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Reino Unido - Maio 2011 - nº 101 Exclusivo Wagner: a fama e os bastidores do X Factor

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Ediçao de maio da Real, revista brasileira baseada em Londres

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Reino Unido - Maio 2011 - nº 101

ExclusivoWagner: a famae os bastidores

do X Factor

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10 38 40Reino Unido Mulher Turismo

As mudanças novisto de estudante

Dicas de modapara o verão

Rota italiana:a bela Florença

Editorial

São poucas as pessoas que, aos 55 anos, se mantém firmes em busca dos seus sonhos. A maioria sucum-be ao imediatismo. Ou ao comodis-

mo. Este não é, certamente, o perfil de Wagner Fiuza Lima Carrilho. Ou somente Wagner, como ele ficou conhecido no Reino Unido em 2010, ao participar do X Factor, o programa de calouros mais famoso da TV britânica.

De estilo controverso, o brasileiro caiu nas graças do público e durante oito se-manas brilhou na telinha, se envolveu em polêmicas, arregimentou uma legião de fãs e se tornou uma das figuras mais caris-máticas do programa. A fama conquis-tada lhe proporcionou a realização de um sonho antigo: viver somente de música, desejo acalentado durante anos no Brasil e na Inglaterra e concretizado através de várias tours do X Factor que ele tem parti-cipado desde então.

Num bate-papo franco com a Real, o ex-professor de karatê fala sobre o seu interesse pela carreira musical e conta a trajetória dos 19 anos em que vive no Reino Unido. E mais: revela tudo sobre os bastidores do X Factor, rebate as críticas de jornais britânicos, que o acusaram de viver às custas de benefício, e se delicia com o sucesso alcançado, deixando uma mensagem otimista aos conterrâneos: “Acredite no que você quer e lute mesmo que leve a vida inteira.”

O leque de atrações da Real de maio inclui também as mudanças no visto de estudante, do ponto de vista de uma ad-vogada de imigração, Carolina Uribe, e do presidente da Associação de Brasileiros Estudantes de Pós-Graduação e Pesqui-sadores na Grã-Bretanha (Abep), Michael Mohallem. Na Editoria Turismo, seguimos nossa rota pela Itália iniciada na edição de abril. Depois de Pisa, a beleza de Florença.

Entre outros assuntos, destacamos o maior Carnaval brasileiro no Reino Unido, o Brazilica, em Liverpool, de 15 a 17 de Julho. A festa, que a Real tem o orgulho de ser parceira de mídia, vai promover a cul-tura verde e amarela e o trabalho da Action for Brazil Children’s Trust, que desenvolve projetos que atendem crianças de rua e jovens em situação de risco no Brasil.

Boa leitura. E um ótimo mês.

Régis QuerinoEditor-chefe

Revista Real - nº 101 - Maio 2011 147 Jack Clow Road - London – E15 3ARFone: 020 8534 6183

Editor-chefeRégis [email protected]

Diagramação e FinalizaçãoRaf Comunicação

IlustraçãoEdvaldo Jacinto Correia

CapaKen McKay/TalkbackThames/Rex Features

Fotógrafo Rafael Bastos (Reino Unido)

Marketing e Comercial Adriana [email protected]@revistareal.com

Mariana Elias [email protected]

RedaçãoBete Kiskissian (Reino Unido)Carine Vargas (Reino Unido)Giovana Zilli (Reino Unido)Maria Oller (Reino Unido)

ColaboradoresAlberto Luiz Schneider (Brasil)Devaldo Gilini Júnior (Brasil)Rogério Fischer (Brasil)

Real na web:www.revistareal.com

DistribuiçãoBR Jet [email protected]

Painel dos leitores 7

Reino Unido 8

Brasil 20

Capa 26

Flash 32

Cultura 34

Personalidades 36

38 Mulher

40 Turismo

46 Motores

50 Esportes

54 Classificados

56 Palavras cruzadas

57 Mônica

58 Endereços

O conteúdo dos anúncios e informes publicitá-rios são de responsabilidade dos anunciantes

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Parabéns pela ótima revista, ótimo con-teúdo com informa-ções, curiosidades e notícias, tudo isso feito de uma maneira única.

Jordano Borgesvia email

Parabéns a toda a equipe que faz a revista ser verdadeiramente real para os leitores. Nota dez.

Luciana Bredavia email

Adoro a revista Real, através dela me mante-nho informada sobre os acontecimentos com a comunidade brasileira em Londres.

Hellen Benedicktervia email

Adoro receber as edições da revista via email, é tão mais prático!! Parabéns a todos que traba-lham para que a revista forneça matérias inte-ressantes e artigos que trazem informações e entretenimento!!

Viviane R. Carvalhovia email

Nota do editor: Em nome da equipe Real, agradeço aos cumprimentos enviados por email. E na carona do recado da leitora Viviane Carvalho, para receber a newsletter mensal da Real é só se cadastrar diretamente no website www.revistareal.com

Participe do painel. Mande o seu email [email protected]

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REINO UNIDOR

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Abras promove 1º Workshop sobre Imigração

Três oficiais do setor de combate aos crimes na imi-gração, London Immigration Crime Team, participaram no dia 19 de abril do 1° Worshop sobre Imigração, promovido pela Associação Brasileira no Reino Unido (Abras) e a UK Border Agency, em parceria com a Associação de Brasileiros Estudantes de Pós-Graduação e Pesquisadores na Grã-Bretanha (Abep-UK). Jon Bradbourne, Mark Simpson e Sophia Steward (foto) falaram sobre suas ex-periências profissionais e res-ponderam às perguntas feitas pelo público. Jon Bradbourne salientou que os casamentos de conveniência,conhecidos como sham marriages, serão ainda mais investigados, já que agora não será mais exigida a aprova-ção prévia para casamento. Se-gundo Bradbourne, o histórico migratório fica registrado e pode ser investigado a qualquer hora, inclusive com visitas na casa do casal se faltar alguma evidência. (Carine Vargas)

Especialistas falam sobre vistos e mudanças

Também palestrante no workshop, o advogado David O’Neill, da Cartwright Adams Solicitors, esclareceu as questões sobre cidadania versus visto per-manente. Segundo O’Neill, a cida-dania oferece mais oportunidades ao viver no Reino Unido, enquanto que com o visto permanente cor-re-se o risco de perdê-lo. A advo-gada de imigração Carolina Uribe e o presidente da Abep, Michael Freitas Mohallem, também partici-param do evento (leia as entrevis-tas com os dois sobre as mudan-ças nas regras de concessão para visto de estudante nas páginas 10 a 12). Outras informações sobre as mudanças nas regras de imigração estão na página do Home Office, www.ukba.homeoffice.gov.uk. (Carine Vargas)

Bolsas de estudo na Europa

O programa Institutos Euro-peus para Estudos Avançados (Eurias) oferece 36 bolsas de pesquisas em diversas áreas do conhecimento, em institui-ções da Europa e de Israel, para o ano acadêmico 2012-2013. Candidatos de todo o mundo podem se inscrever pela internet até o dia 31 de maio. O Eurias é um consórcio de 14 institutos de estudos avançados coorde-nado pela Rede Francesa de Institutos de Estudos Avança-dos. As bolsas são oferecidas principalmente para as áreas de ciências humanas e sociais, mas candidatos das áreas de ciências exatas e naturais também podem ser contempla-dos. As bolsas totalizam 26 mil

4º Encontro de Petistas no Exterior

O Núcleo do Partido dos Trabalhadores em Londres, criado em 1989, vai promover, de 27 a 29 de maio, o 4º Encontro de Petistas no Exterior no Unite - The Union, Transport House (128 Theobald’s Road, London WC1 8TN). Segundo os organizadores, o partido quer ampliar o diálogo entre Estado e cidadãos, de forma a garantir a efetiva participação dos vários segmentos das cres-centes comunidades no exterior na definição de uma agenda de-mocrática das políticas públicas. As inscrições para o encontro são limitadas e devem ser feitas atra-vés do email [email protected]. Mais informações no site www.ptlondres.org.uk.

GEB promove seminário dia 30 de junho

O Grupo de Estudos sobre Brasileiros no Reino Unido (GEB) promove no dia 30 de junho, às 18 horas, no Royal Holloway, University of London (Montague House, Montague Place, 11 Be-dford Square, London WC1E 6DP) , o seminário “Vale do Amanhecer em Atlanta, Georgia: Negocian-do Gênero e Participação na Diáspora Brasileira”, com Manuel A. Vasquez, do Departamento de Religião e América Latina da Universidade da Flórida, Gaines-ville. As vagas são limitadas e os pedidos de inscrições devem ser enviados para o email [email protected].

euros para candidatos juniores e 38 mil euros para candidatos seniores. Mais informações: www.2012-2013.eurias-fp.eu

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Visto deestudante

A Real ouviu a opinião de especialistas sobre as mudanças nas regras para quem já estuda no Reino Unido ou aos que planejam vir ao país

para fazer um curso de inglês ou faculdade

Real - Quais os tipos de vistos para estudantes?Carolina Uribe - O visto de estudante atual chama-se Tier 4. É obtido através de um sistema de pontos aonde o estudante, para qualificar para

Carine Vargas

As mudanças para a concessão de visto de estudante no Reino Unido afetarão os brasileiros que vem para aprender o idioma e absorver a cultura do país. De acordo com

as novas regras, que entrarão em vigor em etapas, o candidato a fazer um curso de inglês precisa ter, no mínimo, nível intermediário da língua e fundos para

permanecer estudando sem trabalhar. A Real con-versou com a advogada de imigração, Carolina Uri-be, e com o presidente da Associação de Brasileiros Estudantes de Pós-Graduação e Pesquisadores na Grã-Bretanha (Abep), Michael Mohallem, sobre o que muda com as novas leis e como isso pode restringir a vinda de estudantes brasileiros ao país.

“O oficial de imigração poderá recusar a entrada de um estudante

que requeira um intérprete para auxiliar na entrevista de imigração.”

Carolina Uribe

o visto, deve somar 40 pontos. Para somar os pontos necessários os estudantes devem apre-sentar a CAS (Confirmation of Acceptance), que é uma referência fornecida pela escola, assim como

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uma database. Esse sistema indica o processo em que o estudante foi examinado pela escola, entre outras informações. Os estudantes também devem apresentar evidência de fundos para o pagamento do seu curso e para as suas despesas com moradia para somarem os pontos requeridos. Há um outro visto classificado na categoria Tier 1 (post study work) que também é muito requisitado por estudantes que concluíram curso superior na Inglaterra. Esse visto tem a previsão de ser abolido a partir de abril de 2012.

Real - Quais as principais mudanças na aplicação para esses vistos e na estada dos estudantes no Reino Unido?Carolina - As principais mudanças nas regras se-rão as horas de trabalho permitidas e a possibilida-de de trazer dependentes. As novas regras restrin-gem os estudantes neste sentido, além de restringir o nível das escolas. O objetivo do Home Office é melhorar a qualidade das escolas que oferecem cursos de inglês e cursos superiores. Real - Qual o nível de inglês que será exigido para cada tipo de estudante? Como isso será comprova-do?Carolina - O nivel de inglês inicial requerido para um estudante de curso de inglês é o B1, nível inter-mediário. Esse nível mínimo requerido já havia sido alterado no ano passado. As novas mudanças na lei agora exigem que estudantes universitários possu-am o nível B2, que é um nível intermediário avan-çado. As escolas já realizavam testes de nível de inglês para o processo de aceitação do estudante. A CAS database fornecida pela escola deve especi-ficar o tipo de teste realizado para examinar o nível do estudante. Estes testes eram muitas vezes tes-tes mais informais, como por exemplo, via skype. As novas regras para vistos de estudantes exigem que as escolas agora requeiram testes específicos para a aceitação do aluno. O aluno continua tendo que apresentar certificado e mesmo depois de aceito pela escola e já com o visto concedido no país de origem, ele poderá ter o nível de inglês testado por oficias de imigração quando na entrada do país. O oficial de imigração poderá recusar a entrada de um estudante que requeira um intérprete para auxiliar na entrevista de imigração. Real - Quanto às horas de trabalho, o que muda?Carolina - Até o momento, os estudantes de cursos de inglês podiam trabalhar no máximo 10 horas por semana e os estudantes universitários até 20 horas por semana durante o ano letivo. As novas mudanças na lei não autorizarão mais os estudantes de inglês a trabalhar. Contudo, os estudantes de cursos de nível superior mantêm o direito a trabalho.

Real - Sobre o tempo de permanência no Reino Unido e a possibildade de renovação, quais as pos-sibilidades para cada tipo de estudante?Carolina - O tempo de permanência com visto de estudante para curso de inglês é de três anos. Já para o tempo de estudo em cursos de nível supe-rior, as novas regras de imigração impõem um limite de cinco anos. O estudante tem a possibilidade de trocar o seu visto para outras categorias de visto sem precisar sair da Inglaterra.O estudante com 10 anos de residência legal no país poderá requerer a residência permanente. Real - O que muda para as escolas/universidades?Carolina - A partir de abril 2012, todas as escolas que desejarem trazer estudantes e oferecer cur-sos deverão ser classificadas como Highly Trusted Sponsor. Haverá um sistema rígido de inspeção das escolas. O novo sistema restringe especialmente as escolas de qualidade de ensino inferior que desejam patrocinar estudantes. Real – Com as mudanças, a dificuldade de obter o visto e permanecer no país aumenta muito? Carolina - Eu penso que as novas regras de imigra-ção dificultam muito a permanência do estudante no país. Principalmente pelo motivo da proibição de trabalho para estudantes de cursos de inglês. Para muitos, será muito difícil sustentar-se em Londres sem o direito a trabalhar e sustentar o seu curso. Para agravar ainda mais a situação, as novas regras de imigração extinguiram as possibilidades de troca de visto para a categoria Tier 1. Real - Em quanto tempo serão feitas estas altera-ções? Carolina - As novas regras foram iniciadas no final de abril. Outras mudanças ocorrerão em julho de 2011 e a partir de abril de 2012. Real - Qual o conselho para quem está no Brasil e deseja estudar no Reino Unido?Carolina - Preparar-se o máximo possível e infor-mar-se corretamente sobre todos os requerimentos para a obtenção do visto de estudante. Basicamen-te, o estudante deverá ter um nível mínimo de inglês e fundos suficientes para se manter no país.

Real - E para quem está aqui e pretende renovar o visto? Carolina - Para aqueles que desejam permanecer no país após a finalização de um curso de nível su-perior, eu aconselho olhar a possibilidade de troca do visto para a categoria Tier 2, que é o visto de trabalho. O visto de trabalho, apesar de ter limita-ções, é mais estável em termos de mudanças do que o visto de estudante e a rota para a requisição do visto permanente é mais rápida.

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Real - Por que tantos brasileiros escolhem estudar no Reino Unido?Michael Mohallem - Estudantes de inúmeros paí-ses desembarcam todos os anos no Reino Unido em busca do ensino de excelência, da experiência de vida agregada aos estudos e do prestígio proporciona-do pelo diploma britânico. Estes fatores certamente motivam os brasileiros. O Reino Unido recebeu 21.534 estudantes brasileiros nos últimos cinco anos e o Brasil era, em 2008, a 12ª nacionalidade em número de vistos de estudantes emitidos. Em 2010, o Brasil caiu para a 17ª posição.

Real - Por que muitos deles decidem ficar por aqui? Não seria mais interessante levar o conhecimento ad-quirido para o país de origem?Michael - Do ponto de vista de oportunidades de tra-balho, me parece que o Brasil, atualmente, tem muito mais a oferecer ao recém-graduado que ingressa no mercado de trabalho do que o Reino Unido. Mas a pergunta abre a possibilidade de esclarecer uma generalização equivocada sobre o número de estu-dantes que permanecem ilegalmente no Reino Unido após expirado o visto. Uma recente pesquisa sobre imigração de estudantes no Reino Unido, de fevereiro de 2011, feita pelo ‘Institute for Public Policy Resear-ch’, conclui que um percentual relativamente peque-no de estudantes (em torno de 20%) ficam no Reino Unido por cinco anos ou mais e apenas 10%, aproxi-madamente, ficam definitivamente.

Real - Qual a sua opinião sobre as mudanças no visto de estudante? Michael - As mudanças, de um modo geral, são equivocadas pois não devem contribuir significativa-mente para a redução dos números gerais de imigra-ção no Reino Unido, além de impactar negativamente no número de estudantes estrangeiros e por conse-quência na economia britânica. Há uma incoerência

“O equívoco, porém, é

imaginar que os problemas de imigração serão resolvidos com o endurecimento das regras de

emissão de visto para estudantes.”

Michael Freitas Mohallem

gritante entre propósitos e meios: não é possível atrair os ‘melhores e mais brilhantes’ estudantes do mundo ao mesmo tempo em que se restringem prerrogativas como a possibilidade de, ao final dos estudos, perma-necer por mais dois anos no país ou se ampliam as exigências para comprovação de fundos. O processo de obtenção do visto é custoso e excessivamen-te formalista. Ademais, a classificação de brasileiros como ‘nacionalidade de alto risco’ do ponto de vista da imigração acrescenta dificuldades no processo de comprovação de documentos e fundos, além de exigir que o brasileiro, ao chegar e sempre que se mudar de endereço, se submeta a longas e humilhantes filas.

Real - Na sua opinião, o que deveria mudar nas defi-nições dos vistos? Michael - Compreendo a necessidade de que pa-íses que recebem muitos imigrantes adotem regras mais rígidas para evitar que os vistos de estudantes se tornem uma porta de entrada para imigrantes que permanecem ilegalmente. O equívoco, porém, é ima-ginar que os problemas de imigração serão resolvi-dos com o endurecimento das regras de emissão de visto para estudantes. O prejuízo que a comunidade acadêmica do Reino Unido arcará ao perder talen-tosos estudantes para outros países (sem falar nas elevadas tuition fees que engordam os orçamentos das universidades) não encontra contrapartida pro-porcional na insignificante redução de imigrantes que entram como estudantes e permanecem ilegalmente.As regras de vistos deveriam levar em conta a enor-me contribuição que estudantes de ponta fazem ao conhecimento e à ciência produzidos no Reino Unido, ao invés de tratá-los como criminosos em potencial. Há uma relação de troca e não apenas um serviço prestado por instituições de ensino (par-ticularmente no nível de mestrado e doutorado) e as leis de imigração deveriam ser capazes de diferen-ciar esse contexto peculiar do estudante.

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Ilustres desconhecidos no conto de fadas real

Texto e fotos: Bete Kiskissian

São cinco horas da manhã. O clima em Lon-dres não poderia ser mais festivo. Bandeiras do Reino Unido cobrem o caminho de en-trada para o Palácio de Buckingham, onde

o príncipe William e Kate Middleton, bem como toda a família real e ilustres convidados irão passar para chegar na Abadia de Westminster, local onde será realizada a cerimônia do casamento.

Dois telões localizados em pontos estratégicos da cidade, Trafalgar Square e Hyde Park, estão a pos-tos para transmitir o que dois bilhões de pessoas ao redor do mundo estão ansiosas para ver: a consu-mação de um conto de fadas real.

O cansaço da espera é regado à biscoitos, frutas e outras guloseimas que oferecemos uns aos ou-tros. A expectativa de ver o casamento mais famoso do mundo nos torna cúmplices e íntimos, e dividir o que temos nos dá uma sensação de que, pelo me-nos entre nós, somos todos convidados de honra.

Enquanto todos esperam pela chegada das per-sonalidades, o som de diferentes sotaques tentam adivinhar como será o vestido da noiva, comentam sobre a benevolência do noivo em descer as esca-darias do palácio na noite anterior ao seu grande

dia para cumprimentar as pessoas que acampavam por lá, entre outras coisas, obviamente relacionadas ao grande evento.

Está chegando a hora!A longa espera começa a render frutos. Às 8:00

horas, todos ouvem um comunicado importante: os noivos após descerem as escadarias da igreja não serão conhecidos pelo mundo apenas como William e Kate, mais sim como Duque e Duquesa de Cam-bridge. Há um grito de saudação geral e a certeza de que veremos um grande espetáculo, o qual em famoso estilo inglês já estava com o roteiro minucio-samente impresso nos principais jornais do país.

Mãos ansiosas para ativar os cliques e flashes de suas câmeras em fotos memoráveis, todos contro-lam a euforia substituindo, por ora, fotos da realeza, pela dos policiais impecavelmente fardados contrata-dos para fazer a segurança do evento, mas que não se importam de servir também de modelo neste dia.

Sons de helicópteros e da fanfarra real abafam o burburinho da multidão. Sabíamos que a hora estava chegando! Carros pretos despontam a cami-nho da Abadia de Westminster, um a um, sem um

Kate Middleton, ao lado do príncipe William, acena para a

multidão na volta ao Palácio

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minuto de atraso. Dentro deles os personagens que todos nós aguardávamos sorriam e acenavam para a multidão, como se nós é que fôssemos as estre-las do dia.

Gran Finale

Auto-falantes espalhados pelas imediações do pa-lácio transmitem a cerimônia ministrada pelo arcebis-po da Cantuária. Na abadia 1900 convidados acom-panhavam o enlace de William e Kate, pronunciados marido e mulher exatamente às 11h20.

No entanto, o melhor ainda estava por vir! Após a cerimônia, homens vestidos a rigor em cavalos pre-tos abrem caminho para os noivos que voltam ao palácio, acenando para o público na deslumbrante carruagem aberta State Landau 1902. A mesma usada no casamento da princesa Diana e príncipe Charles em 1981.

Mais atrás, em outra carruagem, vem a rainha. Tão sorridente quanto a noiva. Seu traje amarelo e a alegria estampada em seu rosto, ao cumprimentar a multidão, a tornam menos realeza. É mais uma avó feliz em ver o neto se casar com a garota dos seus sonhos.

Depois do tradicional beijo na sacada do palá-cio, os noivos fecham as portas atrás de si e vão, finalmente, entreter seus convidados. A multidão se dispersa e de volta para casa, no meu trem, uma surpresa: encontro alguns conterrâneos: Adriana de Oliveira, Pedro Henrique, Paula Oliveira e seu filho.

Eles assistiram ao casamento pelo telão da Trafal-gar Square, porque chegaram muito tarde para pegar um lugarzinho melhor. Mas, como bom brasileiros, mesmo assim estavam felizes de ter a oportunidade de presenciar o famoso casamento entre um futuro rei e sua rainha, que desde já prometem marcar uma nova era na monarquia britânica.

“É um fato histórico que a gente não vai ver mais. Como estou para voltar ao Brasil, esse dia vai ficar marcado na minha memória para sempre”, disse Pau-la. “Foi algo que vamos contar para os nossos filhos e netos. Inesquecível!”, completou Adriana.

Adriana, Pedro, Paula e o filho assistiram ao casamentono telão da Trafalgar

Casal curtiu o casamento real

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LONDRESE POR

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Maria Oller

Gordon’s Wine BarGordon’s é considerado o mais velho bar de vinhos

do mundo e foi fundado em 1890. O bar é amado por idosos e jovens devido à sua atmosfera diferente, que parece ter sido mantida no decorrer dos anos. Assim que você entra no bar, se depara com com um salão de paredes de madeira revestidas por recortes de jornais antigos. Várias das mesas são posicionadas dentro de uma adega com pé direito bem baixo, em que é preciso se abaixar para se chegar a uma das mesas, iluminadas à luz de velas. Em dias ensolarados é possível se sentar do lado de fora, no Watergate Walk, e ver a multidão passar, chegando e saindo à estação de Embankment do metrô.

Vinhos premiados são vendidos a preços razoáveis e encontra-se uma variedade enorme de sherries,

Visita à torre doBig Ben

O Parlamento britânico e o Big Ben são, com certeza, os cartões postais mais visitados de Londres e, para quem mora por aqui, um lugar não exatamente original. Mas já pensou em visitar a torre do reló-gio mais famoso do mundo e ouvir de perto as tão famosas badala-das? Os interessados, dispostos a subir os 344 degraus que dão acesso à torre (cujo nome verda-deiro é St. Stephen’s Tower) e que sejam residentes no Reino Unido, podem entrar em contato com o MP (Member of Parliament) da sua zona eleitoral e solicitar ingressos. As visitas acontecem de segunda a sexta, às 10h30, 11h30 e 14h30. Entrada gratuita. Entre em contato com o seu MP e requisite ingres-sos na página www.parliament.uk

Visita noturna ao Churchill War Rooms

Passe a noite em um dos típicos abrigos subterrâneos da Segunda Guerra no Churchill War Rooms, uma experiência única. Um lugar símbolo de Londres. O evento acontece no dia 13 de maio. Os destemidos visitantes terão a opor-tunidade de voltar no tempo, en-trando nas salas que compunham o abrigo secreto do governo Churchill; localizado sob a Whitehall, a via pública que comunica a Praça do Parlamento com a Charing Cross, bem no coração de Westminster.

The Churchill War Rooms, parte do Imperial War Museum, é um extenso local que já foi o centro de decisões britânicas durante o pe-ríodo da Segunda Guerra. O local, que preserva as mesmas caracte-rísticas originais de 1945, foi revi-talizado e contará com atividades temáticas dos anos 40. Para ajudar a entrar no clima da época, música da década e fashionistas especialis-

tas em anos 40 transformam os ca-belos e maquiagem dos visitantes, que podem inclusive experimentar roupas e acessórios da época. Concluída a produção, o bacana é tirar uma foto em frente à porta original do número 10 da Downing Street, que está em exposição no local, ou em uma das 30 salas ocupada pela equipe de Churchill durante a Segunda Guerra.

Para saber mais detalhes sobre Churchill, você pode se juntar a uma das visitas informais guiadas

pelo local, que acontecerão durante a visita. O espaço também conta com loja de lembrancinhas e bar. Quando: 13 de maio, das 18h às22h (somente para adultos). Últi-mo horário de admissão: 21h.Entrada: £15.95, £12.80 (maiores de 60 anos e estudantes) e £9.60 (portadores de necessidades espe-ciais, sendo que o acompanhante tem entrada gratuita). Endereço: King Charles Street, Lon-don SW1A 2AQ. Metrô: Westmins-ter. Informações: cwr.iwm.org.uk

madeiras e ports servidos diretamente do barril. Os vinhos podem ser acompanhados por generosas por-ções, desde tortas caseiras a queijos curados.

Para os interessados em história, o prédio onde hoje é o bar foi previamente ocupado por Samuel Pepys, antigo membro do parlamento britânico e autor de um diário, que descreve grandes eventos presenciados por ele, como a Grande Praga e o Grande Incêndio de Londres (1666). Mais tarde foi utilizado como um depósito e foi invadido pelas águas do Tâmisa, antes da família Gordon comprá-lo, em 1890. Curiosamente, os atuais donos do local também são Gordon, mas não possuem nenhum parentesco com os Gordons que originalmente eram os donos do local.

Gordon’s: 47 Villiers Street, London WC2N 6NE www.gordonswinebar.com

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Brighton Festival 2011Entre os dias 7 e 29 de maio,

Brighton tera muita música, teatro, dança, literatura e eventos artísti-cos, em um dos maiores festivais do gênero na Inglaterra. A edição deste ano tem como convidada especial a diretora Aung San Suu Kyi, uma corajosa líder na luta pe-los direitos humanos, ganhadora do prêmio Nobel da Paz em 1991. Aproveitando as influências de Kyi, o festival celebra a liberdade através das manifestações musi-cais, de dança, circo, teatro, arte, cinema e palestras.

Haverá ainda uma série de eventos gratuitos ao ar livre para todas as idades, estrelados por artistas ingleses e estrangeiros. Os espetáculos são extremamente visuais e, não raro, acontecem em meio à movimentação rotineira da cidade. Um dos destaques é o grupo francês de teatro de rua, Gé-nérik Vapeur, que com mais de 24 anos, já se apresentou para mais de 3 milhões de espectadores.

Como chegar a BrightonSaindo de Londres, os ônibus

são frequentes e saem da es-tação de Victoria.Trem: partem frequentemente das estações de Victoria e London Bridge. A viagem dura cerca de uma

hora. Carro: Brighton fica a cerca de 60 Km de Londres. Estradas A23/M23 e A27 e A24. Mais informações sobre preços das atrações pagas e toda a progra-mação no portal www.brighton-festival.org/

Grupo de teatro de ruaGénérik Vapeur

Midsummer, do grupo Traverse Theatre Company

Foto: Euan Miles

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Nome: Mariana Stela CamarotteIdade: 33 anos

Local de origem: São Paulo - SP

Por que você resolveu vir morar em Londres? Morava em Lisboa e achei que em Londres teríamos mais oportunidades de crescimento.

Há quanto tempo você está aqui?Nove anos.

Como foi a primeira reação ao chegar? O que você mais estranhou?Fiquei muito feliz, a primeira parte do meu sonho havia se realizado. Estranhei a individualidade das pessoas. Mesmo entre família, cada um tem a sua vida.

O que mais gosta e o que não gosta na cidade?Adoro os museus e os parques, em Londres faz-se muito sem gastar quase nada. Não gosto do trânsito e acho o transporte caro.

Qual o seu lugar predileto em Londres?As casas do Parlamento e o Big Ben. Cada vez que passo por lá me sinto feliz, vitoriosa.

Fale da sua rotina. Trabalha? Estuda? Eu e meu marido, Marcos, temos um Café (Brazi-liana Café) em Crystal Palace, no sul de Londres. Trabalho sete dias na semana, tenho duas filhas, Beatriz, 4 anos, e Olivia, 11 meses. É uma rotina bem puxada, mas temos os anjos que estão sem-pre prontos a nos ajudar.

Você já passou por alguma situação difícil, algu-ma “roubada” por aqui?Uma vez quando procurava trabalho de cleaner dis-tribuindo papéis nas casas, um senhor me chamou para uma entrevista… Marcos foi comigo e disse: ”Qualquer coisa joga o que tiver na frente pela janela que eu entro.” Nem precisou, o senhor veio logo dizendo que não precisava limpar… ele queria companhia. Agradeci e saí de lá rapidinho… Logo depois encontrei uma ótima família e lá fiquei até entrar na faculdade.

Como conheceu a Real? Que seção ou assunto você mais gosta na revista?Através de uma loja brasileira. Me lembro da primei-ra edição, comentei com o Marcos: ‘até que enfim uma revista com matérias interessantes’. Desde então lemos todas as edições. Estou adorando a coluna dedicada às mulheres.

Tem alguma sugestão ou tema de interesse que gostaria de ler nas páginas da Real?Acho que poderiam abordar mais sobre a vida dos brasileiros que se estabeleceram em Londres. Tem muita gente boa por aqui, desenvolvendo ótimos tra-balhos e propagando a nossa cultura.

Alguma dica para os recém-chegados em Lon-dres?Perseverança. Quem sonha sempre alcança.

A experiência está valendo a pena?Sim. Sou muito feliz aqui com minha família e meu negócio.

O que você mais sente falta do Brasil? Da família, das frutas e do nosso calor humano. No Brasil, de uma estação de metrô a outra, a gente se transforma no melhor amigo de muita gente…

Pretende voltar para o Brasil?No momento minha vida é aqui. O futuro, a Deus pertence.

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Os números do BrasilOs números do BrasilB

rasi

lBRASIL

Visão do Brasil

A nova safra de dados do IBGE revela a complexida-de e a pluralidade do país, cuja população atinge

190,7 milhões de habitantes, o que significa o maior contingente populacional da América Latina, o segundo das Américas – apenas atrás dos Estados Unidos – e a quinta maior população do mundo.

Diversidade regional e étnica

Desse total, 91.051.646 habi-tantes se declararam brancos, o que equivale a 47,7% da popula-ção brasileira. Os brancos brasilei-ros somam mais do dobro de toda população da Argentina, o país onde o percentual de brancos é o maior das Américas.

Outros 99.697.545 de brasilei-ros apresentaram-se como pardos, pretos, amarelos e indígenas, o que representa 53,74% da popu-lação brasileira, logo a maioria da população do país. Esses quase cem milhões de brasileiros re-presentam aproximadamente 16 vezes a população do Paraguai.

Os pardos são 43,1% ou 82,2 milhões de pessoas. Já os pretos são 7,61% ou 14,5 milhões de bra-sileiros. Na Bahia, as pessoas que se declaram pretas correspondem a 17,10%, ou 2.397.249 habitan-tes, o que representa, em termos percentuais, o maior contingente nacional de afro-descendentes.

Os amarelos, ou orientais, somam 1,09% ou 2,1 milhões de habitantes (concentrados sobretu-do nos estados de São Paulo e do Paraná). Os indígenas são 0,4% da população e somam 817.900 habitantes. No Amazonas chegam a 168.680 moradores ou 4,84% da

população do estado. Em termos percentuais, Roraima tem a maior fração indígena da federação: 11, 01% de sua população.

O Norte do Brasil – que corres-ponde, grosso modo, à Amazô-nia – possui proporcionalmente o maior número de pardos no país, com 66,88% de habitantes que assim se consideram. No Pará os que se declaram pardos chegam a 69,51% da população, a mais alta porcentagem do país.

Nas regiões Nordeste e Centro--Oeste, o número de pardos também supera o de brancos. Ao contrário do que ocorre no Sul do país, onde a percentagem de brancos atinge 78,47% dos habitantes. Em Santa Catarina os brancos chegam a 83,97%. No Sudeste, o número de brancos também supera o de pardos.

São Paulo apresenta a maior população do Brasil: 41.262.199 de habitantes. No estado vive o maior contingente absoluto de brancos: 26.371.709; de par-dos: 12.010.079; e de amarelos: 558.354. Os habitantes de São Paulo correspondem a duas vezes e meia a população do Chile.

Ritmo do crescimentoO ritmo de crescimento da

população brasileira é moderado e declinante. A explosão demo-gráfica é coisa do passado, o que é uma boa notícia. O chamado bônus demográfico permitirá um aumento considerável da quali-dade de vida, sobretudo se for acompanhado de políticas públi-cas adequadas.

No Sul, os índices de cresci-mento populacionais são baixís-simos. O Rio Grande do Sul é o

estado que menos cresceu nos últimos dez anos, apenas 0,49% ao ano, bem abaixo da média nacional, de 1,17% ao ano. Em 2000 havia no estado 10.181.749 de habitantes, enquanto que em 2010 são 10.693.929.

No Norte do país acontece exatamente o contrário. Entre os recenseamentos de 2000 e 2010, a região apresentou um cresci-mento populacional de 2,09% ao ano, quase o dobro da média nacional. Nesse período, a popu-lação aumentou em 2.963.750 de moradores. Apesar do cres-cimento, a população da região ainda é relativamente pequena, apenas 15.864.454 de habitantes, ou 8,3% da população brasileira. Pequena sobretudo se levarmos em conta que o Norte correspon-de a mais da metade do território nacional.

Evolução históricaEm 1872 – antes da grande

onda imigratória, quando o Brasil ainda era uma monarquia escravo-crata – o país tinha 9,9 milhões de habitantes. Em 1900 – nos primór-dios da industrialização, quando o país estava sob o domínio da oligarquia paulista – a população já chegava a 17,4 milhões. Em 1950 – o período democrático, com Getúlio Vargas eleito, quando se lutava pelo “petróleo é nosso” – a população brasileira já havia atingido 51,9 milhões. Em 1970 – tempo de rápido crescimento econômico, aprofundamento da desigualdade social, ditadura feroz e urbanização caótica – a população brasileira chegara a 91,1 milhões. Em 1990 – quando Fernando Collor de Mello, de triste

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Os números do BrasilOs números do BrasilAlberto Luiz Schneider

memória, administrava o Brasil – éramos 146,9 milhões de habi-tantes. Em 2010 chegamos 190,1 milhões de habitantes.

As próximas décadas assistirão a um certo crescimento popula-cional, mas nada comparável com a intensidade verificada no século XX, quando a imigração estran-geira e a manutenção de altas taxas de natalidade, conjugadas à diminuição da mortalidade – em função da elevação das condições de vida – determinaram brutal crescimento populacional.

Para não se ufanarEntre os brasileiros com

mais de 15 anos de idade, 13.940.729 não sabem nem ler nem escrever, o que corresponde a 9,6% da população, um dos piores índices da América Latina. No Nordeste, o analfabetis-mo chega 19,1% da popu-lação. Já no Distrito Fede-ral, é de apenas 3,5%. A realidade, possivelmente, seja pior do que os núme-ros sugerem. Os dados, porém, mostram modes-ta evolução. No senso de 2000, os analfabetos correspondiam a 13,6% da população brasileira. Nossos quase 14 milhões de analfabetos equivalem a 4 vezes a população do Uruguai, o país da Amé-rica Latina que apresenta os melhores indicadores educacionais da região.

DemofobiaNum país que precisa melhorar

dramaticamente a educação, o governo do estado de São Paulo – o mais rico do país – cortou um pro-grama de bolsas que permitiam aos alunos da rede estadual cursar inglês (ou outras línguas) na rede privada. No ano passado, esse programa beneficiou 80,8 mil estudantes, infor-mou a Folha de S. Paulo (25/04/11).

Os tucanos de alta plumagem mandam seus filhos estudar inglês

no exterior. Londres por exemplo. Já os meninos

pobres, cuja es-cola é ruim, agora não podem mais compartilhar aulas de inglês na rede privada, junto com a rapaziada mais

bem aqui-

nhoada. Para que gastar dinheiro com gente pobre, se “nunca vão precisar disso”, parecem pensar os dirigentes paulistas. Há poucos dias, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, num acesso de admirável honestidade intelectual, afirmou que o PSDB perde tempo em disputar o “povão”, pois deve-ria se concentrar nas classes mé-dias. É uma opção legítima numa sociedade pluriclassista, aberta e democrática. Vota num ou noutro partido quem se sentir representa-do pela agremiação. No entanto, faria bem aos tucanos compreen-derem o vocábulo demofobia. Se-gundo o Aurélio: “De demo + fobia = temor patológico a multidão”. De acordo com o Micaelis: “sf (demo+fobo+ia). Aversão, ini-mizade ao povo”. Por que não inglês para o “povão”?

Alberto Luiz Schneidergraduou-se em História pela UFPR,

Mestrado na PUC-SP, Doutorado na Unicamp e pós-doutorado no King’s College London. Atualmente é pós-

-doutorando no Departamento de História da USP

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Bra

sil

A economiae o Brasil

José Ricardo Aguilar

Muitos economistas e profissionais reconhecem o desenvolvimento que o Brasil está passando, mas poucos têm expressado o que é necessário

para continuar este crescendo econômico. Mesmo que o Brasil tenha um crescimento significativo a se esperar, a realidade é que a economia brasileira ainda não está lá. Todos os indicadores mostram que, eventualmente, o país se tornará uma “força desenvolvida”, e há pouca dúvida disso, mas antes que o país possa chegar nesse ponto, o Brasil terá que passar por uma fase de sustentabilidade. É ex-tremamente crucial que o Brasil não só tenha como meta o crescimento econômico rápido, mas em primeiro lugar, o país tem que descobrir a fórmula para manter esse crescimento.

A possibilidade de sustentar o crescimento eco-nômico tornou-se realidade no final da presidência de Itamar Franco e após o sucesso do Plano Real, liderado por Fernando Henrique Cardoso em 1994. O sucesso do Plano Real iniciou o ciclo de desen-volvimento e estabilidade que o Brasil vive neste momento. Hoje, tanto a “estabilidade e continuida-de” são as razões por trás da eleição da primeira mulher presidente de um país conhecido, também, por seu machismo. Dilma Rousseff agora lidera o país com as promessas de manter o crescimento econômico e a continuação da expansão da clas-se média. A presidente Dilma assumiu o governo em um momento confortável, mas ainda há muito trabalho a ser feito se ela quiser manter suas pro-messas.

Além de continuar a melhorar certas áreas como

ampliação do crédito, criação de mais empregos e o envolvimento necessário do governo (porém limitado), a lista de tarefas a fazer ainda é longa. Para sustentar esse crescimento, é necessária a aprimoração de diversas áreas. Alguns setores que necessitam melhorias são a saúde pública, setor agropecuário, excesso burocrático e a necessida-de de reforma tributária. Em meio a esta lista, dois fatores importantes se destacam: 1) o baixo nível de infra-estrutura e 2) o fraco sistema educacio-nal no Brasil. A infra-estrutura no Brasil está bem abaixo do nível econômico. O país deve melhorar suas estradas, aeroportos, portos e muito mais se pretende acompanhar a crescente atividade econômica. O mesmo é verdade para o sistema educacional. O país precisa produzir mentes mais capazes e talentosas para que estes possam con-tinuar a apoiar o crescimento e guiar o país a um desenvolvimento futuro.

O Brasil demonstra promessa e caráter. Este é um lugar onde, hoje, os pobres começam a se sentir motivados para subir os degraus da classe econômica. Este é também o lugar onde a música é poderosa o suficiente para inspirar o povo com ou sem emprego. O mundo está ansioso para ver como o Brasil pode misturar o seu samba com uma economia política atraente, mas antes que o país possa chegar lá, o Brasil precisa tratar dos setores em decadência para manter e sustentar o cresci-mento econômico.

José Ricardo AguilarUniversity of Bridgeport, EUA

sites.google.com/site/joseaguilar113/home

OPINIÃO

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Rogério Fischer

Bra

sil

Se as torres gêmeas do World Trade Center caí-ram de maneira espeta-cular no dia 11 de setem-

bro de 2001, o troco se deu na mesma moeda: na noite de 1º de maio, quase dez anos depois do maior ataque terrorista da Histó-ria, uma tropa de elite da Marinha norte-americana matou Osama Bin Laden, desde então inimigo público número 1 dos Estados Unidos. Em uma operação cine-matográfica, agentes entraram pelo ar – foram utilizados dois helicópteros – em uma fortaleza que abrigava o líder da Al-Qaeda a menos de um quilômetro de distância de um regimento militar paquistanês em Abbotabad, ao norte da capital Islamabad.

A diferença entre as duas ações é que o drama americano foi acompanhado em tempo real pelo mundo todo, desde que um

NÚMERO 1

primeiro avião, dos quatro que foram sequestrados por agen-tes de Bin Laden em diferentes aeroportos do país, atingiu a torre sul em NY. Durante horas, ao vivo, foram exibidas imagens das torres atingidas e depois desmoronadas, a saga de um avião atirado contra o Pentágono e outro que, acredita-se, estava sendo dirigido à Casa Branca porém caiu antes, derrubado pe-los passageiros rebeldes – estes, sim, grandes heróis.

No Paquistão, a operação mili-tar – desferida sem o conhecimen-to do governo local – durou 38 mi-nutos e foi acompanhada apenas pelos agentes em ação e, remo-tamente, nos Estados Unidos, por alguns poucos graduadíssimos funcionários civis e militares. As poucas imagens da operação – a troca de tiros inicial, o avanço dos agentes até a sala de Bin Laden,

a execução do terrorista e o corpo dele supostamente sendo jogado no mar – manter-se-ão guardadas a sete chaves.

Mesmo uma “simples” foto de Bin Laden morto, que muitos exigem para acreditar na morte do terrorista, deve ser negada ao mundo pelo presidente Bara-ck Obama. Com razão: além de apenas saciar o desejo tétrico de milhões de indivíduos, uma imagem de Bin Laden estourado também teria o poder – não des-prezível, nunca – de atiçar mais ódio e rancores contra os ianques imperialistas. Não foi por outro mo-tivo que, embora alegando respeito a tradições islâmicas, o corpo teria sido jogado no mar. Enterrá-lo, fosse em qualquer solo, significaria criar na Terra um local de admira-ção e peregrinação para adeptos do fundamentalismo religioso. Ou seja, nitroglicerina pura.

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No Brasil, o senador paranaense Roberto Requião está anos-luz à frente de qualquer rival na disputa pelo posto de inimigo nú-mero 1 dos repórteres brasileiros. Há alguns anos, então governador, Requião – jornalista formado em Curitiba – coroou a truculência com que sempre tratou a imprensa e, durante uma coletiva, torceu o dedo do repórter Fábio Silveira, do Jornal de Londrina. Há alguns dias, agora no Senado, tomou o gravador das mãos de Victor Boyadjian, repórter da rádio Bandei-rantes que lhe havia feito uma pergunta sobre a aposentadoria que recebe como ex-go-vernador do Paraná. O gabinete de Requião devolveu o aparelho ao jornalista – mas sem o cartão de memória.

No Congresso, duas matérias disputam o posto de “número 1” das prioridades nacionais. Uma está no fim – o novo Código Florestal. A outra, apenas começando – a reforma política. A revisão do Códi-go Florestal está para ser votada a qualquer momento, depois de muita discussão e polêmica. O relator do projeto, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), é

estigmatizado como um defen-sor do agronegócio. A votação

que se avizinha

vai opor fortemente ambientalistas contra a bancada ruralista.

O novo código introduz mu-danças como a redução de 30 metros para 15 metros (chega-se a falar em 7,5 metros) da área de mata ciliar em margens de rios. Outras polêmicas são a isenção a pequenos produtores de cum-prir os percentuais de reserva legal e a anistia a produtores que desmataram até julho de 2008. A presidente Dilma Rousseff já sina-lizou que cumprirá compromisso assumido em campanha e vetará pontos do projeto que afrouxem regras de proteção ambiental e anistie crimes.

Já a reforma política começa finalmente a sair das discussões acadêmicas. Foram criadas co-missões na Câmara e no Sena-do. Paralelamente aos trabalhos parlamentares, partidos enviaram suas propostas para apreciação. A comissão do Senado aprovou recentemente suas primeiras propostas. Entre os principais pontos, dão fim à reeleição e às coligações partidárias nas eleições proporcionais. Aprovam o finan-ciamento público de campanhas, reforçam a fidelidade partidária e adotam a candidatura avulsa. Com o fim da reeleição, é provável que o mandato presidencial passe a ser de cinco anos.

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aCAPA

ELE TE

M XFACTOR

! Em entrevista exclusiva à Real, Wagner Carrilho fala sobre os bastidores do programa de calouros mais famoso da TV britânica, da fama e do sonho realizado de viver de música Bete Kiskissian

Quem não se lembra de Wagner? Ele foi uma das figuras mais marcantes e polêmicas do famoso programa de calouros britânico X Factor 2010.

Com um visual único, uma presença de palco inusitada e um repertório para lá de contro-verso, Wagner Fiuza Lima Carrilho, 55 anos, para surpresa de muitos, e até dele mesmo, se manteve firme no programa durante oito semanas e atraiu uma legião de fãs.

Apesar das duras críticas dos jurados do X Factor e dos ataques dos tablóides britânicos, o professor de Educação Física e karatê, pa-raibano de nascimento e carioca de coração, não abandonou a batalha e hoje tem colhido os frutos de sua aparição na telinha britânica.

Num papo franco com a Real, Wagner conta as lutas que enfrentou em seus 19 anos no Reino Unido, como chegou ao X Factor e driblou as duras críticas e, sobretudo, porque vale a pena acreditar nos sonhos.

Real - Como surgiu o seu interesse pela carreira musical?Wagner - Eu sempre gostei de cantar, mas no Rio se você não tem fama, você ganha uma miséria para cantar. Além disso, é uma grande dificuldade encontrar músicos que querem seguir um cantor sem fama. Como eu dava aulas de Educação Física em escolas durante o dia, e karatê à noite, eu cantava apenas por prazer. Não via a possibilidade de me tornar um cantor profissional no Brasil. Quando vim para a Inglaterra, reparei que os cantores de pub não têm palco, eles se espremem num canto do pub e ganham às vezes apenas 30, 100 e até 150 libras, não mais do que isso. Sendo assim pensei: ‘eu não vou cantar aqui também, é melhor tra-balhar durante o dia.’ Mas não quis desistir porque a música está no meu sangue. Meu pai, Pascoal Carrilho, era chamado de Prínci-pe dos Auditórios, uma vez que foi o pioneiro como cantor na Rádio Tabajara antes da TV ser o maior veículo de comunicação no país.

Papai fazia shows no Teatro Santa Rosa de João Pessoa (PB), onde quem podia pagar ia lá assisti-lo e quem não podia, ouvia-o pelo rádio. Além disso, meu bisavô era maestro de orquestras e todos os meus primos são músi-cos. Eu sempre gostei de cantar, mas achava que ser cantor no Brasil era uma dificuldade danada, aí vim para a Inglaterra e constatei que aqui acontece o mesmo.

Real - Foi a música então que o trouxe ao Reino Unido?Wagner - Como nasci em 1956 e os Beatles e os Rolling Stones surgiram nos anos 60 e eu sempre gostei deles desde pequenininho, isso me influenciou sim, mas... ah, na verda-de sempre quis vir para a Inglaterra. Cheguei aqui em 1992.

Real - Quais foram os seus primeiros em-pregos em terras britânicas?Wagner - Trabalhei como instrutor de acade-mia, depois virei gerente de academia, e mais tarde vendedor de double glazing, o que se pagava uma fortuna na época, mas só quem era do meio sabia disso. Eu era funcionário de uma firma nacional que pagava muito bem. As vendas me ajudaram muito a desenvolver o meu vocabulário e melhorar o meu inglês. Depois de um tempo, comecei a trabalhar em escolas como professor e, a partir daí montei a minha academia de karatê.

Real - Se você era dono de escola de karatê, como explica os comentários na época do X Factor a respeito de você viver de benefícios? Wagner - Quando você é jogador de futebol acaba tendo um problema no joelho, quando é tenista, no cotovelo; e eu como professor de karatê, adquiri um (problema) nos ombros. Me submeti a minha primeira cirurgia em 2008 e assim fiquei vivendo de benefícios do governo a partir desta data. Nessa época, ao mesmo tempo me separei da minha esposa e mãe do meu filho. Fiquei sozinho vivendo de benefícios depois de ter morado numa casa bonita com três quartos. Eu não quis pedir a minha parte na casa, achava que a minha esposa não ia ter o dinheiro para me pagar, aí acabei indo morar num bangalô do council. Entre 2008 e 2010 me submeti a três cirurgias nos ombros, o que quer dizer que o braço esquerdo ficou na tipoia duas vezes e o direito uma, durante seis semanas e mais um tempo de fisioterapia. Por causa disso não tive mais como dar aulas, fechei a minha academia e fiquei só nos benefícios. Eu que sempre tive Jaguar, cheguei uma vez a ter

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Wagner em ação no X Factor, programa que o lançou à fama no Reino UnidoFoto: Ken McKay/TalkbackThames/Rex Features

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um Porsche dourado, de repente me vejo andando quilômetros na chuva para economizar o dinheiro do ônibus, indo ao supermercado depois das 7 da noite para comprar comida mais barata e voltar embai-xo de chuva com as sacolas de plástico cortando os dedos. E, foi diante de tudo isso que eu pensei: ‘se a vida inteira eu não cantei porque eu tinha que trabalhar, agora que eu não posso trabalhar, eu vou cantar.’ A partir daí, fiz um ensaio com um pianista, montei um repertório dos três tenores, inclui algumas músicas em inglês que eu gostava, fiz seis shows em pubs e disse: ‘isso não é para mim não, cantar espremido num canto, sem um palco, carregando equipamento e ganhando pouco dinheiro, eu vou no X Factor, porque lá eu chego a algum lugar, não sei aonde, mas em algum lugar eu chego.’

Real - O que aconteceu quando você se apre-sentou no X Factor pela primeira vez?Wagner - Eu cantei “O Sole Mio” e ganhei sim dos qua-tro jurados. A partir daí eu fui para o Boot Camp (lugar onde os participantes aprovados passam por uma repesca-gem para ver quem vai fazer uma audição na Casa dos Jurados e depois ser escolhido para os shows ao vivo). Lá no Boot Camp todos os candidatos tiveram que cantar “Poker Face”, da Lady Gaga, e eu fiz um blues da música. Os jurados gostaram e depois eu cantei “Footprints in the Sand”, da Leona Lewis. Quando terminei, o Dermont, apresentador do programa, disse: ‘Wag-ner, você fez a Nicole Scherzinger (uma das juradas) chorar, o que você tem a dizer sobre isso?’ Eu disse: ‘ela chorou?’ Porque com a luzes eu não vi e isso nunca foi mostrado na TV.

Real - Como era feita a escolha do repertório?Wagner - As únicas canções que eu escolhi foram “O Sole Mio” e “Footprints in the Sand”, todas as outras foram impostas a mim. Eu só sabia dois dias antes do show ao vivo que música eu ia cantar. Eram somente dois dias para aprender a letra para cantar na frente de um milhão de pessoas. Depois que sai

do Boot Camp, fui para a casa dos jurados, no meu caso a do Louis Walsh, que era meu mentor, onde cantei “You Got the Love” e não fui selecionado. Mas este ano eles tiveram aquele negócio de wild card (onde um candidato a mais de cada categoria teve a chance de ser escolhido para se apresentar nos sho-ws ao vivo). De repente já podia estar tudo premedi-tado antes, porque o show é altamente organizado e quem sabe eu não teria nem passado pela repes-cagem, talvez o plano era esse, não sei... Mas eles sabiam que eu gostava de cantar músicas bonitas, mas quando o Louis me disse que eu ia cantar “She Bangs / Love Shack”, eu disse: ‘ok?!’

Real - Você gostou quando soube que o Louis seria o seu mentor?Wagner - Outra pergunta... O Louis é mentor mes-mo ou tem alguém encarregado de organizar os

repertórios e os esterióti-pos? Eu não sei, mas gosto do Louis, ele é engraçado.

Real - Mas você preferia que o seu mentor tivesse sido outro, como o Simon Cowell, por exemplo?Wagner - Eu acho que eu preferia o Simon sim. Eu gosto dele porque uma coisa ele tem

em comum comigo. Quando eu chego no estúdio converso com os faxineiros, o pessoal da cozinha, o pessoal que arma o palco, os motoristas de ônibus, caminhão, e o Simon é assim também, ele conversa com todo mundo. Ele é super legal.

Real - Como era a maratona musical?Wagner - Na segunda-feira eles te davam a música, estabeleciam o tom, mas tudo numa pressa danada. Às vezes eu não cantava tão bem porque a música não era no meu tom. Mas de repente na terça ou quarta, eles mudavam a canção e não dava tempo de ensaiar durante a semana, porque tínhamos que filmar aqui e ali, ir a vários eventos, etc. Na quarta, nós ensaiávamos na academia sem cantar praticamente, apenas íamos até lá para entender qual seria a coreo-grafia, e na quinta a gente cantava, mas quando che-gava nesse dia eu nunca sabia a letra. Eu só aprendia

Popular, Wagner posa com os motoristas da produção

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a canção no último minuto, atrás do palco eu ainda estava com a letra tentando aprender, porque eram músicas que eu nunca tinha prestado atenção, por-que não gostava delas.Real - Você acha que eles davam preferência para outros candidatos? Tinha tratamento diferenciado? Wagner - Bom, qualquer um pode observar a verdade porque não se pode esconder o sol com a peneira. Eles sabiam que o que eu gostava de cantar eram músicas bonitas, as quais eu podia mostrar a minha voz. No entanto, eu tinha canções faladas, com letras tão rápidas que às vezes eu errava na nota porque estava preocupado em não esquecer a danada da letra. Enquanto outros candidatos can-tavam canções lentas, eu tinha que cantar músicas rápidas que não mostravam a minha voz. Eu pensa-va: ‘espera aí, isso é que nem carioca querer fazer desafio repentista na Paraíba, não dá!’ Porém, Deus sempre me dava forças e eu conse-guia chegar até o final da apresentação. Eu acho que como todos os outros eram nati-vos e tinham canções mais lentas, e eu tinha canções tão rápidas, eu tive um trabalho duro pela frente.

Real - Você acha que foi discrimina-do de alguma forma, por causa do sotaque, por exemplo?Wagner - A Dannii Minogue, na primeira vez que eu cantei, disse que não entendeu nada que eu havia cantado. Eu disse a ela: ‘me perdoa, mas eu não tenho como esconder o meu sotaque.’ Mas mesmo assim eu não diria que fui discriminado pelos jurados e pelos outros candidatos, especialmente na Tour do X Factor. Nós fizemos 57 shows pelo Reino Unido e eu me apaixonei por todos os funcionários, as moças, as senhoras e os rapazes que passaram pelo meu ca-minho. Foi uma experiência maravilhosa. Eu acho que a discriminação veio mesmo dos tablóides ingleses. Eles me chamavam ‘The Brazilian’, mas não me cha-mariam the ‘Black Man’ ou ‘The Muslim’. Como na legislação não existe nada que diz que não se pode chamar o cara de ‘The Brazilian’, então eles abusaram disso. Eles nunca me chamaram de ‘British Brazilian’.

Wagner com o apresentador do X Factor, Dormet O’Leary

Além disso, eles inventaram que eu entrei no quarto da Mary quando ela estava nua e me recusei a sair. O que mais? Ah, eu nunca fui expulso da casa...

Real - Você pediu para sair?Wagner - Sim, porque aquilo era um pesadelo. Ti-nha um monte de gente e quatro banheiros, imagina a desgraça (risos) e a imundície na cozinha. ‘Ah, tá sujo, não fui eu que sujei,’ então suja mais um pouco. Eu pedi para ir para um hotel porque eu não aguentava mais ficar naquela casa, e foi ótimo. E a imprensa inglesa disse que eu fui expulso!

Real - E o rumor de que você dormiu com a candi-tada Chloe Máfia, é ou não verdadeiro?Wagner - Não, de forma alguma. Nunca, jamais.

Real - E o de que você usa drogas?Wagner - Eu acho que a gen-te vive num mundo um pouco hipó-crita. Arnold Schwarzene-gger liberou a maconha na Califórnia e os impostos da sua venda pagaram a divida do país, na Holanda a maconha é livre. Dessa forma lá não tem guerra de polícia e ban-dido como no

Rio. A maconha sempre foi vista de forma negativa, mas eu não conheço nenhum cantor, músico ou surfista que não fume maconha. Ela tem um sabor muito gostoso, mas eu sou contra cocaína, pílulas, heroína e beber demais eu também acho horrível.

Real - E aquele pequeno incidente ao vivo que aconteceu entre você e a Cheryl Cole (cantora e uma das juradas do programa)?Wagner - Haviam alguns repórteres que se aproxima-vam de mim fingindo ser fãs e um deles me perguntou o que eu achava da Cheryl. Eu disse que ela é uma moça muito bonita, talentosa, que saiu de um council estate, tipo uma rosa que nasce na favela, e o cara deturpou tudo. Ele escreveu que eu a havia chamado de chav (esteriótipo de adolescente agressiva de baixa classe social), e que ela havia tido sorte em se dar bem no show business. Disse isso porque é tão difícil, eu

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também tive sorte. O fato dela ter reclamado em frente às câmeras fez com que muita gente achasse que não ficou bem para ela. Mas eu entendo, ela disse o que disse porque achou que o que o repórter havia escrito, era o que eu havia dito a ele, o que não era verdade.

Real - O que você acha da Cheryl como cantora?Wagner - Eu acho que ela é belíssima, ela tem uma combinação de cor de cabelo, pele e olhos que...

Real - E como profissional?Wagner - Eu vi uma performance dela e achei fantástica. Ela é tão bonitinha, ela canta direitinho e é muito linda.

Real - No programa, apesar das críticas, você esta-va sempre sorrindo. Isso irritou alguns, mas também atraiu uma legião de fãs. Essa foi a maneira que você escolheu para driblar a situação ou você é desse jeito mesmo?Wagner - Quan-do eu estou no palco eu sou o homem mais feliz do mundo. Eu adoro pegar onda no mar, principalmente no Nordeste, onde a água é morna, mas eu acho que eu sou mais feliz ainda no palco. Então, quando eu termi-no uma canção, eu estou tão feliz quanto um motociclista que chega ao seu destino sem ter caído. E eu sorria de felicidade de ter acabado a mú-sica. Quanto ao comentário dos jurados, eu sabia que aquilo era um script e que eles jamais iriam me fazer muitos elogios... mas é engraçado como isso mudou, porque quando eu cantei “She Bangs” e “Love Shaka”, o Simon disse que eu era o preferido dele, mas depois daquilo (risos), eles começaram a me criticar. Eu acha-va graça porque eles me escolheram para ser esse tipo maluco e haviam coisas que eu até inventava e fazia coisas mais malucas ainda. Na minha vida normal eu posso ser mal humorado, mas quando estou no palco sou uma outra pessoa, ou talvez quando estou no palco eu sou eu, e quando não estou lá, sou uma sombra de quem sou.

Real - As críticas chegaram a te incomodar alguma vez, a ponto de você não querer entrar no palco?

Wagner - Não, não, minha atitude sempre foi: sai da minha frente que eu quero passar, abre a porta que eu quero o palco, me dá o palco!

Real - Você acha que foi essa atitude que lhe rendeu muitos fãs?Wagner - Eu não sei o que me trouxe tantos fãs... porque se você for no Youtube você vai ver Wagner em Liverpool, Wagner aqui e acolá... eu fiz tantos shows, as pessoas me adoram, é incrível. Acho que as pessoas gostaram de mim em primeiro lugar porque todo mundo morria de medo dos jurados, mas eu não, porque como meu pai era uma celebridade, eu cres-ci com muitos músicos e pessoas famosas à minha volta. Em segundo lugar porque eu sempre deixei claro que para mim era importante participar e ser visto, não vencer. Enquanto todo mundo chorou quando saiu do programa, eu fiquei muito alegre quando isso aconte-ceu comigo, pois estava cansado daquela rotina. Eu

já estava lá há oito semanas, numa escravidão que ia das 7 da manhã à 1 da madrugada. O dia inteiro tra-balhando, filma isso, filma aqui-lo... Vencer não é importante, se eles quisessem que eu ganhas-se, eles teriam me dado can-ções bonitas. Eu estava ali para atrair a audiência e o que eu tinha que fazer eu já tinha feito. Além disso, eu sempre

tive uma atitude de samurai por causa da minha edu-cação católica e japonesa (risos). Como sempre treinei judô e karatê, a filosofia japonesa ajuda. O samurai quando vai lutar tem que estar sempre preparado para a morte, e eu estava sempre preparado para ir embora no domingo. Sendo assim, eu nunca estava nervoso. E no dia que eu deixei o programa, mantive a mesma atitude, não chorei e saí feliz.

Real - Existe alguma armação? Eles sabem quem vai ganhar?Wagner - Eu deixo para vocês concluírem. Ao observar os comentários dos jurados e a seleção de músicas, você vê que o show é uma máquina de fazer dinheiro, então tudo é muito organizado, planejado, e sem dúvida é a Hollywood da música britânica no momento.

Ao lado de Hayley, uma das dançarinas do programa

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Real - Você acha que se eles tivessem lhe dado um repertório mais condizente com a sua voz, você poderia ter ganhado a competição?Wagner – Olha, Stalin disse: ‘não é o povo quem decide quem ganha as eleições, mas os que con-tam os votos.’

Real - Você acha que seria inviável para os produ-tores do X Factor que um brasileiro ganhasse uma competição de música em um programa inglês?Wagner - Se eu dissesse algo, seria uma suposi-ção. A única coisa que eu posso dizer é que a minha popularidade é imensa, e que meus fãs vão desde crianças pequenas a aposentados. Enquanto que o One Direction atrai apenas adolescentes.

Real - Isso quer dizer que o programa abriu muitas portas para você?Wagner - Claro, eu tenho trabalhado muito. Acabei de voltar da Tour do X Factor, onde fize-mos 57 shows ao redor do Reino Unido. Quando terminou eu passei qua-tro dias em casa, depois fui para a Escócia, de lá para a Itália, quando desci no aeroporto o mo-torista estava me espe-rando para me levar para Norwich. Já tenho mais 50 shows agendados para esse ano.

Real - Você já pode di-zer que está vivendo da música?Wagner - Ah sim, desde que eu saí do show em dezembro, o dinheiro que eu fiz levaria anos para fazer com um trabalho normal e eu tenho muito tra-balho pela frente. Eu não sei quanto tempo isso vai durar, porque nós vivemos em um mundo descartá-vel. Você joga fora a TV, o celular e também se joga fora artistas.

Real - Você disse que as músicas que cantava no X Factor não eram do seu agrado. Quais são, de fato, as suas influências musicais?Wagner - Gregório Barros, Vicente Celestino, Chico Buarque, Caetano, Sinatra, Beatles, Rolling Stones, Luciano Pavarotti, Plácido Domingo, entre muitos outros.

Real - Qual é o repertório do seus shows?Wagner - Canto ópera, lambada, músicas como “To Make You Feel My Love”, “Unforgetable”, algu-

Wagner em momento relax nos bastidores

mas do Rolling Stones, entre outras.

Real - E o reconhecimento do público nas ruas, continua sendo grande?Wagner - Com certeza. Para sair na rua tenho que colocar um gorro, óculos escuros e cobrir o bigode. A minha popularidade é imensa.

Real - E o coração do Wagner, como está? Algum romance novo?Wagner - Neste momento eu estou me divorcian-do da minha esposa e estou lutando para ver meu filho. No entanto, eu tenho muitas amigas que gos-tam de mim, que tomam conta de mim...

Real - O que faz nas horas de folga?Wagner - Treino karatê, malho ferro e corro.

Real - Quais os planos para o futuro, há contrato com alguma gravadora?Wagner - Ainda não, porque o X Factor não me estabeleceu um estilo, então o trabalho que eu estou fazendo agora é tentar estabele-cer o meu estilo, e assim gravar um single.

Real - Você tem planos de se apresentar no Brasil?Wagner - Tenho tanto trabalho aqui que nem sei por onde começar . Eu sou conhecido aqui, não sei se seria sensato fazer algo lá. Por exemplo: a Adele é conhecida no

Brasil, mas o Roberto Carlos não é aqui.

Real - Que mensagem deixaria para quem também sonha em ingressar na carreira artística?Wagner - Se alguém é ateu e se esquece que o universo funciona como um relógio perfeito, e não se encontra um relógio perfeito por acaso, então existe um Deus. Se você se ligar nele, tudo de bom acon-tece, mas se se desligar dele irá abrir a porta para tudo de ruim começar a entrar na sua vida. Nunca é tarde para recomeçar, eu estou engatinhando como um bebê no show business aos 55 anos. Acredite no que você quer e lute mesmo que leve a vida inteira. Eu sempre quis cantar, mas não por mixaria e es-condido num buraco. Esperei 54 anos e aconteceu! Nunca desista do que quer!

Fotos: arquivo pessoal do cantor

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Flas

hFLASH

Os diversos ritmos brasileiros desfilam pelas casas noturnas e palcos londrinos todos os meses.

E em abril não foi diferente. O Achei Londres promoveu no Walkabout um show de forró

com a Banda Bicho de Pé e a JC Enterprise trouxe pela primeira vez à capital inglesa a banda

Djavú e DJ Juninho Portugal, que se apresentaram no Guanabara.

Fotos: Ludgero Castanho

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As festas tomaram conta do Reino Unido no dia 29 de abril, em celebração ao casamento do príncipe William com a ex-plebeia e agora duquesa de

Cambridge, Kate Middleton. Em Londres, calcula-se que mais de meio milhão de pessoas se acotovelaram para ver o

cortejo real, enquanto milhares festejaram nos parques e ruas da cidade. A Real capturou alguns momentos de uma das maiores festas na capital, no Hyde Park.

Fotos: Luís Costa Pires

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Cul

tura

CULTURA

O maior evento de Carnaval brasileiro do Reino Uni-

do, o Brazilica, que acontece de 15 a 17 de julho em Liverpool, terá parceria de mídia da Real. Promovido pela Liverpool Carnival Company, em parce-ria com o Liverpool City Central Business Improvement District (BID), o festival é uma extensão da grande parada de Carnaval da Liverpool Carnival Company’s, que existe desde que Liverpool foi a capital da cultura, em 2008. Em 2010, a festa atraiu mais de 30 mil espectadores e a edição 2011 promete trazer um explosão irresistível de ritmos, cor e brilho à cidade dos Beatles.

As pessoas que estão por trás do festival garantem que Liverpool tem um espírito mais brasileiro do que se possa à primeira vista imaginar. A cidade compartilha, por exemplo, nossa paixão pelo futebol e também tem um sen-so muito forte de vida em comunidade. Os diretores do Liverpool Carnival Company, Mae-ve e Roger Morris, sempre sonha-ram em criar um Carnaval de estilo brasileiro na cidade, mas decidiram

AcuícavaironcaremLiverpool

O maior Carnaval brasileiro do Reino Unido, o Brazilica, acontece em julho com parceria da Real

Maria Oller

organizar algo em Liverpool depois de participarem do Carnaval do Milênio no Rio, em 2000, acom-panhando de perto seus coloridos carros alegóricos e fantasias. “São mais de 100 mil pessoas gritando

e parece que é para você, é a sensação mais incrível. Toda aquela atmosfera nos inspirou, porque era simplesmente maravilhosa ” disse Maeve.

Em 2011, bus-cando inspiração para o Brazilica, eles foram mais uma vez conferir de perto o Carnaval do Brasil. Em São Paulo, se encontraram com Dona Esther, a passista mais velha da capital paulista, e tiveram uma série de encontros com o autoridades go-vernamentais, com o Plataforma Brasil e com o Brazilian Samba Union, a fim de estabelecer laços entre o Brazilica e a cidade de Liverpo-ol com São Paulo, discutindo possíveis alianças culturais.

Programação do Brazilica

Na sexta-feira, dia 15 de julho, nas lojas e bares da área central de Liverpool acontecerá o ‘Sam-

ba in the City’, um tiragosto para os eventos que virão a seguir no festival . No sábado, dia 16 de ju-lho, o espírito de latinidade toma definitivamente conta da cidade,

O colorido das fantasias tomará conta das ruas de Liverpool em julho

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que terá dança, barracas com comidas e bebidas latino-america-nas, além de, claro, muito entrete-nimento, artesanato , workshpos e atividades esportivas, que acon-tecerão durante todo o dia, na Williamson Square.

Durante o dia, os participan-tes poderão sacudir o esqueleto em uma das aulas de dança ou em alguma atividade esportiva e vão curtir várias bandas brasilei-ras e latino-americanas, além de DJs e exposições . Mas é à noite que o Carnaval pega fogo com a chegada de mais de 500 passis-tas, carros alegóricos, músicos e marionetes à Williamson Square. Partindo da praça, os passistas invadirão Liverpool, provando que não é só do som dos Beatles que se faz a musicalidade da cidade. Ao final da parada, a praça será tomada por cores e uma série de outras apresentações, fechando o festival com chave de ouro.

No domingo, dia 17 de julho, o festival terá muitas atividades cul-turais e esportivas, com a apresen-

tação de filmes e eventos artísticos acontecendo por toda a cidade.

Convidados especiaisO clima de ansiedade é gran-

de, uma vez que a famosa esco-lar de samba paulista Nenê de Vila Matilde virá ao Reino Unido especialmente para o evento. Eles se apresentarão junto com a Paraíso School of Samba, de Londres, e com outros grupos locais, como o Liverpool Samba School e o Batala Liverpool. A lis-ta completa com a programação será divulgada em breve.

“Nós estamos animadísssimos com com a chegada do Brazilica 2011. É maravilhoso que esteja-mos envolvidos na organização do maior evento de Carnaval brasileiro do Reino Unido. O evento pro-mote ser ‘sambástico’!”, promete Roger Morris.

Mais informações sobre o festival na página

www.brazilicafestival.com Roger Morris samba com Dona Esther, a passista mais velha de Sampa

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Per

sona

lidad

esPERSONALIDADES

Marrone sofre acidente de helicóptero

O cantor Marrone, da dupla sertaneja Bruno e Marrone, passou por um grande susto no início de maio, quando sofreu um acidente de helicóptero em São José do Rio Preto, interior de São Paulo. O he-licóptero, que é de Marrone, tinha saído de Curitiba (PR), seguia para São Paulo e parou na cidade para reabastecer. Após a decolagem, o motor do helicóptero perdeu potência, bateu em uma árvore e caiu no recinto de exposições do município, a cerca de 1 km do aeroporto. O cantor chegou a ser internado na UTI, mas foi liberado apenas com escoriações leves do hospital. O primo e secretário do cantor, Jardel Alves Borges, 33, es-tava internado em estado grave no dia 3 e o piloto Almir Carlos Bezer-ra passou por uma cirurgia e teve o pé esquerdo amputado.

Kate Middleton vai virar dona de casa, diz jornal

Depois de protagonizar o “casa-mento da década” com o príncipe William, a ex-plebeia Kate Middle-ton, agora duquesa de Cambridge, vai dedicar os próximos dois anos apenas à sua vida doméstica e fa-miliar, segundo o jornal ‘Daily Mail’. Fontes do jornal afirmam que Kate se inspira em Camila Parker Bo-wles, mulher do príncipe Charles, que não tem um papel muito ativo, apenas de apoio, nos eventos da realeza. Amigos de Kate contam que ela quer aproveitar ao máximo o tempo que tem para ser “apenas a mulher de um soldado da For-ça Aérea Real”. Como o príncipe William serve em Anglesey, no norte do País de Gales, o casal vai ficar recluso em uma fazenda próxima à unidade de William.

Ronaldo é atração em torneio de futebol no morro

O ex-jogador Ronaldo foi a atração de crianças e adolescentes durante um torneio de futebol pro-movido no início do mês pelo Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) nos morros da Mineira e São Carlos, no Rio. O 2º Torneio da Pacificação teve o objetivo de promover a integração entre as comunidades. “Estou aqui para prestigiar, porque esse projeto está funcionando muito bem, é fantás-

Para Latino,Bin Laden erada “Okaida”

O cantor Latino deu uma es-corregada ao comentar a morte de Osama Bin Laden, anunciada pelo governo norte-americano no início de maio. Ao escrever sobre o tema

tico e estamos aqui para apoiar. Muito legal ver essas crianças fe-lizes, brincando, em uma comuni-dade que agora está tranquila, sem violência, sem tráfico de drogas”.

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Vida de Paulo Coelho vai paraa telona

A vida do escritor Paulo Coe-lho vai para as telas de cinema. A produção do filme queria um ator de Hollywood para interpretá-lo na telona, mas o autor de “Diário de um Mago”e “Brida”, entre outros, insiste que um ator brasileiro o intérprete na telona. Segundo a co-luna de Bruno Astuto, publicada no jornal ‘O Dia’, do Rio de Janeiro, Rodrigo Santoro, Wagner Moura e Selton Mello são os mais cotados para o papel. A escolha do ator deve ser feita até o final deste mês. A produção também está à procura de alguém para o papel de Raul Seixas, parceiro de Paulo Coelho em músicas como ‘Gita’ e ‘Al Capone’.

no Twitter, Latino tascou: “Man-daram para o saco o Bin Laden? Adoro! Quando se mata o líder da Okaida, acredito que desequilibra todos os outros. A CIA america-na confirmou a execução. Enfim, superamos a ficção”. A troca de Al Qaeda por Okaida não foi perdo-ada pelos usuários do microblog. “Okaida? É alguma máfia japo-nesa?”, brincou um. O cantor se defendeu dizendo que cometeu o erro porque era pobre e não tinha dinheiro para estudar...

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Moda inglesa para brasileira usar e abusar

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MULHER

Em consultoria à Real, o designer Rocco Nahas dá dicas às leitoras de como ressaltar a beleza natural na moda do verão inglêsCarine Vargas

Londres é uma das capitais mundiais da moda e apesar de ditar tendências, a cida-de respeita todos os estilos,

além das tradições do próprio país. Porém, tem muita roupa e acessó-rio que não é para qualquer mulher vestir. Certas peças e estampas parecem que foram produzidas para exaltar o charme e a beleza da mulher brasileira.

Leia abaixo as dicas do designer de moda Rocco Nahas e siga às compras. Com um baixo investi-mento, você poderá dar só um ajuste no guarda- roupa e sair esbanjando alegria na próxima estação, que já tem um prenúncio de bom tempo com os belos dias de sol que vem fazendo nesta primavera.

Estampas

A onda revival dos anos 70 combina com a personalidade das garotas do Brasil. As vitrines da Oxford Street estão cheias delas a preços acessí-veis. Batas e vestidos soltinhos e coloridos caem muito bem para qualquer tipo de corpo. “Grandes

estampas coloridas, sobretudo florais ou orgânicas com um toque psicodélico modernizado estão de volta, e isso é um prato cheio para o excelente tro-pical flair da brasileira”, sugere Rocco.

Cabelos Longos e acessórios

A dica aqui é simples e fácil de encontrar, numa variedade de preços bons para todos os bolsos. “O verão na terra da rainha pode ser muito ventoso, então invista em chapéus e lenços, não para prote-ger-se do sol como seria no Brasil, mas para manter a beleza do cabelo longo, o favorito das nossas garotas e um dos seus pontos fortes”, indica Roc-co. Bolsas retangulares e pequenas proporcionam

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à mulher um ar muito elegante. Como são fáceis de encontrar a bons preço bom, as mulheres podem adquiri-las em cores diferentes, combinando com a roupa escolhida.

Sobreposições

As sobreposições de estampas e cores servem para as brasileiras mais ousadas que se permitem sair do tradicional e serem um pouco diferentes. Rocco avisa que o segredo para misturá-las é tentar coordenar o esquema de tons, cores e dimensões. “Faça com que uma estampa rebata as cores da outra. Também misture com sabedoria as suas proporções: uma estampa de padrões abstratos

com muitas cores quentes pode ir muito bem com uma outra mais geométrica em escala menor”, afirma o designer. Uma combinação destas não fica tão bem em inglesas, mas exalta e difere brasileiras tanto do sul, quanto do norte do país.

Peças militares

“Outra dica é resgatar alguns clássicos britâni-cos que não saem nunca de moda, como as peças militares masculinas em tons vivos, como vermelhos e acabamentos dourados, que ficam muito bem em uma mulher e podem ser usadas como alternativa de segurança para aquela mudança de tempo ines-perada, tão comum ao anoitecer na Grã-Bretanha. Charity shops e lojas vinta-ge podem facilmente forne-cer esse tipo de vestuário a ótimos preços”.

Com esta sugestão, o visual da mulher brasileira pode ficar muito clássico e elegante. Uma outra dica: este tipo de roupa fica mui-to bem para quem trabalha em escritórios ou em even-tos noturnos.

Xadrez

Para finalizar, Rocco, res-peitando a cultura inglesa, sugere o xadrez para aque-las brasileiras que cultivam a tradição desta terra. “En-tra estação e sai estação

e nunca deixamos de ver uma infinidade de xadrez pelas ruas. Faça uso deles, especialmente aqueles com combinação de cores menos tradicional, que estão com tudo.”

Meninas que trabalham em bares e restaurantes, se possível, podem dar um toque na roupa preta com um acessório xadrez.

Consultoria: Rocco NahasRocco Nahas é um designer gaúcho, formado

pela FAAP, em São Paulo, e professor universitário de Moda, atualmente radicado em Bournemouth,

onde estuda Masters of Arts in Illustration.

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Turi

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TURISMO

A bela FlorençaBerço do Renascimento, a capital da Toscana encanta os

visitantes com o seu rico patrimônio cultural

Ponte Vecchio vista da Piazzale Michelangelo

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A bela FlorençaTexto e fotos: Régis Querino

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Andar pelas ruas de Florença é como voltar no tempo. Não fossem os car-ros na rua e alguns sinais de moder-nidade, a sensação é de retroceder

centenas de anos na História, aterrissando no século 15, quando a cidade italiana era o maior pólo cultural e intelectual da Europa. Berço do Renascimento, Florença lançou para o mundo escritores como Dante, Pe-trarca e Maquiavel, e exibiu obras-primas de artistas do quilate de Michelangelo, Botticelli e Donatello. A beleza de Florença é desco-berta em cada esquina e sua herança cultu-ral pode ser apreciada em igrejas, museus, galerias e construções pela cidade.

Florença está a apenas 80 quilômetros de distância de Pisa, onde chegam voos diários partindo de Londres e outras ci-dades do Reino Unido, pelas chamadas companhias áereas de baixo custo, Easyjet e Ryanair. Foi na pequenina cidade, famosa pela torre, que a Real começou, na edição de abril, o seu roteiro pela Itália, com a ma-téria “Um giro pela terra da Torre Pendente”. Depois de conhecer Pisa num dia inteiro de andanças por suas ruas estreitas, nada melhor do que relaxar pegando um trem até Florença. Por meros €5,80 e uma hora de viagem, você chega à capital da Toscana, região central italiana.

Batendo pernaA melhor maneira de explorar Florença

é a pé. Como a parte histórica da cidade é compacta, as atrações são próximas e de fácil acesso. Você pode começar o passeio pelo Duomo de Santa Maria del Fiore, visi-tando também o Campanário e o Batistério, no centro. Com seus portões de bronze, o Batistério chama a atenção dos visitantes. Florentinos famosos, como Dante, foram batizados neste que é considerado um dos edifícios mais antigos da cidade (especula-se que tenha sido construído no século 4).

Com sua cúpula de telhas alaranjadas, o Duomo de Santa Maria del Fiori é a quar-ta maior igreja da Europa e o edifício mais alto de Florença. O topo da cúpula oferece uma vista panorâmica da cidade ao visitante que desembolsar €15. O acesso ao interior do Duomo, porém, é gratuito e você pode apreciar os belos e impressionantes afrescos do Juízo Final, de Giorgio Vasari e Federico Zuccari, que datam de 1572-9.

Os amantes das artes vão se esbaldar no Museo dell’Opera del Duomo, que tem obras como a Pietà, de Michelangelo, e na galeria da Accademia di Belle Arti, a mais antiga escola de arte do mundo, fundada

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Estátua na Piazza della Signoria

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em 1563. A famosa escultura de Davi, de Michelan-gelo, é uma das preciosidades expostas na galeria. Maior museu de arte da Itália, a Uffizi também é parada obrigatória para ver obras de Michelangelo, Ticiano e Giotto, entre outros.

Arte a céu abertoNem só nos museus, igrejas e galerias estão

exemplos da arte renascentista. Na Piazza della Signoria, coração da vida política de Florença, há diversas estátuas de imperadores romanos na Lo-ggia dei Lanzi, a Fontana di Nettuno e uma réplica do Davi, de Michelangelo, na entrada do imponente Palazzo Vecchio, concluído em 1322, onde até hoje funciona a prefeitura. A bela construção medieval domina a cena e convida o visitante a momentos de contemplação. Difícil não se por a imaginar como seria a vida naquela cidade há 600, 700 anos.

O Pallazo Vecchio fica nos arredores do rio Arno, que corta a cidade e reserva um outro tesouro arqui-tetônico de Florença: a Ponte Vecchio. Construída em 1345, a ponte era ocupada por ferreiros, açou-gueiros e curtidores. Como jogavam o lixo no rio e faziam muito barulho, eles foram expulsos do local e substituídos, em 1593, por joalheiros e ourives. Os negócios prosperaram e viraram a marca registrada da ponte, ocupada até hoje por dezenas de joa-lherias. O local também é ponto do burburinho dos turistas a passear de um lado a outro.

Os afrescos do Duomo

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Vista privilegiada Se Florença tem várias outras igrejas, museus e

galerias que merecem ser visitados, não deixe de conhecer a Piazzale Michelangelo. É um dos poucos passeios em que você precisa, necessariamente, pegar um ônibus. Em frente a estação de trem, um ônibus urbano (€1,50) sai para uma jornada de pouco mais de meia hora pelos arredores do município. No caminho, uma outra visão da cidade. Sem a oponên-cia renascentista, mas bela, convidativa e aconche-gante. No topo de uma colina fica a praça. Parada obrigatória para apreciar durante um bom tempo a vista espetacular e inesquecível de Florença.

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Como chegar e onde ficar Saindo de Londres ou de outras cidades do Reino

Unido, a maneira mais fácil para chegar a Florença é viajar até Pisa (www.ryanair.com e www.easyjet.com) que fica a apenas uma hora de trem da capital toscana. Os arredores da estação de trem de Florença estão repletos de hotéis e hostels para todos os gostos e bolsos. A área é a mais estratégica para se conhecer a cidade, pois dali para o centro, onde se concentram as principais atrações, a caminhada é de 5 a 15 minutos. Os sites www.booking.com e www.hostelworld.com são duas boas opções de buscas, mas você encontra dezenas de outros sites especializados na internet.

Santa Maria del Fiori e o Campanário

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Sonhos de consumoAs novidades do mercado automobilístico que estão

conquistando o público no Brasil e pelo mundo

MOTORES

Audi A4Eleito o melhor carro no seg-

mento de Luxo de 2011, o Audi A4 está em sua oitava geração. Seu design é marcado por contornos exteriores bem definidos, com superfícies esculpidas e linhas que destacam as laterais do modelo. É equipado com a tração quattro® como item de série, em sua versão mais completa, conta com lumino-sidade e espaços compatíveis com veículos de luxo. Os 908 milíme-tros para acomodar as pernas dos passageiros de trás posiciona o modelo no topo em termos de conforto relacionado ao espaço interno. Com motor 3.2 FSI de 265 hp, o carro acelera de 0 a 100 km/h em apenas 6,4 segundos.

R8 Spyder O potente Audi R8 Spyder foi eleito o melhor

veículo da categoria carro Esportivo. Com design impressionante e performance extremamente espor-tiva, o Audi R8 Spyder 5.2 FSI quattro é uma inter-pretação fascinante e única do que existe de melhor em termos de dinamismo e sofisticação. O motor 5.2

FSI quattro possui dez cilindros em V, aspirado, que produz 525 cavalos de potência a 8.000 rpm e 530 Nm de torque, a 6.500 rpm. Tem cárter de alumínio e é montado artesanalmente, conforme reza a tradição Audi nas pistas de corrida. O conversível acelera de 0 a 100 km/h em apenas 4,1 segundos, e atinge a velocidade máxima de 313 km/h.

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Pajero Dakar 2012 O Mitsubishi Pajero Dakar 2012, agora produzido

na fábrica de Catalão (GO), chegou às concessioná-rias em abril. A sigla HPE (High Performance Equip-ment) foi incorporada ao modelo 2012, reforçando que o Pajero Dakar é um veículo completo com grande diferencial no mercado e proporciona mais segurança e conforto ao motorista e passageiros. Entre os destaques estão sistema multimídia com GPS com mais de 1250 cidades mapeadas, CD, DVD e MP3 Player e Bluetooth com viva-voz, sensor de chuva, acendimento automático dos faróis, volante com controle de áudio e piloto automático, sistema de tração Super Select 4WD, transmissão INVECS-II com Sports Mode, freio a disco nas quatro rodas com ABS e EBD, terceira fileira com bancos embutíveis no assoalho com mais espaço para o porta-malas e ar--condicionado independente na terceira fileira.

Novo Taurus 2013A Ford apresentou no Salão de Nova York o novo Taurus 2013,

com grandes avanços na economia de combustível, tecnologia, segurança e design dentro do segmento de sedãs grandes. O carro traz duas opções de motores: o novo EcoBoost 2.0 de quatro cilindros e o 3.5 V6 SHO, alinhados com o compromisso da marca de oferecer a maior economia de combustível em cada novo produto. O novo Taurus 2013 projeta o menor consumo de combustível da categoria, fazendo mais de 13 km por litro de gasolina com a mesma potência de um motor V6 aspirado naturalmente. É o primeiro carro da Ford na América do Norte com motor 2.0 EcoBoost, que combina turbo e injeção direta de gasolina e gera uma potência de cerca de 240 cv, com torque de 34,5 kgfm.

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Série Especial ItáliaO Fiat Idea 2012 acaba de chegar à rede de con-

cessionárias Fiat trazendo duas grandes novidades: a Série Especial Itália para as versões Essence e Essence Dualogic e a inclusão do HSD (High Safety Drive) — composto dos itens air bag duplo mais freios ABS — como item de série para todas as ver-sões Essence e Sporting. A Série Especial Itália será limitada a 580 veículos. Ela chega para comemorar o “Momento da Itália no Brasil”, o acordo feito para este ano entre os dois governos com o intuito de promover as relações culturais, sociais e comerciais entre os dois países. Esta série especial traz um

Ford na ChinaA Ford e seus parceiros anun-

ciaram no Salão de Xangai 2011 o plano de lançar 15 novos veículos na China até meados da década. O Mondeo 2011 com motor EcoBoost é a principal novidade da mostra que exibe também os elétricos e hí-bridos Focus Electric, C-MAX Energi e Fusion Hybrid, além do conceito Vertrek e do Edge V6. Os 15 novos veículos fazem parte do plano da Ford de introduzir 50 novos pro-dutos e motorizações na região da Ásia Pacífico e África nos próximos quatro anos. A Ford também planeja mais do que dobrar o número de distribuidores na China até o meio da década. O Fiesta Sport+ também está no estande, com novas saias frontais e traseiras e a estreia da cor blush. Linhas tradicionais, como o Ford Focus e o S-Max, são outros produtos de destaque em Xangai, trazendo tecnologias inovadoras de conectividade com o motorista, como o SYNC com MyFord Touch.

visual bem requintado, com rodas de liga leve 16” exclusivas, faróis e lanternas traseiras com máscara negra, faróis de neblina, spoiler na cor preto vesú-vio, detalhes cromados laterais, além de frisos cro-mados na tampa do porta-malas e no parachoque dianteiro, mais adesivos High Gloss nas colunas das portas e sigla da série especial. Internamente ela vem com revestimento com tecido exclusivo, além de painel de instrumentos, painéis de portas e console central bicolores.

Devaldo Gilini Jú[email protected]

londrina.odiario.com/blogs/sportcars/Fotos: Divulgação - Pajero Dakar 2012: Fabio Bustamante

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ESPORTE

Fla é campeão, Santos e Timão decidem em SP

O Flamengo conquistou o seu 32º título carioca ao faturar a Taça Rio nos pênaltis, diante do Vasco (3 a 1), depois de empatar em 0 a 0 no tempo normal, no dia 1º de maio. Como já havia conquistador a Taça Guanabara, equivalente ao primeiro turno, a equipe de

Milan quer maisdois brasileiros: Ganso e Hulk

O Milan sonha alto para a próxima janela de transferências do futebol europeu, em agosto. O meia Ganso, do Santos, e o ata-cante Hulk, do Porto, estão na mira

São Paulo vai lançar o doc “Rogério Cem”

O São Paulo vai capitalizar os 100 gols de Rogério Ceni, recorde mundial para um goleiro (na verdade, ele já tinha 101 gols até o dia 4 de maio). Deve ser lançado até o final deste mês o documentário “Rogério Cem”, mostrando a trajetória do arquei-ro são-paulino. O filme já estava praticamente concluído, mas a participação de um personagem famoso fez com que o marketing do clube adiasse o lançamento. Pelé topou deixar o seu depoi-mento, em trecho que será inse-rido no material. O DVD deve ter tiragem inicial de 100 mil cópias.

Cruzeiro, Grêmio,Inter e Flu forada Libertadores

A quarta-feira, dia 4 de maio, entrou para a história do futebol brasileiro na Taça Libertadores. No aspecto negativo. Nada menos do que quatro das cinco equi-pes brasileiras que disputavam a competição foram eliminadas no mesmo dia. As maiores supresas foram a queda do Cruzeiro, que perdeu por 2 a 0 para o Once Caldas, em Minas, após vencer por 2 a 1 na Colômbia. O Inter também decepcionou em casa, ao perder de virada por 2 a 1 para o Peñarol (depois de empatar em 1 a 1 no Uruguai). O Fluminense foi derrota-do pelo Libertad, no Paraguai, por 3 a 0 (havia vencido o jogo de ida por 3 a 1) e o Grêmio perdeu pela segunda vez para o Universidad Católica, 1 a 0 no Chile (perdera em casa por 2 a 1). Somente o Santos, que eliminou o América do México, segue vivo no torneio e vai enfrentar, nas quartas-de-final, o Once Caldas.

Manchester x Barcelona em Wembley

Manchester United e Barcelona vão decidir a Copa dos Campeões da Europa no dia 28 de maio, no Estádio de Wembley, em Londres. Em duas semifinais polêmicas, o time catalão eliminou o Real Madrid, com vitória por 2 a 0 em Madrid e empate em 1 a 1 em Barcelona. Foi no mítico estádio de Wembley que o Barcelona venceu sua primeira Copa dos Campeões, em 1992. “É um êxito absoluto chegar a outra final da Copa dos Campeões”, falou Josep Guardio-la, técnico vencedor do torneio em 2009 e que integrava o elenco campeão de 1992 como jogador. O adversário do Barcelona será o Manchester, que passou fácil pelo Schalke 04, com vitórias por 2 a 0 na Alemanha e 4 a 1 em casa.

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Vanderlei Luxemburgo foi campeã antecipadamente. Em São Paulo, Santos e Corinthians decidem o título da temporada em dois jogos: o primeiro seria jogado no dia 8 de maio, no Pacaembu, após o fecha-mento desta edição, e a partida decisiva será no dia 15 de maio, na Vila Belmiro. O Timão eliminou o Palmeiras na semifinal, enquanto o Peixe despachou o São Paulo.

da equipe italiana e poderão fazer companhia a Robinho e Alexandre Pato na temporada 2011-2012. A cúpula milanesa tenta convencer a direção santista a baixar o valor da multa de Ganso, de 50 milhões de euros, para viabilizar o negócio. Quanto a Hulk, segundo o “Cor-riere dello Sport”, o centroavante é o “super-herói” tão procurado pelos rossoneros. O diário relata o histórico do atacante paraibano e ressalta sua notável média de gols pelos Dragões no Campeonato Português (22 em 25 partidas dis-putadas na atual edição).

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51maio 2011

Torcida quer Maradona na nota de 10 pesos

Os fãs de Maradona lançaram uma campanha inusitada no Face-book. Os argentinos querem colo-car o rosto de Dieguito, maior ídolo do futebol do país, nas notas de dez pesos que circulam no país. A proposta tem até nome: “Para que um Diego seja UM DIEGO” e tinha mais de 6 mil seguidores no início de maio. A mudança desejada é a seguinte: a nota de 10 é estampa-da por Manuel Belgrano, criador da bandeira da Argentina. Belgrano iria para a nota de 2 pesos, e o ex--presidente Bartolomé Mitre deixa-ria de aparecer nas cédulas.

Bernardinho: 10 anos à frente do vôlei masculino

O técnico Bernardinho com-pletou 10 anos à frente da sele-ção brasileira masculina de vôlei no dia 4 de maio. Depois de conquistar a medalha de bronze com a equipe feminina nos Jogos Olímpicos de Sidney, em 2000, a Confederação Brasileira de Vôlei escolheu o técnico para reerguer

Brasileiros são atração no BAMMA 6

O Wembley Arena vai sediar no dia 21 de maio, às 16h30, o BAMMA 6, evento promovido pela British Association of Mixed Martial Arts e a Syfy, com lutas envolvendo quatro brasileiros. A principal atração da noite será o duelo entre Murilo “Ninja” Rua contra Tom “Kong” Watson, válido pelo cinturão dos pesos médios. Ninja, que é de Curitiba e tem no currículo 20 vitórias, 11 derrotas e um empate, terá pela frente nada menos do que o atual campeão da categoria. As outras lutas da programação que envolvem brasileiros são: Leonardo Santos x Jason “Daddy Cool” Ball (cate-goria leve), João Paulo de Souza x Valentino Petrescu (médio) e Márcio César x Che Mills (pesado). Os ingressos podem ser compra-dos pelo site bit.ly/fkHIlm. Mais informações sobre o evento no site www.bamma.com/.

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o voleibol masculino, que contava com jogadores como Giovane e Marcelo Negrão e vinha de um modesto sexto lugar na Austrália. De maio de 2011 para cá, sob o comando de Bernardinho, os números impressionam. São 349 jogos, com 313 vitórias e só 36 derrotas, – um aproveitamento excepcional de 89,6% pela sele-ção. Ao todo foram 35 campeo-natos disputados e 27 medalhas de ouro.

City e Chelseana briga parater Kaká

O Manchester City vai fazer nova investida por Kaká. Segun-do o jornal “Daily Mail”, o clube inglês pretende oferecer £22 milhões (cerca de R$ 58 milhões) ao Real Madrid, além do atacan-te Adebayor (emprestado aos merengues) pelo meia brasileiro. Em 2009, o City havia assediado Kaká com uma proposta de 100 milhões (R$ 226 milhões). O Milan aceitou a proposta, mas o brasi-leiro preferiu ficar na Itália à época até surgir uma proposta (de valor inferior - R$ 161 milhões) do Real Madrid. Ainda segundo o diário inglês, o Chelsea pretende entrar na briga e colocar £25 milhões (R$ 65 milhões) nos cofres do Real para contar com o camisa 8 merengue para a próxima tempo-rada. Kaká trabalhou como o téc-nico Carlo Ancelotti, do Chelsea, quando jogava no Milan, mas o futuro do treinador na equipe inglesa ainda é incerto.

Escândalo nociclismo ameaçaa modalidade

Um escândalo no ciclismo brasileiro ameaça a modalidade olímpica. A Confederação Bra-sileira de Ciclismo é suspeita de falta de transparência em casos de doping e de não punir atletas que testaram positivo ao longo de 2010. A modalidade tinha o Ban-co do Brasil como seu principal patrocinador desde 2009, mas o contrato encerrou-se em outubro de 2010. Com as denúncias, o banco agora reavalia a continuida-de do patrocínio. Segundo a Folha de São Paulo, pelo menos dois atletas que teriam testado positivo foram contemplados neste ano pelo programa Bolsa Atleta, do Ministério do Esporte. Receberam benefícios que rendem R$ 1.500 e R$ 750 mensais, respectivamente. O Comitê Olímpico Brasileiro não comentou o caso.

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52 maio 2011

Horóscopo dos ORIXÁSMãe Ejá (de Oxum)

Mãe de santo Ejá, de Oxum, do Terreiro de Candomblé Axé Dandaluna filha, pode transformar a sua vida atravésdos Orixás, consultas com búzios e trabalhos espirituais (ebós, banhos...), solucionando qualquer tipode problema com sigilo absoluto.

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AVISO: Mãe Ejá estará participando da May Fair no dia 14 de maio, em Richmond Park, em Londres, das 10 horas às 16 horas na barraca da Cola (Children of Latin America).

Venha se divertir e participar conosco para ajudar as crianças da América Latina! A entrada para o evento, que será realizado no Richmond Green, The Green, Richmond, Surrey, TW9 1PB, é franca.

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Terreiro localizado em Ascot, a 3 milhas de WindsorAtendimento em Londres uma vez por semana.

Áries 21/03 a 20/04Orixá protetor: OgunAmor: Manter o seu relacionamento �rme e forte, aproveite que está favorável para você.Trabalho:  Mantenha seu nervosismo escondido, não adianta dizer tudo o que você pensa. Mantenha a calma.Dinheiro e Sorte: Boa fase para começar a fazer seus planos para o futuro.

Câncer 21/06 a 21/07Orixá protetor: OxossiAmor: União e felicidade à vista, invista em sua relação a dois, faça seus momentos se tornarem inesquecíveis, aproveite.Trabalho: Você estando feliz no amor, o que vier será fácil de resolver, mantenha a tranquilidade.Dinheiro e Sorte: Cautela para não gastar além dos seus ganhos, pense no seu futuro.

Libra 23/09 a 22/10Orixá protetor: LogunodéAmor: Curta essa relação, mas não se entregue totalmente, não demonstre todo seu sentimento para que você tenha controle da situação.Trabalho: Dedique-se ao trabalho que você será reconhecido(a) pro�ssionalmente.Dinheiro e Sorte: Dinheiro regrado, é melhor controlar para não fazer despesas desnecessárias. Um alerta: �que de olho na sua saúde, cuide mais de você.

Capricórnio 22/12 a 20/01Orixá protetor: OxaláAmor: As coisas estão mais favoráveis para você no amor, aproveite para manter a paz e harmonia na sua relação.Trabalho: Pro�ssão nova à vista, é hora de mudanças , a fase está positiva para isto, aproveite e tome a decisão de uma vez.Dinheiro e Sorte: Positividade é a palavra que deve estar na sua mente para atrair o sucesso até você, sorte muito boa.

Touro 21/04 a 20/05Orixá protetor: OxumAmor: União favorável, ótima fase para o amor, curta.Trabalho: Promoção à vista, sacrifícios e dedicação vão trazer para você a recompensa, acredite.Dinheiro e Sorte: Sorte á a palavra-chave para você neste mês. Por isso aproveite e use a seu favor. 

Leão 22/07 a 22/08Orixá protetor: OssainAmor: Con�ança é preciso para crescer qualquer relacionamento, se dedique à pessoa amada.Trabalho: Você está naquela fase que tudo vem contra você, mantenha a calma no trabalho.Dinheiro e Sorte: Trabalhos extras à vista para diminuir suas dívidas.

Escorpião 23/10 a 21/11Orixá protetor: OxumaréAmor: Vão aparecer pessoas querendo dar opiniões no seu relacionamento, siga apenas sua intuição, é a melhor saída.Trabalho: As coisas estão a �uir melhor para você no trabalho, aproveite esta fase para mostrar que dá conta do recado aos seus superiores.Dinheiro e Sorte: Digamos que você tem que estar positivo (a) para que consiga vencer, deixe as negatividades fora da sua vida.

Aquário 21/01 a 19/02Orixá protetor: InhançãAmor: Não se lamente de estar à procura de alguém que lhe entenda, ninguém é perfeito (a), portanto, seja mais compreensivo(a) para se manter num relacionamento.Trabalho: Você chega lá, não se preocupe, a sorte está ao seu lado. Dinheiro e Sorte: Fase propícia para ganhar dinheiro, aproveite e faça uma poupança pensando no futuro.

Gêmeos 21/05 a 20/06Orixá protetor: ExuAmor: A palavra de ordem este mês é a paciência, esta fase vai passar. Cuidado, pense bem nas palavras antes de falar e ser mal interpretado(a) por seu (sua) companheiro ( a).Trabalho: Lucros sempre são bem vindos, reserve suas economias extras para alguma despesa não programada que irá surgir.Dinheiro e Sorte: Sorte está a seu favor, aproveite esta ótima fase para você estabilizar suas �nanças.

Virgem 23/08 a 22/09Orixá protetor: Obá Amor: Não vá com muita sede ao pote para não se decepcionar no futuro, não se entregue de corpo e alma.Trabalho: Lucros para você neste mês, continue se dedicando ao seu trabalho, você só tem a ganhar.Dinheiro e Sorte: Sorte e favorecimento no aspecto �nanceiro.

Sagitário 22/11 a 21/12Orixá Protetor: XangôAmor: Não corra atrás de relacionamento, deixe as coisas �uírem normalmente, ninguém gosta de estar só, mas tudo tem seu tempo certo.Trabalho: Aproveite para reorganizar sua vida pro�ssionalmente, está faltando mais dedicação no trabalho.Dinheiro e Sorte: Dinheiro a caminho, fase positiva.

Peixes 20/02 a 20/03Orixá protetor: IemanjáAmor: Continue lutando para manter seu relacionamento, os ventos irão correr a seu favor.Trabalho: Fase boa para ganhar prestígio e lucros, parte �nanceira boa. Dinheiro e Sorte: Tudo positivo neste mês, aproveite a fase que a sorte está no seu caminho. Boa sorte e lucros à vista.

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53maio 2011

Horóscopo dos ORIXÁSMãe Ejá (de Oxum)

Mãe de santo Ejá, de Oxum, do Terreiro de Candomblé Axé Dandaluna filha, pode transformar a sua vida atravésdos Orixás, consultas com búzios e trabalhos espirituais (ebós, banhos...), solucionando qualquer tipode problema com sigilo absoluto.

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Peixes 20/02 a 20/03Orixá protetor: IemanjáAmor: Continue lutando para manter seu relacionamento, os ventos irão correr a seu favor.Trabalho: Fase boa para ganhar prestígio e lucros, parte �nanceira boa. Dinheiro e Sorte: Tudo positivo neste mês, aproveite a fase que a sorte está no seu caminho. Boa sorte e lucros à vista.

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Brincar em português

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A origem das palavras cruzadasA brincadeira que inspi-rou um dos passatempos mais populares de nossos tempos data do século IV a.C. Nos laterculus, como o jogo era conhecido, os antigos romanos tinham de formar palavras cruzando-as de maneiras que consti-tuíssem palíndromos - isto é, podiam ser lidas tanto na vertical quanto na ho-rizontal, ou de frente para trás e vice-versa. “As ins-crições mais antigas desse jogo foram encontradas nas ruínas de Pompéia, a cidade italiana destruída no ano 79 pela erupção do Vesúvio”, afirma o designer de jogos Luiz Dal Monte Neto. Nos moldes atuais, porém, as palavras cru-zadas apareceram pela primeira vez no jornal New York World, em 22 de de-zembro de 1913. O inglês Arthur Wynne, responsável pela seção “Diversão” do jornal, recebeu a incum-bência de inventar um jogo especialmente para a edição dominical.Wynne baseou-se em um passatempo que conhe-cera quando criança e que tinha regras semelhantes às dos laterculus romanos. Mas, em vez de fornecer as palavras que deveriam ser cruzadas, Wynne resolveu dar apenas dicas e criou um diagrama na forma de um losango. Uma década depois, a criação de Wynne já estava em jornais europeus, além de em todo o continente americano.

PALAVRAS CRUZADASP

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MÔNICA

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Projeto Latino-Americano para portado-res de deficiência020 7793 8399www.ladpp.org.uk

Home OfficeImmigration &Nationality DirectorateWhitgift Centre Wellesdey Road – Croydon CR19 1ATConcessão e extensão de vistos:087 0606 7766Solicitação de formulário para extensão de visto: 087 0241 0645

Immigration AdvisoryService (IAS)Orientação jurídica em inglês sobre pedidos de vistos.County House: 190 Great Dover Street - 2º andar - London SE1 4YB020 7967 1200www.iasuk.org

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