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Rede São Paulo de Cursos de Especialização para o quadro do Magistério da SE- ESP Ensino Fundamental II e Ensino Médio São Paulo 2011

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  • Rede So Paulo de

    Cursos de Especializao para o quadro do Magistrio da SE-ESP

    Ensino Fundamental II e Ensino Mdio

    So Paulo2011

  • UNESP Universidade Estadual PaulistaPr-Reitoria de Ps-GraduaoRua Quirino de Andrade, 215CEP 01049-010 So Paulo SPTel.: (11) 5627-0561www.unesp.br

    Governo do Estado de So Paulo Secretaria de Estado da EducaoCoordenadoria de Estudos e Normas PedaggicasGabinete da CoordenadoraPraa da Repblica, 53CEP 01045-903 Centro So Paulo SP

  • A Gramtica na Leitura em LE

    http://4.bp.blogspot.com/_JiIaSiZ7JSM

    /TUxzd2CJ8eI/AAAAAAAAC8U

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    DR

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  • 2

    sumrio tema ficha

    SumrioA Gramtica na Leitura em LE ....................................................3

    1. Grupos Nominais e Estrutura da Sentena................................6

    1.1. Conceituao do nome (noun- substantivo) e de grupo nominal ......6

    1.2. Conscientizao sobre a estrutura do grupo nominal ...........................7

    1.2.1 Conscientizao sobre modificadores em portugus .........................8

    1.2.2 Conscientizao sobre modificadores em ingls ...............................9

    1.2.3. Conscientizao sobre a posio do modificador em cada lngua .. 11

    1.2.4. Conscientizao sobre o nmero de modificadores ....................... 12

    1.2.5. Conscientizao sobre a estrutura da sentena nas duas lnguas ... 14

    1.3. Ilustrando com exemplos ................................................................. 15

    2. Coeso e Coerncia Referncia e Conexo ...........................17

    2.1 Noes de Coeso e Coerncia: dois fenmenos complementares. .... 17

    2.2 Distino entre coeso gramatical e coeso lexical. ............................. 18

    2.2.1 Coeso Gramatical ......................................................................... 18

    2.2.2 Coeso Lexical................................................................................. 18

    2.3 Tipos de relaes coesivas com exemplos em ingls . .......................... 20

    2.3.1 Referncia ....................................................................................... 21

    2.3.2 Conexo : conjunes ...................................................................... 22

    Bibliografia ............................................................................ 23

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    A Gramtica na Leitura em LEQual a importncia do conhecimento de estruturas gramaticais para as prticas discursivas

    que envolvem compreenso de textos escritos em lngua estrangeira?

    Para iniciarmos, vamos refletir um pouco sobre a seguinte questo:

    A esta altura do nosso curso, sabemos que a leitura uma atividade naturalmente envolvida nas prticas discursivas nas quais nos envolvemos na nossa vida cotidiana. Lemos e nos inte-ressamos por leitura com objetivos em mente no relacionados aprendizagem de lngua, mas realizao de tarefas que necessitamos ou desejamos cumprir para obtermos informaes que traro esclarecimentos ou benefcios a algum aspecto da nossa vida, seja profissional ou pessoal. Como, ento, podemos imaginar que nossos alunos se interessem por leitura quando tradicionalmente o que a escola tem apresentado como leitura so atividades com textos como pretextos para ensinar estruturas da lngua?

    Na viso dialgica de ensino-aprendizagem j bastante discutida neste curso, que tem uma viso de lngua e de sujeito como produtos de prticas sociais, por elas constitudos, devemos pensar em desenvolver, em nossas salas de aula, atividades de compreenso de textos em ingls representativos de gneros discursivos que sejam do interesse dos nossos alunos. O interesse pode ser devido ao reconhecimento de uma necessidade presente ou futura (relacionada a estudos ou atividades profissionais) ou de um desejo de se envolverem em prticas sociais que incluem tais gneros.

    O interessante seria que a cada incio de ano, o professor perguntasse formalmente, por meio de questionrio, que gneros e temas os alunos encontram nas prticas sociais de uso de lngua inglesa das quais participam ou gostariam de participar no presente e que gneros e temas eles acreditam que tero necessidade de dominar no futuro (por exigncia de futuros estudos ou atividade profissional). Se questionados informalmente, eles diro que no sabem, no sentem necessidade alguma, coisas desse tipo.., mas se tiverem que responder na forma escrita, tero que refletir e fornecero informaes interessantes.

    O professor deve analisar os resultados e apresent-los aos alunos e com eles negociar o material de leitura com o qual ser possvel trabalhar, sem descartar material que j tenha ex-

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    perimentado ou ao qual tenha fcil acesso como o enviado pelo governo(desde que compatvel com as necessidades e gostos dos alunos).

    Selecionados os gneros, temas e textos, o professor pode elaborar sequncias didticas fun-damentadas em dois ou mais textos do mesmo gnero sobre temas compatveis ou 2 ou mais textos de gneros diferentes sobre o mesmo tema. Nada impede que o professor, ao encontrar um texto que se abra a muitas atividades, organize sequncia didtica fundamentada em um nico texto: atividades de compreenso, de busca de respostas a perguntas sobre o texto, de dis-cusso crtica sobre o assunto, de resumo em portugus e/ou em ingls, de produo de texto do gnero em portugus e/ou ingls, etc.

    Resolvida a questo do material de leitura, definidas as atividades, os objetivos principais das aulas de leitura devem ser sempre relacionados compreenso do texto, avaliao crtica das informaes obtidas, s reflexes sobre o tema, aplicabilidade do conhecimento adqui-rido na leitura, com vistas a tornar os alunos letrados, no sentido de serem capazes de usar a leitura para atuarem como cidados conscientes no mundo em que vivem.

    Diante do exposto, percebe-se que uma atividade de leitura de um texto em ingls que esteja envolvendo os alunos, individualmente ou em grupos, no pode ser a todo momento interrompida para o ensino de cada item gramatical novo.

    Em que momento e como devemos ensinar gramtica?

    Acreditamos que um professor de Lngua Inglesa deva estar preparado para analisar os g-neros discursivos com os quais trabalhar em sala de aula. Nessa anlise, ele dever ser capaz de definir, como recomenda Bakhtin, seus componentes, seu contedo temtico, seu lxico caracterstico, seu estilo de linguagem e sua gramtica.

    Concernente gramtica, nosso tema em foco, definidas as estruturas lingsticas comu-mente encontradas no gnero a ser trabalhado, o professor poder optar por oferecer alguma instruo inicial simplificada sobre ele antes da realizao da atividade com o gnero. Essa instruo simplificada seria uma explicao do item sem grandes detalhes, que fosse suficiente

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    para o aluno poder compreender as estruturas novas que encontrar (da, a necessidade de o professor fazer uma anlise criteriosa do texto).

    Depois de iniciada a atividade de leitura, o foco deve ser a compreenso. A cada surgimento de um problema de compreenso, o professor dever orientar os alunos a tentarem resolv--lo por meio do uso de alguma estratgia de leitura (o professor pode ajudar oferecendo uma pista). A instruo sobre um item gramatical s dever ser introduzida, durante uma prtica de leitura, em momentos em que os alunos estiverem encontrando uma grande dificuldade de compreenso devido falta de domnio do tal item (e que essa dificuldade estiver bloqueando a continuidade da atividade).

    Embora seja raro encontrarmos uma situao de problema de leitura causado por falta de conhecimento gramatical que chegue a dificultar o desenvolvimento de uma prtica de leitura, o professor deve estar preparado para fornecer instruo breve e eficaz para que a atividade de compreenso possa ser logo retomada.

    Apesar de todas essas consideraes, reconhecemos que a instruo explcita de gramtica pode se tornar necessria como apoio leitura de gneros secundrios em que a linguagem mais elaborada. Tais textos podem ser encontrados em exames de seleo e concursos para os quais alunos egressos do ensino mdio devero estar preparados. O tema A gramtica na leitura em LE tem sua importncia para a leitura ao focalizarmos tpicos gramaticais cujo do-mnio por parte do leitor pode ajud-lo a resolver alguns problemas de compreenso de texto. So itens gramaticais que concorrem para a coeso e a coerncia do texto e que, reconhecidos pelo leitor, facilitam a busca pelo significado relevante.

    Da, a necessidade de o professor chamar a ateno dos alunos para o apoio no conheci-mento dos grupos nominais (formados por um substantivo ncleo e seus modificadores) que, em ingls, assim como em portugus, exercem as funes de sujeitos e complementos das sen-tenas; no conhecimento da estrutura da sentena em ingls igual estrutura de sentena em portugus; nos mecanismos de referncia (papel dos pronomes e da seleo do lxico), e na conexo (papel dos conectivos), estes dois ltimos, elementos de coeso, que concorrem para a coerncia textual.

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    Focalizaremos neste tema dois tpicos, a saber: 1-Grupos Nominais e 2.-Estrutura da Sen-tena. Os itens relacionados s noes de Coeso e Coerncia sero abordados no Tpico 2.

    1. Grupos Nominais e Estrutura da Sentena1.1. Conceituao do nome (noun- substantivo) e de grupo nominal

    1.2. Conscientizao sobre a estrutura do grupo nominal

    1.2.1. Conscientizao sobre modificadores em portugus

    1.2.2. Conscientizao sobre modificadores em ingls

    1.2.3. Conscientizao sobre a posio mais comum do modificador em cada lngua

    1.2.4. Conscientizao sobre a quantidade de modificadores de um substantivo

    1.2.5. Conscientizao sobre a estrutura da sentena nas duas lnguas

    1.3. Ilustrando com exemplos

    1.1. Conceituao do nome (noun- substantivo) e de grupo nominal

    Em todas as lnguas, h palavras que denominam as coisas, os seres, lhes conferindo um nome. So os SUBSTANTIVOS ou sintagmas nominais (em ingls, noun- nome). E h outras palavras que modificam o substantivo, que so comumente chamadas adjetivos. Como alm do adjetivo, h outras classes de palavras que podem modificar um substantivo, tanto em portugus como em ingls, denominam-se genericamente MODIFICADORES DO NOME (do sintagma nominal) palavras que modificam um substantivo.

    Um substantivo e um ou mais modificadores compem um grupo nominal (do qual o substantivo o ncleo). Esses grupos nominais dentro de uma sentena, tanto em ingls como em portugus, funcionam como sujeito ou complemento. Tudo que no verbo, que no faz parte do grupo verbal, grupo nominal, ou seja, um substantivo com seus modificadores. A ordem mais frequente da sentena em ingls e portugus : SVO : Sujeito + Verbo + Objeto ou complemento

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    Vejamos um exemplo em portugus e em ingls:

    [A professora de ingls] [visitou] [o laboratrio de lnguas]

    Sujeito:grupo nominal Verbo Objeto: grupo nominal

    [The English teacher] [visited] [the language laboratory]

    Sujeito:grupo nominal Verbo Objeto: grupo nominal

    Conscientizando:

    importante sermos capazes de detectar o ncleo de cada grupo nominal, pois sero os ncleos do sujeito e do complemento da orao, palavras chaves para a compreenso.

    Observemos que a estrutura da sentena a mesma nas duas lnguas; a ordem dos elementos da orao a mesma. A inverso que existe no exemplo acima apenas relacionada posio do modificador do substantivo dentro do grupo nominal. Em portugus, geralmente o modificador aparece depois do ncleo e em ingls, antes.

    1.2. Conscientizao sobre a estrutura do grupo nominal

    Que classes de palavras podem ser modificadores do substantivo em portugus? E em ingls?

    Qual a posio do modificador em relao ao ncleo em portugus? E em ingls?

    Quantos modificadores um substantivo pode ter?

    Para responder a estas perguntas, observemos grupos nominais em portugus em que os ncleos esto em negrito

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    1.2.1 Conscientizao sobre modificadores em portugus

    Grupo nominal Modificador Posio

    Lngua estrangeira adjetivo depois Carteira escolar adjetivo depois Figura retangular adjetivo depois Metodologia de ensino preposio +substantivo depois Relato de pesquisa preposio +substantivo depois Ensino para deficientes preposio +substantivo depois Excelentes interpretaes adjetivo antesNotveis pesquisadores adjetivo antesNovas tecnologias adjetivo antesBelas propostas adjetivo antes

    Principais teorias adjetivo antes

    Analisando o exposto acima, o modificador mais frequente de um substantivo em portugus um adjetivo e o mais comum aparecer depois, como ps modificador, embora haja casos em que pode aparecer antes tambm. H alguns casos em que o adjetivo no pode aparecer antes. O que importa para a comparao com a lngua inglesa que temos modificadores antes do substantivo tambm.

    Um outro modificador do substantivo em portugus pode ser um substantivo acompanha-do de uma preposio. Nesse caso, sua posio sempre depois do ncleo

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    1.2.2 Conscientizao sobre modificadores em ingls

    A seguir, observemos grupos nominais em ingls:

    Grupo nominal Modificador Posio

    Oral communication adjetivo antesExcelent interpretations adjetivo antesEffective writing adjetivo antesWord recognition substantivo antesVocabulary acquisition substantivo antesTomorrows Education substantivos antesAmericas educators substantivos antesReading fluency forma -ing antesListening skills forma -ing antesInteresting Collection forma -ing antesStructured interview particpio passado antesResults of Education prep. + substantivo depoisImplications for research prep. + substantivo depois

    Classes gramaticais dos modificadores em ingls

    As classes gramaticais dos modificadores de um substantivo em ingls podem ser adjetivos, substantivos e formas verbo nominais, como a forma -ING com valor de substantivo ou de adjetivo e o particpio passado com valor de adjetivo (-ED para verbos regulares). O mais co-mum no grupo nominal em ingls o modificador se posicionar antes do substantivo ncleo.

    Modificador substantivo: no caso especfico de modificador substantivo, ele pode apa-recer depois do ncleo, acompanhado de preposio como em portugus, mas tambm pode aparecer antes do substantivo ncleo sem preposio, apenas ao lado do ncleo,

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    na forma NOUN+NOUN, que no existe em portugus. No temos, por exemplo a forma book store (em que o substantivo store pr modificado pelo substantivo book). Dizemos professor de matemtica que, em ingls, tanto pode ser Mathematics teacher ou the teacher of Mathematics.

    No entanto, devemos chamar a ateno para o fato de alunos brasileiros estarem fami-liarizados com a forma NOUN+NOUN, devido ao nmero de expresses da lngua inglesa de vrias reas que, apresentando tal estrutura, esto presentes no nosso vocabu-lrio cotidiano em revistas, jornais, radio, televiso, rtulos, pacotes, etc... . So emprs-timos como os listados abaixo, coletados por Dantas (1993).

    Cosmetics: body shampoo; body lotion; hair spray

    Music: country music; dance music; hit parade, songbook

    Food/Drink: coffee break; diet coke; milk shake; self service; snack bar

    TV/Video: video game; camera man; talk show; home theater

    Fashion/Clothing: cotton lycra; top model; silk screen; surfwear; fashion week

    Sports: mountain bike; dream team; match point; walk machine; jet ski; handball; foo-tball, volleyball; basketball; windsurf

    Amusement: shopping center; show business; show man; night club; country club; tennis club; piano bar; jockey club; city tour;

    Miscellaneous: office boy; skin heads; king size; head phone; showroom; water proof

    Tambm h grande presena de produes lingsticas hbridas em que um dos elementos da estrutura SUBSTANTIVO + SUBSTANTIVO apresenta-se em portugus.

    Sugestes para a sala de aula: Os alunos podero preparar posters com expresses desse tipo coletadas em outdoors, bares,

    restaurantes, lojas. Depois, analis-las em sala de aula.

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    Modificadores verbo nominais

    a forma verbo nominal ING que corresponde ao infinitivo ou ao particpio presente do portugus pode ter valor de substantivo, como o caso das palavras em negrito no exemplo The EFL students should have opportunities to be engaged in activities which require the use of the four language skills: listening, speaking, reading and writing que correspondem aos nossos substantivos verbais ouvir/compreenso oral, falar/fala, ler/leitura e escrever/escrita. Esse carter nominal do infinitivo em portugus fica claro em exemplos como: Escrever uma arte, no sentido de A escrita uma arte. Em outros casos, a forma ING tem valor de modificador do substantivo, como o caso do adjetivo rewarding, derivado do verbo reward (gratificar), na expresso rewarding experience, que corresponde ao particpio presente do verbo gratificar: gratificante, que gratifica. Outros exem-plos: falante, fervente, gritante, etc..

    a forma verbo nominal particpio passado dos verbos em ingls (ED para os verbos regulares), pode ter valor de modificador do substantivo, como em frozen food, fried potato, broken door. No estranha para ns, pois temos o mesmo fenmeno em portugus. Temos inmeras formas de particpio passado usadas como adjetivos: batata frita, comida congelada, aluno interessado, trabalho for-ado, toureiro destemido, exibido, etc...

    1.2.3. Conscientizao sobre a posio do modificador em cada lngua

    De modo geral, em ingls o modificador aparece antes do ncleo e em portugus de-pois. Essa tendncia fica explcita em siglas conhecidas em ingls e portugus:

    UNO: United Nations Organization X ONU: Organizao das Naes Unidas

    ..................................................................

    NATO: North Atlantic Treat Organization X OTAN: Organizao do Tratado do Atlntico Norte

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    USA: United States of America XEUA: Estados Unidos da America

    ..................................................................

    UFO: Unidentified flying object XOVNI: Objeto voador no identificado

    ..................................................................

    UNESCO: United Nations Education, Science and Culture Organization ( ): Organizao para a Cultura, Cincia e Educao das Naes Unidas

    NOTA: necessrio que se perceba o grupo nominal como uma unidade, palavras em torno de um ncleo. por isso, por ser uma unidade, que h muitas siglas para resumir grupos nominais longos. mais fcil nos

    referirmos simplesmente UNESCO do que United Nations Education, Science and Culture Organization

    1.2.4. Conscientizao sobre o nmero de modificadores

    Quanto ao nmero de modificadores possveis, tanto em portugus como em ingls, ele potencialmente infinito e as combinaes podem ser as mais variadas possveis. Numerais, artigos, pronomes (possessivos, demonstrativos, indefinidos, definidos) tambm so consi-derados modificadores e sempre precedem o ncleo. Observemos o seguinte grupo nominal longo em portugus em que o ncleo est em negrito e h vrios modificadores (inclusive outros grupos nominais menores como modificadores):

    Novos referenciais tericos da rea de Lingstica Aplicada ao Ensino de Lnguas

    adj. adj. pr.+ subst. pr.+ subst. adj. pr.+ subst. pr.+ subst.

    Anlise da estrutura do grupo: temos um substantivo ncleo referenciais, com 1 pr modifi-

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    cador adjetivo, 1 ps modificador adjetivo e 4 ps modificadores substantivos preposicionados, encadeados, sendo que 1 deles tambm ps modificado por um adjetivo. H outros grupos nominais menores compondo o grande grupo que modifica o substantivo ncleo. So eles: rea de Lingstica Aplicada ao Ensino de Lnguas / rea de Lingstica Aplicada / Lings-tica Aplicada ao Ensino de Lnguas / Lingustica Aplicada / Ensino de Lnguas.

    A seguir, outros grupos nominais longos em portugus e em ingls, alguns extrados de ttulos de artigos (ncleos em negrito)

    Portugus

    Algumas caractersticas etnogrficas de um evento de leitura da metfora em lngua estrangeira.

    A interao de processos metafricos e metonmicos na compreenso de um poema em lngua estrangeira

    Ingls

    The Security problem of Nigerian technological university libraries.

    Autonomy in second language acquisition research.

    Internet Assisted Language Learning and Teaching.

    Tendo em mente a importncia de compreenso dos ttulos de textos para ativar conheci-mento prvio sobre a rea, o tema, o foco e a constatao de que a grande maioria dos ttulos de textos se apresentam na forma de grupos nominais longos (um ncleo e vrios modificadores; um grupo nominal modificando outro), h que se prestar ateno a ttulos longos, como os selecionados abaixo, que poderiam causar problemas para o leitor, por ser difcil definir qual o ncleo, j que h mais de um substantivo em todos eles. Uma boa estratgia de traduo dos ttulos inverter a ordem das palavras, comeando pela ltima, uma vez que geralmente o ncleo a ltima palavra. Porm se houver preposio no meio do grupo, como o caso do terceiro ttulo dos exemplos abaixo, o ncleo ser a palavra antes da preposio.

    Writing Classes Electronic Feedback Feedback eletrnico em aulas de escrita.

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    Strategy Based Reading Comprehension Instruction Instruo sobre compreenso leitora baseada em estratgia

    Current Studies on Foreign Language ReadingEstudos atuais sobre Leitura em Lngua estrangeira.

    Nota: Observem que no grupo nominal Foreign Language Reading que funciona como ps modificador de Studies, o ncleo a ltima palavra reading, mas o ncleo do grande grupo Studies, pr modificado por Current e ps modificado pelo outro grupo nominal Foreign Language Reading introduzido por uma preposio.

    1.2.5. Conscientizao sobre a estrutura da sentena nas duas lnguas

    Abaixo, apresentamos uma sentena completa em portugus e em ingls para refletirmos sobre a ordem dos elementos da sentena e a ordem das palavras dentro dos grupos nominais que formam seu sujeito e complementos.).

    Portugus

    EX: Os pesquisadores americanos encontraram referncias bibliogrficas no Cen-tro de Suprimento de Documentos da Biblioteca Britnica

    [Os pesquisadores americanos] encontraram [referncias bibliogrficas] no

    Sujeito: grupo nominal Verbo Objeto direto: grupo nominal

    [Centro de Suprimento de Documentos da Biblioteca Britnica]Complemento (Adjunto adverbial de lugar): grupo nominal

    Ingls

    EX: The American researchers found bibliographical references in the British Li-brary Document Supply Center

    [The American researchers] found [bibliographical references] in

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    Sujeito:grupo nominal Verbo Objeto: grupo nominal

    [the British Library Document Supply Center] Complemento (Adjunto adverbial)

    Conscientizando:

    A ordem dos elementos da orao em ingls e portugus a mesma: S+V+O+C (Sujeito +Verbo+Objeto+Complementos).

    Observem que, nas duas lnguas, tudo que no verbo, ou no faz parte do grupo verbal da orao, ou seja o sujeito, os objetos direto e indireto, os complementos, tem que ser grupo nominal formado por um substantivo ncleo e seus modificadores (destacados em negrito).

    muito importante percebermos os ncleos dos grupos porque num resumo para pontos principais, na maioria das vezes, quando detalhes so inferveis pelo contexto (como por exem-plo, uma foto da Biblioteca Britnica com legenda, etc...), resumir as sentenas usando apenas os ncleos suficiente.

    No caso do exemplo acima, o resumo da sentena seria: The researchers found the referen-ces in the Center . A ordem dos elementos da sentena a mesma nas duas lnguas.

    1.3. Ilustrando com exemplos

    Gnero textual 1: discurso acadmico

    O texto Reading Together: Student Teacher Meet in Literature Circles, disponvel na nte-gra na base de dados ERIC (Education Resources Information Center) traz uma interessante e atual abordagem de leitura a ser aplicada em sala de aula.

    Se voc precisasse ler esse texto de 8 pginas para fundamentar um trabalho seu e o que mais lhe interessasse nele fosse compreender os componentes dos Crculos de Literatura em Sala de Aula, voc poderia, num primeiro momento, ler o texto rapidamente para ter uma compreenso geral, fazendo uso de todo tipo de estratgia possvel (conhecimento do assunto, conhecimento de teorias compatveis com as do autor do texto, conhecimento de vocabulrio, da estrutura dos grupos nominais, de dicas tipogrficas como pontuao, enumerao, , des-

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    taques, itlico, etc...) e, num segundo momento, sendo seletivo, voc deveria apenas deter-se mais demoradamente na seo The Basic Ingredients of Literary Circles e tentar entend-la em detalhe, para encontrar a informao necessria. Nessa leitura detalhada, o item gramatical ser mais explorado seria a estrutura do grupo nominal.Veja a seo que interessa, na citao a seguir:

    The Basic Ingredients of Literature Circles

    Pioneers in literacy theories have used several terms to capture the small group, student-centered literary discussion idea (e.g., literature study groups, Gilles, 1989; literary peer-group discussions, Leal, 1993; book club, Brock, 1997; McMahon, 1997; book club program, McMahon & Raphael, 1997), Daniels (1994) definition of literature circles is perhaps the most frequently quoted. To him, literature circles refer to small, temporary discussion groups who have chosen to read the same book. When reading, the members calculate and decide the reading assignment, bring notes on their reading, and discuss the text according to assigned roles. The circles meet on a regular basis. Each time, the group members participate in the circles by rotating their discussion roles. When finishing a book, the groups share their reading in various ways with the other classmates. They then select a new text, trade, and reassemble with other finishing groups, and move to a new cycle of reading and discussion.

    It is a method that incorporates collaborative learning and independent reading, both of which are the most important concepts in education today. In his book, Daniels clearly specifies that literature circles actually consist of 12 key ingredients: 1) students choose their own reading materials; 2) small, temporary groups are formed, based on the chosen books; 3) groups read different books and; 4) groups meet on a regular, predictable schedule to discuss reading; 5) written/drawn notes are used to guide students reading and discussion; 6) students self-generate discussion topics; 7) group meetings are open, natural, and unthreatened conversations about books, so personal comments are welcome; 8) Discussion roles are rotated; 9) the teacher is a facilitator, not a group member or an instructor; 10) evaluation is conducted by teacher observation and student self-evaluation; 11) a spirit of playfulness and fun is maintained in the classroom; 12) upon finishing books, readers share with others,

    and new groups form around new reading choices (HSU, 2004, p. 2).

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    Finalizando: Outros itens gramaticais como os itens de referncia e de conexo sero abor-dados na prxima semana. O importante a ser lembrado que a gramtica tem o seu momento na aula de leitura, mas sempre combinada com as demais estratgias e sem a preocupao de ensinar regras, mas apenas de oferecer instruo suficiente (no mais do que suficiente) para tornar possvel a compreenso do texto, que afinal o objetivo da aula. Jamais, ao perceber um problema de compreenso causado por um item gramatical, interromper a atividade de leitura e ocupar o restante da aula enchendo a lousa de regras. Voc pode at voltar ao item em outro momento para oferecer mais explicaes, mas no momento da atividade, oferea apenas a in-formao que ajude os alunos a prosseguirem com a leitura.

    Se desejar encontrar sugestes sobre como abordar certos itens

    gramaticais em sala de aula com foco em outras habilidades

    (falar, escrever), voc poder ler:PAIVA,V. L. M. O;FIGUEIREDO, F. J. Q. O ensino significativo de gramtica em aulas de lngua inglesa. In: ______. (Org). Prtica de ensino e aprendizagem de Ingls com foco na autonomia. Belo horizonte: UFMG, 2005. p.173-1888. Disponvel em: . Acesso em: 15 fev. 2011.

    2. Coeso e Coerncia Referncia e Conexo 2.1 Noes de Coeso e Coerncia: dois fenmenos complementares.

    A coeso e a coerncia so conceitos semnticos, ou seja, so fenmenos relacionados manuteno da temtica em um texto, `a continuidade de significados relacionados ao tema, ao assunto principal.

    A coeso, especificamente, diz respeito s relaes de significado entre itens da lngua (itens gramaticais como pronomes, advrbios e conectivos ou itens lexicais, palavras do vocabulrio) que constituem a superfcie textual.

    A coerncia, especificamente, no algo detectvel no material lingstico do texto, subja-cente, no linear. A coerncia diz respeito possibilidade de se atribuir significado ao texto, possibilidade de o texto fazer sentido para um determinado leitor, o que depende do conhe-

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    cimento prvio que o leitor tem (de mundo, da rea e do assunto especfico do texto, do gnero textual: da familiaridade com o tipo de estrutura apresentada pelo texto).

    Koch e Travaglia (1990) apresentam uma interessante relao entre coeso e coerncia:

    Ao contrrio da coerncia, que subjacente, a coeso explicitamente revelada atravs de marcas lingsticas, ndices formais na estrutura da seqncia lingstica e superficial do texto, o que lhe d um carter linear, uma vez que se manifesta n a

    organizao seqencial do texto (KOCH; TRAVAGLIA, 1990, p. 40)

    2.2 Distino entre coeso gramatical e coeso lexical.

    A coeso pode ser realizada pela gramtica, pelo uso de itens gramaticais (pronomes, advr-bios e conectivos e pelo lxico, pelos itens de vocabulrio selecionados pelo autor. Num texto bem escrito, fica difcil estabelecer se a coeso gramatical ou lexical, pois os dois aspectos se fundem. Mas, vamos tentar distinguir uma da outra para fins pedaggicos.

    2.2.1 Coeso Gramatical

    Diz respeito ao papel dos pronomes, advrbios e conjunes de estabelecer relaes de sen-tido com outros itens ou partes do texto, por ex:

    relao de sentido entre um pronome e uma palavra que o antecede ou o segue (ela / it para referir-se a uma instituio) ;

    entre um advrbio e um substantivo que denomina um local (l / there para referir-se a um local);

    entre uma conjuno e uma orao que a antecede ou a segue (mas / but para indicar que a orao que segue trar uma idia contrria da anterior);

    2.2.2 Coeso Lexical

    Diz respeito ao papel do lxico (vocabulrio usado pelo autor) de estabelecer relaes de sentido entre palavras presentes no texto, por meio de repetio de um mesmo termo; por

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    meio da substituio de um termo especfico por um termo genrico (instituio substituindo biblioteca), ou de uma palavra por palavras sinnimas ou quase sinnimas no contexto em questo.

    Exs:

    Num texto sobre Carnaval vrias palavras podero sinalizar o universo de uma escola de samba: bateria, alegoria, passistas, alas, comisso de frente, mestre salas e porta bandeiras, samba-enredo, etc, concorrendo para formar um todo coeso.

    Um texto sobre uma Universidade, poder apresentar outras palavras para se referir a ela, evitando assim repetio. Palavras como o pronome ela, a institui-o, a casa (em expresses como docentes com mais de 10 anos de casa). Vejam que, num caso como o da palavra casa para substituir universidade, o simples conhecimento do significado das palavras isoladas no garante a compreenso. Para compreendermos o significado da palavra casa nesse contexto, temos que analisar a sua relao de sentido com a palavra universidade e recorrer ao conhe-cimento da expresso j convencional docentes da casa.

    Todo texto bem elaborado, do ponto de vista do uso de elementos de coeso gramatical e lexical, torna-se mais facilmente coerente. A coeso gramatical concorre muito para a coern-cia, mas no suficiente para a garantir, pois ela um fenmeno que depende muito mais de fatores extra lingsticos. Para haver coerncia preciso que haja possibilidade de estabelecer no texto alguma forma de unidade ou relao entre seus elementos (KOCH; TRAVAGLIA, 1990).

    A falta de conhecimento prvio do leitor pode tornar no coerente um texto bem elaborado, totalmente coeso do ponto de vista gramatical e lexical. (ex: um texto da rea de Fsica para especialistas em Literatura ou um texto de Semitica para mecnicos).

    Por outro lado, a coeso lexical (o uso de itens do vocabulrio de significados relacionados) somada ao conhecimento prvio do leitor pode tornar coerente um texto que no apresenta muitos itens gramaticais de coeso. A coeso gramatical, ento, no suficiente para garantir coerncia.

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    Vejamos exemplo de texto com muitos elementos coesivos, mas no coerente e de texto pobre de elementos coesivos, mas coerente.

    Exemplo de texto gramaticalmente coeso, mas no coerente

    A Biblioteca Central do Servio Cultural da cidade de Manchester tem o prazer de apresentar um servio que ainda no est disponvel em sua unidade. Apesar de no ter computadores ligados Internet, os clientes podero acessar bases de dados disponveis nessa rede internacional de comuni-cao.

    Conscientizando: O nosso conhecimento de mundo nos diz que o texto no faz sentido, pois sem computadores ligados Internet, impossvel acessar as bases de dados nela dispo-nibilizadas.

    Exemplo de texto pobre de elementos de coeso gramatical, mas coerente

    Manh quente, nibus lotado, trnsito congestionado, obras, policiamento, estudantes apressados. O porto de entrada, os carros de pais enfileirados, o encontro com os colegas, cumprimentos, a sala dos professores. A sineta, o burburinho nos corredores, a sala de aula, a mesa, a caderneta, a chama-da. Correo de exerccios, entrega de cpias do texto aos alunos, atividade de leitura colaborativa, controvrsias, argumentaes, queixas, negociaes, planejamento de futuras atividades, formao de novos grupos, distribuio de tarefas, estabelecimento de cronograma. Intervalo, caf, conversas. Aula suspensa aps o intervalo. Reunio administrativo pedaggica...

    Conscientizando: embora pobre em elementos gramaticais, o texto perfeitamente co-erente, compreensvel para um professor de lngua ou literatura, ou seja, a coerncia textual depende muito do conhecimento prvio do leitor, de suas vivncias.

    2.3 Tipos de relaes coesivas com exemplos em ingls

    Seja pelo uso de itens gramaticais de ligao, seja pela seleo do vocabulrio, h trs tipos de relaes coesivas, a saber: a referncia, a substituio e a conexo. H alguns autores que preferem considerar s dois tipos, a referncia (incluindo a substituio) e a conexo. Consi-deremos 3 tipos de relaes de ligao, de coeso: a Referncia (propriamente dita), a Substi-

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    tuio (um tipo de referncia) e a Conexo.

    2.3.1 Referncia

    A referncia diz respeito relao de um item presente no texto com outro item tambm presente que necessrio para sua interpretao. geralmente realizada por pronomes rela-cionados a substantivos simples ou acompanhados de modificadores. Veja o exemplo:

    Ex: The first national library in Brazil has its origins in the volumes which Joo VI brought to Rio de Janeiro, where it was installed.

    Referncia por Substituio

    Usa-se o recurso de substituir um item por outro para evitar repetio.

    substituio de um substantivo por um pronome

    Ex: They visited three public libraries and two special ones.

    The doctors had a meeting last night and they came up with a decision.

    substituio de um substantivo especfico pelo geral (superordenado)

    Ex: A public library serves readers of all ages- children, adolescents and adults; the clients can visit it from Monday to Saturday.

    substituio de substantivo por outro sinnimo ou quase sinnimo

    Ex: There are many federal universities in Brazil. The institutions are among the best in the world

    substituio de verbo principal pelo auxiliar

    Ex: She read the book and I did too.

    substituio de orao por um advrbio

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    Ex: Is the library closed now? I hope not.

    Repetio Intencional

    Em alguns casos, o autor opta pela repetio de um mesmo item lexical ou de uma mesma frase com a inteno de causar um efeito esttico ou de enfatizar um ponto que considera im-portante reiterando seus argumentos.

    2.3.2 Conexo : conjunes

    A conexo responsvel pelo encadeamento das idias dentro de um texto. Ela realizada por conectivos, dentre os quais distinguem-se as conjunes e os marcadores do discurso.

    As conjunes estabelecem relaes de significado entre duas oraes entre si, ou, dentro de uma mesma orao, entre dois termos independentes, ligando-os gramatical e semantica-mente, promovendo coeso local.

    Por exemplo:

    ligando duas oraes:[ She studied hard] but [she never got accepted for college]

    ligando dois termos: I will buy [a novel ] or [ a book of poems]

    Os marcadores do discurso por serem diretamente relacionados organizao textual, seqncia cronolgica dos fatos e ao fenmeno da coerncia textual global sero inseridos no Tema 4 intitulado: Organizao Textual.

    Finalizando

    Ao terminarmos de abordar a questo da Coeso realizada pela referncia lexical e/ou gramatical, chamamos sua ateno novamente, para a conscincia que se deve ter do momento em que estratgias de anlise gramatical se tornam necessrias numa leitura em lngua estran-geira. Devemos sempre nos lembrar que, dependendo do nosso objetivo com a leitura de um texto, a compreenso de pontos principais mais do que suficiente e no haver necessidade de anlise gramatical. Devemos tentar sempre compreender um texto recorrendo a estratgias mais descendentes, como o apoio no que compreensvel primeira vista, na estrutura sina-lizada pelo lay-out, nos destaques, ttulos e subttulos, inferncias pelo conhecimento prvio,

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    etc...mas, sempre conscientes de que, em um ou outro trecho de um texto que contenha infor-mao muito importante para atingirmos o nosso objetivo de leitura, poderemos ser obrigados a ler mais detalhadamente e a fazer uso do nosso conhecimento de gramtica: de grupos no-minais, de estrutura da sentena, de referncia...

    Bibliografia COLLINS COBUILD ENGLISH GRAMMAR. Collins Birmingham University In-ternational Language Database. London: Collins, 1990.

    DANTAS, R. A. The overuse of English noun+noun constructions in portuguese and its relevance to ESP reading courses. The ESPecialist, So Paulo, v. 14, n. 2, 1993.

    GRELLET, F. Developing reading skills: a practical guide to reading comprehension exercises. Cambridge: Cambridge University, 1981.

    GRELLET, F. The teaching of language items in ESP. [S.n.]: [s.l.], 1982.

    HOLMES, J. The teaching of language items in ESP. In: WORKING PAPERS, 8., 1983, So Paulo. Anais... So Paulo: PUC, 1983.

    HORSELLA; SINDERMANN. Processing nominal compounds in scientific texts in english. The ESPecialist, So Paulo, v. 9, n. 1, 1988.

    HSU, J. T. Reading Together: Student Teacher Meet in Literature Circles. In: NATIO-NAL CONFERENCE ON ENGLISH TEACHING AND LEARNING, 2004, Taiwan. Papers... Taiwan, 2004. Disponvel em: . Acesso em: 1 fev. 2011.

    KOCH, I. V. A coeso textual. So Paulo: Contexto, 1989.

    KOCH, I. V.; TRAVAGLIA, L. C. A coerncia textual. So Paulo: Contexto, 1990.

    NORTE, Mariangela Braga. Experincia Docente: Leitura Instrumental em Lngua In-glesa e Termos Tcnicos da Cincia da Informao. Tese de Livre Docncia- Faculdade de Filosofia e Cincias da UNESP-Marlia. 2009 NUTTAL, C. Teaching reading skills in a foreign language. Oxford: Heinemman. 1996.

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    PONTIFCIA UNIVERSIDADE CATLICA DE SO PAULO. Grammar and Re-ading comprehension. Resource Package for Teachers of English for Academic Purposes. Section Four. p. 18-30. (Projeto de Ingls Instrumental)

    PONTIFCIA UNIVERSIDADE CATLICA DE SO PAULO. Reading Strategies and the teaching of Grammar ESP. Resource Package for Teachers of English for Acade-mic Purposes. Section Three. p (Projeto de Ingls Instrumental)

    SCOTT, M. Conscientizao. In: WORKING PAPERS, 18., 1986, So Paulo. Anais... So Paulo: PUC, 1986.

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    sumrio tema ficha

    Ficha da Disciplina:

    Dra. Maria Isabel Asperti Nardi

    Doutora em Lingstica Aplicada e Estudos da Linguagem (1999) pela Pontifcia Univer-sidade Catlica de So Paulo. Mestre em Lingstica Aplicada ao Ensino de Lnguas (1993) pela Pontifcia Universidade Catlica de So Paulo. Especializada em Estrutura e funciona-mento da Lngua Inglesa (1975) pela Faculdade de Filosofia, Cincias e Letras de Marlia, S.P (Instituto isolado da USP). Graduada em Letras Vernculas e Ingls pela F.F.C.L. de Marlia, S.P. em (1974). Experincia de 20 anos no ensino de lngua inglesa no ensino funda-mental e mdio da Rede Pblica Estadual de S. Paulo. De 1993 a 2003, atuou como docente no Departamento de Cincia da Informao da UNESP- Marlia, responsvel pela Discipli-na Ingls Instrumental na graduao. Tambm ministrou aulas das disciplinas Metodologia da Pesquisa Cientfica, Leitura Crtica e Processo de Leitura para Anlise Documentria na graduao e Ps. Participa do Grupo de Pesquisa Anlise Documentria na UNESP e do GEIM-Grupo de Estudos da Indeterminao e da Metfora- na PUC-S.P.Tem significativa experincia em pesquisa na rea de Lingstica Aplicada, focalizando a compreenso da me-tfora em lngua materna e em lngua estrangeira, em diferentes tipos de textos, quer seja um texto acadmico, um texto informativo de revista de variedades, um poema de Drummond ou um conto de Joyce. Tem experincia de orientao em pesquisas que focalizam a observao do processo de leitura para diferentes fins. Suas pesquisas adotam metodologia introspectiva, com foco para a tcnica de coleta de dados denominada Protocolo Verbal individual e em grupo. defensora da abordagem de Leitura como evento social em sala de aula, uma modalidade de leitura colaborativa, que se insere no arcabouo terico do scio interacionismo da linha de Vygotsky e Bakhtin, que tem um grande potencial pedaggico.

    Nota: O planejamento e organizao da estrutura desta disciplina, no que concerne de-cises sobre os itens que deveriam ser nela abordados, foram desenvolvidos em conjunto com a Profa. Dra. Mariangela Braga Norte. Colaboradora da Disciplina e Coordenadora da rea de Lngua Inglesa.

    http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727965Y9

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    sumrio tema ficha

    Ementa:Conscientizao a respeito dos aspectos psicolingusticos e sociocognitivos envolvidos no

    processo de leitura em lngua materna e estrangeira: conhecimento de lngua, de mundo e de gneros textuais; metacognio; sociointerao. Vivncia do uso de estratgias eficazes na com-preenso de diferentes gneros textuais em ingls. Instruo sobre itens da lngua inglesa rele-vantes para a leitura. Familiarizao com a organizao textual do gnero acadmico cientfico.

    Estrutura da DisciplinaDISCIPLINA TEMAS TPICOS

    Leitura em lngua inglesa

    1. CONSCIENTI ZAO

    1.1 Pressupostos Tericos da Leitura

    1.2 Aspectos Psicolingsticos do Processo de Leitura: a teoria na prtica

    Bibliografia

    2. ESTRATGIASESPECFICAS

    DE VOCABULRIO

    2.1 O papel do vocabulrio na leitura em lngua estrangeira

    2.2 Estratgias de vocabulrio

    2.3 Consideraes sobre o papel do dicionrio e da leitura complementar

    2.4. A inferncia de vocabulrio e o uso do dicionrio na prtica

    Bibliografia

    3. ESTRUTURAS GRAMATICAIS

    3.1 Grupos Nominais e Estrutura da Sentena

    3.2 Coeso e Coerncia Referncia

    Bibliografia

    4. ORGANIZAO

    TEXTUAL

    4.1 Coeso e coerncia-conexo

    4.2 Estrutura Textual

    4.3 Detalhamento da Estrutura TextualProblema - Soluo de Hoey (1979)

    Bibliografia

  • Pr-Reitora de Ps-graduaoMarilza Vieira Cunha Rudge

    Equipe CoordenadoraAna Maria Martins da Costa Santos

    Coordenadora Pedaggica

    Cludio Jos de Frana e SilvaRogrio Luiz Buccelli

    Coordenadores dos CursosArte: Rejane Galvo Coutinho (IA/Unesp)

    Filosofia: Lcio Loureno Prado (FFC/Marlia)Geografia: Raul Borges Guimares (FCT/Presidente Prudente)

    Antnio Cezar Leal (FCT/Presidente Prudente) - sub-coordenador Ingls: Mariangela Braga Norte (FFC/Marlia)

    Qumica: Olga Maria Mascarenhas de Faria Oliveira (IQ Araraquara)

    Equipe Tcnica - Sistema de Controle AcadmicoAri Araldo Xavier de Camargo

    Valentim Aparecido ParisRosemar Rosa de Carvalho Brena

    Secretaria/AdministraoMrcio Antnio Teixeira de Carvalho

    NEaD Ncleo de Educao a Distncia(equipe Redefor)

    Klaus Schlnzen Junior Coordenador Geral

    Tecnologia e InfraestruturaPierre Archag Iskenderian

    Coordenador de Grupo

    Andr Lus Rodrigues FerreiraGuilherme de Andrade Lemeszenski

    Marcos Roberto GreinerPedro Cssio Bissetti

    Rodolfo Mac Kay Martinez Parente

    Produo, veiculao e Gesto de materialElisandra Andr Maranhe

    Joo Castro Barbosa de SouzaLia Tiemi Hiratomi

    Liliam Lungarezi de OliveiraMarcos Leonel de Souza

    Pamela GouveiaRafael Canoletti

    Valter Rodrigues da Silva

    Marcador 1A Gramtica na Leitura em LE1. Grupos Nominais e Estrutura da Sentena1.1. Conceituao do nome (noun- substantivo) e de grupo nominal1.2. Conscientizao sobre a estrutura do grupo nominal1.2.1 Conscientizao sobre modificadores em portugus 1.2.2 Conscientizao sobre modificadores em ingls

    1.3. Ilustrando com exemplos1.2.5. Conscientizao sobre a estrutura da sentena nas duas lnguas1.2.4. Conscientizao sobre o nmero de modificadores 1.2.3. Conscientizao sobre a posio do modificador em cada lngua2. Coeso e Coerncia Referncia e Conexo 2.1Noes de Coeso e Coerncia: dois fenmenos complementares. 2.2 Distino entre coeso gramatical e coeso lexical.2.2.1 Coeso Gramatical 2.2.2 Coeso Lexical2.3 Tipos de relaes coesivas com exemplos em ingls 2.3.1 Referncia 2.3.2 Conexo : conjunes

    Bibliografia

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