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RACHEL GOMES CARDOSO
Eficiência mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes
reabilitados com próteses totais removíveis implanto-suportadas
NATAL/RN
2013
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO EM ODONTOLOGIA
RACHEL GOMES CARDOSO
Eficiência mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes
reabilitados com próteses totais removíveis implanto-suportadas
Dissertação apresentada à Faculdade de
Odontologia, da Universidade Federal do
Rio Grande do Norte, como parte dos
requisitos para obtenção do título de
Mestre em Saúde Coletiva, área de
concentração em Odontologia.
Orientadora: Profª. Drª. Adriana da
Fonte Porto Carreiro.
NATAL/RN
2013
RACHEL GOMES CARDOSO
Eficiência mastigatória e impacto da saúde oral na qualidade de vida em pacientes
reabilitados com próteses totais removíveis implanto-suportadas
Dissertação apresentada à Faculdade de
Odontologia, da Universidade Federal do
Rio Grande do Norte, como parte dos
requisitos para obtenção do título de
Mestre em Saúde Coletiva, área de
concentração em Odontologia.
Apresentada em: 21/03/2013.
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Profª. Drª. Adriana da Fonte Porto Carreiro
Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN
Orientadora
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Prof. Dr. Gustavo Augusto Seabra Barbosa
Universidade Federal de Rio Grande do Norte - UFRN
Membro
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Prof. Dr. Flávio Domingues das Neves
Universidade Federal de Uberlândia
Membro
DEDICATÓRIA
Dedico esta dissertação ao meu pai Valdir Cardoso e à minha mãe
Selma Gomes pelo amor e incentivo constantes em todos os momentos de
minha vida.
AGRADECIMENTOS
À Deus, que sempre esteve ao meu lado, me iluminando e guiando
meu caminho, sem que deixasse faltar força e determinação para chegar
até aqui.
À minha orientadora, Profª Drª Adriana da Fonte Porto Carreiro,
cujos conhecimentos e entusiasmo foram fundamentais para conclusão
deste trabalho e para meu amadurecimento profissional e pessoal. Muito
obrigada pela confiança, amizade e compreensão em todos os momentos
difíceis.
Ao Prof. Dr. Gustavo Augusto Seabra Barbosa, co -orientador de
mestrado, pelos ensinamentos transmitidos desde quando aluna e
monitora da Disciplina de Oclusão até os dias atuais. Agradeço também
pelo incentivo e por sempre acreditar que hoje eu estaria aqui.
À minha família, pelo apoio incondicional ao longo deste
processo. Vocês são minhas fortalezas, meus pilares e minha fonte de
amor.
Aos meus amigos do Curso de Mestrado, Danilo Gonzaga, Poliana
Cunha, Rodrigo Freitas, Kássia Dias, Isabelle Dantas, pela amizade e
companheirismo.
Aos meus amigos da Universidade Federal do Rio Grande do
Norte, em especial, Rafaelly Domingos, Marcel Cortês, Ana Clara
Soares, Camila Machado, Thiago Raulino, Flavia Tavares, Ana Lílian,
Danielle Farias, pela ajuda e palavras de apoio e por saber que sempre
posso contar com vocês.
À George Alexandre, que esteve ao meu lado em momentos
difíceis, sempre me incentivando e apoiando.
Ao Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte, na pessoa do coordenador Prof. Dr.
Kênio Lima.
A todos os professores do curso de Pós -graduação em Saúde
Coletiva da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, por
contribuírem para minha formação acadêmica.
Aos professores Dr. Kênio Lima e Dr. Ângelo Roncalli, pelas
contribuições na metodologia e na análise estatística.
Aos professores, Dr. Adriano Germano e Dr. José Sandro, e aos
residentes da Cirurgia BucoMaxiloFacial, em especial, Giordano
Campos, que realizaram as cirurgias deste projeto.
Aos professores, Dr. Gustavo Augusto, Drª Ericka Almeida e Dr.
Flávio Neves, pela disponibilidade e pelas valiosas contribuições no
processo de qualificação e defesa da dissertação.
À empresa Neodent, que viabilizou os implantes e a Medimagem,
por reduzir os custos dos exames tomográficos, tornando acessível a
reabilitação com implantes para vários participantes deste projeto.
Ao Prof. Dr. Elizeu Antunes e ao aluno Rafael Serquiz, do
laboratório de Bioquímica do Centro de Biociências da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte, pela disponibilidade e suporte na
leitura das cápsulas mastigatórias.
Aos funcionários da Biblioteca Setorial do Departamento de
Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, pela
correção atenciosa das referências bibliográficas.
À todos os funcionários do Departamento de Odontologia, em
especial a Edson, pela ajuda.
Aos técnicos em prótese dentária, Dário Nunes e Nelson, pela
disponibil idade e confecção laboratorial das próteses.
Aos pacientes, que dedicaram seu tempo, atenção e carinho para
que este projeto pudesse ser realizado, sem eles nada disso seria
possível .
RESUMO
Pacientes edêntulos que relatam problemas com o uso da prótese total convencional
mandibular podem ter a função mastigatória prejudicada, bem como impacto negativo
da saúde bucal na qualidade de vida. O objetivo deste ensaio clínico controlado foi
avaliar o efeito da reabilitação com sobredentudura mandibular sobre o impacto da
saúde oral na qualidade de vida e sobre a eficiência mastigatória em pacientes usuários
de prótese total convencional mandibular. Os pacientes desdentados totais (n = 16)
foram reabilitados com novas próteses totais convencionais na maxila e na mandibula e,
após 3 meses, as próteses mandibulares foram convertidas em sobredentaduras retidas
por 2 implantes (sistema barra clipe). A versão brasileira do questionário OHIP-Edent
foi utilizada para avaliar o impacto da saúde oral na qualidade de vida. A eficiência
mastigatória foi avaliada através do método colorimétrico com o uso da cápsula
mastigatória. O valor da mediana do OHIP-Edent com o uso de próteses totais
convencionais foi 8,5 pontos, após a conversão da prótese total convencional
mandibular em sobredentadura o valor da mediana do OHIP-Edent foi 2 pontos,
resultando em um impacto positivo da saúde oral na qualidade de vida após o
tratamento com as sobredentaduras (p = 0,001). A eficiência mastigatória com o uso de
próteses totais convencionais obteve valor de absorbância com mediana de 0,025 e após
a sua conversão em sobredentadura retida por 2 implantes, a mediana da absorbância foi
0,073. Houve diferença estatística significativa entre a eficiência mastigatória dos
pacientes reabilitados com prótese total dupla antes e após a intervenção com implantes
(p=0,003). No entanto, não foi observada nenhuma correlação entre eficiência e OHIP
(p>0,05). Pacientes desdentados totais insatisfeitos com a prótese total convencional
mandibular, após a reabilitação com sobredentadura mandibular retida por dois
implantes, melhoram a qualidade de vida e a eficiência mastigatória.
Palavras-Chave: Sobredentadura, implante dentário, qualidade de vida, mastigação
ABSTRACT
Edentulous patients with complaint about mandibular conventional denture might
experience poor masticatory function and negative impact of oral health on quality of
life. The aim of this controlled clinical trial was to evaluate the effect of mandibular
overdenture on oral health-related quality of life and masticatory efficacy in patients
wearing mandibular complete dentures. The edentulous patients (n=16) were
rehabilitated with new maxillary and mandibular complete dentures and, after 3 months,
mandibular overdentures retained by 2 implants (bar-clip system) were fabricated. The
Brazilian version of OHIP-Edent questionnaire was used to assess the oral health-
related quality of life. Masticatory efficacy was evaluated through a colorimetric
method with chewing capsules. The mean OHIP-Edent score was 8.5 with conventional
dentures and 2.0 with mandibular overdenture, which means a positive impact of oral
health on quality of life with overdentures (p=0.001). The mean absorbance for
masticatory efficacy was 0.025 for conventional dentures and 0.073 for overdentures.
There was statistically significant difference for masticatory efficacy before and after
implants rehabilitation (p=0.003). However, there was no correlation between
masticatory efficacy and OHIP (p>0.05). So, mandibular overdenture retained by 2
implants improved the quality of life and masticatory efficacy of edentulous patients
with complaint about mandibular conventional complete dentures.
Keywords: Overdenture, implants dental, quality of life, mastication
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 Fluxograma da ordem cronológica da pesquisa...................................... 24
Figura 2 Fluxograma do tamanho da amostra...................................................... 26
Figura 3 Cápsula mastigatória antes (A) e após (B) mastigação........................... 28
Figura 4 Sequência para leitura da absorbância da cápsula mastigatória.
Agitação mecânica (A), abertura da cápsula para remoção dos grãos
(B), filtragem da solução (C) e leitura da concentração da solução de
fucsina (D).............................................................................................. 29
Figura 5 Moldagens anatômicas (A e B), moldagens funcionais (C e D),
registro das relações maxilo-mandibulares (E) e prova clínica dos
dentes em cera (F).................................................................................... 31
Figura 6 Próteses totais superior e inferior instaladas previamente a cirurgia de
implantes.................................................................................................. 32
Figura 7 Cortes tomográficos de uma mandíbula edêntula.................................... 33
Figura 8 Utilização do guia cirúrgico (A), uso dos paralelizadores para observar
o posicionamento das perfurações (B), inserção do implante (C) e seu
torque final (D)........................................................................................ 35
Figura 9 Minipilares instalados para a carga imediata (A) e para a carga tardia
(B)............................................................................................................ 36
Figura 10 União dos transfers com haste metálica e resina acrílica (A). Remoção
do molde em silicone de adição (B)........................................................ 37
Figura 11 Prótese após captura o clipe. ................................................................... 38
Figura 12 Gráfico da média de valores dos domínios do OHIP em relação ao tipo
de prótese. ............................................................................................... 42
Figura 13 Porcentagens de impacto (respostas às vezes e quase sempre) para
cada questão da escala OHIP-Edent. Questões (Q) e valor da
significância (p). ..................................................................................... 42
Quadro 1 Grupos de risco sistêmico para instalação de implantes.......................... 25
Quadro 2 Variáveis dependentes analisadas no estudo........................................... 26
Quadro 3 Variáveis independentes analisadas no estudo........................................ 26
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Tamanho do implante, tipo de conexão e de carregamento aos implantes 35
Tabela 2 Associação das variáveis de confusão em relação ao OHIP-Edent e
eficiência mastigatória.............................................................................. 40
Tabela 3 Os valores das respectivas dimensões do OHIP em relação ao tipo de
prótese. Domínio, prótese total convencional, sobredentadura, tamanho
da amostra (N), mediana e desvio padrão (DP)........................................ 41
Tabela 4 Avaliação da eficiência mastigatória em absorbância antes e após a
intervenção com sobredentadura. Tipo de prótese, prótese total
convencional, sobredentadura, tamanho da amostra (N), mediana,
quartis (Q25 e Q75), limite inferior (LI) e limite superior (LS)
(Intervalo de confiança de 95%)............................................................... 43
Tabela 5 Avaliação da correlação entre eficiência mastigatória e OHIP................. 43
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO................................................................................................. 12
2 REVISÃO DE LITERATURA........................................................................ 15
2.1 QUALIDADE DE VIDA................................................................................... 15
2.2 EFICIÊNCIA MASTIGATÓRIA....................................................................... 18
3 OBJETIVOS..................................................................................................... 22
3.1 OBJETIVO GERAL........................................................................................... 22
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS............................................................................. 22
4 METODOLOGIA............................................................................................. 23
4.1 TIPO DE ESTUDO............................................................................................ 23
4.2 CONSIDERAÇÕES ÉTICAS............................................................................ 23
4.3 SELEÇÃO DA AMOSTRA............................................................................... 23
4.4 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO.................................................. 25
4.5 TAMANHO DA AMOSTRA............................................................................. 25
4.6 VARIÁVEIS ESTUDADAS.............................................................................. 26
4.7 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS................................................. 27
4.7.1
4.7.2
Avaliação da qualidade de vida.......................................................................
Avaliação da eficiência mastigatória...............................................................
27
28
4.8 PROCEDIMENTOS CLÍNICOS E LABORATORIAIS.................................. 30
4.8.1 Confecção das próteses totais ......................................................................... 30
4.8.2 Planejamento cirúrgico-protético................................................................... 32
4.8.3 Protocolo de instalação dos implantes............................................................ 33
4.8.4 Conversão da prótese total convencional mandibular em sobredentadura 36
4.8.4.1 Instalação dos componentes e moldagem de transferência................................ 36
4.8.4.2 Confecção e instalação da barra......................................................................... 37
4.8.4.3 Captura do clipe.................................................................................................. 37
4.9 ANÁLISE ESTATÍSTICA................................................................................. 38
5 RESULTADOS................................................................................................. 40
5.1 AMOSTRA......................................................................................................... 40
5.2 IMPACTO DA SAÚDE ORAL NA QUALIDADE DE VIDA: PRÓTESE
TOTAL CONVENCIONAL X SOBREDENTADURA SOBRE
IMPLANTES...................................................................................................... 41
5.3 EFICIÊNCIA MASTIGATÓRIA: PRÓTESE TOTAL CONVENCIONAL X
SOBREDENTADURA SOBRE IMPLANTES................................................. 43
5.4 EFICIÊNCIA MASTIGATÓRIA X IMPACTO DA SAÚDE ORAL NA
QUALIDADE DE VIDA................................................................................... 43
6 DISCUSSÃO..................................................................................................... 44
7 CONCLUSÃO................................................................................................... 49
8 REFERÊNCIAS................................................................................................ 50
ANEXOS............................................................................................................ 55
12
1 INTRODUÇÃO
O uso de prótese total convencional, suportada pela mucosa que reveste o osso
remanescente, é considerada uma modalidade terapêutica consagrada, e provavelmente, ainda
a mais utilizada atualmente (CARLSSON; OMAR, 2010). Devido ao apoio da prótese ser
sobre tecido mucoso e este não ter esta função, naturalmente, o rebordo alveolar sofre uma
reabsorção progressiva após a perda dentária. A reabsorção da crista do rebordo,
especialmente na mandíbula, pode levar a problemas na estabilidade e retenção da prótese
(REDFORD et al., 1996; TALLGREN, 2003; ALLEN; McMILLAN, 2003), bem como a
queixas relacionadas à dificuldade de adaptação dos pacientes usuários de prótese total
convencional mandibular (ZARB et al., 2006; HUUMONEN et al., 2012). Além disso, a
mucosa que recobre as áreas de suporte da prótese é, geralmente, fina e incapaz de resistir a
tensões funcionais, causando ulceração e dor. Assim, a função mastigatória destes indivíduos
é menor em comparação com a de indivíduos totalmente dentados (KAMPEN et al., 2004).
Com o advento dos implantes dentários osseointegrados na década de 80, as próteses
fixas implanto-suportadas, também conhecidas como protocolo de Branemark, tornaram-se
um tratamento alternativo para reabilitação de rebordos desdentados (ZARB et al., 2006).
Outra modalidade de tratamento com implantes para mandíbula edêntula é a sobredentadura,
uma prótese removível suportada por implantes e pela mucosa e, geralmente, requer menos
implantes, quando comparada com a prótese fixa implanto-suportada (JOHNS et al., 1992;
ZARB et al., 2006).
A sobredentadura mandibular retida por 2 implantes é a abordagem mais simples e de
baixo custo para reabilitação de mandíbulas edêntulas com implantes, bem como tem sido
amplamente descrita na literatura. A longo prazo, a taxa de sucesso dos implantes na
mandíbula é de, pelo menos, 95% (DOUNDOULAKIS et al., 2003; BEHNEKE, BEHNEKE,
D’HOEDT, 2002).
A reabilitação com sobredentadura retida por 2 implantes é um assunto em evidência,
uma vez que várias publicações atuais a sugerem como o tratamento mínimo para a
mandíbula edêntula. Essa alternativa de tratamento fornece uma estabilização que pode
aumentar a satisfação do paciente e manter o tecido ósseo, melhorando a função mastigatória
e qualidade de vida em pacientes com reabsorção acentuada do rebordo (PERA et al., 1998;
HEYDECKE et al., 2003; AWAD et al., 2003; ALLEN et al., 2006; KLEIS et al., 2010;
HEYDECKE et al., 2005; PAN; RAMP; LIU, 2007).
13
Durante as últimas três décadas, diferentes questionários foram projetados na tentativa
de refletir o impacto das doenças orais sobre as atividades diárias dos pacientes odontológicos
(PRECIADO et al., 2012). Um dos indicadores de avaliação do impacto da saúde oral na
qualidade de vida é o “Oral Health Impact Profle” (OHIP) (SLADE, 1997). O questionário
OHIP-Edent é uma versão simplificada do OHIP e específica para pacientes desdentados,
usuários de próteses totais. No entanto, poucos estudos utilizam esse questionário. Zani et al.
(2009) aplicaram o OHIP-Edent para avaliar o impacto das sobredentaduras e próteses fixas
sobre implantes na qualidade de vida, observando que os dois tipos de próteses foram
igualmente satisfatórias em pacientes desdentados totais.
Por meio de uma revisão sistemática com metanálise, Emami et al. (2009) incluíram
10 publicações de 7 ensaios clínicos que comparavam o efeito da reabilitação mandibular com
prótese total convencional e com sobredentadura retida por implantes em relação à satisfação
e ao impacto da saúde oral na qualidade de vida. Os autores concluíram que, embora a
sobredentadura mandibular implanto-suportada seja mais satisfatória em relação as próteses
totais convencionais mandibulares, a magnitude do efeito da sobredentadura implanto-
suportada ainda é incerta, devido à heterogeneidade dos estudos. Além disso, observaram
também existir uma necessidade adicional para evidências científicas.
Outra revisão sistemática (FUEKI et al., 2007) incluíram 7 estudos para analisar o
efeito da reabilitação com sobredentadura mandibular retida por 2 implantes quando
comparada ao tratamento com prótese total mandibular sobre a eficiência mastigatória. Foi
observada a superioridade do tratamento com 2 implantes na mandíbula quando comparado
ao tratamento com prótese total.
Alguns ensaios clínicos controlados avaliam a eficiência mastigatória (PERA et al.,
1998; GEERTMAN et al., 1994; KAMPEN et al., 2004; BORGES et al., 2011a) e impacto da
saúde oral na qualidade de vida (HEYDECKE et al., 2003; AWAD et al., 2003; HEYDECKE
et al., 2005; ALLEN et al., 2006; KLEIS et al., 2010; BORGES et al., 2011b) em usuários de
sobredentaduras mandibulares retidas por 2 implantes e de próteses totais mandibulares. No
entanto, existem algumas limitações metodológicas em alguns estudos. Essas limitações
incluem dificuldades em mascarar aos pacientes a que grupo de tratamento fazem parte e a
falta de poder estatístico em alguns estudos (EMAMI et al., 2009; THOMASON et al., 2012).
Além disso, a heterogeneidade das características dos indivíduos entre os grupos controle e
grupo de intervenção podem influenciar nos resultados.
Poucos estudos (PERA et al., 1998; KAMPEN et al., 2004; BORGES et al., 2011a;
BORGES et al., 2011b) realizaram o tratamento prévio com próteses totais convencionais
14
bimaxilares, para avaliar o efeito do tratamento após a conversão prótese total convencional
mandibular em com sobredentadura mandibular retida por 2 implantes. Nesses estudos, o
nível de evidência é modesto devido as amostras estudadas serem pequenas.
Portanto, observa-se que a literatura necessita de evidências científicas adicionais para
suportar a superioridade da eficiência mastigatória e da qualidade de vida em pacientes
reabilitados com sobredentadura mandibular retida por 2 implantes quando comparada com a
prótese total convencional.
15
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 QUALIDADE DE VIDA
A qualidade de vida foi definida pela Organização Mundial da Saúde, em 1974, como
“a percepção do indivíduo sobre a sua posição na vida, no contexto da cultura e dos sistemas
de valores nos quais ele vive, e em relação a seus objetivos, expectativas, padrões e
preocupações” (THE WHOQOL GROUP, 1995). Entretanto, observam-se duas tendências
quanto à conceituação do termo “qualidade de vida” na área de saúde, que são identificadas
como: qualidade de vida como um conceito mais genérico e qualidade de vida relacionada à
saúde propriamente dita (SEIDL; ZANNON, 2004).
O termo "qualidade de vida relacionada com a saúde oral" foi introduzido por Gift e
Redford em 1992, para captar os impactos funcionais, sociais e psicológicos da doença oral
(GIFT; REDFORD, 1992). Este conceito tornou-se operacionalizado através do
desenvolvimento de instrumentos psicométricos (SLADE; SPENCER, 1994; FITZPATRICK
et al., 1998; SLADE, 1998) que foram projetados para medir populações de pessoas com
condições clínicas de saúde oral boa e ruim. Uma vez demonstrado que são confiáveis e
válidos, os instrumentos começaram a ser utilizados como indicadores de resultado
terapêutico (FITZPATRICK et al., 1998; ALLISON et al., 1999).
Vários estudos observaram a influência da saúde oral na qualidade de vida do
indivíduo. A perda dentária apresenta um impacto negativo da saúde bucal relacionada à
qualidade de vida (STEELE et al., 2004). Entretanto, a reabilitação protética convencional
(BARRETO et al., 2011) ou com implantes mostram um efeito positivo na qualidade de vida
(HEYDECKE et al., 2003; AWAD et al., 2003; ALLEN et al., 2006; KLEIS et al., 2010;
HEYDECKE et al., 2005). Os ensaios clínicos têm usado a satisfação do paciente ou o
impacto da saúde oral relacionada com a qualidade de vida como variáveis de resultados com
o tratamento protético (BADER; ISMAIL, 1999).
Consoante com o conceito acima, instrumentos subjetivos para avaliar o impacto da
saúde bucal na qualidade de vida têm sido utilizados em diversas áreas da saúde. O OHIP foi
desenvolvido a partir de um modelo de estado da saúde oral (LOCKER, 1988). O OHIP é um
questionário com 49 itens que descrevem os impactos das condições de saúde oral nos
aspectos de função, vida diária e interações sociais em sete domínios, incluindo a limitação
funcional, dor física, desconforto psicológico, deficiência física, deficiência psicológica,
incapacidade e disfunção social (SLADE; SPENCER, 1994).
16
No entanto, OHIP é um instrumento amplo e alguns estudos têm explorado a
possibilidade de reduzí-lo sem alterações adversas. Entre essas versões simplificadas, foi
elaborado e validado o OHIP-Edent, com 19 questões, específico para pacientes edêntulos
(ALLEN; LOCKER, 2002). Este instrumento é uma das medidas mais abrangentes para a
saúde oral e tem sido utilizado em vários estudos. A versão brasileira foi validada por Souza
et al. (2007), sendo considerada adequada e confiável para avaliar a qualidade de vida
relacionada à saúde oral para os edêntulos.
Alguns estudos clínicos que avaliaram o impacto da saúde oral na qualidade de vida
através do OHIP ou OHIP-Edent, comparando a eficácia do tratamento com sobredentaduras
retidas por 2 implantes, observaram que houve melhora na qualidade de vida relacionada à
saúde oral (HEYDECKE et al., 2003; AWAD et al., 2003; ALLEN et al., 2006; HEYDECKE
et al., 2005; KLEIS et al., 2010).
Em um estudo clínico randomizado e controlado, 102 pacientes edêntulos por mais de
10 anos (35 a 65 anos de idade) foram designados aleatoriamente para serem reabilitados com
próteses totais convencionais em ambos os maxilares (n = 48) ou sobredentadura mandibular
retida por dois implantes (barra-clipe) com carga tardia e prótese total convencional na maxila
(n = 54). A randomização foi estratificada por idade (<50 anos, ≥ 50 anos), sexo e
preferência de tratamento. Este estudo originou duas publicações (AWAD et al., 2000;
HEYDECKE et al., 2005) com objetivos diferentes.
Awad et al. (2000), avaliaram o impacto da saúde oral na qualidade de vida por meio
do OHIP, antes e após a reabilitação em ambos os grupos. Após dois meses de tratamento,
foram observados efeitos positivos significativos nas pontuações do OHIP na reabilitação
para os dois grupos. O grupo de sobredentaduras apresentou menor impacto, pois a pontuação
total do OHIP obteve diminuição de 34 pontos (p = 0,0002), indicando uma melhor qualidade
de vida relacionada à saúde oral associada ao tratamento com implante. No grupo do
tratamento convencional a diminuição foi 9 pontos menor.
Heydecke et al., (2005), avaliaram o impacto da saúde oral na qualidade de vida,
através do OHIP e nas atividades sociais e sexuais nos pacientes reabilitados com
sobredentaduras mandibulares ou próteses totais convencionais entre dois grupos antes e após
o tratamento. Dois meses após a instalação da prótese, houveram melhorias significativas no
grupo de sobredentaduras mandibulares retidas por 2 implantes em relação a instabilidade ao
comer, falar, beijar e bocejar. O grupo com sobredentadura mandibular obteve,
significativamente, menos instabilidade da prótese do que o grupo do pós tratamento com
prótese total para todos os parâmetros investigados (p <0,0001). Correlações entre as
17
variáveis atividades sexuais (desconforto ao beijar e durante as relações sexuais) e os
domínios do OHIP foram fracos.
Do mesmo modo, o estudo da Heydecke et al. (2003) randomizou sessenta pacientes
desdentados com idade entre 65 e 75 anos. Trinta indivíduos receberam sobredentaduras
mandibulares retidas por 2 implantes e próteses maxilares convencionais, enquanto que os
outros pacientes foram tratados com próteses convencionais bimaxilares. O grupo de
pacientes reabilitados com próteses totais convencionais apresentaram pontos mais baixos do
OHIP-Edent nos domínios dor física e desconforto psicológico, após 6 meses da instalação de
novas próteses. Para o grupo reabilitado com implante, a melhoria no impacto da saúde oral
na qualidade de vida em relação ao pré-tratamento foi significativa em todos os domínios do
OHIP-Edent. Entretanto, ao comparar o pós-tratamento dos dois grupos, as sobredentaduras
foram superiores na limitação funcional, dor física, deficiência física e incapacidade
psicológica.
Na pesquisa de Allen et al. (2006), 118 pacientes edêntulos com queixas em relação às
próteses convencionais foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos. Após a
randomização e informações aos pacientes quanto ao tipo tratamento, apenas 79 pacientes
aceitaram o tratamento de acordo com o grupo para o qual foram alocados. Um grupo foi
reabilitado com próteses convencionais (n = 46) e o outro grupo com sobredentaturas
mandibulares retidas por dois implantes e próteses totais convencionais na maxila (n = 33).
Após o final do tratamento, ambos os grupos relataram melhorias substanciais na qualidade de
vida relacionada à saúde oral e satisfação com a prótese (p <0,001). No entanto, não houve
diferença significativa entre os grupos na avaliação pós-tratamento.
Kleis et al., (2010) avaliaram 43 pacientes totalmente edêntulos usuários de próteses
totais convencionais bimaxilares que receberam dois implantes na mandíbula e foram
reabilitados com carga imediata através de uma sobredentadura mandibular. A qualidade de
vida relacionada com a saúde oral foi avaliada com o questionário OHIP antes e após 12
meses da instalação da sobredentadura, sendo observada uma melhora na qualidade de vida
no estado pós-operatório (pontuação média de 91 contra 68 pontos).
Em um estudo transversal, Emami et al. (2010) analisaram 173 idosos desdentados
que receberam próteses totais convencionais bimaxilares (n = 76) ou sobredentadura
mandibular retida por implantes tendo como antagonista no arco oposto prótese total
convencional (n = 97). Foram avaliados a associação entre o impacto da saúde oral na
qualidade de vida (OHIP-20), a característica individual em relação à capacidade de
adaptação ao fator estressor (escala de Likert) e tipo de prótese. Observaram que a
18
característica individual não medeia o efeito do tipo de prótese no impacto da saúde oral na
qualidade de vida.
No estudo de Borges et al. (2011a), 16 pacientes foram submetidos a um procedimento
cirúrgico de fase única para a carga imediata. Dentro de um período máximo de 24 horas, uma
barra metálica foi instalada, convertendo a prótese total mandibular em sobredentadura. A
análise da qualidade de vida foi realizada através da aplicação do questionário OHIP-14 antes,
após uma semana, 3 e 6 meses de conversão da prótese. Diferenças estatisticamente
significativas foram observadas para as perguntas "dificuldade em pronunciar algumas
palavras", "dor na boca", "desconforto para comer todos os alimentos" e "sentiu-se tenso ou
nervoso".
O estudo de Geckili, Bilhan e Bilgin, (2011) foi constituído por 78 usuários de
próteses totais convencionais que requereram tratamento com sobredentaduras mandibulares
retidas por implante. Todos os pacientes receberam dois implantes na região interforaminal.
Próteses convencionais na maxila e sobredentaduras mandibulares retidas por implante foram
confeccionadas seis semanas após a cirurgia. Perfil de impacto da saúde bucal (OHIP-14) foi
utilizado para a avaliação da qualidade de vida antes e após o tratamento. Observou-se uma
melhoria estatisticamente significativa na qualidade de vida após a inserção das
sobredentaduras (p <0,05).
Um estudo retrospectivo (GECKILI et al., 2012) comparando dois grupos de 50
pacientes idosos e desdentados, um grupo incluiu indivíduos que tiveram sobredentaduras
mandibulares suportadas por 2 implantes; o outro grupo indivíduos com próteses totais
convencionais. Observou-se que depois de 4 anos em função, os indivíduos com
sobredentaduras mandibulares suportadas por 2 implantes apresentavam valores mais
elevados para a força da mordida e pontuações de satisfação do paciente, mas as pontuações
do impacto de qualidade de vida relacionada à saúde oral eram semelhantes quando
comparado com os indivíduos usuários de próteses totais convencionais.
2.2 EFICIÊNCIA MASTIGATÓRIA
A eficiência mastigatória é definida como a habilidade de reduzir um alimento em
partículas em um dado período de tempo (HELKIMO; CARLSSON; HELKIMO, 1977). Uma
das formas de avaliar a eficiência mastigatória é através do método de peneiramento
fracionado. Este método avalia o tamanho médio das partículas obtidas após sua redução por
trituração do alimento-teste por um período pré-estabelecido.
19
Em um ensaio clínico controlado e randomizado realizado por Geertman et al. (1994),
oitenta e quatro pacientes desdentados totais com problemas persistentes relacionados ao uso
de próteses convencionais foram divididos em três grupos de tratamento de acordo com o tipo
de reabilitação mandibular, prótese convencional (n =28), sobredentadura retida por dois
implantes (n = 29) e de sobredentadura retida por implante transfixado na mandíbula retido
por barra tripla e cinco clipes (n = 27). Todos os pacientes receberam novas próteses
convencionais na maxila e na mandíbula e o tipo de prótese correspondente ao grupo de
alocação. A técnica do peneiramento fracionado foi utilizada para avaliar o grau de trituração
do alimento-teste optosil após doze meses da intervenção. Os resultados sugeriram que a
prótese mandibular retida por implantes determina o aumento da capacidade de fragmentar o
alimento durante a mastigação.
Pera et al. (1998) realizaram um ensaio clínico com doze pacientes edêntulos com
reabsorção acentuada na mandíbula. Novas próteses convencionais foram confeccionadas e,
após 7 meses de utilização, as próteses mandibulares foram convertidas em sobredentaturas
retidas por dois implantes. O teste da eficiência mastigatória foi realizado com o alimento-
teste optosil e através do método de peneiramento das partículas trituradas foi observado um
aumento na eficiência após a conversão das próteses convencionais.
No ensaio clínico do tipo cross-over realizado por Kampen et al. (2004) foram
avaliados a eficiência e desempenho mastigatório do tratamento mandibular com prótese
convencional e com sobredentadura retida por implantes, bem como avaliaram três sistemas
de retenção da prótese (magneto, barra e bola) aos implantes. Dezoito indivíduos desdentados
totais com queixas do uso da prótese mandibular receberam novas próteses totais
convencionais e, em seguida, a prótese mandibular passou a ser retida por 2 implantes. Após
três meses de cada intervenção, a eficiência mastigatória foi observada com o alimento-teste
oposil e avaliada através da técnica do peneiramento fracionado das partículas trituradas. A
eficiência mastigatória melhorou significativamente após o tratamento com implante.
Borges et al. (2011b) converteram próteses totais convencionais mandibulares em
sobredentaduras retidas por 2 implantes com carga imediata, sistema barra-clipe (n = 16). O
teste de performance mastigatória foi realizada utilizando 'Optocal' e 40 ciclos mastigatórios.
Foi observada diferença estatisticamente significativa para desempenho mastigatório antes da
conversão e após 3 e 6 meses de inserção da sobredentadura retida pelo implante, indicando
melhoria na mastigação após a instalação dos implantes.
20
A falta de padronização das metodologias empregadas para eficiência mastigatória, a
quantidade e tipo de alimento-teste (natural ou artificial), o número de peneiras e o método de
peneiramento utilizado, dificultam, sobretudo, a análise e a comparação dos resultados
obtidos (FONTIJN-TEKAMP et al., 2000; FROSSARD et al., 2003).
Diante de alguns fatores negativos acima citados para avaliar a eficiência mastigatória,
Santos et al. (2006), desenvolveram cápsulas padronizadas de material sintético, dentro das
quais estão contidos grânulos de fucsina básica, para serem utilizadas como substância-teste.
Durante seu desenvolvimento, as cápsulas passaram por vários testes laboratoriais para
determinação de sua resistência e absorbância. Posteriormente, dez indivíduos foram
recrutados a fim de se verificar clinicamente a funcionalidade do método. O conteúdo da
cápsula, depois de triturado através da mastigação, foi transformado em uma solução cuja
concentração foi medida através da análise espectrofotométrica em 546 nm, de maneira que
quanto maior a concentração da solução maior é a absorbância e, consequentemente, maior a
eficiência mastigatória. A análise estatística demonstrou que o método apresenta 99% de
confiabilidade, sendo sensível e reproduzível. Não se observou variação significativa intra-
paciente, o que indica que a mastigação de um indivíduo é a mesma em qualquer momento
desde que sejam mantidas as mesmas condições biológicas. Na análise inter-paciente,
observou-se variação estatisticamente significativa, provando-se que o teste é sensível.
O método colorimétrico através do uso das cápsulas torna-se vantajoso, visto que foi
demonstrado ser um método rápido, simples e de baixo custo. Além disso, seu conteúdo é
inteiramente preservado, sem perigo de ser engolido ou dissolvido pela saliva (SANTOS et
al., 2006).
Vários estudos utilizaram este método de avaliação da eficiência mastigatória em
pacientes totalmente desdentados tratados com próteses convencionais e/ou sobre implantes
(FARIAS NETO; MESTRINER JUNIOR; CARREIRO, 2010; RIBEIRO et al., 2012;
FARIAS NETO et al., 2012; ROSA et al., 2012).
Farias Neto et al. (2012) utilizaram o método descrito acima para investigar o efeito da
sobredentadura mandibular quando comparada com a prótese total mandibular convencional.
A amostra consistiu em 29 pacientes completamente edêntulos, divididos em dois grupos. O
primeiro grupo foi reabilitado com sobredentadura mandibular retida por dois implantes
(barra-clipe) e prótese total maxilar (n = 14), enquanto o segundo grupo foi reabilitado com
próteses convencionais bimaxilares (n = 15). Os pacientes foram avaliados 3 meses após a
intervenção e não houve diferença estatística significativa encontrada para eficiência
mastigatória entre os grupos estudados.
21
Farias Neto, Mestriner Júnior e Carreiro (2010), em ensaio clínico controlado e
randomizado do tipo cross-over, dividiram 24 pacientes usuários de prótese total em dois
grupos, para avaliar a eficiência mastigatória de prótese total bimaxilar com oclusão
balanceada bilateral e guia canina. Cada grupo fez uso de ambos os conceitos oclusais por
períodos iguais de 3 meses. A avaliação da eficiência mastigatória realizada pelo método
colorimétrico, com o uso de cápsulas mastigatórias, não indicou diferença estatística
significativa entre os dois grupos estudados.
Rosa et al. (2012) analisaram o efeito da força de mordida e eficiência mastigatória
(método colorimétrico com cápsulas mastigatórias) em 50 pacientes adultos divididos em
cinco grupos. Grupo I (n = 10), reabilitação com implantes e coroas individuais; grupo II (n =
10), reabilitação com próteses totais superiores e sobredentaduras implanto-suportadas na
arcada inferior; grupo III (n = 10), reabilitação com próteses totais bimaxilares; grupo IV (n =
10), reabilitação com próteses parciais removíveis na maxila e mandíbula. O grupo controle
(n = 10) foi formado com os indivíduos dentados. Os indivíduos do estudo haviam sido
reabilitados há pelo menos seis meses, estavam satisfeitos com suas próteses e com a
mastigação adequada. O tratamento com sobredentadura mandibular implanto-suportada
melhorou a eficiência mastigatória em relação ao grupo com próteses totais convencionais. O
grupo de indivíduos tratado com implantes e coroas individuais apresentaram maiores valores
de força de mordida e das taxas de eficiência mastigatória em comparação com os outros
grupos.
22
3 OBJETIVOS
3.1 GERAL
Avaliar o impacto da saúde oral na qualidade de vida e a eficiência mastigatória de
pacientes usuários de prótese total removível convencional bimaxilar, reabilitados com
sobredentaduras inferiores retidas por dois implantes, utilizando o sistema de retenção barra-
clipe.
3.2 ESPECÍFICOS
Avaliar o impacto da saúde oral na qualidade de vida em usuários de prótese total
convencional e após a utilização da sobredentadura implanto-suportada mandibular;
Avaliar a eficiência mastigatória em usuários de prótese total convencional e após a
utilização da sobredentadura implanto-suportada mandibular;
Avaliar se há correlação entre a eficiência mastigatória e o impacto da saúde oral na
qualidade de vida, antes e após a utilização da sobredentadura implanto-suportada
mandibular.
23
4 METODOLOGIA
4.1 TIPO DE ESTUDO
Realizou-se um ensaio clínico controlado em que todos os indívíduos pertenceram aos
mesmos grupos. Foram avaliados no pré-tratamento com implantes (controle), usuários de
próteses totais convencionais na maxila e mandíbula, e no pós-tratamento cuja intervenção foi
a conversão da prótese total convencional mandibular em sobredentadura retida por 2
implantes (Figura 1).
4.2 CONSIDERAÇÕES ÉTICAS
A presente pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte, com parecer nº 326/2011 (ANEXO A). Todos os pacientes,
que concordaram em participar da pesquisa, assinaram um Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (ANEXO B), aprovado por este comitê.
4.3 SELEÇÃO DA AMOSTRA
Os pacientes foram previamente selecionados por conveniência, a partir da lista de
pacientes cadastrados para tratamento protético no Departamento de Odontologia da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Em seguida, foi realizado contato por
telefone para convidá-los a comparecer em data e hora marcada para realização de avaliação
clínica para prótese sobre implantes na mandíbula. Adicionalmente, os pacientes que
procuraram a triagem do Projeto de Extensão em reabilitação implanto-suportada e,
demonstraram interesse em participar da pesquisa também foram avaliados. Foram inseridos
na pesquisa os pacientes que apresentaram condições clínicas e financeiras favoráveis para o
tratamento com sobredentadura mandibular retida por 2 implantes, bem como enquadrassem
nos critérios de inclusão.
25
4.4 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO
Foram incluídos os pacientes desdentados totais, usuários de prótese total
convencional bimaxilar por pelo menos um ano. Além disso, o paciente deveria ter interesse
em utilizar uma prótese sobre implantes na mandíbula. Os que apresentaram fatores locais
(altura e espessura óssea) inadequados, saúde sistêmica debilitada, fatores de risco sistêmicos
para a instalação de implantes (Quadro 1) (BUSER; WISMEIJER; BELSER, 2003) ou perda
do implante foram excluídos da pesquisa.
Quadro 1 - Grupos de risco sistêmico para instalação de implantes. Natal-RN, 2013.
4.5 TAMANHO DA AMOSTRA
A amostra do estudo foi composta por todos os pacientes portadores de prótese total
convencional bimaxilar, que foram avaliados no período de Janeiro de 2011 a Agosto de 2012
e se enquadaram nos critérios de inclusão deste estudo. Trinta e cinco pacientes receberam
novas próteses totais convencionais. Destes, 7 abandonaram o estudo, não retornando para a
reabilitação com sobredentadura mandibular retida por implantes; 11 aguardam a cirurgia
para instalação; em 1 paciente os implantes não osseointegraram; e 16 pacientes foram
reabilitados com sobredentaduras retidas por implantes e participaram das avaliações T1 e T2
(Figura 2).
Considerando que o tamanho da amostra não foi calculado previamente ao estudo,
realizou-se o cálculo do poder da amostra a partir dos resultados obtidos. Esse procedimento
foi realizado pelo teste T (comparação de médias) disponível na página virtual do Labortório
de Edidemiologia e Estatística (LEE)
(http://www.lee.dante.br/pesquisa/amostragem/qua_2_medias.html). Utilizou-se, para o teste T,
GRUPO 1 (risco muito alto) GRUPO 2 (risco significativo):
Doenças sistêmicas (artrite reumatóide, osteomalácia, osteogênese imperfeita)
Imunocomprometidos (HIV, medicamentos imunossupressores)
Usuários de drogas (álcool)
Distúrbios psicológicos e mentais
Irradiado ósseo (radioterapia)
Diabetes grave não controlada (especialmente tipo 1)
Hemorragias (discrasia sanguínea, induzida por drogas anticoagulantes)
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Quantitativa discreta Número de anos
Tempo de edentulismo
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Quantitativa discreta Número de anos
Altura do rebordo residual mandibular
Classificação da altura do rebordo
Categórica nominal Baixo Médio Alto
4.7 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS
4.7.1 Avaliação da qualidade de vida
Nesse estudo, o impacto da saúde ou condição bucal na qualidade de vida foi medido
através o OHIP-Edent (ANEXO D), forma simplificada do questionário/formulário OHIP. O
instrumento OHIP-Edent é considerado atualmente um bom indicador para captar percepções
e sentimentos dos indivíduos sobre sua própria saúde bucal e suas expectativas em relação ao
tratamento e serviços odontológicos, tornando-se um método de escolha em avaliações com
esta finalidade (ALLEN; LOCKER, 2002).
Os indivíduos da amostra responderam ao formulário impresso, no formato entrevista
(questionário OHIP-Edent) com a finalidade de avaliar se as alterações da condição oral
interferiram na qualidade de vida dos mesmos. É importante considerar que a versão brasileira
do OHIP-Edent já foi previamente testado e validado para o uso (SOUZA et al., 2007).
A seguir, foram consideradas as seguintes respostas de impacto: "nunca" (pontuação
0), "às vezes" (pontuação 1) e "quase sempre" (pontuação 2); a resposta "nunca" implicava a
ausência de impacto. Para a análise foi realizada a soma numérica da pontuação de cada
resposta. Os resultados do OHIP-Edent poderiam variar entre 0 e 38 de tal forma que, quanto
maior a pontuação total maior o impacto da saúde oral sobre o bem-estar e a qualidade de
vida e, portanto, menor a satisfação do paciente.
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30
4.8 PROCEDIMENTOS CLÍNICOS E LABORATORIAIS
4.8.1 Confecção das próteses totais
As próteses totais foram confeccionadas de acordo com o protocolo preconizado pela
Disciplina de Prótese Dentária I do Departamento de Odontologia da Universidade Federal do
Rio Grande do Norte.
Após o exame clínico foi realizada moldagem anatômica com alginato Jeltrate
(Dentsply, Petrópolis, Brasil) do rebordo superior, o rebordo inferior utilizou-se alginato
Jeltrate (Dentsply, Petrópolis, Brasil) ou silicona de condensação massa densa Silon2 APS
(Dentsply, Petrópolis, Brasil) (Figura 5-A,B). A moldeira individual foi ajustada e utilizada
para vedação periférica com godiva em bastão e a moldagem funcional de corpo foi realizada
com pasta zincoenólica (Figura 5-C,D). Com os planos de orientação confeccionados sobre os
modelos funcionais, foi realizado o ajuste estético do plano superior e ajuste do plano inferior
para estabelecer a dimensão vertical de oclusão e relação cêntrica, bem como o registro das
relações maxilo-mandibulares (Figura 5-E). Em seguida, procedeu-se a seleção dos dentes
artificiais anatômicos com angulação de 33° entre as cúspides, Trilux (VIPI, Pirassununga,
Brasil) ou Biotone IPN (Dentsply, Petrópolis, Brasil). O modelo superior foi montado com
arco facial em articulador semi ajustável e, em seguida, montou-se o modelo inferior através
do registro em relação cêntrica. Após montagem dos dentes em oclusão balanceada
bilateralmente, foi realizada a prova clínica dos dentes em cera (Figura 5-F) e seleção da cor
da base de resina através da escala de gengiva STG (VIPI, Pirassununga, Brasil) (ZARB et
al., 2006).
No processamento laboratorial, as próteses em cera foram esculpidas e incluídas em
seu modelo funcional na mufla metálica. Na condensação utilizou-se resina acrílica termo
polimerizável (VIPI, Pirassununga, Brasil) na cor de gengiva selecionada e incolor. A
prensagem foi realizada com duração de 24 horas. Realizou-se polimerização com ciclo
australiano modificado (TUCKFIELD; WORNER; GUERIN, 1943). Os modelos funcionais,
após acrilização e desmuflagem, foram remontados no articulador para os ajustes oclusais. A
confecção laboratorial de todas as próteses foi realizada pelo mesmo técnico, no laboratório
de prótese do Departamento de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do
Norte.
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Figura 5 - Momaxilo-mandi
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33
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34
computadorizada tipo feixe cônico. Os locais de confecção das cavidades foram demarcados
com a broca tipo lança, inserida na profundidade correspondente ao implante dentário a ser
instalado, com o auxílio de um guia cirúrgico confeccionado e individualizado, previamente,
em laboratório, preservando assim, o sucesso no direcionamento dos implantes dentários. A
sequência de brocas a ser seguida respeitou o protocolo estabelecido pela empresa fabricante
dos implantes. As perfurações da sequência de brocas e instalação dos implantes foram
realizadas sob irrigação abundante de solução fisiológica 0,9% para evitar calor excessivo e
necrose óssea.
Após a inserção dos implantes, com uso do torquímetro (Figura 8), a carga imediata
foi realizada quando os dois implantes instalados obtiveram travamento igual ou maior que
40Ncm. A carga tardia foi realizada quando não foi atingido o travamento de 40Ncm. Nesse
caso, após 4 meses, período de osseointegração, a cirurgia para reabertura e instalação dos
cicatrizadores foi realizada.
Tabela 1 - Tamanho do implante, tipo de conexão e de carregamento aos implantes. Natal – RN, 2013.
Paciente Tamanho do implante Tipo de conexão Carga 1 3,75 x 9,00mm Hexágono Externo Imediata 2 3,75 x 11,00mm Hexágono Externo Imediata 3 3,75 x 11,00mm Hexágono Externo Imediata 4 3,75 x 9,00mm Hexágono Externo Imediata 5 3,75 x 9,00mm Hexágono Externo Tardia 6 3,75 x 11,00mm Cone Morse Tardia 7 3,75 x 11,00mm Hexágono Externo Tardia 8 3,75 x 11,00mm Hexágono Externo Imediata 9 3,75 x 11,00mm Hexágono Externo Tardia 10 3,75 x 9,00mm Cone Morse Imediata 11 3,75 x 9,00mm Hexágono Externo Tardia 12 3,75 x 11,00mm Cone Morse Imediata 13 3,75 x 9,00mm Cone Morse Imediata 14 3,75 x 11,00mm Cone Morse Imediata 15 3,75 x 9,00mm Hexágono Externo Tardia 16 3,75 x 11,00mm Cone Morse Imediata
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5 dias apó
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Curitiba, B
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4.2 Confecç
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37
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39
Correlação da eficiência mastigatória x OHIP para cada tipo de prótese: Correlação de
Spearman
Adicionalmente, as características dos pacientes (variáveis de confusão) em relação às
oscilações nas variáveis OHIP-Edent e eficiência mastigatória foram comparadas pelo teste
Correlação de Spearman (idade e tempo de edentulismo) e Mann-Whitney (gênero e
classificação da altura do rebordo). As diferenças foram consideradas estatisticamente
significativas quando p ≤ 0,05.
Foi criada uma variável dicotômica para as respostas do OHIP-Edent: algum impacto
(resposta às vezes ou quase sempre) e nenhum impacto (resposta nunca). Através do Teste
Exato de Fisher, a proporção de indivíduos que relataram impacto foi comparada entre os
tipos de prótese para cada questão.
40
5 RESULTADOS
5.1 AMOSTRA
Da amostra estudada, 14 indivíduos eram do sexo feminino e 2, do masculino. A idade
dos pacientes variou de 44 a 75 anos, com mediana em 57,50 anos (desvio padrão 10,223). A
mediana do tempo de edentulismo na mandíbula foi 29 anos, variando de 1 a 45 anos (desvio
padrão de 13,862). Em relação à classificação do rebordo, 15 pacientes apresentavam rebordo
baixo e 1, médio. Não foi observada influência da idade, do gênero, do tempo de
edentulismo e da classificação da altura do rebordo dos pacientes nos resultados do impacto
da saúde oral na qualidade de vida e eficiência mastigatória (Tabela 2).
Tabela 2 - Associação das variáveis de confusão em relação ao OHIP-Edent e eficiência mastigatória. Natal-RN, 2013.
OHIP-edent Eficiência Mastigatória
Prótese total convencional
SobredentaduraPrótese total convencional
Sobredentadura
Idade1 p 0,614 0,726 0,807 0,378
Gênero2 p 0,750 0,105 0,634 0,740
Tempo de edentulismo1 p 0,870 0,071 0,544 0,823
Classificação da altura rebordo2
p 0,157 0,150 0,104 1
1 Correlação Spearman 2 Teste Mann-Whitney
41
5.2 IMPACTO DA SAÚDE ORAL NA QUALIDADE DE VIDA: PRÓTESE TOTAL
CONVENCIONAL X SOBREDENTADURA IMPLANTO-SUPORTADA
A mediana de pontuação total do OHIP-Edent com o uso de próteses totais
convencionais foi de 9,31 pontos, variando de 0 (nenhum impacto) para 21 pontos. Após a
conversão da prótese total convencional mandibular em sobredentadura, a mediana da
pontuação do OHIP-Edent foi de 2,88 pontos, com variação de 0 (nenhum impacto) a 9
pontos. Diferenças significativas (p = 0,001) foram observadas, de modo que a prótese total
convencional mandibular resultou no maior negativo impacto na qualidade de vida quando
comparada a sobredentadura retida por implante, e isto também ocorreu para os domínios
limitação funcional (p=0,023), dor física (p=0,002), desconforto psicológico (p=0,010),
disfunção física (p=0,021) e disfunção psicológica (p=0,009) (Tabela 3). O valor médio
OHIP-Edent total reduziu em 53%, no pós-tratamento (sobredentadura) quando comparado ao
pré-tratamento (prótese total), ou seja, houve um impacto positivo da saúde oral na qualidade
de vida após a reabilitação com implantes. Em relação aos domínios, apenas a disfunção
social manteve a mesma média de pontuação (Figura 12). Nenhum dos questionários teve que
ser eliminado do estudo, uma vez que todos os itens foram devidamente preenchidos.
A Figura 13 mostra a porcentagem de pacientes que relataram impacto em cada
questão, em comparação com o tipo de prótese utilizada. A questão 5 (desconforto ao comer)
apresentou proporção significativa de impacto (p = 0,042), ou seja, a proporção de impacto
entre a prótese total convencional e a sobredentadura são diferentes.
Tabela 3 - Os valores das respectivas dimensões do OHIP em relação tipo de prótese. Domínio, prótese total convencional, sobredentadura, tamanho da amostra (N), mediana e desvio padrão (DP). Natal – RN, 2013.
Prótese total convencional
(Pré-implante)Sobredentadura (Pós-
implante)
Domínio n Mediana Q25 Q75 Mediana Q25 Q75 p
Limitação Funcional
16 3 1,25 3,0 2 0,0 2,75 0,023
Dor Física 16 3 1,25 4,0 1 0,0 1,75 0,002
Desconforto Psicológico
16 1 0,0 2,0 0,0 0,0 0,0 0,010
Disfunção Física 16 1 0,0 3,0 0,0 0,0 1,0 0,021
Disfunção Psicológica
16 0,5 0,0 1,0 0,0 0,0 0,0 0,009
Disfunção Social 16 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,180
Incapacidade 16 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,102
Figura
FiguraEdent
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Q1 Q
p 0,245 0,5
a 12 - Gráfico
a 13 - Porcent. Questões (Q
OHIP total
Q2 Q3 Q4 Q
29 0,634 0,250 0,
o da média de
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
co
ntagens de imQ) e valor da s
16
Q5* Q6 Q7
Próte
042 0,213 0,250 0
valores dos d
Prótese totalonvencional mandibula
mpacto (resposignificância (p
6 8,5
Q8 Q9 Q10
ese Total S
0,767 - 0,715
domínios do O
arSobredentadura
mandibular
stas às vezes p). Natal – RN
5,25 13
0 Q11 Q12 Q1
Sobredentadu
0,500 0,563 -
OHIP em relaçã
a
Limit
Dor
DescPsico
Disfu
DisfuPsico
Disfu
e quase sempN, 2013.
3,75 2
13 Q14 Q15 Q
ura
- -
ão ao tipo de p
tação Funcional
Física
confortoológico
unção Física
unçãoológica
unção Social
pre) para cada
1
Q16 Q17 Q18 Q
- - -
prótese. Natal
a questão da
3 0,0
42
Q19
-
l – RN, 2013.
escala OHIP-
001
2
-
43
5.3 EFICIÊNCIA MASTIGATÓRIA: PRÓTESE TOTAL CONVENCIONAL X
SOBREDENTADURA IMPLANTO-SUPORTADA
A eficiência mastigatória com o uso de próteses totais convencionais obteve valor de
mediana de 0,025. Após a conversão da prótese total convencional mandibular em
sobredentadura, o valor de mediana foi de 0,073. Houve diferença estatística significativa
entre a eficiência mastigatória dos pacientes reabilitados com prótese total dupla antes e após
a intervenção com implantes (p = 0,003) (Tabela 4), representando um aumento médio de
189%.
Tabela 4 - Avaliação da eficiência mastigatória em absorbância antes e após a intervenção com sobredentadura. Tipo de prótese, prótese total convencional, sobredentadura, tamanho da amostra (N), mediana, quartis (Q25 e Q75), limite inferior (LI) e limite superior (LS) (Intervalo de confiança de 95%). Natal – RN, 2013.
Tipo de Prótese N Mediana Q25 Q75 LI LS
Prótese total convencional 16 0,025 0,009 0,066 0,001 0,103
Sobredentadura 16 0,073 0,051 0,095 0,004 0,125
5.4 EFICIÊNCIA MASTIGATÓRIA X IMPACTO DA SAÚDE ORAL NA QUALIDADE
DE VIDA
Não foi constatada correlação entre eficiência mastigatória e o impacto da saúde oral
na qualidade de vida para pacientes reabilitados com prótese convencional (p=0,234), bem
como para os reabilitados com sobredentadura (p=0,682) (Tabela 5).
Tabela 5 - Avaliação da correlação entre eficiência mastigatória e OHIP-Edent. Natal-RN, 2013.
Prótese Convencional SobredentaduraImplantes
Eficiência mastigatória x OHIP Eficiência mastigatória x OHIP Correlação do coeficiente de Spearman
0,315 -0,111
p 0,234 0,682
44
6 DISCUSSÃO
Este ensaio clínico controlado comparou o efeito da reabilitação com sobredentadura
mandibular retida por 2 implantes pelo sistema barra-clipe com a prótese total convencional
mandibular, em relação a qualidade de vida e eficiência mastigatória. Para esta reabilitação, a
prótese total convencional mandibular foi convertida em sobredentadura implanto-suportada
através da instalação de uma barra metálica unindo os implantes e captura de um clipe de
retenção. A técnica utilizada para a conversão é relativamente simples e reduziu o tempo de
atendimento.
Nos pacientes reabilitados nesta pesquisa a retenção da sobredentadura foi obtida
através do sistema barra-clipe. Alguns estudos observaram que a qualidade de vida dos
usuários de prótese total convencional dupla que foram reabilitados com sobredentaduras
mandibulares retidas por implantes melhorou, independentemente do tipo de conexão de
retenção utilizado para fixar as próteses (AWAD et al., 2000; AWAD et al., 2003; ALLEN et
al., 2006; STRASSBURGER; KERSCHBAUM; HEYDECKE, 2006). O mesmo foi
observado em relação à eficiência mastigatória por Kampen et al. (2004) em estudo do tipo
cross over, no qual os tipos de fixação (barra-clipe, magneto ou bola) para as sobredentaduras
não influenciaram os resultados encontrados para eficiência mastigatória.
Decorridos 3 meses da instalação das novas prótese totais convencionais bimaxilares,
os pacientes foram avaliados quanto ao impacto da saúde oral na qualidade de vida e quanto a
eficiência mastigatória. Após a cirurgia para instalação dos implantes, alguns pacientes foram
reabilitados com carga imediata e outros com carga tardia, porém a avaliação só foi realizada
após três meses de utilização da sobredentadura, ou seja, independente do tipo de carga, todos
os pacientes utilizaram a sobredentadura pelo mesmo período de tempo.
Quanto à seleção de pacientes, ocorreu a partir de duas fontes distintas, uma em que os
pacientes buscavam tratamento com próteses convencionais e, outra, com pacientes
interessados em tratamento com implante. Entretanto, apenas os pacientes insatisfeitos com a
utilização da prótese inferior aceitaram participar da pesquisa. Logo, os resultados podem ter
tido uma magnitude maior devido a esse aspecto. Todos os pacientes que foram incluídos no
estudo receberam novas próteses totais. Contudo, após a reabilitação com próteses
convencionais, 7 pacientes não quiseram continuar na pesquisa, pois já estavam satisfeitos
com as novas próteses totais, sendo portanto, excluídos desta pesquisa.
45
Alguns estudos (GEERTMAN et al., 1994; KAMPEN et al., 2004; GECKILI;
BILHAN; BILGIN, 2011) incluíram apenas os pacientes insatisfeitos com a prótese total
convencional mandibular. Em outras pesquisas os pacientes foram selecionados
aleatoriamente para o grupo sobredentadura mandibular (AWAD et al, 2003; HEYDECKE et
al, 2003).
Heydecke et al. (2005), Heydecke et al. (2003), Geertman et al. (1994) e Awad et al.
(2003) desenvolveram randomização estratificada para compensar as diferentes características
(idade, sexo e renda) entre os grupos experimentais e de controle e manter o equilíbrio entre
eles. No entanto, nenhum estudo avaliou a influência das condições estabilidade e adaptação
do paciente à prótese mandibular (nenhum problema com prótese convencional ou graves
problemas) para utilizar uma estratégia de randomização estratificada. Além das
características físicas do paciente, as condições de personalidade e psicológicas também
podem influenciar nos resultados (EMAMI et al., 2010; TORRES et al., 2011).
Existem dificuldades inerentes à realização de ensaios clínicos controlados e
randomizados em usuários de próteses sobre implantes, incluindo o viés de preferência de
tratamento (FEINE; AWAD; LUND, 1998). Uma dificuldade particular surge quando os
pacientes à espera do tratamento com implantes dentários são alocados para o grupo controle
e pode levar a responder de uma maneira que reflita a sua decepção com a alocação para o
tratamento. Em estudos randomizados o abandono dos pacientes alocados no grupo
sobredentadura com implantes pode influenciar nos resultados, uma vez que a preferência do
paciente é importante para a aceitação do tratamento.
Considerando esta limitação, Allen et al. (2006) aplicaram randomização e dividiram a
amostra em dois grupos: prótese total convencional mandibular e sobredentadura mandibular
retida por 2 implantes. Apenas os indivíduos alocados no grupo de sobredentadura
participaram da pesquisa. Depois da informação sobre o tratamento, dois grupos foram
obtidos de acordo com os pacientes que aceitaram ou rejeitaram o tratamento com implantes.
Os resultados obtidos a partir destes dois grupos apresentaram grandes diferenças no impacto
da saúde oral na qualidade de vida (OHIP), entre os valores de pré-tratamento (112 para os
pacientes que aceitaram os implantes e 57,5 para aqueles que rejeitaram). Não houve
diferença significativa após o tratamento entre os grupos, mas o efeito do tratamento pode ser
mascarado pela análise da "intenção de tratar". As diferenças nas pontuações do OHIP
pré/pós-tratamento foram significativamente maiores para aqueles que receberam implantes
do que para aqueles que recusaram.
No presente estudo, uma melhora significativa no impacto da saúde oral na qualidade
46
de vida for observada após a conversão da prótese total convencional em sobredetadura retida
por implantes. Benefícios significativos também foram observados nos domínios do OHIP-
Edent em relação à limitação funcional, dor, desconforto psicológico e disfunções física e
psicológica. Entretanto, o mesmo não foi observado nos domínios disfunção social e
incapacidade.
Esses domínios apresentaram valor de mediana zero no impacto da saúde oral na
qualidade de vida com o uso da prótese total convencional, bem como com a sobredentadura.
Assim, é possível que a vida social e ao sentimento de incapacidade não sejam influenciados
por algum fator estressor.
Considerando a qualidade de vida, os ensaios clínicos (AWAD et al., 2003;
HEYDECKE et al., 2003; HEYDECKE et al., 2005; ALLEN et al., 2006; KLEIS et al., 2010)
demonstraram diminuição do OHIP, o que indica que a reabilitação com sobredentadura
mandibular retida por 2 implantes melhora a qualidade de vida, a qual foi avaliada através do
OHIP, OHIP-14 ou OHIP-Edent, sendo esta a versão modificada abreviada do OHIP para
pacientes desdentados. O OHIP-Edent foi testado para avaliar a sensibilidade do efeito do
tratamento com implantes em pacientes edêntulos e mostrou-se mais apropriado para
utilização em indivíduos desdentados do que OHIP-14 (ALLEN; LOCKER, 2002).
Heydecke et al. (2003) utilizaram o OHIP-Edent para comparar o efeito do tratamento
convencional ou com sobredentadura retida por 2 implantes em usuários de próteses totais
convencionais. As condições pré e pós-tratamento mostraram melhora significativa na
qualidade de vida no grupo de sobredentadura retida por 2 implantes em todos os domínios do
OHIP-Edent, enquanto, o grupo de prótese convencional apresentou apenas melhora da dor
física e escalas de desconforto psicológico.
A retenção da prótese total convencional é um fator importante na satisfação dos
pacientes. Na maioria das vezes, a falta de retenção e estabilidade da prótese total
convencional mandibular pode resultar em desconforto e limitação funcional para esses
pacientes. Estes problemas podem levar os usuários de próteses totais a uma função
mastigatória reduzida (FONTIJN-TEKAMP et al., 2000; KAPUR; SOMAN, 2006).
Converter uma prótese total convencional em sobredentadura retida por implantes melhora a
retenção e a estabilidade da prótese. A rotação ântero-posterior gerada nas sobredentaduras
mandibulares com dois implantes, também poderia reduzir a satisfação dos pacientes e
aumentar o impacto negativo da saúde oral na qualidade de vida (MICHAUD et al., 2012).
Neste estudo, houve notável melhora na eficiência mastigatória após a conversão de próteses
convencionais em sobredentaduras retida por 2 implantes.
47
Por outro lado, estudos com grupos de amostras independentes (GARRETT et al.,
1998; FARIAS NETO et al., 2012; GECKILI et al., 2012), não observaram uma vantagem
significativa entre estas duas modalidades de reabilitação oral em relação à eficiência
mastigatória. Em outro estudo (KIMOTO; GARRETT, 2003), concluíram que o tratamento
com sobredentaduras retida por 2 implantes apresenta mais vantagens, em comparação com a
prótese total convencional, apenas em pessoas com rebordo alveolar reabsorvido.
No presente estudo, as características dos pacientes, tais como: gênero, idade, tempo
de edentulismo e altura do rebordo; não influenciaram nos resultados do OHIP-Edent e
eficiência mastigatória. Na análise entre o impacto da saúde oral na qualidade de vida e a
eficiência mastigatória não foi observada nenhuma correlação quanto ao uso de prótese total
ou sobredentadura, não havendo, portanto, relação entre as variáveis. É possível que outros
fatores estejam relacionados com as variações dos resultados entre os pacientes na amostra
estudada, tais como: força mastigatória (FONTIJN-TEKAMP et al. , 2000; RISMANCHIAN
et al., 2009), características psicológicas e de personalidade (EMAMI et al., 2010; TORRES
et al., 2011), satisfação dos pacientes em relação as próteses (RISMANCHIAN et al., 2009).
Ao avaliar a eficiência mastigatória nas próteses totais convencionais, estas
apresentavam valores que variaram entre 0,001 e 0,103 abs. Após 3 meses da conversão para
sobredentadura, os valores da eficiência mastigatória variaram entre 0,004 a 0,125. Baseado
neste fato, não se deve subestimar o desempenho mastigatório de usuários de próteses totais
convencionais, bem como não se deve superestimar a associação da prótese total
convencional superior com a sobredentadura mandibular retida por implantes, que, em alguns
casos, pode apresentar um desempenho pior do que o potencial mastigatório nas próteses
totais convencionais.
Embora a reabilitação mandibular com implantes se sobressaia quando relacionada
com prótese total convencional, outros fatores intrínsecos aos pacientes podem estar
relacionados a esses resultados. A eficiência e a performance mastigatória dependem do
relacionamento entre os músculos elevadores da mandíbula, da força da mordida resultante,
da textura dos alimentos e da quantidade de alimento para cada ciclo mastigatório
(SLAGTER et al., 1993). Salientando que a avaliação do tratamento na mandíbula edêntula
com prótese total convencional e com sobredentadura seja realizada no mesmo paciente.
O tamanho da amostra foi pequeno, mas semelhante aos grupos de outros estudos com
objetivos e métodos semelhantes (PERA et al., 1998; KAMPEN et al., 2004; BORGES et al.,
2011a; BORGES et al., 2011b; FARIAS NETO et al., 2012). Além disso, o poder da amostra,
que representa a chance de detectar uma real diferença, foi de 85% para OHIP-Edent e 92,5%
48
para a eficiência mastigatória.
Neste estudo, cada paciente foi controle dele mesmo, sendo analisado estatisticamente
com dados emparelhados, além disso, todos os pacientes tiveram novas próteses totais
convencionais confeccionadas e, portanto, estavam todas adequadas. Esse aspecto
proporcionou a exclusão de alguns fatores relacionados à diferença entre os grupos controle e
intervenção. Entretanto, estes resultados devem ser interpretados com cautela, devido ao
número reduzido da amostra.
Tendo em vista a reabilitações com sobredentaduras mandibulares retidas por 2
implantes, são pertinentes mais estudos clínicos controlados a longo prazo envolvendo a
magnitude do efeito do tratamento no impacto da saúde oral na qualidade de vida e na
eficiência mastigatória, bem como a reabsorção óssea na região posterior (ZARB et al., 2006;
JONG et al., 2010) e a necessidade de manutenção, como, por exemplo, após a fratura da
prótese, redução da retenção do clipe e desgaste dos dentes. É necessário avaliar os efeitos
positivos e negativos em longo prazo.
49
7 CONCLUSÃO
Pacientes usuários de próteses totais convencionais insatisfeitos com a prótese
mandibular, após a reabilitação com sobredentadura mandibular retida por dois implantes,
melhoram a qualidade de vida, uma vez que diminui o impacto negativo na saúde oral, bem
como melhora a eficiência mastigatória quando comparada à prótese total convencional.
50
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ANEXO
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no Data FCEP
19/03/15:36:
7/2011 3:57
7/2011 1:00
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O A
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Final no
/2012 35
Documento
Folha de Rosto
Folha de Rosto
Folha de Rosto
ficiência maeses totais i
Data IniciaCONEP
o Nº do D
0154.0.0
FR44603
326/201128/11
astigatória eimplantossu
al na Data CON
Doc
051.000-11
36
11 Prot
56
e do índice uportadas
Final na NEP
Origem
CEP
Pesquisador
CEP
6
r
57
ANEXO B
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Esclarecimentos
Este é um convite para você participar da pesquisa “Avaliação da altura do rebordo
alveolar remanescente, da eficiência mastigatória e do índice de sucesso dos implantes de
pacientes reabilitados com próteses totais implantossuportadas com carga imediata com
diferentes tipos de junções” que é coordenada pelo Profa. Adriana da Fonte Porto Carreiro.
Sua participação é voluntária, o que significa que você poderá desistir a qualquer momento,
retirando seu consentimento, sem que isso lhe traga nenhum prejuízo ou penalidade. As informações
obtidas de cada participante são confidenciais e somente serão usadas com propósito científico, sem
divulgar o nome do participante. O pesquisador, os demais participantes dessa pesquisa e o Comitê de
Ética em Pesquisa da UFRN terão acesso aos arquivos dos participantes, sem contudo violar a
confidencialidade necessária, usando se necessário um apelido ou pseudônimo, sem divulgar seu nome
verdadeiro.
É bastante comum, após a colocação da dentadura, o paciente reclamar que a mesma está
machucando, que não apresenta estabilidade e não consegue se alimentar com ela. A finalidade dessa
pesquisa é comparar os benefícios dos tratamentos com dentaduras totais inferiores convencionais
dentaduras totais inferiores retidas sobre implantes (sobredentaduras), buscando descobrir aquela que
oferece maior conforto e satisfação ao paciente. Caso decida aceitar o convite, você será submetido(a)
a um dos grupos de procedimentos:
Avaliação das dentaduras superior e inferior. (grupo 1)
o Após três meses da colocação das dentaduras serão realizados os primeiros testes para verificar
a adaptação da dentadura inferior através de exames. Será necessário voltar na clínica de
prótese da UFRN para o acompanhamento e para verificação dos itens da pesquisa dois meses,
6 meses e após 12 meses da colocação das dentaduras.
o Para o teste mastigatório o paciente será solicitado a mastigar uma cápsula de plástico macia
por 20 segundos.
Confecção e instalação da dentadura. (grupo 2 e grupo 3)
o Após três meses da colocação das dentaduras serão realizados os primeiros testes para verificar
a adaptação da dentadura inferior. Será realizada a cirurgia para colocação de dois implantes na
região anterior. Após dois dias da cirurgia, a dentadura será adaptada aos implantes. Será
necessário voltar a clínica de prótese da UFRN para o acompanhamento e avaliação clínica
com 3 meses, 6 meses, após 12 meses, 2 anos e 5 anos.
58
Não há garantia que o implante permanecerá estável no osso por toda vida e em uma pequena
porcentagem dos casos, o implante poderá ser perdido. As cirurgias para colocação de implantes
osseointegrados podem causar dor, inchaço, área arroxeada e eventualmente ocasionar infecção,
entretanto todas essas situações podem ser controladas com uso de remédios e cuidados locais.
Você terá os seguintes benefícios ao participar da pesquisa: será reabilitado com dentaduras
superiores e inferiores confeccionadas de acordo como padrão estabelecido pela disciplina de prótese
da UFRN e possuirá um acompanhamento para verificação da adaptação e controle das dentaduras.
Todas as informações obtidas serão sigilosas e seu nome não será identificado em nenhum
momento. Os dados serão guardados em local seguro e a divulgação dos resultados será feita de forma
a não identificar os voluntários.
Se você tiver algum gasto comprovado por meio de documentos que seja devido à sua única e
exclusiva participação na presente pesquisa em que tenha se deslocado até o local de desenvolvimento
da mesma e não tiver atendimento, você será ressarcido, caso solicite.
Em qualquer momento, se você sofrer algum dano comprovadamente decorrente desta
pesquisa, você terá direito a indenização conforme previsto em lei.
Você ficará com uma cópia deste Termo e toda a dúvida que você tiver a respeito desta
pesquisa, poderá perguntar diretamente para Adriana da Fonte Porto Carreiro, no endereço:
Departamento de Odontologia da UFRN – Av. Salgado Filho,1787- CEP:59056-000, Lagoa Nova –
RN, ou pelo telefone (84) 3215-4104.
Dúvidas a respeito da ética dessa pesquisa poderão ser questionadas ao Comitê de Ética em
Pesquisa da UFRN no endereço: UFRN Praça do Campus Universitário, Lagoa Nova. Caixa Postal
1666, CEP 59072-970 Natal/RN ou pelo telefone (84)215-3135.
Consentimento Livre e Esclarecido Declaro que compreendi os objetivos desta pesquisa, como ela será realizada, os riscos e benefícios
envolvidos e concordo em participar voluntariamente da pesquisa “Avaliação da altura do rebordo
alveolar remanescente, da eficiência mastigatória e do índice de sucesso dos implantes de
pacientes reabilitados com próteses totais implantossuportadas com carga imediata com
diferentes tipos de junções”.
Natal, _______________
Participante da pesquisa:
Nome:_____________________________________________________________________
Assinatura:__________________________________________________________________
Pesquisador responsável: Profa. Adriana da Fonte Porto carreiro. Departamento de Odontologia da UFRN - Av. Salgado Filho,1787- CEP:59056-000, Lagoa Nova – RN, telefone (84) 3215-4104. Assinatura: Comitê de ética e Pesquisa da UFRN. UFRN- Praça do Campus Universitário, Lagoa Nova. Caixa Postal 1666, CEP 59072-970 Natal/RN telefone (84)215-3135.
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QUEIXA PRINCIPAL:
1 – Já teve epilepsia? SIM ( ) NÃO ( ) 2 – Sofre de Parkinson? SIM ( ) NÃO ( ) 3 – No momento se encontra sobre algum tratamento médico de qualquer natureza?
SIM ( ) NÃO ( ) Em caso afirmativo, por qual motivo? _________________________________________________________________________
4 – Está tomando alguma medicação no momento? SIM ( ) NÃO ( ) Em caso afirmativo, qual?___________________________________________________
5 – Já sofreu de alguma doença grave? SIM ( ) NÃO ( ) Em caso afirmativo, qual?___________________________________________________
6 – Já foi operado (a) alguma vez? SIM ( ) NÃO ( ) Em caso afirmativo, de que foi operado? Qual tipo de anestesia usada? Teve alguma reação à anestesia?_____________________________________________________________ 7 – Já foi prevenido por algum médico de ser portador de doença cardíaca?
SIM ( ) NÃO ( ) Em caso afirmativo, qual doença? Ela se encontra controlada? __________________________________________________________________________
8 – Sente o coração bater muito rapidamente (palpitações)? SIM ( ) NÃO ( ) 9 – Costuma ter pernas, pés e olhos inchados? SIM ( ) NÃO ( ) 10 – Sente falta de ar? SIM ( ) NÃO ( ) 11 – Já fez algum exame para verificação de sífilis? SIM ( ) NÃO ( ) Em caso afirmativo, qual o resultado? POSITIVO ( ) NEGATIVO ( )
12 – Está grávida no momento? SIM ( ) NÃO ( ) 13 – Existe algum caso de diabetes, tuberculose e câncer na família? SIM ( ) NÃO ( ) Em caso afirmativo, qual doença e grau de parentesco?_____________________________
14 – É alérgico a alguma medicação? SIM ( ) NÃO ( ) Qual?____________________________________________________________ 15 – Já tomou anestesia local para tratar ou extrair dentes? SIM ( ) NÃO ( ) Em caso afirmativo, sentiu alguma reação à anestesia? SIM ( ) NÃO ( ) 16 – Já tomou radioterapia? SIM ( ) NÃO ( ) 17 – Já sofreu ou sofre de Osteoporose? SIM ( ) NÃO ( ) 18 – Alguém na família sofre de Osteoporose? SIM ( ) NÃO ( ) 19 - Possui algum hábito nocivo? ? SIM ( ) qual?___________ NÃO ( ) 20 – Você tem algum outro problema de saúde que julgue importante dizer?SIM( ) NÃO( ) Em caso afirmativo, qual problema?________________________________________
Declaro que o respondido acima é verdadeiro. Natal, _____ de _________________ de 2011.
_____________________________________ Assinatura do paciente ou responsável
ANAMNESE
MOTIVO DA CONSULTA
61
HISTÓRIA DENTÁRIA:
1 – Há quanto tempo perdeu os dentes?Maxila:____________ Mandíbula: _____________
2 – Usa Prótese? SIM ( ) NÃO ( ) Em caso afirmativo, qual prótese? SUPERIOR ( ) INFERIOR ( ) 3 – Quantas e quais próteses já usou?Maxila: __________ Mandíbula:_____________
4 – As próteses eram feitas por dentista? SIM ( ) NÃO ( ) 5 – Reação às próteses: FAVORÁVEL ( ) DESFAVORÁVEL ( )
6 – Grau de Higiene das próteses atuais: BOM ( ) MÉDIO ( ) RUIM ( ) 7 – A(s) prótese(s) possui(em): RETENÇÃO ( ) ESTABILIDADE ( ) 9 – Como limpa a(s) prótese(s)? _______________________________________________ 10 – Como limpa a boca?___________________________________________________
11 – Dorme com a(s) prótese(s)? SIM ( ) NÃO ( ) 12 – Motivo para o tratamento: FUNCIONAL ( ) ESTÉTICO ( )
Condição Psicológica segundo FOX: RECEPTIVO ( ) CÉPTICO ( ) INDIFERENTE ( ) HISTÉRICO ( )
Articulações têmporo-mandibulares: a) Ruídos articulares: AUSENTE ( ) ESTALIDO ( ) CREPTAÇÃO ( ) b) Movimentos mandibulares : NORMAIS ( ) ALTERADOS ( ) c) Sintomas relacionados aos músculos do sistema estomatognático: FADIGA ( ) DOR À PALPAÇÃO ( ) DOR-FUNÇÕES ( ) CEFALÉIA ( )
EXAME FÍSICO EXTRA-BUCAL 1 – Classificação de perfil mole: CONVEXO ( ) CÔNCAVO ( ) 2 – Perfil do terço inferior da face: NORMAL ( ) PROGNÁTICO ( ) RETROGNÁTICO ( )
3 – Forma do Rosto: OVÓIDE ( ) RETANGULAR ( ) TRIANGULAR ( ) 7 – Oclusão:
a) Alteração da Dimensão vertical: SIM ( ) NÃO ( ) Em caso afirmativo, de quanto? _____________________________ b) Alteração das curvas oclusais : SIM ( ) NÃO ( )
Exame Físico Inicial
Espaço funcional livre: _____
Prótese utilizada pelo paciente: Superior Inferior Data da instalação:__________ ( )Realizada na Faculdade de odont. UFRN ( )Realizada por CD ( )Realizada por TPD
Ausência de próteses
Qualidade da prótese utilizada: Não apresenta-se deficiente deficiência: estética funcional
Rebordo alveolar:
Altura Conformação do rebordo Conformação no sentido
mésio-distal Maxila Mandíbula Fribromucosa: Normal Patológica___________________________
62
Consistência: Maxila__________________ Mandíbula:_____________________ Necessita nova prótese: Não Sim
PRÓTESE TOTAL Data de início: ___/___/____ Data da instalação: ___/___/____
Dentes de Acrílico:
Modelo:_______________ Tipo:____________ Marca:_________________ Cor: _______
Laboratório:____________________
1o Controle: ( ) Satisfeito ( )insatisfeito ( ) Desejo nova prova ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Data: _____/____/_______ Assinatura: ____________________________
2o Controle: ( ) Satisfeito ( )insatisfeito ( ) Desejo nova prova ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Data: _____/____/_______ Assinatura: ____________________________ Termo de ciência:
Declaro ter recebido as próteses devidamente planejadas para minha situação clínica, e que recebi orientações sobre como higienizá-las e conservá-las. Estou ciente dos retornos periódicos e de que a durabilidade média das mesmas é de 3 a 5 anos. Declaro ainda que fui esclarecido(a) das limitações do resultado do meu tratamento.
Assinatura: ____________________________
PLANEJAMENTO
1. Paciente encaminhado para tratamento prévio Qual?_____________________________________________________________________
2. Paciente encaminhado para exames complementares: Radiografia panorâmica Tomografia computadorizada Tomografia linear Hemograma completo Fosfatase alcalina Outros:___________________________
3. Paciente encaminhado para avaliação médica OBS.:_____________________________________________________________________________________________________________________________________________ 4. Seleção dos implantes
Hexágono externo _____________________ Cone Morse________________________
Componentes protéticos:
____________________________________________________________________
63
____________________________________________________________________
CIRURGIA – Data: ____/____/____
Instalação da fixação(do implante propriamente dito)
Etiquetas dos implantes :
Observações:______________________________________________________________
Travamento do Implante:__________________________ Carga Imediata: ( ) sim ( ) não
Medicação pré-operatória: Sim Não
Qual?_______________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________
Medicação pós-operatória: Sim Não
Qual?_______________________________________________________________________
Complicações intra-operatórias Qualidade óssea Lesão do canal mandibular Outras ________________ Nenhuma
D1 D2 D3 D4
Complicações pós-operatórias Nenhuma Infecção primária da ferida Infecção secundária da ferida Perfuração da mucosa Outras_________________
CARGA - FASE PROTÉTICA
Prótese Definitiva: Tempo de uso das próteses totais: _______
Componentes de moldagem:
Intermediários: Tipo: ______________ Altura: ___________ Posição: ______________
Componentes utilizados:
Cilindros: ______________________________________________________________
Parafusos: _____________________________________________________________
Tempo após a cirurgia da instalação dao verdenture: ____ horas
Confecção da barra metálica:________________________________________________
65
ANEXO D
AVALIAÇÃO DO IMPACTO DAS PRÓTESES NA QUALIDADE DE VIDA DOS USUÁRIOS OHIP – EDENT simplificado
LIMITAÇÃO FUNCIONAL 1. Você sentiu dificuldade para mastigar algum alimento devido a problemas com seus dentes, boca ou dentaduras? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre 2. Você percebeu que seus dentes ou dentaduras retinham alimento? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre 3.Você sentiu que suas dentaduras não estavam corretamente assentadas? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre
DOR FÍSICA 4. Você sentiu sua boca dolorida? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre 5. Você sentiu desconforto ao comer devido a problemas com seus dentes, boca ou dentaduras? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre 6. Você teve pontos doloridos na boca? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre 7. Suas dentaduras estavam desconfortáveis? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre
DESCONFORTO PSICOLÓGICO 8. Você se sentiu preocupado(a) devido a problemas dentários? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre 9. Você se sentiu constrangido por causa de seus dentes, boca ou dentaduras? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre
DISFUNÇÃO FÍSICA 10. Você teve que evitar comer alguma coisa devido a problemas com seus dentes, boca ou dentaduras? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre 11. Você se sentiu impossibilitado(a) de comer com suas dentaduras devido a problemas com elas? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre 12. Você teve que interromper suas refeições devido a problemas com seus dentes, boca ou dentaduras? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre
DISFUNÇÃO PSICOLÓGICA 13. Você se sentiu perturbado(a) com problemas com seus dentes, boca ou dentaduras? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre 14. Você esteve em alguma situação embaraçosa devido a problemas com seus dentes, boca ou dentaduras? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre
DISFUNÇÃO SOCIAL 15. Você evitou sair de casa devido a problemas com seus dentes, boca ou dentaduras? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre 16. Você foi menos tolerante com seu cônjuge ou família devido a problemas com seus dentes, boca ou dentaduras? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre 17. Você esteve um pouco irritado(a) com outras pessoas devido a problemas com seus dentes, boca ou dentaduras? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre
66
INCAPACIDADE 18. Você foi incapaz de aproveitar totalmente a companhia de outras pessoas devido a problemas com seus dentes, boca ou dentaduras? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre 19. Você sentiu que a vida em geral foi menos satisfatória devido a problemas com seus dentes, boca ou dentaduras? ( ) Nunca ( ) Às Vezes ( ) Quase sempre