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Relatório Anual 2008

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Relatório Anual 2008

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Sumário

Auditoria Voluntária

A PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes analisou as demonstrações financeiras da ONG ParceirosVoluntários referentes ao exercício de 2008 com o objetivo de garantir a transparência da Organização na aplicação de seusrecursos. A Auditoria considerou que tais demonstrações apresentam, em todos os aspectos, adequadamente, a posição patrimoniale financeira da Organização. Cabe destacar que o trabalho realizado pela PricewaterhouseCoopers foi voluntário.

As demonstrações financeiras da ONG Parceiros Voluntários estão disponíveis no site www.parceirosvoluntarios.org.br, naárea de Transparência.

Redação do Relatório Anual orientada pelo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, em vigor a partir de 1º de janeiro de 2009.

ApresentaçãoVisão, Missão, Crenças e Valores 3Mensagem do Presidente do Conselho Deliberativo (Voluntário) 4Mensagem da Presidente Executiva (Voluntária) 5

A OrganizaçãoGestão para Sustentabilidade 6TI aliada aos processos de Mobilização Social 8

Ações Transformadoras Formando Formadores 10Parcerias muito importantes 10Resultados Transformadores

Rede Parceria Social – Depoimentos 12Projeto Jovem de Futuro – Depoimentos 12Rede Concerto Social – Depoimentos 12

Metodologias: experiência sistematizada 13Programa Voluntário Pessoa Física

A Essência de Compartilhar 14Depoimento 15

Programa Voluntário Pessoa JurídicaDimensão Social como Estratégia de Gestão nas Empresas 16Depoimento 17

Programa das Organizações da Sociedade CivilGestão no Terceiro Setor é Fundamental 18Pesquisa IBGE sobre o Terceiro Setor 19Perfil das Organizações da Sociedade Civil Conveniadas 19

Programa Parceiros Jovens VoluntáriosDesenvolvimento de Lideranças Juvenis e Comunidade Escolar 20Curso de Qualificação para Educadores 20Curso de Desenvolvimento de Liderança Juvenil 22Depoimentos 23Fóruns Tribais Regionais: momentos muito especiais 24

Rede Parceiros VoluntáriosRede Tranquiliza o Equilibrista 28Encontros Estaduais da Rede Parceiros Voluntários 30Encontro Estadual de Lideranças do Voluntariado 30Prêmio Parceiros Voluntários 31

ComunicaçãoSeminário Internacional Pare Pense 32Lançamento do livro “O Quinto Poder” 34A Função Social da Mídia 35Reconhecimentos ao trabalho 36

Nossa Equipe 37

Conselho Deliberativo 38

Fundadores, Mantenedores e Apoiadores 39

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VisãoDesenvolver a cultura do trabalhovoluntário organizado.

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MissãoPromover, ampliar e qualificaro atendimento das demandas sociaispelo trabalho voluntário, visandoà melhoria da qualidade de vidano Rio Grande do Sul.

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Toda pessoa é solidária e um voluntário em potencial.

A filantropia e o exercício da cidadania, pela prática do voluntariado,são indispensáveis para a transformação social.

O voluntariado organizado é a base do desenvolvimentodo Terceiro Setor.

Todo trabalho voluntário traz retorno para a comunidadee para as pessoas que o realizam.

A prática do princípio da subsidiariedade é indispensávelà autonomia das comunidades para seu desenvolvimento.

O desenvolvimento sustentável é alcançado pela interação entre os sistemas econômico,social e ambiental.

Crenças e Valores

Exercício de confiança como solução em redes de colaboração faz parte da vivência voluntária

Foto de Silvestre Silva Santos - Editor do Diário de Cachoeirinha - Fórum de Tribos Região Metropolitana: Gravataí/RS, 2008.

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Mensagem do Presidente do Conselho Deliberativo

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Vivemos numa época em que a deterioração dacultura humanística é uma realidade. Privilegiam-se oeconômico e o tecnológico em nome da racionaliza-ção dos meios. É deixada de lado a construção deum mundo melhor, por vermos ruir o castelo de cartassobre o qual foi construída a economia mundial.

A atual crise econômica está nos levando paraum futuro incerto. O capital e o dinheiro se converte-ram no fim para o qual tudo se justifica. A ParceirosVoluntários é, neste momento, um exemplo para todosaqueles que acreditam em solidariedade e amor aopróximo. Atuando em rede, de forma empresarial eorganizacional pode servir de exemplo não só paraas classes empresariais, mas principalmente para di-versos setores do nosso país. Os dados constantes nesterelatório são uma comprovação do que afirmamos.

O discurso da responsabilidade social não podeser utilizado como marketing, quer por parte das em-presas, quer por parte dos poderes do país. É neces-sário fazer a coisa certa porque é o certo. A inversãode valores, sobrepondo o lucro às necessidades

Responsabilidade Socialpara Enfrentar a Crise

humanas, explica as razões da atual crise que afetaa humanidade. Em momentos de crise, o Terceiro Se-tor deve ser fomentado pelos outros setores, construí-do sobre bases mais justas. Só assim poderemos pen-sar num mundo melhor.

O país necessita de ONGs sérias, responsáveis, ea Parceiros Voluntários, junto com diferentes represen-tações da sociedade, deu um importante passo ao fir-mar um convênio de Princípios de Prestação de Contase Transparência para Organizações da Sociedade Civilno projeto em parceria com o Fumin/BID.

Os sonhos são importantes independentemente doque o mundo seja. Por este motivo, não importa o quesejamos, mas importa o que queremos ser: nós quere-mos ser voluntários, acreditando no sentimento da so-lidariedade existente na sociedade gaúcha, onde otrabalho resultará em um RS e em um Brasil mais jus-tos e solidários.

Humberto RugaPresidente do Conselho Deliberativo (Voluntário)

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Mensagem da Presidente Executiva

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O ano de 2008 se iniciou com perspectivas muitoboas, pois o Primeiro e o Segundo Setores assim o indi-cavam. Mas, ao findar do ano, a perplexidade e agrande pergunta: e agora? Terminou o ano com omundo inteiro a acompanhar o despencar das Bolsasde Valores e, por consequência, as grandes preocupa-ções de todos e, especialmente, para o Terceiro Setor,para os projetos sociais, uma vez que esses dependemdiretamente de outros setores e de doações da socie-dade. A expectativa que fica é: como será 2009?

Demonstramos neste Relatório Anual 2008 oque a Rede Parceiros Voluntários realizou. Porém, istojá está no passado. O presente ano de 2009 é preo-cupante, uma vez que sabemos ainda não existir noBrasil uma forte cultura sobre o significado de respon-sabilidade social. Nesses momentos de crise, a primei-ra rubrica a sofrer cortes é, infelizmente, a social, e issoengloba o envolvimento com a Comunidade.

Por convicção do Conselho Deliberativo e dos di-rigentes da nossa Organização, trabalhamos comPlanejamento Estratégico, com BSC – BalancedScorecard –, com Programa de Qualidade, buscan-do uma gestão eficiente e eficaz, visando efetividadedas ações. Esta mesma estratégia estendemos às OSC– Organizações da Sociedade Civil – conveniadas.Esta decisão, tomada há 12 anos, só veio mostrar-seacertada, pois em momentos mais difíceis, com escas-sez de recursos, especialmente financeiros, as Orga-nizações da Sociedade Civil necessitam mostrar umaboa gestão para poder responder com eficiência aosseus Patrocinadores e Apoiadores, em benefício deseus assistidos. Como resultado dessa estraté-gia, firmamos importante parceria com o Fumin/BID,para o ”Programa de Desenvolvimento de Princípiosde Prestação de Contas e Transparência (PCT) para

O ano que se iniciou muito bome que terminou preocupante

Organizações da Sociedade Civil”, com duração detrês anos.

Com vistas à sustentabilidade e à perenidade daOrganização, iniciamos o planejamento deMarketing, Gestão da Marca e o forte uso da TI –Tecnologia da Informação, sempre com o apoio deempresas especializadas voluntárias. Este Relatóriotambém mostra o grande engajamento dos jovens,crianças, escolas e educadores no Movimento do Vo-luntariado, o que nos deixa muito emocionados, poissentimos que o nosso Estado conta com geraçõesdiferenciadas, conscientes da importância de seupapel no presente e no futuro. O documento que estáem suas mãos reflete o que milhares de pessoasestão fazendo, demonstrando entender queos desafios de sua Comunidade não podem ser re-solvidos ou só pelos governantes ou só pelas empre-sas ou só pela sociedade civil.

A frase muito conhecida “a crise nos faz crescer”deve ser acrescida de “nos faz crescer se aprender-mos”. Aprender significa mudar comportamentos oupadrões de ação. Aprender é mudar. E mudar paraprocurar restabelecer um equilíbrio vital, rompido porações inadequadas. Viver é mudar. Viver é apren-der. Viver é todos darmos as mãos e pensarmos nomacro. Temos esperança de que haja reformascomportamentais humanas profundas para que ahumanidade saia da crise que ela mesma criou. Aesperança, conforme afirma Vaclav Havel, não é acerteza de que tudo vai dar certo, mas é o forte senti-mento de que vale a pena continuar tentando. Comosempre, que Deus nos proteja!

Maria Elena Pereira JohannpeterPresidente Executiva (Voluntária)

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A Organização

A Parceiros Voluntários, desde sua criação, acreditaque é imprescindível a combinação “idealismo + profissio-nalismo”, “emoção com resultados”. Para concretizar essacrença é que elaborou o Planejamento Estratégico. Con-tudo, nunca perde de vista a sua finalidade social, aessência da razão de existir, o Amor à Causa do Vo-luntariado, o desenvolvimento e a capacitação de to-dos os públicos envolvidos em seus Programas.

Em 2003, com a consultoria voluntária da empresaSymnetics Business Transformation, de São Paulo, passoua utilizar a ferramenta de gestão Balanced Scorecard(BSC), que tem por objetivo alinhar a estratégia da Or-ganização traduzida em objetivos nas perspectivas fi-nanceira, partes interessadas, processos internos e pes-soas. O resultado desse alinhamento visa à busca daperenidade e sustentabilidade da Organização. Assimsendo, no segundo semestre de 2008, foi redesenhadoo mapa estratégico, com base na análise dos objetivos eindicadores, e o BSC 2008-2018 foi apresentado aoConselho Deliberativo para validação.

Gestão para Sustentabilidade

“Sustentabilidade significa, sobretudo,sobrevivência.Sobrevivência dos recursos naturais, dosempreendimentos e da própria sociedade.”

Fernando Credidio,professor, articulista e consultor

Desenvolver a cultura do trabalho voluntário organizadoPromover, ampliar e qualificar o atendimento das demandas sociais, pelo trabalho voluntário, visando à melhoria da qualidade de vida no Rio Grande do Sul

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Após traçar as estratégias de longo prazo, foramdefinidas, juntamente com a Equipe, as metas de cur-to e médio prazos. Visando ao Fortalecimento da RedeParceiros Voluntários, estabeleceram-se as seguintesdiretrizes:

A Key Jump – Inteli-gência, Estratégia eBranding, empresa especia-lizada em reposicionamento egestão de marcas, apresentou

o DNA da Marca Parceiros Voluntários, com a orientaçãode que a gestão de uma marca não é exclusividade daárea empresarial, pois os símbolos institucionais carregamem si a reputação das organizações e de seus projetos,inclusive nas entidades sem fins lucrativos. É um ativo valio-so que pode contribuir para o impacto de intervenção so-cial, na construção de importantes alianças e na mobiliza-ção de recursos humanos e financeiros.

A Soluzzione Ex-pansão de Negócios for-mou um grupo de trabalhocom a WanSoft Excelên-cia em TI e a Pitrez TIConsulting, para desenvolver a profissionalização destaárea na Parceiros Voluntários. Foi realizado o Planejamentode Hardware, Software e Peopleware, para o qual foramaportadas mais de 100 horas de serviços técnicos voluntá-rios. A parceria foi tão assertiva que se formou um pool comoutras empresas para desenvolver o business plan para onovo Portal VISÃO INTEGRAL DO VOLUNTARIADO.

Cada segmento do Processo de Mobilização da Par-ceiros Voluntários está descrito neste Relatório Anual, porintermédio dos Programas de Voluntariado, que promovemAções Transformadoras. São eles: Voluntário Pessoa Física,Voluntário Pessoa Jurídica, Organizações da Sociedade Civil,Parceiros Jovens Voluntários e Formação da Rede. Pelos nú-meros abaixo, pode-se analisar que a comunidade gaúchaestá consciente de seu papel de agente social ativo, constru-indo o Capital Social do Rio Grande do Sul.

Posicionada como uma Organização aprendente, aParceiros Voluntários sempre está aberta a melhorias einovações que resultam em um melhor atendimento dopúblico beneficiado, das comunidades e no cumprimen-to de sua Visão e Missão. Para isso, atendendo orienta-ção do Conselho Deliberativo, buscou parcerias voluntá-rias especializadas nas áreas de Marketing, Gestão daMarca e Informática.

A Empresa foi mobiliza-da para planejar um novoobjetivo do BSC: orientar aestruturação da área deMarketing para estabelecer

relacionamento com os públicos beneficiados e gestãoda marca.

Voluntários Engajados 146.042 196.915 249.838 290.645

Jovens Engajados 51.230 72.000 93.000 108.000

Escolas Engajadas 857 1.109 1.410 1.727

Empresas Engajadas 1.366 1.661 2.031 2.323

Organizações da Sociedade Civil Conveniadas 1.724 1.906 2.337 2.664

Rede Parceiros Voluntários (nº de cidades) 63 73 74 75

Beneficiados (em torno de) 550.000 650.000 950.000 1.050.000

2005 2006 2007 2008Número de participantes no voluntariado

Conhecer os Públicos da Organização;

Qualificar as Informações;

Formar Formadores e

Buscar a melhoria contínuados processos.

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A TI – Tecnologia da Informação – entrou fortementecomo ferramenta de mobilização em 2008, na difusãodo trabalho e no apoio às áreas de Gestão, Formação,Comunicação e Mobilização, representada pelo enviode Newsletter para um mailing de mais de 9 mil endere-ços e e-mails Marketing Convocatórios.

Além do site institucional www.parceirosvoluntarios.org.br,com mais de 5 mil acessos mensais, foram desenvolvidos trêsnovos Portais que contaram com o apoio de seus usuáriosfinais em seu desenvolvimento:

• Um portal conceitual e interativo para apoiar oPrograma Parceiros Jovens Voluntários, com o ob-jetivo de interagir com diretores, educadores, paise jovens.

• Os jovens participantes da ação Tribos nas Tri-lhas da Cidadania conquistaram um portal queé a sua cara, com muita interatividade e espaço

Tecnologia da Informação aliadaaos processos de Mobilização Social

A Organização

que passou a mostrar, no dia-a-dia, o que todasas Tribos estão realizando.

• O portal Visão Integral do Voluntariado, desen-volvido pela empresa MSTech e com o apoio fun-damental da Microsoft Educação, que tem comoobjetivo criar e disponibilizar metodologias e mo-delo de gestão eficaz, para fins de sustentaçãodos processos de trabalho orientados à mobiliza-ção social e prática da Responsabilidade Social,aos diferentes setores da comunidade. Além dogerenciamento dos processos de voluntariado, oportal Visão Integral do Voluntariado permite darvisibilidade aos projetos e Organizações Sociaise, ainda, fortalecer e fomentar a formação deredes colaborativas. A partir de 2009, entra emfase de disseminação para as 75 cidades daRede Parceiros Voluntários.

www.viv.org.br

Hewlett - Packard

Apoiadores

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www.parceirosjovensvoluntarios.org.br

www.parceirosvoluntarios.org.br

www.tribosparceirosvoluntarios.org.br

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Público/Projeto Participantes Carga Horas Total dehorária/turma aula/aluno Cidades

A área de Formação da Parceiros Voluntários é res-ponsável por instaurar competências organizacionais, pro-fissionais e sociais a todos os públicos beneficiados porseus Programas e Ações, ou seja, dedica-se ao desenvolvi-mento Técnico, Humano e Conceitual, aportando-lhes co-nhecimentos, metodologias e recursos, através da Produ-ção, Sistematização e Disseminação de Metodologias.

Em 2008 foram realizadas 76.727 horas de capa-citação, voltadas à ampliação do Movimento de Volun-

Ações Transformadoras

Formando Formadorestariado Organizado, através de Cursos para Líderes eDirigentes de Organizações Sociais, Consultores, Edu-cadores, Escolas Públicas e Privadas, Jovens, Pais, Em-presários e Executivos.

No Rio Grande do Sul as capacitações têm total gra-tuidade dentro dos Programas para os quais foramdesenvolvidas. Atende, também, a demandas nacionais,através da aplicação das metodologias que desenvol-veu ao longo de 11 anos de atuação.

Parcerias muito importantes

Indicadores 2008 – Área de Formação:

Curso: Qualificação para Educadores em participaçãosocial e mobilização juvenil - 377

Curso: Liderança Juvenil e Mobilização Social - 135

Curso: Princípios para Gestão Social Sustentável415 participantes de 209 Organizações da Sociedade Civil

11 participantes de 11 Organizações da Sociedade Civil

Curso: Desenvolvendo Jovens Tribeiros - 604

Curso: Qualificação para Educadores em participaçãosocial e Mobilização Juvenil -106

Encontros da Rede - 32

Capacitação Básica - 11

Capacitação Comitê Empresa - 06

Revitalização do Programa Voluntário Gerdau - 77

Reuniões de Fomento - 21

Seminário: Encontro com a Comunidade - 1.300participantes de 523 Organizações da Sociedade Civil

Programa de Desenvolvimento para OSC: 26 participantesde 13 Organizações da Sociedade Civil

Capacitação: Elaboração de Projetos Sociais e Prestaçãode Contas - 52 participantes de

20 Organizações Sociedade Civil

3.203 participantes

15 cidades

02 cidades

08 cidades

11 cidades

20 cidades

04 cidades

30 cidades

11 cidades

01 cidade

21 cidades

01 cidade

16 cidades

01 cidade

01 cidade

142cidades

22.620 horas

2.700 horas

20.355 horas

704 horas

9.952 horas

6.360 horas

512 horas

176 horas

96 horas

1.232 horas

60 horas

10.400 horas

1.248 horas

312 horas

76.727horas/aula/aluno

60 horas

20 horas

49 horas

64 horas

16 horas

60 horas

16 horas

16 horas

16 horas

16 horas

6 horas

8 horas

92 horas

6 horas

445h

Educadores/Pronac

Jovens e Educadores/InstitutoUnibanco – Jovem de Futuro

Secretaria da Justiça eDesenvolvimento Social/Rede

Parceria Social

Instituto HSBC de Solidariedade

Programa Parceiros JovensVoluntários

Programa Parceiros JovensVoluntários

Rede PV

Rede PV

Programa Voluntário PessoaJurídica

Programa Voluntário PessoaJurídica

Programa Organizações daSociedade Civil

Programa Organizações daSociedade Civil

Programa Organizações daSociedade Civil

Programa Organizações daSociedade Civil

Total Geral

O ano de 2008 sedimentou parcerias importantes, quese utilizaram das metodologias para dar atendimento às

necessidades de seus próprios projetos e programas deação solidária e voluntária, espalhados pelo Brasil.

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Instituto GerdauDois projetos desenvolvidos junto ao Insti-

tuto Gerdau ganharam destaque em 2008:o primeiro, “Seminário com a Comunidade”,

objetivou a reflexão sobre a sustentabilidade das Organi-zações da Sociedade Civil, sua participação no desenvolvi-mento local e elaboração de projetos para mobilização derecursos para formação de parcerias entre as Organiza-ções, a Unidade Gerdau local e a comunidade. Participa-ram 2.500 Organizações da Sociedade Civil, no Brasil.

O segundo projeto foi o Programa Voluntário Gerdau,que buscou a revitalização do mesmo, através da capa-citação de seus novos integrantes e da reflexão sobre asações realizadas pelos Comitês. Foram realizados qua-tro Seminários, com a participação de 77 Coordenado-res de Comitês, no Brasil.

SEBRAE/NACom o Sebrae Nacional foi estabe-

lecida uma parceria técnico-financeirapara levar a quatro Estados a capaci-tação “Gestão da Sustentabilidade, Em-preendedorismo e Redes Colaborativas”. No Rio Gran-de do Sul os cursos serão realizados para lideranças de1.100 organizações da sociedade civil, baseados nametodologia “Desenvolvimento de Liderança para o Ter-ceiro Setor”. Nos outros estados, a capacitação serámultiplicada por consultores sociais capacitados pelaParceiros e acontecerão nas Unidades do Sebrae.

Para dar visibilidade e transparência a esta ação, aParceiros Voluntários mantém informações no sitewww.parceirosvoluntarios.org.br.

FUMIN/BIDO Banco Interamericano de Desenvolvi-

mento buscou a parceria da ONG ParceirosVoluntários para desenvolver e implantar o pro-jeto “Princípios de Prestação de Contas e Trans-parência em Organizações da Sociedade Ci-vil”, que tem duração prevista de 36 meses. Para a etapadesenvolvida no Rio Grande do Sul, o projeto conta com opatrocínio da Petrobrás. Fazem parte do Comitê Técnico detrabalho representantes do Conselho Estadual de Assistên-cia Social, Conselhos Federal e Regional de Contabilidade,Fundação GE, Fundação Mauricio Sirotsky Sobrinho,Gerdau, GIFE, Instituto Brasileiro de Governança Corporativa(IBGC), Instituto Vonpar, Ministério do Desenvolvimento Soci-al, Ministério Público Estadual, Organizações da Socieda-de Civil, Receita Federal, Sebrae/NA, Secretaria de Justiçae Desenvolvimento Social, Unisinos e Eduardo Szazi.

Rede Parceria SocialUm novo conceito de política social vem

sendo trabalhado pelo Governo do Esta-do do Rio Grande do Sul, através da Se-cretaria da Justiça e do DesenvolvimentoSocial, com apoio do Ceas – Conselho Es-tadual de Assistência Social – e de parcei-ros estratégicos do Segundo e Terceiro Se-

tores. Nesta Rede, a Parceiros Voluntários é responsávelpela capacitação em gestão das Organizações da Soci-edade Civil, visando:

a) Otimização de recursos destinados pelas empre-sas à ação social;

b) Potencialização da atuação das entidades semfins lucrativos;

c) Incrementar a sustentabilidade do Terceiro Setor.

Rede Concerto SocialO Instituto HSBC

Solidariedade (IHS),braço social do Ban-co HSCB, objetiva reforçar a responsabilidade e acidadania de cada pessoa para um mundo mais fe-liz. Por isso, financia projetos sociais focados na áreade educação, meio ambiente e geração de renda.No Rio Grande do Sul, buscou a metodologia da Par-ceiros Voluntários para capacitar, desenvolver e fo-mentar a Rede Concerto Social, formada por 11 pro-jetos sociais financiados pelo Instituto no Estado, noperíodo de 2007 a 2009.

Jovem de Futuro –Qualidade Total no Ensino Médio

O projeto “Jovem de Futuro– Qualidade Total no EnsinoMédio” é uma parceria entre oInstituto Unibanco e a Secreta-ria de Estado de Educação, en-volvendo Escolas Públicas de En-sino Médio em nível nacional,que oferece apoio técnico e fi-

nanceiro para a concepção, implantação, monitora-mento e avaliação de um Plano Estratégico de me-lhoria do desempenho dos alunos, com duração detrês anos. A Parceiros Voluntários foi contratada pararealizar a Capacitação em Liderança e MobilizaçãoSocial, metodologia própria que visa especialmenteao desenvolvimento de jovens lideranças do Projeto.As capacitações foram realizadas em Belo Horizonte(MG) e Porto Alegre (RS).

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Resultados Transformadores

Rede Parceria Social“Por nós sermos uma organização criada e funda-da por pessoas da periferia, buscar este nível decapacitação nos permite dialogar com conhecimen-to de causa. A capacitação nos oportuniza, tam-bém, estarmos sendo visionários.”

Alex José dos Santos(Centro de Educação Ambiental – Porto Alegre/RS)

“A capacitação propicia às pessoas que possam seinstrumentalizar para melhorar e aperfeiçoar o seuprojeto. Poder absorver conceitos novos, formar umanova rede de relacionamento. A capacitação nostraz ferramentas para poder desenvolver melhor onosso trabalho.”

Paula Martins(Instituto Pestalozzi – Canoas/RS)

“Quando a gente chegou aqui e viu a questão dotrabalho em equipe, do trabalho em rede, da im-portância do líder, dos voluntários, junto às pes-soas que trabalham na Instituição, foram surgindonovas ideias, ou seja, entrou no nosso planejamentoinstitucional de 2008.”

Luciane Jardim(ONG Educativa – Alvorada/RS)

Projeto Jovem de Futuro“Levei muitas coisas boas, ideias para minha esco-la, sugestões, e acredito que a cada tempo quepassa e a cada encontro nosso aprendo mais e mecapacito mais. Só tenho a agradecer!!!”

Franciele N.AlvesEducadora, Porto Alegre

“Agora vou refletir muito com relação aos proble-mas da minha escola e das outras também. Umaexperiência inesquecível!”

Bárbara SantanaEducadora, Belo Horizonte

“A gente já tá colocando o projeto Jovem do Futuroem prática lá na escola. Eu e os demais agentesjovens estamos planejando várias estratégias. Tá sen-do muito legal.”

FláviaOrkut – Comunidade Jovem de Futuro

“Estamos felizes em estar em mais uma etapa, pois oprojeto Jovem de Futuro tem sido muito importante emnossas vidas e em nossa escola. Conseguimos umgrande aprendizado com o projeto, principalmenteem trabalhos de equipe com os nossos colegas e comos professores responsáveis pelo grupo gestor. Teráoutra capacitação? Quando? Gostaríamos de saberse haverá outro tema, pois já estamos ansiosos paradar continuidade aos nossos trabalhos.”

Paulo da GamaOrkut – Comunidade Jovem de Futuro

“O curso contemplou minhas expectativas, sinto-me mais capacitada e fortalecida para dar continui-dade às atividades com as quais estou comprometi-da. Como RCS avalio que as relações de confiançaestão mais afinadas. Obrigada!”

Cláudia RodriguesProjeto “Aprendendo a Existir” - Santa Maria/RS

“Para o meu desenvolvimento pessoal: altamentepositivo. A coisa que mais gosto é desenvolver um racio-cínio em grupo. Os assuntos foram de muita valia para aminha instituição e para os meus projetos. Me fez crescer,na maneira como foram conduzidos os raciocínios. Fo-ram três dias, onde conduzimos os trabalhos, veja quenão é fácil, construir uma metodologia, um raciocínio,

altamente envolvente, fazendo com que cada um mani-festasse seus pontos de vista sem prejudicar o todo.”

Arildo M. CrespanProjeto “Transformar mãos que pedem em mãos

que fazem” - Frederico Westphalen/RS

“Estou muito feliz e meus colaboradores também fi-caram contagiados pela possibilidade de aprimoramentodo nosso trabalho, que se abriu com a nossa participa-ção na Rede. A aproximação de instituições tão especi-ais e relevantes e a possibilidade de partilharmos nossasexperiências têm sido muito motivadoras.”

João Carlos Pereira JuniorProjeto: “Atitude Responsável: Aquecendo a

comunidade” - Bento Gonçalves/RS

Rede Concerto Social - Instituto HSBC

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Metodologias: experiência sistematizada

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Conscientização para a Práticado Voluntariado OrganizadoObjetivo: Mobilizar as pessoas para o exercício daResponsabilidade Social Individual (RSI)*, por meio dotrabalho voluntário organizado, utilizando os conceitosde voluntariado, participação e colaboração.* Responsabilidade Social Individual: trabalhar osvalores internos faz despertar na pessoa o seu ver-dadeiro valor, o que a torna mais ativa e socialmen-te transformadora do mundo ao seu redor.

Ação Humana e Prática SocialObjetivo: Desenvolver estudo e reflexão sobre te-mas relativos a filosofia, psicologia, história, ciên-cias sociais, política e economia, com vistas a quali-ficar a ação de grupos de agentes no trabalho defomentar e fortalecer o capital social.

Desenvolvimento de Liderança JuvenilObjetivo: Oferecer às lideranças jovens a oportuni-dade de reflexão para perceberem-se como agentestransformadores e motivadores, bem como para com-partilharem suas experiências com outros líderes jovens.

Mobilização Juvenil e Práticas VoluntáriasObjetivo: Proporcionar aos jovens a oportunidadede atuarem no seu contexto social por meio do traba-lho voluntário e do empreendedorismo, assumindo suaresponsabilidade de agentes mobilizadores e articu-ladores, em busca de soluções para as diferentes ediversas demandas de suas comunidades.

Qualificação de Educadores em ParticipaçãoSocial Solidária e Mobilização JuvenilObjetivo: Proporcionar momentos de reflexão equalificação para educadores em Participação So-cial Solidária e Voluntária visando à formação dojovem como agente mobilizador, articulador e em-preendedor frente a desafios cotidianos e à inte-gração escola/comunidade, com base na solidari-edade e Responsabilidade Social Individual.

Durante 11 anos a Parceiros Voluntários sistematizou seu co-nhecimento, com o objetivo de divulgar e multiplicar suas expe-riências. O desenvolvimento de nove metodologias, resultadoda excelência dessa experiência, única no país, é hojedisponibilizado à comunidade para a qualificação e profissio-nalização do Terceiro Setor, e traduz o “estado da arte” emgestão e fortalecimento do Voluntariado Organizado.

Formação de Comitês Internos nas EmpresasObjetivo: Contribuir na formação e capacitaçãode um Comitê Interno a partir dos conceitos de Res-ponsabilidade Social Empresarial (RSE) e voluntari-ado organizado.* Responsabilidade Social Empresarial – RSE – éa gestão pautada pela relação ética e transpa-rente da empresa com todos os públicos com osquais se relaciona: acionistas, funcionários, forne-cedores, clientes, consumidores, comunidade, go-verno, sociedade e meio ambiente. A empresa so-cialmente responsável orienta suas atividades (pro-cessos, produtos e resultados) não apenas visan-do ao lucro, mas também considerando os impactossociais, econômicos e ambientais. Fonte: AnuárioExpressão - Edição 153 / 2008.

Formação de Coordenadores de Voluntáriosnas Organizações da Sociedade CivilObjetivo: Capacitar representantes de Organiza-ções da Sociedade Civil, que objetivam trabalharcom voluntários, de forma organizada, por meio deconceitos, planejamento, acompanhamento e ava-liação, para usufruir dos recursos humanos voluntá-rios que a sociedade disponibiliza.

Desenvolvimento de Liderançaspara o Terceiro SetorObjetivo: Propiciar a dirigentes de Organizaçõesda Sociedade Civil modelos de gestão, elabora-ção de projetos, ações focadas em resultados eaprendizagem para atuar e participar em Redesde Colaboração, visando a uma atuação efetivae transparente que gere sustentabilidade para asOrganizações.

ConsultoriaA experiência acumulada a partir de desenvolvi-mento e aplicação dessas metodologias oportuni-za à ONG Parceiros Voluntários disponibilizar,também, ações de consultoria e/ou assessoria naexecução da Responsabilidade Social voltada àcomunidade, às empresas e às escolas.

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Para saber mais a respeito de Metodologias, vejawww.parceirosvoluntarios.org.br.

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Programa Voluntário Pessoa Física

Compartilhar é um dos verbos mais conjugados pelaspessoas voluntárias. Compartilhar ideias, sentimentos, recur-sos, experiências ou conhecimentos, visto que toda pessoasempre possui algo que pode disponibilizar para o outro.

Compartilhar sempre foi necessário para que a hu-manidade pudesse progredir de forma política, científi-ca e cultural, como diz Fritjof Capra, em seu livro Perten-cendo ao Universo:

“Os problemas mais importantes de nossa épocanão podem ser entendidos isoladamente.Qualquer que seja o problema – a destruição domeio ambiente, o crescimento da população, apersistência da pobreza e da fome em todo omundo, (...) para citar só alguns – tem de serpercebido como algo que está ligado aos outros.Para resolver qualquer problema isolado,precisamos de um pensamento sistêmico, poistodos esses são problemas sistêmicos, interligadose interdependentes: a interconexidade dosproblemas nos leva a olharmos para frente e sermosresponsáveis pelas gerações futuras. Somente associedades sustentáveis poderão resolver osproblemas que estão ameaçando nos destruir”.

Capra conduz a um dos conceitos básicos que a Par-ceiros Voluntários trabalha com seus públicos: a RSI – Res-ponsabilidade Social Individual. Esse conceito diz:

“Trabalhar os valores internos faz despertarna pessoa o seu verdadeiro valor, o que a tornamais ativa e socialmente transformadorado mundo ao seu redor”.

O Voluntário é essa pessoa que quer interferir na rea-lidade e não se limitar a ser um espectador; que quer serum indivíduo melhor para tornar a sociedade em quevive melhor; que sente que o benefício é maior para quemajuda do que para quem é ajudado, pois todos queinteragem com o outro saem fortalecidos e desenvolvi-dos. Quem inclui em seu projeto de vida o projeto devida do outro cresce tanto quanto o outro.

O primeiro passo do Programa é a Reunião de Cons-cientização (RC), que oferece orientação para todos quequeiram colocar em prática o seu sentimento de humani-dade.

Há também uma série de encontros realizados du-rante o ano, que promovem o sentimento de Comparti-lhar, como o “Partilhando Vivências”, que acontece umavez por mês.

A Essência de Compartilhar

Idade 38,1%Até 18 anos

17,2%De 19 a 25 anos

29,6%De 26 a 50 anos

15,1%Mais de 50 anos

Escolaridade

14,2%Ensino Fundamental

48,1%Ensino Médio

37,7%Ensino Superior

Sexo

69,4%Feminino

30,6%Masculino

Perfil do Voluntário

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Boa tarde, Maria Elena e demais parceirosda Equipe da ONG Parceiros Voluntários!

Primeiramente, quero cumprimentar-te por este teu trabalho pelo bem do Rio Grande do Sul!Em segundo lugar, deixar registrado o meu orgulho em ser Parceira Voluntária!Na correspondência que recebi fala em oito anos como parceira! Não havia me dado conta de queeram tantos anos!Por muito tempo, pensava em ajudar alguma entidade, entretanto não sabia onde e nem como chegar.Até porque também nem sempre elas são sérias, honestas. Iniciei porque a minha filha já era Parceira e na SPAAN. Infelizmente, ela não pode mais continuar. Umdia, quem sabe...Estes oito anos de voluntária foram na SPAAN.A minha atividade principal sempre foi no BINGO, às terças-feiras, à tarde.Somos um grupo de umas dez voluntárias que nos envolvemos com esse evento. Providenciamos brindesque ofertamos, ajudamos a trazer idosos para o salão, bem como jogamos com eles (alguns não enxergam,outros não ouvem bem, outros não sabem números e outros desejam apenas companhia).Procuramos tornar esse encontro semanal muito alegre para eles, e que termina sendo, também, muitoalegre para nós!

Posso afirmar que eles gostam muito! Não se cansam de dizer isto. Em período de férias (paramos ummês no verão), quando vou à SPAAN para apenas visitá-los, eles, ao me verem, perguntam muito felizes:hoje haverá o bingo? E ficam desolados quando digo que não.Demonstram que gostam e ficam inconsoláveis, também, quando em alguma terça-feira é trocada aprogramação por outra e ficam sem o bingo.Isto nos deixa muito felizes porque demonstra que fazemos alguma diferença. Que levamos alegria edistração e porque sentimos que enriquecemos o dia-a-dia deles.Após o bingo, nos reunimos na sala dos parceiros voluntários, confraternizamos um pouco, tomando umcafezinho, combinando atividades.Este grupo do bingo faz, também, visitas aos idosos em seus quartos e salas, conversando e ouvindo-os,pois a maioria precisa muito de um “ouvido”.Eu, particularmente, estou escrevendo as memórias de uma idosa.O grupo de Voluntários organiza e realiza, também, exposições de trabalhos dos idosos em diversoslocais de Porto Alegre (shoppings em geral) visando divulgar a SPAAN e a venda desses trabalhos (valoresque são entregues aos idosos que tiveram seus trabalhos vendidos).Antes das exposições, o grupo recolhe os trabalhos, revisa-os, retoca-os um pouco quando necessário,engoma e passa-os (no caso de toalhas, guardanapos...).Com relação a essas exposições, confesso que da minha parte participo mais é fazendo plantões ànoite nos locais, pois ainda trabalho e o meu horário livre é menor.Participo na SPAAN também, ocasionalmente, quando requisitada, em festas e eventos em que há anecessidade de mais pessoas para auxiliar a servir comidas e bebidas e até para dançar com os idosos.Há alguns anos, quando o meu horário de trabalho era outro (não podia ir à tarde), por dois anos, euchegava às 6h50min à SPAAN e levava uma idosa ao PAM 3 para fazer curativos que ela necessitavasemanalmente em suas pernas.

O que posso dizer dessa atividade? Que tenho orgulho dela; que me traz muita felicidade (às vezessaio correndo do meu trabalho, já exausta, e lá chegando vou me renovando – saindo leve de lá); e que,principalmente, mesmo sabendo que deveria fazer mais, me sinto útil!É uma gota no oceano; é jogar uma estrela no mar; é o primeiro passo de uma grande caminhada! Nomomento não me cobro muito mais porque não daria. Parabéns por este lindo trabalho e por existir a PARCEIROS VOLUNTÁRIOS!

Agradeço e retribuo o abraço que me enviaram! Felicidades! Ester Weirich

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Programa Voluntário Pessoa Jurídica

Na avaliação de Michael Porter, um dos mais conceitu-ados especialistas em estratégia do mundo, durante o FórumMundial de Estratégia, realizado em São Paulo pela HSM,no início de agosto/08, muitas organizações monitoram seusinvestimentos sociais e publicam relatórios de sustentabilida-de. Poucas empresas, entretanto, integram as questões so-ciais e ambientais em sua estratégia, de maneira a reforçara vantagem competitiva para o negócio.

Diretor do Institute for Strategy and Competitiveness,da Harvard Business School, Porter vê três fases na histó-ria da responsabilidade social empresarial. Na primei-ra, as empresas reagiam às pressões exercidas pela so-ciedade, como campanhas feitas por organizações não-governamentais em defesa do meio ambiente ou contraa discriminação social. Na segunda fase, que estamosvivendo, as ações estão voltadas para a filantropia epara o investimento social privado, havendo também umapreocupação com a imagem da empresa. A terceira, queestá começando agora, é a da responsabilidade socialestratégica. “É a responsabilidade social do valor com-partilhado, em que se cria valor tanto para a sociedadequanto para os negócios”, afirma o autor.

Conclui também que para chegar a ela é precisodescobrir onde os impactos das atividades da empresasão substanciais e quais os ambientes externos que aafetam. “A partir daí, identificamos as áreas em que po-demos fazer uma grande diferença. É nesse ponto que aRSE (Responsabilidade Social Empresarial) começa a sereficiente”, diz Porter.

Dimensão Social como Estratégiade Gestão nas Empresas

Incorporar a responsabilidade social à estratégia signi-fica incluir a dimensão social à proposta de valor da empre-sa. Isso começa pela mudança de mentalidade: “Pensar aeconomia e a questão social separadamente é um terrívelerro. Precisamos de boas condições sociais e ambientais,caso contrário a empresa poderá ter sucesso por um ou doisanos, mas não no longo prazo”. Segundo Porter (GuiaExame; dezembro. Ed. Abril, 2007), há três pontos fun-damentais que as empresas devem entender sobre seupapel em relação às questões sociais:

As empresas não podem resolvertodos os problemas sociais, nemarcar com o custo de fazê-lo.

As empresas precisam abordarsua agenda social de maneiraproativa e estratégica.

As empresas precisam agir nasquestões sociais em que podemagregar maior valor.

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Diante desse desafio, a Parceiros Voluntários desenvol-veu uma metodologia para sensibilizar as empresas e seuscolaboradores para o voluntariado, através de Reuniões deInformações e desenvolvimento de Comitês Internos, volta-dos ao atendimento das demandas sociais da comunidadee ao cumprimento de sua Responsabilidade Social.

Capacitação de Comitês de Voluntariado do Programa Voluntário Gerdau em Recife (PE) e Barão dos Cocais (MG)

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Time bom de ComunicaçãoHá dois anos, a Adequá Comunicação Integrada desenvolve o projeto Oficina de ComunicaçãoTime Show de Bola, que acontece no bairro Bom Jesus, em Porto Alegre. Neste programa, jovens exercitam valores pessoais através do aprendizado das ferramentas de comunicação. Este é um projetorealizado com a orientação da ONG Parceiros Voluntários e com o apoio de empresas da iniciativaprivada. Mensalmente, são desenvolvidas atividades de comunicação junto à “Turma do Bonja”, como eles mesmos se batizaram. É um grupo formado por 20 jovens carentes, de 9 a 15 anos, morado-res da Vila Pinto, que no turno escolar invertido são acolhidos pela Associação Nossa Senhora do Perpé-tuo Socorro – ANSPESO – que atende em torno de 100 jovens da comunidade. Durante as oficinas eles têm a possibilidade de conhecer como se cria um jingle ou spot (comerciais pararádio); as diferenças de outdoor, front-light e back-light, o processo criativo para anúncios de televisão,jornal, revista e cinema; enfim, todas as formas de comunicação da mídia para com a sociedade, incluindoo desenvolvimento de atividades relacionadas ao processo ilustrativo e de design, sempre com o “briefing”focado em valores pessoais e do grupo.

“A cada ano ampliamos a rede de empresas, cada vez mais consistente, que nos auxilia na elaboraçãoe aplicabilidade destas atividades. Para nossa alegria, este ano contamos novamente com o apoio daNeugebauer, da Wizard Idiomas, da Gráfica ANS, da Brava Filmes, entre tantos outros voluntários, físicosou jurídicos, que acreditam, assim como nós, o quanto é possível modificar cenários sociais quando secredita confiança no potencial criativo dos jovens direcionado para o bem”, afirma Jacqueline Lima, Direto-ra e maior incentivadora da ação.E, encerrando as atividades deste ano, foi realizada, na própria escola, com a presença da turma doano anterior e de alguns convidados, um pequeno cerimonial, onde as crianças receberam impresso umjornalzinho criado por elas, cantaram o “jingle” de própria autoria, que foi embalado pelo carinho ecoordenação do publicitário Pedro Guizo e produzido pela Jinga Produções. Ainda tiveram a presença de um comunicador “ilustre”, indicado pelas próprias crianças – fãs do “homem do tempo”– o jornalista e deputado estadual Paulo Borges. “Assim, nós, da Adequá Comunicação, praticamos uma Res-ponsabilidade Social literalmente prazerosa,onde, através da comu-

nicação, estamos cum-prindo com nosso devermoral de contribuirmospara um futuro mais dig-no dessas crianças me-nos privilegiadas”, con-clui Jacqueline.

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O Terceiro Setor ocupa um lugar de destaque nanossa sociedade e, como uma das atividades básicasmais significativas para uma boa ordem social, deixa deter como principal característica a caridade, transformando-se num Setor como o Primeiro, representado pelo Gover-no, e o Segundo, pelas Empresas.

A sociedade não está somente interessada em saberse a Organização defende uma boa causa. Atualmen-te, é importante responder às seguintes questões:

• A Organização aplica princípios de prestaçãode contas responsável e transparente?

• Que diferença ela faz na sua comunidade?• A Organização é responsável pelo melhor de-

sempenho interno – comunicação eficaz, gestãoeficiente, contribuição em todas as áreas, massempre com o foco central em seu resultado final:vidas transformadas?

Durante os 11 anos em que a Parceiros Voluntáriosestá servindo de elo entre as Organizações da SociedadeCivil (OSC) e as comunidades, essa convivência mostrouque apenas encaminhar voluntários não era o suficientepara atender a maiores necessidades. Foi necessário odesenvolvimento de metodologias como: Capacitação paraFormação de Coordenadores de Voluntários; Capacitaçãopara Dirigentes em Gestão; Criação de Projetos Sociais eCapacitação para Formação de Redes Colaborativas, o

Programa das Organizações da Sociedade Civil

Gestão no Terceiro Setor é Fundamentalque, aliado ao processo de acompanhamento por Agen-tes do Voluntariado, tem contribuído para o desenvolvi-mento das Organizações, em todos os sentidos.

As OSC conveniadas, que atendem os públicos be-neficiados abrangidos pela Loas – Lei Orgânica da As-sistência Social –, recebem todas as ações, cursos e as-sessoramento com total gratuidade. Para que isso pos-sa ocorrer, buscamos com nossos Mantenedores, Patroci-nadores e Apoiadores a manutenção dessas ações.

No início dos cursos, ficou evidente a dificuldade deperceber a “gestão” como um fator determinante nos re-sultados. Muitas Organizações iniciaram tendo a convic-ção de que todos os seus problemas estavam diretamen-te relacionados apenas à falta de recursos financeiros.No decorrer das capacitações houve a quebra desse pa-radigma e a grande maioria percebeu que, para sabergerir recursos, é indispensável um planejamento, coorde-nação, direção e controle, além de uma visão estratégi-ca voltada aos resultados. No Terceiro Setor os recursosmateriais, financeiros, econômicos ou serviços, oriundosde pessoas físicas e/ou jurídicas, são investidos em be-nefício da comunidade, o lucro não é o objeto financei-ro, seus ideais vão além, pois representam a razão deser, de salvar, de mudar realidades. O resultado finaldas Organizações da Sociedade Civil é medido em vi-das transformadas.

Qualidadede Vida e

Cidadania.

Indivíduo

Transformação Cultural

ParceirosVoluntários OSC Indivíduo

MelhorComunidade

MelhorSociedade

Melhor

Potencializadorade todas as causas

sociais.

Agente transformadorda realidade.

Ser Humano Integral.

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A pesquisa realizada pelo IBGE em agosto de 2008,intitulada “As Fundações Privadas e Associações sem FinsLucrativos no Brasil (Fasfil)”, revela:

• Quanto ao número de instituições: em 1996eram apenas 105 mil entidades, em 2002 eram276 mil e pulou para 340 mil em 2005.

• Quanto à sua função e objetivo: estudo doIBGE em parceria com o Instituto de Pesquisa Eco-nômica Aplicada (Ipea), a Associação Brasileirade Organizações Não-Governamentais (Abong)e o Grupo de Institutos, Fundações e Empresas(Gife), feito a partir do Cadastro Central de Em-presas (Cempre), mostra que, em 2005, existiam338 mil Fundações Privadas e Associações semFins Lucrativos (Fasfil) em todo o País. Entre elas,35,2% atuavam na defesa dos direitos e interes-ses dos cidadãos, 24,8% eram instituições religi-osas e 7,2% desenvolviam ações de Saúde eEducação e pesquisa.

• Quanto à distribuição das Fasfil no territórionacional, o Rio Grande do Sul concentra22,7% das entidades, mas apenas 14,6% dapopulação.

• Quanto à taxa de crescimento: de 2002 a2005 o número de Fundações Privadas e Associ-ações sem Fins Lucrativos cresceu 22,6%, enquan-to entre 1996 e 2002 esse crescimento foi de

Pesquisa IBGE sobre o Terceiro Setor157,0%. Esses resultados sinalizam umadesaceleração no crescimento dessas instituiçõesem todo o país.

• Quanto à sua classificação: do total das15.319 instituições criadas em 2005, 3.089 fo-ram classificadas como Associações patronais eprofissionais e 2.933 como de Desenvolvimentoe defesa de direitos, compondo um conjunto de6.022 entidades ou 39,3% do total. Nesse mes-mo ano foram criadas 3.242 instituições religio-sas, o que significa 21,2% do total de entidadesregistradas nesse período.

• Quanto à mão-de-obra assalariada: 79%das Fasfil não possuíam sequer um empregadoformalizado. A forte presença de trabalho volun-tário e informal pode explicar parcialmentepor que 79,5% das instituições (268,9 mil) nãopossuem sequer um empregado formalizado.

Para fortalecer e qualificar a gestão das Organiza-ções da Sociedade Civil, a Parceiros Voluntários realizou,em 2008, 12.020 horas/aula de capacitações voltadasexclusivamente a esse público. A parceria com a Secreta-ria da Justiça e Desenvolvimento Social, através da RedeParceria Social, possibilitou, nesta ação, a participaçãode mais 415 profissionais, de 209 organizações do RioGrande do Sul, somando mais de 20 mil horas de capaci-tação em gestão e desenvolvimento de lideranças.

Perfil das Organizações da Sociedade Civil Conveniadas

13,5%

8,1%Área de saúde: câncer,

drogas e DST/AIDS

25,7%Área de direitos humanose desenvolvimento social

48,2%Creches, pré-escolas e cursos profissionais

4,5%Asilos (idosos)

Entidades especializadas(portadores de

necessidades especiais)

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Programa Parceiros Jovens Voluntários

Desenvolvimento de Lideranças Juvenise Comunidade Escolar

O Programa Parceiros Jovens Voluntários apresentauma taxa de crescimento surpreendente. O resultado demais de 1.300 ações desenvolvidas pelos milhares dejovens engajados impactou o Estado gaúcho, através deatividades culturais, de conscientização e de geraçãode renda. A Parceiros Voluntários é consciente de quesem o apoio e colaboração das equipes diretivas e

Curso de Qualificação para Educadoresem Participação Social Solidáriae Mobilização Juvenil

educativas das 1.885 escolas participantes seria maisdifícil o engajamento desses jovens.

A Parceiros Voluntários capacita jovens, educadores,comunidade escolar e familiares para a solidariedade,por meio do voluntariado organizado, através de cursos,palestras e workshops.

O Curso é uma proposta para Educadores que atuamem escolas públicas e/ou privadas e em diferentes espa-ços educacionais, proporcionando reflexão e qualificaçãoem Educação para Participação Social Solidária e Volun-tária, visando à formação do jovem como agente mobili-zador, articulador e sua integração à escola e à comuni-dade, com base na Responsabilidade Social Individual.

Essa Metodologia de Qualificação foi desenvolvi-da em 2006, juntamente com o Niue – Núcleo de Inte-gração Universidade Escola, da UFRGS – Universida-de Federal do Rio Grande do Sul, levando em consi-deração a experiência da ONG Parceiros Voluntáriose também a Lei de Diretrizes e Bases da Educação(LDB, 1996).

Capacitação de Educadores Sociais para mobilizar jovens à participação cidadã

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“O Curso destaca o papel que o Educadorprecisa desenvolver em sua comunidade,ultrapassando as barreiras dos conteúdosprogramáticos. Projeta-o como um líderpositivo de transformação da sociedade paraum mundo melhor, agregando à educaçãotradicional valores como o pensar crítico, queresulta em práticas coerentes, permitindoque o indivíduo perceba-se como agentetransformador. Ao desenvolver os temastransversais propostos pela LDB (Lei deDiretrizes e Bases da Educação), por meiode atitudes voluntárias baseadas em valoreséticos, sentimo-nos responsáveis por nossosatos e adquirimos consciência do nossodever, de forma que nossas açõese comportamentos contribuam parao bem-estar e desenvolvimento sustentávelde toda a sociedade.”

Educadora de Giruá

Indicadores Quantitativos:

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AvaliaçõesEm relação à aplicabilidade dos con-

teúdos desenvolvidos, 100% responderamque os conteúdos poderiam ser aplicados emseu dia-a-dia, podendo ser adaptados con-forme as dinâmicas e temáticas a serem tra-balhadas. Também avaliaram que o temaVoluntariado fornece subsídios e dá ideiaspara a melhoria de suas práticas junto aosjovens, oportunizando um espaço de escutae compartilhamento de experiências.

O Projeto de Qualificação de Educado-res em Mobilização Juvenil, aprovado peloMinistério da Cultura, através da Lei Rouanet,Projeto Pronac Nº 073663, contou como patrocínio das empresas Gerdau,Ipiranga e Wal-Mart Brasil.

Realização de 18 turmas; 377 Educa-dores de Instituições Públicas, Priva-das, Educadores formais e não-formaise Mobilizadores Sociais capacitados,sendo 88% do sexo Feminino e 12%Masculino, em 15 municípios gaúchos;

50% dos capacitados tinham Forma-ção Superior, 17% Pós-Graduação,15% Superior Incompleto, 8% NívelTécnico e 10% Ensino Médio;

Quanto às áreas de atuação na Es-cola: 44% Professor, 11% Aposenta-do, 11% Administrativo e 9% Coor-denador;

Produção de 3 mil exemplares do Guiade Ações – Jovens e Participação So-cial, recurso didático de apoio às açõesem sala de aula.

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Programa Parceiros Jovens Voluntários

O Curso, que visa qua-lificar os Jovens na ação TRI-BOS NAS TRILHAS DA CI-DADANIA, parte integran-te e fundamental do Pro-grama Parceiros Jovens Vo-luntários, foi desenvolvidoem 2006 e, em 2008, ga-nhou grande capilaridade.Os jovens de diversas cida-des gaúchas, em suas ava-liações, expressaram a ne-cessidade de receberemqualificação que desenvol-vesse suas características deliderança, empreendedoris-mo, trabalho em grupo, de-senvolvimento e implanta-ção de projetos, criação deindicadores, como avaliá-los e divulgá-los. Apresen-taram também a necessidade de saber como fazer umaarticulação em sua cidade, visando a mobilização derecursos humanos voluntários, gestão de recursos ma-teriais, de serviços e também financeiros para que oprojeto pudesse ser executado.

Para atender a essa reivindicação dos jovens foi de-

Curso de Desenvolvimento de Liderança Juvenil

Capacitações reforçam autoestima, empreendedorismo e liderança...

... dos jovens Tribeiros

senvolvida a metodologia de 16 horas, que estáalicerçada nos seguintes eixos:

• Processo Interpessoal e Intergrupal;• Empreendedorismo, Voluntariado

e Mobilização;• Planejamento e Avaliação.

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ApoiadoresPatrocinadores do Programa Parceiros Jovens Voluntários

Diário de Cachoeirinha – 4/7/08 – F. Planella

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Após um intenso trabalho, de abril a novembro, emsuas cidades, os jovens voluntários que participam daação Tribos nas Trilhas da Cidadania se reúnem paralembrar, celebrar e, especialmente, agradecer o engaja-mento de todos.

Os Encontros Regionais dos Tribeiros do VoluntariadoJovem nos reabastecem de esperança e confirmam quea qualidade de cada momento não depende apenasdo que extraímos dele, mas principalmente do que atri-buímos a ele. A essência humana é boa. E essaamostragem dos jovens brasileiros voluntários, que dedi-cam o seu tempo e a sua emoção em prol do outro, nosindica que o futuro será melhor, porque eles simplesmen-te querem e acreditam.

Fóruns Tribais Regionais:momentos muito especiais

Os Encontros Regionais são sempre de grande ener-gia, com uma programação intensa que os próprios TRIBEI-ROS organizam, contando com uma grande equipe deapoio, que são: professores, coordenadores, facilitadoresdas oficinas, estagiários, pais, a comunidade em geral etambém os apoios recebidos das prefeituras e suas secreta-rias municipais. Os Encontros dos Jovens já se tornaram umevento muito esperado em suas cidades, constando da agen-da da cidade, e todos se reúnem com entusiasmo paracolocar em prática a programação planejada.

Registramos, a seguir, esses momentos muito especiais,mas a emoção que presenciamos em cada Encontro Regio-nal e a expressão dos jovens são difíceis de ser registradas.Ficarão gravadas, apenas, em nossos corações.

Programa Parceiros Jovens Voluntários

Fórum da Região MetropolitanaA cidade de Gravataí re-

cebeu, na tarde de 24 deagosto, cerca de 1.000 jo-vens de Alvorada, Cachoeiri-nha, Charqueadas, Eldoradodo Sul, Guaíba, Porto Ale-gre, Tapes e Viamão, de 74escolas públicas e privadas,na Escola Estadual da Mora-da do Vale (Ciep), para com-partilhar experiências, avaliaras iniciativas desenvolvidas econfraternizar. Foram realiza-das 24 oficinas, ministradaspelos próprios tribeiros, como:grafitagem – arte que seopõe à pichação, reciclagema partir de garrafas pet e di-ferentes manifestações artísticas, desde a apresenta-ção de uma peça teatral na Linguagem Brasileira de Sinais(Libras), que demonstra a importância de Tribos nadiminuição da evasão escolar, evoluções da BandaMarcial da Escola Carlos Bina, de Gravataí, e ban-das jovens, como a Zero à Esquerda, formada espe-cialmente para o Fórum.

A presença da comunidade escolar, formada porprofessores, direções e funcionários das escolas envol-vidas, demonstrou a articulação dos jovens com suascomunidades, como afirma o diretor do Ciep de Gra-vataí, Jairo Vargas: “É um momento de confraterniza-ção e valorização das ações, onde os jovens comparti-lham experiências e aprendem uns com os outros”.

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Fórum da Região Vale do Sinos

Em Sapucaia do Sul, quesediou o evento dessa região noClube 7 de Setembro, estiverampresentes cerca de 350 jovens,de 45 Tribos, representando,além de Sapucaia, as cidadesde São Leopoldo, Canoas e Es-teio. O Encontro teve como focoo fortalecimento das relações co-munitárias (jovens, escolas e co-munidades envolvidas), eviden-ciando a força mobilizadora deações desenvolvidas em rede.Foram realizadas dinâmicas deintegração, apresentações cultu-rais das Tribos e murais que evi-denciaram as ações realizadasao longo do ano. O dia 23 deoutubro, dedicado ao voluntariadojuvenil, terminou com um showda Banda Dublê, bem ao gostoda galera.

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Programa Parceiros Jovens Voluntários

Fórum da Região SulSediado em Bagé, o Fórum foi marcado pelo

forte sentimento cívico, com a entrada solene da Ban-deira Nacional, no Auditório Padre Muraro, do Co-légio São Pedro, no dia 30 de outubro. Idealizadopelos jovens das Tribos participantes (Bagé, Pelotase Rio Grande), o Encontro privilegiou a divulgaçãodas ações realizadas pelas Tribos nas três cidades eas apresentações artísticas e culturais desenvolvidaspelos jovens, destacando-se o Grupo Rodarte e aBanda Marcial da Escola anfitriã.

Fórum da Região da Produção e NoroesteOficinas de street dance, técnica de puff (ma-

terial reciclado de pet), hip-hop e recreação mar-caram o dia 29 de outubro, no encontro das Tribosde Horizontina, Ijuí, São Borja, 15 de Novembro eTrês de Maio, recepcionadas no Colégio Maristade Santo Ângelo. Mais de 500 jovens marcarampresença, celebrando e compartilhando os resulta-dos das ações de intervenção social realizadas aolongo do ano.

Fórum da Região da Serra

O Ginásio Municipal de Esportes de Garibal-di ficou lotado para a realização do Encontro, rea-lizado no dia 23 de outubro, reunindo mais de450 jovens e crianças das cidades de Carlos Bar-bosa, Antônio Prado, Nova Prata, Caxias do Sul,Bento Gonçalves, Farroupilha e São Marcos.

Compartilhar o trabalho das 54 Tribos ao lon-go do ano e celebrar a participação no Movimen-to de Voluntariado Jovem foi o foco do dia, marca-do por oficinas e apresentações artísticas, comoda Apae de Garibaldi e da Banda de Rock DZ9.

As dinâmicas de integração organizadas e li-deradas pelas Tribos de Garibaldi foram desta-cadas pelos jovens como a oportunidade para co-nhecer outros jovens que estão fazendo ações devoluntariado na região.

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Fórum da Região das Hortênsias e Vale do Paranhana

Fórum da Região CentralRealizado em Santiago, na tarde de 6 de novembro, o Encontro para

apresentação das ações realizadas pelos jovens Tribeiros de Cachoeirado Sul, Santa Maria, Santiago, São Pedro do Sul e São Sepé contou coma presença maciça da comunidade escolar da região, formada por pro-fessores, diretores e funcionários das escolas e pais de alunos.

A apresentação dos coordenadores de Tribos foi complementada poruma exposição, em formato de murais, possibilitando que os participantes do evento conhecessem cada detalhe dasações desenvolvidas, suas articulações e o impacto provocado nas comunidades.

Fortalecer a atitude empreendedora, solidária e aautonomia de jovens e crianças que participaram daação Tribos nas Trilhas da Cidadania, formadas por 34escolas públicas e privadas de Canela, Gramado, NovaPetrópolis, Taquara, Riozinho e Sapiranga, foi o objetivodo Encontro realizado no dia 31 de outubro, no Centrode Eventos de Canela – cidade anfitriã.

Os resultados das ações desenvolvidas ao lon-go do ano foram conhecidos por cerca de 400 jo-vens presentes, dando visibilidade ao trabalhorealizado pelas Tribos nas suas comunidades, abrin-do possibilidades de multiplicação dessas açõestransformadoras na região e potencializando o vo-luntariado juvenil.

Fórum da Região FronteiraA Associação Comercial e Industrial (Aciu) foi o local escolhido para o

Encontro dos jovens tribeiros de Uruguaiana e Itaqui. No dia 29 de novembroforam divulgadas as ações do ano, que envolveram as Trilhas do Meio Ambi-ente, Cultura e Educação para a Paz. Para compartilhar o trabalho desenvol-vido, os jovens criaram murais com fotos das atividades e receberam a comu-nidade com informações detalhadas de cada mobilização realizada.

Mais de 300 jovens, com idades entre 14 e 20 anos, estiveram pre-sentes e firmaram o compromisso de mobilizar as outras cidades da re-gião em 2009 – ela é formada, ainda, pelas cidades de Alegrete, Rosário do Sul e Santana do Livramento.

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Rede Parceiros Voluntários

Região da Fronteira1 Alegrete2 Uruguaiana3 Rosário do Sul4 Santana do Livramento5 Quaraí

Região Metropolitana19 Alvorada20 Cachoeirinha21 Charqueadas22 Eldorado do Sul23 Gravataí24 Guaíba25 Porto Alegre26 Tapes27 Viamão

Região das Hortênsias36 Canela37 Gramado38 Nova Petrópolis39 Sapiranga40 a 46 Vale do Paranhana (Taquara, Igrejinha, Nova Hartz,

Parobé, Riozinho, Rolante e Três Coroas)

Região da Serra28 Antônio Prado29 Bento Gonçalves30 Caxias do Sul31 Farroupilha32 Garibaldi33 São Marcos34 Vacaria35 Nova Prata

Região do Vale do Sinos10 Canoas11 Esteio12 Montenegro13 Novo Hamburgo14 Portão15 São Leopoldo16 São Sebastião do Caí17 Sapucaia do Sul18 Triunfo

O escritor gaúcho Moacyr Scliar escreveu: “A pescaé uma das formas mais antigas de subsistência do serhumano. E, das técnicas de pesca, a rede foi das primei-ras a ser introduzida. Fazendo um paralelo às redes so-ciais, podemos olhar o nó como a conexão que nos ligaa outras pessoas. E assim como a conexão entre os cor-déis resulta numa rede, e a rede por sua vez resulta emalimento, as conexões interpessoais resultam em benefí-cio. Não só através daquilo quepodemos alcançar, como tambémsob a forma de proteção: assimcomo a rede do circo tranquilizao equilibrista, a rede social signi-fica apoio, segurança e confortoem horas difíceis.”

É sob esse enfoque de “apoio, segurança, confor-to em horas difíceis” que a Rede Parceiros Voluntáriosestá alicerçada. É a contribuição de todos que dá a cer-teza de que se pode sonhar com um Rio Grande doSul com atitude voluntária.

A Parceiros Voluntários crê, firmemente, no “Princí-pio da Subsidiariedade”, pois esta prática é indispensá-vel à autonomia das comunidades visando ao seu de-senvolvimento. Os Presidentes das entidades empresari-ais em suas cidades, as Reitorias das Universidades Co-munitárias, as Escolas públicas e privadas, as empresas,os Voluntários e os Coordenadores das Unidades da RedeParceiros Voluntários são os grandes mobilizadores e res-ponsáveis pela força dessa Rede, caracterizada pela di-versidade dos seus integrantes no processo democráticode participação, o que fortalece o desenvolvimento e ocrescimento do capital social e econômico local.

Cada integrante da Rede tem responsabilidadeem manter este organismo vivo e ativo, trazendo novosenfoques e buscando a melhoria contínua dos processos.Para isso, são promovidos encontros municipais, regio-nais e estaduais que oportunizam e tornam possível ocrescimento e o compartilhamento de conhecimento eexperiências. Através de capacitações para os partici-pantes – escolas, professores, organizações sociais, em-presas e voluntários, busca-se o aprimoramento do de-senvolvimento técnico, humano e conceitual de todos osintegrantes da Rede.

A Rede Parceiros Voluntários, com suas 75 Cida-des, como um organismo vivo, está sempre se reinventandoe se renovando na busca de aprimorar-se nas metodolo-gias e procedimentos. Foi através dessa dinâmica que o

Rede Tranquiliza o EquilibristaPortal Visão Integral do Voluntariado, ferramen-ta de gestão do voluntariado, foi criado. Através deleserá possível ampliar a atuação da Rede e expandir aparticipação, destacando que agilidade, eficiência eeficácia estarão sempre presentes.

Assim como a rede do circo tranquiliza oequilibrista, a rede social significa apoio,segurança e conforto em horas difíceis.

Região Sul6 Bagé7 Dom Pedrito8 Pelotas9 Rio Grande

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Região Central61 Cachoeira do Sul62 Santa Maria63 Santiago64 São Pedro do Sul65 São Sepé

Região Noroeste52 Cerro Largo53 Frederico Westphalen54 Giruá55 Horizontina56 Santa Rosa57 Santo Ângelo58 São Borja59 São Luiz Gonzaga60 Tucunduva

Região da Produção47 Carazinho48 Cruz Alta49 Ijuí50 Panambi51 Espumoso

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Região Taquari/Rio Pardo66 Arroio do Meio67 Encruzilhada do Sul68 Lajeado69 Rio Pardo70 Santa Cruz do Sul71 Teutônia72 Venâncio Aires

Região do Litoral73 Imbé74 Osório75 Torres

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Encontros Estaduaisda Rede Parceiros Voluntários

Em continuidade aos processos de desenvolvimen-to e fortalecimento da Rede Parceiros Voluntários, osEncontros Estaduais semestrais buscam compartilhar eaprimorar as experiências bem-sucedidas, que resul-tam na disseminação do trabalho voluntário organiza-do no Rio Grande do Sul. A construção destes Encon-tros tem como diretriz a participação de todas as Uni-dades pertencentes à Rede.

O 17° Encontro Estadual da Rede Parcei-ros Voluntários aconteceu nos dias 23 e 24 de abrile teve como principal tema a mudança estratégica nosprocessos de operação da Rede. Houve ênfase na uti-lização de ferramentas da Tecnologia da Informaçãocomo apoio ao atendimento técnico e conceitual dasdemandas das Unidades. Foram desenvolvidos traba-lhos em grupo e as plenárias propostas em função dotema abordado oportunizaram uma excelente integra-ção entre os participantes e a construção de um novomodelo de atuação mais participativa das Unidades.

Nos dias 19 e 20 de novembro, a Rede novamente sereuniu no 18º Encontro Estadual. Nesta ocasião, fo-ram realizados a avaliação das atividades desenvolvidasao longo do ano e o planejamento para 2009. Tambémforam abordados aspectos da crise mundial e os Incenti-vos Fiscais disponíveis, através de palestras com experien-tes profissionais do Segundo Setor.

Os presidentes das Associações Comerciais, Sindica-tos Rurais e Clubes de Dirigentes Lojistas participaram emabril, no Salão Nobre da Federasul, em Porto Alegre, doquarto Encontro Estadual de Lideranças do Voluntariado.

O objetivo do Encontro foi debater a nova estratégiade operação da Rede Parceiros Voluntários para os próxi-mos anos, tendo como foco a utilização da TI – Tecnologiade Informação – e seu fortalecimento, buscando proporci-onar uma nova forma de funcionar da Rede. Durante oEncontro foram apresentadas as ações estratégicas paraimplantação do Portal Visão Integral do Voluntariado equal o papel de cada Liderança neste processo.

Encontro Estadualde Lideranças do Voluntariado

Rede Parceiros Voluntários

Lideranças conheceram diretriz de gestão pela TI

Palestras técnicas e planejamento das ações em Rede, por regiões,marcaram os Encontros da Rede PV

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As ações transformadoras que se multiplicam no RioGrande do Sul, através da Rede Parceiros Voluntários,ganham visibilidade e potencialidade multiplicadora atra-vés do Prêmio Parceiros Voluntários, que visa àvalorização e ao reconhecimento do trabalho voluntárioe ao desenvolvimento da cultura do voluntariado nos di-versos setores da comunidade gaúcha.

Instituído em 2000, o Prêmio é realizado de dois emdois anos, sempre nos anos ímpares. A primeira ediçãofoi realizada em 2001 e, até hoje, o pensamento filosó-fico que o conduz é a valorização do Ser Humano. Por

Prêmio Parceiros Voluntários

Patrocinadores do Prêmio Parceiros Voluntários 2007:

isso, as iniciativas sociais que são indicadas represen-tam milhares de outras, também muito importantes paraa comunidade – e que também deveriam estar rece-bendo o Prêmio. A Parceiros Voluntários sabe ser impos-sível abraçar a todos, por isso utiliza, nesse Reconheci-mento, o Princípio da Democracia: TODOS são repre-sentados por alguns.

A edição 2009 do Prêmio já está sendo preparadae acontecerá no dia 25 de maio.

Se você deseja conhecer as edições, acessewww.parceirosvoluntarios.org.br.

Quase 1.800 pessoas lotaram o Teatro do Sesi/RS para homenagear os Reconhecidos em 2007

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Comunicação

Desde 2001, quando fez a pergunta: QUE SERHUMANO QUEREMOS PARA O SÉCULO XXI, a Parcei-ros Voluntários promove este Seminário juntamente com oConsulado Geral dos Estados Unidos da América em SãoPaulo. O objetivo é promover a reflexão sobre o desen-volvimento humano no século XXI, com abordagensmultidisciplinares e multiculturais. Desde então, semprenos anos pares, palestrantes internacionais e nacionaisparticipam com temáticas atuais e preocupadas com odesenvolvimento do ser humano.

Em 2008, a 4ª Edição propôs um salto nas reflexões eos palestrantes trouxeram as contribuições da Física Quânti-ca, buscando respostas para “QUEM PODEMOS SER?”.

Os recentes avanços na compreensão da FísicaQuântica foram apresentados pelo indiano AmitGoswami, Dr. em Física Quantica: “Eles nos mostramque a ciência precisa ser reformulada na base dorevolucionário conceito de que a consciência preva-lece sobre a matéria e não ao contrário, como atéhoje nos educa o Realismo Materialístico implantadona ciência por Isaac Newton e René Descartes”, ensi-

Seminário Internacional Pare Pense

nou Amit, autor de livros como: O Médico Quântico eO Universo Autoconsciente, A Física da Alma e A Ja-nela Visionária.

Com o tema Visão Quântico-Espiritualista, MoacirCosta de Araújo Lima – Físico e Mestre em LinguísticaAplicada na área de Lógica da Linguagem Natural,demonstrou a capacidade humana para criar novas pai-sagens, ver o que anteriormente não via e a forma deoperar preso a cinco informantes limitados. Afirma queo plano das informações não é único nem causal. Éautor do livro Afinal, quem somos nós? e Quântica –Espiritualidade e Sucesso.

A terceira palestra do Seminário trouxe a experiên-cia de transformação social, evolução e fortalecimentodo divino no nosso cotidiano de Uma Krishnamurthy, for-mada em Psiquiatria na Índia, com grande experiênciana área da psicologia do Yoga e cura.

Don Beck, norte-americano, membro do InstitutoGeorge Gallup, na Universidade de Princeton, propôsum modelo de desenvolvimento humano chamado “Di-nâmica da Espiral”, que analisa instruções para as

Salão de Atos da PUCRS recebeu mais de 1.300 pessoas para ouvir sobre a evolução do Ser Humano a partir da Física Quântica

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perspectivas humanas do mundo, as suposições decomo tudo funciona e a fundamentação lógica paraas decisões que tomamos. Segundo Beck, essas espi-rais representam as influências ambientais (culturais,sociais, educacionais, etc.) que moldam não apenasas nossas mentes, mas as próprias células do cérebro,circulando profundamente nos sistemas humanos epulsando no centro das escolhas e da inteligência decada indivíduo. São produtos da interação do equi-

pamento nos nossos sistemas nervosos com o ambientee as condições de existência (onde se destacam o tem-po, o lugar, os desafios e as circunstâncias) que en-frentamos.

A coordenação dos trabalhos foi mediada pelabrasileira Laís Wollner, Doutora em Física, que trouxe,também, sua experiência com processos criativos, com-portamento Quântico e a Dança do Tao sobre o com-portamento transcendente no ser humano.

Da esquerda para a direita: Ricardo Azeredo, Don Beck, Moacir Costa de Araújo Lima, Uma Krishnamurthy, Amit Goswami, Maria Elena Pereira Johannpeter e Laís Wollner

Patrocinadores em 2008

Apoiadores

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Lançado em maio de 2008, o título do livro inspi-rado nas palavras do ex-vice-presidente da Funda-ção Ford, nos Estados Unidos, Barry Gaberm: “A se-paração tradicional de poderes em Executivo, Legis-lativo e Judiciário não é suficiente para proteger asociedade contra a concentração de poder, mesmoconsiderando-se a existência de um Quarto Poder, naforma de uma imprensa independente. As instituiçõesda sociedade civil constituem um Quinto Poder, aju-dando a proteger contra o abuso de poder”.

Lilian Dreyer, jornalista que organizou o livro, dizque “essa obra não pretende fechar qualquer aspec-to, mas sim abrir um campo, de onde brote inspira-ção coletiva para novos estudos, e, tanto quanto pos-

“O Quinto Poder”Consciência Social de uma Nação

Comunicação

Diálogo entre os autores e a plateia, mediado pelo jornalista Felipe Vieira, marcou o lançamento do livro, no átrio do Santander Cultural, em Porto Alegre

sível, semear inquietação, agitar a fina mas dura su-perfície da inércia”.

O livro contém a opinião de 12 qualificados articulis-tas e contou com o apoio da Lei Rouanet, do Ministérioda Cultura, e o patrocínio da Gerdau e Ipiranga, comdistribuição gratuita de 3 mil exemplares. A Editora L&PMtambém doou 3 mil exemplares à Parceiros Voluntários,que são vendidos nas principais livrarias do país.

Participaram dessa edição: Maria Elena PereiraJohannpeter, conceito original; Lilian Dreyer, entrevis-tas; Adel Fabian Nirvan Giacomini, projeto gráfico;Flávio Dotti Cesa, revisão; L&PM Editores, impressão.A produção e coordenação foram de Lilian Dreyer eMaria Elena Pereira Johannpeter.

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Revista FONAC – Agosto 2008

Correio de Gravataí – 25 e 26/10/08

Mobilização social somente se faz com a parceria dosmeios de comunicação. E a mídia tem sido presente na ati-tude voluntária, ao disponibilizar, em 2008, 21 mil centí-metros de coluna em seus jornais, 15 horas de divulgaçãoem TV aberta e rádio, para as ações da Rede ParceirosVoluntários, em convocações e informações àqueles que jádedicam tempo e conhecimento às suas comunidades e àque-les que querem fazer e não sabem como.

A Parceiros Voluntários agradece, em nome da comuni-dade gaúcha, aos meios de comunicação, pela forte inclu-são do social em seus noticiários e em seus programas.

Obrigada a todos!

A Função Social da Mídia“Jornais e televisão têm a missão ética decontribuir para que o povo seja melhor.”Rubem Alves, escritor, professor e educador.

O Repórter – 16/08/08

Via Norte – 10/08

O Globo – 05/01/09

Jornal de Gramado – 12/09/08

Correio do Povo – 29/10/08

Folha do Mate – 4/12/08

Correio do Povo – 2/10/08

CRCRS Notícias

Jornal da Manhã – 1/11/08

Cachoeirinha – 2/7/08

Zero Hora – 14/9/08

Jornal VS Sapucaia – 28/03/08

Jornal do Comércio – 20/10/08

Jornal da Cidadania – Julho/Agosto 2008

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Reconhecimentos ao trabalho

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O trabalho da Parceiros Voluntários, ao engajar qua-se 300 mil voluntários no Rio Grande do Sul, beneficiandomais de 1 milhão de pessoas, somado à multiplicação desua metodologia, desenvolvida ao longo de 11 anos deatuação, trouxe-lhe premiações nacionais e internacionais.

A cada prêmio ou reconhecimento recebidos, a Par-ceiros Voluntários sente que, na mesma proporção, au-menta a sua responsabilidade perante a comunidade.

Às instituições que reconheceram a força do Movi-mento do Voluntariado Organizado, o agradecimento daParceiros Voluntários, pois servem, também, de estímulona busca por qualificar cada vez mais suas ações.

Prêmios recebidos em 2008:Prêmio Dirigente Cristão, concedido pela

ADCE/RS (Associação dos Dirigentes Cristãos de Empre-

sas), reconhece as relevantes ações prestadas pela Or-ganização à comunidade gaúcha.

Prêmio Mérito Lojista - Personalidade Res-ponsabilidade Social, concedido pela FCDL – Fede-ração das Câmaras de Dirigentes Lojistas do RS.

Prêmio Excelência em Responsabilidade So-cial, concedido pelo Sinepe/RS (Sindicato das EscolasParticulares do Rio Grande do Sul), por ser a grandeparceira das instituições do ensino privado gaúcho, en-volvendo-as em ações solidárias e voluntárias, que contri-buem para o desenvolvimento da cultura do voluntaria-do organizado.

O reconhecimento de maior Movimento SocialBrasileiro concedido pela Alap – Associação Latino-Americana de Agências de Publicidade, durante o Festi-val Mundial de Publicidade de Gramado – Edição Ex-tra, realizado em outubro no México.

Prêmio Dirigente Cristão

Prêmio Excelência em Responsabilidade Social Prêmio Maior Movimento Social Brasileiro

Prêmio Mérito Lojista – PersonalidadeResponsabilidade Social

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Qualificação técnica, atitude e forte consciência so-cial são competências e habilidades importantes às pes-soas que compõem a Equipe da Parceiros Voluntários,que tem como objetivo animar a Rede de Voluntários quese desenvolve no Rio Grande do Sul.

Equipe mobilizada

Nossa Equipe

A formação da Direção, Equipe Técnica, Estagiáriose Voluntários busca desenvolver um perfil capaz deatuar em ambientes complexos, valorizando atitudes em-preendedoras e permanente capacitação.

A Parceiros Voluntários expressa a sua gratidão atodos os seus colaboradores, estagiários e voluntários!

Quem somos

Iliane PereiraIlone Jane Rivas de AlvezKaren BarbosaMárcia Denise Fernandes CaminhaMarlise Silva de OliveiraMichele ChoairePaulo Afonso BeleganteRaul de FreitasVanessa Becker Braga SaladaVercy Maria Falavigna BoeiraEstagiáriosLuciana Jatobim CardosoMariane MartinsPatricia Müller WeberPaula da Cunha SeveroRafael Pereira dos SantosVoluntários

Maria Elena Pereira JohannpeterPresidente-Executiva

Geraldo ToffanelloVice-Presidente

Hermes GazzolaVice-Presidente

Cláudia Remião Franciosi - GerenteJosé Alfredo A. Nahas - GerenteMaria Inês Andreotti Pereira - GerenteAdriane Alves MachadoAlesandra Duarte MattosAlexandro da Silva MachadoAlice de Fraga SilvaAna Elisa Martini PascottiniAna Virginia Antunes BenavidesCarine Antonello SabkaCleci MarchioroDebora PiresErik FerreiraFabiano Rei FeijóFernando Cunha de Souza

Equipe TécnicaDiretoria Voluntária

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Conselho Deliberativo

Presentes nas definições estratégicas da Organiza-ção, os empresários que compõem o Conselho Delibe-rativo reuniram-se, duas vezes em 2008, para delibe-rar sobre o redesenho do mapa estratégico. O alinha-mento, com base na análise dos objetivos e indicado-res, visa à busca da perenidade e sustentabilidade daOrganização. Assim sendo, o Mapa BalancedScorecard - BSC 2008-2018 foi apresentado ao Conse-lho Deliberativo para validação. Na ocasião, o Conse-

Decisões compartilhadaslho também alertou e deliberou sobre a importância dautilização da TI – Tecnologia da Informação – na ges-tão da Rede Parceiros Voluntários e em todos os seusprocessos, como medida de impacto nas ações de mo-bilização e na administração dos recursos disponíveis àParceiros Voluntários, adequados à realidade da eco-nomia mundial.

Aos nossos prezados conselheiros, o nosso reconheci-mento e gratidão por seu apoio!

Humberto Luiz RugaPresidente do ConselhoBolivar Baldisserotto MouraEmpresárioCarlos Rivacci SperottoFARSUL- Federação da Agricultura do Estado do RSDaniel SantoroEmpresárioFrancisco Cirne LimaEmpresárioGeraldo Bemfica TeixeiraAdvogadoJayme SirotskyRBS - Rede Brasil SulJoão PolanczykMédicoJorge Gerdau JohannpeterGerdau S/AJorge Luis LogemannGrupo SLCJosé Osvaldo Noronha LeivasWal-Mart BrasilJosé Paulo Dornelles CairolliFEDERASUL - Federação das Associações Comerciais e de Serviços do RS

Composição do Conselho DeliberativoLeocadio de Almeida Antunes FilhoEmpresa de Petróleo Ipiranga S/ALeonardo MeneghettiGrupo Bandeirantes de ComunicaçãoMarcelo Lyra do AmaralBraskem S/AMarco da Camino SoligoRGE - Rio Grande EnergiaMari Helem Rech RodriguesMédicaPaulo TigreFIERGS - Federação das Indústrias do Estado do RSPe. Marcelo F. de AquinoReitor UnisinosRoberto PandolfoEmpresárioSílvio Pedro MachadoBanco Bradesco S/AZildo de MarchiFECOMÉRCIO – Federação do Comércio de Bens e de Serviços e Turismodo Estado do RSWrana Maria PanizziEducadora

“Graças ao trabalho da Parceiros Voluntários nósestamos realmente conseguindo introduzir a culturado voluntariado organizado no nosso estado, a exemplodos países mais desenvolvidos. Isto não só em termosde pessoas físicas, mas inclusive nas estruturas depessoas jurídicas.”

Jorge Gerdau JohannpeterPresidente do Conselho de Administração da Gerdau S.A.

“O trabalho desenvolvido pela Parceiros Voluntários aolongo de 2008 demonstra o comprometimento dessaorganização sobretudo com o desenvolvimento socialdo nosso Rio Grande do Sul. A realização do grandiososeminário ‘Pare Pense’ trouxe luz a temas importantes eestá na vanguarda em termos de eventos temáticos.Destaco, também, a atuação da Parceiros Voluntários naRede Parceria Social, que trará frutos imprescindíveispara um futuro sustentável.”

Marco da Camino SoligoDiretor Administrativo-Financeiro da RGE

“Mais um ano pleno de realizações na construção de um Rio GrandeVoluntário. É utópico? É um sonho?Apenas sei que ao longo da caminhada estão pessoas transformadas,comprometidas e felizes.”

João PolanczykSuperintendente do Hospital Moinhos de Vento

“Paulo Coelho disse que a possibilidade de realizarmos um sonho é oque torna nossa vida interessante. Apoiar a Parceiros Voluntários émuito mais que interessante, é extremamente gratificante.”

Jorge LogemannVice- Presidente do Grupo SLC

“O trabalho realizado pela Parceiros Voluntários é prova de quemuitas dificuldades e desigualdades sociais podem ser superadas pelamobilização da sociedade por meio da conscientização e de ações.Essa combinação, aliada a uma gestão profissional, tem feito daParceiros uma referência na área do voluntariado”.

Paulo TigrePresidente da Federação e do Centro das Indústrias

do Rio Grande do Sul (FIERGS/CIERGS)

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Produção do Relatório Anual 2008

Fundadores, Mantenedores e Apoiadores

Projeto Editorial e Redação: Equipe ONG Parceiros Voluntários – Projeto Gráfico e Editoração: Agência PS – Fotografias: Arquivo da RedeParceiros Voluntários – Capa: Mathias Cramer – Revisão: Flávio Dotti Cesa – Tiragem: 10.000 exemplares.

Parcerias Voluntárias 2008

• Agência Matriz• Alexandre Chedid• Aracruz Celulose S/A Unidade Guaíba• BAND/RS• Câmara do Livro• Casa de Cultura Mario Quintana• Consulado-Geral dos Estados Unidos

da América em São Paulo• Departamento Municipal de Água e Esgotos• Generoso Mrack• Grêmio Náutico União• HP Company• Impacto Signs• Intermédio Leitor Ltda. – Assessoria de Imprensa

e Clipping

• José Luis Brum Carrasco• Juliano Venturella Korff• Kienbaum-Keseberg & Partners• Microsoft Corporation• Magda Beatriz• Processor Alfamídia – Grupo Processor• PUCRS• Ritter Hotéis• Rossi & Rossi Advogados Associados• RSA – Talentos Executivos• Santander Cultural• Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS• Veículos de Comunicação – Mídia Impressa

e Eletrônica• Teixeira, Ribeiro, Becker Advogados

Fundadores/Mantenedores

Apoiadores

In memoriamNossa homenagem à Sra. Ruth Cardoso por sua sensibilidade na orientação para criação do Movimento Comunidade Solidária.

Chancelas

Apoio a este relatório

Largo Visconde do Cairu, 17 – 8º andar90030-110 – Porto Alegre – RS – Brasil

Telefone: (55) (51) 2101-9797Fax: (55) (51) 2101-9776

E-mail: falapv@parceirosvoluntarios.org.brwww.parceirosvoluntarios.org.br

www.tribosparceirosvoluntarios.org.brwww.parceirosjovensvoluntarios.org.br

Associada ao Departamento de Informações Públicas/Seção de OrganizaçõesNão-Governamentais (DPI/NGO) das Nações Unidas (ONU)

CertificaçõesConselho Municipal de Assistência Social - 296Utilidade Pública Municipal - Lei nº 8750/2001

Utilidade Pública Estadual - 002085Utilidade Pública Federal - Portaria nº 306/01

Entidade Beneficente de Assistência Social - RCEAS 1094/2006

Registro das marcasRegistro no Instituto Nacional de Propriedade Industrial - INPI

As doações são recebidas somente por depósitoidentificado no Banco Bradesco S.A.Ag. 0268-2 / C.C: 0525050-1

Doação do papel Impressão voluntária Distribuição voluntária

Aguardamos sua opinião a respeito do nossotrabalho. Entre em [email protected]