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REDES SOCIAIS ONLINE: uma análise por meio do Facebook no Brasil
André pereira da costa¹, Willderlânia Ximenes Cunha, Sérgio Paulino Abranches
Resumo
Nos últimos anos, a rede social online Facebook ganhou uma significativa expansão entre os
indivíduos no mundo todo e, em especial, um forte crescimento no Brasil, propiciando mais
uma forma de interação social. Assim, esse trabalho teve por objetivo discutir os tipos de
interações sociais, laços sociais e do capital social, que foram estabelecidos pelos indivíduos
(nós), por meio de uma selfie publicada no facebook; rede social que permite a seus usuários
expressar suas opiniões, construir novos conhecimentos, postar fotografias, interagir com
diversas pessoas, estabelecendo laços sociais. A pesquisa foi realizada durante discussões
geradas na disciplina de Tecnologia e Sociedade do Programa de Pós-Graduação em
Educação Matemática e Tecnológica da UFPE. Para tanto, consiste em um estudo de caso, no
qual realizou-se uma análise quantitativa e qualitativa sobre os comentários e as curtidas
geradas pela selfie, procurando olhar para as relações sociais, os laços sociais e o capital
social construído pela foto. Nesse sentido, buscou-se fundamentar o trabalho nas discussões
acerca das redes sociais e comunidades virtuais, em especial, sobre o poder das redes sociais
online. Foi possível notar a presença de dois tipos de laços sociais entre os nós dessa rede: laços
fortes, em que os atores estão bem próximos e íntimos na relação social; laços fracos, com contato
mais voltado para o âmbito profissional. Outro dado interessante é que as redes sociais no
facebook apresentam estruturas bem diferentes. Por um lado, identificaram-se redes grandes, com
uma ampla quantidade de nós, mas, que, em geral, apresentam laços sociais fracos. Por outro, há
redes pequenas, formadas por um número reduzido de atores, todavia, interagem por meio de laços sociais fortes.
Palavras-chaves: Interações sociais. Selfie. Laços sociais.
Abstract
In recent years, the online social network Facebook has gained a significant expansion among
individuals around the world and, in particular, a strong growth in Brazil, providing another
form of social interaction. Thus, this study aimed to discuss the types of social interactions,
social ties and social capital, which were established by individuals (us) through a selfie
published on facebook, a social network that allows users to express their views, build new
knowledge, post photos, interact with different people, establishing social ties. This research
was conducted during discussions generated in the discipline of Technology and Society at
the Graduate Program in Mathematics and Technological Education of UFPE. Therefore, it
consists of a case study, in which we carried out a quantitative and qualitative analysis of the
comments and likes generated by the selfie, focusing on social relationships, social ties and
social capital built by the photo. Thus, this work is based on discussions of social networks
and virtual communities, particularly on the power of online social networks. We observed
the presence of two types of social ties between the nodes of this network: strong ties, in
which the actors are very close and have intimate social relationship; weak ties, with a
professional network. Another interesting data is that social networks on Facebook have very
different structures. On the one hand, large networks with a large number of ties were
identified but, they generally have weak social ties. On the other hand, there are small
networks, formed by a small number of actors, however, interact through strong social ties.
Keywords: Social interactions. Selfie. Social ties.
Introdução
Percebe-se que as redes sociais online constituem um dos meios mais eficazes de
comunicação e que ganham a cada dia uma enorme dimensão em todos os espaços da
sociedade. Elas nada mais são do que grupos de pessoas que, independente de onde estejam
localizadas, interagem mutuamente entre si, utilizando os mais diversificados dispositivos
móveis com acesso à internet. Nesse caso, o dispositivo tecnológico utilizado é o responsável
por mediar essas interações.
Nesse mundo virtual, cada indivíduo (membro social do mundo real) pode ser representado
por um nó, que estabelece várias relações com outros nós, relações essas, chamadas de laços
sociais. Os laços sociais podem ser fortes ou fracos, dependendo da afetividade estabelecida e
também do capital social construído entre os nós. Além disso, o conjunto de nós pode formar
uma comunidade virtual, mas desde que compartilhem da mesma ideia ou de ideais
semelhantes. Dessa forma, um mesmo nó, em uma rede social, pode fazer parte de diferentes
tipos de comunidade.
Assim, este artigo tem por objetivo discutir os tipos de interações sociais, laços sociais e do
capital social, que foram estabelecidos pelos indivíduos (nós), por meio do facebook; rede
social que permite a seus usuários expressar suas opiniões, postar fotografias, contatar com
diversas pessoas, entre outras funcionalidades. Tal rede tornou-se um recurso para que as
pessoas possam manter-se informadas de tudo que acontece não apenas em sua região, mas do
que acontece em todo mundo.
Nesse estudo, decidiu-se por analisar o facebook, pois é a rede social online que mais cresce
atualmente no mundo e, ainda, pelo grande número de usuários no Brasil, chegando a um total
de cerca de 81 milhões de perfis entre os brasileiros.
Tal interesse se justifica pela curiosidade que os autores desse trabalho tiveram sobre os tipos
de relações que estão presentes nas redes sociais online atuais, em decorrência das discussões
geradas na disciplina de Tecnologia e Sociedade do Programa de Pós-Graduação em
Educação Matemática e Tecnológica da UFPE. Para tanto, a pesquisa se fundamenta nos
estudos realizados por Recuero (2003, 2005a, 2005b, 2008, 2009) principalmente, em sua tese
acerca das redes sociais e comunidades virtuais, em especial sobre o poder das redes sociais
como o Orkut e o Fotolog.
Aqui, é apresentada a análise dos laços sociais estabelecidos por uma fotografia, que foi
publicada no facebook em dias e horários diferenciados. Nessa fotografia, procurou-se
identificar as mais diversificadas relações que permeiam as nossas redes sociais, por meio da
apreciação dos “comentários” e das “curtidas” geradas com a sua “postagem”.
Revisão de Literatura
Facebook no Brasil
Atualmente, o “Facebook” é uma das redes sociais online mais utilizadas em todo mundo. Ela
foi apresentada à população mundial em fevereiro de 2004, por meio de seus criadores, sendo
três americanos e um brasileiro.
O Facebook disponibiliza uma diversificada lista de recursos, que possibilita aos seus
usuários um ambiente de conversas, compartilhamento de informações e abordagens de temas
de interesses comuns, entre outras funcionalidades. Qualquer pessoa pode fazer parte da rede
do Facebook, seja por interesses pessoais, profissionais ou educacionais.
No Brasil, por ser de fácil uso, a rede ganhou um espaço evidente ainda maior com a grande
mobilidade propiciada pelos tablets e smartphones. De tal modo, é considerado um dos países
mais sociáveis do mundo.
Uma pesquisa realizada em 2013 revela que, no Brasil, o Facebook chega a 76 milhões de
usuários ativos, e 57,9% se conectam tanto a partir de computadores como de dispositivos
móveis. Já em fevereiro de 2014 esse número teve um aumento muito significativo, pois, a
nova pesquisa aponta que o Facebook tem 1,23 bilhão de usuários mundiais, sendo 81, 2
milhões no Brasil (JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO, 2015).
A cada dia, o Facebook vem utilizando diversas estratégias para manter os seus usuários
conectados por maior tempo em sua rede, onde os aplicativos, jogos entre outros, têm
proporcionado aos usuários opções cada vez maiores de atividades possíveis dentro da rede
social. Além disso, o uso das redes sociais online num país como o Brasil é utilizada não
apenas como espaço de explanação de ideias, mas também como um espaço de expressão
legítima da nossa sociedade.
Redes sociais na visão de Recuero
O diagrama a seguir (Figura 1) apresenta os principais conceitos discutidos por Recuero
(2003, 2005a, 2005b, 2008, 2009) no que se refere às relações sociais estabelecidas entre as
pessoas no mundo virtual, isto é, numa rede social online.
Figura 1 – Principais conceitos de uma rede social online, segundo Recuero.
Fonte: Elaborada pelos autores
Recuero (2003, 2005a, 2005b, 2008, 2009) ressalta que as redes sociais online são
compreendidas como um corpo de atores (nós), atuando como formadores das estruturas
sociais e da composição dos laços sociais por meio das interações mediadas pelo computador.
Essas redes nos ajudam a compreender vários aspectos sociais e culturais presentes nas trocas
de informações nessas interações (KENSKI, 2007).
Essas interações são consideradas mútuas, quando ocorrem em ambientes interligados à rede,
onde o computador serve como meio de comunicação, ou reativas com características opostas.
Os laços sociais podem ser compreendidos como o “grau de proximidade” entre os nós de
uma rede, isto é, quanto mais os atores interagem, mais próximos eles podem estar dos seus
pares. Nesse sentido, os laços sociais podem ser fortes, quando ocorre uma relação de
intimidade e proximidade muito forte, ou considerados laços fracos, com menor intimidade e
por relações distantes.
Assim, as redes sociais propiciam acesso a inúmeros valores importantes para os atores
envolvidos e, esses valores podem chamar de capital social. O qual se refere a conexões entre
os indivíduos e se faz necessário compreender, por permitir que os tipos de relações e
conteúdos compartilhados na rede sejam mais bem compreendidos. Logo, quanto mais
interações, maiores serão os laços e o capital social construído pelos indivíduos e,
aperfeiçoado pelos laços.
Por sua vez, uma comunidade virtual é uma rede, cujos atores interagem e se interessam por
temas em comum. Como exemplo disso, pode-se mencionar o caso de um grupo no facebook
de colegas de turma da faculdade, que, em geral, funciona como um fórum de discussão sobre
disciplinas de curso, eventos acadêmicos, disponibilidade de material didático para download.
Metodologia
Esta pesquisa consiste em um estudo de caso, com abordagem quantitativa e qualitativa, no
qual se analisou os comentários e as curtidas referentes a uma fotografia postada no
Facebook, buscando olhar para as relações sociais, os laços sociais e o capital social
construído pela foto.
Gil (2009, p. 6) relata que o estudo de caso pode ser definido como “uma análise intensiva de
uma unidade individual (como uma pessoa ou uma comunidade) enfatizando fatores de
desenvolvimento em relação ao ambiente”. Yin (2010, p. 32) argumenta que “um estudo de
caso é uma investigação empírica que investiga um fenômeno contemporâneo dentro de seu
contexto, especialmente quando os limites entre o fenômeno e o contexto não estão
claramente definidos”. De acordo com Triviños (2011, p. 133) estudo de caso “é uma
categoria de pesquisa cujo objeto é uma unidade que se analisa aprofundadamente”.
Nesse estudo de caso, foram analisados os comentários feitos em uma foto selfie1, publicada
na rede social online Facebook. Optou-se por apreciar os comentários, pois, eles são os
principais caminhos de interação entre os facebookueiros2.
A selfie foi postada nos perfis do facebook de cinco pessoas (representados pelas letras A, B,
C, D e E, respectivamente), que foram fotografadas, fazendo parte, assim, da imagem. A selfie
1 Autorretrato, isto é, é uma foto tirada e compartilhada na internet, especialmente nas redes sociais online, como
o facebook.
2 Usuários do facebook brasileiro.
também foi publicada no grupo da turma da universidade desses participantes (representado
pela letra F, que consiste em uma comunidade online).
Além disso, o perfil de cada pessoa (e também o grupo da universidade) foi considerado como
uma rede social no facebook, pois, todos eles estão conectados com outros perfis (de outros
atores), interagindo, estabelecendo relações sociais mediadas pelo mundo virtual. Dessa
forma, essas redes constituíram os “objetos de estudo” da pesquisa.
Em um primeiro momento, realizou-se um levantamento da quantidade de “comentários” e
“curtidas” gerados com a postagem da fotografia. O objetivo aqui foi analisar os tipos de
interações sociais estabelecidos (associativista ou mútua). Em seguida, procedeu-se a análise do
conteúdo das mensagens contidas nos comentários. Dito de outra forma, nesse último momento, a
partir do conteúdo dos comentários, foi possível analisar os tipos de laços sociais formados entre
os nós de cada rede. Nesse sentido, observou-se também a estrutura dessas redes sociais.
A seguir, é apresentada a análise dos dados produzidos na pesquisa.
Análise dos Resultados Produzidos
Para o estudo das interações entre os atores da rede social, inicialmente, realizou-se um
levantamento da quantidade de comentários e de curtidas produzidas pela postagem da
fotografia. A seguir, no Quadro 01 são apresentados os dados obtidos em relação à selfie.
Quadro 01 – Análise quantitativa das relações sociais estabelecidas pela Selfie
Relações estabelecidas pelo
selfie
Rede Número de nós (por
rede)
Nós Curtidas Comentários
A 1287 19 18 02
B 1057 26 25 0
C 434 68 63 09
D 433 17 15 02
E 325 0 0 0
F 235 78 13 0
Fonte: Dados da pesquisa.
É importante destacar que o interesse, nesse trabalho, era pelos comentários, pois, a partir do
conteúdo das mensagens era possível observar, com mais propriedade, o grau de proximidade
entre os sujeitos das redes e, consequentemente, o tipo de interação e laço mantido entre eles.
Assim, as curtidas pelo seu caráter associativista, no qual o indivíduo tem a opção de curtir
ou não a foto, foram categorizadas como um tipo de interação social reativa.
Pelo quadro, pode-se observar que a rede A possui 1287 nós, desse total, apenas 19
“interagiram” com o selfie, por meio de 18 curtidas e 02 comentários; a rede B possui 1057
sujeitos conectados, dos quais, 26 participaram da interação proporcionada pela foto, sendo
25 curtidas e nenhum comentário (interação social reativa); a rede C tem 434 atores, sendo
que 68 interagiram com 63 curtidas e 09 comentários; a rede D possui 433 nós, desses, 17
participaram com 15 curtidas e 02 comentários; a rede E apresenta 325 sujeitos, porém, não
houve participação efetiva de nenhum nó, e nem de curtidas e de comentários (tal fato é um
grande indício de que essa rede apresenta uma interação social reativa muito forte); por
último, a rede F apresenta 235 membros, desse quantitativo, 78 visualizaram a selfie, contudo,
houve apenas 13 curtidas (isso também representa que tal rede possui uma interação social
reativa entre os nós).
O quadro também mostra que as redes apresentam diferentes estruturas. Há redes com uma
quantidade grande de nós e, ainda, redes com uma pequena quantidade de nós, da mesma
forma como ocorre na pesquisa de Recuero (2008). Ainda como no trabalho dessa
pesquisadora, as redes com menor número de atores apresentam mais comentários do que as
redes maiores. Tal fato ocorre, de acordo com Recuero (2008), pois, as redes maiores
agrupam um maior quantitativo de interações. Dessa forma, pode-se perceber que as redes
menores apresentam laços sociais mais fortes do que as redes maiores.
No caso das redes B, E, F, nas quais as interações sociais são reativas, há forte indício de que
os sujeitos conectados interagem de modo esparso, apresentando pouca intimidade entre os
pares e, consequentemente, os laços sociais que ligam essas pessoas são muito fracos.
Agora, a pretensão desse estudo foi verificar a constituição dessas redes, por meio das
interações, dos laços e do capital social que emergem do conteúdo dos comentários postados
no facebook sobre a selfie. Assim, pode-se notar que a interação social existente é do tipo
mútua, com fortes laços sociais estabelecidos entres os sujeitos (nós, atores). Tal fato pode ser
constatado nos comentários em A, C e D apresentados logo abaixo. É importante destacar dois
pontos: a) cada rede corresponde ao perfil de um sujeito no facebook e b) nos diálogos é
mencionado o nome de algumas pessoas; dessa forma, para preservar suas identidades,
utilizaram-se nomes fictícios na redação deste trabalho.
Rede A (rede de Ariano)
UsuárioA01: Saudades de vc Ariano!
UsuárioA02: Vcs sao demais!!!
Rede C (rede de Hebe)
UsuárioC01: Essa minha prima além de ser estudiosa é linda
UsuárioC02: Hebe, você está linda!
Hebe: Obrigada, UsuárioC02!! Bjao
UsuárioA03: saudades de tu Ariano...
UsuárioC03: “Selfie”do bem!
UsuárioC04: Realmente ... Hebe está lindona!
UsuárioC05: Linda... minha amiga Hebe...
UsuárioA04: Saudades do meu sobrinho Ariano...
UsuárioA05: Que lindo!!!!!!!!!! Rsrsrs Sinto sua falta Ariano!
Ariano: <3
Rede D (rede de Beth)
UsuárioD01: Q saudade da minha amiga Beth! Bjs
Beth: Sinto saudades também, UsuárioD01! Bem que podíamos marca algo! Bjos
Nota-se que, assim como ocorreu no trabalho de Recuero (2008), aparentemente os grupos
compõem-se por meio de interações mútuas, com um diálogo construído por fortes relações e
trocas sociais, que apontam laços sociais muito fortes entre os atores, além de uma variedade
do capital social. Ainda pelos comentários, é possível observar uma ampla intimidade entre os
sujeitos envolvidos nos diálogos e, também, como Recuero (2008), por meio dos comentários,
pode-se constatar que os diálogos transitam entre os diversos perfis do facebook, como pode
ser observado, por exemplo, nos comentários da Rede C, nos quais os atores da rede A
interagem e participam do diálogo travado em C.
Outro aspecto importante é que estes grupos se comportam como comunidade, pois, são
repousados em relações, interações, laços sociais. São grupos que carecem da atuação entre
seus componentes para sustentar o nexo no ciberespaço, sendo que suas interações geram uma
considerável quantidade de ligações entre certo número de atores. Tal comunidade é chamada
comunidade virtual emergente (RECUERO, 2008).
E no caso dos grupos de nós das redes B, E, F, caracterizadas por interações sociais reativas e
laços sociais fracos, tais grupos se constituem como comunidade virtual associativa, como
discute Recuero (2008).
Considerações Finais
Nessa pesquisa, apresentaram-se os resultados produzidos em um estudo de caso, por meio da
análise do facebook brasileiro. Assim, buscou-se apreciar os tipos de relações sociais, laços
sociais e o capital social estabelecidos nessa rede social online. Nesse sentido, optou-se por
desenvolver uma análise quantitativa e qualitativa dos dados produzidos.
Observou-se que os facebookueiros fazem uso do facebook não apenas como um espaço para
publicação de fotografias, mas, também como um meio para interagir socialmente,
estabelecendo laços sociais com os seus pares virtuais. Foi possível notar a presença de dois
tipos de laços sociais entre os nós dessa rede: laços fortes, em que os atores estão bem
próximos e íntimos na relação social; laços fracos, com contato mais voltado para o âmbito
profissional.
Outro dado interessante é que as redes sociais no facebook apresentam estruturas bem
diferentes. Por um lado, identificaram-se redes grandes, com uma ampla quantidade de nós,
mas, que, em geral, apresentam laços sociais fracos. Por outro, há redes pequenas, formadas
por um número reduzido de atores, todavia, interagem por meio de laços sociais fortes. A
intenção desse estudo foi discutir sobre o uso que os brasileiros podem fazer para o facebook,
principalmente, como meio de interagir socialmente. É evidente que existem outros elementos
a serem analisados, não estudados aqui, que podem contribuir para compreender melhor as
redes sociais online. Contudo, por se tratar de um estudo de caso, essa pesquisa apresenta uma
análise mais sistematizada sobre o tema, favorecendo o desenvolvimento de novos estudos
sobre o fenômeno das redes, como o facebook, por exemplo.
Referências
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JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO. Brasil chega a 76 milhões de usuários no Facebook;
mais da metade acessa do celular. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/tec/2013/
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