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    P A I N C , P IO S E R EF L E X E S S O B R E O S E R V i O D E R EF E R N C IAE IN FO R M A O (C O N T IN U A ) *Neusa Dias de Maeedo**

    RESUMO: Entre causas e efeitos discutidos neste texto dittico-reflexivo,uma delas entendida como fal ta de um parmetro simples, de ordemconceitual , para direcionar profissionais no momento da estruturao deatividades-fim em bibliotecas brasileiras. Partindo-se de um conceito res-trito, coloca-se como objeto principal a interao usurio/bibliotecrio,sendo aquele assistido por profissional habili tado nas mais var iadas si-tuaes. Advindo da dupla personalidade do SR, ser discut ido o conceitoamplo: o SR representando o todo (linha 1), o SR como um recorte daunidade informacional, cumprindo atividades e produtos que i ro otimizaro uso da informao (linhas 2a 4). Essas 4 linhas, entrecortadas pela 5a.linha - de ordem organizacional-administrativa, forma a estrutura de umservio de referncia generalizado: 1)Processo de Referncia (= Refernciapropriamente dita); 2) Educao do Usur io; 3) Alerta e Disseminao daInformao; 4) Comunicao Visual/Divulgao / Promoo da Bibliote-ca; 5) Administrao / Superviso / Avaliao do setor. Como ponto final,enfoca-se a Biblioteca Pblica como pequena mostra de que cada tipo deunidade informacional tem certas peculiaridades inerentes diversidadede seus grupos de usurios e suas necessidades informacionais. Entre es-sas peculiaridades, destaca-se: leitura prazerosa; estudo e pesquisa escolare de outros nveis; ativao cultural; informao utilitria; preservao dememria do municpio ou estado.PALAVRAS-CHAVE: Servio de Referncia. Princpios e reflexes criticas.Biblioteca Pblica. Brasil.

    * Trabalho reformulado do texto-base para treinamento de bib liotecrios, promovidopela Biblioteca Municipal Nair Lacerda, da Prefeitura Municipal de Santo Andr,So Paulo, em dezembro de 1990. Este artigo constituir o n. 1 da srie "TextosDidticos sobre Servio de Referncia", a ser publicado pela FEBAB.** Professora do Departamento de Biblioteconomia e Documentao da ECA/USP, darea de Bibliografia e Referncia.

    R.bras. Blb~oteeon. e Doe.,So Paulo; 23(1/4):9-37,janJdez. 1990 9

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    l Princpios e Reflexes sobre o S ervio de Referncia e InformaoNeusa Dias de Macedo

    INTRODUOdes "rudos" existentes na interao entre bibliotecrios e usurios',e, entre outros: confuso entre atividades de Emprstimo e Refern-cia; falta de metodizao do atendimento pblico; tica invertida noenfatizar as atividades tcnicas do que procurar captar quais so asnecessidades dos usurios, suas dificuldades na obteno da infor-mao etc., antes de implementar unidades bibliotecrias e sistemasde informao especializados.

    1.0 Preocupaes com o Servio de Referncia (SR) em Bibliotecas Bra-sileirasEvidncias claras apontam falta de conscincia sobre o que se-

    ja o SR e de seguro profissionalismo na estruturao e desenvolvi-mento do SR, na qr ande maioria das bibliotecas brasileiras, princi-palmente na biblioteca pblica.

    H um crculo vicioso de causas e efeitos:1.0.3 Se a Referncia, ainda, em termos tradicionais, no tem

    sido objeto de preocupao dos profissionais e docentes, o que dirsobre as novas tecnologias na biblioteca, nestas ltimas dcadas.Neste particular, no possivel "queimar etapas".

    1.0.1 assunto no estudado e pesquisado com a devidaateno, nem do ponto de vista terico nem da veiculao de expe-rimentaes prticas no seio das bibliotecas. H, ainda, nfase nosestudos sobre estocagem e anlise da informao, em detrimento deenfoques na disseminao e uso da informao. Da, a literatura so-bre SR e Informao ser escassa no Brasil. A literatura estrangeira,tambm, no dominada pelos estudantes e estudiosos do assunto.

    (Na ECA, em Ps-Graduao, j existe linha de pesquisa desuo-rea para este assunto, com vrias dissertaes defendidas. Nomomento, esta autora realiza pesquisas e est em fase de redaode tese de livre-docncia. Por isso, sol icita que qualquer idia outranscrio deste texto deva ser citada a fonte).

    o por qu de tudo isso?Falta exatamente a discusso e o entendimento sobre o que se-

    ja o SR nos seus pontos tericos, nas suas linhas bsicas deatuao; e sobre a diferena de um tipo de biblioteca de outro nosseus objetivos e objeto, na caracterizao de seus grupos de usu-rios, para ento ir ao ponto nevrlgico da questo, que :

    Dar assistncia direta e correta ao usurio por um bibliotecrioseguro do seu espao profissional e das prticas de referncia, nun-ca o deixando sair sem uma resposta e direo.

    Da, a apresentao deste Programa de Referncia em formacompacta, tentanto passar plulas sobre SR e Informao para ter-selogo em conta o que ela representa como conhecimento e posturaprofissional. Posteriormente, mdulos especiais cobriro outros as-pectos da matria.

    1.0.2 No ensino de graduao, pouqussimos currculos in-cluem disciplinas para o Servio de Referncia, e, conseqentemen-te, no h sistematizaes e nem manuais em lngua portuguesa tmsido publicados nos ltimos anos. Com isso, nem sempre os plane-jadores de bibliotecas e muito menos bibliotecrios que vo atuarno SR tm parmetros para estabelecer uma estrutura coesa para osetor de referncia. Tampouco o setor prtico profissional e as as-sociaes promovem foruns de discusses sobre a matria.

    Passa-se, assim, a repetir o rol de atividades de referncia que,comumente, pela prtica, as bibliotecas estabelecem. Da, os gran-

    AS CINCO LINHAS BSICAS QUE CONFIGURAM O SERViO DEREFERNCIA E PODEM SERSUBsiDIOS PARA A ADEQUADA

    ESTRUTURAO DO MESMOAfinal que o Servio de Referncia?R. bras. Bibliotecon. e Doe., So Paulo, 23(1/4):9-37, janJdez.1990 11

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    Neusa Dias de Macedo

    _ Conceito do Servio de Referncia -1.1 Servio de Referncia, em sentido restrito:

    A essncia do conceito de Referncia o atendimento pessoaldo bibl iotecrio - profissional preparado para esse fim - ao usurioque, em momento determinado, o procura para obter uma publi-cao ou informao por ter alguma dificuldade, ou para usar a bi-blioteca e seus recursos e precisar de orientao; ou, ainda, no en-contrando a informao na biblioteca, precisar ser encaminhado pa-ra outra instituio.1.2 Servio de Referncia, em sentido amplo:

    Para melhor compreender o SR, preciso v-Io em sua duplapersonal idade:

    1.2.1 Servio de Referncia = interface entre informao eusurio, tendo frente o bibliotecrio de referncia, respondendoquestes, auxiliando, por meio de conhecimentos profissionais, osusurios. Momento de interao Bibliotecrio/Usurio, tipicamenteo Processo de Referncia.

    1.2.2 Servio de Referncia e Informao = um recorte do tododa biblioteca, com pessoal, arquivo, equipamento, metodologia pr-pria para melhor canalizar o fluxo final da informao e otimizar oseu uso, por meio de linhas de atividades. Momento em que o acer-vo de documentos existente na biblioteca vai transformar-se emacervo informacional, tendo o bibliotecrio de referncia como oprincipal interpretador. Enfim, o esforo organizado da bibliotecatoda, no seu momento fim, quando o SRllnfo. representa a Bibliote-cafuncionando na sua plenitude para o pblico.Conforme estudos e experincia, determinei que essas linhasdevam ser cinco, a saber:

    12 R.bras. Bibliotecon. e Doe., So Paulo, 23(1/4):9-37,janJdez. 1990

    Princfpios e Reflexes sobre o Servio de Referncia e Informao

    1.2.3 As cinco l inhas de atuao dos Servios de Refernciacomuns a todas as bibliotecas.

    So elas:1.2.3.1 Servio de Referncia Propriamente Dito1.2.3.2 Educao do Usurio1.2.3.3 Alerta e Disseminao da Informao1.2.3.4 Comunicao Visual/Divulgao da Biblioteca1.2.3.5 Administrao/Superviso do Setor de Referncia

    1

    Cada tipo de Biblioteca, conforme, ainda, seu tamanho; sua es-trutura administrativa; seus objetivos institucionais; pas, estado oumunicpio a que pertena, ter o Servio de Referncia e Informaocorrespondente s caractersticas e condies materiais e recursoshumanos de onde esteja inserido.

    O SR, pois, dependente do organismo maior onde est sedia-do, e seus objetivos devero ir ao encontro daqueles que benefi-ciaro os grupos de usurios que compem a comunidade geral ouespecfica dessa biblioteca ou tipo de unidade informacional espe-cializada.

    Poder ser uma Seo ou um Departamento, de uma Bibliotecaou Unidade Informacional vria, ou, um Servio de Informao emsi) da instituio a que pertena.

    Tanto o Setor de Emprstimo como o Setor de Referncia e In-formao, sero partes de um bloco maior, a ser chamado, porexemplo, "Servio de Auxl io aos Usurios", somente que o Setorde Refern:ia s pode ser administrado por um bibliotecrio, e ooutro poder ser dirigido por um funcionrio administrativo catego-rizado. So, pois, questes elementares a que me proponho refletirsobre o assunto, no momento. Pretendo, nesta primeira parte (a sercontinuada posteriormente), fornecer tronco-base de pontos quedevem ser levados em conta no momento da estruturao de umServio de Referncia .

    A equipe de Referncia pode ser multidiscipl inar, com a cola-

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    Neusa Dias de Macedo Princ p ios e Ref lexes sobre o Servio de Referncia e Informao

    borao de profissionais de outras reas, mormente da rea de Edu-cao ou Comunicao, no caso da Biblioteca Pblica. para buscas de li teratura etc.,ou precisam se iniciar nas sees dabiblioteca.As l inhas do SR, em destaque d) encaminha a outras bibliotecas (J&R); ao emprstimo entre

    biblioteca, comutao bibliogrfica;Em sntese, o tronco-comum das atividades de Referncia po-de (dentro das 5 linhas que determino na pesquisa em decurso)

    configurar-se nos seguintes pontos: e) auxilia estudantes, profissionais e pesquisadores nos seustrabalhos, dentro de sua competncia profissional;1.2.3.1 Servio de Refernc ia Propr iamente Oi to f) pesquisa sobre um assunto, questes que envolvam investi-

    gaes, tal seja: seleo de material para seminrio ou aula, ou de-terminado evento; levantamentos bibliogrficos, tradues etc.;a essncia do SR: assistncia direta, profissional, responden-do a questes genunas de referncia. Pode ser por telefone, cor-

    respondncia, no terminal do computador, num espao determina-do, entrevistando o usurio, em qualquer espao da biblioteca, in-formalmente ou em situaes vrias.

    g) atendimentos especiais, conforme particularidades e deman-da especfica de determinado tipo de biblioteca. Aqui, entrariam asatividades de extenso para a Biblioteca Pblica, quando traduzidasem questes especficas.1.2.3.1.1 As "Questes" de Referncia1.2.3.1.2 A classif icao das "questes"

    De uma simples questo/resposta rpida a uma consulta pro-longada, envolvendo decises pertinentes e especializadas, podemassim se caracterizar: As "questes" de referncia carecem de uma classificao cla-ra, no s por necessidade de fixao de terminologia como para

    possibilitar a avaliao da prestao de Servio de Referncia e In-formao propriamente dito e para ser possvel proceder-se a estu-dos comparativos num mesmo Sistema de Bibliotecas.

    Do simples quadro apresentado, pode-se, por exemplo, classi-ficar as questes de referncia em:

    a) fornece respostas rpidas a questes fatuais, indicando asclssicas obras de referncia: dicionrios, enciclopdias, atlas, guiasetc.;

    b) recebe questes bibliogrficas, auxi liando o usurio nas ve-rificaes de dados em catlogo, bibliografias, ndices e resumos,como, por exemplo, dados sobre autor, ttulo, assunto, imprenta etc;

    Questes Informacionais: fatuais bibliogrficas

    B~bncLjCE. ~ ':.,:~nctci ~um.:mas e 1":duca/

    ' : S l UFPr.c) orienta e instrui, de modo geral, queles que precisam usaros recursos da biblioteca e no sabem manipular, por exemplo,obras de referncia, fontes bibliogrficas, catlogo, acesso on li ne

    Questes Instrucionais ou Olrecioneis: orientao ao uso dos recursos da biblioteca

    14 R. bras. Bibliotecon. e Doe., So Paulo, 23(1/4):9-37, janJdez. 1990 R. bras. Bibllotecon. e Doe., S1IoPaulo, 23(1/4):9-37, janJdez.1990 15

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    Neusa Dias de Maceo

    encaminhamentos a outras b iblio tecas auxlios em geral dos trabalhos dos usurios diversas outras, entre elas: ajudar na identificao de mate-r ia is para emprst imo domic il iar ou ent re-bibliotecasQuestes de pesquisas: pesquisas prprias, do setor selees de material; levantamentos bibliogrficos; apoio a

    pesquisas, t radues etc . questes em que se incluam aspectos especiais, para ativar acultura; para levar a informao utilitria comunidade maisremota e carente ( I&R).(Obs.: Este item ser reatado, em publicao parte, da S-rie "Textos Didticos Sobre Servio de Referncia", a serdenominada "Processo de Referncia / Negociao deQuesto" .

    1.2.3.2 Educao do UsurioOs usurios de bibliotecas, alm de comumente receber orien-tao e instrues informais do bibliotecrio no dia a dia, precisam

    receber de forma sistemtica orientao para uso adequado da bi-blioteca e de seus recursos, para realizar pesquisas bibliogrficasetc. Fica bem claro que, antes de qualquer programao para "E-ducao do Usurio", a biblioteca deve ter sob controle por obser-vao ou pesquisa cientfica - quais sejam os grupos de usuriosexistentes (reais ou potenciais), identificando suas necessidades ein teresses informacionais de auto-educao e leitura; de atualizaoou recreao. H diversos tipos de programaes: das palestras svisitas or ien tadas; cursos simp les a cursos a ps-qraduandos. Uso deaudio-v isual ou ens ino programado.Questes terminolgicas (Educao, Orientao, Treinamento,Instruo) e questes sobre planejamento pedaggico precisam ser

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    Princ lp ios e Ref lexes sobre o Servio de Referncia e Informao

    discu tidos. (Obs.: Este item ser rea tado na Srie "Textos DidticosSobre Servio de Referncia" ou ver tambm artigo, neste n '2 , p. 78-111).1.2.3.3 Alerta e Disseminao da Informao

    Tem em vista a atualizao do usurio. No caso do usurio debib liotecas pb licas brasile iras, este vem muito mais s bib liotecaspara reso lver questes lrnedia tistas e reali za r trabalhos escolares doque frequent-Ias amide para se atual izar. Muitas razes podem serlevantadas para explicar esse fato, entre elas: a) a inconscincia dacomunidade no geral em uti lizar a infor rnao . para crescer, se pol i-tizar e poder criticamente entender os fatos sociais e b) a no-incor-porao nos seus hbitos da freqncia biblioteca, como faz com aigre ja, supermercado, visita a um paren te etc,

    Desta forma, o bibliotecrio tem que encontrar mecanismos deatrao aos membros da comunidade para que conheam a bibliote-ca, ver o que ela possui, como ela funciona, bem como, usando m-dias, ir at a comunidade mostrando que a informao existe parasua satisfao. Contatos com pais e professores, fazendo um traba-lho em conjunto, outra postura que auxiliaria trazer a criana e ojovem a freqentar a biblioteca, otimizando seu uso.

    Para os que vem biblioteca, vrios servios de alerta e ded isseminao da informao devem tornar-se bem visve is aos o lhosdo pblico.1.2.3.3.1 Alerta/Divulgao do que Novo

    Algo mais geral ao pblico que vm a biblioteca, por motivosvrios:

    a) Murais bem preparados esteticamente, com noticirios deeventos em decorrncia, no prprio local da biblioteca, e em outrasagncias culturais e de recreao artstica do local; listas seleciona-das de novas pub licaes etc.R.bras. Blb llotecon. e Doe., So Paulo, 23(1/4) :9-37, janJdez.1990 17

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    Neusa Dias de Macedo Princp ios e Ref lexes sobre o Servio de Referncia e Informao

    b) estantes especiais de exposio de livros novos; fascculosde peridicos; folhetos de editoras e livrarias; e at catlogos deequipamentos, de universidades, de escolas; folhetos de concursoetc.

    1.2.3.4 Comunicao Visual/Divulgao da Biblioteca

    A bibl ioteca, depois de organizada dentro de princpios tcni-cos, deve ser uti lizada de modo adequado pelo usurio. Para isso,ele deve conhec-Ia bem, compreend-Ia; saber andar nos seus v-rios espaos (sees, servios); conhecer os tipos de publicaesque ela tem; enfim, precisa respeit-Ia e confiar nos seus agentes efuncionrios.

    Para bem interpretar a biblioteca, ningum melhor do que obibliotecrio de referncia poder faz-Io, quer por orientaes in-formais e formais, como por intermdio de uma srie de publicaesinformativas sobre ela: folhetos, guias de biblioteca, guias biblio-grficos, folhas volantes (em papel de cores diferentes, com figuras,para melhor distinguir uma comunicao da outra: sobre o catlogo,obras de-referncia, microcomputador etc.)

    Alm da comunicao grfica, a Bibl ioteca Pblica deve darateno especial comunicao visual el sinalizao da biblioteca-para facil itar o trnsito do usurio. Aqui, o assessoramento de umcomunicador visual imprescindvel.

    Como a questo da ambientao fsica da biblioteca algo im-portante para melhor interao usurio/sistema de informao, de-dico um espao maior para esse tema.

    Texto bsico de consulta: BASTOS FILHO, Eliodoro. Comuni-cao v isual em biblioteca. So, Paulo, 1984. Diss. (Mest.) - ECNUSP."

    c) produo bibliogrfica da prpria biblioteca: bibliografiastemticas (auxlio didtico e para leitura recreativa); sumrios deperidicos correntes (transcries de sumrios de revistas para se-rem enviadas tambm a professores e outros interessados); resu-mos; enfim, tudo o que venha disseminar assuntos novos e eventosem decorrncia.

    d) caixetas contendo folhetos de toda a sorte, tanto preparadospela bibl ioteca como enviados por instituies, para alertar sobre oque se passa momentamente na biblioteca ou na comunidade.

    e) informaes vrias, por rdio, televiso, auto-falante, e ou-tros meios.1.2.3.3.2 Disseminao da Informao

    Mais especfica e dirigida, com programaes segundo interes-ses determinados.

    Professores de 1'l e 2'l graus, por exemplo, so segmentos parao qual a BP deveria dar maior ateno e apoio, manter-se em per-manente contato e interao, no sentido de estudar mecanismos dedisseminao dirigida, ainda no comuns a este tipo de biblioteca.

    No caso da disseminao da informao, no mais geral masseletiva, isto depender do grupo de usurios especializados quehouver na biblioteca e das disponibilidades de pessoal para imple-mentar, por exemplo, uma OSI, um Boletim Seletivo de Informaes.Mais propriamente, cabe s bibliotecas especializadas e, em parte,s bibliotecas universitrias, estes ltimos exemplos.

    Sinal izao da Biblioteca

    Se no houvesse padronizao de sinais de trnsito, a possibi-lidade de acidentes contnuos ao atravessar-se as ruas seria muitomaior. Da mesma forma, falta de um sistema planejado de sinali-zao, sem reforo via-microfone e painis ilustrativos nas paredes,o caos no Metr seria imenso. E nas Olimpiadas, sem os pictogra-mas, que Torre de Babei tornar-se-ia o circuito no estdio.

    Da, em qualquer recinto pblico, e a Bibl ioteca um deles _18 R.bras. Bib lio tecon. e Doe. , So Paulo, 23(114):9-37, janJdez. 1990 19. bras. Bibllotecon. e Doe., So Paulo, 23(114):9-37, janJdez. 1990

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    Neusa.Dias de Macedo

    no se pode bombardear as pessoas com imagens impressas confu-sas sem padronizao. Veja-se que balburdia, que falta de sensoesttico so os painis de grande parte das bibliotecas, o circuito dosalo de leitura e outras dependncias da biblioteca, as explicaesnos catlogos e as setas indicativas, as imagens visuais, os dsticosnas estantes etc.Pobre do usurio para se situar nesse universo desconhecido.A poluio visual, as instrues escritas mo; murais desorganiza-dos e com notcias desatualizadas. Tudo isso precisa acabar! Guerraao improviso! , Mais cuidado com a comunicao visual, com o as-pecto esttico do interior da biblioteca!o que um "Sistema de Sinalizao Planejada?

    A preocupao em melhor situar-o pblico nos diversos espa-os da biblioteca (Emprstimo, Referncia, Hemeroteca, Chefia, Xe-rox, Banheiro), onde fica a entrada e a sada, o catlogo e a sala deEstudo em Grupo etc., a fim de quebrar o bloqueio psicolgico e in-crementar a prpria produtividade do usurio e do bibliotecrio,deve lev-Io, assessorado pelo comunicador visual, a planejar a bi-blioteca segundo princpios da rea.Alm dos aspectos previstos pelo arquiteto para edificar o pr-dio da biblioteca, posteriormente deve-se planejar o sistema de lin-guagem visual, dentro de critrios de padronizao de informaesgrficas e pictogramas.Para maiores pormenores, ver a tese citada de Heliodoro Bas-tos Filho. Arquiteto e professor da ECA, esse especialista comunicao projeto de sinalizao para a Biblioteca dessa Escola, em reunioespecial, ao Departamento de Bibliotecas Pblicas do Municpio deSo Paulo. Em 1986, a comunicadora visual Maria Cristina SoaresGomes Gil, com apoio nesse trabalho, inicia a sinalizao das biblio-tecas desse Departamento, com muito xito. Tem vindo, sistemati-camente, ao curso de Biblioteconomia da ECA, divulgar sua ex-perncia, sendo este mdulo introduzido na disciplina "Servio de

    20 R. bras. Bibliotecon. e Doe., So Paulo, 23(1/4):9-37, janJdez . 1990

    Principias e Reflexes sobre o Servio de Referncia e Informao

    Referncia e Informao", desde essa data.Em geral, os Princpios de Informao Grfica so:

    o que informarRefere-se a tudo que deva ser disciplinado na biblioteca para

    melhor compreenso do usurio, tornando-o independente no usoda biblioteca e de seus recursos.

    a) Sinalizao de Setores e ServiosLevantamento de quais so os setores da biblioteca (Refern-

    cia, Emprstimo etc.), inclusive os setores de equipamento grfico,de reparo e encadernao.

    b) Sinalizaes EspeciaisReferente ao acervo, s estantes e respectivos dsticos de loca-lizao; aos catlogos; ao controle do material do usurio; aos pic-

    togramas etc.Instrues do Ambiente da Biblioteca UFPR - BC/SAelBLlOTECA

    No fumar, no recolocar livros nas estantes etc.Como informar

    Referente forma de como ser expressada a linguagem visuale verbal da sinalizao adotada.

    Pode ser categorizada em dois grupos:a) linguagem "Iocal" e de "aproximao";b) linguagem "primria" e "secundria".Essa linguagem determinada em funo de estudo prvio no

    recinto de cada biblioteca, no qual se verifica o perfil do usurio

    R. bras. Blbliotecon. e Doe., So Paulo, 23(1/4):9-37, janJdez. 1990 21

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    Neusa Dias de Macedo

    (idade, instruo, comportamento); aspectos da arquitetura do pr-dio; localizao do prdio; fluxo do trabalho bibliotecrio e uso dosservios etc., bem como questes de custo da execuo da sinali-zao.Sinalizao "Local"

    Informao grfica, representada por uma placa indicativa, lo-calizada exatamente no local do Setor a que se refere. Ex.: Serviode Referncia e Informao.Sinalizao "Por Aproximao

    Informar como o usurio chegaria ao Setor ou Servio dese-jado. Ex.: O usurio entra na biblioteca, j v o Setor designado,por exemplo, Informaes: logo aps esta placa, segue, outra maior,indicando outros setores subsequentes; Emprstimo; Servio de Re-ferncia e Informao.Informao Primria

    Imprescindvel, para todos os servios existentes: Chefia; He-meroteca.Informao Secundria

    Informaes complementares, para melhor esclarecimento aosusurios: No fumar.Pictogramas

    Sinais grficos, representando smbolos que trasmitem visual-mente uma mensagem. Funo principal: ultrapassar barreiras lin-gusticas (lembre-se dos sinais e figuras das Olmpiadas), e do No

    22 R. bras . Bibli otecon. e Doe. , So Paulo, 23(114):9-37, janJdez. 1990

    Princlpios e Reflexes sobre o Servio de Referncia e Informao

    fume! No buzine!Exemplo de pictogramas: uma tesoura cortando papis - Seo

    rJ,,! recortes.

    1.2.3.5 Administrao/Superviso do Setor de RefernciaFeitas as consideraes necessrias para um simples entendi-

    mento sobre as quatro linhas que entrecortam o SR, necessrio,agora, fazer algumas observaes tendo em vista a relao Refern-cia/Emprstimo.

    ~ preciso chamar ateno para o fato de que, em grande partedas bibliotecas brasileiras, cabe ao Setor de Referncia coordenar esupervisionar tambm o Setor de Emprstimo, acabando-se por con-fundir atividades e competncias dos dois setores.

    Fica bem claro que se houver, por exemplo, um Departamento. ou. Seo de "Auxlio aos Usurios", e devido a problemas decarncia de pessoal, caber ao chefe do Setor de Referncia dar co-ordenadas e supervisionar ambos os setores. Nunca, porm, a umleigo rea de Informao, devem ser dadas atribuies para aten-dimentos especficos de Referncia, e vice-versa nenhum bibliotec-rio deve receber atribuies para servir no Setor de Emprstimo,executando tarefas meramente administrativas. Neste ltimo caso, um desperdcio econmico e de competncias.

    Neste estudo, estive considerando, em princpio, o Servio deReferncia como um recorte especfico do todo, onde foram discri-minadas atribuies pertinentes a quatro linhas.

    A 1~ linha, repita-se, a de Referncia propriamente dita, astrs outras so atividades que visam otimizao da informao.Agora, ser enfocada a 5a. linha, que, na verdade, bsica pa-ra qualquer setor que deve conter atividades orqanizacionais-adrni-nistrativas; de cooperao, superviso e avaliao.

    Como recorte do todo, a Refernci'a precisa contar com infra-estrutura adequada para exercer este papel de canal final de trans-ferncia da informao, ou seja, acionar o pleno funcionamento da

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    Neusa Dias de Macedo

    unidade de informao que representa.De outro lado, como Seo ou Departamento ... em si, a Re-

    ferncia tem atividades-meio, tarefas de dia-a-dia e outras que ago-ra sero especificadas.Por uma questo mais prtica do que terica, nesta 5~ linha, oServio de Referncia e Informao estar sendo seccionado nosseguintes passos:I1.2.3.5.1 Do Planejamento I Organizao I Administrao do Setor

    a) Planejamento da estrutura do Setor, j tendo em vista oprprio planejamento da Biblioteca e a ambincia institucional ondeest inserido e os possveis recursos disponveis.

    b ) Determinao das linhas que vo constituir bases para diver-sificao de atividades necessr ias ao funcionamento do Setor, emconsonncia com os vrios objetivos do servio-fim da Biblioteca emquesto;

    c) Estudo inicial para deteco de necessidades e interesses dacomunidade e/ou grupos de usurios que constituiro os pblicos-alvos do setor; programaes de avaliao constante do SR e de-sempenho do bibliotecrio.

    d) Estudos de espaos administrativos, bem como das reas deconsulta/leitura/pesquisa bibliogrfica/alerta e disseminao de in-formao/divulgao/educao do usurio, e para a sinalizao da Bi-blioteca.

    e) Determinao de critrios para formao e desenvolvimentode materiais de Referncia. Sugestes para seleo e aquisio dematerial, em geral, da biblioteca.Interrelacionamento com a Comisso de Biblioteca.24 R. bras. Bibliotecon. e Doe. , So Paulo, 23 (1 /4):9-37 , j anJdez. 1990

    Princlpios e Reflexes sobre o Servio de Re fe rncia e Informao

    f) Organizao e controle de catlogos internos, de teor admi-nistrativo e de controle do atendimento ao usurio; o Manual de Servio;g) Regulamentos, estabelecimento de di retrizes, polt icas etc.

    1.2.3.5.2 Educao I Tre inamento do Pessoa la) Tipo de pessoal: administ rativo; estagirios, bibliotecrios eoutros.b) Programaes: educao continuada; relaes humanas;t re inamentos especficos; interaes com outras sees, grupos eentidades de fora; com os usurios;c) Estudos e discusses: marketing; comunicao visual/arn-bientao fsica; avaliao do SR; produo cientfica do bibliotecrio.d ) Superviso do setor e dos usurios na Bib lioteca .

    1.2.3.5.3 Das Atividades I Atr ibuies do SR

    1.2.3.5.3.1 Do processo de Referncia, em si: metodizao do atendi-mento ao pblico

    a) Fixao da terminologia.b) Classificao das "Questes". Fluxos de negociao daquesto de referncia.c) Elaborao de formulrios para registro da informao prestada einstrumentos futuros para avaliao de atividades de referncia.d) Referncia por telefone.

    R. bras. Bibliotecon. e Doe., So Paulo, 23(114):9-37, janJdez. 1990 25

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    Neusa Dias de Macedo

    e) Referncia por correspondncia.f) Referncia por outros meios.g) Encaminhamentos. Acordos com outras bibliotecas. Servio

    Referencial (I&R).h) Localizao do material. Reprografia. Emprstimo entre-Bi-

    bliotecas. Comutao Bibliogrfica.i) Verificaes bibliogrficas.j) Apoio pesquisa bibliogrfica. Levantamentos bibliogrfi-

    cos. Elaborao de catlogos especiais. Pesquisas bibliogrficas.k) Atendimento e apoios especiais: a escolares, estudiosos em

    geral; pesquisadores; ativao cultural, informao utilitria ...I) Livros em Reserva. Apoio aos docentes.m) Auxlios informais ao usurio: do uso do catlogo locali-

    zao do material.n) Outros (preservao de memria ... etc.)

    1.2.3.5.4 Do Alerta a Disseminao da Informao

    1.2.3.5.4.1 Determinao de atividades e linhas bibliog rficas: Mu-rais, Boletins Informativos; Sugestes de Usurios; Outros.1.2.3.5.4.2 Divulgao de instrumentos disseminativos: Bibliografiasgerais e/ou seletivas; J",dices de peridicos correntes; Boletins deresumos; DSI; Outros.

    26 R. bras. Bibliotecon. e Doe., So Paulo, 23(1/4):9-37, janJdez.1990

    Princp ios e Ref lexes sobre o Servio de Referncia e Informao

    1.2.3.5.4.3 Da Divulgao

    a)Programao da comunicao grfica e visual; divulgao daBiblioteca, com assessoramento de especialistas.

    b) Guia da Bibliotecac) Folhetos divulgativos e volantes especficos (sobre uso do

    catlogo; do setor d Referncia; do microcomputador; da DSI etc)d) Guia bibliogrfico (Obras de Referncia). Catlogos de Co-lees especiaise) Quadros ilustrativos da classificao adotada; do uso do

    catlogo; do emprstimo entre biblioteca; sinalizao da biblioteca,pictogramas etc.f) Boletins ... etc.

    1.2.3.5.5 Da Educao dos Usur ios / Equipe de Referncia

    a) Planejamento e polticas. Questes pedaggicas\b) Treinamento em servio especfico ao bibl iotecrio, para a

    Referncia e Orientao Bibliogrfica. Treinamento de pessoal, emgeral para orientao ao usurio.

    c) Programaes regulares e visitas orientadas a grupos deusurio

    d) Treinamentos/instrues especficase) Cursos

    R.bras. Blb liotecon. e Doe., So Paulo, 23(114) :9-37, janJdez. 1990 27

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    Neusa Dias de Macedo

    f) Material instrucional de apoiog) Avaliao das programaes. Refinamento

    ADITAMENTOSe couber ao setor de Referncia a Superviso do Emprstimo,

    inclua-se o item a seguir:Controle e Superviso do Espao de Leitura e Consulta: Recolocao das publicaes tomadas por emprstimo Manuteno do catlogo pblico Discipl inamento das salas de leitura: silncio, extravios, ati-vidades em grupo; cartazes educativos

    Sugestes e queixas dos usurios Estudos permanentes de necessidades e interesses dos gru-pos de usurios. Avaliao das atividades do Servio de Re-ferncia e desempenho do Bibliotecrio de Referncia e seupessoal. Estudos de extravios e circuito no Setor de Re-ferncia e Emprstimo

    2 O SERViO DE REFER.NCIA NA BIBLIOTECA PBLICA NOBRASIL

    2.1 O que a Biblioteca Pblica para um pas em desenvolvi-mento?Deve ser um Centro de Informao da Comunidade.

    Alm de ser uma instituio de carter cultural, onde o indiv-

    28R. bras. Bib liotecon. e Doe., So Paulo, 23(1/4) :9-37, janJdez.1990

    Princpios e Reflexes sobre o Servio de Referncia e Informao

    duo pode se auto-educar e continuar sua educao por meio da lei-tura e dos programas de natureza cultural e socializao, a bibliote-ca pblica deve prover espao para que os indivduos possam "seencontrar", conversar, trocar idias, discutir problemas, saciar cu-riosidade" mas principalmente "recrear-se e criar" (1:7). Levando-seem conta que a Biblioteca Pblica mantida com dinheiro pblico, eo pior: de um pas da Amrica Latina, deve 'ser ela, tambm, um Cen-tro de Informaes Utilitrias, sendo elo de ligao entre a popu-lao carente de recursos e de informaes (de ordem social, sade)e os recursos institucionais existentes que supriro essas necessi-dades informacionais. (Obs.: Este item ser reatado na Srie "TX-tos Didticos Sobre o Servio de Referncia").2.2 A Biblioteca Pblica Biblioteca Escolar?

    Se no houver biblioteca escolar na regio ou local, a bibliote-ca pblica poder fazer o papel tambm de bibl ioteca escolar, prin-cipalmente no que respeita orientao aos estudantes de 1g e 2ggraus, mas dever exercer esse papel com .pessoa! competente paratal. Entretanto, a BP de todos e para todos: para a criana, joveme idoso; para o escolar e o profissional; para a dona de casa e a pro-fessora primria; para o universitrio e o pesquisador autnomo;para o cidado em geral, incluindo os imigrantes; os indivduos sose os deficientes. Acabar com limitaes de idade, separando gruposinterligados (pais e filhos); irmo mais velho do mais novo. Podemser delimitados espaos fsicos, num mesmo prdio - e, com isso,economia de recursos ser obtida, a favor da atualizao permanen-te dos recursos informacionais.Ela poder ter prioridades, mas no privilgios e preconceitos.At o analfabeto deve ter espao na BP, dependendo do esprito so-cial de seus agentes e das programaes de ordem cultural e socialexistentes. A informao, no lato sensu, deve ser objeto da coleta eorganizao de material, de programaes de alerta e disseminao,bem como de servio referencial (I&R).

    R. bras. Bibliotecon.,e Doe., So Paulo, 23(1/4):9-37, janJdez.1990 29

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    Neusa Dias de Macedo

    2.3 A Bibl ioteca Pblica e suas pecul iaridades em relao aos servios-fimCaracterizando a bibl ioteca pblica a grosso modo, vejamos

    quais devem ser as atividades, os programas, os mecanismos parainformar os vrios grupos da comunidade (Ver os Quadros - Anexo1 e 2, que apresentam com mais pormenores a caracterizao da Bi-blioteca Pblica e a Biblioteca Escolar).

    A Biblioteca uma "clula viva", nica. Nenhum sistema in-formacional igual a outro. Conseqentemente, objet ivos geraisacabam por ajustar-se s possibilidades e necessidades especficasde cada bibl iotecrio (. .. ) " um fenmeno histr ico em regime demtua e permanente inf luncia (interao) com o meio ambiente etambm porque qualquer instituio ( ... ) est umbilicalmente liga-da queles que a organizam, que a fazem viver, que emprestam a elaa marca de sua vontade e de suas personalidades" (... ) (4:71).a Bibl iotecrio, de fato, deve emprestar toda sua fora deagente social e cultural, de sua formao profissional, de seu empe-nho em bem servir e sua comunidade. Para isso, precisa, obviamen-te, conhec-Ia, detectar seus desejos, necessidades e interesses. Seos membros dessa comunidade no puderem vir at ela, a bibliotecadeve ir at o pblico mais remoto e carente. Aqui, entra a necessi-dade dos Estudos da Comunidade, dos Estudos de Usurios reais epotenciais. Este aspecto no da falha de formao profissional,mas do fro ntimo da pessoa humana.

    Alm de a BP contar com sede, em local fixo, onde um pblicoregular a freqenta diariamente e, at aos domingos, ela deve estarpresente' levando livros e prog ramaes cuIturais nos orfanatos, re-formatrios, hospitais, postos assistenciais, at visitando um casalidoso, carente e solitrio, por meio de caixas estantes, carro-biblio-teca, visitas domiciliares etc.

    Quando se quer tornar a BP um instrumento social, mil cami-nhos podem ser encontrados ... Depende do corao dos profissio-nais, da sua criatividade, de seu desejo de prestar servios comu-nidade.

    30 R. bras. Bibliotecon. e Doe., So Paulo, 23(114):9-37,janJdez.1990

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    Princlpios e Reflexes sobre o Servi o de Re fe rnc ia e In fo rmaoNeusa Dias de Macedo

    ANEXO IS UB sID IO S P AR A A C A RA C T ER IZ A AO D A B IB L IO T E CA P B L IC A \

    - ~ U ~ 3 0 . 1 : ~ ~ : - ~~Flbll D tO " . 8. . 1" Gi).1C:''J frlumdil!S e b:ltj;a~dIJ

    ('~u:pr.~~.""- __ -mr .

    RECEPTOR SERViOS-MEIO SERViOS-FIM IAGENTE AMBIENTAOFSICA/ESPAOCOMUNIDADE EM GERAL_ Predomlnll"cl.

    (19 grau

    8;:jtuda.ltes 29 gr au.unrversitrioj liberaiS profissionais comerciriosindu striA riosoutros{

    prendas domsticasidosos

    grupos popularesdeficientesiTligrantesoutros

    RECEPTOR - PROPSITOSU rtosre.l.- F in s escolares, acadmicos e profissionais- A tualizao- Informao- Horas de l azar- O u tr o surtos potenc{lal:iSitantes

    participantes de eventos- NlcHelt."... expectadoressol icitadore s de intorrnaopor telefone

    . outros

    jogos educativosus o d e mAquina deescreverestudo emgrupoIlstrumentos musicaisespao para criao eexposiooutros

    OBJETIVOS OBJETOS/MATERIAIS

    No 6rg4o ce"trel(quanoo sistema de bibrlOtecas) seleo, aquisio registro geral representao descritiva representao temtica p ro duo de textos (cegos)

    N.s remals/sucursals registro ramal /sucursal acrscimos necessrios indexao preparo para o emprstimo preservao e conservao

    PRINCIPAL OUTROSC ir cu la o d os Ma te ri ais e A uxR lo I . I Isos Usurtos Emprstimo Ser vios de Referncia e Informa-o:

    - servio de referncia propriamentedlto- orientao fonnal ao usurio- servios de alerta e disseminaoda informao- divulgao da biblioteca

    ." " .." ao daMem~. do Esl edoServios de Ativao Cunural aIIvidades recreativas. visando in-

    creme nt ar o uso dos livros e a incen-tivar a leitura; hora do co nt o; feirascutturais; testas comunitrias; dia detroca; exposies, cursos e concur-sos I tterrios.

    Blbl101ll~0 diretor chefe bibliotecrio

    Fu"clondrtos auxiliar de bibtloteca servente porteiro encademador outros

    Outros especialistasColaboradores da comunidade:,. prendas domsticas p ro fissionais l iberais professores outros

    direcionada para o mercado alvo(crianas e adunos).'. local central, de fci l a cesso para aomunidade andar trreo, longe de rufdos bemilumina da e s i nalizada local que permta ampliaes futurase variao de ambientes (ativaocultural, estudo e pesquisa, gruposde trabalho, projees etc.) est eticamente agradvel, mveisadequa do s p ara crianas e aduttos livre a ce ss o s estantes ins trues so bre o manej o deca tlo-

    gos e outros ins trumentos da biblio-teca

    a Iv Idades culurais: visando for-mao estti ca e cultural dos usu-rios: expos i o de a rtes e artesana-to; cursos, palestras e conferncias;concursos e competiOes; excur-sOes e passeios; reunies e ensaios;musicais; peas teatrais; projees;bal e outras.

    Servi os deEx tenso carro-bibfioteca

    caixa-estante assis tnc ia a b ib ft otecas no vincu-ladas instituio outros

    Fonte: MACE DO. N. D. de; GEBARA. L S. Sbskiios para a csreaenzeo da biblioteca pbtlcs; R. bras. Bib liotecon. Doc v. 20. n. 1/4. p, 71-8. jan. /dez. 1987.

    - Freqiientedores. p e . . . . Interes-_em:

    materiaisDetenninados por inte- r.- co_"_ve_"_C_IO_"_a_ls+ -1resses na:

    COLEO DE: I.microfilmes educao lormal econtinua _ obras de ref&1 d is cos

    rncia in fo nnao no "lat osensu" ~3S k-7- coleo geral d iapositivos infonnaAo u ti li t ria 1 _ revistasor-por telefone nais filmes

    cultura - mapas lazer - recortesA Bibliote ca P b lica para todos. assim co-mo todos s o p ara aBiblioteca Pblica.

    materiais eobjetos paraanimaocultural materiais eequipamentosudio-visuais vidootexto outros

    R.bras. Blb llotecan. e Doe., SIo Paulo, 23(1/4):9-37, janJdez. 1990

    'ESPAO PARA PRODUO ETECNOLOGIA

    Grupos comunitrios: produzindo do-curnentos utilitrios, folhetos, bolens,revistas etc.Grup os e specfficos: Artlales: poetas, compositores. pin-tores, escuttores etc., criando e e xpon-do suas produes.~ronssonals: exposies de traba-lhos manuais, culinria, plantas e flores(aps cursos realizados naB i bl io teca) Oul los

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    ANEXO 11SUBs ID l OS PARA A C ARAC TER IZ A A o D A B IB L IO TEC A E SCOLAR

    Princ lp ios e Ref lexes sob re o Servi o de Re fe rncia e I nformaoNeusa Dias de Macedo

    RECEPTOR OBJETIVOS OBJETOS/MATERIAIS SERViOS-MEIO SERViOS-FIM AGENTE

    livre acesso s estantes delivros de literatura infantilpara facilitar o manuseio ea seleo espontnea(sempre que possvel. ex-por as capas para atrair ascrianas)

    AMBIENTAO FfslCAUsu'rio-alun o ( es col ar iza o lfa se s d o

    desenvolvimento)Usu'rio-professor/outros

    U.u'rio-auno

    daPr-

    escola

    Usurio-professor/outros

    em funo do de-senvolvimento dousu'rio-educando

    A BE voltada, prin-cipalmente, ao de-senvolvimento dehabilidades artlsti-cas, estimula a per-cepo. a criativida-de. incentiva a lei-tura de textos comimagens/palavras,proporcionandoo prazer de ler.

    A BE voltada. so-bretudo. s ativida-des de apoio aoestudo e pesquisa.instrumentalizandoo aluno para usaros recursos da bi-blioteca n a obt en-oda inlonnaio.

    Usurio-aluno do 2 l grau

    I---

    Segundo Piaget. estgio da intelign-cia intuitiva, dos sentimentos lnterin-dividuai s espontneos e das relaessociais de submsso ao adulto.

    1! a 3! srie Aifa-b-e-tiz-a--o--e1II-------+---i sistematizao(i 7 9 anos) da alfabetizaoSegundo Piaget, inicio das operaesintelectuais concretas, comeo da lgica e dos sentimentos morais e sociaisde cooperao.

    usurlo-aunodo

    l I? grauI f----------+.-.

    I -" " . " " - _ _ ... JH passagem das operaes concretass operaes formais ou hipottico-dedutivas.

    livros deliteratura

    predominn-ciade

    imagens

    equilfbrioentreimagem

    etextoescrito

    predomnn-eiadetextoescrito

    materiaisconvencio-

    nais

    recortesilustraesmapas

    revistasjornais

    obras dereferncia

    obrasdidticas

    bibliografias

    materiaisescolaresespeciais

    A. Recursosdidticos

    exercleios testes estudos di-rigidos

    B . Trabalhode alunos

    multimeios

    A. Materiaisno-bi-bliogrfi-cos

    discos fitas casse-tes

    f it as de vfdeo filmes. mcrofilmes diafilmesli trensparn-cias

    tt "slides"(t hologramasB. Materiais e

    objetospara ani-maocultural

    t tintaso pincisli papis colao sucataf fantochefi reatiafi instru-mentosmusicais

    c. Objetosdidticos

    ,. globo esqueleto, jogos did-ticos

    Il>.Equipa-mento u-dia-visuale outros

    Os processamentos tcn icosde uma BE so os mesmospara qualquer t ipo de b ib lio-teca: seleo aquisio registro representao descritiva representao temtica preservao econservao p reparo para emprstimo

    RessalvaA representao descritiva e arepresentao temtica sejamas mais simples possves,com linguagem adequada clientela

    ATIVAO CULTURAL Contar histrias Bri ncadeiras/jogos Atividades artfsticas inte-gradas, part indo o ra de umlivro, ora de um desenho,ora de uma improvisaoteatral

    Exposies Projeo defilmes Debates com autores Conferncias Clube de leitura Espao para reflexo

    CIRCULAO DOS MATE-RIAIS E AuxiLIO AOSUSURIOS Emprstimo Servi os de Referncia eInformaes:- Questes/Respostas- Orientao ao usurio- Ser vios de alerta- Divulgao da biblioteca

    principal

    BIBLIOTECRIO funo de animadorcultural funo de orientado roibliogrfico e parauso da biblioteca

    funo de bibliotec-r io de referncia

    fu no de dissem ina-dor de informao

    funo tcnico-adml-nistrativa

    AUXILIARDEBIBLIOTECAFunes admnistrativase de auxiliar de biblio-teca

    I t-----------ISegundo Piaget, estgio das opera-es formais, da formao da perso-nalidade e da insero afetiva e inte-lectual na sociedade dos adultos.

    Fonte: MACE DO, N. D. de; SIQUEIRA, Idma. Subsrdios para a cereaettzeo da biblioteca escolar. R. bras. Bibliotecon. Doc., v. 20, n. 1/4, p. 67-9, jan.l dez. 1987 .

    R. bras. Blb llotecon. e Doe., se Paulo, 23(1/4):9-37, JanJdez. 1990

    colaborador

    P ro fe sso re s d e Arte-Ecucallo:- Ar tes-plsticas(Desenho)

    - Teatro- Msica

    Professor de UnguaPortuguesa

    Ou tr os especialistas E colaboradores dacomunidade

    Professor de Arte-Educao

    Professor de LfnguaPortuguesa

    Professor de Cindas Professor de Geografia Pr of essor de Histria Outros especialistas E colaboradores dacomunidade

    recomendaes

    projetada, equipada, deco-rada adequadamente par aatrair o usur io a freqen-t-Ia

    prxima ssalas de aula andar trreo entrada independente longe de lugar de muitorufdo

    local que permta futurasarnpliaes

    bem ilumnada vrios ambientes: ativaocultural, estudo e pesquisa

    mveis adequados s dife-renas faixas etrias

    sinali za r par a facilitar a cir-culao do usurio e a lo-calizao dainformao

    instrues sobre o manejode catlogos e outros ins-trumentos da biblioteca

    33

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    Princpios e Reflexes sobre o Servio de Referncia e Informao

    2.4 Servio de Referncia e Informao nas pecul iaridades da BibliotecaPblica

    Na linha dos servios pblicos, o Emprstimo Domiciliar (servi-o de circulao) uma das atividades-fim que faci lita as atividadesde leitura e de estudo, propiciando ao usurio maior comodidade derealizao das mesmas, fora da biblioteca.

    O Servio de Referncia e Informao, peculiarmente na biblio-teca pblica, deve ter objet ivos que visem a:

    leitura prazerosa (textos de fico);

    leitura para aquisio de conhecimentos e fonte de consultaao estudo e pesquisa (textos didticos, livros em geral, revis-tas, jornais, recortes, obras de referncia etc., incluindo osmultimeios);

    a ti vao cultural (contar histrias e outros recortes de co-municao, espao para criao e reflexo; atividades artsti-cas integradas, partindo ora de um livro, de um desenho, orade uma improvisao teatral, da projeo de filmes ou slides,de uma visita, de uma audio musical); debates com auto-res; conferncias; festas comunitrias; exposies etc.Neste particular, j se afirma que a verdadeira biblioteca p-blica trabalha no para a populao mas com a populao,recebendo produtos de sua criao. Assim, a ao cultural,advinda de uma poltica cultural da regio, tem interesse emdar espao para que os produtos culturais, de diversas natu-rezas, sejam aqui criados e incorporados na produo da Bi-blioteca.

    atendimento ao escolar e estudiosos em geral;

    R.bras. Blbliotecon. e Doe., So Paulo, 23(114):9-37,janJdez. 1990 35

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    Neusa Dias de Macedo

    auxlio aos trabalhos de estudantes de 1'?e 2'?graus, em co-mum acordo, com a orientao dos professores, e, para isso,contactos com as Escolas devem ser feitos.

    Apoio aos estudiosos em geral na localizao e obteno dematerial e encaminhamento a instituies especializadas; ne-cessidade de diretrios; levantamentos de bibliografias; disseminao de materiais educativos, cursos, congressosetc.; servio de alerta e divulgao.

    preservao damemria do municpio, do Estado.A Biblioteca Pblica precisa ser "depositria do acervo da inte-l igncia e da histria local", obtendo no s obras que representama cultura e a histria do municpio, solicitando ou comprando livrose outras publicaes de autores do local como coletando recortes dejornais dirios que abordem temas locais; reunindo cartes postaisde pocas distintas, fotografando monumentos e acontecimentosameaados de desapropriao; gravando o testemunho de persona-lidades e eventos culturais e folclricos mais representativos (4:72).

    ABSTRACT: Effects and causes are described in this learning and reflexivetext, being one of them understood as lack of a simple parameter ofconceptual order in a sense of directing librarians at the moment ofstructuring the final stage of activities in Brazilian libraries. Departing froma strict reference concept, ls identified as the main object the interactionuser/librarian, being the former assisted by a proficient professional atsevera I di fferent si tuat ions. Due to the double personality of referencework, wi ll be discussed in the a wide concept: RW representing the whole( line 1); RW as a part of the whole, ful fi ll ing activities and products whichwill optimize the information use (lines 2 to 4). These four lines,intersecting n. 5 _ of organizational and administrive order - constitue thegeneral reference service structure: 1) Reference Process (= Referenceitself): 2) User Education; 3) Alert and Dissemination of Information; 4)Visual and Graphic Comunication / Ltbrarv Promotion. Finally, the PublicLibrary is highlighted as an evidence that in each kind of informationalunity or library there exists some peculiarities according its differentgroups of users, such as: enjoyable reading, study and research; culturalativation; information to comunity; city or state memory.KEY WORDS: Reference Work. Reference Service. Principies and critica IReflexion. Public Library. Brazil.

    36R.bras. Bibliotecon. e Doe.,SoPaulo, 23(1/4):9-37, janJdez. 1990

    Princpios e Reflexes sobre o Servio de Referncia e Informao

    TEXTOS BSICO_S DE CONSULTAANTUNES, Walda de Andrade. O que a Biblioteca Pblica Municipal. Braslia: INL,

    .1989.ANTUNES, Walda de Andrade, CAVALCANTI, Gildete de Albuquerque. Manua/de Trei-namentode Pessoal Responsvel por Biblioteca. (Braslia), INL&FEBAB, 1989.MACEDO, Neusa Dias de; GEBARA, Laila Spinelli. Subsdios para a caracterizao deBiblioteca Pblica. Revista Brasileira de Biblioteconomia J,Oocumentao. So Paulo,v. 20, n. 1/4, p. 71-8, 1987. (ld., Ibid. para Biblioteca Escolar, p. 67-9)MIRANDA, Antonio. A misso da Bib lioteca Pblica no Brasil. Revista de Bibliotecono-mia, Braslia, v. 6, n. 1, p. 71-7,1978.Nos nmeros subseqentes da srie "Textos Didti cos sobre o Serv io de Re-

    ferncia"sero focalizados tpicos especiais, tais como:1. Processo de Referncia/Negociao da Questo2. Educao de Usurios de Unidades Informacionais3. Servio Referencial4. Marketing em Bibliotecas5. Servio de Referncia e Novas Tecnologias

    R.bras. Blbllotecon. e Doe.,So Paulo, 23(1/4):9-37, janJdez. 1990 37