleos e gorduras (O&G), sólidos suspensos totais (SST) e carência bioquímica de oxigénio a
5 dias (CBO5), indicadores associados à presença de matéria
orgânica no efl uente.
A refi naria de Matosinhos, consciente da sua responsabilidade em matéria de gestão do impacte das suas atividades sobre o ambiente, tendo em vista a aplicação da política dos 3 R’s - Redução, Reutilização e Reciclagem – procura minimizar a produção de resíduos principalmente a partir da adequada segregação de resíduos e materiais.
Apresenta-se neste capítulo a evolução da produção de resíduos com respeito à sua tipologia.
Também no que respeita aos fenóis e cianetos a refi naria tem cumprido o limite defi nido pela LA:
Por fi m, relativamente à concentração do efl uente em ferro total, apresenta-se o gráfi co seguinte:
Estes indicadores de desempenho da ETAR denotam uma melhoria consolidada, que decorre da adoção de medidas de atuação ao nível operacional para minimizar o impacte de alguns poluentes nos processos de tratamento da ETAR.
Concentração do efluente em fenóis e cianetos (mg/l)
2007
2008
2009
2010
2011
Fenóis Cianetos
0,0370,040
0,0350,030
0,0510,010
0,0480,010
0,0390,010 0,5
Limite definido pela licença (fenóis e cianetos)
Concentração do efluente em ferro total (mg/l)
2007
2008
0,78
2009 0,31
2
2010 0,45
2011 0,63
0,66
7.4 Resíduos
Concentração do efluente em O&G, SST e CBO5 (mg/l)
2008
O&G SST CBO5
3,114,5
11,5
3,010,6
6,4
3,99,5
11,1
4,114,8
VLE CBO5=50mg/lVLE CBO
5=25mg/lVLE CBO
5=15mg/l
10,9
2009
2010
2011
REFINARIA DE MATOSINHOS / DATA BOOK DE SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTE 2011 39
07DESEMPENHO EM AMBIENTE 09 10 1108060504030201
Aferindo a produção de resíduos com base no nível de atividade, apresenta-se o gráfi co abaixo:
O gráfi co seguinte evidencia a evolução da produção de resíduos industriais:
Como se pode ver da análise dos gráfi cos anteriores, nos últimos anos é notório o esforço da refi naria para reduzir a produção de resíduos que não são passíveis de serem recicláveis face à quantidade de resíduos recicláveis.
No entanto, é importante referir que, no que concerne à quantidade de resíduos industriais passíveis de serem recuperados, o desempenho da refi naria está dependente da realização de trabalhos realizados por terceiros, bem como das atividades levadas a cabo. Com efeito, a grande recuperação de materiais no ano de 2010, tal como em 2007, deveu-se à paragem técnica da refi naria para manutenção, tendo sido produzidas elevadas quantidades de sucata metálica decorrente da substituição de equipamento.
Ao nível dos resíduos equiparados a urbanos, expõe-se o seguinte gráfi co:
O gráfi co seguinte ilustra ainda a evolução da recuperação de materiais na refi naria. Este indicador deve ser entendido na sua relação com a quantidade de resíduos produzidos.
Resíduos industriais produzidos (103 t)
2007
2008
2009
2010
2011
Resíduos industriais perigosos Resíduos industriais não perigosos
9,24912,698
6,4081,758
7,3770,187
6,7500,147
4,4230,167
Resíduos industriais produzidos por nível de atividade (kg/t de carga tratada)
2007
2008
2009
2010
2011
Resíduos industriais perigosos por nível de atividadeResíduos industriais não perigosos por nível de atividade
2,423,33
1,320,36
1,810,05
1,780,04
1,150,04
Produção de resíduos sólidos equiparados a urbanos (t)
2007
2008
171
2009 173
2010 171
2011 165
179
Materiais recuperados
2007
2008
1.1960,091
0,139
0,050
0,313
0,366
2009
2010 2.159
2011 1.682
1.134
Quantidade de materiais recuperados (t)Materiais recuperados por quantidade de resíduos industriais produzidos (t)
381
REFINARIA DE MATOSINHOS / DATA BOOK DE SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTE 201140
08 DESEMPENHO EM SEGURANÇA E SAÚDE 09 10 1107060504030201 INDICADORES DE ATIVIDADE
0808 DESEMPENHO EM SEGURANÇA E SAÚDE 09 10 1107060504030201
08 . DESEMPENHO EM SEGURANÇA E SAÚDE
8.1
8.2
8.3
8.4
SINISTRALIDADE
MEDICINA DO TRABALHO
SISTEMA DE GESTÃO DE SEGURANÇA DA PREVENÇÃO
DE ACIDENTES INDUSTRIAIS GRAVES (SGSPAG)
OPAS
REFINARIA DE MATOSINHOS / DATA BOOK DE SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTE 2011 41
08DESEMPENHO EM SEGURANÇA E SAÚDE 09 10 1107060504030201
Os acidentes de trabalho constituem motivo de preocupação, pelo que é tarefa primordial da direção da refi naria de Matosinhos assegurar a existência de condições, procedimentos e práticas, tendentes a prevenir ocorrências, bem como implementar todas as medidas corretivas e preventivas que previnam recorrências.
No âmbito da implementação do Sistema de Segurança, Saúde e Ambiente do Grupo Galp Energia, todos os acidentes de trabalho ocorridos com trabalhadores próprios ou de terceiros, durante a prestação dos serviços que lhes estão cometidos, são investigados por forma a identifi car as ações corretivas e preventivas adequadas à sua prevenção.
No ano de 2011, a refi naria de Matosinhos, ao nível dos seus colaboradores registou um total de 27 acidentes de trabalho, como pode ser verifi cado no gráfi co seguinte:
Salienta-se que, embora no ano de 2011 o número de ocorrências tenha sido superior comparativamente com ano de 2010, o facto de termos registado um valor de 93% nos acidentes do tipo de primeiro socorro demonstra uma tendência de diminuição muito signifi cativa no que respeita à gravidade das lesões.
Este aspeto é consubstanciado pela ausência de acidentes com baixa em 2011, aspeto que já se tinha verifi cado no ano de 2010.
Esta tendência é refl etida na evolução gráfi ca que se apresenta em seguida do Índice de Frequência de acidentes com baixa (IFacb), que representa o número de acidentes de trabalho com baixa/milhão de horas trabalhadas.
O facto de não se terem registado acidentes com baixa em colaboradores próprios implica que não se tenham perdido dias de trabalho, sendo este facto traduzido pela Taxa de Gravidade (número de dias totais perdidos/número de acidentes com baixa), cuja evolução ao longo do tempo toma o comportamento gráfi co seguinte.
Se aos acidentes de trabalho da refi naria de Matosinhos, adicionarmos a sinistralidade verifi cada com a fração dos colaboradores das empresas prestadoras de serviço passamos a registar um valor de 40 acidentes totais.
Dos 27 acidentes de trabalho, 25 foram casos de primeiros socorros e 2 foram casos de tratamento médico, não se tendo verifi cado quaisquer acidentes com baixa.
8.1 Sinistralidade
Número de acidentes trabalho totais colaboradoresrefinaria Matosinhos
2007
2008
5
27
2009 14
2010 20
2011 27
Acidentes pessoais (colaboradores próprios) (nº)
2011
1ºs socorros Casos com tratamento médico Acidentes com baixa
25 2
2007
2008
200918 3 6
4 1
201015 5
10 3 1
2011
Acidentes com baixa
0
2009
20100
1 1,35
0,00
0,00
2009
20106 6,41
1 1,17
Número acidentes com baixa/Índice de frequência(colaboradores próprios)
Índice de frequência de acidentes com baixa
2011
Acidentes com baixa
0
2009
20100
1 63
0
0
2009
2010668
1 185
Número acidentes com baixa/taxa gravidade(colaboradores próprios)
Taxa de gravidade
REFINARIA DE MATOSINHOS / DATA BOOK DE SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTE 201142
08 DESEMPENHO EM SEGURANÇA E SAÚDE 09 10 1107060504030201
2009
2010
2011
30
60
40
Número acidentes trabalho totais(colaboradores próprios + prestadores de serviço)
A sinistralidade com baixa, dos colaboradores das empresas prestadoras de serviço, foi marcada com dois incidentes, dos quais resultaram 3 acidentes de trabalho com baixa.
A integração destes três acidentes com baixa, bem como as horas trabalhadas por esta tranche de colaboradores, traduz uma variação ao valor do IFacb, que passa a assumir o valor de 0,9, no ano de 2011.
A par da investigação de acidentes de trabalho a refi naria procede à investigação de todos os incidentes, nomeadamente acidentes materiais, acidentes ambientais, acidentes de viação e também quase-acidentes. Em particular, o estudo destes últimos revela um potencial enorme para a melhoria das condições de segurança do complexo. No domínio dos acidentes materiais, ocorreu, em 11 de agosto, durante o processo de arranque das novas unidades, uma explosão interna num tanque de armazenagem de águas ácidas, que provocou o rebentamento do teto mas sem consequências para pessoas, instalações e ambiente. O ano de 2011 foi ainda caracterizado pela ausência de danos ambientais, à luz do regime de Responsabilidade Ambiental.
Process Safety IndicatorsAcompanhando a tendência do setor motivada pelos acontecimentos recentes, a Galp Energia em geral e a refi naria de Matosinhos em particular, adotaram, à semelhança das restantes congéneres representadas na CONCAWE, a metodologia defi nida na API 754 - process safety performance indicators for the refi ning and petrochemical industries – para apuramento destes indicadores. Em 2011 efetuou-se mais uma vez o benchmark através da CONCAWE mantendo o foco na direção da Segurança de Processo.
A análise estatística e o reporte do IFacb, pela maior parte das empresas do ramo petroquímico, a nível europeu, permite determinar qual a referência a considerar no setor. Para o ano de 2011, o valor tomado como referência, para um cálculo que engloba a sinistralidade dos colaboradores próprios e prestadores de serviço, foi de 2,2, referente à atividade industrial do ramo, de acordo com reporte da CONCAWE de 20101.
A existência desta referência permite avaliar o grau de desempenho da refi naria de Matosinhos, que comparando o seu valor de IFacb de 0,9 fi ca posicionada seguramente a nível das melhoras empresas do setor no que respeita à sinistralidade laboral.
Indissociável do IFacb encontra-se o indicador taxa de gravidade, uma vez que este expressa o número de dias perdidos em consequência do tipo de lesão que se verifi ca por cada acidente de trabalho com baixa.
Os três acidentes com baixa, verifi cados no universo dos colaboradores prestadores de serviço, tiveram uma expressão ao nível da taxa de gravidade, que se expõe no gráfi co seguinte. Como se verifi ca em 2011 a taxa de gravidade, congregando os universos, refi naria de Matosinhos e empresas prestadoras de serviço, assumiu o valor de 15.
2009
2010
2011
Acidentes com baixa
1 30,9
31,3
Número de acidentes com baixas e índice de frequência(colaboradores próprios + prestadores de serviço)
Índice de frequência de acidentes com baixa
10,2
2009
2010
2011
Acidentes com baixa
315
3 54
Número de acidentes com baixa e taxa gravidade(colaboradores próprios + prestadores de serviços)
Taxa de gravidade
1 18
1 European downstream oil industry safety performance statistical summary of reported incidents – 2010 - Prepared for the CONCAWE Safety Management Group by: A. Burton (Awaken Consulting) and K.H. den Haan (Technical Coordinator)
REFINARIA DE MATOSINHOS / DATA BOOK DE SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTE 2011 43
08DESEMPENHO EM SEGURANÇA E SAÚDE 09 10 1107060504030201
Os serviços de Medicina do Trabalho da refi naria de Matosinhos desenvolvem a sua atividade tendo em vista a promoção da saúde dos trabalhadores e a prevenção de doenças profi ssionais. Nesse âmbito elabora um plano de exames periódicos que realiza ao longo do ano, dando ainda resposta à realização de exames de admissão de trabalhadores e exames ocasionais seja por iniciativa do médico do trabalho seja por iniciativa do trabalhador.
O gráfi co seguinte ilustra o número de exames médicos realizados na refi naria de Matosinhos durante o período de 2007 a 2011. Relativamente a 2007 só está disponível a informação agregada – acidentes totais, enquanto que nos restantes anos já é possível segregar o número de exames consoante o seu tipo.
No total, em 2011 foram realizados 916 exames médicos onde se incluem os exames de admissão, periódicos e ocasionais.Verifi ca-se um crescimento do nº de exames programados numa clara demonstração do bom planeamento atingido nesta atividade.
Verifi cação anual do SGSPAG A refi naria de Matosinhos, caracterizada como indústria de nível superior de perigosidade, devido às quantidades e características dos produtos armazenados, pela aplicação do Decreto-Lei n.º 254/2007, de 12 de julho de 2007, implementou um Sistema de Gestão de Segurança para a Prevenção de Acidentes Industriais Graves (SGSPAG) que permita comprovar que as medidas existentes para a prevenção e redução de acidentes graves envolvendo substâncias perigosas são sufi cientes e adequadas.
Nesse sentido, são realizadas anualmente auditorias de verifi cação, efetuadas por verifi cadores qualifi cados pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), desde o ano de 2008. Têm comprovado, através da emissão da Declarações de Conformidade, que a refi naria de Matosinhos cumpre os requisitos de segurança estabelecidos no diploma e opera sustentada nos princípios de valorização do ambiente e da segurança das instalações.
No ano de 2011, o resultado do exercício da auditoria identifi cou duas “Não conformidades” (NC) e duas “Oportunidades de melhoria” (OM). Em seguida apresenta-se o número de constatações que têm sido identifi cadas, no período compreendido entre 2008 e 2011. As constatações são entendidas como oportunidades de melhoria contínua do sistema pelo que, para cada uma, é defi nido um plano de ação com medidas tendentes à eliminação das causas que lhe estão na origem.
Exercícios de simulação e exercícios de treinoOs cenários de emergência da refi naria de Matosinhos estão perfeitamente caracterizados ao nível do Plano de Emergência Interno da Instalação.
A realização de exercícios de treino e exercícios de simulação, periodicamente, para além do móbil do cumprimento legal, tem como principal objetivo avaliar a efi cácia do Plano de Emergência Interno (PEI), treinar os envolvidos na resposta à emergência, e avaliar as necessidades de formação com base no desempenho demonstrado pelas equipas.
A refi naria, para o ano de 2011, planeou e realizou 9 exercícios de treino e um exercício simulado, testando as suas respostas a diversos cenários defi nidos no PEI.
O apertado acompanhamento da saúde dos trabalhadores tem vindo a assegurar a ausência de doenças profi ssionais, o que mais uma vez se confi rmou no ano de 2011.
8.2 Medicina do trabalho
8.3 Sistema de Gestão de Segurança da Prevenção de Acidentes Industriais Graves (SGSPAG)
Exames médicos realizados (nº)
2009
2010
2011
Exames ocasionaisExames totais Exames periódicos
Exames de admissão
575 327 14
696 255 21
2008865
20071.455
263 34
525 323 19
Auditorias verificadas
2008
2009
2010
2011
Não conformidades Oportunidades de melhoria
44
10
33
22
REFINARIA DE MATOSINHOS / DATA BOOK DE SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTE 201144
08 DESEMPENHO EM SEGURANÇA E SAÚDE 09 10 1107060504030201
Exercícios de simulação e treino (nº)
2007
2008
7
8
2009 10
2010 9
2011 10
A implementação de um Sistema de Gestão de Segurança, Saúde e Ambiente implica, para além de outras linhas orientadoras, a existência de meios de aferir os seus resultados. A realização de Observações Preventivas de Ambiente e Segurança (OPAS), entendidas como o ato de observar e dialogar, como forma de corrigir ações ou condições perigosas no domínio do Ambiente e da Segurança, é um dos indicadores usados para aferir a efi cácia e determinar as linhas de orientação do sistema.
A refi naria de Matosinhos tem como objetivo a realização de 840h de OPAS por ano, no entanto, como pode ser avaliado na evolução gráfi ca apresentada em seguida verifi ca-se que ao longo dos anos esse objetivo foi sempre ultrapassado, tendo-se em 2011 efetuado um total de 992 horas de OPAS.
8.4 OPAS
O gráfi co seguinte traduz o número de exercícios realizados entre o ano de 2007 e 2011.
2009
2010
2011
1.143
1.017
992
Número horas OPAS realizadas
REFINARIA DE MATOSINHOS / DATA BOOK DE SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTE 2011 45
09RELAÇÃO COM A COMUNIDADE08 10 1107060504030201
09 . RELAÇÃO COM A COMUNIDADE
DESEMPENHO EM AMBIENTE
0909RELAÇÃO COM A COMUNIDADE08 10 1107060504030201
REFINARIA DE MATOSINHOS / DATA BOOK DE SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTE 201146
09 RELAÇÃO COM A COMUNIDADE08 10 1107060504030201
A refi naria está fortemente empenhada na aproximação com a envolvente, no sentido de ir ao encontro das necessidades e preocupações da população vizinha. Para esse fi m, foi criado um endereço eletrónico, refi [email protected], que permite tratar matérias como reclamações, sugestões, entre outras, de uma forma mais célere e metodizada. Esta iniciativa pretende contribuir para dar resposta à melhoria continuada da qualidade de vida que é patente no concelho de Matosinhos com particular realce na envolvente da refi naria, garantindo que esta instalação não introduz fatores que ponham em causa essa qualidade de vida, ao município, e aos seus munícipes.
A refi naria procura assim desenvolver iniciativas que lhe parecem contribuir para os objetivos acima expostos. Em 2011 damos destaque às seguintes: Refi naria abertaEntre os dias 28 e 30 de Setembro a refi naria abriu as suas portas ao exterior. Fomos presenteados com a visita de centenas de pessoas interessadas em conhecer como é uma refi naria “por dentro”. Foi instalada uma tenda de acolhimento na Marginal de Leça da Palmeira, junto à conhecida Piscina das Marés, do Arq.º Siza Vieira, e foram colocados à disposição dos visitantes autocarros que percorreram as principais ruas da refi naria. Durante o percurso, os nossos guias foram dando indicações sobre factos de interesse e curiosidades sobre esta unidade industrial o que foi apreciado pela generalidade dos visitantes.
Visitas de escolasEnquadrados nos Projetos Escola, ou apenas como uma oportunidade para alargar conhecimentos e conhecer uma unidade industrial complexa, em plena operação, somos visitados anualmente por centenas de alunos dos vários graus de ensino. A esses alunos, acompanhados dos respetivos docentes, é feita uma apresentação sintética da refi naria e dos seus produtos, que é complementada, depois, com uma visita de autocarro aos principais pontos de interesse da refi naria. Em 2011 fomos visitados por cerca de 800 alunos.
Protocolos com escolasA refi naria celebrou protocolos com várias escolas do concelho de Matosinhos, nomeadamente com a Escola EB Perafi ta, a Escola EB de Leça da Palmeira e a Escola Secundária da Boa Nova. No âmbito desses protocolos a refi naria contribui com fundos destinados a equipar laboratórios, a realizar pequenas obras de melhoria dos equipamentos de ensino e dinamizar projetos como a rádio-escola. A refi naria atribui anualmente o Prémio Galp do melhor aluno do 9º ano às escolas EB e dos melhores alunos de Física e de Química à Escola Secundária. A refi naria compromete-se também a receber estagiários de cursos da área profi ssional de que destacamos técnicos de Segurança e Saúde no Trabalho e Técnicos do Ambiente.
Ainda no âmbito da formação técnica, a refi naria tem protocolos com escolas de formação profi ssional no sentido de orientar a formação para as necessidades da indústria e simultaneamente assegurar saídas profi ssionais para os alunos aquando do recrutamento de colaboradores.
Finalmente, no capítulo da sensibilização para a segurança, vários técnicos da refi naria, especialistas em Segurança, Saúde e Ambiente, têm colaborado com diversas escolas secundárias do concelho de Matosinhos fazendo chegar aos jovens alunos mensagens indutoras de comportamentos seguros.
Responsabilidade socialA refi naria, enquanto membro da comunidade, não pode fi car alheia às difi culdades que setores mais desfavorecidos atravessam neste período de contração da economia. Nesse sentido, foram feitos donativos a várias instituições de solidariedade social e associações de terceira idade, participando na compra e distribuição de equipamento útil para o bem-estar e qualidade de vida de doentes e idosos.
Procurando atender situações de carência no tecido social de Matosinhos, em colaboração com as Juntas de Freguesia e a Igreja, a refi naria tem vindo pelo Natal, junto famílias mais desfavorecidas, e das associações que as apoiam, a contribuir para tornar essa quadra mais solidária.
Também no plano desportivo a refi naria promove eventos recreativos e desportivos apoiando a prática desportiva junto de clubes locais.
REFINARIA DE MATOSINHOS / DATA BOOK DE SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTE 2011 47
10GLOSSÁRIO08 09 1107060504030201
10 . GLOSSÁRIO
DESEMPENHO EM AMBIENTE
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REFINARIA DE MATOSINHOS / DATA BOOK DE SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTE 201148
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Termo Defi nição Unidades
Acidentes ambientais Contabiliza o número total de acidentes que causem prejuízos na envolvente da refi naria incluindo o ar, a água, o solo, os recursos naturais, a fl ora, a fauna, os seres humanos e suas inter-relações.
Número de acidentes
Acidentes com 1º socorro Contabiliza o número total de acidentes de trabalho (excluindo acidentes in itinerae), que requeiram que o trabalhador seja assistido, mas não por um médico.
Número de acidentes
Acidentes com baixa Contabiliza o número total de acidentes de trabalho (não inclui acidentes in itinerae), em que houve dias ou turnos em que o trabalhador não desempenhou as suas funções, devido a uma qualquer incapacidade de realizar o seu trabalho.
Número de acidentes
Acidentes com tratamento médico
Contabiliza o número total de acidentes de trabalho (excluindo acidentes in itinerae), que requeiram que o trabalhador seja assistido por um médico.
Número de acidentes
Acidentes de trabalho Contabiliza o número total de acidentes sofridos pelo colaborador excluindo os in itinerae. Estão incluídos os acidentes envolvendo 1ºs socorros, casos de tratamento médico e acidentes com baixa.
Número de acidentes
Acidentes in itinerae Representam os acidentes que ocorrem no trajeto normalmente utilizado pelo trabalhador, qualquer que seja a direção na qual se desloca, entre o seu local de trabalho ou de formação ligado à sua atividade profi ssional e a sua residência principal ou secundária, o local onde toma normalmente as suas refeições ou o local onde recebe normalmente o seu salário, do qual resulta a morte ou lesões corporais. Considera-se apenas pessoal próprio.
Número de acidentes
Acidentes materiais Contabiliza o número total de acidentes que causem prejuízos em bens materiais nomeadamente, património, equipamento, produto, produtividade, paralisação da produção, coimas por não cumprimento da legislação ou despesas de outra natureza, relacionadas com o acidente ou com o acidentado.
Número de acidentes
Água consumida por nível de atividade
Este indicador é dado pelo quociente entre a água consumida (Ver “consumo de água”) e a carga tratada na refi naria. Representa o consumo específi co de água.
Múltiplo de m3/t
Água reutilizada Representa a quantidade de água tratada na ETAR da refi naria que é reaproveitada na rede de água de incêndio e na rede de água de serviço.
Múltiplo de m3
Bolha de SO2 Representa a concentração de óxidos de enxofre, na forma de dióxido de enxofre, numa chaminé virtual,
ponderando os diversos caudais e concentrações das diversas fontes, bem como os seus teores de enxofre. A fórmula de cálculo foi aprovada pela Agência Portuguesa do Ambiente, e exclui as emissões resultantes da Unidade Claus e das Flares.
Miligrama por normal m3 (mg/Nm3)
Carência Bioquímica de Oxigénio 5
Corresponde ao oxigénio consumido na degradação da matéria orgânica a uma temperatura média de 20ºC durante 5 dias, nos efl uentes rejeitados, de acordo com análises laboratoriais realizadas no Laboratório da refi naria.
mg/l
Carga tratada(nível de atividade)
A carga tratada é uma medida da intensidade produtiva e do nível de atividade da refi naria e é obtida a partir da quantidade, em massa, das matérias-primas e componentes processados, ponderada* por um fator de conversão em petróleo bruto equivalente. O fator de conversão depende do nível de tratamento a que as matérias-primas e os componentes são sujeitos. * Esta ponderação foi introduzida em 2008 por se entender representar melhor a carga tratada.
Múltiplo de t
Cianetos Corresponde à concentração de cianetos, dos efl uentes rejeitados, de acordo com análises laboratoriais realizadas no Laboratório da refi naria.
mg/l
Concentração de hidrocarbonetos rejeitados
Corresponde à concentração em hidrocarbonetos, dos efl uentes rejeitados, de acordo com análises laboratoriais realizadas no Laboratório da refi naria.
mg/l
Consumo de água Representa o consumo de água de processo das fábricas (captada no rio Ave, esporadicamente no rio Cávado), bem como a água para consumo humano, proveniente dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento, SMAS, de Matosinhos.
Múltiplo m3
Consumo de fuel gás Consumo de fuel gás, para queima em GIC’s e fornalhas processuais. O consumo das Flares (somente o relativo aos pilotos, excluindo-se as quebras) é também incluído.
Múltiplo de t
Consumo de gás natural Consumo de gás natural, para queima em GIC’s e fornalhas processuais. Múltiplo de t
Consumo de RPC Consumo de resíduo processual combustível (fuelóleo de consumo interno), para queima em GIC’s e fornalhas processuais.
Múltiplo de t
Consumo de gás Consumo de mistura de fuel gás enriquecida com gás natural, para queima em GIC’s e fornalhas processuais. Múltiplo de t
Crude tratado Representa a quantidade de petróleo bruto que é processado na refi naria, alimentando as unidades. Múltiplo de t
Custos Totalizam as despesas operacionais relativas às operações relacionadas com cada uma das categorias ambientais (proteção do recurso água; gestão de resíduos; proteção de solos e águas subterrâneas; proteção do ar e clima) e de Segurança, Saúde e Higiene no Trabalho. A categorização é feita de acordo com o defi nido pelo Instituto Nacional de Estatística.
Múltiplo de €
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Termo Defi nição Unidades
Densidade API Unidade de densidade de acordo com o indicador do American Institute of Petroleum (°API = (141,5/ peso específi co a 60° F) - 131,5).
º API
Doenças profi ssionais Contabiliza as doenças causadas pela atividade exercida pelo trabalhador ou constantes da lista das doenças profi ssionais (Decreto-Regulamentar n.º 12/80 e Decreto-Lei nº 248/99).
Nº de casos
Efl uentes líquidos por nível de actividade
Corresponde ao quociente entre os efl uentes líquidos produzidos, contabilizados de acordo com o exposto em “Efl uentes líquidos produzidos” e a carga tratada.
m3/t
Efl uentes líquidos produzidos
Comporta o volume de águas residuais produzidas. Múltiplo de m3
Emissões de CO2 das
instalações no âmbito do PNALE
Representa o total de emissões de dióxido de carbono contabilizadas de acordo com o disposto no Título de “Emissão de Gases com Efeito de Estufa”.
Múltiplo de t
Emissões de NOx Representa as emissões de óxidos de azoto (óxido de azoto e dióxido de azoto), decorrentes da combustão de
RPC, fuel gás e gás natural, nas GIC’s e em fornalhas do processo.
NOx = NO
x RPC + NO
x FG + NO
x GN
NOx RPC
(t) = ConsumoRPC
(t) x Femissão RPC
x PCIRPC
(TJ/t) x 10-3
NOx FG
(t) = ConsumoFG
(t) x Femissão FG
x PCIFG
(TJ/t) x 10-3
NOx GN
de acordo com Air pollutant emission estimation methods for EPER and PRTR reporting by refi neries, CONCAWE, report n.º 3/07R:
NOx GN
= NOx térmico
+ NOx combustível
NOx térmico
(kg) = 10-3 x ConsumoGN
(t) x 1,11 x PCI (MJ/t) x FBase
x FH2
x FControl
x FPreheat
x FH2O
x FLoad
x FBurn
NOx combustível
= O Porque a percentagem de azoto combustível do gás natural é zero.
Aplicam-se as fórmulas do RPC e do FG às emissões da combustão, atendendo aos factores de emissão consoante os equipamentos de combustão tenham potência térmica superior ou inferior a 50 MWt:
Unidades de combustão
Tipo de combustível
Fator de emissão (g/GJ)
Potência térmica < 50 MWt RPC 180
Fuel gás 140
Potência térmica > 50 MWt RPC 190
Fuel gás 140
A partir de 1 de abril para as fontes fi xas com monitorização em contínuo, o cálculo das emissões passou a ser efectuado pelo Sistema Informação Ambiental Centralizada (SIAC).
Múltiplo de t
Emissões de NOx por nível de
atividadeCorresponde ao quociente entre as emissões de NO
x, contabilizadas de acordo com o exposto em “Emissões de
NOx” e a carga tratada.
kg/t
Emissões de partículas Representa as emissões de partículas totais (combustível não queimado, fuligem e incondensáveis em suspensão em correntes gasosas), decorrentes da combustão de RPC, gás natural e de fuel gás, nas GIC’s, em fornalhas do processo e da FAR.
As Emissões são determinadas de acordo com as fórmulas do Manual da EPA:
Emissões partículas = Emissões RPC
+ Emissões FG
+ Emissões GN
EmissõesRPC
= (9,19x%S
RPC+ 3,22) x 0,1195 x Consumo
RPC (t)
PRPC
(g/cm3)
EmissõesFG
= Consumo
FG x 7,6 x 16
PFG
(g/cm3) x 106
EmissõesGN
= Consumo
GN x 7,6 x 16
GN
PGN
(g/cm3) x 106
A partir de 1 de abril para as fontes fi xas com monitorização em contínuo, o cálculo das emissões passou a ser efectuado pelo Sistema Informação Ambiental Centralizada (SIAC).
Múltiplo de t
REFINARIA DE MATOSINHOS / DATA BOOK DE SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTE 201150
10 GLOSSÁRIO08 09 1107060504030201
Termo Defi nição Unidades
Emissões de partículas por carga tratada
Corresponde ao quociente entre as emissões de partículas, contabilizadas de acordo com o exposto em “Emissões de partículas” e a carga tratada.
kg/t
Emissões de SO2 Este indicador representa as emissões de dióxido de enxofre, decorrentes da combustão de RPC, nas GIC’s, em
fornalhas do Processo e da FAR, e da unidade Claus. As emissões de combustão são calculadas com base na seguinte fórmula:
SO2 = SO
2 RPC (t) = Consumo
RPC (t) x % S
RPC x 0,02
% SRPC
representa o teor de enxofre do RPC (Ver “Teor de Enxofre no RPC”). Não se consideram emissões de SO
2 do fuel gás nem do gás natural, uma vez que estes têm teores de enxofre muito próximos do zero.
A partir de 1 de abril para as fontes fi xas com monitorização em contínuo, o cálculo das emissões passou a ser efetuado pelo Sistema Informação Ambiental Centralizada (SIAC).
Múltiplo de t
Emissões de SO2 por nível
de atividadeCorresponde ao quociente entre as emissões de SO
2, contabilizadas de acordo com o exposto em “Emissões de
SO2” e a carga tratada.
kg/t
Energia elétrica produzida Representa a produção de energia elétrica, medida nos contadores das caldeiras. Múltiplo de tonelada equivalente de petróleo (tep)
Enxofre recuperado Representa em termos mássicos o enxofre recuperado na unidade de recuperação de enxofre. Este valor é determinado com base nos balanços de massa da refi naria, de acordo com a carga de H
2S na unidade e a
efi ciência de recuperação da mesma.
t
Enxofre recuperado por carga tratada
É dado pelo quociente entre o enxofre recuperado, contabilizado de acordo com o exposto em “Enxofre Recuperado”, e a carga tratada.
kg/t
Equipamentos de fi m de linha
Instalações, equipamentos ou partes identifi cáveis de maquinaria, assim como construções, que funcionam no término do processo de produção, destinadas a tratar, prevenir ou medir a poluição.
Exames médicos Contabiliza: o número de exames de admissão (exames médicos obrigatórios por ocasião da admissão de um trabalhador, com a fi nalidade de constatar a capacidade física e psicológica do empregado para o exercício da função para que é contratado); o número de exames periódicos (realizados com a periodicidade prevista legalmente, consoante a faixa etária do trabalhador); o número de exames ocasionais (realizados por motivos específi cos, ou imposição/iniciativa médica, ou pedido do trabalhador). São considerados apenas trabalhadores próprios.
Nº de exames
FAR Representa a Fábrica de Aromáticos, uma unidade da refi naria do Matosinhos destinada à produção de solventes e compostos aromáticos (tolueno, xileno e benzeno).
Fenóis Corresponde à concentração de fenóis, dos efl uentes rejeitados, de acordo com análises laboratoriais realizadas no Laboratório da refi naria.
mg/l
Ferro total Corresponde à concentração total de ferro, dos efl uentes rejeitados, de acordo com análises laboratoriais realizadas no Laboratório da refi naria.
mg/l
GIC's Grandes instalações de combustão destinadas à produção de eletricidade e vapor, com potência térmica superior a 50 MWt.
Hidrocarbonetos rejeitados por nível de atividade
Corresponde ao quociente entre a massa total de hidrocarbonetos rejeitados (determinada a partir das concentrações e volume de efl uente produzido) e a carga tratada.
g/t
Índice de frequência de acidentes (totais e com baixa)
Corresponde ao quociente entre o número de acidentes (totais e com baixa, respetivamente) e os milhões de horas trabalhadas. As horas trabalhadas correspondem ao somatório das horas anuais trabalhadas por cada colaborador.
Nº de acidentes com baixa por milhão de horas trabalhadas
Investimentos Totalizam os montantes de investimento nas diversas categorias ambientais (proteção do recurso água; gestão de resíduos; proteção de solos e águas subterrâneas; proteção do ar e clima) e de Segurança, Saúde e Higiene no Trabalho. A categorização é feita de acordo com o defi nido pelo Instituto Nacional de Estatística.
Múltiplo de €
Nº de ações de formação em Ambiente e Segurança
Representa o nº total de diferentes formações externas em ambiente e/ou segurança frequentadas pelos colaboradores, tais como cursos, seminários e outras ações.
Nº de ações
Nº de ações de formação ministradas em Segurança
Representa o nº total de sessões de formação em segurança ministradas pelo departamento de Segurança a colaboradores e prestadores de serviço.
Nº de ações
Nº de formandos em ações de formação ministradas pelo departamento de Segurança
Representa o nº total de formandos (colaboradores próprios e prestadores de serviço), que frequentou as ações de formação em ambiente e segurança ministradas pelo departamento de Segurança.
Nº de formandos
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Termo Defi nição Unidades
Nº de formandos em ações de formação em Ambiente e Segurança
Representa o nº total de formandos (colaboradores próprios) que frequentou as ações de formação externa em ambiente e segurança.
Nº de formandos
Óleos e gorduras Corresponde à concentração em óleos e gorduras, dos efl uentes rejeitados, de acordo com análises laboratoriais realizadas no Laboratório da refi naria.
mg/L
pH do efl uente Refere-se ao potencial hidrogeniónico dos efl uentes descarregados na ETAR na refi naria, através de análises laboratoriais realizadas na mesma.
Escala de Sorensen
Processo Em Processo incluem-se as atividades fabris que envolvem consumos de combustível. Inclui-se sob esta designação as Flares e a unidade Claus.
Produção Representa a quantidade de cada tipo de produto que é produzido na refi naria. Múltiplo de t/produto
Quantidade de materiais recuperados
Corresponde à quantidade de materiais enviados para valorização, como sucatas, embalagens, papel, plástico e óleos usados. Não inclui a Fábrica de Lubrifi cantes.
t
Resíduos industriais não perigosos produzidos
Representa a quantidade de resíduos industriais que não apresentam características de perigosidade para a saúde e ambiente, de acordo com a legislação aplicável e a Lista Europeia de Resíduos. Não se incluem materiais recuperados. Não inclui a Fábrica de Lubrifi cantes.
Múltiplo de t
Resíduos industriais perigosos produzidos
Representa a quantidade de resíduos industriais que apresentam características de perigosidade para a saúde e ambiente, de acordo com a legislação aplicável e a Lista Europeia de Resíduos. Não inclui a Fábrica de Lubrifi cantes.
Resíduos industriais (perigosos ou não perigosos) produzidos por nível de atividade
Corresponde ao quociente entre a quantidade de resíduos industriais (perigosos ou não perigosos) e a carga tratada.
kg/t
Resíduos sólidos equiparados a urbanos
Corresponde à quantidade produzida de resíduos domésticos ou semelhantes, em razão da sua natureza ou composição.
t
Unidade Claus É a unidade associada à recuperação de enxofre.
Sólidos suspensos totais Corresponde à concentração de sólidos suspensos, dos efl uentes rejeitados, de acordo com análises laboratoriais realizadas no Laboratório da refi naria.
mg/l
Taxa de gravidade Expressa a gravidade dos acidentes com baixa na medida dos dias totais perdidos em função do número de acidentes com baixa.
Número de dias totais perdidos /número de acidentes com baixa
Tecnologias integradas Equipamentos e/ou instalações ou partes de equipamentos e/ou instalações, tendo sofrido modifi cações no sentido da diminuição da poluição, integrados no processo de produção. Inclui-se estudos de análise integrada de soluções com vista à melhoria do desempenho ambiental.
Teor de enxofre no RPC Corresponde ao valor percentual do teor de enxofre no RPC. Este valor é determinado laboratorialmente, através de análises semanais a amostras compostas, constituindo o valor anual uma média dos valores médios mensais.
%
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11 . DECLARAÇÃO DE CONFORMIDADE
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EDIÇÃO
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