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Cenário Internacional
Após anos de ajuste fiscal duro, países periféricos do bloco europeu obtêm
resultados fiscais mais próximos da
estabilidade, sinal de que o processo
de aperto está próximo do fim
Quadro político na Itália segue
indefinido, na medida em que ainda não existe espaço para uma coalizão
de maioria
Política expansionista de Trump
auxilia ritmo de crescimento. Mercado de trabalho começa a
pressionar preços, e Fed sinaliza
endurecimento do ciclo de alta dos juros. Mercado, porém, ainda
aposta em resposta frouxa, o que
mantém o dólar enfraquecido
Dólar deve se apreciar quando Fed
adotar resposta mais firme
Cenário PolíticoPerspectivas de mudanças importantes no cenário político
• Provável saída de Lula da corrida eleitoral como candidato e tentativa de aproximação do bloco de centro-direita pode contribuir para estabilidade e ascensão do grupo que governa o país
• Calendário eleitoral deve ajudar a compreender manobras, alianças e ações. Alckmin deve deixar governo de São Paulo e se concentrar em viajar o país
• Governo fracassa na reforma Previdenciária e faz duplo gesto de aceno: atende opinião pública com agenda polêmica e intensa de intervenção no RJ – o que pode atingir Jair Bolsonaro –; e faz sinal positivo ao mercado com agenda de ações que tramita no Congresso. Falta de alinhamento das medidas com os presidentes das casas do Congresso, Maia e Eunício Oliveira gerou ruído
• Agenda de recuperação econômica e crescimento do país são elementos que buscam contribuir com o governo. Sensação de bem-estar na sociedade, no entanto, ainda está longe de ser sentido
Fracassa a Reforma da Previdência e governo busca agenda “alternativa”
• Com fracasso “estratégico” da Previdência para 2018, é bastante improvável que agenda volte, o que enfraquece a maioria de seus defensores, sobretudo Henrique Meirelles. No entanto, a temática deve ser debatida na eleição e retomada em 2019
• Sem os 308 votos para aprovação da reforma da Previdência, Temer conseguiu 340 deputados federais e 55 senadores para alavancar ação no Rio de Janeiro, mostrando força em pauta quente. Uma vez aprovada a medida, a Constituição não pode ser emendada, esfriando a agenda da Previdência. A medida no RJ atende parte de clamor popular, o que foi taxado de eleitoreiro
Cenário PolíticoSinais de alinhamento no bloco de centro-direita
• Bloco de centro-direita deu sinais de que pode se alinhar em torno de candidatura única à Presidência. Geraldo Alckmin (PSDB) ainda é o mais forte, mas avanço de ações de combate à corrupção em São Paulo ligam os governadores do PSDB a escândalos junto às empreiteiras listadas na Lava-Jato e responsáveis por obras como o Metrô e o Rodoanel
• O deputado Darcísio Perondi (MDB-RS) afirma que Temer é candidato a ‘cabo eleitoral’, afastando chances de disputar a reeleição. O ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM-PE), reforça argumentos já mostrados aqui de que nomes são lançados, mas no final tendem a se unir
• Lula afirma que condenação não pode servir de justificativa de boicote do PT às eleições, pois o partido perderia espaço e se inviabilizaria em termos econômicos se o boicote fosse generalizado. Provável substituto de Lula, Jaques Wagner é indiciado pela PF e tem apreensão em sua casa. Fernando Haddad volta a ser comentado, assim como a aliança de esquerda em torno de Ciro Gomes (PDT), que não agrada setores do PT. Haddad e Ciro se reuniram. O PSB observa a aliança
• Bolsonaro é aguardado no PSL por conta da janela de troca partidária
Opinião Pública: Paraná Pesquisas mostra aprovação à medida no RJ e força de Bolsonaro e Alckmin em SP
• Pesquisa anterior à aprovação final da medida no Congresso Nacional mostrou apoio de 74% dos brasileiros ouvidos à intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro por meio do uso de forças militares. Nacionalmente, mais de dois terços do brasileiros afirmam que aceitariam uma intervenção em suas respectivas cidades
• Em fevereiro, o instituto também divulgou pesquisa mostrando que 63% dos brasileiros são favoráveis a pena de morte em crimes bárbaros. Pauta da segurança pública pode dominar as eleições
• No maior colégio eleitoral do Brasil – SP – Bolsonaro e Alckmin lideram a corrida presidencial com vantagem do deputado dentro da margem de erro. Com Lula o empate é triplo
• O PIB do quarto trimestre apontou
expansão de 0,05% frente ao
período anterior, com ajuste
sazonal. O resultado representa
uma virtual estagnação da
economia no período
• Componentes que vinham
sustentando a recuperação
econômica nos últimos trimestres,
serviços, em especial comércio, e
consumo das famílias, cresceram
de forma bastante tímida
• Por outro lado, nova expansão de
formação bruta de capital fixo
mostrou recuperação branda dos
investimentos privados. Contudo,
registrou contração de 1,8% no
acumulado do ano
• Com isso, reforçamos expectativa
de crescimento moderado, de
1,9%, em 2018
PIB
Fonte: IBGE e FGV (Projeções: 4E Consultoria)
4,0
%
6,1
%
5,1
%
-0,1
%
7,5
%
4,0
%
1,9
% 3,0
%
0,5
%
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%
-3,5
%
1,1
% 1,9
%
3,2
%
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PIB (%YoY)
88,8
99,4
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Índice de Confiança(ICC e ICI - com ajuste sazonal)
ICC
ICI
Fonte: 4E
PIB Regional• O PIB nacional cresceu 1% em
2017. A decomposição regional
do PIB do Brasil, porém, revela
que 8 UFs seguiram com recuo de
atividade no ano, enquanto as
demais 19 cresceram ou
apresentaram estabilidade
• Na ponta negativa, principais
destaques são da região NE, que
foi única a apresentar retração
no ano (-0,6%). SE (-5%) e PB (-
3,4%) apresentaram os piores
resultados. O RJ (-1,4%)
apresentou PIB negativo pelo
terceiro ano seguido
• Destacamos os resultados
positivos para MT (+11,4%), PI
(+8%), PR (+5%) e TO (+4,9%).
Ambos os estados foram
impulsionados pelo excepcional
ano do agronegócio
Taxa de Crescimento do PIB em 2017
Maiores detalhes do cenário regional, com projeções e análises aprofundadas, podem ser encontrados no Relatório Regional 4E
• No trimestre encerrado em
janeiro, a taxa de desocupação
avançou para 12,2%
• O Caged de janeiro mostrou
criação de 77,8 mil postos de
trabalho formais. O indicador
revela o quarto mês consecutivo
de criação de vagas formais de
trabalho na série com ajuste
sazonal
• Assim, o dado de janeiro veio
em linha com os anteriores, ao
apontar no sentido da
recuperação do mercado de
trabalho
• Com expectativa de
recuperação do mercado de
trabalho, taxa de desemprego
média deve recuar para 11,8%
em 2018
Mercado de Trabalho
Fonte: IBGE e MTE (Projeções: 4E Consultoria)
9,2
%
8,9
%
7,8
%
9,1
%
8,2
%
7,3
%
6,7
%
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%
6,8
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% 12
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Taxa de desemprego - PNAD
-200
-150
-100
-50
0
50
100
150
200
250
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Milh
are
s
Caged - Criação de vagas (Dessaz.)
Inflação
• O IPCA de fevereiro apresentou
alta de 0,32%, marginalmente
acima do resultado de 0,29% em
janeiro
• Para 2018, com continuidade da
desinflação de serviços, dada a
taxa de desocupação acima da
natural, e a devolução parcial da
queda de alimentos em 2017,
esperamos inflação de 3,6%
Fonte: IBGE e FGV (Projeções: 4E Consultoria)
3,1
%
4,5
%
5,9
%
4,3
%
5,9
%
6,5
%
5,8
%
5,9
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6,4
%
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%
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%
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% 3,6
%
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IPCA
3,8
%
7,8
%
9,8
%
-1,7%
11,3
%
5,1
%
7,8
%
5,5
%
3,7
%
10,5
%
7,2
%
-0,5%
3,6
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IGP-M • O IGP-M de fevereiro apresentou
alta de 0,07%, desacelerando
frente ao resultado de 0,76% no mês
anterior
• Em 12 meses, o indicador acumula
queda de 0,40%
• Para 2018, esperamos que o
indicador volte ao campo positivo,
e encerre o ano apontando
inflação de 3,6%
• O Copom decidiu, na última
reunião, reduzir a taxa Selic em 25
pontos-base, de 7,00% a.a. para
6,75% ao ano. A alteração veio em
linha com o esperado
• A Ata da reunião, contudo, trouxe
um tom mais ameno em relação aos
gatilhos que permitiriam ao Copom
estender o ciclo. A partir de então,
foi atribuído maior peso à evolução
do quadro inflacionário, à atividade
econômica e às expectativas de
inflação, sem associar a aprovação
da reforma da Previdência como
condição necessária
• Desta forma, na medida em que o
quadro de inflação continua a
surpreender no terreno benigno, e a
atividade econômica mostra uma
recuperação gradual, esperamos
corte de juros de 25 pontos-base na
reunião de marçoFonte: Banco Central (Projeções: 4E Consultoria)
Política Monetária13,2
5%
11,2
5%
13,7
5%
8,7
5%
10,7
5%
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0%
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14,2
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Taxa de Juros (fim de período)
11,8
%
7,2
%
6,1
%
5,5
%
3,7
% 4,8
%
2,5
%
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%
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Taxa de juros reais (deflacionado pelo IPCA)
Política Fiscal
Fonte: Banco Central (Projeções: 4E Consultoria)
3,2
%
3,2
%
3,3
%
1,9
% 2,6
%
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%
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Resultado primário (%PIB)
55,5
%
56,7
%
56,0
% 59,2
%
51,8
%
51,3
%
53,7
%
52% 5
6,3
%
65,5
% 70,0
% 74,0
%
76,8
%
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Dívida Bruta (%PIB)
• Resultados de janeiro mantiveram o
bom ânimo deixado ao final de 2017,
a iniciar pela arrecadação, em alta
real de 10,1% ante o mesmo mês de
2016. Contudo, a alta é, bem como
nos meses anteriores, influenciada
por fatores atípicos
• Apesar do esforço em curso, será
necessário contingenciamento
adicional em 2018, já que governo
não deve conseguir postergar gastos
como o reajuste de servidores
• Ainda que o cumprimento da meta
de primário para o ano seja
exequível sem maiores esforços, a
principal fonte de risco este ano
deverá ser o teto dos gastos. Nossos
cálculos indicam que as despesas
podem crescer, em 2018, graças à
folga deixada em 2017, apenas 1,5%
acima da inflação
Taxa de Câmbio• Mudança de ambiente externo tem
conduzido o câmbio a alguma
volatilidade. Mercados no exterior
têm olhado com mais cuidado para
os EUA na medida em que ocorrem
mudanças importantes em sua
política monetária doméstica, e
ainda assim o dólar tem se mantido
estável
• No âmbito doméstico, desistência
de reforma da Previdência neste ano não parece ter surpreendido os
agentes, na medida em que gerou
pouca oscilação no mercado
• Conforme os fatores de risco
doméstico, em especial aqueles
associados às eleições, se tornarem
mais claros aos olhos da maior parte
dos agentes, haverá espaço para
aumento contido dos prêmio de risco
o que tende a sustentar o câmbio
em patamar depreciadoFonte: Banco Central e Bloomberg (Projeções: 4E Consultoria)
2,1
4
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7 2
,34
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4
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Taxa de câmbio - R$/US$(fim de período)
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Taxa de câmbio real (R$/US$)
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