ramatis 45 mediunidade de terreiro 2014

104
7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014 http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 1/104 1

Upload: joseyannicksaurin

Post on 08-Jan-2016

134 views

Category:

Documents


20 download

DESCRIPTION

Clicar para abaixar o livro em wordRamatis MEDIUNIDADE DE TERREIROEste guia de estudos é para todos os que praticam a mediunidade de terreiro e não encontram respostas satisfatórias que expliquem o que se passa em seu mundo íntimo. Composto por uma série de artigos inspirados por Ramatís, os textos nele contidos esclarecem a dinâmica umbandista, que embora não codificada está unida pela semelhança de conhecimentos disseminados no interior de seus terreiros. Temas controversos, como as experiências psíquicas anômalas, os desdobramentos astrais com relatos de contatos diretos com entidades do plano suprafísico, as falsas "obrigações" de trabalho, os métodos de indução ao transe mediúnico, a fisiologia oculta da degradação do perispírito de entidades exiladas para outros orbes, e a atuação de extraterrestres nos terreiros, são desvendados de forma clara, ao estilo didático de Ramatís, que praticamente dialoga com o leitor, visando a minorar o problema do preconceito e da ignorância acerca das potencialidades psíquicas dentro dos terreiros, muitos dos quais dominados pela fascinação coletiva, fé cega e obrigações subjugadoras.Mediunidade de Terreiro compartilha ainda experiências sobre a atuação técnica dos mentores nas reconstruções extrafísicas e sane¬amentos do Umbral inferior, detalhes do Hospital da Metrópole do Grande Coração, descrevendo um desencarne com assistência espiri¬tual, e desvenda os motivos da rejeição às religiões que realizam rituais para induzir aos estados alterados de consciência, deixando muito claro que o êxito de qualquer trabalho mediúnico está nos objetivos elevados de seus integrantes. Leitura imprescindível, reflexão necessária para os adeptos universalistas!

TRANSCRIPT

Page 1: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 1/104

1

Page 2: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 2/104

Este guia de estudos é para todos os que praticam a mediunidade de terreiro enão encontram respostas satisfatórias que expliquem o que se passa em seu mundoíntimo. Composto por uma série de artigos inspirados por Ramatís, os textos nelecontidos esclarecem a dinâmica umbandista, que embora não codificada est unida pelasemel!an"a de con!ecimentos disseminados no interior de seus terreiros. #emascontro$ersos, como as experi%ncias psíquicas an&malas, os desdobramentos astrais comrelatos de contatos diretos com entidades do plano suprafísico, as falsas 'obriga"(es'de trabal!o, os métodos de indu"ão ao transe medi)nico, a fisiologia oculta dadegrada"ão do perispírito de entidades exiladas para outros orbes, e a atua"ão deextraterrestres nos terreiros, são des$endados de forma clara, ao estilo didtico deRamatís, que praticamente dialoga com o leitor, $isando a minorar o problema do

 preconceito e da ignorância acerca das potencialidades psíquicas dentro dos terreiros,muitos dos quais dominados pela fascina"ão coleti$a, fé cega e obriga"(essub*ugadoras.

 Mediunidade de Terreiro compartil!a ainda experi%ncias sobre a atua"ãotécnica dos mentores nas reconstru"(es extrafísicas e saneamentos do +mbral inferior,detal!es do ospital da -etrópole do rande Cora"ão, descre$endo um desencarnecom assist%ncia espiritual, e des$enda os moti$os da re*ei"ão /s religi(es que reali0amrituais para indu0ir aos estados alterados de consci%ncia, deixando muito claro que o%xito de qualquer trabal!o medi)nico est nos ob*eti$os ele$ados de seus integrantes.eitura imprescindí$el, reflexão necessria para os adeptos uni$ersalistas2

3

Page 3: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 3/104

 4orberto 5eixoto nasceu em 5orto u6cena, estado doRio rande do 7ul, no ano de 189:. ;inda crian"a, $iu6sediante do mediunismo por intermédio de seus pais, ati$ostrabal!adores umbandistas. 7endo fil!o de militar, residiu no

Rio de <aneiro até o final de sua adolesc%ncia, onde te$e aoportunidade de ser iniciado na umbanda, * aos sete anos deidade. ;os on0e, deparou6se com a mediunidade aflorada,

 presenciando desdobramentos astrais noturnos comclari$id%ncia. ;os $inte e oito, foi iniciado na -a"onaria,oportunidade em que te$e acesso aos con!ecimentosespiritualistas, ocultos e esotéricos desta rica filosofia mul6timilenar e uni$ersalista, que somente são propiciados pelafrequ%ncia regular em o*a -a"ónica estabelecida. Em 3===concluiu sua educa"ão medi)nica sob a égide >ar6dequiana, eatualmente desempen!a tarefas como médium trabal!ador na

C!oupana do Caboclo 5er?, em 5orto ;legre, casa um6bandistaem que é presidente6fundador.

Este nono li$ro, Mediunidade e Sacerdócio, redigido deseu próprio pun!o por inspira"ão de Ramatís e demaismentores espirituais que o acompan!am, é um guia de estudosesclarecedor, principalmente para médiuns que dese*amampliar seus con!ecimentos a fim de mel!or praticar acaridade.

:

Page 4: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 4/104

Ramatís e Pai Tomé

MEDIUNIDADE DE

TERREIRO 

Obra mediúnica psicografada porNorberto Peixoto

A is!o de "m eterno aprendi#uia de estudos orientados pelo espírito Ramatís

 

A"xi$iando a %"manidade a encontrar a &erdade'

@

Page 5: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 5/104

Ramatís

 

Como o interno, assim é o externoA como o grande, assimé o pequenoA como é acima, assim é embaixoB só existe uma$ida e uma lei e o que atua é )nico. 4ada é interno, nada éexternoA nada é grande, nada é pequenoA nada é alto, nada é

 baixo na economia di$ina.

 Axioma hermético

Page 6: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 6/104

O(RA) DE RAMATI) '

1. ; $ida no planeta -arte ercílio -ães 18 Ramatis Dreitas astos3. -ensagens do astral ercílio -ães 189 Ramatis Con!ecimento:. ; $ida alem da sepultura ercílio -ães 18F Ramatis Con!ecimento@. ; sobre$i$%ncia do Espírito ercílio -ães 18G Ramatis Con!ecimento. Disiologia da alma ercílio -ães 188 Ramatis Con!ecimento9. -ediunismo ercílio -ães 189= Ramatis Con!ecimentoF. -ediunidade de cura ercílio -ães 189: Ramatis Con!ecimentoG. H sublime peregrino ercílio -ães 189@ Ramatis Con!ecimento8. Elucida"(es do além ercílio -ães 189@ Ramatis Con!ecimento1=. ; missão do espiritismo ercílio -ães 189F Ramatis Con!ecimento11. -agia da reden"ão ercílio -ães 189F Ramatis Con!ecimento13. ; $ida !umana e o espírito imortal ercílio -ães 18F= Ramatis Con!ecimento1:. H e$angel!o a lu0 do cosmo ercílio -ães 18F@ Ramatis Con!ecimento1@. 7ob a lu0 do espiritismo ercílio -ães 1888 Ramatis Con!ecimento

1. -ensagens do grande cora"ão ;merica 5aoliello -arques 1893 Ramatis Con!ecimento19. rasil, terra de promissão ;merica 5aoliello -arques 18F: Ramatis Dreitas astos1F. <esus e a <erusalém reno$ada ;merica 5aoliello -arques 18G= Ramatis Dreitas astos1G. E$angel!o, psicologia, ioga ;merica 5aoliello -arques 18G Ramatis etc Dreitas astos18. Iiagem em torno do Eu ;merica 5aoliello -arques 3==9 Ramatis olus

5ublica"(es

3=. -omentos de reflexão $ol 1 -aria -argarida iguori 188= Ramatis Dreitas astos31. -omentos de reflexão $ol 3 -aria -argarida iguori 188: Ramatis Dreitas astos33. -omentos de reflexão $ol : -aria -argarida iguori 188 Ramatis Dreitas astos3:. H !omem e o planeta terra -aria -argarida iguori 1888 Ramatis Con!ecimento3@. H despertar da consci%ncia -aria -argarida iguori 3=== Ramatis Con!ecimento3. <ornada de u0 -aria -argarida iguori 3==1 Ramatis Dreitas astos39. Em busca da u0 Jnterior -aria -argarida iguori 3==1 Ramatis Con!ecimento

3F. otas de u0 eatri0 ergamo1889 Ramatis 7érie Elucida"(es

3G. ;s flores do oriente -arcio odin!o 3=== Ramatis Con!ecimento38. H +ni$erso umano -arcio odin!o 3 ==1 Ramatis olus:=. Resgate nos +mbrais  -arcio odin!o 3==9 Ramatis Jnternet:1. #ra$essia para a Iida -arcio odin!o 3==F Ramatis Jnternet

:3. H ;stro Jntruso ur #!an Ke 7!id!a 3==8 Ramatis Jnternet

::. C!ama Crística 4orberto 5eixoto 3=== Ramatis Con!ecimento

:@. 7amad!i 4orberto 5eixoto 3==3 Ramatis Con!ecimento:. E$olu"ão no 5laneta ;0ul 4orberto 5eixoto 3==: Ramatis Con!ecimento:9. <ardim Hrixs 4orberto 5eixoto 3==@ Ramatis Con!ecimento:F. Io0es de ;ruanda 4orberto 5eixoto 3== Ramatis Con!ecimento:G. ; missão da umbanda 4orberto 5eixoto 3==9 Ramatis Con!ecimento:8. +mbanda 5é no c!ão 4orberto 5eixoto 3==G Ramatis Con!ecimento@=. Kirio -edi)nico 4orberto 5eixoto 3==8 Ramatis Con!ecimento@1. -edinunidade e 7acerdócio   4orberto 5eixoto 3=1=  Ramatis Con!ecimento@3. H #riunfo do -estre 4orberto 5eixoto 3=11 Ramatis Con!ecimento@:. ;os 5és do 5reto Iel!o 4orberto 5eixoto 3=13 Ramatis Con!ecimento@@. Re0a Dorte 4orberto 5eixoto 3=1: Ramatis Con!ecimento@. -ediunidade de #erreiro 4oberto 5eixoto 3=1@ Ramatis Con!ecimento

9

Page 7: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 7/104

 

Inoca*!o +s ,a$anges do (em

 Doce nome de Jesus,

 Doce nome de Maria,

 Enviai-nos vossa luz

Vossa paz e harmonia!

 Estrela azul de Dharma,

 Farol de nosso Dever! Liertai-nos do mau carma,

 Ensinai-nos a viver!

 nte o s"molo amado

 Do Tri#n$ulo e da %ruz,

V&-se o servo renovado

 'or Ti, ó Mestre Jesus!

%om os nossos irm(os de Marte

 Fa)amos uma ora)(o-*

+ue nos ensinem a arte Da rande armoniza)(o!

F

Page 8: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 8/104

Inoca*!o +s ,a$anges do (em

Ko ponto de u0 na mente de Keus,Dlua lu0 /s mentes dos !omens,Kes"a lu0 / terra.

Ko ponto de ;mor no Cora"ão de Keus,Dlua amor aos cora"(es dos !omens,Iolte Cristo / #erra.

Ko centro onde a Iontade de Keus é con!ecida,uie o 5ropósito das pequenas $ontades dos !omens,H propósito a que os -estres con!ecem e ser$em.

 4o centro a que c!amamos a ra"a dos !omens,Cumpra6se o plano de ;mor e u0,e mure6se a porta onde mora o mal.

Lue a u0, o ;mor e o 5oder

restabele"am o 5lano de Keus na #erra.

G

Page 9: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 9/104

5a0, u0 e ;mor

RAMATI)

Espírito respons$el pela presente obra. 7ua missão consiste em estimular as almasdese*osas de seguirem o -estre, auxiliando o ad$ento da grande Era da Draternidade que seaproxima.

MKesen!o medi)nico por KJ4HR; 7. E4NJ;7O

8

Page 10: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 10/104

RAMATI)

Uma R-pida (iografiaA ./TIMA EN0ARNA12O DE RAMATI)

)3AMI )RI RAMATI)

45 partes6

Parte I 4a Jndoc!ina do século P, o amor por um tapeceiro !indu, arrebata o cora"ão de uma

$estal c!inesa, que foge do templo para desposa6lo. Ko entrela"amento dessas duas almasapaixonadas nasce uma crian"a. +m menino, cabelos negros como ébano, pele na cor docobre claro, ol!os a$eludados no tom do castan!o escuro, iluminados de ternura.

H espírito que ali reencarna$a, tra0ia gra$ada na memória espiritual a missão deestimular as almas dese*osas de con!ecer a $erdade. ;quela crian"a cresce demonstrandointelig%ncia fulgurante, fruto de experi%ncias adquiridas em encarna"(es anteriores.

Doi instrutor em um dos muitos santurios iniciticos na Qndia. Era muito inteligente edesencarnou bastante mo"o. < se !a$ia distinguido no século JI, tendo participado do cicloariano, nos acontecimentos que inspiraram o famoso poema !indu 'Ramaiana', Mneste poema! um casal, Rama e 7ita, que é símbolo inicitico de princípios masculino e femininoAunindo6se Rama e atis, 7ita ao in$erso, resulta Ramaatis, como realmente se pronuncia emJndoc!in%sO +m épico que conte todas as informa"(es dos Iedas que *untamente com os+panis!ades, foram as primeiras $o0es da filosofia e da religião do mundo terrestre, informaRamatis que após certa disciplina inicitica a que se submetera na c!ina, fundou um pequenotemplo inicitico nas terras sagradas da Qndia onde os antigos -a!atmas criaram um ambientede taman!a grande0a espiritual para seu po$o, que ainda !o*e, nen!um estrangeiro $isita

aquelas terras sem de l tra0er as mais profundas impress(es / cerca de sua atmosfera psíquica.

Doi adepto da tradi"ão de Rama, naquela época, cultuando os ensinamentos do 'Reinode Hsiris', o 7en!or da u0, na intelig%ncia das coisas di$inas. -ais tarde, no Espa"o, filiou6se definiti$amente a um grupo de trabal!adores espirituais cu*a insígnia, em linguagemocidental, era con!ecida sob a pitoresca denomina"ão de '#emplrios das cadeias do amor'.#rata6se de um agrupamento quase descon!ecido nas col&nias in$isí$eis do além, *unto aregião do Hcidente, onde se dedica a trabal!os profundamente ligados / psicologia Hriental.

Hs que l%em as mensagens de Ramatis e estão familiari0ados com o simbolismo do

Hriente, bem sabe o que representa o nome 'R;-;6#J7', ou '7;-J 7RJ R;-;6#S7',como era con!ecido nos santurios da época. N quase uma 'c!a$e', uma designa"ão de

1=

Page 11: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 11/104

!ierarquia ou dinastia espiritual, que explica o emprego de certas express(es que transcendemas próprias formas ob*eti$as. Rama o nome que se d a própria di$indade, o Criador cu*afor"a criadora emana A é um -antramB os princípios masculino e feminino contidos em todasas coisas e seres. ;o pronunciarmos seu nome Ramaatis como realmente se pronuncia,saudamos o Keus que se encontra no interior de cada ser.

Parte II

H templo por ele fundado foi erguido pelas mãos de seus primeiros discípulos. Cada pedra de al$enaria recebeu o toque magnético pessoal dos futuros iniciados. 4esse templo ele procurou aplicar a seus discípulos os con!ecimentos adquiridos em in)meras $idas anteriores.

 4a ;tlântida foi contemporâneo do espírito que mais tarde seria con!ecido como ;lanTardec e, na época, era profundamente dedicado / matemtica e /s c!amadas ci%ncias

 positi$as. 5osteriormente, em sua passagem pelo Egito, no templo do faraó -ernefta, fil!o deRamsés, te$e no$o encontro com Tardec, que era, então, o sacerdote ;menófis.

 4o período em que se encontra$a em ebuli"ão os princípios e teses esposados por 7ócrates, 5latão, Kiógenes e mais tarde cultuados por ;ntístenes, $i$eu este espírito na réciana figura de con!ecido mentor !el%nico, pregando entre discípulos ligados por grandeafinidade espiritual a imortalidade da alma, cu*a purifica"ão ocorreria atra$és de sucessi$asreencarna"(es. 7eus ensinamentos busca$am acentuar a consci%ncia do de$er, a auto reflexão,e mostra$am tend%ncias nítidas de espirituali0ar a $ida. 4esse con$ite a espirituali0a"ãoincluía6se no culti$o da m)sica, da matemtica e astronomia.

Cuidadosamente obser$ando o deslocamento dos astros conclui que uma Hrdem

7uperior domina o +ni$erso. -uitas foram suas encarna"(es, ele próprio afirma ser umn)mero sideral.

H templo que Ramatis fundou, foi erguido pelas mãos de seus primeiros discípulos eadmiradores. ;lguns deles estão atualmente reencarnados em nosso mundo, e *recon!eceram o antigo mestre atra$és desse toque misterioso, que não pode ser explicado nalinguagem !umana.

Embora tendo desencarnado ainda mo"o, Ramatis aliciou F3 discípulos que, noentanto, após o desaparecimento do mestre, não puderam manter6se a altura do padrãoinicitico original.

Eram adeptos pro$indos de di$ersas correntes religiosas e espiritualistas do Egito,Qndia, récia, C!ina e até mesmo da ;rbia. ;penas 1F conseguiram en$ergar a simbólica'#)nica ;0ul' e alcan"ar o )ltimo grau daquele ciclo inicitico.

Em meados da década de =, / exce"ão de 39 adeptos que esta$am no Espa"oMdesencarnadosO cooperando nos trabal!os da 'Draternidade da Cru0 e do #riângulo', orestante !a$ia se disseminado pelo nosso orbe, em $rias latitudes geogrficas. Kestes, 1Greencarnaram no rasil, 9 nas tr%s ;méricas Mdo 7ul, Central e do 4orteO, e os demais seespal!aram pela Europa e, principalmente, pela Usia.

11

Page 12: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 12/104

Em $irtude de estar a Europa atingindo o final de sua missão ci$ili0adora, alguns dosdiscípulos l reencarnados emigrarão para o rasil, em cu*o território 6 afirma Ramatis 6 seencarnarão os predecessores da generosa !umanidade do terceiro mil%nio.

; Draternidade da Cru0 e do #riângulo, foi resultado da fusão no século passado, na

região do Hriente, de duas importantes 'Draternidades' que opera$am do Espa"o em fa$or dos!abitantes da #erra. #rata6se da 'Draternidade da Cru0', com a"ão no Hcidente, di$ulgando osensinamentos de <esus, e da 'Draternidade do #riângulo', ligada / tradi"ão inicitica eespiritual do Hriente. ;pós a fusão destas duas Draternidades rancas, consolidaram6semel!or as características psicológicas e ob*eti$o dos seus trabal!adores espirituais, alterando6se a denomina"ão para 'Draternidade da Cru0 e do #riângulo' da qual Ramatis é um dosfundadores.

7uper$isiona di$ersas tarefas ligadas aos seus discípulos na -etrópole ;stral dorande Cora"ão. 7egundo informa"(es de seus psicógrafos, atualmente participa de umcolegiado no ;stral de -arte.

7eus membros, no Espa"o, usam $estes brancas, com cintos e emblemas de cor a0ulclaro es$erdeada. 7obre o peito tra0em delicada corrente como que confeccionada em finaouri$esaria, na qual se ostenta um triângulo de sua$e lils luminoso, emoldurando uma cru0lirial. N o símbolo que exalta, na figura da cru0 alabastrina, a obra sacrificial de <esus e, naefígie do triângulo, a mística oriental.

;sseguram6nos alguns mentores que todos os discípulos dessa Draternidade que seencontram reencarnados na #erra são profundamente de$otados /s duas correntesespiritualistasB a oriental e a ocidental. Cultuam tanto os ensinamentos de <esus, que foi o elodefiniti$o entre todos os instrutores terrqueos, tanto quanto os labores de ;nt)lio, deermés, de uda, assim como os esfor"os de Conf)cio e de ao6#seu. N esse um dos moti$os

 pelos quais a maioria dos simpati0antes de Ramatis, na #erra, embora profundamentede$otados / filosofia cristã, afei"oam6se, também, com profundo respeito, / correnteespiritualista do Hriente.

7oubemos que da fusão das duas 'Draternidades' reali0ada no espa"o, surgiramextraordinrios benefícios para a #erra. ;lguns mentores espirituais passaram, então, a atuar no Hcidente, incumbindo6se mesmo da orienta"ão de certos trabal!os espíritas, no campomedi)nico, enquanto que outros instrutores ocidentais passaram a atuar na Qndia, no Egito, naC!ina e em $rios agrupamentos que até agora eram exclusi$amente super$isionados pela

antiga Draternidade do #riângulo.

Parte III

Hs Espíritos orientais a*udam6nos em nossos trabal!os, ao mesmo tempo em que os danossa região interpenetram os agrupamentos doutrinrios do Hriente, do que resulta ampliar6se o sentimento de fraternidade entre Hriente e Hcidente, bem como aumentar6se aoportunidade de reencarna"(es entre espíritos amigos.

;ssim processa6se um salutar intercâmbio de idéias e perfeita identifica"ão desentimentos no mesmo labor espiritual, embora se diferenciem os conte)dos psicológicos de

cada !emisfério. Hs orientais são lunares, meditati$os, passi$os e desinteressados geralmente

13

Page 13: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 13/104

da fenomenologia exteriorA os ocidentais são dinâmicos, solarianos, ob*eti$os e estudiosos dosaspectos transitórios da forma e do mundo dos Espíritos.

Hs antigos fraternistas do '#riângulo' são exímios operadores com as 'correntesterap%uticas a0uis', que podem ser aplicadas como energia balsami0ante aos sofrimentos

 psíquicos, cruciais, das $ítimas de longas obsess(es. ;s emana"(es do a0ul claro, comnuan"as para o esmeralda, além do efeito balsami0ante, dissociam certos estigmas 'pré6reencarnatórios' e que se reprodu0em periodicamente nos $eículos etéricos. ;o mesmotempo, os fraternistas da 'Cru0', conforme nos informa Ramatis, preferem operar com ascorrentes alaran*adas, $i$as e claras, por $e0es mescladas do carmim puro, $isto que asconsideram mais positi$as na a"ão de ali$iar o sofrimento psíquico.

N de notar, entretanto, que, enquanto os técnicos ocidentais procuram eliminar de $e0a dor, os terapeutas orientais, mais afeitos / cren"a no fatalismo crmico, da psicologiaasitica, preferem exercer sobre os enfermos uma a"ão balsami0ante, apro$eitando osofrimento para a mais bre$e 'queima' do carma.

Eles sabem que a elimina"ão rpida da dor pode extinguir os efeitos, mas as causascontinuam gerando no$os padecimentos futuros. 5referem, então, regular o processo dosofrimento depurador, em lugar de sust6lo pro$isoriamente. 4o primeiro caso, esgota6se ocarma, embora demoradamenteA no segundo, a cura é um !iato, uma prorroga"ão crmica.

;pesar de ainda pol%micos, os ensinamentos deste grande espírito, despertam eele$am as criaturas dispostas a e$oluir espiritualmente. Ele fala cora*osamente a respeito demagia negra, seres e orbes extra6terrestres, mediunismo, $egetarianismo etc. Estas obras M15sicografadas pelo saudoso médium paranaense ercílio -aes Msabemos que 8 exemplaresnão foram encontrados depois do desencarne de ercílio... assim, se completaria 3@ obras deRamatísO e F psicografadas por ;mérica 5aolielloO t%m esclarecido muito os espíritos $idos

 pelo saber transcendental. ;queles que * possuem características uni$ersalistas, rapidamentese sensibili0am com a retórica ramatisiana.

5ara alguns iniciados, Ramatís se fa0 $er, tra*ado tal qual -estre Jndoc!in%s do séculoP, da seguinte forma, um tanto exóticaB

+ma capa de seda branca transl)cida, até os pés, aberta nas laterais, que l!e cobre umat)nica a*ustada por um cinto esmeraldino. ;s mangas são largasA as cal"as são a*ustadas nostorno0elos Msimilar /s dos esquiadoresO.

Hs sapatos são constituídos de uma matéria similar ao cetim, de uma cor a0ules$erdeado, amarrados com cord(es dourados, típicos dos gregos antigos.

 4a cabe"a um turbante que l!e cobre toda a cabe"a com uma esmeralda acima da testaornamentado por cord(es finos e coloridos, que l!e caem sobre os ombros, que representamantigas insígnias de ati$idades iniciticas, nas seguintes cores com os significados abaixoB

Carmim 6 H Raio do ;mor 

;marelo 6 H Raio da Iontade

Ierde 6 H Raio da 7abedoria

1:

Page 14: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 14/104

;0ul 6 H Raio da Religiosidade

ranco 6 H Raio da iberdade Reencarnatória

Esta é uma característica dos antigos lemurianos e atlantes. 7obre o peito, porta uma

corrente de pequenos elos dourados, sob o qual, pende um triângulo de sua$e lils luminosoemoldurando uma cru0 lirial. ; sua fisionomia é sempre terna e austera, com tra"os finos, comol!os ligeiramente repuxados e t%s morena.

-uitos $identes confundem Ramatís com a figura de seu tio e discípulo fiel que oacompan!a no espa"oA Du! 5lanu, este se mostra com o dorso nu, singelo turbante, cal"as esapatos como os anteriormente descritos. Espírito *o$em na figura !umana reencarnou6se norasil e $i$eu perto do litoral paranaense. Excelente repentista, filósofo sertane*o, $erdadeiro!omem de bem.

7egundo Ramatís, seus 1G remanescentes, se caracteri0am por serem uni$ersalistas,

anti6sectrios e simpati0antes de todas as correntes filosóficas e religiosas.

Kentre estes 1G remanescentes, um * desencarnou e reencarnou no$amenteB;tanagildoA outro, * desencarnado, muito contribuiu para obra ramati0iana no rasil 6 H 5rof.ercílio -aes, outro é Kemétrius, discípulo antigo de Ramatís e Kr. ;tmos, Mindu, guiaespiritual de ;57; e diretor geral de todos os grupos ligados / Draternidade da Cru0 e do#riânguloO c!efe espiritual da 7ER.

 4o templo que Ramatis fundou na Qndia, estes discípulos desen$ol$eram seuscon!ecimentos sobre magnetismo, astrologia, clari$id%ncia, psicometria, radiestesia eassuntos quirológicos aliados / fisiologia do 'duplo6etérico'.

Hs mais capacitados lograram %xito e poderes na esfera da fenomenologia medi)nica,dominando os fen&menos de le$ita"ão, ubiqVidade, $id%ncia e psicografia de mensagens queos instrutores en$ia$am para aquele cenculo de estudos espirituais. -as o principal 'toque

 pessoal' que Ramatis desen$ol$eu em seus discípulos, em $irtude de compromisso queassumira para com a fraternidade do #riângulo, foi o pendor uni$ersalista, a $oca"ão fraterna,crística, para com todos os esfor"os al!eios na esfera do espiritualismo.

Ele nos ad$erte sempre de que os seus íntimos e $erdadeiros admiradores são tambémincondicionalmente simpticos a todos os trabal!os das di$ersas correntes religiosas do

mundo. Re$elam6se libertos do exclusi$ismo doutrinrio ou de dogmatismos e de$otam6secom entusiasmo a qualquer trabal!o de unifica"ão espiritual.

H que menos os preocupa são as quest(es doutrinrias dos !omens, porque estãoimensamente interessados nos postulados crísticos.

1@

Page 15: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 15/104

<esus foi o espírito eleito para sacudir o pó das supersti"(es eesclarecer doutrinas que ainda sacrifica$am animais, e até seres !umanos,a um Keus cruel.

RAMAT7)8 O Sublime Peregrino

H ser$idor do 5ai, inspirado pelo Evan$elho, tanto admira a urtigaque fere quanto a $ioleta que perfumaA tanto tolera a serpente raste*ante,que atende ao sagrado direito de $i$er, quanto admira a andorin!a que cor6

ta os espa"os. 7abe que Keus não cometeu distra"(es na contextura dosmundosA que não criou 'coisas ruins ou impuras' e que não cabe ao!omem o direito de criticar supostos equí$ocos do 5ai2 H blsamo, queali$ia a dor, tem o seu correspondente no cido, que cauteri0a a gangrena.Eis por que não podemos nos tingir a um sistema )nico de comunica"(esmedi)nicas, de modo a $os entregarmos mensagens confeccionadasespecialmente para o cabide do $osso comodismo mental. 4ão de$eis criar a separa"ão, exigindo prefer%ncia exclusi$a para o que $os é simptico,

 pois, não existindo coisa alguma absolutamente impura, / medida querealmente e$oluirdes, descobrireis os $alores que se ac!am ocultos nascoisas consideradas in)teis ou danin!as.

RAMAT7)8 Mensagens do Astral 

 4ão ten!ais medo2 Eu $enci o mundo.Jde por todo o mundo, pregai o E$angel!o a todas as criaturas.Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos,

expulsai os dem&nios. Ke gra"a recebestes, de gra"a daí.Jde, pois, fa0er discípulos entre todas as na"(es.

9E)U)

1

Page 16: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 16/104

Hs espíritos que atuam na umbanda c!amam osseus médiuns de cavalos, porque exigem deles abdica"ãode personalismo, temperamento, cultura, linguagemcorreta e preocupa"ão com a oratória. H médium deterreiro, como o ca$alo domesticado, de$e ser dócil esubmisso / $ontade do seu dono, sem protesto e semnega"as. Embora se*a culto ou um bom orador, falaarre$esado e limita6se / filosofia doméstica, mi)da e

 popular dos pretos $el!os. -algrado o seu prestígio nomundo profano, o curso acad%mico ou a gradua"ão

superior, ! de ser !umilde, comunicati$o e tolerante,capa0 de atender seriamente /s solicita"(es...

RAMAT7)8 A Missão do Espiritismo

19

Page 17: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 17/104

 4ão ! como unir a !umanidade numa )nica fé. 7eas estrelas do +ni$erso, que são cria"(es de Keus, sãotodas diferentes, tal como ocorre com os !omens, é

 prudente nos acostumarmos com o fato de que o Criador se manifesta igualmente em muitas e di$ersas formas, eque em nen!uma Ele se encontra ausente. 5erceber Keusno outro é sentir Keus em si mesmo. < enxergar Keus nareligião do outro, é como estar montado num possanteca$alo branco e, das calmas pradarias, ol!ar as estrelasnuma linda noite de lua c!eia e sentir6se parte da Cria"ão

di$ina. 0A(O0/O &ENTANIA

 

1F

Page 18: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 18/104

)"m-rio

Pa$aras do médi"m' :;

Pre<mb"$o de Ramatís' ==

I' As experi>ncias psí?"icas an@ma$as no cotidiano dosTerreiros' =

II' Motios da reBei*!o +s re$igiCes de transes mediúnicos?"e $eam a estados a$terados de consci>ncia' 5

III' Afina$8 ainda precisamos dos rit"ais F

I&' As fa$anges ?"e operam em traba$%os %erGicos eexcepcionais no baixo Astra$' A reencarna*!o de

espíritos benfeitores'Preto e$%o ascensionado' H=

&' A %ora apoca$íptica a seg"nda inda do 0risto'Reencarna*!o dos Mestres da /"# e Instr"tores da%"manidade J espíritos cristificados'

&I' O %erGi sidera$ do terceiro mi$>nio' ;:

&II' Acordando no %ospita$ da metrGpo$e do Krande0ora*!odesencarne com assist>ncia espirit"a$' ;=

&III' Aspectos gerais da metrGpo$e do Krande 0ora*!o' :LL

1G

Page 19: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 19/104

Pa$aras do médi"m

Pre#ados irm!os

Este singelo li$ro . composto por uma série de artigos, seguidos de perguntas erespostas complementares. N como se o médium 'escre$esse' os artigos e depois o mestre$iesse esclarecer o conte)do atra$és de um dilogo fraternoB uma maneira didtica de atingir omel!or ní$el de compreensão possí$el por parte dos leitores.

Como $i$encio intensamente a mediunidade de terreiro nesta atual encarna"ão, *ulgoimportante compartil!ar experi%ncias enriquecedoras com o leitor. Kesse modo, come"ocomentando que, embora ainda não !a*a consenso quanto / ritualística dentro da umbanda, asdi$ersas matri0es que a comp(em possuem uma mesma ess%ncia espiritual. 5ara simplificar,

seria como ocorre com os instrumentos musicais de uma orquestraB cada um possui um acordeespecífico, em que *untos comp(em a sinfonia final.

 4os terreiros sérios e comprometidos com a caridade, essas raí0es sãoininterruptamente reinterpretadas, *ustamente porque a umbanda não possui uma codifica"ão.

 4o entanto, quando confrontadas, não apresentam quaisquer incoer%ncias, pois os símbolosmíticos que gan!aram 'no$os' significados mant%m6se com o sentido esotérico original, quesegue a mximaB ';mai6$os uns aos outros', conforme enunciou o Caboclo das 7eteEncru0il!adas, ao fundar a umbanda e descre$er as normas do culto nascente. ;pesar disso,muitos conflitos ocorrem entre os adeptos umbandistas, pois cada um puxa a brasa para o seulado, em fun"ão da profusão excessi$a de elementos utili0ados nos ritos, que podem ser originrios de fundamentos contrrios aos ditados pelo fundador da umbanda.

Jncontesta$elmente foi o Caboclo das 7ete Encru0il!adas a entidade missionria queelencou os fundamentos bsicos da umbandaB não sacrificar animaisA não cobrarA usar a roupa

 brancaA ter o E$angel!o de <esus como roteiro maiorA aprender com os espíritos que souberemmais, ensinando aos que souberem menosA e praticar a caridade, todos de mãos dadas. #udomais são elementos de rito que foram sendo incorporados com o crescimento do n)mero deterreiros, tra0endo em seu bo*o no$os simbolismos relacionados com esta ou aquela outradoutrina de origem di$ersa, mas que não contradi0em os fundamentos esquemati0ados noEspa"o, dos quais Minsisto em registrarO o insigne Caboclo foi o porta $o0 do nascimento da

umbanda entre os !omens, pelo canal da mediunidade.; umbanda é uma $i$%ncia ritualista, o que não a diminui diante das outras formas

organi0adas de doutrina que se baseiam em roteiros e diretri0es de trabal!o, embora recon!e6"amos que a $erdadeira espirituali0a"ão ocorre no íntimo de cada ser e não com a meraaplica"ão de fórmulas exteriores. 4os dias de !o*e, * ! compro$a"(es pela medicina, especi6ficamente atra$és da psiquiatria, que mostram que os rituais religiosos medi)nicos estãoin$aria$elmente associados a benefícios / sa)de.

Hs rituais p)blicos, como as sess(es de caridade umbandistas para a assist%ncia, e pri$ados Minicia"(es internas e sess(es de desen$ol$imento medi)nicoO, são métodos pode6

rosos para manter a sa)de mental e pre$enir o início ou a progressão de dist)rbios psicológicos, auxiliando as pessoas a enfrentar o terror, a ansiedade, o medo, a culpa, a rai$a,

18

Page 20: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 20/104

a frustra"ão, a incerte0a, os traumas e a aliena"ãoA enfim, a lidar com emo"(es e amea"as deorigens di$ersas, oferecendo um mecanismo de apoio que as distancia desses desequilíbriosou ensina a con$i$er mel!or com os problemas da $ida. H resultado é que a tensão pessoal oudo grupo acalma, a agressi$idade diminui, a solidão, o sentimento de inferioridade e adepressão ameni0am, a sensa"ão de não se ter saída para detrminado problema se extingue.

-as, em decorr%ncia de nosso indi$idualismo primrio, a falta de freqV%ncia a umareligião, ou a sensa"ão do não6per6tencimento a uma comunidade religiosa, ainda nos pri$ados benefícios produ0idos pelos rituais, que se tornam alternati$as para a sa)de psicológica,

 pois incorporam cogni"(es, filia"ão grupai, a"ão lit)rgica coleti$a e catarses indi$iduais,como por exemplo as c!amadas 'incorpora"(es' dos terreiros Mestados alterados deconsci%nciaO de entidades espirituais.

Hs usos e costumes cerimoniais dos terreiros umbandistas utili0am6se de sugest(esMsons, gestos, c!eiros e coresO, adesão / comunidade e participa"ão dinâmica de grupo,despertamento das emo"(es, libera"ão de sentimentos negati$os e reintegra"ão emocional,

criando sensa"ão de pa0, dire"ão e controle do próprio psiquismo, uma $e0 que os assistentes participam de ambientes carregados de emo"ão positi$a e encontram camin!os para 'escape', purifica"ão, catarse e alcance do poder de reali0a"ão pessoal ou fortalecimento da $ontade.

Ii$enciar a umbanda tem grande $alia para as catarses dos adeptos, com redu"ão deansiedades, fobias, recalques e situa"(es psicológicas estressantes. 4otadamente as expe6ri%ncias iniciticas internas, atra$és do apoio $ibratório das abnegadas entidades espirituais edos efl)$ios di$inos dos orixs, permitem o recon!ecimento e instala"ão do alí$io emocionalem um ambiente controlado e adequado aos cerimoniais indutores de estados alterados deconsci%ncia Mexperi%ncias místicas medi)nicasO, com limites precisos para express6lasadequadamente, dando seguran"a e sentimento de integra"ão ao grupo para os participantes.

Essa libera"ão de sentimentos re$erte a repressão que doutrinas castradoras imp(em /scriaturas, impedindo a naturalidade do mo$imento do corpo. ;final, o indi$íduo nunca é, enão pode ser, só mental. H ritual enga*a o participante em comportamentos que refor"am aconexão com o di$ino, o sagrado e o sobrenatural do mundo dos espíritos que amparam umacomunidade religiosa de umbanda. N o sentimento de per tencer a uma egrégora ou correntemedi)nica que facilita a resposta catrtica, atra$és da qual as emo"(es e ritmos corporaisreprimidos são permitidos e podem ser tra0idos / manifesta"ão pela consci%ncia alterada,expressando6se naturalmente e sem preconceitosB o brado do caboclo, a dan"a do orix, a

 ben0edu6ra do preto $el!o, a alegria da crian"a, a gargal!ada do exu...

;o psicodigitar as lin!as que comp(em este guia de estudos afloraram em meu psiquismolembran"as de um passado muito remoto. 5or ser um espírito 'rebelde', e instinti$amente ainda

 primrio ante /s leis cósmicas, fui tra0ido de outro orbe como um exilado em retifica"ão. 4ão!a$endo coincid%ncias $ãs na mediunidade, desde os primeiros anos de $ida, nesta atualencarna"ão, enxerga$a um triângulo esmeraldino a me proteger, en$ol$endo6me, o que seintensificou nos trabal!os prticos caritati$os medi)nicos.

 4ão por acaso, fa0 alguns anos, 'lembrei6me' repentinamente que fa0ia parte de umagrupamento que no Espa"o compun!a uma confraria orientalista denominada Draternidade do#riângulo, dado a nossa índole psíquica ligada / magia e mo$imenta"ão mental do fluidocósmico, que con!ecíamos de eras remotas como 'energia $ril'. -as contrariamos gra$emente os

ditames de equilíbrio da ei Ki$ina ;umpram. E, sendo consci%ncias fracassadas sentenciadas /retifica"ão na #erra, atra$és da intercessão e amparo do amoroso mentor Ramatís, foi6nos

3=

Page 21: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 21/104

esquemati0ado amplo pro*eto de $ida entre as reencarna"(es sucessi$as, para que conseguíssemosnos reabilitar com nossos pesados débitos.

-uitos de nós Mno que me incluoO estão reencarnados com a concessão da mediunidade,em )ltima instância de oportunidade intercessora a nosso fa$or, a fim de não fal!armos

no$amente e sermos mais uma $e0 'remo$idos' para outro orbe inferior / #erra, dado que esteque nos abriga mudar de classifica"ão de mundo de 'pro$as e expia"(es' para mundode'regenera"ão'.

7e cairmos no$amente, quem nos acompan!ar desta $e0W Resposta emblemtica podemos encontrar na !istória do preto $el!o Rei Congo, que em $e0 de ascensionar optou,amorosamente, por tutelar um agrupamento de médiuns fracassados, 'caídos' para um orbe mais

 baixo na escada e$oluti$a. Kessa feita, no entanto, nosso incans$el e amoroso tutor não nosacompan!ar. 5or compromissos assumidos diretamente com <esus, Ramatís reencarnar emnosso planeta,1  participando diretamente do grande plano para 'sal$a"ão' da !umanidadeesquemati0ado pelo o$erno Hculto do #erra, assim como c!egam / #erra, neste momento da

consci%ncia coleti$a, espíritos das estrelas, cidadãos cósmicos e irmãos galcticos mais $el!os, para assumir importantes postos de ser$i"o no lugar dos -estres da u0 que reencarnarão.

5a0, for"a e união2

 4orberto 5eixoto

MlO Esta informa"ão foi re$elada por Ramatís ao médium ercflio -ães, no ano de 189. Iidedetal!es na obra Simplesmente erc"lio, do autor -auro -ães Mcapítulo 18, pgina GGO, EKJ#HR;KH CH4ECJ-E4#H..

31

Page 22: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 22/104

Pre<mb"$o de Ramatís

Keus é )nico, apesar de todos os rituais, normas, procedimentos e cerimoniaisinstituídos pelas di$ersas doutrinas espiritualistas. E não 7e modifica somente porque os!omens H imaginam desta ou daquela maneira, aqui ou ali, pois as formas de conceb%6o emli$ros 'sagrados' nada mais são que o *ugo sufocante da intelectualidade expressando6se sobaspectos pessoais limitados / transitoriedade da exist%ncia carnal. ; $erdadeira realidade nãoé fruto de tradi"(es e costumes admissí$eis / compreensão !umana de uma época em

 particular, mas exatamente o contrrio, do mesmo modo como uma carro"a não se p(e /frente dos bois.

Reflitamos que Keus é Keus, em todas as localidades cósmicas, quer represente o<eo$ sentencioso dos *udeus, o #upã dos sil$ícolas guaranis e tupinambs brasileiros, ora!ma dos !induístas, o 7ucellus dos celtas, o rande ;rquiteto do +ni$erso dos ma"ons, o

$el!o cansado dos céus católicos, o Xambi ou Hludumaré dos africanos, o R dos egípcios, oEterno ;bsoluto dos ocultistas, a ei Eterna para os iniciados cabalistas, a 7uprema ei dosespíritas ou o Hxal dos umbandistas. H que importa é que Ele se*a percebido conforme acapacidade de entendimento de cada po$o, cultura, religião, etnia ou na"ão.

7endo um Keus )nico, mantenedor do +ni$erso, os conflitos ocorrem quandodiferentes religi(es imp(e, reciprocamente, partes percebidas do Criador, como $erdadeabsoluta para as demais. -esmo o ateu, respeitoso com a fé al!eia e que desacredita de umKeus das religi(es terrenas, tem64o dentro de si em estado latente, e muitas $e0es até mais doque os sacerdotes fanticos das portentosas catedrais da atualidade.

Hs espíritos mandatrios da umbanda atuantes no Espa"o entendem perfeitamente anecessidade das experi%ncias e conclus(es de cada cidadão, obtidas pelo intercâmbio'psicofísico' com o mundo oculto, sob os auspícios da mediunidade de terreiro.radati$amente, os !omens se apercebem da Jntelig%ncia 7uprema causadora e disciplinadorade todos os fen&menos imagin$eis, fonte sublime e infinitamente amorosa e sbia que cria,criou e continuar criando e go$ernando o +ni$erso.

;ntigamente, as leis di$inas eram compreendidas rudemente pela intimidade instinti$adas criaturas. 5or isso, os 'deuses' eram percebidos como ei$ados de ira, sen!ores doselementos da nature0a, entre raios, tro$(es, tempestades rai$osas, sedentos de sacrifícios, e aeles deposita$am6se oferendas di$ersas em troca de suas ddi$as. o*e, são representados

 pela sabedoria das entidades da umbanda, que reinterpretam / lu0 do E$angel!o tradi"(es do passado e seus fundamentos de 'orixs' puniti$os, de $el!os !omens das tribos, amedronta6dos, querendo agradar as di$indades. Da0em relu0ir no campo mental o con!ecimento de quesem mudan"a interior não existe mais propósito para obriga"(es e puni"(es exteriores,ordenadas por 'di$indades' sdicas que relembram lendas sentenciosas baseadas em mitosque contrariam a ei Cósmica que estabelece a flexibilidade libertadora da semeadum livre,

no presente, para a colheita ori$atória, no futuro.

H momento atual exige união de todos os adeptos espiritualistas encarnados. Estamos *unto de $ós num esfor"o planetrio )nico, alme*ando a mudan"a da consci%ncia coleti$aencarnada em di$ersas localidades. Jndependentemente dos rótulos terrenos, somente oexercício do amor minimi0ar arestas ainda existentes entre $ós, escoimando as diferen"as de

33

Page 23: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 23/104

embalagens religiosas e doutrinrias que exaltam a forma separatista em detrimento daess%ncia, que é a união fraternal crística.

Kese*amos aos espiritualistas uni$ersalistas que lerem estas letras, organi0adas com otítulo  Mediunidade de Terreiro, contendo diretri0es esclarecedoras de acordo com as leis

uni$ersais 'escritas' por <esus, em seu E$angel!o redentor, uma compreensão mais dilatadada dinâmica umbandista que, embora não codificada, est unida pela semel!an"a de con!eci6mentos disseminados no interior de seus terreiros.

;os umbandistas, sugerimos uma profunda reflexão a respeito da forma como se de$ecultuar o sagrado dentro dos terreiros, não de$endo ser este um moti$o para separatismos,contendas ou qui0ilas entre os adeptos, pois a unidade na umbanda se dar pelos estudoscontinuados, aliando6se a tradi"ão da oralidade interna aos comp%ndios, a fim de compre6ender6se a dinâmica dos tempos atuais, em que as diferen"as de$em unir a todos num mesmo

 propósito, que é o trabal!o caritati$o e$angeli0ador, conforme nos afirmou <esusB '-eu 5aitrabal!a até agora, e eu trabal!o também'.

-uita pa0, muita u02

Ramatís

3:

Page 24: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 24/104

I

As experi>ncias psí?"icas an@ma$as

no cotidiano dos terreiros

As coisas ?"e o o$%o n!o i"8 e o o"ido n!o o"i"8 e n!os"biram ao cora*!o do %omem8 s!o as ?"e De"s preparo"para os ?"e O amam' Mas De"s no$as ree$o" pe$o se"Espírito8 por?"e o Espírito penetra todas as coisas8 ainda asprof"nde#as de De"s'

PAU/O DE TAR)O 40oríntios8 =;:L6

;s experi%ncias an&malas fa0em parte da istória da !umanidade, em praticamentetodas as culturas da face da #erra. H ad*eti$o 'an&malas' é deri$ado do grego an/malos, quesignifica irregular, diferente, desigual, em contraste com omalos, que significa o mesmo oucomum. Então, para efeito de estudo, definimos como an&mala uma experi%ncia incomum 6 oque não quer di0er anormal 6, $i$enciada num grupo de pessoas sensiti$as, ou médiuns,

 passí$el de obser$a"ão sistemati0ada num terreiro de umbanda, que não se classifica comoexperi%ncia passí$el de explica"ão pelos meios acad%micos e científicos comumente aceitos.;ssim sendo, est claro que, com essa )ltima acep"ão, entende6se como uma experi%ncia

 psíquica an&mala aquilo que não se enquadra no paradigma científico, e portanto não significanecessariamente algo patológico.

H ob*eti$o desta obra é organi0ar uma narrati$a casuística com embasamento teórico,fruto do estudo e da $i$%ncia do médium escre$ente, a fim de propiciar uma mel!or compreensão do $asto campo de fen&menos an&malos, ou extra6sensório6motores, tais comosensa"(es e percep"(es além dos sentidos ordinrios do corpo físico e da consci%ncia, emestado de $igília, que extrapolam os limites con$encionais de espa"o e tempo, $i$enciadasnum terreiro de umbanda, e que fa0em parte de métodos ritualísticos controladores e indutoresdos estados alterados de consci%ncia.

Iale ressaltar que os relatos aqui publicados refletem um ol!ar 'de dentro para fora'do terreiro, numa parceria entre o sensiti$o, o espírito orientador da obra Mno caso, RamatísO, e

alguns trabal!adores do plano extrafísico, ao contrrio do que ocorre com muitos estudiososespiritualistas e acad%micos das ci%ncias psicológicas e teológicas, que estudam as religi(esde transe obser$ando6as 'de fora para dentro', carecendo de focar a $i$%ncia intuiti$aextrassensorial em si mesmos.

N para ser$ir de guia de estudos a muitos que $i$enciam sua mediunidade nosterreiros, e não encontram respostas satisfatórias para compreender o que acontece em seumundo íntimo, que esta obra se presta. N importante esclarecer que as experi%ncias an&malas,ou extra6sensório6motoras, fa0em parte integrante da potencialidade dos seres !umanos,mesmo que ao longo da istória se ten!a tentado abafar, e até calar definiti$amente, essesrelatos. -uitos que tentaram di$ulg6los foram enclausurados em monastérios e con$entos.

;té mesmo alguns santos foram seguidamente molestados pelos inquisidores, que não

3@

Page 25: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 25/104

encontra$am respostas satisfatórias num campo fenomenológico ei$ado de preconceitos, emque persistia a tentati$a de demoni0a"ão.

Kentre as experi%ncias an&malas relatadas no decorrer da istória da !umanidade, eque são sub*acentes /s $i$%ncias anímico6medi)nicas de terreiro, destacam6se as ocorridas

fora do corpo físico, ou se*a, quando a pessoa sente sua consci%ncia além do corpo de matéria,fen&meno que é con!ecido no meio espírita como desdobramento ou desprendimentoespiritual. 4esse estado, a pessoa obser$a6se como se esti$esse ao lado da cama, ou acima'flutuando', ou, no caso específico das $i$%ncias catrticas medi)nicas controladas por métodos indutores, como ocorre na umbanda, $%6se pro*etada fora do corpo ao lado docaboclo, do preto $el!o, do exu ou de outro espírito falangeiro, o que é popularmentec!amado de '$iagem astral'. 4essas condi"(es, o médium pode deslocar6se em trabal!o paralocais do mundo !iperfísico, em outras dimens(es $ibratórias, em que o espa"o6tempo temescalas diferentes do plano da matéria densa, condu0ido e amparado por essas entidades.

Kesse modo, é comum ocorrerem insi$hts sob forma de lembran"as de $idas passadas,

durante as $i$%ncias rituais de terreiro, principalmente no início da educa"ão do médiumsensiti$o, podendo acontecer concomitantemente a outras experi%ncias an&malas. Essasmemórias $%m / tona desde o inconsciente, estabelecendo6se na rea cerebral dos registros dememória em forma de pequenos estímulos neuronais sinp6ticos, que são pequenos circuitoselétricos, fa0endo com que o cérebro físico as 'recon!e"a', emergindo em seguida para aconsci%ncia Mou estado de $igíliaO na forma de lembran"as ou nítidas impress(es de ter sidooutra pessoa, em outra época, ou em tempos remotos.

Hb$iamente que as percep"(es ad$indas dessa experi%ncia diferem da identidade atualda pessoa e acabam somando6se a ela, como potencialidade psíquica que se !armoni0a e seintegra / sua consci%ncia. -uitas $e0es, existem graus di$ersos de parentesco com asentidades espirituais, numa lin!a de ances6tralidade muito antiga, tendo sido pais, mães, fil!ose fil!as uns dos outros, o que desperta intensa e profunda emo"ão.

Existem ainda experi%ncias símiles, como as de quase6morte, relatadas pelos médiunsde terreiro. Essas $i$%ncias são de forte apelo transcendental medi)nico e ocorrem emsitua"(es6limite que en$ol$em um grande e iminente perigo físico ou emocional para oindi$íduo, como por exemploB ao sair de uma festa, uma médium te$e uma forte sensa"ão deque recebia um tiro no peitoA a cabe"a tonteou e caiu ao c!ão. Iiu6se fora do corpo, como seti$esse morrido, e neste momento uma entidade que se identificou como exu -eia64oite,a$isou que, se não ti$esse feito isso, ela seria assaltada na esquina próxima e um dos

assaltantes l!e daria um tiro no peito, casao reagisse ao assalto. Como não era a '!ora' dedesencarnar, ele p&de atuar protegendo6a e e$itando danos imerecidos, * que ela esta$a sendoal$o de um forte assédio de espíritos malfeitores.

;o 'acordar' do desmaio, ainda aturdida e assustada, ou$iu um estampido de tiros naesquina, de onde dois assaltantes saíam correndo de moto, deixando uma mul!er ferida comum tiro na perna. Deli0mente não !ou$e $ítima fatal, mas ficou a li"ão do amparo emisericórdia di$inos, dentro da lei de merecimento, pela qual somos bafe*ados quandoestamos exercitando a mediunidade caritati$a em fa$or dos nossos semel!antes, numacomunidade religiosa que ob*eti$a auxiliar os que a procuram.

Hutro caso emblemtico foi o de um médium que esta$a para $ia*ar ao interior e $iu6se fora do corpo, numa espécie de son!o $i$ido e l)cido, dentro do &nibus que caía de uma

3

Page 26: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 26/104

 ponte, numa gritaria infernal. Kurante a catarse e sensa"ão de quase6morte, ele escutou a $o0do 'seu' caboclo 5edra Roxa, que l!e disse para não $ia*ar naquele dia. H médium entãotrocou a passagem para o dia seguinte. Realmente o acidente aconteceu como tin!a sidoa$isado, !a$endo $rios mortos noticiados na imprensa.

Existem ainda as experi%ncias de curas an&malas de doen"as, cu*a explica"ão não pode ser encontrada do ponto de $ista científico tradicional, como o caso de uma médium queesta$a afastada das lides de terreiro e rapidamente contraiu uma séria metstase no pâncreas.;o fa0er os exames médicos, $erificou66se um tumor do taman!o de uma ameixa. ;ntes decome"ar a radioterapia e o tratamento medicamentoso aloptico, retornou /s ati$idades doterreiro, muito tensa e preocupada. Kurante a $i$%ncia ritual propiciadora do estado alteradode consci%ncia, foi tomada por outra consci%ncia extrafísica, fa0endo6a agir e mo$imentar6secomo o Caboclo #up?namb. ; entidade pediu uma mac!adin!a, símbolo do orix Pang&, e,dan"ando como um portentoso pa*é, 'cortou' o ar na altura correspondente ao órgão afetadodo corpo físico da médium. ;o terminar o gestual ritualístico, mandou que dissessem a suamédium que ela !a$ia encarnado com uma sensibili0a"ão nos c!acras para ser 'ca$alo' de

terreiro, e que não podia ficar sem a tarefa medi)nica. ;$isou então que era a )ltima $e0 que aa*uda$a, pois não tin!a mais como interceder a seu fa$or, se ela não $oltasse / prtica dacaridade. Kespedindo6se, deixou recado de que os exames médicos não mais acusariam amoléstia. Ke forma incrí$el para os incrédulos, a médium fe0 no$os exames e o tumor !a$iadesaparecido, ficando uma t%nue cicatri0 onde antes !a$ia a lesão. H médico perguntouquando e quem !a$ia feito a cirurgia, e, ao responder que tin!a sido o 'seu' caboclo, o casofoi sumariamente encerrado sem explica"ão.

 4aturalmente, com o tempo, o médium de terreiro tendo regularidade nos rituaiselaborados para a indu"ão ao transe medi)nico, com seus sons, c!eiros, cores e ritmos

 peculiares, $i$enciar experi%ncias místicas transcendentais que l!e farão aflorar umsentimento intuiti$o do +ni$erso e de unidade com o Cosmo, le$ando6o muitas $e0es a ter 

 percep"ão de um passado remoto, como se uma lin!a de ancestralidade o fi0esse retornar aoseio de um grupo de seres angelicais, o que explica a origem $erdadeira da religião, que éfa0er a religa"ão com o Criador dentro de 7ua criatura.

Entremeando essas experi%ncias, que são 'secundrias' aos estados alterados deconsci%ncia Ma c!amada mecânica de 'incorpora"ão'O, em que o sensiti$o cede passi$amenteseu mental ao espírito comunicante, temos as percep"(es sinestési6cas, que são como ol!ar 

 para algo ou escutar o depoimento de um consulente durante o aconsel!amento espiritual e perceber esse algo ou esse depoimento em termos de paladar, olfato, cores e sons, estímulos

 psíquicos que podem $ir acompan!ados de fortes emo"(es negati$as, como rai$a, triste0a,ang)stia, $ontade de c!orar, ou positi$as, como bem6estar, alegria, le$e0a, amor, entre outrassensa"(es.

Certa $e0, atendemos um consulente que tin!a sofrido um inc%ndio em sua casa e,durante seu relato, sentimos c!eiro de plstico queimado, escutamos o crepitar das c!amas e ocalor nos fe0 suar como se esti$éssemos dentro da cena descrita. Hutras $e0es, ao darmos um

 passe, feriu6nos as narinas o odor do duplo6etérico do atendido, oriundo de suas emana"(esfluídi6cas, que são imperceptí$eis em estado ordinrio de consci%ncia. ocasi(es, durante osritos de lou$a"ão aos orixs, em que escutando as cantigas que tra0em pala$ras que nos'encantam' e nos indu0em a criar imagens mentais, $isuali0amo6nos numa mata, numa beira

de cac!oeira ou em lindos *ardins floridos,  'catarses' que são acompan!adas de c!eiro demato, pssaros cantando, barul!o de gua rolando nas pedras, e por $e0es $emos animais

39

Page 27: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 27/104

como guias, on"as, papagaios, lobos, b)falos, que, em $erdade, são símbolos indu0idos pelosrituais, ligados a nossa ancestralidade xamânica, que afloram do inconsciente.

 4ão temos relatos de experi%ncias an&malas ou místicas acompan!adas de saídas docorpo com abdu"ão por seres alienígenas, atra$és da mediunidade ou de $i$%ncias psíquicasnos terreiros. Entendemos por abdu"ão o processo de ter sido secretamente le$ado 6 ainda que

contra a $ontade 6 por seres extraterrestres a supostas na$es espaciais. #oda$ia, não sãoincomuns os relatos de $id%ncia de $imanas Mespécie de na$es espaciaisO que se 'acostam' próximo ao espa"o do terreiro no início dos trabal!os, e ao final le$antam $&o. ;s entidadesse apresentam na forma perispiritual de caboclos, ciganos, pretos $el!os... e, ao término dasati$idades, assumem outra configura"ão astral e retornam para essas na$es. ;creditamos quesão consci%ncias que $i$em no espa"o !iperfísico, possi$elmente !abitando o nosso planetaem outras dimens(es $ibratórias, assim como certas entidades desses haitais são irmãoscósmicos oriundos de orbes distantes que estão aqui para nos auxiliar.

Certa feita, eu mesmo, o médium escre$ente, ti$e uma experi%ncia inusitadaB sentindo6me enfraquecido, me le$aram em desdobramento espiritual ao interior de uma na$e espacial

 para ser atendido pelo irmão Ramatís, num processo magnético de recomposi"ão do meutecido perispiritual que esta$a com alguns pontos danificados, em $irtude do intenso trabal!omedi)nico com espíritos sofredores. Hb$iamente, essa experi%ncia an&mala se deu com o meuconsentimento. 4esse e$ento, Ramatís se apresentou numa forma astral muito alta, cor de

 *ambo, cabelos lisos e compridos, sua configura"ão original de 7írius. 7em d)$ida queexistem muitas moradas na casa do 5ai e estamos apenas recém6come"ando a des$endar esses'mistérios' da Cria"ão.

Jmportante salientar que essas experi%ncias não se restringem ao aspecto meramente pessoal, extrapolando o mundo íntimo de quem as $i$%ncia muito além das rela"(es sociaisdos terreiros. +rge o con!ecimento mais profundo da nossa potencialidade psíquica, comfundamento e arguto senso de obser$a"ão dos dirigentes e médiuns da umbanda, para que

 possamos estabelecer uma diferencia"ão segura entre o patológico e o an&malo. ; inten"ão deRamatís sugerindo, apoiando e coordenando este singelo li$ro é para que sir$a de um guia deestudos e possamos minorar o problema do preconceito e da ignorância acerca do assunto,notadamente de outras confiss(es religiosas e que, lamenta$elmente, também se $erifica nointerior da própria umbanda e de muitos terreiros incipientes, dominados pela fascina"ãocoleti$a, fé cega e obriga"(es sub*ugadoras, sem sentido / lu0 de nossa potencialidadecrística.

N impens$el que um dirigente espiritual não saiba como lidar com essas quest(es,

taxando muitas $e0es os médiuns de impressionados ou, o que é pior, incenti$ando afascina"ão e o deslumbramento, pelo domínio de entidades das #re$as que só oferecemsubsídio para que a associa"ão, com cren"as e atitudes de submissão, adora"ão ao ego dosacerdote e engran6decimento de sua $aidade, nublem o discernimento quanto /s experi%nciasan&malas que acompan!am todos os médiuns, em maior ou menor grau de fenomenologia,independentemente de cren"as pessoais e rituais religiosos.

;lém desses aspectos, é um desafio constante aos 0eladores de terreiro a in$estiga"ãosistemtica, dada a complexidade dos fen&menos e a falta de autocon!ecimento e estudo por grande parte dos médiuns. Ke$e6se estimular o estudo, amparado por um trabal!oin$estigati$o constante, e adotar um ol!ar amoroso e disciplinador em rela"ão /s experi%ncias

 psíquicas an&malas, correlatas e sub*acentes ao exercício da mediunidade no terreiro,independentemente de diferen"as rituais que possam !a$er entre uma agremia"ão e outra, *

3F

Page 28: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 28/104

que os relatos se repetem, se*am quais forem os ritos que organi0am e estruturam o método deindu"ão aos estados alterados de consci%ncia M'possessão' medi)nica no interior dosterreirosO.

Esc$arecimentos de Ramatís

PERKUNTA J  A mediunidade de "incorporação" é algoultrapassado nas religiões? Insistirmos nessa orma de  mediunismo é "escra!iar#nos" a uma excessi!a depend$ncia dos esp%ritos& e deles para comseus médiuns?

RAMAT7) J  ; manifesta"ão da consci%ncia do espírito superior é mais real e perene quando se d nos planos superiores, contrariamente a do corpo físico que se expressana ilusão da terceira dimensão. Luando encarnado, o ser se $este com a mscara da

 personalidade transitória 'cobrindo' a $erdadeira reali0ade, que é pré6existente. #udo que é pensado registra6se na tela etérica da -ente +ni$ersal, por toda a eternidade, e dia c!egar emque a consci%ncia indi$idual estar em unidade com a Consci%ncia Cósmica do Criador,acessando o seu $erdadeiro Eu. ;ssim, est claro que a $ida do espírito é mais original edefiniti$a nos planos libertos da materialidade densa, como o dos corpos físicos !umanos.#oda$ia, mesmo do 'lado de c', precisamos muitas $e0es de um intermedirio, umaconsci%ncia de escol que 'des"a' das dimens(es superiores onde !abitam os -aiorais, paraque possamos nos comunicar com as esferas crísticas onde 'mora' <esus.

;ssim como é em cima, é em baixo. -o$imentamos for"as em todos os planos de$ida, desde a mais sutil $ibra"ão de onda do reino beatífico, ou de %xtase espiritual, até acompacta"ão energética dos mundos físicos mais inferiores, como o microbia6no, no interior de $ossos organismos. Kesse modo, precisamos dos medianeiros para que possamos nostornar perceptí$eis aos sentidos dos encarnados. 4o descenso $ibratório que nos impo6mos,quanto mais compactos $ibratoriamente os planos intermedirios que nos $incularão doespa"o !iperfísico / matéria densa, mais próximos estaremos das criaturas !umanas, para agir dentro da -isericórdia Ki$ina, como nos orienta <esus, e auxiliar nas 0onas de maior sofrimento Y a $ossa crosta terrestre.

Como o foco de atua"ão da mediunidade de terreiro é o esclarecimento e$angeli0ador das criaturas encarnadas, a partir do aconsel!amento espiritual forma6se um impulso

 psicológico para a mudan"a mental, que de$er ser auferida pela interna6li0a"ão de $aloresreno$ados. ogo, a mediunidade de 'incorpora"ão' ainda é necessria, como foram e sãoimportantes a paixão de <esus e o 7eu !olocausto na cru0, que constituem imorredouras li"(esdo ;$atar do ;mor. ; cada $e0 que temos oportunidade, do 'lado de c', de $ibrar em ummédium da #erra em prol do E$angel!o, re$i$emos <esus e o 7eu esquema educati$o,sofrendo em nós uma espécie de '!olocausto' pela imposi"ão de abrupto descenso $ibratório,fruto da compaixão por $ós, com o ob*eti$o de promo$er a liberta"ão dos espíritos da$incula"ão / $ida animal inferior.

H E$angel!o é, portanto, a mola propulsora que nos mo$e no 'camin!o' da e$olu"ãoindicado pelo Criador /s 7uas criaturas. Em reciprocidade de interesses caritati$os, nossa

obriga"ão, e também a dos médiuns, de$e ser a de ser$ir incondicionalmente, libertando doíntimo, como fonte reno$adora, Keus em $ós, como Ele est em nós. N certo que existe uma

3G

Page 29: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 29/104

 pl%iade de espíritos em aprendi0ado retificador, e a oportunidade de contato com o fluidoanimal dos 'seus' médiuns $ai gradati6$amente mel!orando as condi"(es crmicas destes, *que, ao e$angeli0ar, os e$angeli0adores são os que mais se beneficiam, reno$ando $ícios,condutas equi$ocadas e depend%ncias emocionais que os 'prendem' / crosta.

Jnfeli0mente, poucos de $ós estais em condi"(es de e$angeli0ar o outro sem o apoio$ibratório de uma entidade próxima irradiando $osso psiquismo, e para isso os rituais podemser positi$os, se bem aplicados, pois ainda sois muito pouco e$an6geli0ados em $ossos

 pensamentos e atitudes. <esus nunca condenou nen!um rito, afirmandoB '4ão penseis que $imdestruir a ei ou os profetasA não $im destruir, mas cumprir. 5orque em $erdade $os digo que,até que o céu e a terra passem, de modo nen!um passar da ei um só i ou um só til, até quetudo se*a cumprido'. #oda$ia, procurou distingui6los em sua exist%ncia transitória diante das

 perenes leis do reino de Keus.

Recon!ecemos a $alia dos rituais dentro do contexto de cada época. Contudo, $osalertamos que as consci%ncias de encarnados e desencarnados não de$em imantar6se aos

'tesouros' da mediunidade rituali0ada, como se esti$essem no passado, $i$enciando ritostribais que não cabem mais na atualidadeA de$eis compreender que cada ser é um aprendi0 emminiatura do Cristo, ensaiando um enredo passageiro que de$e ser um meio e não um fim daexist%ncia !umana e dos médiuns em particular, pois ambos rumam / $ida plena do espíritoimortal.

PERKUNTA J  Solicitamos mais elucidações 'uanto aos res'u%ciosde ritos tribais 'ue ainda são encontrados em alguns terreiros(

RAMAT7) J  ;qui, o caboclo com penac!o urra como se esti$esse fugindo de

on"as sel$agensA ali, um 'orix' dan"a rodopiando até tontear o médium, que caidesequilibrado e s&fregoA l, a fil!a esgani"ada rola no c!ão como se fosse marola do mar lambendo a areia da praiaA acol, o médium com enorme penac!o bafora abruptamente umc!aruto sobre o rosto, cabe"a e corpo do assistido, que tem asma e passa mal cada $e0 maiscom a fumarada in$asi$a. Entendemos perfeitamente o uso de certos ob*etos externos,tre*eitos e coisas que ser$em de refer%ncias simbólicas aos circunstantes que participam dostrabal!os caritati$os nos terreiros sérios. Jnfeli0mente, ! terreiros onde impera a $aidadeMpara que os médiuns se*am admirados por quem os ol!aO, a indisciplina, a falta de estudo, emedra ali o exagero teatrali0ado, o animismo descontrolado com prticas fetic!istas perdidasno tempo, mantendo as criaturas aprisionadas em nome de falsas raí0es. 7ão tradi"(es que

 precisam ser compreendidas em seus fundamentos profundos e rituali0adas / lu0 das

consci%ncias da presente época, * que a ei de E$olu"ão Cósmica prescre$e a contínuamudan"a. Ko contrrio, estaríeis ainda ca"ando gnus nas sa$anas africanas ou b)falos nas

 pradarias norteamericanas, com flec!as e arcos em pun!o, defendendo6$os dos predadores.

PERKUNTA J Os métodos ritual%sticos controladores e indutores doschamados transes medi)nicos *ou estados alterados de consci$ncia+ podeminduir ao animismo& em !e de auxiliar a mediunidade?

RAMAT7) J  7em d)$ida, o animismo est presente em todas as comunica"(esmedi)nicas, !a*a $ista serem raros os médiuns inconscientes. H arcabou"o de con!ecimentos

que est arqui$ado no inconsciente do espírito do médium aflora a qualquer momento, em paralelo com a mensagem que o espírito comunicante dese*a passar, do 'lado de c'. H

38

Page 30: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 30/104

espírito desencarnado age com o seu pensamento diretamente 'acoplado', perispírito a perispírito, na mente do médium, que fica com a sua psicomotricidade diferente e suacogni"ão ampliada, $indo / sua consci%ncia um manancial de saberes que, em estado de$igília, não l!e é peculiar. Hb$iamente o animismo descontrolado, conseqV%ncia dainseguran"a e defici%ncia emocional do medianeiro, toma conta de seu psiquismo

 pre*udicando e até anulando a manifesta"ão medi)nica. Hu, o que é pior, d abertura paradesocupados do ;lém6t)mulo gal!ofarem como se fossem grandes mentores da !umanidade.

;lis, para garantir o %xito da tarefa dos médiuns iniciantes, que são naturalmentedesconcentrados e podem ter tre*eitos exagerados que nada t%m a $er com a entidadecomunicante, acabando por transmitir muitas $e0es mensagens ridículas e tolas, fa06senecessrio o condicionamento medi)nico atra$és dos rituais controladores de transe, que sedão basicamente por meio de cânticos e c!amadas por orixs e lin!as $ibratórias. +tili0adoscom profici%ncia nos terreiros, podem propiciar confian"a aos neófitos, que estarão sob se$era$igilância dos experimentados diretores de rito e dirigentes de sess(es de desen$ol$imento,obreiros mais antigos e'cale*ados'por anos a fio nas $i$%ncias com a mediunidade de terreiro.

;ssim, esses gestos, pala$ras de encantamento, cânticos, mo$imentos, cores e aromas,que caracteri0am um ritual de umbanda, repetidos com regularidade, e sistemati0ados comoum método disciplinador, fa$orecem a concentra"ão e criam um condicionamento mentalindi$idual e coleti$o que propicia um automatismo salutar na sintonia medi)nica.

PERKUNTA J  Esses rituais 'ue conduem a um "automatismo" ps%'uico dos médiuns não podem padroniar as maniestações& aendo com'ue i'uem todas iguais? Podeis exempliicar#nos?

RAMAT7) J  7em d)$ida, mediunidade de terreiro não de$e ser um quartel comtodos os médiuns marc!ando como soldados em frente ao general. Hs médiuns antigos efirmes com suas entidades dão suporte psicológico e apoio $ibratório para que todos ostrabal!os de desen$ol$imento transcorram num clima de disciplina salutar, mas sem bloquear as especificidades medi)nicas e as manifesta"(es que são inerentes / di$ersidade dosmédiuns, * que nen!um é igual ao outro, como nen!uma pétala de rosa se iguala a outra,mesmo fa0endo parte de um mesmo botão. 5or exemploB diante do ponto cantado da entidade,quando o médium est 'pronto', ocorre imediatamente a 'incorpora"ão' pelo acoplamentourico de perispírito com perispírito, que ficam *ustapostos. Hu se*aB o corpo fluídico daentidade comunicante en$ol$e a aura do médium, que se encontra expandida pelo

automatismo mental e psíquico criado nele, atra$és do ritual, que é repetido seguidamente.Jsso nada mais é do que uma forma de organi0a"ão, um método sistemati0ado que

ob*eti$a disciplinar e dar uniformidade aos pensamentos, utili0ando6se estímulos sensóriosexternos que se interiori0am no psiquismo. 7ão como gatil!os mentais disparados diante doestímulo repetido, metódica e regularmente, a exemplo dos cânticos, da $isão das imagens por todos os componentes do terreiro, dispostos de frente para o cong MaltarO, dos sons!armoniosos dos atabaques, dos aromas da defuma"ão, das cores, dos mo$imentos rítmicos

 peculiares a cada orix em sua $ibra"(es. #udo isso, num primeiro estgio de altera"ão deconsci%ncia, fa$orece a entrega passi$a dos médiuns que darão sustenta"ão / corrente que seforma, ad$indo daí o segundo estgio, que é o intercâmbio medi)nico.

:=

Page 31: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 31/104

N preciso considerar também o aspecto sociali0ante do ritual, que une os seus praticantes em respeito e cumplicidade, além de estreitar os la"os de ami0ade e confian"arecíprocas, indispens$eis para a entrega psíquica que a mediunidade de terreiro exige.

PERKUNTA J , ato de ter 'ue descalçar os pés para entrar emmuitos terreiros pode ser classiicado como algo "meramente" socialiante doritual de umbanda& ou tem algum undamento energético ou mag%stico?

RAMAT7) J   ; modernidade, a con$eni%ncia e a rapide0 com que ocon!ecimento é alcan"ado nos dias de !o*e fa0 com que se banali0em atos que $os igualamuns aos outros. -esmo que $i$ais como se tudo fosse conseqV%ncia de um mero estalar dededos para os fatos acontecerem e auferirdes 'saber' e pra0er na $ida, Keus, em 7ua infinitasabedoria, estabelece o 'tempo' *usto de cada criatura, a fim de que se*a igualada a todas asoutras, quando dar o )ltimo suspiro no corpo físico transitório, retornando este $eículo /nature0a tel)rica do planeta.

H c!amado descal"amento, ou se*a, o ato de retirar os cal"ados para adentrar o localdo terreiro onde est o altar principal, com o fim de receber o aconsel!amento espiritual dasentidades do 'lado de c' manifestadas em seus médiuns, é um fundamento importante,infeli0mente muitas $e0es banali0ado. ;qui, uma madame com fino 'scarpin' receia que l!ese*a roubada a rica pe"a importada e recusa6se a receber o passeA ali, um sen!or reclama defrio nos pés e pede ao assistente para entrar com sapatos, enquanto anseia c!egar em casa eesquentar6se tomando um con!aqueA l, !umilde faxineira se en$ergon!a de tirar o surradocal"ado e mostrar a meia gasta furadaA acol, bem6sucedido sen!or da lei orgul!a6se de mos6trar o seu modelo italiano de pele de *acaré do 5antanalB atos egoístas que presenciamos do'lado de c' e que representam a falta de sociali0a"ão dos !omens para con$i$erem num

mesmo espa"o sagrado.

H 'rito do descal"amento', ou o descal"ar os pés ao aproximar6se de um lugar considerado santo, tem registro na sabedoria antiga e a uni$ersalidade a seu fa$or, por estar registrado em $rias religi(es ou filosofias iniciticas. H ;ltíssimo falou a -oisés, atra$és dasar"a ardente,1 ordenando6l!e que tirasse as sandlias dos pés, pois o lugar que pisa$a eraterra santa. ;lis, a maioria das na"(es orientais tem o !bito de reali0ar seus atos religiososcom os pés descal"os. Em $erdade, muito antes do legislador *udaico introdu0i6la comoescritura em sinal de re$er%ncia respeitosa, os antigos patriarcas e magos transmitiamoralmente esse costume /s gera"(es seguintes.

$ A sar*a 4)ene% em %ebraico8 origem do top@nimo )inai6 é "ma p$anta espin%osa dafamí$ia das fab-ceas8 g>nero Ac-cia8 o mesmo das -rores con%ecidas genericamente no (rasi$pe$o ern-c"$o 9"rema' Essa -rore8 também con%ecida pe$o nome de )%ittim8 é citada na(íb$ia -rias e#es' Mais especificamente c%amase de ardente a sar*a ?"ando parasitada pe$ap$anta -oranthus acaclae& c"Bos fr"tos e inf$oresc>ncias aerme$%ados d!o8 de $onge8 a impress!ode c%amas sobre a sar*a' ,onte .i/ipédia(

; orienta"ão de 5itgoras aos seus discípulos era expressaB que eles, ao reali0arem asablu"(es e adora"(es no templo, o fi0essem com os pés descal"os para que o 'pó mundano'não contaminasse o espa"o sagrado, significando simbolicamente que as coisas mundanas nãode$iam ocupar a mente dos discípulos com preocupa"(es, de tal maneira que não

conseguissem cultuar Keus. Hs mu"ulmanos, ao executarem seus ritos de$o6cionais, sempredeixam suas sandlias / porta das mesquitas. Hs druidas assim procediam, bem como os

:1

Page 32: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 32/104

antigos incas dos altos andinos deixa$am sempre seus sapatos / porta ao entrarem nomagnífico templo consagrado / adora"ão ao 7ol.

#al !bito é, portanto, um símbolo de re$er%ncia. 7ignifica, na linguagem simbólica,que o lugar do qual se $ai aproximar de modo !umilde e re$erente é consagrado a algumob*eti$o santo. N ób$io que ao entrar na rea reser$ada ao cong no templo umbandista, os

seus freqVentadores de$em ele$ar o pensamento e tentar purificar o cora"ão de todacontamina"ão pro$inda de seus egos inferiores. 7e assim é com $ossos pensamentos esentimentos, claro que as su*eiras $ibratórias que se imantam, fixadas nas solas dos sapatos,notadamente as baixas energias das encru0il!adas urbanas, não de$em macular a sacralidadedo local em que campos de for"as mentais e magnéticos se formam e de$em ser mantidos!igieni0ados para a adequada manuten"ão dos trabal!os medi)nicos.

PERKUNTA J 0ertos segmentos doutrin1rios airmam adesnecessidade da utiliação de uniormes brancos na umbanda& pois essa

 pr1tica é irrele!ante para o interc2mbio com os esp%ritos( Ainal& 'ual anecessidade de usar#se um uniorme para ser médium?RAMAT7) J   Enquanto as leis sociais e o esquema moral da !umanidade

especificam o modo mais aprimorado de con$i$%ncia, disciplinando as rela"(es interpessoaisdo nascimento ao t)mulo, o E$angel!o é definiti$amente a miniatura das leis cósmicas quecondu0 o !omem / sua autenticidade espiritual imorredoura. H insigne Caboclo das 7eteEncru0il!adas, por ocasião da anuncia"ão da umbanda no plano físico, estabeleceu a roupa

 branca no que di0 respeito / igualdade que de$e !a$er entre os !omens que procuram see$angeli0ar, reunidos sob a lei fraternal de umbanda. Em $ossa atual sociedade, o grau deespiritualidade, carter, !onestidade e amor ao próximo são de menos $alia diante do que ofulano ou o sicrano aparentam ter, ostentando posses, em detrimento de beltrano, que tem

 pouco. ;ssim, é corriqueiro $alori0ar6se os indi$íduos com base em sua apresenta"ão pessoal,externa, sem atentar6se para os predicados internos da alma. 4o terreiro de umbanda, todossão iguais e os assistentes não de$em dar $a0ão /s apar%ncias do mundo profano na busca desua espirituali0a"ão.

;ssim, quem freqVenta um terreiro da Ki$ina u0 *amais ter a oportunidade deidentificar no corpo medi)nico, estando seus membros $estidos todos de branco, e$entuais ousupostas diferen"as intelectuais, culturais e sociais, tal como não podeis $isuali0ar as coresdas penas de um bando de araras $oando. 4ão importa se por trs da roupa branca sacerdotalse encontra o ad$ogado, o arquiteto, o militar graduado ou o diplomata, um rico empresrioou um simples camel&, a funcionria concursada ou a empregada diarista, pois todos estão alireunidos em um mesmo espa"o religioso igualados na inten"ão de ser$ir incondicionalmenteos seus semel!antes como medianeiros de <esus.

PERKUNTA J Ao entrar no terreiro de umbanda& no espaço ondeocorrem os passes& pedem 'ue descalcemos os pés e& muitas !ees& até nossolicitam 'ue batemos a cabeça no cong1( Isso nos parece uma espécie dehumilhação& 'uando a pessoa não entende os moti!os de ter 'ue agir assim(3ais atos t$m algum undamento?

RAMAT7) J  Esse ato lit)rgico não de$e ser compreendido como um gesto de!umil!a"ão ou submissão, mas sim como um ato de re$er%ncia respeitosa e rogati$a discreta

:3

Page 33: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 33/104

que tra0 in)meros benefícios ao indi$íduo, se encarado com !umildade sincera, auxiliando6ona sa)de física e psicológica. 5isar descal"o no terreiro descarrega as energias negati$asA tocar a testa no cong ou no c!ão absor$e o magnetismo positi$o imantado nesses locais pelairradia"ão da aura das entidades espirituais que comparecem em auxílio aos fil!os da #erra. H!omem 'moderno' urbani0ou6se, foi criado em condomínio fec!ado e

-ediunidade de #erreiro

nunca ou raramente pisou na grama, usando sempre nos pés a borrac!a isolante protetora contra micróbios. ; indu"ão eletromagnética proporcionada pelas $ibra"(es fixadasdos orixs e seus falangeiros é capa0 de ioni0ar o organismo, ati$ando a circula"ão sangVínea,contribuindo para a mel!or oxigena"ão das células, do funcionamento dos ner$os aut&nomose da !omeostase3 corporal de maneira geral. 7abei que esse simples gesto não é um meroritualismo, e que quando entrardes num terreiro de umbanda estareis mergul!ando numambiente que liga dimens(es $ibratórias que se completam. ater a cabe"a e pisar no c!ãodescal"o é retornardes simbolicamente / mãe nature0a, ato que de$e ser $i$enciado com

!umildade e amor.

4=6 omeostasia 4o" %omeostase6 é a propriedade do sistema org<nico de reg"$ar o se"ambiente interno para manter "ma condi*!o est-e$8 mediante mú$tip$os aB"stesinterre$acionados com o ambiente externo' O e?"i$íbrio org<nico aB"stase de acordo com o meioambiente e o magnetismo existente no terreiro de "mbanda $%e é positio nesse aspecto8conforme pa$aras de Ramatís'

PERKUNTA J 4uanto 5s !ibrações peculiares a cada orix1 'ue se aem presentes& ritualiados& solicitamos elucidações complementares(

RAMAT7) J  +m terreiro de umbanda é o local sagrado para o culto aos orixsMaspectos di$inos do CriadorO, que se d com a presen"a das entidades espirituais, as quais

 precisam de um ambiente magneti0ado positi$amente para a fixa"ão e manuten"ão de suasenergias, cu*os fluidos são afins / $ibra"ão de cada orix que l!es é pertinente e /s tarefas aserem reali0adas. Ke$e ficar claro que, independentemente de métodos rituais, o espa"ofísico6astral em que se darão as manifesta"(es é consagrado pela fé e confian"a dosfreqVentadores, pela ele$a"ão dos pensamentos e amor incondicional, tanto da assist%nciacomo da equipe medi)nica, sendo o terreiro uma representa"ão menor e conseqV%ncia do'lado de c', bem mais amplo. H rito de$e ser$ir, portanto, se*a qual for ele, para a in$oca"ãoe liga"ão medi)nica com os espíritos6guias que se apresentam para a reali0a"ão dos trabal!os

de caridade.

7em d)$ida, se a parte dos encarnados, ou mel!or, os médiuns, os assistentes e osfreqVentadores do terreiro, não esti$er imbuída de um mesmo ideal catali0ador das aten"(es,que por sua $e0 estrutura a egrégora coleti$a, ficarão impossí$eis as manifesta"(esmedi)nicas dos guias e falangeiros que comparecem ao terreiro. 7e persistir o estado psíquicodesagre6gador de pensamentos ele$ados, abrem6se frinc!as nos campos $ibratórios de

 prote"ão do terreiro, que poder ser tomando literalmente por entidades tre$osas,mistificadoras e de grande arg)cia para a domina"ão mental.

;ssim, a forma de cultuar o sagrado no interior dos terreiros não de$e ser moti$o de

separatismos, contendas ou qui0ilas, * que, na umbanda, as diferen"as de$em unir6se num

::

Page 34: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 34/104

mesmo propósito e o trabal!o caritati$o e$angeli0ador estar de acordo com os ditames doCristo6<esusB '-eu 5ai trabal!a até agora, e eu trabal!o também'.

PERKUNTA J  6a m%dia atual& o desdobramento ou pro7eção do

 per%spirito& popularmente conhecido como "!iagem astral"& dispensa a re'8$ncia em um grupo regular para a educação da mediunidade e é signiicati!amente ensinado a dist2ncia& bastando pagar para receber as aulascom exerc%cios pr1ticos indi!iduais( Essa orma de trabalhar nossas

 potencialidades an%mico#medi)nicas& sem apelo religioso& "1cil edemocr1tica"& é mais e!olu%da 'ue os métodos dos centros esp%ritas e terreirosde umbanda& como airmam certos "pro7etores astrais"?

RAMAT7) J  H Ki$ino -estre, na parbola 'Candeia debaixo do ;lqueire',: tececonsidera"(es referentes / responsabilidade que recai sobre os discípulos que * t%m a

compreensão do E$angel!o e adquiriram algo de ilumina"ão interior, no sentido de serem'faróis' a condu0ir seguramente as criaturas nos mares re$oltos da exist%ncia carnal, aoafirmarB '4ão ! ninguém que, após ter acendido uma candeia, a cubra com um $aso ou acoloque debaixo da cama, mas sim sobre um $elador, para que todos que entrem $e*am a lu0,

 pois não ! nada de secreto que não de$a ser re$elado, nem nada de oculto que não de$a ser esclarecido publicamente'. Hb$iamente, sem a ilumina"ão interior da claridade da alma querecebeu os lampe*os do E$angel!o, de nada adianta o candeeiro sobre o $elador, * que assimcomo o $idro su*o de fuligem não clareia, ninguém pode ofertar aquilo que não possui

456 &ide , E!angelho Segundo o Espiritismo& capít"$o =8 p-cima =;58 EDITORA DO0ONE0IMENTO'

 Hcorre que muitos cidadãos afoitos aligeiram6se para exibir suas potencialidadesanímicas, como se fossem um portentoso lampião, mas esquecem6se do processo intenso erduo que é a reforma interior / lu0 do E$angel!o do Cristo. N comum essas criaturasexporem críticas /s religi(es medi)nicas e ao espiritismo em particular, como se fosseminstitui"(es ultrapassadas. Kesconsideram que eles mesmos fa0em parte da $ida no +ni$ersoin$isí$el aos sentidos ordinrios do corpo !umano, que é regido por leis equânimes geradorasde indescrití$eis energias que funcionam em todas as faixas $ibratórias com suas escalas defreqV%ncias indi$iduali0adas entre si, mas todas contidas em um con*unto orquestrado peloCriador, do mesmo modo como cada arco6íris é )nico em seu colorido, embora todos se*amreflexos da lu0 do 7ol.

-algrado o menospre0o existente nesses seres intelectuali0ados e indi$idualistas comrela"ão aos grupos medi)nicos, afirmamos que é no epa"o físico de reunião que se forma umacorrente $ibratória, na qual os benfeitores do Espa"o conseguem atuar e $os proteger.En$ol$idos por essa egrégora benfa0e*a, criada a partir do direcionamento focai das boasemana"(es mentais, pode6se neutrali0ar as $ossas energias densas, resultantes de pensamentosdeturpados e a"(es mundanas, atra$és do trabal!o redentor dos espíritos do 'lado de c'. Elesimprimem alta $oltagem magnética para !igieni0ar $ossas auras, 'su*as' por um residualmagnético escurecido que deixa $ossos períspiritos opacos, tal como acontece com a queimado querosene, cu*a combustão fa0 soltar uma fuligem que adere ao lampião, escurecendo sualuminosidade.

:@

Page 35: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 35/104

5ara o espírito drenar sua carga noci$a de $idas anteriores, imp(e6se ao indi$íduoiluminar6se internamente, alme*ando transferir do períspirito para a terra o residual

 preexistente, após a morte física. 7e não !ou$er a internali0a"ão dos $alores do E$angel!o, denada adiantarão mara$il!osas técnicas de ensino presenciais, ou mesmo a distância, facilitadas

 por $ossa moderna tecnologia, a exemplo da lanterna sem bateria que deixa de ser )til ao

 pescador / noite, em alto mar. N impens$el ser$irdes um banquete aos $ossos amigos numaca$erna penumbrosa, * que só tre$as serão atraídas para o $osso psi6quismo pela baixasintonia $ibratória com o 'lado de c'.

PERKUNTA J  A "cura" de um médium condicionada a suacontinuidade como trabalhador num terreiro é uma orma 1e obrigação? E omerecimento do medianeiro 'ue se recusa a continuar na tarea& como ica?

RAMAT7) J  H programa redentor de um médium é esquemati0ado no Espa"o,antes de sua reencarna"ão, conforme as suas pesadas dí$idas com as leis di$inas. N e$idente

que, em decorr%ncia do alto grau de inferioridade, ainda peculiar aos !abitantes da #erra, noseio da mediunidade pode crescer a er$a danin!a do egoísmo, desmerecendo o programatra"ado pelo ;lto. -as é o li$re6arbítrio do médium que estabelece a sua autonomia dedecisão, e a qualquer tempo sua consci%ncia pode determinar6l!e que desista do mediunato aque se prop&s seguir, embora em nen!uma circunstância ele deixe de ser médium, * que

 pediu e aceitou a sensibili0a"ão do seu corpo astral, a fim de reencarnar como umintermedirio com o 5lano -aior.

#oda$ia, assim como nossos -aiorais afirmam que, por mais criterioso que se*a omédium, 'os !omens passam e as institui"(es na #erra ficarão', o que tem $alia é a obrareali0ada e não necessariamente o permanecer 'obrigado' num terreiro ou num centro espírita,

em detrimento de ser um médium 'li$re', com o Cristo no cora"ão, em qualquer lugar. 4aturalmente, em todo local ocorrem quedas de médiuns, e pior do que desistir damediunidade e nada reali0ar é o ser$i"o medi)nico mercenrio, a magia a$iltada, o interessedo $il metal disfar"ado na caridade para legitimar, ante / opinião p)blica, negócios como odos cursos fceis sem pré6requisitos, a mercantili0a"ão das oferendas transformadas emdespac!os de encru0il!adas explorando os incautos e desa$isados, o que aumentageometricamente os débitos crmicos pelo mau uso das faculdades concedidas por -isericórdia Ki$ina.

7em d)$ida, o material !umano mel!ora gradati$amen6te / medida que menosespíritos rebeldes ficam em $osso orbe. 5aradoxalmente, aumenta a 'fal%ncia' de médiuns

 pelas 'facilidades' oferecidas a eles pelo ;stral inferior rebelado, comandado por entidadesque fa0em qualquer negócio para manter seus poderes nas 7ombras, assim como os'dem&nios' de antigamente di0iam ao -estreB 'H que queres conosco, <esus de 4a0aréWIieste para nos destruirW 7ei quem tu ésB o 7anto de Keus2'. <esus os expulsa$a pela 7ua largasuperioridade moral, não permitindo mais que falassem consigo, porque sabiam quem Ele era.-as age ao contrrio a grande maioria dos médiuns caídos, $enais e ou$intes atentos dosc!efes tre$osos que oferecem as portas largas da fama e reali0a"(es mundanas, do din!eirofcil e do recon!ecimento elogioso, como ocorre em $osso meio miditico $irtual.@

46 Ramatís referese aos médi"ns das redes sociais e o"tros meios ?"e b"scam a$tonúmero de amigos seg"idores e acabam se desiando da %"mi$de discri*!o ?"e os espíritosbenfeitores exigem para at"ar8 tornandose profetas de espíritos $eianos sempre a postos para

:

Page 36: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 36/104

psicografar a ?"a$?"er momento' A b"sca do recon%ecimento8 dos e$ogios8 doscomparti$%amentos8 ati*a a aidade e m"da a sintonia com o p$ano espirit"a$'

PERKUNTA J  9iante da necessidade urgente de muitos esp%ritos

desencarnados saldarem pesados carmas atra!és da tarea medi)nica& não é um desprop:sito entidades extraterrestres trabalharem também nos terreirosde umbanda?

RAMAT7) J  4a casa de nosso 5ai existem muitas moradas, e a mediunidade em$osso orbe não é exclusi$idade de espíritos terrqueos. 5odemos $os explicar, ser$indo6nosdas seguintes analogiasB se uma bananeira não frutifica u$as, da $ideira não nascem laran*as edo pé de alface não exala odor de rosas, os espíritos !umanos se ser$em das lutas redentoras,atra$és da mediunidade, para desen$ol$er os atributos de Keus e romper a crosta daanimalidade inferior, partindo do princípio de que o afim atrai o semel!ante e não odessemel!ante. Então, os espíritos extraterrestres não precisam do contato mais denso com os

fluidos animais, pela mediunidade de incorpora"ão nos terreiros, embora ambos, terrícolas eirmãos galcticos, se*am criaturas originadas do mesmo Criador, que d a todos,indistintamente, oportunidade de e$olu"ão, ainda que para os irmãos das estrelas a $ossa aura

 planetria se*a tão densa como o mergul!o do bei*a6flor numa po"a de lama.

;ssim, reunidos, de $rias proced%ncias cósmicas, todos somos submetidos a um processo pedagógico de aprendi0ado periódico para que cada espírito uni$ersal possagerminar,  desen$ol$endo e reali0ando os seus poderes latentes criati$os, disciplinados pelo

 princípio uni$ersal que professaB 'o reino de Keus est dentro de $ós'. 4ão importa para issoa locali0a"ão planetria da a"ão redentora que transformar o !omem $el!o em no$o, assimcomo, sob o mesmo influxo di$ino, as sementes de car$al!o estão destinadas a ser r$ores

frondosas e nunca pés de cou$es ou de abóboras.

:9

Page 37: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 37/104

II

Motios da reBei*!o a re$igiCes ?"e $eam a

estados a$terados de consci>nciano medi"nismo de terreiro

9es"s aproximo")e8 toco" ne$es e disse/eantemse8 e n!o ten%am medo'

MATEU) 4capít"$o : :;6

; umbanda ainda não conseguiu uma organi0a"ão suficiente para a unidade de seus

rituais e corpo doutrinrio. N certo que encontramos muitas express(es rituali0adas diferentes,de acordo com as consci%ncias que se acercam dos mil!ares de terreirosA toda$ia, os di$ersosgrupos existentes mant%m uma igualdade que podemos apontar como o 'n)cleo bsico', ou

 ponto central inquestion$el, que é a c!amada mediunidade de 'incorpora"ão' ou transesmedi)nicos indu0idos atra$és de ritos, que le$am a estados alterados de consci%ncia. Hutrasdenomina"(es filosóficas, religiosas e doutrinrias afirmam que isso é dispens$el, um atrasoe primarismo espiritual.

7obre esse assunto, temos a di0er que nossos mais fortes aliados na'luta'para e$oluir,num planeta de pro$as e expia"(es, são os espíritos ancestrais, con!ecidos e cultuados entrequase todas as ci$ili0a"(es antigas, notadamente as orientais, sil$íco6las e africanas, em setratando do uni$erso da mediunidade de terreiro, que são os antepassados fundamentais naforma"ão da doutrina umbandista, com origem nos cultos religiosos da $el!a Ufrica,amalgamados com o xamanismo brasileiro e com os conceitos de carma e reencamacão

 pro$indos do Hriente.

N preciso esclarecer que eles não são seres 'glamurosos' en$oltos em mi"angas egirando atra$és do +ni$erso com os seus fantsticos poderes cósmicos para moldar as for"asda nature0a. 4ão por acaso, os 'eguns', como os nag&s denominam os espíritos dosantepassados, são representados simbolicamente pelo pano, o tecido en$el!ecido e rasgadoque representa a passagem do tempo e o des$anecimento da exist%ncia física entre as

reencarna"(es sucessi$as. 7ão consci%ncias que e$oluem tril!ando as mesmas dificuldadesdos encarnados, e ainda retidos na roda das reencarna"(es sucessi$as.

Jnfeli0mente, a comunica"ão com os espíritos e antepassados, atra$és daqueles queobti$eram as !abilidades da mediunidade ao longo da istória, foi tida como demoni0ada.;ssim, encontra6se no inconsciente coleti$o a dissemina"ão dos exemplos da íblia, querelata pessoas sendo possuídas ou influenciadas por dem&nios, conforme -ateus, capítulo8B:36::, 13B33 e 1FB1GA -arcos, capítulo B163= e FB396:=A ucas, capítulo @B::6:9 e 33B:A;tos, capítulo 19B1961G etc.

 4as passagens relatadas de possessão demoníaca, aqui o espírito causa séria

enfermidade física fa0endo o indi$íduo raste*ar como cobra no c!ão, com inaptidão para falarAali, *o$em esposa re$ira os ol!os com sintomas de epilepsia babando intensamenteA l, a

:F

Page 38: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 38/104

 paralisia, a cegueira ou a surde0 impre$istaA acol, obriga que a pessoa fa"a o malrepentinamente aos seus familiares e o espírito dominador aparentemente d ao escra$i0ado a!abilidade de con!ecer coisas além de seu próprio entendimento. ainda o caso do possuído

 por um grande n)mero de'dem&nios', $erdadeiro condomínio de espíritos que oferecia for"asobre6!umana, desde que seu dominado $i$esse nu morando nas sepulturas.

-esmo que ipócrates, em @9= antes de Cristo, na Jdade -édia, * relacionassedoen"as ner$osas com as altera"(es dos !umores, preponderou a associa"ão das doen"asner$osas com processos demoníacos. Em $erdade, em todas as épocas da istória daci$ili0a"ão !umana, ti$emos os obsidiados, e como a ei Ki$ina estabelece que afim atraiafim, 'not$eis' indi$íduos celebri0aram em seus atos efeitos de processos obsessi$os gra$esB

 4abucodonosor JJ, rei dos caldeus, comia grama no   *ardim do palcio, como umeqVinoA#ibério, en$ol$ido por muitos espíritos cobradores, cometeu atro0es equí$ocosmaldososA Calígula e engis6T!an marcaram o nome na istória em fun"ão de seusdesatinosA Komício 4ero, em decorr%ncia de grandes desequilíbrios, entre tantos equí$ocos,mandou exterminar a mãe e a esposa, e depois as encontra$a em desdobramento astralA

Kosto?e$s>i sofria de ataques epiléticos durante ac!aques de obsessoresA -aupassant, numsurto psicótico, cortou a própria garganta e morreu degolado com ol!ar esga0eadoA 4iet0c!e

 perambulou pelos asilos de alienadosA Ian og! cortou as orel!as num momento de delírioinsano e as en$iou de presente para sua amada, suicidando6se posteriormente com um tiroA7c!umann, not$el compositor, atirou6se ao Reno, sendo sal$o por amigos e internado num!ospício até o fim de seus diasA Edgar ;llan 5(e arrasou6se $encido pelo lcool e tendo $is(esinfernais de espíritos malfeitores.

Kiante da ei -aior, todos estarão su*eitos a grandes sofrimentos, de acordo com omerecimento indi$idual, o que independe da categoria social e intelectual do indi$íduo,apresentando6se como obsidiados, psicóticos, psicopatas etc. uma grande $ariedade de

 possí$eis sintomas de possessão espiritual numa popula"ão sedenta de sacrificar para oKi$ino e obter perdão e fa$ores dos an*os. Hb$iamente, o primaris6mo espiritual $igenteatribuía a um intruso do ;lém6t)mulo as mudan"as de personalidade, tais como grandedepressão ou agressi$idade fora do normal, for"a sobrenatural, falta de modéstiacom'anormal' intera"ão social, e ainda capacidade de compartil!ar informa"(es que ninguém

 poderia saber naturalmente 6 influ%ncias de espíritos possuidores do mal.

 4o contexto descrito, que est impregnado na memória mais profunda dos egosencarnados na coleti$idade atual, alimentado por uma pl%iade de espíritos do plano astral

 presos ao preconceito e dogmatismo religioso, nada mais natural que os estados alterados de

consci%ncia, indu0idos pelos ritos, despertarem intensa re*ei"ão preconceituosa, dissimulada por senso de superioridade e falsa no"ão de maior e$olu"ão espiritual. Esquecem os cidadãosafoitos para e$oluir que a pedagogia do Cosmo opera educando, a fim de que os fatosmanifestos de modo 'in$ulgar' se*am mais tarde compreendidos pela a"ão natural das leis domundo transcendental.

-esmo que se*a necessria e 'indispens$el' a mecânica de 'incorpora"ão' no seio dacoleti$idade umbandista, indu0indo em muitos adeptos a cren"a entusiasta no fen&menoincomum que condu0 / realidade do espírito imortal, certo é que o plane*amento do ;lto

 proporciona 'indiretamente' /s di$ersas comunidades de crentes e praticantes da umbanda osmeios de c!egar a conclus(es que as farão e$oluir sem a inter$en"ão sobrenatural do ;lém6

t)mulo, libertas de métodos ritualísticos escra$i0antes. #udo na ascensão e$oluti$a rege6se por leis sensatas e igualitrias para todos, o que independe de credos religiosos, liturgias, tipos

:G

Page 39: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 39/104

de mediunidade, senten"as de superioridade recíproca ou denomina"(es doutrinrias terrenas.;lis, não só na íblia existem registros de 'possess(es' espirituais benfeitoras na forma"ãoda consci%ncia coleti$a, conforme nos relatam $rios li$ros 'sagrados' religiosos.

5recisamos entender o moti$o do rótulo 'demoníaco' dessas manifesta"(es,

notadamente na atualidade, nas no$as religi(es e$angélicas. Certamente o poder religiososempre le$ou a interfer%ncias dos sacerdotes nos li$ros sagrados. Como admitir que os'santos' poderiam manifestar6se em qualquer cidadãoW ;ssim, ideali0ou6se um apuradosistema religioso de purifica"ão, altamente puniti$o e centrali0ador do poder di$ino. Luandosurgiu o 7ublime 5eregrino, o -essias en$iado, desde o início da 7ua prega"ão redentorasub$erteu6se o poder religioso, deslocando6H do interior dos templos assépticos para a sombradas r$ores e cumes de montan!as ensolaradas, próximo dos despossuídos malc!eirosos, osmenos fa$orecidos, longe da rica e perfumada casta dominante.

 4ão por acaso, sabedor da !ipnótica domina"ão dos sacerdotes das sinagogas ante um po$o amedrontado, conforme registrou o e$angelista -ateus M1B 168O, <esus solicitou a 5edro,

#iago e <oão, seu irmão, que H acompan!assem a um lugar a parte, sobre uma alta montan!a.E l transfigurou67e diante deles, e o 7eu rosto bril!ou como o 7ol e as 7uas roupas ficaramrelu0entes, sendo possuído num transe profundo por for"as sobrenaturais. ;ssim,materiali0aram6se em corpo perispiritual

-oisés e Elias, mostrando6se a <esus do plano astral. Então 5edro tomou a pala$ra edisseB '7en!or, é bom ficarmos aqui. 7e queres, $ou fa0er aqui tr%s tendas, uma para ti, outra

 para -oisés e outra para Elias'.

5edro ainda esta$a falando quando uma nu$em luminosa os en$ol$eu, e da nu$emsaiu uma $o0 direta que di0iaB 'Este é o meu Dil!o amado, em quem pus toda a min!a afei"ão.Hu$i66o2'. Luando ou$iram isso, os futuros apóstolos da oa 4o$a ficaram petrificados pelotemor e caíram genuflexos com o rosto em terra, * que a perspecti$a psicológica profundadeles era de um Keus puniti$o e cruel, poderoso e enrai$ecido diante de raios, $entos etro$(es. <esus aproximou67e, tocou neles e disseB 'e$antem6se, e não ten!am medo'. ;o sele$antarem, os discípulos inseguros ergueram os ol!os e $iram somente <esus a sorrir6l!escom o !abitual semblante sua$e, amoroso e pacífico. ;o desceram da montan!a, <esus l!esordenouB '; ninguém contem esta $isão até que o Dil!o do !omem ten!a ressuscitado dosmortos'.

5odemos concluir que <esus te$e de recol!er6se num lugar a parte, distanciando67e

momentaneamente da popula"ão que H seguia sofregamente em busca dos milagres, para queconseguisse a sustenta"ão $ibratória necessria ao intercâmbio medi)nico diretamente comuma dimensão mais rarefeita. Hs discípulos que H acompan!aram ainda não esta$am prepa6rados, pela influ%ncia da cultura mosaica $igente, fortemente puniti$a ante os fen&menos do;lém. Jmpun!a6se o cal$rio do -essias, programado pelo ;lto para reden"ão de umacoleti$idade sedenta por sacrifícios e escra$i0ada a poucos eleitos di$inos, e ainda acompro$a"ão da exist%ncia da $ida após a morte física pela ressurrei"ão Mmaterian0a"ão do

 períspiritoO de <esus.

;lis, <esus, ao descer do -onte #abor, acompan!ado de 5edro, #iago e <oão,encontrou os demais discípulos em apuros por causa da manifesta"ão de um 'dem&nio' em

um *o$em, que o fa0ia 'estrebuc!ar', deixando6o mudo. Hs discípulos que não acompan!aram<esus !a$iam fracassado nas tentati$as de 'expulsar' o espírito, que se fortalecia e se

:8

Page 40: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 40/104

mantin!a manifestado pelo pânico dos circunstantes. <esus, mo$ido pelo amor messiânico quenutria pela !umanidade, te$e compaixão do menino, e desfe0 imediatamente a egrégoraformada pelo medo, com 7uas ele$adas $ibra"(es, libertando6o da possessão. Em seguida,admoestou fraternalmente os discípulos, temerosos pela pouca fé e du$idosos do poder crístico que a eles <esus concedia.

amenta$elmente, a %nfase na manifesta"ão medi)nica deletéria e nos aspectosobsessi$os da influ%ncia espiritual são decorr%ncias naturais de uma sociedade insana, pois oafim atrai o afim. ; incessante e cotidiana assist%ncia benfeitora dos espíritos do 'lado de l',com o fito de alterar as con$ic"(es equi$ocadas das criaturas ante /s leis di$inas, é banali0ada

 pela repeti"ão demorada dos baquetes glut&nicos regados a lcool e carne, com o tempo perdido no !umor a$iltante dos $ídeos do anedotrio indecente, ou ainda na fixa"ão mentaldos estímulos sensoriais no campo do sexo, que alicer"am6se libidinosamente namercantili0a"ão do corpo feminino, entre tantas outras condutas instinti$as mo$idas pelas

 paix(es !umanas.

; mediunidade concedida integralmente pelo amor do 5ai para a reden"ão !umanatorna6se, paradoxalmente, palco de teatros dantescos nas sess(es de 'descarrego e liberta"ão'dos cultos nascentes que demoni0am os espíritos. Em $erdade, nessas catarses, 'limpam6se'as auras densas e pega*osas dos crentes di0imistas que, ao en$iarem para as 'labaredasinfernais' seus dem&nios externos, encontram um ponto de escora interno para suportar oefeito do retorno de seus próprios desmandos existenciais, * que nada se perde nacontabilidade sideral.

; mecânica de 'incorpora"ão' no seio da coleti$idade umbandista ainda é necessria eindispens$el. Jnfeli0mente, a cren"a entusistica no fen&meno incomum, que condu0 / reali6dade do espírito imortal, é indu0ida de forma err&nea em muitos adeptos. N de senso comumnos -aiorais do 'lado de l' que Keus não estatuiu o ato religioso como uma prticadeprimente e capa0 de rebaixar o ser !umano / animalidade instinti$a, ou a tornar6se

 prisioneiro de métodos rituali0ados para alcan"6o. ;s san"(es religiosas e puni"(es dossacerdotes das di$ersas castas dominantes, durante mil%nios, impuseram forte sentido de culpae penit%ncia, como se os atos das pessoas recebessem senten"as negati$as da 'di$indade'.Com a cria"ão de tabus e interdi"(es religiosas, elaborou6se penas ob*eti$as, como asfogueiras e torturas inquisitoriais.

Kesse modo, aqueles que impuseram um estado psicológico culposo /s religi(es, perseguindo bruxos, magos, cabalistas, ateus, curadores, feiticeiros e médiuns, !o*e t%m de

'expiar' suas faltas diante do $erdadeiro 7agrado, atra$és de experi%ncias religiosas com$i$%ncia de transes medi)nicos nos terreiros. ;ssim, o ferren!o inquisidor de outrora !o*e éacicatado pela imperiosa necessidade de freqVentar as 'giras' de desen$ol$imento medi)niconos terreiros de umbandaB é médium atordoado que cai em transe e não sabe controlar ofen&meno, e o preto $el!o e o caboclo de !o*e no passado foram os queimados nas fogueiras,que 'descem' ao terreiro para auxiliar seus antigos desafetos. Escoa6se 'pesado' e intensocarma coleti$o criado ao longo de eras, e entre catarses indu0idas pelos elementosritualísticos, antes demoni0ados, todos e$oluem, aprendendo uns com os outros. #al é a lei,em seu eterno equilíbrio cósmicoB $ai6se es$a0iando um imenso oceano de culpa coleti$a, deódio e persegui"(es, de medos e insanidades, pela concessão dadi$osa da mediunidaderedentora, mostrando que o 'morto' do ;lém é o amigo que consola e conforta e não o

dem&nio que persegue, domina e tortura.

@=

Page 41: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 41/104

H transe de terreiro ou manifesta"ão medi)nica na umbanda pode causar conflito ereceio em muitos iniciantes. +m dos maiores medos para o médium deseducado é a própriacatarse M'possessão'O, pelo fato de não querer perder o controle de si mesmo, aliado /'demoni0a"ão' das religi(es medi)nicas existente no inconsciente coleti$o, pois na suacabe"a ou imagina"ão significa que a manifesta"ão é uma coisa 'ruim', coisa do 'dem&nio',

acompan!ada de uma espécie de'apagão' Manestesia geralO que bloqueia seus sentidos,audi"ão, $isão, tato, olfato e paladar. Jsso não ocorre mais. Esses sentidos são alterados, a fimde que os espíritos os utili0em para o perfeito transe ou manifesta"ão, quando de$idamenteeducados, ob*eti$ando o aconsel!amento espiritual. H medo ati$a o psiquismo negati$amente,interferindo na integra"ão medi)nica com a entidade.

; manifesta"ão é uma questão de sensibilidade preexistente, ou se*a, de antes dareencarna"ão, e que exige sintonia e entrega do médium, podendo ter $aria"(es de uma pessoa

 para outra. H ambiente do terreiro, rituali0ado com método e disciplina, pode oferecer aseguran"a necessria com o tempo de prtica.

5ara mel!or compreensão das di$ersas $aria"(es da manifesta"ão, $amos comparar otranse a uma tomada de energia, pois os médiuns são 'semel!antes' a $rios aparel!os .eletrodomésticosB se tomarmos uma geladeira e colocarmos na tomada, ela $ai refrigerarA secolocarmos um ferro elétrico, ele $ai esquentarA um $entilador, $ai girar e fa0er $ento, e assimsucessi$amente. ConclusãoB o método ritual disciplinador é o mesmo para todos, mas aliga"ão é peculiar a cada um, ou se*a, são consci%ncias milenares e diferentes entre si, cadauma dando o que possui no seu inconsciente ancestral. ;ssim, cada indi$íduo emana aess%ncia de sua ancestralidade espiritual.

Em caso de qualquer d)$ida ou conflito, é bom procurar sempre a*uda de dirigentessérios, pessoas com experi%ncia prtica na mediunidade de terreiro, e que se*am 'abertas' aoestudo. #odos os iniciantes precisam de orienta"ão para compreender adequadamente o transeou manifesta"ão medi)nica no seu início, pois somos eternos aprendi0es. ;ssim sendo,

 podemos considerar que nunca estaremos 'prontos'.

 4aturalmente, nem todos que freqVentam uma comunidade de terreiro na umbandaestão ali para fa0er parte do grupo de médiuns trabal!adores. ; umbanda é freqVentada por uma ampla di$ersidade de consci%ncias, composta de indi$íduos com propósitos, ideais eob*eti$os di$ersos. H mais importante é o acol!imento fraterno, ou se*a, abra"ar, $alori0ar,considerar, respeitar e tratar a todos igual e incondicionalmente, sem discriminar a

 proced%nciaB se é $isitante, consulente, adepto ou simpati0ante. Contudo, é preciso esclarecer 

que para ser um médium de umbanda, aceito e iniciado numa corrente como trabal!ador ati$o, além de freqVentar a assist%ncia o tempo adequado para ser recon!ecido pela c)pulaespiritual do terreiro, fa0em6se necessrios in)meros atributos morais, intelectuais,comportamentais e $ocacionais, e ob$iamente ter mediunidade ati$a de fato, no caso demédiuns que trabal!arão no aconsel!amento espiritual, em sess(es prticas de caridade.

Jnfeli0mente, !o*e $erificamos muitas 'inicia"(es' placebo, sem efeito algum, pois sãoreali0adas até a distância, pela internet. ; simples 'inicia"ão' de um indi$íduo despro$ido detais atributos bsicos e essenciais, e ainda sem mediunidade, não o !abilita como um'iniciado' legítimo, com direito a pertencer / corrente astral de umbanda. Cabe ao sacerdote,dirigente, 0elador, diretor de rito ou c!efe de terreiro escol!er com muito critério aqueles que

são realmente dignos de aceita"ão e posterior inicia"ão, preponderando os atributos bsicos eessenciais, além da mediunidade ati$a direcionada para as lides de terreiro, que é 'impressa'

@1

Page 42: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 42/104

no corpo astral, antes da reencarna"ao da criatura, pois ob$iamente nen!uma inicia"ão aati$ar se não for preexistente essa sensibili0a"ão.

Esc$arecimentos de Ramatís

PERKUNTA J 6o uni!erso da mediunidade de terreiro& 'uem são osancestrais na ormação da doutrina umbandista?

RAMAT7) J  Kesde tempos remotos, espíritos muito antigos, de outras paragenscósmicas, en$iados pelo Criador, 'descem' / #erra em épocas adequadas para auxiliar a!umanidade, inspirando e esquemati0ando mo$imentos espiritualistas adequados aos estgiose$oluti$os de consci%ncia coleti$a de cada região geogrfica. 4os postulados de todos osmo$imentos religiosos, entre os po$os de $ariadas localidades do orbe, sempre existiram

 princípios bsicos, adequados / mentalidade comum e, consequentemente, /s interpreta"(es

de cada ra"a, mesmo $ariando a simbologia, os costumes e as tradi"(es culturais introdu0idosentre os !omens a partir de um mesmo ;utor Ki$ino, que é Keus.

;ssim sendo, conforme plane*amento e$oluti$o superior, reuniu6se no ;stral contíguo/s terras brasileiras uma confraria de espíritos constituídos de consci%ncias crísticas, cu*ocarma indi$idual das reencarna"(es sucessi$as * !a$ia se esgotado, e arquitetaram a doutrinade umbanda, uni$ersalista, fraternal, de amor incondicional, reunindo sob a mediunidaderedentora grandioso n)mero de egos que escoam pesados carmas sob a égide das tarefascaritati$as, nos di$ersos terreiros existentes.

Esses grandes magos, profetas, mestres, instrutores espirituais, 'santos' das religi(es efilosofias, g%nios da ci%ncia cósmica que rege o planeta, possuidores de sublimes condi"(esmorais6espirituais, capacitados pela 7abedoria Ki$ina, e que * tin!am encarnado em di$ersasra"as, em $rias localidades planetrias, selaram o compromisso da Confraria dos Espíritos;ncestrais com a umbanda, sob o comando de <esus, esque6mati0ando o programa redentor dessa religião, que indu0 a rea"(es mais adequadas para a liberta"ão espiritual, despren6dimento e ren)ncia indi$idual em prol do coleti$o, sob o lema 'camin!o, $erdade e $ida',conduta segura para a liberta"ão do *ugo ilusório da matéria animal.

PERKUNTA J A passagem do tempo nos condu ao desgaste %sico(

4ual o "recado" de 9eus& diante do en!elhecimento sucessi!o na matéria& nociclo de reencarnações sucessi!as?RAMAT7) J  ; imperfeita mortalidade do corpo físico se sublima na perfei"ão da

imortalidade do espírito que o animou temporariamente. 7ob o in$ólucro exterior perecí$el do!omem permanece intocada a mente, que acumula gradati$amente a sabedoria do psiquismoatra$és das $i$%ncias sucessi$as, controlando e retificando os des$ios do camin!o ascensional

 pelos equí$ocos do orgul!o e do egoísmo. Iestindo di$ersas armaduras em muitas exist%ncias,o guerreiro $iolento e conquistador aperfei"oa6se sob o estímulo do mara$il!oso corpo!umano arquitetado por Keus, que determina que o !omem se utili0e da reencarna"ao tantas$e0es quantas forem necessrias, a fim de que se expon!a /s $icissitudes e responda aos seusestímulos perante a ei do Carma, para que sua nature0a di$ina o condu0a / realidadetranscendental, nele latente. ;ssim, a !umanidade despertar e crescer até manifestar6se o

@3

Page 43: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 43/104

an*o que cada um de $ós tem dentro de si, conforme $os ensinam as mximas cósmicasB '4acasa do 5ai ! muitas moradas' e 'Iós sois Keuses'.

PERKUNTA J 0omo a umbanda proporcionar1 e!olução& sem a

"inter!enção" dos esp%ritos nos médiuns praticantes da religião& libertando#osde métodos ritual%sticos escra!iantes?

RAMAT7) J   Kesde épocas imemoriais, as religi(es ensinam que Keus é aJntelig%ncia 7uprema e que a consci%ncia de cada ser !umano tem em si os fundamentos do5ai Criador, enquanto Ele é a unidade mantenedora de tudo no +ni$erso. <esus ensinou que o'reino de Keus est no !omem' e o !omem pode ser um com o 5ai. ;nalogamente, com o

 passar dos anos no mediunismo de terreiro, em geral o medianeiro $ai acumulando em si oreflexo dos atributos e potenciais psíquicos dos espíritos mais e$oluídos que com eletrabal!am, num tipo peculiar de 'osmose' espiritual, em que as qualidades $i$enciadas nosestados alterados de consci%ncia, sob a atua"ão dos guias, $ão se introdu0indo no corpo

emocional e mental dos sensiti$os receptores. 5aulatinamente, no exercício da doa"ãocaritati$a incondicional em prol dos semel!antes, tantos são os passes e aconsel!amentosdados, que se integra ao seu psiquismo um rico acer$o moral que l!e possibilitar prosseguir na e$olu"ão no outro lado da $ida sem a depend%ncia de métodos ritua6lísticos externos,escra$i0antes, baseados em tradi"(es, mitos, pro$érbios e lendas perdidas no tempo.

;ssim, gradati$amente, 'morre' internamente o !omem $el!o e 'nasce' o !omemno$o. Kesse modo, tantas $e0es renas6cereis em orbes inferiores quanto menos galgardes aescada do Eu Crístico que $i$e internamente em cada criatura !umana, pela exposi"ão ao

 processo pedagógico cósmico, contínuo e inexor$el do 'reino de Keus dentro do próprioser'.

PERKUNTA J Entendemos 'ue o ac)mulo dos anos é indispens1!el ao médium de terreiro& como !i!$ncia para a iniciação espiritual& conduindo#o a patamares mais ele!ados de consci$ncia( 0omo explicar as "iniciações"'ue acontecem ho7e sem o tempo necess1rio& muitas até a dist2ncia& sem re#'8$ncia a uma corrente medi)nica de umbanda& caritati!a e com egrégoraconstitu%da no tempo?

RAMAT7) J   Em todas as escolas iniciticas, na istória da !umanidade,

existiram cerimoniais ritualísticos de inicia"ão. Em $erdade, longe de inicialmente ser compreendido pela maioria dos pretendentes / inicia"ão, que condu0ir os candidatos a'des$elar' os mistérios, é um ato muito significati$o, cu*a $erdadeira importância é interna eoculta, sob a apar%ncia do $éu exterior das liturgias, pala$ras de encantamentos, man6tras,mandalas de poder ou impreca"(es mgicas. N preciso entender que a pala$ra inicia"ão deri$ado latim initiare, de initium, início ou come"o 0in1 para dentro, e ire1 irA ou se*a, penetrar 'nointerior'A come"ar no$o estado de compreensão de si mesmoO. Ka etimologia da pala$ra,depreende6se que o significado da inicia"ão é o in$resso no mundo interno para come)ar uma

nova vida*

-as os mestres de inicia"ão, sempre 0elosos, obser$a$am os neófitos por extensos

 períodos, anotando seus defeitos, impulsos, melindres, psicologia, enfim o modo de ser quel!es era peculiar, a$eriguando com esmero e profundidade se eles teriam condi"(es de acesso

@:

Page 44: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 44/104

aos rituais simbólicos que os le$ariam a no$os ní$eis de entendimento de si mesmos e,consequentemente, do mundo transcendental. 4a maioria das $e0es, só poucos e esfor"adoscandidatos conseguiam c!egar ao final das se$eras 'pro$as' de $erifica"ão a que os mestresos expun!am, a exemplo das muitas fol!as secas das r$ores que não suportam o $ento maisforte e se desprendem dos gal!os.

Em $erdade, o domínio da mente eqVi$ale ao a0eite que alimenta a lamparina acesa, eexpor um candidato / inicia"ão sem condi"ão mental é fa0%6lo perder6se no 'escuro' durante asenda da inicia"ão, pois o iniciando precisa de capacidade de dirigir o pensamentoconcentrado para 'iluminar' seu mundo interior, sem dispers(es pelos apelos do mundosensório e pra0eroso da $ida profana, própria do cidadão comum. Ko mesmo modo como alu0 do 7ol só rasga a escuridão de um quarto se a *anela esti$er aberta, a ilumina"ão come"a ain$adir o templo interior do neófito quando ele ti$er for"a mental que possibilite as condi"(es

 psíquicas bsicas para seguir as instru"(es do iniciador. H domínio da mente eqVi$ale aoa0eite que alimenta a lamparina acesa e / *anela aberta para entrar a lu0 do 7ol.7imbolicamente, representam a $itória sobre as paix(es inferiores que 'desonram' o ser frente

/s leis cósmicas e o tornam incapa0 como futuro adepto.

 4ão por acaso, entra$a6se na Escola 5itgorica1 para ser filósofo e buscar a sabedoria pelo resto da $ida, e não para uma mera inicia"ão com ob*eti$os pessoais,  status, certificadosou quaisquer graus de superioridade perante os semel!antes, como as inexplic$eis'inicia"(es' que acontecem !o*e em dia, ditas de 'umbanda', sem o tempo necessrio, sem anecessidade de freqV%ncia a uma corrente medi)nica, com total desleixo e sem senso deresponsabilidade para com as conseqV%ncias da m utili0a"ão dos con!ecimentos transmitidosao 'iniciado' incapa0, que não t%m requisitos para admissão, exatamente como procedem os'iniciadores' e os irrespons$eis 'mestres' miditicos da atualidade, moti$ados tão somente

 pelo din!eiro.

4$6 Pit-goras foi "ma das encarna*Ces de Ramatís8 no séc"$o & antes de 0risto' #ais 'iniciados' são como fol!as secas le$adas ao $ento das oportunidades, mo$idos

 pelos banais interesses momentâneos, na maioria das $e0es sem pertencer a correntesmedi)nicas de terreiros reais, muito longe das escolas de inicia"ão que existem no plano astralsob a égide da ei de +mbanda, rigorosíssima, e que seleciona os candidatos a seremadmitidos em suas frentes de trabal!o caritati$o na crosta terrestre somente após 'sofrerem'duras pro$as durante $rias encarna"(es. Então, por direito adquirido, são sensibili0ados emseus corpos astrais, auferindo direitos de trabal!o como médiuns umbandistas de fato,con!ecidos popularmente como 'ca$alos de santo'.

Jmaginais os apressados de !o*e, $idos por gan!os financeiros e recon!ecimento p)blico, sem tempo para atenuar em si seus anseios inferiores, sendo obrigados ao anonimatoe a se abster de bebidas alcoólicas, adotar uma alimenta"ão frugal $egetariana e manter ocelibato, como antigamente, e por fim, depois de alguns anos de espera, tendo superado essas'duras' pro$as, c!egando / frente da inicia"ão derradeira, para serem aceitos na confraria,doando seus bens indi$iduais em benefício de todos, desapegando6se de posses particulares ede interesses mundanos mercantilistasW

Nota do médi"m

@@

Page 45: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 45/104

Kisse <esusB 'Luando um cego guia outro cego, ambos cairão na co$a'. H ego !umanoé um cego, não tem a $id%ncia da $erdade libertadora. 7e esse cego não se deixar guiar por um $idente, des$ia do camin!o certo. H guia6$idente seria o Cristo interno, a almaA mas, seela mesma não tem a de$ida experi%ncia do seu Cristo, esse ego cego é guiado por outro egocego. Kaí a imperiosa necessidade de despertar em si o 'eu $idente'. ;utor6reali0a"ão é

impossí$el sem esse autocon!ecimento. Estamos $i$endo na era dos gurus. 5or toda parte,desde o Hriente até o Hcidente, ! !omens que se ar$oram em mestres e congregamdiscípulos. Hs mestres prometem e conferem 'inicia"ão' a seus discípulosA alguns atéoferecem diplomas ou certificados de inicia"ão. 4esse processo ! dois iludidosB o iniciador eo iniciado. 4en!um !omem pode iniciar outro !omemA não existe alo66inicia"ãoA só existeauto6inicia"ão. <esus, o maior dos -estres espirituais, nunca iniciou nen!um de seusdiscípulos, durante os tr%s anos de sua ati$idade p)blica. Entretanto, no dia de 5entecostes,13= dos seus discípulos se auto6iniciaram, depois de no$e dias de sil%ncio e medita"ão. H queo mestre pode fa0er é p&r setas na encru0il!ada, indicando o camin!o certo aos ini6ciandos.-as a inicia"ão é obra de cada iniciando inici$el. 7e o mestre não é um $erdadeiro iniciadona $erdade libertadora, nem sequer pode colocar setas no camin!o, porque ele mesmo ignora

o camin!o certo 6 é um guia cego guiando outro cego.

Re$ela grande presun"ão um !omem querer declarar que alguém é iniciado, poisinicia"ão é um processo misterioso que ninguém con!ece a não ser o próprio iniciado. Kar certificado de inicia"ão a alguém re$ela tanto ignorância quanto arrogância. N possí$el iniciar alguém ritualmente, mas não espiritualmente. 7e um ritualmente iniciado se considerarealmente iniciado, é um pobre iludido. +ma das maiores fraudes espirituais da !umanidadede !o*e se c!ama inicia"ão.3

M3O #exto extraído da obra 'ro2anos e 3niciados, de umberto oden, publicada pela +niãoCultural Editora.

PERKUNTA J 4uais são as responsabilidades de 'uem& comoiniciador& realia "iniciações"pagas& ensinando pala!ras m1gicas&encantamentos& irmeas e assentamentos !ibrat:rios a todos& indistintamente&sem 'uais'uer pré##re'uisitos dos candidatos?

RAMATI) J  ; responsabilidade é maior quando esses 'iniciadores' sabem asconseqV%ncias dos ensinamentos trans6mitidos a pessoas incapa0es, obsediadas, psicóticas,depressi$as, inseguras, médiuns deseducados, não estabelecendo pré6requisitos em seuscursos ca"a6níqueis, com o ob*eti$o de captar alunos. -uito menos se dão ao trabal!o dea$eriguar quem são os receptores dos con!ecimentos transmitidos, pois em tais seres incautos

não !abita dese*o de bem algum para com os outros, só o interesse pessoal pecunirio, enen!um 0elo para com a integridade psíquica dos semel!antes. Como não se preocupam como bem de ninguém, sal$o o deles próprios, * que em sua ótica cada um de$e responder pelaaplica"ão 'inadequada' dos con!ecimentos transmitidos, indiretamente, o mal que nãoquerem para si mesmos terminam fa0endo aos seus semel!antes despreparados, do mesmomodo como um mudo que não sabe nadar, e ninguém l!e perguntou nada a respeito, e é

 *ogado em alto mar.

Em decorr%ncia disso, assumem inexora$elmente, ante /s equânimes leis di$inas, pesadas dí$idas crmicas coleti$as por terem a$iltado a transmissão de con!ecimentos, nãoa$eriguando antes o potencial de cada indi$íduo e banali0ando a admissão aos saberesiniciticos milenares. 4ão doaram o mximo de si para descobrir e desen$ol$er a

compet%ncia al!eia, fugindo ao $erdadeiro mestrado ao não tomar ci%ncia da sua

@

Page 46: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 46/104

responsabilidade, que $ai muito além do compromisso de formar cidadãos conscientes,capa0es, íntegros, sadios, que teriam o desafio de contribuir para uma sociedade mais *usta edigna e para um mundo mel!or.

Nota do médi"m

Certa $e0, esta$a eu para ser aceito em uma casa espírita uni$ersalista como médiumtrabal!ador. Como era pré6requisito 'obrigatório' fa0er um curso de forma"ão Mna época emtorno de RZ 18=,==O para ser autori0ado a ingressar como médium, eu * !a$ia separado o$alor e esta$a pronto para sair de casa rumo / secretaria do centro, a fim de fa0er min!ainscri"ão, quando, em clari$id%ncia, Caboclo 5er? apareceu, abrindo meu c!acra frontal, e meinformou que para ser médium eu não precisa$a pagar, pois se eu !a$ia recebido a 'gra"a' damediuni6dade, pela compaixão e misericórdia do ;lto, do mesmo modo não de$eria cobrar nem pagar Mo que constitui os dois lados do mac!ado de Pang&O, e que de$eria semprerespeitar o guia de frente do'meu'ori Mcabe"aO.

Como não foi possí$el exercitar a mediunidade nesse agrupamento sem pagar, meretirei e procurei outro centro. Kesde então, nunca $inculei a 'mel!ora' ou exercício da min!amediunidade a qualquer curso pago, ou qualquer tipo de pagamento que não se*a a *ustamensalidade para contribui"ão com a associa"ão / qual estou $inculado. Jsso não quer di0er que se*a contra o estudo, muito pelo contrrio, tanto que temos os estudos sistemati0ados daumbanda gratuitamente, todos os anos, aulas filmadas e disponibili0adas na internet paraacesso em qualquer localidade do planeta. Cada casa tem suas especi6ficidades e não noscomparamos ou tecemos quaisquer *ulgamentos. Compartil!o tão somente que no rupo de+mbanda #riângulo da Draternidade todos os cursos que * propiciamos aos médiuns

trabal!adores e / assist%ncia foram e continuarão sendo gratuitos, como de florais, cristais, ben0imento, apome6tria, astrologia, entre outros.

-eu 4a/ Msauda"ãoO a Caboclo 5er?, pai, protetor, amigo, irmão, e o5uo6 Mol!os dePang&O de 'nossa' comunidade de terreiro. -eu respeito ao seu pilão, disposto em frente aonosso congV2

;o terminar de escre$er esta nota, fui 'en$ol$ido' pela irradia"ão amorosa de Io$ó-aria Conga, que ditou o seguinte recadoB

Me"s fi$%os8 fa# tempo ?"e esta preta n!o intromete a co$%er na c"mb"ca8 mas o

momento é oport"no para dar "m recado direto e sem treBeitos' N"m terreiro de "mbanda ?"epresera e respeita o tempo de traba$%o e de inicia*!o de cada médi"m8 o ?"e n!o ?"er di#erpompas aidosas e desta?"es na %ierar?"ia8 certas tarefas $itúrgicas8 como a renoa*!o dose$ementos "ti$i#ados nas firme#as8 tron?"eiras e assentamentos ibratGrios8 deem ser rea$i#adaspe$os mais antigos8 médi"ns preparados e de inteira confian*a do $ado de c-' E sG antigQidaden!o basta8 me"s amados fi$%os8 sendo necess-rio a certe#a de ?"e a tarefa est- de acordo com oeled1 4reg>ncia da coroa mediúnica ?"e compCe o ori do médi"m68 para ?"e e$e possadesempen%-$a s"portando ade?"adamente o entrec%o?"e de energias em abso$"ta ade?"a*!oaos se"s camin%os na medi"nidade' Afina$8 os médi"ns de terreiro reencarnaram sensibi$i#ados8o" afinados como io$inos a serem tocados n"ma or?"estra pe$os músicos8 ?"e somos nGs deste$ado da ida8 ?"e rea$i#amos os acordes o" fre?Q>ncias ibratGrias dos orix-s afins com oinstr"mento' )en!o a corda pode arrebentar8 compreende"

de ca"sar est"pefa*!o o ?"e emos ?"e est!o fa#endo por aí8 consagrando8firmando e assentandoorix-s8ex"se o"tras coisas8 t"do r-pido8 +s e#es a dist<ncia8

@9

Page 47: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 47/104

sem a presen*a do indiíd"o8 em instr"*Ces ?"e endem inicia*Ces ?"e s!o f"ndamentos damagia de "mbanda8 sem a mínima exig>ncia de ?"ais?"er prére?"isitos8 disponíeis a todos8seBa no traba$%o8 resid>ncia o" o"tro $oca$' f-ci$ desen%ar "m %omem pescando no $ago8 masestar no $ago ensinando a pescar é difíci$8 pois para instr"ir iniciando a$g"ém n!o basta saberinte$ect"a$mente como fa#er' 9es"s ensinaa os pescadores na beira do mar a enc%er de a$mas a)"a rede diina cond"#indoas ao reino de De"s' Est!o brincando com coisa m"ito séria comrede f"rada' E a caridade8 me"s fi$%os8 a simp$es caridade8 como nos idos antigos em ?"e com"ma e$in%a e "m copo dS-g"a seg"r-amos gira e n!o deix-amos a corrente cair8 poistín%amos médi"ns ?"e se entregaam com tota$ amor Isso é coisa "$trapassada e sem gra*anesta sociedade tecno$Ggica e impaciente' Tanto saber transmitido por cegos8 ?"e sGenxergam o i$ meta$8 a ?"em ?"er er sem "m o$%o8 pois sG a$meBam a s"perioridade da forma*!o inte$ect"a$''' )er- t"do isso erdadeiramente "mbanda

Me"s fi$%os8 est!o es?"ecendo ?"e os gen"ínos cond"tores de "ma engira 4sess!o6 de"mbanda8 s!o os espíritos do $ado de c-8 n!o é mesmo O" os tempos s!o o"tros e a$e mais "mdip$oma o" certificado na parede

 

,i$%os amados da Terra8n!o metam a m!o em c"mb"ca de preto e$%o N!o fa*ams"as tarefas com a"s>ncia de i>ncia8 preparo8 tempo8 e sem o obBetio único da caridade Oest"do é importante e o incentiamos' O est"dar dee estar %armoni#ado com o pertencimento a"ma egrégora constit"ída8 pois o traba$%o em gr"po é a maior seg"ran*a ?"e podemosoferecer''''aBa pat"- rasgado nos dias de %oBe8 ?"e ning"ém ?"er cost"rar médi"ns traba$%ando so#in%os8 desgarrados8 sem forma*!o sG$ida pr-tica e transbordando informa*Ces nomenta$' Entristecenos er ?"e ?"em é respons-e$ pe$o dese?"i$íbrio gerado nestes fi$%osdesgarrados n!o s!o apenas os ?"e os iniciaram precipitadamente e sem prére?"isitos decon%ecimento dos f"ndamentos de "mbanda' Tem m"ita gente inocente metendo a m!o emc"mb"ca sem ter a mínima condi*!o' O Astra$ inferior incentia nos egos aantaBados a r"pt"rae a bana$i#a*!o ai$tante ao pertencimento aos terreiros de "mbanda

-aria Conga, com suas fol!as de guiné7eu gal!in!o de arruda, o seu $ence demandas,Keixa o manac em flor MbisOIem l das matas, trabal!ar com muito amor 

 4esta +mbanda querida $em prestar a caridade5ara a lória do 7en!or MbisO

PEKUNTA J  Podeis nos elucidar sobre a necessidade de"recolhimento"dos médiuns& para alcançar a sustentação !ibrat:ria

necess1ria ao interc2mbio medi)nico nas tareas caritati!as nos terreiros?RAMATI) J   H recol!imento é necessrio para que o médium consiga!armoni0ar sua mente, repleta de pensamentos intrusos, pela insensata correria do dia a dia

 profano. Como a sintonia com os espíritos do 'lado de c' ocorre mente a mente, é ob$io que,se a casa mental do medianeiro esti$er 'su*a' e pesada, os espíritos benfeitores nãoconseguirão $isit66la, a exemplo de uma estrada interrompida por uma a$alanc!e de lama,em que o espírito comunicante não prosseguir no camin!o, in$iabili0ando6se a conexãomedi)nica. H ato de recol!imento de$e ser acompan!ado do sil%ncio interior, da leituraedificante e da medita"ão, preferencialmente no próprio terreiro ou centro espírita, com tempoadequado antes do início das tarefas programadas com a mediunidade.

@F

Page 48: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 48/104

III

Afina$8 ainda precisamos dos rit"ais

N!o necessitam de médico os s!os8 mas sim os doentes'

MATEU) 4capít"$o ;:=6

7omos seguidamente ad$ertidos de que o fundamento principal do progresso e do%xito de qualquer trabal!o medi6)nico est nos ob*eti$os ele$ados dos seus integrantes. 7óassim entidades 0ombeteiras e de baixo escalão $ibratório não conseguirão interferir nas

ati$idades medianímicas. 5ode !a$er assédio no centro espiritualista alin!ado com omentalismo, sem ritos exteriores, e ao mesmo tempo os benfeitores estarem atuandofortemente numa sessão de terreiro com pretos $el!os, entre cac!imbadas e passes com gal!osde arruda entremeados de ladain!as e tre*eitos peculiares ao mo$imento corporal dessasentidades, bem como um belo ritual c!eio de lindas oferendas poder estar alimentandoespíritos tre$osos, tal qual uma bela flor, de perfume adocicado, não mostra a sua incrí$eltoxicidade, a exemplo da flor6de6são6*osé, cu*a ingestão de uma )nica fol!a pode matar.

;s criaturas desa$isadas da realidade espiritual se iludem com as formas aparentesexternas e exigem do outro que a*a como *ulgam ser o certo, diante da '$erdade' que

 pretendem possuir. ;ssim, ali o cristão católico alega que só com o sacrifício de <esus existesal$a"ãoA acol, o *udeu imp(e o Iel!o #estamento como roteiro seguro de purifica"ãoA aqui,o pentecostal atribui todo o poder de reali0a"ão ao Espírito 7antoA l, o espiritualista da '4o$aEra' prega a prtica de uma religiosidade pessoal e declara a fal%ncia de todas as outrasreligi(esB todos impondo o seu ponto de $ista uns aos outros, esquecendo6se de que Keus éum só e independe de cren"as pessoais em li$ros sagrados ou em rígidos códigos religiosos.

Kiante do atual estgio de e$olu"ão das consci%ncias, os rituais ainda são necessrios e benéficos, se mo$idos com ob*eti$os superiores de amor incondicional ao próximo. -esmono Espa"o existem ritualismos que abalam as $el!as con$ic"(es dos que retornam / ptriaespiritual ei$ados de predisposi"(es sectaristas conden$eis, por alimentarem o falso senso de

superioridade em rela"ão a outras formas de intercâmbio medi)nico que não se*am as preconi0adas pelas doutrinas que abra"aram em #erra.

Hs rituais de umbanda e$oluem e adotam uma lógica de assimila"ão de grande porosidade, isto é, 'ligam6se' /s suas origens africanas, as quais manti$eram $i$o o panteãodos orixs amalgamados com a nossa !eran"a cabocla, da pa*elan"a e do xamanismo, e seimbricam com o catolicismo popular, com o espiritismo, instruindo sobre os mecanismosmedi)nicos e estruturando prticas iniciticas de grande plasticidade, em ra0ão da absor"ãoem maior ou menor grau dessas diferentes formas religiosas. Estabelece6se uma capacidadeímpar de adapta"ão ao no$o, em que qualquer elemento de outra religião da atualidade podeser abarcado sem descaracteri0ar a ess%ncia da umbanda, que é 'a manifesta"ão do espírito

 para a caridade'.

@G

Page 49: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 49/104

Equi$ocadamente, a idéia corrente de 'sincretismo' $ulgari0a os rituais de umbandacomo sendo algo primiti$o, de excessos alegóricos, sem fundamento, mas isso de fato é umaincompreensão dos que foram confinados / escra$idão das '$erdades' )nicas. 4a realidade, aumbanda é uma religião aberta ao atípico e inesperado desde a sua prtica inicial, / época damanifesta"ão do Caboclo das 7ete Encru0il!adas, até os dias de !o*e, pois elabora tipos,

memórias e sentidos normalmente marginali0ados e excluídos do contexto social e religiosoortodoxo $igente, permitindo o aparecimento de no$as entidades e a recria"ão de outras.

Hb$iamente os rituais que sustentam as sess(es de umbanda são um meio de organi0ar essa di$ersidade, sem perder6se a ess%ncia inicial, 'a manifesta"ão do espírito para a carida6de'. 7endo assim, do nosso !umilde ponto de $ista, a religião umbandista mergul!a

 profundamente no inconsciente coleti$o, buscando ininterruptamente nesse manancialespiritual sua fonte de inspira"ão, ao transformar figuras do cotidiano popular, expressando6asem seu mais profundo significado espiritual para a nossa e$olu"ão anímico6consciencialB aausteridade do caboclo, a !umildade do preto $el!o, a irre$er%ncia dos baianos, a alegria dosciganos, a gargal!ada de exu, a concentra"ão dos orientais, a for"a dos boiadeiros, o c!oro da

cabocla das guas, o brado do flec!eiro da *urema... um mosaico uni$ersalista em que osrituais são a mera costura da di$ersidade de espíritos, respeitando as suas peculiaridades, semfalsas padroni0a"(es.

;ssim como o $ento que perpassa todas as fol!as de uma floresta, sem importar6secom as espécies das r$ores que as sustentam, a plasticidade do uni$erso umbandista se d

 pela aflu%ncia com outras religi(es, numa ampla gama combinató6ria que $incula seusmédiuns a uma m)ltipla composi"ão com as entidades mantenedoras da religião, cu*asmanifesta"(es se organi0am em orixs, lin!as e falanges, que nem sempre são as mesmas deum terreiro para o outro, o que não é moti$o de conflito, pois o que realmente importa é aess%ncia do trabal!o espiritual que est sendo reali0ado.

7em d)$ida, o dinamismo que oferece o sistema medi)nico amparado pelo planoastral torna inadequado o termo sincretismo, que em geral tem a significa"ão equi$ocada de

 perda de identidadeB aqui, a umbanda é $ista como uma deri$a"ão do catolicismo popular, edegeneradoA ali, como baixo espiritismoA além, como um africanismo impuroA l, como umamistura primiti$a... Em $erdade, a umbanda não é uma degenera"ão de outras religi(es, mas aterap%utica eleti$a e necessria ao sentido comum predominante na religiosidade do

 brasileiro.

; espontaneidade para reinterpretar fundamentos e tradi"(es do passado, unindo

con!ecimentos semel!antes e agregando espíritos ancestrais e personagens espirituais típicosde culturas que formaram o po$o brasileiro, mostra6nos uma costura profunda para nos $estir mel!or, elaborada por nosso Keus Criador. Ka mesma forma como todas as estrelas dofirmamento são fontes de uma )nica lu0, $ariando em intensidade, freqV%ncia, taman!o eluminosidade, o microcosmo umbandista garante uma unidade doutrinria capa0 de abra"ar di$ersas linguagens, tecendo um grandioso roteiro pedagógico que ob*eti$a educar6nos nacon$i$%ncia fraternal.

N uma busca constante por interpretar e con$i$er com as di$ersas combina"(es possí$eis de espíritos pelo canal da mediu6nidade, cada um com sua cultura e modo peculiar,mas todos unidos aprendendo com os que sabem mais e ensinando aos que sabem menos.

Com isso, aprendemos acima de tudo, nessa multifacetada linguagem espiritual dos terreirosde umbanda, a nos tornar consci%ncias mais amorosas, num processo que exige a

@8

Page 50: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 50/104

interiori0a"ão constante que só se adquire com o tempo e que se aperfei"oa gradati$amentecom a prtica ritual.

Hs rituais de umbanda condu0em os cidadãos a uma $i$%ncia fruto de releituras deoutras prticas e princípios doutrinrios, notadamente africanos e ameríndios, católicos e

espíritas, que regem as rela"(es das criaturas com o mundo dos espíritos, e daí condu0em aum processo de religiosidade libertador e benfeitor. N notório que essa lógica inclusi$a per6mite a exist%ncia da umbanda sem estar 'aprisionada' a uma )nica forma ritual. 5or essara0ão, toda e qualquer tentati$a de uniformi0a"ão que ob*eti$e uma possí$el codifica"ão estfadada ao fracasso.

; pluralidade se manifestou desde o início, em solo ptrio, pois a umbanda não foi plasmada pelo ;lto para ser mais uma religião codificada, ei$ada de códigos rígidosemanados de um corpo sacerdotal ungido e sacrali0ado, / frente da maioria de adeptos

 profanos e imperfeitos. Essa ampla frente de trabal!o abarcou o mximo de consci%ncias emmenor tempo possí$el e demonstra, sob o seu pano de fundo de execu"ão ritual, a unidade na

di$ersidadeB a e$olu"ão do espírito imortal que de$e aprender a con$i$er com diferen"as quenão separam, mas unem num mesmo propósito existencialB auxiliar o próximo e exercitar oamor incondicional, tão bem exemplificado pelo

ogo, o ritual de uma sessão caritati$a de umbanda é dos mais importantes edetermina toda a sustenta"ão $ibratória magística com os orixs, que serão fundamentais paraa atua"ão medi)nica dos benfeitores do Espa"o. 4ão por acaso, são métodos rituali0ados queexigem disciplina, sil%ncio e concentra"ão, acompan!ados de atitudes mentais e disposi"(esemocionais imbuídas da mais alta fraternidade e amor ao próximo. 7ão instrumentos deele$a"ão coleti$a do psiquismo que 'abrem' o acesso aos planos suprafísicos e atemporais,um tipo de ele$a"ão $ibratória que $ai sendo criado e desen$ol$ido no interior de cada umdos médiuns, proporcionalmente ao grau de união e uniformidade ritualística que se ten!a nacorrente. H ob*eti$o é a cria"ão e sustenta"ão da egrégora, pela emana"ão mental dosintegrantes da corrente, nos quais os espíritos do 'lado de l' atuarão 'ancorados', para semanifestarem pelo canal da mediunidade.

;brir os trabal!os rituais é 'destrancar' nosso templo interior de medos, recalques e preconceitos para que se*amos 'ocupados', en$ol$idos fluidicamente pelos guias espirituais.#odos participando de um mesmo ideal Mdoa"ão ao próximoO, somente com a calma interior,abstraindo6se dos pensamentos intrusos que preenc!em a mente com preocupa"(es ligadas /sobre$i$%ncia na matéria, es$a0iando o psiquismo periférico sintoni0ado com os sentidos do

corpo físico, indo ao encontro do $erdadeiro Eu Jnterno, a ess%ncia espiritual imorredoura eatemporal que anima cada um de nós, em sil%ncio e serenados, conseguiremos ser instrumentos )teis de trabal!o aos nossos mentores,[en$iados dos orixs.

5or mais que ten!amos elementos de rito, defuma"ão, atabaques, fol!as, c!eiros esons, os quais nos dão as percep"(es que nos estimulam atra$és de símbolos $isuais, sonorosou por pala$ras faladas e alegorias lit)rgicas, é somente por meio da ele$a"ão psíquica internade cada membro da corrente medi)nica que se pode c!egar ao padrão $ibratório coleti$onecessrio ao alin!amento com as falanges espirituais que nos en$ol$em de maneiraconsciente, efeti$a e amorosa. Ke$emos $i$er e sentir com intensidade o que est se passandodurante os trabal!os, pois a !armonia desencadeia a expansão de nossas potencialidades

anímicas, mediante for"as cósmicas que nos permitirão sintoni0ar o nosso templo interior, e, a

=

Page 51: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 51/104

 partir desse estado de alma, entrar em contato com os benfeitores espirituais que nos guiam enos protegem durante os atendimentos aos consulentes.

; cria"ão da $erdadeira egrégora coleti$a se dar na medida em que todos os membrosda corrente este*am conscientes de que tudo acontece no plano sutil, oculto /s nossas percep6

"(es sensórias ordinrias, não sendo um simples formalismo ritualístico, repetiti$o,enfadon!o, que dar início e manter a $ibra"ão de uma sessão caritati$a de umbanda, a qualcostuma atender centenas de encarnados e desencarnados.

Jnfeli0mente, muitas $e0es certos médiuns estão descon6centrados, ol!ando para oslados, absortos, entediados com o ritual, atentos ao relógio, com os semblantes pesados,c!eios de preocupa"(es. Então, não por acaso, ao final dos trabal!os, não estão bem, comalgum espírito sofredor 'colado' em suas auras, pois o afim atrai o afim, carecendo essesmédiuns de atendimento e da dedica"ão dos demais membros da corrente. N necessrio oesclarecimento freqVente, por parte dos dirigentes, sobre o sentido mais amplo da abertura dostrabal!os medi)nicos de uma sessão de caridade umbandista, orientando quanto aos seus

aspectos esotéricos, metafísicos e transcendentais. N imperiosa a conscienti0a"ão de todos os participantes dos trabal!os prticos de umbanda, buscando6se sempre o ob*eti$o maior dequaisquer ritualismos, que são a coesão e a uniformidade da corrente, e assim mantendo6se asustenta"ão $ibratória pelo intercâmbio medi)nico superior.

 4a maioria das $e0es, sempre que ocorre 'quebra' de corrente, $erificamos que algunscomponentes dos trabal!os esta$am desconcentrados. 4outras ocasi(es, quando o media6neiroefeti$amente est com interfer%ncia espiritual externa que influencia negati$amente seu

 psiquismo, de$e ser afastado 'pro$isoriamente' dos trabal!os, a fim de ser atendido espiritu6almente e obter o tempo necessrio para refletir sobre seu estado mental, tendo a oportunidadede mudar a condi"ão psíquica e emocional que o est pre*udicando como médium.

 

Esc$arecimentos de Ramatís

PERKUNTA J 0ertos terreiros oerendam "do bom e domelhor"para os esp%ritos;são materiais& bebidas e comidas da mais alta'ualidade( Inclusi!e os médiuns se !estem de inos tra7es& copiando a "roupa"'ue as entidades !estem no Astral& argumentando 'ue assim homenageiam os

seus "guias de -u"pelas benesses alcançadas por eles( Ainal& esses costumessão de umbanda?

RAMAT7) J 7eguimos a ess%ncia do pensamento esotérico crístico, enunciado por <esus no E$angel!o, que é um tratado de liberta"ão do !omem terrícola do cicloanimali0ado. Hs -aiorais do 'lado de c' são sempre fiéis ao reflexo das próprias leiscósmicas que orientam, mantém e coordenam a $ida dos espíritos imortais em manifesta"ãonos mundos das formas transitórias. Embora o E$angel!o não fa"a *ulgamento ou te"asenten"a *udiciosa condenando os espíritos ainda incipientes na percep"ão das leis morais doCosmo, é algo símile a um manual de conduta do cidadão uni$ersal, e sem d)$ida ad$ertequanto / cobi"a e $aidade, fil!as do egoísmo desmedido pela posse dos 'tesouros que as

tra"as roem e a ferrugem consome'. 4ão é nossa fun"ão querer disciplinar as criaturas!umanas na $ida ilusória, rec!eada de epicurismo, mas sim, alin!ados com a mente do Ki$ino

1

Page 52: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 52/104

-estre, elaborar considera"(es que direcionem / reflexão das consci%ncias para l!es saciar afome espiritual, oferecendo6l!es a 'gua' e o 'pão' do E$angel!o para o mais bre$e ingressono banquete do 'reino de Keus'.

; insensate0 de médiuns en$ol$idos com a 'fome' de fluidos de certa categoria de

espíritos do 'lado de c' os le$a a oferecer 'comidas' $oti$as aos seres do ;lém6t)mulo,enquanto seus irmãos passam fome na #erra. Hs !omens imaturos pecam pela in*usti"a e,infeli0mente, não se arrependem, * que ainda não escoimaram de si a ignomínia gerada nacoleti$idade em que se inserem. Em $erdade, 'copiam' suas 'almas6irmãs' do ;stral inferior,

 pois são espíritos $aidosos, com profundos la"os de afinidade entre si, enredados numarela"ão fluídica de depend%ncia m)tua, e o 'guia de u0' do ;lém6t)mulo, a fim de absor$er os nutrientes ectoplsmicos de que necessita para manter seu perispírito numa formaadequada, 'alimenta6se' das emana"(es fluídicas das comidas oferecidas e do processometabólico do seu médium, tal qual o cipó6c!umbo que não possui fol!as nem clorofila e $i$efincado na planta !ospedeira, de onde extrai os nutrientes de que necessita. N associa"ão desombra $ampiri0adora que não se baseia na u0 do amor, pois, se o doador de fluidos não

reali0ar as oferendas $oti$as, re$oltar6se6ão contra ele, o atacarão como escra$o a"oitado ou odeixarão a merc% da escória do mais baixo +mbral.

 4aturalmente, sendo a #erra uma escola de educa"ão espiritual ainda primria, isto é,um planeta de carma correti$o, de finalidade purificadora e de retifica"ão, é comum osespíritos encarnados e desencarnados imantarem6se em liga"(es materialistas, de gan!o,recon!ecimento, sucesso, e até para saciar os dese*os animais, como fome, sede, sexo e go0ossensórios. ;ssim como nas escolas primrias do orbe existem alunos rebeldes,indisciplinados, rudes e mal6educados, ob$iamente as religi(es alicer"adas no mediunismo, demaneira geral, são ancoradou6ros de espíritos primrios, defeituosos e rebeldes, cu*o conte)do

 psíquico ainda é bruto. Contudo, são alunos do E$angel!o, dignos de nosso amor ecompreensão, que escoam pesados carmas. #eimosos e apressados para ter seus anseiosatendidos, não são diferentes dos analfabetos que anseiam go0ar prematuramente as alegrias eos pra0eres da leitura, mesmo que matriculados numa escola primria onde mal soletram as

 primeiras $ogais. ;ssim sendo, do mesmo modo como o *ardineiro não pode exigir do botão oodor da rosa desabroc!ada, não cometeríamos o equí$oco de exigir do *ardim de infância osenso de *usti"a de um bac!arel em Kireito.

Hs en$iados de <esus que atuam na umbanda, inspirados em 7ua infinita misericórdia,'sacrificam6se' e também atuam no meio inóspito e ad$erso da matéria densa, como o dosfes6tins de bebidas e comidas nesses terreiros populares. 4esse ambiente bruto e

materiali0ado, plantam as diretri0es bsicas do E$angel!o no marido que espanca a mul!er,no assaltante belicoso, no b%bado contuma0, na esposa ad)ltera, no $iciado... enfim, semeiamnuma di$ersa gama de doentes da alma, para que aconte"a como a semente de cactos nodeserto, que um dia também dar flor, le$ando o E$angel!o em sua mensagem libertadora atodos que precisam, indistintamente.

;guardemos pois, com paci%ncia, o tempo da germina"ão das criaturas, repetindo elembrando incansa$elmente o exemplo de <esus ao esclarecer os !omens primrios a respeitoda enorme diferen"a existente entre o plano espiritual do 'reino de Keus' e o plano materialdo 'mundo de César', o da equi$ocada exist%ncia !umana, com suas portas largas abertas paraas atra"(es e dese*os que aprisionam o espírito nas exist%ncias transitórias a ilusão.

3

Page 53: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 53/104

PERKUNTA J  Pedimos elucidações complementares sobre o processo de degradação do per%sp%r%to do desencarnado& se "alimentado"pelasemanações lu%dicas das comidas oerecidas& e sua relação com o processometab:lico do médium(

RAMAT7) J  Hs espíritos aprisionados nas cren"as e lendas das tradi"(es antigas,notadamente da Ufrica, que influenciaram a forma"ão das prticas mgicas do mediunismo popular, são cultuados como di$indades e 'guias de u0', alimentados num processoininterrupto de obriga"(es sacrificiais. ; exemplo das r%moras, que se !ospedam em outrosseres marin!os, fixando6se neles com suas $entosas para estabelecer uma rela"ão decomensalismo em que apro$eita os restos alimentares do !ospedeiro, os espíritos comensais$i$em *unto ao corpo perispiritual dos medianeiros encarnados, no mesmo espa"o circundantefísico6astral, e alimentam6se dos efl)$ios das comidas $oti$as e da metaboli0a"ão orgânicaetérica deles. 7e constantemente l!es oferecerem as liba"(es de bebidas e banquetes em sua!omenagem, tudo farão para le$ar seus pupilos a cumprir as 'obriga"(es', a fim de alcan"ar no$as oferendas, com amea"as $eladas de puni"ão, mantendo assim o ciclo de reposi"ão

fluídica que se repete infinitamente. -as se essa periodicidade de oferendas for rompida,en$idarão todos os esfor"os para que as criaturas en$ol$idas $en!am a sofrer toda a sorte deirrita"(es e conflitosB no trabal!o, no lar, na família e entre amigos.

Luando abruptamente afastados, sofrem séria degrada"ão que l!es corrompe as lin!asestéticas do perispírito, $isto que o a$iltamento psíquico6fluídico a que estão !abituados,repletos de comidas $oti$as e plasma $ital sangVíneo de animais sacrificados, tende a

 processar o retorno da figura !umana /s formas bestiais de animais inferiores que * foram!abitadas pela alma no reino animal, em encarna"(es pretéritas. Hu, o que é piorB dependendoda intensidade do $ício alimentado pelo éter primrio do sangue dos sacrifícios, o perispíritose degrada em contato com o magnetismo tel)rico do planeta, exibindo o aspecto de 'boneco

de cera derretendo ao fogo', num espetculo de !orror que faria o inferno descrito por Kante parecer !istória da caroc!in!a para crian"a dormir.

 4esses lament$eis e triston!os episódios, somente a inter$en"ão de espíritos benfeitores, seguida da imediata reencarna"ão em orbes inferiores, $oltando a ser o '!omemda ca$erna' que precisa ca"ar para comer, liberta esses seres das indescrití$eis degrada"(esmento6psíquicas, as quais o instrumento medi)nico atual de que nos ser$imos não temcondi"(es de captar e descre$er.

Nota de RamatísCertos tipos de câncer que afligem o indi$íduo são expurgos de fluidos que se

acumularam de encarna"(es passadas, concernentes / soma de pensamentos danosos esentimentos maldosos mo$imentados contra o semel!ante. H câncer, em sua ess%nciamórbida, poderia ser denominado o 'carma do pre*uí0o ao semel!ante', como conseqV%nciade um fluido noci$o elaborado durante as atitudes e a"(es antifraternas. ;ssim, algunsmanifestam o câncer no corpo físico porque ! dec%nios ou séculos $%m arma0enandoenergias perniciosas na contex6tura delicada do seu perispírito, em decorr%ncia da in$igilânciaespiritual e da prtica da maledic%ncia, cal)nia, crítica maldosa, dese*os de $ingan"a, in$e*a,ci)me ou ingratidão.1

:

Page 54: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 54/104

: Texto extraído do capít"$o Aspectos do c<ncer em s"a manifesta*!o c-rmica8 daobra <isiologia da Alma& de Ramatís8 psicografada por ercí$io M!es e p"b$icada pe$aEDITORA DO 0ONE0IMENTO'

PERKUNTA J 4uais os casos em 'ue esses esp%ritos !iciados no plasma !ital sang8%neo de animais sacriicados são abruptamente aastados e poderão sorer em si uma alte ração perispir%tual& assemelhando#se aanimais?

RAMAT7) J  Luando seus médiuns con$ertem6se a outras seitas religiosas quenão sacrificam mais animais, trocando o sangue dos irmãos menores pelo sangue de <esusderramado na cru0, muitos desses espíritos ficam a merc% das organi0a"(es tre$osas do ;stralinferior, que alme*am escra$i06los como futuros obsessores, $ampiros de aluguel, paraatendimento aos trabal!os pagos em encru0il!adas urbanas, na maioria das $e0es

 bestiali0ados na forma de animais, lobos, !ienas e raposas. Koutras $e0es, com faces eqVinas,

c!ifres e pés de bode, assemel!ando6se aos animais que l!es eram sacrificados para sealimentarem do plasma etérico do sangueA todos seres deformados, !irsutos, que raste*am eui$am num panorama !orroroso, digno de $ossos filmes de terror. 4outras $e0es, quando osterreiros que sacrificam animais fec!am, por desa$en"as entre seus pares encarnados, ficamdesesperados e dirigem6se aos a"ougues, matadouros e locais de acidentes com morte ederramamento de sangue !umano, ocasi(es em que caem como presas de sua própriainsanidade e dos líderes tre6$osos que dominam as encru0il!adas $ibratórias que ofertamsangue da crosta para o ;stral inferior.

os casos em que o peso do seu períspirito se assemel!a de tal maneira aomagnetismo peculiar do centro gra$itacional de $osso orbe, que rapidamente se degradariam,

danificando seriamente esse in$ólucro plstico que en$ol$e a m&nada espiritual e permite a$ida no plano astral, e é indispens$el / reencarna"ão na #erra. Em tais casos extremos, por -isericórdia Ki$ina, os guardi(es da u0 intercedem nas 0onas tre$osas, em nome doCordeiro, interceptando esses espíritos e condu0indo66os aos centros de triagem umbralinos,que os en$iam para a reencarna"ão em orbes inferiores, renascendo em ca$ernas, peludos,com tacapes em mãos e se comunicando por grun!i6dos. Reiniciarão sua camin!adae$oluti$a, pela compaixão do 5ai, que $os oferece muitas moradas.

PERKUNTA J Por 'ue os esp%ritos do 0risto não intercedem nessas

encruilhadas !ibrat:rias 'ue ornecem sangue da 3erra para o Astral inerior?RAMAT7) J   Enquanto a rela"ão de causalidade, em que todo o efeito é

conseqV%ncia de uma causa geradora, for desfa$or$el aos espíritos do Cristo, quase nada podemos fa0er do 'lado de c'. 4esses casos, a causa são os médiuns encarnados, de facas em pun!o cortando o pesco"o dos irmãos menores do orbe, para atender seus anseios particularese de suas comunidades religiosas, bem como de consulentes mercantilistas e imediatistas.#oda$ia, o Ki$ino -estre <esus 'ordena', neste delicado momento cósmico dos 'temposc!egados', que cara$anas de espíritos cristificados reencarnem para mudar a con6texturaconsciencial da coleti$idade !umana, alterando !bitos at$icos. E, a partir de então, osguardi(es en$iados de <esus extrairão os focos insidiosos que ainda !abitam a psicosferaterrícola, resistentes / Consci%ncia Crística.

@

Page 55: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 55/104

Entidades antiquíssimas, de muito con!ecimento e sem amor, 'fogem' re$oltadas dasreencarna"(es, escondidas em seus un4ers no ;stral inferior,'alimentadas' pelo fornecimen6to abundante do nefasto plasma etérico do sangue. Entretanto, é minoria o derramamento desangue nos terreiros, se comparado aos oceanos $ermel!os que diariamente são $ertidos em$ossos frigoríficos para atender a fome $ora0 da !umanidade por retal!os dos irmãos menores

do planeta.

-uitas são as frentes de mudan"a mental da !umanidade para que possamos 'sal$ar' o planeta, que se encontra febril. Luem ti$er 'ol!os de $er e ou$idos de escutar', que $e*a eou"a os mensageiros do Cristo que estão reencarnando, como )ltima concessão dos -aioraisdo Consel!o Crmico que rege o plano ascensional dos planetas, e do $osso orbe em

 particular, atendendo a pedido direto de <esus, o Ki$ino ;$atar do amor e go$ernador da#erra.

PERKUNTA J  6ão é contradit:rio as entidades 'ue atuam naumbanda "baixarem" no meio in:spito e ad!erso de algumas egrégorasdensas& como as de estins !oti!os de bebidas e comidas& existentes em algunsterreiros?

RAMAT7)  7e mesmo alguns tipos de lar$as que !abitam raste*antes o solo)mido, apegadas ao !)mus putrefato que l!es proporciona a sobre$i$%ncia, automati0adas noseu haitat grosseiro e fétido, $ão aos poucos se transformando e ensaiando os primeirosimpulsos de afei"ão que as transformarão em borboletas es$oa"antes / lu0 solar, entrecamélias, !or6t%nsias e *asmins, ob$iamente as leis cósmicas, em sua amplitude equânime, aoestabelecer que o que est em cima é igual ao que est em baixo, oportuni0am a tarefaredentora a todos aqueles que alme*am modificar6se rumo ao Cristo, oferecendo trabal!o

retificador aos espíritos que precisam se transformar.

\ semel!an"a do que ocorre com a lagarta, que renasce borboleta e !ibernou no casulo para modificar6se, muitos espíritos sob a égide da umbanda estão se preparando parareencarnar tendo como tarefa retificadora le$ar a mensagem do E$angel!o *unto a esses locaisasfixiantes, repletos de bebidas e comidas $oti$as. ;li, o negro que outrora sacrifica$aanimais contra o patrão déspota, !o*e aprende a refrear seus instintos imediatistasaconsel!ando, como !umilde preto $el!o, o fil!o de fé a perdoar as ofensasA acol, o caboclo

 boiadeiro alti$o, que carnea$a os inimigos, ensina o $alor da paci%ncia ante os desafetos, batendo o la"o no c!ão para descarregar as energias de ódio do atendidoA aqui, o ex6pai desanto que $endeu o seu saber com os orixs pede ao consulente que não pague para alcan"ar 

 benessesA l, a antiga $idente $enal orienta a ansiosa matrona a ol!ar para dentro de si e$erificar que educa"ão deu ao fil!o antes de querer 'ol!ar' qual pretendente o far feli0.

E assim todos ensinam, aprendendo ao mesmo tempo com a tarefa retificadora, emmeio inóspito mas afim a eles mesmos. ;demais, eis que estando <esus assentado / mesanuma casa, com muitos publicanos e pecadores sentados a comer com ele, e, $endo isso, osfariseus indagaram a seus discípulos os moti$os de o -estre estar comendo com os impuros, eou$indo6os <esus disseB 'Hs sãos não t%m necessidade de médico, mas sim os enfermos'.

PERKUNTA J Podeis nos esclarecer a respeito dos rituais existentesno plano astral& 'ue abalam o sectarismo dos "recém#mortos"& os 'uais&

Page 56: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 56/104

'uando "!i!os"& abraça!am doutrinas na 3erra 'ue exclu%am 'uais'uer ritualismos?

RAMAT7) J  5or certo, na camin!ada ascensional, o espírito imortal alcan"arum grau de percep"ão psíquica em que inexistem as con$en"(es que aprisionam a mente /sformas limitadas, pois a consci%ncia plenamente cristificada 'pulsa' naturalmente fora dotempo e espa"o terrenos. ;ssim, para subir6se a um monte, não se necessitar mais camin!ar,

 pois o ato de 'ir ao monte' ser um pensamento que se 'materiali0ar' instantaneamente.Entretanto, <esus encarnado te$e de andar com suas pernas, subindo escarpas, até alcan"ar o-onte #abor. E mesmo sendo um 'reali0ado' com as leis cósmicas, submeteu66se /sconting%ncias do plano da materialidade a que esta$a circunscrito, o que não H impedia deusufruir do %xtase de um amor ilimitado, eterni0ado com o 5ai.

Hs rituais são métodos para 'escorar' a mente dos seres encarnados presos natridimensionalidade da exist%ncia física, tal como o camin!ante que tem de andar para c!egar ao monte. 5ortanto, embora o esquema e$oluti$o determinado por Keus se*a um só, as

condi"(es de intercâmbio medi)nico submetem6se aos processos $ibratórios pertinentes acada dimensão em que !abitam os espíritos. 4ão ! demérito em e$oluir no seio da 'energiali$re' das regi(es de %xtase e subli6ma"ão ou preso aos gril!(es da 'energia condensada'terrícola, pois o amor do Criador é o mesmo em todas as moradas e latitudes do +ni$erso.

;demais, no limiar da fenomenologia física, das energias primrias e instinti$as danature0a, em que atuam a magia e o mediunismo de umbanda, existem diferencia"(es meto6dológicas expressas numa $asta gama de rituais, facilmente descrití$eis / compreensão do!omem comum afeito ao mundo das formas. Contudo, no cume das manifesta"(es mentais deespíritos de alto gabarito sideral, torna6se difícil narrar qualquer 'rito' de comun!ão eintercâmbio entre esferas superiores do Cosmo. Refleti que, numa mesma montan!a, o

tamandu fare*ador 'só' enxerga a sua frente o 'morro' do formigueiro, enquanto o falcão$oando $% o alto da floresta, ainda que ambos se*am mo$idos pelos mesmos impulsosinstinti$os de manuten"ão da $ida e amparados pelo ogos que '!abita' o 7ol e $isuali0a cadaser da !umanidade terrena. Jmporta, na $erdade, independentemente de ritualismos descritosaqui ou acol, que o !omem $i$a em si mesmo o ritual MroteiroO elaborado por <esus,a*ustando6se gradati$amente, quanto mais $i$enciar internamente o E$angel!o, / freqV%nciasideral do 'seu' Cristo interno, * que o que est em cima é o que est em baixo, assim comoo interno limitado da $ida !umana mortal é o externo ilimitado do espírito imortal no reino deKeus.

PERKUNTA J  A umbanda é demasiadamente simb:lica& e& entretanta di!ersidade de ritos e liturgias& o homem comum ica conuso com todosos seus sinais externos& s%mbolos& cerim=nias e mo!imentações& tão"es'uisitos" ao olhar comum( 6ão seria mais coerente com seus princ%piosuni!er#salistas se osse sem rituais& dogmas& imagens& s%mbolos ou :rmulasexteriores? 4uais os undamentos 'ue 7ustiicam os rituais na umbanda?

RAMAT7) J  Em $erdade, se a umbanda não ti$esse rituais, dogmas, imagens,símbolos e fórmulas exteriores, não seria umbanda, nem mesmo espiritismo, que tem em<esus o 'ídolo' maior. -uito dificilmente seria um culto religioso ou segmento filosóficocon!ecido, pelo fato de que predomina no psiquismo coleti$o aspectos fundamentalmenteriVlalísticos, e toda a $ossa $ida é um repetido participar em cerim&nias rituais socialmente

9

Page 57: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 57/104

aceitas, quer ten!am carter religioso ou profanoB nascimento, batismo, namoro, casamento,formatura, morte.

Ka mesma maneira como os peixes não $i$em fora d[gua, os rituais de umbandaexistem sob determinadas condi"(es, necessrias ao entendimento e $itali0a"ão espiritual das

criaturas aprisionadas mentalmente /s formas exteriores, permitindo gradati$amente atransfigura"ão simbólica externa e concreta no ideal interno e abstrato de espirituali0a"ão. Hterreiro onde ocorrem os cerimoniais é o espa"o geograficamente isolado que 'separa' o'mundo l de fora', profano, de César, do 'mundo de dentro' do reino de Keus, tão necessrio/ rela"ão mental entre o 'real' sofrido no dia a dia e o ideal da religa"ão com o Criador 

 perseguido por todos os espiritualistas.

Hs dramas representados nas catarses $i$enciadas por meio dos estados alterados deconsci%ncia são uma condi"ão atemporal que $incula o passado inconsciente de cada

 participante ao momento presente, fortalecendo seus ideais subconscientes e milenares,tra"ados para a e$olu"ão. 7ão os que $os direcionam / 'reconstru"ão' do eu interno,

religando6$os aos propósitos espirituais profundos da $ida espiritual, liberta da materialidadetridimensional.

Hs ritos t%m cenrios e imagens compartil!ados por todos, compostos de ob*etos esímbolos orais que remetem a um contexto mais amplo de espiritualidadeA refor"am a uniãonas tradi"(es ancestrais re$i$idas, permitindo o reencontro de adeptos psicológica eintelectualmente diferentes, como se fossem semel!antes, assim como o 5ai $os acol!eamorosamente a todos.

Em $erdade, todas as formas exteriores são alienantes, por serem ilus(es da matériatransitória. ;lis, a 'aliena"ão' é uma condi"ão do !omem encarnado, que por misericórdia'esquece' Maliena6seO pro$isoriamente de seus desmandos pretéritos. 5ortanto, est

 potencialmente presente em qualquer religião, doutrina ou filosofia terrícola 'rotulada' desuperior ou mais perfeita, por ter mais ou menos simbologia rituali0ada que as outras, pelosimples fato de a !umanidade ser 'alienada' ou 'esquecida' da $erdadeira realidade espiritual.;demais, a participa"ão em uma comunidade de terreiro de umbanda promo$e a união dosdiferentes, sem exclus(es recíprocas ei$adas de falso senso de superioridade.

 4aturalmente, nen!um ritual, dogma, idolatria, simbologia, fórmula exterior, ou a totalaus%ncia destes, realimentar $ossas energias psíquicas e as rela"(es fraternas entre os indi6$íduos, ou nem mesmo $os espirituali0ar, se não despertar $ossa própria fun"ão de

transcender, poder inerente a cada consci%ncia que, em ess%ncia, de$e estar alin!ada com o'$ós sois Keuses' exarado por <esus, independentemente ou não de manuten"ão de fórmulasexternas.

PERKUNTA J O sincretismo em excesso é mistura 'ue enra'ueceos undamentos da magia de umbanda& por um lado& e união con!ergente deconhecimentos *>+# por outro( 0omo garantir o e'uil%brio na ormulação deuma doutrina de umbanda& essencialmente ritualista& se todo dirigente de ter#reiro tem plena liberdade como sacerdote?

RAMAT7) J  Esqueceis facilmente que os sacerdotes são !omens comuns, e,assim como toras de madeira na superfície de um rio bra$o, muitos são le$ados pela for"a da

F

Page 58: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 58/104

corrente0a dos apelos do ego, utili0ando6se do poder da pala$ra e do ofício religioso,contrariando a ei Ki$ina. 7ão consci%ncias que utili0am o nome da umbanda buscandoatal!os da cobi"a, do domínio e da sub*uga"ão intelectual de seus adeptos. 7ob o impulsoespiritual interior, atra$essam a exist%ncia física alme*ando mais a $entura do que asdes$enturas, considerando6se seres especiais perante Keus, mas não possuem em ess%ncia a

felicidade imortal do Criador, * que recebem em $ida terrena os elogios, os gan!os daclientela, o recon!ecimento da comunidade... e, entre ba*ula"(es de que se locupletam, perseguem o mel!or do mundo ilusório de -amon.

4=6 Usando esse termo8 o a"tor "sa esse termo para se referir ao conB"nto de con%ecimentos simi$ares8 adotados nos inúmeros terreiros8 ?"e nos fa# recon%ec>$os como sendo "macasa "mbandista

H equilíbrio entre sincretismo excessi$o, pela mistura de um pouco de tudo, queenfraquece os fundamentos da magia de umbanda, e a necessidade de interpretar6se ocon*unto de con!ecimentos símiles adotados nos in)meros terreiros, ainda é um camin!o

rduo e incipiente para a estrutura"ão de uma doutrina umbandista coerente, ra0o$el e desenso comum da maioria de seus praticantes, embora recon!e"amos o esfor"o de umbandistassérios, diligentes e comprometidos com a caridade incondicional, que cada $e0 maiscontribuem para a sua consolida"ão.

Jnfeli0mente, neste início de terceiro mil%nio, $i$eis intensamente a era dos apóstatasna religião de umbanda, termo originrio do idioma grego apostasia, que significa 'apartar66se' de Keus. Hs sacerdotes apóstatas deixam de lado as leis que regem o mediunismo deumbanda, mudam e adaptam as regras de acordo com seus interesses, enxertam prticas no$asque somente eles podem ensinar aos demais, $alori0am o falso saber perante seres que poucoentendem por não pertencerem a nen!um terreiro, exaltam6se manifestando 'deser"ão,

abandono ou rebeldia' contra qualquer associa"ão racional com outros terreiros tradicionais,menospre0am seus pares dirigentes espirituais que 'nada sabem', criando eles mesmos no$asdoutrinas adaptadas aos seus interesses personalistas.

 4as escrituras gregas cristãs, apóstata di0 respeito / defec"ão religiosaB umafastamento ou abandono da $erdadeira causa a ser$i"o de Keus. 5ortanto, é o abandonodaquilo que a pessoa inicialmente professou em troca de 'causas' mais em conta, deixando delado a ancestralidade espiritual e boicotando *ocosamente a posi"ão dos mais antigos no saber religioso. ;ssim, $endem fundamentos e banali0am tradi"(es, porque são $idos pelo $ilmetalA desrespeitam o merecimento e o li$re6arbítrioA repassam con!ecimentosindependentemente da capacidade de quem recebe de saber us6losA mudam os regulamentossagrados da ei de +mbandaA $iolam a outorga medi)nica concedida e o pacto do 'poder'magístico pro$indo do plano astral na presente encarna"ão. H sacerdote apóstata cria umano$a religião que di0 ser 'umbanda'A abandona os padr(es éticos e morais e altera a sintoniamedi)nica, acatando 'pala$ras simuladas' de falsos instrutores espirituais que se di0em deumbanda, desen6camin!ando os que o seguem em pronunciamentos inspirados, pois quecontinuam sendo médiuns ostensi$os.

7ão sacerdotes que, quando contrariados, agridem seus anteriores compan!eiros dedoutrina, utili0am ordens e direitos de trabal!o falsamente em nome dos orixs e guias deumbanda, impedem a obra dos que l!es são seguidores e acabam perdendo6se *untos, diante

de pesado carma coleti$o gerado. Esses sacerdotes apóstatas obtém sucesso aos ol!os domundo de CésarA são apreciados nas $ossas atuais redes sociaisA são o$acionados pela

G

Page 59: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 59/104

erudi"ão e con!ecimentoA plane*am cursos pagos em que multid(es se matriculamA ensinammagia sem pré6requisitosA são adorados como magos poderosos e mestres iluminadosA $i$emda legitima"ão do sagrado nome 'umbanda', mas $erdadeiramente não são sacerdotes deumbanda, pois recebem todos os 'louros' de imediato e $oltam de$edores para o 'lado de c',

 pois nada doaram incondicionalmente diante do que de gra"a receberamB o dom medi)nico

 pela intercessão, misericórdia e compaixão de abnegados espíritos deste lado.

E$identemente que é necessrio distinguir6se as 'quedas' medi)nicas passageiras,decorrentes das fraque0as !umanas, o que é natural e mantém os médiuns sacerdotes!umildes, do 'des$io' que constitui apostasia genuína. Este )ltimo é um afastamentodefiniti$o e deliberado da $ereda da *usti"a da Ki$ina u0, se*a qual for a base aparente que a

 *ustifiqueB intelectual, 'moral' ou espiritual. ; $erdade é que o apóstata se apoia pecuniariamente na religião para $i$er dela, pois o $il metal é o principal alimento !o*edaquilo que muitos di0em ser 'umbanda'.

PERKUNTA J  A organiação ritual em orix1s& linhas e alanges&dierentes de um terreiro para outro& na !isão de muitos adeptos"enra'uece"a umbanda( 4uais !ossas considerações a respeito?

RAMAT7) J  Enquanto o !omem 'ci$ili0ado', em seu terno de tecido 'frio',sente6se confort$el andando com sapatos de pelica, o !abitante das tribos do deserto $este6secom turbante e capa de lã, protetores contra o frio ou calor e as tempestades de areia. +m$alori0a o conforto do industriali0ado cal"ado de couro de cabra no meio da multidão urbanae o outro a $ida solitria, pastoreando o animal que fornece o leite e que se alimenta nasmontan!as. ; $irtude de um, andar de cal"ado de pelica, é 'pecado' para outroB tirar o courodo animal meramente para cal"ar6seA e refletem apenas que cada coisa de$e estar em seu

lugar, no tempo certo.

Luerer impor / umbanda um modelo padroni0ado é como exigir que o !omem dacidade orden!e a cabra para beber o leite matinal e o beduíno se calce com sapato de pelicacom grife para andar no deserto causticanteA a di$ersidade umban6dista d a cada um o que

 precisa receber, na medida certa, em um determinado local e momento da exist%ncia e percep"ão consciencial. ;demais, o !omem da no$a era aceita as diferen"as e não imp(e nadaao outro, e ao mesmo tempo re$% condutas indi$iduais equi$ocadas que pre*udicam acoleti$idade, compreendendo o martírio dos animais para saciar a fome de est&magos insanose ainda $estir os cidadãos cosmopolitas. Draternalmente, altera seus !bitos alimentares e de$estimentaA se não $i$e em tribos em locais inóspitos, dormindo em tendas de pele de bisão,não se ilude pela moda passageira e o status consumista dos shoppin$ centers modernos.

Em $erdade, a umbanda é como um grande *ardim florido que procura atrair os seres para germinar6l!e a alma. Dunciona como o metabolismo $egetal, que apresenta grande$aria"ão na qualidade e quantidade de néctar produ0ido pelas diferentes espécies de flores,oferecendo uma enorme di$ersidade de espécies para atrair os polini0adores, ou se*aBorgani0a6se em diferentes orixs, lin!as e falanges, que $ariam de um terreiro para outroAfortalece6se por um lado, como as plantas c!ama6ti$as que produ0em néctar abundante eatraem os bei*a6flores, mas com pouca concentra"ão de a")carA e por outro, também disp(e deflores menos coloridas que secretam néctar mais concentrado e são polini0adas por abel!as.

8

Page 60: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 60/104

7imbolicamente falando, cada indi$íduo, no seu grau de consci%ncia, pode encontrar um terreiro de umbanda adequado aos seus anseios espirituais, / semel!an"a das abel!as e

 bei*a6flores $oando sobre um imenso *ardim, fa0endo florescer no imo do ser o néctar di$inoda pa0 e !armonia com as leis cósmicas do E$angel!o.

PERKUNTA J  A enorme 'uantidade de cursos sobre umbanda&existentes ho7e& 'ue utiliam apostilas uniormiando procedimentos& pode ser um in%cio de "codiicação"?

RAMAT7) J  5odeis adubar uma planta"ão de arro0 com os mel!ores insumos,arar a terra com a mais a$an"ada tecnologia, criar procedimentos de plantio, col!eita earma0enamento, de embalagem e transporte, que essa planta da família das gra6míneas nãogerminar se não esti$er em terreno com gua suficiente, e continuar sendo arro0 em grão. ;gua que alimenta a umbanda são os mentores do plano astral, e não depende da $ontade deseus adeptos uma codifica"ão umbandista, pois se assim fosse, / época do Caboclo das 7ete

Encru0il!adas, teriam 'baixado' em terra muitos outros caboclos, espargindo aqui e acolmuitas planta"(es, que germinariam todas dentro de mesmos procedimentos, sendoinequí$oca a codifica"ão da religião nascente arquitetada pelo 'lado de c', o que nãoocorreu. H 7ol bril!a no céu mesmo em dia nublado, desde o nascimento do $osso planeta, enão tereis outros sois criados pelos !umanos. 7e assim não aconteceu no início da umbanda,qualquer tentati$a de uniformi0a"ão que ob*eti$e subliminarmente a sua codifica"ão estfadada ao fracasso.

PERKUNTA J  Podeis nos exempliicar 'uando e como ocorre areinterpretação de undamentos e tradições do passado& no presente daumbanda?

RAMAT7) J  Kesde eras remotas, a for"a do instinto animal de conser$a"ão fa0com que o espírito arqui$e na sua memória atemporal os bens e $alores que formam ecomp(em o 'n)cleo' central da sua consci%ncia imorredoura. 7em d)$ida, os espíritosmandatrios da umbanda atuantes no Espa"o compreendem a necessidade das experi%ncias econclus(es de cada cidadão impulsionado pelo intercâmbio educati$o com o mundo oculto,sob os auspícios da mediunidade de terreiro. radati$amente, os !omens se apercebem daJntelig%ncia 7uprema causadora e disciplinadora de todos os fen&menos imagin$eis, a fontesublime e infinitamente amorosa e sbia que cria, criou e continuar criando e go$ernando o+ni$erso.

7ob o domínio das leis di$inas, muitas $e0es compreendidas rudemente na intimidadeinstinti$a das criaturas, no passado os'deuses'eram percebidos como ei$ados de ira, sen!oresdos elementos da nature0a, entre raios, tro$(es e tempestades rai$osas, sedentos de sacrifíciose oferendas di$ersas em troca de suas ddi$as. o*e, são representados pela sabedoria dasentidades da umbanda, que reinterpretam sistematicamente tradi"(es do passado e seusfundamentos de 'orixs' puniti$os, de $el!os !omens das tribos, amedrontados, querendoagradar as di$indades, reinserindo6os / lu0 do no$o ser esclarecido pelo E$angel!o, fa0endorelu0ir no campo mental o con!ecimento de que sem mudan"a interior não existe mais

 propósito para obriga"(es e puni"(es exteriores ordenadas por 'di$indades', lendas e mitos do passado, distantes da ei Cósmica que estabelece a semeadura li$re, no presente, e a col!eita

futura obrigatória a todos, indistintamente.

9=

Page 61: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 61/104

PERKUNTA J  Se somente com a ele!ação interior alcançamos o padrão !ibrat:rio ade'uado 5 sintonia medi#)nica superior e beneitora& por 'ue ainda utiliamos os  est%mulos !isuais e sonoros& as alegorias com suasimagens& a deumação& banhos& er!as& ataba'ues& o altar etc(& no mediu#nismo

de terreiro na umbanda?RAMAT7) J  5or lidar com as energias tel)ricas planetrias, a umbanda necessitade um arsenal de condensado6res energéticos, a fim de anular o mal oriundo dos próprios!omens na manipula"ão das for"as da nature0a. Jmperam os mais $is interesses na e$oca"ãodas energias elementares na crosta, e magia ainda é sin&nimo de atendimento de interesses

 personalistas, nas prticas populares. H E$angel!o, sendo a fórmula definiti$a de ascensãoespiritual, porque liberta a mente aprisionada no mundo das formas transitórias, exigeabsoluta ren)ncia, que a maioria dos cidadãos imantados ao residual inferior das paix(esde$astadoras não suporta. ;lis, é mais fcil a lu0 ser percebida no altar na forma concreta deuma $ela acesa, do que na abstra"ão metafórica do orador que explica a Jman%ncia Ki$ina.

 4a parbola das de0 $irgens / espera do noi$o M-ateus, 3B1361:O, <esus conclui

di0endoB 'Em $erdade $os digo que não $os con!e"o. Iigiai, pois, porque não sabeis o dianem a !ora em que o Dil!o do !omem ! de $ir',: exortando6$os que é necessria a $igilânciano sentido de manter a 'lâmpada' da fé interna acesa constantemente, para não procederdescomo as $irgens néscias que saíram para comprar óleo e se distanciaram da porta de acesso /festa e do noi$o, assim como muitos na umbanda dão mais $alor ao ritualismo, do que odespertamento crístico interior dos indi$íduos.

M56 Em Mate"s8 capít"$o =:=:5

: Ent!o o reino dos cé"s ser- seme$%ante a de# irgens ?"e8 tomando as s"as $<mpadas8saíram ao encontro do esposo'

= E cinco de$as eram pr"dentes8 e cinco $o"cas'5 As $o"cas8 tomando as s"as $<mpadas8 n!o $earam a#eite consigo' Mas as pr"dentes $earam a#eite em s"as asi$%as8 com as s"as $<mpadas' E8 tardando o esposo8 tos?"eneBaram todas8 e adormeceram'H Mas + meianoite o"i"se "m c$amor Aí em o esposo8 saí$%e ao encontro' Ent!o todas a?"e$as irgens se $eantaram e prepararam as s"as $<mpadas8F E as $o"cas disseram +s pr"dentes Dainos do osso a#eite8 por?"e as nossas

$<mpadas se apagam'; Mas as pr"dentes responderam8 di#endo N!o seBa caso ?"e nos fa$te a nGs e a Gs8 ide

antes aos ?"e o endem8 e compraio para Gs':L E8 tendo e$as ido compr-$o8 c%ego" o esposo8 e as ?"e estaam preparadas entraram

com e$e para as bodas8 e fec%o"se a porta':: E depois c%egaram também as o"tras irgens8 di#endo )en%or8 )en%or8 abrenos':= E e$e8 respondendo8 disse Em erdade os digo ?"e os n!o con%e*o':5 &igiai8 pois8 por?"e n!o sabeis o dia nem a %ora em ?"e o ,i$%o do %omem %- de ir'

N preciso recon!ecer a necessidade dos elementos de ritoB os estímulos $isuais esonoros, os cânticos, ban!os de er$as, defuma"(es etc.., para a fixa"ão de mentesdesconcentradas ainda 'aprisionadas' /s formas, e que não conseguem abstrair e perceber conceitos metafísicos sem 'escoras' psicológicas externas. Em $erdade, a $alia est emmanter6se a c!ama interna acesa, a fé nos postulados do Cristo, pois o estado crístico deconsci%ncia não se fixar no adepto se ele esti$er psiquicamente dependente das liturgias eritualismos externos, sem'incendiar66se' interiormente, podendo acender $elas e depositar oferendas nos altares que simbolicamente não ser recon!ecido por <esus, quando o -estre$ier procur6lo.

91

Page 62: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 62/104

I&

 As fa$anges ?"e operam em traba$%os %erGicos

e excepcionais no baixo Astra$'A reencarna*!o de espíritos benfeitores'O preto e$%o ascensionado'

E como Moisés $eanto" a serpente no deserto8assim importa ?"e o ,i$%o do %omem seBa $eantado8 para?"e todo a?"e$e ?"e ne$e cr> ten%a a ida eterna'

9O2O8 capít"$o 5::'

Ii$eis um momento da consci%ncia coleti$a em que pre$alece a exacerba"ão doindi$idualismo, como nunca antes $erificado. 4um mundo em que explode a tecnologia, as$ossas mentes são bombardeadas intensamente por imagens e sons, e a um clique de $ossos

 potentes computadores, a espiritualidade torna6se moti$o de d)$ida no imo do ser econsequentemente nas massas, onde tantos desacreditam da $ida além da morte por não poder $er do 'lado de c'. ;ssim como a brisa $os é aparentemente in$isí$el e a 'con!eceis' pelofarfal!ar das fol!as e pela sensa"ão do $ento sua$e na pele, e sabeis que ela existe sem $%6la,o +ni$erso inteiro $i$e e 'respira' em ra0ão da in$isí$el presen"a do Criador e das for"as

espirituais que estão imanentes em toda a Cria"ão e nas realidades percebí$eis.

H cidadão comum é como uma crian"a a quem se d um pun!ado de a0eitonas e se di0que t%m bastante óleo. Ele corta o fruto da oli$eira e encontra caro"os e, inseguro, du$ida. Hsaber significa um con!ecimento mais profundo do que a informa"ão periférica pro$enientedo intelecto e da ra0ão, pois os sentidos ordinrios são limitados e filtram a realidademetafísica que somente com a compreensão profunda da $erdade transcendental, $i$enciada

 pela experi%ncia intuiti$a, poder ser alcan"ada. Como a0eitonas que não são espremidas paraextrair6se o a0eite, os sentidos exageradamente excitados dos !omens da sociedade modernasão facilmente enganados, porque não conseguem perceber a real transcend%ncia da nature0ae das coisas criadas. <esus, o Ki$ino -estre, sintoni0ado com todo o plano da manifesta"ão

oculta sob as coisas $isí$eis, com 7ua intui"ão crística as transcendia, percebendo amatemtica sideral que sustenta as opera"(es do Cosmo e a di$ersidade da $ida. 5or isso,afirma$aB '4ósM...O sabemos'ou' Iós sois Keuses'.

abitais um planeta doente pela a"ão nefasta da espécie dominante, e é c!egado ofinal do tempo para muitos espíritos que não reencarnarão mais neste orbe. Entre como"(esmorais e catstrofes sociais, busca6se a magia e a solu"ão fcil, preconi0ada pelas di$ersasseitas sal$acionistas, potenciali0adas pela mídia. ; facilidade é paga e se encontra na palmada mão, em $ossos pequenos $isores animados, conectados / rede mundial de computadores,onde os falsos profetas, pastores, magos, mestres, gurus, médiuns, $identes e sacerdotes dãosuas interpreta"(es pessoais das di$ersas escrituras e con!ecimentos !olísticos disponí$eis.

93

Page 63: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 63/104

;qui, podeis aprender por meio de exercícios técnicos a abrir a clari$id%ncia parasaberdes o futuro e terdes mais sucesso financeiroA ali, o curso a distância $os ensina a firmar a pedra sagrada do orix em $osso larA acol, o con!ecimento milenar dos africanos na artedi$inatória é fundamento passado num fim de semana, em encontro marcado numa sala de

 bate6papo $irtualA l, é pedido por telefone um trabal!o forte com exu, a fim de abrir os

camin!os, sem esfor"o, do camin!ante que acabou de assistir a um $ídeo de poderoso bruxo.E nos mais di$ersos locais, inclusi$e nos panfletos colados em $ossos postes urbanos, busca6se abundância, prosperidade, sa)de e muito din!eiro no bolso, quanto mais rpido e fcilmel!or, pois é problema do outro se ele não sabe se defender.

Enquanto muitos seguem redu0indo o papel educati$o das institui"(es religiosas emedi)nicas, banali0ando o pertenci6mento aos centros espíritas, terreiros de umbanda e igre*asde  uma maneira geral, como fol!as secas ao $ento sendo le$ados pelo oportunismo doatendimento imediatista de suas necessidades egoísticas, imantam6se com os oportunistas, oslobos em pele de cordeiro da )ltima !ora. 5rofetas, gurus, magos, mestres, médiuns!ermeneutas e apóstatas, instrutores da atualidade de $ossas redes sociais encontram um

séquito e, de mãos dadas, por um lado pagam para saciar a a$ide0 de con!ecimento e, por outro, dão recon!ecimento, notoriedade e conseqVente gan!o do $il metal para esses'astros','instrutores espirituais'.

Hutros, em sentido in$erso, adoram as 'di$indades' e os 'santos', lou$ando6os entrecortes rituais de animais ou $enerando o sangue derramado de <esus na cru0, entre dí0imoscom cânticos, mantras e aleluias nos templos de pedra, com posturas sectaristas, como seKeus esti$esse presente somente onde freqVentam. Esquecem6se de que a $erdadeira adora"ãoé a comun!ão desinteressada e de amor incondicional com a di$ina percep"ão crística notemplo sagrado sem paredes da consci%ncia expandida, que condu0 / fraternidade uni$ersalentre criaturas de cren"as diferentes, não importando o local ou a denomina"ão da doutrinaterrena.

Kentro desse 'burburin!o' da magia fuga0 da 'no$a era', todos os rios continuamdirigindo6se para os oceanos, como sempre, da mesma forma como $os dirigis a Keus.5odereis continuar brincando como se esti$ésseis diante de uma mirí6ade de atra"(es mgicas

 para o $osso deleite, num grande parque tecnológico de di$ers(es religiosas, des$iando6$osdo amor uni$ersal pelos desatinos de $ossos interesses mundanos e materialistas. #antoquanto a superfície do mar se modifica continuamente, ao 'brincar' com as for"as naturaisdos $entos e marés, e a ess%ncia do oceano permanece constante, $ossa potencialidade crísticainterna que ainda não germinou mantém6se preser$ada, ainda que muitos de $ós reencarne em

orbes inferiores, acomodando a excita"ão mental em pesados escafandros de carne, em ra0ãoda $ossa infantilidade, prima6rismo e imaturidade espiritual manifestadas na superficialidadede $ossas exist%ncias atuais.

; pedagogia umbandista tem impacto na consci%ncia coleti$a e $os condu0 aodespertamento crístico pelo saber $i$enciado, interno, de dentro para fora, numa $al%nciaexercitada em grupo. Cada $e0 que auxiliardes na transforma"ão de um indi$íduo que entrouem um terreiro de umbanda para receber um passe e aconsel!amento espiritual, estareisa*udando o planeta a se 'sal$ar'. -odificando atitudes pessoais equi$ocadas, a mortalidaderudimentar do corpo físico pode ser sublimada diante da perfei"ão da Cria"ão que $os deu aimortalidade do espírito, tal qual o carbono presente no car$ão, que tem o potencial de se

transformar num diamante, conquistando a capacidade de refletir a lu0 do 7ol, mas quecontinua incidindo no car$ão. ; luminosidade de Keus nunca se ausenta de $ossas frontes e

9:

Page 64: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 64/104

somente com a educa"ão e mudan"a de $alores internos podereis clarificar $ossasconsci%ncias, a ponto de também serdes refletores do Cristo e contribuirdes decisi$a eati$amente para mudar padr(es de comportamento destruti$os na crosta.

; u0 de Keus bril!a incidindo igualmente em todos, mas em decorr%ncia da

ignorância ilusória, nem todos a recebem ou refletem. Existem muitas cidades nos confins do+mbral inferior que resistem a qualquer mudan"a e dependem do plasma $ital do sanguederramado em ritos religiosos, para manterem66se fortalecidas, fugindo /s leis do Cristo. falanges que operam em trabal!os !eróicos e excepcionais no baixo ;stral, reconstruindo ocenrio a$iltante desses submundos tre$osos, le$ando e refletindo a u0 do ogos 7olar comoum rande 7ol incandescente. Contudo, por mais que o final dos tempos a$ance e pl%iades deespíritos se*am condu0idas para reencar6nar em orbes inferiores por essas falanges, os casosextremos determinam que somente com a mudan"a de !bitos na crosta poderemos remo$er essas comunidades que fogem pro$isoriamente / lei uni$ersal da reencarna"ão.

 4este momento crucial da consci%ncia coleti$a terrícola, em decorr%ncia do amor 

misericordioso de <esus, falanges de espíritos benfeitores preparam6se para reencarnar no planeta. 7ão muitos -estres da u0 indicados pelos -aiorais 7iderais, num esfor"o !erc)leoe sacrificial, impondo6se terrí$el rebaixamento $ibratório. Como as falanges que operam emtrabal!os !eróicos e excepcionais no baixo ;stral, que t%m contato com os c!arcos

 pestilenciais da $ida instinti$a, sofrerão no$amente o aprisionamento em um corpo físicolimitado, e tal qual oceanos de bem6a$enturan"a cósmica comprimidos em baldesenlameados, sofrerão as agruras do metabolismo primrio de corpos físicos, $i$enciando nomicrocosmo fisiológico o cal$rio redentor exemplificado em <esus, na sua estada terrena em

 prol do esclarecimento da !umanidade.

;lém dessas entidades missionrias que estão reencar6nando na #erra por amor a$ossa !umanidade, outras acompan!arão, como tutores, agrupamentos de espíritos que terãode reencarnar em orbes inferiores. Reflitamos que o propósito da Jntelig%ncia 7uprema naCria"ão foi tornar possí$el um Cosmo organi0ado, e *amais plane*ar penitencirias onde asalmas fossem confinadas como meros participantes de uma prisão macabra de sofrimento edor. ; inten"ão de Keus, como Dor"a 5ropulsora da e$olu"ão, é libertar os espíritos que seencontram obscurecidos pela ignorância da magnitude das equânimes leis uni$ersais. ;'inferioridade' de um planeta em rela"ão a outro est meramente alin!ada com as 'sen0alas'

 psíquicas que os seres criam em si mesmos, que os aprisionam aos di$ersos mundos de acordocom a *usta afinidade de cada um, *amais por puni"ão, o que seria uma in*usti"a impens$eldo 5ai infinitamente amoroso.

-uita pa0, muita u02

Ramatís

Nota do médi"mB

Recentemente, ti$emos a manifesta"ão psicof&nica do preto $el!o Rei Congo, por meio da incorpora"ão neste que $os escre$e. ; entidade, que trabal!a$a com determinadomedianeiro que 'en*oou' dos trabal!os caritati$os no terreiro e acabou se desligando da

corrente, não o acompan!ou, di0endo6nos que suas tarefas não pre$iam naquele momentoestar '/ disposi"ão' e atender familiares na casa do 'seu' ex6médium, o que prontamente seria

9@

Page 65: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 65/104

feito por outros espíritos que se apresentariam na forma de pretos $el!os, mas que nãoestariam $inculados / religião de umbanda organi0ada na Espiritualidade.

Contou6nos que depois de mais de G= anos de intenso labor no plano astral, sob aégide da ei de +mbanda, resgatando pesados débitos crmicos do passado, pela ininterrupta

caridade prestada aos fil!os da crosta e desencarnados do 'lado de l', foi c!amado pelos-aiorais do Espa"o e informado de que sua tarefa findara e que não mais precisariareencarnar na #erra, estando li$re para 'subir' a uma dimensão mais sutil. Então, o preto$el!o Rei Congo, pego de 'surpresa', conforme suas pala$ras, pediu para continuar auxiliando as criaturas !umanas. Hs $enerandos espíritos condutores e regentes de carmascoleti$os, aos quais se reporta$a, propuseram6l!e que acompan!asse um agrupamento demédiuns de umbanda 'caídos[, desistentes da mediunidade, que se deixaram iludir pelo bril!odos ouros mundanos, ao receber moedas, recon!ecimento e abundância na matéria, mas'falecendo' em seu mediunato, tendo agora de renascer em planeta inferior.

Como se di0 e se canta nos terreiros, 'preto $el!o amou na lin!a de congo', e

 prontamente Rei Congo aceitou a tutoria espiritual proposta, alertando6nos do fim do tempona #erra para muitas consci%ncias sensibili0adas para serem médiuns de terreiro ou ca$alos deumbanda, os quais na $erdade tin!am tido uma derradeira c!ance e não esta$am dando ade$ida $alia e aten"ão aos seus sagrados compromissos.

N de congo, é de congo,N de congoN de congo, é de congo, aru%Luem trabal!a na lin!a de congo;gora que eu quero $er;rriou na lin!a de congoN de congo, é de congo, aru%Rei congo é rei coroado MbisO

 4a lin!a de umbanda, aru%.

Esc$arecimentos de Ramatís

PERKUNTA J  As experi$ncias intuiti!as nem sempre sãomedi)nicas& e na umbanda o médium de incorporação é mais !aloriado( A

mediunidade intuiti!a é mais an%mica?RAMAT7) J  7em d)$ida, quer se*a um médium intuiti$o, de incorpora"ão ou deefeitos físicos mais ostensi$os, como * $os esclarecemos anteriormente, 1 não ! exatidão

 para que possamos comparar um tipo de mediunidade com a outra como sendo inferior ousuperior, perfeita ou imperfeita, pior ou mel!or, mais ou menos medi)nica, como costumaisfa0er ao comparar $asos em $ossos ba0ares, sendo que o mais c!a6mati$o nem sempre é omais $alioso. -esmo a mediunidade de 'incorpora"ão', que exige o desdobramento completodo corpo astral do medianeiro para que se*a sonâmbulo e inconsciente, apresentaespecificidades e características )nicas de um espírito encarnado para outro.

4:6  Mediunismo& de Ramatís8 obra psicografada por ercí$io M!es8 p"b$icada

pe$a EDITORA DO 0ONE0IMENTO'

9

Page 66: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 66/104

;lis, considerando que a mediunidade inconsciente est ficando rara no orbe eclarifica6se cada $e0 mais o !omem intuiti$o e anímico, ob$iamente de$eis rea$aliar oconceito de 'incorpora"ão' nos terreiros de umbanda. H que ocorre na atualidade é uma'parceria' anímico6medi)nica, em que o sensiti$o fica en$ol$ido pela irradia"ão mental emagnética do espírito, com o seu corpo astral Mperispírito do médiumO le$emente desacoplado.

N um tipo de 'transe' sem perda da consci%ncia, pois o médium capta os fatos e idéiastransmitidas de outra mente, extracorpórea, reprodu0indo6os com suas pala$ras, decorrentesde con!ecimentos psíquicos mais profundos, o que podeis denominar de registros de memóriaatemporais que afluem do inconsciente milenar do espírito reencarnado para a periferia doconsciente.

5odeis então constatar que a complexidade do mediu6nismo de terreiro é algo quedesconstitui a no"ão malsã de muitos umbandistas de que a intui"ão se*a mais anímica nosentido de ser menos medi)nica, a exemplo de um $istoso pa$ão c!umbado no solo quec!ama mais a aten"ão dos ol!ares do que os pssaros que $oam nos céus.

PERKUNTA J  eerente a !ossa asserti!a; "registros de mem:riaatemporais& 'ue aluem do inconsciente milenar do esp%rito reencarnado paraa perieria do consciente"& solicitamos mais elucidações sobre esse processode en!ol!imento espiritual 'ue altera a consci$ncia ordin1ria do médium sem"apag1#la"& tema de di%cil compreensão( @ poss%!el?

RAMAT7) J   N e$idente que um médium, como espírito imortal, não é uminstrumento isolado que utili0amos do 'lado de c', como se fosse uma col!er a ser trancafiada numa ga$eta ou mera indumentria a ser guardada em um roupeiro, depois do uso.; mente perispiritual acomoda em seus arqui$os mais profundos todos os registros causaisdas exist%ncias pretéritas do espírito, que afluem como efeitos Me um modo de pensar e ser é)nico a cada indi$íduoO na atual exist%ncia carnal. N um manancial de experi%ncias registradasno inconsciente que influenciam ininterruptamente a consci%ncia desperta numa encarna"ão,tanto mais quanto maior o anseio de busca espiritual do ente, na forma de predisposi"(es

 psíquicas.

 4o inconsciente profundo, existem registros da memória perene que se expressamcomo ressonâncias do passado remoto e afluem ao consciente imprimindo na mal!a neuronalMcon*unto das células ner$osasO determinados 'circuitos' sinpticos M$ias de funcionamentodas células cerebraisO que nada mais são que predisposi"(es psíquicas, ata$ismos milenares

que influenciam no processo contínuo de cogni"ão do indi$íduo.;ssim como o flec!eiro adestrado acerta o al$o na primeira flec!ada, o espírito6guia

da umbanda atua com destre0a diretamente no centro mental extrafísico ou fulcro de memória perispiritual, fa0endo aflorar '$el!os' con!ecimentos que agu"am a intui"ão, impulsionando omédium a transmitir as idéias que l!e afloram no psiquismo, $estindo6as com suas pala$ras eser$indo6se de seu $ocabulrio atual. Hb$iamente, tal processo requer a educa"ão anímico6medi)nica do sensiti$o, a fim de que suas posses intelectuais e temperamento psicológicoadquirido na $ida presente não deturpem as comunica"(es dos espíritos do 'lado de c'.

5odeis concluir que quando o médium é afeito ao estudo e busca incessantemente o

seu autocon!ecimento, não tendo apenas a inocente 'boa inten"ão', mas esfor"ando6se comdisciplina e assiduidade nas tarefas caritati$as, aflorarão do inconsciente 'entidades

99

Page 67: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 67/104

desencarnadas', num saud$el processo anímico que emerge / periferia do con!ecimento,atra$és do estado de consci%ncia alterada indu0ido pelo en$ol$imento mental e magnético dosespíritos benfeitores, num perfeito acoplamento urico ou de interpenetra"ão de duas mentes

 Y perispírito a perispírito.

7inteticamente, exemplificamos esse processo de en$ol$imento espiritualM'incorpora"ão'O, c]ue altera a consci%ncia ordinria do médium sem 'apag6la', transmitindoassim dos mentores do 'lado de c' mensagens de orienta"ão aos que buscam auxílio naumbanda, como similar / situa"ão em que esticais o bra"o para alcan"ar o fruto no gal!o quese encontra no terreno do $i0in!o, toda$ia permanecendo de $osso lado da cerca, sem in$adir a propriedade do outro.

PERKUNTA J  Supomos 'ue no processo de educação an%mico#medi)nica do sensiti!o umbandista& as suas posses intelectuais e

temperamento psicol:gico não são inluenciados por esp%ritos malé!olos( Ainal& a proteção dos esp%ritos alangeiros não alha e não entram obsessoresnos terreiros( 0orreto?

RAMAT7) J   Hs espíritos superiores afirmaram a Tardec, em 7 Livro dos

 Esp"ritos, que 'a influ%ncia dos espíritos sobre os $ossos pensamentos e as $ossas a"(es émaior do que supondes, porque muito freqVentemente são eles quem $os dirigem'.Jnfeli0mente, muitos c!efes de terreiro t%m dificuldade de admitir e refutam o estudo dasobras >ardequianas, subestimando a influ%ncia do ;lém6t)mulo sobre os acontecimentoscome60in!os de $ossa $ida, na maioria das $e0es por influencia"(es obsessi$as que ocorreminclusi$e dentro de muitas correntes medi)nicas ditas 'umbandistas'.

;o contrrio do que muitos pensam, a obsessão não derroga as leis naturais eimut$eis do Criador, pois todo processo de influencia"ão espiritual é decorrente do tipo deconduta mental que adotais. -as ! sempre aspectos benéficos no fulcro de todas as coisas.Hbser$ai que logo ali, o marimbondo protege a cou$e dos ataques das lagartas destruidorasAacol, o pssaro esfomeado bica a amora e semeia o solo ao deix6la cairA aqui, o animalatropelado na beira da estrada pelo !omem apressado, em possante automó$el, é alimento dos'repugnantes' urubus que comem a carne em putrefa"ão, impedindo a prolifera"ão de lar$as einsetos.

Hs seres bons ou maus, feios ou belos, sadios e doentes, falangeiros ou obsessores, /

medida que são transformados pelos fen&menos da $ida, sob o guante da ei de Causa eEfeito, descobrem6se ligados pelo amor, que nunca separa nos camin!os da e$olu"ão. ;ssim,o microcosmo que cerca o !omem é reflexo do seu macrocosmo mental, e $ice6$ersa, poisambos regem6se por sintonia e afinidade decorrente da ei de Causa e Efeito. 7ão fatosintangí$eis que se sucedem num encadeamento ordeiro e inteligente, embora equi$oca6damente interpretados como impro$$eis por serem pouco obser$ados, con$ergindo para umfim pro$eitoso e benfeitor, a exemplo dos obsessores que $os acompan!am até o terreiro deumbanda, centro espírita, igre*a ou templo de culto, reflexo dos fundamentos da bondade deKeus, exigindo o amparo recíproco que de$e existir entre todos os seres da Cria"ão, a ser$i"oda e$olu"ão dos espíritos imortais, que est acima dos con$encionalismos !umanos dossacerdotes, dirigentes, c!efes e doutrinadores infalí$eis das religi(es terrenas.

9F

Page 68: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 68/104

'Hrai e $igiai', foi a recomenda"ão deixada por <esus a todos os !omens,independentemente de rótulos terrenos.

PERKUNTA J Muitas !ees escutamos 'ue basta o amor e a entrega

no terreiro para sermos bons médiuns dos esp%ritos protetores da umbanda(ossa asserti!a de 'ue não  basta a "boa intenção" é surpreendente( Podeisexempliicar##nos 'uando a boa !ontade do médium não é suiciente para asua educação e aprimoramento espiritual?

RAMAT7) J  -uitas $e0es, a boa inten"ão de a*udar é ato conden$el perante /sleis cósmicas, como acontece em situa"(es como estasB o médium 'incorporado' com o preto$el!o transfere todo o seu emocional abalado com a separa"ão de um irmão e interfereinde$idamente no li$re6arbítrio da esposa dele, in$ocando o seu nome e pedindo, como sefosse a entidade manifestante, para o orix Hxum 'ado"6la' e amansar sua insatisfa"ão com omarido mul!erengoA a mãe tem um fil!o adulto $iciado em drogas, e $iolento, que bateu com

o carro, ferindo gra$emente um pedestre, di06se 'incorporada' com um caboclo de Pang&, ecom toda a boa inten"ão pede uma oferenda para o seu 'menino' se li$rar do processo

 *udicialA um exu dito 'incorporado' no dirigente manda colocar o nome de uma médium noseu assentamento $ibratório dentro do terreiro, pois a médium deixou o terreiro e ter de$oltar, mesmo contra a sua $ontadeA outro médium 'incorporado' com um 'mestre' doHriente di0 que $ai trocar o carma do consulente para que ele não sofra mais, porém somentese ele aceitar entrar para a corrente medi)nica do centro em que é o sacerdote.

7egundo as leis uni$ersais que organi0am o reino de Keus, a $erdade absoluta é fontede $ida e felicidade em todo o Cosmo e não se imp(e pela porta larga da boa $ontade diantedas coisas fceis, mas se aprende e se conquista arduamente pela supera"ão das dificuldades,no mais das $e0es 'contra' a $ontade Mporta estreitaO que se apresentar na longa camin!ada.; $entura espiritual é um estado de consci%ncia, e não uma decorr%ncia da 'posse' ou'propriedade' particular de $osso psiquismo por outro espírito, uma $e0 que são raros osmédiuns inconscientes ainda encarnados.

Jndependentemente da 'boa inten"ão' dentro da fenomeno6logia medi)nica $i$enciadanos terreiros de umbanda, é preciso a todos os espíritos en$ol$idos no intercâmbio entre os

 planos de $ida adquirir, treinar e afinar os seus estados íntimos com o E$angel!o e em totalrespeito ao li$re6arbítrio e merecimento indi$iduais. Com isso, c!egarão ao adequadoapro$eitamento que os le$ar / educa"ão e aprimoramento anímico6medi)nico decorrente do

mediunismo, se*a de terreiro ou de outra denomina"ão doutrinria terrena.

PERKUNTA J 0omo é "calculado" o tempo 'ue cada esp%rito& econse'uentemente uma coleti!idade de egos reen#carnantes& permanece na3erra com direito a reencarnar?

RAMAT7) J  Em $erdade, não existe um clculo que possamos descre$er em$osso atual estgio de compreensão. N preciso registrar que, sempre que o direito deexpressão do li$re6arbítrio do cidadão interfere e distorce negati$amente uma coleti$idade,existem a"(es intercessoras autori0adas pelos #ribunais Ki$inos que ob*eti$am retificar e

reencetar o carma grupai. ;demais, quanto mais o ní$el mental da !umanidade se dilata, tantomenos conseguem reencarnar espíritos primrios e presos aos instintos sensórios egoísticos,

9G

Page 69: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 69/104

formando6se uma natural barreira $ibratória, como se fosse um campo de for"a magnético naaura planetria que impede a reencarna"ão de egos com pesos específicos de seu perispíritomais densos que os característicos do atual momento de consci%ncia coleti$a.

 4aturalmente, quando a a"ão indi$idual tem o apoio de uma comunidade de $ossa

crosta, em simbiose com algumas regi(es mais profundas do +mbral que se 'alimentam' do plasma sangVíneo liberado em ritos religiosos que sacrificam os irmãos menores do orbe,fortalece6se com tal intensidade certa classe de espíritos rebeldes, que eles conseguem fugir ao magnetismo tel)rico do planeta e / ei da Reencarna"ão por tempo 'indeterminado'. 7ãoregi(es do 'organismo' planetrio que se encontram com sérias 'metstases' perante /s leiscósmicas. ;ssim, somente alterando os !bitos dos encarnados que matam e sacrificam em

 pro$eito próprio, a fim de alimentar certos 'ancestrais' cultuados como 'deuses' mitológicos poderosos, conseguiremos remo$er essas cidadelas para orbes inferiores, impedindo6as decontinuar no planeta.

PERKUNTA J  Até 'uando as cidades existentes nos conins doBmbral inerior& 'ue resistem a 'ual'uer mudança& se manterão ortalecidas&

 ugindo 5s leis do 0risto?RAMAT7) J  Elas persistirão enquanto os !omens da crosta não mudarem certos

!bitos nefastos, alterando a sintonia atualmente existente, mantida pela ei de ;finidade.Enquanto $ice*arem a cobi"a, o imediatismo, o uso das religi(es para domina"ão das massas eenriquecimento de poucos, o derramamento de sangue em nome do 'sagrado' e para alimentar $ossos est&magos famélicos, e a falta de e$angeli0a"ão, continuareis cada $e0 mais semeando$ento e col!endo tempestades. Claro que, pelo fato de o espírito do !omem ser indestrutí$el,

 pois foi criado da ess%ncia eterna mantenedora do +ni$erso, que é Keus, não faltar um orbe

no infinito Cosmo que possa $os abrigar em corpos transitórios, para que continueis naescalada e$oluti$a.

+m o$o se quebrar se *ogado ao c!ãoB o mesmo pode acontecer com $osso planeta,em ra0ão da satura"ão causada pela a"ão dos !omens. H orbe est em $ossas mãos e não éinfinito como $ossos espíritos. Refleti a respeito do amor magnânimo do 5ai -aior e o quanto$os é dado para $ossa bem6a$enturan"a espiritual, desde que fostes criados no seio doCriador, e quanto destruís diariamente o 'éden' que $os foi ofertado.

PERKUNTA J  @ poss%!el a 'ual'uer um& dispondo de técnicasapropriadas?> "abrir" a clari!id$ncia para saber o uturo& tomar decisõesa7ustando o rumo da !ida& com o ob7eti!o de ser mais eli& ter abund2ncia&ri'uea e prosperidade na !ida?

RAMAT7) J  ;s preciosas li"(es deixadas por <esus estão esquecidas por muitos'sbios' espiritualistas modernos. 4ão por acaso, o E$angel!o é o tratado cósmico deliberta"ão do !omem de si mesmo, bastando a cada um interiori06lo com intensidadesuficiente para modificar o rumo de sua exist%ncia, no exato momento em que o ser !umanose fi0er unidade em consci%ncia com o Cristo.

4=6 V"est!o ::8 em O  -i!ro dos Médiuns; C A fac"$dade de er os espíritos pode semdúida se deseno$er8 mas é "ma dessas fac"$dades c"Bo deseno$imento dee processarsenat"ra$mente8 sem ?"e o proo?"e8 se n!o se ?"iser exporse +s i$"sCes da imagina*!o' V"ando

98

Page 70: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 70/104

temos o germe de "ma fac"$dade8 e$a se manifesta por si mesma' Deemos8 por princípio8contentarnos com a?"e$as ?"e De"s nos concede"8 sem proc"rar o impossíe$' Por?"e ent!o8?"erendo ter demais8 arriscase a perder o ?"e se tem'

Entre o poder e o direito do !omem de ser seu próprio dispensador de *usti"a dos

'pre*uí0os' sofridos ou dos 'lucros' a serem auferidos, existe uma enorme diferen"a deinterpreta"ão, em conseqV%ncia da baixa e$olu"ão da !umanidade. 7ois ainda sobe*amentecapa0es de exorbitar nas 'decis(es a*ustando o rumo da $ida', punindo um delito menor comoutro crime mais cruel, abusando da desforra e sadicamente explorando os outros, em

 pro$eito próprio.

; ei do Carma tem uma fun"ão técnica e impessoal, mas é perfeita no sentido de queo amor do Criador que a pro*etou logicamente proporciona liquida"ão na *usta medida dadí$ida pretérita, com saldo benfeitor para o futuro do delituoso, ao contrrio do egoísmo$igente na maioria dos !omens, que sempre cobi"am mais para si próprios, gerando maisdébitos no li$ro da Contabilidade Ki$ina. Em $erdade, 'qualquer um' pode abrir a

clari$id%ncia dispondo de técnicas apropriadas, mas não é de direito cósmico do cidadãocomum, como ensinou o Ki$ino -estre ao po$oB 'portanto, não $os preocupeis com oaman!ã, pois o aman!ã trar as suas próprias preocupa"(es. asta a cada dia o seu própriomal.' M-ateus, capítulo 9B36:@O

PERKUNTA J , uso da magia indiscriminada parte da premissa de'ue "é problema do outro se ele não sabe se deender"& notadamente nas

 pr1ticas populares remanescentes de cultos aricanos( 4uais !ossaselucidações a respeito?

RAMAT7) J  ;s prticas mgicas populares remanescentes dos cultos originriosda antiga Ufrica baseiam6se preponderantemente nos mitos ancestrais, que são narrati$as decarter simbólico, relacionadas a uma cultura milenria. Ke$e a mitologia explicar a realidadeordinria da matéria e a extraordinria, transcendental, baseada em fen&menos naturais,esclarecendo as origens do +ni$erso, do planeta e do !omem, por meio de seus deuses, semi6deuses e !eróis.

7em d)$ida, quando rituali0ada num con*unto de ati$idades organi0adas, numdeterminado culto religioso, no qual os prosélitos se expressam por meio de gestos, símbolos,linguagens e comportamentos transmitidos de gera"ão a gera"ão, de$e ser reinterpretada / lu0dos con!ecimentos espiritualistas atuais, con$ergindo para pontos em comum e escoimando o

que ficou paralisado no tempo como esttua de pedra. Hcorre que muitos religiososafricanistas comportam6se como se esti$essem sob intenso ol!ar de medusa petrificadora emant%m um amontoado de dogmas pétreos em nome de tradi"(es imut$eis. -esmo <esustendo dito que não $eio alterar a lei *udaica, reinterpretou6a, mostrando /s criaturas o$erdadeiro Keus, profundamente bom e amoroso, ao contrrio dos 'deuses' puniti$os queobriga$am os seus adeptos a reno$adas oferendas sanguinolentas, sob pena de, ao contrrio,suas $idas e sa)de irem de mal a pior.

E certo que ignorante é aquele que não te$e acesso ao con!ecimento, mas isso não$ale para os dias atuais em que o saber mora ao lado, bastando6se $oltar o ol!ar para as telasdos potentes computadores ligados em rede mundial. ;lis, não se *ustifica, e muito menosimporta, o próximo saber ou não 'defender6se' diante dos ataques de magia que ferem a eide Equilíbrio Cósmico, * que o efeito de retorno é inexor$el, tanto mais cedo quanto mais se

F=

Page 71: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 71/104

agride o merecimento e li$re66arbítrio indi$idual e coleti$o, independentemente da denomi6na"ão doutrinria terrena. ;s amplas $erdades absolutas do Cosmo não se subordinam aoreducionismo dos rótulos das religi(es terrenas, do mesmo modo como não se pode prender alu0 do 7ol dentro de uma garrafa.

PERKUNTA J ,s centros esp%ritas& terreiros de umbanda e igre7asem geral parecem#nos "atias de um mesmo bolo" em 'ue s: a cobertura é dierente( 4ual o uturo dos templos religiosos diante do modismo 'ue redu as religiões& desmerecendo#se a reunião grupai& ruto da exacerbação cada !e maior do "espiritualismo indi!idualista"& em 'ue 'ual'uer um pode ser médium& instrutor& guru& sacerdote& pro7etor astral& clari!idente& mago&iniciado nos mistérios ocultos& em 'ual'uer lugar e a 'ual'uer tempo?

RAMAT7) J   Hbser$ai sob o ponto de $ista da magnânima e generosa

5ro$id%ncia Ki$ina, que 0ela pela continuidade e$oluti$a das espéciesB na nature0a, em dia detempestade, algumas r$ores $ergam, mas não caem, como os eucaliptos e bambu0ais,enquanto outras rac!am ao meio por serem rígidas por fora e frgeis ou ocas por dentro, aexemplo dos cinamomos e das $el!as figueiras. ;lis, a figueira con!ecida como mata66pau02icus insipida8 ocasionalmente germina sobre outras r$ores e cresce como as epífitasMplantas que $i$em sobre plantasO, até suas raí0es alcan"arem o solo. ;s raí0es crescem em$olta da r$ore !ospedeira, engrossam gradati$amente, até que a figueira mata6pau a sufocacomo cintas que apertam, ou compete com a !ospedeira na absor"ão da gua do solo atémingu6la por completo.

;legoricamente, podeis concluir que as consci%ncias que exaltam o 'espiritualismo

indi$idualista' são como as figueiras mata6pauB precisam acomodar6se, desmerecendo asinstitui"(es religiosas existentes, para se fortalecerem indi$idualmente. Hcorre que são seresrígidos em sua autossufici%ncia, contudo frgeis internamente, por serem solitrios. Kiantedas tempestades da $ida terrena, abalam6se e facilmente rac!am psiquicamente. 7ão espíritos'inteligentes' que foram ascetas isolados no passado, orgul!osos e ausentes na con$i$%nciacom os !omens comuns, e que !o*e recaem em comportamentos at$icos mediante asfacilidades miditicas, alme*ando destruir para construir seus pro*etos personalistas. Kaí,acabam sendo teleguiados por entidades anrquicas do ;stral inferior que ob*eti$am a$acuidade religiosa na !umanidade, em fa$or da prosperidade material imediata.

Em $erdade, no 'burburin!o' do atrito do dia a dia, assim como os gal!os que batem

um nos outros na $entania, é que o !omem reunido em fraternidade inicia a si mesmo. HCosmo não produ0 'deuses', instrutores, gurus, sacerdotes, pro*etores astrais, clari$identes,magos e iniciados nos mistérios ocultos exaltando o indi$idualismo, com a rapide0 de umraio. H percurso é longo e por $e0es fastidioso ao !omem impaciente deste início de terceiromil%nio, que se insurge contra a tradi"ão 'ultrapassada' do tempo de inicia"ão exigido pelasreligi(es terrenas instituídas, *ulgando6se merecedores de rpido recon!ecimento !ierrquicocomo sacerdotes. ; senda do !omem, para a sua centel!a espiritual aflorar em plena

 potencialidade crística, exige responsabilidade consciente e participati$a nas coleti$idades, noseio dos $ariados modelos sociais e religiosos, pois nem mesmo as estrelas se encontramso0in!as no fírmamento.

Hb$iamente, o futuro das religi(es contempla mudan"as ob*eti$ando um maior alcance do sentimento de fraternidade que de$e preponderar entre os cidadãos do futuro. H

F1

Page 72: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 72/104

 psiquismo do Criador subdi$ide67e por todo o Cosmo, pelos orbes e popula"(es dos di$ersosmundos !abitados. Em cada lugar, o !lito de Keus é freqV%ncia perfeita a*ustada /compreensão da maioriaA os mais di$ersos fen&menos, entre os planos $ibratórios que tecem o'corpo' celestial do 5ai no macrocosmo, comp(em uma apoteose na di$ersidade deconsci%ncias microcósmicas que de$em amar6se mutuamente, formando a corte magnânima

do Excelso Criador e mantenedor da $ida no +ni$erso.

5sicologicamente, sede como os eucaliptos e bambu0ais que batem seus gal!os unscontra os outros nas tempestades e não rac!am ao meio. Con$i$ei fraternalmente com osatritos e espin!os dos agrupamentos !umanos, reunidos lado a lado na di$ersidade dereligi(es proporcionada pela liberdade do terceiro mil%nio, todas buscando a religa"ão comKeus, reflexos naturais da imperfei"ão dos !omens, pois o 7ol não bril!a menos pelo fato de oespel!o emba"ado não refletir adequadamente a sua lu0.

PERKUNTA J Podeis elucidar#nos melhor sobre o saber !i!enciadonos terreiros& 'ue tem !alidade se constru%do em grupo& para se ormar egrégora satisat:ria& 'ue por sua !e é mantenedora da !ibração necess1ria

 para a presença dos esp%ritos#guias?RAMAT7) J  N com o estudo contínuo, em parceria com a prtica $i$enciada em

grupo nos terreiros ou templos umban6distas, que podereis alcan"ar o saber $i$enciado, oequilíbrio medi)nico, a consistente espirituali0a"ão e a sólida religiosidade. ; pedagogia doterreiro de$e desen$ol$er sentimento de pertencimento ao grupo M!umano e ;stralO propiciado

 pelo tempo adequado de instru"ão, aprendi0agem e trabal!o cari6tati$o num mesmo espa"osagrado, sem pressa, disciplinando $ossos impulsos inferiores por meio das $i$%ncias rituais.;ssim, com o tempo, isso $os le$ar a uma maior maturidade psíquico6emocional, o que $os

tornar inexora$elmente mel!ores espíritos e consci%ncias, mais serenos, amorosos, fraternos,e$angeli0ados e feli0es.

;ssim como os $agalumes não andam so0in!os na floresta escura, um agrupamento deterreiro tem sua característica própriaB é o somatório de todos os médiuns participantes, cadaqual refletindo a influ%ncia psicológica de seu orix regente.: Kesse modo, é no trabal!o deterreiro, com a participa"ão de cada médium e sua maneira original de inspirar6se em seusancestrais, que $os desen$ol$eis como seres !umanos e ampliais $ossa espiritualidade, com aconsci%ncia de estardes integrados a um grupo que $os d refer%ncia espiritual.

M:O 4o li$ro Bmbanda Pé no 0hão& Ramatís elucida a influ%ncia dos orixs nocomportamento !umano.

5ara um médium Mca$alo de santoO ser considerado e respeitado pela comunidade deterreiro, ele precisa $i$enciar o espa"o sagrado intensamente, participando ati$amente notemplo, aprendendo e aprimorando o con$i$er coleti$amente, o 'amar o próximo como a simesmo' recomendado por <esus, tal qual $agalume que depende da lu0 do outro quando a suase apaga, mas que acende a sua quando a do outro est em baixa, criando6se uma'luminosidade' ou aura particulari0ada que os antigos ocultistas orientais denomina$am deegrégora.

 4esse ambiente de 'irmandade', amorosidade e respeito fraternal entre os membros,com o carter modificado, a $ibra"ão^energia de cada um se integra, ultrapassando os limites

F3

Page 73: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 73/104

físicos do terreiro e formando uma egrégora consistente. N isso que mantém toda acomunidade do terreiro saud$el, sólida e em expansão. Então, propiciada a ele$a"ão psíquicacoleti$a necessria, os mentores do 'lado de c' conseguem momentaneamente estar numní$el $ibratório adequado para se fa0erem 'sentir' pelos seus médiuns, o que é $ia de regraimpossí$el se não !ou$er a reunião de pensamentos com o mesmo ob*eti$o, ou se*a, praticar a

caridade desinteressada, direcionado a um mesmo ponto focai que é o espa"o sagrado outerreiro.

PERKUNTA J  Existem sensiti!os "!ia7ores astrais"ensinando& emcursos pagos& técnicas de desdobramento& para 'ue 'ual'uer cidadão possaauxiliar a reconstrução das ediicações umbralinas( 9eendem 'ue não é necess1rio o pertencimento a 'ual'uer grupo medi)nico& centro ou terreiro e'ue 'ual'uer um tem esses poderes ou dons& bastando saber pedir para 'ue as

 portas se abram( @ assim mesmo?

RAMAT7) J  7em d)$ida, o grande desafio da !umanidade é o saber pedir.Hbser$ai que mesmo a onda que bate na areia em dia tempestuoso, o fa0 sob os auspícios doCriador, que não $iolenta o ritmo pacífico em que a nature0a se manifesta, ficando aresponsabilidade pela perturba"ão danosa dos ciclos e ritmos do orbe na a"ão nefasta dos!omens, no pedir e buscar irregularmente prosperidade e abundância, progresso e rique0a,mesmo que ao pre"o da destrui"ão do planeta. ;ssim são $ossos tsunamis, decorrentes darea"ão natural do organismo do orbe doente pela inger%ncia gananciosa e destruti$a da!umanidade poluidora.

; ei Cósmica determina que, ao agirdes mo$idos pelo dese*o egoc%ntrico e $iolento

 para com o meio ambiente, destruireis o ob*eti$o final da insana procura. ;o exigirdes prematuramente em rela"ão /quilo a que ainda não fa0eis *us ou não estais preparados parausufruir, mo$imentais uma for"a desequilibrante que retornar na forma de rea"ãodestruidora. Iosso planeta se encontra na 'unidade de tratamento intensi$o', febril, tal é oefeito de retorno da busca desenfreada dos !omens.

Ka mesma forma que os $ossos automó$eis não andam nos céus e os a$i(es não param em cru0amentos urbanos, ac!amos esdr)xulo o ensino de técnicas para 'auxiliar' osespíritos do 'lado de c' a reconstruirem as edifica"(es astralinas do +mbral. Existemmil!(es de criaturas esperando na fila para reencarnar e e$oluir nos corpos físicos, seres a queo atendimento de seus dese*os na matéria 6 portas abertas diante das insistentes batidas 6

 proporcionou ense*os tão nefastos para os seus espíritos imaturos e indisciplinados, quemoti$aram acerbos sofrimentos no ;lém6t)mulo. Estes terão que $oltar enquadrados emausteros programas de retifica"ão consci%ncia2.

H manto da -isericórdia Ki$ina oferece as reencarna"(es sucessi$as para quereclineis transitoriamente no corpo de carne a mente extrafísica atordoada. ;demais,descansareis, pelo esquecimento pro$isório, o espírito aticatado por lembran"as de atosdelinqVentes do passado, minimi0ando recalques, culpas e remorsos, fortalecendo6$os para aeduca"ão no con$í$io social, psicológico, econ&mico, ecológico, filosófico e religioso,'impondo6$os' o relacionamento interpessoal na materialidade densa, partindo das premissasmximas que <esus nos orientaB ';mai6$os uns aos outros, como eu $os amei'.

F:

Page 74: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 74/104

Luanto a saber pedir adequadamente, em rela"ão ao direito pessoal do sensiti$o'$ia*or astral' de ensinar, regiamente remunerado pelo $il metal, $erificai a 'ilusão' contidana porta aberta dos fen&menos fceis, apelo exaltado quando exige o din!eiro em seuexclusi$o fa$or e nada apresenta de altruísmo em rela"ão aos próprios !omens encarnados,tão necessitados, mergul!ados na carne em experi%ncias redentoras. Esses instrutores querem

$i$er uma teologia da prosperidade materialista e exigem da $ida, aqui e agora, o que émel!or do mundo de CésarA e o reino de Keus, só quando l esti$erem... ;traem os cidadãosem busca dos fen&menos descon!ecidos e prometem ensinar a abrir as portas dos mistérios,como curiosos que aprendem em plena lu0 solar a camin!ar na escuridão. Certas portas foramfeitas para ficarem fec!adas, mas eles teimam em abrir, numa in$asão promíscua, al!eia, norecinto 'proibido'.

Refleti que o 'lado de c' tem amplas possibilidades de métodos para a reconstru"ãodos cenrios a$iltantes dos submundos tre$osos e que o que nos ser$e e tem imensa $alianeste delicado momento de transi"ão planetria é que consigais interiori0ar os ensinamentosdo E$angel!o do Cristo, le$ando66os aos $ossos irmãos como c!ama $i$a, independentemente

do pertencimento a qualquer grupo medi)nico, centro ou terreiro, igre*a ou culto particulari0ado. ; $erdadeira inicia"ão espiritual ocorre / lu0 do dia e não só no interior detemplos de pedras, e muito menos na ilusão de, tecnicamente so0in!os, $os encontrardesdesdobrados fora do corpo em ati$idade de auxílio ao 'lado de c'. 7eguindo instru"(es donosso amado -estre <esus, recomendamosB 'Keixai aos mortos o sepultar os seus própriosmortos. Iós, porém, ide e pregai o reino de Keus aos $i$os da #erra'.

PERKUNTA J  Muitos diem 'ue a umbanda é amor e 'ue osesp%ritos#guias estão sempre 5 disposição para nos a7udar& especialmente nos

lares& 'uando precisamos& e 'ue os médiuns "prontos"podem in!oc1#los paraa "incorporação"& sem 'ual'uer problema( , ato de as tareas de umaentidade de umbanda não pre!erem estar 5 "disposição" do médium paraatender amiliares sempre 'ue "chamado"& não é uma demonstração dedesamor?

RAMAT7) J   Luando a faculdade medi)nica se encontra amadurecida,manifestando6se plenamente pela mecânica de 'incorpora"ão', aos moldes dos terreiros deumbanda, equi6$ocadamente c!amais o manifestante de 'médium pronto'. H medianeiroacaba subliminarmente crendo6se dispensado de mais dificuldades ou necessidade deaprendi0ado 6 afinal ele * est pronto e sabe tudo 6, caindo muitas $e0es, por aus%ncia de

!umildade, na imprud%ncia e na armadil!a de trabal!ar 'incorporado' em casa, so0in!o.Como moscas grudadas no a")car, pululam do 'lado de c' pretos6$el!os, caboclos, exus eoutras entidades ditas 'de umbanda' que não descuidam dos médiuns que abrem as arestas

 psíquicas da sintonia por presun"ão.

Hs espíritos benfeitores da umbanda amam incondicionalmente seus médiuns e acondi"ão imposta de atender familiares em resid%ncias é um desamor dos médiuns

 presun"osos para com esses abnegados espíritos. Como dissemos al!ures, quando o médium éafeito ao estudo e busca incessantemente o seu autocon!ecimento, não tem somente ainocente 'boa inten"ão', pois não basta 'só' o amor doa"ão incondicional e o totaldesinteresse pessoal, mas o esfor"o persistente, com disciplina e assiduidade nas tarefas

caritati$as desen$ol$idas no terreiro umbandista sério, irmanado na moral do E$angel!o doCristo.

F@

Page 75: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 75/104

;ssim, !a$endo premente necessidade de socorro espiritual, o médium e seu familiar são desdobrados e, fora do corpo físico, le$ados ao terreiro de umbanda ou aos sítios danature0a, adredemente imantados no plano astral, para serem atendidos dentro dosindispens$eis campos de for"as de prote"ão e descarga, nos quais os espíritos benfeitoresatuam adequadamente com seguran"a medi)nica. H amor recomenda não expor os médiuns

inde$idamente e o ambiente do lar raramente é plausí$el para manifesta"(es com a'incorpora"ão' dos $erdadeiros guias da umbanda.

PERKUNTA J Os esp%ritos podem icar até 'uanto tempotrabalhando no plano astral como guias de umbanda?

RAMAT7) J  H 'tempo'.em que o espírito estagia como guia ou benfeitor, se*a deumbanda ou no espiritismo, ou em outras confrarias e fraternidades uni$ersalistas existentesno 'lado de c', ser$e6l!e para a in$estiga"ão psíquica no campo dos fen&menos que ointercâmbio medi)nico imp(e. ;ssim como o esmeril, que lapida a pedra bruta destinada a ser 

 *óia preciosa, a consci%ncia'atarefada'no auxílio ao próximo busca a $erdade e penetralentamente na intimidade de sua própria origem imortal. #al qual o car$ão que se incandesceaos poucos, metaforseando6se em brasa pelo fogo baixo, paulatinamente aquece a sua fé peloapuro da própria sensibilidade, que se sublima no esfor"o de perquirir, $er e apalpar ofascinante esquema e$oluti$o da $ida, na sua própria identidade oculta / $isão dos ol!oscarnais, alimentando e nutrindo essa fé que o far despertar na carne mais preparado parano$as pro$as, impostas pelos seus antecedentes crmicos.

 4a prepara"ão da reencarna"ão que se imp(e, a rela"ão afeti$a, biológica e espiritualcom os futuros pais é a$aliada pormenori0adamente e, pela mel!ora alcan"ada na tarefaredentora do 'lado de c', $olta o espírito em menor tempo com condi"(es fa$or$eis para

auxiliar seu grupo consanguíneo afim e auxiliar6se. H tempo necessrio depende de cadaespírito, e é a$aliado minuciosamente pelos -aiorais que arquitetam as reencarna"(es. Ncerto que o 'tempo de $ida' de cada consci%ncia enga*ada na caridade do 'lado de c' é maisou menos proporcional a sua idade sideral e aos atributos psíquicos adquiridos, que o situamem faixa $ibratória eleti$a ao seu estado de consci%ncia.

Luanto mais e$angeli0ada for, a indi$idualidade !umana é mais emancipada no tempoe no espa"o e liberta da 'imposi"ão' de reencarna"(es, pelos 'registros crmicos' daContabilidade Ki$ina, assim como contas enfeixadas em firme fio de colar que não mais serompe, alargando6se o seu tempo no ;stral, até que não precise mais retornar / densamaterialidade, conseqV%ncia da aquisi"ão interna do código moral crístico que rege os mo$i6

mentos ascensionais em todas as latitudes do Cosmo.

PERKUNTA J ,s médiuns "ca%dos" são os desistentes damediunidade 'ue se iludiram com o brilho do mundo( Supomos 'ue acabaramusando a sensibiliação psicoastral recebida antes de reencarnar em pro!eito

 pr:prio& auerindo abund2ncia na matéria( Ainal& é poss%!el ser médiumdiligente e angariar progresso material& como o camelo 'ue passa pelo buracode uma agulha?

RAMAT7) J  Em $erdade, o exercício medi)nico de$e se pautar pela seguintemximaB 'Kai de gra"a o que de gra"a recebestes'. Hs médiuns caídos não são os que ficaram

F

Page 76: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 76/104

'ricos' na matéria, mas os que se aprisionaram psiquicamente ao mundo do 'ter' ao in$és do'ser', da ilusão do mundo de César em desfa$or da $ida real do reino de Keus. +tili0aramegoisticamente as rique0as, não tra0endo *usta abundância /s coleti$idades em que esta$aminseridos. Hbser$ai que ainda tendes marcado muito forte em $osso inconsciente coleti$o quegan!ar din!eiro é uma coisa ruim, que não combina com o sagrado, que $ai $os atrapal!ar. H

medo de 'não se entrar no Céu', decorrente da explica"ão de <esus acerca da dificuldade deum rico alcan"ar esse feito, quando disse ser mais fcil um camelo passar no buraco da agul!ado que isso acontecer, é equi$ocado.

; explica"ão de <esus, interpretada inadequadamente até os dias de !o*e, fa0 muitos pregarem contra os bens materiais e acreditarem na trilogiaB espírito, céu e pobre0a. ;lis,$osso cora"ão e $ossa consci%ncia não de$em estar apenas nas rique0as pueris. #oda$ia,gan!ar din!eiro !onestamente, em abundância, não constitui empecil!o maior que o mundo

 profano, os apelos carnais e o próprio orgul!o, uma $e0 que ser pobre não é ser !umilde e$ice6$ersa.

; resposta de <esus para o *o$em rico que o perquiriu não se baseou só em suarique0a, mas no fato de que seu cora"ão esta$a c!eio de a$are0a e idolatria pelas moedas. 4ãoé possí$el que Keus se*a contra a rique0a, a troca mercantil, o progresso. H *o$em rico, aoinquirir de <esus sobre o que fa0er para !erdar a $ida eterna, ou$iu do -estre que de$eriadesfa0er6se de suas rique0as, para ter um tesouro no Céu. ; questão não era o din!eiro que o

 *o$em acumula$a, e sim sua idolatria pelas coisas materiais.

N certo que a rique0a potenciali0ar o que $ossas emo"(es negati$as exprimem em$osso modo de ser, como um meio de exacerba"ão in$oluntria da falta de autocon!ecimento,a exemplo do apego / fama, ao talento recon!ecido, / boa apar%ncia, ou ao intelectualismoexagerado, / sexolatria e / $aidade desmedida, bem como ao glutonismo e o culto / bele0a,entre tantos outros aspectos psicológicos exaltados da inferioridade !umana, potenciali0ados

 pela mediunidade aflorada.

\ semel!an"a do ímã, que atrai a limal!a não por ser de ferro, mas por estar emitindointenso magnetismo, não é o fato de serdes ricos ou pobres, médiuns ou não médiuns, que $osfa0 cair, mas sim o que sois e o que emitis de dentro de $ós.

F9

Page 77: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 77/104

&

A %ora apoca$íptica a seg"nda inda do 0risto'

Reencarna*!o dos Mestres da /"# e Instr"tores da%"manidade J espíritos cristificados'

omens''' por ?"e estais o$%ando para o cé" Esse9es"s8 ?"e dentre Gs foi recebido em cima8 no cé"8 %- de irassim como para o cé" o istes ir'

M;tos, capítulo2B 11O

; $oli"ão di$ina ou '$ontade de Keus' criou o Cosmo e tudo o que existe no mundo$isí$el aos sentidos físicos e no transcendental, oculto ao 'ol!ar' dos !omens. Essa $ontadedo Criador $os fe0 seres criados. 4o processo gradati$o de e$olu"ão, alcan"astes o direito deexercitar $ossa $ontade indi$idual, ou se*a, o li$re6arbítrio, que, no entanto, est restrito /sleis uni$ersais organi0adoras da $idaB uma espécie de legisla"ão di$ina exarada dessa mesmaIontade Ki$ina, que estabelece as causas e os efeitos sustentadores do progresso contínuo.5ortanto, estais fadados a col!er o que ti$erdes semeado.

ogicamente, podeis inferir que tudo acontece como fruto da liberdade de expressão,ou mel!or, da $ontade indi$idual da consci%ncia dentro do plano da Cria"ão, que nada tem a$er com a $oli"ão di$ina ou $ontade de Keus. Hcorre que tereis, inexora$elmente, de col!er o

efeito da causa que mo$imentais, dentro das leis uni$ersais.Keus, ;bsoluta 5erfei"ão, organi0ou o +ni$erso em leis aquânimes e perfeitamente

 *ustas a fim de e$oluirdesA nunca  para punir se$eramente, como *ui0 implac$el e frio, mesmoque ine$ita$elmente ten!ais de col!er os efeitos de causas pretéritas distorcidas muitas $e0es,como fruta podre caída ao c!ão de amargura que tereis de pisar em uma exist%nciaretificadora, em orbe inferior.

5or amor, de tempos em tempos Keus en$ia 7eus prepostos / carne para auxiliar a!umanidade, 4a atualidade, descem / #erra os -estres da u0 e Jnstrutores da !umanidade,'sal$adores' dos mundos em miss(es sacrificiais, como um dia <esus desceu. Como oceanos

de bem6a$enturan"a cósmica acondicio6nados em garrafas de $idro tapadas com toscas rol!as,se disp(em a ser'miniaturi0ados', em sacrificial descenso $ibratório, para ocupar no$amenteum limitado corpo físico !umano. #al qual <esus, que matou a sede espiritual da mul!er samaritana falando6l!e ao cora"ão na beira do po"o, esses espíritos luminosos não $%malimentar as $eleidades ef%meras e as di$is(es doutrinrias aticadas pelos 'proprietrios' damensagem do Cristo. ;s $erdades do Cosmo contidas no E$angel!o para entendimento da!umanidade, roteiro bsico de liberta"ão das reencarna"(es sucessi$as, não pertenceexclusi$amente a nen!uma seita, doutrina ou religião instituída.

; exemplo da lu0 do 7ol que a todos ilumina, pertencendo / !umanidade, esses seres$irão para mitigar as conseqV%ncias da ei de Causa e Efeito danosamente utili0ada, no

sentido de mudar padr(es de comportamentos equi$ocados que atuam negati$amente nos

FF

Page 78: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 78/104

desígnios planetrios, pelos quais os !omens sofrem por seus 'erros' e arriscam desestabili0ar coleti$amente o âmago da missão que <esus cumpre no orbe.

; segunda $inda do Cristo * se iniciou, e a reencarna"ão de espíritos altamentecristificados, -estres da u0 ou consci%ncias crísticas, é a manifesta"ão da bene$ol%ncia

Ki$ina, do 'Keus con$osco', o 5ai 'encarnado' na #erra manifestando67e por meio dos seresiluminados. Em ra0ão do primarismo espiritual ainda $igente entre os terrícolas, sem [aintercessão do amor de Keus, que se 'materiali0a' nas mensagens e condutas orientadoras deseus instrutores, seria praticamente impossí$el /s !umanas criaturas camin!arem rumo ao'reino dos Céus'.

Hs indi$íduos encontram6se tateando em meio a miasmas  e formas de pensamentonauseantes, geradas pela ilusão mundana e o egoísmo sensório que repercutem em quasetodos os programas de trabal!o e$oluti$o plane*ados de longa data. ;usenta6se o amor fraternal, que incitaria o mundo a seguir <esus no camin!o de alforria dos ciclos inferiores de$ida. Dalta ren)ncia pelo outro, perdão, respeito recíproco e incondicional entre irmãos que

de$eriam estar unidos pelo sentimento sublime de não fa0er ao outro o que não gostariam quese fi0esse a si mesmos. Dal!am acintosamente as institui"(es religiosas, políticas, sociais,científicas, ecológicas e filosóficas atuantes nas di$ersas na"(es terrenas, !ori0ontali0ando oanseio coleti$o do gan!o, do sucesso, do patrim&nio, de superar os demais, desde o cidadãocomum até os mais altos estadistas ou ministros religiosos, pesquisadores científicos ou

 pensadores sociológicos. N uma guerra surda e cega do 'toma l d c' criada pelas ind)striase seus modelos econ&micos falidos, que estão condu0indo o planeta, gradati$a einexora$elmente, / satura"ão de seu organismo urico ou psicosfera, o que fatalmenteimpactar a !umanidade de forma negati$a.

Em $erdade, neste crucial momento da '!ora apocalíptica' é imprescindí$el que osespiritualistas uni$ersalistas se unam, independentemente de rótulos terrenos, a fim decompreender e apoiar $ibratoriamente as consci%ncias que estão reencar6nando, atendendo ao

 pedido direto do Ki$ino -estre, o qual intercede mais uma $e0 em prol de 'sua' amada!umanidade. Esses 'an*os' fortalecerão o E$angel!o entre os !omens, proclamando aosquatro cantos do planetaB 'Eu estou no 5ai, e o 5ai est em mim' e 'Eu e o 5ai somos um'.7erão espíritos líderes em di$ersas frentes de con!ecimento libertador, pois estarão unidos emconsci%ncia com <esus, e por conseqV%ncia com Keus. 7erão perfeitos con!ecedores danature0a intrínseca do espírito, da bem6a$enturan"a, e produ0irão 'prodígios' psíquicos por sua intelig%ncia fulgurante. Como o raio que ilumina a noite escura, clarificarão asconsci%ncias atra$és de miríades de manifesta"(es do 7er 7upremo, em escala inimagin$el

 para $ós, $i$ificando o orbe como o ar que respirais, demonstrando a a"ão de uma intelig%nciaoculta imanente e onisciente nas artes, ci%ncias, religi(es, política, filosofia, espiritualismo.#ransformarão os moti$os sedutores e ut.ilitari.stas que absor$em a aten"ão das criaturas,compondo estímulos, no 'final dos tempos', para impulsionar as almas ao reino do Criador.

sofrimentos na #erra que podem se agra$ar enorme6mente. ;ssim, urge que asabedoria cósmica se reali0e por meio da experi%ncia direta dos -estres da u0 e Jnstrutoresreencarnados, mobili0ando for"as suficientes e colocando no$amente a !umanidade deste

 planeta nos camin!os da e$olu"ão designados por Keus, rumo ao Cristo e / fraternidadeuni$ersal.

5or intermédio desses espíritos excelsos que, em cal$rio redentor, descerão /densidade da crosta, a -ente +ni$ersal ensinar os cidadãos a cooperar adequadamente com

FG

Page 79: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 79/104

o plano di$ino da Cria"ão. ;ssim, todos aqueles que esti$erem em condi"(es de receber oinfluxo de <esus serão feitos 'fil!os de Keus', e as criaturas, autorreali0ando6se internamente,far6se66ão'unos' com o Criador, tal como a gota d[gua que ao $erter / superfície do soloatraída para o leito do rio se *unta ao oceano.

; plenitude do !omem crístico o far liberto de qualquer espírito mercenrio e eletrabal!ar inteiramente imbuído do propósito de a*udar o próximo, sem esperar resultados queexaltem o ego personalístico, tanto nas tarefas grandes como nas questi)nculas dirias,

 partindo de dentro de cada um de $ós a reali0a"ão da Hbra Ki$ina na !umanidade, a exemplodas c!amas crepitantes que se propagam em toras de len!a acostadas umas /s outras,formando um gigantesco inc%ndio crístico, conforme disse <esusB 'Eu $im para p&r fogo naterra, e como gostaria que ele * esti$esse aceso'.

-uita pa0, muita lu02

Ramatís

Nota do médi"m

H artigo que inicia este capítulo foi 'recebido' num )nico insi$ht, na frente do altar dorupo de +mbanda #riângulo da Draternidade. 7empre ao término dos trabal!os caritati$os

 p)blicos, temos um rito interno com a presen"a somente do corpo medi)nico, ocasião em queacontecem as manifesta"(es espirituais. Luase ao final da noite, sob a irradia"ão de Hxal, nomomento em que a corrente canta$a pontos específicos da $ibratória desse orix, fiquei

mediuni0ado com 5ai #ome. Luando isso acontece, normalmente me dilata o c!acra cardíacoe ine$ita$elmente lacrime*o, porque me aflora um indescrití$el sentimento de amor pela!umanidade. Então, mediuni0ado, le$emente 'afastado' do meu corpo físico, com a min!amente tomada pela mente da entidade, o preto $el!o me perguntouB '-eu fil!o, sabe onde est<esusW'. 5enseiB '<esus de$e estar em altas paragens celestiais que circundam o planeta'.

 4esse momento, senti o pensamento peculiar de Ramatís e, con*untamente 'incorporado' com5ai #ome, Ramatís deu6me um 'toque magnético' no c!acra frontal e ad$eio em meu

 psiquismo o capítulo ora escrito.

;to contínuo, pela ressonância $ibratória da enorme capacidade mental de Ramatís,abriu6se6me a clari$id%ncia e $i uma imagem pictórica muito marcanteB <esus com um manto

 branco, descal"o, andando nas ruelas do +mbral, com uma pl%iade de benfeitores, le$antandoos caídos, suturando c!agas, limpando feridas... e amorosamente passando as mãos e bei*andoa cabe"a de espíritos em andra*os, como se bei*ssemos esqulidos mendigos urbanos.

Com essa cena aberta em min!a $isão psicoastral, 'escutei' dentro da min!a cabe"aB 'Enquanto espíritos de escol, considerados -estres da u0, se preparam para descer / carne,<esus, o -estre de todos, o ;n*o 7ublime, de tempo em tempo, plasma um no$o [corpo astral[,que os teosofistas denominam corpo de ilusão astralino, e desce [pessoalmente[ com os cara6$aneiros socorristas para $isitar os antros de dor e ranger de dentes, assim como fa0ia quandoeste$e entre $ós, indo até onde se locali0am os excluídos, os pecadores e leprosos de outrora.

Contribui o Ki$ino Rabi da alileia com o exemplo incondicional de amor,demonstrando que o Cristo est dentro de cada ser, e não na ilusão dos templos assépticos de

F8

Page 80: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 80/104

 pedras construídos pelos [fariseus[ modernos que ainda se consideram sentenciosos proprietrios de <esus.

; clari$id%ncia de <esus alisando a cabe"a e bei*ando a testa dos espíritos que sele$anta$am dos c!arcos sob o seu influxo urico, foi6me por demais marcante. C!orei como

crian"a e solucei sofregamente, não conseguindo falar direito ao retornar ao meu estado de$igília normal. 5reciso registrar que as entidades umbralinas não enxerga$am os cara$aneirossocorristas e sim a imagem plasmada de <esus, como se ol!os sem $ida se rea$i$assem,respondendo ao potente influxo magnético de energia irradiado do 7ublime 5eregrino.

Ramatís explicou6me aindaB '5ela sua onipresen"a planetria, a consci%ncia angélicade <esus se fa0 presente em qualquer lugar na psicosfera astral da #erra, por meio da atua"ãode uma delicada e incomum técnica [at&mica[, em que as moléculas da dimensão astralinacorrespondente são condensadas e aproximadas uma das outras, teleguiando assim o corpo deilusão criado, como adestrado operador, onde se fi0er necessrio'.

Esc$arecimentos de Ramatís

PERKUNTA J  Por 'ue Desus precisa plasmar um no!o "corpoastral"& 'ue os teosoistas denominam de "corpo de ilusão"& para se aer !er&ou!ir e sentir no plano astral? E o 'ue acontece com esse !e%culo ilus:rioap:s a sua utiliação?

RAMAT7) J   4aturalmente <esus, pela 7ua dilatada capacidade espiritual,

apresenta atributos inimagin$eis de onipresen"a em todos os quadrantes dos planos astral emental do orbe terrícola. Comumente, o Ki$ino -estre fa067e $er, ou$ir e sentir nos extratosdimensionais que tangenciam $osso orbe atra$és de 7eus en$iados. H amor mo$e o espíritodo quilate crístico de <esus, não por acaso o ;n*o o$ernador 5lanetrio, que respeitaincondicionalmente o tempo de $ida de cada consci%ncia, ou mais precisamenteB o seu maior ou menor grau de entendimento psíquico, conforme a idade cósmica de cada espírito criado

 pelo 5ai que e$olui na psicosfera terrícola. #anto maior a compreensão das $erdades nosdi$ersos mundos !abitados, quanto mais '$el!a' for a mente, em con!ecimento adquirido emmil!ares de mil!(es de exist%ncias físicas pelos reinos mineral, $egetal, animal e !umano.

; exemplo das $ossas crian"as, que são amparadas por professores capacitados, osquais aplicam, para cada série, a  pedagogia apropriada, o Ki$ino -estre alcan"a a condi"ãodos mais embrutecidos que estagiam nos planos inferiores fa0endo67e $er, de tempo emtempo, em 'corpo de ilusão', a fim de $encer6l!es a desconfian"a instinti$a e despert6los

 pedagogicamente para a fé $i$a, fortalecendo6l!es a ra0ão ao $erem o 'milagre' de <esusressurreto atra$és da $isão psíquica da alma, e assim percebendo que também são fil!osamados do 5ai, tal como sentenciouB '4en!uma o$el!a do aprisco de meu 5ai ser perdida'.

; atua"ão técnica mental apurada de <esus une os tomos astrais, condensando6os eaproximando as moléculas correspondentes a esse plano $ibracional, criando um 'corpoastral', / semel!an"a do corpo físico de quando pisou no pó do mundo. 7er$indo6se desse

no$o $eículo de expressão de 7ua consci%ncia cósmica pode, se assim o quiser, mo$imentar6

G=

Page 81: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 81/104

7e com facilidade entre os cara$aneiros socorristas, andando 'descal"o' nas regi(es de dor eranger de dentes acompan!ado de falanges de entidades benfeitoras.

7ob o potente influxo mental de <esus direcionado para o corpo de ilusão, que agecomo um dínamo de alta $oltagem, uma espécie de condensador energético que esparge

efl)$ios balsami0antes concentrados em sua rea de a"ão, fa0 cegos enxergarem, coxosandarem, mudos falarem, esttuas petrificadas $irarem criaturas !umanas, córregos fétidos setransformarem em guas límpidas para saciar a sede, lama"ais trans6mudarem6se em *ardinsfloridos, a noite $irar dia e as né$oas clarearem com pingos luminosos que cortam os céus,antes pl)mbeos, c!o$endo gotas douradas que refa0em o ambiente.

;pós a intercessão socorrista, falangeiros mo$imentam66se nos di$ersos !ospitaisastrais, condu0indo os moribundos resgatados. Em seguida, o corpo de ilusão do Ki$ino-estre desfa06se, ao 'explodir' em miríades de raios iridescentes, descondensando asmoléculas astralinas aglutinadas que l!e deram forma, para retornar ao éter específico dadimensão astralina. Então ad$%m no$amente as noites sem fim das regi(es de sofrimento, no

mais das $e0es $oltando a paisagem a ser como era dantes.

Hcorre que nem todas as consci%ncias estão prontas para serem 'le$antadas' dolama"al plasmado pelos pensamentos emitidos por elas em uníssono, ininterruptamente,retornando o cenrio / sua anterioridade dantesca. Contudo, a sua rea de a"ão ésignificati$amente diminuída, ali$iando o ambiente, e, como se ti$essem feito uma faxinanum beco )mido, escuro e fétido de uma grande cidade, alguns moradores su*os se deslocam,mas os $i0in!os dos prédios circun*acentes continuam a *ogar lixo das *anelas, atraindo no$os!óspedes indese*$eis. N certo que se não se mudarem os !bitos dos moradores de cima, docondomínio Mos '$i$os' da crostaO, os 'mortos' da rua de baixo continuarão em mesma faixamental de sintonia fatídica. Jnfeli0mente, nem todos são socorridos, pois suas consci%nciasestão aprisionadas em si mesmos, em conc!as astrais de condicionamentos mentaiscristali0ados, e somente o tempo far com que alterem as disposi"(es psíquicas primrias, oulamenta$elmente o aben"oado recurso das reencarna"(es expiatórias em orbes inferiores os'recondicionar', recolocando as rodas retificadas da exist%ncia nos camin!os da e$olu"ão.

PERKUNTA J A atuação técnica mental 'ue une os 1tomos astrais&condensando e aproximando as moléculas correspondentes& é comum eregularmente utiliada para ormar as construções extra%sicas( Podeisesclarecer !ossa classiicação de "incomum"e "delicada"& no caso de criaçãodo corpo de ilusão de Desus?

RAMAT7) J  H corpo de ilusão de <esus suporta alta $oltagem sideral. 7em aindescrití$el for"a mental da consci%ncia cósmica do -estre, as moléculas peculiares ao planoastral não suportariam a aglutina"ão condensadora, e a forma plasmada se desintegraria. 7emd)$ida, outros espíritos luminares também * 'sofreram' a segunda morteB processo dedesintegra"ão do perispírito, ascensionando aos ní$eis do plano mental, condi"ão na qualdeixam as experi%ncias do plano astral ainda ligadas a suas formas e fluidos característicos,'abandonando' seu corpo astral e passando a '$i$er' no plano mental, entre consci%nciasatuantes além do tempo, espa"o e formas da dimensão astralina.

Eles se utili0am rotineiramente do mesmo processo de  condensa"ão das moléculasastralinas, impulsionando6as em dire"ão /s formas que mentali0am, criando corpos de ilusão,

G1

Page 82: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 82/104

egregóras e as mais di$ersas forma"(es do mundo astralino superior. Entretanto, o recursotécnico alcan"ado por <esus supera qualquer tentati$a de compreensão no $osso atual ní$el deentendimento. ; quantidade e $ariedade de recursos curadores direcionados para o potentedínamo 'eletroastral', prodigioso condensador energético crístico, que se constrói na formailusória do corpo de <esus, é indescrití$el aos encarnados, do mesmo modo como as formigas

andaril!as no solo de um *ardim não enxergam as flores que se abrem aos raios solares emm)ltipla di$ersidade de cores, formas e aromas.

Nota do médi"m

< é tempo de $os afirmar que o Cristo 5lanetrio é uma entidade arcangélica,enquanto <esus de 4a0aré, espírito sublime e angélico, foi o seu médium mais perfeito na#erra. H excessi$o apego aos ídolos e /s fórmulas religiosas do $osso mundo terminam por cristali0ar a cren"a !umana, sob a algema dos dogmas imperme$eis a raciocínios no$os, e

 para não c!ocar o sentimentalismo da tradi"ão as criaturas estratificam no subconsciente umacren"a religiosa, simptica, c&moda ou tradicional e, ob$iamente, terão de sofrer quando, sobo imperati$o do progresso espiritual, t%m de substituir sua de$o"ão primiti$a e saudosista por outras re$ela"(es mais a$an"adas sobre a di$indade. Hs próprios espíritas, em sua maioria,embora * possuam no"(es mais a$an"adas da realidade espiritual, ainda se confrangemquando se l!es di0 que o Cristo é um arcan*o planetrio e <esus, o an*o go$ernador da #erra. Han*o é entidade ainda capa0 de atuar no mundo material, possibilidade essa que a própriaíblia simboli0a pelos sete degraus da escada de <acóA mas o arcan*o não pode mais deixar oseu mundo di$ino e efetuar qualquer liga"ão direta com a matéria, pois * abandonou, emdefiniti$o, todos os $eículos intermedirios que l!e facultariam tal possibilidade. H próprio<esus, espírito ainda passí$el de atuar nas formas físicas, te$e de reconstruir as matri0es

 perispirituais usadas noutros mundos materiais extintos, a fim de poder encarnar6se na #erra.<esus, como dissemos, não é o Cristo, mas a consci%ncia angélica mais capacitada pararecepcionar e cumprir a $ontade deste em cada plano descendente, do reino angélico até a#erra. Em sua missão sublime, <esus foi a '*anela $i$a' aberta para o mundo material,recebendo do Cristo as sugest(es e inspira"(es ele$adas para atender / sal$a"ão das almas emeduca"ão na crosta terrquea. 4ão ! milagres nem subterf)gios da parte de KeusA nen!umaentidade espiritual, malgrado se*a um ogos 7olar, poder ensinar, orientar e alimentar !umanidades encarnadas, caso não se trate de uma consci%ncia absolutamente experimentadanaquilo que pretende reali0ar.

#odo arcan*o * foi !omemA todo !omem ser arcan*o Y essa é a ei2. 1

4$6 Texto extraído da obra , Sublime Peregrino& psicografada pe$o médi"m ercí$ioM!es e p"b$icada pe$a EDITORA DO 0ONE0IMENTO'

PERKUNTA J , preparo da reencarnação de Mestres da -u&esp%ritos pereitos na plena consci$ncia cr%stica& en!ol!e os mesmos

 procedimentos "técnicos" do ser reencarnante de n%!el e!oluti!o comum?RAMAT7) J   Hs -estres da u0 são espíritos que ti$eram sucessi$as e

incont$eis encarna"(es na #erra e em outros orbes do +ni$erso. Hb$iamente, essasconsci%ncias não são pri$ilegiadas na Cria"ão, como certas filosofias esotéricas os colocam,tendo sido criados como seres perfeitos, em plano e$oluti$o separado do esquema ascensionalem que estagia a !umanidade. Hutros pro*etam os -estres tão longe que só alguns 'eleitos'

G3

Page 83: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 83/104

 poderiam ter acesso a eles, esquecendo6se do exemplo do Ki$ino -estre que este$e *unto a$ós e pisou na #erra, ombreou com a !umanidade e disseB '#ende bom ânimo, eu $enci omundo'.

; e$olu"ão é equânime a todos os espíritos, * que o Criador não estabelece pri$ilégios

a alguns poucos, de 7ua prefer%ncia. ; Ki$ina 7abedoria da -ente +ni$ersal não pode ser ainda compreendida adequadamente pelas criaturas que a personali0am tendo afei"(es,simpatias e prefer%ncias, assim como um rei que criasse uma corte celestial de s)ditos

 perfeitos e pri$ilegiados no Cosmo. ;lis, até mesmo <esus alcan"ou os píncaros da e$olu"ão,integrando a corte celestial que 0ela pelos infinitos orbes do Cosmo, submetido / mesma leique impulsiona o aborígene que ca"a na sa$ana sel$agem africana e que ! de ser um diaum'an*o'$ia*ante das estrelas, um emancipado espiritualmente.

Existem -estres da u0 em di$ersas gradua"(es !ierrquicas, conforme os ní$eise$oluti$os alcan"ados. Esotericamente, podeis compreend%6los como espíritos que galgaramalta gradua"ão de consci%ncia cósmica, $i$enciando grandes inicia"(es nos planos ocultos

mais ele$ados. N certo que nen!uma consci%ncia conseguir igualar6se ao Criador, )nica eabsoluta perfei"ão. ;demais, um -estre é'perfeito'em rela"ão aos mundos dos !umanos, masem rela"ão a outros mundos, na infinita equa"ão da matemtica sideral, que resulta nasenten"a cósmica 'na casa do 5ai ! muitas moradas', continuar sua infinita *ornada rumo /

 perfei"ão cósmica, auxiliando na cria"ão de sistemas solares e !abitando dimens(es excelsas,inenarr$eis no atual $ocabulrio terrícola.

#odos os -estres da u0 ocupam amplos cargos da ierarquia Hculta e colocam6se aser$i"o da e$olu"ão planetria em di$ersas latitudes do Cosmo, doando incondicionalmentesua $asta experi%ncia e sabedoria, conquistadas por méritos próprios, $ida após $ida. ;oatingirem a perfei"ão, sob o prisma da exist%ncia !umana, libertam6se gal!ardamente das leisdo carma e da reencarna"ão obrigatória. 5or atingirem um estado de culminância de amor e

 pa0 internos, fundem6se com a grande orquestra criadora dos mundos, e assim $i$emunificados na u0 do Criador, tal qual 'luas que refletem a lu0 solar', ou estrelasincandescentes, com um mesmo combustí$el sagrado. Como faróis ligados / +sina Ki$ina,iluminam $ossos camin!os, pois alcan"aram a sua unidade interna com o Cristo,amalgamando66se com outras consci%ncias crísticas, de que em $osso orbe tendes <esus comomximo representante, compondo então, *unto com o -estre dos -estres, o o$erno Hcultoda #erra.

Em $erdade, a encarna"ão de -estres da u0 requer técnica apurada de plane*amento

reencarnatório que se diferencia daquela do ser reencarnante de ní$el e$oluti$o comum. 7ãoespíritos quintessenciados que alcan"aram ní$eis de e$olu"ão profundos e transcendentes, osquais $i$erão no$amente na materialidade grosseira. 7endo perfeitos em rela"ão / !uma6nidade, e de grande amor a todas as criaturas do +ni$erso, angariaram o direito de prosseguir sua e$olu"ão em outros sistemas estelares mais adiantados. -uitos, inclusi$e, $ieram de orbesmais graduados na escala cósmica, acompan!ando como tutores grupos de espíritosdegredados, e decidiram permanecer em $ossa #erra por amor, para a*udar a !umanidade aatingir a própria liberta"ão e ilumina"ão espiritual.

Ioltando no$amente / carne, materiali0ar6se6ao como seres que estarão por detrs dosgrandes acontecimentos mundiais que ob*eti$am aprumar o desni$elado rumo da !umanidadeB

renascerão como líderes para a*udar os !omens a se tornarem li$res e a conquistarem a pacifica"ão interna, impulsionando6os a uma igualdade *usta para todos, num esfor"o

G:

Page 84: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 84/104

inimagin$el para $ós, a fim de mudar a consci%ncia coleti$a e 'sal$ar' o planeta nestedelicado momento existencial. Certamente não poderão modificar a $ontade dos !omens,mesmo que ela este*a contra a e$olu"ão da maioria, porque não podem transgredir o li$re6arbítrio e merecimento indi$idual determinados pela ei de Causa e Efeito. #oda$ia, em proldo direito da !umanidade, os #ribunais Ki$inos sentenciam que os abusos indi$iduais contra a

coleti$idade representam aquisi"ão certa do bil!ete de $iagem para orbes inferiores,acomodando6se o egoísmo indi$idualista dos espíritos recalcitrantes / fraternidade crísti6ca pre$ista para o terceiro mil%nio, ao remo$%6los para outras !umanidades mais embrutecidas. Eassim, conforme a lei uni$ersal de afinidade, !abitarão planetas inferiores / $ossa #erra esímiles com o primarismo instinti$o animali0ado pulsante ainda em seu psiquismoentorpecido.

PERKUNTA J 4ue tipo de apoio !ibrat:rio as raternidadesespiritualistas podem propiciar para "auxiliar"& ou ao menos não atrapalhar&

o processo técnico de descenso !ibrat:rio desses esp%ritos de escol?RAMAT7) J  Hs -estres estão cada $e0 mais perto dos !omens, a pedido diretode <esus. 4um esfor"o planetrio, encarnarão em di$ersas localidades a fim de despertar osterrí6colas para os ob*eti$os superiores da $ida imortal. 7eguirão o 'plano de $iagem'

 pre$iamente tra"ado ! muito no Espa"oB o E$angel!o redentor, estatuído com a finalidade de promo$er a  !umanidade a sua definiti$a condi"ão de fa0er parte do reino de Keus. H plane*amento do o$erno Hculto da #erra determina que os en$iados que descerão /densidade da carne não fal!arãoA a aus%ncia de assist%ncia pri$ilegiada ou apoio $ibratório

 particulari0ado pro$indo da #erra não os far 'derrotados', pois o sustento na obra redentoraque reali0arão cimenta6se pela fé ardente e inabal$el em fa$or da !umanidade, fruto do maisele$ado e inquebrant$el amor crístico internali0ado.

Luando um -estre da u0 encarna, $em para cumprir missão adredemente plane*ada,com esmerada técnica sideral encamin!ada pelos -aiorais 7idéreos diretamente a <esus, e queest muito além da compreensão !umana por tratar6se de a"ão redentora coleti$a de amploespectro, com impacto numa na"ão, ra"a, religião ou ci%ncia.

; encarna"ão de um -estre de u0 representa enorme sacrifício $oluntrio e é muito bem programada, a fim de a consci%ncia de alta $oltagem cósmica rea*ustar6se no$amente /limita"ão da genética !umana, a exemplo de uma usina elétrica que direciona toda a energiagerada para uma lâmpada. H processo de descida $ibratória / densidade de que ! muito!a$ia se libertado é como desacelerar as turbinas geradoras da !idroelétrica gradati$amenteaté acenderem, sem romper, o filamento de uma luminria doméstica. Em similitude, apro6

 priam6se no$amente de um en$oltório perispiritual, de modo a rea*ustar6se ao metabolismo biológico do futuro corpo carnal. Esse processo técnico de gradua"ão, de a*uste / freqV%nciacomum do $osso orbe, imp(e um esfor"o sacrificial indescrití$el, assim como secomprimissem o imalaia ao taman!o de um cubo de gelo, ou procedessem / conten"ão deum oceano encerrando6o em um copo.

N fato que antes da reencarna"ão dos -estres da u0, muitos discípulos 'a$an"ados'na senda crística * se encontram reencarnados e reunidos em fraternidades espiritualistasterrí6colas. Encontram6se espal!ados por todas as na"(es, executando tarefas específicas

recebidas pelas fraternidades do Espa"o a que se $inculam, para a*udar a desmistificar e

G@

Page 85: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 85/104

derrubar as barreiras que impedem os seres !umanos de descobrir o Cristo dentro de simesmos, alcan"ando maestria indi$idual, para que

consigam a*udar a liberta"ão da !umanidade de dogmas, fanatismos e fantasiasasfixiantes. Hcorre que alguns discípulos que estão encarnados foram treinados no 'lado dec', seguindo o esquema de reencarna"ão delineado para serem os pais e mães, na #erra, dos

-estres da u0, que se preparam para reencarnar em maior n)mero possí$el neste intrincadopice da !ora c!egada. #al qual alunos comportados que fi0eram o de$er de casa, podeiscontribuir com os pais dos futuros -estres da u0, no sentido de que, fortalecendo la"os decongra"amento fraternal entre $ós, eles 'facilitarão' o reencontro, o enlace matrimonial e asdelicadas gesta"(es programadas.

7ó o exercício do amor conseguir aparar as arestas ainda existentes entre $ós,independentemente de nomes, fórmulas, rituais, roteiros e apostilas com que $os organi0eis,minimi0ando as diferen"as de rótulos religiosos e doutrinrios que exaltam a forma separatistae esquecem6se da união fraternal, auxiliando assim a reencarna"ão dos -estres da u0 ecriando potente egrégora contra os irmãos das #re$as, que sempre se insurgem contra a u0

do Cristo.

PERKUNTA J ,s irmãos das 3re!as 'ue sempre se insurgem contraa -u do 0risto não podem ser remo!idos para orbes ineriores& saneando#sedeiniti!amente as regiões do Bmbral inerior?

RAMAT7) J   ; presen"a de um princípio legislador de 'causa' e 'efeito'determina que se não cessarem as causas não se exterminam os efeitos. H conceito de quede$eis col!er conforme a semeadura demonstra que, se a causa fundamental é funesta,col!em6se frutos igualmente funestos. <amais se col!em figos maduros de sei$a $ital, se

foram plantadas mudas de mamonas. ; causa primria que mantém as comunidades rebeladasno +mbral inferior é a gerada pelos atos insanos dos encarnados da crosta, numa espécie desimbiose, como pâncreas canceroso de indi$íduo que não deixa de beberB de nada adiantaextirpar6se o órgão sem alterar o !bito nefasto da ingestão de alcoólicos. ;ssim, pela ei de;finidade, somente mudando as a"(es dos espíritos encarnados conseguiremos modificar asintonia dos que $i$em em cima com os 'mortos' de   baixo, redefinindo os cenriosumbralinos em franca metstase, e assim saneando os tecidos danosos ao planeta.

PERKUNTA J eerente aos disc%pulos 'ue estão encarnados e serão

 pais e mães na 3erra dos Mestres da -u& podeis elucidar#nos sobre asdelicadas gestações programadas?RAMAT7) J  ;o contrrio das mães que gestarao corpos físicos para espíritos

 primrios, que na maior parte das $e0es não assumem compromissos pré$ios para cumprir talencargo, geralmente sendo também espíritos de baixa gradua"ão e$oluti$a, por isso atraem$ibra"(es afins a sua estrutura perispi6ritual, os futuros pais e mães do -estres das u0aceitaram e foram preparados no plano astral antes de reencarnar.

;s for"as eletromagnéticas e nucleares at&micas que o espírito reencanante atrair, por tratar6se de entidade de alto gabarito sideral, de$erão encontrar na gesta"ão o abrigo firme einexpugn$el que permita a estabilidade das substâncias etereoquímicas e eletrofísicas que

formarão a matéria densa do no$o corpo físico, notadamente o sensí$el sistema cére6 broespin!al que 'abrigar' a dilatada mente crística, que por sua $e0 comandar o apurado

G

Page 86: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 86/104

sistema ner$oso central, oferecendo assim, adequadamente, no plano físico, a plenitude deexpressão da intelig%ncia pu*ante que se expressar em prol da !umanidade.

 4aturalmente, a contextura perispiritual sutil do reencar6nante de$er encontrar sintonia e suporte $ibratório do peris6pírito da mãe, que *untamente com o pai e demais

familiares, pessoas e grupos, formam uma rede que podemos denominar de psicomagnética,ou psicosfera, tanto mais ele$ada e saud$el quanto mais fortes forem as afinidades entre osespíritos.

-uito além dessa atra"ão $ibracional, que funciona sob os auspícios da afinidadeespiritual recíproca, o ;lto selecionou espíritos abnegados e amorosos que aceitam a tarefaredentora de gerar corpos físicos para entidades de alto gabarito e$oluti$o. 4o desempen!odessa nobre missão, conceberão e gestarao para futura 'educa"ão' amorosa as consci%nciascompletamente li$res de quaisquer resquícios de instintos animais primrios. 4esse caso, oespírito da mãe, que * germinou antes $irtud%s excelsas, é arcabou"o da própria ei do ;mor e criatura naturalmente e$angeli0ada. #oda$ia, sendo também espírito de alta sensibilidade

 psíquica, de$e estar inserida num ambiente doméstico e biopsicosocial que estabele"acondi"(es positi$as, de $ibra"(es afins sustentadoras, o que é detal!adamente plane*ado do'lado de c', em um complexo plano reencarnatório, como a $iagem de um longo cru0eiro.

PERKUNTA J 4ual a se'8$ncia pro!1!el de um plane7amentoreencarnat:rio "normal"? Podeis elucidar sucintamente sobre os cuidadosespeciais para a reencarnação de Mestres da -u?

RAMAT7) J  Como * $o6lo dissemos antes, a prepara"ão de uma reencarna"ão étanto mais laboriosa quanto maior o ní$el consciencial do reencanante. H plane*amento de

uma reencarna"ão comum, que ob*eti$a resol$er pend%ncias crmi6cas ainda preponderantesna maioria dos egos portadores de sérios débitos pelos excessos instinti$os primrios do

 passado, basicamente compreendeB o plane*amento de programas de $ida com sérios a*ustescom os futuros pro$$eis pais, familiares e meio socialA a 'constru"ão' do molde do corpofísico a ser impresso nos centros ner$osos e fulcros de memória do perispírito doreencarnanteA e finalmente a reencarna"ão em si.

N impossí$el, por meio do atual $ocabulrio e ní$el de con!ecimento da !umanidade edo sensiti$o de que ora nos ser$irmos, expor a contento a multiplicidade de moti$os esitua"(es que en$ol$em os processos de elabora"ão de planos de $ida dos espíritosreencarnantes. Luanto aos cuidados especiais para a reencarna"ão de -estres da u0, seres

que $i$em em !armonia com o d!arma alcan"ado, sem nen!um resquício de saldos negati$oscrmicos em seus corpos espirituais, e que $i$em o nir$ana ou liberta"ão total da roda de

 samsara 0o ciclo de reencarna"(es sucessi$asO, o maior 0elo da técnica sideral se d ante /dificuldade !erc)lea da ele$a"ão da freqV%ncia $ibratória dos familiares que * !abitam acarne, até alcan"arem o ní$el energético adequado para recepcionar em seu seio um espíritodo quilate de um -estre da u0.

Hb*eti$amente falando, os familiares pre$iamente reencarnados, que serão os a$ós e pais dos futuros pais dos -estres da u0, terão de somar uma !armonia ampla e ní$el deespiritu6ali0a"ão satisfatório, para a sustenta"ão $ibratória da delicada gesta"ão, inserida no

 plano de $ida do ele$ado espírito a ser$i"o sacrificial em prol da !umanidade.

G9

Page 87: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 87/104

#ecnicamente, o processamento gradual da redu"ão peris6piritual, de um planosuperior indescrití$el a $ós para o plano inferior da materialidade mundana, até oacoplamento final ao no$o corpo carnal, exige refinada opera"ão técnica dos planossuperiores até a modelagem da forma perispiritual redu0ida para !abitar a dimensão astralina.Jsso implica a assimila"ão de energias letrgicas no corpo mental, redu0indo6l!e, por 

repercussão $ibratória, a expandida capacidade 'psíquica', ou de estar onde o pensamento selocali0a na imensidão do Cosmo. Dinalmente, a própria memória atemporal consciente senubla, arqui$ando6se nos refol!os do inconsciente do espírito imortal. ;ssim, a*usta6sesatisfatoriamente aos limites estreitos do cérebro !umano transitório, como se o 7ol fosseacondicionado na c!ama de um palito de fósforo.

Resumindo grosseiramenteB todo o esfor"o do 'lado de c' é imprescindí$el para adescida $ibratória adequada desses espíritos excelsos, bem como para o a*uste de recep"ão$ibratória dos pais, especialmente da mãe, em freqV%ncia sint&nica de perispírito a perispírito,entre encarnado e reencarnante. Caso esse procedimento não se*a condu0ido com todo esmeroe com os a*ustes necessrios, ser como o mergul!ador que regulou o escafandro para uma

grande profundidade e, ao c!egar ao ní$el pre$isto, $erifica que a compressão interna estdesa*ustada com a pressão externa, que é maior que o esperado, podendo ad$ir sérios danos asua sa)de.

PERKUNTA J  Pedimos mais elucidações sobre o molde do uturocorpo %sico& 'ue ser!ir1 de modelo para os "a7ustes" !ibrat:rios no perisp%ritodo reencarnante& adaptando#o ao plano de !ida programado&

RAMAT7) J   Luando est concluído o no$o plano de $ida de um espíritoreencarnante, existem $ari$eis que atenuam e outras que acentuam o programa de pro$as a

ser superado na matéria. H corpo físico é parte integrante e fundamental nas $i$%nciasretificadoras a serem reali0adas. 4aturalmente os técnicos astrais procuram sempre atenuar aomximo os sofrimentos, dentro do que é permitido pela ei de Causa e Efeito. Consideremosainda as intercess(es dos 7en!ores do Carma, atendendo solicita"(es de espíritos de escol queauxiliam seus pupilos, e tereis um $asto campo de a*ustes de $ibra"(es eletromagnéticas aserem feitas no perispírito do reencarnante.

H molde do futuro corpo físico é 'construído' com um tipo de recurso !ologrfico,uma espécie de imagem em quarta e quinta dimensão, determinando as correla"(esespectromagné6ticas que serão impressas no perispírito do reencarnante, a*ustando6o ao planode $ida tra"ado. ;ssim, transfere6se aos ní$eis de energia rotacionais dos n)cleos, prótons,

elétrons e íons componentes dos tomos do corpo astral as impress(es contidas no molde!ologrfico do corpo físico, moldando este organi0ador biológico em no$a contextura,a*ustando os c!acras, lin!as de for"as internas, fulcros de memória e duplos energéticos dosórgãos, que de$erão estar !armoni0ados com a no$a programa"ão a ser $i$enciada, se*a nasa)de ou nas doen"as.

5ara elucidar6$os mel!or a compreensão, concebei um espírito reencarnante quemandou $rios inimigos para as fogueiras da Jnquisi"ão. Kemarcou6se em seu perispírito que

 por $olta de : anos sofreria terrí$el câncer de pele na no$a encarna"ão. Em seu plano de$ida, ele aceita, em $e0 disso, $oltar médium e utili0ar6se da oratória e da doa"ão do passemagnético para reequilibrar6se com a ei Ki$ina. Então, no molde do futuro corpo físico,a*ustar6l!e6 os centros ner$osos e registros de memória do $eículo astralino para que o

 processo de câncer não somati0e no $aso de carne, es$aindo6se os débitos acumulados por 

GF

Page 88: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 88/104

meio do ser$i"o prestado em prol de uma coleti$idade, no exercício medi)nico redentor na#erra.

Em outro exemplo, o espírito que indu0iu muitas pessoas ao $ício do alcoolismo, porém ele mesmo não se tornando um $iciado, pode ter o seu plano de $ida pre$endo umase$era cirrose !eptica, mesmo que não !a*a registro em seus fulcros energéticos

 perispirituais. -ais uma $e0, o molde do corpo físico sensibili0ar o fígado astralino parafal%ncia total aos @= anos, imprimindo na sua contraparte perispiritual o morbo enfermo queimpactar o futuro corpo físico exatamente na quarta década de $ida.

PERKUNTA J Solicitamos !ossas elucidações sobre os Senhores do0arma( @ poss%!el?

RAMAT7) J  Hs 7en!ores do Carma comp(em ;lta Confraria no ;stral do orbeque 'normati0a' os procedimentos para o plane*amento da reencarna"ão dos espíritos. ;tra$ésde complexos clculos da matemtica sideral, definem o que cada indi$íduo de$e $i$enciar 

durante a exist%ncia na #erra. #odos os espíritos são submetidos a critérios *ustos e perfeitamente equânimes. Jndistintamente, são distribuídas condi"(es para saldar6des $ossosdébitos pregressos. ;ssim, disp(em de uardi(es do Carma, executores da ei Ki$ina quesuper$isionam todas as latitudes planetrias, impedindo as tentati$as de 'des$ios' crmicos,in*usti"as e interfer%ncias inde$idas que poderiam desequilibrar o plano geral de $ida no

 planeta.

PERKUNTA J  Pedimos mais elucidações 'uanto ao en=meno de"miniaturiação"'ue mencionais como "lagelo" no descenso !ibrat:rio deum Mestre da -u(

RAMAT7) J  #ratando6se de uma entidade li$re no Cosmo, que * alcan"ou altosní$eis de beatitude crística e 0%nite existencial em planos que podeis entender como sendo o'paraíso', ob$iamente não se rea*ustar rapidamente / genética de um corpo físico. 5or isso, énecessrio um período relati$amente longo de tempo, para que se aproprie no$amente de $eí6culos de consci%ncia adequados /s faixas ou 0onas $ibratórias cada $e0 mais decrescentes edensas, atuando gradati$amente como 'morador' nos planos de que * se !a$ia libertado. Eassim, o oceano da bem6a$enturan"a se miniaturi0a até caber num balde, ao'flagelar6se' paraalcan"ar a matéria na sua expressão mais rude e submeter6se a um programa de abaixa6mento$ibratório perispiritual, quando adaptado no$amente ao plano astral, intentando a*ustar6se aometabolismo biológico !umano de que ! muito se afastara. Reencarna por amor aos

moradores do planeta, sendo porta6$o0 de <esus.

PERKUNTA J 4uais são as condições de recepti!idade necess1rias para recebermos o inluxo !ibracional cr%stico de Desus& para a nossaautorrealiação neste crucial momento planet1rio?

RAMAT7) J  Raramente os discípulos go0am do encontro di$ino com o influxo$ibracional de <esus quando estão imersos nas câmaras da ilusão da matéria e obscurecidoscom os rótulos religiosos, doutrinrios e filosóficos terrenos, autoa$aliando66se como

 proprietrios de uma )nica $erdade. N necessrio que 'percam' todos os apelos da

inferioridade, a fim de ac!ar o Cristo em si mesmos. #endes um santurio em cada cora"ão da#erra e de$eis abrir suas portasA mas enc!eis esse templo di$ino de detritos, le$antando muros

GG

Page 89: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 89/104

de incompreensão entre o que sois, aprisionados em ilus(es, e o que de$eis ser para '$er' oreino de Keus. 4essas circunstâncias, em $ão o procurareis.

 4o esfor"o dirio, não esque"ais que <esus est con$osco até o fim dos séculos, e poucas $e0es $os permitis estar com o meigo 4a0areno. 4unca os -estres da u0 en$iados

do Cristo permanecem na beatitude inerte, enquanto seus discípulos amados se 'dilaceram' pela $itória de uma causa. ;ssim, não estacioneis em $ãs disputas, nem em estéreis$itimi0a"(es e lam)rias, porque $osso desiderato é reali0ar o amoroso esclarecimento dasalmas. Estai onde estão os cora"(es quebrantados, demonstrando que * tendes assimilado agrande0a do espírito de ser$i"o com misericórdia e compaixão.

H sofrimento da $ida terrena não de$e ser pretexto de fuga, nem desculpas $ãs para$os prender /queles que não $os conseguem acompan!ar nas lides espirituais. N !ora deatra$essar as fronteiras da infância espiritual, e nunca analisar o outro sem antes am6lo$erdadeiramente. Luando criticais $osso irmão, também estais criticando ao Criador, * quesois animados de uma mesma ess%ncia di$ina.

;*udai6nos, entendendo a nobre0a do ob*eti$o de <esus diante da fragilidade da!umanidade. 7empre de$ol$ei o bem pelo malA perdoai incondicionalmente2 Redobrai osesfor"os2 Em qualquer posi"ão de trabal!o !onesto na 7eara de <esus podereis ou$ir a $o0 doCristo ecoando dentro de $ós mesmosB 'iberta6me que sers li$re2'.

Nota do médi"m

Compartil!o que quando esta$a psicodigitando este capítulo, / noite, durante o natural

desprendimento do perispírito pelo sono físico, esti$e em desdobramento astral na 'central demonitoramento' do departamento de plane*amento de reencar6na"(es da metrópole do randeCora"ão, a cidade espiritual onde meu )ltimo pai carnal se encontra.

Em um andar inteiro de uma torre central da cidade,'con$ersei' com alguns irmãosrespons$eis pelo monitoramento dos processos de reencarna"ão em andamento. Entre telas!ologrficas, os operadores acompan!a$am todos os que estão * reencarnados e que serão

 pais e mães dos seres luminares que se preparam para descer / $ida terrena.

Entre outras coisas, que aos poucos me afloraram ao psi6quismo consciente na man!ãseguinte, lembro6me da mensagem de $eneranda entidade, alta, de cabelos curtos prateados,

aparentando o que seria uns 9= anos, se fosse um !omem encarnado, $estido com uma roupa prateada em tonalidades grafite, que se identificou fraternal e descontraidamente como sendoo coordenador da 'central de monitoramento' das reen6carna"(es daquela metrópole do planoespiritualB

Me" irm!o8

(om re>$o mais "ma e# a?"i em nossa metrGpo$e'0omo pode erificar8 estamos com intenso traba$%o' Masnem sempre as coisas saem como o p$aneBado' Por mais ?"etrememos e preparemos os espíritos reencarnantes ?"e

ser!o os pais dos f"t"ros Mestres da /"#8 para os p$anos des"as idas8 asseg"randoI%es todos os rec"rsos de defesa eassist>ncia do $ado de c-8 a fim de garantir o >xito da

G8

Page 90: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 90/104

descida ibratGria desses Mestres ?"e se impCem ca$-riosde sofrimento8 como se fossem "m oceano de bemaent"ran*a a ser acondicionado n"ma garrafa de idro8ocorre ?"e m"itas e#es os discíp"$os fa$%am8 desiandosedo r"mo ?"e se prontificaram a seg"ir antes de reencarnar8ocasionando des"ni!o8 contendas8 a#ed"mes eseparatiidade ?"e impactam negatiamente em nossap$ataforma de traba$%o' Rogamos a todos os adeptosencarnados de nossa

,raternidade ?"e8 para c"mprir a contento a miss!oexcepciona$ ?"e estamos exec"tando a pedido de 9es"s8 énecess-rio "rgentemente estabe$ecerem e conso$idarem "maegrégora da 0r"# e do Tri<ng"$o propiciatGria + descidade nossos Mestres ?"e at"ar!o em -rias frentesp$anet-rias' indispens-e$ o apoio ibratGrio dasfraternidades terríco$as8 "nidas incondiciona$mente n"ma

mesma ess>ncia ramatisiana8 ibrando para oestabe$ecimento de "m c$ima espirit"a$ de faorecimento8%armonioso e "ngido do mais sincero amor fraterna$ naesfera física' Em conse?Q>ncia8 sereis erdadeiramente fiéiscooperadores8 concreti#ando ideais e$eados e apoiadores8em faor de toda a %"manidade8 a"xi$iando positiamente afim de ?"e en*amos a dist<ncia ibratGria ?"e separa o serangé$ico p$eno do m"ndo das formas castradoras'

Na irradia*!o de misericGrdia e compaix!o de 9es"spe$a %"manidade8 registramos nossos otos de confian*a de?"e os discíp"$os encarnados est!o mad"ros e c"mprir!o a

contento o ?"e de$es se espera neste cr"cia$ momentop$anet-rio'

-uita pa02

+m irmão de Ramatís.

8=

Page 91: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 91/104

&I

O %erGi sidera$ do terceiro mi$>nio

H !omem e$angeli0ado, o !erói sideral, aut%ntico $encedor da batal!a da $ida!umana, sabe perfeitamente que seus maiores inimigos são os $ícios, as paix(es degradantes eos pra0eres extra$agantesB bens transitórios e não duradouros que não se afinam com asqualidades do espírito imortal. Embora considerado um tolo, um pobre de espírito, porque seapaga na competi"ão $iolenta do mundo carnal, o e$angeli0ado é *ustamente a almaemancipada que domestica essas forcas animais alo*adas em si mesmo e dominantes na facetriste e ilusória do orbe físico.

5aradoxalmente, nessa e$entual 'fraque0a !umana' é que reside exatamente o poder e

a glória do espírito e$angeli0ado, o qual se liberta definiti$amente da coa"ão das formasilusórias da matéria. 7em d)$ida, o !omem que renuncia incondicionalmente / porfia!umana, para ceder em fa$or do seu competidor e desafeto, proclama6se um ser exc%ntrico,que cultua no mundo físico uma lei estran!a e inacessí$el /s criaturas ainda afeitas /espolia"ão al!eia. H e$angeli0ado é um fraco perante o mundo de CésarA alis, presa fcil darapina al!eia, ou aparente fracassado em qualquer iniciati$a utilitarista ou mercenria domundo. 4o entanto, suposto mendigo entre os !omens ambiciosos, é o gigante indestrutí$el e

 poderoso, mobili0ado de armas superiores para um reino onde a $ida é aut%ntica, porque édefiniti$a.1

4$6 , E!angelho 5 -u do 0osmo( Ramatís8 psicografado por ercí$io M!es8 EDITORA

DO 0ONE0IMENTO'

81

Page 92: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 92/104

&II

Acordando no A$ém Desencarne com assist>ncia

espirit"a$'

Deixa aos mortos o c"idado de sep"$tar os se"s mortos' T"8 porém8 ai e prega o reino de De"s'

+C;7, capítulo 8B9=

H fato narrado a seguir é $erídico. Contudo, foram trocados os nomes para que não!a*a identifica"ão p)blica dos en$ol$idos, que autori0aram a sua di$ulga"ão.

 4ossa personagem central, dona -ariana, desencarnou em um !ospital de primeiraqualidade, tendo recebido todo o atendimento da medicina. < com mais de G= anos, foitomada por um fulminante câncer no fígado, que rapidamente a derrubou. ;o ser internada,com baixa imunidade, foi diagnosticada ainda uma pneumonia, como patologia oportunista,que se agra$ou rapidamente. 5essoa sem $ícios, de alimenta"ão frugal, $i)$a, tendo criado afamília com dignidade, todas as fil!as e netas são ati$as médiuns trabal!adoras da umbanda edo espiritismo. Iin!a ultimamente recebendo atendimento de magnetismo e apoio espiritual adistância, pois não tin!a mais condi"(es físicas de comparecer pessoalmente ao rupo de+mbanda #riângulo da Draternidade, em 5orto ;legre, terreiro que é assistido do Espa"o peloospital do rande Cora"ão, complexo locali0ado na col&nia espiritual de mesmo nome.1

4$6 A metrGpo$e do Krande 0ora*!o é descrita em deta$%es cinematogr-ficos pe$oespírito Atanagi$do nos capít"$os 58 e da obra  A ida Além da Sepultura& psicografada porercí$io M!es8 p"b$icada pe$a EDITORA DO 0ONE0IMENTO'

Luando dona -ariana acordou do 'lado de l', com assist%ncia espiritual benfeitora,não se $iu no quarto do !ospital onde desencarnara, pois tin!a sido desligada do corpo físicologo após o )ltimo suspiro e retirada por um tipo peculiar de 'suc"ão' $ibratória, pela atua"ãode potente campo de for"a magnético em forma de cilindro, sendo transportada para a 'ala6dormitório' do ospital do rande Cora"ão.

 4esse local, ! um enorme pa$il!ão onde os recém6desen6carnados sãoconforta$elmente acomodados em camas especiais, com as cabe"as fixas encaixadas em'tra$esseiros magnéticos de terapia onírica', pois estão em profundo sono natural após amorte física. Esse procedimento é apropriado para a aplica"ão de 'son!os dirigidos' queatuam fa$ora$elmente no corpo mental e nos pensamentos cristali0ados pelo 'trauma' damorte.

Concomitantemente, é ministrado um tratamento psicológico em que, desdobrados emcorpo mental, são atendidos por psicoterapeutas, os quais se utili0am de cenas pictóricas,construídas por a$an"ados psicólogos iogues, a fim de facilitar o processo de conscienti0a"ãoe mudan"a de padr(es mentais traumati0antes.

83

Page 93: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 93/104

#ambém fa0 parte da terapia intensi$a o monitoramento sistemtico do perispírito,aplicando6se nele espécies de emplastos reconstituintes que a*udar a refa0er os órgãoslesados, sua$i0ando gradati$amente as repercuss(es sensoriais do antigo corpo de carne.Essas aplica"(es acontecem conco6mitantemente aos dias de trabal!o de magnetismo eeteriatria no #riângulo da Draternidade. Então ocorre um acoplamento $ibracional com a ala6

dormitório do ospital do rande Cora"ão, oportunidade em que os fluidos ectoplsmicosdos médiuns são apro$eitados como $eículo para delicada opera"ão medicamentosa aosrecém6desencarnados.

5ouco antes de despertarem do sono letrgico, os espíritos assistidos são transportados para a 'ala de recep"ão', departamento com recursos a$an"ados que usa tecnologia !ologr6fica, onde se plasma um cenrio exatamente igual ao local do desencarne terreno, como numfilme que continua com final feli0, minimi0ando6l!es o impacto emocional da no$a $ida eaus%ncia da anterior. ; partir desse local, o desencarnado acorda e é recepcionado, sendodeslocado finalmente para o 'setor de re$igoramento e apoio psicológico', parecido com umcondomínio de pequenas casas, uma do lado da outra, com lindos *ardins / frente.

Deitos esses esclarecimentos, $oltemos / narrati$a do caso de dona -ariana, queacordara lentamente, incenti$ada pelo insistente canto de um canrio da terra, após ter ficado@= dias 'dormindo' e recebendo medicamentos fluídicos nas regi(es afetadas do perispírito,em ra0ão da natural repercussão $ibratória dos 'males' físicos que l!e acompan!aram odesligamento carnal. ;gora mais fortalecida, ao abrir os ol!os do 'lado de l', cessarasignificati$amente a sensa"ão de sufocamentoA sentia le$emente 'cacos de $idro' a l!e

 picarem o peito e arran!arem a garganta, o que era decorrente da ressonância $ibratória comas sensa"(es do corpo físico que *a0ia no sepulcro familiar de con!ecido cemitério da cidadeonde tin!a morado na #erra.

entamente abriu6se / sua $isão a *anela do quarto, com raios de sol entrando e umasua$e brisa com c!eiro de flores de laran*eira. Iiu um lindo abacateiro frutificando e, numgal!o próximo / *anela, um canrio da terra em intenso c!ilreado. Com surpresa, recorda"(esesquecidas no inconsciente da mente extrafísica afloraram6l!e / memória, como lembran"acinematogrficaB o tempo de sua meninice, no sul do rasil, quando corria brincando com osmanos e outras crian"as, saltitantes e alegres, no interior ga)c!o. osta$a de camin!ar pelastril!as de mato $erde*ante em dias ensolarados, a ol!ar os pssaros, especialmente a cor amarelo6dourada dos lindos canrios da terra, passando as man!ãs despreocupadamente, emalegria inebriante.

7entindo6se mais forte, deu6se conta da boca seca e da sede intensaA dese*ou umalimonada gelada, como sua mãe fa0ia com lim(es col!idos do pé, quando retorna$a para casasuada dos folguedos da infância. 4esse exato momento, entrou no quarto uma sorridenteenfermeira, tra0endo a *arra de limonada e um copo para ser$ir6l!e. ;pós beber e saciar asede, sentindo6se re$igorada, a curiosidade l!e agu"ou a mente, e então perguntou / simpticaenfermeira que esta$a de pé, ao seu lado na camaB

 Y Hnde est 7uelenW

 Y Kona -ariana, 7uelen te$e que ir, pois os compromissos de trabal!o clamam pelasua presen"a.

 Y E 4a*ara, por que não se encontra aquiW

8:

Page 94: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 94/104

 Y 4a*ara te$e de retornar para casa. ;fa0eres no lar l!e pedem o concurso.

 Y <uliete2W < $oltou para 7al$adorW

 Y 7im, dona -ariana, a sua licen"a no #ribunal cessou e ela te$e de que retornar aolabor profissional. ;ntes que me pergunte, tranquili0e6se2 5osso l!e afian"ar, com totalseguran"a, que todos de que possa se lembrar neste momento, amados da #erra, estão bem.

 Y ;té quando ficarei aquiW Koem6me um pouco as costas e sinto as pernasdormentes. ostaria de me le$antar. Lue !oras é a $isitaW

 Y Relaxe, tudo $ai se acomodar. < est de saída. ;qui as $isitas são permitidas aqualquer tempo.

uma pessoa de sua estima aguardando para entrar. Iai le$6la para um passeio ao

sol em nossos *ardins. Kepois poder tomar um ban!o e se arrumar adequadamente para umalmo"o gostoso que a espera em casa. 5osso deix6lo entrarW

;quiescendo com um le$e mo$imento de cabe"a, entrou no quarto ;lonso, que foraseu esposo na recente encarna"ão terrena. ;proximou6se e se colocou ao lado da cama.

 Y ;lonso2 #u aquiW

 Y 7im, -ariana, sou eu. Iim te reencontrar e di0er que muitos estão feli0es por $oc%ter acordado bem. #rouxe um pequeno presenteB um esto*o com espel!o, com pó de arro0 e

 batom. Ie*a, ol!e6se no espel!o2

Kona -ariana abriu o esto*o, ol!ou6se no espel!o, passou um pouco de'rouge'norosto e, surpresa, $iu que esta$a penteada adequadamente. Ierificando que os lbios esta$amcorados e que esta$a sem ol!eiras, optou por não passar o batom. 4a $erdade, não gostou dacor, e pensou com bom !umor que o forte de ;lonso nunca tin!a sido os detal!es da'$aidade' feminina, ou do que a mul!er carrega na bolsa, abrindo6l!e um sorriso deagradecimento pela lembran"a e gesto cort%s.

;ssim, dona -ariana, com um sorriso nos lbios, estendeu as mãos para ;lonso, quesolicitamente a le$antou da cama e a*udou6a a cal"ar um par de sapatil!as confort$eis, pois

as suas pernas esta$am um tanto tr&pegas. Em seguida, saíram do quarto camin!andocalmamente.

; cena clari$idente transportou6se então para os *ardins do '!ospital'B ambos sentadosnum banco, em baixo do abacatei6ro, em cu*os gal!os pousa$am di$ersos pssaros. em

 próximo dos dois, continua$a a cantar, !armonicamente, emitindo um lindo c!ilrear, aquelemesmo canrio da terra, tão caro / lembran"a da meninice de dona -ariana.

 Y ;lonso, $amos para a nossa casa agoraW Estou com fome.

 Y 7im, -ariana, mas não para o antigo apartamento, o que foi $endido, lembraW

ra"as / 5ro$id%ncia Ki$ina material, e agora espiritual, constatemos em nós que nunca faltauma casa nas di$ersas moradas de <esus. Iamos sim, -ariana, para uma linda casin!a, com

8@

Page 95: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 95/104

 *ardim e passarin!os, onde outros que te amam oportunamente te $isitarão. Resta, por agora,fortalecer6se, alimentar6se, e em bre$e compreenders mel!or esta no$a moradia.

 4este momento, dona -ariana se deu conta de que, se esta$a com ;lonso, quemorrera fa0ia tempo, certamente ela também estaria morta... -as se constatara que ambos

esta$am ali, $i$os, tocando6se, de mãos dadas, sentindo o calor das palmas das mãos um dooutro, claro que não era um son!o. Hs dois esta$am realmente $i$os, como sempre esti$eram.#omada de s)bito arrebatamento, abra"ou6o e c!orou copiosamente em seus ombros, não detriste0a, mas de alegria pela $ida que Keus l!es da$a.

; cena $ai foi6se des$anecendo e abriu6se / $isão psíquica uma casin!a amarela, de *anelas brancas com cortinas bordadas, tendo lindo e bem6cuidado *ardim / frente. Hs dois,;lonso e -ariana, abriram o portão e entraram de mãos dadas. 4a *anela da sala, pousou umlindo canrio da terra, a 'obser$ar' a mesa posta para os no$os !óspedes do setor dere$igoramento e apoio psicológico do ospital do rande Cora"ão, uma espécie decondomínio residencial para acol!imento aos irmãos recém66c!egados da #erra, pertencente /

col&nia espiritual metrópole do rande Cora"ão. M#exto escrito por capta"ão medi)nica,atra$és da clari$id%ncia amparada por RamatísO.

Esc$arecimentos de Ramatís

PERKUNTA J , desencarne com assist$ncia espiritual ocorre emcasos especiais& ou se7a& por merecimento?

RAMAT7) J  7em d)$ida, cada caso é um caso. N e$idente que, mesmo nassitua"(es de intercess(es fa$or$eis do 'lado de c', de$e6se ter o mínimo de merecimento

 para a assist%ncia benfeitora. Jnfeli0mente, a maior parte da !umanidade não se prepara paraesse ritual de passagem que é a 'morte', e na maioria das $e0es necessita 'purgar' suadensidade perispiritual no +mbral, em 0onas de baixa $ibra"ão, até conseguir o 'pesoespecífico' do perispírito que os manten!a adequadamente 'fixos' e locali0ados em umacol&nia espiritual. +ma certe0a absolutaB o -undo -aior sempre $os a"ode e, ao angariardeso mínimo de condi"ão, l estão seus en$iados amparando6$os na 'grande $iagem'.

;ssim como ao nascerdes fostes acol!idos, quando retor6nardes para o ;lém6t)mulotambém o sereis.

Kepende tão somente de cada um de $ós 'escol!er' quem $os abra"ar do planoespiritualB se o amado e fiel an*o guardião, nas claridades de uma região $ibratóriaconfortadora, ou os obsessores de fé, nas sombras mantidas pela afinidade $iciosa. Entre essesdois extremos, pululam as 0onas purgatoriais circun*acentes ao orbe, onde muitas criaturasescoam as enfermidades psíquicas gra$adas no perispírito, atritando6o com o eterismosel$tico das energias tel)ricas geradas pelos c!arcos do +mbral inferior, até que consigam adensidade menor requerida para poderem ser encamin!adas /s regi(es de socorro erefa0imento.

PERKUTA J A retirada "abrupta" de obsessores ixos no perisp%ritodo encarnado& por "sucção"pro!inda de um cilindro !ibracional etéreo&

8

Page 96: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 96/104

emissor de potente campo de orça& é uma pr1tica considerada !iolenta pelosesp%ritas mais ortodoxos( Podeis esclarecer#nos a respeito?

RAMAT7)  H egoísmo é o estado de espírito predominante no âmago dos seresortodoxos, porquanto é o alicerce que retém o ego !umano em sua 0ona de conforto para nãocorrer riscos e contrariar as cartil!as doutrinrias asfixiantes.

Hbser$ai que os fariseus antigos não se arrisca$am na constru"ão da obra di$ina dee$olu"ão uni$ersal, porque ama$am mais a si mesmos do que os indi$íduos 'diferentes' dosseus textos religiosos, preconi0ando a expia"ão de pecados ao sacrificar carneiros e pombos,enquanto o Ki$ino -estre cura$a os enfermos, limpa$a leprosos, ressuscita$a os mortos, e degra"a M* que de gra"a todos recebemos do 5aiO expulsa$a amorosa e firmemente os dem&nios.

Ke$e6se considerar o egoísmo na sua transitória fun"ão de 'erro' de interpreta"ão,quando a letra impera sobre a caridade e o texto mata o espírito que $i$ifica. ; ortodoxia oculti$a em excesso para atender o medo egoístico de a$an"ar nas interpreta"(es e ati$idades

medi)nicas espiritualistas da atualidade, aquietando6se na 0ona confortadora do comodismomental.

; retirada amorosa de obsessores fixos no perispírito do encarnado, sem excessos$erborrgicos de ilusórias catequi0a6"(es doutrinrias reali0adas em longos minutos entre

 boce*os dos assistentes, o que podeis entender por 'suc"ão' pro$inda de cilindros $ibracionaisetéreos emissores de potentes campos de for"as magnéticas é uma prtica que re$i$e <esusquando respondia aos 'dem&nios' manifestados nos obsedia6dos que o perquiriam se $iera

 para destruí6los, e afirma$am que sabiam que o -estre era o '7anto de Keus', di0endo6l!esB'Cale6se e saia dele2'.

PERKUNTA J eerente 5 "ala dormit:rio"do ospital do Frande0oração& intrigam#nos os "tra!esseiros magnéticos" para terap$utica on%rica(0omo as cenas pict:ricas constru%das pelos psic:logos iogues são transmitidas

 para a mente dos atendidos?RAMAT7) J  ;ssim como o espírito que 'pecou', negando as leis di$inas, precisa

drenar a sua intoxica"ão fluídica perispiritual pelo reencarne, escoando para o corpo físicoessas impure0as cristali0adas, in$ersamente, quando o recém66desencarnado assistido semantém sob o impacto emocional da morte asfixiante, as cenas pictóricas construídas pelos

 psicólogos fixam6l!es imagens na forma de lembran"as alegres ou benfa0e*as do passado,auxiliando a drenagem ao corpo astral das sensa"(es $i$idas recentemente no corpo físico no processo de desligamento final, a fim de facilitar o seu 'acordar' no mundo espiritual.

;s imagens captadas pelos psicólogos astrais, de larga capacidade mentalista, sãotra0idas dos refol!os do inconsciente profundo da mente extrafísica do espírito que est ador6mecido, após a morte física. Hs tra$esseiros magnéticos são delicados instrumentos parecidoscom eletrodos sensí$eis que modulam as ondas mentais dos técnicos iogues, irradiando6as /freqV%ncia eletromagnética mental do assistido, fixando6l!e na correspondente 0ona dememória do cérebro extrafísico peris6piritual as lembran"as e imagens benfa0e*as do passado.;o acordar, naturalmente ocorre um gatil!o sensório que dispara a ati$a"ão das lembran"as,

como um pssaro cantando, uma m)sica preferida ou um odor agrad$el, fa0endo fixar a

89

Page 97: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 97/104

aten"ão da mente do assistido nessas cenas, que repercutem sua$emente no perispírito comoemo"(es positi$as.

PERKUNTA J , processo de desdobramento do corpo mental& para a

doutrinação 'ue predispõe 5 mudança de padrões de pensamentostraumatiantes cristaliados& pela aplicação de "sonhos" dirigidos& é umaa!ançada técnica de psicologia sideral 'ue pode intererir no carmaconstitu%do e agregado 5 mem:ria perene do esp%rito?

RAMAT7) J  Luando o aluno espiritualista diligente, estudioso e disciplinado, éesfor"ado e $erifica que, mesmo com todo o seu labor, não consegue modificar na escola pri6mria a conduta mais ati$a dos colegas, não de$e entregar6se passi$amente / pregui"a do

 *ulgamento egoísta, paralisando6se na ad$ert%nciaB '; cada um ser dado segundo as suasobras', la$ando as mãos como um 5ilatos da era atual.

H desdobramento do corpo mental é técnica comum e necessria, e ser$e inclusi$e aoestudo libertador de muitos médiuns encarnados para promo$er, o mais cedo possí$el, o seuadiantamento de ctedra, a fim de se desligarem das li"(es rudes e tão eleti$as quanto os

 *ulgamentos belicosos, estado psíquico danoso que é atenuado pela psicologia do 'lado de c',que se apoia na ad$ert%ncia de <esusB 'Iinde a mim todos os que estais cansados esobrecarregados, e eu $os ali$iarei. #omai sobre $ós o meu *ugo, e aprendei de mim, porquesou manso e !umilde de cora"ãoA e ac!areis descanso para as $ossas almas,, porque o meu

 *ugo é sua$e e o meu fardo é le$e'.

H E$angel!o é um con*unto de normas morais que de$e ser exercitado!armonicamente, e não da maneira como fa0em muitos de$otos sentenciosos, ao conceituar como arte de crian"a tra$essa a"(es que interferem na memória perene do espírito imortal, oque nada tem a $er com apagar lembran"as ou alterar o carma constituído. N certo que aaplica"ão dos son!os dirigidos em desdobramento do corpo mental auxilia amorosamente,mas não redu0 o percurso da camin!ada e$oluti$a do espírito, associando6se paripassu com adiretri0 de <esusB 'Luem quiser alcan"ar o reino dos Céus, tome sua cru0 e siga6me'.

PERKUNTA J 0omo é monitorado o perisp%rito dos enermos recém#desencarnados hospitaliados no Astral?

RAMAT7) J   Hs recursos da medicina astral são mais a$an"ados que os

disponí$eis na #erra. 5ara $osso entendimento, em similitude aos equipamentos deressonância magnética, temos potentes rastreadores de imagens perispirituais que ser$em paramonitoramento sistemtico, gerando imagens de altíssima defini"ão, em quarta e quintadimensão, dos órgãos enfermos desse $eículo 'plasmtico'. Hs campos magnéticos sedi$idem por camadas $ibratórias, como se o corpo astral fosse 'cortado' em finíssimas fatias,e qualquer oscila"ão $ibra6cional é prontamente detectada e analisada com exatidão,

 procedendo6se ao diagnóstico preciso e a subsequente terapia medicamentosa.

PERKUNTA J 0omo é a terapia medicamentosa e de 'ue são

 abricados os emplastros 'ue os assistentes colocam#no en!olt:rio lu%dico dosrecém#mortos? 4ual o seu mecanismo de absorção?

8F

Page 98: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 98/104

RAMAT7) J  Kentro da lei uni$ersal de afinidade, semel!ante cura semel!ante.5ara a elabora"ão desses emplastros curati$os, é necessrio o ectoplasma, que é oriundo dofluido animali0ado produ0ido no duplo etérico a partir do metabolismo biológico doorganismo físico. 7endo assim, os fluidos ectoplsmicos dos médiuns são 'coletados' quandodo aco6plamento $ibracional da ala a$an"ada do ospital do rande Cora"ão, que se

interpenetra nos centros espiritualistas da #erra $inculados a nossa fraternidade no Espa"o.Kurante os di$ersos trabal!os de passes magnéticos reali0ados no atendimento aos enfermosencarnados da crosta, desdobramos os medianeiros, desacoplando6os le$emente do corpoetérico, para fa0er '*orrar' abundante ectoplasma. ;ssim como das o$el!as tosquiadas sefabricam os agasal!os de lã, produ0imos os emplastros dos fluidos animali0ados dometabolismo físico, que são semel!antes em densidade ao corpo astral do no$o 'morto',desligado ! pouco tempo do escafandro de carne.

H mecanismo de absor"ão dos emplastros pelo perispírito do assistido do 'lado de c'ocorre pela acelera"ão centrípeta dos c!acras, reali0ada pelos técnicos magneti0adores donosso centro !ospitalar. Hs princípios ati$os fitoterpicos e outros decorrentes da a$an"adamedicina molecular astralina, como o enxerto do K4;  do paciente em questão no moldeectopls6mico criado na forma de emplastro, em perfeita similitude $ibratória com o tecido

 perispiritual original do enfermo e sem possibilidade de re*ei"ão, são 'puxados' de fora paradentro do corpo astral em atendimento, numa absor"ão contínua em que o molde ou emplastrotransforma6se em no$o tecido saud$el, re$itali0ando completamente a delicada tessitura dosórgãos enfermos a ní$el molecular e at&mico das células.

PERKUNTA J , acoplamento !ibracional com o ospital do Frande0oração eeito com os médiuns desdobrados atuando no Astral superior& aos

moldes do método preconiado nos grupos espiritualistas 'ue se utiliam deapometria para a indução dos desdobramentos espirituais?RAMAT7) J  Raros sensiti$os desdobrados conseguem permanecer alguns minutos no

;stral superior, mesmo amparados por seus mentores, pois sua 'asas psíquicas' não alcan"am essasalturas, do mesmo modo como as galin!as não $oam nos picos montan!eses por falta da mesmadestre0a do condor dos ;ndes. N preciso registrar que a densidade do corpo astral dos  $i$os da #erra éuma mural!a $ibratória afim que $os impulsiona no desdobramento espiritual para as paisagens dacrosta, e daí para 'baixo', rumo /s cidadelas umbralinas.

certa complexidade no acoplamento $ibratório das alas !ospitalares aos centrosespiritualistas terrenos. Hs espíritos que são os guardi(es desses locais imantam o ambiente, *ogando

 *atos magnéticos que isolam a rea de trabal!o, plasmando mal!as de conten"ão que impedem osmedianeiros de se desdobrarem e terem seus duplos etéricos atraídos para a subcrosta, pela similitudetel)rica de ambos. Com o ambiente ele$ado pela prece, pela união de ideais caritati$os de auxílio ao próximo, e todos irmanados no exemplo de <esus, o corpo medi)nico cria a egrégora necessria paraque os espíritos médicos do 'lado de c', que saldam seus carmas trabal!ando nas 0onas quetangenciam a crosta !umana, se rebaixem com facilidade, pois ainda possuem perispíritos comdensidade semel!ante / da $italidade animal dos médiuns, uma $e0 que, no passado, abusaram doscon!ecimentos da fisiologia orgânica para reali0ar atos contra / ei do Cristo, como o trfico deórgãos, o roubo de cad$eres, os assassinatos por en$enenamento etc.

#al é a lei, tal é a a"ão redentora oferecida pela misericórdia do ;ltoB semel!ante curandosemel!ante, ou se*a, o !omem que praticou atos nefastos no passado sendo curado, atra$és da prtica

do bem a fa$or de seus afins.

8G

Page 99: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 99/104

PERKUNTA J  Solicitamos !ossas elucidações 'uanto aos cen1rios'ue são plasmados nas c2maras bologr1icas da "ala de recepção"do ospital do Frande 0oração(

RAMAT7) J  ;inda nos é impossí$el elucidar detal!adamente a !olografia na quarta equinta dimensão, em ra0ão da limita"ão de $ossos con!ecimentos atuais. +tili0amos técnicas decapta"ão de imagens mentais arma0enadas no cérebro extrafísico do assistido. #ais cenas pictóricasgeram sinais que moldam, por ressonância, os tomos astralinos dentro das câmaras !ologrficas,criando cenrios com rele$o, profundidade, largura e altura, que $os oferecemos como plidos parâmetros / compreensão.

Em $erdade, são imagens $i$as que se mo$imentam como  se fossem reais da #erra, aexemplo de um pequeno pote de gua do oceano, a partir do qual se pudesse formar uma linda

 praia, $ista na íntegra, mas de um ângulo restrito das lembran"as do assistido, que sentiria a brisa do mar, o c!eiro da maresia, o canto das a$es, o calor do 7ol, a areia quente sob seus pés... #odo esse acer$o de imagens registradas na memória integral do cérebro perispiritual,materiali0ado a partir de um fragmento de imagem resgatada da memória, é utili0ado naneuropsicologia a$an"ada para atendimento a pacientes traumati0ados que recentementedesencarnaram e 'aportam' socorridos no mundo espiritual.

PERKUNTA J Especiicamente& o 'ue a o "setor de re!igoramentoe apoio psicol:gico" do ospital do Frande 0oração?

RAMATI) J  ; extin"ão da $ida física condu0 / separa"ão do perispírito e docorpo físico pelo rompimento dos la"os fluídicos que os mantin!am unidos. Em $erdade, noscasos de morte natural por senilidade, o complexo orgânico de m)sculos, $asos e linfa que oimpregna$a $ai / fal%ncia por excesso de toxide0 mórbida, impedindo a circula"ão adequadado plasma sangVíneo que conteria o oxig%nio, as proteínas, a glicose e os aminocidosmantenedores da $italidade carnal. Essa toxide0 mórbida não se d somente pelo processo dedesgaste das células que fa0em a !omeostase orgânica. Em geral, a queda do processometabólico en0imtico é acompan!ado de bactérias que proliferam na forma de patologiasoportunistas, aliadas / desestrutura"ão das uni(es celulares que comp(em os órgãos.

;ssim como uma laran*a que ao cair do pé continua ligada / laran*eira por finos fios$ibratórios, até apodrecer e retornar / nature0a como !)mus, no processo de desligamento doespírito do corpo carnal, ele sofre impress(es, enquanto o fluido perispiritual se desliga pouco

a pouco de todos os órgãos em putrefa"ão. ;demais, a separa"ão não estar completa senãoquando não restar mais um só tomo do perispírito unido $ibratoriamente a uma molécula docorpo físico, cessando quaisquer resíduos sensórios no psiquismo do desencarnado.

N lógico que a mente tem fundamental papel no recondi6cionamento / no$a $ida do 'lado de c'. N um reaprendi0ado que dura algum tempo, e

o setor de re$igoramento e apoio psicológico do ospital do rande Cora"ão auxilia os seus!óspedes em trânsito, educando6os a mane*ar e con$i$er adequadamente com os 'fluidos'geradores da alimenta"ão, moradia, pensamentos, !igiene e $estimentas. 7ucintamente, noaspecto psíquico, ensina a se relacionar distante da parentela carnal, a lidar com a saudade ecom os apegos, fortificando o psiquismo na sua adapta"ão a uma no$a etapa da $ida do

espírito imortal.

88

Page 100: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 100/104

&III

Aspectos gerais

da metrGpo$e do Krande 0ora*!o

H belo a*ardinamento que cerca os edifícios destinados ao preparo científico e artísticodos candidatos a futuras reencar6na"(es na #erra... é como se aquelas flores e ornamenta"(es

 permanecessem incessantemente / espera do *ardineiro que teria de l!es modificar asconfigura"(es comuns a todo instante. Hs canteiros de flores que decoram os camin!os deentrada desses edifícios, por mais exóticos, belos e impressionantes que se apresentem /$isão, são imediatamente substituídos por outros no$os tipos descon!ecidos ou aprimorados,assim que os mentores e os técnicos da metrópole $erificam que os estudantes * estão setornando indiferentes / sua cor, forma ou bele0a.

Em tudo que se edifica em nossa comunidade, ! um sentido estético muito maisaperfei"oado do que o cultuado na #erra, mesmo quando se trata de reali0a"(es transitórias. ;metrópole do rande Cora"ão e todas as edifica"(es destinadas /s suas principais ati$idadessituam6se nos extremos da comunidade, formando grupos encantadores. 7e $os fosse possí$elter uma $isão panorâmica do con*unto metropolitano, então $eri6ficaríeis certa semel!an"acom alguma cidade terrena, pois ele se estende sobre imensur$el planalto astralino,

 perfeitamente di$idido por sete gigantescas a$enidas que partem do centro principal e penetram pelos sub)rbios adentro, cu*as edifica"(es, a distância, lembram encantadorasminiaturas de paisagens só entre$istas nos mais poéticos son!os orientais.

H cora"ão da metropole é formado por gigntesco e magnífico logradouro, em forma de!eptgono e que, baseando6me nas medidas terrenas, supon!o atingir a alguns quil&metrosquadrados. #rata6se de $astíssimo parque entremeado de bosques, cu*os ar$oredos, de poucaaltura, facilitam que os raios solares iluminem todos os seus recantos e camin!os, compondosedutoras clareiras recamadas de areia fina e de uma cor creme cintilante. ; rel$a de tonsesmeraldinos, lembra mara$il!oso tapete de grama fulgenteA tudo est mati0ado de florin!asmi)das, semel!antes a rubis, ametistas, top0ios, safiras e turmali6nas, que parecem tecidos delu0 liqVefeita e que, emolduradas por compridos cord(es $egetais, formam capric!ososdesen!os e comp(em longas frases de lou$ores ao Criador. Ka gal!aria mi)da e sua$ementecolorida por um tom de mal$a, luminoso, pendem ramos em $erde claro, cristalino,

rendil!ados de flores iguais /s glicínias e espécies de campain!as $egetais que se mo$emfacilmente sob o impulso le$e da brisa, fa0endo perpassar uma deliciosa fragrância que emmim sempre e$ocaram as orquídeas das matas brasileiras.

#odos os *ardins, bosques, a$enidas e clareiras foram edifi6cados sob genial simetria,naturalmente pre$ista dentro de um plano geral, antecipado, que abrange toda a bele0ageométrica e panorâmica da metrópole. Esse logradouro, que forma o cora"ão da $erde*antecidade astral de min!a moradia, apresenta o mximo de capacidade, bele0a e !armonia *amais

 produ0idos por qualquer sbio, engen!eiro ou artista terreno. 5equeninos regatos, que formamcord(es líquido orlando ambos os lados das a$enidas principais, depois coleam entre asfrondes perfumadas, lembrando a figura de pregui"osas serpentes prateadas, que então se

despe*am em sete lagos artificiais. Cinco destes lagos são rodeados por delicados e espa"osos pa$il!(es mul6ticores, feitos de um elemento $ítreo descon!ecido para $ós, e que ao longe

1==

Page 101: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 101/104

refulgem como se !ou$essem sido tal!ados diretamente em blocos de pedras preciosas. 7ãocobertos por $istosas c)pulas transl)cidas, em tons dourados, lilases, esmeraldinos e de um$erde claríssimoA circundam os lagos, lembrando cuidadosa moldura refulgente no seucolorido pitoresco. ;í, nesses atraentes pa$il!(es, é que se distribuem os sal(es de concertos,teatros educati$os sobre os !istóricos das reencarna"(es, exposi"ão de flores, casas de m)sica,

que nos períodos de comemora"(es especiais executam desde os temas folclóricos dos ascen6dentes espirituais da metrópole, até as ma*estosas sinfonias que fluem do ;lto nas asas dainspira"ão angélica.

 4o centro exato desse grande logradouro, que $os poderia lembrar $agamente umagigantesca pra"a terrena, e que constitui o cora"ão da nossa metrópole, encontra6se edificadomagnífico templo destinado /s ora"(es coleti$as, cu*a entrada principal est $oltada para oHriente. Hs dois lagos a que $os referi ficam em dire"ão sueste e noroeste da porta principaldo temploA não estão circundados pelos pa$il!(es de nature0a refulgente, mas cada um possuino centro das próprias guas um espa"oso estrado de substância leitosa, decorado numatonalidade es$anescente de rosa e lils, absor$entes de lu0. 4esses ma*estosos palcos é que

então se executam os mais fascinantes bailados sidéreos, em que a gra"a e a emoti$idadeespiritual atingem ní$eis tão ele$ados, que todo o ambiente se sensibili0a e adquire umcontacto mais direto com as altas esferas. ; 'Desta do Céu', como é muito con!ecida natradi"ão da metrópole, representa um espetculo de bele0a inenarr$el2 Em $erdade, são as!ostes angélicas dos planos superiores que se encarregam de transformar o ambiente feli0 e asuperfície das guas na mais indescrití$el e prodigiosa orgia de cores, perfumes, lu0es emelodias.

;fora os dois lagos que possuem os espa"osos palcos circulares no centro de suasguas, os outros cinco também possuem uma pequena e formosa il!a, muito semel!ante a um

 bloco de esmeralda polido, surpreendentemente receptí$el /s cores que se irradiam, / noite,tanto das sete torres do templo como das estruturas dos pa$il!(es / margem. ;inda no centrode cada uma dessas cinco il!as emerge uma torre construída do mesmo material luminescentedas il!as, porém num tom de rosa6salmão. ; sua base est rodeada de forte $egeta"ãosemel!ante aos cedros terrenos, podados em forma de degraus, e que, além de comporem

 pitoresca escadaria em torno da torre, lembram perfeitamente um forte pun!o de $egeta"ão$erde6escura segurando6a até seu primeiro ter"o. -ais acima, forma6se $istoso caramanc!ãode flores entrela"adas na mais inextric$el rede de pétalas, ramos e corolas, cu*as cores $ãodesde o amarelo gema de o$o até o carmíneo aureolado de um rosa claro. 5or entre oscanteiros recortados na forma de cora"(es, duma tonalidade $erde6seda, situam6se grupos deflores esguias, belíssimas, parecidas com as !astes do trigo no$o, lembrando os desen!os

coloridos das caudas dos pa$(esA elas balou"am suas pontas sob reflexos róseos, lilases ea0ul6sidéreo, exalando um perfume que sempre me fa0 lembrar algo como o *asmim ou amirta terrenos.

 4o seio dos bosques encantadores, libertos de detritos ou perigos, in)meras fontes degua colorida disseminam6se por entre as r$ores que brotam nos prados de grama tão sua$ecomo fios de 'n?lon' refulgentes. #odas essas fontes singulari60am6se pela feli0 combina"ãodos *orros de gua, mesclados de lu0 e sons, produ0indo certas frases melodiosas, em períodosdeterminados. ;lgumas $e0es a melodia recorda o $igor apaixonado que só pode ser transmitido pela !armonia e sonoridade gra$e do $ioloncelo terreno. Koutra feita, a ansiedadee a ternura espiritual que exprimem só poderiam ser transmitidas pelas cordas sensí$eis do

$iolino. momentos em que pela disposi"ão de algum mecanismo interior, sincroni0am6sede tal modo a cor, a lu0, o líquido e o som, que se produ0em alguns trec!os buli"osos,

1=1

Page 102: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 102/104

lembrando a expressão melodiosa dos órgãos das catedrais em aligeiradas m)sicas de ritmos bre$es e sincopados2

;pesar de os contornos geométricos serem em forma de um !eptgono, tudo fa0lembrar na metrópole um amoroso cora"ão de lu0 e$anescente e suspenso na massa astralina.

#rata6se de mara$il!oso espetculo impossí$el de $os descre$er com os recursos limitados dalinguagem !umanaA é um cenrio de fadas pendente do Espa"o e atado por sete fitas de lu0escoloridas, que *orram das sete torres do templo e depois se enla"am, no ;lto, em torno de umfac!o de lu0 amarelo6dourado, que se abre no céu / altura do templo religioso. H con*untocompleto da cidade astral do rande Cora"ão, além da aura que $ai do a0ul claríssimo até osua$e lils, tem um !alo luminoso que recrudesce de lu0 e então a$i$a alguns tons sobreoutros, conforme a maior ou menor intensidade das correntes  magnéticas, que seintercambiam em surpreendente $i$acidade e descem das 0onas superiores daquela região.

; denomina"ão pro$eio da idéia de se fundar uma col&nia de socorro espiritual no seiodo astral sel$tico, em sentido perpendicular ao rasil, e que significasse um cora"ão sediado

nas tre$as do sofrimento espiritual. 4o entanto, a sua configura"ão geogrfica, se assim possome exprimir, fundamenta66se na forma de um !eptgono, como disse atrs, ou se*a um

 polígono de sete lados, cu*a forma geométrica rege a !armonia e a edifica"ão de toda ametrópole. H próprio templo, que é a aferi"ão central da comunidade, foi edificado com aexig%ncia de sete torres, que também se afini0am /s medidas !eptago6nais da cidade.

Ka antiga denomina"ão de '5equeno Cora"ão', que ficou populari0ada entre os primeiros po$oadores, passou a se tornar con!ecida como a metrópole do 'rande Cora"ão',assim que o agrupamento foi crescendo e se tornando uma coleti$idade de maisresponsabilidades espiritualistas. -ais tarde, de$ido / capacidade e ao espírito .sacrificial dosseus moradores, mereceu então a inspe"ão de ele$ados espíritos sediados nos planossuperiores, os quais não só lou$aram os trabal!os da comunidade, como ainda ligaram6nadiretamente ao departamento angélico respons$el pela e$olu"ão espiritual do rasil, que sefilia, conseqVentemente, / !ierarquia diretora da ;mérica do 7ul. Kepois disso é que foitra"ado o plano do templo augusto com as sete torres, em substitui"ão / $el!a 'Casa deHra"(es', que só podia operar en$iando $ibra"(es cordiais ao astral inferior. 7ob a inspira"ãodireta desses ele$ados arquitetos do ;lto, que con!ecemos como 'os sen!ores do pensamentodisciplinado', os edificadores mentais de nossa metrópole submeteram a substância destinadaao templo a processos que não estou autori0ado a re$elar6$os, demorando6se principalmentena constru"ão da torre principal, que se $olta para o Hriente, onde se encontra o elementodi$ino, que representa o 'canal' de união do nosso plano com a fonte dadi$osa das

comunidades angélicas da sétima esfera.

1

4:6 ,ragmentos do capít"$o A metrGpo$e do Krande 0ora*!o do $iro A ida Além da Sepultura& Atanagi$do e Ramatís8 psicografado poe$o médi"m ercí$io M!es8 EDITORA DO0ONE0IMENTO'

 

1=3

Page 103: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 103/104

Inoca*!o +s ,a$anges do (em

 Doce nome de Jesus,

 Doce nome de Maria,

 Enviai-nos vossa luz

Vossa paz e harmonia!

 Estrela azul de Dharma,

 Farol de nosso Dever!

 Liertai-nos do mau carma,

 Ensinai-nos a viver!

 nte o s"molo amado

 Do Tri#n$ulo e da %ruz,

V&-se o servo renovado

 'or Ti, ó Mestre Jesus!

%om os nossos irm(os de Marte

 Fa)amos uma ora)(o-*

+ue nos ensinem a arte

 Da rande armoniza)(o!

1=:

Page 104: Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

7/17/2019 Ramatis 45 Mediunidade de Terreiro 2014

http://slidepdf.com/reader/full/ramatis-45-mediunidade-de-terreiro-2014 104/104

Inoca*!o +s ,a$anges do (em

Ko ponto de u0 na mente de Keus,Dlua lu0 /s mentes dos !omens,Kes"a lu0 / terra.

Ko ponto de ;mor no Cora"ão de Keus,Dlua amor aos cora"(es dos !omens,Iolte Cristo / #erra.

Ko centro onde a Iontade de Keus é con!ecida,uie o 5ropósito das pequenas $ontades dos !omens,H propósito a que os -estres con!ecem e ser$em.

 4o centro a que c!amamos a ra"a dos !omens,Cumpra6se o plano de ;mor e u0,e mure6se a porta onde mora o mal.

Lue a u0, o ;mor e o 5oderrestabele"am o 5lano de Keus na #erra.