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RELATÓRIO E CONTAS 2010

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RELATÓRIO E CONTAS 2010

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SPGM – Sociedade de Investimento, S. A. Relatório e Contas 2010

1

Índice

I. Órgãos Sociais ........................................................................................................................ 2

II. Relatório do Conselho de Administração ........................................................................ 3

Introdução ............................................................................................................................. 3

Enquadramento macroeconómico ................................................................................... 6

Sistema Bancário Nacional ................................................................................................ 8

Actividade desenvolvida .................................................................................................. 10

Evolução da actividade de garantias do sistema ..................................................... 10

Evolução da actividade da SPGM ................................................................................ 13

Organização e Meios ..................................................................................................... 18

Política de Remunerações e Prémios ......................................................................... 22

Análise económica e financeira .................................................................................. 23

Perspectivas futuras .................................................................................................... 29

Agradecimentos ................................................................................................................. 32

Proposta de aplicação de resultados ............................................................................. 34

III. Demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2010 ....................................... 35

Balanço................................................................................................................................. 36

Demonstração de Resultados ......................................................................................... 38

Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2010 . 39

Anexo ................................................................................................................................... 56

IV. Relatório e Parecer do Conselho Fiscal ........................................................................ 57

V. Certificação Legal de Contas ........................................................................................... 58

VI. Relatório do Auditor Independente .............................................................................. 60

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I. Órgãos Sociais

Mesa da Assembleia Geral

Presidente Turismo de Portugal, IP, representado por Maria José Martins Catarino

Vice-Presidente Banco BPI, S. A., representado por Maria Isabel Soares Alvarenga de

Andrade Correia de Lacerda

Secretário IAPMEI - Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação,

representado por Ana Francisca Gomes Ferreira Abrantes

Conselho de Administração

Presidente José Fernando Ramos de Figueiredo

Vice-Presidente IAPMEI – Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à

Inovação, representado por Miguel Jorge de Campos Cruz

Vogais João Miguel Araújo de Sousa Branca

António Carlos de Miranda Gaspar

Turismo de Portugal, IP, representado por Carlos Gustavo Vieira

Farrajota Cavaco

Comissão Executiva

Presidente José Fernando Ramos de Figueiredo

Vogais João Miguel Araújo de Sousa Branca

António Carlos de Miranda Gaspar

Conselho Fiscal

Presidente António Gomes de Almeida

Vogais Sónia Maria Henriques Godinho Pinheiro

Santos Carvalho & Associados – Sociedade de Revisores Oficiais de

Contas, S. A., representada por António Augusto dos Santos Carvalho

ROC Suplente Armando Luís Vieira de Magalhães.

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II. Relatório do Conselho de Administração

Introdução

O corrente exercício reafirmou a importância do Sistema de Garantia Mútua na

economia portuguesa, o que se reflecte, quer nos volumes de negócio registados, muito

próximo dos 5,8 mil milhões de euros em garantias contratadas, desde a fundação, quer,

fundamentalmente, no valor da carteira de garantias vivas, em final do ano, que se

aproximaram dos 3,8 mil milhões de euros e envolvem já cerca de 54 mil empresas

mutualistas, número significativo quando se tem em conta o tecido empresarial

nacional. No final do ano o Sistema português de Garantia Mútua tinha como accionistas

mutualistas mais de 15% das PME nacionais.

Simultaneamente, os efeitos multiplicadores do Sistema de Garantia Mútua português

revelam que uma afectação de fundos públicos de pouco mais de 750 milhões de euros

(ainda não totalmente realizados) possibilitou a emissão do volume de garantias acima

referenciado, que permitiram às PME financiar aproximadamente em 11 mil milhões de

euros um nível de investimento com um valor já próximo dos 11,5 milhões de euros.

Estas empresas empregam mais de 750 mil trabalhadores.

Actualmente, o Fundo de Contragarantia Mútuo tem activas diversas linhas de

garantias, susceptíveis de utilização pelas quatro Sociedades de Garantia Mútua (SGM)

– Agrogarante, Garval, Lisgarante e Norgarante.

Os factos mais marcantes do exercício, ao nível do Sistema português de Garantia

Mútua, pelo impacto que manteve quer em termos dos volumes de garantias emitidos

pelas Sociedades de Garantia Mútua, e respectivas contragarantias do FCGM, quer no

que respeita ao acréscimo significativo de trabalho pelas equipas da sociedade e demais

colegas do sistema, continuaram a ser o lançamento e a implementação das diversas

edições das linhas PME INVESTE, criadas pelo Ministério da Economia, da Inovação e do

Desenvolvimento, nomeadamente no âmbito do QREN/POFC, e a tramitação de outras

linhas promovidas por entidades com relevância sectorial e de desenvolvimento

regional, designadamente os Governos Regionais dos Açores e da Madeira.

Estas linhas proporcionaram, até ao final de 2010, a concretização de mais de 78 500

operações de financiamento no montante global de cerca de 8,6 mil milhões de euros.

Para além deste facto, assinale-se, em 2010, o reforço das tarefas ligadas à gestão da

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Linha de Apoio ao Empreendedorismo e Criação do Próprio Emprego, promovida pelo

Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) e protocolada com o sistema

bancário e as SGM, no montante global de 100 milhões de euros. Esta linha que, recorde-

-se, proporcionou o envolvimento de um novo e relevante parceiro no Sistema – o

Ministério do Trabalho e Solidariedade Social – deu origem a uma nova actividade na

SPGM, uma vez que com ela foi contratualizada pelo IEFP a gestão da referida Linha,

teve como resultados, até final do ano, a promoção de mais de 560 operações que

envolvem a criação de mais de 1400 postos de trabalho.

Além das novas linhas e reforço das PME INVESTE, destaque para a manutenção da linha

de apoio ao financiamento dos estudantes do Ensino Superior e pós-graduado, que

manteve a trajectória de crescimento sustentado, e abrange já cerca de 12 500 mil

estudantes.

No âmbito do seu papel de holding de facto do Sistema, a SPGM mantém uma particular

atenção e esforços no funcionamento do centro de serviços partilhados, que

disponibiliza uma série de serviços a todas as entidades participantes no Sistema, o que

tem conduzido a um reforço da equipa e das suas competências. Em particular, ao longo

de 2010, a sociedade teve de criar as estruturas de auditoria interna, compliance e

gestão de riscos, obrigatórios nos termos das normas relacionadas com o chamado

sistema de controlo interno a que as instituições de crédito estão sujeitas, nos termos

das normas do Banco de Portugal.

Em 2011, dever-se-á testemunhar o acentuar deste procedimento, sendo previsível que

se inicie o processo de obtenção da certificação pelas normas de qualidade aplicáveis,

situação que não foi possível durante 2010 por força da enorme carga de tarefas

inerentes ao contínuo crescimento da actividade, à semelhança do que já tinha

acontecido em 2009. Ainda assim, foi prosseguida em 2010 a implementação de

ajustamentos ao sistema de informação, de modo a que o mesmo se adeqúe,

nomeadamente, às necessidades de reporte inseridas no tema Basileia II / Supervisão

Bancária / IAS. Além disso, o rápido crescimento do Sistema continuou a induzir na

SPGM um programa contínuo de investimento em equipamentos informáticos e redes

de comunicação entre as diversas instalações do Sistema, quer com o objectivo de se

maximizar a eficiência e produtividade, quer de promover a segurança da função

informática. Paralelamente, encontra-se já em utilização um Modelo de Informação de

Gestão integrado.

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Prosseguindo o que foi a experiência pela primeira vez levada a cabo em 2007, a SPGM

organizou com o envolvimento das SGM, no dia 23 de Novembro em Santarém, o 4.º

Fórum Empreendedorismo, onde e à semelhança do que aconteceu nas anteriores

edições foram convidados e participaram representantes do Ministro da Economia, da

Inovação e do Desenvolvimento, as Administrações dos bancos parceiros, as muitas

centenas de empresários e membros das Direcções das Associações Empresariais, das

Agências Públicas e do sector da Garantia Mútua, tendo-se reunido mais de 1000

participantes.

Ao nível internacional, a SPGM envolveu-se nas actividades susceptíveis de

potenciarem o nome de Portugal, sobretudo enquanto Sistema de Garantia Mútua,

nomeadamente participando activamente nas iniciativas promovidas quer pela AECM, a

que preside em segundo mandato consecutivo, quer pela REGAR.

Para além disso, a SPGM desencadeou em 2010 acções de assessoria técnica e parceria

estratégica, em regime de cooperação, com alguns membros da CPLP, designadamente

Cabo Verde e Moçambique, para o lançamento de sistemas de garantia de crédito para

PME, baseados na boa prática internacionalmente reconhecida que é o Sistema

Português, e cujos projectos se encontram em fases diferentes de implementação.

Ainda em 2010, foram iniciados alguns contactos com entidades Angolanas no sentido

de avaliar a possibilidade de lançamento naquele país de uma iniciativa semelhante e

que já tiveram desenvolvimentos embora em fase preliminar no início de 2011.

Para assegurar a prossecução da sua principal missão corporativa – facilitar o acesso ao

financiamento por parte das micro e pequenas e médias empresas em Portugal – no

quadro das orientações dos seus accionistas públicos de referência, e com vista a deter

um mínimo de 10% do capital das SGM. A SPGM tem vindo a acompanhar os aumentos

de capital social verificados nas sociedades de Garantia Mútua Agrogarante, Garval,

Lisgarante e Norgarante, ao longo do ano, mantendo a posição de maior accionista

individual destas SGM e assim continuar a assumir o papel de holding do Sistema.

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Enquadramento macroeconómico

Após um ano como o de 2009 em que o produto mundial terá diminuído 0,5%, 2010 ficou

marcado pela retoma mundial, tendo o produto mundial crescido cerca de 4,7% segundo

as estimativas de Outubro do FMI. Não obstante, este crescimento mundial foi mais

acentuado nos países em desenvolvimento e nas novas potências industrializadas – que

não foram muito afectados pela crise de 2008/2009 – do que na UE ou nos EUA.

Actualmente, a zona euro enfrenta fortes desafios motivados por factores como a crise

da dívida soberana da Grécia e da Irlanda, que tiveram de recorrer ao Fundo Europeu de

Estabilização Financeira (EFSF) criado propositadamente para a ajuda à crise grega; a

especulação relativa à possível intervenção deste Fundo em Portugal; os receios

internacionais quanto ao possível impacto da crise mundial em Espanha; e por fim, o

elevado endividamento de várias economias (agravados com as medidas anti-crise

tomadas em 2009 e pelos mecanismos de apoio social).

No que à economia portuguesa diz respeito, 2010 foi um ano de retoma económica –

segundo o Banco de Portugal (BdP) o PIB terá variado 1,3% – apoiada essencialmente no

crescimento das exportações (e diminuição das importações) mas que acabou em forte

desaceleração (particularmente no consumo privado) decorrente das medidas de

austeridade tomadas para combater o elevado deficit das finanças públicas.

Portugal enfrenta agora um enorme desafio pois necessita de crescer num período de

diminuição do apoio estatal, agravado com dificuldades de acesso a crédito

internacional, apresentando-se esta como a única via de ultrapassar os problemas de

desemprego e de convergir com os países mais desenvolvidos da UE.

A perspectiva para 2011 é que o plano de austeridade apresentado pelo Governo – cujos

efeitos em particular se vão fazer sentir através da descida dos salários da função

pública, da subida da taxa máxima do IVA para 23% e da diminuição das deduções fiscais

– vá acentuar a diminuição do consumo privado o que, associado à diminuição do

consumo público e aos anunciados cortes em quase todas as rubricas orçamentais, faz

com que o BdP preveja para este ano uma variação do PIB de -1,3%.

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Não obstante, caso os 0,2% de crescimento do PIB previstos no Orçamento de Estado

para 2011 não sejam atingidos, mantém-se em aberto a possibilidade de serem tomadas

medidas adicionais de controlo da despesa pública, de forma a cumprir o compromisso

de 4,6% de deficit.

Em Dezembro de 2010 o Governo apresentou a Iniciativa para a Competitividade e o

Emprego, pacote com cerca de 50 medidas pro-crescimento que se desenvolve em cinco

áreas fundamentais: competitividade da economia e apoio às exportações; simplificação

administrativa e redução dos custos de contexto para as empresas; competitividade do

mercado de trabalho; reabilitação urbana e dinamização do mercado de arrendamento;

e combate à informalidade, fraude e evasão fiscal e contributiva. Nesta altura decorrem

negociações com as várias entidades envolvidas tendo em vista a formalização efectiva

até ao final do primeiro trimestre de 2011.

Esta iniciativa poderá desempenhar um papel fundamental no desempenho da economia

nacional e evitar a necessidade de novas medidas de austeridade se conseguir que os

efeitos pro-crescimento, principalmente o investimento privado e as exportações,

sejam superiores aos efeitos contraccionistas das medidas de austeridade.

Reflectindo a instabilidade económica e antecipando o efeito do plano de austeridade, o

mercado bolsista português desvalorizou 10,3% durante o ano de 2010, em contraste

com as principais bolsas europeias, que registaram valorizações, principalmente a partir

do mês de Julho.

A inflação verificada em 2010 em Portugal, calculada pelo INE, cifrou-se nos 1,4% mas

demonstra uma tendência de subida, prevendo o BdP um valor de 2,7% para 2011.

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Sistema Bancário Nacional

Durante 2010, o Sistema Bancário Nacional continuou a verificar dificuldades de

financiamento nos mercados internacionais a taxas competitivas, em grande medida

decorrentes das dificuldades financeiras do Estado, o que se reflectiu em sucessivos

ajustamentos em baixa dos ratings dos bancos (em consonância com o rating do país) e

várias agências de rating a manterem outlooks negativos para o futuro. Apesar disso,

todos os bancos analisados nos Stress Tests de Julho passado, superaram os cenários

mais adversos considerados.

Em consequência destas dificuldades, os bancos procuraram em 2010 reforçar a

captação de depósitos e aumentar os seus rácios de capitais prevendo-se que, para

2011, se continue a verificar esta tendência.

Desta forma, consubstanciado nos mais recentes “Inquéritos aos Bancos sobre o

Mercado de Crédito” (IBMC) do BdP, vem-se assistindo consecutivamente a um aumento

das restrições na concessão de crédito, tanto a empresas como a particulares, através

do aumento de spreads, garantias exigidas e outras despesas, e também pela diminuição

quer de montantes quer de maturidades. Tal resulta sobretudo das dificuldades dos

bancos no acesso a financiamento de mercado, à sua posição de liquidez e a um aumento

dos riscos percepcionados.

Neste contexto, as Linhas PME INVESTE, pelo facto de reduzirem consideravelmente o

risco assumido pelos bancos no crédito que concedem, continuaram a ter um papel

preponderante na possibilidade das PME acederem a financiamentos, bem como na

manutenção dos níveis acentuados de crescimento verificado no Sistema Nacional de

Garantia Mútua.

Para o ano de 2011, prevê-se que as dificuldades dos bancos no acesso ao crédito se irão

manter enquanto não melhorarem os principais indicadores económicos de Portugal e

enquanto as taxas de juro não voltarem a diminuir, com consequências na manutenção e

eventual acentuação das restrições ao crédito.

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Figura 1: Evolução da Oferta e Procura de Crédito a Empresas in Inquérito aos Bancos sobre o Mercado de Crédito

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Actividade desenvolvida

Evolução da actividade de garantias do sistema

Em 2010, o Sistema de Português Garantia Mútua evoluiu, naturalmente e à medida que

o tempo vai decorrendo, seguindo uma tendência de solidificação da sua actividade,

sendo notórias as taxas de crescimento registadas, não só do ponto de vista do valor das

garantias processadas como de empresas e empresários apoiados. Isto mesmo pode ser

observado na evolução dos números em milhões de euros representados no seguinte

gráfico.

Os efeitos multiplicadores do Sistema português de Garantia Mútua, por sua vez,

reflectem-se na constatação de que, a partir de um dispêndio de fundos públicos de

cerca de 750 milhões de euros (dos quais ainda aguardávamos, em final de exercício, o

recebimento de uma parte pelas respectivas entidades públicas dotadoras), foi possível

emitir garantias com um valor em redor dos 5,8 mil milhões de euros, por contrapartida

de financiamentos de, aproximadamente, 11 mil milhões de euros, que terão suportado

investimentos com um valor acima dos 11,4 mil milhões de euros.

1 M 6 M 13 M 24 M 42 M 89 M 120 M 156 M 201 M 254 M 408 M

651 M

966 M

1 631 M

3 904 M

5 779 M

1 M 5 M 11 M 19 M 34 M 76 M 96 M 114 M 126 M 142 M 227 M

358 M 491 M

913 M

2 765 M

3 777 M

0 M

500 M

1 000 M

1 500 M

2 000 M

2 500 M

3 000 M

3 500 M

4 000 M

4 500 M

5 000 M

5 500 M

6 000 M

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Montante de Garantias Emitidas vs Carteira Viva(inc lui renovações e plafonds)

Garantias Emitidas Carteira Viva

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Hoje, mais de 15% das PME portuguesas conseguiram crédito nestes tempos muito

difíceis graças ao apoio da Garantia Mútua, quer através das sociedades de Garantia

Mútua, quer da SPGM, não apenas na sua qualidade de sociedade gestora do mecanismo

de contragarantia público, o FCGM, quer como back office de todo o sistema e, ainda,

entidade gestora de várias linhas específicas, como o mecanismo de crédito do ensino

superior, as linhas de seguros de crédito OCDE e as linhas de apoio à criação do próprio

emprego e formação de empresas por desempregados de longa duração.

Os indicadores atrás referidos são reveladores da dinâmica e ritmo de crescimento

exponenciais do Sistema de Garantia Mútua, e da sua crescente importância no

panorama do financiamento da economia portuguesa.

Mais em detalhe pode verificar-se que para este crescimento da actividade, foi

fundamental, ao nível do Sistema português de Garantia Mútua, a implementação e

lançamento das diversas edições das linhas PME INVESTE, promovidas pelo Ministério

da Economia, nomeadamente no âmbito do QREN/POFC, e também de outras linhas

apoiadas por entidades com relevância sectorial e de desenvolvimento regional,

designadamente os Governos Regionais dos Açores e da Madeira. Estas linhas

proporcionaram a concretização, nos últimos 2,5 anos de mais de 78 500 operações de

financiamento no montante global de cerca de 8,6 mil milhões de euros.

2009 (*) 2010 (*) Variação %

Garantias Emitidas 3 904 5 779 48,03%Contragarantias Emitidas 2 931 4 441 51,52%Carteira Viva 2 765 3 777 36,60%

Investimento Induzido 7 940 11 422 43,85%Financiamento Induzido 7 480 10 945 46,32%

(*) Valores em milhões de euros

2009 2010PME Apoiadas > 37 000 > 54 000Emprego Apoiado > 400 000 > 750 000

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Além das novas linhas e reforço das PME INVESTE, destaque para a manutenção da linha

de apoio ao crédito comercial das PME’s através do seguro de crédito para países da

OCDE e da linha de apoio ao financiamento dos estudantes do Ensino Superior e pós-

graduado, que mantiveram a trajectória de crescimento sustentado. Finalmente,

importa salientar a implementação da Linha de Apoio ao Empreendedorismo e Criação

do Próprio Emprego, promovida pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional

(IEFP) e protocolada com o sistema bancário e as SGM no montante global de 100

milhões de euros. Esta linha proporcionou o envolvimento de um novo e relevante

parceiro no Sistema – o Ministério do Trabalho e Solidariedade Social – que deu origem a

uma nova actividade na SPGM, uma vez que com ela foi contratualizada pelo IEFP a

gestão da referida Linha. No seu primeiro ano de actividade promoveram-se mais de

560 operações que envolvem a criação de mais de 1400 postos de trabalho.

Milhões Euros

Contragarantiado FCGM€ 4 441Investimento

Público

Investimento Privado

PME Mutualistas: > 54 000Emprego: > 750 000Nº Estudantes: > 12 500

EFEITOS MULTIPLICADORES DO INVESTIMENTO NO SISTEMA

Garantiasdas SGM€ 5 779

FinanciamentoBancário€ 10 945

Investimento Induzido na Economia€ 11 422

€ 756

€ 134

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Evolução da actividade da SPGM

Especificamente quanto à SPGM, o seu papel de holding de facto do Sistema tem-se

acentuado, para o que contribui o desenvolvimento de um vasto leque de funções em

prol de todas as Sociedades de Garantia Mútua portuguesas. Na realidade, o seu centro

de serviços partilhados, oferecendo uma intervenção em áreas como a tesouraria,

pagamentos, recebimentos, recursos humanos, contabilidade e fiscalidade, contratação

e contencioso, e, ainda, informática, está agora dotado de um conjunto de colaboradores

bem qualificados assegurando, por isso, estas funções de modo eficaz. Acresce que a

gestão estratégica da marca “Garantia Mútua”, propriedade da SPGM, e todo o

marketing institucional são historicamente responsabilidade da SPGM para todo o

“grupo”. Finalmente, no ano findo foram acrescentadas as áreas de auditoria interna,

compliance e gestão de riscos (funções críticas para assegurar um adequado sistema de

controlo interno ao “grupo” Garantia Mútua, além de obrigatórias para as instituições de

crédito).

Por outro lado, a implementação de um conjunto de projectos – desenvolvidos até 2009

com o apoio da Deloitte e incidindo em diversas vertentes, como a problemática da

solvabilidade das instituições de crédito e Basileia II, um modelo de informação para a

gestão e manuais de procedimento internos e de relacionamento entre as entidades que

constituem hoje o Sistema de Garantia Mútua – conduziram já, ao longo do ano findo, a

condições de funcionamento global do Sistema de Garantia Mútua num patamar

superior de desempenho, antevendo-se que, em fase de consolidação daquela

implementação, se atinjam cada vez maiores níveis de satisfação dos requisitos de

excelência exigidos.

Estes projectos de consultoria de gestão foram acompanhados pelo desenvolvimento de

várias ferramentas de índole informática, elaboradas quer com o recurso a quadros da

SPGM, quer através de subcontratação de especialistas, com visíveis efeitos práticos

sentidos no quotidiano da Sociedade, com melhorias significativas da produtividade e,

também, na redução de incidentes no tratamento da informação.

Além disso, a manutenção de um crescimento significativo do Sistema tem mantido a

necessidade de incontornáveis investimentos na sua estrutura tecnológica,

designadamente em equipamentos informáticos e redes de comunicação entre os

diversos escritórios do Sistema, com o objectivo de se maximizar a eficiência e

produtividade e os níveis de segurança da função informática. Em 2010, a sociedade fez

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SPGM – Sociedade de Investimento, S. A. Relatório e Contas 2010

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um significativo investimento na construção de um centro de recuperação de dados em

caso de desastre informático nos servidores centrais, obedecendo aos padrões de

segurança exigidos às instituições de crédito.

Enquanto sociedade gestora do Fundo de Contragarantia Mútuo (FCGM), a SPGM

continua a dedicar a esta actividade uma elevada importância, que tem permitido, em

conjunto com os dotadores deste Fundo, criar, em processo contínuo, uma série de

novos produtos com elevada utilidade na economia portuguesa, satisfazendo

necessidades de diferentes tipos de agentes económicos. O ano corrente assistiu,

nomeadamente, à continuação do lançamento de diversas linhas de garantias PME

INVESTE, visando o apoio a empresas portuguesas, com uma especial ênfase quanto a

microempresas e a entidades exportadoras.

Das 102 linhas de garantias que foram criadas desde a constituição do FCGM, estão

actualmente activas 68, normalmente denominadas “gavetas”, das quais 46 são

susceptíveis de enquadramento pelas SGM Garval, Lisgarante e Norgarante, enquanto

as restantes 11 linhas se destinam exclusivamente a contragarantir operações da

Agrogarante. As restantes 11 gavetas são susceptíveis de utilização pelas quatro SGM.

Entre estas gavetas, devem ser realçadas, pelas suas características inovadoras, as

linhas de garantias relativas aos Seguros de Crédito à Exportação e a Linha de Apoio ao

Empreendedorismo e Criação do Próprio Emprego.

Com o envolvimento, em 2009, do IEFP no Sistema nacional de Garantia Mútua foi

alargado o conjunto de dotadores do Fundo juntando-se o Ministério do Trabalho e da

Solidariedade Social aos anteriores: o Ministério da Economia, da Inovação e do

Desenvolvimento (através do IAPMEI – Instituto de Apoio às Pequenas e Médias

Empresas e à Inovação, Turismo de Portugal, IP e do FINOVA), o Ministério da

Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas (através do IFAP – Instituto de

Financiamento da Agricultura e Pescas), o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino

Superior, e os Governos Regionais da Madeira e dos Açores.

No que diz respeito à adequada capitalização do FCGM, no ano findo este foi dotado

(capital novo subscrito contratualmente pelos dotadores) de um montante adicional de

cerca de 261 milhões de euros, em particular com origem no FINOVA, instrumento

financeiro público, por sua vez dotado pelo IAPMEI e Turismo de Portugal, IP para o

efeito, com verbas originadas no SAFPRI, programa de engenharia financeira do

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QREN/POFC e ainda por dotações directas específicas de outros dotadores, tendo como

função fundamental contragarantir as garantias associadas às linhas PME INVESTE.

Em termos de liquidez, durante 2010, o FCGM foi reforçado em cerca de 120 milhões de

euros, cuja discriminação consta do quadro abaixo:

As dotações do Fundo de Contragarantia Mútuo realizadas no âmbito do programa

INOFIN continuam a permitir que o Sistema de Garantia Mútua alargue a sua actividade,

principalmente pela diversificação ao nível do tipo de operações (com valor médio mais

baixo do que era habitual), e, por conseguinte, a empresas tipicamente de menor

dimensão e/ou em fases do seu ciclo de vida mais incipientes.

Depois do sucesso indiscutível das diversas edições anteriores, o Governo aprovou em

23 de Dezembro um Aditamento à Linha PME INVESTE VI, com uma dotação global de

1 500 Milhões de euros, repartidos por:

• Linha Específica “Micro e Pequenas Empresas”: 500 milhões de euros

• Linha Específica “Geral”: 1 000 milhões de euros, em que metade se destina a

Empresas Exportadoras

Neste Aditamento encontra-se previsto que a percentagem de cobertura das SGM seja

majorada para 60% do capital em dívida em operações realizadas por empresas que

nunca tenham beneficiado de qualquer operação no âmbito das anteriores Linhas PME

INVESTE.

Assinale-se também a iniciativa desencadeada pela entidade gestora do POFC/QREN de

melhoria das condições de acesso aos sistemas de incentivos por si geridas, e que inclui

uma linha de financiamento com Garantia Mútua – QREN INVESTE – no montante de 800

milhões de euros.

Linha de Apoio à Região Autónoma da Madeira 300 000,00

Linha de Apoio à Região Autónoma dos Açores 1 750 000,00

Linha Seguros de Crédito para Países da OCDE 7 143 000,00

Linhas de Crédito PME Investe III, IV, V e VI 111 347 500,00

120 540 500,00

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Os elementos agregados relativos a estas linhas constam dos quadros seguintes:

Assinale-se ainda que no âmbito da linha de garantias relativas aos Seguros de Crédito à

Exportação estavam concretizadas no final do final do ano 415 operações que

viabilizaram um montante adicional de seguros de cerca de 485 milhões de euros.

No que diz respeito à Linha de Apoio ao Empreendedorismo e Criação do Próprio

Emprego, importa referir que, decorrido que está um ano do seu lançamento, se

aprovaram:

a) na sub-linha MICROINVEST, focada em operações de financiamento até 15 mil

euros, 97 operações com um montante global de garantias de 365 mil euros e

que promoveram a criação de 129 postos de trabalho;

b) na sub-linha INVEST +, dirigida para operações de financiamento superiores a 15

mil euros e até 100 mil euros, 467 operações com um montante global de

garantias de 17,3 milhões de euros e que promoveram a criação de 1284 postos

de trabalho.

Neste ano assistiu-se, ainda, ao reforço da importância e notoriedade da Agrogarante,

junto quer das empresas quer das instituições de crédito. Esta sociedade tem sede em

Coimbra, mas actua para todo o território nacional na prestação de garantias aos

empresários e micro e pequenas e médias empresas do sector agro-florestal. Assim e

visando alargar a abrangência da actividade da Sociedade, e com isso promover o seu

crescimento, procedeu-se ao aumento de capital da mesma de 6 para 12 milhões de

euros, com um reforço significativo da participação detida pela SPGM no capital da

Agrogarante.

  PME INVESTE Açores INVESTE Madeira INVESTE

N.º Operações 77 044 753 693

Montante Global Financiamento (*) 8 442 34 64

Montante Global Garantia (*) 3 869 24 35

% Média Garantia 46% 70% 54%

* Valores em M ilhões de Euros

51 81,8 25 31%

* Valores em M ilhões de Euros

LINHA SECTOR CORTIÇA

N.º Operações % Média Garantia Montante Global

OperaçõesMontante Global

Garantia (*)

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Em conjunto com as Sociedades de Garantia Mútua, a SPGM organizou em Novembro, o

4.º Fórum Empreendedorismo, subordinado ao tema O mundo das PME face à evolução

do mercado global, que permitiu juntar no CNEMA, em Santarém, um número superior a

1000 participantes, representando um diversificado conjunto de interesses e

perspectivas sobre o funcionamento da economia portuguesa. Concretiza-se assim e de

forma consistente a intenção da SPGM de promover, anualmente, a realização de um

Fórum Empreendedorismo, que terá sempre como primeira preocupação a aproximação

às empresas e empresários que são a verdadeira razão de ser do Sistema de Garantia

Mútua português.

Ao nível internacional, a SPGM envolveu-se nas actividades susceptíveis de

potenciarem o nome de Portugal, sobretudo enquanto Sistema de Garantia Mútua,

tendo nomeado representantes e participado activamente em working groups

temáticos promovidos pela AECM, a que preside em segundo mandato consecutivo.

Para além disso, a SPGM desencadeou em 2010 acções de assessoria técnica, em regime

de cooperação, com alguns membros da CPLP e a nível governamental, designadamente

Cabo Verde, Moçambique e Angola, para o lançamento de sistemas de garantia

baseados na boa prática internacionalmente reconhecida que é o Sistema Português, e

cujos projectos se encontram em fases diferentes de implementação. Assim, enquanto

em Cabo Verde este processo se encontra na fase de constituição de uma Sociedade, em

Moçambique foi assinado em Setembro o respectivo Protocolo de Cooperação com a

entidade financeira designada pelo governo moçambicano para liderar este processo.

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Organização e Meios

Ao nível organizacional, a Sociedade implementou em 2010 três novas unidades

orgânicas decorrentes das imposições do Banco Central e respectivos normativos na

área das funções do Sistema de Controlo Interno: a Auditoria Interna, o Compliance e a

Gestão de Riscos, que, centradas na SPGM, servirão todo o universo da Garantia Mútua.

Desde o recrutamento, no início do ano, do responsável de auditoria interna, têm vindo a

ser desenvolvidas inúmeras actividades no âmbito da implementação da função de

auditoria interna na SPGM e nas demais instituições do Sistema Nacional de Garantia

Mútua. Das iniciativas asseguradas, salientam-se a formalização do modelo de actuação

da função de auditoria interna, a formalização do regulamento de auditoria, a

elaboração de um código de ética para os auditores internos e o desenvolvimento do

Plano anual de auditoria interna para todo o Sistema, com vista a examinar e avaliar a

adequação e a eficácia das diversas componentes do sistema de controlo interno. Foi

ainda criado um manual de procedimentos de suporte à função e desenvolvidos

templates de suporte ao ciclo de auditoria. Adicionalmente, após avaliadas as

necessidades de contratação de recursos humanos e definido o perfil necessário, foi

contratado um auditor sénior em Julho e um júnior em finais de 2010. A implementação

da função consolidou-se a partir do mês de Julho, data em que teve início a realização da

primeira auditoria interna (ao FCGM), prevista no Plano anual atrás referido.

Em termos de concretização da função de Compliance, após o recrutamento interno do

seu responsável com início de funções em Abril, encontra-se também concluída, por

afectação de recursos internos, tendo ficado definida uma equipa de trabalho composta

por um técnico para a área de assessoria interna e branqueamento de capitais e outro

para a área de normativo interno e gestão de entidades externas, encontrando-se em

curso o processo de transição efectiva para o novo Departamento. Não obstante, estão

a ser assegurados todos os procedimentos de formalização do Departamento,

nomeadamente pela preparação do regulamento e plano de actividade da função com o

apoio da Deloitte, assim como alguns trabalhos enquadráveis no exercício da função, de

que são exemplos o apoio na análise de temas como Basileia III ou a alteração do

enquadramento comunitário de ajudas de estado.

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No que concerne à função de Gestão de Riscos, cujo responsável acumula com a

coordenação da área de Compliance, e também com o apoio da Deloitte ficou no final do

ano definido o seu modelo de funcionamento que comporta quatro grandes linhas de

intervenção: a aplicação e formalização dos mecanismos de gestão dos vários riscos, a

elaboração dos reportes às entidades externas, a avaliação integrada da maturidade do

sistema de gestão de riscos e a promoção da cultura de gestão de risco. Para esta

Direcção, foi recrutado externamente um dos recursos humanos ficando o outro de ser

objecto de recrutamento interno a ocorrer no primeiro semestre de 2011. Entretanto,

estão também a ser asseguradas algumas das tarefas prioritárias neste âmbito,

nomeadamente, o desenho do plano de continuidade de negócios assim como a

preparação da base para execução dos Relatórios de Stress Tests e ICAAP a entregar ao

Banco de Portugal no primeiro trimestre de 2011.

No quadro de uma melhor segregação de algumas funções e tarefas, procedeu-se à

criação de unidades orgânicas autónomas para a gestão dessas funções de modo mais

eficiente e clarificado. Para além da clarificação funcional intra unidades já existentes,

importa assinalar a criação do Departamento de Gestão do FCGM, do Departamento de

Gestão de Linhas Especiais (IEFP e Garantias de Carteira) e do Departamento de

Marketing.

Decorreu deste processo a aprovação de um novo organigrama da SPGM que se

apresenta abaixo.

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Conselho de Administração

D epartamento de Gestão do Fundo de

ContragarantiaD irecção Jurídica e

de Contencioso

P r é-Contencioso

Contencioso

Contratação

Assessoria Jurídica

Gestão de P articipações

S ociais

Departamento de Mar keting

Departamento de R ecursos Humanos

Direcção Administrativa e

Financeira

Contabilidade Informação e Controlo de Gestão Gestão Financeira

Contas a P agar

Contas a R eceber

Gestão de T esouraria

Apoio Administrativo

Departamento de Gestão de Linhas

EspeciaisDepartamento de

ComplianceDirecção

Informática e de S istemas

Aplicações de Bases de Dados

R edes e Equipamentos

Direcção de Gestão de R iscos

Departamento de Acompanhamento

S ecretariado Administração

Direcção de Auditoria Interna

Comissão Executiva

S ecretariado

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A SPGM implementou ao longo de 2010 vários módulos de formação em temas da

inteligência emocional e da área comportamental, em parceria com uma empresa

especialista na área dos recursos humanos, promoveu formação em língua inglesa para

a sua equipa e, ainda, patrocinou a frequência de cursos em temas técnicos à equipa.

Estas acções de formação na área comportamental e de inteligência emocional,

desenhadas e implementadas pela citada entidade, conjuntamente com o departamento

de recursos humanos da SPGM, de modo a satisfazer as exigências das diferentes

Sociedades do Sistema, decorreram ao longo de cerca de um ano (entre Outubro de

2009 e Setembro de 2010), tendo envolvido a generalidade das equipas do Sistema de

Garantia Mútua, às quais a participação nestas iniciativas esteve aberta.

No total, participaram 157 pessoas em cinco tipos diferentes de acções,

nomeadamente:

• Gestão do stress e eficácia na organização pessoal

• Condução de reuniões

• Técnicas de apresentação em público

• Técnicas de negociação e gestão de conflitos

• Teambuilding.

Ao nível dos meios afectos à actividade, o exercício transacto assistiu à realização de

significativo investimento no reforço das plataformas informáticas, seja servidores de

rede, seja de comunicações e armazenamento de dados e sua segurança, o que incluiu o

estabelecimento de um centro de recuperação de dados situado nas instalações da

Agrogarante, em Coimbra. Este dispositivo de segurança encontra-se já operacional,

devendo ser, de novo, dirigida uma palavra de agradecimento à Agrogarante pelo

acordo manifestado quanto à utilização das suas instalações para o efeito.

Na sequência da decisão tomada em final de 2009 de aquisição de novas instalações da

Sociedade, imprescindíveis para levar a cabo as obrigações da SPGM em condições

adequadas, encontram-se as mesmas actualmente em obras de adaptação. De acordo

com os contratos de empreitada celebrados, e em sintonia com o ritmo de andamento

destas obras, é expectável que a mudança venha a ocorrer ao longo do próximo mês de

Abril.

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Política de Remunerações e Prémios

Os membros do Conselho de Administração não pertencentes à Comissão Executiva

auferem apenas uma senha de presença por cada reunião em que estejam

efectivamente presentes, existindo remunerações fixas permanentes atribuídas apenas

aos membros da Comissão Executiva. Historicamente não se verificou, nem verifica, a

atribuição de quaisquer prémios de performance, nem de outro qualquer tipo, aos

membros do Conselho de Administração.

Os colaboradores da sociedade auferem o respectivo salário, podendo ser elegíveis para

a atribuição de um prémio anual de performance, nos termos de um modelo de avaliação

definido, que contempla variáveis quantitativas e qualitativas. Por regra, só os

colaboradores com mais de um ano de casa são elegíveis para prémios, e estes poderão

atingir até um total anual de dois meses de salário, sendo superiores apenas em casos

absolutamente excepcionais e analisados caso a caso entre as chefias respectivas e a

Administração Executiva diária.

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Análise económica e financeira

No exercício de 2010, a SPGM obteve um Resultado Antes de Impostos de cerca de 4,2

milhões de euros que corresponde a um aumento significativo face ao exercício anterior

e representa 48,7% do valor total de proveitos apurados.

Os Impostos Correntes estimados ascendem a 1,1 milhões de euros tendo-se agravado,

face a 2009, em 180,6% ainda que ligeiramente atenuado pelo reconhecimento de

Impostos Diferidos que, em 2010, ascenderam a 89,5 mil euros.

Este procedimento é feito na sequência da adaptação da contabilidade da SPGM, desde o

exercício de 2006, à Norma Internacional de Contabilidade (doravante designada por

NIC) n.º 12, do International Accounting Standards Committee – IASB, processo que

originou o reconhecimento de impostos diferidos em capitais próprios, e,

posteriormente, em proveitos, quando referentes ao próprio exercício fiscal. No ano de

2010, as reversões entretanto ocorridas foram contabilizadas em encargos por

impostos diferidos e os impostos diferidos resultantes das novas diferenças

temporárias, fruto do desfasamento entre a base tributável de um activo ou passivo e o

seu valor contabilizado, foram reconhecidas em rendimentos por impostos diferidos.

Assim, a Sociedade obteve um Lucro líquido de 3 milhões de euros que comparado com

os 664,4 mil euros obtidos em 2009, representa um crescimento de cerca de 2,4 milhões

de euros.

RESULTADO Ano 2010 Ano 2009 Variação

€uros % (1) €uros % (1) €uros t.c.a. (%)

Total de Proveitos 8 713 665,84 100,0 5 457 241,61 100,0 3 256 424,23 59,7

Total de Custos 4 468 500,74 51,3 4 480 826,41 82,1 - 12 325,67 -0,3

Resultado Antes de Impostos (1) 4 245 165,10 48,7 976 415,20 17,9 3 268 749,90 334,8

Impostos correntes - 1 105 847,56 -12,7 - 394 154,28 -7,2 - 711 693,28 180,6

Impostos diferidos - 89 490,50 -1,0 82 121,89 1,5 - 171 612,39 -209,0

Resultado do Exercício 3 049 827,04 35,0 664 382,81 12,2 2 385 444,23 359,0

Notas: t.c.a. - taxa de crescimento anual; (1) % do total de proveitos.

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Os proveitos totalizaram, no exercício de 2010, o valor de 8,7 milhões de euros,

reflectindo um aumento de 59,7% quando comparado com o exercício anterior, com as

componentes de proveitos com impacto financeiro – nomeadamente os Rendimentos de

Serviços e Comissões de garantia (em função do alargamento da base de incidência da

comissão de gestão do Fundo de Contragarantia Mútuo) e os Juros e Rendimentos

Similares – a representarem cerca de 85,1%, evidenciando a consolidação da função da

SPGM enquanto entidade coordenadora do Sistema Nacional de Garantia Mútua e

gestora do Fundo de Contragarantia Mútuo.

O acréscimo das Reposições Associadas ao Crédito a Clientes é explicado pela

recuperação de valores de crédito totalmente provisionados a 31 de Dezembro de 2009,

e ainda pelas reposições de montantes não aceites fiscalmente para cobertura das

garantias executadas em 2008 e 2009. Estes valores encontram-se, de acordo com a

grelha temporal de provisionamento prevista no Aviso n.º 3/95 do Banco de Portugal,

em condições de serem efectivamente aceites em termos fiscais no exercício de 2010.

De forma a incluir esta realidade nas contas da Sociedade, reduzindo deste modo o

tratamento fora de balanço da componente fiscal, é efectuado um movimento sem

impacto líquido em resultados, que consiste na constituição de provisões aceites

fiscalmente por contrapartida de reposições não aceites.

A variação registada na rubrica de Reposições do Exercício decorre quer da redução da

carteira da SPGM, com carácter cada vez mais residual na actividade da Sociedade, quer

da redução das provisões económicas existentes. Este aumento de reposições deriva do

desaparecimento e também da concretização (através da execução dessas garantias)

dos factores económicos que motivaram a constituição destas provisões em nível

adequado ao risco da carteira de garantias vivas da SPGM, numa variação global no

montante de 407,7 mil euros.

PROVEITOS

€uros % (1) €uros % (1) €uros t.c.a. (%)

Juros e Rendimentos Similares 299 008,50 3,4 128 631,19 2,4 170 377,31 132,5

Rendimentos de Serviços e Comissões 7 115 364,21 81,7 4 586 782,90 84,0 2 528 581,31 55,1

Ganhos em operações financeiras 77,71 0,0 2,82 0,0 74,89 0,0

Outros Rendimentos de Exploração 332 711,20 3,8 282 176,55 5,2 50 534,65 17,9

Reposições do Exercício 608 054,40 7,0 395 556,93 7,2 212 497,47 53,7

Reposições Associadas ao Crédito a Clientes 358 449,82 4,1 64 091,22 1,2 294 358,60 459,3

TOTAL 8 713 665,84 100,0 5 457 241,61 100,0 3 256 424,23 59,7

Nota: t.c.a. - taxa de crescimento anual; (1) % do total de proveitos.

Ano 2009Ano 2010 Variação

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O acréscimo relativamente ao exercício anterior de 17,9% verificado na rubrica de

Outros Rendimentos de Exploração está relacionado com outros proveitos operacionais,

onde estão incluídos os rendimentos da prestação de serviços cobrados às Sociedades

de Garantia Mútua, enquanto centro de serviços partilhados.

A análise da evolução da carteira de garantias vivas da SPGM, reflectida no quadro

anterior, permite constatar a rápida redução dos valores de responsabilidades em

aberto. No exercício que finda, este valor ascendia a 3,1 milhões de euros, sendo

maioritariamente constituído por garantias emitidas ao abrigo dos fundos canalizados

para o Sistema no âmbito do PEDIP II.

Se bem que a taxa de sinistralidade acumulada até agora no Sistema – incluindo a fase

até 2002 em que a SPGM foi o único operador – seja relativamente baixa, quer em

termos absolutos quer quando sujeita a comparações internacionais, a taxa de

sinistralidade potencial da actual carteira de compromissos da SPGM encontra-se num

patamar superior. Com efeito, em 2010, o valor das garantias executadas correspondeu

a cerca de 19% do valor vivo da carteira no início do ano, sendo expectável que, em 2011

e exercícios seguintes, se possam vir a verificar níveis semelhantes de incumprimento

por parte das empresas garantidas.

Esta situação apresenta-se totalmente normal e decorrente da estratégia seguida na

evolução do Sistema em Portugal, nomeadamente o facto de a SPGM ter mantido uma

carteira de garantias, constituída até ao final de 2002 e que não foi, posteriormente,

renovada e/ou incrementada através da assumpção de novos riscos. Assim, o objectivo

principal continua a ser minimizar as perdas da SPGM e do Fundo de Contragarantia

Mútuo, o que conduz a decisões tendentes a permitir às empresas e beneficiários das

garantias renegociar os compromissos assumidos por aquelas, mantendo-se a garantia

da SPGM.

GARANTIAS

€uros % €uros % €uros % €uros % €uros t.c.a. (%)

PEDIP II 9 764 915 58,9 7 206 792 73,0 4 466 298 85,3 2 696 595 87,0 -1 769 703 -39,6

PEDIP II FEI 50% 604 930 3,6 186 749 1,9

PEDIP II FEI 75% 1 620 727 9,8 808 225 8,2 127 679 2,4 -127 679 -100,0

IFT 1 202 757 7,3 928 684 9,4 195 770 3,7 94 029 3,0 -101 741 -52,0

IFT FEI 75% 374 279 2,3 37 500 0,4

POE 50% 235 223 1,4 392 286 4,0 280 652 5,4 202 880 6,5 -77 771 -27,7

IMIT 2 776 311 16,7 314 292 3,2 167 359 3,2 107 281 3,5 -60 078 -35,9

TOTAL 16 579 142 100,0 9 874 529 100,0 5 237 757 100,0 3 100 785 100,0 -2 136 972 -40,8

Nota: t.c.a. - taxa de crescimento anual

VariaçãoAno 2007 Ano 2009 Ano 2010Ano 2008

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26

O valor total dos custos suportados em 2010 sofreu uma ligeira redução (cerca de 12,3

mil euros) em relação aos custos incorridos no ano anterior.

A redução global, dos custos financeiros face ao exercício anterior decorre também da

diminuição da carteira viva, designadamente com reflexos na comissão de

contragarantia que é devida ao Fundo de Contragarantia Mútuo.

O impulso que a actividade sofreu tornou inevitável o reforço da estrutura base da

Sociedade, sendo este facto relevado nas variações positivas ocorridas na rubrica dos

Gastos com Pessoal, com uma variação positiva de cerca de 281,5 mil euros.

Esta variação foi contudo compensada pela redução verificada nos Gastos Gerais

Administrativos, em resultado da conclusão de uma série de projectos estruturantes e

consolidação de algumas ferramentas informáticas, fundamentais para manter os

níveis de serviço enquanto back office das Sociedades de Garantia Mútua.

Adicionalmente, a SPGM continuou a sua tarefa de promoção e divulgação da marca

“Garantia Mútua”, promovendo a realização do 4º Fórum do Empreendedorismo e

contribuindo para a organização de diversos eventos institucionais.

Os Outros Encargos de Exploração apresentaram a maior taxa de crescimento face a

2009, em virtude do maior volume de iniciativas de cariz social que a SPGM apoiou e do

maior envolvimento associativo com outros sistemas de Garantia Mútua, associações

empresariais e entidades relevantes no fomento económico.

CUSTOS Ano 2010 Ano 2009 Variação

€uros % (1) €uros % (1) €uros t.c.a. (%)

Juros e Encargos Similares 3 524,47 0,0 1 594,66 0,0 1 929,81 121,0

Encargos com Serviços e Comissões 7 346,86 0,1 12 277,95 0,2 - 4 931,09 -40,2

Perdas Operações Financeiras 0,0 84,18 0,0 - 84,18 -100,0

Gastos Gerais Administrativos 1 458 220,07 16,7 1 565 493,49 28,7 - 107 273,42 -6,9

Gastos com Pessoal 1 538 643,03 17,7 1 257 152,44 23,0 281 490,59 22,4

Amortizações do Exercício 398 422,06 4,6 319 518,12 5,9 78 903,94 24,7

Outros Encargos de Exploração (2) 75 470,51 0,9 32 540,65 0,6 42 929,86 131,9

Provisões do Exercício 206 180,71 2,4 632 824,13 11,6 - 426 643,42 -67,4

Correcções Associadas ao Crédito a Clientes 780 693,03 9,0 659 340,79 12,1 121 352,24 18,4

Total de Custos antes de Impostos 4 468 500,74 51,3 4 480 826,41 82,1 - 12 325,67 -0,3

Notas: t.c.a. - taxa de crescimento anual; (1) % do total de proveitos; (2) inclui impostos (não sobre os lucros).

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SPGM – Sociedade de Investimento, S. A. Relatório e Contas 2010

27

A diminuição das Provisões do Exercício em cerca de 426,6 mil euros, reflecte a já

referida natureza residual que a carteira viva assume na actividade da SPGM, assim

como o menor reforço de provisões económicas.

Em resultado da actual conjuntura económica, o nível de crédito malparado no sistema

financeiro tem vindo a subir de forma particularmente acentuada desde meados de

2008. Em consequência, a rubrica de Correcções Associadas ao Crédito a Clientes – onde

são registadas as provisões para cobertura de garantias sinistradas e pagas, bem como

as notas de débito e facturas não pagas pelos clientes – registou uma variação relevante

explicada, em grande parte, pela conjuntura económica actual e seu reflexo no tecido

empresarial, representando uma percentagem de sinistralidade superior à verificada no

exercício anterior, tendo por comparação a carteira viva no início do respectivo

exercício.

O valor do Activo Líquido da SPGM em Dezembro de 2010 é de cerca de 38,4 milhões de

euros, inferior em cerca de 2 milhões de euros face a 2009. Este decréscimo assenta na

redução do volume das aplicações financeiras e disponibilidades em instituições de

crédito, em virtude da realização, no exercício, do aumento de capital da Agrogarante,

das segundas tranches dos aumentos de capital da Lisgarante e Garval e da primeira

tranche do último aumento de capital da Norgarante. Estas operações financeiras

implicaram um desembolso total de 15,5 milhões de euros e consequente diminuição da

liquidez global da Sociedade que, face ao ano anterior, regista uma redução de cerca de

8,3 milhões de euros.

Os desembolsos referidos são compensados pelo aumento dos Outros Activos

Tangíveis, em cerca de 2 milhões de euros, justificado, essencialmente, pela aquisição

das novas instalações e pelo crescimento da posição accionista da SPGM nas SGM, que

deduzida a alienação a mutualistas das SGM de parte das acções representativas do seu

capital, se traduziu num aumento líquido de 2,7 milhões de euros.

Importa ainda referir que nos Outros Passivos se encontra registado o compromisso de

realização da segunda tranche do aumento do capital social da Norgarante (3,75

milhões de euros).

Com um valor de Capitais Próprios de aproximadamente 32 milhões de euros, a SPGM

apresenta uma autonomia financeira de 83,22%, a qual, clara e inequivocamente,

demonstra a sua elevada solvabilidade financeira.

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SPGM – Sociedade de Investimento, S. A. Relatório e Contas 2010

28

Importa assinalar que das responsabilidades extrapatrimoniais, decorrentes da emissão

de garantias em nome e a pedido das micro e pequenas e médias empresas suas

accionistas beneficiárias, que ascendiam, em 31 de Dezembro de 2010, a 3,1 milhões de

euros, encontram-se directamente contragarantidas pelo Fundo de Contragarantia

Mútuo 1,6 milhões de euros, pelo que as responsabilidades líquidas da SPGM ascendem

a 1,5 milhões de euros.

A SPGM apresenta, em Dezembro de 2010, um rácio de solvabilidade de 23%. Este

indicador traduz a relação entre os fundos próprios e o total dos activos e elementos

extrapatrimoniais ponderados pelo seu risco, pelo que o valor referido reflecte a

adequabilidade dos fundos próprios para satisfazer as responsabilidades assumidas.

Não obstante o rácio de solvabilidade acima referido e apesar de existirem, em final do

ano, aplicações financeiras no montante de 7,2 milhões de euros, por força do elevado

valor de participações nas SGM os fundos próprios situavam-se abaixo do limite legal.

No entanto, esta situação é meramente transitória e será imediatamente regularizada

aquando da consolidação do resultado liquido do exercício.

A Sociedade detinha, à data de 31 de Dezembro de 2010, 249 080 acções próprias com o

valor nominal de um euro cada, cujo valor se encontra deduzido nos capitais próprios

pelo montante de 218 950 euros, correspondentes ao respectivo preço de aquisição,

resultando a diferença das acções terem sido compradas abaixo do par.

Refira-se, finalmente, que a Sociedade não é devedora de quaisquer importâncias ao

Estado ou à Segurança Social, encontrando-se regularizada a sua situação perante

estas Entidades.

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SPGM – Sociedade de Investimento, S. A. Relatório e Contas 2010

29

Perspectivas futuras

Atento ao nível de maturidade atingido pelo Sistema de Garantia Mútua português

admite-se que em 2011, os níveis de desenvolvimento se apresentem com um ritmo

menos acelerado dos verificados nos últimos anos.

Assim, em 2011 é expectável a afirmação e crescimento da actividade da Agrogarante e

também que sejam pensadas e divulgadas linhas de garantia inovadoras, do ponto de

vista do tipo de entidades susceptíveis de apoio e do tipo de garantias, designadamente

na área da economia social, como seja a recentemente anunciada Linha de Crédito

SOCIAL INVESTE dirigida às organizações que integram o sector social, nas iniciativas

com preocupações ambientais e ainda em instrumentos de financiamento híbridos.

A SPGM continuará a ter presentes as suas funções, nomeadamente:

1. Gestão do Fundo de Contragarantia Mútuo;

2. Demonstração e divulgação da garantia mútua ;

3. Apoio no desenvolvimento da actividade operacional do Sistema, ao nível da

plataforma de serviços partilhados;

4. Gestão da carteira de garantias ainda existentes;

5. Supervisão do Sistema de Garantia Mútua.

Estamos conscientes de que a gestão do Fundo de Contragarantia Mútuo continuará a

requerer toda a nossa atenção, pela necessidade de conciliar os interesses de uma sã e

segura gestão do risco financeiro do património do Fundo com as necessidades que, por

outro lado, são conhecidas e que caracterizam a economia portuguesa.

De qualquer modo, a actuação da SPGM irá continuar a ser conduzida no sentido de

assegurar que os recursos financeiros do Fundo são adequadamente geridos, quer do

ponto de vista da sua remuneração, quer da sua correcta utilização para pagamento de

garantias executadas. Só assim o Fundo continuará a ser o principal factor associado à

credibilidade e solvência do Sistema de Garantia Mútua português.

O abrandamento previsto no actual quadro de contenção da despesa no lançamento de

novas edições das Linhas de Crédito promovidas pelo Governo e ainda o início do

reembolso dos financiamentos concedidos ao abrigo das primeiras edições das linhas

PME INVESTE, implicará significativos investimentos em políticas activas de

comunicação e promoção da Garantia Mútua.

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SPGM – Sociedade de Investimento, S. A. Relatório e Contas 2010

30

Quanto ao seu centro de serviços partilhados, a SPGM está consciente de que tem vindo

a ser feito um especial esforço no sentido de o dotar das competências necessárias para

desempenhar as suas funções adequadamente. Assim, exemplos disto são os

investimentos feitos ao nível do manual de procedimentos e da gestão documental. Há,

no entanto, que prosseguir esta política de melhoria contínua, o que passa pelo aumento

da importância que tem vindo a ser dada à questão da formação profissional dos

colaboradores. Em 2011, certamente, serão em maior número os casos de apoio a

indivíduos que decidam realizar estudos de pós-graduação em áreas relacionadas com

as actividades da SPGM. A formação profissional geral, e aplicável a todos, será

reforçada.

Mais ambicioso, e que definitivamente e prioritariamente se pretende desencadear em

2011, está um processo de certificação pelas normas de qualidade aplicáveis. Sem

dúvida que algumas condições terão de estar previamente asseguradas,

designadamente quanto à melhoria da performance do sistema de informação.

A questão do sistema de informação encontra-se associada, também, à problemática de

Basileia II, constituindo um especial desafio com que a Sociedade e o Sistema se

deparam. O trabalho até agora desenvolvido, conduziu a importantes ajustamentos nos

actuais reportes ao Banco de Portugal, e, por conseguinte, ao sistema de gestão da

informação.

Além disso, o contínuo crescimento do Sistema manterá a grande incidência nos

recursos tecnológicos a utilizar com vista a garantir a eficiência, produtividade e

segurança da função informática.

Ao nível organizacional, a Sociedade passará em 2011 a contar com o funcionamento

em pleno das três novas funções decorrentes das imposições do Banco Central e

respectivos normativos no quadro do Sistema de Controlo Interno: a Direcção de

Auditoria Interna, o Departamento de Compliance e a Direcção de Gestão de Riscos, que,

centradas na SPGM, servirão todo o universo da Garantia Mútua.

Por outro lado, a nova estrutura organizacional, em vigor desde o ano findo, mas em

plena actividade a partir de 2011, permitirá assegurar uma melhor segregação de

algumas funções e tarefas, com a criação de departamentos autónomos para a gestão

dessas funções de modo mais eficiente e clarificado, como acima referido.

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31

Esta alteração orgânica será melhor potenciada pela mudança de instalações, para um

espaço maior e mais condizente com a actuais necessidades, dentro do mesmo edifício

da actual sede, a ocorrer até ao final do primeiro semestre, na sequência do

investimento já efectuado no ano anterior.

Ao nível internacional, a SPGM manter-se-á colaborante nas actividades susceptíveis de

potenciarem o nome de Portugal, sobretudo enquanto Sistema de Garantia Mútua. Com

esse objectivo, continuará a participar activamente nas iniciativas promovidas quer pela

AECM - Associação Europeia de Garantias quer pela REGAR - Rede Iberoamericana de

Garantias.

Para além disso, a SPGM empenhar-se-á em concretizar os projectos de assessoria

técnica, seja em regime de cooperação, em particular e mais imediatamente com o

Governo de Cabo Verde e de Moçambique, seja noutras modalidades de parceria, como a

proposta em conjunto com um banco em Angola, nesta altura em apreciação pelas

respectivas autoridades, visando o lançamento de sistemas de garantia naqueles países

de língua oficial portuguesa.

No que diz respeito à função de Supervisão do Sistema Nacional de Garantia Mútua, a

SPGM continuará, de acordo com as orientações dos seus accionistas públicos de

referência, a deter um mínimo de 10% do capital das SGM sem descurar a apresentação

níveis confortáveis do rácio de solvabilidade e dos fundos próprios mínimos.

Deste modo, a SPGM manterá a sua posição de maior accionista individual nas SGM e

continuará a assumir-se como uma espécie de holding do Sistema, coordenando de

modo integrado este mecanismo de facilitação no acesso ao financiamento por parte

das micro e pequenas e médias empresas portuguesas.

Uma nota final para o facto de algumas das iniciativas atrás descritas, e devidamente

enunciadas no plano de actividades e orçamento da Sociedade, devidamente aprovado

pelos accionistas, terem de ser reequacionadas à luz das restrições orçamentais e da

redução de custos a que a SPGM está sujeita, desde o inicio deste ano.

Apesar destas limitações, não previstas inicialmente, mantêm-se inalterados os

grandes objectivos enunciados para o funcionamento da sociedade, prosseguindo a

SPGM com a convicção de que os mesmos serão amplamente atingidos, a bem das

empresas nacionais e da economia do país.

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Agradecimentos

A todas as entidades e pessoas que, ao longo do ano de 2010, prestaram o seu apoio e

colaboração à Sociedade, o Conselho de Administração agradece, reconhecendo que,

sem as mesmas, ter-se-ia tornado impossível alcançar os objectivos e resultados.

Gostaríamos de expressar o nosso especial agradecimento aos mutualistas do sistema

de Garantia Mútua, individuais e associações empresariais, que continuarão a verificar

nas diferentes Sociedades de Garantia Mútua e na SPGM o maior empenho em manter o

espírito de parceria criado.

Ao Ministério da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento, ao Ministério da Ciência,

Tecnologia e Ensino Superior, ao Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, ao

Ministério da Agricultura, ao IAPMEI, ao Turismo de Portugal, IP, ao IFAP, ao IEFP, ao

Gabinete do Gestor do PRIME e do COMPETE, ao Gabinete do Gestor do AGRO, ao

IDERAM e Governo Regional da Madeira e ao Governo da Região Autónoma dos Açores,

bem como aos Bancos e demais parceiros institucionais, nomeadamente ao FINOVA e a

sua sociedade gestora PME Investimentos, ao Fundo Europeu de Investimentos e à

Comissão Europeia, agradecemos as parcerias estabelecidas no desenvolvimento de

novos produtos com aplicação da Garantia Mútua em favor das PME.

Aos mutualistas das SGM e a todos que usam o produto “Garantia Mútua”, contribuindo

para o reconhecimento da sua utilidade, um particular agradecimento.

Também particularmente, o Conselho de Administração quer agradecer aos restantes

Órgãos Sociais todo o empenho dedicado aos assuntos da Sociedade.

Aos Accionistas da Sociedade, em especial o IAPMEI e o Turismo de Portugal, IP, de quem

sempre obtivemos o apoio necessário para levarmos a cabo as nossas actividades,

particularmente no entendimento da importância do Sistema de Garantia Mútua no

apoio ao tecido empresarial português, e, por conseguinte da relevância da adequada

capitalização do Fundo de Contragarantia Mútuo e da sua sociedade gestora, bem como

das SGM, endereçamos também uma palavra de reconhecimento.

Agradecemos, reconhecidamente, às Sociedades de Garantia Mútua toda a colaboração

prestada e confiança evidenciada no relacionamento que connosco mantiveram ao

longo de mais um exercício, neste caminho comum em benefício das empresas e demais

beneficiários do Sistema Português de Garantia Mútua.

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Aos nossos parceiros internacionais, em especial aos membros da AECM – Associação

Europeia de Garantia Mútua, bem como aos membros da REGAR – Rede Ibero-

Americana de Entidades de Garantia e Financiamento das PME, os nossos

agradecimentos pelos ensinamentos e troca de experiências proporcionados.

Finalmente, aos colaboradores da própria SPGM, sem os quais os resultados agora

alcançados em todo o Sistema de Garantia Mútua não teriam sido possíveis, uma

palavra de agradecimento por todo o seu esforço e dedicação, orientados em prol dos

assuntos da Sociedade, o que deve ser realçado no actual contexto de dificuldades

nacionais, empresariais e do País, em geral, que se reflectem nas condições de trabalho

e no reconhecimento do esforço de cada um(a).

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Proposta de aplicação de resultados

De acordo com a lei e os Estatutos da Sociedade, o Conselho de Administração propõe

que a Assembleia Geral aprove a seguinte aplicação do resultado apurado no exercício

de 2010, no valor de € 3 049 827,04:

• Para reserva legal € 304 983,00

• Para resultados transitados € 2 744 844,04

Porto, 14 de Fevereiro de 2011.

O Conselho de Administração

José Fernando Ramos de Figueiredo – Presidente

Miguel Jorge de Campos Cruz – Vice-Presidente

João Miguel Araújo de Sousa Branca

António Carlos de Miranda Gaspar

Carlos Gustavo Vieira Farrajota Cavaco

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III. Demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2010

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Balanço

Ano 2010 Ano 2009

ACTIVO

Caixa e disponibilidade em bancos centrais 1 920,73 1 920,73 2 951,15

Disponibilidades em outras instituições de crédito 647 396,31 647 396,31 1 941 310,62

Activos financeiros detidos para negociação

e ao justo valor através de resultados

Activos financeiros disponíveis para venda

Aplicações em instituições de crédito 7 211 865,28 7 211 865,28 14 264 389,45

Crédito a clientes 6 649 660,29 6 642 554,58 7 105,71 10 077,76

Investimentos detidos até à maturidade

Activos com acordo de recompra

Derivados de cobertura

Activos não correntes detidos para venda

Propriedades de investimento

Outros activos tangíveis 3 682 968,62 827 829,63 2 855 138,99 835 186,28

Activos intangíveis 1 346 218,07 1 055 575,17 290 642,90 218 639,15

Investimentos em filiais, associadas e empreendiment 24 435 800,00 24 435 800,00 21 748 205,00

Activos por impostos correntes 0,00 0,00

Activos por impostos diferidos 345 442,58 345 442,58 434 933,08

Outros activos 2 600 135,74 2 600 135,74 948 295,61

Total de Activo 46 921 407,62 8 525 959,38 38 395 448,24 40 403 988,10

Provisões, imparidade e

amortizações (2)

Valores antes de provisões,

imparidade e amortizações

(1)

Valor líquido (3) = (1) - (2) Valor líquido

Ano 2010 Ano 2009

Passivos Eventuais 3 100 785,42 5 237 757,39

- Garantias e Avales 3 100 785,42 5 237 757,39

- Outros

Compromissos 1 875 180,00 1 941 380,00

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SPGM – Sociedade de Investimento, S. A. Relatório e Contas 2010

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O Conselho de Administração

José Fernando Ramos de Figueiredo – Presidente

Miguel Jorge de Campos Cruz – Vice-Presidente

João Miguel Araújo de Sousa Branca

António Carlos de Miranda Gaspar

Carlos Gustavo Vieira Farrajota Cavaco

O Técnico Oficial de Contas José Hilário Campos Ferreira

TOC nº 170

As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.

PASSIVO

Recursos de bancos centrais

Passivos financeiros detidos para negociação

Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados

Recursos de outras instituições de crédito

Recursos de clientes e outros empréstimos

Responsabilidades representadas por títulos

Passivos financeiros associados a activos transferidos

Derivados de cobertura

Passivos não correntes detidos para venda

Provisões 940 413,12 1 342 286,81

Passivos por impostos correntes 776 687,56 270 626,30

Passivos por impostos diferidos

Instrumentos representativos de capital

Outros passivos subordinados

Outros passivos 4 725 302,04 9 876 156,51

Total de Passivo 6 442 402,72 11 489 069,62

CAPITAL

Capital 25 000 000,00 25 000 000,00

Prémios de emissão

Outros instrumentos de capital

Acções próprias -218 950,00 -207 250,00

Reservas de reavaliação

Outras reservas e resultados transitados 4 122 168,48 3 457 785,67

Resultado do exercício 3 049 827,04 664 382,81

Dividendos antecipados

Total de Capital 31 953 045,52 28 914 918,48

Total de Passivo + Capital 38 395 448,24 40 403 988,10

Ano 2010 Ano 2009

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Demonstração de Resultados

O Conselho de Administração

José Fernando Ramos de Figueiredo – Presidente

Miguel Jorge de Campos Cruz – Vice-Presidente

João Miguel Araújo de Sousa Branca

António Carlos de Miranda Gaspar

Carlos Gustavo Vieira Farrajota Cavaco

O Técnico Oficial de Contas José Hilário Campos Ferreira

TOC nº 170

As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.

Juros e rendimentos similares 299 008,50 128 631,19

Juros e encargos similares -3 524,47 -1 594,66

Margem financeira 295 484,03 127 036,53

Rendimentos de instrumentos de capital

Rendimentos de serviços e comissões 7 115 364,21 4 586 782,90

Encargos com serviços e comissões -7 346,86 -12 277,95

Resultados de activos e passivos avaliados

ao justo valor através de reultados

Resultados de activos financeiros disponíveis para venda

Resultados de reavaliação cambial 77,71 -81,36

Resultados de alienação de outros activos

Outros resultados de exploração 257 240,69 249 635,90

Produto Bancário 7 660 819,78 4 951 096,02

Custos com pessoal -1 538 643,03 -1 257 152,44

Gastos gerais administrativos -1 458 220,07 -1 565 493,49

Amortizações do exercício -398 422,06 -319 518,12

Provisões líquidas de reposições e anulações 401 873,69 -237 267,20

Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e -422 243,21 -595 249,57

valores receber de outros devedores (líquidas de reposições e anulações)

Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações

Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações

Resultado antes de impostos 4 245 165,10 976 415,20

Impostos

Correntes -1 105 847,56 -394 154,28

Diferidos -89 490,50 82 121,89

Resultado após impostos 3 049 827,04 664 382,81

Ano 2010 Ano 2009

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39

Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de

2010

Introdução

As demonstrações financeiras da Sociedade têm por base os princípios consagrados nas

Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso n.º 1/2005, de 21 de

Fevereiro, e das Instruções n.º 23/2004 e n.º 9/2005 do Banco de Portugal, pela

competência que lhe é conferida pelo n.º 3 do art. 115.º do Regime Geral das Instituições

de Crédito e das Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/92 de 31 de

Dezembro. As NCA seguem na sua maior parte as determinações das Normas

Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), adaptadas pela União Europeia, pelo

Regulamento (CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho,

tendo sido transpostas para o ordenamento nacional através do Decreto-Lei n.º

35/2005, de 17 de Fevereiro e do Aviso n.º 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de

Portugal.

A SPGM efectuou, em 2010, a dedução do IVA por uma percentagem estimada (pro rata)

de 96%. Esta percentagem é provisoriamente calculada em cada exercício pelos valores

referentes ao ano anterior. No final do ano, com base em valores reais, foi determinado

o valor do pro rata definitivo que coincidiu com a percentagem deduzida ao longo do

exercício (96%), facto que não implicou qualquer alteração ao valor do IVA passível de

dedução perante o Estado.

As notas 1, 2, 4, 5, 6, 8, 9, 12, 13, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 25, 26, 27, 28, 30, 33, 36,

38, 40, 42, 43, 44, 45, 46, 47, 48 e 49 anexas ao Balanço e Demonstração de Resultados

não têm aplicação por inexistência de valores ou situações a reportar.

NOTA 3 – Critérios de avaliação

I. Especialização de exercícios

A Sociedade segue o princípio contabilístico da especialização de exercícios em todas as

rubricas de custos e proveitos.

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II. Activos tangíveis e intangíveis

Os activos tangíveis e intangíveis adquiridos desde a constituição da Sociedade estão

valorizados ao custo de aquisição. A depreciação é calculada segundo o método das

quotas constantes, aplicado ao custo histórico, e de acordo com as taxas máximas

fiscalmente aceites.

III. Provisões e correcção de valores associados a crédito a clientes

A Sociedade constitui os seguintes tipos de provisões:

A. No Passivo

1) Uma provisão para riscos gerais de crédito, de 1% sobre o valor do saldo

vivo de cada garantia, líquido da contragarantia do Fundo de

Contragarantia Mútuo, nos termos do Aviso n.º 3/95 do Banco de

Portugal, apresentada no passivo, na rubrica de provisões. É igualmente

incluída nesta rubrica uma provisão no valor de 1% sobre o saldo de

devedores de clientes;

2) Uma provisão para garantias vivas, destinada a cobrir riscos económicos

potenciais, associados à carteira de garantias vivas, sendo apresentada

no passivo, na rubrica de provisões;

B. No Activo

1) Correcções associadas a crédito e juros a clientes, sendo apresentadas

no activo como dedução à rubrica de créditos a clientes e calculada:

i. Em relação às garantias accionadas a título de execução pelos

seus legítimos beneficiários, mediante a aplicação de uma taxa de

100% sobre os saldos de crédito e juros vencidos;

ii. Em relação a notas de débito emitidas, mediante a aplicação da

taxa legalmente prevista para provisões para crédito vencido, em

função do tempo decorrido após o vencimento do respectivo

crédito, constante no n.º 2 do artigo 3.º do Aviso n.º 3/95 do

Banco de Portugal ponderadas pela existência ou não de garantia

real ou pessoal em conformidade com o n.º 5, e avaliada nos

termos do n.º 6 do mesmo artigo do Aviso atrás mencionado.

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IV. Estimativa de impostos sobre lucros

Os impostos correntes são estimados de acordo com a legislação aplicável.

Os impostos diferidos são reconhecidos sempre que haja lugar a diferenças temporárias

entre os princípios contabilísticos geralmente aceites e as regras fiscais vigentes.

NOTA 7 – Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

No decurso do exercício de 2010 não se venceram quaisquer obrigações ou outros

títulos de rendimento fixo.

NOTA 10 – Inventário de títulos e de imobilizações financeiras

As acções próprias em carteira foram adquiridas no âmbito dos acordos de recompra

estabelecidos com as empresas mutualistas e/ou em processos especiais de falência ou

de recuperação de empresas anteriormente mutualistas, em que é executado o penhor.

A recente capitalização das sociedades de Garantia Mútua, fortemente ligada às novas

linhas de crédito protocoladas ao longo dos últimos três anos, revela,

consequentemente, a necessidade de acompanhamento por parte da SPGM dos

aumentos de capital realizados pelas SGM. Esse acompanhamento, que originou um

aumento da sua carteira de participações sociais, permite à SPGM a manutenção da sua

posição de maior accionista individual nas SGM e do seu papel de holding do Sistema,

coordenando de modo integrado este mecanismo de apoio no acesso das PME ao

financiamento.

Quantidade Valor

ACÇÕES PRÓPRIAS 224 380 207 250,00 249 080 1,00 0,8790 218 950,00

PARTICIPAÇÕES 22 342 049 21 748 205,00 28 675 264 1,00 0,8522 24 435 800,00

- Norgarante - Sociedade de Garantia Mútua, S.A. (6 189 659) (5 622 185,00) 10 068 749 (1,00) (0,7895) 7 949 295,00

- Lisgarante - Sociedade de Garantia Mútua, S.A. (7 629 569) (7 612 959,00) 7 738 009 (1,00) (0,8582) 6 641 029,00

- Garval - Sociedade de Garantia Mútua, S.A. (8 091 121) (8 081 361,00) 8 683 386 (1,00) (0,8824) 7 662 406,00

- Agrogarante - Sociedade de Garantia Mútua, S.A. (431 700) (431 700,00) 2 185 120 (1,00) (0,9991) 2 183 070,00

Ano 2010Saldo do exercício anterior

QuantidadeValor

nominalValor Médio de

Aquisição

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No entanto, apesar das participações da SPGM terem aumentado face a Dezembro de

2009, a sua posição accionista nas SGM tem sido reduzida – via alienação às PME – de

modo a permitir que as mesmas pudessem aderir ao sistema e, dessa forma, obter as

garantias necessárias ao seu financiamento, em especial no âmbito das recentes linhas

de crédito PME INVESTE, lançadas pelo governo para apoio às empresas no actual

contexto de crise.

As participações da SPGM na Norgarante e Agrogarante registaram um crescimento

derivado da participação da Sociedade no recente aumento de capital destas SGM,

respectivamente, 7,5 milhões de euros e 1,75 milhões de euros.

NOTA 11 – Movimentos do activo imobilizado

O investimento realizado em activos intangíveis consistiu, essencialmente, no

desenvolvimento e melhoria das aplicações informáticas já existentes, quer ao nível das

ferramentas de controlo de gestão e de reporte de informação (essencialmente do

sistema integrado de gestão – SIG – e do ERP Navision), quer ao nível dos recursos de

cariz mais operacional.

O valor investido em activos tangíveis é explicado, em geral, pela aquisição de novas

instalações para a SPGM. Este investimento ocorre por força do crescimento

exponencial do Sistema e consequentes exigências ao nível dos recursos humanos – que

por sua vez teve repercussão nas aquisições de ferramentas (informáticas e mobiliário)

para usufruto dos mesmos – e ao nível da plataforma de serviços partilhados que

asseguram o back office às SGM.

ACTIVOS INTANGÍVEIS

Despesas estabelecimento

Custos Plurianuais

Outras 1 026 108,68 807 469,53 320 109,39 -101,98 248 207,62 290 642,90

1 026 108,68 807 469,53 320 109,39 -101,98 248 207,62 290 642,90

OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS

Imóveis de serviço próprio 730 863,32 171 430,13 11 900,17 547 533,02

Outros Imóveis

Equipamento 693 298,85 499 190,76 97 347,52 390,12 -283,13 111 099,27 -19 937,57 -19 937,57 181 029,59

Imobilizações Loc. Financeira 108 860,00 27 215,00 27 215,00 54 430,00

Activos Tangiveis em Curso 2 072 146,38 2 072 146,38

1 533 022,17 697 835,89 2 169 493,90 390,12 -283,13 150 214,44 -19 937,57 -19 937,57 2 855 138,99

Valor líquido 2010

Saldo do exercício anterior Aumentos Regularizações AlienaçõesAmortização do exercícioValor Bruto

Amortizações Acumuladas Aquisições

AmortizaçõesV. Aquisição Amortizações V. Aquisição

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Ainda neste exercício, foi alienada uma viatura da frota automóvel da SPGM, resultando

numa mais valia contabilística de 7,3 mil euros, relevada em outros resultados de

exploração.

NOTA 14 – Créditos sobre Instituições de Crédito e clientes

A rubrica de aplicações financeiras releva os montantes das aplicações constituídas pela

SPGM em depósitos a prazo, englobando o valor de juros vincendos que ascendem a esta

data a cerca de 36,9 mil euros.

Os créditos sobre clientes correspondem às dívidas de clientes resultantes da execução

de garantias e da não cobrança de comissões de garantia, valores líquidos do

recebimento da contragarantia do Fundo de Contragarantia Mútuo. É notório nesta

rubrica o “amadurecimento” dos prazos de Crédito Vencido em detrimento de novos

créditos.

Ano 2010 Ano 2009

APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Até 3 meses 5 033 361,11 14 264 389,45

De 3 meses a 1 ano 2 178 504,17

De 1 a 5 anos

Mais de 5 anos

Duração Indeterminada

7 211 865,28 14 264 389,45

CREDITO A CLIENTES

Até 3 meses 50 870,65

De 3 meses a 1 ano 409 723,73 317 763,79

De 1 a 5 anos 1 035 487,81 1 658 330,21

Mais de 5 anos 5 153 578,10 4 284 675,92

Duração Indeterminada

6 649 660,29 6 260 769,92

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NOTA 23 – Compromissos assumidos

Os compromissos assumidos por garantias e avais prestados são exclusivamente

resultantes de garantias de natureza financeira de 1º grau.

Na Instrução n.º 7/2006, que regula a comunicação da informação referente às

responsabilidades por crédito concedido, é estabelecida a obrigatoriedade de

comunicação ao Banco de Portugal das fianças e avales recebidos pelas instituições.

Assim, em 2010, a SPGM considerou, contabilisticamente, os valores referentes aos

avales recebidos como contragarantia às operações prestadas, quer estes permaneçam

como responsabilidades potenciais, quer a partir do momento em que o avalista é

chamado a assegurar o pagamento das prestações do crédito, por incumprimento do

devedor, passando a sua responsabilidade de meramente potencial a efectiva.

Do tratamento acima descrito resultou o reconhecimento, no caso de responsabilidades

potenciais de:

• 9 387 502,01 Euros de valores de operações avalizadas;

No caso dos avalistas cuja responsabilidade é efectiva e que entraram em

incumprimento, foram contabilizados:

• 16 429 625,76 Euros de valores de operações avalizadas.

Ano 2010 Ano 2009

GARANTIAS PRESTADAS E PASSIVOS EVENTUAIS

Garantias e Avales 3 100 785,42 5 237 757,39

3 100 785,42 5 237 757,39

GARANTIAS RECEBIDAS

Contragarantias 1 604 033,29 2 734 477,89

Avalistas 25 817 127,77 32 364 235,07

Penhor Acções 1 875 180,00 1 941 380,00

Hipotecas 3 574 998,40 3 574 998,40

32 871 339,46 40 615 091,36

COMPROMISSOS

Revogáveis

Irrevogáveis 1 875 180,00 1 941 380,00

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NOTA 24 – Movimento de provisões

No ano corrente, verificou-se um reforço da rubrica de correcções associadas a clientes,

devido ao provisionamento das garantias executadas em 2010 e de documentos

financeiros que entraram em mora no mesmo período.

Em 2010, a SPGM procedeu à utilização de provisões de crédito vencido, em virtude da

conclusão de um processo de perdão de dívida a um cliente.

As provisões para riscos gerais de crédito, associadas à carteira viva, diminuíram, face

ao exercício anterior, cerca de 10,1 mil euros reflectindo a componente residual que a

mesma assume na actividade da SPGM.

As provisões económicas acumuladas em 2010, ascendem a 840,4 mil euros, valor

considerado prudente face ao risco potencial da carteira de garantias vivas da

Sociedade e que representa um decréscimo líquido de 407,7 mil euros.

As provisões para outros riscos e encargos referem-se a uma liquidação adicional de IRC

relativa ao ano de 2000. Apesar de ter sido paga pela Sociedade, nem o Conselho de

Administração, nem o Conselho Fiscal ou o Auditor Externo estiveram de acordo com

esta liquidação, o que originou a apresentação atempada de impugnação judicial, que se

encontra ainda em curso. Esta verba era inicialmente de 150 397 euros tendo sido já

reembolsado à Sociedade, em 2004, por iniciativa da Administração Fiscal, o montante

de 89 101 euros, referente a uma aceitação parcial da impugnação judicial apresentada,

com a consequente anulação/reposição da provisão respectiva.

Ano 2009 Reforços UtilizaçõesAnulações / Reposições Ano 2010

CORRECÇÃO VALORES ASSOCIADOS CREDITO VENCIDO

Crédito e Juros Vencidos 6 250 692,16 780 693,03 30 380,79 358 449,82 6 642 554,58

6 250 692,16 780 693,03 30 380,79 358 449,82 6 642 554,58

PROVISÕES PARA RISCOS GERAIS DE CREDITO

Aviso nº 3/95 B.P. 25 032,80 21 188,45 31 253,73 14 967,52

Outros 7 805,19 18 033,12 2 129,66 23 708,65

PARA GARANTIAS 1 248 153,25 166 959,14 574 671,01 840 441,38

PARA OUTROS RISCOS E ENCARGOS 61 295,57 61 295,57

1 342 286,81 206 180,71 608 054,40 940 413,12

7 355 711,77 986 873,74 30 380,79 966 504,22 7 582 967,70

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NOTA 29 – Capital Próprio

A Sociedade detém, à data de Dezembro de 2010, 249 080 acções próprias com valor

nominal de 1 euro, registadas nos capitais próprios pelo montante de 218 950 euros,

respeitantes ao valor global de aquisição dos títulos.

Ano 2009 Aumentos Diminuições Ano 2010

CAPITAL PROPRIO

Capital Social 25 000 000,00 25 000 000,00

Acções Próprias - 207 250,00 - 11 700,00 - 218 950,00

Reserva Legal 367 488,97 66 438,00 433 926,97

Reserva Estabilização Dividendos 786 640,43 786 640,43

Resultados Transitados 2 303 656,27 597 944,81 2 901 601,08

Resultado Líquido do Exercício 664 382,81 3 049 827,04 664 382,81 3 049 827,04

28 914 918,48 3 702 509,85 664 382,81 31 953 045,52

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NOTA 31 – Outros activos e passivos

No Activo, a rubrica de devedores e outras aplicações compreende, essencialmente, os

valores respeitantes à comissão de gestão devida pelo Fundo de Contragarantia Mútuo

ainda por liquidar, o valor devido pelas SGM no âmbito do centro de serviços partilhados

do último mês do exercício que agora finda e as comissões de garantia a receber dos

clientes.

Nos outros activos estão relevadas obras de arte no valor de 19 mil euros.

No que diz respeito às despesas com encargo diferido, cerca de 10,2 mil euros são

referentes ao diferimento do valor dos seguros pagos, sendo o remanescente

respeitante a contratos de serviços a especializar em 2011 e nos exercícios seguintes.

Ano 2010 Ano 2009

OUTROS ACTIVOS

Devedores e outras aplicações 2 370 865,02 780 519,18

Outros activos 18 750,00 18 750,00

2 389 615,02 799 269,18

CONTAS DE REGULARIZAÇÃO

Despesas com encargo diferido 96 143,86 66 136,52

Outras contas de regularização 114 376,86 82 889,91

210 520,72 149 026,43

2 600 135,74 948 295,61

OUTROS PASSIVOS

Credores diversos 4 026 487,90 6 913 716,50

Outras exigibilidades 205 126,96 153 315,94

4 231 614,86 7 067 032,44

CONTAS DE REGULARIZAÇÃO

Encargos a pagar 249 053,37 191 358,94

Receitas com rendimento diferido 12 362,74 26 922,77

Outras contas de regularização 232 271,07 2 590 842,36

493 687,18 2 809 124,07

4 725 302,04 9 876 156,51

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Nas outras contas de regularização activas, cerca de 61,3 mil euros diz respeito ao valor

do processo judicial relativo ao exercício de 2000 (ainda a aguardar resolução

definitiva).

Nesta rubrica são ainda relevados 32 mil euros respeitantes a adiantamentos a

fornecedores, onde estão incluídos cerca de 23,5 mil euros, valor pago, a título de sinal, à

entidade vendedora das novas instalações. Este facto deriva de um ónus, aceite pela

SPGM, de venda de uma fracção, onde a Sociedade se compromete a adquirir esse

imóvel caso não consiga realizar a venda nos termos acordados. Adicionalmente estão

incluídos cerca de 17 mil euros respeitantes a impostos (IMT) suportados com a fracção,

sobre a qual a SPGM se constituiu como promitente compradora, nos termos acordados.

No Passivo, o valor de outras exigibilidades reflecte os valores a pagar ao Estado em

relação a retenções de imposto sobre o rendimento, imposto de selo e segurança social

relativos ao mês corrente, bem como o apuramento do IVA de Novembro e Dezembro de

2010.

A rubrica dos credores diversos diz respeito, essencialmente, à participação no

aumento de capital já subscrito mas ainda não totalmente realizado da Norgarante, em

cerca de 3,75 milhões de euros. Os valores devidos a terceiros por força de

fornecimentos correntes, também são considerados nesta rubrica.

As contas de regularizações, no passivo, são constituídas, essencialmente, pelas

receitas com proveito diferido – cerca de 12,4 mil euros (referentes ao diferimento das

comissões de garantias) – e pela rubrica de encargos a pagar no valor de 249,1 mil euros,

respeitantes à estimativa de férias e subsídio de férias a pagar no ano de 2011.

Complementarmente, nas outras contas de regularização passivas, são relevados cerca

de 147,9 mil euros, recebidos e contabilizados, provenientes de vendas de acções

representativas do capital social das SGM aos seus novos mutualistas. Esta situação

resulta de um desfasamento temporal entre o fluxo financeiro e a recepção do contrato

de compra e venda de acções.

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NOTA 32 – Valores administrados pela instituição

Os valores administrados pela instituição referem-se aos montantes administrados pela

SPGM enquanto Sociedade gestora do Fundo de Contragarantia Mútuo. Durante o

exercício que finda, houve um reforço de capitais no FCGM, no montante global de 120,5

milhões de euros, com a seguinte afectação:

Os valores acima considerados foram incorporados na fórmula de cálculo da comissão

de gestão do FCGM sendo ajustados pela sinistralidade ocorrida no período de

referência.

Ano 2010 Ano 2009

VALORES ADMINISTRADOS PELA INSTITUIÇÃO 399 209 957,25 287 335 419,82

399 209 957,25 287 335 419,82

Ano 2010

Linha de Apoio à Região Autónoma da Madeira 300 000,00

Linha de Apoio à Região Autónoma dos Açores 1 750 000,00

Linha Seguros de Crédito para Países da OCDE 7 143 000,00

Linhas de Crédito PME Investe III, IV, V e VI 111 347 500,00

120 540 500,00

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NOTA 34 – Volume de emprego

Em linha com o aumento de actividade do Sistema Nacional de Garantia Mútua, a

Sociedade recorreu, no exercício de 2010, ao reforço dos seus recursos humanos.

Em linha com o aumento de actividade de carácter sazonal, a Sociedade recorreu à

contratação de funcionários em regime de trabalho temporário. No final do ano, eram

cinco os funcionários abrangidos por esta situação.

NOTA 35 – Remunerações atribuídas aos membros dos órgãos sociais

No ano de 2010 não existem adiantamentos ou créditos concedidos a membros dos

órgãos sociais, nem compromissos assumidos por sua conta a título de garantia.

Nos termos do determinado na última reunião da Comissão de Vencimentos, e que vem

sendo mantido como prática ao longo dos anos, os membros do Conselho de

Administração que não membros da Comissão Executiva auferem apenas uma senha de

presença por cada reunião em que estejam efectivamente presentes, existindo

remunerações fixas permanentes atribuídas apenas aos membros da Comissão

Executiva. Umas e outras não foram alvo de qualquer actualização há vários mandatos,

sendo as variações ocorridas apenas as que resultam dos ajustamentos anuais nos

Ano 2010 Ano 2009

Administração 5 5 Quadros directivos e técnicos 49 29 Secretariado e administrativos 6 6

60 40

Ano 2010 Ano 2009

REMUNERAÇÕES ORGÃOS SOCIAIS

Conselho de Administração 276 269,42 276 562,23

Conselho Fiscal 13 290,20 11 318,00

Assembleia Geral 1 052,00 852,00

290 611,62 288 732,23

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subsídios de refeição. Um dos vogais da Comissão Executiva optou por manter a sua

remuneração de origem, enquanto colaborador da Sociedade, nos termos estabelecidos

internamente para estes casos, e o outro vogal mantém alguns dos benefícios do seu

lugar de origem ao nível do seguro de saúde e fundo de pensões.

Historicamente não se verificou, nem verifica, a atribuição de quaisquer prémios de

performance, nem de outro qualquer tipo, aos membros do Conselho de Administração e

da Comissão Executiva.

Em termos discriminados, foram os seguintes os valores colocados à disposição:

Conselho de Administração

Senhas de Presença:

Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação –

IAPMEI € 1 766,30

Carlos Gustavo Vieira Farrajota Cavaco € 2 250,00

Remunerações dos Administradores Membros da Comissão Executiva:

José Fernando Ramos de Figueiredo € 91 277,89

João Miguel Araújo de Sousa Branca € 102 661,34

António Carlos de Miranda Gaspar € 78 313,89

Conselho Fiscal

António Gomes de Almeida € 1 200,00

Sónia Maria Henriques Godinho Pinheiro € 1 000,00

Santos Carvalho & Associados, SROC, S.A.1 € 11 090,20

1 Honorários totais facturados durante o exercício de 2010 pela sociedade de revisores oficiais de contas

relativamente à revisão legal das contas

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NOTA 37 – Elementos expressos em moeda estrangeira

No exercício que finda, a SPGM possui em caixa, de moeda estrangeira, 512 dólares

americanos (USD), valorizados em 383,17 euros assim como 390 dólares de Hong Kong

(HKD) valorizados a 37,56 euros.

NOTA 39 – Outros resultados de exploração

QuantidadeValor de Cotação

Valor líquido 2010-12-31

CAIXA - MOEDA ESTRANGEIRA

Dolares (USD) 512 0,7484 383,17

Hong Kong Dolares (HKD) 390 0,0963 37,56

902 420,73

Ano 2010 Ano 2009

OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO

CUSTOS

Quotizações e donativos 52 998,84 15 405,16

Impostos 3 852,78 3 965,27

Outros 18 618,89 13 170,22

75 470,51 32 540,65

PROVEITOS

Prestação de serviços 317 780,88 268 117,44

Reembolso de despesas 220,00 240,00

Ganhos Realizados em Activos Tangíveis 7 250,00 13 000,00

Outros 7 460,32 819,11

332 711,20 282 176,55

257 240,69 249 635,90

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A rubrica de quotizações e donativos efectuados registou um acréscimo face a 2009, no

âmbito do projecto interno da SPGM de responsabilidade e intervenção social. Durante o

exercício que finda, a SPGM efectuou donativos às seguintes instituições sociais:

• CERCIGAIA – Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Cidadãos

Inadaptados

• Legião da Boa Vontade

• Sociedade de Promoção Social – Obra do Frei Gil

No mesmo período, a SPGM, prosseguindo o seu objectivo de dinamizadora do produto

Garantia Mútua, constituiu-se como membro da “ALIDE – Asociación Latinoamericana de

Instituciones Financieras para el Desarrollo” e da “COTEC Portugal – Associação

Empresarial para a Inovação”, estando a sua contribuição (quotização) relevada na

mesma rubrica dos custos de exploração.

A rubrica de impostos (cerca de 4 mil euros) é essencialmente composta pelo pagamento

do imposto único de circulação e do IMI.

A rubrica de outros custos, inclui uma insuficiência de estimativa de IRC em cerca de 3

mil euros e outros custos de exercícios anteriores.

A variação do valor da prestação de serviços acompanha o aumento do nível de

actividade do Sistema de Garantia Mútua.

Das alienações de activos tangíveis efectuadas neste exercício, resultaram mais valias

contabilísticas no montante de 7,3 mil euros.

O acréscimo nos outros proveitos é justificado essencialmente por proveitos relativos a

exercícios anteriores.

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NOTA 41 – Carga fiscal

A Sociedade está sujeita a tributação em sede de IRC e correspondente derrama.

O Imposto sobre Rendimento estimado para 2010, com o valor aproximado de 1,1

milhões de euros, encontra-se já parcialmente liquidado através dos pagamentos por

conta efectuados em 2010 (cerca de 329,2 mil euros).

NOTA 50 – Informação sobre participações financeiras

A SPGM apenas detém participações financeiras nas Sociedades de Garantia Mútua,

valorizadas em cerca de 24,4 milhões de euros.

Ano 2010 Ano 2009

IMPOSTO SOBRE RENDIMENTO (IRC)

Imposto corrente apurado no exercício -1 105 847,56 -394 154,28

Pagamentos por conta 329 160,00 115 599,00

Pagamentos especiais por conta 7 928,98

Ano 2010 Ano 2009

PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS

Valor Nominal 28 675 264,46 22 342 049,46

Valor aquisição 24 435 800,00 21 748 205,00

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NOTA 51 – Outras informações

A variação observada nos impostos diferidos confirma o já mencionado anteriormente.

Assim constata-se a redução, ocorrida neste exercício, ao nível dos impostos diferidos

para provisões económicas e o aumento dos impostos diferidos por em correcções

associadas ao crédito vencido – ambos em linha com a variação das mesmas rubricas.

Este facto é representativo do carácter temporário e de expurgação dos efeitos fiscais

incluídos nas rubricas contabilísticas, que representam a base da teoria associada à

contabilização e tratamento dos impostos diferidos.

A Sociedade não tem dívidas em mora ao Estado ou à Segurança Social, entidades

perante as quais a sua situação se encontra regularizada.

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

José Fernando Ramos de Figueiredo – Presidente

Miguel Jorge de Campos Cruz – Vice-presidente

João Miguel Araújo de Sousa Branca

António Carlos de Miranda Gaspar

Carlos Gustavo Vieira Farrajota Cavaco

O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS José Hilário Campos Ferreira

TOC nº 170

Ano 2009 Reforços Regularizações Reposições Ano 2010

ACTIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS

Por diferenças temporárias em Passivos

Em riscos gerais de crédito 3 446,79 1 329,22 2 117,57

Em provisões económicas 330 760,42 44 244,18 152 287,82 222 716,78

Em provisões riscos gerais (processo judicial) 16 243,32 16 243,32

Em provisões para devedores diversos 2 068,39 6 282,81 2 068,38 6 282,82

352 518,92 50 526,99 155 685,42 247 360,49

Por diferenças temporárias em Activos

Em correcções associadas ao crédito vencido 75 584,79 94 666,94 75 584,79 94 666,94

Pelo diferimento campanhas 6 829,37 3 414,22 3 415,15

82 414,16 94 666,94 78 999,01 98 082,09

434 933,08 145 193,93 234 684,43 345 442,58

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Anexo

Artigo 447º do Código das Sociedades Comerciais

Não existe qualquer participação no Capital Social por parte dos membros dos órgãos de

administração e fiscalização da Sociedade.

Artigo 448º do Código das Sociedades Comerciais

Em 31 de Dezembro de 2010, a relação dos accionistas com mais de 10% de participação

no Capital Social da Sociedade era a seguinte:

Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação 78,97 %

Turismo de Portugal, IP 13,64 %

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IV. Relatório e Parecer do Conselho Fiscal

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V. Certificação Legal de Contas

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VI. Relatório do Auditor Independente

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