recessão versus estabilidade econômica

14
RECESSÃO VERSUS ESTABILIDADE ECONÔMICA 31/08/2016 A DIFERENÇA ENTRE A DESCONSTRUÇÃO DOS FUNDAMENTOS ECONÔMICOS E O CRESCIMENTO ORDENADO Quando a equipe econômica do país deixou de lado a busca do superávit primário e passou a priorizar ações populistas visando a reeleição da presidente Dilma, nosso país viu-se à beira do abismo e decolou ladeira abaixo na medida em que os indicadores econômicos foram aparecendo e a desconfiança do mercado foi tornando-se concreta e as agências internacionais foram retirando, uma a uma, o grau de investimento do nosso país.

Upload: cirineu-costa

Post on 11-Apr-2017

29 views

Category:

Economy & Finance


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Recessão versus estabilidade econômica

RECESSÃO VERSUS ESTABILIDADE ECONÔMICA

31/08/2016

A DIFERENÇA ENTRE A DESCONSTRUÇÃO DOS FUNDAMENTOS ECONÔMICOS E O CRESCIMENTO ORDENADO

Quando a equipe econômica do país deixou de lado a busca do

superávit primário e passou a priorizar ações populistas visando a

reeleição da presidente Dilma, nosso país viu-se à beira do abismo e

decolou ladeira abaixo na medida em que os indicadores econômicos

foram aparecendo e a desconfiança do mercado foi tornando-se

concreta e as agências internacionais foram retirando, uma a uma, o

grau de investimento do nosso país.

Page 2: Recessão versus estabilidade econômica

RECESSÃO VERSUS ESTABILIDADE ECONÔMICA

Cirineu José da Costa - Engº - MSc Administração PUC SP

Página 1

RECESSÃO VERSUS ESTABILIDADE ECONÔMICA A D I F E R E N Ç A E N T R E A D E S C O N S T R U Ç Ã O D O S F U N D A M E N T O S E C O N Ô M I C O S E O C R E S C I M E N T O O R D E N A D O

1. INTRODUÇÃO

Quando o Lula foi eleito presidente do Brasil todo o mercado interno e internacional

temia pelo que poderia advir da ascensão ao poder no Brasil de um líder sindicalista

e de esquerda. O mercado financeiro ficou instável até a definição do seu ministério

e acalmou-se quando sentiu que os fundamentos básicos implantados pelo seu

antecessor Fernando Henrique seriam mantidos.

Lula recebeu a casa “arrumada” com o sistema bancário já enxuto tendo em vista

que o governo anterior já tinha colocado em execução um plano bem sucedido de

reorganização do sistema bancário nacional. Diversos bancos privados foram

fechados ou incorporados e bancos estatais foram vendidos. A moeda, o Real,

estava estável e o país crescia anualmente apesar de ter enfrentado com sabedoria

algumas crises internacionais.

2. O PRIMEIRO MANDATO DE LULA

Os escândalos de corrupção no primeiro mandato de Lula (2003-2006) lançaram na

lama a imagem de um partido íntegro que o PT tinha e fez do Congresso a

instituição de menor credibilidade do nosso país.

O PT se apresentava durante a campanha presidencial do candidato Lula como um

partido contra o fisiologismo político, o corporativismo e a corrupção que era norma

entre os partidos que estavam no poder. O escândalo do “mensalão”, em 2005,

mostrou que a fachada do PT caiu e que os líderes do partido conseguiram coloca-lo

no mesmo patamar de corrupção dos outros partidos. A era Lula nunca mais seria a

mesma. O esquema do mensalão envolvia o pagamento de propinas a

parlamentares em troca de apoio ao governo em votações no Congresso. Era uma

mesada paga a todos os parlamentares da base aliada ou não que votavam com o

governo.

O mensalão derrubou o Ministro da Casa Civil, José Dirceu e toda a cúpula do

partido. José Dirceu, Genoino, o empresário Marcos Valério e vários outros petistas

e empresários foram condenados e cumprem pena por diversos crimes.

A Operação Sanguessuga da Polícia Federal expôs políticos que desviavam verbas

públicas destinadas à compra de ambulâncias e perto da campanha da sua reeleição

outro escândalo surgiu quando um grupo de petistas, chamados pelo próprio

presidente de “aloprados”, foi flagrado tentando comprar um dossiê contendo dados

Page 3: Recessão versus estabilidade econômica

RECESSÃO VERSUS ESTABILIDADE ECONÔMICA

Página 2

falsos que incriminavam o candidato do PSDB José Serra. Lula não perdeu a

reeleição devido ao fato do candidato José Serra não ter sabido se aproveitar da

fragilidade em que Lula se colocou, perdendo a chance de derrota-lo explorando os

diversos casos de corrupção que marcavam seu final de mandato.

Na área econômica o maior mérito do governo lula foi a manutenção da política do

governo anterior. Lula foi um crítico do Plano Real, mas ao chegar ao Governo deu

continuidade ao Plano Real que controlou a inflação. Esta atitude assegurou a

estabilidade econômica. O Produto Interno Bruto teve um crescimento médio anual

de 4,0%, índice quase o dobro do registrado no período de 1981 a 2002. Isso fez

com que o Brasil saltasse do 12º para 8º no ranking das maiores economias do

mundo.

Com a estabilidade econômica o Governo pode ampliar programas sociais como o

Bolsa Família, criado no Governo Fernando Henrique Cardoso pela primeira dama

Ruth Cardoso, expandir o crédito, o aumento de empregos formais e do salário

mínimo permitindo a ascensão das classes mais pobres.

O aumento da renda do trabalhador aumentou o consumo e este aumento estimulou

investimentos no comércio e na indústria. Houve uma redução do número de pobres

e uma melhoria geral no nível de consumo dos brasileiros.

No cenário internacional o governo petista priorizou as relações sul-sul reforçando os

laços diplomáticos e econômicos com a América do Sul, Caribe, África e Ásia. O

governo Lula apoiou claramente regimes de exceção como Cuba e Irã, fato este que

abalou a imagem do nosso país no exterior. As posições brasileiras nos fóruns

internacionais foram desastrosas apoiando o governo cubano que massacra seus

opositores e dando apoio ao governo iraniano no seu intento de criar a bomba

atômica desenvolvendo um programa nuclear militar paralelo.

O governo do PT passou a financiar obras em “países amigos” que foram

executadas pelas empreiteiras envolvidas na Operação Lava-Jato, levando a crer

que as mesmas também foram alvos de propinas e escândalos. Tivemos obras de

construção de porto, autoestradas, usinas hidroelétricas e outras, todas financiadas

com recursos públicos do BNDES a juros subsidiados e que favoreceram

empreiteiros do esquema Lava-Jato. A outra jogada do PT foram os empréstimos a

“países pobres” do continente africano, normalmente dirigidos por “ditadores amigos”

cujas dívidas eram depois perdoadas com a chancela do Senado Federal.

3. O SEGUNDO MANDATO DE LULA

A reeleição de Lula foi um milagre, pois ele já estava abatido no chão e José Serra

não soube dar o golpe de misericórdia. Ficou com pena e seu adversário levantou-

se, sacudiu a poeira, inflamou os movimentos sociais e levou a melhor.

Page 4: Recessão versus estabilidade econômica

RECESSÃO VERSUS ESTABILIDADE ECONÔMICA

Cirineu José da Costa - Engº - MSc Administração PUC SP

Página 3

Novo mandato e novos escândalos como o caso dos cartões corporativos, onde

funcionários do Planalto faziam uso irregular de cartões de crédito oficiais e o

esquema de tráfico de influência envolvendo a família da ex-ministra da Casa Civil,

Erenice Guerra, que até hoje não foi explicitado.

Na área educacional o governo Lula não conseguiu avançar. No final do seu

segundo mandato 14 milhões de brasileiros com idade acima de 15 anos não

estavam alfabetizados. Na área da saúde o déficit de leitos hospitalares, de médicos

e de outros profissionais da saúde ocasionou um excesso de demanda que em

consequência trouxe as filas de espera para consulta e cirurgias no sistema público

de saúde. A epidemia de dengue contaminou mias de 1 milhão de pessoas. Nosso

país ainda apresenta mais de 56% dos domicílios sem sistema de coleta de esgoto e

os que possuem coleta de esgoto menos de 10% possui estação de tratamento,

lançando os efluentes in natura nos córregos, riachos e rios que se transformam em

verdadeiras valas de esgoto a céu aberto, a exemplo dos rios Tietê, Pinheiros e

Tamanduateí em São Paulo e outros em todas as grandes cidades do Brasil.

A infraestrutura deficitária (estradas, ferrovias, portos e aeroportos) é um entrave

para o desenvolvimento e financiamos um grande porto marítimo em Cuba, num

padrão que nem nosso país possui.

Lula deixou para trás temas importantes para o país, mas de cunho extremamente

impopular como a reforma da previdência e a reforma tributária. O Estado ficou mais

caro devido ao aumento de cargos comissionados para atender demandas políticas

e a criação de ministérios para atender minorias e interesses partidários.

Para eleger sua sucessora Lula passou a fazer gastos excessivos e a máquina

governamental passou a executar um plano de poder sem escrúpulo e que abrangia

o assalto aos cofres públicos que ficou bem claro com o andamento da Operação

Lava Jato.

4. O PRIMEIRO MANDATO DE DILMA

Dilma foi a primeira mulher eleita Presidente da República no Brasil, sendo a

sucessora de Lula. Já em Março de 2011 recebeu a visita do Presidente Obama dos

Estados Unidos. O Brasil de Lula e de Dilma não assinou o acordo da Área de Livre

Page 5: Recessão versus estabilidade econômica

RECESSÃO VERSUS ESTABILIDADE ECONÔMICA

Página 4

Comércio das Américas (ALCA) perdendo a grande oportunidade de inserir o Brasil

em condições especiais no vasto mercado consumidor norte-americano.

Em Abril de 2011 Dilma, junto com Palocci e Haddad lançou o malfadado

PRONATEC com a promessa de decolar o ensino técnico profissional. Será que

formando "Disc-jóqueis (DJs)" (curso nº 214 do Guia Pronatec, 3ª edição),

"atendentes de lanchonete" (curso nº 76) ou "balconistas de farmácia" (curso nº 118)

trará aumento da produtividade industrial e melhoria na competitividade da nossa

economia? Vamos citar um curso interessante do Pronatec o ALEMÃO BÁSICO A-1

onde na sua descrição o aluno consegue após a conclusão e aprovação, comunicar-

se "de modo simples" se o interlocutor falar lenta e distintamente e se mostrar

cooperante. Quem contrataria um tradutor técnico em alemão com estas restrições?

Em outubro de 2013 ela lançou o Programa “Mais Médicos”, No fim do mesmo ano o

número de médicos do programa era cerca de 14.500 sendo que destes, cerca de

11.500 eram cubanos. Logo no início 40 médicos cubanos desertaram. No

lançamento do programa os médicos foram informados que poderiam trazer seus

familiares. Já os emissários do governo de Havana dizem que há autorização para

visita, mas não para moradia. Ao analisarmos as características do Programa nota-

se que ele foi concebido como uma forma de repassar dinheiro para Cuba. O Brasil

paga mensalmente R$ 10 mil por profissional e a Opas (Organização Pan-Americana

da Saúde) que pertence ao governo cubano repassa a cada profissional contratado

apenas R$ 2,5 mil. Cada profissional contratado rende ao governo cubano a

bagatela de R$ 7,5 mil por mês!

Dilma lança o Programa Rede Cegonha e o Plano Brasil Sem Miséria, o público alvo

é de cerca de 16,2 milhões de brasileiros e há previsão de ampliação do cadastro do

Programa Bolsa Família, construção de milhares de cisternas e capacitação técnica

da população com menos acesso a educação. O Programa Minha Casa, Minha Vida

previa a entrega de 2 milhões de casas até 2014. A Presidente Dilma lançou também

o Programa Brasil Carinhoso para beneficiar cerca de 2 milhões de famílias com

crianças de até 6 anos com renda per capita inferior a R$ 70. O objetivo é atender,

ligado ao Programa Bolsa Família, pessoas em extrema pobreza. Alguns dos

suplementos distribuídos são: vitamina A, ferro e remédios contra asma. O programa

também deveria ampliar a oferta de creches.

Dilma foi obrigada a fazer uma “faxina ética” no seu ministério exonerando sete

ministros, cinco deles herdados do Lula, todos suspeitos de atos de corrupção.

Palocci foi um deles. Outro a deixar o governo foi o Ministro dos Transportes Alfredo

Nascimento (PR-AM), sua saída se deu por denúncias de que construtoras e

consultorias de projetos de obras em rodovias e ferrovias teriam pagado propina

para a cúpula do PR, que controlava a pasta. A Oposição no Senado bateu duro na

condução do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) onde

ela acabou colocando um General do Exército para estancar a hemorragia da

corrupção. O TCU estimava 721 processos com suspeitas de dano ao erário e

indícios de irregularidades em 23 obras, 15 tocadas pelo Dnit e oito pela empresa

Page 6: Recessão versus estabilidade econômica

RECESSÃO VERSUS ESTABILIDADE ECONÔMICA

Cirineu José da Costa - Engº - MSc Administração PUC SP

Página 5

pública Valec. No Ministério da Agricultura aparece a denúncia de ação de lobistas e

de que o diretor da Conab teria feito pagamento ilegal de R$ 8 milhões a uma

empresa. O ministro, Wagner Rossi, suspeito de receber propina, cai ainda em

agosto. No Ministério do Turismo ocorre a prisão 38 pessoas na Operação Voucher,

devido ao desvio de cerca de R$ 4,5 milhões destinados ao treinamento de

profissionais da área de turismo no Amapá. O então ministro, Pedro Novais, tenta se

defender no Senado, mas deixa o cargo em setembro. O Ministério dos Esportes

controlado pelo PCdoB é acusado de corrupção por João Dias Ferreira, ex-militante

do partido e coordenador de duas organizações não governamentais que tinham

contratos com o ministério. O Ministro Orlando Silva é acusado de envolvimento com

um esquema de corrupção por meio do Programa Segundo Tempo. Ele nega os

fatos, mas em novembro deixa a pasta. Carlos Lupi, ministro do Trabalho foi o

próximo. Acusado de ter viajado no avião de uma ONG que tinha contrato com o

ministério em 2009. Ele desmente os fatos, mas fotos do voo vazam para a

imprensa. Foi o sétimo ministro a deixar o governo de Dilma no primeiro ano de

mandato. O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, é acusado de

favorecer seu Estado natal (Pernambuco) e a cidade de Petrolina onde seu filho

seria candidato a prefeito, enviando para lá a maior porcentagem das verbas do

ministério. Ele só sai do governo quando seu partido, o PSB deixa a base governista,

sob a liderança do então governador de Pernambuco, Eduardo Campos. O ex-

presidente da Casa da Moeda, Luiz Felipe Denucci, foi acusado de enviar cerca de

R$ 25 milhões ao exterior e supostamente seria a cabeça de um esquema de

corrupção. O caso seguiu para investigação da Procuradoria-Geral da República. A

Polícia Federal prendeu seis pessoas em novembro, entre elas dois diretores de

agências reguladoras, acusados de vender pareceres técnicos do governo para

empresas. A assessora da Presidência da República Rosemary de Noronha foi

apontada como o elo entre agentes públicos e privados.

O ano de 2011 foi um ano difícil para a economia. O PIB cresceu apenas 2,7%, bem

menos que os esperados 5,5%. O desemprego da população economicamente ativa

estava em 5% e a Presidente aprovou a Emenda à Constituição 68/2011, que

prorrogava a Desvinculação de Receitas da União (DRU) até 31 de dezembro de

2015. A presidente ganha popularidade com medidas como a desoneração do setor

automobilístico e a redução das contas de luz. As medidas populistas deram início

ao desequilíbrio financeiro da União.

O terceiro ano de mandato foi marcado pela desaceleração da economia. O governo

tomou novas medidas de desoneração e estímulos fiscais e financeiros foram

adotados para tentar estancar os gargalos infraestruturais.

Os protestos de rua no ano de 2013 aconteceram nas principais capitais tendo como

objetivo a crítica aos gastos com a Copa do Mundo. Os manifestantes queriam mais

investimentos em saúde e educação e menos arenas esportivas, pediam a

preservação dos poderes investigatórios do Ministério Público visando a

continuidade da Operação Lava-Jato. O estopim das manifestações foi o aumento

das tarifas do transporte público.

Page 7: Recessão versus estabilidade econômica

RECESSÃO VERSUS ESTABILIDADE ECONÔMICA

Página 6

A Presidente tentou acordo com políticos do parlamento e governadores para uma

pauta que atendesse as reinvindicações, mas não obteve sucesso. O Senado

Federal estabeleceu uma pauta prioritária, que incluiu projetos como o que

transforma a corrupção em crime hediondo e a exigência de ficha limpa para

servidores públicos, procurando acalmar as massas nas ruas, mas ainda estão em

“estudo” nas casas legislativas. O Senado aprovou e a presidente sancionou em

setembro a Lei 12.858/2013, que garante para a 75% dos royalties da exploração do

petróleo e do gás natural para a educação e 25% para a saúde.

No ano de 2014 foi aprovado o marco civil para a internet que estabeleceu a

neutralidade da rede e a proteção do sigilo tanto dos dados quanto da navegação.

Durante a Copa do Mundo a oposição fez críticas aos gastos com estádios e à

submissão do Brasil às regras da FIFA. A concessão dos aeroportos de Guarulhos,

Campinas e Brasília também foi alvo de críticas. O Congresso aprovou a Lei Geral

da Copa e o Regime Diferenciado de Contratações (RDC). A Copa foi um sucesso,

com poucos problemas de organização e grande afluxo de turistas, mas os grandes

gastos com a realização do torneio e o atraso na entrega de obras de infraestrutura

ainda são lembrados pelos críticos do governo.

No mês de junho a presidente sanciona sem vetos o novo Plano Nacional de

Educação (PNE), que contém as diretrizes e metas da educação nacional para os

próximos dez anos. O Plano exige que o governo federal aplique pelo menos 10% do

PIB no setor até o fim do décimo ano. Entre as metas estão a erradicação do

analfabetismo absoluto e a redução em 50% da taxa de analfabetismo funcional.

A compra de uma refinaria em Pasadena, no Texas, na época em que Dilma ainda

era ministra das Minas e Energia do governo Lula e presidente do Conselho

Administrativo da Petrobrás ocasionou o pedido de abertura de uma CPI. A

Operação Lava-Jato liga recursos desviados da estatal a pagamento de propinas no

Congresso. As delações premiadas deixam o mundo político em suspense. Duas

CPIs são criadas: uma exclusiva do Senado e uma mista. Após meses de

investigação, a CPI mista aprova o relatório do deputado Marco Maia (PT-RS), que

pede o indiciamento de 52 pessoas e reconhece prejuízo de US$ 561,5 milhões na

compra da refinaria. Como consequência os preços das ações da Petrobrás

despencam nos mercados nacional e norte-americano.

5. O SEGUNDO MANDATO DE DILMA

A Operação Lava Jato na Polícia Federal aprofundou a crise na Petrobras com

prisões de executivos e delações premiadas. Houve uma piora no resultado do PIB e

o balanço das contas fiscais começaram a indicar desequilíbrios. Joaquim Levy,

executivo do Bradesco, é anunciado como o novo ministro da Fazenda e Nelson

Barbosa vai para o Planejamento. Alexandre Tombini permanece presidente do

Banco Central.

No começo do segundo mandato presidencial, a disputa pelo comando da Câmara

dos Deputados colocou em lados opostos a Presidente da República e o Deputado

Page 8: Recessão versus estabilidade econômica

RECESSÃO VERSUS ESTABILIDADE ECONÔMICA

Cirineu José da Costa - Engº - MSc Administração PUC SP

Página 7

Eduardo Cunha tendo em vista que o Governo decidiu apoiar o candidato Arlindo

Chinaglia para a Presidência da Câmara.

A PGR mandou uma lista de políticos dos partidos PP, PT e PMDB ao STF para

serem investigados na Operação Lava Jato. Meses depois, o presidente da Câmara,

Eduardo Cunha, e o senador Fernando Collor (PTB-AL) foram também denunciados

ao STF. Em Novembro, o líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS),

foi preso por tentar obstruir as investigações penais. Delcídio e André Esteves, ex-

controlador do banco BTG Pactual, foram denunciados posteriormente no Supremo.

No seu discurso de posse a Presidente deu como lema para seu governo “Brasil,

Pátria Educadora”, indicando que a Educação seria a prioridade dos quatro anos de

seu segundo mandato. Na contramão o Ministério da Educação teve quatro ministros

num só ano!

No dia Internacional da Mulher, durante seu pronunciamento em rede nacional o país

viu-se tomado por vaias, panelaços e buzinaços em várias cidades do país. Dias

depois, ocorreram manifestações contra o governo com mais de um milhão de

pessoas em várias capitais. A aprovação do governo caiu a níveis nunca vistos no

período pós-governo militar.

A Presidente chamou ao Palácio do Planalto nomes mais próximos do ex-presidente

Lula como Jaques Wagner, Ricardo Berzoini e Edinho Silva e passou a se encontrar

de modo mais recorrente com o antecessor. O seu relacionamento com o Vice-

Presidente começou a ter o desgaste agravado depois que a Câmara aceitou um

pedido impeachment. Temer reclamava de ter sido sempre uma figura decorativa no

governo de Dilma.

Com o julgamento do impeachment em agosto de 2016 Temer assumiu

interinamente e depois da conclusão do processo tomou posse definitivamente como

Presidente da República, assumindo um orçamento com um déficit declarado de

R$119,9 bilhões. Vejamos abaixo a evolução do Superávit Primário:

Page 9: Recessão versus estabilidade econômica

RECESSÃO VERSUS ESTABILIDADE ECONÔMICA

Página 8

6. A “CONTABILIDADE CRIATIVA” DO GOVERNO

O termo “contabilidade criativa” envolve os conceitos de “resultado primário” e

“dívida líquida do setor público”. A manipulação desses conceitos abre brechas para

a denominada “contabilidade criativa”. Estas operações permitem a expansão dos

gastos e da dívida pública sem que apareça no resultado primário e na dívida

líquida. São empresas que estão fora do conceito de setor público pagando

dividendos ao Tesouro ou então a antecipação de receitas futuras e de empréstimos

a empresas que estão fora do conceito de setor público por meio de emissão de

títulos. Outra manobra para obter resultados fiscais melhores é o adiamento de

desembolsos, criando-se “restos a pagar”, o que joga para o exercício seguinte

contas devidas do exercício vigente. Há muito tempo o TCU chama os restos a

pagar de “orçamento paralelo”.

No final dos anos 90, para o país cumprir as metas do Fundo Monetário

Internacional, surgiram os chamados restos a pagar, compromissos assumidos em

um ano, mas pagos em exercícios seguintes. Em 2002, com a Lei de

Responsabilidade Fiscal em vigor, os “restos a pagar” eram cerca de R$ 25 bilhões.

De 2013 para 2014 o volume de restos a pagar processados foi muito elevado e

somou cerca de R$ 33,5 bilhões. Comparativamente ao ano anterior o aumento foi

de 27%%. Já em 2014, somaram R$ 227,8 bilhões.

Em junho de 2014 as “pedaladas” atingiram o ápice quando a Caixa bancou com

recursos próprios o Programa Bolsa Família, o Seguro Desemprego e o Abono

Salarial, o Banco do Brasil fez o mesmo para equalizar as taxas de juros do

financiamento agrícola, o FGTS arcou com o “Minha Casa, Minha Vida” enquanto o

BNDES cobriu custos do Programa de Sustentação de Investimento.

As chamadas “pedaladas fiscais” começaram a ser denunciadas na imprensa que

chamava a atenção ao abrupto crescimento dos restos a pagar, do atraso nos

repasses a Estados e Municípios e da enxurrada de ordens bancárias emitidas nos

últimos dias do ano para só serem sacadas no exercício seguinte e assim não

aparecer no cálculo do superávit primário. O TCU rejeitou as contas tendo como

motivo o fato dos bancos estarem financiando o Estado, o que é proibido pela Lei de

Responsabilidade Fiscal. O Relatório do TCU estimou em R$ 40 bilhões o montante

das “pedaladas fiscais” via bancos públicos.

O Senador Cristovam Buarque (PDT-DF) no dia 05 de Maio de 2014, após ouvir

especialistas em finanças e transparência pública em audiência pública promovida

pela Comissão de Direitos Humanos (CDH) declarou que o governo federal usa

manobras contábeis para esconder a expansão da despesa pública, do déficit e da

dívida governamental.

A prática do governo de prorrogar pagamentos previstos de um ano para o outro

colabora para elevar o resultado do superávit primário. O resultado primário fica

inflado por manobras orçamentárias. Essa passagem do Orçamento de um ano para

o ano seguinte fere o princípio da anualidade do Orçamento e forma um Orçamento

Page 10: Recessão versus estabilidade econômica

RECESSÃO VERSUS ESTABILIDADE ECONÔMICA

Cirineu José da Costa - Engº - MSc Administração PUC SP

Página 9

paralelo. O governo não paga: espera a virada do ano para pagar! É muito claro que

isso foi ocorrendo de forma constante todos os anos do Governo Dilma.

7. INCONSISTÊNCIA DA POLÍTICA FISCAL

O modelo de política fiscal brasileiro tende ao esgotamento, pois da maneira como a

política fiscal é formulada a despesa sempre pode crescer. Sabemos que as

demandas por gastos público tendem para o infinito enquanto a carga tributária

máxima que a sociedade está disposta a pagar tem um limite bem definido. Nossa

carga tributária neste início de século esteve próxima de 40% do PIB dando em troca

ao contribuinte péssimos serviços públicos, ou seja, retorno quase zero.

O Governo tomou a decisão de estimular o crescimento econômico fazendo

desonerações tributárias pontuais na economia, gerando forte perda de receita e não

tomou medidas para conter a expansão dos gastos públicos para equilibrar a queda

das receitas com as despesas. Assim o espaço fiscal para a realização de superávits

primários decaiu acelerando-se o esgotamento do modelo.

O Governo executa determinadas ações que são características da chamada

“contabilidade criativa”:

Pagamento de dividendos em valor atípico ao Tesouro por empresas

que estão fora do conceito de setor público – empresas nas quais o

governo detém maioria das ações com direito a voto são forçadas a

pagar dividendos com valor bem mais alto que o que seria

normalmente distribuído, aumentando o resultado primário.

Postergar o pagamento de despesas aumentando o volume de restos a

pagar, não repassando recursos ao BNDES dos empréstimos

subsidiados, retendo recursos do FGTS e forçando a administração do

Fundo a financiar o Programa Minha Casa Minha Vida.

Vender patrimônio público para uma empresa estatal que esteja fora do

conceito de setor público. O Governo pode assim até influenciar no

preço, vendendo o ativo com preço acima do mercado, inflando o

resultado primário e prejudicando as finanças da empresa que comprou

o ativo.

Antecipação de receitas futuras vendendo o direito de receber a

receita para outra empresa também controlada por ele. Em 2012 o

Governo Federal vendeu R$ 6 bilhões em crédito de royalties ao

BNDES. A antecipação de receitas também aumenta o resultado

primário de hoje prejudicando o resultado primário futuro.

Empréstimos a empresas públicas que estão fora do conceito de setor

público por meio de emissão de títulos. Como o Governo não ofereceu

dinheiro ao Banco, o ato não aparece no resultado primário. A dívida

cresce, mas o crédito cresce na mesma proporção porque o Banco fica

devendo ao Tesouro pelos títulos “emprestados”.

Fabricação de receita primária fictícia. O Tesouro emite títulos e os

entrega a um banco público, cobrando uma taxa de juros menor que a

de face do título público. O banco simplesmente coloca os títulos no

Page 11: Recessão versus estabilidade econômica

RECESSÃO VERSUS ESTABILIDADE ECONÔMICA

Página 10

seu ativo e, sem fazer nada, mantendo os títulos em carteira obtém

lucros somente em função do diferencial de taxas de juros. Com o lucro

ele pode pagar dividendos mais elevados ao Governo. Essa receita de

dividendos será contabilizada como receita primária do Tesouro. A

partir de um aumento da sua dívida, o governo passa a ter um

resultado primário maior, tudo isso sem impacto imediato na dívida

líquida! Na operação de venda de reservas de petróleo à Petrobras o

governo utilizou um mecanismo indireto de empréstimo ao BNDES.

Como o governo queria criar artificialmente uma receita primária que

engordasse o seu superávit, ele criou uma triangulação, via BNDES. O

Tesouro emitiu títulos da dívida e emprestou ao BNDES que foi

obrigado a adquirir ações da Petrobras. A compra foi liquidada com os

títulos que havia recebido do Tesouro como empréstimo. A Petrobras

foi a mercado, vendeu os títulos e pagou ao Governo em dinheiro o

valor dos 5 bilhões de barris de petróleo. A entrada do dinheiro no

Tesouro foi contabilizada como receita primária, elevando o resultado

primário. A mágica estava feita: a partir da emissão de dívida, o

Tesouro conseguiu elevar o resultado primário.

Pagamento de despesas com títulos públicos - como não há

desembolso de recursos (despesa) o resultado primário não é afetado.

A dívida líquida aumenta, pois ocorre a emissão de título. Essa

operação esconde a piora do resultado primário, mas deixa à mostra a

elevação da dívida líquida.

Os conceitos de dívida e resultado primário têm como finalidade medir o equilíbrio

financeiro do governo verificando se seus gastos são compatíveis com as receitas,

se é capaz de pagar a sua dívida, se a dívida está ou não crescendo de forma

acelerada. A “contabilidade criativa” desvirtua a real situação financeira do governo.

A mágica não dura para sempre e a real situação financeira se revela para a

sociedade. Medidas de ajuste passam a ser inevitáveis.

O outro objetivo das medidas de resultado primário é apurar o consumo total da

economia. Ao mascarar o resultado primário, o governo mostra um impulso dos

gastos públicos sobre a demanda agregada menor do que o real. O relógio que

mede a influência do setor público sobre a atividade econômica privada e sobre a

inflação deixa de funcionar e a economia fica sem parâmetros ou com parâmetros

falsos. A incerteza e a falta de informação geram o medo de uma virada na política

econômica.

8. A EXPANSÃO DAS DESPESAS

As expectativas para o futuro podem ser ruins na medida em que despesas

essenciais como a Previdência Social, pessoal ativo, educação e saúde podem

pressionar o orçamento e prejudicar o equilíbrio fiscal. As despesas previdenciárias

são as mais distorcidas tendo em vista que entram na conta previdenciária as

despesas com aposentadoria e pensão de pessoas que contribuíram para o sistema

e pagamentos do sistema de assistência social que causam um rombo nas contas,

Page 12: Recessão versus estabilidade econômica

RECESSÃO VERSUS ESTABILIDADE ECONÔMICA

Cirineu José da Costa - Engº - MSc Administração PUC SP

Página 11

pois são pagamentos feitos a pessoas que nunca contribuíram para o sistema. Outro

problema é a inexistência de uma “conta” específica para a Previdência, fora do

caixa único do governo o que dificulta o cálculo do “suposto rombo” previdenciário. O

sistema previdenciário dos funcionários públicos também não possui uma “conta”

específica onde seriam depositados os valores descontados dos funcionários e a

parcela de participação do empregador (governo) para possibilitar os devidos

cálculos e acompanhamento da viabilidade do sistema. Como tudo está inserido na

conta única do Tesouro Nacional fica impossível verificar a real situação dos

sistemas previdenciários. De acordo com especialistas se os dois sistemas tivessem

suas contas separadas e pudessem investir os recursos como acontece na

previdência privada e complementar não haveria déficit no sistema previdenciário.

Com os recursos no caixa único o governo faz uso dos mesmos de acordo com sua

conveniência e o balanço das contas continua sendo uma “caixa preta”.

Os salários são outro problema para o Governo tendo em vista que não há uma

tabela geral de vencimentos e ainda existem distorções graves entre os salários

recebidos pelas diversas categorias seja dentro do Poder Executivo ou comparativo

entre os 3 Poderes onde pessoas que executam as mesmas tarefas possuem

diferença salarial que pode chegar a 500%. O TETO salarial é uma outra utopia que

nunca foi atingida tendo em vista os diversos “penduricalhos” que existem nos

vencimentos dos funcionários em todos os Poderes (Executivo, Legislativo e

Judiciário) fazendo com que o mesmo só sirva para ocasionar aumento em cascata

no setor público quando na verdade ele foi criado para limitar despesas e evitar

salários astronômicos.

O SUS – Sistema Único de Saúde foi criado para oferecer atendimento de saúde

para toda a população do país. As obrigações foram distribuídas entre os governos

federal, estaduais e municipais. O grande problema do sistema é a insuficiência de

mão-de-obra especializada na área de saúde ocasionada pela queda no interesse

pela profissão que deixou de ser bem remunerada no setor público. Os médicos e

enfermeiros procuram a rede privada que oferece melhores salários e melhores

condições de trabalho. O aparato de prédios com diversos nomes (UPA,AMA, etc) e

atendimentos deficitários muitas das vezes localizados em regiões periféricas e que

não oferecem condições de segurança para as pessoas que procuram o

atendimento e para as equipes de trabalho. Outro problema sério é o déficit na

formação de pessoas para a carreira de saúde. Os cursos são longos, as exigências

são muitas, as vagas no sistema público são poucas e as faculdades particulares

são muito caras. A universalização do atendimento, o fornecimento gratuito de

medicamentos e os surtos epidêmicos (dengue, zika vírus e outras) passaram a

exigir cada vez maior volume de investimento no setor.

A infraestrutura do país também esta a exigir um maior aporte de investimentos e

com um volume de arrecadação em declínio os diversos níveis de governo contam

com cada vez menos recursos para investir. A falta de investimento gera maior custo

nas exportações, pois com estradas, ferrovias, portos e aeroportos em condições

precárias as mercadorias exportadas e importadas ficam mais caras. O governo

Page 13: Recessão versus estabilidade econômica

RECESSÃO VERSUS ESTABILIDADE ECONÔMICA

Página 12

precisa viabilizar investimentos da iniciativa privada nacional ou internacional na

nossa infraestrutura se quiser realmente desenvolver o país, pois ele próprio não

possui os recursos necessários e, com a perda do grau de investimento, as taxas de

juros para tomada de empréstimos internacionais ficaram muito mais altas.

9. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Plano Real conseguiu estancar o processo inflacionário que atingia o Brasil. Foi

um Plano Econômico audacioso que trouxe a estabilidade da moeda e a

manutenção do seu poder de compra, coisa que os brasileiros não possuíam havia

décadas.

Na cola do sucesso do Plano Real, o PSDB conseguiu emplacar a emenda

constitucional que possibilitou a reeleição de Fernando Henrique Cardoso. O objetivo

era permanecer oito anos no poder e ainda fazer o sucessor. A economia foi mantida

com bons índices, mas o Presidente não conseguiu emplacar seu sucessor

entregando a faixa presidencial a Lula, eleito depois de diversas tentativas.

Lula recebeu a casa arrumadinha e navegou em águas tranquilas. Tinha direito à

reeleição e conseguiu. Podia fazer seu sucessor e o fez.

As coisas só não andaram bem devido ao excesso de bondades que o governo

petista se meteu a fazer. Somado às bondades vieram os casos de corrupção que a

princípio pareciam pequenos, mas quando as cortinas se levantaram o país viu

crimes de corrupção e lavagem de dinheiro como nunca visto em todo o mundo.

O descontrole das contas públicas como mostrado anteriormente levou o país ladeira

abaixo numa crise de recessão de dimensões alarmantes com o PIB em queda por

vários semestres consecutivos, desemprego em alta e crise política e moral no

âmbito do governo que culminou com o afastamento do Presidente da Câmara dos

Deputados Eduardo Cunha, com o afastamento temporário da presidente Dilma e

seu posterior impeachment além do envolvimento de figuras carimbadas do PT como

o ex-presidente Lula, José Dirceu, José Genoino, Palocci, Vaccari Neto, Delcídio do

Amaral, Delúbio Soares, grandes executivos da diretoria da Petrobrás e de

empreiteiras.

A volta ao sistema de estabilidade econômica e de confiança do mercado será uma

escalada difícil e dolorosa, pois exigirá medidas e remédios amargos para recolocar

a máquina nos trilhos. Numa economia globalizada e de mercado como vivemos

atualmente os governos não conseguem esconder os malfeitos indeterminadamente.

Os índices econômicos são levantados e colocados à mesa, a sociedade sofre o

efeito de imediato nos índices de inflação e perda do poder aquisitivo além da cruel

taxa de desemprego que começa a crescer assim que a máquina do mercado

começa a emperrar.

Vamos dar um crédito ao novo governo para que ele mostre a que veio. Apesar de

não ter tido um voto direto como a Dilma, ele foi eleito junto com ela na mesma

chapa, então teve a mesma aprovação. Com nosso crédito na mão, vamos ver o que

a nova equipe de governo conseguirá fazer frente a um Congresso que não veste

Page 14: Recessão versus estabilidade econômica

RECESSÃO VERSUS ESTABILIDADE ECONÔMICA

Cirineu José da Costa - Engº - MSc Administração PUC SP

Página 13

muito a camisa do país e que normalmente cria todas as dificuldades possíveis para

aprovar medidas impopulares que possam dificultar o processo de reeleição de seus

caciques.

Bibliografia:

1. http://www.contasabertas.com.br/

2. http://g1.globo.com/economia/

3. http://agenciabrasil.ebc.com.br/

4. http://www12.senado.leg.br/noticias/

5. https://www.raulvelloso.com.br

6. GOLDFAJN, Ilan. Novas metas fiscais para o Brasil. O estado de S. Paulo, 3 abr.

2012.