rede de frios - daniele
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2 DESENVOLVIMENTO
A imunização representa um dos maiores avanços conquistados pela
medicina. Os potenciais preventivos induzidos pelas vacinas são capazes de evitar
milhares de novos casos de patologias infecciosas com alta morbimortalidade,
oferecendo à população maior qualidade de vida, notadamente na faixa etária infantil
que fica entre 0 a 5 anos de idade.
O Ministério da Saúde dita as regras primordiais no manejo de
imunobiológicos, através do Programa Nacional de Imunização (PNI), que segundo
Oliveira, et al.,(2010), tem por função essencial a manutenção do controle sobre as
patologias passíveis de prevenção, bem como de fornecer orientações quanto a
conservação, manipulação e transporte de vacinas.
Vacinas são componentes que possuem considerável labilidade térmica, isto
é, alteram suas características básicas fora dos limites preestabelecidos de
temperatura, inativando assim os imunobiológicos. Devido a extrema importância e
aos cuidados inerentes à proteção das vacinas, foi criado um manual contendo as
principais orientações relacionadas aos imunopreveníveis – o manual de rede de
frios.
O Programa Nacional de Imunização considera rede de frios como um grande
conglomerado unificador, capaz de relacionar todas as esferas do país, ou seja,
nacional, estadal, regional, municipal e local. As condições adequadas na rede de
frios constam de medidas que visam o adequado armazenamento, manpulação e
transporte das vacinas, de modo a possibilitar a higidez do sistema imunobiológico.
Conforme Aranda e Moraes (2010), as vacinas devem ser conservadas na
Unidade Básica de Saúde (UBS), entre +2 e +8 graus, em sistemas de refrigeração
exclusivos, porém observa-se muitas vezes a falta de cuidados quanto a prazos de
validade, inadequação no manejo dos imunobiológicos e negligência quanto ao
controle cuidadoso da temperatura.
Através de revisão nos principais textos de secretarias estaduais de saúde,
elaborou-se um plano de síntese capaz de contemplar os eventos mais significativos
quanto à conservação de vacinas, apresentando abaixo um plano adaptado onde
constam as idéias que são consideradas como padrão-ouro, entre as diversas
versões dos manuais de redes de frios.
Segue abaixo, a ilustração que sintetiza as condições ideais, partindo do
laboratório produtor até a aplicação local das vacinas.
Fonte: (SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2015) Adaptado.
Nos casos de quedas de energia, a literatura recomenda a utilização de gelo
reciclável, e das garrafas de água com sais de modo a permitir a manutenção da
temperatura por volta de 4 graus, o que se consegue com esta medida, geralmente
por volta de um período de 6h sem força elétrica.
Nos casos de falha de energia por tempos maiores, proceder ao devido
registro e notificação padronizada à direção regional de saúde, anotando a
temperatura observada e dados quanto à permanência sem força elétrica.
Rede de Frio
Regrigerador em posição nivelada, distante de fontes de calor e dos raios solares;Garantir ventilação adequada mantendo distância de 30 cm da parede;Evitar sobrecarga de tensão elétrica, utilizando tomada exclusiva.
Nível
Local
Refrieradores utilizados unicamente para vacinas, não se permitindo acondicionamento de nenhum outro materialManutenção da porta do refriferador fechada;Acondicionamento de vacinas na parte central do refrigerador.Introduzir gelo reciclável no congelador para eventuais perdas de força elétrica e manutenção da temperatura basal.
Aplicação de Vacinas
Frascos e ampolas colocadas nas prateleiras por meio de bandejas perfuradas, de modo a permitir ventilação adequada.Acondicionar vacinas de modo a manter cerca de dois dedos de distância entre os frascos e sem proximidade com a parede de refrigeração.Introduzir garrafas com água, sal e pigmentos de modo a garantir melhor estabilidade da tempearturaManter termômetros de máxima e mínima à vista, verificando a temperatura duas vezes ao dia, mantendo-a entre 2 e 8 graus.