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RECURSOS NO PROCESSO DO TRABALHO De acordo com as Leis ns. 13.105/2015 (CPC/2015) e 13.467/2017 (Reforma Trabalhista), bem como com a Instrução Normativa n. 41-2018 do TST

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RECURSOS NO PROCESSODO TRABALHO

De acordo com as Leis ns. 13.105/2015 (CPC/2015) e 13.467/2017 (Reforma Trabalhista), bem como com a

Instrução Normativa n. 41-2018 do TST

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JOÃO HUMBERTO CESÁRIO

Juiz do Trabalho no TRT da 23ª Região. Doutorando em Função Social do Direito pela Faculdade Autônoma de Direito de São Paulo. Mestre em Direito Agroambiental pela Universidade Federal de Mato Grosso. Autor de livros

jurídicos. Coordenador Acadêmico da Pós-graduação em Direito e Processo do Trabalho da Escola Superior da Magistratura Trabalhista de Mato Grosso nos biênios 2011 a 2013 e 2013 a 2015. Membro do Comitê Executivo

do Fórum de Assuntos Fundiários do Conselho Nacional de Justiça de 2013 a 2014. Professor das disciplinas Teoria Geral do Processo, Direito Processual Civil, Direito Processual do Trabalho e Direito Ambiental do Trabalho.

Tem atuado ultimamente como palestrante e/ou professor na Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (ENAMAT) e nas Escolas Judiciais dos TRTs da 3ª, 5ª, 6ª, 7ª, 9ª, 14ª, 15ª, 18ª e 23ª

Regiões. Endereços eletrônicos: [email protected] (e-mail), www.facebook.com/prof.joaohumbertocesario (Facebook), www.facebook.com/prof.joaohumbertocesarioII (Facebook) e @joaohumbertocesario (Instagram).

RECURSOS NO PROCESSODO TRABALHO

De acordo com as Leis ns. 13.105/2015 (CPC/2015) e 13.467/2017 (Reforma Trabalhista), bem como com a

Instrução Normativa n. 41-2018 do TST

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R

EDITORA LTDA.

Rua Jaguaribe, 571CEP 01224-003São Paulo, SP — BrasilFone (11) 2167-1101www.ltr.com.brOutubro, 2018

Produção Gráfi ca e Editoração Eletrônica: RLUXProjeto de capa: FABIO GIGLIO Impressão: META BRASIL

Versão impressa — LTr 6146.2 — ISBN 978-85-361-9871-2Versão digital — LTr 9481.3 — ISBN 978-85-361-9888-0

Todos os direitos reservados

Índice para catálogo sistemático:

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Cesário, João HumbertoRecursos no processo do trabalho : de acordo as Leis ns.

13.105/2015 (CPC/2015) e 13.467/2017 (Reforma Trabalhista), bem como a Instrução Normativa n. 41-2018 do TST / João Humberto Cesário. — São Paulo : LTr, 2018.

Bibliografi a.

1. Direito do trabalho — Brasil 2. Processo do trabalho — Brasil 3. Recursos (Direito) — Brasil 4. Reforma constitucional — Brasil I. Título.

18-21009 CDU-347.955:331(81)

1. Brasil : Recursos : Direito processual do trabalho 347.955:331(81)

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Tenho três fi lhos. Embora eu teime em enxergá-los como crianças, devo admitir, ainda que apenas no meu íntimo, que eles

já estão adultos.

O João Matheus se formará em direito no fi nal do ano. A Eduarda está no primeiro ano da faculdade de medicina. O

João Pedro, de sua vez, está em vias de entrar na Universidade, segundo ele para cursar medicina veterinária.

Como vocês podem notar, sinto falta das crianças na minha vida, na medida em que as vejo como a pureza em estado bruto.

Para além delas, infelizmente, quase nada há de verdadeira candura nesse mundo um tanto estragado que habitamos.

Para a minha fortuna, no dia 04.08.2016, essa lacuna que tanto me dói veio a ser preenchida com o nascimento da

minha doce Eloiza. Explico.

A “Eloizobson”, como carinhosamente a chamo, é fi lha dos meus cunhados Júnior e Vivi. Generosamente, os dois convidaram

a mim e à Graciella Cesário, minha esposa, para sermos os padrinhos dela. A Gra de batismo e eu de representação.

De lá para cá, a minha vida ganhou um novo sentido, porque a Eloiza, com a sua vivacidade e alegria contagiantes, faz o meu

coração transbordar permanentemente de amor, seja nos dias em que estamos juntos, como também naqueles em que apenas a vejo

em vídeo ou por via de uma simples fotografi a.

O presente livro, com efeito, é dedicado única e exclusivamente à minha afi lhada amada, palmeirense de

nascimento (o Palmeiras, como todos os meus alunos sabem, é a minha outra paixão), Eloiza Souza e Silva!!

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“Há escolas que são gaiolas. Há escolas que são asas. Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros

desaprendam a arte do voo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono.

Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o voo. Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são os pássaros em voo. Existem para dar

aos pássaros coragem para voar. Ensinar o voo, isso elas não podem fazer, porque o voo já nasce dentro dos pássaros. O

voo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.”

Rubem Alves, Gaiolas e Asas. Opinião — Folha de São Paulo, edição de 05.12.2001. Disponível em:

<htt ps://bit.ly/2petdu0>. Acesso em: 17.09.2018

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SUMÁRIO

PREFÁCIO .......................................................................................................................................... 15

TEORIA GERAL DOS RECURSOS TRABALHISTAS ...................................................................... 17

1. Conceito ......................................................................................................................................... 17

2. Os Pronunciamentos do Estado-Juiz no CPC de 2015 ............................................................ 17

2.1. Introdução .............................................................................................................................. 17

2.2. Evolução do Conceito de Sentença ..................................................................................... 17

2.3. Evolução do Conceito de Decisão Interlocutória ............................................................. 19

2.4. Despachos, Atos Ordinatórios, Acórdãos e Decisões Monocráticas nos Tribunais ..... 22

3. Pronunciamentos Judiciais Sujeitos a Recursos ...................................................................... 22

4. A Função dos Tribunais em um Estado Democrático de Direito que Prestigia os Precedentes (As Cortes de Justiça e as Cortes de Precedentes) .................................................................... 23

4.1. O Sistema de Precedentes Obrigatórios Engessa o Direito? (o distinguishing e o overruling) .............................................................................................................................. 27

5. Princípios Recursais ..................................................................................................................... 29

5.1. Princípio do Duplo Grau de Jurisdição ............................................................................. 29

5.2. Princípio da Taxatividade .................................................................................................... 30

5.3. Princípio da Unirrecorribilidade ou singularidade ......................................................... 31

5.4. Princípio da Fungibilidade ................................................................................................. 32

5.5. Princípio da Consumação ................................................................................................... 34

5.6. Princípio da non reformatio in pejus ..................................................................................... 34

5.7. Princípio da Dialeticidade ................................................................................................... 35

5.8. Princípio da Irrecorribilidade Imediata das Decisões Interlocutórias .......................... 36

5.9. Princípio da Primazia da Decisão de Mérito .................................................................... 38

6. Pressupostos Recursais ............................................................................................................... 39

6.1. Introdução .............................................................................................................................. 39

6.2. Fim da dupla admissibildade? ............................................................................................ 39

6.3. Pressupostos recursais intrínsecos ..................................................................................... 41

6.3.1. Legitimidade para Recorrer ...................................................................................... 41

6.3.2. Interesse Recursal ....................................................................................................... 45

6.3.3. Cabimento do Recurso ............................................................................................... 46

6.3.4. Não Ocorrência de Fato Impeditivo ou Extintivo do Direito de Recorrer ......... 47

6.4. Pressupostos Recursais Extrínsecos ................................................................................... 48

6.4.1 Tempestividade ............................................................................................................ 48

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6.4.2. Regularidade Formal .................................................................................................. 53

6.4.3. Preparo ......................................................................................................................... 58

6.4.3.1. Custas e depósito recursal: algumas disposições relevantes .................. 65

6.4.3.2. Uma última questão a ser enfrentada no preparo: os honorários su-cumbenciais e os honorários periciais devem ser levados em conta para fi ns de fi xação do depósito recursal? ................................................ 69

7. Efeitos Recursais ........................................................................................................................... 70

7.1. Introdução .............................................................................................................................. 70

7.2. Efeito Devolutivo .................................................................................................................. 70

7.3. Efeito Suspensivo .................................................................................................................. 71

7.4. Efeito Translativo .................................................................................................................. 72

7.5. Efeito Extensivo ..................................................................................................................... 74

7.6. Efeito Regressivo ................................................................................................................... 74

7.7. Efeito Substitutivo ................................................................................................................. 74

RECURSOS TRABALHISTAS EM ESPÉCIE .................................................................................... 76

1. Introdução ..................................................................................................................................... 76

2. Recurso Ordinário ........................................................................................................................ 76

2.1. Cabimento: Decisões Terminativas e Defi nitivas ............................................................ 76

2.2. Cabimento: Decisões Interlocutórias .................................................................................. 77

2.3. Limites da Recorribilidade Ordinária ................................................................................ 78

2.4. Voluntariedade do Recurso e Remessa de Ofício ............................................................ 78

2.5. Prazo ....................................................................................................................................... 79

2.6. Preparo ................................................................................................................................... 79

2.7. Extensão e Profundidade da Devolutibilidade ................................................................. 80

2.7.1. O Efeito Devolutivo em Profundidade, os seus Problemas Práticos e a Teoria da Causa Madura ....................................................................................................... 80

2.7.1.1. Sentença que extingue o processo sem resolução do mérito .................. 80

2.7.1.2. Sentença que pronuncia a prescrição ......................................................... 82

2.7.1.3. Sentença que acolhe um fundamento prejudicial ao outro ..................... 83

2.7.1.4. Sentença que julga o mérito de sentido estrito, mas que se esquece de analisar um ou alguns dos pedidos da inicial .......................................... 83

2.8. Saneamento de Nulidades ................................................................................................... 84

2.9. Arguição de Fatos, Produção de Prova Oral e Carreamento de Documentos na Fase Recursal ................................................................................................................................. 85

2.10. Processamento do Recurso Ordinário no Juízo a quo ........................................................ 88

2.11. Processamento do Recurso Ordinário no Juízo ad quem ................................................... 88

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3. Recurso de Revista ....................................................................................................................... 91

3.1. Notas Introdutórias e Generalidades do Cabimento ....................................................... 91

3.2. Prazo e Preparo ..................................................................................................................... 92

3.3. Tipos de Recursos de Revista (por Divergência e por Violação) e Respectivas Especifi cidades do Cabimento ............................................................................................ 94

3.3.1. Introdução .................................................................................................................... 94

3.3.2. Recurso de Revista por Divergência: Especifi cidades da Interposição ............. 94

3.3.3. Recurso de Revista por Violação: Especifi cidades da Interposição .................... 97

3.4. Prequestionamento ............................................................................................................... 100

3.5. Processamento do Recurso de Revista ............................................................................... 102

3.5.1. Introdução .................................................................................................................... 102

3.5.2. Processamento do Recurso de Revista no Tribunal Regional do Trabalho ........ 102

3.5.3. Processamento do Recurso de Revista no Tribunal Superior do Trabalho ........ 103

3.5.4. Processamento no Caso de Necessidade de Instauração de Incidente Prévio de Uniformização de Jurisprudência ............................................................................ 104

3.5.5. Processamento de Recursos de Revista Repetitivos .............................................. 105

3.6. A Transcendência no Recurso de Revista .......................................................................... 111

4. Embargos ....................................................................................................................................... 112

4.1. Breve Notícia Histórica ........................................................................................................ 112

4.2. Embargos Infringentes ......................................................................................................... 114

4.2.1. Processamento dos Embargos Infringentes ............................................................ 115

4.3. Embargos de Divergência .................................................................................................... 115

4.3.1. Finalidade, Prazo, Competência, Efeitos e Cabimento ........................................ 115

4.3.2. Recurso de Embargos de Divergência: Especifi cidades da Interposição .......... 118

4.4. Processamento dos Embargos de Divergência ................................................................. 118

5. Recurso Extraordinário ............................................................................................................... 119

5.1. Introdução .............................................................................................................................. 119

5.2. Cabimento .............................................................................................................................. 120

5.2.1. Decisão de Única Instância ........................................................................................ 121

5.2.2. Decisão de Última Instância ...................................................................................... 122

5.2.3. Maltrato Direto à Mensagem Constitucional.......................................................... 122

5.2.4. Repercussão Geral ...................................................................................................... 123

5.2.5. Prequestionamento ..................................................................................................... 124

5.3. Processamento do Recurso Extraordinário ....................................................................... 124

5.3.1. Introdução .................................................................................................................... 124

5.3.2. Processamento do Recurso de Revista no Tribunal Superior do Trabalho ........ 124

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5.3.3. Processamento do Recurso Extraordinário no Supremo Tribunal Federal ........ 127

5.3.4. Processamento de Recursos Extraordinários Repetitivos ..................................... 129

5.3.5. Processamento no caso de Veiculação Simultânea de Recurso de Embargos e Recurso Extraordinário .............................................................................................. 132

5.3.6. Processamento no caso de Fungibilidade entre o Recurso de Embargos e o Recurso Extraordinário .............................................................................................. 133

6. Agravos .......................................................................................................................................... 133

6.1. Introdução .............................................................................................................................. 133

6.2. Agravo de Petição ................................................................................................................. 134

6.2.1. Introdução .................................................................................................................... 134

6.2.2. Cabimento .................................................................................................................... 134

6.2.3. Prazo e Preparo ........................................................................................................... 137

6.2.4. Pressupostos Específi cos ............................................................................................ 138

6.2.5. Efeitos ........................................................................................................................... 138

6.2.6. Processamento ............................................................................................................. 139

6.3. Agravo de Instrumento ....................................................................................................... 140

6.3.1. Introdução .................................................................................................................... 140

6.3.2. Cabimento .................................................................................................................... 140

6.3.3. Efeitos, Prazo, Preparo e Processamento ................................................................. 140

6.4. Agravo Interno ..................................................................................................................... 143

6.4.1. Introdução .................................................................................................................... 143

6.4.2. Cabimento e Prazo ...................................................................................................... 143

6.4.3. Processamento ............................................................................................................. 144

6.4.4. Penalidades .................................................................................................................. 145

7. Pedido de Revisão ........................................................................................................................ 145

8. Recurso Adesivo ........................................................................................................................... 147

8.1. Introdução .............................................................................................................................. 147

8.2. Cabimento .............................................................................................................................. 148

8.3. Pressupostos de Admissibilidade ....................................................................................... 148

8.4. Interposição ............................................................................................................................ 149

8.5. Efeitos, Devolutibilidade e Processamento ....................................................................... 150

8.6. Arguição de Nulidades?....................................................................................................... 150

9. Embargos de Declaração ............................................................................................................. 151

9.1. Cabimento .............................................................................................................................. 151

9.1.1. Cabimento para Correção de Erro Material ............................................................ 154

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9.2. Natureza Jurídica .................................................................................................................. 155

9.3. Decisões Embargáveis e Prazo de Veiculação ................................................................... 155

9.4. Efeitos dos Embargos de Declaração .................................................................................. 157

9.4.1. Efeito Suspensivo? ...................................................................................................... 157

9.4.2. Efeito Interruptivo ...................................................................................................... 158

9.4.2.1. O efeito interruptivo e o uso procrastinatório dos embargos de decla-ração ................................................................................................................ 160

9.4.3. Efeito Infringente ......................................................................................................... 160

9.5. A Função Prequestionatória dos Embargos de Declaração no Âmbito da Recorribili-dade Extraordinária .............................................................................................................. 161

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................... 163

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PREFÁCIO

Com muita honra e alegria recebi o convite para prefaciar a brilhante obra do Professor João Humberto Cesário.

Possui um currículo de fôlego, sendo Doutorando em Função Social do Direito pela Faculdade Autônoma de Direito de São Pulo. É Mestre em Direito Agroambiental pela Universidade Federal de Mato Grosso. Juiz do Trabalho no Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região. Autor de livros jurídicos. Coordenador Acadêmico da Pós-Graduação em Direito e Processo do Trabalho da Escola Superior da Magistratura Trabalhista de Mato Grosso nos biênios 2011 a 2013 e 2013 a 2015. Membro do Comitê Executivo do Fórum de Assuntos Fundiários do Conselho Nacional de Justiça de 2013 e 2014. Professor das disciplinas Teoria Geral do Processo, Direito Processual do Trabalho e Direito Ambiental do Trabalho. Tem atuado ultimamente como professor visitante na Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (ENAMAT) e nas Escolas Judiciais dos TRTs da 3ª, 5ª, 6ª, 7ª, 9ª, 14ª, 15ª, 18ª e 23ª Regiões.

Inicialmente, conheci o seu destacado trabalho por indicação de amigos, colegas e alunos.

Ademais, sempre trocamos ideias e compartilhamos as respectivas atividades nas redes sociais, máxime no Instagram.

É verdade! Além de brilhante Juiz do Trabalho, Professor, Autor e Palestrante, também é ativo no Instagram, que recomendo seguir. Encontrará curiosidades como: é lutador de Muay Thai, cuida do cabelo e da barba, é palmeirense, possui uma família linda etc.

Como também sou bem ativo nas minhas redes sociais e tenho peculiaridades (sou DJ, amo música eletrônica e musculação, tenho 2 cachorrinhas etc.), isso torna um jurista mais humano!

Eu sempre ressalto em sala de aula e nas minhas palestras que a vida não é só trabalhar e estudar! É possível fazer inúmeras atividades profi ssionais com excelência e também ser feliz no campo pessoal!

A obra em análise trata de um dos temas mais importantes e complexos do Direito Processual do Trabalho, que são os Recursos Trabalhistas.

Na seara da Teoria Geral dos Recursos Trabalhistas, o livro analisa os seguintes tópicos:

— Conceito;

— os Pronunciamentos do Estado-Juiz no CPC de 2015;

— os Pronunciamentos Judiciais sujeitos a Recursos;

— a Função dos Tribunais em um Estado Democrático de Direito que prestigia os Precedentes (as Cortes de Justiça e as Cortes de Precedentes);

— Princípios Recursais;

— Pressupostos Recursais; e

— Efeitos Recursais.

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Outrossim, na toada dos Recursos Trabalhistas em Espécie, foram analisados os seguintes temas:

— Recurso Ordinário;

— Recurso de Revista;

— Embargos no TST (Infringentes e de Divergência);

— Recurso Extraordinário;

— Agravos (de Petição, de Instrumento e Interno);

— Pedido (Recurso) de Revisão;

— Recurso Adesivo; e

— Embargos de Declaração.

Impende destacar que toda a obra foi alinhavada da maneira mais atualizada possível, especialmente com os refl exos das Leis ns. 13.015/2014 (Nova Lei dos Recursos Trabalhistas) e 13.467/2017 (Reforma Trabalhista), sem olvidar a Instrução Normativa n. 41/2018 do TST, que trouxe regras de direito intertemporal da Reforma Trabalhista no campo do Direito Processual do Trabalho.

Com efeito, foram abordados os conceitos, a legislação e todas as cizânias doutrinárias e jurisprudenciais presentes nos Recursos Trabalhistas e temas correlatos.

Indubitavelmente, esse presente livro trará veementes contribuições acadêmicas e práticas na seara processual justrabalhista.

De antemão, desejo mais sucesso a esse autor que tanto contribui para a comunidade jurídica trabalhista!

Leone Pereira

Outubro/2018

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TEORIA GERAL DOS RECURSOS TRABALHISTAS

1. CONCEITO

Segundo Arruda Alvim, o termo recurso remete a “um curso repetido, no sentido de que todo recurso faz com que a decisão, que entrega uma tutela às partes, seja pelas partes devolvida ao Judiciário”(1). Já os professores Marinoni, Arenhart e Mitidiero defi nem recurso como “meio de impugnação de decisões judiciais, voluntários, interno ao processo em que se forma o ato judicial atacado, apto a obter a sua reforma, anulação ou o seu aprimoramento”(2).

Partindo de tais lições, a primeira observação a se fazer é a de que os recursos, ao contrário do que possa parecer, podem ser dirigidos à própria autoridade que prolatou a decisão hostilizada, como no caso dos embargos de declaração, por onde se almeja o aprimoramento do teor do julgado. Em regra, no entanto, os recursos são remetidos a uma instância superior, na qual o interessado colima a anulação ou a reforma do decidido.

Como se vê, o escopo recursal é perseguido no interior da própria relação proces-sual instaurada (por isso, na boa linguagem jurídica, os recursos são “interpostos”), ao contrário do que acontece com algumas ações impugnativas autônomas, tais como o mandado de segurança ou a ação rescisória, que devem ser ajuizados em relações pro-cessuais autônomas.

2. OS PRONUNCIAMENTOS DO ESTADO-JUIZ NO CPC DE 2015

2.1. Introdução

Em uma obra sobre recursos devemos investigar quais são os atos jurisdicionais que desafi am a interposição de recurso. Entretanto, diante da signifi cativa modifi cação ocorrida na defi nição dos pronunciamentos do Estado-juiz por força do CPC/2015, parece-nos apropriado, primeiramente, estudarmos as novidades sobre o tema.

2.2. Evolução do Conceito de Sentença

Em pouquíssimo tempo os atos do Estado-juiz sofreram sucessivas e importantes alterações nas suas respectivas defi nições. Vejamos a questão, inicialmente, pelo prisma da sentença.

Na sua origem, o CPC/1973 defi nia a sentença no seu art. 162, § 1º, para dizer que ela era o ato pelo qual o juiz punha termo ao processo, decidindo ou não o mérito da causa. Confi rmando tal ângulo de visada, o art. 463, caput, do CPC/1973, na sua redação original, esclarecia que ao publicar a sentença de mérito, o juiz cumpria e acabava o ofício jurisdicional.

(1) ALVIM, Arruda. Contencioso cível no CPC/2015. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2016. p. 445.(2) MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sérgio Cruz; MITIDIERO, Daniel. O novo processo civil. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2015. p. 500.