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|Consultoria Radar Março/2018

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Radar

Março/2018

Cenário Internacional

Após anos de ajuste fiscal duro, países periféricos do bloco europeu obtêm

resultados fiscais mais próximos da

estabilidade, sinal de que o processo

de aperto está próximo do fim

Quadro político na Itália segue

indefinido, na medida em que ainda não existe espaço para uma coalizão

de maioria

Política expansionista de Trump

auxilia ritmo de crescimento. Mercado de trabalho começa a

pressionar preços, e Fed sinaliza

endurecimento do ciclo de alta dos juros. Mercado, porém, ainda

aposta em resposta frouxa, o que

mantém o dólar enfraquecido

Dólar deve se apreciar quando Fed

adotar resposta mais firme

Cenário PolíticoPerspectivas de mudanças importantes no cenário político

• Provável saída de Lula da corrida eleitoral como candidato e tentativa de aproximação do bloco de centro-direita pode contribuir para estabilidade e ascensão do grupo que governa o país

• Calendário eleitoral deve ajudar a compreender manobras, alianças e ações. Alckmin deve deixar governo de São Paulo e se concentrar em viajar o país

• Governo fracassa na reforma Previdenciária e faz duplo gesto de aceno: atende opinião pública com agenda polêmica e intensa de intervenção no RJ – o que pode atingir Jair Bolsonaro –; e faz sinal positivo ao mercado com agenda de ações que tramita no Congresso. Falta de alinhamento das medidas com os presidentes das casas do Congresso, Maia e Eunício Oliveira gerou ruído

• Agenda de recuperação econômica e crescimento do país são elementos que buscam contribuir com o governo. Sensação de bem-estar na sociedade, no entanto, ainda está longe de ser sentido

Fracassa a Reforma da Previdência e governo busca agenda “alternativa”

• Com fracasso “estratégico” da Previdência para 2018, é bastante improvável que agenda volte, o que enfraquece a maioria de seus defensores, sobretudo Henrique Meirelles. No entanto, a temática deve ser debatida na eleição e retomada em 2019

• Sem os 308 votos para aprovação da reforma da Previdência, Temer conseguiu 340 deputados federais e 55 senadores para alavancar ação no Rio de Janeiro, mostrando força em pauta quente. Uma vez aprovada a medida, a Constituição não pode ser emendada, esfriando a agenda da Previdência. A medida no RJ atende parte de clamor popular, o que foi taxado de eleitoreiro

Cenário PolíticoSinais de alinhamento no bloco de centro-direita

• Bloco de centro-direita deu sinais de que pode se alinhar em torno de candidatura única à Presidência. Geraldo Alckmin (PSDB) ainda é o mais forte, mas avanço de ações de combate à corrupção em São Paulo ligam os governadores do PSDB a escândalos junto às empreiteiras listadas na Lava-Jato e responsáveis por obras como o Metrô e o Rodoanel

• O deputado Darcísio Perondi (MDB-RS) afirma que Temer é candidato a ‘cabo eleitoral’, afastando chances de disputar a reeleição. O ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM-PE), reforça argumentos já mostrados aqui de que nomes são lançados, mas no final tendem a se unir

• Lula afirma que condenação não pode servir de justificativa de boicote do PT às eleições, pois o partido perderia espaço e se inviabilizaria em termos econômicos se o boicote fosse generalizado. Provável substituto de Lula, Jaques Wagner é indiciado pela PF e tem apreensão em sua casa. Fernando Haddad volta a ser comentado, assim como a aliança de esquerda em torno de Ciro Gomes (PDT), que não agrada setores do PT. Haddad e Ciro se reuniram. O PSB observa a aliança

• Bolsonaro é aguardado no PSL por conta da janela de troca partidária

Opinião Pública: Paraná Pesquisas mostra aprovação à medida no RJ e força de Bolsonaro e Alckmin em SP

• Pesquisa anterior à aprovação final da medida no Congresso Nacional mostrou apoio de 74% dos brasileiros ouvidos à intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro por meio do uso de forças militares. Nacionalmente, mais de dois terços do brasileiros afirmam que aceitariam uma intervenção em suas respectivas cidades

• Em fevereiro, o instituto também divulgou pesquisa mostrando que 63% dos brasileiros são favoráveis a pena de morte em crimes bárbaros. Pauta da segurança pública pode dominar as eleições

• No maior colégio eleitoral do Brasil – SP – Bolsonaro e Alckmin lideram a corrida presidencial com vantagem do deputado dentro da margem de erro. Com Lula o empate é triplo

• O PIB do quarto trimestre apontou

expansão de 0,05% frente ao

período anterior, com ajuste

sazonal. O resultado representa

uma virtual estagnação da

economia no período

• Componentes que vinham

sustentando a recuperação

econômica nos últimos trimestres,

serviços, em especial comércio, e

consumo das famílias, cresceram

de forma bastante tímida

• Por outro lado, nova expansão de

formação bruta de capital fixo

mostrou recuperação branda dos

investimentos privados. Contudo,

registrou contração de 1,8% no

acumulado do ano

• Com isso, reforçamos expectativa

de crescimento moderado, de

1,9%, em 2018

PIB

Fonte: IBGE e FGV (Projeções: 4E Consultoria)

4,0

%

6,1

%

5,1

%

-0,1

%

7,5

%

4,0

%

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% 3,0

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PIB (%YoY)

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Índice de Confiança(ICC e ICI - com ajuste sazonal)

ICC

ICI

Fonte: 4E

PIB Regional• O PIB nacional cresceu 1% em

2017. A decomposição regional

do PIB do Brasil, porém, revela

que 8 UFs seguiram com recuo de

atividade no ano, enquanto as

demais 19 cresceram ou

apresentaram estabilidade

• Na ponta negativa, principais

destaques são da região NE, que

foi única a apresentar retração

no ano (-0,6%). SE (-5%) e PB (-

3,4%) apresentaram os piores

resultados. O RJ (-1,4%)

apresentou PIB negativo pelo

terceiro ano seguido

• Destacamos os resultados

positivos para MT (+11,4%), PI

(+8%), PR (+5%) e TO (+4,9%).

Ambos os estados foram

impulsionados pelo excepcional

ano do agronegócio

Taxa de Crescimento do PIB em 2017

Maiores detalhes do cenário regional, com projeções e análises aprofundadas, podem ser encontrados no Relatório Regional 4E

• No trimestre encerrado em

janeiro, a taxa de desocupação

avançou para 12,2%

• O Caged de janeiro mostrou

criação de 77,8 mil postos de

trabalho formais. O indicador

revela o quarto mês consecutivo

de criação de vagas formais de

trabalho na série com ajuste

sazonal

• Assim, o dado de janeiro veio

em linha com os anteriores, ao

apontar no sentido da

recuperação do mercado de

trabalho

• Com expectativa de

recuperação do mercado de

trabalho, taxa de desemprego

média deve recuar para 11,8%

em 2018

Mercado de Trabalho

Fonte: IBGE e MTE (Projeções: 4E Consultoria)

9,2

%

8,9

%

7,8

%

9,1

%

8,2

%

7,3

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Taxa de desemprego - PNAD

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Milh

are

s

Caged - Criação de vagas (Dessaz.)

Inflação

• O IPCA de fevereiro apresentou

alta de 0,32%, marginalmente

acima do resultado de 0,29% em

janeiro

• Para 2018, com continuidade da

desinflação de serviços, dada a

taxa de desocupação acima da

natural, e a devolução parcial da

queda de alimentos em 2017,

esperamos inflação de 3,6%

Fonte: IBGE e FGV (Projeções: 4E Consultoria)

3,1

%

4,5

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5,9

%

4,3

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IPCA

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%

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IGP-M • O IGP-M de fevereiro apresentou

alta de 0,07%, desacelerando

frente ao resultado de 0,76% no mês

anterior

• Em 12 meses, o indicador acumula

queda de 0,40%

• Para 2018, esperamos que o

indicador volte ao campo positivo,

e encerre o ano apontando

inflação de 3,6%

• O Copom decidiu, na última

reunião, reduzir a taxa Selic em 25

pontos-base, de 7,00% a.a. para

6,75% ao ano. A alteração veio em

linha com o esperado

• A Ata da reunião, contudo, trouxe

um tom mais ameno em relação aos

gatilhos que permitiriam ao Copom

estender o ciclo. A partir de então,

foi atribuído maior peso à evolução

do quadro inflacionário, à atividade

econômica e às expectativas de

inflação, sem associar a aprovação

da reforma da Previdência como

condição necessária

• Desta forma, na medida em que o

quadro de inflação continua a

surpreender no terreno benigno, e a

atividade econômica mostra uma

recuperação gradual, esperamos

corte de juros de 25 pontos-base na

reunião de marçoFonte: Banco Central (Projeções: 4E Consultoria)

Política Monetária13,2

5%

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Taxa de Juros (fim de período)

11,8

%

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Taxa de juros reais (deflacionado pelo IPCA)

Política Fiscal

Fonte: Banco Central (Projeções: 4E Consultoria)

3,2

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Resultado primário (%PIB)

55,5

%

56,7

%

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% 59,2

%

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%

51,3

%

53,7

%

52% 5

6,3

%

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% 70,0

% 74,0

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Dívida Bruta (%PIB)

• Resultados de janeiro mantiveram o

bom ânimo deixado ao final de 2017,

a iniciar pela arrecadação, em alta

real de 10,1% ante o mesmo mês de

2016. Contudo, a alta é, bem como

nos meses anteriores, influenciada

por fatores atípicos

• Apesar do esforço em curso, será

necessário contingenciamento

adicional em 2018, já que governo

não deve conseguir postergar gastos

como o reajuste de servidores

• Ainda que o cumprimento da meta

de primário para o ano seja

exequível sem maiores esforços, a

principal fonte de risco este ano

deverá ser o teto dos gastos. Nossos

cálculos indicam que as despesas

podem crescer, em 2018, graças à

folga deixada em 2017, apenas 1,5%

acima da inflação

Taxa de Câmbio• Mudança de ambiente externo tem

conduzido o câmbio a alguma

volatilidade. Mercados no exterior

têm olhado com mais cuidado para

os EUA na medida em que ocorrem

mudanças importantes em sua

política monetária doméstica, e

ainda assim o dólar tem se mantido

estável

• No âmbito doméstico, desistência

de reforma da Previdência neste ano não parece ter surpreendido os

agentes, na medida em que gerou

pouca oscilação no mercado

• Conforme os fatores de risco

doméstico, em especial aqueles

associados às eleições, se tornarem

mais claros aos olhos da maior parte

dos agentes, haverá espaço para

aumento contido dos prêmio de risco

o que tende a sustentar o câmbio

em patamar depreciadoFonte: Banco Central e Bloomberg (Projeções: 4E Consultoria)

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Taxa de câmbio - R$/US$(fim de período)

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Taxa de câmbio real (R$/US$)

www.4econsultoria.com.br

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