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RAAI 2015
RELATÓRIO DE AUTOAVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
11º CICLO
(RELATÓRIO APROVADO PELA CPA EM MARÇO DE 2016)
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COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO
SECRETARIA DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
Reitor
Carlos Alexandre Netto
Vice-Reitor
Rui Vicente Oppermann
Chefe de Gabinete
João Roberto Braga de Mello
Pró-Reitor de Coordenação Acadêmica
Rui Vicente Oppermann
Pró-Reitor de Graduação
Vladimir do Nascimento
Vice Pró-Reitora de Graduação
Andrea dos Santos Benites
Pró-Reitor de Pós-Graduação
Vladimir do Nascimento
Vice Pró-Reitora de Pós-Graduação
Lívia Pedersen de Oliveira
Pró-Reitor de Pesquisa
José Carlos Frantz
Vice Pró-Reitor de Pesquisa
Bruno Cassel Neto
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Pró-Reitora de Extensão
Sandra de Fátima Batista de Deus
Vice Pró-Reitora de Extensão
Cláudia Porcellis Aristimunha
Pró-Reitor de Gestão de Pessoas
Maurício Viegas da Silva
Vice Pró-Reitora de Gestão de Pessoas
Vânia Cristina Santos Pereira
Pró-Reitor de Planejamento e Administração
Ário Zimmermann
Vice Pró-Reitor de Planejamento e Administração
Luis Roberto da Silva Macedo
Pró-Reitor de Assistência Estudantil
Ângelo Ronaldo Pereira da Silva
Vice Pró-Reitor de Assistência Estudantil
Élton Luís Bernardi Campanaro
Secretária de Educação a Distância
Mara Lúcia Fernandes Carneiro
Vice-Secretário de Educação a Distância
Silvestre Novak
Secretária de Desenvolvimento Tecnológico
Raquel Santos Mauler
Secretário de Relações Internacionais
Nicolas Bruno Maillard
Vice-Secretária de Relações Internacionais:
Emilse Maria Agostini Martini
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Secretário de Avaliação Institucional
Daltro José Nunes
Vice-Secretária de Avaliação Institucional
Cláudia Medianeira Cruz Rodrigues
Secretário de Comunicação Social
Ricardo Schneiders da Silva
Vice-Secretária de Comunicação Social
Édina da Rocha Ferreira
Superintendente de Infraestrutura
Alberto Tamagna
Vice-Superintendente de Infraestrutura - Obras
Sílvio Henrique Bersagui
Vice-Superintendente de Infraestrutura - Manutenção
Edy Isaias Junior
Coordenador de Segurança
Daniel Augusto Pereira
Procurador Geral
Francisco de Paula Rocha dos Santos
Auditor Interno
Celso Anversa
Presidente da Comissão Permanente de Seleção
Maria Adélia Pinhal de Carlos
Diretora da Biblioteca Central
Viviane Carrion Castanho
Diretora do Centro de Processamento de Dados
Jussara Issa Musse
Ouvidora
Ana Maria e Souza Braga
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL - UFRGS
RELATÓRIO DE AUTOAVALIAÇÃO INSTITUCIONAL: 11º CICLO
COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO - CPA
SECRETARIA DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL - SAI
COORDENAÇÃO GERAL
COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO
SECRETARIA DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
COORDENAÇÃO DE EXECUÇÃO
SECRETARIA DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
SECRETÁRIO DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
DALTRO JOSÉ NUNES
VICE-SECRETÁRIA DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
CLÁUDIA MEDIANEIRA CRUZ RODRIGUES
EQUIPE SAI:
ASSISTENTES EM ADMINISTRAÇÃO:
RONISE DIAS MACHADO
MANOELA LEAL
ESTATÍSTICO:
GILBERTO MÜLLER BEUREN
ANALISTA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO:
JORDÁRIO RECK BEHENCK
TÉCNICOS EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS:
CLAUDETE LAMPERT GRUGINSKIE
FERNANDA BRASIL MENDES
FLÁVIA RENATA PINTO BARBOSA
NARA MARIA EMANUELLI MAGALHÃES
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COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO
MEMBROS REGIMENTAIS:
DALTRO JOSÉ NUNES – PRESIDENTE – SECRETÁRIO DE AVALIAÇÃO
INSTITUCIONAL
CLÁUDIA MEDIANEIRA CRUZ RODRIGUES – VICE-SECRETÁRIA DE
AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
REPRESENTAÇÃO DOCENTE
DENISE RUSCHEL BANDEIRA
FLÁVIA MARIA TEIXEIRA DOS SANTOS
JOÃO CÉSAR NETTO
RICARDO AUGUSTO CASSEL
SUSANA MARIA WERNER SAMUEL
WENDY BEATRIZ WITT HADDAD CARRARO
REPRESENTAÇÃO DE TÉCNICO-ADMINISTRATIVOS
ANGELA FATIMA OLIVEIRA DA CRUZ
EMERSON DOUGLAS NEVES
JULIAN DE CAMARGO MILONE
SILVESTRE NOVAK
REPRESENTAÇÃO DISCENTE DA GRADUAÇÃO
JULIANO MARCHANT DORNELLES
KATE LIMA DE LIMA DALL'AGNOL
REPRESENTAÇÃO DISCENTE DA PÓS-GRADUAÇÃO
BERNARDO SFREDO MIORANDO
RODRIGO BAGGIO
REPRESENTAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA
RENATO MACHADO DE BRITO
MAURO ROESE
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LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - MOBILIDADE CIÊNCIA SEM FRONTEIRAS NA GRADUAÇÃO, POR SEMESTRE, COM DISTRIBUIÇÃO POR PAÍS. ............. 138 FIGURA 2 - ALUNOS ESTRANGEIROS MATRICULADOS NA UFRGS, POR SEMESTRE, COM PAÍS DE ORIGEM. ............................ 139 FIGURA 3 - MODALIDADE DE PRESENÇA DE ALUNOS ESTRANGEIROS NA UFRGS, POR SEMESTRE. ....................................... 140 FIGURA 4 - QUANTIDADE DE PEDIDOS DE INFORMAÇÃO REGISTRADOS NO MÊS ............................................................... 159
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LISTA DE QUADROS
QUADRO 1 - DCPGRAD/DECORDI ....................................................................................................................... 48 QUADRO 2 - RESUMO DA AVALIAÇÃO DA SEAD ......................................................................................................... 63 QUADRO 3 - PARTICIPAÇÃO DO COLÉGIO APLICAÇÃO NA POLÍTICA DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DO GOVERNO FEDERAL –
2014 – 2015............................................................................................................................................. 71 QUADRO 4 - Nº DE DOCENTES DA EDUCAÇÃO BÁSICA E TÉCNICA E TECNOLÓGICA NA UFRGS POR TITULAÇÃO ...................... 71 QUADRO 5 - DOCENTES DA EDUCAÇÃO BÁSICA E TÉCNICA E TECNOLÓGICA NA UFRGS, POR CARGA HORÁRIA ...................... 71 QUADRO 6 - ALUNOS MATRICULADOS NO COLÉGIO DE APLICAÇÃO, NOS ANOS DE 2011 - 2015 ........................................ 72 QUADRO 7 - INDICADORES DE GESTÃO PROPESQ - BOLSAS CONCEDIDAS ........................................................................ 75 QUADRO 8 - INDICADORES DE GESTÃO PROPESQ - ATENDIMENTO PROGRAMA DE FOMENTO ............................................. 75 QUADRO 9 - INDICADORES DE GESTÃO PROPESQ - SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA .......................................................... 75 QUADRO 10 - INDICADORES DE GESTÃO PROPESQ - SALÃO UFRGS JOVEM .................................................................... 76 QUADRO 11 - INDICADORES DE GESTÃO PROPESQ - FEIRA DE POPULARIZAÇÃO E ENSINO DA CIÊNCIA - FEPOP ..................... 76 QUADRO 12 - INDICADORES DE GESTÃO PROPESQ - PROGRAMA DE APOIO À EDITORAÇÃO DE PERIÓDICOS ........................... 76 QUADRO 13 - INDICADORES DE GESTÃO PROPESQ - Nº DE GRUPOS DE PESQUISA ............................................................ 76 QUADRO 14 - INDICADORES DE GESTÃO PROPESQ - Nº DE BOLSISTAS PRODUTIVIDADE EM PESQUISA .................................. 76 QUADRO 15 - DADOS SOBRE REGISTRO E CERTIFICAÇÃO DE EXTENSÃO/UFRGS 2015 ...................................................... 79 QUADRO 16 - DADOS SOBRE EXECUTORES DE EXTENSÃO/UFRGS 2015 ........................................................................ 79 QUADRO 17 - ATIVIDADES CONTEMPLADAS PELOS PROGRAMAS DE APOIO À EXTENSÃO .................................................... 82 QUADRO 18 - NÚMEROS DOS EVENTOS DE PROMOÇÃO DA EXTENSÃO DA UFRGS ............................................................ 84 QUADRO 19 - ATIVIDADES DO DARE EM 2015 ......................................................................................................... 88 QUADRO 20 - ATIVIDADES DO DEDS E PÚBLICO ALCANÇADO EM 2015 .......................................................................... 90 QUADRO 21 - ATIVIDADES DO DDC EM 2015 ........................................................................................................... 92 QUADRO 22 - ATIVIDADES DO PLANETÁRIO EM 2015 ................................................................................................. 93 QUADRO 23 - ATIVIDADES DO MUSEU DA UNIVERSIDADE EM 2015 .............................................................................. 95 QUADRO 24 - ATIVIDADES DO SALÃO DE ATOS EM 2015............................................................................................. 97 QUADRO 25 - AVALIAÇÃO DA DIMENSÃO EXTENSÃO ................................................................................................ 100 QUADRO 26 - INDICADORES PROPG ..................................................................................................................... 105 QUADRO 27 - QUADRO RESUMO PROPG .............................................................................................................. 106 QUADRO 28 - QUADRO RESUMO SEDETEC ............................................................................................................ 114 QUADRO 29 - QUADRO DE INDICADORES DA CAF .................................................................................................... 122 QUADRO 30 - RESUMO DA AVALIAÇÃO CAF ........................................................................................................... 124 QUADRO 31 - QUADRO QUANTITATIVO E QUALITATIVO - PESSOAS ATENDIDAS PELO INCLUIR (NÚCLEO DE INCLUSÃO E
ACESSIBILIDADE) ........................................................................................................................................ 137 QUADRO 32 - CONVÊNIOS DE SETORES DA UFRGS COM INSTITUIÇÕES ........................................................................ 142 QUADRO 33 - CONTRATOS DE SETORES DA UFRGS COM INSTITUIÇÕES ........................................................................ 142 QUADRO 34 - PROTOCOLOS DE SETORES DA UFRGS COM INSTITUIÇÕES ...................................................................... 142 QUADRO 35 - AVALIAÇÃO DA DIMENSÃO COMUNICAÇÃO COM A SOCIEDADE/SECOM .................................................. 154 QUADRO 36 - RESUMO DA AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DA OUVIDORIA E LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO......................... 160 QUADRO 37 - RESUMO DA AVALIAÇÃO DA EDITORA ................................................................................................. 163 QUADRO 38 - RESUMO DE AUTOAVALIAÇÃO DA PROGESP ......................................................................................... 176 QUADRO 39 - QUADRO DE INDICADORES CPPD ...................................................................................................... 178 QUADRO 40 - RESUMO DA AVALIAÇÃO CPPD ......................................................................................................... 178 QUADRO 41 - RESUMO DA AVALIAÇÃO DO PARQUE ZENIT ......................................................................................... 196 QUADRO 42 - RELATÓRIO E INFRAESTRUTURA FÍSICA DE UFRGS (EM²) ........................................................................ 199 QUADRO 43 - ÁREA FÍSICA E CONSTRUÍDA DA UFRGS .............................................................................................. 200 QUADRO 44 - TRANSAÇÕES DE CIRCULAÇÃO, 2014-2015 ......................................................................................... 217 QUADRO 45 - Nº USUÁRIOS BIBLIOTECA POR CATEGORIA X Nº TRANSAÇÕES EMPRÉSTIMO, RENOVAÇÃO E RESERVA, 2015 .... 218 QUADRO 46 - NÚMERO DE DOCUMENTOS INCLUÍDOS, ACESSOS E DOWNLOADS NO REPOSITÓRIO DIGITAL LUME .................. 219 QUADRO 47 - EVOLUÇÃO DO ÍNDICE DE GOVERNANÇA DE TI UFRGS .......................................................................... 219
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QUADRO 48 - RESUMO AVALIATIVO DA SAI ............................................................................................................ 231 QUADRO 49 - RESTAURANTES UNIVERSITÁRIOS, REFEIÇÕES SERVIDAS, REFEIÇÕES DIA (MÉDIA), BENEFÍCIOS USO DOS
RESTAURANTES UNIVERSITÁRIOS, 2012-2015 ............................................................................................... 240 QUADRO 50 - TOTAL DE VAGAS NAS CASAS DE ESTUDANTES ...................................................................................... 243 QUADRO 51 - BENEFICIADOS COM BOLSAS PERMANÊNCIA E TREINAMENTO, 2010-2014 ............................................... 249 QUADRO 52 - AVALIAÇÃO DA DIMENSÃO POLÍTICA DE ATENDIMENTO AO ESTUDANTE .................................................... 250
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LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - DEMANDAS ENVIADAS PELO SISTEMA ELETRÔNICO DA OUVIDORIA DA UFRGS .......................................... 155 TABELA 2 - ORÇAMENTÁRIO 2015 ................................................................................................................... 252 TABELA 3 - ORÇAMENTÁRIO 2015 - DETALHADO ................................................................................................ 253
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................................ 13
1. A MISSÃO E O PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL - GABINETE DO REITOR ....................... 15
1.1. HISTÓRICO DA UFRGS ............................................................................................................................... 15 1.2. CONDIÇÃO JURÍDICA .................................................................................................................................. 15 1.3. MISSÃO, PRINCÍPIOS E VALORES INSTITUCIONAIS ............................................................................................. 15 1.4. PLANO DE GESTÃO .................................................................................................................................... 17 1.5. PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL................................................................................................ 21
2. A POLÍTICA PARA O ENSINO, A PESQUISA, A PÓS-GRADUAÇÃO E A EXTENSÃO .................................... 33
2.1. ENSINO DE GRADUAÇÃO - PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO (PROGRAD) ...................................................... 33 2.2. ENSINO A DISTÂNCIA - SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (SEAD) ........................................................ 51 2.3. EDUCAÇÃO BÁSICA - COLÉGIO APLICAÇÃO ................................................................................................ 64 2.4. PESQUISA - PRÓ-REITORIA DE PESQUISA (PROPESQ)................................................................................... 73 2.5. EXTENSÃO - PRÓ- REITORIA DE EXTENSÃO (PROREXT) ................................................................................ 77 2.6. PÓS-GRADUAÇÃO (STRICTO E LATU SENSU) - PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO (PROPG) ............................ 100
3. A RESPONSABILIDADE SOCIAL DA INSTITUIÇÃO .................................................................................. 107
3.1. SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL (SEDETEC) ............................................................ 107 3.2. PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO (PROREXT) ................................................................................................... 115 3.3. COORDENADORIA DE AÇÕES AFIRMATIVAS (CAF) ......................................................................................... 120 3.4. INCLUIR - NÚCLEO DE INCLUSÃO E ACESSIBILIDADE ...................................................................................... 124 3.5. SECRETARIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS - (RELINTER) ............................................................................. 138 3.6. SETOR DE CONVÊNIOS DO GABINETE DO REITOR............................................................................................ 141 3.7. ASSESSORIA DE GESTÃO AMBIENTAL (AGA) ................................................................................................. 142 3.8. PATRIMÔNIO CULTURAL - SETOR DE PATRIMÔNIO HISTÓRICO (SUINFRA) ........................................................ 148 3.9. MEMÓRIA CULTURAL - MUSEU DA UNIVERSIDADE (PROREXT) ...................................................................... 150
4. A COMUNICAÇÃO COM A SOCIEDADE ................................................................................................ 153
4.1. SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL (SECOM) ........................................................................................ 153 4.2. OUVIDORIA ......................................................................................................................................... 154 4.3. EDITORA ............................................................................................................................................. 160
5. AS POLÍTICAS DE PESSOAL, AS CARREIRAS DO CORPO DOCENTE E DO CORPO TÉCNICO-
ADMINISTRATIVO ................................................................................................................................... 164
5.1. AS POLÍTICAS DE PESSOAL, AS CARREIRAS DO CORPO DOCENTE E DO CORPO TÉCNICO-ADMINISTRATIVO - PRÓ-REITORIA
DE GESTÃO DE PESSOAS (PROGESP) ................................................................................................................ 164 5.2. AS POLÍTICAS DE ACOMPANHAMENTO DA CARREIRA DOCENTE - COMISSÃO PERMANENTE DE PESSOAL DOCENTE (CPPD)
.................................................................................................................................................................. 176
6. ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DA INSTITUIÇÃO ........................................................................................ 179
6.1 - ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DA INSTITUIÇÃO - GABINETE DO REITOR -TEXTO AUTO AVALIATIVO ............................... 179
7. INFRA-ESTRUTURA FÍSICA ................................................................................................................... 194
7.1. PARQUE CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO - PARQUE ZENIT ................................................................................ 194 7.2. SUPERINTENDÊNCIA DE INFRAESTRUTURA (SUINFRA) ................................................................................... 197 7.3. BIBLIOTECA CENTRAL ............................................................................................................................... 212 7.4. RECURSOS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO – CENTRO DE PROCESSAMENTO DE DADOS (CPD) .......................... 219
8. PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO (AUTOAVALIAÇÃO INSTITUCIONAL) ................................................... 224
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8.1. PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO (AUTOAVALIAÇÃO INSTITUCIONAL) - SECRETARIA DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL (SAI) 224
9. POLÍTICAS DE ATENDIMENTO AOS ESTUDANTES – PRÓ-REITORIA DE ASSUNTOS ESTUDANTIS (PRAE)232
9.1. COERÊNCIA DAS AÇÕES DE ATENDIMENTO AOS ESTUDANTES COM AS POLÍTICAS DE ESTADO E DE GOVERNO ............. 233 9.2. ACESSO, SELEÇÃO E PERMANÊNCIA ............................................................................................................. 235 9.3. ACOMPANHAMENTO PSICOPEDAGÓGICO ..................................................................................................... 237 9.4. PARTICIPAÇÃO ESTUDANTIL ....................................................................................................................... 237 9.5. PROGRAMAS DE BENEFÍCIOS ...................................................................................................................... 238 9.6. PROGRAMA DE BOLSAS PRAE: .................................................................................................................. 246 9.7. CENTROS DE LAZER PARA OS ESTUDANTES .................................................................................................... 248 9.8. PROGRAMA BOLSA PERMANÊNCIA MEC ..................................................................................................... 248
10. SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA - PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO (PROPLAN) .......................... 251
10.1. SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA DA INSTITUIÇÃO E POLÍTICAS DE CAPTAÇÃO E ALOCAÇÃO DE RECURSOS ................ 251 10.2. POLÍTICAS DIRECIONADAS À APLICAÇÃO DE RECURSOS PARA PROGRAMAS DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO ........ 254
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APRESENTAÇÃO
O presente Relatório tem como objetivo atender determinação do Sistema Nacional
de Avaliação da Educação Superior (SINAES) que estabelece a apresentação de relatórios
de autoavaliação institucional anuais das Instituições de Ensino Superior (IES).
Foi elaborado sob a coordenação da Comissão Própria de Avaliação (CPA) da
UFRGS, conforme determina o SINAES, e executado pela Secretaria de Avaliação
Institucional (SAI), conforme determinam as Normas da Universidade. Para sua realização,
contou com amplo apoio da Administração Central.
A metodologia foi definida pela CPA, tanto em suas reuniões periódicas quanto em
uma reunião de planejamento com os Órgãos da Administração Central (os quais são
responsáveis pelo fornecimento de dados para compor o Relatório).
Está organizado de acordo com as dez dimensões propostas pelo SINAES, quais
sejam:
1. A missão e o Plano de Desenvolvimento Institucional;
2. A política para o ensino (graduação presencial e à distância, e pós-graduação), a
pesquisa, a extensão e as respectivas normas de operacionalização;
3. A responsabilidade social da Instituição, em relação à inclusão social, ao
desenvolvimento econômico e social, à defesa do meio ambiente, da memória
cultural, da produção artística e do patrimônio cultural;
4. A comunicação com a sociedade;
5. As políticas de pessoal, de carreiras do corpo docente e corpo técnico-
administrativo;
6. Organização e gestão da Instituição;
7. Infraestrutura física;
8. Planejamento e avaliação;
9. Políticas de atendimento aos discentes;
10. Sustentabilidade financeira.
Além de contemplar estas dimensões, o RAAI 2015 da UFRGS conta também com
os Relatórios de Autoavaliação dos Núcleos de Avaliação das Unidades (NAUs), na forma
de Anexos I e II.
É importante reportar ainda que, além deste Relatório exigido pela legislação,
existem outros documentos internos que trazem elementos avaliativos de importância para
a compreensão do contexto institucional. Neste sentido, cumpre destacar os relatórios
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anuais de gestão apresentados à Controladoria Geral da União (CGU), também baseados
em legislação específica.
Estes documentos visam, sobretudo, tornar transparente para a sociedade o
cumprimento da missão e dos objetivos da UFRGS, além de agregar dados e informações
que possam contribuir para a avaliação institucional, tanto interna quanto externamente, e
desta forma, subsidiar melhorias progressivas na Instituição, em nível acadêmico,
administrativo e gerencial.
Daltro José Nunes
Secretário de Avaliação Institucional
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1. A MISSÃO E O PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL -
Gabinete do Reitor
1.1. Histórico da UFRGS
A história da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) começou com
a fundação, em Porto Alegre, da Escola de Farmácia e Química em 1895, seguida da
Escola de Engenharia, em 1896. Essas primeiras escolas profissionais iniciaram, também, a
educação de nível superior no Estado do Rio Grande do Sul. Ainda no século XIX, foram
fundadas a Faculdade de Medicina de Porto Alegre e a Faculdade de Direito, cuja
fundação, em 1900, marcou o início do oferecimento de cursos humanísticos no Estado.
Do agrupamento dessas unidades isoladas e autônomas, colocadas sob a tutela do
Estado pelo Decreto nº 5.758, de 28 de novembro de 1934, foi criada a Universidade de
Porto Alegre, com a finalidade de "dar uma organização uniforme e racional ao ensino
superior no Estado, elevar o nível da cultura geral, estimular a investigação científica e
concorrer eficientemente para aperfeiçoar a educação do indivíduo e da sociedade".
1.2. Condição Jurídica
A UFRGS goza do status jurídico de Universidade a partir da edição do Decreto
Estadual nº 5.758/1934 e passou à categoria de Instituição Federal a partir da Lei nº
1.254/1950. Como Instituição Federal, a mantenedora da UFRGS é o Ministério da
Educação.
1.3. Missão, Princípios e Valores institucionais
O Estatuto e o Regimento Geral da Universidade estabelecem sua missão, seus
princípios e seus valores. A missão é estabelecida através do Art. 5º, título II do Estatuto:
“A Universidade Federal do Rio Grande do Sul tem por finalidade precípua a educação
superior e a produção de conhecimento filosófico, científico, artístico e tecnológico
integradas no ensino, na pesquisa e na extensão”.
A par dessa definição, a Universidade, pelo seu próprio histórico de formação,
forjado a partir da união de diferentes faculdades em períodos diversos, buscou constituir,
ao longo do tempo, um conjunto de regramentos de convívio entre as suas unidades
baseado no respeito à diversidade e à autonomia acadêmica. Isto pode ser inferido a partir
de um sólido conjunto de resoluções internas que disciplinam as diversas matérias
inerentes a aspectos da vida acadêmica e administrativa da Instituição, pautados pela
observância de padrões de qualidade exigentes.
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Da análise do Estatuto da Universidade é possível abstrair princípios e valores que
permeiam a sua cultura institucional e que configuram o norteamento dos seus processos
decisórios internos, os quais são listados a seguir:
- Compromisso com a ética;
- Compromisso com os interesses públicos;
- Compromisso com a produção de conhecimento inovador e crítico;
- Compromisso com a formação em bases científicas sólidas;
- Compromisso com a formação integral (e não apenas tecnicista) do indivíduo;
- Compromisso com o respeito à diversidade, à heterogeneidade, à pluralidade de ideias;
- Compromisso com o exercício da cidadania através do desenvolvimento de uma
consciência ética na comunidade universitária;
- Vinculação entre pesquisa, extensão e ensino, em caráter de indissociabilidade;
- Desvinculação ao balizamento de ordem político-ideológico ou religioso;
- Foco na visão interdisciplinar do conhecimento científico;
- Compromisso com o desenvolvimento regional e nacional, bem como com a qualidade da
vida humana;
- Compromisso com a articulação entre as diversas Unidades da Universidade e as
entidades públicas e privadas de âmbito regional, nacional e internacional;
- Liberdade de ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
- Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
- Gratuidade do ensino;
- Gestão democrática;
- Valorização dos profissionais do ensino;
- Garantia de padrão de qualidade;
- Respeito à dignidade da pessoa humana e seus direitos fundamentais.
Além desses, a própria existência de determinadas estruturas administrativas já
consagradas na Universidade configura seu compromisso com as questões ambientais e
com a universalização e democratização do ensino superior público, gratuito e de
qualidade.
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Ainda, da análise do Estatuto e Regimento Geral, observa-se a tendência à
configuração de uma organização acadêmico-administrativa baseada na separação
hierárquica e funcional entre suas instâncias legislativas-avaliativas, executivas e jurídicas.
1.4. Plano de Gestão
O planejamento do desenvolvimento institucional na Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, com base na sua estrutura legislativa interna, é tradicionalmente realizado
através da elaboração de planos de gestão para os períodos em que seus dirigentes ocupam
cargos eletivos. Este planejamento é balizado pelos limites expressos no conjunto de peças
legislativas internas, a sua missão, princípios e valores institucionais, além da observância
da legislação externa. É neste contexto que foi concebido o Plano de Gestão da atual
Administração para o período 2012-2016.
São princípios norteadores para a sua elaboração: - a necessidade formal de
apresentação da proposta de Plano de Gestão, nos termos do Art. 29, parágrafo primeiro,
do Regimento Geral da Universidade, associado aos princípios da transparência,
objetividade e responsabilidade social; - o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI),
período 2011-2015, o Plano de Desenvolvimento de Tecnologia da Informação (PD-TI),
também relativo ao período 2011-2015; - o resultado de um trabalho coletivo dos sete
eixos temáticos, sob o título geral. A UFRGS QUE FAZEMOS JUNTOS, submetido à
comunidade através de debates e da consulta à comunidade universitária com vistas à
eleição para Reitor em 2012; - a necessidade de atualização e aprofundamento da cultura
do planejamento, dada a sua crescente importância como instrumento de gestão; - a
necessidade de contextualizar, no quadriênio, a continuidade dos projetos da gestão 2008-
2012 e a elaboração de novos projetos estratégicos requeridos num processo de expansão
com qualidade, que contribuam para o desenvolvimento de ensino, pesquisa e extensão e
que permitam ser avaliados e/ou auditados por órgãos públicos e instituições
governamentais, em conformidade com os instrumentos jurídicos externos existentes.
PRINCÍPIOS NORTEADORES DO PLANO DE GESTÃO
O Art. 5.º, Título II, do Estatuto da UFRGS especifica que a educação superior e a
produção de conhecimento filosófico, científico, artístico e tecnológico integrados
constituem a finalidade da Instituição; com relação a esse artigo, o Estatuto é
contextualizado pelo arcabouço jurídico institucional do país, o qual estabelece que as
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IFES tenham por finalidade precípua o ensino, a pesquisa e a extensão. A UFRGS, uma
universidade pública, gratuita, academicamente qualificada, plural e comprometida com o
Brasil contemporâneo, acompanhando um crescente processo de internacionalização,
procura orientar, com responsabilidade social, suas ações administrativas em consonância
com os anseios da comunidade de docentes, técnicos administrativos e estudantes. Tem-se
observado um avanço crescente na qualidade acadêmica, reconhecida nas avaliações
nacionais e internacionais, acompanhado de um fortalecimento dos laços da UFRGS com a
sociedade em geral. A UFRGS possui, hoje, mais de 600 instrumentos de interação com a
sociedade, que envolvem boa parte da comunidade universitária e movimenta mais de R$
300 milhões, além dos recursos orçamentários oriundos diretamente do governo federal.
O PLANO DE GESTÃO 2012-2016 é resultado de um trabalho coletivo, que partiu
de um diagnóstico da situação atual e do conceito de Universidade, expresso na forma de
sete eixos temáticos, sob o título geral A UFRGS QUE FAZEMOS JUNTOS; o resultado
desse trabalho foi submetido à comunidade através de debates e da consulta à comunidade
universitária com vistas à eleição para Reitor em 2012. Em consequência, o PLANO DE
GESTÃO articula-se a partir desses sete grandes eixos temáticos, a saber: (1) Excelência
Acadêmica e Inovação, (2) Ampliação das Interações com a Sociedade, (3) Universidade
de Classe Mundial, (4) Qualificação da Gestão Acadêmica e Institucional, (5)
Desenvolvimento da Comunidade Universitária, (6) Qualificação da Infraestrutura e
Habitabilidade dos Campi e (7) Implantação do Campus do Litoral Norte. A
implementação desses eixos temáticos se dará por meio de ações que se desdobram em
projetos.
EIXOS TEMÁTICOS
1º. EXCELÊNCIA ACADÊMICA E INOVAÇÃO Apoiar a qualificação e a
integração das atividades de ensino, pesquisa e extensão através de projetos institucionais
que contemplem o apoio técnico-administrativo, a infraestrutura e a inovação pedagógica e
metodológica, entre outros. Implementar medidas para diminuir a evasão e a retenção na
graduação, bem como apoiar a qualificação dos cursos noturnos e das licenciaturas.
Estimular o desenvolvimento da pesquisa interdisciplinar e a consolidação da qualidade da
pós-graduação.
2º. AMPLIAÇÃO DAS INTERAÇÕES COM A SOCIEDADE Colocar à
disposição da sociedade o saber acadêmico e a capacidade de pesquisa e inovação
tecnológica para o desenvolvimento sustentável do Estado e do País. Construir uma
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política cultural relacionada aos processos de interação social e de revitalização dos
espaços de cidadania.
3º. UNIVERSIDADE CLASSE MUNDIAL Consolidar a UFRGS como
Universidade de Classe Mundial pelo avanço acadêmico, expresso nos resultados da gestão
e em indicadores de qualidade nas instâncias de avaliação nacional e internacional.
Ampliar as parcerias com as melhores instituições de ensino e pesquisa dos cinco
continentes, na busca do avanço significativo na mundialização acadêmica.
4º. QUALIFICAÇÃO DA GESTÃO ACADÊMICA E INSTITUCIONAL
Implementar a reestruturação da gestão administrativa, por meio da racionalização e da
centralização dos processos administrativos, através de ferramentas de inovação
tecnológica e da consolidação da legislação interna.
5º. DESENVOLVIMENTO DA COMUNIDADE UNIVERSITÁRIA Ampliar os
programas de acolhimento aos novos servidores e estudantes da UFRGS, incluindo
capacitação, qualificação e, no caso dos docentes, o lançamento de editais para novos
docentes, contemplando recursos que facilitem a implantação de novos projetos. Estender
o Programa de Assistência Estudantil e expandir as ações de reforço acadêmico.
6º. QUALIFICAÇÃO DA INFRAESTRUTURA E HABITABILIDADE DOS
CAMPI Implementar o programa de qualidade em infraestrutura, visando à otimização das
condições de habitabilidade e melhoria da manutenção dos prédios e das estruturas ligadas
ao ensino, à pesquisa e à extensão. Dinamização do ritmo das construções das obras de
interesse comum.
7º. IMPLANTAÇÃO DO CAMPUS DO LITORAL NORTE A partir da conclusão
do Projeto Pedagógico para implantação do Campus Litoral Norte, implementar
infraestrutura e alocar pessoal para o início de suas atividades.
AÇÕES E PROJETOS
EXCELÊNCIA ACADÊMICA E INOVAÇÃO
Ação 1.1 - Incremento da Integração entre Ensino, Pesquisa e Extensão
1.1.1 - Projeto: Salão UFRGS
Objetivo: Organizar anualmente evento que congregue salões, feiras e atividades
correlatas, promovendo a divulgação das atividades de ensino, pesquisa e extensão.
Principais Metas: - Incrementar a participação da comunidade universitária nas múltiplas
20
atividades oferecidas no Salão UFRGS; - Ampliar a inserção do Salão UFRGS na
comunidade externa; - Ser reconhecido como espaço de expressão dos múltiplos fazeres da
Universidade para com a sociedade; - Consolidar-se como espaço de reflexão e proposição
acerca de temas estratégicos para a interação entre a Universidade e a sociedade; - Ser
reconhecido como evento internacional. Responsável: PROCAD
1.1.2 - Projeto: Integração do ensino de graduação e de pós-graduação com a extensão.
Objetivo: Promover programas e projetos que integrem academicamente discentes de
graduação e de pós-graduação, bem como a articulação do ensino de pós-graduação com a
extensão. Principais Metas: - Integrar os diversos níveis de ensino e extensão, visando à
otimização dos recursos humanos e materiais, e potencializando a aprendizagem, a partir
da troca de experiências e informações entre os alunos. Responsável: PROCAD
1.1.3 - Projeto: Fortalecimento dos núcleos interdisciplinares de extensão e pesquisa.
Objetivo: Ampliar a integração entre ensino, pesquisa e extensão.
Principais Metas: - Regulamentar os atuais Núcleos; - Sistematizar as ações de extensão
interdisciplinares; - Aperfeiçoar a tramitação das ações inter e multidisciplinares.
Responsável: PROREXT.
1.1.4 - Projeto: Centro Técnico de Inovação e EAD
Objetivo: Instalar um centro técnico para assessoria, incentivo e consultoria técnica e
pedagógica sobre o uso das TICs, para o desenvolvimento de ações educacionais na
graduação, na pós-graduação e na extensão. Principais Metas: - Promover a produção de
conteúdos vinculados à educação a distância e sua publicação nos formatos impresso e
digital; - Suprir as necessidades de produção de objetos de aprendizagem, materiais
didáticos digitais e recursos educacionais abertos para os cursos a distância; - Dar suporte à
inserção dos materiais didáticos produzidos em ambientes virtuais de aprendizagem; -
Promover capacitações para as equipes e os docentes envolvidos; - Assessorar o
desenvolvimento e a implantação de estratégias pedagógicas inovadoras, utilizando as TIC.
Responsável: SEAD
21
1.5. Plano de Desenvolvimento Institucional
“O Plano de Desenvolvimento Institucional – PDI – é um instrumento de
gestão institucional, proposto por legislação específica e deve ser construído
pela comunidade acadêmica da instituição.
A legislação possui um grau de flexibilidade que permite a cada instituição
construir o seu PDI com maior ou menor grau de detalhamento de seus
elementos estratégicos e táticos.
Na elaboração do PDI a instituição deve levar em conta sua origem, seu
histórico de atuação, as características de seu funcionamento (missão, valores,
princípios e fundamentos) e a maneira como se relaciona com a sociedade na
qual está inserida, bem como com as demais instituições de ensino superior.
Para a UFRGS, como instituição de excelência no ensino, na pesquisa e na
extensão, o PDI é um instrumento de aferição de suas realizações e uma
oportunidade de projeção de suas atuações no futuro. ” (...)
Os trechos acima, extraídos da Introdução do Plano de Desenvolvimento
Institucional 2011-2015 da UFRGS, resumem de forma ilustrativa o espírito pelo qual a
comunidade da UFRGS se orientou para a construção do seu PDI. Passados quatro anos de
sua vigência, pode-se preliminarmente afirmar que cumpriu seus principais objetivos: (a)
atender a uma determinação legal como instrumento de referência no planejamento, na
execução e nas avaliações, tanto internas como externas, das atividades próprias da
Universidade; (b) ser referência para o desenvolvimento de atividades acadêmicas e
administrativas da Instituição. A Universidade, ao longo do período de vigência do PDI
2011-2015, teve a oportunidade de utilizá-lo como uma referência para fundamentar o
Plano de Gestão do Reitorado 2012-2016, as políticas e os programas de desenvolvimento
acadêmico e o aprimoramento da gestão administrativa.
Dessa forma, é inegável que o PDI foi assimilado pela comunidade como referência
e avalista do desenvolvimento institucional. Essa percepção precisaria estar validada por
uma avaliação crítica do significado do PDI para a UFRGS. Já durante o processo de
construção do PDI foi prevista a necessidade de sua avaliação. Assim, faltando um ano
para o término de sua vigência, foi constituído um grupo de trabalho como objetivo de
promover essa avaliação, com a participação da comunidade da UFRGS. Para tanto,
buscou-se trabalhar com uma proposta de avaliação que contemplasse os eixos norteadores
do PDI de tal forma que, ao final, resultassem uma avaliação quantitativa e qualitativa do
mesmo, construída pela comunidade, tanto no plano individual como nos planos de gestão
acadêmica e administrativa.
22
Foram construídos questionários de avaliação com perguntas fechadas e abertas,
direcionadas aos diferentes segmentos da comunidade universitária: docentes, técnico-
administrativos, estudantes, diferentes setores acadêmicos e administrativos, além de
consultas às associações e sindicatos representativos da nossa comunidade.
A análise das respostas, sob o ponto de vista quantitativo e qualitativo, deu-se a
partir de técnicas de análise da prevalência e relevância de temas identificados pelos
respondentes e de como eles se refletem nas proposições originais do PDI. Em um
primeiro momento foram identificados pilares direcionadores do PDI, baseado em uma
análise da relevância que temas de diferentes naturezas receberam no documento original.
Foram identificados quatro pilares com presença significativa no PDI: Expansão, Inclusão,
Excelência e Eficiência.
Da mesma forma, tendo em vista que este PDI foi o primeiro proposto e
implementado pela UFRGS, a avaliação apresentada para consideração da comunidade
também foi pioneira, seja por completar o ciclo de planejamento proposto, seja pela forma
como se deu a construção da avaliação e a análise dos resultados, cujo trabalho será
fundamental para que a comunidade tenha instrumentos para a elaboração do próximo PDI
da UFRGS.
O processo de avaliação contou com procedimentos bem definidos pelo Comitê de
Avaliação. Em primeiro lugar, foi realizada a análise do PDI vigente buscando verificar a
conformidade com o Decreto 5.773 do MEC. A seguir, foram identificados os pilares
direcionadores do PDI e homologados pelo Comitê de Avaliação, uma vez que estes
direcionaram toda a avaliação restante, bem como a descrição dos resultados. Os pilares
(Excelência, Eficiência, Expansão e Inclusão) representam as grandes estratégias da
UFRGS para o período de vigência do PDI e foram obtidos através de busca por palavras
mais citadas dentro do texto do PDI (software NVIVO®), agregando as ações descritas no
PDI em torno deles.
A partir destes pilares foi possível especificar a metodologia para avaliação do PDI,
os instrumentos de avaliação e o público-alvo que deveria ser consultado. A metodologia
utilizou duas abordagens: percepção da comunidade UFRGS sobre as ações relacionadas
aos pilares direcionadores no período estabelecido pelo PDI e análise da evolução das
ações efetivas descritas no relatório do PDI que ora correspondiam a indicadores
numéricos (por exemplo, Conceito CAPES), ora correspondiam a ações nominadas (por
ex. criação do Campus Litoral Norte). Para a obtenção da percepção da comunidade
23
UFRGS foram identificados quatro perfis de respondentes: docentes, discentes, técnico-
administrativos e coletivos (associações, sindicatos, etc.) o que permitiu a criação de
quatro questionários dirigidos para cada público-alvo, com perguntas abertas e fechadas.
A consulta pública foi realizada pela Web através do software de enquetes utilizado
pela UFRGS, o qual apresenta as condições de anonimato e de segurança necessárias, tais
como: o respondente só poderia responder uma única vez, e a única forma de responder era
acessando o instrumento com seu login e senha da UFRGS. A análise das respostas foi
realizada utilizando o software para análise de dados qualitativos NVIVO®. Este software
já vem sendo utilizado por pesquisadores de áreas humanas da UFRGS, apresentando
características específicas para pesquisas do gênero, tais como: análise de textos, de
imagens, de som, correlação entre questões abertas e fechadas, entre outras, além da
possibilidade de separar respostas de conotação positivas, negativas e neutras.
Os indicadores de resultados, agrupados dentro dos pilares em externos e internos,
mostram a evolução da ação correspondente dentro do período de vigência do PDI. Eles
foram obtidos a partir de dados dos sistemas de informação, das avaliações externas e de
relatórios de avaliação institucional, sites oficiais, entre outros. Para tanto, foi criada uma
planilha com todas as ações oriundas do PDI, contendo o ano de início da ação (2010), os
demais anos até 2014 e o índice de evolução ocorrido.
O resultado das ações nominadas foi obtido com entrevistas com os responsáveis
pela execução das mesmas e mostram se a ação ocorreu, está em desenvolvimento ou não
ocorreu. Os resultados descritos buscaram mostrar resultados consolidados e
comparativamente os resultados da percepção da comunidade – Docentes, Discentes e
Técnico-Administrativos, sejam eles vazios ou desconhecidos, de percepção desconhecida,
negativa, neutra ou positiva com relação à contribuição das ações do PDI ao longo do
período analisado de 2011 a 2014 (2015 ainda não foi executado); os resultados efetivos
mostrados por indicadores externos e internos (Vazios, Não Evoluiu, Estáveis, Evoluiu)
que representam o comportamento de um conjunto de ações do PDI, transversais entre
áreas fins e meio, a serem executados entre uma posição em que a UFRGS se encontrava
antes do início da execução das ações do PDI (2010) e o fim do período analisado (2014);
e os resultados das ações nominadas no PDI (Não Iniciadas, Em Projeto, Em
Desenvolvimento, Concluídas) representadas por projetos a serem executados ao longo do
período analisado (2011-2014).
24
A avaliação dos resultados sumarizada foi estruturada por pilar direcionador –
Excelência, Eficiência, Expansão e Inclusão. Com relação à evolução da Excelência da
UFRGS ao longo do período de vigência do PDI 2011-2015, os indicadores apontaram um
crescimento expressivo. Os principais pontos fortes encontrados para este pilar são
expressos através dos indicadores externos que medem qualidade de ensino de graduação e
de pós-graduação, os quais vêm se mantendo na pontuação máxima, colocando a UFRGS
entre as primeiras nos rankings nacionais e mostrando a sua distinção com relação às
demais instituições do Brasil.
Os resultados mostram também uma conotação positiva para ações de
Internacionalização. O reconhecimento internacional através de pesquisas inovadoras e de
seus pesquisadores (aumento de citações em periódicos internacionais), o aumento de
mobilidade acadêmica e crescimento de intercâmbios (número de convênios
internacionais) com outras Universidades, também contribuíram de forma expressiva para
o aumento da Excelência da UFRGS.
Projetos concluídos derivados de ações nominadas reforçam os pontos positivos
destacados acima, tais como: inovação curricular através de cursos multidisciplinares
proporcionado pela criação do campus Litoral Norte; implantação em andamento do
Parque Tecnológico, estimulando ações de empreendedorismo que deverão trazer inovação
em pesquisa e em projetos de extensão; implementação de centros de apoio ao uso de
tecnologias de EAD assim como a institucionalização de plataformas de educação a
distância possibilitando inovação curricular e na forma de ensino.
Resultados similares foram obtidos da percepção da comunidade consultada,
principalmente docentes e técnico-administrativos, os quais se manifestaram positivamente
com relação ao aperfeiçoamento tanto de currículos de cursos de graduação quanto de
docentes e técnico-administrativos com oferta de cursos de gestão pública. Outro ponto
positivo destacado pela comunidade está relacionado ao crescimento da
internacionalização através do aumento de produção e de publicações científicas e da
mobilidade acadêmica (nacional e internacional). Interessante destacar que os resultados da
percepção de discentes mostra que grande parte dos respondentes possivelmente
desconhece ações de internacionalização e ações de aprendizado e desenvolvimento
acadêmico. No entanto, a manifestação do grupo de discentes que as conhece foram mais
positivas que negativas. Porém, alguns pontos fracos deste pilar merecem ser destacados
visando melhoria futura, sendo eles: cuidados especiais para que os cursos de pós-
25
graduação se mantenham com os atuais conceitos CAPES ou cresçam; promoção da
institucionalização da oferta de pós-doutorados; as atualizações do acervo bibliográfico são
uma preocupação principalmente dos discentes; o aperfeiçoamento de professores e
técnico-administrativos que, mesmo havendo manifestações positivas expressivas,
igualmente apresentaram manifestações negativas.
As ações relacionadas a reformas curriculares e interdisciplinaridade foram aquelas
percebidas como sendo as de menor contribuição para a Excelência na UFRGS. Outros
pontos fracos se encontram refletidos pelas ações nominadas, pois várias delas ainda se
encontram não iniciadas ou em projeto, indicando que podem não ser concluídas até o final
do período de vigência do PDI (2015). A maioria destas ações está relacionada à criação de
políticas de estágios, atendimento a alunos, atividades multidisciplinares e criação da
biblioteca do Campus do Vale.
Em resumo, analisando um contexto geral consolidado para o pilar Excelência,
percebe-se que a maioria das ações ou foram ou estão sendo executadas e serão concluídas
ao longo do período de vigência do PDI. Isto pode ser observado pelos resultados da
percepção positiva da comunidade sobre a contribuição do PDI para o atingimento de
maior Excelência da UFRGS (questões abertas 47%; questões fechadas 77%) que
entenderam que houve maior contribuição das ações do PDI do que menor (questões
abertas 7%; questões fechadas 5%). Similarmente, os resultados efetivos mostram uma
expressiva contribuição para a ocorrência e evolução das ações que contribuíram com a
Excelência (47%;87,5%;43,5%) versus os resultados que não evoluíram ou ações que não
foram executadas (29%;12,5%;13%). Estes resultados mostram que ações que não
contribuíram (20-25%) são pouco expressivas comparadas com ações que contribuíram
(75-80%). De uma maneira geral pode-se inferir que o fato de se ter um PDI contribuiu
para que a Excelência da UFRGS evoluísse e este feito foi percebido positivamente pela
comunidade.
Com relação à evolução da Eficiência da UFRGS ao longo do período de vigência
do PDI 2011-2015, os indicadores apontam um crescimento. O principais pontos fortes
encontrados para este pilar são expressos na gestão acadêmica através de indicadores
externos que medem eficiência no ensino e pesquisa de pós-graduação (conclusão de
mestrados e doutorados no prazo e volume de publicações internacionais) e de indicadores
internos que medem volume de bolsas e monitoria, reocupação de vagas ociosas na
graduação, captação de investimentos para pesquisa através de concessão de editais,
26
convênios e contratos com fundações, tendo nestes dois últimos anos crescido em valores
captados.
Na gestão administrativa pode-se dizer que alguns pontos fortes são reflexos de
projetos executados que implicitamente podem ser relacionadas às ações nominadas do
PDI, tais como as ações nominadas de reestruturação e otimização da gestão acadêmica e
administrativa que foram executadas através dos seguintes projetos: criação de uma divisão
chamada Escritório de Processos, dentro do Departamento de Gestão Integrada
(departamento também reestruturado a partir do Departamento de Informações e
Planejamento Institucional), visando à melhoria dos processos administrativos e
acadêmicos seja pela automação, seja pela reestruturação, seja por modificações pontuais;
adoção de métodos formais para a Gestão Estratégica que possam ser rastreados,
monitorados e replicados pelos próximos processos de planejamento estratégico e
avaliação do planejamento estratégico; criação da Escola de Desenvolvimento permitindo a
disseminação de conhecimento e qualificação da gestão para os gestores da UFRGS, tanto
professores quanto técnico-administrativos; e criação de novas estruturas organizacionais
(por ex.: criação da PRAE – Pró-Reitoria de Assistência Estudantil) visando à melhoria do
atendimento aos alunos e da gestão dos recursos para a assistência estudantil (por ex.:
RUs).
Outros resultados positivos que reforçam os aspectos apontados anteriormente
foram obtidos com alguns projetos concluídos derivados de ações nominadas, tais como: a
criação da Escola de Desenvolvimento pela PROGESP e como consequência a ampliação
nas oportunidades de capacitações para gestores e técnico-administrativos com a criação de
novos cursos e a institucionalização dos programas efetivos; uma política de expansão do
quadro técnico tanto de professores quanto de técnico-administrativos (Projeto REUNI);
integração da Avaliação Institucional, Avaliação de Desempenho e o Relatório de Gestão
buscando melhorar o processo de controle dos indicadores dos planos de gestão e,
consequentemente, da Gestão Estratégica, com a institucionalização e criação da Divisão
de Planejamento Institucional que trabalhou integrada com a PROGESP em tal melhoria;
políticas e recursos de reequipamento de laboratórios melhorando o desempenho e a
execução de projetos (aumento de contratos e convênios); e preservação de prédios
históricos (Teatro e Sala de Cinema) e de renovação física das áreas de gestão
(reestruturação e reformas de espaço físico de várias Pró-Reitorias e espaços
compartilhados), melhorando a qualidade do trabalho.
27
Quando se analisou a percepção da comunidade sobre as ações do PDI voltadas
para a eficiência se percebe uma polarização nas respostas, de um lado docentes e técnico-
administrativos, de outro lado os estudantes. Isso pode estar relacionado ao caráter de
permanência dos servidores e as diferenças de percepção decorrentes. Servidores, em geral,
podem perceber de forma mais direta mudanças no seu fazer decorrentes de ações próprias
para melhorar a eficiência. Esse seria o caso para gestão estratégica, gestão de processos,
gestão de pessoas, sistemas de informação, manutenção de infraestrutura e segurança. De
modo relevante, os alunos não perceberam mudanças decorrentes da melhoria de processos
que estão diretamente relacionados ao seu cotidiano, por exemplo, dinamização do Portal
do Aluno no site da UFRGS (www.ufrgs.br) onde a maioria dos processos que envolvem
“alunos” antes executados manualmente, se tornaram eletrônicos e com execução pela
web, impactando consideravelmente o pilar eficiência. Da mesma forma, identificou-se
uma polarização na qualificação dada pela comunidade em relação às ações voltadas para a
eficiência.
Os pontos positivos destacados por parte da comunidade também foram aqueles
com destaque negativo dado por outra parte da comunidade. Essa divisão de percepções na
comunidade consultada ocorreu em aspectos fundamentais para a noção de eficiência:
gestão estratégica, gestão de processos, gestão de pessoas, sistemas de informação,
manutenção de infraestrutura.
Os pontos fracos mais salientados por todos os consultados foram a infraestrutura
(manutenção de banheiros, salas de aula, RU e casa de estudante) e a segurança nos campi.
Isto vem ao encontro dos resultados obtidos para algumas ações nominadas no PDI que,
apesar dos esforços e reuniões constantes do Comitê de Gestão, não puderam ser
desenvolvidas em sua totalidade, sendo elas: estratégia de segurança, manutenção predial e
a criação de uma política de transportes de pessoas e bens físicos. Vale destacar que os
docentes também demonstraram uma expressiva insatisfação com ações que envolvem
gestão de processos administrativos (falta de controle), gestão de pessoas (contratação e
alocação) e sistemas de informação (falta de integração).
Analisando um contexto geral consolidado para o pilar Eficiência, constata-se que a
maioria das ações está em execução, não concluída, como mostram os resultados das ações
nominadas no estágio “Em Desenvolvimento” (58%) assim como os resultados dos
indicadores internos que apresentam uma evolução de 58% e os externos de 34%. Como os
indicadores representam conjunto de ações, estes resultados mostram que as ações a eles
28
relacionadas evoluíram em parte para a contribuição da Eficiência da UFRGS. Da mesma
forma, os resultados da percepção comunidade mostram uma conotação negativa
expressiva (questões abertas 19%; questões fechadas 8%;12% relacionadas) se comparados
com a conotação positiva (questões abertas 24%; questões fechadas 22%;26%
relacionadas). Os resultados gerais mostram que ações que não contribuíram
(50%;21%;25%) são expressivas comparadas com ações que contribuíram parcialmente
(16%,14%,58%) ou totalmente (34%;58%;17%).
De uma maneira geral pode-se inferir que a contribuição do PDI para a Eficiência
da UFRGS evoluiu moderadamente, mas algumas ações relacionadas à manutenção de
infraestrutura (conotação positiva e negativa iguais) e a segurança (maior conotação
negativa) deverão ter atenção especial. Com relação à evolução da Expansão da UFRGS ao
longo do período de vigência do PDI 2011-2015, os indicadores apontam um crescimento
apesar de ações nominadas de porte não terem sido executadas como a criação do Campus
Serra e da Casa de Estudante no Campus Vale que podem ter impactado os resultados da
percepção que novamente apresentaram uma conotação negativa expressiva com relação à
contribuição das ações do PDI com a Expansão da UFRGS. Os principais pontos fortes
e/ou aspectos apareceram tanto nos resultados dos indicadores internos como nos
resultados da percepção da comunidade. Os mesmos obtiveram expressiva conotação
positiva indicando que estas ações contribuíram para a expansão acadêmica da UFRGS.
Estes resultados parecem impactar também nos resultados do pilar Excelência, pois
uma vez que houve evolução na expansão do ensino e da pesquisa, a possibilidade de
reforçar os indicadores de excelência aumenta. Por exemplo, aumentando o número de
cursos de mestrado e doutorado, houve aumento na pesquisa e nas publicações,
especialmente as internacionais, contribuindo dessa forma para o incremento na
Internacionalização da UFRGS, como mostram os indicadores relacionados do pilar
Excelência.
Outros resultados positivos que reforçam os pontos anteriores foram obtidos através
da criação do campus Litoral Norte (Concluído) e com a expansão de 56.000 mt2 da área
da UFRGS, como demonstram os indicadores. Apesar desta expansão, várias obras estão
sendo executadas e possivelmente estarão concluídas até o final do período de vigência do
PDI.
A percepção da comunidade consultada sobre a contribuição das ações do PDI para
a melhoria da Expansão da UFRGS apresentou uma conotação mais positiva que negativa
29
para todos os perfis, porém com uma variação menor entre as medidas. O número de
respostas nas categorias - Vazios/Desconheço demonstra que parte da comunidade que
respondeu não tem conhecimento de algumas das ações de Expansão executadas. Os
pontos positivos destacados pela comunidade também foram aqueles relacionados às ações
de ensino, pesquisa e extensão. Interessante que na percepção da comunidade sobre a
contribuição das ações do PDI para a melhoria da Expansão da UFRGS a conotação
negativa permanece expressiva para a questão de ações de ampliação da infraestrutura, tais
como, reforma de espaços e ampliação dos já existentes.
Os contratos de obras mostram que houve melhorias e criação de novos espaços,
mas possivelmente estas melhorias não são percebidas pela comunidade. Analisando um
contexto geral consolidado para o pilar constata-se que este é o pilar com as ações de
grande porte tais como a criação de Campus Litoral Norte, o planejamento para o Campus
Serra e a construção de uma Casa de Estudante, além de um acréscimo (por volta de 5%)
na área construída da UFRGS, se considerado em número de metros quadrados. A
conclusão do Campus Litoral Norte foi um avanço notável, uma vez que com ele, não só
houve crescimento nos indicadores de expansão, mas também, vários indicadores dos
demais pilares foram impactados.
Os pontos fracos mais salientados por todos os consultados foram as políticas de
assistência estudantil e de apoio ao estudante. Um resultado que se destaca é o da
percepção sobre a realização de ações de Acessibilidade que apresentam conotações
positivas e negativas iguais, dividindo as opiniões entre os públicos consultados (citações
com conotação positiva 3%; citações com conotação negativa 3%). Vale destacar também
que o perfil Discente apresentou um percentual considerável de conotação negativa (28%)
sobre a Inclusão na UFRGS. Uma explicação pode ser o resultado de um dos indicadores
que não evoluiu – bolsa específica para alunos ingressantes via ações afirmativas. Em
resumo, analisando um contexto geral consolidado percebe-se que a maioria das ações
prevista para o pilar vem sendo executada devendo ser concluída ao longo do período de
vigência do PDI.
Os resultados da percepção positiva da comunidade sobre a contribuição do PDI
para o atingimento de maior Inclusão da UFRGS com a sociedade (questões abertas 43%;
questões fechadas 60%) demonstram que houve maior contribuição das ações do PDI do
que menor (questões abertas 11%; questões fechadas 18%). Similarmente, os resultados
efetivos mostram uma expressiva contribuição para a ocorrência e evolução das ações que
30
contribuíram com a Inclusão (87,5%;67%) versus os resultados que não evoluíram ou
ações que não foram executadas (12,5%;33%). Estes resultados mostram que ações que
não contribuíram são pouco expressivas comparadas com ações que contribuíram. No
entanto, vale destacar o percentual expressivo de percepção Vazios/Desconheço (Docentes
33%; Discentes 52%; Técnico-administrativos 43%) evidenciando que a maioria dos
consultados não conhece quais são as ações de Inclusão. Isto talvez possa se relacionar ao
fato da palavra “Comunicação” aparecer entre as mais citadas no pilar Eficiência,
apresentando conotação positiva (4%) igual à conotação negativa (4%), dividindo as
opiniões entre a falta ou a existência de boa comunicação. De uma maneira geral pode-se
inferir que o fato de se ter um PDI contribuiu para que a Inclusão da UFRGS na sociedade
evoluísse.
Os principais resultados obtidos da avaliação mostram que os pilares Excelência e
Inclusão apresentam maior evolução no período avaliado, contribuindo para que as ações
fossem não somente realizadas como também trouxessem resultados positivos. A
Excelência é demonstrada pelos resultados de dois indicadores, ações nominadas e
percepção da comunidade, relacionados aos temas Qualidade de Ensino e Pesquisa,
Internacionalização, Interdisciplinaridade entre as áreas de Ensino, Pesquisa e Extensão. A
Inclusão apresentou avanços através dos resultados em temas como Ações Afirmativas,
Acessibilidade, Eventos e Programas e Responsabilidade Social. No entanto, é bom
lembrar que algumas ações relacionadas ao tema Assistência Estudantil apresentaram
expressiva conotação negativa.
Os resultados do pilar Expansão se mostraram um pouco menos favoráveis que os
pilares Excelência e Inclusão, porém apresentam evolução na execução das ações do PDI a
ele relacionadas. Provavelmente, este resultado geral ocorreu devido a ações de grande
porte relacionadas ao tema infraestrutura (nova) se encontrarem no estágio Em Projeto,
ações estas que tem maior exposição ao público. Os temas do pilar Expansão que se
sobressaíram e apresentaram evolução se encontram relacionados à expansão do ensino
(novos cursos), expansão da pesquisa (inovação e produção intelectual) e expansão na
extensão (eventos).
No que diz respeito ao pilar Eficiência, este foi o pilar que apresentou os resultados
mais desfavoráveis entre todos os pilares, principalmente aqueles relacionados aos temas
infraestrutura (manutenção e distribuição de espaço físico) e segurança. Porém, os
resultados dos indicadores e da percepção mostraram evolução com relação aos temas
31
relacionados a projetos de pesquisa e de extensão (evolução de convênios, contratos,
bolsas). No entanto, vale destacar ações executadas de maneira implícitas relacionadas a
ações específicas do PDI com relação aos temas otimização de processos (criação do
Escritório de Processos), sistemas (integração, digitalização de documentos, mecanismos
de avalição, informação), gestão administrativa (métodos e técnicas, pessoas,
comunicação). Por fim, vale observar que os resultados da percepção não refletem a
percepção do perfil Coletivo formado por representações estudantis e sindicais uma vez
que o retorno de opiniões deste perfil consultado não foi expressivo (1 entre 13
possibilidades) e, estatisticamente, teve que ser desconsiderado.
A análise dos resultados efetivos das ações do PDI vigente na UFRGS encontra-se
mostrada através de indicadores de resultados externos e internos, obtidos de dados
efetivos encontrados nas bases de dados de sistemas, em relatórios de prestação de contas e
outros documentos oficiais, passíveis de auditoria de órgãos externos a UFRGS, tais como
CGU (Controladoria Geral da União) e TCU (Tribunal de Contas da União). Também
fazem parte desta análise os resultados de ações nominadas (por ex.: criação do Campus
Litoral Norte, implantação do Parque Tecnológico, criação de uma Política de Estágios,
etc.), os quais indicam se estas ações foram executadas e concluídas, ou estão em
desenvolvimento, ou ainda se encontram em fase de projeto, ou não foram iniciadas (não
executadas).
Metodologia de Obtenção dos Resultados Efetivos
Para a obtenção dos indicadores de resultados das ações do PDI pela Comunidade
UFRGS foram realizadas várias reuniões e discussões em grupos de trabalho pertinentes a
cada grupo de indicadores que refletiam ações do PDI, resultando nos seguintes passos:
• Leitura geral do documento do PDI, isolando as ações por pilar direcionador e, dentro do
pilar por estrutura do PDI – ações de Graduação, de Pós-Graduação, de Ensino Básico, de
Pesquisa, de Extensão, de Responsabilidade Social, de Administração e Gestão, de
Infraestrutura Física e de Sustentabilidade Financeira. Itens da estrutura como Programas
de Desenvolvimento, Organização didático pedagógica, Perfil do Corpo Docente e
Técnico-Administrativo e Corpo Discente, forma inseridas dentro das ações relacionadas
aos macroprocessos finalísticos de ensino, pesquisa e extensão.
• Criação de uma planilha estruturada com indicadores sugeridos para cada ação que
serviriam de unidade de medida da ocorrência efetiva de cada ação.
32
• Revisão das ações isoladas, dos agrupamentos e do relacionamento com os pilares pelo
Comitê de Avaliação, sendo listadas 160 ações com 160 indicadores.
• Determinação da agenda de reuniões com os grupos de trabalhos para revisão dos
indicadores e obtenção dos dados (coleta de dados).
• Coleta de dados.
• Revisão dos dados e dos agrupamentos de ações e indicadores e, posterior reagrupamento
originando as planilhas de análise final por pilar direcionador, editadas neste documento.
A coleta de dados foi realizada ao longo de dois meses com os membros das
unidades.
A análise de dados foi realizada em conjunto com os grupos de trabalho no
momento da coleta. Buscando uma visão geral da situação de cada pilar direcionador que
pudesse ser comparada com os resultados da pesquisa de percepção, foi realizada uma
consolidação dos indicadores para cada um dos pilares. A seguir, foi elaborada uma lista de
problemas detectados na e para a consolidação com as sugestões de solução. Esta lista foi
apresentada ao Comitê de Avaliação.
O próximo passo foi refazer os agrupamentos das ações através de palavras e
índices representativos de diversas ações conjuntas do PDI da UFRGS, tais como, IGC,
Pontuação Qualis da CAPES, índices que indicam eficiência de ensino, de pesquisa,
evolução e expansão do ensino, pesquisa e extensão, entre outros. A lógica foi que um
índice destes pode medir transversalmente Excelência ou Eficiência ou Expansão ou
Inclusão, entre todas as unidades e não separadamente. Independente desta junção, a
planilha geral por ação foi mantida com uma indicação de ações que se agrupam a estes
novos agrupamentos. Para inserção destes resultados neste relatório, foi realizada uma
análise descritiva pelo corpo técnico, seguida da leitura do relatório por um Estatístico e,
por fim, a homologação pelo Comitê de Avaliação.
Em especial, ao estabelecer seu PDI, a Universidade veio a definir também seu
Projeto Pedagógico Institucional (PPI), o qual vem a ser, provavelmente, o documento
mais completo alguma vez elaborado pela Instituição capaz de traduzir sua visão sobre os
fundamentos subjacentes às suas atividades-fim, ensino, pesquisa e extensão.
33
2. A POLÍTICA PARA O ENSINO, A PESQUISA, A PÓS-GRADUAÇÃO E A
EXTENSÃO
2.1. ENSINO DE GRADUAÇÃO - Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD)
No Plano de Desenvolvimento Institucional, o Ensino de Graduação na UFRGS
(2011-2015) tem compromisso em oferecer formação profissional não apenas para
atender as demandas da sociedade, mas também projetar o futuro; em articular os
diferentes níveis de ensino oferecidos na universidade e em fortalecer o vínculo com a
pesquisa e a extensão. Para a universidade esses são requisitos para o oferecimento de
uma formação alicerçada em um processo amplo de desenvolvimento cultural,
econômico, social e ambiental (PDI 2011-2015, p. 11).
A UFRGS oferece à comunidade 95 opções de cursos de Graduação (94
presenciais e um à distância) nas mais diversas áreas do conhecimento, nas modalidades
de licenciatura e bacharelado. As formas de ingresso dos alunos na Graduação ocorrem
através de Concurso Vestibular, Sistema de Seleção Unificada (SiSU), Processo Seletivo
Unificado (PSU), Ingresso de Diplomado, Programa de Estudantes-Convênio de
Graduação (PEC-G), Ingresso de Estudantes Indígenas e Transferências Compulsórias.
Na UFRGS a Graduação é regida pela Resolução 11/2013 do CEPE, Normas Básicas da
Graduação, bem como sobre o controle e o registro de suas atividades acadêmicas,
disponível em https://plone.ufrgs.br/cepe/legislacao/resolucao-no-11-2013-de-24-04-
2013/at_download/file
Em 2013 a Universidade aprovou, através de seu Conselho Universitário
(CONSUN), que o ingresso de estudantes na UFRGS poderá ser através do Sistema de
Seleção Unificada – SiSU, a partir de 2015, estabelecendo que esta forma de ingresso
abrangerá 30% do total das vagas ofertadas para cursos de graduação presencial. O
preenchimento das demais vagas no percentual de 70% permanece por meio do
Concurso Vestibular UFRGS. Caracteriza-se, assim, mais uma forma de democratização
do acesso à Universidade. Decisão do CONSUN N° 518/2013 disponível em
http://www.ufrgs.br/consun/legislacao/documentos/decisao-no-518-2013/
A universidade busca articulação entre os diversos âmbitos de sua organização
acadêmico-administrativa, visando desenvolver processos pedagógicos de gestão dos
Cursos de Graduação de forma planejada e integrada, o que se constitui em um desafio
permanente.
34
A Pró-Reitoria de Graduação está estruturada em três segmentos: Coordenadoria
de Planejamento da Graduação (CoorGrad), Departamento de Consultoria e Registros
Discentes (DECORDI) e Departamento de Cursos e Políticas de Graduação (DCPGrad).
Há também duas coordenadorias de área dos cursos vinculadas à PROGRAD: a
Coordenadoria das Licenciaturas (CoorLicen) e Coordenadoria da Saúde (CoorSaúde).
Na Coordenadoria de Planejamento da Graduação (CoorGrad) estão situadas: a
Secretaria do Gabinete - responsável pela assessoria às Direções no que tange ao
planejamento e gerenciamento das ações administrativas da Pró-Reitoria - e a Gerência
Administrativa - responsável pela solicitação e controle de materiais e pagamentos
gerenciadas pela PROGRAD.
As Coordenadoria das Licenciaturas (CoorLicen) e a Coordenadoria da Saúde
(CoorSaúde) estão vinculadas à Pró-Reitoria de Graduação e atuam de forma colegiada.
A CoorLicen tem como principal objetivo articular o Projeto Institucional da
Universidade no que se refere à formação de professores com os Projetos Pedagógicos
específicos dos 17 cursos de licenciatura da UFRGS. Já a CoorSaúde é responsável por
coordenar ações referentes à formulação, à execução e à avaliação do Projeto Político
Institucional de Formação de Profissionais da Área da Saúde na UFRGS, base para os
Projetos Político-Pedagógicos específicos dos cursos. Além disso, articula cursos da área
da saúde com as áreas de ciências humanas, exatas, sociais e outras áreas que formam
profissionais com potencial para desenvolver ações junto ao Sistema Único de Saúde.
O DECORDI e o DCPGrad são os segmentos que se envolvem com a toda a
Graduação, razão pela qual estão a seguir detalhadas as ações que desenvolvem.
O Departamento de Consultoria em Registros Discentes (DECORDI) tem como
principal objetivo gerenciar a vida acadêmica dos cerca de 30 mil alunos de Graduação
da UFRGS. Nessa direção, o DECORDI é responsável pelo Ingresso de todos os alunos
(Concurso Vestibular, Sistema de Seleção Unificada (SiSU), Processo Seletivo
Unificado (PSU), Ingresso de Diplomado, Programa de Estudantes-Convênio de
Graduação (PEC-G), Ingresso de Estudantes Indígenas e Transferências Compulsórias.),
pela guarda da documentação de todos os alunos e ex-alunos, pela emissão de diplomas e
pelos sistemas de matrícula e registros que a Universidade utiliza atualmente além de
outras atividades de rotina. O DECORDI possui três divisões: Divisão de Emissão,
Registro e Revalidação de Diploma (DERD); Divisão de Documentação e Arquivo
(DIDA) e Divisão da Vida Acadêmica (DIVA).
35
A DERD lida com o registro de Diplomas de Graduação de outras IES. Há 50
instituições cadastradas com o registro feito pela UFRGS. No ano de 2015 foram cerca
de 7 mil registros. A divisão trabalha também com a emissão de diplomas dos cursos de
graduação da UFRGS, totalizando cerca 3 mil diplomas/ano. A revalidação de diplomas
também tem início nesta divisão. No ano de 2015 foram feitas as revalidações de 87
diplomas de Medicina através do REVALIDA e outras cerca de 100 revalidações.
A DIDA é responsável pela guarda dos documentos referentes à graduação da
UFRGS. No ano de 2015 foram digitalizados cerca de 5 mil documentos de ingressantes.
Além disso é feita a guarda e a gestão dos documentos dos alunos que ainda não foram
cadastrados no Sistema de Graduação e, muitas vezes são solicitadas consultas a esses
dados. É realizada também a preparação, digitalização e indexação de documentos de
alunos e ex-alunos dos cursos de graduação da UFRGS. É nesta divisão que são
expedidos documentos acadêmicos não disponibilizados no Portal do Aluno e Conteúdos
Programáticos anteriores a 2010. Tem-se trabalhado também na informatização destes
últimos para estender a consulta eletrônica a períodos anteriores a 2010.
A DIVA é a maior divisão do DECORDI em número de servidores, e é a partir da
DIVA que inicia o registro da vida acadêmica do aluno, pois todos os ingressos passam
pela mesma. A Divisão é responsável também pelos registros de afastamentos para
realização de estudos, para complementar estudos. É também pela DIVA que são feitos
registros fora de prazo, matrícula de alunos visitantes, desistência do curso, licenças –
exceto licença saúde. A Diva também é o principal canal de consultoria às COMGRADs
sobre registros discentes.
O Departamento de Cursos e Políticas de Graduação (DCPGrad) tem como
principal objetivo assessorar os processos pedagógico-administrativos dos Cursos de
Graduação existentes, bem como a implementação dos novos Cursos ou aqueles que
estão em processo de revisão dos seus Projetos Pedagógicos. Além disso, tem como
objetivo propor e acompanhar programas que visem qualificar os processos pedagógicos
e a formação acadêmica do estudante.
O Departamento atua em dois focos: nos cursos de graduação, e nos programas e
políticas de graduação. Operacionaliza suas atividades por meio de três divisões: Divisão
de Cursos, Divisão de Políticas e Divisão de Estágios. A Divisão dos Cursos de
Graduação, desenvolvendo suas ações por meio de assessorias que promovem cursos de
capacitação para apropriação de novos sistemas, processos e planejamento da Graduação
36
(Ex: Módulo Turmas, Portal do Candidato, Oficinas de Planejamento da Graduação);
acompanham os processos de criação de novos cursos; a análise da viabilidade técnica
das reestruturações propostas, do ponto de vista dos requisitos fundamentais para o
cumprimento do percurso curricular; a revisão dos Planos de Ensino e atualização destes
no Sistema de Graduação; a implantação, nesse mesmo Sistema, dos currículos dos
novos cursos e das alterações curriculares propostas pelos cursos existentes; o
esclarecimento de dúvidas em relação aos aspectos específicos da legislação de ensino de
graduação; a atualização contínua das informações referentes aos Atos Legais dos
Cursos de Graduação. Realiza, ainda, serviços pontuais, especialmente no controle do
espaço físico compartilhado por diversas Unidades Acadêmicas nos prédios gerenciados
pela PROGRAD. Ainda, disponibiliza as salas não ocupadas pela graduação para
atividades diversas – aulas de pós-graduação, atividades extraclasse, eventos organizados
pela comunidade acadêmica da UFRGS, atividades de extensão, dentre outros. Há
também o acompanhamento do oferecimento de turmas em cada semestre letivo da
graduação via Sistema “Módulo Turma”, implementado no primeiro semestre de 2015.
A Divisão de Programas de Graduação, tem como objetivo a sistematização, o
planejamento e o acompanhamento da execução dos Programas Acadêmicos que visam a
melhoria da Graduação, bem como o fomento de novos Programas Acadêmicos e a
manutenção dos já existentes, em consonância com a política de ensino da UFRGS.
Como, por exemplo, Programa de Educação Tutorial (PET) /SESu-MEC; Programa de
Mobilidade Acadêmica Nacional ANDIFES, além das mobilidades específicas dos
Internatos do curso de Medicina, bem como fornece apoio à Coordenação Institucional
do Programa de Estudantes Convênio da Graduação- PEC-G. Atua, ainda, na gestão do
Programa de Monitorias Acadêmicas juntamente com a Secretaria de Educação à
Distância (SEAD), o qual se constitui como um espaço de aprendizagem que qualifica a
formação dos estudantes na graduação. Desenvolve também o Programa de Apoio à
Graduação da UFRGS (PAG), regulamentado pela Portaria 799, de 05 de fevereiro de
2014 – Gabinete do Reitor, que se estrutura em duas vertentes: a) formação discente, no
qual são previstas as ações de Monitor de COMGRAD, Inovações Pedagógicas, Reforço
Acadêmico e Atendimento Psicopedagógico do discente, com a finalidade de minimizar
e sanar as dificuldades no processo de aprendizagem; e, b) formação docente, que prevê
ações de capacitação docente para qualificação do ensino na graduação, via o Programa
de Atividades de Aperfeiçoamento Pedagógico – PAAP.
37
A Divisão de Estágios e Monitorias, é responsável pelo registro dos estágios não-
obrigatórios no Sistema de Estágios da UFRGS, assinaturas dos Termos de
Compromisso e acompanhamento dos Convênios de estágios realizados com as
instituições.
Na gestão da Graduação, ou seja, para o planejamento, desenvolvimento e
efetivação de políticas e ações institucionais, o constante aprimoramento dos aspectos
didático-pedagógico-administrativos se dá no trabalho das Comissões de Graduação dos
Cursos - COMGRADs articulado com a Pró-Reitoria de Graduação - PROGRAD. Tal
articulação precisa, em primeiro lugar, acontecer internamente e por isso desde o
segundo semestre de 2015 houve intensificação na integração dos procedimentos entre
DCPGRAD e DECORDI. Uma das primeiras realizações conjuntas foram as Oficinas
de Planejamento da Graduação em novembro de 2015, voltadas aos servidores para
preparar o semestre letivo de 2016/1, com os temas: previsão de vagas entre
COMGRADs e Departamentos; Gestão do espaço físico das disciplinas gerenciadas
pelas COMGRADs e Departamentos; Oferecimento de atividades de ensino no Módulo
Turmas pelas COMGRADs e Departamentos; Matrícula WEB; Matrícula Fora de Prazo
e Diplomação. A avaliação dos participantes, durante e após os eventos, evidenciou que
os objetivos propostos foram atingidos e há extrema necessidade de continuidade das
oficinas de capacitação e de integração entre as ações.
A integração tem como meta a melhoria do cotidiano por meio de ações como:
compartilhamento das informações sobre fluxos e processos para que, no mínimo, dois
servidores saibam realizar as mesmas tarefas; conhecimento dos procedimentos e
encaminhamentos para evitar retrabalho; implementação de melhorias a partir das
sugestões dos próprios servidores para fluidez das ações; reuniões de trabalho
semanais/quinzenais para organização das ações previstas no calendário acadêmico que,
em determinados períodos, intensificam o cotidiano nos diferentes serviços, dentre
outras.
Com vistas a dar continuidade à qualificação da Graduação destacam-se algumas
potencialidades e fragilidades identificadas, bem como ações e estratégias na busca de
melhorias que estão sendo implementadas pelo Departamento de Cursos e Políticas da
Graduação (DCPGrad) e pelo Departamento de Consultoria e Registros Discentes
(DECORDI).
38
Aspectos
Fragilidades
Potencialidades
Ações e estratégias na
busca de melhorias
Projetos
Pedagógicos dos
Cursos - PPC
Dificuldade na
articulação entre as
Diretrizes
Curriculares
Nacionais, as
mudanças
contemporâneas da
realidade do Ensino
Superior (Ações
Afirmativas e o
aumento do número
de alunos em
intercâmbio
nacional e
internacional) e a
necessária
atualização dos
Projetos
Pedagógicos dos
Cursos – PPC para
refletir essas novas
demandas
Disponibilidade dos
coordenadores de
curso na promoção
de Fóruns e Grupos
de Trabalho para
encontrar soluções
para as fragilidades
apresentadas
Existência de
espaços para
formação continuada
docente no Ensino
Superior.
Continuidade da
promoção de Fóruns de
COMGRAD, incluindo a
PROGRAD, com
periodicidade mensal
para afinar processos
técnico- pedagógicos,
diminuindo as
fragilidades apontadas
Criação de um Serviço de
Assessoramento aos
cursos para revisão dos
Projetos Pedagógicos dos
Cursos – PPC, da
PROGRAD
Planos de Ensino Pouco
conhecimento
técnico pedagógico
dos docentes na
organização do
processo de ensino
para desenvolver os
conhecimentos e
Visibilidade dos
conhecimentos e
competências a
serem trabalhados na
Atividade de Ensino.
Visualização da
interação dos
Continuidade da
implementação da
Resolução 11/2013 –
Normas Básicas da
Graduação, subsidiando a
revisão dos Planos de
Ensino e diminuído as
fragilidades apontadas.
39
habilidades
necessárias à
formação
profissional
a serem trabalhadas
nas Atividades de
Ensino específicas
no decorrer de cada
etapa da formação
discente.
Necessidade de
clareza dos critérios
de avaliação e
recuperação de
conhecimentos das
diferentes áreas.
conhecimentos e
competências
trabalhados nas
diferentes Atividades
de Ensino que
compõe a formação
profissional para
alcançar o Perfil do
Egresso almejado no
Projeto Pedagógico
do Curso.
Organização e
oferecimento de
capacitações e oficinas
orientando sobre a
importância e as
possíveis formas de
elaboração de Planos de
Ensino para atingir os
objetivos para o qual se
destinam
Metodologias de
Ensino-
Aprendizagem e
Avaliação
Necessidade de
metodologias
voltadas à
ressignificação de
aprendizagens,
especialmente nas
disciplinas de
graduação com alto
índice de
reprovação.
Necessidade de
ampliar o uso das
ferramentas digitais
Existência e
disponibilidade da
Escola de
Desenvolvimento de
Servidores – Pró-
Reitoria de Gestão
de Pessoas
(PROGESP), para
institucionalizar as
ações do Programa
de Atividades de
Aperfeiçoamento
Pedagógico – PAAP
– e de Capacitações
Articulação entre os
eixos de apoio à
formação acadêmica
discente e a formação
docente no ensino
superior e dos técnicos
administrativos para
fortalecer o ensino da
graduação. Em especial
no Programa de
Atividades de
Aperfeiçoamento
Pedagógico – PAAP – e
do Programa de
40
na Graduação.
Pouca Articulação
entre COMGRADS
e PROGRAD.
para os servidores
docentes e técnicos.
Parceria PROGRAD-
SEAD para melhor
divulgação das
plataformas virtuais
disponíveis para uso
nos cursos de
Graduação
Capacitações da
PROGESP, que está
organizado com opções
flexíveis de temas de
formação, contemplando
diferentes necessidades
de formação dos
professores e técnicos
ingressantes.
- Planejamento e oferta
de seminário de
Formação Docente
Universitária para todos
os professores da
UFRGS.
- Intensificação do uso
de
ferramentas digitais para
qualificar o ensino e a
aprendizagem na
Graduação.
- Implantação dos
Núcleos
Docentes Estruturantes -
NDE, visando ao
acompanhamento do
curso de graduação,
atuando no processo de
concepção, consolidação
e contínua atualização do
Projeto Pedagógico do
Curso - PPC
–Resolução CEPE
41
22/2012.
- Articulação entre
PROGRAD, Câmara de
Graduação e RELINTER
para implementar as
legislações e aprimorar as
exigências
contemporâneas. Como,
por exemplo,
equivalências de
disciplinas cursadas no
Programa Ciências sem
Fronteiras e os currículos
dos cursos.
- Continuidade de ações
de capacitação técnico-
pedagógicas com
servidores docentes e
técnicos que atuam nas
COMGRADs, para
diminuir a retenção e a
evasão, colaborando para
a elevação do índice de
sucesso acadêmico,
apoiando a permanência
discente na universidade.
Gestão e
Planejamento da
Graduação
Necessidade de
melhor definição
conceitual e
informatização de
questões afetas aos
currículos da
Definição normativa
recente e
planejamento da
operacionalização em
andamento.
Colaboração entre
PROGRAD e Câmara de
Graduação a fim de
definir os termos da
legislação da graduação
em consonância com a
42
graduação como,
por exemplo,
atividades de saída
de campo, estágios,
etc.
Necessidade de
maior integração
entre PROGRAD e
COMGRADs na
elaboração de
calendário das
ações dos cursos de
Graduação.
Pouca clareza e
publicidade do
fluxo das ações e
processos da
Graduação, além da
pulverização das
informações
disponíveis.
Carência em relação
a infraestrutura e
recursos humanos
adequados para a
realização das
atividades de
acompanhamento
técnico-pedagógico
aos cursos de
Encontros/capacitaçõ
es que permitam a
troca de experiências
entre os diferentes
órgãos envolvidos na
Graduação no que
diz respeito a
questões técnico-
pedagógicas
referentes aos Planos
de Ensino, às
Alterações
Curriculares e
Projetos Pedagógicos
dos Cursos.
Promover o
assessoramento
técnico-pedagógico
às COMGRADs e
NDEs para que
adequações de seus
currículos e projetos
pedagógicos à
legislação e às
Diretrizes
Curriculares
Nacionais.
legislação federal,
definição de fluxos e
informatização dos
processos implicados.
- Continuidade das
Oficinas de planejamento
da Graduação, iniciadas
em 2015/2 com objetivo
de qualificar servidores,
docentes e técnicos, que
atuam em COMGRADs e
Departamentos a fim de
sistematizar e otimizar o
fluxo dos procedimentos
envolvidos no
planejamento e oferta de
turmas, utilização do
espaço físico, e processos
referentes à matrícula da
Graduação, através da
utilização e publicização
de exemplos bem
sucedidos de
COMGRADs e
Departamentos da própria
Universidade (“boas
práticas”)
- Módulo turmas:
mapeamento do fluxo de
ações do sistema de
oferecimento de turma a
43
graduação.
fim de otimizar seus
recursos e simplificar sua
utilização.
- KIT GRADUAÇÃO:
ampliação do escopo de
trabalho do KIT
COMGRAD para incluir,
além mapeamento dos
fluxos e ações realizadas
pelas COMGRADs, as
que são de competência
dos Departamentos no
que tange à Graduação.
Isso para que fique
registrado o trabalho
desenvolvido e seja
possível que novos
servidores, docentes e
técnicos, tomem
conhecimento da ordem
dos fluxos e do passo a
passo da realização
dessas atividades.
Estágios Falta de legislação
interna da
Universidade para
regrar os estágios
obrigatórios e a
UFRGS como
campo de estágio
para alunos de
Elaboração de um
banco de dados dos
estágios, obrigatórios
e não obrigatórios,
realizados pelos
alunos de graduação.
Elaboração de
Organização e realocação
de recursos humanos para
suprir a demanda de
trabalho do setor.
Reorganização interna da
metodologia de trabalho
da equipe visando maior
44
outras IES.
Número reduzido
de servidores e
necessidade de
ampliação do
espaço físico para o
atendimento aos
discentes,
COMGRADs e
empresas.
Dificuldade em
ações de
planejamento e
aprimoramento dos
fluxos e rotinas em
razão do reduzido
número de
servidores no setor.
normativa para os
estágios obrigatórios
para que se adequem
às legislações
vigentes e que se
permita o efetivo
acompanhamento
institucional.
Planejamento das
ações desenvolvidas
pelo setor de estágio
a fim de organizar e
otimizar os recursos
disponíveis.
eficiência e produtividade.
Mobilidade
ANDIFES
Nacional
Escassas
oportunidades de
intercâmbio
nacional com bolsas
acadêmicas
Qualificação da
formação profissional
e pessoal dos
estudantes
Programas de
Apoio à
Graduação
(Monitorias, PAG
e SOA)
Necessidade de
ampliação de
recursos financeiros
para manutenção e
ampliação do
número de bolsas de
apoio à graduação,
Realização de
capacitações para
servidores, docentes
e técnicos, e
monitores
promovendo o
intercâmbio de boas
Ampliação das
capacitações para
servidores, docentes e
técnicos, e monitores
sobre as ações dos
diferentes programas de
apoio à graduação a fim
45
monitorias
acadêmicas e para
acompanhamento
dos alunos PEC-G.
Necessidade de
ampliação de
infraestrutura e
recursos humanos
adequados para a
realização das
atividades do
Serviço de
Orientação à
Aprendizagem que,
atualmente,
compartilha espaço
com o Núcleo de
Apoio ao Estudante
e conta com duas
servidoras cedidas
para a realização
deste trabalho.
práticas realizadas
pelos atores
envolvidos.
de aperfeiçoar e
potencializar suas ações.
Institucionalização do
Serviço de Orientação à
Aprendizagem (SOA)
com disponibilização de
servidores.
Atendimento ao
público -
DECORDI
Possui pouca
supervisão de suas
ações.
Conta apenas com o
trabalho dos
bolsistas.
Falta de
Tem enorme alcance
junto ao corpo
discente.
Canal de comunicação
com o aluno.
Potente fortalecedor
da uniformização dos
procedimentos de
Formações dos bolsistas
para a qualificação do
atendimento com
implementação de
política de
relacionamento e
aperfeiçoamento no
contato com o aluno.
46
conhecimento
técnico dos
processos da
Graduação que
envolvem o aluno.
Falta de
padronização e
qualificação no
atendimento ao
aluno.
consulta e aquisição
de documentação e
históricos junto aos
alunos.
Ampliação do escopo de
atendimento aos alunos
objetivando a diminuição
de ruídos na
comunicação a partir do
fortalecimento do
atendimento unificado e
concentrado do aluno
como uma “Central de
Atendimento aos alunos”.
Mapeamento dos fluxos
de atendimentos
realizados pelo
DECORDI a fim de
aperfeiçoar os novos
bolsistas de forma rápida
e eficaz para otimizar os
processos, simplificando
o atendimento e
qualificando a oferta da
informação.
Custódia de
Documentação
dos alunos
Inexistência de uma
política de gestão
documental para a
melhoria da
preservação,
consulta e
arquivamento.
Possui acervo rico de
documentos para a
pesquisa e
preservação da
história dos registros
discentes.
Continuidade e
aprimoramento do Grupo
de Trabalho (GT)
estruturado para o
gerenciamento e
disponibilização do
acervo.
Registro de
Diplomas de
outras
Instituições
Alguns diplomas
destas universidades
chegam à UFRGS
com erros de
Prestação de um
serviço de
responsabilidade legal
das Universidades
Simplificação e
otimização dos processos
através de capacitação
das Instituições externas.
47
Ensino Superior preenchimento,
falta e/ou equívoco
de informações e
em desacordo com a
legislação.
Públicas. Registro da
conclusão de cursos
de nível superior em
atendimento à
demanda social da
oferta de acesso à
educação.
Mapeamento dos fluxos
do processo de registro
dos diplomas, a fim de
aprimorar e simplificar as
etapas do trabalho do
setor.
Emissão dos
Diplomas de
Conclusão dos
Cursos de
Graduação da
UFRGS.
Desconhecimento
do processo de
elaboração do
diploma o que gera
erros no
procedimento de
sua elaboração.
Finalização do
processo de conclusão
da prestação do
serviço da
Universidade ao aluno
através do Diploma de
conclusão de seu
curso de Graduação.
Aprimoramento do
sistema informatizado
que possibilita esta ação e
continuidade das
capacitações às
COMGRADS para
aprimorar o
relacionamento.
Mapeamento dos fluxos
do processo de emissão
de diplomas, otimizando
as etapas deste serviço.
Matrícula de
alunos calouros
Morosidade do
processo de
chamamento e de
análise da
documentação de
renda.
Facilidade no
ingresso de alunos na
UFRGS e no
processo de
ocupação de vagas.
Formação em serviço dos
servidores envolvidos.
Desenvolvimento e
aprimoramento do Portal
do candidato que
informatizou o processo
de recebimento da
documentação dos
candidatos.
Matrícula de
alunos veteranos
Dificuldade de
organizar o
calendário de datas
Aprimoramento dos
indicadores das
disciplinas que
Continuidade e
aprimoramento das
formações com as
48
acadêmicas de
forma que facilite o
processo de
matrícula.
Pouco espaço de
tempo para a
realização do
processo de
matrícula
(encomenda e
ajustes).
Dificuldade de
ocupação das vagas
ociosas por parte
dos calouros.
auxiliam os alunos
no planejamento da
matrícula com
informações
referentes às mesmas
como retenção, pré-
requisitos.
COMGRAD’s.
Implementação de
melhorias no sistema de
matrícula.
Mapeamento dos fluxos
do processo de matrícula,
oportunizando o
conhecimento, melhoria e
simplificação das etapas
do trabalho por cada
setor.
Quadro 1 - DCPGRAD/DECORDI
Observações pontuais:
Greve dos servidores: De maio a outubro de 2015 ocorreu greve dos servidores e a Divisão
de Cursos e a Divisão de Estágios atendeu em caráter emergencial o que gerou atrasos e
acúmulos de processos administrativos.
Revisão dos Currículos dos Cursos: A responsabilidade do processo de revisão é das
COMGRADs com assessoria do Departamento de Cursos e Políticas de Graduação,
entretanto em alguns cursos, a periodicidade de revisão é longa, podendo ser abreviada. É
motivada pelos seguintes critérios: necessidade identificada pelo próprio curso; alteração
nas Diretrizes Curriculares Nacionais das áreas, ou por legislações emanadas pela própria
instituição; indicações de comissões externas de avaliação; algumas vezes mobilizadas
pelos conselhos profissionais. O Fórum de Coordenadores do Curso de Graduação tem
sido a instância importante para a discussão das políticas e estratégias de revisão dos
cursos; já a COMGRAD ou as Coordenadorias (Licenciaturas, Saúde, Engenharias- não
vinculada à Pró-Reitoria) têm assumido a responsabilidade de estudar e discutir as
Diretrizes Curriculares Nacionais das respectivas áreas.
49
Infraestrutura. Em que pese o alto investimento na readequação dos espaços de ensino,
como climatização, substituição de carteiras e instalação de equipamentos de informática,
bem como a disponibilização da rede sem fio, há necessidade de significativos
investimentos em melhoria da infraestrutura na UFRGS. Em levantamento recente da
PROGRAD, mas ainda não definitivo, constatou-se que a quantidade de salas de aula,
levando em conta a recente expansão dos cursos, em função do REUNI, brevemente se
tornará insuficiente. Além disso, não há uma política clara na disponibilização dos
espaços, ocasionando um mau aproveitamento das salas, com horários congestionados e
outros subaproveitados, salas superlotadas e outras com ocupação muito aquém de sua
capacidade. Tal situação reflete-se também em dificuldade para implementação de
atividades pedagógicas inovadoras, pois não há espaços adequados para a utilização, por
exemplo, de monitores ou para estudos coletivos além das salas de aula, o que se torna
impossível em determinados horários.
Durante o ano de 2015, o prédio de salas de aulas do Campus Centro e o prédio do
Instituto de Psicologia continuaram interditados. No último semestre (2015/2) foi
necessário alocar 220 turmas da graduação em salas de aula de outras unidades, das
quais 42 turmas em espaços externos: escolas estaduais e Instituto Federal de Ciência e
Tecnologia do Rio Grande do Sul.
No que tange aos laboratórios, há necessidade de revisão e ampliação para abarcar
a ampliação de estudantes gerada pelo REUNI nas Unidades Acadêmicas. Já as
bibliotecas normalmente têm espaços adequados, embora haja problemas em várias
quanto ao horário de funcionamento, especialmente para atendimento de cursos
noturnos. Para tanto, há continua negociação junto às Unidades para a ampliação do
horário de atendimento das Bibliotecas, o que certamente repercutirá em uma
reestruturação interna de pessoal das Unidades Acadêmicas.
Oportunidades na graduação: Os estudantes da UFRGS, desde seu ingresso, têm à sua
disposição uma gama de oportunidades para comporem a sua trajetória acadêmica na
Universidade, por meio de programas tais como: Monitoria Acadêmica, Educação
Tutorial, Iniciação à Docência, Programa de Mobilidade Acadêmica Nacional e
Internacional, Programa de Licenciaturas Internacionais, Programa de Dupla
Diplomação (reformulado e ampliado recentemente através da Resolução nº 21/2013 do
CEPE, disponível
50
http://www.ufrgs.br/cepe/legislacao/resolucao-no-21-2013-de-26-06-2013), Estágios,
Representação Discente (participação de alunos eleitos por seus colegas em todas as
instâncias colegiadas da UFRGS, como CONSUN, CEPE, Conselho da Unidade,
Comissão de curso, etc.), Atividades Complementares, Programa de Monitoria Especial,
Programa de Apoio à Graduação (reforço acadêmico, pré-cálculo), Ações
Afirmativas, Ciências sem Fronteiras, Iniciação Científica, Jovens Talentos, Empresas
Junior, Incubadoras, Bolsas Acadêmicas e Programa Bolsa Permanência, Extensão, além
do Núcleo de Apoio ao Estudante (http://www.ufrgs.br/nae/) e Programa de Benefícios
Estudantis (bolsas, casas de estudantes, colônia de férias, restaurantes Universitários,
programas de benefícios, auxílios e bolsas) disponíveis em http://www.ufrgs.br/prae/sae.
A incorporação de novos perfis de estudantes na Universidade gera grandes
desafios e apresenta fragilidades em relação à permanência dos mesmos, em especial, no
que diz respeito às questões financeiras e às questões de ensino e de aprendizagem.
Estratégias para tentar sanar essas dificuldades têm sido adotadas com a disponibilização
de auxílios, bolsas, moradia estudantil, entre outros. Mas há uma grande expectativa de
que a Bolsa Permanência do MEC mude suas regras e abarque um maior número de
cursos, para que um maior número de estudantes seja beneficiado.
Mobilidade Acadêmica Nacional: os números demonstram uma baixa procura, em
especial por não haver bolsas que propiciem esta movimentação entre os Estados.
Atualmente, o único incentivo são as bolsas disponibilizadas pela
ANDIFES/SANTANDER, destinando para a UFRGS um número limitado de bolsas:
apenas 5 bolsas por ano.
Ampliação do atendimento ao público: devido à ampliação da comunidade acadêmica,
desde o aluno do Ensino Fundamental e Médio até os Programas de Pós-Graduação, que
já ultrapassa 50 mil alunos, há necessidade de ampliar o horário do atendimento
permanecendo até às 20h para poder dar cobertura aos alunos dos cursos noturnos.
Para finalizar é importante ressaltar que, segundo o PDI e em conformidade com
a expansão universitária, a UFRGS necessita criar uma Central de Atendimento no
Campus Centro e Campus do Vale, o qual terá uma abrangência maior que o atual
atendimento aos alunos.
51
2.2. ENSINO A DISTÂNCIA - Secretaria de Educação a Distância (SEAD)
A Secretaria de Educação a Distância (SEAD) fomenta, assessora e coordena ações
de educação a distância para apoiar o desenvolvimento da educação superior com
excelência e compromisso social, por meio da inserção de tecnologias nos processos de
ensino e de aprendizagem, propiciando atividades com diferentes níveis de presencialidade
no âmbito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
As ações realizadas pela SEAD refletem as políticas de Educação a Distância (EaD)
do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) 2011-2015 com o objetivo de ampliar o
acesso ao ensino superior de qualidade por meio da modalidade de educação a distância, e
ampliar o uso das tecnologias apoiando as atividades de ensino presencial. Busca-se a
inserção de recursos, processos e metodologias de EaD dentro de uma perspectiva de
inclusão social e educacional, inovando e integrando espaços pedagógicos e tecnológicos
para qualificar o ensino e fomentar a iniciação científica de alta qualidade. Em consonância
com o PDI e o Plano de Gestão 2012-2016, as ações da SEAD estão vinculadas a três
projetos: Fomento à Educação a Distância; Qualificação da divulgação ao público interno e
externo da UFRGS e Modernização dos processos de planejamento e gestão.
Dentre as atividades realizadas dentro do Projeto Fomento à Educação a
Distância, a SEAD realiza suas atividades em consonância com os Referenciais de
Qualidade para a Educação Superior a Distância do Ministério da Educação (MEC). Para
isso, presta assessoria às ações e a projetos de cursos na modalidade a distância, orientando
e estimulando o uso das plataformas institucionais. A gestão das plataformas institucionais
de EaD (Moodle, ROODA e NAVI), da Sala de aula Virtual (SAV) e dos recursos de
webconferência, Mconf, com o apoio do Centro de Processamento de Dados (CPD) da
Universidade, visa dar suporte a currículos e projetos pedagógicos cada vez mais
inovadores, é mantido de forma permanente e garante o atendimento aos usuários e é uma
das formas de comunicação direta da Secretaria com a comunidade. Conjugam-se esforços
para a constante melhoria da qualidade do ensino.
A equipe do Suporte Pedagógico às Plataformas trabalhou em conjunto com o CPD
e o Núcleo de Apoio Pedagógico à Educação a Distância (NAPEAD) da SEAD na
migração para uma nova versão (2.7) do ambiente virtual de aprendizagem “Moodle
Acadêmico” (dedicado ao apoio das atividades de ensino) e na criação do “Moodle
Colaboração”. A nova plataforma “Moodle Colaboração” oferece espaços específicos para
registro de atividades administrativas, grupos de trabalho, grupos de pesquisa e também
52
para diferentes tipos de capacitação, que envolvem as atividades que não necessitam de
registro nos sistemas acadêmicos e nas quais podem participar usuários externos à
universidade. No ano de 2015 foram solicitados 112 espaços de trabalho no “Moodle
Colaboração”.
A proposta de criação do Moodle Colaboração baseou-se na ideia de ampliar a
interação com outros pesquisadores e usuários, para além da comunidade UFRGS, e assim
facilitando a inserção nacional e internacional. Também está sendo implementado o acesso
ao Moodle Colaboração via Comunidade Acadêmica Federada (CAFe), da Rede Nacional
de Ensino e Pesquisa (RNP), que permite aos usuários o acesso por meio de login e senha
de sua instituição de origem, facilitando a inclusão de novos usuários, sem necessidade de
criação de novo cadastro na UFRGS.
As solicitações ao Suporte Pedagógico são realizadas de três formas distintas: por
contato telefônico, contato direto (presencial) ou por e-mail. Todavia, as solicitações
encaminhadas por e-mail passaram a utilizar o sistema de requisição–RT, desde julho de
2014, agilizando o registro dos atendimentos e permitindo a emissão de relatórios. No ano
de 2015, a equipe do Suporte realizou 1.364 atendimentos pelo Sistema RT e 779
atendimentos telefônicos para usuários dos ambientes EaD da UFRGS: Moodle, NAVI,
SAV, ROODA. Além do fluxo contínuo dos atendimentos, o Suporte Pedagógico
produziu, revisou e atualizou 51 tutoriais técnicos e pedagógicos, em formato texto e/ou
vídeo; criou uma página de perguntas frequentes (FAQ) online; realização de testes e
sugestões de melhorias a cada nova migração de versão, envolvendo também a avaliação
dos recursos de acessibilidade a pessoas com deficiência visual, buscando a melhoria
constante dos ambientes virtuais institucionais.
As ações realizadas pela SEAD criaram condições para a inclusão tecnológica por
meio da ampliação de oferta de vagas na modalidade a distância nos níveis de graduação e
pós-graduação e para a convergência entre as modalidades de ensino a distância e ensino
presencial. Em 2015, houve um aumento significativo no registro no sistema acadêmico
das disciplinas a distância nos cursos presenciais de graduação e pós-graduação,
provavelmente decorrente de trabalho conjunto com a DCPGRAD/PROGRAD. Constata-
se que a inserção do uso das tecnologias digitais está contribuindo para modificar as
práticas pedagógicas melhorando a qualidade do ensino oferecido na UFRGS, bem como
as ações junto às Unidades Acadêmicas, de forma que se passou a registrar essas ações de
modo mais sistemático.
53
Neste ano, a SEAD promoveu a divulgação, em âmbito institucional, de editais do
Ministério da Educação para apoio a cursos a distância. Articulou ações com as Unidades
de Ensino e órgãos da Administração Central para a oferta de cursos de graduação, pós-
graduação e extensão, e fomentou a ampliação das atividades de EaD junto aos cursos
presenciais da Universidade em todos os níveis e áreas de conhecimento. Para isso foram
realizadas visitas às unidades acadêmicas e departamentos divulgando os editais de
fomento e as demais ações de assessorias técnica e pedagógica realizadas pela SEAD.
A SEAD oferece Assessoria Pedagógica aos cursos de graduação e de pós-
graduação lato sensu a distância da UFRGS, que requerem planejamento adequado desde
as fases iniciais dos projetos pedagógicos até a publicação de editais de seleção de tutores,
considerando as especificidades da modalidade de educação a distância e de normatização
vigente. A assessoria pedagógica é responsável por analisar e divulgar junto aos docentes,
editais oriundos de programas do governo federal, como o programa Universidade Aberta
do Brasil – UAB. Foram analisados 03 editais: Nº 03/2015 (Fomento à inovação para o
desenvolvimento e aplicação de Tecnologias de Informação e Comunicação em Educação,
no âmbito do Sistema UAB), Nº 075/2014 (Oferta de vagas em cursos superiores na
modalidade a distância no âmbito do Sistema Universidade Aberta do Brasil) e Nº 22/2014
(Programa Nacional de Formação em Administração Pública (PNAP) / Plano de Carreira
dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino
(PCCTAE). Por meio da adesão a esses editais foram organizadas propostas de cursos de
graduação, especialização e projetos envolvendo as TIC atraindo recursos e fomentando a
EaD na Universidade.
No segundo semestre de 2015 foi iniciado o projeto de divulgação da SEAD junto
às Unidades Acadêmicas, permitindo a realização de visitas às Faculdades de Odontologia,
de Economia, de Direito e de Educação, Institutos de Matemática e de Geociências. O
projeto tem como objetivo de divulgar a Secretaria de Educação a Distância e suas ações
para a Comunidade Acadêmica, além de prestar consultorias a docentes que pretendem se
inserir em novas atividades na área de educação à distância.
A SEAD trabalha na busca contínua da manutenção do fomento à educação à
distância, especialmente mediante submissão de projetos a editais de órgãos externos.
Através do Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB) da Coordenadoria de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), a SEAD apoiou o
desenvolvimento de projetos importantes para política permanente de oferta de cursos de
54
graduação, voltados para a formação de professores e de professores em exercício nas
redes públicas de ensino. A saber, o curso de Licenciatura em Pedagogia ofertou 300
vagas, distribuídas em 3 polos do estado, das quais 245 foram preenchidas. O curso de
Bacharelado em Desenvolvimento Rural ofertou 300 vagas para 12 polos de apoio
presencial, das quais 194 foram preenchidas. Em função do edital 75/2014 da Universidade
Aberta do Brasil (UAB/CAPES) para oferta de novos cursos a distância, a UFRGS iniciou
as tratativas para criação do Curso de Licenciatura em Ciências da Natureza para os Anos
Finais do Ensino Fundamental. O curso, já aprovado pela Câmara de Graduação
(CAMGRAD), no âmbito da Universidade, está em fase de reformulação de seu Projeto
Pedagógico para dar seguimento nas instâncias do CEPE e CONSUN. Este curso prevê a
oferta de 300 vagas distribuídas em 5 polos do estado.
Em relação à pós-graduação lato sensu, a SEAD/UFRGS, com recursos da UAB,
apoiou 2 cursos: "Física para Educação Básica", o qual iniciou em novembro de 2014,
ofertando 150 vagas em Porto Alegre; e "Psicopedagogia" que também iniciou em
novembro de 2014 com oferta de 250 vagas em 5 polos no estado. Além destas, estão em
fase de aprovação na CAPES a reoferta de 4 especializações: "Gestão em Saúde", "Gestão
Pública", "Mídias na Educação" e "Informática Instrumental para professores da Educação
Básica". Estas articulações totalizam 1300 vagas com oferta prevista em 2016. Para
execução e manutenção dos cursos UAB, a SEAD manteve vigente ao longo do ano 5
termos de cooperação com a CAPES, os quais totalizaram R$ 6.580.418,80 de verbas
previstas, das quais R$ 3.098.985,90 foram efetivamente repassadas à Universidade.
Em relação à extensão, foram realizados 121 cursos na modalidade a distância,
envolvendo diversas unidades acadêmicas. O trabalho realizado junto à CAMEX permitiu
alteração no sistema de registro das ações de extensão, eliminando a modalidade
“presencial e a distância” e mantendo somente “curso a distância”, facilitando o registro e
acompanhamento das ações desenvolvidas nesta modalidade.
Em 2015 a SEAD acompanhou e assessorou as coordenações dos cursos UAB na
execução de R$ 648.730,84, para a implantação e continuidade da oferta de 10 cursos a
distância, a saber: Bacharelado em Desenvolvimento Rural; Licenciatura em Pedagogia;
Especializações em Psicopedagogia, Física, Gestão Pública Municipal, Gestão Pública,
Gestão em Saúde, Mídias na Educação, Matemática e, Informática.
Além desta assessoria financeira às coordenações de curso a distância, a SEAD
executou diretamente em seus próprios convênios um montante de R$ 391.217,93. Destes,
55
R$ 166.525,07 referem-se a recursos descentralizados pela CAPES em anos anteriores que
foram executados em 2015, enquanto o restante, perfazendo a quantia de R$ 224.692,86,
refere-se a recursos internos da UFRGS. Ainda no mesmo ano, foram descentralizados pela
CAPES recursos de custeio no valor de R$ 236.269,86, os quais serão executados em 2016
para a continuidade dos dois cursos de graduação e dois de especialização, vinculados ao
Sistema UAB.
Para a realização dos cursos no âmbito do Sistema Universidade Aberta do Brasil, a
Coordenação UAB/UFRGS, com o apoio da SEAD, gerenciou e executou, via Sistema de
Gerenciamento de Bolsas da CAPES, o total de 2.484 bolsas a coordenadores, docentes e
tutores dos cursos a distância no ano de 2015, o que contabilizou o valor de R$
2.402.860,00, média de R$ 200.283,33 por mês em pagamento de bolsas.
A Secretaria adotou premissas de sustentabilidade financeira em sua gestão,
garantindo a otimização dos recursos por meio da revisão contábil e financeira. Mediante a
utilização de saldos de recursos que já foram descentralizados, garantirá a continuidade das
ações de educação a distância que já se encontram em fase de execução, especialmente
para os cursos de graduação da UAB/UFRGS.
Através do Edital 032015 UAB/CAPES, a Secretaria também apoiou 4 projetos de
fomento à inovação para o desenvolvimento e aplicação de tecnologias de informação e
comunicação em educação no âmbito da UAB, que estes estão em fase de avaliação pela
CAPES e liberação dos recursos para sua implantação: "Desenvolvimento de um MOOC
sobre Química Geral, enriquecido de ferramentas interativas"; "Descoberta do desânimo de
alunos em ambientes virtuais de ensino e aprendizagem utilizando mineração de dados
educacionais"; "Sistema de Ensino ORIENTAdo a TrajEtórias de Aprendizagem
(ORIENTA-TE)"; e "Aprendizagem Virtual de Aprendizagem e Trabalho Acadêmico
Remoto - AVATAR".
Ainda dentro da política de Fomento à Educação a Distância, a SEAD promoveu o
Edital UFRGS EaD 21 cujo objetivo foi fomentar o desenvolvimento da EaD no âmbito da
Universidade, procurando abranger o maior número possível de unidades de ensino, de
servidores docentes e técnico-administrativos, e de alunos através das linhas de ação que
financiou. Pretendeu, também, incentivar a participação de novos coordenadores de
projetos nas diversas linhas do Edital. Além disso, promoveu a utilização de recursos de
acessibilidade contribuindo para o fomento de uma cultura inclusiva na Universidade.
Foram 5 as linhas de ação financiadas: Oferta de disciplinas na modalidade a distância em
56
cursos presenciais de graduação; Pesquisas em Educação a Distância; Construção de
Objetos de Aprendizagem; Desenvolvimento de Aplicativos para plataformas móveis e
Produção de cursos online. Dentre os projetos submetidos, 58 receberam apoio através de
bolsas para alunos de graduação (53) e alunos de pós-graduação (5).
Vinculado ao projeto Qualificação da divulgação ao público interno e externo, a
SEAD mantém o Programa de Capacitações para a EaD. Em 2015 foram ofertadas 1.063
vagas em 45 capacitações para docentes, técnicos-administrativos e tutores, contabilizando
241,5 horas, atingindo um público de 754 participantes. Dentre as temáticas abordadas,
destacam-se: "Instrumentalização para o ensino a distância na plataforma institucional
Moodle"; "Produção de materiais digitais para atividades a distância"; "Introdução à
Educação a Distância"; "Educação a Distância da UFRGS"; "Estrutura de Fomento à
Educação a Distância"; "Possibilidades de Utilização do Moodle e SAV"; "Materiais
didáticos digitais: submissão, produção e publicação"; "Sistema de Webconferência
(MConf)"; "Programa de Monitoria Acadêmica a Distância"; "Objetos de Aprendizagem";
"Curso Online Aberto e Massivo – MOOC"; "Desenvolvimento da Autonomia com a
Utilização de Ferramenta EaD"; e "Produção de Vídeos e Materiais Didáticos Digitais a
Distância".
Pela primeira vez, foram oferecidas ações de capacitação do Programa de
Atividades de Aperfeiçoamento Pedagógico – PAAP no Campus Litoral Norte, divididas
em 5 módulos, totalizando 20 horas de formação. Esta última proposta de capacitação foi
reofertada nos demais campi da universidade, buscando ampliar o acesso aos docentes e
técnicos interessados em inserir-se na modalidade a distância.
Buscando resgatar os diálogos com a comunidade interna e externa à UFRGS
referentes à modalidade a distância, em 2015 a SEAD promoveu 3 fóruns para debater
temáticas contemporâneas. Foram abordadas questões referentes às políticas de ensino, às
respectivas normas de operacionalização, ao desenvolvimento da comunidade
universitária, às boas práticas desenvolvidas na modalidade a distância, através de uma
visão de conjunto que trouxeram à tona a discussão das ações desenvolvidas. Além disso,
foram analisadas as práticas de sucesso e as soluções convergentes na busca pela constante
evolução pedagógica e introdução de novas tecnologias de ensino nos níveis de graduação,
pós-graduação e extensão universitária. Os temas abordados foram: "Direitos Autorais e
Mídias Digitais" (102 participantes), temática esta pertinente à produção de materiais
didáticos impressos e digitais para os cursos a distância; "Regulamentação da EaD na
57
UFRGS" (54 participantes), que buscou analisar a regulação da educação a distância pela
PROGRAD, CAMGRAD, PROREXT, CAMEX e PROPG; e "Boas práticas de Educação
a Distância na área da Saúde" (38 participantes) que apresentou as práticas de formação
através das experiências nas áreas da Medicina, Farmácia e Odontologia, além de incluir as
questões tecnológicas, através da participação do Instituto de Informática.
O Núcleo de Apoio Pedagógico (NAPEAD) da SEAD, como espaço de apoio à
produção de materiais didáticos digitais para uso no ensino presencial e a distância,
desenvolveu objetos de aprendizagem (vídeos, animações, hipertextos e jogos educativos)
bem como cursos online, envolvendo professores das diversas Unidades Acadêmicas.
Foram produzidos 11 cursos online, envolvendo 19 professores de diferentes áreas de
conhecimento como: Linguística, Letras e Artes, Ciências Exatas e da Terra, Ciências da
Saúde, Ciências Sociais e Aplicadas. Participaram da produção dos cursos online as
seguintes unidades acadêmicas: Química, Letras, Medicina, Design, Enfermagem,
Odontologia, Física e Educação Física. Foram produzidos 5 e-books e 20 objetos de
aprendizagem e materiais didáticos digitais, envolvendo 18 professores/autores nas
seguintes áreas de conhecimento: Ciências Exatas e da Terra, Ciências da Saúde, Ciências
Sociais e Aplicadas e Ciências Humanas, envolvendo as unidades
acadêmicas/departamentos: Instituto de Química, Faculdade de Medicina, Faculdade de
Arquitetura, Escola de Enfermagem, Faculdade de Odontologia, Escola de Educação
Física, Instituto de Biociências, Faculdade de Educação, Instituto de Psicologia e
Faculdade de Farmácia.
Para proporcionar maior visibilidade à produção de recursos educacionais digitais
pelos professores e técnicos administrativos da Universidade, foi implementado o
repositório "Recursos Educacionais" na Biblioteca Digital LUME, para onde estão sendo
transferidos os mais de 90 objetos de aprendizagem hoje publicados no repositório local do
NAPEAD (http://www.ufrgs.br/napead/repositorio), além do incentivo aos demais autores
(professores e técnicos administrativos que participaram de editais anteriores da SEAD) a
publicarem suas produções. No caso dos docentes, o recurso educacional publicado nesse
repositório será considerado como produção intelectual e constará no Relatório de
Atividades Docentes, contando para fins de promoção.
A SEAD gerencia o Programa de Monitoria a Distância, mantido conjuntamente
com a Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD). O objetivo é apoiar atividades de ensino a
distância e incentivar a apropriação das tecnologias digitais na educação, como o uso de
58
um ambiente virtual de aprendizagem institucional, além de proporcionar experiências para
despertar o interesse pela carreira docente. O Programa de Monitoria Acadêmica da
PROGRAD/SEAD ofereceu 1.162 bolsas a alunos de graduação dos cursos presenciais,
distribuídas ao longo dos dois semestres letivos, atendendo a Noventa (90)
Departamentos/COMGRADs, no primeiro semestre de 2015, e Sessenta (60)
Departamentos/COMGRADs, no segundo semestre.
Em 2015, o Programa foi alvo de análise e revisão de alguns critérios, a partir da
análise dos processos de distribuição de vagas, visando priorizar o atendimento às
Unidades que oferecem disciplinas com a inserção das tecnologias no ensino. Esta oferta
pode se dar através do oferecimento de disciplinas na modalidade a distância ou naquelas
que se utilizam dos ambientes virtuais de aprendizagem institucionais como apoio às suas
atividades de ensino presencial. Além disso, estabeleceu-se uma única modalidade de
monitoria acadêmica a distância: “monitoria a distância – utilizando tecnologia EaD”. As
ações foram realizadas em conjunto com o Departamento de Cursos e Políticas da
Graduação (DCPGrad), visando a qualificação dos processos pedagógicos e a formação
acadêmica dos discentes voltadas para o Programa de Monitoria Acadêmica
PROGRAD/SEAD e ao estabelecimento de critérios mais coerentes com as metas do plano
de gestão. A longo do ano, foram realizadas capacitações focadas no avanço da
compreensão do conceito e importância das monitorias acadêmicas para as práticas
docentes e discentes.
A SEAD participou ativamente do XI Salão de Ensino, proporcionando espaços de
divulgação e compartilhamento de conhecimentos e experiências produzidos no âmbito da
Universidade utilizando tecnologias digitais e educação a distância, através da organização
de mesas redondas sobre Monitoria a Distância e sobre novas perspectivas de
aprendizagem utilizando os MOOCs (Massive Open Online Courses), além da mostra
virtual dos objetos de aprendizagem produzidos pelos professores da universidade.
Analisando o contexto institucional evidencia-se a opção da Universidade em
promover o desenvolvimento da educação a distância de forma descentralizada, exigindo
esforço significativo e permanente na articulação entre as distintas instâncias. Por outro
lado, entende-se que esta permite a disseminação da EaD em todos os níveis e áreas de
conhecimento, promovendo assim o desenvolvimento de competências, da inovação
pedagógica e tecnológicas de forma abrangente, com resultados promissores e de longo
alcance.
59
Considerando que, em geral, a oferta de cursos a distância apresenta especificidades
que não são comuns no ensino presencial (inserção de novos atores nas equipes
pedagógicas; recursos tecnológicos diferenciados; produção de materiais didáticos
específicos; logística de distribuição de materiais e viagens) e envolvem recursos não
previstos na matriz orçamentária do ensino presencial, os projetos necessitam de fomento
externo, que se dá por intermédio de diferentes programas do MEC, como: o RENAFOR,
da UAB/CAPES; o PNAP (Programa Nacional de Formação em Administração Pública),
vinculado à CAPES - MEC; Ministério da Saúde (UNA-SUS, Telessaúde); Secretaria
Nacional de Defesa Civil (SEDEC) que apoiou um curso sobre Gestão de Riscos e
Desastres da Faculdade de Engenharia Civil; os Ministérios da Defesa, Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior, do Desenvolvimento Social, Combate à Fome e da Cultura
que são parceiros do Centro de Estudos Internacionais sobre o Governo (CEGOV).
Assim, também se constitui um desafio para o desenvolvimento da EaD na
Universidade a compatibilização entre os calendários e normas/procedimentos das fontes
de fomento com as regras da universidade e a busca pela integração das diversas ações em
educação a distância que acontecem na Universidade. Mediante capacitação permanente da
comunidade universitária, em parceria direta com as Unidades Acadêmicas (que
efetivam/realizam as ações) e as instâncias institucionais (que normatizam, regulam e
acompanham essas ações), busca-se ampliar a apropriação das potencialidades da EaD
como instrumento de inclusão social.
As ações de EaD, desenvolvidas em consonância com o PDI da Universidade,
buscam contribuir para atingir as metas propostas no Plano Nacional de Educação (PNE)
2014-2024, que incluem ampliar o acesso ao ensino superior de qualidade, com expansão
das matrículas no segmento público, elevar o número de matrículas na pós-graduação
stricto sensu (presencial e a distância), formar, em nível de pós-graduação, 50% (cinquenta
por cento) dos professores da educação básica, e garantir a todos os profissionais da
educação básica a formação continuada em sua área de atuação, considerando as
necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas de ensino.
O aumento das horas de capacitação evidencia resultados positivos gerados a partir
de articulações e parcerias de trabalho com a Escola de Desenvolvimento de Servidores da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (EDUFRGS) da Pró-Reitoria de Gestão de
Pessoas (PROGESP), na busca da qualificação do corpo docente e técnico-administrativo
da instituição. A articulação com diferentes áreas de conhecimento e unidades acadêmicas
60
permitiu que a procura pelos trabalhos desenvolvidos pela SEAD aumentasse, bem como o
número de cursos e objetos de aprendizagem produzidos.
Em relação ao projeto Modernização dos processos de planejamento e gestão,
destaca-se o apoio do CPD na elaboração de um novo sistema de relatórios de gestão em
EaD, que permitem acesso a informações atualizadas sobre as ações e atividades a
distância realizadas na Universidade.
Buscando modernizar o processo de gestão, a partir de uma reavaliação da sua
estrutura organizacional, a SEAD desenvolveu ações voltadas ao aprimoramento das
políticas de pessoal e trabalhou na reestruturação de sua equipe. Destacam-se as definições
de funções e das lideranças das equipes de trabalho, na busca da melhoria contínua,
visando à garantia do reconhecimento de progressão das carreiras técnico-administrativas e
à eficiência do serviço público.
Junto à PROGESP, a Secretaria teve a importante conquista de obter a formalização
de duas funções de chefia, uma para a Coordenação do Núcleo de Apoio Pedagógico à
Educação a Distância (NAPEAD) e outra para a Assessoria da Secretaria de Educação a
Distância (SEAD), em consonância com o projeto de implantação do Centro Técnico de
Inovação Pedagógica e Educação a Distância, órgão suplementar da Reitoria, aprovado
pelo CONSUN em outubro de 2015. Em ação conjunta com a Pró-Reitoria de
Planejamento e Administração (PROPLAN), em 2015 a Secretaria também deu início ao
mapeamento dos seus processos, buscando o aperfeiçoamento dos fluxos de gestão
acadêmicos e administrativos e a modernização dos processos de gestão.
Ao longo do ano de 2015 a Secretaria trabalhou para atingir com excelência as
metas previstas em seu planejamento anual. Evidenciou-se a necessidade de reformular
fluxos de trabalho para dar maior celeridade às atividades. Avanços nos processos foram
realizados, o que permitiu melhores resultados no comparativo com anos anteriores, como
a comunicação com as unidades acadêmicas para a divulgação da SEAD. Também,
buscou-se divulgar editais UAB através de contatos com professores o que culminou na
adesão de diferentes unidades acadêmicas para a formulação de novo curso de graduação
em Licenciatura em Ciências da Natureza e de cursos de especialização através do PNAP e
UAB, além de projetos de inovação pedagógica e tecnológica.
A SEAD fecha seu ano com um balanço positivo, por meio do aprimoramento dos
processos e otimização dos fluxos de trabalho desde a fase de desenvolvimento, passando
pela execução e culminando na avaliação. Busca-se não somente atingir as metas
61
propostas, mas trabalha-se para o aperfeiçoamento das ações de educação a distância
oferecida na Universidade, visando à expansão inclusiva com a qualificação da
comunidade universitária e aperfeiçoamento da infraestrutura institucional.
QUADRO RESUMO DA AVALIAÇÃO DA SEAD
ASPECTOS POTENCIALIDADES FRAGILIDADES AÇÕES E
ESTRATÉGIAS NA
BUSCA DE MELHORIAS
Assessoria e
apoio à
realização de
cursos a
distância
Ampliação do acesso à
formação em nível de
graduação, pós-
graduação e extensão
Dificuldade de
acompanhamento
e análise dos
resultados
Desenvolvimento de
Relatórios, disponíveis no
Portal do Servidor, para
visualização e
acompanhamento dos
dados dos cursos.
Fomento no
âmbito UAB
Oferta de cursos de
graduação e
especialização para
público não localizado
nos grandes centros
urbanos, especialmente
em áreas estratégicas
como Educação.
Otimização de recursos
através do uso das
tecnologias.
Incremento de vagas
ofertadas a nível de
graduação e pós-
graduação.
Parâmetros de
fomento
dinâmicos e
instáveis.
Financiamento
anual através de
projetos,
inviabilizando a
oferta continua
de cursos.
Imprevisibilidade
de repasse dos
recursos.
Descumprimento
de das metas
financeiras por
parte do órgão
financiador.
Autonomia dos
Coordenadores
dos cursos UAB
na execução dos
recursos
financeiros.
Manter constante contato
com o órgão de fomento
de forma a atender
plenamente as demandas
da Capes e manter
atualizados todos os
Sistemas de
gerenciamento e
acompanhamento dos
cursos.
Acompanhar e assessorar
os Coordenadores dos
cursos UAB no uso dos
recursos humanos,
financeiros e de
infraestrutura.
Alterar fluxos internos
dos processos de controle
de convênios e execução
financeira.
Centralizar a execução
dos recursos financeiros
na SEAD.
Editais
EaD/UFRGS
Apoiar a inserção das
tecnologias nos
processos de ensino e
aprendizagem
Dificuldade de
acompanhar e
divulgar os
produtos dos
projetos
apoiados.
Estudo sobre os relatórios
dos projetos já
concluídos;
Proposta de processo de
acompanhamento dos
projetos e produtos.
62
Monitoria a
distância
Apoiar as atividades
didáticas dos
professores no ensino
de graduação
Incentivar a iniciação
dos alunos da
graduação na docência
com o uso das
tecnologias.
Abrangência do
programa quanto
à distribuição das
bolsas
Acompanhament
o do reflexo da
atuação dos
monitores sobre a
retenção e
aproveitamento
dos alunos.
Realizar estudo sobre as
Unidades envolvidas e
número de bolsas
distribuídas.
Propor critérios de
distribuição de bolsas
específicas para monitoria
a distância.
Propor, em conjunto com
a PROGRAD, um
processo de
acompanhamento da
atuação dos monitores.
Produção de
materiais
didáticos
digitais
Apoio aos docentes e
técnicos para o uso no
ensino presencial e a
distância
Manutenção da
equipe de
produção
Recursos
tecnológicos
atualizados
Aquisição de novos
equipamentos e softwares
com o apoio dos recursos
da UAB/CAPES;
Ampliação da equipe com
inclusão de Programador
Visual e Pedagoga,
coordenando equipe de
bolsistas.
Programa de
Capacitações
Divulgar as
potencialidades da
educação a distância ao
público interno e
externo
Ministrantes
qualificados para
ampliar a oferta
de cursos
Formação continuada da
equipe interna da SEAD
Reestruturação
organizacional
Melhorar os fluxos de
processos e a integração
da equipe
Dificuldade de
registro das
atividades
realizadas
Incentivo ao uso do
sistema de
gerenciamento de
projetos Redmine
Repositório
Recursos
Educacionais no
LUME
Divulgação dos
materiais didáticos
digitais produzidos na
universidade
Dificuldade de
reconhecimento
da produção dos
materiais
didáticos digitais
como produção
dos docentes
Criação de repositório
específico para publicação
dos materiais
educacionais digitais
produzidos na
universidade
Inclusão das publicações
no Relatório de
Atividades Docentes pela
equipe do LUME;
Elaboração de campanha
de divulgação junto à
comunidade acadêmica
para ampliar os recursos
lá disponibilizados.
63
Salão de Ensino Divulgar as ações em
EaD no ensino de
graduação e pós-
graduação
Mobilizar os
participantes
Reavaliar o número de
atividades e o modelo de
apresentação
Suporte
Pedagógico às
Plataformas
Apoio às atividades de
ensino e pesquisa
Manutenção e
desenvolvimento
de novos
recursos
Parceria com o CPD na
atualização e manutenção
dos sistemas;
Criação do Moodle
Colaboração;
Integração da plataforma
Moodle com o sistema de
Proposta e Relatório de
Cursos de Pós-Graduação
Lato Sensu;
Estudo para
desenvolvimento de
aplicativo para
dispositivos móveis. Quadro 2 - Resumo da Avaliação da SEAD
64
2.3. EDUCAÇÃO BÁSICA - Colégio Aplicação
A base curricular do Ensino Fundamental e Médio, segundo consta nos marcos
de referência utilizados no Colégio de Aplicação, objetiva a estruturação das diversas áreas
de conhecimento, por meio da especificidade de cada disciplina. Objetiva, também, a ação
e a reflexão - pressupondo o estudo teórico, a pesquisa interdisciplinar e a seleção de
conteúdos/contextos complexos que permitam ao aluno aprender por meio de suas próprias
experiências, construindo suas categorias de pensamento, ao mesmo tempo em que
organiza seu mundo.
O referencial epistemológico do Ensino Fundamental e Médio tem como
pressupostos da sua prática a permanente releitura e ressignificação de sua base teórica,
buscando contemplar teorias que irão auxiliar no encaminhamento de suas propostas
curriculares. O aluno é o centro do processo educativo: é incentivado a investigar,
perguntar e não apenas a responder, de forma a ser valorizado em seus diferentes estilos
cognitivos e culturais.
Ao professor cabe fazer da sala de aula um campo de pesquisa e de seu campo
de trabalho um laboratório.
O Parecer CNE/CEPB nº 26/2002, da Câmara de Educação Básica do
Ministério de Educação, ratifica o caráter experimental e de formação na prática do ensino
e da educação atribuído aos Colégios de Aplicação das Universidades Federais.
A visibilidade do caráter experimental se dá por meio dos projetos de ensino
que reestruturam a grade curricular tradicional. São eles:
•Projeto Unialfas, que se refere à integração entre as séries iniciais;
•O Projeto Amora, que objetiva a reestruturação curricular caracterizada pelos
novos papéis do professor e do aluno demandados pela construção compartilhada de
conhecimentos a partir de projetos de aprendizagem e integração das tecnologias de
informação e comunicação ao currículo escolar. O projeto atualmente envolve alunos do 6º
e 7º anos do Ensino Fundamental do Colégio de Aplicação da UFRGS. Esse projeto está
em funcionamento desde 1996.
•O Projeto Pixel visa criar uma identidade nas séries finais do Ensino
Fundamental, considerando a continuidade do trabalho realizado nas Séries Iniciais e no
Projeto Amora, ao mesmo tempo em que permite a integração de alunos novos,
preparando-os para o ingresso no Ensino Médio. Para tanto, pretende-se colocar em prática
atividades multidisciplinares que permitam ir além do conhecimento específico de cada
65
disciplina, não explorando apenas os pontos comuns entre elas, mas possibilitando
experiências reais de interação com o mundo.
•O projeto do Ensino Médio se justifica pelo reconhecimento das redes de
cognição que definem o cotidiano dos planejamentos e das práticas aplicadas. Este estudo
define um processo de contínuos amparos interdisciplinares, não necessariamente
temáticos, mas baseados na essência de uma competência a ser desenvolvida. Para esse
referencial, o entendimento de competências e habilidades é de fundamental importância.
Não são conceitos originários da educação nem mesmo de seu total domínio, porém são
conceitos aplicados para a cognição há mais de uma década com a reformulação dos
parâmetros curriculares. Entendem-se por habilidade e competência, no contexto desta
justificativa teórica, as relações internas do processo de aprendizagem.
•Iniciação Científica e Disciplinas Eletivas: o aluno escolhe uma disciplina que
compõe a parte diversificada do currículo, no Ensino Médio.
•Projeto do Ensino Fundamental e Médio para Jovens e Adultos.
•Programa de Monitoria Acadêmica do CAp/UFRGS, visando aproximar os
estudantes dos cursos de licenciatura da UFRGS da prática docente do Colégio de
Aplicação em atividades que envolvam tanto a preparação de materiais quanto o
desenvolvimento de habilidades e competências relacionadas às diferentes áreas de
conhecimento no Ensino Fundamental e Médio.
•Programas de Intercâmbio, cujo objetivo é favorecer o intercâmbio com países
de Línguas Inglesa, Língua Espanhola e Língua Alemã, línguas estrangeiras obrigatórias
no currículo do CAp, ampliando as possibilidades de interação com culturas que
contribuíram e contribuem na formação da identidade nacional e facilitando as
possibilidades de trocas e intercâmbio entre diferentes culturas na busca da mútua
compreensão como referência para o entendimento, na diversidade, entre as pessoas de
outros países. Há três convênios firmados, nos quais os alunos são enviados por um
período que varia de 15 dias a um ano a uma das instituições parceiras, que se localizam
em Weston (Estados Unidos), Córdoba (Argentina) e Alemanha (parceria com o Instituto
Goethe). Além desses, há o intercâmbio com o Colégio de Aplicação de Santa Catarina
(Projeto Tchê-Mané), cujo objetivo é estabelecer parceiras pedagógicas e a troca de
experiências entre os CAps.
O Colégio de Aplicação ao desenvolver suas ações no ano de 2015, realizou
mais uma vez o evento “UFRGS PORTAS ABERTAS”, que tem a finalidade de receber
66
nas diversas Unidades de Ensino, Órgãos e Setores da Universidade, os alunos das escolas
de Ensino Médio do Rio Grande do Sul bem como visitantes em geral visando divulgar as
atividades de ensino, pesquisa e extensão que são desenvolvidas na Universidade. O
público visitou e participou das inúmeras atividades oferecidas aos visitantes.
Destaca-se, o projeto instalado e funcionando na sua plenitude o Projeto UCA -
Um Computador por Aluno que abre portas para avanços pedagógicos no que diz respeito
às práticas e às teorias relacionadas ao ensino e a aprendizagens escolares fortemente
baseadas no uso dos recursos de comunicação e interação digitais hoje disponíveis. Busca
com isto atingir a qualidade pretendida pela educação contemporânea, quanto ao
desenvolvimento de habilidades e competências requeridas ao cidadão atual, requer
atualizações constantes das estratégias que permitem aprender e atuar responsavelmente no
mundo.
2. Projetos de Ensino em Andamento no Colégio de Aplicação
- Do papel à película: a transposição da narrativa literária à fílmica por estudantes do
Ensino Médio – Coordenação do Prof. Dr. Adauto Locatelli Taufer. Projeto de Pesquisa
realizado com os estudantes do 3º Ano do Ensino Médio. A partir da leitura de contos das
Literaturas Brasileira e Universal, os estudantes desenvolvem um estudo aprofundado: 1)
dos elementos da narrativa (espaço, estudo do conto tradicional, linguagem, narrador,
personagens, tempo, entre outros); 2) da escritura do roteiro de cinema e; 3) da
transposição do texto literário ao roteiro de cinema. Após tais estudos, os estudantes
realizam a escritura do roteiro, ou seja, transpõem o texto literário narrativo à linguagem
cinematográfica: a roteirização dos contos lidos. Depois que os roteiros produzidos pelos
estudantes são assessorados com o professor orientador do projeto, inicia-se a etapa final
do projeto: a filmagem dos roteiros, baseados na leitura dos contos lidos.
- Meteorologia e climatologia urbana: favorecendo o desenvolvimento de conceitos e
competências por parte de estudantes do ensino médio do CAp-UFRGS. Coordenação:
Prof. Dr. Rafael Vasques Brandão. O objetivo desse projeto é favorecer o desenvolvimento
de conhecimentos (conceitos e competências) associados à modelagem de sistemas,
processos e fenômenos que ocorrem na atmosfera da Terra por parte de estudantes do
ensino médio do Colégio de Aplicação da UFRGS.
67
- Modelagem computacional no ensino de física: favorecendo competências e
concepções por parte de estudantes do ensino médio do CAp-UFRGS. Coordenação: Prof.
Dr. Rafael Vasques Brandão. Este projeto tem como objetivo oportunizar a aquisição de
competências e concepções associadas à modelagem computacional no ensino de física por
parte dos estudantes do ensino médio do Colégio de Aplicação da UFRGS, à luz da teoria
dos campos conceituais de Gérard Vergnaud.
- Implementação do método de instrução pelos colegas nas aulas de Física do CAp da
UFRGS. Coordenação: Prof. Dr. Rafael Vasques Brandão. Este projeto tem como objetivo
favorecer a aprendizagem significativa de conceitos físicos por meio da implementação da
metodologia de ensino "instrução pelos colegas" nas aulas de física das turmas de terceiro
ano do ensino médio do CAp-UFRGS.
- O Ensino da Língua Espanhola Por Meio da Literatura Infantil. Coordenação: Prof.ª
Laura Nelly Mansur Serres. A pesquisa tem como propósito indagar em que medida os
contos maravilhosos em língua espanhola podem contribuir no desenvolvimento da
produção oral e escrita dos aprendizes na aula de espanhol como língua estrangeira, bem
como verificar se o seu uso pode favorecer a participação ativa dos estudantes e despertar o
interesse em aprender. O estudo contribuirá para valorizar estratégias que possibilitem
trabalhar textos literários infantis em língua espanhola, na Educação Básica, favorecendo a
familiarização com a língua estrangeira de modo lúdico e aproveitando o interesse natural
que a criança tem pelos contos maravilhosos. O desenho de dinâmicas com produção de
jogos, bonecos e livros por parte dos alunos poderá servir como recurso para que, após a
leitura do conto, eles continuem pensando na história, resultando em duas vantagens para o
aprendizado: a primeira, a de mantê-los ligados à simbologia do conto, tendo como
consequência ajudá-los na construção de seu equilíbrio interno; a segunda, a de levá-los a
explorar a língua espanhola com vistas a adquirir elementos que lhes subsidiem o
desenvolvimento da escrita e da oralidade.
- Español en Cartelera – Coordenação Prof. Hugo Jesús Correa Retamar. Projeto de
Pesquisa realizado com os estudantes do ano do Ensino Médio. A partir da visualização de
curtas-metragens de países diferentes em Língua Espanhola e discussões sobre os filmes,
os alunos constroem curtas-metragens em Língua Espanhola de sua própria autoria. Os
68
objetivos do projeto são: motivar os alunos brasileiros a quererem conhecer a língua
espanhola e saberem atuar através da mesma, influenciando qualitativamente em seu
desenvolvimento linguístico em língua espanhola, através da construção de curtas-
metragens em espanhol; dinamizar o processo de ensino-aprendizagem de uma L2;
proporcionar acesso mais fácil ao estudante brasileiro às culturas de língua espanhola, já
que são muitas, através da realização de um Ciclo de Curtas-metragens em Língua
Espanhola com filmes escolhidos de acordo com a relevância, a idade dos estudantes para
motivá-los a construir seu próprio curta-metragem na língua meta; formar cidadãos críticos
e conscientes de sua cultura e das culturas que usam a língua meta, possibilitando o ir e vir
do mesmo entre essas culturas e o diálogo entre as mesmas. ; trabalhar pelo viés da
interdisciplinaridade a fim de adquirir conhecimentos linguísticos, históricos, geográficos,
artísticos e sociais sobre as culturas que utilizam a língua espanhola; trabalhar distintas
competências e habilidades em língua estrangeira como a oral, a escrita, a auditiva, a
gramatical, a social e a interativa na realização de todos os passos para a obtenção do
produto final: um curta-metragem que tenha de 5 a 10 minutos em língua espanhola.
Explorar a criatividade dos estudantes e sua capacidade de tomar decisões e discutir
problemas sociais que possam surgir na elaboração dos argumentos dos filmes; divulgar os
resultados através do projeto “Español en Cartelera”; responder à questão central do
projeto: O trabalho com cinema, uma forma de arte dinâmica e atual, aumenta a motivação
do estudante ou é um trabalho mais ao qual o estudante estará obrigado como tantas outras
tarefas escolares?
- O gênero debate a serviço da capacidade de análise crítica, da autonomia e do
posicionamento eficaz. Coordenação: Prof.ª Daniela Favero Netto. Por meio de uma
metodologia de trabalho que privilegia a construção do texto argumentativo oral e escrito,
este trabalho pretende colaborar com o desenvolvimento de habilidades que permitam ao
aluno aprimorar a capacidade crítica, a autonomia e o posicionamento eficaz a respeito dos
diversos temas contemplados nos debates que serão realizados durante a execução do
projeto de pesquisa.
- Componente Curricular Expressão e Movimento: cultura digital, educação física,
educação musical e teatro para Jovens e Adultos na modalidade EJA. Os professores
integrantes do Componente Curricular Expressão e Movimento compreendem que suas
69
ações na EJA oportunizam um espaço de educação diferenciado, onde se propõe que cada
estudante possa desenvolver a independência das formas de pensar e compreender o
mundo e a capacidade de exercer um olhar crítico sobre as manifestações das sociedades e
sobre nós mesmos enquanto agentes dessas manifestações. Através de trabalho
transdisciplinar, busca fomentar a construção da identidade artística.
- LiteraCAp. Coordenação: Prof.ª Rita de Cássia Cavalcante. O projeto, existente desde
2010, propõe-se à criação e manutenção de uma rede social voltada à extensão dos estudos
curriculares da disciplina de Literatura e de Língua Portuguesa, além da pesquisa de
instrumentos que propiciem a produção de leitura e de escrita, bem como a interação entre
alunos do Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(Cap/UFRGS) e representantes dos outros âmbitos da comunidade escolar: pais,
professores, ex-alunos, funcionários - e sua inclusão no universo digital.
- Aplicações e Reflexões em Música Ubíqua na Educação Musical Curricular.
Coordenadora: Prof.ª Maria Helena de Lima. A Música Ubíqua está trazendo para o foco
da pesquisa a atividade de criação musical como uma das potencialidades proporcionadas
pelo uso de tecnologias da informação e comunicação (TICs). A partir da concepção de
Música Ubíqua, objetivamos compreender como potencialmente o público está
apropriando-se das novas ferramentas tecnológicas para criar/compor/modificar suas
próprias trilhas sonoras, dentro do seu nicho ecológico sonoro. Desde esta perspectiva
estamos desenvolvendo técnicas que permitem fundamentar os trabalhos em educação
musical que enfatizando a importância do processo criativo e composicional na educação
musical e o aproveitamento da infraestrutura tecnológica existente. Uma das metas do
grupo constitui as aplicações no campo educacional do conceito de Música Ubíqua
relacionada à criação sonora, composição, Ecocomposição, e das possibilidades do uso de
tecnologias cotidianas para estes fins (Composições coletivas a distância, utilização de
novas tecnologias e internet no trabalho composicional; Composição de Paisagens
Sonoras; Ecocomposição). O trabalho de pesquisa em Música Ubíqua constitui um campo
novo e fértil e congrega várias áreas de atuação, e um campo que tem muito a proporcionar
para a Educação.
70
- Música, Mídia e Composição. Novos modelos em Educação Musical com a utilização
de softwares de composição em sala de aula. Esta pesquisa tem como objetivo
investigar/observar/propor novas formas e modelos de atuação da Educação Musical, da
Música e da composição musical em sala de aula no CAp, a partir da experiência da
aplicação prática de uma proposta em música e mídia na atividade de Disciplina Eletiva,
oferecida aos alunos das turmas do Ensino Médio.
- Rede Jovem Paz. Contribuir para a modelização, testagem e ajustes de experiências
educativas desequilibradoras em rede (EDRs), fundadas na visão sistêmica de
"solidariedade a partir da complexidade", desenvolvidas com a participação de crianças,
jovens e educadores da América Latina interconectados por redes presenciais e digitais,
tendo em vista os aprendizados das noções de solidariedade e de justiça indispensáveis à
educação para a compreensão internacional entre povos e culturas. Constituir uma base de
dados que permita o exame sistemático dos processos de complexificação sócio cognitiva
de indivíduos e grupos participantes das EDRS, evidenciados nas aprendizagens relativas à
solidariedade e à justiça; b) incorporar ajustes aos modelos das primeiras experiências
educativas desequilibradoras executadas (EDRs iniciais), tendo em vista utilizá-los em
futuras propostas nas quais a modelização sistêmica em foco seja estendida a práticas
pedagógicas em diferentes latitudes.
Ano Detalhamento do Programa/Pesquisa Resultado
2014
Programa MEC 1517 – Trajetórias Criativas.
Programa desenvolvido em parceria com o MEC
(Jaqueline Moll), SEDUC e UFRGS (Colégio de
Aplicação), coordenado pela Prof.ª Rosália Procasko
Lacerda, cuja proposta é reduzir o índice de repetência
escolar no Ensino Fundamental.
159 alunos do Ensino
Fundamental com histórico
acentuado de repetência escolar
foram promovidos ao Ensino
Médio no final de 2014.
Trajetórias Criativas: Uma Proposta Metodológica
Para O Atendimento Aos Jovens De 15 A 17 Anos
No Ensino Fundamental. Programa desenvolvido em
parceria com o MEC (Jaqueline Moll), SEDUC e
UFRGS (Colégio de Aplicação), coordenada pela
Profª. Rosália Procasko Lacerda, cuja proposta é
reduzir o índice de repetência escolar no Ensino
Fundamental. Constitui um trabalho de implementação
de inovações curriculares e formação de professores
em escolas da Rede Estadual de Educação.
O trabalho está implementado e
integrado a Grupos de Estudos e
Pesquisas do Programa de Pós-
Graduação da Faculdade de
Educação da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul.
Programa Pacto pelo Fortalecimento do Ensino
Médio - O programa, visa a realização de Cursos de
Formação de Professores do Ensino Médio da Rede
71
Pública, e integra o conjunto de ações propostas pelo
Ministério da Educação: Pacto Nacional pela Educação
em consonância com as Diretrizes Curriculares
Nacionais. É uma parceria com a Faculdade de
Educação, Secretaria de Educação do Rio Grande do
Sul e Colégio de Aplicação, a coordenação do curso é
da professora Danusa Mansur Lopez.
Implantação do Curso Formação
de Professores do Ensino Médio
da Rede Pública
2015
Programa MEC 1517 – Trajetórias Criativas
Programa desenvolvido em parceria com o MEC
(Jaqueline Moll), SEDUC e UFRGS (Colégio de
Aplicação), coordenado pela Profa. Profª. Rosália
Procasko Lacerda, cuja proposta é reduzir o índice de
repetência escolar no Ensino.
189 alunos do Ensino
Fundamental com histórico
acentuado de repetência escolar
foram promovidos ao Ensino
Médio no final de 2015.
Programa Pacto pelo Fortalecimento do Ensino
Médio - O programa, visa a realização de Cursos de
Formação de Professores do Ensino Médio da Rede
Pública, e integra o conjunto de ações propostas pelo
Ministério da Educação: Pacto Nacional pela Educação
em consonância com as Diretrizes Curriculares
Nacionais. É uma parceria com a Faculdade de
Educação, Secretaria de Educação do Rio Grande do
Sul e Colégio de Aplicação, a coordenação do curso é
da professora Danusa Mansur Lopez.
Realizada formação de 200 horas,
que certificou 7.300 professores
da rede Estadual de Ensino. A
SEDUC não quer perder a
parceria com a UFRGS e já
solicitou uma nova formação
Quadro 3 - Participação do Colégio Aplicação na Política de Formação de Professores do Governo
Federal – 2014 – 2015
Docentes Graduados Especialistas Mestres Doutores
Nº Docentes Permanentes
Nº Docentes Substitutos
---------
10
08
01
56
06
37
01
Quadro 4 - Nº de Docentes da Educação Básica e Técnica e Tecnológica na UFRGS por Titulação
Fonte: secretaria Colégio de Aplicação 2015
Docentes DE 40h 20h
Nº Docentes Permanentes 91 03 07
Nº Docentes Substitutos --------- 18 ---------
Nº Docentes Visitantes --------- --------- ---------
Nº Docentes Afastados para Capacitação
e/ou cedidos para outros órgãos
16 02 07
Quadro 5 - Docentes da Educação Básica e Técnica e Tecnológica na UFRGS, por Carga Horária
Fonte: secretaria Colégio de Aplicação 2015
72
Alunos 2011 2012 2013 2014 2015
Matriculados Ensino
Fundamental 301 311 339 318 341
Matriculados Ensino Médio 224 209 204 224 226
Concluintes Ensino Fundamental 56 51 59 42 47
Concluintes Ensino Médio 68 74 87 61 50
Matriculados EJA – Ensino
Fundamental ----- ----- 23 ----- 09
Matriculados EJA – Ensino
Médio 87 99 123 150 132
Quadro 6 - Alunos Matriculados no Colégio de Aplicação, nos anos de 2011 - 2015
Fonte: Secretaria do Colégio de Aplicação
Os quadros 4, 5 e 6 apresentam alguns indicadores importantes da educação básica e
profissional, assim como do Colégio de Aplicação.
73
2.4. PESQUISA - Pró-Reitoria de Pesquisa (PROPESQ)
A Pró-Reitoria de Pesquisa integra a estrutura da Administração Central da
Universidade, ocupando destacada posição no organograma da UFRGS e tendo como
atribuição coordenar, fomentar, organizar e supervisionar as políticas e as atividades de
pesquisa, em conformidade com as previsões de normas, Estatuto e Regimento da
Universidade.
A Pró-Reitoria de Pesquisa tem como atribuição coordenar, estimular, fomentar e
supervisionar as atividades e políticas de pesquisa, conforme as disposições do Estatuto e
do Regulamento Geral da UFRGS.
São objetivos da PROPESQ a correta execução dessas tarefas e contribuir de forma
direta nas atividades-fim da UFRGS, quais sejam o ensino, a pesquisa e a extensão. Desta
forma, observa-se a relevância das atividades da PROPESQ, haja vista a posição de
destaque da Universidade, que atinge níveis de grandezas nacionais e internacionais.
Assim, as atividades da Pró-Reitoria de Pesquisa incidem nos resultados obtidos
pela UFRGS no cenário interno e externo do país. A PROPESQ procura, pelo permanente
aperfeiçoamento de seus serviços, gerar um impacto positivo nas atividades de pesquisa no
âmbito da UFRGS.
A Universidade Federal do Rio Grande Sul elaborou, pela primeira vez na sua
história, um Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) para vigência de 2011 a 2015.
No PDI, constam como metas da UFRGS garantir agilidade, exatidão e qualidade dos
serviços prestados à comunidade interna e externa, e a racionalização dos processos de
trabalho, que deverão se pautar na eficácia das ações, no uso de ferramentas de inovação
tecnológica e na tomada ágil de decisões nas rotinas de gerência. Para tanto, a organização
administrativa da instituição requer a aplicação de novos processos de gestão
administrativa e acadêmica, com adoção de procedimentos de eficiência e informatização.
A Pró-Reitoria de Pesquisa aderiu a tais procedimentos.
O Plano de Gestão registra a necessidade de modernização e otimização dos
processos administrativos, a necessidade de implementar a informatização dos diversos
órgãos da Universidade, a revisão da estrutura administrativa com a introdução de novos
procedimentos, rotinas e serviços. De acordo com o Plano de Gestão, a PROPESQ se
estruturou em 01 (uma) Gerência Administrativa, 01 (um) Departamento e 07 (sete)
Divisões, além de dar apoio a uma secretaria que atende aos comitês de ética da
74
Universidade, contando com uma força de trabalho de 14 servidores do quadro da
Universidade e mais bolsistas.
A PROPESQ recebe, anualmente, um montante de recursos orçamentários para ser
aplicado em diversas áreas necessárias para o desenvolvimento das atividades de pesquisa.
Estes recursos são distribuídos para os Programas de Fomento, Iniciação Científica, Apoio
à Editoração de Periódicos e realização do Salão de Iniciação Científica, Salão UFRGS
Jovem e Feira de Popularização e Ensino de Ciências. Uma parte destes recursos é
utilizada para aquisição de materiais de consumo e permanente para realização e
qualificação das atividades de rotina da PROPESQ.
Além disso, a PROPESQ recebe recursos do CNPq e da FAPERGS na forma de
concessão de cotas de bolsas de Iniciação Científica que são distribuídas, mediante Edital,
aos docentes pesquisadores da UFRGS.
A estrutura é composta por: Departamento de Incentivo à Pesquisa, Divisão de
Fomento, Divisão de Iniciação Científica, Divisão de Divulgação Científica, Divisão de
Difusão da Pesquisa, Divisão de Projetos e Grupos de Pesquisa, Gerência Administrativa
da PROPESQ, Setor Financeiro, Setor de Informática, Secretaria de atendimento aos
Comitês de Ética, Secretaria da Coordenação dos Fóruns de Pesquisa, Secretaria do projeto
CT Infra.
75
INDICADORES DE GESTÃO - PROPESQ - 2015
BOLSAS CONCEDIDAS 2015
INTERNO UFRGS (BIC-UFRGS e BIC-REUNI) 622
IC Voluntárias 960
PIBIC-CNPq/UFRGS 703
PIBIC-AF/CNPq-UFRGS 20
CNPq e bolsas IC de órgãos externos concedidas direto
aos pesquisadores
294
PROBIC-FAPERGS/UFRGS 320
Programa Bolsa Primeira Ciências/UFRGS 27
PIBIC EM/CNPq 8
BIPOP 30
BIENC 22
TOTAL 3006
Quadro 7 - Indicadores de Gestão Propesq - Bolsas Concedidas
Fonte: SISTEMA PESQUISA/UFRGS
Observação: As modalidades Programa Bolsa Primeira Ciências/UFRGS e PIBIC-EM/CNPq-UFRGS são
para alunos do Ensino Médio do Colégio de Aplicação/UFRGS
ATENDIMENTOS PROGRAMA DE FOMENTO 2015
Participação em Eventos no País – Docentes e Técnicos-
administrativos
Participação em Eventos no Exterior – Docentes e Técnico-
Administrativos
Participação Alunos de Graduação em Eventos no País
Participação de Alunos de Graduação em Eventos no
Exterior
Participação Alunos de Pós-Graduação em Eventos no País
Participação de Alunos Pós-Graduação em Eventos no
Exterior
Participação de Pós-Doutorandos em Eventos no País
Participação de Pós-Doutorandos em Eventos no Exterior
242
224
215
34
546
257
18
8
Emergência a Pesquisa
Modalidade: Apoio Emergencial à Pesquisa
121
Organização de Eventos /Professor convidado 56
Apoio à Qualificação Técnica 8
TOTAL 1729
Quadro 8 - Indicadores de Gestão Propesq - Atendimento Programa de Fomento
Fonte: SISTEMA PESQUISA/UFRGS
SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA 2015
Apresentadores de trabalhos 2308
Participantes como ouvintes e visitantes 2714
Membros das Comissões Julgadoras 866
Professores Orientadores Participantes 948
Quadro 9 - Indicadores de Gestão Propesq - Salão de Iniciação Científica
Fonte: SISTEMA EVENTOS/UFRGS
Observação: O número referido no item “Participantes como ouvintes e visitantes” está muito acima do
referido em 2014, tendo em vista que em 2015 o registro que temos no sistema é o somatório do número de
ouvintes e do número de visitantes nas sessões do SIC.
76
SALÃO UFRGS JOVEM 2015
Trabalhos apresentados 459
Membros das Comissões Julgadoras 48
Professores Orientadores Participantes 433
Alunos da Educação Básica envolvidos na apresentação dos trabalhos 3446
Quadro 10 - Indicadores de Gestão Propesq - Salão UFRGS Jovem
Fonte: SISTEMA EVENTOS/UFRGS
FEIRA DE POPULARIZAÇÃO E ENSINO DA CIÊNCIA - FEPOP 2015
Apresentadores de trabalhos 43
Membros das Comissões Julgadoras 6
Professores Orientadores Participantes 65
Quadro 11 - Indicadores de Gestão Propesq - Feira de Popularização e Ensino da Ciência - FEPOP
Fonte: SISTEMA EVENTOS/UFRGS
PROGRAMA DE APOIO À EDITORAÇÃO DE PERIÓDICOS 2015
Renovações Solicitadas 34
Renovações Atendidas 33
Novos Periódicos Apresentados 0
Novos Periódicos Atendidos 0
Quadro 12 - Indicadores de Gestão Propesq - Programa de Apoio à Editoração de Periódicos
Fonte: PROGRAMA DE APOIO À EDIÇÃO DE PERIÓDICOS UFRGS
Nº de Grupos de Pesquisa, conforme status no Diretório Grupos de Pesquisa/CNPq – 2015
Certificados 336
Aguardando certificação 4
Em atualização 443
Em preenchimento 80
TOTAL 863
Quadro 13 - Indicadores de Gestão Propesq - Nº de Grupos de Pesquisa
Fonte: Diretório de Grupos de Pesquisa/CNPq
Nº de Bolsistas Produtividade em Pesquisa segundo critérios do CNPq 2015
Nível Sênior 8
Nível 1 A 77
Nível 1 B 86
Nível 1 C 77
Nível 1 D 117
Nível 2 300
TOTAL 665
Quadro 14 - Indicadores de Gestão Propesq - Nº de Bolsistas Produtividade em Pesquisa
Fonte: SISTEMA CNPq
77
2.5. EXTENSÃO - Pró- Reitoria de Extensão (PROREXT)
A Extensão na UFRGS
Conforme o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da UFRGS, a extensão
é um dos alicerces do desenvolvimento acadêmico da Universidade, a qual garante a sua
presença em todas as esferas do contexto social. Isso se dá devido à diversidade e
amplitude da extensão desenvolvida pelas unidades e setores da UFRGS, que abrange as
diversas áreas de conhecimento, atuando junto a diferentes públicos, com inserção, assim,
nos mais variados segmentos da sociedade. O relacionamento bidirecional entre a
Universidade e a sociedade previsto no PDI é, de fato, a grande marca da extensão
universitária feita na UFRGS: isso mostra, por um lado, o compromisso social da
Universidade com o seu tempo e seu entorno e, por outro lado, aponta à necessidade da
academia de incorporar os saberes da realidade que a cerca e a envolve, tanto na formação
de recursos humanos, quanto na produção de conhecimento. É, pois, a partir da interação
com a sociedade que a extensão se articula com o ensino e com a pesquisa. Tem-se, então,
que o caráter acadêmico e o caráter social são intrínsecos à extensão universitária,
independente da modalidade que se apresente a prática extensionista.
A partir desses princípios, a extensão desenvolvida na UFRGS segue as diretrizes
da extensão universitária brasileira, pautada pela: indissociabilidade entre ensino, pesquisa
e extensão; pela interdisciplinaridade; por seu impacto na formação dos alunos; pelo
impacto e transformação social que propicia; e pela interação dialógica junto aos demais
setores da Universidade e a segmentos da sociedade, necessária ao planejamento e
realização das atividades extensionistas. Tais diretrizes, trazidas pelo Fórum de Pró-
Reitores de Extensão - FORPROEX estão presentes também na definição de extensão
apresentada na Resolução nº 17/2015-CEPE, das Normas Gerais para Atividades de
Extensão Universitária na UFRGS, vigente a partir de 29 de abril de 2015:
A extensão, como atividade fim da Universidade, é o processo
educativo, cultural e científico que articula, amplia, desenvolve e
realimenta o ensino e a pesquisa, propiciando a
interdisciplinaridade e viabiliza a relação transformadora entre
Universidade e sociedade. Este contato, que visa ao
desenvolvimento mútuo e estabelece a troca de saberes, tem como
consequências a produção de conhecimento resultante do confronto
com as realidades nacional e regional, a democratização do
conhecimento acadêmico e a participação efetiva de comunidades
na atuação da Universidade. (Resolução nº 17/2015-CEPE, Art.1º)
78
Como se vê, a nova norma de extensão da UFRGS, assim como a legislação
anterior, enfatiza a indissociabilidade, a interdisciplinaridade, a relação transformadora e
dialógica (de desenvolvimento mútuo e troca de saberes) da Universidade com a sociedade
e o caráter acadêmico próprio do processo educativo, cultural e científico que define a
extensão. Estes aspectos estão presentes também na Decisão nº 266/2012- CONSUN, que
traz a Política de Extensão da UFRGS, documento que salienta a extensão universitária
como processo acadêmico importante na formação do aluno (de graduação e de pós-
graduação), na qualificação do professor e no intercâmbio com a sociedade. Somam-se a
estes instrumentos legais outras Resoluções do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão -
CEPE e Decisões do Conselho Universitário - CONSUN que normatizam a extensão na
Universidade, tais como a Resolução nº 24/2006 - das Atividades Complementares para a
Graduação, a Decisão nº 118/2001 - da Avaliação do Índice Departamental, a Decisão nº
193/2011 - das atividades de Interação Acadêmica, entre outros. Todos esses documentos
têm em comum a ênfase em uma extensão acadêmica com compromisso social.
Fundamentada em tais documentos normativos, a extensão da UFRGS é
desenvolvida pelas diferentes unidades acadêmicas e órgãos da administração central,
tendo como principais instâncias da extensão: as Comissões de Extensão nas unidades,
responsáveis pela análise, acompanhamento e avaliação das atividades extensionistas no
âmbito da unidade; a Câmara de Extensão, órgão do CEPE, deliberativo da extensão; e a
Pró-Reitoria de Extensão, órgão da administração central responsável pelo registro, apoio e
também proposição de atividades, seja pela realização de eventos gerais de promoção e
divulgação da extensão, seja através de programas e projetos desenvolvidos por seus
setores e departamentos. É importante salientar que as atividades de extensão
desenvolvidas pela PROREXT prezam pela atuação em parceria com outros setores e
unidades da UFRGS, assim como com parceiros externos, promovendo a
interdisciplinaridade e a indissociabilidade com projetos de pesquisa e do ensino.
A PROREXT faz o acompanhamento do registro da extensão, realizado através do
Sistema de Extensão, desenvolvido pelo Centro de Processamento de Dados – CPD da
UFRGS e alimentado por dados fornecidos pelos coordenadores de atividades de extensão
nos seus respectivos Portais de Servidor UFRGS quando da elaboração de propostas e dos
relatórios de atividades extensionistas. Em consulta ao Sistema de Extensão, temos os
seguintes dados quantitativos do registro e certificação da extensão na UFRGS em 2015:
79
2015
Programas de extensão 169
Projetos de extensão 949
Ações de extensão 513
Total das atividades de extensão 1.631
Certificados emitidos 22.257
Participantes de extensão
Alunos/UFRGS participantes 8.576
Demais participantes 17.262
Total de participantes 25.838
Quadro 15 - Dados sobre registro e certificação de Extensão/UFRGS 2015
Fonte: Pró-Reitoria de Extensão, 2015.
Conforme consta no Quadro 15, foram realizadas 1.631 atividades de extensão na
UFRGS em 2015, sendo 949 projetos e 169 programas, aos quais se somam 513 atividades
registradas ainda como “ações”, nível que foi extinto a partir de maio de 2015, com as
novas normas de Extensão da UFRGS (Resolução 17/2015-CEPE). Os dados apresentados
mostram crescimento quantitativo da extensão, tanto no número de atividades quanto no
número de participantes de cursos e eventos propostos pelos órgãos e unidades da UFRGS.
Da mesma forma, aumentou também no número de envolvidos nas equipes das atividades
desenvolvidas, como se vê no quadro a seguir:
Executores 2015
Docentes 2.189
Técnicos-administrativos 336
Discentes (graduação) 1.487
Discentes (pós-graduação) 790
Executores externos 1.840
Total de executores de extensão 6.642
Quadro 16 - Dados sobre executores de Extensão/UFRGS 2015
Fonte: PROREXT, PROGESP, PROGRAD e PROPG, 2015.
O Quadro 16 revela que há envolvimento com a extensão por parte de diferentes
atores, incluindo docentes e técnicos-administrativos (que podem atuar como
80
coordenadores e como executores das atividades de extensão da UFRGS), e também
alunos de graduação e de pós-graduação, além de membros externos à Universidade. Os
números apresentados corroboram o caráter social e acadêmico da extensão desenvolvida
na UFRGS, em conformidade com o PDI da Universidade e com as políticas nacional e
institucional de extensão: a interação dialógica da Universidade com a sociedade responde
pelo grande envolvimento de membros da comunidade atuando nas atividades de extensão
desde sua concepção, planejamento e execução; a importância da prática extensionista na
formação discente torna crescente o interesse dos alunos no que toca à atuação direta na
execução dos programas e projetos. De fato, 34,28% dos executores da extensão são alunos
da Universidade, além daqueles 8.576 discentes da UFRGS participantes de cursos e
eventos apresentados no Quadro 1, ou seja, 33,19% dos participantes das atividades
promovidas em 2015. É esperado que o envolvimento discente aumente nos próximos
anos, pois ainda são propostas atividades de extensão sem a participação de alunos na sua
equipe de trabalho. Da sua parte, a PROREXT, na emissão de manifestações e pareceres a
processos de atividades vinculadas a contratos e convênios com outros órgãos e
instituições, tem incentivado a inclusão de alunos, fundamentada no artigo 5º da Decisão nº
193/2011-CEPE, segundo o qual a participação de discentes é caracterizada pelo objetivo
acadêmico das atividades de Interação Acadêmica.
Além dos dados quantitativos das atividades de extensão da UFRGS, convém
mencionar nas demais seções do presente relatório também as ações de apoio, promoção e
proposição de extensão desenvolvidas pela Pró-Reitoria de Extensão em 2015.
Apoio às atividades de extensão
Visando a qualificação da extensão da UFRGS, a PROREXT desenvolve
programas de apoio e incentivo às atividades de extensão, que vão desde o atendimento a
necessidades para a execução das atividades até o acompanhamento à participação em
editais. Incluem-se aí: o Programa de Bolsas, o Programa de Fomento e o apoio a Editais
Externos.
O Programa de Bolsas é o mais antigo dos programas de apoio à extensão na
UFRGS. Em 2015 foram distribuídas 600 bolsas a alunos de graduação com atuação de
20h semanais nas equipes de trabalho, contemplando um total de 295 atividades de
extensão dentre os 345 projetos solicitantes. A seleção das atividades contempladas no
Programa de Bolsas se deu por Comissão de Avaliação formada por 45 extensionistas das
81
diversas áreas e unidades acadêmicas da UFRGS, considerando-se critérios específicos
condizentes com as diretrizes da extensão universitária, especialmente no que toca ao seu
compromisso social e acadêmico e à sua natureza interdisciplinar e indissociável com o
ensino e com a pesquisa.
O Programa de Fomento contemplou, em 2015, um total de 186 atividades de
extensão da UFRGS, através de diferentes tipos de benefícios, como: bolsa evento, auxílio
financeiro para alunos de graduação, auxílio para transporte, material de consumo e
material gráfico, locação de espaço/Salão de Atos, apoio para a realização de eventos, entre
outros. Com o objetivo de propiciar a qualificação da extensão universitária através do
apoio e custeio das atividades desenvolvidas, o Edital anual prevê que os coordenadores de
extensão se inscrevam em formulário específico, disponível no seu Portal de Servidor
UFRGS. A solicitação é apreciada, considerando-se a natureza da atividade de extensão
proposta, com prioridade àquelas que não possuem arrecadação financeira.
O Apoio a Editais Externos, neste ano, privilegiou a participação da UFRGS no
Edital PROEXT- MEC/SESu. Neste sentido, a PROREXT assumiu duas frentes de
trabalho junto aos coordenadores de programas e projetos da Universidade: o
acompanhamento e execução financeira das 25 atividades contempladas no ano anterior
para realização em 2015; e a qualificação das propostas inscritas para 2016, o que
repercutiu na elevação das notas obtidas em nível nacional e na manutenção proporcional
do nível de aprovação da UFRGS diante da crescente concorrência, devido à inclusão das
instituições comunitárias no programa, e da redução de recursos do PROEXT para
execução em 2016. Isso evidencia a qualidade das propostas encaminhadas, como resposta
à qualificação decorrente da seleção interna realizada pelo Comitê Sênior da Extensão e do
trabalho de assessoria da PROREXT. De fato, o Edital do MEC, em parceria com outros
ministérios e secretarias do Governo Federal, teve um corte de 50% da verba destinada aos
programas e projetos inscritos, o que levou à sensível redução do número de propostas
contempladas com recursos. Importa salientar que o corte de verbas independe de ação da
Universidade, que teve 13 propostas contempladas para execução em 2016 com recursos
do Edital, ainda que outros projetos da Universidade também tenham obtido boa
pontuação.
O quantitativo de atividades de extensão contempladas pelos programas de apoio às
atividades de extensão é apresentado no Quadro 17:
82
2015
Programa de Bolsa de Extensão: atividades contempladas
(600 bolsas)
295
Programa de Fomento à Extensão: atividades contempladas 186
Editais Externos
Atividades contempladas (para
2016)
13
Atividades acompanhadas (em
2015)
25
Total de atividades contempladas 519
Quadro 17 - Atividades contempladas pelos Programas de Apoio à Extensão
Fonte: Pró-Reitoria de Extensão, 2015.
Ações de promoção da extensão
A PROREXT desenvolve ações de promoção da extensão, que visam fortalecer as
atividades propostas pelas diversas unidades e setores da UFRGS, intensificando a
interação da Universidade com a sociedade. Neste sentido, são realizados eventos de
reflexão e divulgação do que é feito na Universidade, abrangendo as diversas áreas de
conhecimento em diferentes modalidades, como o Salão de Extensão e o UFRGS Portas
Abertas, e apoio à participação em eventos externos através das Delegações de
Extensão/UFRGS.
O Salão de Extensão de 2015 alcançou seu objetivo de mostra, divulgação e
integração das atividades de extensão desenvolvidas pela UFRGS, possibilitando também
reflexão e discussão sobre o fazer extensionista em ambiente de troca e debate entre a
comunidade acadêmica e parceiros da sociedade. Foram oferecidas as modalidades de
Mostra Interativa, Tertúlias, Minicursos e Encontro de Extensão, sendo necessária a
ampliação das vagas para inscrição de trabalhos, dada a relevância acadêmica do Salão.
Participaram 415 atividades de extensão, incluindo 18 de outras Instituições de Ensino
Superior do Estado.
A décima sexta edição do evento foi maior e mais abrangente do que no ano
anterior, contando com maior número de projetos e, consequentemente, maior número de
extensionistas, chegando a 1.163 entre organizadores, coordenadores e apresentadores de
83
projetos. Convém salientar o envolvimento de todos os departamentos e setores da
PROREXT e de 46 avaliadores das Tertúlias, provenientes de diferentes unidades
acadêmicas. A apreciação dos trabalhos nesta modalidade, considerando por critérios o
impacto social do projeto, seu impacto na formação dos alunos e a interdisciplinaridade e
indissociabilidade apresentada, levou à identificação de um destaque de cada sessão e,
dentre estes, os 10 destaques do XVI Salão de Extensão, que receberam sua premiação na
sessão de encerramento do Salão UFRGS.
A edição de 2015 do projeto UFRGS Portas Abertas também envolveu um
número maior de pessoas do que no ano anterior, tanto da comunidade universitária, na
proposição de atividades, quanto e especialmente do público externo, interessado em
conhecer a Universidade. Cabe à PROREXT a organização e execução do evento, o que só
é possível a partir da parceria com as diversas unidades acadêmicas, órgãos e setores da
UFRGS, que abrem suas portas, dando a conhecer as diversas atividades de ensino,
pesquisa e extensão desenvolvidas. O evento visa a integração entre a Universidade e seus
possíveis futuros alunos, em que todos os órgãos e setores da UFRGS são convidados a
propor atividades aos visitantes, a fim de apresentar-lhes os diferentes cursos de graduação
oferecidos, os laboratórios, setores e espaços da estrutura universitária.
Os números do UFRGS Portas Abertas 2015 revelam o sucesso de público
alcançado pelo evento: a Universidade recebeu a visita de mais de 12 mil pessoas, na sua
maioria alunos de Ensino Médio e cursinhos pré-vestibulares de todo o Estado, muitas
vezes acompanhados de familiares. O sistema de agendamento de escola contabilizou 531
instituições trazendo turmas de alunos, quase o dobro do ano anterior. Tamanho
movimento nos diversos espaços da Universidade exigiu a atuação de quase duas mil
pessoas na organização do evento e proposição das atividades nas diferentes unidades, em
ação conjunta de docentes, técnico-administrativos e alunos.
Além destes grandes eventos realizados na UFRGS, a PROREXT também apoia a
participação de Delegações de Extensão da UFRGS em eventos externos, realizando
ações que envolvem a seleção de programas e projetos que representam a Universidade em
cada um desses eventos e o apoio logístico relativo ao deslocamento e hospedagem dos
grupos. Cada atividade de extensão selecionada para compor as Delegações UFRGS é
representada por pelo menos um aluno extensionista, sempre acompanhado pelo
coordenador do projeto.
84
Em 2015, dois eventos merecem destaque: o 33º Seminário de Extensão
Universitária da Região Sul – SEURS e o 2º Congresso de Extensão da Associação de
Universidades do Grupo de Montevidéu – AUGM. O 33º SEURS foi realizado no mês de
agosto, em Bagé/RS, promovido pela Universidade Federal do Pampa – UNIPAMPA,
discutindo o tema “Extensão e Cidade: caminhos de interação, desenvolvimento e
visibilidades”. A Delegação UFRGS foi formada por 40 pessoas, responsáveis pela
inscrição de 20 projetos na UFRGS no evento. Em outubro, foi formada outra Delegação
de Extensão da nossa Universidade, então com 27 pessoas, para participar das discussões e
sessões temáticas no 2º Congresso da AUGM, em Campinas/SP, que teve por tema “A
indissociabilidade entre Ensino, Pesquisa e Extensão”.
Convém destacar que a participação nesses eventos tem relevância acadêmica uma
vez que promovem a aproximação e integração de extensionistas e de projetos de extensão,
contribuindo na formação dos alunos e na qualificação da extensão desenvolvida na
UFRGS. As Delegações de Extensão organizadas pela PROREXT atendem ao PDI da
Universidade que prevê a “interlocução nacional e internacional de saberes e práticas”
(PDI-UFRGS 2011-2015, pág. 20).
No Quadro 18, a seguir, são apresentados dados relativos às ações de promoção da
extensão:
Projetos
apresentados
Extensionistas
envolvidos
Público
do
evento
XVI Salão de Extensão 415 1.163 2.461
UFRGS Portas Abertas 488 1.969 12.508
Delegações de
Extensão
33º SEURS 20 40 -
2º Congresso
da AUGM 12 27 -
Total 935 3.199 14.969
Quadro 18 - Números dos eventos de promoção da extensão da UFRGS
Fonte: Pró-Reitoria de Extensão, 2015.
Avaliação da Extensão
Em se tratando de avaliação da extensão universitária brasileira, é previsto o
desenvolvimento de ações de acompanhamento (constante), monitoramento (pontual) e
85
avaliação (final). O acompanhamento das atividades de extensão da UFRGS é, em primeira
instância, da atribuição dos coordenadores, na prática extensionista, em contato direto com
a equipe de trabalho e com a comunidade. O monitoramento deve ser realizado a partir de
relatórios parciais das atividades ou em momentos específicos, possibilitando a reflexão
acerca do projeto e a proposição de alterações eventualmente necessárias à proposta em
curso. A avaliação final, além da discussão entre os membros das respectivas equipes de
trabalho, é feita pela apreciação dos relatórios finais apresentados às Comissões de
Extensão das unidades acadêmicas e, não havendo tal Comissão, à Câmara de Extensão do
CEPE.
Paralelo a isso, no que toca à avaliação da extensão, a PROREXT desenvolve ações
em duas frentes: divulgando e trazendo a discussão, nos diferentes espaços de interlocução
com os extensionistas, sobre a concepção/características e as diretrizes da extensão
universitária, as quais devem fundamentar todo trabalho de avaliação; desenvolvendo
processos avaliativos específicos ao longo do ano, os quais assumem caráter de
monitoramento da extensão à medida que se aplicam a projetos em execução,
possibilitando reflexão dos extensionistas sobre sua prática. É importante salientar que
todos os processos avaliativos propostos tomam por critérios os cinco Is diretrizes da
extensão: o Impacto social; o Impacto na formação dos alunos; a Indissociabilidade com o
ensino e com a pesquisa; a Interdisciplinaridade entre as áreas do conhecimento; a
Interação dialógica com a comunidade no planejamento e execução das atividades de
extensão.
Os processos avaliativos das atividades de extensão da UFRGS propostos pela
PROREXT são fundamentais para o desenvolvimento de ações institucionais como: o
Programa de Bolsas, o Programa de Fomento, a Seleção Interna para o Edital PROEXT-
MEC, a identificação dos destaques das Tertúlias no Salão de Extensão e a seleção de
projetos para composição das Delegações de Extensão.
A análise dos projetos inscritos no Programa de Bolsas é feita por uma comissão
interdisciplinar, nomeada por portaria específica, com a participação de representantes das
COMEX das unidades acadêmicas, CAMEXT e PROREXT, sendo que cada projeto é
avaliado por dois pareceristas. A avaliação se dá anualmente por meio de um formulário
eletrônico com pontuação específica para cada item, em conformidade com o estabelecido
há dois anos por comissão para revisão dos critérios para distribuição das bolsas.
86
O Programa de Fomento, embora seja estabelecido por edital anual, não se faz por
avaliação em um único momento do ano. À medida que os coordenadores de atividades de
extensão inscrevem-se no Programa, também em formulário eletrônico específico, a Pró-
Reitora de Extensão, junto com a equipe da PROREXT, analisa as solicitações
apresentadas, visando ao atendimento das necessidades para o desenvolvimento dos
projetos. Têm prioridade de atendimento as atividades que não possuem arrecadação
financeira. Não raro são solicitadas informações adicionais aos projetos e, em alguns casos,
com agendamento de reunião para discussão sobre a execução da atividade.
É exigência do Edital PROEXT-MEC/SESu a Seleção Interna das propostas a
serem encaminhadas por cada instituição. Na UFRGS, a análise dos programas e projetos
com interesse em participar do Edital é feita pelo Comitê Sênior da Extensão. Para além de
selecionar e distribuir as propostas inscritas pelas vagas disponíveis em cada linha temática
do Edital, o Comitê Sênior emite parecer e propõe adequações às atividades sempre que
necessário, procurando destacar o caráter o caráter acadêmico e a interação social
propostos pela extensão. Ainda relativo ao Edital PROEXT, a UFRGS também participa
ativamente da avaliação das propostas em âmbito nacional em dois momentos, servindo-se
do questionário eletrônico desenvolvido pelo MEC: na avaliação ad hoc das propostas
encaminhadas ao MEC pelas outras instituições de ensino superior do País, formando, para
isso, um grupo de avaliadores com participantes das diferentes unidades acadêmicas da
Universidade; e, após a divulgação da classificação provisória do Edital, técnicos
especialistas da PROREXT atuam na avaliação dos recursos apresentados pelos
coordenadores das propostas de outras instituições brasileiras.
A modalidade Tertúlia do Salão de Extensão constitui-se em importante momento
de monitoramento e avaliação das atividades de extensão desenvolvidas pela UFRGS. Os
357 projetos inscritos na modalidade, distribuídos em 36 sessões de apresentação de
trabalhos e debate sobre a prática extensionista, foram avaliados pelos apreciadores
(membros da CAMEXT, da PROREXT e Comitê Sênior), pelos mediadores
(extensionistas e membros das COMEX) e pelos integrantes de cada projeto participante da
Tertúlia, visando à identificação do destaque da sessão. A partir daí, o Comitê Sênior da
Extensão analisou a documentação de cada sessão, identificando os dez projetos destaques
do Salão de Extensão. Foram tomados como critérios de pontuação: a relação da atividade
de extensão com a comunidade; a contribuição da atividade à formação acadêmica; e a sua
relação com o ensino, com a pesquisa e com outras áreas do conhecimento.
87
Estes critérios também foram considerados para a seleção das atividades que
integraram as duas Delegações de Extensão organizadas em 2016 para representação da
UFRGS em eventos nacional e internacional da extensão, somando-se a eles a relação das
atividades inscritas com o tema de cada um dos eventos.
Departamento Administrativo e de Registro da Extensão
O Departamento Administrativo e de Registro da Extensão (DARE) é responsável
pela execução de ações de apoio, promoção, qualificação, registro e divulgação da
extensão da UFRGS, além de ações administrativas e de gestão da PROREXT. As ações de
apoio e as de promoção da extensão já foram abordadas neste documento: como apoio à
extensão, citam-se os programas de Bolsas e de Fomento e o apoio aos Editais
(acompanhamento e execução financeira das atividades de2015 e trabalho junto aos
coordenadores das propostas inscritas para 2016); a promoção da extensão é objetivo de
eventos como o Salão de Extensão e o UFRGS Portas Abertas, além da organização das
Delegações de Extensão para participação em eventos externos.
O ano de 2015 foi marcado por bons resultados especialmente no que diz respeito à
qualificação e registro da extensão. Neste sentido, duas expressões sintetizam as atividades
desenvolvidas pela PROREXT: ‘aproximação’ (com e entre extensionistas e destes com a
sociedade) e ‘reflexão’ (sobre ciência, cultura e sociedade e sobre assuntos atinentes à
extensão universitária). É o que se vê em ações como: (a) os encontros com Comissões de
Extensão nas unidades, em que programas e projetos deram-se a conhecer e extensionistas
da UFRGS apropriaram-se do debate sobre a extensão universitária brasileira; (b) os
Diálogos da Extensão com outros órgãos da Universidade, em edições temáticas que
abordaram assuntos atuais, como internacionalização, a nova norma de extensão da
UFRGS e a elaboração do PDI; (c) as publicações resultantes de projetos de extensão, em
sistematização das reflexões e das experiências vividas, como um retorno tanto à academia
como também às comunidades envolvidas; (d) a instrumentalização das COMEX sobre
registro e legislação que norteiam a extensão na UFRGS; (e) os processos avaliativos
mencionados na seção anterior; e (f) o trabalho junto ao CPD, visando à adequação do
Sistema de Extensão à nova norma de extensão da UFRGS, o que ainda encontra-se em
andamento, seja devido à complexidade de implementação de um formulário de relatório
parcial em relação à sua tramitação e certificação eletrônicas, seja devido ao dinamismo
próprio do registro das atividades e certificação online.
88
No que toca a ações de divulgação da extensão, são destaques em 2015: a
reformulação do website da PROREXT e a elaboração e publicação do Catálogo sobre a
Internacionalização da Extensão, com programas e projetos da UFRGS que se abrem para
a participação de alunos estrangeiros. Além disso, o Núcleo de Divulgação em 2015 foi
responsável pela publicação de boletins eletrônicos com matérias sobre os projetos de
extensão desenvolvidos pelas diferentes unidades acadêmicas, pela elaboração de materiais
de identidade visual institucional e de atividades de extensão e pela atualização das redes
sociais da PROREXT.
Destaca-se também a responsabilidade do DARE quanto ao desenvolvimento de
ações de planejamento e gestão da PROREXT, incluindo-se: a participação em comissões
da extensão na UFRGS e em nível nacional; a participação, representando a Universidade,
em fóruns temáticos de instituições públicas; a análise de processos de interação acadêmica
e elaboração de pareceres técnicos, relatórios e outros documentos relativos às atividades
de extensão da UFRGS; o gerenciamento dos recursos humanos no âmbito da PROREXT,
o gerenciamento e execução orçamentária da PROREXT; providências quanto à
manutenção e melhorias de infraestrutura da PROREXT; a atualização de bancos de dados;
e o gerenciamento da agenda de compromissos da Pró-Reitora de Extensão/UFRGS.
O quadro a seguir apresenta os números referentes às atividades desenvolvidas pelo
Departamento Administrativo e de Registro da Extensão e, nos casos pertinentes, dados de
público alcançado:
Atividades
desenvolvidas
Atividades de
extensão UFRGS
contempladas
Público
Programas de Apoio às Atividades
Extensionistas
31 519 777
Ações de Promoção da Extensão 5 32 2528
Qualificação e Registro da Extensão 40 - 212
Divulgação da Extensão 398 - 4.448
Planejamento e Gestão da PROREXT 35 - -
Total 132 551 18.012
Quadro 19 - Atividades do DARE em 2015
Fonte: Pró-Reitoria de Extensão, 2015.
89
Departamento de Educação e Desenvolvimento Social
Em 2015, o Departamento de Educação e Desenvolvimento Social (DEDS), deu
continuidade ao trabalho de pensar e implementar ações que contemplam a
responsabilidade social da extensão, abrindo canais de diálogo com a sociedade sobre o
respeito à diversidade e à igualdade de direitos e acesso à educação pública de qualidade.
Em consonância com o PDI da UFRGS, as ações abaixo destacadas buscaram:
estimular relações inter e transdisciplinares com setores da Universidade e da sociedade;
promover o estreitamento de laços com os egressos e com a comunidade em geral;
contribuir para o fortalecimento dos núcleos interdisciplinares; fortalecer a relação
dialógica entre Universidade e sociedade e a realização de ações que incentivem a
participação de estudantes, docentes e técnico-administrativos:
Programa Convivências: realizado em conjunto com a Comunidade
Quilombola do Limoeiro do Bacopari e a comunidade da Lomba do Pinheiro, através do
núcleo ativo de sua horta comunitária. Reuniu 37 estudantes de 16 cursos de graduação,
alguns já egressos, para juntamente com os integrantes dessas comunidades e professores
de agronomia, dança e biologia, promover e desenvolver ações educativas, culturais e
científicas articulando o ensino, a pesquisa e a extensão.
Programa de Apoio ao Acesso ao Ensino Superior: através da formação de
educadores – estudantes de graduação – e concessão de auxílio financeiro para os cursos
pré-vestibulares populares Esperança Popular-Restinga, Resgate Popular e Projeto
Educacional Alternativa Cidadã – PEAC.
Projeto Conversações Afirmativas: com a realização de rodas de conversas
em torno da memória e patrimônio das populações negras e povos indígenas. A ação
voltada à educação para a diversidade possibilitou espaço e voz para estudantes,
comunidade, pesquisadores e, em parceria com a PROGESP, constitui ação de formação
para servidores técnicos e docentes da Universidade.
3ª Semana da África na UFRGS: em parceria com a PROGRAD e
RELINTER, com a participação de estudantes de convênio e pesquisadores do Continente
Africano da UFRGS e outras IFES e instituições privadas. Na oportunidade, foi lançada a
segunda edição da Revista Semana da África com artigos e encarte educativo para ser
utilizado em sala de aula.
Estação Cidadania: programa apresentado na Rádio da Universidade,
produzido pelo DEDS com a participação de estudantes de jornalismo e colegas jornalistas,
90
para informar e divulgar a Extensão realizada pela UFRGS a partir das relações
interinstitucionais e sociais, com foco em Educação, Direitos Humanos e Cidadania.
Além das ações acima, o DEDS tem mantido representação em grupos de trabalho da
UFRGS e de outras instituições. No âmbito da Universidade, atualmente, compõe o
Conselho Local de Acompanhamento e Avaliação do Programa de Educação Tutorial da
UFRGS e Conselho Consultivo da Coordenadoria Acompanhamento da Política de Ações
Afirmativas e também tem representação no Grupo de Trabalho GT 26-A, coordenado
pelo Tribunal de Contas do Estado do RS.
As atividades do DEDS estruturam-se em quatro temáticas desenvolvidas pelo
Departamento: Temática Educação na Diversidade, que inclui conversações Afirmativas e
o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas - NEAB; Temática Tempos e
Territórios, incluindo o Projeto Convivências e o Programa de Apoio ao Acesso ao Ensino
Superior; Temática Fronteiras do Desenvolvimento Social, que abrange participação no
PROEXT, o Projeto Rondon e os Núcleos Interdisciplinares de Extensão; e Temática
Memória e Patrimônio Cultural, com ações como o projeto Estação Cidadania, a exposição
fotográfica “Mulheres nas ações do DEDS: tess(c)ituras coletivas’, realizada em 2015, e
publicações dos diferentes projetos desenvolvidos.
O quadro a seguir mostra as ações desenvolvidas pelo DEDS nessas quatro
temáticas:
Temáticas Atividades Público
Temática Educação na Diversidade 56 1.911
Temática Tempos e Territórios 41 1.779
Temática Fronteiras no Desenvolvimento
Social
31 3.964
Temática Memória e Patrimônio Cultural 37 -
Total 165 7.654
Quadro 20 - Atividades do DEDS e público alcançado em 2015
Fonte: Pró-Reitoria de Extensão, 2015.
91
Departamento de Difusão Cultural
Em seu projeto de atuação para 2015, o Departamento de Difusão Cultural – DDC
buscou aprimorar cada vez mais o espaço para a cultura, buscando relacionar ações que
valorizam expressões culturais diversas. Para atingir este objetivo, o Departamento
conjugou esforços com outros setores da UFRGS e com outros agentes culturais do Rio
Grande do Sul.
Entre suas atividades em 2015, destacam-se as seguintes:
Dando continuidade à parceria entre o DDC e o Instituto de Artes da UFRGS,
houve o lançamento do livro Pinacoteca Barão de Santo Ângelo e a realização do curso
Introdução às Artes Visuais, com atividades desenvolvidas no espaço da exposição
Pinacoteca Barão de Santo Ângelo, no Salão de Festas, segundo andar do prédio da
Reitoria. O curso destinou-se a público externo e interno, contando como atividade de
capacitação para servidores da Universidade.
Projeto Unifoto, que, ao longo dos últimos anos, vem consolidando o espaço do
saguão da Reitoria como espaço para exposições fotográficas, focando na divulgação das
produções artísticas de servidores e alunos.
Projeto Unimúsica – Série Irreverentes, que contou com seis concertos e seis
entrevistas abertas com os artistas.
Ciclo de debates NósOutros Gaúchos, evento realizado em parceria entre o DDC e
a Associação Psicanalítica de Porto Alegre que promoveu cinco encontros temáticos e um
seminário para discutir temas relacionados à cultura e à identidade gaúchas.
A Sala Redenção manteve m 2015 sua dinâmica de estabelecer parcerias em sua
programação, destacando-se, neste ano, a retomada da parceria com o SESC/RS, com o
Instituto Goethe, com o Consulado Português e com a Aliança Francesa.
Considerando a relação com a comunidade, as atividades do DDC foram planejadas
de modo a estimular a promoção da vida cultural da Universidade e de Porto Alegre.
Assim, como reconhecimento pela qualidade das suas atividades, o DDC, junto com seus
parceiros, foi vencedor em quatro categorias do 9º Prêmio Açorianos de Artes Plásticas,
concedido pela Secretaria de Cultura de Porto Alegre. Além disso, a curadoria do Projeto
Unimúsica recebeu o Troféu Acorde Brasileiro, concedido pela GVT, Instituto Educare e
Contursi Produções em reconhecimento à dedicação na preservação da música brasileira.
92
Modalidades/manifestações Atividades Público
Música 30 14.256
Artes Visuais 11 3.482
Cinema (35 edições/ciclos) 411 16.546
Reflexão 06 690
Projetos Especiais 04 2.400
Coral da UFRGS 21 8.150
Total 483 45.524
Quadro 21 - Atividades do DDC em 2015
Fonte: Pró-Reitoria de Extensão, 2015.
Planetário da UFRGS
O Planetário Prof. José Baptista Pereira enfrentou, em 2015, uma significativa
redução no número de sessões oferecidas à comunidade escolar e ao público geral devido à
substituição da rede elétrica e realização de obras de infraestrutura (banheiros e área
administrativa), as quais foram interrompidas e ainda não foram retomadas. Entretanto,
apesar das condições físicas adversas, foram realizadas 122 sessões na cúpula, incluindo
sessões de férias no mês de janeiro e sessões dominicais e para a comunidade escolar, nos
meses de setembro a novembro, possíveis mediante a locação de banheiros químicos
instalados no pátio do Planetário.
Com esta medida, o calendário de aulas do curso Explorando o Universo: dos
quarks aos quasares, ministradas na cúpula do Planetário, foi cumprido nos dois
semestres letivos. Ainda como ação vinculada à formação acadêmica em Astronomia, foi
realizada uma assessoria ao Planetário de Goiânia, GO. Também foram realizadas
assessorias na cúpula para o espetáculo Pequeno Príncipe no Planetário, que será exibido
em diversos Planetários brasileiros em 2016.
E, em abril, o Planetário passou a sediar a residência cultural de uma aluna do curso
de Especialização em Acessibilidade Cultural da UFRJ. Durante a orientação da aluna
vinculada à residência em Acessibilidade Cultural no Planetário, foram desenvolvidos
diversos materiais didáticos para inclusão social, atendendo a surdos, cegos e usuários de
93
saúde mental, como: Dominó Sistema Solar em LIBRAS; constelações da Bandeira do
Brasil em relevo táctil; e realização de oficinas O Céu como laboratório em residencial
terapêutico, em Porto Alegre. Estas atividades geraram um trabalho científico que foi
apresentado na XXXIX Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Astronomia em
setembro/2015, em Ouro Preto, MG.
O Planetário continuou desenvolvendo ações de ensino de Astronomia e Ciências
afins, com assessorias científico-pedagógicas para rede municipal de ensino e ministrando
três oficinas para escolas e outras quatro no Mês da Criança no Planetário, em outubro.
Convém mencionar, ainda, que 2015 foi o Ano Internacional da Luz e, em razão
disso, diversas atividades especiais foram realizadas, como os concertos de Outono e de
Verão de As Quatro Estações, de Vivaldi, com o grupo Astronomusic (Z. Rech e A.
Simione - http://www.astronomusic.com) e um ciclo de nove palestras sobre Fotografia,
Ciência e Arte. Somam-se a isso, três palestras de divulgação e educação em Astronomia,
realizadas em eventos: III Encontro Nacional de Acessibilidade Cultural, Rio de Janeiro,
em maio; 1º Workshop de Educação em Museus e Planetários, Rio de Janeiro, também em
maio; e XX Encontro da Associação Brasileira de Planetários, Brasília, DF, em outubro.
Ainda que com dificuldades e restrições de atendimento ao público nos espaços do
Planetário, em razão da realização e interrupção das obras de infraestrutura, o que
repercutiu em sensível diminuição dos números do Planetário, a grande maioria dos
projetos tiveram continuidade, além de novas atividades implementadas neste ano, fazendo
com que, em 2015, se chegasse a um público total de 9.683 pessoas que participaram das
atividades oferecidas, como é visto no quadro a seguir:
Temáticas Atividades Público
Sessões na Cúpula do Planetário 122 8.656
Ações de Formação Acadêmica em Astronomia e
Ciências Afins
11 395
Ações de Ensino de Astronomia e Ciências Afins 07 159
Ações de Divulgação e Educação em Astronomia
e Ciências Afins
18 473
Total 158 9.683
Quadro 22 - Atividades do Planetário em 2015
Fonte: Pró-Reitoria de Extensão, 2015.
94
Museu da Universidade
O Museu da UFRGS, como órgão suplementar da Universidade vinculado à Pró-
Reitoria de Extensão, constitui-se em um instrumento de intervenção capaz de estimular a
reflexão e a transformação do patrimônio integral produzido ou tematizado pela UFRGS
em herança cultural. Assim, devido à natureza de seu trabalho e à missão a que se propõe,
o Museu é um espaço privilegiado para a concepção e realização de ações de extensão
universitárias inter-relacionadas com o ensino e com a pesquisa. As atividades realizadas,
portanto, enfatizam a necessária articulação entre esses três componentes basilares da
instituição, a fim de que ela cumpra sua missão social numa relação de mão dupla com a
sociedade.
Por meio de sua Unidade Sócio-educativo-cultural, o Museu da UFRGS desenvolve
diferentes ações voltadas, especialmente, para o público escolar, seja no acolhimento de
grupo, na proposição de formação continuada a professores ou no desenvolvimento de
material educativo para empréstimo às escolas, sempre tendo como foco a
interdisciplinaridade, a interculturalidade e a acessibilidade. Na mesma perspectiva, o
Museu vem consolidando, nos últimos anos, os movimentos de articulação entre as
unidades administrativas e de ensino, envolvendo o ensino e a pesquisa, bem como as
ações afirmativas, a capacitação profissional e cultural, as relações internacionais e a
difusão das ciências. Dessa forma, em seus fazeres cotidianos junto às diferentes
comunidades, é fortalecido o papel que a Extensão desempenha para que a Universidade
atue socialmente referenciada na busca da transformação social.
Mediante Programa de Extensão, esta Unidade propõe e executa ações didáticas de
apoio às exposições em cartaz nos espaços do Museu e, ainda, referentes ao acervo,
visando atender às demandas de educação não formal e de lazer da comunidade interna e
externa à UFRGS. Através de parcerias com diversas unidades de ensino, proporciona a
realização de estágios curriculares, bem como a atuação de bolsistas, no intuito de
contribuir para a formação de estudantes da UFRGS junto aos diferentes setores e
atividades do Museu.
Entendendo que as ações de extensão universitária possibilitam a democratização
de saberes e fazeres, bem como a interculturalidade, os projetos realizados em 2015
concentraram-se basicamente em dois eixos. O primeiro eixo agrupou iniciativas e
atividades voltadas à produção e divulgação do conhecimento científico desenvolvido na
Universidade, bem como à articulação dos espaços de memória da UFRGS em
95
experiências interdisciplinares e integradas com diferentes unidades. Já o segundo eixo
priorizou as culturas negras e indígenas, geralmente não evidenciadas na difusão dos feitos
científicos e culturais. A troca de saberes e mútuo aprendizado entre a Universidade e a
comunidade são concretizados em ações conjuntas da academia com as culturas Guarani
Mbyá, em continuidade e crescente compromisso, e Kaingang, ao que se soma a intensa
programação promovida pelo Museu por ocasião da 9ª Primavera de Museus, evento
proposto pelo Ibram/MinC, que apresentou em 2015 o tema Museus e Memórias
Indígenas. Ainda neste eixo, cumpre citar a parceria do Museu com o Curso de
Museologia, levando à realização da exposição curricular AGÔ - Presença Negra em Porto
Alegre: uma trajetória de resistência.
É importante mencionar que a exposição Coleções de Saberes: trajetórias de
conhecimentos na UFRGS, inaugurada em 2014 por ocasião dos 80 anos da Instituição, foi
prorrogada até o mês de julho, ensejando várias atividades de formação continuada e de
estreitamento de laços com os egressos e a comunidade em geral, tais como: a palestra As
Coleções de Ciência e Tecnologia no Mundo Contemporâneo, proferida pelo Prof. Dr.
Márcio Rangel (UNIRIO/MAST-MCeT); a palestra Brincando de Definir a Ciência,
proferida pela Profa. Dra. Rosa Estopà (Universitat Pompeu Fabra, Barcelona); o
Seminário Grandes Mestres dos Mestres da UFRGS: Lições de pioneirismo e História das
Ciências e o projeto Conhecendo os Museus e Acervos da UFRGS. A exposição, que reúne
acervos de espaços de memória de todos os campi e de todas as áreas de conhecimento, foi
adaptada e inaugurada no Campus Vale em novembro.
O Quadro 23 mostra o resumo das atividades do Museu da Universidade em 2015.
Temáticas Atividades Público
Exposições Museológicas 07 7.366
Gestão do Acervo 259 22
Programas socioeducativo-culturais do
Museu
88 2.978
Parcerias institucionais 40 1.410
Rede de museus e acervos da UFRGS 13 283
Produção de material 09 -
Total 419 12.059 Quadro 23 - Atividades do Museu da Universidade em 2015
Fonte: Pró-Reitoria de Extensão, 2015.
96
Salão de Atos
O Salão de Atos da UFRGS, com o objetivo maior de sediar e viabilizar atividades
que qualificam o ensino, a extensão e a pesquisa, constitui-se em importante equipamento
cultural da Universidade e da própria sociedade, uma vez que promove a interação da
Universidade com a comunidade interna e externa. O conjunto de espaços do Salão de
Atos, que além do salão principal inclui um auditório menor (a Sala II), duas salas de apoio
e sete camarins, é adequado para sediar com qualidade atividades acadêmicas, científicas e
culturais dos diferentes setores e órgãos da UFRGS, das esferas da administração pública e
da iniciativa privada.
Em 2015, o Salão de Atos cumpriu todos os objetivos e ações previstas,
destacando-se a execução do projeto de substituição de carpetes e poltronas do Salão de
Atos, Sala II e Plenarinho, uma melhoria de infraestrutura de alto impacto, considerada
como uma das grandes reformas realizadas desde a construção do prédio em 1954.
Seguindo as necessidades de modernização, atualização e ergonomia bem como de
adequação às normas de acessibilidade e segurança vigentes, a qualificação do espaço
físico visava assegurar a excelência do espaço na realização das atividades, no intuito de
melhor atender à diversidade de eventos ali sediados. O cumprimento do cronograma de
execução do projeto exigiu que as dependências do Salão de Atos estivessem fechadas de
15 de março a 31 de maio de 2015.
Durante este período, envolvendo toda equipe técnica e administrativa com
coordenação da direção, além das obras de infraestrutura, foi desenvolvido projeto de
resgate da memória institucional do Salão de Atos, a partir de pesquisa realizada junto ao
acervo do Museu da UFRGS, o que resultou na elaboração de um material institucional
(folder) que foi disponibilizado para a sociedade e para a comunidade universitária na
reinauguração do Salão de Atos em junho de 2015.
A programação regular anual do Salão de Atos da UFRGS inclui colação de grau,
espetáculos musicais, congressos, seminários, simpósios e outros eventos, sendo que
muitas dessas atividades têm caráter internacional, conforme proposto no PDI da
Universidade. Em 2015, a nova regra para Colação de Grau, estabelecida junto com o
Cerimonial do Gabinete do Reitor, previu a unificação de turmas de mesma unidade
acadêmica em única cerimônia, otimizando, assim, os dois períodos anuais de colação de
grau, tanto no que toca ao número de eventos de formatura quanto ao de reuniões
preparatórias.
97
Além das colações de grau e dos diversos eventos acadêmicos que se realizam nos
espaços do Salão de Atos, destacam-se os projetos Parceria OSPA-UFRGS e Som no
Salão. O primeiro proporciona espetáculos da Orquestra trazendo a comunidade porto-
alegrense à Universidade. Em proporção ao número de concertos realizados, o número de
público participante em 2015 aumentou significativamente em relação ao ano anterior,
assim como a participação da comunidade universitária nos concertos, uma vez que os
convites disponibilizados para a comunidade se esgotaram em todos os eventos da OSPA.
O Projeto Som no Salão, da sua parte, é voltado para a música autoral: através de um edital
são selecionados artistas em início de carreira, incentivando, de forma experimental, a
formação de novas plateias em programação marcada pela diversidade de estilos e gêneros
musicais e a aproximação do público com novas manifestações artísticas. O grande número
de artistas inscritos (em média 90 por edital) comprova a importância deste projeto como
ação cultural proposta pelo Salão de Atos
O Quadro 24 mostra os números relativos às atividades desenvolvidas pelo Salão
de Atos em 2015.
Temáticas Atividades Público
Colação de Grau 65 -
Parceria UFRGS-OSPA 12 5.080
Som no Salão 05 2.055
Total 82 7.135 Quadro 24 - Atividades do Salão de Atos em 2015
Fonte: Pró-Reitoria de Extensão, 2015.
Avaliação da Dimensão Extensão
De acordo com os resultados aqui descritos, o Quadro 25 resume as fragilidades e
potencialidades para a área de extensão da UFRGS.
Itens Resultados Alcançados Recomendações
Potencialidades Fragilidades
Extensão na
UFRGS
Continuidade da
consolidação da extensão
desenvolvida pela
UFRGS, com número
expressivo de atividades
que alcançam diversos
públicos.
Naturezas Reconhecimento da Ainda há pequena Incentivar os
98
acadêmica e
social da
Extensão
natureza acadêmica e
social da extensão
desenvolvida pela
UFRGS.
participação de alunos
de graduação como
executores em
atividades de interação
acadêmica, prevista na
Decisão nº 193/2011-
CONSUN.
coordenadores de
atividades de extensão a
incluírem alunos,
especialmente de
graduação, nas
respectivas equipes de
trabalho.
Diversidade e
abrangência
Diversidade da extensão
desenvolvida na
Universidade (de
modalidades apresentadas
e de público a que se
destina) e abrangência
(contemplando todas as
áreas do conhecimento e
com envolvimento de
diferentes agentes).
Sistema de
Extensão
Continuidade no processo
de aprimoramento do
Sistema de Extensão,
desenvolvido pelo CPD,
com ênfase na adequação
dos registros à Resolução
nº 17/2015-CEPE –
Normas gerais para
atividades de extensão
universitária na UFRGS.
Necessidade de
adequações no registro
da Extensão,
especialmente no que
se refere à relatoria
parcial e informação
quanto ao público
envolvido nas
atividades de extensão.
Trabalhar as alterações
necessárias no Sistema
de Extensão junto ao
CPD.
Apoio às
atividades de
extensão
Continuidade de apoio às
atividades de extensão
através do
desenvolvimento do
Programa de Bolsas de
Extensão e do Programa
de Fomento da Extensão.
Edital
PROEXT-
MEC
Trabalho junto aos
coordenadores da UFRGS
no Edital PROEXT-MEC,
com acompanhamento e
execução financeira das
atividades contempladas
para realização em 2015,
e qualificação das
99
propostas inscritas para
2016, o que repercutiu na
elevação das notas obtidas
e na manutenção
proporcional do nível de
aprovação.
Trabalho com
COMEX e
extensionistas
Continuidade do trabalho
de reflexão e debate sobre
a extensão, em especial
através de encontros com
COMEX nas unidades e
de edições temáticas dos
Diálogos da Extensão.
Eventos de
Extensão
Parceria com diversas
unidades e setores da
UFRGS na realização de
eventos da extensão
promovidos pela
PROREXT, como
UFRGS Portas Abertas e
Salão de Extensão.
Avaliação da
extensão
Realização de processos
de avaliação da extensão
fundamentados em
critérios concordes com as
diretrizes da extensão
universitária brasileira:
Programa de Bolsas,
Programa de Fomento,
seleção interna para Edital
PROEXT-MEC,
identificação de destaques
do Salão de Extensão.
Sistemática de
monitoramento e
avaliação da extensão
ainda pouco
consolidada entre as
diferentes unidades
acadêmicas.
Dar continuidade ao
processo de divulgação e
reflexão sobre as
diretrizes da extensão
universitária junto aos
atores e instâncias
relativas à extensão na
UFRGS.
Setores da
PROREXT
Desenvolvimento de
atividades de extensão
pelos setores e
departamentos da
PROREXT em parceria
com unidades acadêmicas
da UFRGS, evidenciando
o caráter multidisciplinar
da extensão e sua relação
100
com o ensino e com a
pesquisa.
Técnicos-
administrativo
s na Extensão
Técnicos-administrativos
da UFRGS atuam como
coordenadores e
executores de extensão.
Pequena participação
dos técnicos-
administrativos como
coordenadores e
executores de
extensão.
Estudar novas formas de
incentivo ao
envolvimento dos
técnicos-administrativos
na extensão.
Obras de
infraestrutura
Obras de infraestrutura
nos espaços culturais da
PROREXT, destacando-
se uma das maiores
reformas no Salão de Atos
desde a construção do
prédio.
Interrupção de algumas
atividades do
Planetário devido à
paralização das obras
de infraestrutura.
Manter a locação de
banheiros químicos e
utilização de espaços de
instituições parceiras,
além de dar
continuidade ao
acompanhamento do
processo junto aos
setores responsáveis.
Quadro 25 - Avaliação da Dimensão Extensão
2.6. PÓS-GRADUAÇÃO (stricto e latu sensu) - Pró-Reitoria de Pós-Graduação
(PROPG)
O sistema de Pós-Graduação da UFRGS compreende atividades de ensino e
pesquisa que visam à capacitação, altamente qualificada, de recursos humanos, nas
diversas áreas do conhecimento, para a docência, a pesquisa e o exercício profissional,
capazes de atuar no processo de transformação da realidade nacional.
O artigo 66 do Estatuto da UFRGS estabelece que “o Ensino de Pós-Graduação
visa à habilitação ao exercício, em nível avançado, do ensino, da pesquisa e de atividades
correlatas, sendo aberto a candidatos que tenham concluído o Curso de Graduação”. O
ensino de pós-graduação na UFRGS é afeto à Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PROPG).
O artigo 36 do Regimento Geral da UFRGS, estabelece que compete à PROPG:
formular diagnósticos dos problemas da Instituição na área da pós-graduação, elaborar as
propostas de política de atuação na área, bem como coordenar as atividades dos órgãos
responsáveis pela execução desta política.
O Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI 2011-2015) estabelece que a pós-
graduação adote uma política onde se articule pesquisa científica, tecnológica, artística e
cultural, com foco na excelência, na criação de novos cursos em áreas interdisciplinares,
não atendidas e inovadoras, formação para docência, extensão universitária, nucleação e
101
consolidação de outros programas de pós-graduação, intercâmbios institucionais
(nacionais e estrangeiros), inovação pedagógica, atração de pesquisadores qualificados e
avaliação permanente, entre outros.
A atuação da Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PROPG) tem sido, desde sua
criação, aquela definida regimentalmente, de administrar um sistema em
desenvolvimento, em crescimento e em consolidação, tais como: participação no Fórum
Nacional de Pró-Reitores de Pós-Graduação e Pesquisa (FOPROP) para discussão e
proposição das políticas de PG do país; interlocução com a CAPES na definição das
políticas nacionais e solução de problemas institucionais; interlocução com a Câmara de
Pós-Graduação para a definição de políticas internas e de atualização das normas da PG
em consonância com as decisões de CAPES/MEC e CNE; interlocução com o Fórum de
Coordenadores dos Programas de Pós-Graduação na proposição de políticas internas e
instâncias superiores federais e coordenação da Comissão Assessora da PROPG.
Além disto, cabe à PROPG, a interação com os Programas de Pós-Graduação na
execução dos recursos de fomento do PROAP/CAPES e de outros Editais Institucionais,
acompanhamento; o controle e execução das bolsas PROAP/CAPES; o apoio técnico para
criação de novos cursos; a articulação para submissão e implementação de projetos dos
editais de bolsas; o fomento e cooperação nacional e internacional; a articulação e apoio
técnico para a o relatório anual da CAPES; articulação e apoio técnico para a utilização
dos sistemas de controle acadêmico POSGRAD, Diplomação, Lato Sensu, e demais
sistemas internos da UFRGS, além do SAC-IES, COLETA/Plataforma Sucupira e
Cadastro Discentes da CAPES; implementação de convênios de cooperação e intercâmbio
nacionais e internacionais, expedição de diplomas; interação com
Departamentos/Unidades e Programas de Pós-Graduação na assessoria técnica na
proposição de cursos de especialização; controle, acompanhamento, execução, relatórios e
expedição dos certificados dos cursos de especialização.
O objetivo primordial da implantação da pós-graduação no Brasil foi impulsionar o
desenvolvimento científico e tecnológico do país com a formação de pesquisadores. Essa
premissa permeia a pós-graduação até os dias atuais, considerando os critérios de área da
avaliação CAPES, nos quais a "produção intelectual" é o quesito com maior fator de
pontuação. Portanto, a formação de pesquisadores ainda prevalece na ação formativa da
pós-graduação. No entanto, a CAPES verificou a falta de formação para a atuação no
magistério superior e, visando suprir esta lacuna, implantou o estágio docente para os
102
bolsistas, com vistas a atender uma das políticas governamentais centrais do MEC para a
melhoria da educação básica e superior.
Em 2015, a UFRGS totalizou 76 cursos de mestrado acadêmico, 10 de mestrado
profissional e 73 de doutorado, além de 155 cursos lato sensu (especialização) em
andamento. No ano de 2015, o total de alunos matriculados foi de 22108, sendo 10619 em
cursos de especialização, 5627 no mestrado, 49 no mestrado profissional e 5813 no
doutorado.
Na avaliação trienal 2010-2012 da CAPES a média dos cursos avaliados ficou 5,21.
Nesta trienal (2010-2012) foram avaliados 81 cursos, sendo que 13 obtiveram conceito 7;
19 cursos obtiveram conceito 6, 27 cursos obtiveram conceito 5, 16 cursos obtiveram
conceito 4 e 3 cursos obtiveram conceito 3. Em 2014, a Capes alterou o período avaliativo
dos programas de 3 para 4 anos. A próxima avaliação, agora quadrienal, será referente ao
período de 2013-2016. Atualmente, a UFRGS possui 87 cursos em funcionamento, dos
quais 13 cursos com conceito 7; 19 cursos com conceito 6; 28 cursos com conceito 5; 18
cursos com conceito 4 e 9 cursos com conceito 3. A média parcial dos conceitos, até o
momento, é de 5,23. O resultado da próxima avaliação quadrienal (2013-2016) deverá ser
divulgado em 2017.
Os conceitos da avaliação da CAPES, de certa forma, demonstram a realidade dos
cursos de PG, no entanto em alguns casos a qualidade do trabalho executado não é
plasmada no relatório anual apresentado à CAPES. Há portanto a necessidade de aprimorar
os mecanismos de redação e montagem do relatório, para que este reflita mais
fidedignamente a produção dos PPGs. Para isto, foi instituído um processo de revisão dos
relatórios anuais apresentados pelos PPGs à CAPES, como forma de aperfeiçoar e
qualificar as informações ali prestadas, assim permitindo refletir efetivamente sobre o
trabalho realizado.
O sistema de pós-graduação stricto sensu, em 2015, contou com 2.690 docentes
credenciados, 2.111 disciplinas oferecidas, 11.489 alunos matriculados (478 alunos
estrangeiros), 656 bolsas Capes de mestrado acadêmico, 859 de doutorado e 1de mestrado
profissional. Foram titulados 2.536 alunos.
A Universidade tem respondido positivamente às demandas sociais por cursos de
especialização (Pós-graduação lato sensu). Trata-se de um sistema de formação em que a
Universidade atende à comunidade, a partir de uma constante demanda tanto de
instituições privadas quanto públicas para a formação especializada.
103
No que tange à Residência em área profissional da Saúde, atualmente há 147
profissionais residentes regularmente matriculados, entre R1 e R2, sendo oferecidas 88
novas vagas anualmente. Envolve ao todo 16 categorias profissionais (artes, biologia,
biomedicina, educação física, enfermagem, farmácia, fisioterapia, fonoaudiologia,
medicina veterinária, nutrição, odontologia, pedagogia, psicologia, saúde coletiva, serviço
social e terapia ocupacional).
3 Programas na modalidade Multiprofissional: Residência Integrada
Multiprofissional em Saúde Mental Coletiva (início em 2005, 16 vagas ofertadas
anualmente); Residência Integrada Multiprofissional em Saúde da Criança - violência e
vulnerabilidades (início em 2014/1, 12 vagas ofertadas anualmente); Residência Integrada
Multiprofissional em Saúde Coletiva (início em 2014/2, 20 vagas ofertadas anualmente).
14 Programas na modalidade Uniprofissional: Residência em Medicina
Veterinária: patologia clínica (02 vagas); Residência em Medicina Veterinária: cirurgia de
pequenos animais (05 vagas); Residência em Medicina Veterinária: clínica e cirurgia de
grandes animais (01 vaga); Residência em Medicina Veterinária: clínica médica de
pequenos animais (06 vagas); Residência em Medicina Veterinária: clínica e cirurgia de
animais silvestres e exóticos (01 vaga); Residência em Medicina Veterinária: patologia
veterinária (02 vagas); Residência em Medicina Veterinária: anestesia veterinária (04
vagas); Residência em Medicina Veterinária: diagnóstico por imagem (aprovada em 2015,
com início previsto para março de 2016, com 02 vagas ofertadas anualmente).
5 Programas na Saúde Bucal: Residência Integrada em Saúde Bucal:
endodontia (01vaga); Residência Integrada em Saúde Bucal: cirurgia e traumatologia
bucomaxilofaciais (05 vagas); Residência Integrada em Saúde Bucal: estomatologia (05
vagas); Residência Integrada em Saúde Bucal: Periodontia (01vaga); Residência Integrada
em Saúde Bucal: Saúde da Família e Comunidade (06 vagas).
A UFRGS desenvolve política de expansão da qualidade da Pós-graduação que tem
por objetivo apoiar os programas de Pós-graduação para a conquista e manutenção da
excelência nacional e internacional de sua produção. A realização do Fórum de
Coordenadores, além da visita programada aos programas de pós-graduação,
acompanhadas por representantes da PROPG, da Capes e da Câmara de Pós-Graduação
são ações que fazem parte desta política. No mesmo sentido, a UFRGS estabeleceu entre
suas prioridades institucionais a internacionalização, e como tal a pós-graduação possui um
destaque na implementação desta política. Além do incremento nos processos de convênios
104
e acordos com instituições estrangeiras, a UFRGS tem destinado recursos próprios para
fomentar a aproximação entre seus PPGs e grupos de pesquisa e seus congêneres
internacionais, através, por exemplo, dos Editais de Missões de Curta Duração para
docentes e para discentes e da adesão a editais de mobilidade internacional, no qual
enviamos alunos da UFRGS para o exterior e recebemos alunos de instituições estrangeiras
em nossos programas (editais PAEC/OEA/GCUB, UAM, AUGM, entre outros).
Com o intuito de valorizar e destacar os trabalhos de tese defendidos ao longo de
cada ano foi instituído o Prêmio UFRGS de Tese, com premiação para as melhores teses
escolhidas por comissão ad hoc. Esta inciativa visa potencializar a participação da UFRGS
no Prêmio CAPES de Teses.
O Programa de Apoio à Pós-Graduação - PROAP e o Programa de Excelência
Acadêmica (PROEX) da CAPES são os dois principais financiamentos sistemáticos
institucionais dos PPGs. Através do PROAP, a CAPES repassa recursos de custeio e
capital à PROPG/UFRGS, os quais são utilizados primordialmente para inserção
institucional dos PPGs. Há ainda recursos financeiros oriundos da contribuição para o
desenvolvimento institucional realizada pelos cursos de especialização oferecidos pelas
unidades acadêmicas, cujo montante arrecadado permite o pagamento de bolsas de apoio
aos PPGs e financiamento de outras atividades previamente aprovadas por Comissão
específica para este fim.
A expansão do financiamento já exerce e continuará a ter um impacto significativo
sobre a quantidade e a qualidade da formação dos estudantes, e a produção científica,
intelectual e artística daí decorrentes. Além da CAPES, os pesquisadores recebem recursos
diretamente do CNPq (dados disponíveis na autoavaliação da PROPESQ, item 2.4 deste
Relatório). Em 2015, o sistema de pós-graduação enfrentou grandes dificuldades para sua
manutenção devido às restrições orçamentárias que ocorreram em detrimento da crise
econômica nacional, e a UFRGS recebeu apenas 29% do recurso financeiro previsto para o
ano. Somado a este fato, importantes editais de fomento da Capes, como por exemplo o
Pró-Equipamentos, e outros tipos de financiamento, como por exemplo o aporte de novas
bolsas de doutorado para cada estágio de doutorado sanduíche superior a 9 meses no
exterior, foram cortados. Além disto, os PPGs apresentam uma fragilidade crucial que é a
necessidade de expansão do espaço físico e de pessoal de apoio para o desenvolvimento da
pós-graduação. Essa expansão deve ser quantitativa e qualitativa, com a modernização dos
espaços físicos para laboratórios, para o ambiente de formação dos estudantes, e para as
105
interações nacionais (redes de pesquisa) e internacionais (convênios, que envolvam vinda
de professores e estudantes).
Preocupada com o provimento de uma maior proteção aos seus estudantes de pós-
graduação, em especial no que tange eventuais acidentes associados a seus trabalhos e
experimentos, a UFRGS possui, desde 2014, seguro coletivo para todos os seus alunos de
pós-graduação stricto sensu e residentes, com vistas a garantir coberturas indenizatórias e
assistenciais.
Desde 2004 a Pró-Reitoria de Coordenação Acadêmica, busca integrar e qualificar
as atividades de ensino, pesquisa e extensão. Assim, estabelece-se uma coordenação das
atividades das Pró-Reitorias de Graduação, Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão, bem
como das Secretarias de Avaliação Institucional, de Desenvolvimento Tecnológico,
Educação a Distância, Relações Internacionais e das Coordenadorias do Ensino Básico e
Profissional e das Licenciaturas. Dessa forma, articula-se a graduação com a educação
básica e profissional e com a pós-graduação, e estas com a pesquisa e a extensão. A
integração acadêmica entre graduação, pós-graduação e educação à distância da
Universidade se dá, também, através do Salão de Ensino, evento que faz parte do Salão
UFRGS, e que tem por objetivo contemplar atividade de promoção, discussão e
valorização da Docência.
INDICADORES PROPG
DADOS DA PÓS-GRADUAÇÃO UFRGS 2015
Alunos matriculados Mestrado Acadêmico 5.627
Alunos matriculados Doutorado 5.813
Alunos matriculados Mestrado Profissional 49
Alunos matriculados Especialização (Lato Sensu) 10.619
Número de bolsas Capes Mestrado Acadêmico 656
Número de bolsas Capes Doutorado 859
Número de bolsas Capes Mestrado Profissional 1
Número Cursos de Mestrado Acadêmico 76
Número Cursos de Doutorado 73
Número Cursos de Mestrado Profissional 10
Número de cursos Especialização (em andamento) 59
Média Conceitos Capes (avaliação trienal 2010-2012) 5,21
Alunos titulados Mestrado Acadêmico 1.366
Alunos titulados Doutorado 881
Alunos titulados Mestrado Profissional 289
Alunos titulados Especialização (Lato Sensu) 1.734
Número de docentes credenciados na pós-graduação 2.690
Número de disciplinas oferecidas na pós-graduação 2.111
Número de alunos estrangeiros 478 Quadro 26 - Indicadores PROPG
106
QUADRO RESUMO PROPG
Itens/Aspectos/Quesitos Ação Potencialidades Fragilidades Ações e Estraégias para
melhorias
Expansão dos cursos de pós-
graduação stricto sensu
Criação de cursos novos em áreas estratégicas e
não atendidas
Oferecer formação qualificada em áreas de interesse nacional e regional,
formando profissionais com alta
qualificação para o mercado
Os cursos novos iniciam suas atividades com
pouco recurso financeiro
da Capes, poucas bolsas. Espaço físico na
Universidade limitado,
muitas vezes inadequado para as atividades do
PPG.
Pleitear, junto à SUINFRA, espaços físicos e outras soluções
para o acolhimento destes novos
cursos.
Política de melhoria da
qualidade da pós-graduação
Elaboração relatório
Coleta Capes
Elevar os conceitos de avaliação
através da confecção de um relatório consistente.
Falta de servidores para
auxiliar na elaboração destes relatórios, falta de
experiência dos
coordenadores dos PPGs na Plataforma Sucupira.
Realizar revisão dos relatórios
antes do envio à Capes.
Manutenção das
atividades acadêmicas e
de pesquisa dos PPGs
Com recurso financeiros adequados é
possível elevar a qualidade dos PPGs
e qualificar a pesquisa.
Restrição orçamentária
das agências de fomento,
cancelamento do edital Pró-Equipamentos.
Em 2015 a UFRGS destinou
R$2.523,859,45 (recursos
próprios da UFRGS oriundos da FAURGS), através do Edital
001/2015 PROPG/FAURGS,
para apoiar as atividades de pós-graduação e custear despesas
inerentes ao funcionamento das
atividades acadêmicas e de pesquisa.
Fomento de bolsas de
mestrado e doutorado
Garantir dedicação exclusiva dos
alunos ao curso e, consequentemente,
elevar as pesquisas e publicações científicas.
Há alguns anos não há
uma política de aumento
no número de bolsas pelas agências de
fomento.
A única política vigente para bolsas de
doutorado, que concedia ao PPG uma bolsa extra
para cada aluno enviado
para doutorado-sanduíche por pelo
menos 9 meses, foi
cancelada pela Capes em 2015.
Pleitear, junto à Capes, novas
bolsas de mestrado e doutorado.
Internacionalização dos
PPGs
Promover a mobilidade de alunos da
UFRGS para realização de estágios,
missões e doutorado-sanduíche e aumentar a inserção da UFRGS no
cenário internacional.
Poucos editais de
mobilidade promovidos
por agências de fomento, restrição no
oferecimento de bolsas
de doutorado-sanduíche pela Capes e CNPq.
Adesão a editais com o Grupo
Montevidéu, Universidade
Autônoma de Madri, PROPAT/México.
Financiamento de algumas
mobilidades com recursos próprios da UFRGS.
Apoio técnico-
administrativo
Auxiliar nas atividades
administrativas dos PPGs e planejar
novas práticas com vistas a otimizar os serviços prestados.
Número de servidores
tecnico-administrativos
defasado na PROPG e espaço físico inadequado
para expansão das
atividades.
Solicitar junto às instâncias
responsáveis – Progesp e Suinfra
o redimensionamento do quadro funcionalo e de espaço-físico, de
acordo com as atividades
realizadas.
Quadro 27 - Quadro Resumo PROPG
107
3. A RESPONSABILIDADE SOCIAL DA INSTITUIÇÃO
3.1. Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Social (SEDETEC)
A SEDETEC apresenta como objeto o desenvolvimento da proteção do
conhecimento científico e tecnológico e da inovação, sendo responsável, junto à
Universidade, pela transferência de conhecimento de natureza tecnológica (convênios,
contratos, acordos, etc.).
Entre outras competências, é responsável pela aplicação da política de inovação
tecnológica da UFRGS, bem como pela aplicação das Leis que regem a matéria, ou seja,
todas aquelas que incluem a proteção e a transferência do conhecimento de natureza
tecnológica em busca da inovação. Nesse sentido, o setor de interações acadêmicas
apreciou: 28 contratos referentes à realização de cursos de especialização; 76 contratos de
prestação de serviço e extensão; 83 contratos de pesquisa, acordos e protocolos em geral; e
80 convênios e termos de cooperação. Estas interações, no seu conjunto, representaram
uma captação de mais de R$ 60 milhões pela UFRGS.
O Programa de Empreendedorismo realizou a Maratona de Empreendedorismo,
com a capacitação de 29 participantes empreendedores e o desenvolvimento de 18 projetos
de startups, sendo que os 8 melhores foram apresentados para uma banca. Realizou duas
oficinas em parceria com PS Junior, auxiliou no planejamento e realização do III
Laboratório de Empreendedorismo oferecido para os alunos durante o Salão UFRGS 2015.
Consolidou um convênio com a PUC para realização de ações de empreendedorismo e
inovação e aprimorou parcerias internas e externas buscando fortalecer o ecossistema de
empreendedorismo e inovação da UFRGS e, paralelamente, o ecossistema empreendedor e
inovador de Porto Alegre.
A SEDETEC mantém sua participação ativa em conselhos, programas e ações
nacionais e internacionais voltadas para inovação, empreendedorismo e tecnologia, tais
como: RedEmprendia, FORTEC, Fórum das IES, COMCET e CITEC – FIERGS, além de
coordenar a Rede Gaúcha de Propriedade Intelectual – RGPI.
Realizou diversas atividades em parceria, tais como: 1) sediou e organizou a
reunião anual do Comitê Técnico da RedEmprendia; 2) participou da elaboração dos
documentos de criação do Fórum das IES - vinculado ao Gabinete de Inovação da
Prefeitura Municipal de Porto Alegre; 3) coordenou o Eixo das Diretrizes para “Políticas
Públicas de Ciência, Tecnologia e Inovação” da 9º Conferência Municipal de Ciência,
Tecnologia e Inovação e passou a presidir a gestão 2015-2017 do COMCET.
108
Coordenou junto ao Fórum das IES o Seminário sobre 4º Distrito: Sociedade,
Inovação e Desenvolvimento, além de outros grupos de trabalho específicos.
Junto ao CITEC-FIERGS, integra o grupo de trabalho para a elaboração do Painel
de Indicadores de Inovação para o RS, realizou aproximação junto ao Comitê de Defesa e
Segurança do RS, e organizou reuniões técnicas entre empresas francesas e pesquisadores
da UFRGS para oportunizar o acesso a recursos de editais de interação entre instituições do
Brasil e França.
Consolidou o grupo de pesquisa na área de Prospecção Tecnológica e Transferência
de Tecnologia, com a realização da “2º Oficina de Busca de Patentes e Mapeamento
Tecnológico” junto com o Parque ZENIT, e iniciou pelo projeto aprovado na Chamada
Pública MCTI/SETEC/CNPq Nº 92/2013 com a contratação de dois bolsistas CNPQ para a
avaliação do portfólio de patentes da UFRGS.
Continuamente, a equipe da Secretaria participa em eventos e cursos internos e
externos realizados por parceiros nas áreas de empreendedorismo, propriedade intelectual,
transferência de tecnologia, inovação entre outros.
Com relação ao programa RedEmprendia, a UFRGS, por meio da SEDETEC participou
em 2015 das seguintes ações:
De 11 a 13 de novembro a UFRGS sediou a reunião do Comitê Técnico da
RedEmprendia, ação organizada pela SEDETEC;
Participação no Programa Booster-e;
Participação da startup Prosumir, incubada na Hestia, do Programa Landing;
Manutenção de site com os programas e as notícias da RedEmprendia;
Participação no curso da Babson Entrepreneurship & Innovation Symposium for
RedEmprendia Fellows, realizado na Babson College – Boston, de 31/08 a 05/09.
No âmbito do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Tecnológica foram
concedidas um total de 131 bolsas em 2015 e, na Feira de Inovação Tecnológica -
FINOVA 2015, apresentados 105 trabalhos dos bolsistas de Iniciação Tecnológica, sendo
distribuídos 5 prêmios e 8 menções honrosas. A comissão de avaliação contou com 26
docentes da UFRGS e 2 avaliadores externos do CNPq.
A SEDETEC é responsável institucional pela gestão da propriedade intelectual que
inclui procedimentos para o registro, proteção e comercialização das tecnologias ao setor
produtivo. Até dezembro de 2015, concluímos com um total de 354 pedidos de patentes
109
depositados, sendo 40 pedidos efetuados no próprio ano. No total, há 39 pedidos de
patentes que também estão depositados no exterior. Além disso, destacam-se os pedidos de
registro de 08 programas de computador no ano, de um total de 54 registrados; 06 pedidos
de registro de marcas no ano, de um total de 46 solicitadas; 06 pedidos de registros de
desenho industrial, de um total de 19 requeridos e 02 registros de cultivares, de um total de
29.
Em 2015 foram também realizadas ações para a conscientização sobre a proteção
de inventos e a transferência das tecnologias para empresas. O setor realizou cursos e
palestras na área de atuação, tais como as palestras “Políticas públicas sobre PI” e “PI
relacionada às plantas”, e o curso “Busca e redação de pedidos de patentes”. Atingiu-se
uma média de público de 40 pessoas por evento.
A SEDETEC iniciou o projeto cuja concessão de auxílio foi aprovada pela
Diretoria do CNPq na Chamada Pública MCTI/SETEC/CNPq Nº 92/2013. O valor de R$
R$ 140.000,03 é destinado à contratação de bolsistas com experiência em projetos de
desenvolvimento tecnológico e inovação. Foram contratados bolsistas nas áreas técnicas de
engenharia mecânica e química industrial. A chamada tem como objetivo apoiar a
implantação e capacitação de Núcleos de Inovação Tecnológica (NIT) para promover a
gestão de políticas de inovação, o fortalecimento de atividades de proteção da propriedade
intelectual e de transferência de tecnologia. No caso específico deste projeto, há a
necessidade de especialistas na área técnica para a avaliação mercadológica dos pedidos de
patente que a UFRGS mantém. Assim, a expectativa é que sejam aprimorados os processos
de transferência de tecnologia, com a melhoria das rotinas e procedimentos na área de
proteção da propriedade intelectual, e a criação de uma vitrine tecnológica para iniciarmos
processos de comercialização de tecnologias de forma mais (pró) ativa.
Houve iniciativas do grupo de pesquisa em desenvolvimento tecnológico da
SEDETEC em conjunto com o Parque Científico e Tecnológico. Além de três
pesquisadores de pós-doutorado viabilizados a partir do edital DOCFIX
CAPES/FAPERGS, a equipe conta com dez bolsistas de graduação. Além destes recursos,
uma das pesquisadoras de pós-doutorado DOCFIX foi contemplada no Edital Universal
CNPq 14/2014 (faixa A). Os projetos em andamento pelo grupo efetivaram as seguintes
atividades durante o ano:
1. Palestra: O Gap Universidade-Indústria e a necessidade de intermediação de
tecnologias.
110
2. Palestra: Experiências de interação universidade-empresa, dificuldades e aprendizado.
3. Palestra: Empreendedorismo acadêmico em biotecnologia e pesquisa biomédica - casos
de criação de startups e transferência de tecnologia.
Nesta mesma linha, a SEDETEC e o Parque promoveram o evento “2º Oficina de
Busca de Patentes e Mapeamento Tecnológico”, direcionada a mestrandos, doutorandos e
pesquisadores (de pós-doutorado ou do quadro de servidores) da UFRGS resultando na
Feira MAPTEC, na qual as oportunidades tecnológicas da UFRGS foram apresentadas
para profissionais da indústria, durante Salão UFRGS 2015, auxiliando na criação de um
ambiente de imersão nas temáticas de inovação, mapeamento tecnológico e transferência
de tecnologia.
111
Quadro resumo dos itens avaliados – SEDETEC
Itens/
Aspectos/Quesitos
Potencialidades Fragilidades Ações e estratégias na busca de melhorias
Transferência de
conhecimento e
importância social
das ações
universitárias e
impactos das
atividades científicas,
técnicas e culturais,
para o
desenvolvimento
regional e nacional.
A Sedetec tem papel fundamental no
desenvolvimento de ações para a transferência
do conhecimento científico e tecnológico,
considerando sua atuação junto às
organizações externas, principalmente. Na
promoção da interação entre a universidade e
empresas, desempenha uma função social que
vincula a transferência dos resultados de
pesquisa com as demandas sociais que visem
ao desenvolvimento regional e nacional. Na
promoção do empreendedorismo inovador,
realiza atividades de educação empreendedora
que estimulam a criação de negócios
inovadores.
Para realizar as ações de
transferência do conhecimento,
tecnologias e competências
tecnológicas da UFRGS para a
sociedade, a demanda é por ações
em parceria. Em geral, a secretaria
possui ampla rede de parceiros e
apoiadores, contudo, merece maior
empenho em captar empresas que
possam contribuir com a visão de
mercado na interação. Além disso,
há uma dificuldade em acessar
determinadas áreas de
conhecimento que não enxergam
uma relação próxima com o
empreendedorismo.
Estamos em constante aprimoramento das nossas ações, especialmente
considerando o público interno para a promoção da interação com a
sociedade e na promoção do empreendedorismo inovador. Para tal, há a
proposta de elaborar um projeto que identifique pessoas estratégicas nas
unidades acadêmicas da UFRGS que possam contribuir para com nossas
atividades. Por exemplo, quando uma empresa contata a Sedetec para
apresentar suas demandas tecnológicas, temos que desenvolver uma
técnica que facilite a identificação de conhecimentos, tecnologias e
competências para ofertar à empresa.
Natureza das relações
com o setor público,
com o setor produtivo
e com o mercado de
trabalho e com
instituições sociais,
culturais e educativas
de todos os níveis.
A Sedetec representa a UFRGS em diferentes
órgãos e mecanismos de interação entre a
universidade e os setores público e privado, na
promoção da ciência, tecnologia e inovação.
Dentre estes, destacamos a participação ativa
no Fórum das Instituições de Ensino Superior
de Porto Alegre - Fórum das IES, Conselho de
Inovação Tecnológica CITEC-FIERGS,
Conselho Municipal de Ciência e Tecnologia
(cuja presidência da Gestão 2015-2017 foi
assumida pela Secretária de Desenvolvimento
da UFRGS). Além disso, há uma relação
(parceria) com setores educativos que visam
estimular o empreendedorismo universitário,
como IEL/FIERGS, Sebrae, Endeavor, Anjos
do Brasil, Semente Negócios, entre outros.
É importante assumir estas
representações, para poder interagir
com estes setores e apresentar as
potencialidades tecnológicas que a
universidade possui em sua ampla
estrutura. Ainda é necessário
construir mecanismos mais
eficientes para a aproximação entre
os pesquisadores e despertar o
interesse destes na aplicação dos
conhecimentos em temas e desafios
reais da sociedade. Esta
aproximação reforça a expectativa
de melhor relacionar-se e cumprir
com avanços científicos e
tecnológicos para com a sociedade,
o mercado e as instituições públicas
e privadas.
Estamos à disposição de todas as instituições públicas e privadas para
promover espaços e oportunidades de ampliar as interações entre a
universidade e a sociedade. As ações em andamento para melhorar estas
interações se destacam pela participação já definida em grupos de
trabalho e comitês técnicos que prevêem a organização de eventos,
reuniões técnicas e a proposição de projetos, bem como o
desenvolvimento de atividades empreendedoras em parceria.
112
A instituição
contribui com a
criação de
conhecimentos para o
desenvolvimento
científico, técnico ou
cultural da nação?
A Sedetec realiza a gestão e coordenação dos
ativos intangíveis da Universidade, como os
bens relacionados à propriedade industrial
(pedidos de invenção – patentes -, marcas,
cultivares, etc....). A transferência destes
resultados por meio de diferentes
mecanismos, dentre os quais destacam-se os
licenciamentos tecnológicos, são maneiras de
disponibilizar estes conhecimentos científicos
e tecnológicos gerados a partir das pesquisas
acadêmicas. Esta é certamente uma das
formas mais factíveis de contribuir para a
criação de conhecimentos para o
desenvolvimento científico, técnico ou
cultural do país.
Dentre as principais fragilidades
neste quesito, destacamos a baixa
compreensão por parte das
instituições privadas em investir em
pesquisa e desenvolvimento e
inovação. Além disso, as
tecnologias criadas na universidade
também carecem de um
investimento para que seja
adequada ao uso mercadológico,
industrial. É necessário estreitar
ainda mais os objetivos por parte
das pesquisas acadêmicas com a
sua aplicabilidade no mercado.
Há projetos em andamento para a avaliação mercadológica do portfólio
de tecnologias que a UFRGS tem protegidas, como as patentes. Assim,
estamos trabalhando para analisar a viabilidade mercadológica e de
transferências destes conhecimentos e tecnologias para as indústrias.
113
Existem atividades
institucionais em
interação com o meio
social? Em qual (is)
área (s) (educação,
saúde, lazer, cultura,
cidadania,
solidariedade,
organizações
econômicas e sociais,
meio ambiente,
patrimônio cultural,
planejamento urbano,
desenvolvimento
econômico, entre
outras)?
Caracterização das
atividades.
Realizamos atividades em diversos espaços
sociais, especialmente com organizações
econômicas e sociais, de planejamento
urbano, desenvolvimento econômico, etc. A
exemplo disso, a Sedetec, junto com o
Gabinete de Inovação da Prefeitura Municipal
de Porto Alegre, coordenou o Eixo das
Diretrizes para “Políticas Públicas de Ciência,
Tecnologia e Inovação” da 9º Conferência
Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação
(link para acesso ao Caderno Final das
Diretrizes da 9º Conferência -
ttp://lproweb.procempa.com.br/pmpa/prefpoa/
comcet/usu_doc/caderno_comcet_aprovacao.p
df ). Em atuação junto ao Fórum das IES de
Porto Alegre, participamos de grupos de
trabalho específicos, dentre eles, o da
coordenação do Seminário sobre 4º Distrito:
Sociedade, Inovação e Desenvolvimento (link
sobre evento:
http://www2.portoalegre.rs.gov.br/inovapoa/d
efault.php?pg=2&p_secao=26). Junto à
FIERGS, integramos o grupo de trabalho para
a elaboração de um Painel de Indicadores de
Inovação para o RS. Além disso, também
realizamos uma aproximação junto ao Comitê
de Defesa e Segurança do RS, na identificação
e apresentação de competências tecnológicas
nesta área. Também foram organizadas
reuniões técnicas entre empresas francesas e
pesquisadores da UFRGS por intermédio
desta Secretaria para oportunizar o acesso a
recursos de editais de interação entre
instituições do Brasil e França. Outra
atividade é a Maratona de Empreendedorismo,
realizada há 16 anos, com foco na criação de
negócios inovadores em todas as áreas de
conhecimento (tendo como foco principal as
áreas abrangentes das Incubadoras da
UFRGS).
As atividades de interação com o
meio social é um dos objetivos
desta Secretaria, no entanto, os
resultados das ações desenvolvidas
não são evidentes, considerando
que há circunstâncias em que estes
resultados dependem de fatores
conjunturais e externos à Sedetec e
a própria UFRGS.
Participar e provocar a realização de ações específicas em parceria com
outras entidades e instituições são as práticas com as quais busca-se
contribuir de maneira mais efetiva para com o meio social.
114
Existe uma avaliação
sobre a forma em que
as atividades de
vinculação com o
meio favorecem o
desenvolvimento das
finalidades da
instituição? Como ela
é feita?
Dentro do Programa de Empreendedorismo
(um dos setores da SEDETEC) está sendo
realizada uma pesquisa com os egressos da
Maratona de Empreendedorismo com o intuito
de avaliar os impactos do curso na criação de
startups e, consequentemente, na construção
de conhecimento.
A principal fragilidade na
realização da pesquisa é a
atualização dos dados dos egressos
da Maratona, visto que muitos já
não possuem vínculo com a
UFRGS.
Quais as relações
estabelecidas pela
instituição com o
setor público, com o
setor produtivo e com
o mercado de
trabalho?
Relações de parceria com a participação em
conselhos, grupos de trabalho, comitês
técnicos, eventos e projetos conjuntos na área
de ciência, tecnologia e inovação, e o
desenvolvimento de projetos de educação
empreendedora.
Potencial falta de recursos para a
realização de ações mais efetivas.
Estamos sempre buscando formas de promover a aproximação da
universidade e suas competências com as necessidades sociais e
econômicas. Ações conjuntas com parceiros tentam criar uma cultura de
conscientização quanto à importância do ensino, pesquisa, extensão e a
inovação desenvolvidas na UFRGS, que podem impactar no ambiente
produtivo e no mercado de trabalho. Estamos inseridos em muitos
espaços e criando oportunidades para promover e estimular estas
relações de forma mais eficiente e eficaz.
Existem ações para
promover iniciativas
de incubadoras de
empresas, empresas
juniores, captação de
recursos?
O Programa de Empreendedorismo tem
realizado atividades em parceria com as
Incubadoras - como a Maratona de
Empreendedorismo - visando estimular a
criação de futuros projetos incubados.
Também desenvolve cursos em parceria com
as empresas juniores e auxilia na criação de
novas empresas juniores e também oferece
palestras com foco em captação de recursos.
Além disso, todas as ações e notícias
relacionadas ao mundo empreendedor são
divulgadas no site
(http://www.ufrgs.br/empreendedorismo/) e
na fanpage
(https://www.facebook.com/empreendedorism
oufrgs).
Existem muitos setores na UFRGS
que fazem parte do Ecossistema
Empreendedor e Inovador. Esse
ecossistema desenvolve uma grande
demanda de ações de
empreendedorismo e inovação,
porém, em muitos casos, não há
uma comunicação entre os setores,
gerando a realização de ações
parecidas e/ou repetidas e o não
conhecimento do calendário geral
do empreendedorismo na UFRGS.
O Programa de Empreendedorismo está aprimorando a comunicação
entre os setores do Ecossistema Empreendedor e Inovador da UFRGS,
através do site, e-mail, fanpage e acesso semanal dos canais de
comunicação de cada setor. Os resultados são positivos, porém a
colaboração dos setores precisa ser mais ativa.
Quadro 28 - Quadro resumo SEDETEC
115
3.2. Pró-Reitoria de Extensão (PROREXT)
A responsabilidade social da UFRGS, presente nas suas diversas atividades, se
evidencia especialmente na extensão, que, através da abrangência e diversidade das suas
ações, atende e se relaciona com diferentes públicos e setores internos e externos à
comunidade universitária. A extensão, então, ao estabelecer relações sociais e culturais
com diversos segmentos da sociedade, realiza um importante aspecto da sua tarefa de
formação, uma vez que no seu fazer predominam ações voltadas ao social, à atenção aos
grupos marginalizados, ao diálogo com as comunidades, ao respeito aos saberes e à
preservação de memórias e patrimônios culturais. O Plano de Desenvolvimento
Institucional incorpora a expansão e a inclusão como compromissos da Universidade.
No exercício da extensão, o trabalho é guiado pela responsabilidade social com os
participantes e grupos envolvidos, num movimento dialógico entre o aspecto social e a
construção do conhecimento.
A extensão realizada na UFRGS, além das normativas locais, atua em
consonância com as diretrizes da extensão universitária brasileira, definidas pelo Fórum
de Pró-Reitores de Extensão das Instituições Públicas de Educação Superior Brasileiras
– FORPROEX: a) interação dialógica; b) interdisciplinaridade e inter profissionalidade;
c) indissociabilidade Ensino–Pesquisa–Extensão; d) impacto na formação do estudante;
e) impacto e transformação social.
Entre as cinco diretrizes destaca-se, neste item acerca da responsabilidade social
da instituição, a interação dialógica – relação de mão dupla com a sociedade – e o
impacto e transformação social – atuação que atente para as necessidades da sociedade e
busque o desenvolvimento social e regional enquanto aspectos que estão presentes nas
atividades de extensão e, especificamente, nas atividades promovidas pelos
departamentos e setores da Pró-Reitoria de Extensão.
No intuito de dar mais visibilidade à responsabilidade social da instituição, são
apresentados, a seguir, alguns projetos e programas desenvolvidos em 2015 como
exemplos de atividades de extensão da UFRGS que identificam, nas suas propostas, a
relação da Universidade com a sociedade.
116
Departamento Administrativo e de Registro da Extensão
Ao longo de 2015, a Pró-Reitoria de Extensão deu seguimento ao apoio às
atividades de extensão através dos programas de Bolsas e de Fomento à Extensão,
desenvolvidos pelo Departamento Administrativo e de Registro de Extensão (DARE).
Desta forma, a PROREXT possibilita a efetiva participação dos alunos de graduação
nas atividades de extensão, contribuindo para a qualificação da sua formação
acadêmica.
Além disso, o DARE dá suporte à participação da UFRGS no Edital PROEXT-
MEC/SESu, que seleciona e apoia atividades de extensão comprometidas com a
formação do aluno de graduação e com a transformação social, colaborando na
promoção de políticas públicas a partir do desenvolvimento de programas e projetos de
extensão junto a comunidades. Como exemplo de atividade apoiada pelo referido edital
em 2015, destaca-se o projeto “Reduzindo desigualdades, consolidando a política de
assistência social: a instrumentalização do Conselho Municipal de Assistência Social de
Porto Alegre – CMAS”, coordenado pela prof.ª Rosa Maria Castilhos Fernandes, do
Departamento de Serviço Social/Instituto de Psicologia. Este projeto tem como
objetivos “proporcionar aos conselheiros e estudantes extensionistas da UFRGS o
conhecimento e a problematização dos dados e informações sobre a vigilância social
dos territórios da cidade de Porto Alegre, onde se desenvolvem programas e projetos no
âmbito da política de assistência social; e instrumentalizar os conselheiros e estudantes
para o desenvolvimento de competências, habilidades e atitudes para a gestão e controle
social da política de assistência social por meio da construção de indicadores de
monitoramento e avaliação de projetos e programas sociais voltados à superação da
pobreza”1. Desta forma, a extensão busca promover a interlocução de saberes
acadêmicos e populares que vai além da simples transferência de conhecimento entre os
diferentes grupos sociais e concedendo especial atenção a grupos socialmente
vulneráveis.
1 Fonte: Proposta de atividade de extensão, disponível em
http://www1.ufrgs.br/extensao/catalogo/catalogo.php
117
Departamento de Educação e Desenvolvimento Social
De acordo com sua atribuição, o Departamento de Educação e Desenvolvimento
Social (DEDS) da PROREXT realizou, ao longo de 2015, atividades que constroem e
fortalecem a relação dialógica entre Universidade e sociedade, sem perder de vista a
dimensão formativa das atividades para toda comunidade acadêmica, especialmente
para os alunos de graduação.
Dentre as atividades desenvolvidas pelo DEDS destaca-se a realização da III
Semana da África na UFRGS, que aconteceu de 26 a 29 de maio de 2015, promovendo
a apresentação de trabalhos de pesquisas de estudantes africanos de graduação e pós-
graduação. Esta atividade mostra-se relevante, pois apesar de instrumentos legais
determinarem a obrigatoriedade do ensino da história e da cultura dos africanos, o
trabalho com esta temática ainda é incipiente na Educação Básica e na Educação
Superior. Assim, o evento foi uma oportunidade de aproximar universos culturais
distantes com a comunidade acadêmica da UFRGS, pesquisadores das temáticas
africanas do Brasil e daquele continente, professores das redes públicas de ensino e a
sociedade em geral para se conhecerem mutuamente. Foram abordados diversos
aspectos da história, cultura, desenvolvimento social, urbano e rural dos países africanos
e sua relação com a sociedade brasileira. Com carga horária de 23 horas, a Semana da
África contou com a presença de cerca de 150 pessoas por dia. Sua relevância vai ainda
além da abrangência do público, primando por pautar temas, discussões e interesses
comuns que se voltaram para a extensão, o ensino e a pesquisa, buscando uma maior
cooperação entre todos os presentes.
Departamento de Difusão Cultural
Entre as diferentes ações realizadas ao longo deste ano, a esfera cultural manteve
estreita relação com a sociedade local. Enfatizando a importância de discutir questões
regionais com a sociedade através da extensão, foi realizado o ciclo de debates
NósOutros Gaúchos: as identidades dos gaúchos em debate interdisciplinar. A
atividade, produzida em parceria entre o Departamento de Difusão Cultural (DDC) e a
Associação Psicanalítica de Porto Alegre, promoveu encontros temáticos e um
seminário com o objetivo de refletir sobre problemas relacionados à cultura do Rio
Grande do Sul.
118
Ainda em parceria com outras instituições, houve a exibição dos filmes que
compuseram a 10ª Mostra Cinema e Direitos Humanos no Mundo. Realizada pela
Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e pelo Instituto Cultura em
Movimento, a mostra dedicou-se a apresentar filmes que discutem temas atuais de
Direitos Humanos através de uma seleção de filmes contemporâneos.
Já no que diz respeito às parcerias internas, uma das ações desenvolvidas junto
com setores da Universidade foi o UFRGS Criança. Com o propósito de agregar
esforços para retomar “o ato de brincar”, a Universidade montou, para comemoração do
Dia da Criança, um conjunto de ações esportivas e culturais na escola de Educação
Física. A atividade teve como público alvo crianças de até 12 anos filhos de servidores e
alunos da UFRGS.
Estas três atividades evidenciam que, de acordo com sua atribuição institucional,
em 2015, o DDC desenvolveu projetos com a intenção de promover a cultura nas suas
mais variadas vertentes. Desta forma, o setor aliou esforços não só com os demais
setores pertencentes à própria Universidade como também com agentes culturais
externos, visando a uma maior aproximação entre o campo cultural e a população.
Museu da UFRGS
Órgão suplementar da Universidade vinculado à Pró-Reitoria de Extensão, o
Museu da UFRGS busca potencializar a interação da sociedade com a história da
instituição e com sua produção técnica, científica e cultural. Além disso, devido à
vocação educativa, privilegia ações com grupos escolares, apoiando educadores e
grupos na visitação aos espaços do Museu, promovendo ações educativas e de formação
continuada de professores, desenvolvendo e disponibilizando recursos didático-
pedagógicos.
O Museu da UFRGS soma esforços com outros setores da Universidade para a
efetiva consecução de uma política de ações afirmativas e de formação continuada,
priorizando as relações interculturais e oportunizando a troca de saberes acadêmicos e
empíricos entre as diferentes comunidades. Nesse sentido, em 2015 o Museu ampliou
atividades de parceria com coletivos Mbyá Guarani. A realização da III Semana com a
Cultura Guarani Mbyá, com envolvimento crescente dos públicos escolares, e do
Diálogo com a Cultura Indígena Mbyá – III Edição, projeto de capacitação para a
comunidade acadêmica em parceria com a Coordenadoria de Acompanhamento do
119
Programa de Ações Afirmativas e EDUFRGS / PROGESP-UFRGS, demonstram a
consolidação e a relevância da continuidade desse tipo de proposta. Além disso, foi
realizada a exposição fotográfica Os Guarani Mbyá, com lançamento do livro
homônimo, em que questões culturais de povos indígenas foram trabalhadas com eles e
a partir de seu protagonismo. Ainda nesta temática, destaca-se a exposição curricular do
curso de Museologia AGÔ - Presença Negra em Porto Alegre: uma trajetória de
resistência, que contou com a importante participação de entidades e famílias negras de
Porto Alegre.
Também a 9ª Primavera de Museus, proposta pelo Instituto Brasileiro de
Museus, apresentou em 2015 o tema Museus e Memórias Indígenas. Destacam-se na
programação a própria exposição fotográfica Os Guarani Mbyá; o encontro Estudante
Indígena: - Presente! desenvolvido pelos estudantes indígenas da UFRGS de diferentes
cursos e buscando ampliar as reflexões sobre a presença indígena na Universidade; e a
atividade comemorativa aos 10 anos do CD Kanhgág ag vi ymã mág ki - Vozes
kaingang na Aldeia Grande, cuja edição comemorativa foi entregue aos músicos
Kaingang em solenidade realizada no mês de dezembro.
Salão de Atos
O Salão de Atos da UFRGS destaca-se como importante espaço cultural de
Porto Alegre, ao servir à comunidade universitária e à sociedade em geral, colaborando
para a construção de uma política cultural de interação social. Em 2015 este setor deu
continuidade ao Projeto Som no Salão, projeto voltado para a música autoral, que
através de um edital seleciona artistas em início de carreira ou que ainda não tem a
carreira consolidada, para compor a diversidade de estilos e gêneros musicais de sua
programação. Essa característica do projeto é fundamental para formação de novas
plateias e incentiva a aproximação do público com novas manifestações artísticas.
Planetário Professor José Baptista Pereira
O Planetário Professor José Baptista Pereira deu continuidade, em 2015, às
Sessões na Cúpula destinadas para grupos escolares e para o público em geral e também
realizou atividades voltadas para a inclusão de pessoas com deficiência. Neste sentido,
foi realizada a oficina O céu como laboratório, que teve como público alvo os
120
moradores do residencial terapêutico Casa da Praça – os residenciais terapêuticos são
espaços originados a partir da reforma psiquiátrica e oferecem uma alternativa aos
hospitais psiquiátricos trabalhando na perspectiva da desinstitucionalização. No site da
Pró-Reitoria de Extensão pode ser conferida uma reportagem sobre esta atividade na
Casa da Praça.2
3.3. Coordenadoria de Ações Afirmativas (CAF)
Partindo do exposto no PDI da Universidade de 2011-2015, em relação à
responsabilidade social e especificamente ao desenvolvimento da inclusão social por
meio de políticas afirmativas, foi criada a Coordenadoria de Acompanhamento do
Programa de Ações Afirmativas (CAF), ligada à Pró-Reitoria de Coordenação
Acadêmica, no ano de 2012 por meio do Decisão 268/2012/CONSUN. Desde então,
várias ações vêm sendo desenvolvidas pela CAF no atendimento à política institucional
da Universidade relacionada às cotas e à Lei de Cotas (Lei n.º 12.711 de 29/08/2012).
Os programas e ações desenvolvidos relacionam-se prioritariamente com políticas de
ingresso, permanência e acompanhamento pedagógico dos estudantes cotistas e
indígenas.
O histórico e avaliação do Programa de Ação Afirmativa na UFRGS constam
nos Relatórios de 2012 e 2014 disponíveis em
http://www.ufrgs.br/acoesafirmativas/relatorio
Em relação ao ano de 2015, objeto deste relatório de autoavaliação evidencia-se
as seguintes ações:
Análise estatística de dados - Desenvolvimento de análise estatística dos alunos
da Universidade desde o ano de 2001 e dos alunos cotistas ingressantes em 2015 para
fins de elaboração do seu Relatório anual;
Matrícula dos Calouros – a CAF integrou a equipe Coordenadora da Matrícula
de Calouros;
Escolha dos cursos para o Processo Seletivo Específico para Ingresso de
Estudantes Indígenas (PSI) com lideranças indígenas – a escolha foi realizada por
meio de encontro presencial com representantes das Comunidades Indígenas e foram
escolhidos os seguintes cursos: Administração Pública e Social (Noturno); Ciências
Jurídicas e Sociais - Direito (Diurno); Enfermagem; História (Diurno); Letras-
2 http://www.ufrgs.br/prorext-siteantigo/news/201cceu-como-laboratorio201d-na-casa-da-praca
121
Licenciatura; Medicina; Pedagogia; Psicologia (Diurno); Saúde Coletiva Bacharelado
(Noturno) e Serviço Social Bacharelado (Noturno);
Acolhimento e matrícula dos estudantes indígenas – atividade desenvolvida
para recepção dos novos estudantes, a orientação quanto aos programas de benefícios da
Universidade e atividades de matrícula. A organização dessa atividade é realizada em
conjunto com a PRAE, PROGRAD e COMGRAD;
Organização do II Salão de Ações Afirmativas no Salão UFRGS – O II Salão
apresentou os seguintes números: 250 inscritos sendo 176 da UFRGS e 74 externos, 57
estudantes de graduação da UFRGS, 12 estudantes de Graduação de outras instituições,
54 trabalhos inscritos sendo 31 trabalhos de estudantes de graduação e 23 trabalhos de
outros profissionais, 49 trabalhos apresentados e 09 destaques. O II Salão de Ações
Afirmativas destacou os melhores trabalhos concedendo o Prêmio Oliveira Silveira.
UFRGS Portas Abertas – participação no evento para fins de divulgação do
Programa de Ações Afirmativas da Universidade. O evento ocorreu no dia 16/05/2015
com ampla participação de escolas e foram desenvolvidas oficinas de divulgação;
Fomento à participação dos discentes em eventos ligados às Ações
Afirmativas – apoio a participação dos estudantes indígenas no III Encontro Nacional
dos Estudantes Indígenas (ENEI) que ocorreu no período de 28/09 a 02/10/2015 na
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) na cidade de Florianópolis;
Calouradas Afirmativas – organização do evento de recepção aos calouros
cotistas Calouradas Afirmativas das Artes que ocorreu no dia 17/09/2015, no Instituto
de Artes;
Capacitação de docentes e técnicos – oferecimento do módulo de formação
sobre ações afirmativas como parte integrante do Programa de Ação de Capacitação
desenvolvendo duas atividades: Estudantes indígenas e afrodescendentes no Ensino
Superior e Curso de Capacitação em Gestão e Acompanhamento das Ações
Afirmativas, este composto por quatro módulos.
Grupo de Trabalho Indígena – realização de três reuniões com o objetivo de
discutir ações relacionadas aos estudantes indígenas e as COMGRAD dos cursos que
possuem estudantes indígenas.
Programa de Extensão de Ação Afirmativa- divulgação do Programa de
Ações Afirmativas à comunidade externa, bem como ações de apoio aos estudantes
122
cotistas ingressantes na Universidade, visando o cumprimento da Lei 12.711/2012,
conhecida como Lei das Cotas.
Acompanhamento pedagógico específico junto às Comissões de Graduação
(monitoria, tutoria indígena e transferência interna de estudantes indígenas).
Quadro de indicadores da CAF
Área Temática Indicadores
Acesso - Ocupação plena das vagas discentes reservadas ao Programa de
Ações Afirmativas, em nível de Graduação
- Incremento da ocupação das vagas reservadas ao Programa de
Ações Afirmativas em cada uma das categorias de ingresso
Permanência e
Diplomação
- Monitoramento quantitativo constante do desempenho discente,
especialmente no que toca aos indicadores EVASÃO e
DIPLOMAÇÃO, a fim de avaliar as necessidades de intervenção
para a permanência qualificada dos estudantes ingressantes pela
reserva de vagas
Ações relacionadas a
permanência dos
estudantes
- Articulação com os órgãos competentes – PROGRAD, PRAE e
COMGRADs – para a formulação de programas que atendam
aos estudantes da reserva de vagas e que tenham problemas de
desempenho
- Oferta de capacitação pedagógica dos docentes para atender
aos perfis de estudantes ingressantes pela reserva de vagas
- Oferta de capacitação de docentes e técnicos administrativos
acerca de temas ligados às Ações Afirmativas, com vistas à
permanência qualificada dos estudantes
Ações relacionadas à
visibilidade e
aperfeiçoamento do
Programa de Ações
Afirmativas
- Realização de atividades de acolhimento aos estudantes da
reserva de vagas, em articulação com as unidades acadêmicas
- Realização de eventos ligados aos temas “ações afirmativas”,
“inclusão social no ensino superior” e “educação para relações
étnico-raciais”, em parceria com os demais órgãos acadêmicos da
Universidade Quadro 29 - Quadro de Indicadores da CAF
Quadro Resumo da Avaliação da CAF
Itens/aspectos/quesitos Potencialidades Fragilidades Ações e estratégias na
busca de melhorias
Análise estatística de
dados
Possibilitar conhecer
o desempenho dos
estudantes da UFRGS
cotistas e não cotistas
Dificuldades na
obtenção de dados em
condições de serem
utilizados em análises
Ampliar as relações de
obtenção de dados com
o CPD
Matrícula dos Calouros Acompanhar o
processo de matrícula
no que se refere aos
cotistas
Falta de instrumentos
para analisar
documentos e situação
dos cotistas de baixa
renda e autodeclarados;
Falta de equipe em
termos quantitativos e
Criar elementos
balizadores para
tomada de decisão em
relação ao uso das
cotas na Universidade;
Organizar e qualificar
equipe para trabalhar
123
qualitativos para a
realização desta
atividade
neste momento das
matrículas
PSI (Processo Seletivo
Especial para
Estudantes Indígenas)
Manter relações com
as diversas etnias
indígenas no que se
refere ao ingresso na
Universidade
Dificuldades de
comunicação entre a
Universidade e as
comunidades indígenas
como um todo para
conhecimento dos
cursos da UFRGS.
Dificuldades em
estabelecer relação
direta com estudantes
indígenas de ensino
médio.
Aumentar a
participação dos
estudantes indígenas
que já frequentam a
Universidade na
escolha de cursos
Acolhimento e
matrícula dos
estudantes indígenas
Facilitar o primeiro
contato dos
estudantes indígenas
no ingresso na
Universidade
A ação de acolhimento
caracterizada como
incipiente tendo em
vista a complexidade
da temática
Ampliar o
acompanhamento que
se inicia no momento
do ingresso para o
período de
permanência dos
estudantes
Organização do II
Salão de Ações
Afirmativas no Salão
UFRGS
Divulgação do
trabalho desenvolvido
na Universidade e em
outras Instituições
sobre Ações
Afirmativas e
Relações Interétnicas
Participação externa
pouco representativa
Ampliar a divulgação
do Salão de Ações
Afirmativas em órgãos
externos à
Universidade e que
desenvolvam prática de
Ações Afirmativas
UFRGS Portas Abertas Possibilitar a
divulgação da política
de cotas da
Universidade
Acesso restrito, pois se
limita somente aos
estudantes egressos do
ensino médio que
frequentam o Salão.
Pouca participação dos
estudantes egressos de
escola pública
Ampliar a divulgação
do Salão nas diversas
escolas públicas de
Porto Alegre e grande
Porto Alegre
Fomento à participação
dos discentes em
eventos ligados às
Ações Afirmativas
Proporcionar a
participação dos
discentes em eventos
que discutem AA
Participação restrita
devido à escassez de
verba
Aumentar verba para
aumentar o auxílio ao
maior número de
estudantes
Calouradas
Afirmativas
Desenvolver uma
recepção diferenciada
aos estudantes
cotistas
Pouca participação dos
cotistas
Ampliar divulgação,
Repensar o
desenvolvimento da
ação na proposta atual
Capacitação de
docentes e técnicos
Fomentar ações de
capacitação sobre a
temática de Ações
Afirmativas
Pouca abrangência da
comunidade acadêmica
Ampliar o número de
ações de capacitação;
Grupo de Trabalho
Indígena
Proporcionar o
estreitamento de
relações entre os
estudantes indígenas
e a comunidade
universitária
Pouca participação dos
estudantes indígenas;
Participação superficial
da comunidade
acadêmica
Sensibilizar a
comunidade acadêmica
a respeito da
importância da
temática ser discutida
na Universidade
Programa de Extensão
de Ação Afirmativa
Promover a política
de cotas para a
comunidade externa.
Dificuldade de
locomoção e inserção
nas escolas da rede
Ampliar o vínculo com
a rede pública de
ensino
124
Fomentar a
participação dos
beneficiários da
política de cotas.
pública
Acompanhamento
pedagógico
Fomentar ações de
permanência para os
estudantes cotistas da
Universidade.
Dificuldade na gestão
das ações tendo em
vista a relação do
número de estudantes e
a estrutura necessária
para o
acompanhamento.
Ampliar as ações de
capacitação de gestão
relacionadas à política
de ações afirmativas.
Quadro 30 - Resumo da Avaliação CAF
3.4. INCLUIR - Núcleo de Inclusão e Acessibilidade
O INCLUIR – Núcleo de Inclusão e Acessibilidade, renomeado em julho de
2014, é o órgão responsável por articular a construção da política de acessibilidade, em
conjunto com os órgãos da administração central e unidades acadêmicas. Cabe
destacar que, com a definição do Incluir - Núcleo de Inclusão e Acessibilidade,
delineiam-se duas linhas de ação gerais no escopo de sua atribuição:
1. Articulação, fomento e consolidação da política de inclusão e
acessibilidade na UFRGS. Essa linha de ação configura-se como uma estratégia
transversal aos diversos órgãos da Universidade envolvidos com a promoção de ações
de inclusão, acessibilidade e permanência.
2. Acompanhamento e apoio técnico às pessoas com deficiência. Essa
linha de ação envolve atividades especializadas, que visam atender os alunos e
servidores com deficiência, buscando dar condições de acesso e igualdade ao ensino-
aprendizagem e ao desempenho profissional, respectivamente, com vistas à promoção
da autonomia das pessoas atendidas. Para isso, busca-se acompanhar a pessoa com
deficiência com vistas a identificar as demandas individuais e coletivas que precisam
ser alcançadas. Destacamos que as atividades de apoio técnico disponíveis são: ledor
escrevente; produção de materiais didáticos em Braille, áudio, ampliados e táteis; guia
vidente; acompanhamento em sala de aula e estudos extraclasse; Tradutor e Intérprete
de Língua Brasileira de Sinais (Libras); acesso a softwares ledores, ampliadores de tela
e lupas eletrônicas.
Em consonância com essa reestruturação, em 2015 o quadro de pessoal do
Núcleo de Inclusão e Acessibilidade teve ampliação, com o ingresso de uma assistente
social e uma administradora, a qual assumiu a coordenação do setor. A partir disso, a
psicóloga que atuava como coordenadora, segue na equipe, possibilitando a
qualificação do trabalho interdisciplinar dos acompanhamentos e ações do INCLUIR.
125
Com isso, acredita-se que haverá um melhor acompanhamento das pessoas atendidas e
projetos a serem desenvolvidos pelo INCLUIR. Quanto aos servidores do cargo de
tradutores e intérpretes de Libras, o quadro foi ampliado, devido a vagas do Instituto
de Letras, que ficaram em exercício no INCLUIR como estratégia de gestão das
atividades de forma centralizada para que possa atender toda a Universidade. Contudo,
estimamos que o quadro atual será insuficiente, pois as demandas de 2015 foram
realizadas contando com esse aumento do quadro, ou seja, sem que as demandas do
novo curso de Letras-Libras tivessem iniciado. Parte desse aumento na demanda,
refere-se ao ingresso de três professores surdos, totalizando oito pessoas, e o ingresso
de dois pós-graduandos no Curso de Informática da Educação e Ciências do
Movimento Humano, somando-se à expressiva quantidade de pós-graduandos em
Educação que já vinham sendo atendidas, o que totalizou 13 pessoas surdas
acompanhadas em suas mais diversas atividades de trabalho e acadêmicas.
Além disso, o INCLUIR conta com atividades de produção de materiais
adaptados e acompanhamento em sala de aula. Consideramos que essas atividades
contribuem para formação dos graduandos - os quais vêm executando essas tarefas
atualmente. No entanto, segue-se avaliando a necessidade de que a Universidade tenha
cargos específicos para atuar em tais atividades. Os cargos de transcritor e revisor
braille foram formalizados como demandas do setor, com a intenção de que a UFRGS
consiga essas vagas junto ao MEC. Outras funções, como o audiodescritor, avalia-se
que seja necessário o encaminhamento de terceirização, tendo em vista a ausência
dessa função na carreira dos técnicos administrativos em educação.
Em relação ao espaço físico, atualmente a equipe dispõe de duas salas em
ambientes separados, uma na Faculdade de Educação (FACED), onde ficam oito
Tradutores e Intérpretes de Libras, e a outra sala, no prédio da Pró-Reitoria de
Assistência Estudantil (PRAE), onde ficam mais seis servidores e dez bolsistas. Cabe
salientar que a sala da FACED possui apenas quatro estações de trabalho e a sala na
PRAE também não comporta a equipe, pois possui apenas sete postos de trabalho.
Destacamos que mesmo os bolsistas fazem trabalhos essenciais de adaptação de
materiais, conforme já citado. Assim, é urgente a ampliação do espaço físico.
Eventualmente, consegue-se utilizar estúdios de outras unidades para a
realização de gravações de áudios, assim como para gravação de vídeos de tradução de
Libras- Português. Além disso, temos utilizado salas de atendimento na Pró-Reitoria
de Gestão de Pessoas, na Biblioteca Central e na Pró-Reitora de Assistência
126
Estudantil, pois a estruturação do trabalho exige que se tenha espaços para reunião
com as pessoas atendidas e com os órgãos responsáveis por dar prosseguimento às
questões de acessibilidade.
Ações adotadas pela Instituição para ampliar acesso às pessoas com
deficiência:
Em 2015 o INCLUIR comunicou sobre os recursos de acessibilidade e serviços
que o setor desenvolve a algumas entidades que atendem pessoas com deficiência, por
meio do ofício e de folders informativos (em dois tamanhos de fonte distintas e em
braille).
Outra ação que buscou ampliar o acesso das pessoas com deficiência na
graduação, foi a proposição de uma reunião entre Gabinete do Reitor, Pró-Reitoria de
Graduação (PROGRAD) e Comissão Permanente de Seleção (COPERSE), visando a
construção de encaminhamentos que articulem com a política de inclusão de pessoas
com deficiência na UFRGS. Para tanto, apresentou-se itens de legislação, como a Lei
Brasileira de Inclusão (Lei 13.146/15) e de processo do MPF, o qual questiona
existência de surdos apenas na pós-graduação, além de demandas recebidas de
graduandos e docentes com deficiência. Dentre as demandas apresentadas estão
proposições de aprimoramentos na adaptação das provas para braille, fonte ampliada,
além de sugestões em relação à qualidade e descrição de imagens e produção da prova
bilíngue (Libras-Português). Ao que compete ao INCLUIR nesse âmbito, tal demanda
foi encaminhada aos tradutores e intérpretes de libras que traduziram o edital do
vestibular em Libras, ficando a cargo da COPERSE os demais itens
(http://www.ufrgs.br/coperse/concurso-vestibular/vestibular-2016/concurso-vestibular-
2016/edital-cv-2016-libras).
Observa-se que, para o processo seletivo do vestibular, permanecem os
critérios de seleção sem reserva de vagas para pessoa com deficiência, sem prescindir,
claro, do atendimento especial às pessoas que solicitam acessibilidade durante os dias
de prova, o que é gerenciado pela COPERSE.
Ademais identificou-se, por meio de atendimentos, uma fragilidade na
Resolução nº 150/2008 que trata dos editais dos Programas de Pós-Graduação, os
quais não orientam acerca do atendimento às questões de acessibilidade que o
candidato necessitar, tanto para processo seletivo quanto para cursar. A situação
apontada por candidatos atendidos é que os editais não têm (exceto alguns que temos
127
conhecimento) cláusulas que orientem o candidato com deficiência sobre os recursos e
serviços de acessibilidade que estes podem solicitar para a realização do processo
seletivo. Como estratégia de encaminhar tal situação, fez-se reunião a PROPG, para
tratar de legislações referente aos editais de PPGS e pretende-se formalizar tal situação
em 2016, como sugestão de adequação da legislação acadêmica e garantir o direito ao
acesso à educação.
Ações de inclusão e assistência às pessoas com deficiência;
Estratégias de atendimento: Criação de fluxos de trabalho
Os acompanhamentos das pessoas com deficiência prosseguiram sendo
realizados a partir de atendimentos individuais, por meio de uma reunião, com vistas a
avaliar as especificidades que cada pessoa já dispõe e/ou necessita, buscando planejar
algumas estratégias com o próprio estudante ou servidor atendido e posteriormente com
o local em que este está vinculado. Avaliamos que esse contato inicial de forma
presencial é essencial para a avaliação das condições de acessibilidade, diante das quais
a UFRGS precisa fomentar ações, com vistas a garantir a inclusão da pessoa com
deficiência e/ou de suas necessidades especiais de atendimento. O quadro de pessoas
atendidas pelo INCLUIR é apresentado ao final desta seção.
Destacamos algumas ações, como a produção dos materiais acessíveis para os
graduandos de Ciências Atuariais e Música (licenciatura) que têm baixa visão, assim
como o acompanhamento em sala de aula. O atendimento desses dois graduandos
envolve grande parte da equipe, sobretudo o grupo de bolsistas que adaptam os
materiais e frequentam as aulas com esses alunos para auxiliá-los nos registros das
aulas.
Outro aspecto relevante para a vida acadêmica de graduandos, foi o parecer do
Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE) sobre requerimento de um estudante
com Síndrome de Asperger, que estava prestes a ser jubilado devido ao seu baixo
desempenho acadêmico, conforme prerrogativas da Resolução 19/2011, do CEPE. O
referido parecer autorizou a suspensão da aplicação da Resolução, até que o aluno
conclua a graduação. Considerando que outros estudantes acompanhados possam a ter
um desempenho que possivelmente ultrapassará o tempo regulamentado para a
conclusão de seus respectivos cursos e que isso está, em muitos casos, diretamente
ligado à condição de sua deficiência, compreende-se que o parecer mencionado poderá
vir a se tornar uma prerrogativa para solicitações semelhantes.
128
Em relação às pessoas surdas, em 2015/2 os atendimentos foram destinados a
docentes da área de Libras, pós-graduandos em Educação, em Informática da Educação
e em Ciências do Movimento Humano, e tem se dado diretamente pelos intérpretes de
Libras, bem como por eventuais atendimentos pela coordenação do INCLUIR, com
vistas a auxiliar no encaminhamento de demandas. Além disso, também foram
realizadas interpretações de Libras-Português em eventos institucionais, tais como ações
de extensão, palestras, seminários, concurso públicos para docentes, seleção de
mestrado e doutorado, prova de proficiência, e evento em comemoração aos 150 anos
de publicação do livro “As aventuras de Alice no País das Maravilhas”, o qual contou
com exposição, painel e peça de teatro com “Mostra de Cenas de Alice”, do Grupo
Signatores.
Cabe destacar que em cada atendimento, seja de estudante ou de servidor,
seguimos pautando a importância da autonomia dele diante do processo de formação e
aprimoramento profissional. A respeito das estratégias de atendimento, consideramos
que a singularidade de cada pessoa atendida contribui continuamente para a construção
de fluxos de trabalho do INCLUIR, o que aliadas com as condições de trabalho e as
legislações de inclusão e acessibilidade estão definindo uma prática de trabalho acerca
da implementação de uma política de acessibilidade na Universidade.
Apoio na formação sobre Inclusão e Acessibilidade
No semestre 2015/2 cresceram demandas de graduandos e pós-graduandos que
buscaram o INCLUIR para obterem auxílio em trabalhos acadêmicos e na produção de
materiais. Algumas dessas demandas têm sido específicas para a construção de
métodos de aprendizagem para pessoa com deficiência, como tem sido a demanda de
alunos da cadeira das licenciaturas Intervenção Pedagógica e Necessidades Educativas
Especiais. Como colaboração, o INCLUIR auxilia esses graduandos na produção de
materiais em braille e ampliado e disponibiliza empréstimo de materiais, por exemplo
regletes.
Há também demandas de estudantes que objetivam conhecer a política de
acessibilidade das Universidade, com o intuito se apresentarem em trabalhos de
disciplinas, por exemplo, de políticas públicas, serviço social e educação. Para essas
situações o INCLUIR tem reservado um tempo maior para expor as atividades que
desenvolve para esses estudantes.
129
Além disso, a equipe do INCLUIR também foi convidada a participar
diretamente de uma aula, também com o intuito de apresentar as ações que a
Universidade vem desenvolvendo nesse campo.
Outra demanda que merece destaque é o apoio ao trabalho da residente Daniela
Pereira dos Santos, licenciada em Artes Visuais, que realizou trabalho de conclusão da
especialização da Residência Integrada Multiprofissional em Saúde Mental Coletiva,
sob a orientação da professora Cláudia Freitas, tendo como público alvo estudantes de
escola pública, sendo um deles cego, do Departamento de Inclusão e Diversidade do
município de Novo Hamburgo.
O apoio do INCLUIR consistiu em assessoria para a edição e impressão de
imagens fotográficas em relevo, por meio da máquina fusora, com o objetivo de tornar
as imagens capturadas por um adolescente cego.
Cadastramento da pessoa com deficiência
Nesse semestre também se efetivou o recebimento dos resultados do projeto
piloto para cadastramento dos estudantes de graduação com deficiência. Essa ação
havia sido planejada no semestre anterior em conjunto com técnicos da Divisão de
Cursos Acadêmicos da Pró-Reitoria de Graduação e algumas comissões de graduação
que atendem estudantes com deficiência com o intuito de construir uma proposta
coletiva de aprimoramento do sistema de graduação que contemple o cadastro de
estudantes com deficiências. Participaram dessas reuniões membros das seguintes
Comissões de Graduação: Pedagogia, Ciências Sociais, Estatística, Ciências Atuariais,
Filosofia. O resultado do cadastramento possibilitou identificar alguns estudantes.
O INCLUIR também solicitou uma assessoria com a fonoaudióloga Clarice
Lehnen Wolff, que está em exercício no do curso de Fonoaudiologia da UFRGS, com
intuito de mapeamento de possíveis ações para atender a referida aluna, bem como
outros estudantes com deficiência auditiva que não são usuários de libras. Dessa
assessoria, surgiu a proposta de uma ação de capacitação, a qual terá sua análise de
viabilidade verificada no planejamento de 2016.
Obtivemos resposta de 18 Comissões de Graduação, com registro total de 05
calouros que declararam terem alguma deficiência ou outra condição de saúde
(Transtorno de Déficit de Atenção), e apenas um dos estudantes solicitou contato do
INCLUIR. Estimamos que o instrumento precisa ser informatizado de forma que todas
as pessoas com vínculo com a Universidade possam declarar se têm alguma
130
deficiência e que tipo de atendimento ou recurso de acessibilidade necessitem. Para
tanto, realizamos reunião com o Centro de Processamento de Dados (CPD) da
UFRGS, com vistas a identificar possibilidades de efetivação. A partir disso, pactuou-
se que o INCLUIR formalizará a solicitação desse cadastramento junto ao CPD em
2016.
Acompanhamento desenvolvido pela Equipe Multiprofissional de
Acessibilidade (EMA)
Em relação ao acompanhamento dos servidores técnico-administrativos com
deficiência, a Universidade instituiu, desde de 2011, a comissão denominada Equipe
Multiprofissional de Acessibilidade (EMA), vinculada à Pró-Reitoria de Gestão de
Pessoas (PROGESP). A EMA tem como tem como principal atribuição acompanhar,
desde o concurso até a finalização do período de estágio probatório, a pessoa com
deficiência que ingressa por reserva de vagas no quadro de servidores da
Universidade. No ano de 2015, deu-se continuidade às ações de acompanhamento
desses servidores, destacando-se o ingresso de oito servidores.
No processo de acompanhamento das pessoas com deficiência para as
Unidades de trabalho, observou-se alguns aspectos atitudinais que indicam a
necessidade de desenvolver ações de capacitação que visem a melhoria no
acolhimento e inserção destas pessoas no trabalho.
Apoio financeiro de pessoas com deficiência para participação em evento
Como apoio às pesquisas relacionadas às pessoas com deficiência, registra-se o
apoio financeiro a dois docentes surdos, atuantes na área de Libras. O docente e pós-
graduando Claudio Mourão, que é surdo, desenvolve pesquisa na área de Literatura
Surda e Cultura Surda e viajou para entrevistar pessoas da comunidade surda
internacional a partir dos contatos realizados no Festival Clin d'Oeil, na França, em
julho de 2015. Além desse evento, o professor também recebeu carta-convite da
Universidade Georg-August de Göttingen – na Alemanha para palestrar sobre sua
pesquisa na área da Literatura Surda, durante a mesma viagem.
Outra interface de apoio à pesquisa se deu com o apoio à docente Bianca
Pontin, inscrita no VII Encuentro Internacional de Investigadores de Políticas
Linguísticas, em Buenos Aires. A professora teve apoio financeiro para apresentar sua
131
pesquisa, intitulada “Língua Brasileira De Sinais (Libras): Percepções e Experiências
em Sala de Aula no Ensino Superior”, em setembro de 2015.
Aquisição de equipamentos de acessibilidade
O INCLUIR providenciou a aquisição de equipamentos de tecnologia
assistiva, por meio de três linhas braille e quatro lupas eletrônicas, os quais foram
disponibilizados para servidores e estudantes com deficiência visual. A partir da
avaliação das pessoas atendidas, consideramos que esses equipamentos lhes trouxeram
grandes benefícios, pois ampliaram sua autonomia nas atividades de trabalho e estudo.
Atividades institucionais em interação com meio social
Portas abertas
Em maio desse ano, o Núcleo participou do Portas Abertas, por meio de um
estande com materiais acessíveis produzidos, bem como alguns recursos de
acessibilidade. Além de apresentar as ações da UFRGS em relação à acessibilidade,
também distribuímos material informativo em diversos tamanhos de fontes e também
em Braille. Como fragilidade da participação do INCLUIR nesse processo, avaliou-se
que o espaço expositivo para as ações de acessibilidade ficou organizado de forma
externa aos estandes que recebem os estudantes, o que precisa ser melhor articulado
para 2016.
Seminário: Acessibilidade na Educação Superior: Serviços e Metodologias
para a Inclusão
O Núcleo promoveu, em parceria com o Programa de Pós-Graduação em
Educação, o Seminário intitulado Acessibilidade na Educação Superior: Serviços e
Metodologias para a Inclusão. A ação foi oferecida a pesquisadores, e pós-graduandos
como disciplina do Programa de Pós-Graduação em Educação, para bolsistas do
Núcleo de Inclusão e Acessibilidade e estudantes de graduação, como curso de
extensão e para técnicos administrativos como ação de capacitação.
Para esse evento, convidamos a Profª Isabel Galán-Maña, a qual atua como
docente na Universidade Autònoma de Barcelona (UAB) nas áreas de tradução e
interpretação e modelos de atenção às pessoas com deficiência. A vinda da Profª
Isabel, fortaleceu a rede interinstitucional já estabelecida entre a Universidade Federal
132
do Rio Grande do Sul e a UAB, por ocasião da visita técnica à Universidade
Autònoma de Barcelona realizada pelas Profª. Adriana Thoma e Profª Liliane
Giordani, por meio do Programa Incluir, no ano de 2014.
Na ocasião do Seminário ofertado na UFRGS, consideramos que a ação
propiciou trocas de experiências e análises diante do modelo de atenção à pessoa com
deficiência (PcD) da Universidad Autònoma de Barcelona (UAB) e as políticas de
acessibilidade no Brasil, sobretudo quanto às diferenças e aos avanços desenvolvidos
em cada país. Além disso, observou-se que a ação propiciou um debate entre a
comunidade UFRGS, tendo em vista a diversidade de áreas de atuação dos
participantes, acerca de aspectos que a UFRGS pode avançar.
Seminário: A Formação de Tradutores Baseada em Competências: Desenho
Curricular e Avaliação
Na articulação da vinda da Professora Isabel à UFRGS, também organizamos,
junto ao Programa de Pós-Graduação em Letras o Seminário denominado A Formação
de Tradutores Baseada em Competências: Desenho Curricular e Avaliação, o qual
fora ofertado como curso livre para professores, pesquisadores e pós-graduandos do
Instituto de Letras e como ação de capacitação para os técnicos administrativos do
Núcleo. A programação consta no anexo 07. Além dessa ação, a Professora Isabel
também proferiu conferência na Aula Inaugural do Instituto de Letras.
Inclusão e acessibilidade: V Semanística e IX Semanaca
Outro evento de interação com a comunidade foi a participação da
coordenadora e de uma bolsista do INCLUIR na V Semanística e IX Semanaca,
promovido pelos graduandos de Estatística e de Matemática. Apresentamos ações de
Núcleo e compartilhamos algumas estratégias didáticas e atitudinais junto à pessoa
com deficiência, bem como debatemos alguns aspectos específicos do atendimento ao
aluno com deficiência visual.
II Salão EDUFRGS
O II Salão EDUFRGS aconteceu no período de 19 a 23 de outubro de 2015, nos
turnos manhã e tarde, no Campus do Vale da Universidade Federal do Rio Grande do
Sul, como parte do Salão UFRGS 2015. A EDUFRGS é a Escola de Desenvolvimento
133
de Servidores da UFRGS, com a qual o INCLUIR promoveu 4 oficinas, 2 palestras,1
painel e mostra de materiais e equipamentos de tecnologia assistiva.
Seminário de bolsistas de apoio à acessibilidade: primeira ação
Em 2015 deu-se início ao planejamento de um seminário de formação voltado
à formação de graduandos bolsistas do INCLUIR. Entende-se que as atividades que
esses bolsistas realizam gera um aprendizado em relação à produção de materiais
acessíveis. Observou-se que grande parte deles tinham conhecimentos específicos
sobre questões de acessibilidade e outros, por estarem em formação em diversas áreas,
poderiam ampliar aspectos de sua formação por meio de estudos entre suas respectivas
graduações e o campo conceitual da Inclusão e Acessibilidade.
Dessa forma, foi proposto um seminário, que a princípio seria interno para os
bolsistas e, organizados por eles, a partir de seus interesses.
A intenção é dar prosseguimento a esse projeto de seminário, promovendo a
intersecção entre diversas áreas de formação dos bolsistas com o campo da Inclusão e
Acessibilidade.
Projeto Constelações: o Planetário da UFRGS acessível
Outra ação iniciada em 2015/2 foi o projeto Constelações, cujo programa já é
promovido pelo Planetário José Baptista Pereira, coordenado pela Profª Maria Helena
Steffani. O projeto contou com o estímulo vindo de Daniela Osório, residente cultural
que realiza especialização em Acessibilidade Cultural pela UFRJ e está realizando seu
trabalho no Planetário da UFRGS. O objetivo do projeto, em parceria com o INCLUIR,
é criar recursos de acessibilidade, por meio de imagens táteis para que, inicialmente,
algumas das constelações possam ser apresentadas para visitantes cegos. O INCLUIR
apoiou a produção das imagens, por meio da máquina fusora, de duas das constelações,
as quais foram encaminhadas para análise de pessoas cegas.
Museu da UFRGS: acessibilidade nas exposições
Como sequência às ações de acessibilidade cultural, tem-se mantido a parceria
entre o INCLUIR e o Museu da UFRGS, por meio da produção de materiais
adaptados, em Braille e ampliado, para a exposição “As Meninas do Quarto 28”. Outro
ator nesse processo de tornar as exposições acessíveis, está o Laboratório de Design
134
Visual, que iniciou, em dezembro, a reprodução de alguns dos desenhos em material
tátil, por meio da participação de pós-graduandos do referido laboratório.
Comunicação: divulgação ações Inclusão e Acessibilidade para comunidade
Como estratégia de divulgação das ações da UFRGS quanto à acessibilidade,
no início do semestre foi disponibilizada a Web Page do Núcleo de Inclusão e
Acessibilidade, conforme link http://www.ufrgs.br/progesp/progesp-1/incluir. Nessa
página temos informações sobre as ações, os serviços, além de alguns links pertinentes
à acessibilidade.
Ainda sobre meios de comunicação, o Núcleo foi convidado a escrever uma
notícia para o jornal Tamo Lá, o qual é produzido pelo cursinho pré-vestibular
Esperança Popular e acontece no bairro Restinga situado na periferia do município de
Porto Alegre. Esse curso é uma ação de extensão promovida pelo Departamento de
Educação e Desenvolvimento Social-DEDS/UFRGS em parceria com a EMEF
Senador Alberto Pasqualini e demais Educadores, graduandos da Universidade, que
atuam no curso. A parceria entre o Incluir e os promotores do cursinho, já ocorrera em
2014 com a produção de materiais em Braille para uma pré-vestibulanda cega que
ingressou no curso de Estatística em 2015/1. O jornal Tamo Lá apresenta informações
sobre a UFRGS, divulgando serviços, benefícios e política de ingresso e tem sua
distribuição para estudantes da região.
A SECOM convidou o INCLUIR para participar de uma reportagem para a
Rádio da Universidade, em março de 2015, e para a TV UFRGS, por meio do
programa “Acontece na UFRGS” que foi gravado junto ao Salão UFRGS. Além disso,
a Universidade também produziu uma reportagem sobre Inclusão no Jornal da
Universidade. As publicações na TV e Jornal UFRGS podem ser consultadas no anexo
X.
Capacitações sobre acessibilidade para servidores da UFRGS
No âmbito do desenvolvimento profissional do quadro de servidores do
INCLUIR, a fim de qualificar e desenvolver continuadamente os profissionais,
informamos as capacitações realizadas pelos integrantes da equipe:
- Ciclo de Conferências Estudos Avançados e Ciências e Humanidade Painel:
Bilinguismo e Cognição, promovido pela EDUFRGS.
135
- Seminário Temático Movimentos Sociais e a Educação do Campo,
promovido pela EDUFRGS.
- Ações Afirmativas, racismo, preconceito e Discriminação: Noções Básicas,
promovido pela EDUFRGS.
- Estrutura e Funcionamento da UFRGS - Pesquisa e Inovação e Políticas
estudantis, promovido pela EDUFRGS.
- Curso de Libras, nível intermediário, promovido Projeto Rumo Norte;
- III Seminário de Acessibilidade na Universidade, promovido pela UFSC,
ocorrido em Florianópolis-SC.
- I Seminário Nacional de Informação em Bibliotecas, promovido pelo
CFB/CRB, ocorrido no IFRS-Campus Porto Alegre.
Além disso, a intérprete de Libras do INCLUIR, Ângela Russo, foi convidada a
ministrar a disciplina Laboratório de Interpretação II, nos dias 20 e 21/11/2015, no
Projeto de Extensão “Atualização Profissional para Interpretes de Língua de Sinais
Brasileira”, no Departamento de Letras-Libras da Universidade Federal do Amazonas.
Já para os docentes da área de Libras, surdos e ouvintes, foi realizada a ação
de capacitação para uso de tecnologias com intuito de facilitar o uso de ferramentas
para a produção de materiais acessíveis, por meio da Escola de Desenvolvimento de
Servidores da UFRGS, a saber, a “Oficina Pedagógica de Introdução aos Recursos do
Moodle”.
Políticas de contratação de pessoa com deficiência
A Universidade atende a política de contratação de pessoal, no que se refere
aos concursos públicos, nos quais se tem adotado o percentual máximo estipulado pela
legislação, garantindo a inserção de 20% de reserva vagas para pessoa com deficiência
em relação ao quantitativo das vagas disponíveis para cada cargo.
Considerações pontuais
Como destaque da avaliação do ano de 2015, consideramos que foi possível
organizar, realizar e encaminhar demandas relevantes de formação na área de
acessibilidade, como o II Salão EDUFRGS, o Seminário Interno de Bolsistas, assim
como ações de acessibilidade cultural, em conjunto com o Planetário, Museu da
UFRGS e Município de Novo Hamburgo. Além disso, analisamos que a ampliação da
composição do quadro de pessoal segue trazendo possibilidades concretas de efetivar
136
demandas mapeadas. Contudo, o setor carece de cargos específicos na área de Braille e
audiodescrição, além da ampliação do quadro de Tradutores Intérpretes de Libras.
Ressaltamos ainda que, na medida em que o trabalho tem sido estruturado, a demanda
tem demostrado um potencial crescente, o que não tem sido acompanhado pelas
condições de espaço físico para a realização das atividades. Atualmente a equipe está
localizada em dois ambientes, o que dificulta a integração e o acompanhamento das
ações.
Por tais aspectos, estimamos que em 2016 se possa dar continuidade e ampliar
as ações de inclusão e acessibilidade na UFRGS, de forma sistemática e consistente.
Quadro quantitativo e qualitativo: Pessoas atendidas
Condição
Número de pessoas atendidas
Serviços e Equipamentos.
Utilizados Estudantes Técnicos
administrativos Docentes
Artrite Reumatoide 1 0 0 Notebook; orientação aos
professores;
Baixa Visão 2 3 0
Digitalização e ampliação de
textos, guia vidente, articulações
para adaptações arquitetônicas,
lupa eletrônica, ledor transcritor,
orientação aos professores,
orientação quanto à instalação e
uso de softwares ledores e/ou
ampliadores de tela;
Cegueira 1 0 0 Ledor transcritor;
Cegueira e deficiência
auditiva 1 0 0
Digitalização de textos; guia
vidente; impressões em Braille,
articulações para adaptações
arquitetônicas; orientações aos
professores;
Cegueira e mobilidade
reduzida 0 1 0
Digitalização de textos; guia
vidente; impressões em Braille;
articulações para adaptações
arquitetônicas;
Traumatismo crânio-
encefálico com perda de
memória recente
1 0 0
Adaptação pedagógica; tempo
adicional para realização de
provas; orientações aos
professores;
Deficientes Auditivos 2 1 0
Oralização e repetição para
leitura oro-facial; orientações
aos professores;
Dislexia 1 0 0 Bolsista; NVDA na biblioteca,
gravador; notebook com jaws;
137
Esclerose Múltipla 2 0 0
Cadeira de rodas; Banheiro;
Plataformas; elevadores de
acesso;
Mobilidade reduzida,
cadeirantes, deficiência
neuromotora,
deficiência física
adquirida
1 0 1
Digitalização e ampliação de
textos; impressões ampliadas em
tinta; ledor transcritor e
articulações para adaptações
arquitetônicas; orientações aos
professores; acesso temporário
ao estacionamento;
Sequelas de Acidente:
dor crônica e sondagem
vesical
1 0 0 Banheiro familiar acessível;
Síndrome de Asperger 3 0 0 Reuniões de acompanhamento;
Síndrome Werdnig-
Hoffmann 1
Tablet; Sensores de detecção
ondas cerebrais; banheiro
familiar acessível;
Surdez 7 0 8
Tradução Interpretação de
Língua Brasileira de Sinais; e
orientações aos professores;
TOTAL 24 5 9
Total geral 38
Quadro 31 - Quadro quantitativo e qualitativo - Pessoas atendidas pelo INCLUIR (Núcleo de
Inclusão e Acessibilidade)
138
3.5. Secretaria de Relações Internacionais - (RELINTER)
O Plano de Gestão da Reitoria para 2012-2016 colocou a internacionalização da
UFRGS como um dos pilares de sustentação para a expansão com qualidade da
UFRGS. A principal meta da gestão da Reitoria para este setor foi: estabelecer políticas
e ações estratégicas de cooperação internacional, condizentes com os interesses da
UFRGS, levando em conta as mudanças globais de ordem política, econômica, social,
educacional e cultural.
Mobilidade Estudantil
Mobilidade outgoing na Graduação
No fim do ano de 2011 iniciou o programa Ciências sem Fronteiras (CsF), de
grande impacto para as universidades brasileiras. O ano de 2012 marcou sua ampliação
e em 2013-2014-2015 continuou-se a gerenciar um número crescente de alunos em
mobilidade, enquanto se começava também a receber de volta os alunos que encerravam
seu período no exterior. A figura 1 ilustra os números de alunos CsF afastados no
exterior, por semestre, desde 2012/1, bem como a distribuição por país. Em 2015/2, o
programa foi suspendido pelo Governo.
Figura 1 - Mobilidade Ciência sem Fronteiras na Graduação, por semestre, com distribuição por
país.
139
Os países de destino privilegiados são: os Estados Unidos, o Reino Unido, a
França, a Austrália, a Alemanha, a Espanha. Percebe-se que Portugal, que recebeu 26 e
24 alunos no primeiro ano, deixou de fazer parte do programa depois.
Mobilidade incoming na Graduação
Na Figura 2 estão registrados alguns indicadores de mobilidade discente
relativos aos alunos estrangeiros matriculados na UFRGS (com ou sem receber nosso
diploma – este gráfico não diferencia alunos em mobilidade de aluno internacional, ou
seja, aluno regular da UFRGS de nacionalidade estrangeira).
Figura 2 - Alunos estrangeiros matriculados na UFRGS, por semestre, com país de origem.
Os países de origem são principalmente a Colômbia, a França, a Argentina, a
Alemanha, o México, bem como países Africanos lusófonos.
É interessante distinguir as modalidades de vinda destes alunos estrangeiros. A
figura 3 mostra este detalhamento.
140
Figura 3 - Modalidade de presença de alunos estrangeiros na UFRGS, por semestre.
Alunos em mobilidades, na graduação, vêm estudar de um a dois semestres sem
diplomação. Muitos alunos vêm apenas estudar o Português, no curso de Extensão PPE
gerenciado pelo Instituto de Letras. Alunos de Pós-Graduação fornecem um forte
contingente de estrangeiros. Por fim temos constantemente dezenas de alunos PEC-G,
que também contribuem para enriquecer a diversidade de nacionalidades na UFRGS.
A estes alunos, poderíamos ainda somar estrangeiros vindo para participar de
atividades de Extensão. Este dado não é conhecido da RELINTER de forma sistemática.
Um levantamento efetuado em agosto de 2015 pela PROREXT identificou 50 alunos
estrangeiros em projetos de Extensão
Nota-se também as variações de números por semestre, que revelam sobretudo a
dificuldade que se tem ainda na UFRGS para registrar os estrangeiros.
Delegações, missões e Atividades Internas
Ainda em 2015, a Secretaria recebeu 64 delegações e missões de universidades e
instituições estrangeiras com vistas ao aumento de intercâmbio estudantil, programas de
dupla diplomação e cotutela e programas de pesquisa conjuntos. Participou de missões
internacionais nos Estados Unidos, na Inglaterra com o Reitor, e na Rússia. Representou
141
a UFRGS em duas feiras de relações internacionais: a da NAFSA, em Boston,
Massachussets, Estados Unidos, e a da EAIE em Glasgow, Escossa, na busca de
parcerias novas, networking e divulgação da UFRGS no exterior.
A RELINTER também promoveu ações transversais durante o Salão UFRGS
2015 e a primeira capacitação em Gestão de Relações Internacionais acadêmicas, com a
EDURGS, em Dezembro de 2015.
3.6. Setor de Convênios do Gabinete do Reitor
3.6.1. Relações da IES com a sociedade, setor público, setor privado e mercado de
trabalho
As relações da UFRGS com diferentes setores da sociedade têm sido ampliadas
devido às demandas recíprocas, as quais resultam em parcerias que proporcionam:
a) estreitamento das relações com as instâncias governamentais responsáveis pelas
políticas e condução do ensino fundamental e médio, no sentido de colaborar para o
aperfeiçoamento da formação de professores;
b) ampliação da integração com outras IES, na qualificação de seus docentes;
c) colaboração com instituições públicas e privadas na realização de ações e de projetos
que visem o desenvolvimento regional; e
d) contribuição com o Estado e o setor empresarial brasileiro, para o desenvolvimento
de tecnologia nacional e inovação de produtos e processos.
3.6.2. Protocolos, Convênios e Contratos
Essas relações se dão através de Termos de Cooperação, entendidos como
documentos que formalizam atividades de cooperação entre a UFRGS e outras
instituições públicas ou privadas, nacionais e internacionais. Esses Termos de
Cooperação podem ser Protocolos de Intenções, Convênios e Contratos.
Os Protocolos de Intenções são de natureza gerativa e prévia, caracterizada pela
ausência do rigor formal e propõem atividades futuras a serem formalizadas através de
Convênios e/ou Contratos.
O Convênio é um acordo de cooperação firmado entre duas instituições públicas
ou privadas visando a realização de um trabalho conjunto.
O Contrato de Prestação de Serviços cria obrigações e direitos recíprocos
devendo estabelecer clareza e precisão para sua execução.
A listagem dos convênios, contratos e protocolos da UFRGS, em vigência no
ano de 2015, pode ser visualizada nos Quadros a seguir.
142
Externas e Quantidades,
2015 Setor
Quantidade
AD. CENTRAL 92
UNIDADES 487
TOTAL 579
Quadro 32 - Convênios de Setores da UFRGS com Instituições
Fonte: Setor de Convênios do Gabinete do Reitor, março de 2016.
Externas e Quantidades,
2015 Setor
Quantidade
AD. CENTRAL 07
UNIDADES 75
TOTAL 82
Quadro 33 - Contratos de Setores da UFRGS com Instituições
Fonte: Setor de Convênios do Gabinete do Reitor, março de 2016.
Externas e Quantidades,
2015 Setor
Quantidade
AD. CENTRAL 112
UNIDADES 334
TOTAL 446
Quadro 34 - Protocolos de Setores da UFRGS com Instituições
Fonte: Setor de Convênios do Gabinete do Reitor, março de 2016.
Esse conjunto de 1.107 Protocolos, Convênios e Contratos em vigência, com os
governos municipal, estadual e federal, instituições brasileiras e estrangeiras de ensino e
empresas privadas, mostra a diversidade de relações mantidas pela Universidade.
3.7. Assessoria de Gestão Ambiental (AGA)
A Assessoria de Gestão Ambiental (AGA) da UFRGS, que está diretamente
vinculada ao Gabinete do Reitor, é responsável pela elaboração, pela implementação e
pelo acompanhamento do Sistema de Gestão Ambiental (SGA), pautado pela Política
Ambiental da UFRGS.
143
A UFRGS, através de sua Administração Centralizada e da Direção
de seus Órgãos, se compromete com a melhoria contínua de seu
desempenho ambiental e com a prevenção à poluição, adotando
procedimentos e práticas que visem à prevenção de impactos ambientais
negativos, em conformidade com os requisitos legais, gerando alternativas
que propiciem a sustentabilidade da comunidade universitária e de toda a
sociedade, desenvolvendo uma estratégia de mudança cultural por meio de
uma política pedagógica ambiental.(Fonte: Política de Gestão Ambiental,
disponível em: http://www.ufrgs.br/sga/SGA/politica)
A AGA assumiu, no final de 2012, algumas atividades que eram de
competência da Coordenadoria de Gestão Ambiental, dando continuidade à função de
gerenciar todos os programas e projetos que contemplam as atividades ambientais, bem
como implantar atividades de educação ambiental relativas ao Sistema de Gestão
Ambiental.
Com foco no desenvolvimento sustentável, a atuação da UFRGS na área de
Gestão Ambiental, conforme seu Plano de Desenvolvimento Institucional - PDI, em
vigor a partir de 2011, se dá através de ações internas e externas, no sentido de aumentar
a sustentabilidade de seu funcionamento.
Na área da Gestão Ambiental, a atuação da UFRGS concretiza-
se através de ações internas e externas, no sentido de aumentar a
sustentabilidade de seu funcionamento. Pretende-se estabelecer um
sistema de certificação ambiental, estruturar o licenciamento ambiental,
diagnosticar e monitorar os índices de impacto ambiental, racionalizar o
uso de material de consumo e otimizar o sistema de gerenciamento de
resíduos recicláveis e não recicláveis da Universidade. Pretende-se
também manter o Programa de Educação Ambiental, baseado na
capacitação do quadro de gestores ambientais das unidades
universitárias e exigir a capacitação dos trabalhadores terceirizados
pelas empresas contratadas. (Fonte: PDI/UFRGS 2011-2015, Capítulo
VI – Responsabilidade Social, disponível em: http://www.ufrgs.br/ufrgs/a-ufrgs/plano-de-desenvolvimento-
institucional)
Dessa forma, as ações práticas que compõem o PDI da Universidade,
fortalecendo o seu Sistema de Gestão Ambiental – certificação ambiental dos espaços
físicos, diagnóstico e monitoramento dos aspectos e impactos ambientais, sistema de
gerenciamento de resíduos e o programa de educação ambiental, entre outros -, são
desenvolvidas ou monitoradas pela AGA.
144
O SGA é estruturado em quatro programas, que levantam os problemas
ambientais da UFRGS - Educação Ambiental, Levantamento de Aspectos e Impactos
Ambientais, Certificação Ambiental e Licenciamento Ambiental -, e 16 projetos, que
resolvem esses problemas, dentre eles: Coleta Seletiva, Gestão de Resíduos Químicos,
Gestão de Resíduos Biológicos, Gestão de Resíduos Compostáveis, Segurança e
Proteção Radiológicas, Gestão Ambiental de RUs, Refúgio de Vida Silvestre
(REVIS/UFRGS). Atua, ainda, em parceria com diversas instituições, públicas, privadas
e organizações da sociedade civil na elaboração e execução das propostas contidas na
Política Ambiental da UFRGS. Assim, no decorrer de 2015, buscou-se realizar as metas
previstas para o ano, atuando por meio de diversas atividades que envolviam os
programas e projetos.
O Programa Educação Ambiental, em mais um ano de atuação, envolveu o
meio acadêmico e a comunidade, difundindo os conhecimentos sobre a questão
ambiental, dentro de uma lógica que busca o gerenciamento das atividades acadêmicas.
Ele não se restringiu às questões de preservação e de uso sustentável dos recursos
naturais, mas realizou um trabalho mais amplo de conscientização e mobilização da
sociedade, pois envolveu tanto os acadêmicos universitários, como também, os
professores e alunos da rede pública municipal e seus familiares.
Para atender este programa, a AGA atuou em diferentes setores, como Escolas
Municipais da cidade de Viamão, desenvolvendo os projetos “As Questões Ambientais
- Divulgação de seus Aspectos Científicos e Tecnológicos” e “Educação Ambiental na
Bacia Hidrográfica da Barragem Mãe D’Água-2015”, que consistem em aulas e
atividades extraclasse, ministradas por bolsistas da AGA (estudantes de diferentes
cursos de graduação da UFRGS), para turmas mistas (terceiro, quarto e quinto ano) do
Ensino Fundamental da Escola Municipal Nossa Senhora Aparecida e do quinto ano do
Ensino Fundamental da Escola Municipal Alberto Pasqualini. Nestes projetos teve a
participação de 09 alunos da UFRGS que atenderam diretamente 130 alunos da rede
pública municipal de Viamão.
Os projetos têm demonstrado resultados positivos tanto em relação ao
aprendizado dos alunos do Ensino fundamental quanto dos estudantes da UFRGS, o que
pode ser denotado pela realização do curso de extensão “Educação Ambiental para
Conservação e Gestão de Recursos Hídricos na Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí”
realizado pela UFRGS, nos anos de 2014 e 2015 contou com a participação das oito
Prefeituras da Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí (Santo Antônio da Patrulha,
145
Glorinha, Gravataí, Canoas, Cachoeirinha, Porto Alegre, Viamão e Alvorada). Este
projeto, finalizado em setembro de 2015, envolveu uma Equipe Técnica da UFRGS de
08 professores e 05 técnicos que atendeu 60 professores da rede pública municipal, com
mais de 130 horas de trabalho, resultando em projetos técnicos a serem implantados nas
escolas dos referidos professores, assim como a apresentação dos resultados obtidos dos
referidos projetos técnicos. Ainda está em conclusão a impressão de um livro sobre a
temática da educação ambiental e todos os segmentos possíveis de serem abordados nas
salas de aula, bem como 08 vídeos dirigidos para o ensino na área ambiental na Bacia
do Rio Gravataí, sendo que todos poderão ser amplamente utilizados em disciplina de
graduação da UFRGS.
A AGA manteve as ações do programa Levantamento de Aspectos e Impactos
Ambientais, envolvendo mais de 20 estudantes, na continuidade ao levantamento dos
aspectos e impactos ambientais dos prédios da Universidade para recomendar ações
corretivas, visando à redução desses impactos, ocasionando uma fiscalização constante.
Pode-se afirmar que 100% dos prédios possuem levantamento dos aspectos e impactos
ambientais, sendo que algumas Unidades já estão no quinto ciclo de utilização do
Levantamento de Aspectos e Impactos Ambientais (LAIA), com redução de seus
Índices de Riscos Ambientais Totais (IRAT) em mais de 50%, se contabilizado desde o
início de sua aplicação.
Em relação ao programa de Certificação Ambiental da UFRGS, alguns prédios
como o DAS/PROGESP, Departamento de Bioquímica/ICBS, a Escola de
Administração e o Departamento de Engenharia Mecânica e o Ceclimar, este último
incorporado à disciplina de graduação de Administração e Gestão Ambiental, do curso
de Biologia Marinha do Instituto de Biociências, realizado no Ceclimar, já deram início
ao processo de certificação, entretanto ainda estão em fase de atendimento das não
conformidades. Sendo que no final do ano de 2015, como forma de atender as várias das
não conformidades detectadas foram iniciadas a realizações de Planos de Gestão de
Resíduos do Ceclimar, do Instituto de Pesquisas Hidráulicas, da Faculdade de
Arquitetura, do Centro de Tecnologia da Escola de Engenharia e do Instituto de
Biociências.
Visando testar a ferramenta de Gestão Ambiental, foi mantido o apoio aos
Sistemas de Gestão Ambiental da OAB e do Vila Ventura Hotel, contribuindo para o
desenvolvimento das atividades sustentáveis dessas organizações, o vínculo com essas
instituições permaneceu, ocasionando em parcerias para programas de estágio. Essa
146
ação faz parte do programa Avaliação de Aspectos e Impactos Ambientais, ambos
operados através de Termo de Cooperação assinados entre as entidades e a UFRGS,
como Projeto de Extensão.
Dentro dos projetos, a AGA continua atuando, sendo responsável pelo
fornecimento das etiquetas de conscientização quanto à separação dos resíduos na fonte,
bem como das etiquetas dos projetos Uso Racional de Energia, Uso Racional de Água e
Coleta Seletiva de Resíduos.
Através do Projeto de Compras Ecoeficientes, foi mantida a aquisição de papel
reciclado pelo Almoxarifado, instituindo essa prática de consumo consciente em
praticamente toda a Universidade, com o monitoramento quanto à qualidade dos
mesmos. O núcleo que debate as Compras Ecoeficientes, junto ao Departamento de
Patrimônio da UFRGS continuou o debate sobre os materiais adquiridos pela UFRGS e,
junto com a AGA, está analisando como incluir os critérios da logística reversa nas
compras da UFRGS, bem como a aplicação de metodologias de Análise de Ciclo de
Vida. Neste tema os RUs deixaram de oferecer copos plásticos, solicitando que cada
usuário traga o seu copo reutilizável.
Foi mantida a inserção da AGA nas redes sociais, buscando interação e agilidade
nas informações, ao mesmo tempo em que ampliou seu alcance aos diferentes públicos
com interesse no assunto. Ocorreram também algumas ações da Rede Ambiental da
UFRGS, a qual integra professores que trabalham ou apresentam interesse na área
ambiental na UFRGS, no âmbito físico e virtual, gerando discussões e determinações
para representações em órgãos e entidades, quando solicitados ao setor. No mesmo
sentido, o grupo virtual “Gestão Ambiental em Instituições de Ensino Superior”, que
reúne professores de diversas instituições de ensino do Brasil, intensificou suas
atividades em 2013, compartilhando conhecimentos e materiais, ocasionando na
organização de um encontro, para próximo ano, com o objetivo de compartilhar as
práticas ambientais de suas Universidades.
Destaca-se, ainda, a organização e realização de eventos na UFRGS ligados à
questão ambiental e a participação em outros eventos comemorativos, externos a
Universidade, que abordam o tema ambiental. O IV Salão de Gestão Ambiental,
integrando o Salão UFRGS 2015, enquadra-se nesse ponto. Neste ano, consolidamos o
Salão de Gestão Ambiental com debates temáticos que mobilizaram não só a
comunidade interna, mas também colegas de outras Universidades, tendo em vista a
discussão de temas como a Educação Ambiental, através de debate entre três projetos
147
implantados pelo UFRGS, bem como um debate sobre a Questão Ambiental e
contribuição de pesquisadores sobre o trabalho dos filósofos como Foucault e Deleuze.
A participação da AGA no Programa "Portas Abertas" da UFRGS, também foi
um importante contato com a sociedade, pois oportunizou que os futuros alunos
conhecessem o trabalho que está sendo realizado na área ambiental, pela Universidade.
Além dessas atividades, a AGA realizou a divulgação científica, com a
publicação de mais de 15 artigos científicos em periódicos nacionais e internacionais e
apresentações de trabalhos técnicos em Seminários/Congressos, atuando ainda na
organização de eventos (VIº Seminário de Tecnologias Limpas, Dia Interamericano de
Limpeza e Cidadania - Diadesol, entre outros), nos quais representa a UFRGS. Houve
também a participação no Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização -
Gespública, no 6º Congresso Interamericano de Resíduos Sólidos, 12º Simpósio de
Hidráulica e Recursos Hídricos dos Países de Língua Portuguesa, 2º Simpósio sobre
Gestão Ambiental no Turismo e no 28º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e
Ambiental. Se destacando a realização do 8º Congresso de Meio Ambiente da
Associação de Universidades do Grupo de Montevidéu, no mês de julho, com a
participação de universitários de todo o Mercosul.
A AGA tem sido referência para os alunos de alguns cursos de graduação da
UFRGS como: Engenharia Ambiental, Biologia, Geografia, Psicologia, etc., pois no
decorrer dos programas e projetos, nos quais os estudantes se envolvem, existe a
possibilidade de se desenvolver tanto academicamente, representado em mais de 15
trabalhos apresentados e publicados em Congressos, quanto no mercado de trabalho,
pelos convênios já citados. Esse ano a AGA contribuiu com o Trabalho de Conclusão de
Curso (TCC) do curso de Psicologia, do estudante Leandro Ventura, sobre o ambiente
educacional e a sensibilização para as questões ambientais. Este trabalho extrapolou o
território brasileiro, pois através do programa de intercâmbio da AUGM, foi orientado o
TCC da estudante Zoe Palmes, da Universidade de Cuyo, Mendoza, Argentina, sobre o
“Diagnóstico da Gestão de Resíduos Sólidos do IPH, com recomendações para a sua
melhoria”, bem como recebemos a Professora Rocío Dip, da Universidade de Tucumán,
Argentina, para um período de seu mestrado sanduíche, onde desenvolveu o estudo
sobre a gestão dos resíduos sólidos do Ceclimar, apresentado no Encontro Latino
Americano de Universidades Sustentáveis, organizado na Escola de Administração da
UFRGS.
148
Pelo trabalho desenvolvido no ano de 2015, buscou-se, por meio de programas,
projetos e eventos executados, alcançar o objetivo da Assessoria de Gestão Ambiental, o
qual procura desenvolver ações de gestão ambiental, visando à redução de riscos,
através da implementação e consolidação do Sistema de Gestão Ambiental da UFRGS e
com a aplicação da Política Ambiental da Universidade.
Todos os programas e projetos descritos e o detalhamento de outras ações da
Assessoria de Gestão Ambiental estão disponíveis em: http:// www.ufrgs.br/sga.
3.8. Patrimônio Cultural - Setor de Patrimônio Histórico (SUINFRA)
A área do patrimônio cultural passou por um processo de maior valorização, nos
países ocidentais, a partir da década de 1990. O historiador francês François Hartog
chamou este processo, na obra Tempo e Patrimônio, de “patrimonialização galopante
dos anos 90”.
Inserida nesse cenário e cumprindo sua missão social, cultural e educacional, a
UFRGS criou o Projeto Resgate do Patrimônio Histórico e Cultural, em 1999, com o
objetivo de preservar o uso do conjunto das edificações que constituíram, no final do
século XIX e no início do século XX, a gênese da UFRGS, sendo o berço de seus
primeiros cursos. A ação de preservação se dá, fundamentalmente, através de propostas
de restauro nesse conjunto edificado, as quais depois passaram a receber, na medida do
possível, ações de manutenção periódicas, visando manter a sua integridade.
O Projeto foi elaborado com base em duas premissas de integração desses
prédios à sociedade: a primeira, contribuir na resolução de parte das carências de espaço
físico que a Universidade enfrenta em razão do seu contínuo crescimento. A segunda, a
preservação desses prédios que fazem parte da história da memória e do patrimônio
edificado da cidade de Porto Alegre.
Aprovado no ano de sua criação pelo Ministério da Cultura (MinC), o Projeto
utiliza a captação de recursos via Lei nº 8.313, de 23 de dezembro de 1991 (conhecida
também como Lei Rouanet) para a restauração dos prédios históricos do Campus Centro
e do prédio da Faculdade de Agronomia, situado no Campus do Vale. Segundo
especialistas de áreas como arquitetura, urbanismo e história, tais edificações compõem
um dos mais antigos e expressivos conjuntos arquitetônicos construídos no Brasil com a
finalidade de servir à educação superior.
A criação da Secretaria do Patrimônio Histórico, no ano de 2000, buscou
aperfeiçoar a gestão e a execução do Projeto, por meio de estudos e trabalhos
149
interdisciplinares, realizados por equipes reunindo professores, técnico-administrativos,
estudantes e outros profissionais. Em outubro de 2012, a Secretaria passou a ser
denominada Setor de Patrimônio Histórico (SPH), permanecendo com seu objetivo
primordial de congregar e de coordenar, por meio do Projeto, as intervenções nos
prédios históricos da UFRGS.
Ações e realizações do SPH em 2015
O SPH entregou, no dia 2 de dezembro, o oitavo prédio restaurado pelo Projeto
Resgate do Patrimônio Histórico e Cultural da UFRGS. O Prédio Centenário da Escola
de Engenharia, construído entre 1898 e 1900, foi o primeiro, no nosso estado, a ser
edificado especialmente para receber um curso superior. Na ocasião, o diretor da
Escola, Luiz Carlos Pinto da Silva Filho, apresentou o projeto do Memorial
(desenvolvido pelo SPH com consultoria do Museu da UFRGS) que será instalado no
prédio, após foram realizadas visitas às dependências da edificação.
A obra civil executada no Núcleo Central do prédio do Instituto Parobé, iniciada
no final de 2014, foi concluída em 2015. Nela foi realizada a implantação de sanitários
masculinos e femininos acessíveis em todos os pavimentos, bem como a instalação de
uma estrutura independente de aço dotada de um elevador. Construída, entre 1925 e
1928, para abrigar o Instituto Técnico Profissional da Escola de Engenharia, a
edificação, localizada à Rua Sarmento Leite, atualmente, sedia o Departamento de
Engenharia Mecânica, da Escola de Engenharia da UFRGS.
As obras de restauro do Antigo Prédio do Instituto de Química iniciaram em
agosto. O estágio atual é de retirada de divisórias e de outros acréscimos indesejados.
Também estão sendo instaladas as redes de infraestrutura. A intervenção a ser realizada
no edifício envolverá a restauração, a adaptação aos padrões de acessibilidade universal
e a mudança de uso da edificação, a qual passará a abrigar um centro de eventos com
auditórios, salas para defesas de teses e dissertações, além de se transformar em um
local para exposição de trabalhos.
O prédio contemplado pela campanha de arrecadação de recursos para
restauração deste ano, a Capela de São Pedro, teve sua captação totalizada em 28 de
dezembro. O projeto está em fase de finalização e, em 2016, será realizada a licitação
para contratação da empresa que executará a obra. A Capelinha, como é conhecida
afetuosamente pela comunidade, é um templo religioso católico pertencente à Estação
150
Experimental Agronômica (EEA) – órgão auxiliar da Faculdade de Agronomia da
UFRGS – localizado no município de Eldorado do Sul, RS. Construída em 1893, a
edificação fazia parte de uma área rural que foi adquirida pela Universidade, em 1960.
Assim, após a estruturação da EEA, passou a servir à pesquisa e ao ensino da área
agronômica.
O SPH realizou várias ações culturais nas áreas de Educação Patrimonial e de
Comunicação em 2015. Dentre as atividades de Educação Patrimonial, salientamos a
continuidade dos projetos “Visita Guiada Teatralizada” e “Caminhada Orientada”, bem
como a realização do “III Seminário Comemorativo ao Dia do Patrimônio Histórico”.
Este evento teve como tema “Patrimônio Cultural: Uma Chave para a Sustentabilidade
Social”, o qual foi alicerçado na Declaração de Hangzhou lançada pela UNESCO em
2013. Além disso, sobre as ações de Comunicação, destacamos o programa “Momento
do Patrimônio”, veiculado pela Rádio da Universidade, e o projeto fotográfico
“Perspectivas”, publicado periodicamente no facebook.
Ao longo desses 16 anos, conforme constata-se nos resultados apresentados
acima, o Projeto Resgate do Patrimônio Histórico e Cultural da UFRGS continua
honrando seu propósito de preservação dos prédios históricos da Universidade e de
fortalecimento dos laços de pertencimento da comunidade acadêmica com essas
edificações.
3.9. Memória Cultural - Museu da Universidade (PROREXT)
A responsabilidade social da UFRGS, presente nas suas diversas atividades, se
evidencia especialmente na extensão, que, através da abrangência e diversidade das suas
ações, atende e se relaciona com diferentes públicos e setores internos e externos à
comunidade universitária. A extensão, então, ao estabelecer relações sociais e culturais
com diversos segmentos da sociedade, realiza um importante aspecto da sua tarefa de
formação, uma vez que no seu fazer predominam ações voltadas ao social, à atenção aos
grupos marginalizados, ao diálogo com as comunidades, ao respeito aos saberes e à
preservação de memórias e patrimônios culturais. O Plano de Desenvolvimento
Institucional incorpora a expansão e a inclusão como compromissos da Universidade.
No exercício da extensão, o trabalho é guiado pela responsabilidade social com os
participantes e grupos envolvidos, num movimento dialógico entre o aspecto social e a
construção do conhecimento.
151
A extensão realizada na UFRGS, além das normativas locais, atua em
consonância com as diretrizes da extensão universitária brasileira, definidas pelo Fórum
de Pró-Reitores de Extensão das Instituições Públicas de Educação Superior Brasileiras
– FORPROEX: a) interação dialógica; b) interdisciplinaridade e inter profissionalidade;
c) indissociabilidade Ensino-Pesquisa-Extensão; d) impacto na formação do estudante;
e) impacto e transformação social.
Entre as cinco diretrizes destaca-se, neste item acerca da responsabilidade social
da instituição, a interação dialógica - relação de mão dupla com a sociedade - e o
impacto e transformação social - atuação que atente para as necessidades da sociedade e
busque o desenvolvimento social e regional enquanto aspectos que estão presentes nas
atividades de extensão e, especificamente, nas atividades promovidas pelos
departamentos e setores da Pró-Reitoria de Extensão, em especial o Museu da
Universidade.
Museu da UFRGS
Órgão suplementar da Universidade vinculado à Pró-Reitoria de Extensão, o
Museu da UFRGS busca potencializar a interação da sociedade com a história da
instituição e com sua produção técnica, científica e cultural. Além disso, devido à
vocação educativa, privilegia ações com grupos escolares, apoiando educadores e
grupos na visitação aos espaços do Museu, promovendo ações educativas e de formação
continuada de professores, desenvolvendo e disponibilizando recursos didático-
pedagógicos.
O Museu da UFRGS soma esforços com outros setores da Universidade para a
efetiva consecução de uma política de ações afirmativas e de formação continuada,
priorizando as relações interculturais e oportunizando a troca de saberes acadêmicos e
empíricos entre as diferentes comunidades. Nesse sentido, em 2015 o Museu ampliou
atividades de parceria com coletivos Mbyá Guarani. A realização da III Semana com a
Cultura Guarani Mbyá, com envolvimento crescente dos públicos escolares, e do
Diálogo com a Cultura Indígena Mbyá – III Edição, projeto de capacitação para a
comunidade acadêmica em parceria com a Coordenadoria de Acompanhamento do
Programa de Ações Afirmativas e EDUFRGS / PROGESP-UFRGS, demonstram a
consolidação e a relevância da continuidade desse tipo de proposta. Além disso, foi
realizada a exposição fotográfica Os Guarani Mbyá, com lançamento do livro
152
homônimo, em que questões culturais de povos indígenas foram trabalhadas com eles e
a partir de seu protagonismo. Ainda nesta temática, destaca-se a exposição curricular do
curso de Museologia AGÔ - Presença Negra em Porto Alegre: uma trajetória de
resistência, que contou com a importante participação de entidades e famílias negras de
Porto Alegre.
Também a 9ª Primavera de Museus, proposta pelo Instituto Brasileiro de Museus,
apresentou em 2015 o tema Museus e Memórias Indígenas. Destacam-se na
programação a própria exposição fotográfica Os Guarani Mbyá; o encontro Estudante
Indígena: - Presente!, desenvolvido pelos estudantes indígenas da UFRGS de diferentes
cursos e buscando ampliar as reflexões sobre a presença indígena na Universidade; e a
atividade comemorativa aos 10 anos do CD Kanhgág ag vi ymã mág ki - Vozes
kaingang na Aldeia Grande, cuja edição comemorativa foi entregue aos músicos
Kaingang em solenidade realizada no mês de dezembro.
153
4. A COMUNICAÇÃO COM A SOCIEDADE
4.1. Secretaria de Comunicação Social (SECOM)
A Secretaria de Comunicação Social/SECOM realizou suas metas em 2015,
apresentando avanços em vários aspectos de seus objetivos gerais e setoriais. Manteve e
ampliou o acesso da comunidade universitária e da comunidade em geral à informação
qualificada e atualizada, através dos canais de comunicação - Jornal da Universidade
(JU), Rádio da Universidade, UFRGSTV- e as Redes Sociais – Facebook, Twitter,
Instagram. Considerando-se a comunidade acadêmica - docentes/técnico-
administrativos em educação/alunos de graduação e pós-graduação - ampliou-se o
alcance às informações da UFRGS disponibilizadas pela Secretaria de Comunicação
Social.
A Assessoria de Imprensa, responsável pela geração de conteúdos informativos
para o Portal da Universidade e às Redes Sociais e pelo atendimento à imprensa,
intensificou o envio de releases e a cobertura de eventos na Reitoria e nas unidades
acadêmicas. Em trabalho integrado com equipe do CPD criou e lançou aplicativos para
celular: UFRGS Mobile e UFRGS Mapas.
O Jornal da Universidade completou 16 anos de existência e manteve a sua
periodicidade mensal, editado em 20 páginas, incluindo o Caderno JU como encarte
especial temático. Permanece a impressão em cores na capa e contracapa, página central
e no Caderno, e tiragem para 14 mil exemplares. Seu cadastro de leitores conta com seis
mil endereços no país e no exterior. Ampliou também o acesso à versão eletrônica
através do apoio das direções das Unidades Acadêmicas para sua disseminação, e
aperfeiçoou a distribuição do jornal impresso.
O CTE/Centro de Teledifusão Educativa alcançou os objetivos de aperfeiçoar o
gerenciamento da Rádio da Universidade e da UFRGSTV. Foi finalizada a aquisição do
novo transmissor da Rádio, já instalado em Eldorado do Sul. Por outro lado, o Centro
continua a abrigar e gerenciar a Central de Transmissão da programação televisiva do
Canal Universitário de Porto Alegre - UNITV.
A UFRGSTV chegou aos dez anos de atividades, produzindo programas
semanais, especiais e documentários, exibidos através da UNITV, canal universitário do
sistema de TV a cabo de Porto Alegre (NET Porto Alegre), e também via internet
através do portal da UFRGS. Manteve 12 programas regularmente exibidos na
UNITV/Canal 15 NET (20 horas/semanais), e veiculando programas através da Rede
154
IFES. Realizou a produção especial de vídeos institucionais e especiais para a
Universidade e para algumas Unidades e Pró-Reitorias.
Ao longo do ano de 2015 houve renovação de pessoal, com as reposições em
vagas de jornalistas o que reforçou a qualidade e produtividade na Rádio da
Universidade e no JU - Jornal da Universidade.
Potencialidades Fragilidades Recomendações
Digitalização da rádio da
UFRGS.
Projeto em teste. Finalização do projeto e a implantação
do processo (2016).
Implantação do Parque
Técnico e Operacional
da UFRGSTV no
Campus Saúde/Prédio
22202.
Projeto de
reforma do
espaço físico.
Finalização do projeto arquitetônico;
licitação e reforma das instalações
(2016-2017)
Melhoria do espaço
físico da Gráfica da
Universidade.
Projeto para um
novo prédio no
Campus do Vale
Acompanhar andamento do processo
junto à SUINFRA.
Quadro 35 - Avaliação da Dimensão Comunicação com a Sociedade/SECOM
4.2. OUVIDORIA
A Ouvidoria da UFRGS é um canal privilegiado de comunicação entre o cidadão
e a instituição. Tem a função de receber, examinar e encaminhar, aos setores
competentes, todas as sugestões, reclamações, elogios e denúncias que lhe sejam
enviadas. Além disso, é sua competência acompanhar as providências adotadas e
garantir que o cidadão receba a resposta à sua manifestação. Sua missão é ouvir o
cidadão, registrar, encaminhar e acompanhar as demandas, além de mediar conflitos e
aperfeiçoar o processo de trabalho dentro da Instituição. Tem por valores a ética, a
transparência, o comprometimento e a equidade. A Ouvidoria não atua como auditoria,
corregedoria ou comissão de ética.
Os canais de acesso ao cidadão, disponibilizados pela Ouvidoria da UFRGS são
os atendimentos a seguir:
1.Através do site da Ouvidoria na página eletrônica da UFRGS;
2.Pessoal;
3.Por e-mail;
4.Por telefone;
5.Por carta.
155
O registro de dados gerenciais e estatísticos sobre a quantidade de solicitações,
reclamações, denúncias, sugestões recebidas e sobre o atendimento/ encaminhamento
das demandas apresentadas, é realizado através do Sistema Eletrônico de Ouvidoria da
UFRGS.
O referido Sistema apresenta um formulário para que o cidadão encaminhe sua
demanda (mesmo que o primeiro contato tenha sido feito através de outro canal),
oferecendo a possibilidade de que a mesma seja considerada sigilosa. Através do
mesmo Sistema, a demanda é encaminhada ao responsável maior pelo órgão em
questão, que a deve responder para a Ouvidoria, dentro do prazo estipulado pelo próprio
Sistema. Após análise da resposta, a Ouvidoria aceita como está ou solicita maiores
elementos, antes de retornar ao demandante. Também existe a possibilidade de que mais
de um órgão auxilie na resposta.
O Sistema também é elaborado para oferecer relatórios estatísticos das diferentes
demandas, incluindo gráficos, o que é realizado anualmente ou a qualquer momento em
que for necessário.
A tabela abaixo mostra a evolução das diferentes demandas encaminhadas no
período 2010-2015:
Tabela 1 - Demandas enviadas pelo Sistema Eletrônico da Ouvidoria da UFRGS
Demandas enviadas pelo Sistema Eletrônico da Ouvidoria da UFRGS
2010
(SET/DEZ)
2011 2012 2013 2014 2015
Pedidos de
Informação
17 448 485 513 470 466
Reclamações 26 224 193 396 440 512
Denúncias 12 92 78 158 197 308
Sugestões 02 35 30 45 49 48
Elogios
05 10 01 10 22 14
TOTAIS 62 809 787 1.122 1.178 1.348
Fonte: Ouvidoria da UFRGS, 2015.
O aumento dos diferentes tipos de demanda é uma informação importante que a
tabela oferece. Tal constatação pode sugerir que as comunidades, interna e externa à
156
UFRGS, confiam cada vez mais na lisura do processo empreendido pela Ouvidoria da
UFRGS.
O aumento das demandas também propicia, cada vez mais, transformar
transparência passiva em transparência ativa, ampliando as informações
disponibilizadas voluntariamente no portal da UFRGS.
O mesmo ocorre com os resultados do Relatório Qualitativo do Serviço de
Informação ao Cidadão - SIC, criado através da Lei de Acesso à Informação – LAI,
também da responsabilidade da Ouvidoria na UFRGS.
O SIC acontece com dinâmica semelhante à do Sistema de Ouvidoria da
UFRGS. A maior diferença está no fato de que esse é acionado através do Sistema da
LAI, que atende a todas as instituições públicas brasileiras. A Ouvidoria recebe as
demandas da LAI através de aviso por mensagem eletrônica, envia para o órgão interno
através deste mesmo canal e, ao receber a resposta, analisa-a e solicita complementação
ou insere a resposta para o demandante no Sistema da LAI.
O SIC também permite que o cidadão impetre recurso, caso se considere
insatisfeito com a resposta oferecida. A instituição, então, deve complementar a resposta
ou argumentar por não fazê-lo. Em última instância, a Corregedoria Geral da União
interfere na relação instituição-demandante, atuando como intermediadora.
A Ouvidoria da UFRGS pode ser acessada pelo endereço:
www.ufrgs.br/ouvidoria A Carta de Serviços ao Cidadão da UFRGS está inserida no
Acesso à Informação, constante no Portal da UFRGS. A mesma indica 15 serviços que
a instituição oferece à sociedade, sendo que encaminha o demandante para o link do
serviço desejado para maiores informações.
A UFRGS apresenta neste documento os serviços mais demandados, que oferece
à comunidade, e todas as informações necessárias aos cidadãos que queiram acessá-los.
Dentro do que propõe o Programa Nacional da Gestão Pública e Desburocratização
(GesPública), a Carta de Serviços do Cidadão da UFRGS também divulga os
compromissos de atendimento e qualidade. Ao apresentar de forma clara e precisa a
totalidade dos serviços disponíveis, a Universidade facilita o acesso a eles e estimula a
participação dos usuários no processo de melhoria contínua, contribuindo para a
formação de cidadãos agentes de mudanças na gestão pública. Os índices de excelência
alcançados pela UFRGS no ensino, na pesquisa e na extensão são, também, resultado do
relacionamento que a Universidade mantém com a comunidade desde a fundação dos
157
seus primeiros cursos. A Carta de Serviços ao Cidadão pode ser acessada no link
Acesso à Informação no Portal da UFRGS.
A avaliação do desempenho da UFRGS é auferida pela procura às suas
atividades-fim, seja de graduação, pós-graduação, pesquisa, extensão, inovação ou seus
outros serviços, como por exemplo, atendimento odontológico gratuito para a
comunidade, serviço (gratuito) de assistência jurídica universitária, presença constante
na mídia por suas inúmeras ações, bem como outros citados em sua Carta de Serviços.
A avaliação provocada ainda não é realizada pela instituição como um todo. Cada órgão
interno tem sua forma de estabelecer tal consulta, a qual, evidentemente não retrata a
instituição como um todo e sim apenas aquela parte avaliada.
A Lei de Acesso à Informação instituiu a obrigatoriedade de publicação de seus
serviços mais relevantes das instituições públicas, à qualquer cidadão, facilitando a
localização de informações.
A seguir, a discriminação dos títulos e resumos dessas informações, que são
obtidas apenas clicando em cada um no site.
Institucional
Informações institucionais e organizacionais da UFRGS, compreendendo suas funções,
competências, estrutura organizacional, relação de autoridades (quem é quem), agenda
de autoridades, horários de atendimento e legislação do órgão/entidade.
Ações e Programas
Informações pertinentes aos programas, ações, projetos e atividades implementadas pela
UFRGS.
Auditorias
Informações referentes ao resultado de inspeções, auditorias, prestações e tomada e
contas realizadas na UFRGS.
Convênios
Informações sobre os repasses e transferências de recursos financeiros efetuados pela
UFRGS.
Despesas
Informações sobre a execução orçamentária e financeira detalhada da UFRGS.
Licitações e Contratos
Licitações e contratos realizados pela UFRGS.
158
Servidores
Informações sobre concursos públicos de provimentos de cargos e relação dos
servidores públicos lotados ou em exercício na UFRGS.
Perguntas Frequentes
Perguntas frequentes sobre a UFRGS e ações no âmbito de sua competência.
Sobre a Lei de Acesso à Informação
Informações sobre a Lei de Acesso à Informação, tais como os temas tratados na lei, os
procedimentos para solicitação de acesso e mecanismos recursais, estatísticas de acesso,
entre outras informações.
Serviço de Informação ao Cidadão (SIC)
Informações sobre o Sistema de Informações ao Cidadão (SIC), pertinentes ao seu
funcionamento, localização e dados de contato no âmbito da UFRGS.
Arquivos
Esquema de Classificação, Segurança e Acesso da Informação. Nesta seção são
apresentadas informações classificadas como sigilosas.
Carta de Serviços
A Universidade Federal do Rio Grande do Sul apresenta neste documento os
serviços que oferece à comunidade e todas as informações necessárias aos cidadãos que
queiram acessá-los. Dentro do que propõe o Programa Nacional da Gestão Pública e
Desburocratização (GesPública), a Carta de Serviços do Cidadão da UFRGS também
divulga os compromissos de atendimento e qualidade. Ao apresentar de forma clara e
precisa a totalidade dos serviços disponíveis, a Universidade facilita o acesso a eles e
estimula a participação dos usuários no processo de melhoria contínua, contribuindo
para a formação de cidadãos agentes de mudanças na gestão pública. Os índices de
excelência alcançados pela UFRGS no ensino, na pesquisa e na extensão são, também,
resultado do relacionamento que a Universidade mantém com a comunidade desde a
fundação dos seus primeiros cursos.
159
Abaixo, o total de 170 pedidos de informação, com sua distribuição mês a mês,
oriundos do Sistema de Informações ao Cidadão:
Figura 4 - Quantidade de pedidos de informação registrados no mês
Medidas para garantir a acessibilidade aos produtos, serviços e instalações:
A Ouvidoria da UFRGS está instalada no térreo do Anexo I da Reitoria. Tanto a
entrada no prédio quanto a entrada no setor, comportam cadeirantes e outros portadores
de necessidades especiais. Existe um computador à disposição de quem precisar usar
para registrar sua demanda, e também é possível que algum servidor da Ouvidoria o
faça para a pessoa em questão, se a mesma solicitar.
160
Quadro resumo da avaliação do desempenho da ouvidoria e Lei de Acesso à
Informação.
QUESITOS POTENCIALIDADES FRAGILIDADES AÇÕES E
ESTRATÉGIAS
NA BUSCA DE
MELHORIAS
Atendimento no
Sistema de
Ouvidoria
Atendimento no
Sistema de
Acesso à
Informação
Sistema Eletrônico
eficaz
Atendimento pessoal e
por telefone
ininterrupto
Alguns usuários
respondentes ainda
têm dificuldades
para trabalhar com
os sistemas
A fragilidade
existente foi
sanada com a
inclusão de mais
uma servidora
técnica
Aperfeiçoamento
quando possível e
necessário
A nova assistente
está aprendendo a
lidar com os
sistemas de com
os tipos de
informação
demandados.
Grupos de
Trabalho criados
para atender
exigências da
LEI de Acesso à
Informação
Pessoas aptas a tratar
dos assuntos
Necessidade de
criação de
processos, até
então inexistentes
Oferecimento de
condições
adequadas para o
trabalho dos
grupos de
trabalho.
Quadro 36 - Resumo da Avaliação do Desempenho da Ouvidoria e Lei de Acesso à Informação
Fonte: Ouvidoria da UFRGS, 2015.
4.3. EDITORA
A partir da indicação da nova Diretoria em outubro de 2014, o ano de 2015 na
Editora da UFRGS foi em grande medida marcado pelo diagnóstico de necessidades e
por mobilização de estratégias para promoção das mudanças necessárias com o intuito
de perseguir as diretrizes apontadas à gestão pela Pró-Reitoria de Coordenação
Acadêmica da qual a Editora é um órgão suplementar.
Entre as diretrizes mencionadas destacam-se a qualidade e quantidade dos títulos
editados, correspondente a uma Universidade de padrão internacional, bem como a
visibilidade das obras e a exequibilidade dos processos editoriais, de modo a garantir
161
agilidade nas diversas etapas envolvidas na produção e distribuição do livro, seja ele
impresso ou digital. Cabe ressaltar o acolhimento e empenho demonstrado pelos
servidores da Editora e a fundamental participação do Conselho Editorial no período,
atuando por vezes muito além das suas meras atribuições regimentais - funcionando até
mesmo como um Conselho Curador - preocupado com a qualidade de catálogo, a
sequência das publicações em Séries e Coleções entre outras contribuições.
A seguir são apontadas as realizações no período por área de atuação, bem como
uma lista de ações previstas para 2016.
No tocante aos projetos editoriais, ocorreram a reorganização do catálogo de
Séries e Coleções ativas e adequação a um novo modelo de coordenação envolvendo
dois professores da UFRGS e um de fora, para funcionarem como editores executivos: 3
Séries em atividade já se encontram com o novo arranjo e 2 Séries estão em processo de
adequação. Houve ainda a criação do Edital para Novas Séries com 3 propostas
aprovadas para início em 2016: Sul Global: Relações Internacionais e Desenvolvimento
no Século XXI; Desafios do Envelhecimento; Psicanálise: Clínica e Cultura. Outra ação
importante nesta área foi o estabelecimento de parcerias com órgãos da Universidade
capazes de desenvolver livros de ótima qualidade acadêmica, mas também de mérito
artístico, e mobilizando recursos de editoração e impressão externos. Tratam-se do
Departamento de Difusão Cultural e Instituto de Artes (Catálogo Pinacoteca e Coleção
Percurso do Artista) e do Departamento de Patrimônio Histórico (Coleção Prédios
Históricos).
Na área de editoração propriamente dita, está em marcha uma “força-tarefa” para
encaminhamento dos livros aguardando “na fila”. Em 2015, por conta do trabalho
interno de reorganização, foram impressos 21 novos títulos e reimpressos 11 livros
esgotados do catálogo.
Para enfrentar a escassez de recursos humanos foi negociado junto à
PROGESP/PROPLAN de um posto terceirizado de editor de textos e imagens, mas
fundamentalmente optou-se pela inclusão de um bom número de bolsistas: 1 bolsista
(PROPESQ) para atuação em design (suporte editorial no tratamento e edição de
imagens); 3 bolsistas (PROPESQ) para atuação nas áreas de contabilidade e
comercialização/distribuição. Foram iniciados também os estudos de preparação frente à
previsão de saída de 3 funcionários por aposentadoria ao longo de 2016.
As áreas de comercialização e distribuição da Editora tiveram avanços
importantes, a começar pela contagem geral do estoque (realizada entre os dias 23 e 26
162
de novembro de 2015) que revelou o número atual de títulos ativos do catálogo (439) e
o volume total de livros em estoque: 95.136 exemplares. Com isto foi possível
redesenhar a estratégia de vendas e distribuição que culminou com um realinhamento
geral de preços: desenvolvimento de faixas de valores, com formulação de cálculo de
redução gradativa de valor por conta do estado do livro, tempo desde a edição e volume
em estoque.
Além disto ocorreu o estabelecimento formal da Feira do Livro no calendário da
Universidade: UFRGS Portas Abertas (primeiro semestre, maio); Salão UFRGS
(segundo semestre, outubro). Foram ainda desenvolvidas ações de vendas pontuais e
participação Feiras internas e externas à Universidade.
Quanto à infraestrutura promoveu-se a melhoria das condições físicas de
trabalho na sede, com o estabelecimento e fiscalização de rotina de limpeza mensal de
calhas junto à SUINFRA e Prefeitura Campus Saúde. Foi feita a substituição de
aparelho ar-condicionado e de cadeiras do Setor de Revisão e adquiridos novos
computadores (5 máquinas) para as áreas administrativas. Para o Centro de Distribuição
(CD) foi adquirida uma máquina seladora (plastificadora) para proteção individual dos
livros no estoque e iniciado o estudo para adequação da área administrativa.
Por fim, em termos de desenvolvimento institucional, trabalhou-se no sentido de
estreitar relações com a SECOM para divulgação das ações da Editora e ocorreu a
participação na Reunião Anual da Associação Brasileira da Editoras Universitárias
(ABEU) em Santa Maria (maio/2015) bem como a Organização do Encontro da ABEU-
Sul na Feira do Livro de Porto Alegre (novembro/2015).
QUADRO RESUMO DA AVALIAÇÃO DA EDITORA
ITENS/ASPECTOS
QUESITOS
POTENCIALIDADES FRAGILIDADES AÇÕES
ESTRATÉGICAS NA
BUSCA DE
MELHORIAS
Meios de
comunicação
utilizados pela IES
A Editora da UFRGS tem
um papel central no modo
como a Universidade é vista
ou percebida pela
comunidade externa, com
plenas condições de ser um
dos principais canais de
difusão do conhecimento
produzido na UFRGS ou
dos saberes congregados
Capacidade de absorver
todas as demandas de
publicação que chegam
no tempo hábil que
demandam;
- Falta de conhecimento
sobre a possibilidade de
utilização da editora
Criação de novas regras
para manutenção e
criação de Séries,
envolvendo a figura de
Coordenadores que
atuam como Editores
Executivos por áreas de
conhecimento, fazendo
com que o trabalho do
Conselho Editorial seja
163
pela rede nacional e
internacional de
pesquisadores que atuam na
instituição
pelos pesquisadores
docentes e discentes.
facilitado e o fluxo do
processo de edição se
torne mais ágil.
Efetividade e
comprometimento da
comunicação com a
missão da IES
As obras da Editora podem
oferecer conteúdo
qualificado e de permanente
interesse para o público.
Capacidade de publicar
obras de autores
externos à
Universidades;
Presença física nos
espaços da
Universidade
Promoção de editais para
novas publicações
estimulando temas
interdisciplinares e a
presença de um
Coordenador de fora da
UFRGS (além de dois
professores da
instituição) para servir
como “antena” para
novos públicos e autores;
Criação de Feiras do
Livro semestrais ligadas
aos eventos do
Calendário Acadêmico
(Portas Abertas e Salão
UFRGS)
Frequência e canais
de comunicação
internos utilizados
As consequências e
discussões suscitadas pelas
publicações podem ser
exploradas principalmente
como o uso de plataformas
digitais de modo a difundir
o conhecimento produzido,
mas também a própria
UFRGS institucionalmente.
Recursos humanos para
gerir profissionalmente
canais de comunicação,
principalmente nas
plataformas virtuais
(Facebook, Twitter e
Youtube).
Parceria com a SECOM
para divulgação de ações
da Editora; busca de
bolsistas da área de
comunicação para
atuarem como editores
de conteúdo das
plataformas digitais.
Adequação da
comunicação entre os
membros da IES
Como um órgão
complementar da UFRGS, a
Editora está acessível a
todos os membros da
instituição
Site institucional
precisa ser reformulado
de forma a unificar a
divulgação institucional
(visando atrair autores)
e a distribuição/venda
direta (para atrair
leitores).
Criação de editais para
novos livros; divulgação
das ações de vendas por
meio de redes sociais;
atualização do site
institucional.
Completude, clareza e
atualização da
informação entregue
aos usuários
Nas obras publicadas o
conteúdo é revisado
objetivando chegar a uma
ótima qualidade.
Falta ingressar no
formato eletrônico de
publicações (eBooks)
Estudos junto ao
CPD/UFRGS para a
criação do Portal de
Livros Digitais.
Quadro 37 - Resumo da Avaliação da Editora
164
5. AS POLÍTICAS DE PESSOAL, AS CARREIRAS DO CORPO DOCENTE E
DO CORPO TÉCNICO-ADMINISTRATIVO
5.1. As Políticas de Pessoal, as Carreiras do Corpo Docente e do Corpo Técnico-
Administrativo - Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (PROGESP)
As políticas de carreira dos servidores docentes e técnico-administrativos da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) são regidas pela legislação
federal respectiva e por decisões normativas de âmbito interno. Em 2015, os atos de
admissão e progressão levaram em conta o previsto na Lei nº 11.784, de 22 de setembro
de 2008, e na Lei nº 12.772, de 28 de dezembro de 2012, para a carreira docente, e o
previsto na Lei nº 11.091, de 12 de janeiro de 2005, para a carreira técnico-
administrativa.
A admissão de docentes para o quadro permanente se dá por meio de concursos
públicos conforme legislação vigente. No ano de 2015, a normatização interna que
regeu os concursos foram as Decisões nº 446/2014 e 463/2014 (alterada pela 466/2014)
do Conselho Universitário – CONSUN. Os concursos do Magistério Superior da Classe
A utilizam como avaliação Prova Escrita, Exame de Títulos e Trabalhos, Defesa de
Produção Intelectual, Prova Didática e, em alguns casos, Prova Prática. Já o ingresso
para a carreira de cargo isolado de Professor Titular-Livre é mediante Prova Escrita,
Defesa e Arguição de Memorial, Conferência e Exame de Títulos e Trabalhos. Em
2015, foram publicados 14 editais de abertura de concursos para docentes, sendo que os
editais homologados tiveram 73 vagas com candidatos aprovados, sendo 69 nomeados
em 2015 e 4 nomeados em 2016.
O Plano de Carreiras e Cargos de Magistério Federal é normatizado pela lei nº
12.772/12. Conforme Decisões nº 113/1988 e nº 124/1991 do CONSUN, cabe à
Comissão Permanente de Pessoal Docente apreciar assuntos concernentes a: alteração
de regime de trabalho de docentes; Avaliação de Desempenho para progressão e
promoção funcional dos docentes; aos processos de promoção funcional por titulação;
solicitação de afastamento para aperfeiçoamento, especialização, mestrado, doutorado
ou pós-doutorado; bem como gratificações decorrentes de titulação. A progressão e
promoção dos docentes na Carreira de Magistério Superior estão regulamentadas pela
Resolução nº 12/1995 do Conselho de Coordenação do Ensino e da Pesquisa, Decisão
197/2006 do CONSUN, ambas alteradas pela Decisão nº 401/2013 do CONSUN, e pela
Decisão nº 232/2014 do CONSUN. A progressão e promoção dos docentes na Carreira
165
de Magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico estão regulamentadas pela
Decisão n° 328/2015 do CONSUN.
A admissão e a progressão de servidores técnico-administrativos têm como base
os princípios estabelecidos na Lei nº 11.091/2005, que dispõe sobre a estruturação do
Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE). Os
concursos são realizados observando-se os cargos previstos no PCCTAE, bem como a
habilitação exigida para cada um, também definida na lei. Os candidatos são avaliados
por Prova Escrita Objetiva e por Prova Prática (em casos específicos). Em 2015,
ingressaram 160 servidores técnico-administrativos. Atualmente, o quadro de servidores
da UFRGS é composto por 2.741 servidores docentes de carreira e 2.735 servidores
técnico-administrativos. A força de trabalho da UFRGS, em 2015, contou também com
funcionários terceirizados, os quais ocuparam 1.938 postos de serviços terceirizados
alocados aos contratos contínuos. Porém, o número de servidores ainda não é suficiente
para suprir todas as necessidades de pessoal, apesar da expansão das vagas
oportunizadas por meio do Programa de Apoio aos Planos de Reestruturação e
Expansão das Universidades Federais (REUNI), do Ministério da Educação, instituído
pelo Decreto nº 6.096/2007, pois os recursos advindos do REUNI estão associados à
expansão das atividades decorrentes do plano de reestruturação e não à recuperação das
defasagens históricas de pessoal, ocorridas ao longo de décadas.
Todavia, o quadro de servidores destaca-se por sua qualificação. Dos técnico-
administrativos, 62% possuem nível superior e, destes, 14% possuem pós-graduação
strictu sensu. Quanto ao corpo docente, 88% possui pós-graduação strictu sensu em
nível de doutorado e 87% dos docentes estão em regime de trabalho de dedicação
exclusiva.
A Escola de Desenvolvimento de Servidores da Universidade Federal do Rio Grande do
Sul (EDUFRGS), da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (PROGESP), é a instância
responsável pelo fomento ao aperfeiçoamento e à qualificação dos servidores que fazem
parte do quadro de pessoal da Universidade. De forma ampla, as ações promovidas pela
EDUFRGS têm o propósito de desenvolver competências institucionais por intermédio
do desenvolvimento de competências individuais, através da realização de trilhas de
aprendizagem, que visam ao desenvolvimento do servidor em estágio probatório, ao
longo da carreira ou em atividades gerenciais.
O Plano Anual de Capacitação da UFRGS é voltado ao atendimento de
demandas de desenvolvimento de servidores técnico-administrativos como um todo e de
166
docentes em estágio probatório. A trilha de aprendizagem realizada por servidores
técnico-administrativos compõe o Plano de Formação Integral, que culmina na
Progressão por Capacitação Profissional, assim como o percurso de capacitações
realizadas por docentes em estágio probatório resulta na composição do Programa de
Atividades de Aperfeiçoamento Pedagógico (PAAP), o qual é requisito para a
conclusão do estágio. Os eventos que integram o PAAP passaram a ser ofertados pela
EDUFRGS, a partir de 2014. Conforme Instrução Normativa 04/2014, o PAAP é
estruturado a partir de três módulos, os quais totalizam 60 horas de capacitação, a serem
realizadas pelo docente ao longo do período de estágio probatório.
Em atendimento aos requisitos legais da carreira técnico-administrativa em
educação, as ações de aperfeiçoamento são planejadas e executadas conforme as
diretrizes do Programa de Capacitação e Aperfeiçoamento (Decisão nº 047/2007),
regulamentado com a publicação das Portarias relativas ao Plano de Capacitação
intitulado Formação Integral de Servidores da UFRGS (Portarias UFRGS nº 1583/2009
e 1191/2013).
Conforme o Plano de Formação Integral de Servidores, para progredir por
capacitação, o servidor precisa participar de cursos de capacitação que não sejam de
educação formal e completar a carga horária requerida de acordo com o nível de
classificação do seu cargo e com o nível de capacitação para o qual está progredindo. A
EDUFRGS encerra o ano de 2015 totalizando 539 concessões de Progressões
Funcionais por Capacitação e 312 concessões de Incentivos à Qualificação.
As ações de capacitação são desenvolvidas conforme as linhas de
desenvolvimento previstas no Decreto nº 5.825/2006 e definidas em atendimento às
demandas diagnosticadas no Levantamento Anual de Necessidades de Capacitação
(LNC), nos Processos Avaliativos (programa de Avaliação de Desempenho e Programa
de Estágio Probatório dos Servidores Técnico-administrativos), ou a outras demandas
institucionais. Consoante ao Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI 2011-2015)
da UFRGS, que preconiza a instituição de uma política de capacitação com base no
levantamento de necessidades e prioridades das unidades, em 2015, o LNC foi
reestruturado pela equipe da Escola, passando a ser orientado conforme áreas temáticas,
as quais foram inspiradas na classificação definida pela CAPES e adaptadas à realidade
específica de trabalho e aos ambientes organizacionais da Universidade.
Em 2015, foram realizadas 262 ações de aperfeiçoamento, as quais foram
desdobradas em 381 turmas, que resultaram em 8.633 vagas ocupadas. As ações que
167
compuseram o Programa de Capacitação e Aperfeiçoamento deste ano promoveram o
aperfeiçoamento de 2.246 servidores, sendo 689 docentes e 1.557 técnico-
administrativos. É importante destacar, ainda, as ações de aperfeiçoamento que
contribuíram diretamente com a consecução de objetivos institucionais de grande
escala, os quais estão relacionados à inclusão, à acessibilidade, às ações afirmativas, à
educação à distância, ao aperfeiçoamento pedagógico de docentes, à saúde e segurança
no trabalho, à gestão por processos, à formação em idiomas, à internacionalização, bem
como com a integração institucional de novos servidores.
Em conjunto com outros setores, tem se trabalhado na constituição de um
programa de formação de gestores que terá uma maior abrangência de assuntos
referentes à gestão. Conforme prevê o PDI 2011-2015 da Universidade, o programa
permanente de formação de gestores visa à preparação e qualificação para o exercício
das atividades de gestão acadêmico-administrativas, nos termos da Política Nacional de
Desenvolvimento de Pessoas.
A Escola de Engenharia, em parceria com a EDUFRGS, lançou em 2015 o 1º
edital do curso Mestrado Acadêmico em Gestão de Operações em Universidades
Públicas Federais. O curso é destinado, preferencialmente, a candidatos que já atuem
como servidores de universidades públicas federais e foi estruturado em três linhas de
pesquisa: engenharia de operações em universidades públicas, engenharia econômica
em universidades públicas e engenharia de recursos humanos em universidades
públicas. O mesmo tem por objetivo promover o desenvolvimento e a qualificação de
servidores frente a demandas críticas e estratégicas das universidades públicas federais,
aprimorando a gestão administrativa bem como desenvolvendo projetos de inovação.
Neste processo seletivo de 2015, 17 servidores da UFRGS foram selecionados e seus
projetos de pesquisa terão aplicação direta em suas realidades de trabalho na
Universidade, utilizando-se a metodologia de aprendizagem em serviço.
Como forma de apoiar a qualificação de servidores, em 2015 foram publicados
dois Editais de Apoio à Qualificação, nos quais foram concedidos 433 incentivos
educacionais (bolsas), em que 258 servidores foram contemplados e cerca de 42
concluíram seus cursos de educação formal neste ano, com o suporte deste programa. A
EDUFRGS também atua em conjunto com o Colégio de Aplicação da UFRGS (CAp), o
qual está voltado para a oferta de turmas na modalidade de Educação de Jovens e
Adultos, de Ensino Fundamental e Médio, que, ao final de 2015, resultou na formatura
de 16 servidores no Ensino Médio. Ainda, foram conferidos, em 2015, 39 pareceres
168
favoráveis à concessão de isenção de mensalidades de cursos de pós-graduação lato
sensu (especialização).
Os eventos promovidos pela Pró-Reitoria também objetivam o desenvolvimento
dos servidores, constituindo um importante espaço para a valorização destes e
disseminação do conhecimento. Nesse sentido, em 2015, foram realizados: o II Salão
EDUFRGS e o XXXV ENDP - Encontro Nacional de Dirigentes de Pessoal e Recursos
Humanos das Instituições Federais de Ensino.
O Salão EDUFRGS é um espaço de divulgação de experiências e pesquisas
aplicadas ao trabalho, bem como de pesquisas acadêmicas que contribuam direta ou
indiretamente com o desenvolvimento do servidor, com a qualidade das atividades de
trabalho e com a melhoria do desempenho institucional. Na sua segunda edição, com a
parceria do Núcleo de Inclusão e Acessibilidade (INCLUIR), promoveu também
atividades na área de inclusão e acessibilidade, voltadas a reflexões sobre essa temática
junto aos alunos e servidores da Universidade. O evento obteve a participação de 158
servidores que apresentaram trabalhos oralmente e um público de 277 ouvintes nas
sessões temáticas.
Entre os dias 1º e 4 de setembro de 2015, a PROGESP, em conjunto com
servidores de outras unidades da UFRGS, realizou o XXXV ENDP – Encontro
Nacional de Dirigentes de Pessoal e Recursos Humanos das Instituições Federais de
Ensino. O tradicional Encontro promovido ao longo dos últimos 35 anos pela Comissão
Nacional de Dirigentes de Pessoal e Recursos Humanos das Instituições Federais de
Ensino – CNDP – está consolidado como o principal evento oferecido aos gestores da
área de pessoal visando apresentar e discutir importantes temas relacionados à gestão de
pessoas, proporcionar a troca de experiências e a disseminação de boas práticas nas
Instituições Federais de Ensino (IFE). Devido à pouca disponibilidade de espaços
físicos na Universidade, o evento foi realizado no Centro de Eventos do Hotel
Embaixador, em Porto Alegre. Intitulado “Gestão e Governança: integrando
conhecimentos, aprimorando ações”, o encontro contou com apresentações artísticas e
materiais de divulgação das Unidades da UFRGS. Participaram do evento 26
palestrantes convidados e 21 servidores de IFES apresentando trabalhos selecionados,
atingindo um público de 422 participantes, entre eles dirigentes e técnicos
administrativos de IFES de todo país, sendo 86 servidores da UFRGS.
A PROGESP, por meio da Divisão de Ingresso, Mobilidade e Acompanhamento
(DIMA), realiza ainda ações de acompanhamento a servidores, gestores e equipes de
169
trabalho, bem como capacitações para chefias de servidores TAEs em estágio probatório
e entrevistas de desligamento para com os servidores que solicitam exoneração do
cargo. Os processos avaliativos de Avaliação de Estágio Probatório e de Avaliação de
Desempenho dos Servidores TAEs, complementam as ações de acompanhamento.
O Processo de Avaliação de Estágio Probatório dos servidores técnico-
administrativos em estágio probatório é o processo de avaliação do desempenho de
servidor nomeado para cargo de provimento efetivo em relação à sua aptidão e
capacidade para o cargo ocupado. O processo avaliativo é realizado em conformidade
com a legislação federal (Lei 8.112/90) e a regulamentação interna do programa de
avaliação de estágio probatório dos servidores técnico-administrativos da UFRGS.
Além do processo avaliativo, em si, o programa prevê uma série de ações de
acompanhamento individuais e em grupo, tanto para os servidores em estágio quanto
para chefias.
Em 2015, houve um aumento no número de encontros para chefias de servidores
TAEs em estágio probatório. Esses encontros possibilitam que se tenha espaços de
discussão sobre o papel da chefia no processo avaliativo, resultando em um importante
momento de formação.
O Programa de Avaliação de Desempenho dos Servidores Técnico-
Administrativos da UFRGS, instituído pela Decisão nº 939/2008 do CONSUN e
alterado pelas Decisões do CONSUN nº 328/2010 e nº 417/2014, além de atender às
exigências da Lei nº 11.091/2005, constitui-se como um instrumento gerencial que
permite mensurar os resultados obtidos pelo servidor e pela equipe de trabalho. Por
meio deste programa, avalia-se: 1) o grau de cumprimento de metas previamente
pactuadas com a equipe; 2) as condições de trabalho; 3) o desempenho da equipe; 4) o
desempenho do servidor, inclusive chefias; e 5) o atendimento prestado à comunidade
UFRGS. Além de aferir o desempenho coletivo e individual dos servidores, o programa
fornece um conjunto de dados institucionais que possibilitam demonstrar aspectos da
realidade, retratando um panorama da Instituição.
A avaliação de desempenho também tem como objetivo a aferição de mérito
para progressão funcional, a qual tem periodicidade de 18 meses de efetivo exercício e é
concedida ao servidor que obtiver, no mínimo, pontuação equivalente a 60% do total
avaliado. Em consonância com o PDI 2011-2015 da UFRGS, o Programa integra uma
política de gestão que inclui apoio permanente a ações de capacitação que visem ao
desenvolvimento institucional e profissional, à melhoria das condições de trabalho, ao
170
dimensionamento de necessidades de pessoal, às ações de saúde ocupacional, de
estímulo ao trabalho coletivo e à maior participação dos servidores técnico-
administrativos no planejamento institucional.
Neste ano, o grupo de trabalho instituído em 2014 com o objetivo de
desenvolver propostas de aprimoramento do Programa de Avaliação, apresentou para a
Administração Central da Universidade os resultados do último ciclo avaliativo,
referente ao ano de 2014, os quais também foram disponibilizados na webpage da
PROGESP. Ainda, no intuito de proporcionar dados que possam subsidiar ações de
melhorias na Universidade, o grupo entregou relatórios detalhados para os dirigentes
das unidades responsáveis pelas áreas relacionadas aos temas avaliados, quais sejam: a
Pró-Reitoria de Planejamento e Administração (PROPLAN), a Pró-Reitoria de Gestão
de Pessoas (PROGESP), e a Superintendência de Infraestrutura (SUINFRA). Os
relatórios continham dados quantitativos e qualitativos das avaliações de condições de
trabalho, bem como dados quantitativos das avaliações referentes aos servidores, chefias
e equipes.
Quanto aos resultados da avaliação de desempenho dos servidores técnico-
administrativos referentes ao ano de 2015, a UFRGS encontra-se em pleno processo
avaliativo, visto que o período de avaliação foi alterado para o primeiro trimestre do
ano, conforme a Decisão 417/2014 do CONSUN.
Em 2015, implementou-se as Entrevistas de Desligamento no âmbito da
Universidade com o objetivo de investigar a experiência do servidor junto à Instituição
e compreender os aspectos que o levaram ao desligamento. O questionário contém
perguntas sobre os motivos do desligamento e a percepção do servidor a respeito de
aspectos institucionais e interpessoais para que, a partir dos resultados, seja possível
propor políticas de retenção de pessoal na Instituição. Para incentivar e facilitar a
participação, considerando a baixa adesão e a falta de previsão legal que possibilite
tornar a entrevista obrigatória, além do agendamento presencial, o questionário é
também encaminhado por e-mail aos servidores exonerados.
No intuito de desenvolver um projeto de Gestão por Competência no âmbito da
UFRGS, instituiu-se ainda um grupo de trabalho composto por servidores técnico-
administrativos e docentes, que vêm realizando ações no sentido de mapear as
competências relevantes no âmbito da Universidade. O projeto envolve a criação de um
sistema de gestão por competências dos servidores técnico-administrativos, o qual será
utilizado para trabalhar nas seguintes frentes principais: aprimoramento do programa de
171
avaliação de desempenho; ingresso dos servidores técnico-administrativos (entrevista,
levantamento de perfil); plano de capacitação dos servidores técnico-administrativos; e
plano de dimensionamento da força de trabalho.
Com o objetivo de promover a melhoria da qualidade de vida de seus servidores,
a Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas, por meio do Departamento de Atenção à Saúde
(DAS), desenvolve programas de promoção e vigilância à saúde dos servidores ativos
da Universidade de acordo com a Política de Atenção à Saúde e Segurança do Trabalho
do Servidor Público Federal, instituída através do Decreto 6.833/2009, além de seguir as
diretrizes previstas no Plano de Desenvolvimento Institucional e Plano de Gestão da
Universidade. Em relação a políticas de assistência à saúde, são ofertadas consultas
médicas nas especialidades de dermatologia e clínica geral, bem como consultas
odontológicas e nutricionais a servidores (ativos e aposentados) e a seus dependentes e
alunos com benefício saúde concedido pela PRAE, bem como disponibilizadas
consultas em pediatria aos dependentes de servidores.
Em 2015, ressalta-se como principais atuações: a promoção da Semana de Saúde
do Servidor, com a realização de um conjunto de ações voltadas à valorização dos
servidores, extensivo à comunidade universitária: oficinas de memória, curso de
primeiros socorros, palestra temática “Saúde do servidor como alicerce da qualidade
institucional, feira de serviços em saúde (cartão SUS, unidade móvel da PMPA para
testagem rápida para HIV/AIDS, orientações de saúde bucal e nutricional, descarte de
medicamentos) entre outras; estabelecimento de parceria com a Secretaria Municipal de
Saúde para o desenvolvimento de ações na área de prevenção de doenças sexualmente
transmissíveis, sendo instalados totens de distribuição de preservativos e gel
lubrificantes e com a previsão de serem ofertadas, no próximo ano, ações informativas
sobre a temática em parceria com a Coorsaúde e com as Unidades Acadêmicas;
ampliação do número de Unidades com COSATs constituídas a partir do processo de
assessoria do DAS, totalizando 17 Comissões constituídas; reorganização do processo
de convocação dos servidores para a realização dos exames médicos periódicos,
partindo-se, primeiramente, de reunião com os servidores e Direções das Unidades para
orientar sobre o processo e a importância em adesão aos exames; a realização de 4.742
perícias médicas e/ou odontológicas e 613 registros de atestados de curta duração a
servidores da UFRGS e de órgãos partícipes ao Acordo firmado através do SIASS e
perícias médicas a alunos da Universidade; 89 vistorias aos ambientes de trabalho, além
da emissão de 404 laudos periciais, tanto para avaliação dos adicionais ocupacionais,
172
quanto para melhoria dos ambientes de trabalho; o acompanhamento psicossocial a 86
servidores; e a realização de imunizações, com aplicação de 2000 doses de vacinas de
influenza, hepatite B, tríplice viral, febre amarela, dupla DT adulto. Realizou-se também
1.077 consultas nas áreas de medicina e nutrição e 5.174 procedimentos odontológicos.
Destaca-se, ainda, a contratação de novo Plano de Assistência à Saúde aos servidores,
dependentes e pensionistas da Universidade, o qual conta atualmente com 11.071
adesões. Além das adesões no plano contratado, obteve-se 554 beneficiários de planos
individuais.
No âmbito de assistência aos servidores, conforme dispõe o Decreto nº
977/1993, em 2015, 344 servidores receberam assistência pré-escolar aos seus
dependentes. A Creche Francesca Zácaro Faraco, desde 2013, passou a compor a
hierarquia de órgãos do Colégio de Aplicação, desvinculando-se da Pró-Reitoria de
Gestão de Pessoas.
Com a perspectiva de fomentar, ampliar e consolidar a política de acessibilidade,
o Núcleo de Inclusão e Acessibilidade, criado em julho de 2014 na PROGESP, atua em
duas linhas principais: articulação, fomento e consolidação da política de inclusão e
acessibilidade; e acompanhamento e apoio técnico às pessoas com deficiência. Neste
ano, o Incluir ampliou as ações de divulgação dos serviços e de formação da
comunidade universitária na área de acessibilidade. Dentre elas, destacam-se a
participação no Seminário de Acessibilidade no Ensino Superior, no Portas Abertas, no
II Salão EDUFRGS, o Seminário Interno de Bolsistas, entre outras ações de
acessibilidade cultural realizadas em conjunto com o Planetário, Museu da UFRGS e
Escola localizada no Município de Novo Hamburgo. No item que trata sobre
responsabilidade social tais ações estão melhor detalhadas.
No ano de 2015, a PROGESP também realizou importantes ações visando à
melhoria contínua da gestão administrativa e da qualidade dos serviços prestados. Tais
ações seguem as diretrizes do PDI 2011-2015 da Universidade, o qual aponta para a
reestruturação da gestão administrativa, buscando a racionalização e a centralização dos
processos administrativos, de forma a torná-la proativa e ágil em suas decisões. Entre os
principais avanços estão a implantação de uma nova metodologia de planejamento, a
qual promoveu a integração dos diversos setores e possibilitou uma visão integral da
unidade; a digitalização das pastas funcionais, proporcionando maior agilidade e
segurança dos dados; e a implementação de sistemas e funcionalidades que otimizaram
os processos de trabalho: Sistema de Cálculo Automático para o pagamento das
173
substituições de funções, que proporciona maior precisão e celeridade na efetivação dos
cálculos, Sistema Documentos Eletrônicos, o qual possibilita a emissão de portarias e
documentos, gerando maior agilidade, redução de erros e custos; Sistema de
Progressões para Docentes; Sistema de Ponto Eletrônico, que subsidiará o Sistema de
Controle de Frequência, possibilitando maior confiabilidade e precisão nos registros, em
atendimento às disposições dos Decretos 1590/95 e Decreto nº 1867/96.
A área de gestão dos serviços terceirizados também apresentou melhorias em
seus processos de trabalho, por meio de ações como a implantação de reuniões
sistemáticas com fiscais de contrato para orientações e acompanhamento da execução
destes, a elaboração de manual de fiscalização e as alterações nas cláusulas de
penalidades de alguns contratos visando melhorias nos processos de penalidades.
No objetivo de oportunizar maior integração entre os profissionais, bem como
qualificar e ampliar o trabalho desenvolvido junto às Unidades da UFRGS realizou-se
uma reorganização administrativa no DAS, a qual resultou na junção da Medicina do
Trabalho à Divisão de Segurança, e da equipe de enfermagem com a equipe da Divisão
de Atenção Psicossocial ao Servidor. Ainda assim, a limitação do espaço físico do
Departamento é um fator preocupante, visto que o existente é inadequado ao
desenvolvimento do trabalho, impedindo, inclusive, a ampliação das ações ofertadas.
Para suprir tal necessidade, está em processo a reforma do prédio adquirido para
realocação da sede do DAS.
Em consonância com o PDI 2011-2015 da UFRGS, que apresenta o objetivo de
uma comunicação interna abrangente e eficaz, a Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas vem
empreendendo esforços para ampliar e qualificar sua comunicação com a comunidade.
Neste sentido, em 2015 foram criadas as webpages do Incluir e do Departamento de
Atenção à Saúde, cujos serviços também foram divulgados em diferentes eventos da
Universidade, e ainda o novo site da Escola de Desenvolvimento da UFRGS. Com o
intuito de padronização e ampliação da divulgação dos atos oficiais emitidos pela
PROGESP, elaborou-se um novo modelo de publicização, bem como a publicação dos
editais vigentes dos concursos de servidores técnico-administrativos.
Ressalta-se, ainda, o Projeto Gestão por Processos, desenvolvido em parceria
com o Escritório de Processos da UFRGS, com o objetivo de promover a padronização,
otimização e racionalização dos processos de trabalho de responsabilidade da área de
gestão de pessoas. Em 2015, foram mapeados 22 processos de trabalho, proporcionando
uma visão crítica e a implementação de melhorias nos seus fluxos.
174
Assim, avalia-se que no ano de 2015 foram obtidos importantes resultados que
impactaram para a boa governança, proporcionando avanços na gestão de pessoas da
Universidade. Permanece o desafio da melhoria contínua e ampliação dos serviços
prestados, por meio da inovação tecnológica, valorização e desenvolvimento do quadro
de pessoal.
Quadro Resumo de Autoavaliação da PROGESP:
Itens Potencialidades Fragilidades Ações Estratégicas na busca de
melhorias
Quadro de
pessoal
- Alto percentual de
servidores com qualificação
superior a exigida pelo
cargo.
- Quantitativo de
pessoal menor que o
necessário, devido à
defasagem histórica;
- Redução dos
postos de trabalho
de terceirizados.
- Ampliação das ações de
acompanhamento e
desenvolvimento de servidores;
- Ampliação de ações de
orientação e acompanhamento
junto aos fiscais de contrato de
terceirizados;
Acompanhamento
e
desenvolvimento
de servidores
- Levantamento das
Necessidades de Capacitação
(LNC) orientado à realidade
específica de trabalho e aos
ambientes organizacionais
da Universidade;
- Ampliação da oferta de
ações de aperfeiçoamento
com consequente aumento
de servidores capacitados;
- Parcerias em projetos de
apoio à qualificação e
aperfeiçoamento;
- Trilhas de aprendizagem,
para ambas categorias
funcionais, em atendimento
às necessidades do trabalho
e aos objetivos da
instituição;
- Divulgação dos resultados
da avaliação de desempenho
dos TAEs para a alta
administração e toda a
- Aumento da
demanda por bolsas
de incentivo
educacional, a qual
a PROGESP está
buscando suprir;
- Falta de integração
entre os
instrumentos
utilizados para
levantamento das
necessidades de
capacitação
(Proposta de
Desenvolvimento
Individual da
Avaliação de
Desempenho dos
TAEs, avaliações de
estágio probatório e
LNC –
Levantamento de
Necessidades de
Capacitação).
- O Grupo de Trabalho da
Avaliação de Desempenho atuará
em 2016 no intuito de integrar os
instrumentos de levantamento das
necessidades de capacitação.
- Está sendo desenvolvido, por um
Grupo de Trabalho próprio, um
projeto de implantação da Gestão
por Competências na UFRGS,
contemplando importantes
avanços nas áreas de ingresso,
acompanhamento e
desenvolvimento de pessoal.
- Está em andamento a elaboração
de um programa permanente de
formação de gestores, o qual
contará com ações de capacitação
continuadas e integradas.
175
Universidade.
Assistência e
Promoção à
Saúde
- Ações de capacitação e
oferta de serviços em saúde
realizados na Semana de
Saúde do Servidor;
- Parceria com a Secretaria
Municipal de Saúde para o
desenvolvimento de ações na
área de prevenção de
doenças sexualmente
transmissíveis;
- Formação de novas
Comissões de Saúde e
Ambiente de Trabalho
(COSAT);
- Elaboração de Planos de
Prevenção de Riscos a
unidades da UFRGS;
- Assessoramento a órgãos
da rede do Subsistema
Integrado de Atenção à
Saúde do Servidor (SIASS).
- Espaço físico
inadequado;
- Quadro de
servidores reduzido
na Divisão de
Segurança e
Medicina do
Trabalho.
- A Universidade adquiriu um
novo prédio para sediar o DAS, o
qual está em processo de reforma;
- Reestruturação administrativa do
DAS.
Gestão
Administrativa da
PROGESP
- Padronização, otimização e
racionalização dos processos
de trabalho de
responsabilidade da área de
gestão de pessoas, por meio
do Projeto de Gestão por
Processos;
-Maior agilidade nos
processos de trabalho e
confiabilidade das
informações decorrentes da
implementação de novos
sistemas informatizados,
bem como da digitalização
de pastas funcionais;
- Maior integração da
unidade, ocasionada pela
nova metodologia de
planejamento anual.
- Transição da
equipe de bolsistas,
implementação de
nova metodologia
de modelagem to be
e diminuição da
adesão dos
servidores ao
Projeto de Gestão
por Processos.
- Promoção de ações de
sensibilização, como capacitações
e seminários, sobre Gestão por
Processos;
- Acompanhamento sistemático
com a equipe do Projeto de
Gestão por Processos;
- Ampliação das ações de
acompanhamento da execução das
metas junto aos setores da
PROGESP.
176
Publicização de
informações e
divulgação das
atividades da
PROGESP
- Ampliação da divulgação
dos serviços prestados por
meio da criação de
webpages do Incluir e do
Departamento de Atenção à
Saúde, participação em
eventos;
O esforço da Pró-
Reitoria no
aperfeiçoamento da
comunicação interna
pelos meios digitais
está limitado pela
escassez de pessoal
habilitado no
sistema gerenciador
de conteúdo
utilizado pela
Universidade.
A EDUFRGS ofertou uma turma
de capacitação no sistema Plone
em 2015 e mantém as negociações
para ofertar mais turmas em 2016.
A PROGESP tem como objetivo
capacitar pelo menos um técnico
de cada setor para manutenção da
página da unidade.
Realização do
XXXV ENDP
- Integração com outras
IFES;
- Aperfeiçoamento de
servidores da UFRGS;
- Visibilidade da
Universidade;
- Fortalecimento de parcerias
com profissionais referência
em gestão de pessoas e com
representantes do Governo
Federal.
- Necessidade de
realização do evento
fora das
dependências da
Universidade;
- Restrição
orçamentária.
- Visando aumentar a visibilidade
da UFRGS e o contato dos
participantes com a Universidade,
o evento foi realizado em Hotel
próximo ao Campus Centro,
foram realizadas apresentações
artísticas e distribuídos materiais
de divulgação das unidades da
UFRGS e ainda convidados
servidores da Universidade para a
realização de palestras;
- Para contenção de custos, foram
utilizados os serviços disponíveis
na Universidade, bem como
realizadas parcerias com unidades
da UFRGS e instituições externas
para patrocínio e apoio, tendo
como contrapartida a visibilidade
da marca nas peças de
comunicação do evento.
Quadro 38 - Resumo de Autoavaliação da Progesp
5.2. As Políticas de Acompanhamento da Carreira Docente - Comissão
Permanente de Pessoal Docente (CPPD)
A CPPD é um órgão que, de acordo com seu Planejamento Anual, tem como
atribuições prestar assessoramento ao Conselho Universitário e ao Conselho de
Coordenação do Ensino e da Pesquisa, desenvolvendo estudos e análises que permitam
fornecer subsídios para a formulação ou alteração da política de pessoal docente da
UFRGS, bem como atender às demandas docentes naquilo que compete esta Comissão:
177
Progressões e Promoções funcionais, Avaliação de Estágio Probatório, Alterações de
Regime de Trabalho e Afastamentos do e no País.
Para a construção do presente relatório, realizamos reuniões com a equipe
envolvida nas atividades diárias da CPPD, visando uma avaliação mais pormenorizada
dos possíveis indicadores do órgão. Uma vez que não entendemos que os indicadores
propostos no RAAI 2004 (soma das notas na avaliação interna de desempenho docente /
Total de docentes) contemplem nossas atividades, pensamos em dois pontos de extrema
importância para o dia-a-dia da Comissão.
Em primeiro lugar, devemos destacar o fluxo de processos que tramitam na
CPPD. O fluxo de processos e sua consequente aprovação seriam facilitadores das
solicitações docentes. Em 2015, tramitaram pela Comissão 1526 processos, sendo que
alguns continuam em fluxo devido a eventuais erros encontrados no preenchimento, de
forma que gerou e ainda gera uma quantidade excessiva de retornos à origem por erros
na composição do mesmo. Acreditamos que, com um maior preparo dos órgãos
envolvidos na solicitação (secretaria das unidades, gerência administrativa da unidade,
comissões de avaliação, bancas examinadoras e corpo docente) em relação às práticas e
legislações que regem a elaboração dos processos, seria possível a diminuição
significativa destes retornos, agilizando a finalização das solicitações.
Em segundo lugar, precisamos destacar o fluxo do processo após sua aprovação
pela Comissão, até a saída do mesmo da CPPD para o setor seguinte. Durante essa
etapa, tão logo o relator designado para avaliação do processo refira que o mesmo foi
aprovado, os assistentes em administração e os bolsistas realizam a impressão do
parecer para que o relator verifique, assine e, assim, o processo seja montado e
encaminhado para o setor de competência, agilizando sua tramitação. Ocorre que
eventualmente estamos verificando erros de preenchimento desses pareceres, fazendo
com que retornem à CPPD depois de finalizados para que sejam alterados e possam dar
segmento. Entretanto, destacamos, que uma série de checagens foram implementadas ao
longo do ano de 2015, minorando bastante este tipo de erro. Para minimizar o
transtorno, é necessário que todos os membros da CPPD envolvidos na etapa, tanto
relatores quanto o pessoal administrativo, redobrem a atenção aos dados inseridos nos
pareceres, para que não ocorram atrasos no fluxo das solicitações.
Em terceiro, devemos citar o esforço atual pela informatização dos processos via
sistema de alterações funcionais, em elaboração pelo CPD. A informatização dos
processos trará maior agilidade na homologação das alterações solicitadas, uma vez que
178
extingue a necessidade do fator humano no deslocamento dos documentos, bem como
reduz a possibilidade de erros na composição dos processos. No entanto, existe
dificuldade de compreensão das etapas de elaboração dos processos por parte dos
envolvidos nas solicitações, fazendo com que seja necessária a correta apropriação das
etapas e legislações. É necessário apoiar e estender as atividades visando à capacitação
dos professores e dos demais envolvidos nas solicitações.
QUADRO DE INDICADORES
Indicadores
Fluxo de processos
Redação dos pareceres
Informatização do sistema de alterações funcionais
Quadro 39 - Quadro de Indicadores CPPD
QUADRO RESUMO DA AVALIAÇÃO
Itens/Aspectos/Quesitos Potencialidades Fragilidades Ações e estratégias
na busca de
melhorias
Erros na elaboração dos
processos
Agilidade na
finalização das
solicitações
Muitos erros de
preenchimento e
composição dos
processos
Maior
conhecimento por
parte dos
envolvidos sobre as
legislações
pertinentes
Dificuldade de elaboração
da redação dos pareceres
Maior rapidez no
segmento rumo ao
setor de competência
Erros de
preenchimento dos
pareceres
Membros e equipe
da CPPD revisando
os pareceres
Apropriação do sistema
pelos membros envolvidos
Redução da
possibilidade de
erros na composição
dos processos
Falta de
apropriação das
etapas de
elaboração e
legislações.
Capacitação dos
envolvidos na
elaboração dos
processos.
Quadro 40 - Resumo da Avaliação CPPD
179
6. ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DA INSTITUIÇÃO
6.1 - Organização e Gestão da Instituição - Gabinete do Reitor -Texto Auto
avaliativo
A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com sede em Porto
Alegre, capital do Estado do Rio Grande do Sul, é uma instituição centenária,
reconhecida nacional e internacionalmente. Sendo uma instituição pública a serviço da
sociedade e comprometida com o futuro e com a consciência crítica, respeita as
diferenças, prioriza a experimentação e, principalmente, reafirma seu compromisso com
a educação e a produção do conhecimento, inspirada nos ideais de liberdade e
solidariedade.
A abrangência de atuação com cursos em todas as áreas do conhecimento e em
todos os níveis, desde o Ensino Fundamental até a Pós-Graduação; a qualificação do seu
corpo docente, composto em sua maioria por mestres e doutores; a atualização
permanente da infraestrutura dos laboratórios e bibliotecas; o incremento à assistência
estudantil; e a priorização de sua inserção nacional e internacional são políticas em
constante desenvolvimento. Estes fatores, aliados à pesquisa, com reconhecidos níveis
de excelência, e a extensão, a qual proporciona diversificadas atividades à comunidade,
faz com que a UFRGS alcance altos níveis de avaliação. Por seus prédios circulam,
diariamente, cerca de 30 mil pessoas em busca de um dos mais qualificados ensinos do
país.
A UFRGS é uma universidade com mais de 80 anos e, por isso, apresenta um
estatuto e regimentos com certo grau de maturidade (www.ufrgs.br), contemplando os
requisitos estabelecidos por sua mantenedora (www.mec.org) já bem formalizados.
A gestão da Universidade é pautada no princípio da gestão democrática,
exercida responsavelmente pela coletividade de seus servidores, sendo que em cada
órgão da estrutura administrativa há representantes do corpo docente, discente e técnico-
administrativo.
A UFRGS tem sua organização administrativa pautada no respeito à diversidade
de seus elementos componentes, imperando a observância de um complexo regramento
de convívio, baseado na preservação e constante aprimoramento da excelência
acadêmica. Entre outros fatores, sua origem resultante da união de diferentes
faculdades, processo decorrido num longo período de tempo, muito contribuiu para a
consolidação desta estrutura.
180
O Estatuto e o Regimento Geral da UFRGS são os grandes balizadores da
estrutura de funcionamento em termos de sua Organização e Gestão. A par do PDI,
instrumento principal de planejamento das IES, na UFRGS o planejamento das ações
institucionais, com base na sua estrutura legislativa interna, é convencionalmente
realizado através da elaboração de planos de gestão para os períodos em que seus
dirigentes máximos ocupam cargos eletivos. Esse planejamento é balizado pelos limites
do que é expresso no conjunto de peças legislativas internas, para além da observância
da legislação externa. O plano de gestão deve ser proposto e aprovado pelo Conselho
Universitário da UFRGS, nos termos do Art. 29 do Regimento Geral da instituição.
A atuação da UFRGS, como órgão público federal, insere-se no âmbito das
políticas públicas governamentais na esfera da legislação e do programa de governo no
que tange ao Sistema Federal de Educação Superior, cujas orientações específicas
chegam às IES através das normativas do MEC. Além dessas diretrizes, assume-se que
esta instituição, pela competência acadêmica comprovada nas avaliações de seus cursos
e projetos, tem potencialidades para responder aos desafios socioeconômicos, políticos,
científicos e culturais do presente e do futuro, mediante o exercício pleno de sua
autonomia e seguindo diretrizes éticas e políticas orientadas pelo compromisso social.
Considerando esses condicionantes e o atual contexto da administração pública
brasileira, a proposta de gestão da atual administração, formulada anteriormente à
elaboração do PDI atualmente vigente, pauta-se pelo compromisso com uma
universidade inclusiva, democrática, capaz de fomentar a investigação científica de alta
qualidade, a introdução de novas tecnologias de ensino na graduação e na pós-
graduação, buscando aperfeiçoar o fluxo de saberes entre a Universidade e a Sociedade.
Enfatiza-se a interação com a sociedade, com as instituições públicas e privadas, com as
organizações não governamentais, com o setor produtivo e com o mundo do trabalho,
estabelecendo metas abrangentes e voltadas, prioritariamente, para o desenvolvimento
local e regional.
Assim, a proposta de gestão para o período 2011-2015, desenvolvida ao longo
de 2015, articulou-se a partir de quatro grandes eixos temáticos, a saber: (1) expansão
com qualidade, (2) inclusão, (3) modernização da gestão e recuperação da infraestrutura
institucional, e (4) desenvolvimento da comunidade universitária. Busca-se a integração
desses quatro eixos no amplo espectro das ações da instituição, forjadas com foco no
êxito das atividades de ensino de graduação, pós-graduação, educação básica, pesquisa,
desenvolvimento tecnológico/inovação e extensão, tratando cada uma das grandes
181
questões da gestão universitária como um sistema complexo que necessita de visão de
conjunto, ações integradas e soluções convergentes para seu equacionamento.
Por isso, seu atual Plano de Gestão propõe o compromisso da Universidade com
as políticas públicas para educação, ciência, tecnologia e inovação. A expansão proposta
acontece sob a égide da inclusão, que se traduz, nessa proposta, por ações proativas
orientadas à inserção, no contexto da Educação Superior, daquelas parcelas da
população estudantil menos favorecidas em termos socioeconômicos. A expansão e a
inclusão concorrem para a qualificação da comunidade universitária e aperfeiçoamento
da infraestrutura institucional. A infraestrutura física precisa atender às necessidades de
condições de trabalho e segurança de toda a comunidade.
Assim, o atual Plano de Gestão propõe a superação de pontos críticos
relativamente ao aspecto físico dos prédios, à organização das instalações da instituição,
à segurança pessoal e patrimonial. Outro objetivo estratégico a ser atingido diz respeito
às gestões, junto à mantenedora (MEC), no sentido de ampliar o quadro de docentes e
de técnico-administrativos, além de se procurar melhorar as condições de trabalho e
convívio através de um ambiente humanizado e favorável ao contínuo desenvolvimento
da comunidade universitária, no qual seja respeitada a experiência de docentes e
técnicos quanto à gestão dos processos acadêmico-administrativos, de forma
participativa e democrática.
Em resumo, são os seguintes princípios gerais que constituem a sustentação
estratégica da gestão institucional proposta para o período 2011-2015, desenvolvidos ao
longo de 2015:
• Compromisso com a expansão com qualidade;
• Compromisso com a expansão com inclusão;
• Compromisso com as políticas públicas para educação, cultura, ciência,
tecnologia e inovação;
• Compromisso com o aperfeiçoamento dos processos de gestão acadêmico
administrativos;
• Compromisso com o bem-estar da comunidade universitária. Neste sentido, o
pressuposto é o de que a Universidade precisa ampliar suas atividades mantendo a
alta qualidade, através dos seguintes objetivos específicos:
• Ampliar a oferta de seus cursos e de vagas no âmbito da graduação e da pós-
graduação;
• Incrementar sua capacidade de liderança na inovação científica e tecnológica;
182
• Aumentar a difusão dos conhecimentos e tecnologias desenvolvidos;
• Impulsionar a relação transformadora entre Universidade e Sociedade.
De modo a poder alcançar a consecução desses objetivos, foi estruturado o
detalhamento do Plano de Gestão aprovado pela Instituição, em termos de linhas de
ações, metas e ações, hierarquicamente dispostas, tendo sido desenvolvidas ao longo de
2015.
A seguir, apresenta-se algumas estruturas instituídas nesse período, o que afetou
de maneira positiva a estrutura da universidade em sua organização e gestão.
Ações Afirmativas
Ao lado de outras universidades brasileiras, a Universidade Federal do Rio
Grande do Sul foi uma das pioneiras na implementação de políticas afirmativas no
ensino superior, convergindo com esforços do Governo Federal no sentido de contribuir
para a redução de desigualdades sociais e étnicas existentes na nossa sociedade.
Com a aprovação pelo Conselho Universitário, em 2007, do sistema de reserva
de vagas para estudantes oriundos de escolas públicas, autodeclarados negros e
indígenas, a UFRGS afirmou seu compromisso enquanto promotora de políticas
públicas destinadas a promover a inclusão de grupos sociais e étnicos sub-representados
nos espaços de poder e alijados do acesso a oportunidades e direitos. Em 2012, a
Universidade, a partir de amplo debate, reafirmou esse compromisso e manteve o
Programa por mais dez anos.
No mesmo ano de 2012, foi criada a Coordenadoria de Acompanhamento do
Programa de Ações Afirmativas (CAF), ligada à Pró-Reitoria de Coordenação
Acadêmica, por meio do Decisão 268/2012/CONSUN.
A avaliação dos cinco primeiros anos do Programa de Ações Afirmativas na
UFRGS, de 2008 a 2012, demonstrou que havia muitos desafios a superar,
especialmente quanto à garantia de ingresso dos estudantes. Tanto as ações afirmativas
quanto a ampliação de vagas advindas do REUNI trouxeram para a Universidade grupos
sociais até então pouco contemplados com o ensino superior, conformando um contexto
de democratização do espaço acadêmico. Com isso, percebeu-se uma profunda alteração
no perfil do estudante, o que tem provocado a necessidade da criação de programas que
qualifiquem a permanência.
Junto a isso, a UFRGS tornou-se mais diversa social e culturalmente. Tal
transformação se evidencia nos dados apresentados nos relatórios que compõem essa
183
publicação. No ano de 2007, do total de estudantes que ingressaram na UFRGS, 31,53%
era oriundo do ensino médio público. Cinco anos após, com o Programa de Ações
Afirmativas, chega-se a praticamente metade dos ingressantes provenientes de escolas
públicas. O aumento foi ainda mais expressivo para o público de estudantes
autodeclarados negros de escolas públicas, que passou de 3,27% em 2007 para 11,45%
em 2012.
Cabe destacar que os resultados obtidos nesses cinco anos são fruto do trabalho
das Comissões que acompanharam de perto o Programa, das Comissões de Graduação
de Curso, dos órgãos da Administração Central, bem como dos agentes externos que
monitoraram as ações e mantiveram permanente interlocução para que a política
lograsse êxito.
No novo período que inicia surge uma série de desafios, sendo o principal deles
a permanência dos estudantes que ingressam pela reserva de vagas. As recomendações e
sugestões de uma série de medidas para o aperfeiçoamento do Programa, explicitadas
nos relatórios apresentados, serão base do planejamento dos novos rumos dessa
atividade, que ganha maior força a partir da aprovação da Lei Federal que institui o
sistema de cotas raciais e sociais para universidades federais de todo o país.
No momento em que a política de cotas toma proporções ainda maiores no
contexto nacional, devido à sua obrigatoriedade em todas as instituições federais de
ensino superior, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul expõe nesta publicação a
sua própria experiência de implementação da política, que já completa cinco anos.
Esperamos que esta avaliação possa contribuir na trajetória de outras instituições de
ensino superior brasileiras e no debate de um assunto que se revela de grande
importância para a democratização do ensino.
Cabe ressaltar que no ano de 2015 a PROCAD, juntamente com a
Coordenadoria de Acompanhamento do Programa de Ações Afirmativa - CAF,
continuou o trabalho desenvolvido nos anos anteriores, uma vez que as vagas para
ingresso na UFRGS, em 2015, foram divididas entre o Concurso Vestibular e o SiSU
(Sistema de Seleção Unificada, que utiliza a nota do Exame Nacional do Ensino
Médio). O Vestibular fica com 70% das vagas e o SiSU com os 30% restantes. O índice
de 40% de reserva de vagas para as Ações Afirmativas no ingresso em 2015 é válido
tanto para o Vestibular quanto para o SiSU. O percentual de 40% de vagas reservadas às
Ações Afirmativas destina-se exclusivamente aos egressos do Ensino Médio no sistema
público.
184
Campus Litoral Norte
A Universidade Federal do Rio Grande do Sul tem presença física na região do
litoral norte desde janeiro de 1983 quando foram inaugurados os primeiros prédios do
Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos - CECLIMAR, em terreno
cedido pelo patrimônio da União, localizado às margens da Lagoa de Tramandaí, em
Imbé. O CECLIMAR desde então tem um histórico de atividades de pesquisa, extensão
e ensino, desenvolvendo junto a comunidades da região ações no campo da economia,
ecologia, agricultura, turismo, cultura e artes.
A ideia da constituição de um Campus fora da sede da Universidade Federal do
Rio Grande do Sul (UFRGS) teve embrião na mobilização da comunidade da Região do
Litoral Norte do Rio Grande do Sul. No ano de 2009 a UFRGS recebeu uma comissão
de representantes das comunidades do litoral, que questionava a possibilidade de
expansão da Universidade na região. Esta consulta estava balizada na demanda por
educação superior vinculada ao modelo de Universidade pública gratuita e de qualidade
distinguida pela democratização do acesso e melhoria da qualidade do ensino.
Audiências públicas que tiveram como objetivo diagnosticar as necessidades de
ensino superior na região foram organizadas no Litoral quando então foi constituído o
Comitê de Expansão UFRGS no Litoral Norte. Esse Comitê estudou uma proposta para
a expansão da presença da UFRGS na região e obteve o consenso de que essa expansão
deveria acontecer pela constituição de um Campus. O Campus Litoral Norte com as
mesmas finalidades mencionadas no artigo. 5º do estatuto da Universidade de educação
superior e a produção de conhecimento filosófico, científico, artístico e tecnológico,
integradas no ensino, na pesquisa e na extensão teria dentro deste escopo a priorização
do desenvolvimento regional.
Essas prioridades incluiriam, mas não estariam limitadas a formação de
professores, administração pública, empreendedorismo; produção de alimentos,
planejamento rural e urbano, ecologia, turismo, engenharia tecnológica civil, de energia
e ambiental, saúde coletiva, desenvolvimento cultural e artístico. Com essa finalidade
constituiu-se e foi assinado em 2010 o Protocolo de Cooperação entre a Associação dos
Municípios do Litoral Norte (AMLINORTE) e a UFRGS.
O Plano de Desenvolvimento Institucional da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul para o período de 2011 a 2015 aprovado pelo Conselho Universitário
através da Decisão nº 493/2010, de 03 de dezembro de 2010 mencionava a perspectiva
de criação um Campus no Litoral Norte: “O campus Litoral Norte estará sediado no
185
município de Tramandaí e deverá ser um laboratório de desenvolvimento regional,
servindo como centro de aprendizagem para o desenvolvimento de outras regiões do
Estado e do País. Ele nasce com elementos diferenciadores que podem ser assim
resumidos: abrangência regional, foco no desenvolvimento regional, estruturação
institucional simplificada e aglutinadora, reforço das ações existentes (especialmente as
de educação a distância), oferta de cursos de graduação adequados às demandas locais,
mesmo que diferenciadas das ofertas na sede (incluindo aí orientação para os cursos
superiores de tecnologia), bem como a oferta de cursos tradicionais que sejam
promotores de desenvolvimento social e econômico, mantidas as condições de
qualidade da sede”.
A pactuação do Campus Litoral Norte da UFRGS ficou acordada com a
Diretoria de Desenvolvimento da Rede de IFES – DIFES/ SESu/MEC, em 18 de abril
de 2012, e os recursos humanos foram solicitados ao Ministério da Educação, através do
Ofício nº 0016/2012 do Gabinete do Reitor, em 09 de janeiro de 2013. Na pactuação
com o MEC, foram propostos cursos com a finalidade de definir recursos humanos e
financeiros. Quanto aos recursos humanos, ficou acertado um quantitativo de 80
docentes, 37 técnicos administrativos classe E, e 56 técnicos administrativos classe D,
totalizando 173 servidores.
Além desses servidores a Universidade foi contemplada pelo EDITAL DE
SELEÇÃO Nº 02/2012- SESU/SETEC/SECADI/MEC DE 31 DE AGOSTO DE 2012
que foi uma Chamada Pública para seleção de Instituições Federais de Educação
Superior – IFES e de Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia - IFET,
para criação de cursos de Licenciatura em Educação do Campo, na modalidade
presencial. Esse edital adicionou mais quinze vagas Docentes e duas de Técnicos ao rol
de servidores do CLN. A composição do corpo docente está obedecendo à lógica
interdisciplinar e, portanto, todos os professores estão vinculados ao único
Departamento do Campus - o Departamento Interdisciplinar.
O Campus Litoral Norte iniciou sua operação em setembro de 2014 e foi
oficialmente inaugurado em novembro do mesmo ano. Em setembro tiveram início as
turmas do Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia e da Licenciatura em
Educação do Campo os dois primeiros cursos dessa unidade.
186
Espaço físico existente e previsão de ampliação do Campus Litoral Norte
Na Fase I, que corresponde ao período atual, o Campus Litoral Norte, criado
pela decisão número 543/2013 de 13 de dezembro de 2013 do Conselho Universitário
da UFRGS, localizado no Km 92 da Rodovia RS 030, conta com uma área com cerca de
14 hectares cedida pela Prefeitura Municipal de Tramandaí. A definição dessa área
considerou sua posição estratégica em relação à região, bem como o fato de já contar
com um conjunto de prédios aptos após reforma a ser a base para o funcionamento
inicial das atividades acadêmicas além de ter áreas livres para novas construções.
A recuperação desses prédios e sua adaptação para o início das atividades de
ensino constituíram a primeira etapa de implantação da infraestrutura do Campus
Litoral. As ações de reforma inicial da infraestrutura incluíram a total readaptação das
edificações existentes para adequá-las às tarefas de ensino, (laboratórios e Salas de aula)
de acomodação da biblioteca, restaurante universitário, salas para o setor administrativo
e as salas exclusivas para os docentes. Essa readaptação das edificações obedece a um
plano de acessibilidade para pessoas portadoras de necessidades especiais. A área
reformada perfaz um total de aproximadamente mil oitocentos e cinquenta metros
quadrados.
Uma segunda etapa para a consolidação da infraestrutura do da FASE I do
Campus Litoral Norte está em fase de projetos. A perspectiva é que até o fim deste ano
seja possível iniciar-se os processos de licitações das construções.
A Fase II do Campus Litoral Norte prevê uma expansão com novos cursos, a
instituição efetiva da pós-graduação no Campus e a criação de espaço preferentemente
na zona urbana destinados a cursos e ações de extensão. Esse processo de expansão está
em planejamento e há previsão de tornar a oferta permanente para o curso de Ciências
Biológicas: Ênfases Biologia Marinha e Costeira, e Gestão Ambiental Marinha e
Costeira, bem como a criação de um Centro de Ciências do Mar vocacionado à Pós-
Graduação, além da criação de um curso de Licenciatura em Educação Física com
ênfase em esporte aquáticos, náuticos e de aventura. Outra possibilidade de curso que
está sendo pensada é um Bacharelado em Gestão em Saúde Coletiva.
Essa expansão faz parte de uma pactuação com o MEC, que prevê a lotação de
mais servidores técnicos e docentes para o Campus, e também o aumento significativo
do número de estudantes previstos para a primeira fase, que é 1500. Para tal, um efetivo
aumento na infraestrutura deve ser preparado. A previsão de necessidades inclui (mas
não se limita a) aumento de número de salas de aula para estudantes de Graduação e Pós
187
Graduação, salas para ações e cursos de extensão, laboratórios didáticos e laboratórios
de pesquisa que serviriam para o Ensino de Graduação e de Pós Graduação, laboratórios
de extensão – incubadoras e especialmente laboratório de Práticas Pedagógicas -
espaços de formação para estudantes das licenciaturas que prevê a produção de
materiais lúdicos/didáticos interdisciplinares bem como a realização de atividades
docentes inovadoras - oficinas – voltadas para as séries finais do Ensino Fundamental e
Ensino Médio da região.
Também merece destaque a criação a partir de 2016 do Polo de Mestrado
Nacional Profissional em Ensino de Física (MNPEF), no Campus Litoral Norte. Trata-
se de um programa nacional de pós-graduação de caráter profissional, voltado a
professores de Ensino Médio e Fundamental, com ênfase principal em aspectos de
conteúdos na área de Física. O corpo docente é formado por professores de diversas
áreas (Física, Educação, Engenharia, Biologia, Matemática, Geografia, entre outras)
com o objetivo de promover um aperfeiçoamento no Ensino de Física de forma
interdisciplinar e aplicada ao dia-a-dia da sala de aula (mais detalhes em:
http://www.ufrgs.br/campuslitoral/ensino/pos-graduacao/mnpef-1 ).
Gerências Administrativas
A redução do quantitativo de servidores técnico-administrativos (entre 1997 e
2007 o quadro diminuiu 65%), a realização de estudo pela PROGESP que indicou que
as unidades acadêmicas atuam com 50% da força de trabalho técnico-administrativa
necessária, a demanda elevada de solicitações de servidores técnico-administrativos
pelas unidades de ensino à PROGESP (190, em 2007) e a falta de perspectiva de
recomposição significativa do quadro técnico-administrativo por meio de concurso
público, foram as principais justificativas apresentadas pelo grupo para a proposição de
um novo modelo de gestão.
No final de 2011 ocorreu a passagem de assessoria a gerência refletindo a
transição para um novo modelo de gestão universitária, em que os departamentos, as
comissões e a direção da unidade atuam de forma mais integrada. O objetivo geral das
gerências administrativas é coordenar, planejar, acompanhar, avaliar, organizar e
normatizar as atividades relacionadas com a administração de bens materiais, dos bens
móveis e imóveis, zeladoria, transporte, de comunicação, de reparos e manutenções de
imóveis e equipamentos, bem como gerenciamento dos recursos de informática.
188
Assegurar a infraestrutura necessária à execução da programação estabelecida pela
Unidade Acadêmica.
Foi constituído um grupo de trabalho formado por três assessores e a equipe da
DIMA/PROGESP com objetivo de propor um modelo de gestão administrativa que
encaminhasse alternativas para a falta de servidores. O Grupo de Trabalho então propôs
o modelo de Gerências Administrativas, cujos Objetivos Específicos são:
- Concentrar as atividades dos departamentos, comissões de graduação, extensão,
pesquisa e as atividades atuais típicas de secretaria;
- Modernizar a estrutura administrativa da UFRGS, tendo em vista os avanços
tecnológicos e criação de diversos sistemas gerenciais na Universidade;
- Unificar o atendimento da Pós-graduação no âmbito das Unidades, quando
houver;
- Adequar a força de trabalho através da racionalização, redistribuição de
atividades e capacitação/ desenvolvimento;
- Propor melhorias de processos e definir padrões aos procedimentos;
- Redimensionar e racionalizar o quadro de lotação dos técnicos-administrativos
nas diversas Unidades.
A proposta foi favoravelmente recebida pela Administração Central da
Universidade, sendo alocados, no orçamento com gastos de pessoal, recursos para a
concessão de uma FG1 a ser destinada à Gerência Administrativa das Unidades que
aderirem ao plano. Nesse sentido, é importante destacar que a Reitoria, no Plano de
Desenvolvimento Institucional 2011-2015 e no Plano de Gestão do Reitorado 2012-
2016, incentiva a implantação de gerências administrativas como alternativa para a
melhoria dos serviços de suporte prestados à comunidade acadêmica.
Pró- Reitoria de Assuntos Estudantis
A Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis é responsável pelo desenvolvimento de
programas e projetos voltados para integrar a comunidade estudantil à vida
universitária, contribuindo, por meio de suas ações, para maior bem-estar dos estudantes
e pela melhoria de seu desempenho acadêmico, com especial atenção aos de situação
financeira insuficiente.
É sucedânea de diferentes órgãos administrativos que ao longo do tempo vinham
cumprindo a função de oferecer serviços no âmbito dos benefícios estudantis, do
acompanhamento, da alimentação, da atenção à saúde, da moradia estudantil, do lazer e
189
do esporte. Sua atual especificidade revela a importância e a associação estratégica que
a assistência estudantil passou a ter em relação às áreas de ensino, passando por diversas
estruturas administrativas até a sua transformação em 2012 em Pró-Reitoria de Assuntos
Estudantis.
Teve a sua criação a partir da Portaria Normativa de Regulamentação do Programa
de Benefícios PRAE. O Fórum Nacional de Pró-Reitores de Assuntos Estudantis –
FONAPRACE tem trabalhado em conjunto para que também seja aprovada uma
Política Nacional de Assistência Estudantil como política de Estado. Na UFRGS
existem normativas que atingem direta ou indiretamente as ações e os usuários da
Assistência Estudantil. Por exemplo, diretamente: Decisão nº 268/2012 – Institui o
Programa de Ações Afirmativas; indiretamente: Resolução nº 11/2013 – Normas
Básicas da Graduação e Resolução nº 19/2011 – Normas para Acompanhamento do
Desempenho Discente.
As ações do Programa de Benefícios da PRAE são construídas com base na
experiência da equipe de atendimento, que identifica demandas e as transformam em
ações. Os Auxílios e Benefícios são concedidos mediante a publicação de Editais: Edital
do Programa de Benefícios (semestral), Edital do Benefício da Moradia Estudantil –
CEU (semestral) e Edital de Benefícios PEC-G (semestral), Edital de Auxílio
Financeiro e Participação em Eventos (anual). Nestes Editais estão inclusos os seguintes
benefícios:
Edital do Programa de Benefícios (base Decreto nº 7234/2010): Isenção no Restaurante
Universitário; Programa Saúde; Auxílio Transporte; Auxílio Creche; Auxílio Material
de Ensino. Linha PNAES: Alimentação, Transporte, Atenção à Saúde, Creche e Apoio
Pedagógico.
Linha PNAES: Moradia Estudantil. Edital do Benefício da Moradia Estudantil
(base Decreto nº 7234/2010) – CEU: Vaga na Casa do Estudante da UFRGS e Auxílio
Moradia para estudantes selecionados para a vaga e ainda não contemplados com a vaga
física.
Edital de Benefícios PEC-G (base Decreto nº 7948/2013): Isenção no
Restaurante Universitário; Auxílio Transporte; Auxílio Moradia PEC-G. Linha PNAES:
Alimentação, Transporte e Moradia
Edital de Auxílio Financeiro e Participação em Eventos (base Decreto nº
7948/2013): nas modalidades “individual”, “coletivo” e “diretórios e centros
acadêmicos”. Linha PNAES: Cultura, Esporte e Apoio Pedagógico.
190
A única exceção é o Auxílio Alimentação Final de Semana para Moradores de
Casas de Estudante da UFRGS, integrantes do Programa de benefícios, que foi uma
demanda dos moradores e acordado via Justiça Federal por demanda da Defensoria
Pública.
A Lei nº 12.711, de 29 de agosto de 2012, que dispõe sobre o ingresso nas
universidades federais e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio
(regulamentado pelo Decreto nº 7.824, de 11 de outubro de 2012), estabeleceu que em
2016 todas as IFEs reservarão, em cada concurso seletivo para ingresso nos cursos de
graduação, por curso e por turno, no mínimo cinquenta por cento de suas vagas para
estudantes que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas.
Em atendimento a esta legislação, a UFRGS instituiu o Programa de Ações
Afirmativas através da Resolução nº 268/2012 do CONSUN, em que estabeleceu que
em 2015 está garantido 40% e em 2016 50% das vagas de cada curso para este
Programa. Como dentro dos critérios estabelecidos por esta resolução, 50% desta
reserva é para candidatos com renda familiar bruta igual ou inferior a 1,5 salário-
mínimo nacional per capita, que é o mesmo corte de renda do público prioritariamente
atendido pelo PNAES e o principal critério de ingresso no Programa de Benefícios da
PRAE, este grupo se torna diretamente elegível.
Além deste grupo, também são elegíveis estudantes que venham a comprovar
posteriormente esta condição dentre aqueles ingressantes pelo sistema de ampla
concorrência e na outra fatia da reserva de vagas de 25%. Até o advento desta política
de reserva de vagas a UFRGS tinha uma média constante de beneficiários, que girava
em torno de 1.800 estudantes. A partir da implementação desta política, o perfil
socioeconômico dos novos ingressantes acabou por aumentar a fatia de alunos aptos a
usufruírem dos Benefícios da Assistência Estudantil e dos recursos PNAES. A partir de
2012, o número de beneficiários tem aumentado gradativamente, e a partir de 2016 a
previsão é de que tenhamos um número mínimo de 1004 (25% das vagas de vestibular)
novos ingressantes ao ano, em um cumulativo nos próximos 5 anos que é o tempo
médio de duração dos cursos na UFRGS.
Atualmente encontram-se inscritos no Programa de Benefícios PRAE 2.344
estudantes, significando um aumento da ordem de 30% nos últimos três anos, com
projeção de aumento gradativo nos próximos anos. Este aumento de beneficiários
demanda diretamente um aumento das equipes de trabalho da Assistência Estudantil no
atendimento. Os Sistemas Informatizados auxiliam muito na agilidade dos processos e
191
no acompanhamento destes, mas existem setores em que o aumento de usuários reflete
num expressivo aumento do volume de trabalho, que precisa ser equacionado.
Aspectos avaliativos frente ao aumento da demanda de assistência:
Na área financeira, a aplicação de recursos nos montantes dos oriundos do
PNAES requer o atendimento de uma série de normativas e legislação que requerem
atenção redobrada nas rotinas e processos, sejam eles eletrônicos ou físicos. Os
processos de trabalho oriundos principalmente da gestão dos restaurantes universitários
monopolizam grande parte das ações dos servidores que atuam neste Setor. A
Coordenação de Compras e Execução Orçamentária tem hoje apenas três servidores
para todas as atividades de gestão e controle internos orçamentários e financeiros, não
só dos recursos PNAES, mas também dos recursos vinculados da UFRGS, que
complementam as ações da Assistência Estudantil. A insuficiência de recursos humanos
acaba por onerar outras áreas, que precisam absorver atividades que seriam exclusivas
da área financeira.
Na área administrativa, verifica-se que atualmente não existe, nos seis
Restaurantes Universitários, nenhum servidor técnico-administrativo lotado, apenas
pessoal da área de nutrição. Todos os processos de planejamento e pagamento da área
iniciam-se no Setor. A Divisão de Alimentação, que coordena estes restaurantes, dispõe,
além da Nutricionista que ocupa a função de Diretora, mais dois servidores técnico
administrativos para todas as demandas da Divisão: gestão administrativa, técnica e
também financeira, pois os processos licitatórios da área de alimentação são iniciados
no setor, absorvendo grande parte de sua atuação devido a sua complexidade de
formatação, frente ao grande número de gêneros e serviços que demandam e ao grande
número de variáveis que alteram durante o decorrer do exercício os planejamentos
anuais e, por conseguinte o atendimento à legislação vigente.
Na área técnica, o grande desafio é a implementação efetiva dos processos de
acompanhamento dos alunos beneficiários. Por meio dos Sistemas Informatizados há a
possibilidade de identificação de alguns casos que necessitam da atuação de
profissionais da área psicológica, didática e social. Mas os reflexos que estas três
dimensões trazem na vida acadêmica, e muitas vezes pessoal, dos beneficiários,
precisam de uma atuação mais direta destes profissionais, aliados a ações de outras
áreas institucionais que se relacionam diretamente com os estudantes. É principalmente
a partir dos resultados destas ações de acompanhamento que o Programa de Benefícios
192
deverá ser avaliado. Apenas o aporte de recursos financeiros não garante o sucesso do
Programa. O atendimento praticamente individualizado de beneficiários no Plantão de
Atendimento tem sido crescente e demanda um quadro de profissionais mais adequado
para atender essas situações. O crescimento do quadro funcional não acompanha o
crescimento das demandas sociais.
Em 2015 atingimos o limite de permanência do Programa de Assistência
Estudantil nos atuais moldes de concessão. Apenas o contingenciamento de recursos é
que tem dificultado a execução de alguns benefícios, principalmente neste final de
exercício.
A PRAE possui um plantão de atendimento multidisciplinar realizado pela
equipe da DSSPRAE, formada por psicólogas, técnicas em assuntos educacionais e
assistentes sociais. Também há o atendimento de usuários na Divisão de Moradia
Estudantil, que ouve os moradores das Casas de Estudante; na Divisão de Alimentação,
que tem contato diário com as demandas dos usuários dos serviços de alimentação dos
restaurantes universitários; e na Divisão de Esportes, que atende estudantes e setores
estudantis com propostas de ações esportivas.
Além deste atendimento, chegam demandas de grupos de estudantes por
manifestos e movimentos. Estas demandas são analisadas pelas equipes gestoras da
PRAE, da Administração central e da Pró-Reitoria de Planejamento quanto ao mérito e
viabilidade. Chega-se às vezes à interveniência da Defensoria Pública e da Justiça
Federal na tentativa de mitigar possíveis distanciamentos entre expectativas e demandas
e a capacidade técnica, financeira e de infraestrutura de atendimento.
O resultado de todas estas experiências é que faz com que o Programa de
Benefícios tenha algumas alterações. Por exemplo, por demanda dos alunos PEC-G, da
Pró-Reitoria de Graduação, que mantém uma relação estreita com este público e com
base no Decreto nº 7948/2013, foi implementado em 2015 o Edital específico para os
estudantes vinculados a este Programa de Estudantes Convênio de Graduação. Também
foram estendidos os benefícios em 2015 para alunos do Campus do Litoral Norte e
CECLIMAR, inclusive com um Auxílio Transporte diferenciado.
Em 2012, a UFRGS instituiu a Coordenadoria de Acompanhamento do
Programa de Ações Afirmativas - CAF, através da Decisão nº 268/2012-CONSUN
(Anexo I). Dentre as ações afirmativas, estão as ações da assistência estudantil, como
instrumento de contribuição com a permanência dos alunos ingressantes pelas políticas
de reserva de vagas. Esta Comissão, em 2015, emitiu um Relatório Anual do Programa
193
de Ações Afirmativas, com uma série de informações que estão servindo de
embasamento para o trabalho integrado com a Assistência Estudantil.
Prospectou-se o aumento de alguns Benefícios, mas frente às incertezas
enfrentadas pelas Instituições Federais de Ensino quanto à efetiva capacidade de
aplicação financeira no exercício 2015 e à necessidade de uma revisão do Programa e
dos critérios de concessão, em consonância com a expectativa de novos ingressantes e a
definição orçamentária para 2016, concluiu-se temerária a alteração neste final de
exercício de valores que poderiam impactar na continuidade das ações.
194
7. INFRA-ESTRUTURA FÍSICA
7.1. Parque Científico e Tecnológico - PARQUE ZENIT
Estando em implementação, o Parque ZENIT no ano de 2015 obteve progresso
no desempenho de suas atividades com vistas à consolidação de sua estrutura junto à
comunidade universitária e à sociedade.
No mês de dezembro de 2015, o Parque lançou sua nova marca e sua nova
identidade visual e também apresentou seu portfólio de serviços. Passou a se chamar
Parque Zenit da UFRGS.
Com relação a uma parte dos serviços, o Parque Zenit está incorporando o
Núcleo de Apoio à Gestão da Inovação – NAGI. O objetivo do NAGI é oferecer uma
capacitação que visa ampliar os conhecimentos da empresa em relação ao mercado, ao
negócio e à gestão da inovação, para que junto com o consultor ela consiga desenvolver
um plano de gestão de inovação eficiente. As atividades e serviços a serem prestadas
pelo NAGI são Capacitação, Gestão de Inovação, Diagnóstico de Inovação da Empresa
e Consultoria Empresarial, tendo como produto final um plano/projeto de Gestão de
Inovação.
Em relação aos recursos financeiros houve a utilização de recursos do Programa
Gaúcho de Parques Científicos e Tecnológicos (PGTec 2011) para equipamentos de
laboratórios. Manteve-se o convênio firmado com a Fundação de Apoio a UFRGS,
baseado em recursos orçamentários repassados pela UFRGS. Foi realinhado o Plano de
Negócios do Parque Zenit, tendo seu estágio inicial baseado no conjunto de serviços a
ser oferecido por ele às empresas e à comunidade em geral.
O Parque Zenit aguarda definições internas da Universidade para dar andamento
ao projeto de infraestrutura urbanística, bem como à elaboração dos projetos
complementares de seu prédio-sede. A UFRGS está iniciando a preparação da
documentação que será submetida à FEPAM, para solicitação de licenciamento
ambiental da expansão do Campus do Vale, da qual fará parte a implantação da área
física do Parque, com espaços para abrigar empresas startup e centros de P&D de
empresas consolidadas.
O Núcleo de Empreendedorismo da UFRGS, vinculado ao Parque e à
SEDETEC, manteve o sucesso de sua implantação, através da edição de cursos de
Empreendedorismo para diferentes públicos-alvo da Universidade: estudantes, docentes
e servidores técnico-administrativos. O Núcleo de Empreendedorismo também criou
195
uma disciplina transversal de empreendedorismo que está em fase de tramitação interna
na Universidade. O Parque Zenit carece de salas para realizar ações de capacitações de
empreendedorismo para ofertar à comunidade interna e externa.
Quanto ao processo de comunicação, o portal do Parque foi revisado e
atualizado, em função do lançamento da nova marca e programação visual, mas também
buscando maior organização e dinâmica. Foram, também, divulgadas ações do Parque,
da SEDETEC e do Núcleo de Empreendedorismo, pelo mailing do Parque.
Há que se mencionar, ainda, a representação do Parque em eventos e missões no
Brasil e exterior, consolidando sua visibilidade e integração com os demais Parques
Tecnológicos e instituições afins.
A Rede de Incubadoras Tecnológicas, vinculada ao Parque Científico e
Tecnológico, realizou workshop reunindo coordenadores acadêmicos e gerentes das
incubadoras da UFRGS, objetivando contato pessoal entre os integrantes das diversas
incubadoras e a disseminação e discussão das atividades que são por elas realizadas,
além da identificação dos serviços prestados por estas.
O Parque Zenit está implantando um Centro Multiusuário de Prototipação
Rápida – CMPR, cujo objetivo é proporcionar infraestrutura de prototipagem rápida 3D
às empresas associadas ao Parque e às incubadoras da UFRGS, assim como aos grupos
de pesquisa da Universidade, para realização de novos desenvolvimentos em projetos
próprios e/ou colaborativos. O laboratório entrará em operação em 2016 utilizando uma
impressora 3D e uma fresadora, ambos novos e recém-adquiridos. São equipamentos de
última geração e grande capacidade. Mas há previsão de aquisição de novos tipos de
equipamentos, para que o CMPR possa se constituir num centro de prototipação padrão
para a Região Sul do país.
196
Quadro Resumo da Avaliação do Parque ZENIT
Quadro 41 - Resumo da Avaliação do Parque Zenit
Adequação da infraestrutura da
instituição (salas de aula, biblioteca,
laboratórios, áreas de lazer, transporte,
hospitais, equipamentos de informática,
rede de informações e outros) em função
das atividades de ensino, pesquisa e
extensão.
14,19 hectares disponíveis destinado à área do Parque ZENIT na fase
1. Houve um avanço na parte de infraestrutura mediante o convênio
firmado com a FAURGS. O Parque ZENIT conseguiu implementar um
Centro Multiusuário de Prototipação Rápida - CMPR, o qual irá
proporcionar infraestrutura de prototipagem rápida 3D às empresas
associadas ao Parque e às incubadoras da UFRGS, assim como aos
grupos de pesquisa da Universidade, para realização de novos
desenvolvimentos em projetos próprios e/ou colaborativos.
Entraves burocráticos e falta de recursos financeiros estão atrasando
bastante a implantação da área física do Parque. Falta de espaço
físico disponível e adequado para a oferta de capacitações.
Elaboração do projeto de implantação física do Parque apenas
com os recursos humanos e financeiros disponibilizados através
do convênio FAURGS. É utilizada uma sala de aula no prédio
Château para oferecimento de capacitações, em especial
vinculadas ao Núcleo de Empreendedorismo Inovador,
direcionadas para públicos internos.
Políticas institucionais de conservação,
atualização, segurança e de estímulo à
utilização dos meios em função dos fins.
Não se aplica. O Parque ainda está numa fase inicial de implantação,
com meios bastante reduzidos, que ainda não demandaram o
desenvolvimento de políticas institucionais de conservação,
atualização e segurança.
Não se aplica Não se aplica
Utilização da infra-estrutura no
desenvolvimento de práticas pedagógicas
inovadoras
O Núcleo de Empreendedorismo Inovador, vinculado ao Parque e à
SEDETEC, deverá oferecer a partir de 2016 disciplinas de
Empreendedorismo, tanto de graduação como de pós-graduação,
para estudantes de todos os cursos da UFRGS. No momento inicial, a
única infraestrutura exigida será uma sala de aula. No futuro, com o
desenvolvimento de novas práticas pedagógicas, novas
infraestruturas poderão ser demandadas.
Indisponibilidade de espaço físico para maiores açõesAções desenvolvidas de acordo com a infraestrutura existente
no momento.
A quantidade de laboratórios é adequada
para as necessidades da instituição em
relação aos cursos e a quantidade dos
estudantes?
Não se aplica, pois o Parque ZENIT não depende de laboratórios
para atendimento de estudantes.Não se aplica ao Parque ZENIT no momento Não se aplica ao Parque ZENIT no momento
O espaço é suficiente para que os
estudantes desempenhem as atividades
programadas?
É utilizada uma sala de aula no prédio Château para oferecimento
de oficinas e capacitações, inclusive aquelas vinculadas ao Núcleo
de Empreendedorismo Inovador. No momento atual, tais
capacitações atendem um público reduzido, sendo suficiente a sala
de aula acima mencionada. Porém, está prevista a transferência
dessa sala para a Relinter ainda em 2016, o que acarretará na
inexistência de sala disponível para realizar as capacitações. No
futuro, de qualquer forma, o Núcleo de Empreendedorismo
Inovador espera atender um número muito maior de estudantes, o
que demandará um número maior de salas de aula e até
laboratórios especializadas, na medida do desenvolvimento de
práticas pedagógicas inovadoras.
Potencial perda da sala de aula usada atualmente para oferecimento
de capacitações e ausência de espaço físico próprio do Parque
Estão sendo analisados outros possíveis espaços a serem
utilizados
Qual o nível de funcionalidade dos
laboratórios, bibliotecas, oficinas, espaços
experimentais?
O CMPR (Centro Multiusuário de Prototipação Avançada) é um
laboratório para uso de grupos de pesquisa da Universidade, cuja
implantação foi concluída ao final de 2015 e entrará em plena
operação em 2016.
Espaço físico limitado, porém poderá atender o CMPR em sua fase
inicial de operação.
Instalação provisória em sala na Incubadora Hestia, no Instituto
de Física. Busca de recursos externos à Universidade para a
construção de prédio onde o CMPR será instalado
definitivamente e também para a expansão dos equipamentos.
Qual o estado de conservação dos
laboratórios e bibliotecas e as carências
mais relevantes?
Equipamentos do CMPR bastante novos e modernos, com alta
capacidade. Espera-se que o CMPR se constitua em referência para a
região.
O laboratório CMPR ainda carece de instalações elétricas adequadas,
bem como de um sistema de refrigeração e climatização essencial
para o funcionamento dos equipamentos. Outra carência do
laboratório está na falta de pessoal permanente para
operacionalização efetiva das atividades.
Utilização do convênio com a FAURGS para realizar a compra de
equipamentos e contratação de serviços para o CMPR.
Utilização de um funcionário cedido e dois bolsistas para a
operacionalização do CMPR.
Os equipamentos dos laboratórios são
adequados em quantidade e qualidade? CMPR - Em termos de qualidade tem-se produtos de alto padrão
A quantidade de materiais utilizados na operacionalização do
laboratório como as diferentes resinas são demandadas em larga
escala o que acarreta alto ônus.
Elaborando o Anexo III do CMPR para conseguir operacionalizar
de maneira mais rápida.
Quais são as características dos
laboratórios e bibliotecas quanto à
iluminação, refrigeração, acústica,
ventilação, mobiliário e limpeza?
Não se aplica.
CMPR
Iluminação - Rede elétrica não suficiente.
Refrigeração - Inexiste, porém de extrema necessidade.
Acústica - Sem grande interferência no funcionamento do
laboratório.
Ventilação - Inadequada, tendo em vista a falta circulação de ar e de
refrigeração.
Mobiliário - Inapropriado. Estão sendo utilizados mobiliários cedidos
por outros setores e com grande desgaste. Faltam também alguns
móveis específicos.
Limpeza – Dentro da regularidade.
Utilização do convênio com a FAURGS para realizar a compra de
equipamentos e contratação de serviços para o CMPR.
Utilização de mobiliário cedido por outra unidade da UFRGS.
Existem procedimentos claros para
adquirir, manter, revisar e atualizar as
instalações e recursos necessários?
Secretaria do Parque ZENIT - Sim. São utilizados recursos de
convênio (PDI) FAURGS, assim como recursos disponibilizados pela
PROPLAN, para manutenção e atualização das instalações e
equipamentos do Parque. Os processos são realizados através de
formulários padronizados.
CMPR – Após entrada em operação plena do laboratório, espera-se
que ele tenha funcionamento auto-sustentável, gerando os
recursos necessários a sua manutenção, atualização e expansão.
Falta de recursos financeiros
Parque ZENIT - Uso dos recursos do convênio (PDI) FAURGS.
Demonstração e padronização do fluxo dos processos bem
como os formulários nestes relacionados. Um Anexo III está em
elaboração para gestão desses recursos.
São suficientes a infraestrutura, as
instalações e os recursos educativos?
Justifique.
Infraestrutura/Instalações – O Parque ZENIT tem sua unidade
administrativa no prédio Château, enquanto não é construída sua
sede permanente no Campus do Vale. Para a fase atual de
implantação do Parque, esse espaço provisório é suficiente. Mas o
Parque depende da construção de área física de grande porte no
Campus do Vale, para abrigar centros de P&D de empresas
parceiras. Na ausência desta área, o Parque está impossibilitado de
cumprir completamente sua missão.
Recursos educativos – Não se aplica.
Infraestrutura/Instalações – Parcialmente suficiente. O Parque ZENIT
tem sua unidade administrativa no prédio Chateau, devendo ainda
ser construída a sede no Campus do Vale.
Recursos educativos – Não se aplica.
Utilização da sala de aula do prédio Chateau ou outras que
possam ser ofertadas para oficinas e capacitações. O Parque
ZENIT tem sua unidade administrativa provisoriamente no
prédio Château, enquanto a sede definitiva não é construída.
Há coerência entre as bibliotecas,
laboratórios, equipamentos de informática
e as práticas pedagógicas dos docentes?
Justifique
Não se aplica. Não se aplica. Não se aplica.
Itens/ Aspectos/ Quesitos Potencialidades Fragilidades Ações e estratégias na busca de melhorias
197
7.2. Superintendência de Infraestrutura (SUINFRA)
A Universidade Federal do Rio Grande do Sul dispõe de uma área territorial de
2.200 hectares (ha), com uma área edificada de aproximadamente 399.000 metros
quadrados. Esta área distribui-se em quatro campi na cidade de Porto Alegre: Campus3
Centro; Campus Saúde e Olímpico, Campus do Vale e o Campus Litoral Norte em
Tramandaí/RS. Possui ainda as seguintes unidades isoladas: Transmissores de Rádio e
Estação Experimental Agronômica em Eldorado do Sul / RS; Colônia de Férias em
Tramandaí / RS, Centro de Estudos Costeiros Limnológicos e Marinhos (CECLIMAR)
em Imbé/RS e Centro de Lazer de Capão da Canoa/RS. Ao longo dos anos, tem havido
a busca de qualificação e um refinamento nos procedimentos de medição das áreas
ocupadas pela Universidade. Por seus mais de 300 prédios, circulam diariamente mais
de 22 mil estudantes de graduação e cerca de 12 mil de pós-graduação (incluindo stricto
e lato sensu), além de 1.700 estudantes de ensino fundamental, médio e técnico pós-
médio.
Encontram-se distribuídos neste espaço físico mais de 850 laboratórios, 30
bibliotecas setoriais (especificadas para cada área), a Biblioteca Central e 646 salas as
quais podem atender, simultaneamente, aproximadamente 24.000 alunos.
No Campus Centro situa-se o Centro Nacional de Supercomputação, que
proporciona suporte a inúmeras atividades de pesquisa. No Campus Saúde, o Centro de
Processamento de Dados fornece a estrutura de tecnologia da informação para o
funcionamento de toda a Universidade nas mais diversas áreas. No Campus do Vale, o
Centro de Microscopia Eletrônica proporciona suporte às áreas médica, física,
engenharia, etc. No Campus Litoral Norte, inaugurado em 2014, iniciou com os cursos
de Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia (BICT) e Licenciatura em
Educação do Campo - Ciências da Natureza.
Essa comunidade dispõe de uma ampla infraestrutura que abrange 856
laboratórios, 31 bibliotecas, 41 auditórios/anfiteatros, 3 museus, Hospital de Clínicas,
Centro de Processamento de Dados, Centro de Teledifusão Educativa, Centro Nacional
de Supercomputação, Centro de Microscopia Eletrônica, Cinema e Teatro, Editora,
Planetário, Instituto Latino-Americano de Estudos Avançados, Biotério, Jardim
Botânico, Centro de Ecologia, Centro de Estudos de Geologia Costeira e Oceânica,
Centro de Estudos e Pesquisas Econômicas, Centro de Estudos e Pesquisas em
3 A denominação Campus é inadequada do ponto de vista legal, já que todas as áreas pertencentes a uma IES num
mesmo Município são consideradas como pertencentes a um Campus único.
198
Administração, Centro de Estudos em Petrologia e Geoquímica, Centro de Estudos
Linguísticos e Literários, Centro de Investigação de Gondwana, Centro de Pesquisas em
Odontologia Social, Centro de Tecnologia, Centro Olímpico, Estação Experimental
Agronômica, Hospital de Clínicas Veterinárias, Observatório Astronômico, Serviço de
Pesquisa e Preparação Profissional, Centro de Biotecnologia, CECLIMAR, Centro
Estadual de Pesquisa em Sensoriamento Remoto e Meteorologia, Laboratório de
Análises Clínicas, Laboratório de Pesquisa do Exercício, Farmácia-Escola, Serviço de
Assistência Judiciária Gratuita, Clínica de Atendimento Psicológico, Centro de
Orientação Vocacional, Laboratório de Estudos Cognitivos, 3 casas de estudantes, 6
restaurantes universitários e 2 colônias de férias.
O Campus Centro, incluindo a Reitoria e outros prédios históricos, está situado
em dois quarteirões no bairro Farroupilha, próximo ao centro de Porto Alegre. Nesse
entorno, localizam-se também ambientes culturais, tais como o Teatro, o Cinema e o
Museu, além de espaços comerciais.
Neste entorno estão, o Salão de Atos, com capacidade para 2 mil pessoas e o
Salão de Atos II, com capacidade para 200 pessoas, o Salão de Festa e a Sala Fahrion,
amplamente utilizados para feiras e exposições culturais e científicas. Além do Plenário
no andar térreo do prédio da Reitoria.
Este conjunto tem um potencial agregador para todas as atividades da
Universidade e vincula-se com a cidade pela proximidade com o centro.
Como apoio a todas as atividades, há quatro Prefeituras Universitárias que fazem
a manutenção geral, dispondo algumas de marcenarias e serralherias, situadas nos
Campus Centro, Saúde e Olímpico, Vale e Litoral Norte. A Prefeitura Universitária do
Campus Litoral Norte atende além da sede do Campus Litoral, o CECLIMAR, a
Colônias de Férias de Tramandaí e o Centro de Lazer de Capão Novo.
Os Quadros a seguir apresentam a relação da infraestrutura física da UFRGS,
especificando prédios e respectivas áreas distribuídas pelos vários campi.
199
Quadro 42 - Relatório e Infraestrutura Física de UFRGS (em²)
200
Quadro 43 - Área Física e Construída da UFRGS Fonte: Superintendência de Infraestrutura, dez, 2015.
Os recursos de informação e comunicação são disponibilizados através do
Centro de Processamento de Dados da Universidade e subsidiam as diversas áreas -
ensino, pesquisa e extensão - além de oferecer dados e informações relevantes para a
gestão e tomada de decisão.
Desde o primeiro Edital da FINEP para concorrência à disponibilização de
recursos, denominado CT-INFRA, a Universidade tem apresentado projetos e captado
recursos para manter atualizada a infraestrutura de TI e investir em novas tecnologias
201
como, por exemplo, no CT-INFRA 07 quando foi contemplada uma estrutura de
videoconferência. Há investimentos também, de convênios e de recursos próprios.
Com o REUNI foram feitos investimentos na ampliação e modernização dos
microcomputadores dos laboratórios de informática e dos multimídias para as salas de
aula e na rede de dados, contemplando a instalação de rede sem fio nas bibliotecas para
atendimento dos alunos.
COERÊNCIA DA INFRAESTRUTURA FÍSICA COM O ESTABELECIDO EM
DOCUMENTOS OFICIAIS (especialmente a de Ensino e de Pesquisa, Biblioteca,
Recursos de Informação e Comunicação)
Para a execução de suas atividades, a UFRGS mantinha, até 2008, 27 unidades
de ensino de graduação: 13 institutos centrais, 10 faculdades, 4 escolas, além de uma
escola técnica e uma escola regular de ensino fundamental e médio (Colégio de
Aplicação). Em todas as Unidades Acadêmicas existem estruturas administrativas, de
ensino, de pesquisa e de extensão. Esta descentralização faz com que cada um de seus
órgãos, a par de constituírem parte do todo, também tenha sua identidade própria.
Em relação ao ensino, a infraestrutura física permite um adequado
desenvolvimento das atividades. As salas de aula estão sendo gradativamente adequadas
às novas tecnologias, em consonância com as mudanças das técnicas utilizadas pelos
professores; muitas delas possuem recursos de multimídia. Os laboratórios são um
aspecto muito importante da Universidade, porque é o ponto de interação entre o ensino
e a pesquisa. São de diversos tamanhos, desde pequenas áreas até de mais de 1.000 m²,
segundo a demanda e financiamento da pesquisa.
É importante salientar que um conjunto de salas são gerenciados pelas Unidades
Acadêmicas, e estão situadas nas proximidades das mesmas, mas outro conjunto
importante tem um gerenciamento centralizado da Pró-Reitoria de Graduação,
garantindo disponibilidade de salas de aulas a qualquer tempo. Nesta última condição se
tem prédios de salas de aulas nos Campi Centro, Olímpico, Vale e Litoral Norte.
Possui um Sistema de Bibliotecas integrado por 31 unidades que abrangem as
diversas áreas do conhecimento. As bibliotecas setoriais estão distribuídas em todos os
campi, situadas fisicamente junto às Unidades Acadêmicas às quais estão vinculadas, ou
seja, fornecem a possibilidade de consulta perto de onde o aluno está, não impedindo a
utilização de outras bibliotecas setoriais. São coordenadas, tecnicamente, pela
202
Biblioteca Central, situada no prédio da Reitoria. As informações sobre os acervos,
serviços e espaço físico das bibliotecas estão detalhadas na seção 7.4.
7.2.1. Investimentos em Infraestrutura
Nos últimos anos a Universidade tem investido em infraestrutura para as
atividades de ensino, pesquisa e extensão, que compreendem a construção, ampliação e
reformas de prédios, dentre as quais se destacam: a reforma dos anfiteatros da Escola de
Engenharia, a pintura externa do prédio que abriga o Cinema Universitário e a Sala de
Teatro Qorpo Santo e reforma das instalações do Programa de Graduação em Música do
Instituto de Artes, a reforma de diversas salas da Escola de Engenharia, a reforma das
Bibliotecas Central, da Escola de Engenharia e da Faculdade de Arquitetura, a reforma
de laboratórios do ICBS, a impermeabilização da laje do 2 pavimento da Faculdade de
Arquitetura, a construção do prédio de Salas de Aula no Quarteirão 1, a
Complementação do Restauro e Execução do Condicionamento Ambiental do Prédio
Centenário, a Reforma e Restauração do Núcleo Central do prédio do Instituto Parobé
da Escola de Engenharia, a substituição de um elevador de passageiros na Escola de
Administração, reforma do Limia no 3º piso do prédio Anexo ao Instituto de Artes,
reforma dos reservatórios da Casa de Estudantes - CEU no Campus Centro, a
construção da nova Biblioteca do Instituto de Psicologia, a adequação da sala da
Farmácia Popular, a reforma de Laboratórios, anfiteatro e hall de entrada da Faculdade
de Farmácia, a substituição de dois elevadores e reforma do Sistema Hidráulico dos
Reservatórios do prédio da Faculdade de Odontologia, a reforma das fachadas do prédio
da Faculdade de Medicina, a Construção do prédio do Hospital de Ensino
Odontológico, a Pavimentação e paisagismo do jardim fronteiro do prédio da FABICO,
a substituição dos elevadores da Faculdade de Farmácia, a substituição das esquadrias
externas do prédio da Faculdade de Odontologia, execução da subestação do Hospital
de Ensino Odontológico no Campus da Saúde, a conclusão do 1º pavimento do prédio
do Departamento de Genética do Instituto de Biociências, a construção do prédio do
Departamento de Plantas de Lavoura e a reforma da Central de Salas de Aula da
Faculdade de Agronomia, a construção do prédio do Laboratório de Análises e
Monitoramento de Combustíveis do Instituto de Química, a construção do prédio do
Departamento de Patologia Veterinária – Crematório, a execução do prédio do
Laboratório de Inseminação Artificial, a reforma do Laboratório de Imunologia e
203
Virologia da Faculdade de Veterinária, a construção de dois prédios de Salas de Aula, a
conclusão da 2ª etapa do prédio destinado ao Centro de Reprodução Experimental de
Animais de Laboratório (CREAL), a nova Rede de Telefonia Subterrânea, a reforma do
Laboratório de Filmes Finos do Instituto de Física, a construção do Laboratório de
Catálise Molecular do Instituto de Química, a construção do Restaurante Universitário
6, a construção do prédio do Almoxarifado de Obras, a reforma do telhado do refeitório
do Colégio de Aplicação e da Marcenaria, a reforma do prédio do Departamento de
Plantas Forrageiras e Agrometeorologia, a complementação da reforma do CDPA da
Faculdade de Veterinária, construção da subestação e instalação de um elevador de
passageiros no prédio do Laboratório de Catálise Molecular, reforma das salas do ICTA
e a reforma nas Casas de Estudantes no Campus Centro e do Vale, a complementação
do prédio do Laboratório de Ensaios e Modelos Estruturais da Escola de Engenharia, a
execução de terraplenagem no terreno onde abrigará o Parque Tecnológico da UFRGS,
a reforma de prédios da Faculdade de Veterinária, a reforma do Hospital de Clínicas
Veterinárias, a reforma do subsolo do ICTA e a execução da subestação transformadora
de energia elétrica, a construção do prédio da Casa de Segurança, a complementação do
prédio do LTM da Escola de Engenharia, a construção de um prédio para abrigar os
veículos do Grupo Frota, a reforma do prédio do Departamento de Fitossanidade e
instalação da rede elétrica do Departamento de Solos da Faculdade de Agronomia, a
execução do prédio do Restaurante do Bloco IV, a reforma do Pavilhão Central do IPH,
a reforma elétrica da Central de Telefonia e Dados, a Reestruturação do Sistema
Elétrico, Telefonia e Lógica do Centro Estadual de Pesquisas em Sensoriamento
Remoto e Meteorologia, a reforma parcial do prédio do Laboratório de Pós-Colheita da
Faculdade de Agronomia, execução da rede coletora de esgoto cloacal e pavimentação
de acesso AP HCV – CDPA da Faculdade de Veterinária, reforma dos Auditórios e
Acessos do Instituto de Informática, instalação e adequação da Rede Elétrica da Casa de
Estudantes CEFAV, no Campus do Vale, as reformas dos prédios de Administração,
Piscina Térmica, Ginásio 2 e Campo de Futebol, o cercamento do Campo de Futebol, a
impermeabilização da cobertura do telhado do Ginásio 1 e substituição do forro,
cobertura e instalação elétrica do prédio da Piscina Térmica da Escola de Educação
Física, implantação da sala de vídeo e sala de estudos da Biblioteca Edgar Sperb,
fornecimento e instalação de um Sistema de Exaustão e Insuflamento na Piscina
Térmica da ESEF no Campus Olímpico, a construção de sanitários públicos e reforma
e ampliação do prédio de Graduação no CECLIMAR em Imbé/RS, a conclusão do
204
cercamento na Estação Experimental Agronômica em Eldorado do Sul/RS, a adaptação
de apartamento da Colônia de Férias de Tramandaí para Deficientes Físicos e
gradeamento da sede do Campus Litoral Norte.
Houve preocupação também em investir na infraestrutura das atividades de
apoio como a construção do prédio do Restaurante Universitário, a Gráfica e a Editora
no Campus Saúde; a reforma e adaptação do local para abrigar o Restaurante
Universitário no Campus Olímpico; a reforma e transferência da sede da Pró-Reitoria de
Assuntos Estudantis no Campus Centro; a construção do novo prédio da Brinquedoteca
e dos prédios das Prefeituras Universitária nos Campi da Saúde e do Vale e a reforma
do Restaurante Universitário do Campus do Vale.
Além das obras para as atividades de ensino, pesquisa e extensão é importante
ressaltar as obras de manutenção de infraestrutura como reformas em sanitários
públicos, subestações transformadoras, pinturas de prédios, troca de pisos, reformas e
ampliações de redes de telefonia, sistemas de refrigeração, impermeabilizações de
calhas e pavimentações e gradeamento de áreas visando uma maior segurança dos
prédios.
Encontram-se em andamento diversas obras de reformas e ampliações, tais
como: a reforma das fachadas e substituição de três elevadores do prédio da Engenharia
Nova, a substituição de dois elevadores de passageiros na Faculdade de Educação,
troca de dois elevadores do prédio do Instituto de Artes, fornecimento e instalação de
plataforma elevatória para a sala Qorpo Santo, restauração do prédio do ex-química no
Campus Centro, RDC - regularização da pista de atletismo, fornecimento e instalação
de duas plataformas elevatórias na piscina térmica no Campus Olímpico, construção
do prédio do ICBS Sul, troca de dois elevadores no Instituto de Psicologia, a reforma
das Instalações Elétricas e SPDA do prédio da Escola de Enfermagem, a reestruturação
espaço físico do 4º andar - alas norte e sul do prédio da Faculdade de Medicina, a
reforma elétrica do prédio do Planetário no Campus da Saúde, a construção do prédio
do Almoxarifado dos RUs, a construção do prédio PPGS Multidisciplinares,
Pavimentação e acessibilidade nos Blocos 1, 2 e 4, execução de passarela de madeira e
12 abrigos de ônibus, a Reforma e adaptação dos sanitários para PNE e cantina no
Colégio de Aplicação, a instalação de elevador de passageiro no Laboratório de
Catálise, a reforma das fachadas do CECOM, a reforma das instalações elétricas,
205
cabeamento estruturado e SPDA do Instituto de Química, o RDC - Almoxarifados I e II
do Departamento de Patrimônio, no Campus do Vale.
Dando continuidade à prática iniciada em 2007, a SUINFRA, a partir do ano de
2008, intensificou a terceirização na elaboração dos projetos executivos das futuras
obras, dentre as quais foram concluídos: - a Reforma de Pavimentos e salas do prédio da
Faculdade de Ciências Econômicas no Campus Centro - ampliação da Escola de
Enfermagem; - construção do Anexo ao Ginásio 2, Ginásio Judô e Prédio de
Cronometragem, depósito e vestiários masculinos e femininos para o Campo de Futebol
da ESEF, do Módulo Odontológico, a Reforma dos prédios do Departamento de
Genética no Campus do Vale, do Prédio do Programa de Pós-Graduação
Multidisciplinar, do Prédio do Centro Polar e Climático do Instituto de Geociências,
Reforma das Passarelas do Bloco 1 e Contenção de Talude em toda a extensão do morro
da Av. Bento Gonçalves no Campus do Vale, a reforma do prédio de Transmissores da
Rádio da Universidade em Eldorado do Sul / RS.
Em andamento estão: - os Projetos Executivos do Prédio do Ginásio
Poliesportivo da ESEF, no Campus Olímpico, a Reforma e Ampliação do Setor de
Suínos e do Prédio de Laboratórios da Faculdade de Veterinária, as Centrais de
Resíduos, a Terraplenagem, Drenagem e Pavimentação da Casa de Estudantes, o projeto
elétrico da subestação do Colégio de Aplicação no Campus do Vale e a Reforma do
Prédio do Departamento de Atenção à Saúde, o Projeto Elétrico da Subestação Centro -
Escola de Engenharia - Quarteirão 1, o Levantamento Cadastral e Instalações Elétricas
da Faculdade de Ciências Econômicas, o Projeto Elétrico - ramal de entrada do ICBS no
Campus Centro, o Projeto Elétrico para a Casa de Estudantes no Campus da Saúde,
os Projetos Elétricos da Subestação da Estação Experimental Agronômica e da Rádio da
Universidade em Eldorado do Sul.
As Prefeituras Universitárias dos campi da UFRGS executam manutenções
diversas, oriundas das solicitações das Unidades Acadêmicas e Administrativas.
Em 2008 teve início o processo de execução do CT-INFRA 01/2006, que se
constituiu em projeto institucional apoiado pelo fundo setorial de investimento em
infraestrutura para pesquisa, recursos oriundos da Financiadora de Estudos e Projetos -
FINEP, vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia. A SEDETEC realizou a
gestão desses recursos, tendo executado valores de aproximadamente dois milhões de
reais, referentes à 1ª parcela, adquirindo equipamentos de alta tecnologia via
206
importação, bem como pequenas obras em laboratórios. No que tange ao CT-INFRA
01/2007, a SEDETEC realizou a elaboração e coordenação do projeto, obtendo
novamente o 2º lugar no montante de recursos em nível nacional.
Para implementação do Programa REUNI, aprovado no âmbito da Universidade
no ano de 2007, foi prevista a expansão da infraestrutura predial, bem como de reformas
em espaços já utilizados. Segue, a seguir, a descrição sucinta das obras incluídas no
projeto, bem como a justificativa do investimento:
- Prédio de salas de aula no Campus Centro: o edifício tem aproximadamente
4.253,00 m2 de área útil para atender a instalação de 8 salas de 70 alunos e 18 salas de
40 alunos, distribuídos em 4 plantas e térreo em pilotis. As salas serão servidas por uma
circulação paralela ao prédio da antiga Escola Parobé. O sistema de circulação vertical
será composto por um conjunto independente de escada de incêndio, elevador para doze
pessoas e sanitários públicos. A construção deste prédio teve um custo de R$
5.992.000,00. Este novo prédio é essencial para a expansão dos cursos de
Administração, Ciências Econômicas, Ciências Atuariais, Ciências Jurídicas e Sociais e
Relações Internacionais, totalizando 330 novas vagas. O prédio foi concluído em maio
de 2013.
- Prédio para o Instituto de Ciências Básicas da Saúde (ICBS), no Campus
Saúde, que será composto de dois blocos principais, um que abrigará o Departamento de
Morfologia e se implantará a norte do edifício do Departamento de Bioquímica (já
existente); e outro que abrigará os departamentos de Farmacologia, Fisiologia e
Microbiologia, aulas práticas e teóricas, auditório, biblioteca e administração. A área
total estimada para o conjunto é de 23.723,50 m2, sendo 11.960,00 m2 destinados a salas
e laboratórios e 11.763,50 m2 a estacionamento. A obra teve início em janeiro de 2015
com uma estimativa de custo para o prédio do Bloco Sul de R$ 35.725.052,46.
- Anexo da Faculdade de Medicina: prevê um prédio com 4 pavimentos,
totalizando uma área aproximada de 5.073,00 m2, assim distribuída: 1º pavimento -
destinado à biblioteca (acervo e atendimento), além de atividades de apoio - hall de
acesso, circulação vertical (escadas e 2 elevadores) e sanitários; 2º pavimento -
mezanino - destinado à sala de leitura e salas de estudos da Biblioteca. Também estão
previstos sanitários e uma passarela coberta com acesso direto ao Hospital de Clínicas;
3º pavimento - 4 salas de aula (capacidade 72 alunos cada uma) e sanitários e 4º
pavimento - destinado a atividades administrativas - salas para departamentos da
207
faculdade e sanitários. O custo estimado é de R$ 3.600.000,00. A FAMED é a sede dos
cursos de Medicina e de Nutrição; a construção do anexo possibilitará a instalação
adequada da Biblioteca, bem como novas salas de aula (que hoje são ministradas no
Hospital, de maneira insatisfatória) e sede para Departamentos, atualmente dispersos em
vários prédios do Campus Saúde. A ampliação do curso de Nutrição é de 30 vagas;
- Hospital de Ensino Odontológico (HEO), da Faculdade de Odontologia: o
projeto arquitetônico, na Faculdade de Odontologia no Campus Saúde, compreende
uma edificação com até quatro pavimentos. Nesta etapa de execução, será executado o
térreo da edificação, área aproximada de 3.040m2. Esta área atende o atual programa de
necessidades que contempla as seguintes atividades: clínicas de atendimento com 144
módulos individuais equipados com alimentação de água, esgoto, ar comprimido e
instalações elétricas; 2 salas de atendimento de emergência; 1 sala para observação; sala
de materiais; sala de lavagem e expurgo; sala de esterilização; sala de gesso; vestiários e
sanitários para alunos, professores e funcionários. O projeto conta ainda com 3 unidades
de apoio distribuídas pelo térreo, cada unidade contendo 2 salas de Raio-X, 1 sala de
revelação e 2 salas de atendimento professor-aluno. Ainda, faz parte do projeto uma
subestação de energia elétrica equipada com geradores e transformadores para atender a
demanda do hospital. O custo da obra soma a importância de R$14.303.757,96. Esta é
uma demanda essencial da Faculdade de Odontologia para melhor atender às
necessidades de formação dos profissionais, abrangendo às áreas de pesquisa, ensino e
extensão. A construção do prédio foi concluída em março de 2015.
A Universidade vem atuando na execução dos Planos de PPCI, iniciando com os
prédios de maior risco para seus usuários, relacionados à ocupação e ao número de
pessoas que circulam na edificação, sempre buscando a segurança da comunidade.
Visando atender esta demanda, a Universidade instituiu um setor para tratar
destes assuntos. O Setor de Orçamentos e Prevenção Contra Incêndio - SOPI, ligado à
Superintendência de Infraestrutura, criado setembro de 2015 foi aparelhado com 5
(cinco) servidores de formação técnica profissional de engenharia e 1 (um) gestor para
execução de todos os PPCIs da UFRGS, compartilhando com o setor de orçamentos de
obras. Estas vagas foram supridas de duas formas: 1 (uma) servidora contratada via
concurso público, estável e de carreira; 2 (dois) servidores, estáveis e de carreira,
removidos de outro setor da SUINFRA; e 2 (dois) servidores temporários, selecionados
via Processo Seletivo Simplificado com recurso de Projeto UFRGS/FAURGS.
208
A UFRGS possui uma estrutura física composta por diversos campi: Campus
Centro, Campus Saúde, Campus Olímpico, Campus do Vale e Campus Litoral Norte,
algumas unidades dispersas, tais como a Estação Experimental Agronômica em
Eldorado do Sul, Colônia de Férias em Tramandaí, CECLIMAR em Imbé e Colônia de
Férias em Capão Novo, e alguns prédios isolados.
7.2.2. Infraestrutura para Atendimento a Portadores de Necessidades Especiais
Foram implementadas iniciativas para adequar a infraestrutura física da UFRGS
e possibilitar ou facilitar o acesso aos portadores de necessidades especiais, através do
Programa Acessibilidade das Pessoas Portadoras de Deficiência ou Mobilidade
Reduzida, referido na seção 3. Este Programa inclui obras como construção de rampas,
nivelamento de passeios, sanitários adaptados, além de estudos para diferentes situações
de acesso. Esta iniciativa está sendo contemplada nos Projetos de Arquitetura para os
prédios novos. Os prédios antigos e passeios públicos estão sendo gradualmente
reformados para atender tal necessidade. Em 2013 foi criado o Setor de Infraestrutura de
Projetos da SUINFRA, cujo nome foi alterado em 2015 para Setor de Acessibilidade
(ACEINFRA) destinado a atender as demandas relativas à adequação dos espaços
físicos existentes na Universidade para as questões envolvendo a acessibilidade de
pessoas portadoras de deficiência ou mobilidade reduzida. O Setor desde quando foi
criado já desenvolveu projetos com mais de 50.000 m² de acessibilidade, incluindo
pavimentações, rampas, reformas em sanitários, colocação de corrimões, etc. Estão em
andamento obras de acessibilidade de reforma dos sanitários no Colégio de Aplicação,
Escola de Administração e Planetário, fornecimento e instalação de elevadores no
Laboratório de Catálise Molecular, Escola de Engenharia, Instituto de Artes, Instituto de
Psicologia, Faculdade de Educação, instalação de plataformas na ESEF e na Sala Qorpo
Santo.
Laboratórios
A UFRGS mantém uma rede de 856 laboratórios especializados para todas as
áreas do conhecimento, os quais servem à graduação, pós-graduação, pesquisa e
extensão. Além disso, destacam-se diversas ações de expansão desta rede, dentre elas:
209
a) a implantação, no Campus do Vale, do Parque Centro Tecnológico em
Energia (CENERG-UFRGS), com a construção de 10 prédios de laboratórios que
abrigarão a infraestrutura necessária para o desenvolvimento de pesquisas, bem como a
prestação de serviços e a realização de eventos. O referido Centro disporá de 32 ha de
área física total e prevê a construção de 18.000 m2 na etapa inicial, para os laboratórios
de Pavimentação, Nano-polímeros, Sedimentologia, Geoquímica, Metalurgia Física,
Redes de Comunicação Industriais, Tecnologia Mineral e Tratamento de Resíduos
Oleosos, Polímeros, Modelagem de Craqueamento e Centro de Treinamento, montados
com os recursos da Rede Petrobrás e recursos orçamentários da UFRGS. A SEDETEC
participou na formatação do modelo de inserção do Parque, o qual será a sede física dos
novos investimentos decorrentes do apoio obtido a partir das redes temáticas e dos
núcleos de excelência implementados em parceria com a Petrobrás. Cabe ao Secretário
de Desenvolvimento Tecnológico a coordenação da comissão que tem por objetivo
assessorar a Administração Central na implantação do CENERG. Em 2008 foi obtida a
licença ambiental junto à Prefeitura de Porto Alegre.
b) a ampliação do Instituto de Ciências e Tecnologia de Alimentos, com a
continuidade do projeto de utilização de seu espaço inferior e devida adequação,
permitiu a ampliação em 20% de laboratórios para o ensino de graduação;
c) a conclusão do Prédio de Laboratórios de Ensino em Saneamento abriu
espaço a ser destinado a aulas práticas para os cursos de engenharia civil e ambiental;
d) a construção de uma nova ala no Hospital de Clínicas Veterinárias qualificou
o ensino, bem como permitiu um maior número de procedimentos diários e
e) a construção de vários laboratórios, como o de Inspeção e Tecnologia Animal,
o de Patologia Animal, que abrigou o futuro Crematório da Faculdade, o novo
Coelhário, assim como as novas salas da Suinocultura, qualificaram o ensino e a
pesquisa, bem como o oferecimento de cursos de extensão destas áreas.
Prevenção de Riscos Ambientais
A UFRGS adotou desde 2010, com a criação do Departamento de
Licenciamento e Fiscalização Ambiental uma política de planejamento ambiental para
as expansões da sua infraestrutura física e regularização e adequação dos espaços
existentes, realizando neste período a obtenção das Licenças Ambientais e de
construção de 100% das obras executadas e licitadas e, concomitantemente a adoção de
210
práticas ambientais protetivas como exigência de Plano de Gerenciamento de Resíduos
da Construção Civil (PGRCC) em todas as obras e reformas, recolhimento e destinação
dos resíduos perigosos como lâmpadas, óleos, tintas, substâncias químicos, resíduos
biológicos, dentre outros.
A partir de 2012, houve a extinção da antiga Coordenadoria de Gestão
Ambiental, passando a existir o Departamento de Meio Ambiente e Licenciamento que
atualmente se ocupa, tanto das Licenças ambientais de Instalação e Operação (LIs e
LOs) dos espaços físicos existentes, como das atividades rotineiras: manejo e destino de
resíduos sólidos, programa de coleta seletiva, destinação óleos Rus, manejo da
vegetação existente e compatibilização da mesma com as atividades da Universidade.
Encontra-se em andamento ainda na UFRGS um Grupo de Trabalho que busca
orientar e normatizar os procedimentos administrativos na Universidade no que tange às
licitações sustentáveis e a adequação da Universidade à Instrução Normativa n.
01/2010, à Portaria 41/2012 e à Instrução Normativa n. 10/2012 do MPOG (ministério
do Planejamento, Orçamento e Gestão, todas referentes às práticas de sustentabilidade
na Administração Pública. Destaca-se ainda que a Universidade é integrante dos
Programas A3P (Agenda Ambiental na Administração Pública) e PROCEL (Eficiência
Energética), ambos de âmbito federal.
A implantação do Departamento de Meio Ambiente e Licenciamento
(DMALIC) permitiu conhecer e organizar os diferentes sistemas de gestão e
monitoramento ambiental necessários de acordo com a legislação vigente; desse modo
foi criado um grupo interdisciplinar que se ocupa dos diferentes tipos de resíduos
gerados: de saúde, químicos, recicláveis, comuns, da construção civil, perigosos
(tais como pilhas, baterias, lâmpadas, óleos, etc.). Esse grupo vem criando diretrizes
para geração, descarte e reuso desses materiais, através da implantação de normas
e procedimentos internos, bem como mecanismos de controle
de geração e disposição final. Também atuam na elaboração do Plano Institucional de
Resíduos Sólidos a ser finalizado até 2016.
O DMALIC, concomitantemente, vem se ocupando da regularização ambiental
dos espaços da Universidade, tendo sido obtida a Licença de Operação junto ao IBAMA
dos laboratórios que trabalham com materiais radioativos e/ou radiológicos no Campus
do Vale. Foi também obtida junto a FEPAM a Licença de Operação de todas as
atividades desenvolvidas no Campus do Vale. Tais licenças agora necessitam
211
da efetiva implantação de programas e projetos de monitoramento a fim de permitir o
pleno desenvolvimento das atividades da Universidade em consonância com
a legislação ambiental vigente. Encontra-se em tramitação no momento a renovação da
LI da expansão da Escola de Enfermagem, a renovação da LI do Setor 09 do Campus do
Vale (Almoxarifados), a obtenção da Licença de Operação do Campus Litoral e da
Licença de Operação (LO) da área do Barro Vermelho em Gravataí.
Em busca de estabelecer novas práticas, de acordo com as diretrizes
de segurança ambiental neste momento, encontra-se estabelecido um Grupo de Trabalho
multidisciplinar, formado por servidores do DMALIC, de outros setores da SUINFRA e
da UFRGS e de docentes, os quais têm a missão de elaborar normativas de segurança
ambiental para o funcionamento dos laboratórios e demais espaços, principalmente
aqueles de uso acadêmico e de pesquisa. Esse sistema, provisoriamente denominado de
SIPA (Sistema Integrado de Proteção Ambiental), servirá no futuro como mecanismo
de monitoramento das atividades de maior impacto ambiental desenvolvido na UFRGS,
nos moldes já existentes em Universidades de Excelência em nível mundial.
O DMALIC atua ainda no GT UFRGS responsável pela proposta do Plano de
Logística Sustentável da UFRGS, de acordo com Portaria 3568 de 2015, a fim de
atender a IN n.02/2015 e a Portaria 23/2015 do Ministério do Planejamento.
INDICADORES SUINFRA:
20.986,85 m² de espaços de convivência para a graduação (¹) / 30.785 alunos de
graduação (²)
55.438,99 m² de salas de aula (³) / 30.785 alunos de graduação (²)
20.986,85 m² de espaços de convivência para a PG (4) / 2.634 docentes de PG (²)
55.438,99 m² de salas de aula (³) / 30.785 alunos de graduação (²)
20.986,85 m² de espaços de convivência para a PG (³) / 2.634 de docentes de PG (5)
25.417,56 m² de sala de professores (³) / 2.634 docentes (5)
65.172,27 m² de laboratório (³) / 30.785 alunos de graduação (²)
Prédios com plano de conservação estrutural (7)/ 300 prédios (³)
9 prédios com plano de prevenção de incêndio (³)/ 300 prédios (³)
R$ 24.637.405,25 em manutenção ou ampliação de infraestrutura gasto no ano (³)/ 93
cursos de graduação (²)
Avaliação qualitativa do estado de conservação dos prédios / Patrimônio Histórico
212
(¹) – Fonte SUINFRA (considerando áreas de circulação externa)
(²) – Fonte PROGRAD
(³) – Fonte SUINFRA
(4) – Não há distinção para área convivência de alunos de graduação e pós
(5) – Fonte PROGESP
(6) – Segundo a PROGESP os docentes atuam tanto numa área ou outra sem distinções
(7) – Sem indicadores
7.3. Biblioteca Central
A UFRGS mantém um Sistema de Bibliotecas (SBUFRGS) que se organiza
através de bibliotecas setoriais. É formado pela Biblioteca Central, 30 bibliotecas
setoriais, uma biblioteca escolar (ensino fundamental e médio) e uma biblioteca
depositária da documentação da Organização das Nações Unidas (ONU). Essa estrutura
costumava atender adequadamente às necessidades de ensino e pesquisa. Atualmente,
porém, com a presença cada vez maior da interdisciplinaridade e com a disponibilidade
de ferramentas e acervo bibliográfico online, essa estrutura tem se demonstrado obsoleta
e onerosa.
O funcionamento das bibliotecas demanda uma enorme quantidade de
servidores, é necessário que se adquira uma maior quantidade de exemplares de material
bibliográfico impresso para atender diferentes bibliotecas, entre outros investimentos e
custos necessários. Para modernizar sua estrutura de bibliotecas, a UFRGS deve buscar
a “paulatina transformação do Sistema pela construção de bibliotecas centrais nos
diversos campi (Central, da Saúde, Olímpico e do Vale) ” (PDI 2011-2015).
Encerramos 2015 com o projeto básico da Biblioteca do Campus do Vale em fase de
conclusão. O campus Litoral Norte já foi concebido nesse modelo, embora inicialmente
tenha sido construído um prédio muito pequeno, que em breve será insuficiente para
atender à demanda dos usuários do campus.
A Biblioteca Central é responsável pela coordenação técnica do SBUFRGS –
definição de políticas e procedimentos - e pela aquisição de material bibliográfico para
todas as bibliotecas. Os demais aspectos da gestão das bibliotecas setoriais - gestão de
pessoas, infraestrutura, manutenção e conservação, equipamentos, etc. - são de
responsabilidade da respectiva Unidade Acadêmica ou Regional. Entretanto a Biblioteca
213
Central procura centralizar as compras de equipamentos, mas nem sempre obtém
recursos suficientes, por se tratar de 33 bibliotecas.
Infraestrutura
As 33 bibliotecas que compõem o Sistema de Bibliotecas da UFRGS buscam
oferecer uma infraestrutura de apoio que atenda às atividades de ensino e pesquisa da
Universidade. Ao todo, são 14.174 metros quadrados de área construída, o que
representa uma área de 0,53 metro quadrado por aluno de graduação. O SBUFRGS
oferece aos usuários 1.013 postos de leitura, sendo 512 localizados nas 47 salas de
leitura disponíveis. Um percentual de 39,3 das bibliotecas considera a quantidade de
postos e salas de leitura excelente ou boa, enquanto para 60,7% das bibliotecas essa
quantidade é péssima ou ruim. Importante mencionar que 8 bibliotecas não possuem
salas de leitura; além destas, outras 5 bibliotecas não possuem nenhum posto de leitura,
configurando-se na verdade como depósitos de livros. Visando melhorar esse quadro,
algumas bibliotecas têm feito readequações em seu leiaute; entretanto, a área física da
maioria não comporta novos postos de leitura logo, necessitam reformas ou aguardam a
construção das novas bibliotecas por campus.
Verificou-se que, em 2015, 35.7% das bibliotecas consideram sua
infraestrutura boa ou excelente. Outras 64,3% declararam que sua infraestrutura é
regular, ruim ou péssima. Entre as potencialidades apontadas, destacam-se a localização
em espaço acessível, o fato de várias bibliotecas estarem localizadas em prédios novos
ou terem sua área reformada recentemente e a boa infraestrutura de rede de dados,
incluindo a rede sem fio. As bibliotecas apontaram como fragilidade principalmente a
área física insuficiente ou inadequada e a inexistência de sistemas de segurança, tanto
pessoal como patrimonial (do acervo). Mesmo na biblioteca do campus Litoral Norte,
entregue à comunidade em 2014, o espaço físico é muito pequeno, comportando apenas
41 pessoas, entre equipe e usuários, e o prédio já possui infiltrações, requerendo
manutenção. Na busca de melhorias, temos bibliotecas que estão avaliando o acervo e
se desfazendo do que já não atende mais ou fazendo mudanças no leiaute, para ganhar
espaço. Diversas bibliotecas aguardam providências da direção da Unidade para
melhorar sua infraestrutura. A maioria das bibliotecas do Campus do Vale aguarda a
construção do prédio da nova biblioteca.
Quanto à conservação, 46,4% consideram-na boa ou excelente, enquanto 53,4%
das bibliotecas entendem que a conservação é regular, ruim ou péssima. Como
214
potencialidades, identificamos a eficiência do serviço de manutenção da Universidade e
o fato de alguns prédios terem sido construídos ou reformados recentemente, não
exigindo um grande esforço de conservação. As principais fragilidades apontadas
referem-se a problemas estruturais dos prédios mais antigos. A Biblioteca do Instituto
de Psicologia em 2015 ficou fechada na maior parte do ano, porque o prédio foi
interditado devido a problemas no revestimento do teto, que não ocorreriam se houvesse
uma conservação adequada. Visando à manutenção da conservação, a ação
predominante é o constante monitoramento do espaço e solicitação de manutenção
sempre que necessário.
A iluminação é considerada boa ou excelente por 60,8% das bibliotecas,
enquanto 39,2% consideram-na regular, ruim ou péssima. A potencialidade que mais se
destaca é a existência de luz natural. Entre as fragilidades, temos a demora na
substituição de lâmpadas e má distribuição das luminárias. Como principal estratégia na
busca de melhorias está a solicitação de elaboração de projetos de iluminação mais
adequada.
No que diz respeito à climatização, 53,6% considera a climatização de sua
biblioteca boa e 46,4% consideram-na regular, ruim ou péssima. A potencialidade é o
correto dimensionamento do equipamento de climatização. A ausência ou inadequação
da climatização é a fragilidade apontada. As bibliotecas que consideram sua
climatização regular, ruim ou péssima solicitaram e aguardam uma solução por parte da
Unidade Acadêmica.
A acústica é boa ou excelente em 32,1% das bibliotecas, enquanto em 67,9% é
regular, ruim ou péssima. Isso deve-se ao fato de a maioria estar instalada em áreas não
projetadas para este fim. Assim, localizar-se em prédio próprio é uma potencialidade,
enquanto a principal fragilidade é a necessidade de silêncio para o ambiente, o que
muitas vezes é dificultado pela falta de acústica adequada, que permita atender
necessidades do usuário e da equipe de trabalho ao mesmo tempo (que precisa se
comunicar entre si e com os usuários, sem atrapalhar os demais). Outra fragilidade
apontada é demora das direções das Unidades Acadêmicas em tomarem medidas para
minimizar o problema, como isolamento acústico e instalação de divisórias.
A ventilação é boa ou excelente em 46,4% das bibliotecas e regular, ruim ou
péssima em 53,6%. Contribui para isso o número adequado e distribuição das aberturas,
no caso das bibliotecas melhor avaliadas, e a impossibilidade de se abrirem as janelas,
215
lacradas por motivo de segurança, nas demais. Por tratar-se de uma questão estrutural, a
solução só virá quando da construção das novas bibliotecas.
Em relação à limpeza, as avaliações foram predominantemente negativas -
60,7% regular, ruim ou péssima contra 39,3%, boa ou excelente. A eficiência do serviço
terceirizado é uma potencialidade relatada pelas bibliotecas que avaliaram
positivamente, enquanto como fragilidade temos a alta rotatividade na equipe de
terceirizados e a falta de higienização do acervo, que deve ser feita por empresa
especializada. Para resolver a questão da higienização do acervo, a Biblioteca Central
elaborou plano de trabalho para todo o SBUFRGS e aguarda desde 2008 a contratação
de empresa, mas sempre há um contrato de terceirização prioritário. As bibliotecas
setoriais empenham-se junto às Unidades Acadêmicas, mas apenas duas bibliotecas
conseguiram pessoal específico para essa tarefa.
O mobiliário pode ser considerado bom ou excelente em 53,6% das bibliotecas e
regular, ruim ou péssimo em 46,4%. Muitas bibliotecas utilizaram os recursos
orçamentários disponíveis em maior volume de 2008 a 2014 para aquisição e renovação
do mobiliário. As que não o fizeram foi devido à falta de espaço físico. A principal
fragilidade apontada é o mobiliário antigo, não atendendo aos padrões de acessibilidade
ou não ergonômico. Para a melhoria da situação as bibliotecas têm desenvolvido ações
no sentido de sensibilizar a direção da Unidade para a necessidade de renovação do
mobiliário. Aquelas que não dispõem de espaço físico aguardam a construção das novas
bibliotecas.
A quantidade de equipamentos, principalmente computadores, é boa para 46,4%
e ruim ou regular para 53,6%. Nenhuma possui excelência em quantidade de
equipamentos, como também nenhuma considera a quantidade péssima. A equipe
possui uma quantidade de computadores que permite a realização de suas atividades,
mas faltam muitos computadores para usuários, uma vez que há uma crescente
migração do acervo para formatos digitais.
A Biblioteca Central normalmente realiza a aquisição dos equipamentos –
computadores e equipamentos específicos para o setor de atendimento a usuários.
Entretanto, em 2015 não conseguimos obter nenhum recurso para esse fim. A demanda
permanece junto ao órgão competente e acreditamos que em 2016 seja possível alocar
recursos específicos. A qualidade dos equipamentos é considerada boa ou excelente
para 39,3% das bibliotecas, enquanto 60,7% a consideram regular, ruim ou péssima. A
potencialidade são equipamentos novos, que aumentam a eficiência do trabalho da
216
equipe e permitem aos usuários mais agilidade e melhor qualidade em suas pesquisas.
Como fragilidade, uma vez que a equipe utiliza sistemas que demandam computadores
de maior qualidade, quando se adquirem computadores novos os utilizados pela equipe
são deslocados para os usuários. Quando há um atraso na renovação de equipamentos,
como em 2015, a tendência é os computadores de usuários passarem a não atender suas
necessidades. Espera-se que com a existência de recursos em 2016 se possa melhorar a
situação dos equipamentos.
Em uma análise global, percebe-se que a os pontos fracos das bibliotecas
relacionam-se principalmente à infraestrutura, o que fica evidenciado na falta ou
inadequação dos prédios, na insuficiência de postos de leitura, nos problemas de
segurança e de acústica. De modo geral, as Unidades Acadêmicas investem muito pouco
nas bibliotecas. Assim, para mudar esse quadro, é necessária a construção de novos
prédios específicos para bibliotecas, por campus, numa iniciativa institucional e não a
cargo de cada Unidade. Essa necessidade é apontada no PDI 2011-2015 e já foram
dados os primeiros passos para a consecução desse projeto.
Acervo
Em 2015 o acervo do SBUFRGS é de seu acervo reúne 743.047 livros
(volumes), 46.881 e-books, mais de 15.000 títulos de periódicos e 101.388 outros
materiais (incluem disquetes, CD-ROM, fitas de vídeo, folhetos, microfichas, fitas
cassete, documentos eletrônicos).
Destaca-se a ampliação do acervo de e-books, que cresceu mais de 12% em
relação a 2014.
Em 2015, foram investidos R$ 3.054.403,84 em material bibliográfico, o que
representa um valor de R$ 114,04 por alunos de graduação, R$ 21,64 a mais por aluno
em relação a 2014.
Serviços
Os horários e calendário da maioria (92,9%) das bibliotecas atende às
necessidades dos alunos nos turnos de aulas diurnos e noturnos. Isso acontece quando
há recursos humanos em quantidade suficiente. Os motivos para que um pequeno
percentual não consiga atender são, então, a falta de pessoal e também a falta de
segurança no seu entorno, inviabilizando o funcionamento em horário noturno. Das 33
bibliotecas, 17 estão abertas por 12h ou mais e 7 ficam abertas até às 21h ou após.
217
O Sistema de Bibliotecas da UFRGS (SBUFRGS) está todo informatizado. O SABi,
catálogo on-line das bibliotecas da Universidade <http://www.sabi.ufrgs.br>, cuja
interface de busca é simples e amigável, reúne o acervo das 33 bibliotecas, de modo a
facilitar a localização das publicações, além de possibilitar a realização de reserva de
itens e renovação de empréstimos na web. O Quadro 44 ilustra o número de transações
de circulação realizadas em 2015.
Transações 2014 2015 Crescimento
Empréstimos 257.938 220.285 -15%
Reservas Balcão 1.487 1.714 15%
Internet 21.511 16.726 -22%
Renovações Balcão 34.216 55.169 61%
Internet 2.809.312 2.409.570 -14%
Consulta 57.254 47.840 -16%
Total 3.181.718 2.751.304 -14%
Quadro 44 - Transações de circulação, 2014-2015
Como demonstra o Quadro 45, em 2015, os alunos de graduação foram responsáveis
por 2.003.485 transações de circulação de material bibliográfico no SBUFRGS, ou seja,
104,7 transações por usuário, 9,52% a menos em relação ao ano anterior. Isso se explica
pelo grande investimento que a Biblioteca Central vem fazendo em acervo virtual,
ampliando a oferta de e-books à comunidade acadêmica.
Categorias Nº de usuários Nº de transações
Aluno de graduação 19.135 2.003.485
Aluno de pós-graduação 5.598 551.077
Docente 1.045 52.295
Servidor técnico 720 61.579
Aluno de ensino fund./médio/prof. 532 7.667
COMUT 2 7
Vínculo temporário 65 4.637
218
Categorias Nº de usuários Nº de transações
Biblioteca SBU 24 1.252
Funcionário HCPA 91 1.872
Aluno de extensão 68 911
Colaborador convidado 252 14.556
Biblioteca de outra instituição 12 185
Servidor técnico aposentado 16 425
Docente aposentado 18 217
Membro de incubadora 0 0
Aluno de ensino infantil 0 0
Tutor de disciplina EAD 0 0
Pólo EAD 2 3.217
Usuário empréstimo
estendido=Órgãos UFRGS
9 82
Total 27.589 2.703.464
Quadro 45 - Nº usuários Biblioteca por categoria X Nº transações empréstimo, renovação e reserva,
2015 Importante mencionar o Repositório Digital da UFRGS, denominado Lume,
projeto conjunto da Biblioteca Central e do Centro de Processamento de Dados. É o
portal de acesso às coleções digitais de documentos gerados no âmbito da Universidade
e de outros documentos que, por sua área de abrangência e/o pelo seu caráter histórico,
é de interesse da Instituição centralizar sua preservação e difusão
<http://www.lume.ufrgs.br>. O Quadro 46 apresenta o total de itens nas coleções
disponíveis no Lume e respectivos acessos e downloads.
Coleções
Itens incluídos Nº de acessos Nº de downloads
2014 2015 2014 2015 2014 2015
Acervos 3.203 6.013 186.504 262.092 279.435 460.103
Eventos UFRGS 10.714 7.062 603.062 978.886 1.041.847 1.618.924
Produção intelectual 8.528 6.356 865.490 1.258.959 1.212.597 1.708.649
REA 23 2.894 372
Teses/dissertações 2.211 2.631 2.869.978 3.344.765 6.256.503 7.406.330
219
Trabalhos
Acadêmicos e
Técnicos
2.812 2.784 2.012.525 2.482.543 5.817.218 8.181.751
Total 27.468 24.869 6.537.559 8.330.139 14.607.600 19.376.129
Quadro 46 - Número de documentos incluídos, acessos e downloads no Repositório Digital Lume
Dentre outros serviços oferecidos pelas bibliotecas destacam-se a comutação de
documentos, a realização de levantamentos bibliográficos, orientação/normalização de
trabalhos técnico-científicos e treinamento de usuários/visitas orientadas. Foram
realizados pela Biblioteca Central, em 2015, 17 cursos e seminários com o objetivo de
desenvolver o domínio de técnicas de identificação e uso da informação em Ciência,
Tecnologia e Inovação, dirigidos tanto a alunos como a docentes e técnicos-
administrativos da Universidade e público em geral, no total de 1.102 vagas ofertadas.
7.4. Recursos de Informação e Comunicação – Centro de Processamento de Dados
(CPD)
O Catálogo de Serviços de Tecnologia da Informação na UFRGS é de
responsabilidade do Centro de Processamento de Dados. Tem sido política da
Universidade o investimento contínuo na infraestrutura de TI, para manter seus serviços
atualizados.
O grande desafio da área de TI é a adoção das boas práticas de Gestão definidas
no ITIL e a implantação dos conceitos de Governança, baseados no COBIT.
O TCU tem realizado uma medição do índice de Governança de TI nos órgãos
do Governo Federal, e o quadro evolutivo da UFRGS é o seguinte:
Ano iGovTI Maturidade
2010 0,29 Inicial
2012 0,35 Inicial
2014 0,37 Inicial
Quadro 47 - Evolução do Índice de Governança de TI UFRGS
Embora a evolução positiva do iGovTI, a Maturidade permaneceu no nível
Inicial.
220
O objetivo é alcançar o índice de Maturidade Intermediário na avaliação que
será realizada em 2016. Para tanto, o CPD desenvolve projeto específico visando
implantar a Governança de TI e a Gestão de Serviços de TI, com base em
procedimentos e padrões aderentes às melhores práticas de mercado (ITIL e COBIT),
alinhados às diretrizes e planos de ação que constam do Plano de Desenvolvimento de
Tecnologia da Informação da UFRGS.
O projeto da Gestão de Serviços de TI foi implementado ao longo de 2014/2015,
envolvendo diretamente 23 técnicos da UFRGS e abrangendo 11 reuniões de
planejamento, 51 reuniões do Comitê Técnico e 20 reuniões do Comitê Executivo até a
entrada em operação, ocorrida em 27/10/2015. Os processos de gerenciamento de
incidentes e requisições estão em pleno funcionamento, incluindo pesquisa de
satisfação, a cada atendimento. O processo de gerenciamento de problemas está
mapeado no software e será implementado em 2016. O processo de gerenciamento de
configuração e ativos está sendo aprimorado, com base nas integrações já
implementadas entre o software e os diversos sistemas da UFRGS. O Comitê
Consultivo de Mudança está criado, o processo de gerenciamento de mudanças está
mapeado no software e será implantado em 2016, após o funcionamento pleno do
gerenciamento de configuração de ativos.
Os principais resultados deste projeto em 2015 foram o lançamento do Catálogo
de Serviços de TI atualizado, disponível para acesso em (www.ufrgs.br/catalogoti); do
novo Software para Gerenciamento de Serviço (ITSM), aderente ao ITIL (Information
Technology Infrastructure Library), referência mundial nas melhores práticas para
organizações que prestam serviços de TI; e a consolidação das Centrais de Atendimento
(CA) remotas, criadas nos Campus do Vale, Campus Centro, Campus Saúde e Campus
Litoral.
Para padronizar o processo de software no âmbito dos sistemas desenvolvidos
pelo CPD, foi instituído um novo modelo de construção de software aderente à estrutura
de serviço do CPD e as recomendações de boas práticas da Governança de TI. A grande
dificuldade para atender às exigências de qualificação do planejamento e gestão da área
de TI e ao mesmo tempo ampliar os serviços prestados à comunidade acadêmica é a
limitação existente no quesito recursos humanos. O atual quadro de vagas é insuficiente
e com remuneração inferior à de outras carreiras de TI do Governo, dificultando a
contratação e retenção de técnicos qualificados. O quantitativo necessário de servidores
221
como força de trabalho da área de TI foi definido pela Universidade como sendo 5% do
total de servidores, incluindo docentes e técnico administrativos, sendo que a UFRGS
possui apenas 50% do total previsto. A ausência de cargos estruturados, em carreira
própria, impossibilita a realização de concursos públicos para áreas de conhecimento e
atuação específicos, característicos das atividades de TI. A imposição do MEC, em
definir que só graduados em cursos da área de Ciência da Informação ou similares
podem ocupar as vagas de Analistas de TI limitam a interdisciplinaridade, a diversidade
de conhecimento e as experiências necessárias para o desenvolvimento da prestação de
serviços de TI para uma Universidade, cuja responsabilidade na UFRGS é do CPD. A
falta de gratificações para cargos de chefias não estimula o envolvimento dos técnicos
nas atividades de planejamento. Por fim, a inexistência de regulamentação para regime
de plantões, sobreavisos, trabalho remoto e para atividades desenvolvidas no regime
24hs por dia e 7 dias por semana impede que a operação dos serviços seja realizada de
acordo com as atuais necessidades da UFRGS.
Na área de infraestrutura de comunicação, a UFRGS está conectada com
velocidade de 10 Gb ao backbone da RNP e com seus campi na cidade de Porto Alegre,
utilizando a Redecomep/MetroPOA, com exceção do Campus Olímpico que, por este
motivo, não possui redundância de conexão. Os links contratados pela UFRGS para o
Campus Litoral Norte, o CECLIMAR na cidade de Imbé, e a Estação Agronômica na
cidade de Eldorado, foram substituídos por enlaces contratados pela RNP. Todos os
prédios internos estão conectados por fibra ótica, sem redundância. O projeto de criação
de um anel ótico que possa prover redundância a todos, ou pelo menos, às principais
Unidades acadêmicas é um dos desafios da TIC. Outra necessidade é a iluminação
completa de todos os espaços da Universidade pelo sinal da rede sem fio. Hoje, a
UFRGS oferece as redes UFRGS sem fio, EDUROAM e Unidade sem fio. Nas redes
internas dos prédios existem, ainda, muito switches não gerenciáveis que deverão ser
substituídos para atender às necessidades atuais dos serviços. Embora o Comitê Gestor
de TI tenha definido como investimento prioritário a atualização e expansão da rede
sem fio, em função do corte orçamentário, não foi possível realizar o projeto.
Na área de segurança da informação, o Comitê de Segurança da Informação da
UFRGS foi criado, mas será necessário um grande esforço na regulamentação da
Política de Segurança.
222
Na área de sistemas de informação, a UFRGS possui os seguintes sistemas:
graduação, pós-graduação, ensino médio e fundamental, ensino a distância, pesquisa,
extensão, biblioteca, vestibular, avaliação, recursos humanos, controle patrimonial, de
processos, de material, orçamentário, espaço físico, ouvidoria, restaurante universitário,
assistência estudantil, eleições, evento institucional, acervo, Sala de Aula Virtual e
Repositório Digital. Possui um sistema de aplicações de suporte à gestão da informação
baseada em tecnologia BI (Business Intelligence) com modelos multidimensionais em
todas as áreas, mas seu uso ainda é restrito. Três plataformas para EAD são mantidas,
ROODA, NAVI e MOODLE, criando dificuldades no suporte e manutenção. Em 2015
foram lançados os aplicativos UFRGS Mobile e UFRGS Mapas, que exigirá, para
expansão, a manutenção de uma equipe de desenvolvimento específica. O SEI, sistema
de processo digital, começou a ser implantado, mas a cultura do papel é o principal
empecilho para agilidade desta atividade.
Há uma questão importante em relação à prática do Governo Federal. Cada vez
mais há a imposição de usos de sistemas e obrigatoriedade de registros de informações
de maneira unilateral, que não foram projetados para atender a realidade
administrativa/organizacional da Universidade e sem a devida análise nas repercussões
na área acadêmica, causando retrabalho e consequente aumento da necessidade de
recursos humanos e financeiros.
Há vários serviços disponíveis para a comunidade universitária, como
conferência web, vídeo conferência, e-mail, hospedagem de site, Nuvem, servidor de
arquivos, entre outros. Estes serviços são oferecidos de maneira centralizada, para
melhor aproveitamento da infraestrutura e melhor uso dos recursos computacionais. No
entanto, muitos setores da Instituição ainda mantêm serviços paralelos subutilizando
recursos que poderiam ser usufruídos por todos.
Os serviços de TI da Universidade são baseados no reconhecimento e
identificação de usuários, em seus diversos tipos de vínculos que podem manter com a
UFRGS, registrados na base de dados institucional e com credenciais replicadas em
outras plataformas como bibliotecas, RUs, e-mail, etc. A gestão de identidade é uma
preocupação da área de TI, mas os demais setores responsáveis da Universidade
precisam priorizar esta atividade.
A estrutura central de TI tem 100 TB de storage, estruturas de blade Server e
solução de backup para prover os serviços de informações à comunidade. Foram
223
adquiridos, no último ano, um novo gerador e no break para resolver o problema de
fornecimento contínuo de energia ao datacenter. Contudo, problemas de logística, como
abastecimento de óleo do gerador cujo contrato não prevê prestação de serviço fora do
horário comercial, criam riscos na continuidade do funcionamento do datacenter. Está
em construção um novo datacenter, uma iniciativa conjunta da UFRGS com o HCPA,
Hospital de Clínicas de Porto Alegre, que resolverá os problemas enfrentados pelo atual
datacenter, cuja estrutura tem mais de 30 anos. Todos os investimentos em
infraestrutura no atual datacenter foram dimensionados considerando a inauguração do
novo prédio, ainda em 2015. O atraso na conclusão do prédio, atualmente prevista para
2017, implica risco de esgotamento da capacidade do atual datacenter.
Todas as ações na área de Tecnologia da Informação são definidas pelo Plano de
Desenvolvimento de TI – PDTI, que é alinhado ao PDI da Universidade. A construção
de um novo PDTI será o desafio de 2016.
224
8. PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO (AUTOAVALIAÇÃO INSTITUCIONAL)
8.1. Planejamento e Avaliação (Autoavaliação Institucional) - Secretaria de
Avaliação Institucional (SAI)
A Secretaria de Avaliação Institucional (SAI) é um órgão da Administração
Central, responsável por coordenar e articular as diversas ações de avaliação e regulação
desenvolvidas na Instituição. Ela surgiu como consequência do longo processo de
constituição e consolidação de uma política institucional de avaliação.
A SAI é o órgão executivo da Comissão Própria de Avaliação (CPA), conforme
determina seu Regimento, aprovado pelo CONSUN. A CPA é responsável pela
coordenação e pela articulação das diversas ações de avaliação desenvolvidas pela
Instituição, sejam elas demandas internas ou externas. A CPA coordenada a atuação dos
Núcleos de Avaliação das Unidades (NAUs) e o sistema de consulta ao corpo discente
de graduação, bem como aprova o Relatório de Autoavaliação Institucional.
Com a finalidade de contribuir para a reflexão sobre a Universidade, a CPA
organizou em 2015 um Painel intitulado Painel PDI UFRGS Avaliação Institucional
para subsidiar a produção do Plano de Desenvolvimento Institucional – PDI da UFRGS.
Nesse ano foi instituída a “Semana de Avaliação na UFRGS” (Decisão CPA nº
2/2015), onde foram apresentados os resultados das avaliações internas à Administração
Central (Reitor, Vice-Reitor, Pró-Reitores, Secretários, Diretores, etc.) pela CPA, assim
como foram apresentados os resultados das avaliações das Unidades Universitárias
pelos NAUs, referentes ao ano anterior aos gestores das Unidades (Direções, Chefes de
Departamentos, Coordenadores de Comissões, Colegiados, etc.).
Durante o ano de 2015 todo o quadro da SAI envolveu-se ativamente na
organização do evento Simpósio Avaliação da Educação Superior (AVALIES), o
primeiro evento desse porte promovido pela UFRGS, que propôs a área de avaliação
como produção de conhecimento. O Simpósio teve como objetivos estimular a geração
do conhecimento em Avaliação Institucional, debater o estado da arte em avaliação e
provocar a interação entre pesquisadores da área, buscando qualificar as Instituições de
Educação Superior. Contou com um total de 220 participantes, 20 trabalhos
apresentados oralmente, 12 trabalhos apresentados em pôsteres, 2 conferências
internacionais e 4 painéis com profissionais de referência na área de avaliação
institucional. Foram premiados 4 trabalhos na modalidade oral, 2 nacionais e 2
internacionais. Além dos recursos aportados pela UFRGS, o evento contou com
225
recursos do CNPQ e apoio da FAURGS. Dado o sucesso do mesmo, confirmou-se a
realização da segunda edição do AVALIES na UFRGS, nos dias 31 de agosto, 1º e 02
de setembro de 2016.
No ano passado a SAI também contou com a oficialização dos Departamentos
de Avaliação e Regulação da SAI, os quais já estavam executando suas tarefas há dois
anos. Foram constituídos inicialmente como Núcleos, de forma a contemplar as
nomenclaturas oficiais da UFRGS. Sua oficialização foi positiva para uma melhor
organização interna da SAI, tornando suas ações mais eficientes e eficazes em relação
aos processos administrativos, regulatórios e avaliativos internos e externos. Vale
ressaltar que a institucionalização destes departamentos fortalecerá ainda mais a
Secretaria de Avaliação Institucional junto à comunidade acadêmica e aos órgãos
externos.
Sabe-se que a SAI possui status de uma Pró-Reitoria. No entanto, é necessário
oficializar este status, para corresponder à importância que a Avaliação vem adquirindo
institucionalmente nas últimas décadas, e dar maior visibilidade à cultura de Avaliação
que tem se consolidado nesta gestão. Após a definição da estrutura, poderia haver a
destinação de recursos financeiros próprios, rompendo com a atual dependência
financeira ao Gabinete da Reitoria, desonerando-o das questões cotidianas de destinação
de despesas.
Outra demanda de melhoria é a necessidade de um espaço próprio para a CPA,
espaço este que atenda às necessidades de reunir-se periodicamente como Conselho
Superior da Universidade e, além disso, para garantir um espaço para seus
representantes se envolverem efetivamente na produção de conhecimento científico
sobre avaliação.
1. Departamento de Avaliação
Em 2015, o Departamento de Avaliação continuou desenvolvendo as atividades
de atualização de dados do Painel da Qualidade; a sistematização e publicação da
autoavaliação institucional (RAAI); a implementação dos instrumentos de avaliação
aprovados pela CPA (entre eles a avaliação da pós-graduação, do Colégio de Aplicação
e o questionário do egresso), e a logística de preparação à realização do ENADE,
assessorando os cursos para garantir o sucesso na realização deste Exame. Também
realizou o acompanhamento e tabulação de rankings nacionais e internacionais.
226
No ano de 2015, houve a implementação do novo questionário de avaliação da
pós-graduação, aprovado pela CPA. Neste ano, também foram implementados os
Relatórios de Avaliação Docente Quantitativo e Qualitativo, que apresentam os
resultados das avaliações discentes e os comentários atribuídos a cada docente. Além de
apresentar de maneira detalhada os resultados da avaliação para cada docente, os
relatórios também são utilizados para fim de progressão a Professor Titular, atendendo a
Decisão 232/2014 do CONSUN.
O sistema ENADE (informatizado, específico da UFRGS) foi aprimorado para
contemplar alterações determinadas pelo INEP e para facilitar o processo de inscrição,
consulta e dispensa dos alunos.
O Departamento de Avaliação atuou fortemente nas atividades de apoio para a
criação do AVALIES, especialmente no que se refere ao desenvolvimento do site do
evento, sua atualização constante, a edição dos Anais eletrônicos, o acompanhamento
dos trabalhos inscritos e a recepção e inscrição dos participantes in loco.
Também neste ano, o departamento iniciou o processo de análise e
desenvolvimento dos instrumentos de avaliação para o Colégio de Aplicação.
O departamento atuou prestando suporte ao Departamento de Regulação desta
Secretaria, fornecendo informações para os processos de avaliação de curso. Iniciou o
processo de desenvolvimento de uma aplicação que visa agilizar o fornecimento destas
informações e tornar o Departamento de Regulação independente para a realização
desta atividade.
Quanto às fragilidades nos processos de trabalho, podemos apontar, entre outras,
a necessidade de expansão do quadro de funcionários, visando agilidade na
implementação, análise de resultados e manutenção de sistemas utilizados por toda a
SAI. Essa expansão também se faz necessária devido ao aumento do número de
instrumentos de avaliação (questionários), o qual acarreta uma demanda maior em
várias tarefas auxiliares aos sistemas informatizados de questionários, como por
exemplo, na sua manutenção, criação de relatórios e extração de informações (tarefas
próprias de análise de tecnologia da informação). Alguns instrumentos de avaliação
planejados, como o questionário do egresso, ainda não foram implementados; os
indicadores para composição do RAAI precisam ser revistos, atualizados e
automatizados.
É necessário dar continuidade ao mapeamento e documentação dos processos de
trabalho em que este departamento atua, em especial o funcionamento dos instrumentos
227
de avaliação, resultados de avaliação (como IGC, CPC e Painel da Qualidade),
ranqueamentos nacionais e internacionais, entre outros.
Além do mapeamento e documentação dos processos de trabalho, é necessário
tomar medidas para implementar melhorias nos pontos de fragilidades detectados nesses
processos, pois o mapeamento de processos como o do ENADE e RAAI ainda não
foram revertidos em efetivas melhorias nos pontos de fragilidade detectados.
2. Departamento de Regulação
Durante o ano de 2015 o Departamento de Regulação da SAI coordenou,
juntamente com as unidades acadêmicas e os cursos envolvidos, diversas ações junto à
comunidade universitária para receber as visitas de avaliação externa para fins de
Reconhecimento e Renovação de Reconhecimento, respectivamente, dos cursos de
Zootecnia e Engenharia de Minas. A preparação e acompanhamento dessas visitas
envolveram a organização de documentos institucionais a serem apresentados à
comissão de Avaliadores, entre os quais o Plano de Desenvolvimento Institucional,
Plano de Gestão, Estatuto, Regimento e Relatório de Autoavaliação Institucional e
demais documentos solicitados pelos avaliadores. No que se refere ao Arcu-Sul
(Sistema de Acreditação Regional de Cursos de Graduação), seguimos acompanhando e
buscando informações sobre o processo de Acreditação do Curso de Odontologia, cuja
etapa a seguir será a visita do comitê de pares de avaliadores.
Foram respondidas diligências do MEC referentes aos processos regulatórios de
cursos dentro do prazo estabelecido pelo Ministério da Educação e realizadas
atualizações dos dados cadastrais, conforme os embargos abertos no sistema e-MEC.
Também se procedeu à abertura de demandas para sanar problemas e dúvidas referentes
aos processos regulatórios dos cursos, a questões de legislação e aos dados cadastrais.
O departamento dedicou-se ao preenchimento no sistema e-MEC de 8
formulários de avaliação de cursos para Reconhecimento e Renovação de
Reconhecimento, prestando orientação às COMGRADs e procedendo ao registro dos
processos de cursos, conforme segue: Engenharia Hídrica, Zootecnia, Arquivologia,
Estatística, Biblioteconomia, Museologia, Relações Públicas e Medicina.
Atendendo ao sistema de registro dos cursos de pós-graduação lato sensu
estabelecido pelo MEC, o departamento manteve atualizado o cadastro dos cursos de
Especialização da UFRGS.
228
O Departamento de Regulação tem trabalhado no aprimoramento dos fluxos de
processos (autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento) no intuito de
melhor organizar as tarefas realizadas no setor, buscando delinear sua identidade e
possibilitar que no futuro outros servidores acompanhem as atividades da Regulação na
UFRGS.
Em relação à estrutura organizacional da SAI, faz-se necessário reforçar a
presença do Departamento de Regulação, articulado ao Departamento de Avaliação: a
Regulação lida com as comissões de avaliação externas relativas aos processos
regulatórios dos cursos. Os processos Regulatórios de Renovação de Reconhecimento,
em que se encontram a maioria dos cursos da UFRGS, estão vinculados aos ciclos
avaliativos do ENADE, atividade de responsabilidade do Departamento de Avaliação.
Isto requer um diálogo permanente entre Avaliação e Regulação. Outro aspecto que
demonstra a correlação entre as atividades dos Departamentos é o fato de que os
Relatórios de Autoavaliação da Instituição (RAAIs) depositados no sistema e-MEC são
organizados pelo setor de Avaliação e compõem os documentos oficiais das visitas de
avaliação de cursos, utilizados pelo setor de Regulação.
Conforme parágrafo único da lei 10.861/2004 (Lei do SINAES), “os resultados
da avaliação (...) constituirão referencial básico dos processos de regulação e supervisão
da educação superior, neles compreendidos o credenciamento e a renovação de
credenciamento de instituições de educação superior, a autorização, o reconhecimento e
a renovação de reconhecimento de cursos de graduação”. Assim, é importante seguir a
estrutura atual da SAI, fortalecendo sempre mais o diálogo entre seus Departamentos.
Ainda sustentando a articulação entre Avaliação e Regulação, a Universidade conta
intensamente com os NAUs, como extensões avaliativas da Comissão Própria de
Avaliação nas unidades acadêmicas, nos processos de visita de avaliação in loco dos
cursos de graduação.
Portanto, diante da importância do Departamento de Regulação, tanto
isoladamente, quanto em seu trabalho conjunto dentro da SAI, sugere-se que a
Secretaria de Avaliação Institucional (SAI) incorpore o Departamento de Regulação em
sua denominação passando a se chamar Secretaria de Avaliação e Regulação
Institucional (SARI), confirmando a necessidade de Avaliação e Regulação se
articularem em seus fazeres diários.
Questões que ainda figuram como fragilidades são: a comunicação entre
Regulação/UFRGS e o sistema e-MEC, tendo em vista que o canal de comunicação
229
disponibilizado pelo Ministério da Educação, o fale conosco, por vezes, não atende com
clareza, objetividade e rapidez às demandas enviadas por este Departamento,
proporcionando dificuldades na atualização de informações do cadastro de cursos;
também há necessidade de pelo menos mais um servidor para auxiliar nas atividades do
Departamento de Regulação, devido à grande demanda dos processos de trabalho.
3. Secretaria Administrativa
Em 2015, a Secretaria Administrativa da SAI continuou contribuindo
amplamente para o bom atendimento das demandas da SAI como um todo, apoiando
administrativamente os Departamentos de Regulação e Avaliação. Também atuou em
diversas tarefas referentes a assuntos da CPA e dos NAUs. Além disso, colaborou na
organização da Semana de Avaliação na Universidade. Auxiliou na organização e
promoção dos V, VI e VII Fóruns dos NAUs. Colaborou ativamente no planejamento,
organização e realização do Simpósio Avaliação da Educação Superior (AVALIES),
promovido pela UFRGS.
Existem ainda algumas fragilidades a serem superadas, entre elas a organização
do Fórum dos NAUs: é recomendável que o Fórum descentralize sua organização
operacional, e procure constituir uma organização própria, em forma de revezamento
entre os NAUs, de modo a evitar sobrecarga na atual estrutura administrativa da
Secretaria da SAI. Uma recomendação para otimizar a realização do evento seria que o
NAU responsável por acolher o Fórum ficasse também responsável pela organização e
pela logística de reserva de sala, organização das apresentações, entre outros. O apoio
da Secretaria Administrativa da SAI continuaria, na forma de divulgação do evento,
realização dos convites e pedido de coffee-break.
Permanece ainda a necessidade de fortalecimento do trabalho dos NAUs, e para
tanto é preciso ser atendida a demanda por infraestrutura física, por aumento de recursos
humanos, e realização de cursos de capacitação.
Outra necessidade é a de melhorar o trabalho de apoio à organização das
reuniões da CPA, o que pode acontecer a partir da proposta da SAI de espaço próprio
para esta Comissão.
Estes apontamentos objetivam contribuir para o debate sobre a organização das
atividades de avaliação institucional dentro da UFRGS e sua otimização, a fim de
230
promover o fortalecimento da consciência coletiva sobre avaliação, visando a melhoria
da qualidade da UFRGS.
ITENS -
ASPECTOS
/QUESITOS
POTENCIALIDADES FRAGILIDADES AÇÕES E
ESTRATÉGIAS
NA BUSCA DE
MELHORIAS
Estrutura
Administrativa
Fortalecer a avaliação
na UFRGS;
Possibilidade de
gerenciar o próprio
orçamento.
Secretaria de
Avaliação é
confundida com
secretaria
administrativa;
Status de Pró
Reitoria não é
visível.
Oficializar o
status de Pró-
Reitoria
Estrutura
Administrativa
Necessidade de
contemplar os vários
Departamentos do
setor e fortalecer o
trabalho coletivo.
O nome
Avaliação
contempla apenas
um dos
Departamentos,
não inclui a
Regulação
Incluir Regulação
e Avaliação na
nomenclatura do
Órgão (Pró-
Reitoria de
Regulação e
Avaliação
Institucional–
PRORAI)
Espaço para CPA
(Comissão Própria
de Avaliação).
Garantia de um espaço
para os representantes
da CPA poderem
exercer seu papel de
produtores de
conhecimento sobre
avaliação.
A CPA carece de
um espaço que
atenda às
necessidades de
reuniões coletivas
periódicas, e para
seus membros se
dedicarem a
estudos e
análises.
Disponibilizar
um espaço para a
Comissão Própria
de Avaliação que
contemple seu
status de
Conselho
Superior da
Universidade.
Recursos Humanos - Demanda pelo
desenvolvimento e
implementação de
instrumentos de
avaliação
informatizados
(questionários)
- Demandas por
Avaliações de Cursos
Aumento da
demanda de
trabalho no
sistema
informatizado de
questionários
- Aumento das
demandas de
Regulação
Ampliar número
de servidores na
área de
tecnologia da
informação e
estatística.
- Aumento em
pelo menos um
servidor Técnico
em Assuntos
Educacionais
231
ITENS -
ASPECTOS
/QUESITOS
POTENCIALIDADES FRAGILIDADES AÇÕES E
ESTRATÉGIAS
NA BUSCA DE
MELHORIAS
Processos de
trabalho
Dar continuidade ao
mapeamento e
documentação dos
processos de trabalho
em que os
departamentos atuam,
em especial o
funcionamento dos
instrumentos de
avaliação, resultados
de avaliação (como
IGC, CPC e Painel da
Qualidade),
ranqueamentos
nacionais e
internacionais, entre
outros.
- Pontos de fragilidade
detectados nos
processos do RAAI e
ENADE já mapeados
Quando os
processos de
trabalho são
assumidos por
apenas um
servidor, na
ausência deste, o
processo é
interrompido
(motivo férias,
saúde, licença
estudos ou
outros).
- Necessidades de
melhoria não
enfrentadas
Mapear todos
processos de
trabalho do setor,
de modo que as
tarefas possam
ser conhecidas e
executadas por
todos.
- Tomar medidas
efetivas para
implementar
melhorias em
fragilidades já
apontadas nos
processos RAAI
e ENADE.
Comunicação entre
Regulação/UFRGS
e o sistema e-MEC
- Necessidade de
melhoria na
comunicação entre
MEC e Regulação
- Fale conosco do
MEC por vezes,
não atende com
clareza,
objetividade e
rapidez às
demandas
enviadas pelo
departamento.
Ampliação e
mais eficiência
nos canais de
comunicação
com o MEC, para
atendimento
imediato às
demandas do
departamento.
Fortalecimento dos
NAUS
Importância do
trabalho dos NAUs
para consolidar a
avaliação na
Universidade
Necessidade de
apoiar de modo
mais efetivo o
trabalho dos
NAUS
Reforço de
recursos humanos
e infraestrutura.
Definição de
composição
oficial.
Quadro 48 - Resumo Avaliativo da SAI
232
9. POLÍTICAS DE ATENDIMENTO AOS ESTUDANTES – Pró-Reitoria de
Assuntos Estudantis (PRAE)
O PDI Institucional 2011-2015 define como um dos objetivos da instituição a
busca da excelência com inclusão social. Está descrito ainda que uma universidade de
excelência não deve apenas respeitar a diversidade social e cultural, mas também,
valorizá-la ao tomar a qualidade das diferenças entre os segmentos culturais que a
integram como fonte de aprendizagem e de produção de conhecimentos.
A assistência estudantil perfaz um conjunto de obrigações, responsabilidades e
ações destinadas a promover condições objetivas para que os alunos regularmente
matriculados na Universidade, prioritariamente os ingressantes pelas políticas de ações
afirmativa, com baixa renda e vulnerabilidade social tenham garantia de permanência e
diplomação, ou seja, ações claramente vinculadas aos objetivos institucionais acima
descritos.
Na UFRGS existem órgãos que atendem diretamente aos estudantes, como a
Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE), o Departamento de Consultoria em
Registros Discentes (DECORDI), o Departamento de Atenção à Saúde (DAS) e a
Coordenadoria de Acompanhamento do Programa de Ações Afirmativas (CAF).
A PRAE é a instância institucional responsável pela execução de parte das
ações de assistência ao estudante. É sucedânea de diferentes órgãos administrativos que
ao longo do tempo vinham cumprindo a função de oferecer serviços no âmbito dos
benefícios estudantis, do acompanhamento, da alimentação, da atenção à saúde, da
moradia estudantil, do lazer e do esporte. Sua atual especificidade revela a importância
e a associação estratégica que a assistência estudantil passou a ter em relação às áreas
de ensino, passando por diversas estruturas administrativas até a sua transformação em
2012 em Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis.
A UFRGS ainda não tem constituída uma Política Institucional de Assistência
Estudantil, o que torna as atividades desenvolvidas pela PRAE como ações de
Assistência Estudantil, desenvolvidas através de um Programa de Benefícios e
Auxílios. A consolidação desta política através da participação dos diversos agentes
institucionais e de representantes de usuários legitimará suas ações.
A PRAE, como órgão executor de ações da assistência estudantil, propôs a
inclusão no PDI 2016-2026 de um eixo nesse sentido.
233
9.1. Coerência das Ações de Atendimento aos Estudantes com as Políticas de
Estado e de Governo
A atual finalidade da PRAE consolidou-se no plano institucional com a edição
da Portaria Normativa n° 39, de 12 de dezembro de 2007, que instituiu, no âmbito das
IFES, o Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES) cujo pressuposto
principal considera a “centralidade da assistência estudantil como estratégia de
combate às desigualdades sociais e regionais, bem como sua importância para a
ampliação e a democratização das condições de acesso e permanência dos jovens no
ensino superior público federal”.
A avaliação positiva dos resultados advindos da execução de suas ações
consolidou o PNAES como instrumento estrutural de política de assistência a
estudantes na perspectiva de contribuição para a conclusão do ensino superior público.
E a expressão desse marco foi a publicação do Decreto n° 7.234, de 19 de julho de
2010, de iniciativa do Presidente da República, que reafirma a importância dessa
política, hierarquizando, enquanto ação de Estado.
A PRAE estrutura-se, a partir de então, dentro desses marcos, compatibilizando
as políticas e ações construídas anteriormente com as novas responsabilidades
estabelecidas na legislação vigente.
O PNAES compreende, como ações de assistência estudantil, iniciativas
desenvolvidas nas seguintes áreas: (I) moradia estudantil; (II) alimentação; (III)
transporte; (IV) assistência à saúde; (V) inclusão digital; (VI) cultura; (VII) esporte;
(VIII) creche e (IX) apoio pedagógico. Essas ações, conforme orientação geral da
SESu/MEC, devem ser hierarquizadas e dimensionadas de acordo com as
especificidades de cada IFES, vinculadas ao seu padrão de intervenção na área de
assistência estudantil.
O PDI Institucional 2011-2015 firma o comprometimento com a expansão e a
inclusão, de modo a ampliar e abrir oportunidades de participação para a sociedade em
geral e, particularmente, para segmentos antes ausentes, seja pela forte expansão de sua
graduação, seja pela inclusão por meio de políticas afirmativas.
A PRAE, a partir desses pressupostos do PNAES e do PDI Institucional,
transforma em ações as demandas identificadas pela sua equipe técnica de
atendimento. Os Auxílios e Benefícios são concedidos mediante a publicação de
Editais: Edital do Programa de Benefícios (semestral), Edital do Benefício da Moradia
234
Estudantil – CEU (semestral) e Edital de Benefícios PEC-G (semestral), Edital de
Auxílio Financeiro e Participação em Eventos (anual).
Além da execução das ações do PNAES, a PRAE igualmente orienta-se na
gestão das bolsas de trabalho e permanência e na participação conjunta com a CAF nas
ações destinadas ao acompanhamento e garantia do cumprimento dos objetivos das
ações afirmativas e do ingresso indígena.
A Lei nº 12.711, de 29 de agosto de 2012 que dispõe sobre o ingresso nas
universidades federais e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio
(regulamentado pelo Decreto nº 7.824, de 11 de outubro de 2012), estabeleceu que em
2016 todas as IFEs reservarão, em cada concurso seletivo para ingresso nos cursos de
graduação, por curso e por turno, no mínimo cinquenta por cento de suas vagas para
estudantes que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas. Em
atendimento a esta legislação, a UFRGS instituiu o Programa de Ações Afirmativas
por meio da Resolução nº 268/2012 do CONSUN, em que estabeleceu que em 2015
está garantido 40% e em 2016 50% das vagas de cada curso para este Programa. Como
dentro dos critérios estabelecidos por essa resolução, 50% dessa reserva é para
candidatos com renda familiar bruta igual ou inferior a 1,5 salários mínimos nacional
per capita, que é o mesmo corte de renda do público prioritariamente atendido pelo
PNAES e o principal critério de ingresso no Programa de Benefícios da PRAE, torna
este grupo diretamente elegível. Além deste grupo tácito, também são elegíveis
estudantes que venham a comprovar posteriormente esta condição dentre aqueles
ingressantes pelo sistema de ampla concorrência e na outra fatia da reserva de vagas de
25%.
Até o advento dessa política de reserva de vagas a UFRGS tinha uma média
constante de beneficiários que girava em torno de 1.800 alunos. A partir da
implementação desta política, o perfil socioeconômico dos novos ingressantes acabou
por aumentar a fatia de alunos aptos a usufruírem dos Benefícios da Assistência
Estudantil e dos recursos PNAES. O número de beneficiários tem aumentado
gradativamente desde 2012, e a partir de 2016 a previsão é de que tenhamos um
número mínimo de 1004 novos ingressantes ao ano (25% das vagas de vestibular), em
um cumulativo nos próximos cinco anos que é o tempo médio de duração dos cursos
na UFRGS.
235
Esse aumento de beneficiários implica diretamente no acréscimo da demanda
de atendimento das equipes de trabalho da Assistência Estudantil e exigirá uma
reavaliação das ações hoje disponíveis, por isso a importância de uma Política
Institucional de Assistência Estudantil e a abertura da participação de novos agentes
neste processo com o objetivo de legitimar cada vez mais o Programa de Benefícios.
Há uma luta nacional pela aprovação de uma Lei que institua a Política
Nacional de Assistência Estudantil, transformando uma política de governo
implementada através do Decreto n° 7.234, de 19 de julho de 2010, que instituiu o
PNAES numa política de estado.
9.2. Acesso, Seleção e Permanência
- Acesso e Seleção
O processo seletivo para o Programa de Benefícios inicia pela confecção dos
Editais semestrais. Por padrão, são publicados dois Editais por semestre: um para
regular a distribuição dos benefícios em geral e outro para regular a distribuição para as
vagas disponíveis nas moradias estudantis. O conteúdo de cada Edital, incluindo
documentação mínima necessária para a avaliação de cada solicitação, é sempre
elaborado por equipe técnica multidisciplinar (assistentes sociais, psicólogos e
pedagogos), levando em consideração estudos de casos precedentes. Todo estudante
beneficiário é obrigado a renovar sua solicitação a cada nova matrícula semestral. A
solicitação somente é disponibilizada pelo sistema para aqueles estudantes que
possuem matrícula/vínculo ativo em curso de graduação no semestre vigente. A análise
técnica verifica a compatibilidade entre os benefícios solicitados e a situação
socioeconômica ilustrada pela documentação apresentada pelo estudante. Se a situação
socioeconômica familiar do estudante é compatível com o perfil prioritário
estabelecido no art. 5º do Decreto n° 7.234/2010, os benefícios solicitados são
concedidos/deferidos para o semestre em vigência. A cada dois anos corridos de curso,
o estudante beneficiário é convocado à nova entrega de documentos para reavaliação
da condição socioeconômica familiar e verificação da compatibilidade com o perfil do
público-alvo PNAES.
A necessidade da avaliação de renda como critério de ingresso na modalidade
de egresso do ensino público com renda bruta mensal familiar per capita de até 1,5
salários mínimos, estabelecido pela Lei 12.711/2012, levou a uma unificação deste
236
processo com a avaliação socioeconômica já realizada na seleção para o Programa de
Benefícios, o que reduziu, para estes ingressantes, a necessidade de duas avaliações.
– Permanência
Ainda não há uma avaliação sistemática específica da PRAE com relação às
implicações do PNAES. Em 2010 a Associação Nacional dos Dirigentes das
Instituições Federais de Ensino Superior – ANDIFES, através do FONAPRACE,
realizou uma pesquisa com o objetivo de mapear a vida social, econômica e cultural
dos estudantes de graduação presencial das Universidades Federais Brasileiras. Em
2011 foi publicado o resultado desta pesquisa, que subsidiou as IFEs para suas políticas
de Assistência Estudantil. Em 2014, foi implementado através do FONAPRACE o
Observatório Nacional, que é uma nova fase desta pesquisa, com a implementação de
um banco de dados unificados de todas as Ações da Assistência Estudantil nas
Universidades Brasileiras, que deverá permitir estudos das relações internas e inter
instituições destas ações.
Em 2012, a UFRGS instituiu a Coordenadoria de Acompanhamento do
Programa de Ações Afirmativas - CAF, através da Decisão nº 268/2012-CONSUN
(Anexo I). Dentre as ações afirmativas estão as ações da assistência estudantil como
instrumento de contribuição com a permanência dos alunos ingressantes pelas políticas
de reserva de vagas. Esta Comissão, em 2015, emitiu um Relatório Anual do Programa
de Ações Afirmativas com uma série de informações que estão servindo de
embasamento para discussões da Assistência Estudantil. A PRAE trabalha de modo
integrado com a CAF, utilizando dados desta avaliação, especialmente em relação ao
desempenho dos estudantes cotistas, como forma de balizar seu trabalho, uma vez que
compartilha o público alvo das políticas. Como definido no relatório, a vigência da
política de ações afirmativas e também das ações do PNAES é muito pequena para
avaliar se houve impacto no desempenho dos estudantes que são usuários destas
políticas, mas é possível verificar que não há diferenças significativas entre as taxas de
evasão e retenção entre alunos cotistas e de ingresso universal. Assim, podemos pensar
que as políticas de assistência estudantil têm sido efetivas para a permanência na
universidade.
237
9.3. Acompanhamento Psicopedagógico
No escopo da definição do PDI Institucional 2011-2015, que propõe a criação
de um programa de atendimento psicopedagógico dos discentes, de forma a contribuir
com a permanência dos alunos nos cursos, diminuir o represamento do processo
formativo e reduzir os índices de evasão, bem como incentivar novas possibilidades de
experiências acadêmica, a PRAE mantém um plantão de atendimento ao estudante pela
sua equipe técnica.
O acompanhamento psicopedagógico ainda é um desafio que a Universidade
precisa enfrentar de uma maneira sistêmica. De maneira muito insipiente a PRAE tem
se dedicado, através de sua equipe de psicologia, pedagogia e assistência social, no
acompanhamento de seus beneficiários, na tentativa de identificar as dificuldades
enfrentadas pelos alunos nas suas atividades acadêmicas e encaminhar, dentro de suas
possibilidades, para outras instâncias institucionais quando a atenção necessita da
interação com outras interfaces institucionais. A CAF também tem se dedicado a estas
ações. É preciso que estas ações sejam ampliadas e que tenham o caráter sistêmico
consolidado, pois um efetivo acompanhamento pedagógico necessita da ação de
agentes de todos os segmentos que atuam nas interfaces acadêmicas e principalmente
pedagógicas, desde os docentes em salas de aula, passando pelas Comissões de
Graduação, Unidades de Ensino e todas as Pró-Reitorias envolvidas em ações
acadêmicas e de assistência. Somente assim, poderá ser alcançada a articulação das
políticas de ensino com as políticas de assistência estudantil, já almejada no PDI
Institucional 2011-2015, mas ainda não alcançada.
Uma das ações que a PRAE considera importante e que complementa o
acompanhamento pedagógico é o seu Programa de Atenção à Saúde, que por meio do
Auxílio Saúde propicia tratamentos em saúde mental para aqueles alunos identificados
no atendimento psicológico.
9.4. Participação Estudantil
Em 2015 iniciou-se, tanto por iniciativa de gestão quanto pela movimentação
estudantil, a construção de canais de participação estudantil nas decisões das ações de
assistência. A consolidação da política de reserva de vagas e suas consequências
diretas no aumento do público elegível de usuários das ações de assistência estudantil
em dissonância com os aumentos dos recursos disponibilizados pelo PNAES
demandará uma revisão do Programa já consolidado. Neste momento, a participação
238
estudantil e também de outros agentes institucionais, que impactam diretamente nas
ações da assistência, são de extrema importância.
No que se refere à participação estudantil em atividades complementares de
ensino, iniciação científica, extensão e bolsas permanência, também há uma discussão
já demandada em 2015 pela Defensoria Pública, no sentido de que a participação de
estudantes beneficiários possa ser ampliada nas áreas da iniciação científica e de
extensão, transformando as atuais “bolsas trabalho” em atividades que contribuam
diretamente com o aperfeiçoamento pedagógico.
9.5. Programas de Benefícios
– Programa de Benefícios PRAE
Em consonância com o comprometimento institucional, firmado em seu PDI
2011-2015, de buscar meios de atendimento das necessidades básicas de moradia,
alimentação, material pedagógico, assistência social e psicológica, a PRAE construiu
um Programa de Benefícios, cujos critérios de concessão estão definidos em editais
publicados duas vezes ao ano, um em cada semestre letivo. Em 2015 tivemos a
inclusão de um novo benefício: isenção nos restaurantes universitários.
Nestes Editais estão inclusos os seguintes benefícios:
Edital do Programa de Benefícios (base Decreto nº 7234/2010): Isenção no
Restaurante Universitário; Programa Saúde; Auxílio Transporte; Auxílio Creche;
Auxílio Material de Ensino. (Linha PNAES: Alimentação, Transporte, Atenção à
Saúde, Creche e Apoio Pedagógico).
Edital do Benefício da Moradia Estudantil (base Decreto nº 7234/2010) – CEU:
Vaga na Casa do Estudante da UFRGS e Auxílio Moradia para estudantes selecionados
para a vaga e ainda não contemplados com a vaga física. (Linha PNAES: Moradia
Estudantil).
Em 2015 iniciou-se a publicação do Edital de Benefícios PEC-G (base Decreto
nº 7948/2013): Isenção no Restaurante Universitário; Auxílio Transporte; Auxílio
Moradia PEC-G. (Linha PNAES: Alimentação, Transporte e Moradia).
Exceção é o Auxílio Alimentação Final de Semana, não incluso nos editais,
concedido automaticamente para moradores das casas de estudante da UFRGS,
239
integrantes do programa de benefícios, que foi uma demanda dos moradores e
acordado via Justiça Federal por demanda da Defensoria Pública.
- Alimentação
Existem duas modalidades básicas de benefícios nesta área: a Isenção nos
restaurantes universitários, consolidada em 2015, e o Auxílio Alimentação Final de
Semana para moradores de casas de estudante integrantes do programa de benefícios,
no valor de R$ 120,00 mensais em pecúnia. Para a obtenção da Isenção nos
restaurantes universitários o aluno faz sua opção através do Portal do Aluno, mediante
as regras estabelecidas no edital semestral específico do Programa de Benefícios e do
Programa de Benefícios PEC-G, sendo este último implementado em 2015. Para
concessão deste benefício é considerado a análise de corte de renda do ingresso, ou de
análise socioeconômica para ingressantes em outras modalidades. De caráter universal,
o ingresso subsidiado a todos os alunos da UFRGS ao preço de R$ 1,30, também pode
ser considerado auxílio alimentação.
A UFRGS mantém seis restaurantes universitários (RUs): RU1, Campus
Centro; RU2, Campus da Saúde; RU3, Campus do Vale; RU4, Campus do
Vale/Agronomia; RU5, Campus Olímpico e RU6, Campus do Vale II, abertos aos
alunos, professores e técnicos administrativos. Os restaurantes funcionam no sistema
de buffet com variações diárias de cardápios, estabelecidos por nutricionistas, a partir
de critérios que atendam às exigências de uma dieta equilibrada. Os restaurantes do
Centro, Saúde, Vale, Vale II e Olímpico oferecem almoço e janta, o do
Vale/Agronomia apenas almoço. Os restaurantes do Centro, Saúde e Vale/Agronomia
oferecem café da manhã para os moradores das Casas de Estudantes.
240
A seguir apresentam-se alguns dados referentes a este benefício.
Restaurantes Universitários 2012 2013 2014 2015*
Refeições Servidas (Total) 1.532.588 1.744.347 1.676.193 1.162.586
Média Mensal de Refeições
(período letivo) 158.764 181.940 158.079 127.045
Nº de alunos beneficiários da
isenção nos Restaurantes
Universitários
- - - 2943**
Quadro 49 - Restaurantes Universitários, Refeições Servidas, Refeições Dia (média), Benefícios Uso
dos Restaurantes Universitários, 2012-2015
Fonte: Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis/DAL, 2015, ** Portal do Servidor/Dados da Assistência
Estudantil (15/12/2015)
* Dados até 19 de novembro de 2015. Os Restaurantes estiveram fechados de 01 de janeiro até 13 de
março devido a problemas na licitação de mão de obra terceirizada. De 27 de maio até 08 de outubro
apenas 2 restaurantes estiveram funcionando devido à greve dos servidores técnico-administrativos.
- Transporte
Este benefício é concedido na forma de auxílio financeiro. Para a obtenção do
Auxílio-Transporte, o aluno faz sua opção através do Portal do Aluno, mediante as
regras estabelecidas no Edital semestral específico do Programa de Benefícios e do
Programa de Benefícios PEC-G, sendo este último implementado em 2015. O valor
deste benefício é de R$ 81,25 (correspondente ao valor de 50 passagens escolares por
mês, que em Porto Alegre é de R$ 1,625 a unidade) para estudantes dos campi Porto
Alegre e de R$ 162,50 (correspondente ao valor de 50 passagens da região
metropolitana) para estudantes do campus do Litoral Norte e Ceclimar. Em 2015 houve
alteração para o caso dos moradores de Porto Alegre e Região Metropolitana de Porto
Alegre, pois, com a implementação do passe livre na Região Metropolitana, os alunos
passaram a receber apenas os valores referentes à circulação de Porto Alegre. O
benefício é pago até no máximo 10 meses ao ano. Para concessão deste benefício é
considerado a análise de corte de renda do ingresso, ou de análise socioeconômica para
ingressantes em outras modalidades.
Nº de alunos beneficiários do Auxílio Transporte 2015: 2941 (Fonte Portal do Servidor/Dados da Assistência Estudantil – 15/12/2015)
241
- Creche
Este benefício, concedido na forma de auxílio financeiro, tem o objetivo custear
parte das despesas dos estudantes no acompanhamento de seus dependentes até a idade
de 3 anos, inclusive. Para a obtenção do Auxílio Creche, o aluno faz sua opção através
do Portal do Aluno, mediante as regras estabelecidas no Edital semestral específico do
Programa de Benefícios. O valor deste benefício é de R$ 90,00 mensais, mediante
comprovação documental de necessidade e de prestação de contas do uso dos recursos.
Após homologação no Banco de Dados da Assistência Estudantil, a folha de
pagamento é montada pelo Técnico em Informática, fazendo o filtro do benefício
homologado.
Nº de alunos beneficiários do Auxílio Creche 2015: 111 (Fonte Portal do Servidor/Dados da Assistência Estudantil – 15/12/2015)
- Material de Ensino
Este benefício é concedido através de auxílio financeiro e tem o objetivo de
custear parte das despesas dos alunos com material de ensino pedagógico e com
participações em eventos que contribuam com a qualificação pedagógica. As ações de
apoio pedagógico estão inclusas tanto no Edital do Programa de Benefícios, na
modalidade de Auxílio Material Escolar, quanto no Edital de Financeiro para
Participação em Eventos, cada um com suas regras específicas de concessão. O Auxílio
Material Escolar é pago uma vez por semestre, no valor de R$ 180,00 por estudante
para custear parte das despesas com material de ensino (consumo, cópias reprográficas,
luvas, jalecos...). Após homologação no Banco de Dados da Assistência Estudantil, a
folha de pagamento é montada pelo Técnico em Informática, fazendo o filtro do
benefício homologado. No caso do Auxílio via Participação em Eventos, segue as
regras daquela área.
Nº de alunos beneficiários do Auxílio Transporte 2015: 2941
(Fonte Portal do Servidor/Dados da Assistência Estudantil – 15/12/2015)
- Atenção à Saúde
O Programa Saúde dispõe de atendimento odontológico (Faculdade de
Odontologia) e médico–ambulatorial em algumas especialidades, bem como exames
laboratoriais, encaminhados pelo Departamento de Atenção à Saúde
242
(DAS/PROGESP/UFRGS). O uso destes benefícios é mediante opção de ingresso no
Programa via Edital semestral. Neste caso não há concessão de pecúnia, apenas
utilização de serviços.
Também existe dentro do Programa Saúde, a concessão do Auxílio-Saúde, no
valor de R$ 250,00. Este Auxílio não está dentro dos Editais da Assistência Estudantil,
mas está implementado dentro do rol de benefícios. Ele não é por edital, pois não é de
acesso por opção, e sim pela triagem feita pela equipe de acompanhamento das
DSSPRAE. São identificados casos que necessitam de atendimento clínico na área da
psicologia e psiquiatria. O auxílio-financeiro recebido é para custear as despesas para o
tratamento profissional e medicamento quando o caso. Este benefício é concedido
mediante a necessidade de acompanhamento da equipe DSSPRAE e prestação de
contas da aplicação dos recursos.
Nº de alunos usuários do Programa Saúde 2015: 2423
Nº de alunos usuários do Auxílio-Saúde 2015: 99
(Fonte Portal do Servidor/Dados da Assistência Estudantil – 15/12/2015)
Moradia Estudantil
A UFRGS possui três casas de estudantes: Casa do Estudante Universitário
(CEU), no Campus Centro; Casa do Estudante da Faculdade de Agronomia e
Veterinária (CEFAV), Campus do Vale; Casa do Estudante da UFRGS (CEUFRGS),
no Campus da Saúde. A CEU é administrada pela PRAE e as outras duas são
gerenciadas pelos moradores.
As casas são destinadas a estudantes de famílias residentes em cidades fora da
grande Porto Alegre que comprovem situação econômica desfavorável. Todas as casas
dispõem de vagas masculinas e femininas e, para candidatar-se, o aluno deve atender
aos critérios dos processos seletivos. Cada casa tem seu regimento próprio e processo
de seleção específico, cujas datas são divulgadas por meio do Edital de Seleção. A
CEU é exclusiva para alunos de graduação.
243
O Quadro a seguir apresenta a situação de ocupação por Casa de Estudante.
Nº de Vagas
Casas Apartamentos/Alojamentos
2012 2013 2014 2015
CEU 396/20 396/20 396/20 396/20
CEUFRGS 42/4 42/4 42/4 42/4
CEFAV 104/6 104/6 104/6 104/6
TOTAL 542/30 542/30 542/30 542/30
Quadro 50 - Total de Vagas nas Casas de Estudantes
Fonte: Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis/DME, 2014.
Nº de beneficiários do Auxílio Moradia 2015: 62 (Fonte Portal do Servidor/Dados da Assistência Estudantil – 15/12/2015)
Foi iniciada em 2015 a discussão sobre a necessidade de compartilhamento de
gestão na CEFAV e CEUFRGS, no sentido de legitimar os processos de seleção e de
acompanhamento de seus moradores.
Está em fase de encaminhamento da Licença de Implantação para a Construção
de mais uma Casa do Estudante, que será instalada no Campus do Vale. Esta casa
deverá disponibilizar mais 252 vagas.
- Programa de Acompanhamento Psicossocial e Pedagógico aos Moradores das
Casas de Estudante
Tem por objetivo prestar acompanhamento aos estudantes moradores da CEU
quanto às suas necessidades no que diz respeito à convivência grupal, etapa de
desenvolvimento pessoal e relação com a moradia estudantil. O benefício da moradia
estudantil assegura o acesso à vaga nas Casas de Estudantes e a vivência coletiva que
este ambiente propicia.
O Programa de Acompanhamento é desenvolvido pelas equipes técnicas da
Divisão de Moradia Estudantil (DME) e Divisão de Seleção e Acompanhamento
Pedagógico e Social (DSSSAE). Das intervenções realizadas destacam-se àquelas
vinculadas à prevenção e restauração de vulnerabilidades psicológicas e emocionais,
relações familiares, desorientação, abuso de álcool e outras drogas e conflitos
interpessoais. Os atendimentos desses casos, embora direcionados para os moradores
das casas, estendem-se a todos os estudantes da Universidade.
O programa de acompanhamento é um desafio que ainda precisa ser
244
aperfeiçoado. Ele só será efetivo quando puder ser construído com a inclusão no
processo de todos os agentes integrantes da vida acadêmica dos estudantes. Precisamos
ampliar a interface de agentes, incluindo uma ação direta dos docentes, departamentos,
comissões de graduação e demais Pró-Reitorias Acadêmicas, na construção de uma
política institucional de acompanhamento.
- Análise de Desempenho Acadêmico:
O procedimento de Análise de Desempenho Acadêmico tem como objetivo
principal o controle do rendimento escolar dos alunos que requerem ou renovam o
programa de benefícios e que solicitam especificamente moradia universitária. A análise
é realizada sendo observado o atendimento de todos os pré-requisitos do comprovante
de matrícula e histórico escolar e, quando necessário, é realizada entrevista com o aluno.
O controle do desempenho acadêmico é instrumento indispensável à adoção das
medidas preventivas e corretivas necessárias à manutenção de uma trajetória escolar
compatível com o alcance da diplomação, atuando, sobretudo, sobre os fatores
responsáveis pela retenção e evasão. Aos estudantes com insuficiência de desempenho
acadêmico, dentro dos padrões estipulados, são sugeridas e acompanhadas ações
especificadas para cada caso, objetivando a superação das dificuldades. Nesse sentido,
cada vez mais o controle do desempenho acadêmico exerce o papel de apoio
pedagógico, posto a sua natureza de oportunizar aos alunos com vulnerabilidade a
oportunidade de retomarem o adequado desenvolvimento escolar. O estreitamento das
relações com as Comissões de Graduação dos Cursos se torna cada vez mais necessário,
indicando ser a assistência estudantil aliada estratégica dos esforços desenvolvidos pela
área acadêmica.
A utilização desses controles, não obstante a observância de outros, destina-se a
valorização dos custos das matrículas do sistema federal de ensino, buscando a
legitimação dos objetivos de suas políticas de inclusão.
As atividades estão integradas ao desenvolvimento do trabalho do SAM da
CEU, fornecendo informações acadêmicas (desempenho acadêmico, conclusão de
curso, permanência no curso, matrícula e trancamento de matrícula) e sobre tempo de
permanência. Faz parte do trabalho o acompanhamento dos moradores da CEU, mesmo
fora do período de solicitação de benefícios, no que se refere ao desempenho acadêmico
(reprovações, trancamento, mudança de curso) e ao tempo de permanência na CEU.
Essas ações resultaram numa ocupação das vagas existentes por alunos que têm um bom
245
rendimento escolar.
O grande desafio desta análise de acompanhamento é que hoje as informações
sobre a participação acadêmica dos estudantes são obtidas somente ao final dos
semestres letivos, quando são incluídos os conceitos finais das disciplinas,
inviabilizando a possibilidade de uma ação direta na tentativa de reverter alguma
dificuldade no decorrer do semestre letivo.
Em 2014, iniciou-se o desenvolvimento de um Projeto com os Cursos de Física e
Química, para inserção dos bolsistas do Programa de Treinamento de seus cursos no
desenvolvimento de atividades ligadas a sua área de conhecimento.
A concessão de bolsas para alunos em acompanhamento pedagógico tem
passado por uma análise mais técnica do grupo de profissionais da DSSPRAE, no
intuito de promover ações que contribuam efetivamente com o aproveitamento escolar e
diminuam as taxas de retenção.
- Auxílio Financeiro Participação em Eventos (Apoio Pedagógico, Esporte e
Cultura):
Concedido através de critérios estabelecidos no Edital de Auxílio Financeiro e
Participação em Eventos (base Decreto nº 7948/2013): nas modalidades “individual”,
“coletivo” e “diretórios e centros acadêmicos”. (Linha PNAES: Cultura, Esporte e
Apoio Pedagógico).
É um auxílio financeiro de caráter universal, para custear parte das despesas de
participação em eventos.
É concedido a estudantes dos cursos de graduação da UFRGS, com desempenho
acadêmico suficiente. O auxílio é concedido nas modalidades coletivo e individual. Em
2014, o auxílio individual passou a ser através do sistema eletrônico no Portal do Aluno,
desde a solicitação até a prestação de contas. Em 2015 foi concluída a aba neste sistema
para inclusão também das solicitações para o auxílio coletivo. Em 2016 já deverá estar
em funcionamento. Os valores dependem da disponibilidade financeira, sendo que em
2015 ficaram limitados na média de R$ 250,00 por participante.
A PRAE concede auxílios financeiros direcionados à representação estudantil
(Diretórios e Centros Acadêmicos) que garantem a execução de suas atividades
regulares e viabilizam a formulação ou participação em eventos culturais e de interesse
acadêmico. Anualmente esses centros e diretórios recebem auxílio de R$ 2.000,00 para
246
subsidiar a infraestrutura de funcionamento. Além desse valor ordinário, também
recebem auxílio para apoio em outras atividades de relevância acadêmica, como
encontros e simpósios.
A PRAE atua de modo cooperativo com as unidades de ensino e as
representações estudantis nas atividades de recepção aos calouros, que ocorre no âmbito
de todas as unidades de ensino na primeira semana letiva. A Decisão nº 02/2001 do
Conselho Universitário estabeleceu normas relativas ao trote universitário,
reconhecendo este como um ritual de iniciação às atividades universitárias que expressa
tanto a alegria dos novos alunos, como a satisfação da instituição em ver-se mais uma
vez renovada pelos novos integrantes. O atendimento do princípio de que sejam
evitadas nas atividades de trote práticas que envolvam violência sob as formas física, de
gênero, sexual e psicológica, bem como atentem contra a dignidade humana, encontra
na PRAE, o estímulo aos denominados “trotes solidários”, experiências já disseminadas
em várias unidades, onde práticas assistenciais e de doações são efetivadas.
9.6. Programa de Bolsas PRAE:
A definição do número de vagas e o valor das bolsas são feitos pela Comissão de
Bolsas, que, sob a Coordenação da Pró-Reitoria de Planejamento e Administração -
PROPLAN, faz reuniões anuais para estas definições. Cabe à PRAE o gerenciamento
do sistema de bolsas.
Cabe à PROPLAN a definição dos recursos alocados. A linha do PNAES
considerada é o apoio pedagógico, uma vez que dentro de seus objetos estão:
“complementação à formação acadêmica”, no caso das bolsas PRAE e REUNI e
“atividades de apoio pedagógico” no caso das Bolsas Treinamento e Treinamento
PRAE (informações da página abaixo). A UFRGS entende que todas as bolsas do
Programa de Bolsas são instrumentos de contribuição à permanência de estudantes na
Universidade, seja pelo caráter de contribuição em pecúnia para alunos, seja pelo caráter
de inserção do aluno em atividades de vínculo acadêmico programático ou de vivência
no ambiente acadêmico. Isso auxilia no custeio do estudante ao longo do curso,
evitando que tenha que recorrer precocemente ao mercado de trabalho, o que
normalmente compromete o desempenho acadêmico, principalmente quando as
atividades não têm relação com a área do curso e a carga horária de trabalho é pesada.
Está sendo fomentada, por demanda de movimento estudantil e intervenção da
Defensoria Pública, discussão a respeito do modelo de contrapartida atual das bolsas
247
destinadas aos estudantes beneficiários. Para isto, em 2016, deverá haver discussões
mais aprofundadas e com outros agentes institucionais e representantes discentes, para
uma reavaliação do modelo atual, com base na premissa de objeto de apoio acadêmico.
Existem quatro modalidades de bolsas neste programa: Bolsa PRAE e Bolsa
REUNI, que são exclusivas para os integrantes do Programa de Benefícios. Bolsas
Treinamento PRAE; e Bolsa Treinamento e Bolsa Treinamento PRAE, não são
exclusivas de integrantes do Programa de Benefícios, mas também podem ser ocupadas
por estes.
9.6.1 - Bolsa PRAE:
A Bolsa PRAE é de uso exclusivo de beneficiários do Programa de Benefícios
da PRAE. É concedida no valor mensal de R$ 400,00 e vigência de 11 meses.
9.6.2 – Bolsa REUNI:
Foi estabelecida a partir do decreto nº 6096, de 24 de abril de 2007, que instituiu
o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades
Federais – REUNI. Busca, entre outras mudanças de nível acadêmico, reduzir as taxas
de evasão nas universidades públicas. A partir disso, foi criada a Bolsa REUNI, com o
objetivo de garantir aos alunos carentes a permanência qualificada na Universidade, por
meio da assistência estudantil. Têm acesso à Bolsa REUNI somente alunos da
Graduação e participantes do Programa de Benefícios da PRAE. É concedida no valor
mensal de R$ 400,00 e vigência de 11 meses.
9.6.3 - Bolsa Treinamento e Bolsa Treinamento PRAE:
Fazem parte do acervo quantitativo das bolsas permanência, possuindo a mesma
natureza, contudo estão disponibilizadas para acesso daqueles estudantes não
contemplados na seleção socioeconômica, mas que possuem o perfil acadêmico
requerido para o desenvolvimento de atividades especiais e/ou projetos estratégicos. A
criação dessa modalidade de bolsa, não apenas tem atendido as demandas dos diversos
órgãos e projetos da Universidade, como produzem a ocupação integral de todo o
quantitativo de bolsas disponíveis.
São oferecidas em caráter universal, para alunos de graduação, com Taxa de
Integralização Média de créditos do estudante (TIM) igual ou superior a 50% da TIM do
curso). Não é necessário estar incluído no Programa de Benefícios PRAE. Carga
horária: 20 horas semanais. Valor: R$ 400,00 e período de vigência de 11 meses.
248
Dentro desta Modalidade há a Bolsa de Apoio à Informática, com valor
diferenciado de R$ 500,00 e vigência de 12 meses.
9.7. Centros de Lazer para os Estudantes
São dois os Centros de Lazer, o de Tramandaí e o de Capão Novo. Em 2015
esteve disponível para utilização apenas o de Tramandaí. No de Capão Novo já se
iniciaram em 2015 as obras de reforma. Podem ser utilizados pelos servidores, docentes
e técnico-administrativos ativos, inativos e pensionistas, discentes regularmente
matriculados na UFRGS e seus acompanhantes. São organizados calendários com a
distribuição dos locais e os períodos de férias, feriados e finais de semana.
Os meses de janeiro a março (alta temporada) são de uso preferencial da
comunidade acadêmica e seus acompanhantes e a ocupação feita por sorteio, por meio
de Edital PRAE específico. Nos demais meses do ano, grupos externos à comunidade
universitária podem utilizá-los, desde que previamente autorizados pela PRAE e a
ocupação feita por agendamento.
As instalações do Centro de Lazer de Tramandaí constituem-se de apartamentos
e alojamentos. Os apartamentos são de um e dois dormitórios que comportam quatro,
cinco ou sete pessoas. Os alojamentos são divididos em masculino, com capacidade
para 45 pessoas, e feminino, com capacidade para 90 pessoas. Possui área com
churrasqueira, cancha de bocha coberta, futebol de areia, quadra de vôlei gramada,
quadras de futsal e basquete de cimento, mesa de pingue-pongue e sinuca, piscinas
adulto e infantil, jogos recreativos, sala de TV e vídeo.
9.8. Programa Bolsa Permanência MEC
São Bolsas fornecidas pelo MEC e que complementam as ações da assistência
estudantil. Este Programa foi criado em 2013, oferecido para estudantes dos cursos com
carga horária semanal mínima de 5 horas, indígenas e quilombolas. Na UFRGS são
quatro os cursos dentro deste critério: Medicina, Odontologia (diurno), Nutrição e
Biomedicina.
A análise socioeconômica e documental, bem como a gestão de cadastro e
acompanhamento destas bolsas é feita pela PRAE, sendo o MEC responsável pelo
pagamento.
249
O Quadro a seguir apresenta o total de bolsas concedidas ao ano no período
2008 a 2012.
Benefício 2012 2013 2014 2015
Permanência (Graduação) 324 346 355
Treinamento (Graduação) 280 293 288
REUNI (Graduação) 214 220 176
BTSAE (Graduação) 566 561 555
Permanência MEC - 129 171
TOTAL 1384 1549 1545
Quadro 51 - Beneficiados com Bolsas Permanência e Treinamento, 2010-2014
Fonte: Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis/DIB/DSSSAE, 2014.
As ações da PRAE integram uma política de assistência comprometida com
qualidade de ensino, humanização das relações pessoais e de transformação social,
visando não apenas propiciar condições de permanência do aluno sócio vulnerável na
Universidade, mas consolidar no ambiente universitário a cultura da diversidade e o
respeito a todas as representações sociais.
A política de assistência estudantil é entendida como responsabilidade
institucional, comprometida com a democracia, o pleno exercício da cidadania e
articulada a outras ações no âmbito do ensino, pesquisa e extensão, garantido uma
formação integral a todos os alunos da Universidade.
O Quadro a seguir apresenta, de modo sucinto, a avaliação desta dimensão.
Itens/Aspecto/Quesito
s
Potencialidades Fragilidades Ações e estratégias na
busca de melhorias
Mudanças
Normativas
Transformação
do Programa
Nacional de
Assistência
Estudantil, de
política de
governo para
uma política de
Estado, através
da criação de
uma Lei que
defina a Política
Nacional de
Assistência
Estudantil
Aprovação pelo
Congresso e
pelo Senado
desta Lei, em
consonância
com as
experiências já
consolidadas na
execução do
PNAES pelas
IFEs brasileiras
Discussões no
FONAPRACE/ANDIFE
S
Sensibilização de
representantes políticos
Inclusão Social e Consolidação do Mudança de Revisão das ações de
250
Política de Reserva de
Vagas
processo de
democratização
da universidade
e da própria
sociedade
brasileira;
Consolidação da
cultura da
diversidade no
ambiente
acadêmico;
Perfil x
Mudança de
Cultura
Institucional
Aumento do
número de
usuários
elegíveis x
recursos da
assistência
estudantil
assistência para
adaptação ao novo
cenário de
disponibilidade
financeira
Ampliação dos canais de
discussão com agentes
institucionais externos à
PRAE e usuários, para
legitimação de uma
Política Institucional de
Assistência Estudantil e
consequentemente das
suas ações
Permanência Redução de
Taxas de evasão
Desenvolviment
o de um
programa de
ações efetivas
para contribuir
com a
permanência de
ingressos com
vulnerabilidade
social
Dificuldades de
transformação
do
acompanhament
o
psicopedagógico
num processo
institucional
sistêmico e
abrangente
Desenvolver
ações de
assistência que
não acabem por
contribuir com a
retenção
Fomento de discussões
para ampliar a inserção
das diversas instâncias
institucionais
acadêmicas e pedagógica
no acompanhamento dos
alunos
Rediscussão das ações
de assistência e dos
critérios de concessão e
limites de uso
Quadro 52 - Avaliação da Dimensão Política de Atendimento ao Estudante
251
10. SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA - Pró-Reitoria de Planejamento
(PROPLAN)
10.1. Sustentabilidade Financeira da Instituição e Políticas de Captação e Alocação
de Recursos
A sustentabilidade financeira da UFRGS é, basicamente, garantida pelos
recursos orçamentários alocados anualmente no OGU – Orçamento Geral da União. Em
menor escala conta eventualmente, também, via orçamento anual, com recursos através
de Emendas Parlamentares de bancada e/ou individuais e de Descentralizações
orçamentárias para cobertura de despesas eventuais e específicas.
A captação de recursos através de Convênios, Contratos e Interações
Acadêmicas com órgãos da União, Estado e Municípios, empresas Estatais e Privadas
são importantes fontes de recursos, mas sempre direcionados ao financiamento de
Projetos específicos nas áreas de ensino, pesquisa, extensão e desenvolvimento
institucional contribuindo muito pouco para as despesas correntes da Universidade.
A sustentabilidade financeira é buscada através do planejamento anual, visando
garantir a cobertura das despesas que garantam a continuidade da oferta de ensino,
pesquisa, extensão e desenvolvimento institucional. O desafio da UFRGS tem sido a
captação de recursos que permitam a expansão da oferta dos seus serviços com
qualidade. Tal objetivo vem ao encontro da responsabilidade e compromisso social da
instituição provendo condições de melhorias futuras. Assim, através do planejamento e
da captação de recursos através de outras fontes busca-se minimizar a restrição
orçamentária muitas vezes imposta pelo principal órgão financiador.
A estrutura da Universidade conta com a Pró-Reitoria de Planejamento e
Administração (PROPLAN) como órgão central na gestão desses recursos, a qual tem
por missão coordenar e executar os processos de planejamento, orçamento,
sistematização de informações, racionalização de custos e registro dos atos financeiros,
contábeis e patrimoniais, bem como desenvolver ações de suporte administrativo,
promovendo o desenvolvimento organizacional da Universidade. As atividades
cotidianas da PROPLAN, de acordo com os processos que envolvem a despesa pública,
vão desde a gestão de documentos, publicações de Editais; gerenciamento das
aquisições de bens e serviços que envolvem a abertura e julgamento de Licitações; a
elaboração de contratos, o gerenciamento de contratos e convênios e a respectiva
prestação de contas; o acompanhamento e avaliação da execução de Programas e
252
Projetos; o fornecimento de informações institucionais, a coleta e registro patrimonial
de bens; o controle de uso e consumo de veículos; a gestão do almoxarifado central.
A execução orçamentária gerida pela PROPLAN garante repasse direto às 28
Unidades Acadêmicas (Faculdades, Institutos e Centros), através de um sistema de cotas
que garanta o custeio básico destes órgãos. A Universidade conta, também, com a
colaboração de 4 (quatro) Fundações de Apoio que, de acordo com a legislação federal
da transparência e normativos internos, contribui para financiamento e viabilização da
execução de projetos. As Tabelas a seguir apresentam, resumidamente, as principais
fontes de receitas diretas orçadas em favor da UFRGS, no Orçamento Geral da União
(OGU) em 2015 no valor de R$ 1.557.818.432,40:
Tabela 2 - Orçamentário 2015
ORÇAMENTÁRIO 2015
OGU - Tesouro fonte 100 e 108 624.506.696,00
OGU - Tesouro fonte 112 GERAL 833.872.548,00
OGU - Fonte 250 33.968.556,00
OGU - Fonte 280 7.144.358,00
Recursos Descentralizados 58.326.274,40
TOTAL GERAL 1.557.818.432,40
Fonte: Tesouro Gerencial
253
Tabela 3 - Orçamentário 2015 - Detalhado
2011 2012 2013 2014 2015
TOTAL GERAL 1.065.416.572,00 1.124.826.338,00 1.263.482.293,00 1.292.742.176,00 1.557.818.432,40
PESSOAL 931.205.108,00 980.455.365,00 1.104.261.455,00 1.102.820.052,00 1.342.161.742,58
Ativos e Pensionistas 807.000.147,00 856.010.390,00 963.148.088,00 960.945.079,00 1.171.738.163,32
Encargos 94.988.743,00 95.043.318,00 105.294.736,00 106.577.560,00 131.505.159,56
Benefícios 29.216.218,00 29.401.657,00 35.818.631,00 35.297.413,00 38.918.419,70
CUSTEIO 112.386.493,00 118.953.790,00 139.067.621,00 150.029.943,00 170.785.061,99
Cotas
Unidades e Adm. Central 7.718.110,00 8.462.077,00 8.530.220,00 8.970.600,00 9.715.160,00
Água e Esgotos 1.853.575,00 2.256.410,00 2.310.523,00 2.300.000,00 2.016.613,14
Energia Elétrica 10.584.892,00 12.334.147,00 10.505.700,00 12.000.000,00 14.195.308,45
Telefonia 1.623.772,00 1.474.719,00 1.380.491,00 1.400.000,00 599.580,00
Contratos - Serv. de
manutenção 18.578.694,00 24.188.272,00 18.530.750,00 21.600.000,00 28.474.560,33
Contratos – Segurança 11.485.896,00 12.609.141,00 16.735.130,00 16.800.000,00 16.244.010,00
Contratos – Limpeza 9.960.874,00 9.490.808,00 12.013.351,00 12.000.000,00 13.419.518,09
Contratos - Demais
Terceirizados 10.194.788,00 13.286.197,00 15.336.937,00 14.600.000,00 7.356.429,94
Contratos Compulsórios 4.423.574,00 4.697.510,00 3.156.227,00 4.300.000,00 3.311.741,07
Bolsas e Auxílios Estudantis 12.924.537,00 15.469.937,00 18.328.402,00 18.200.000,00 22.611.598,42
Diárias 1.630.023,00 2.328.270,00 2.735.352,00 2.200.000,00 2.748.019,25
Passagens 768.850,00 1.227.807,00 2.189.207,00 1.200.000,00 1.663.834,24
Reformas 6.110.677,00 2.978.762,00 5.203.131,00 7.000.000,00 8.526.566,88
Outras Despesas 14.528.231,00 8.149.733,00 22.112.200,00 27.459.343,00 39.902.122,18
CAPITAL 21.824.971,00 25.417.183,00 20.153.217,00 39.892.181,00 44.871.627,83
Equipamentos 10.532.912,90 16.733.621,41 15.709.110,70 4.892.181,00 21.673.259,02
Obras 11.292.058,10 8.683.561,59 4.444.106,30 35.000.000,00 23.198.368,81
254
Complementarmente, a captação de recursos dos Projetos CT-INFRA, obtenção
de bolsas para Projetos de Pesquisa e pós-graduação junto a organismos nacionais como
a CAPES e FINEP tem contribuído para as boas performances na pós-graduação e
pesquisa da UFRGS.
Portanto o amplo leque de fontes de recursos que garantem a sustentabilidade da
UFRGS exige da PROPLAN um perfil e um papel estratégico no processo decisório de
alocação de recursos em projetos e atividades. Este fato aumenta a complexidade da
programação orçamentária e financeira na busca pela adequação das demandas das
diferentes Unidades e da Administração Central a partir das suas priorizações no que
tange as despesas de custeio, à aquisição de equipamentos ou à realização de obras já
que as despesas com pessoal têm fluxos próprios e específicos.
10.2. Políticas Direcionadas à Aplicação de Recursos para Programas de Ensino,
Pesquisa e Extensão
A conjuntura da política econômica restritiva levou o Governo federal a efetuar
contingenciamento e cortes de gastos, o que explicam os modestos aumentos da
execução orçamentária, mas que ainda assim não afetaram o andamento das atividades
fim da Universidade.
A programação para distribuição de recursos entre os órgãos da administração
central e as unidades acadêmicas (Faculdades, Institutos e Centros) em 2015 continuou
sendo realizada, seguindo a mesma ordem de importância dos anos anteriores:
1º) Despesas Compulsórias/Contratos = 70%;
2º) Distribuição para as Unidades de Ensino;
3º) Bolsas
4º) Reformas;
5º) Diárias e Passagens;
6º) Distribuição aos Órgãos Auxiliares, Órgãos Suplementares e Pró-Reitorias;
7º) Outros.
* As despesas compulsórias referentes a contratos de prestação de serviços
terceirizados
As despesas com prestação de serviços como segurança, limpeza, locação de
mão-de-obra às demandas de energia elétrica, telecomunicações, água e esgoto,
255
manutenção de equipamentos de informática, copiadoras e outros tem sua execução
controladas e empenhadas pela PROPLAN/SUINFRA/PROGESP-GERTE, que de
acordo com os montantes disponibilizados por cotas internas e considerando o cenário
de dificuldades financeiras do exercício de 2015 tiveram poucos e pequenos atrasos de
pagamento. Quando as despesas que não cabem nas cotas disponibilizadas como, por
exemplo, contratos de reformas de prédios, sala de aula e laboratórios, então a
PROPLAN adota um procedimento de liberação de extra cotas. Tanto as cotas normais
como as distribuições de créditos via extra cotas sempre são dimensionadas de acordo
com as prioridades das atividades fim da Universidade, ensino – pesquisa e extensão.
* Quanto aos recursos de capital, os mesmos são alocados entre obras e
aquisições de equipamentos.
As obras têm seus valores definidos a partir de orçamentos submetidos, via
editais, processos licitatórios e geralmente comprometem dotações plurianuais. Os
recursos destinados a equipamentos têm sua execução centralizada na PROPLAN, que
busca atender por demandas durante o exercício.
* O orçamento de Outros Custeios
As outras despesas de custeio financiadas pelo Tesouro, nos últimos cinco anos,
mostraram-se suficiente para a manutenção plena da Universidade, ou seja, representou
garantia de sustentabilidade de suas atividades.
* O PDI manteve sua relação entre a proposta de desenvolvimento da IES e
o orçamento anual da UFRGS de 2015.
O PDI da UFRGS teve vigência no período 2011 a 2015 sendo que, ao longo do
segundo semestre de 2015, foi elaborado novo Plano para o período de 2016-2026 que
está em fase de aprovação no Conselho Universitário (CONSUN). Para o período de
2011-2015, além do engajamento ao Programa REUNI que viabilizou o aumento da
oferta de vagas, contratação de pessoal e ampliação da infraestrutura.
256
* A compatibilidade entre os cursos oferecidos e as dotações orçamentárias
A compatibilidade entre os cursos oferecidos e as dotações orçamentárias e os
recursos disponibilizados pode ser constatada pelo bom desempenho das atividades fins
da Universidade. Isso pode ser constatado de acordo com as publicações de avaliações
do INEP, de acordo com o link: portal.inep.gov.br/educacao-
superior/indicadores/indice-geral-de-cursos-igc, que demonstra que a UFRGS além de
ser considerada uma Universidade de grande porte, possui cursos em todas as áreas de
conhecimento, possui avaliação máxima de pelo menos um curso com nota máxima.
Outro parâmetro, para constatar a compatibilidade entre os cursos oferecidos e
as dotações orçamentárias e os recursos disponibilizados, pode ser encontrada nos
números de implantação do REUNI. A UFRGS aderiu ao Programa REUNI em 2008 e
implantou um vigoroso plano de expansão de cursos na Graduação e pós-graduação.
Foram criados 15 nos cursos e as vagas entre os cursos novos e aumentos nos já
existentes totalizando 1063 novas vagas por ano. A expansão decorrente do Programa
REUNI permitiu uma maior articulação com a Pós-Graduação com aumento da oferta
de vagas em programas de Mestrado e Doutorado em torno de 20% das existentes em
2008. Paralelamente houve expansão do espaço físico. Foram construídos mais de 5.000
metros quadrados em novas salas de aula e estão em fase de construção grandes obras
como 9.800 metros quadrados para novas instalações do ICBS (Instituto de Ciências
Básicas da Saúde) no Campus Saúde e Reforma e Restauração do Prédio da Química no
Campus Centro. Trata-se de obras que do ponto de vista orçamentário tem sua
viabilidade encaminhada.
* As obrigações trabalhistas dos servidores estatutários da UFRGS estão
sendo cumpridas dentro dos cronogramas de pagamentos do Ministério da Fazenda.
* Os salários dos docentes e dos técnicos-administrativos estão sendo pagos
regularmente de acordo com a legislação em vigor.
* A Pró-Reitoria de Planejamento e Administração constitui-se em estrutura
de grande porte, compondo-se de oito Departamentos e conta com aproximadamente
100 servidores estatutários. Sua formatação e competências podem ser encontradas no
link http://www.ufrgs.br/proplan/
257
Capacitação de docentes e técnicos administrativos
Os principais programas de capacitação de docentes têm sua sustentabilidade
atrelada ao financiamento de órgãos do sistema federal como CAPES, FINEP e da
própria UFRGS, através das Pró-Reitorias de Pós-Graduação (PROPG) e de Pesquisa
(PROPESQ) elabora plano de trabalho para a implementação de programas que
garantam participação em editais para qualificação do seu corpo docente fortemente
focado através de bolsas de pós-doutorado.
Para capacitação de técnicos administrativos a Universidade instituiu a Escola de
Desenvolvimento de Servidores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(EDUFRGS) que tem o objetivo de promover a capacitação de servidores, por meio da
promoção e da orientação de um conjunto de atividades de aprendizagem
interdependentes, que promovam o desenvolvimento pessoal e profissional do servidor.
No exercício de 2015 foram aplicados mais de R$ 2.000.000,000 (dois milhões de reais)
de recursos orçamentários para pagamentos de bolsas e mensalidades aos servidores
técnico-administrativos em treinamento.
Controle entre despesas efetivas e despesas correntes, de capital e
investimentos
A UFRGS participa efetivamente dos programas instituídos pelo governo federal
no sentido de controle a evolução e/ou promover redução de alguns itens de gastos.
Nesta direção informamos através do SIMEC e seus módulos de controle,
mensalmente, dados referentes a contratos de terceirizado, consumo de energia elétrica,
consumo de água e os principais itens de materiais. Anualmente são levantados e
analisados a evolução dos itens de despesas que compõem a chamada UBC (Unidade
Básica de Custeio) que mensura gastos de: limpeza e conservação, telecomunicações,
vigilância ostensiva, combustíveis, manutenção de imóveis, manutenção de
equipamentos, locações passagens e diárias, dentre outras.
As despesas com compra de equipamentos e obras (despesas de capital) pelo seu
volume, especificidade e montante financeiro tem sua aquisição tem seu processo de
aquisição centralizado na PROPLAN através do Departamento de Licitações. Este setor,
no momento vem passando por uma reestruturação visando adequar-se às
recomendações do TCU com vistas a implantar um setor de Governança de Aquisição
de Bens e Serviços.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O SINAES, na busca da melhoria da qualidade da educação superior, apresenta
importantes desafios para as IES, especialmente as públicas de grande porte, a exemplo
da UFRGS. Preconizando o envolvimento e a participação democrática da comunidade
universitária nos processos avaliativos, o SINAES veio reforçar a trajetória da avaliação
desenvolvida pela UFRGS ao longo das duas últimas décadas, referenciada, sobretudo,
pela proposta do PAIUB.
A UFRGS conseguiu estabelecer, ao longo das últimas décadas, uma cultura
própria de avaliação, caracterizada pela sua continuidade, permanência e consolidação.
O SINAES inovou ao promover a avaliação em diferentes níveis: de instituições,
de cursos e de desempenho dos estudantes, lançando desafios para que as IES
cumprissem as exigências legais, tanto em relação à avaliação, quanto à regulação.
Neste cenário procurou resguardar o respeito à diversidade e a afirmação da
autonomia e identidade das instituições. Entretanto, uma legislação nacional encontra
dificuldades de implementação e operacionalização, considerando-se o tamanho do país
e suas múltiplas diferenças, em diversos aspectos.
Como exemplo destas dificuldades, pode-se citar que o porte, a história e a
identidade pública ou privada de cada Universidade, entre outros fatores, cooperam de
forma decisiva na elaboração/disponibilização dos documentos pertinentes para os
processos avaliativos e, consequentemente, nos resultados esperados da avaliação.
Entretanto, os resultados que têm sido obtidos pela UFRGS nos procedimentos
avaliativos de seus cursos, demonstram a qualidade do ensino que ministra, em níveis
de graduação e pós-graduação, a relevância das atividades de pesquisa e o
comprometimento social assumido pela via da extensão, conjunto de fatores que, por
critérios de avaliação utilizados pelo MEC, situam a UFRGS entre as melhores
Instituições de Ensino Superior no país.
Este documento apresenta relatos auto avaliativos dos órgãos da Universidade,
estimulada pela construção e análise dos conteúdos propostos nas dez dimensões
preconizadas pelo SINAES, revelando a grande diversidade de atividades desenvolvidas
pela UFRGS, bem como as estreitas relações que mantém com a comunidade externa,
seja em âmbito local, nacional ou internacional.
259
Desta forma encerra-se o 11º Ciclo Avaliativo da UFRGS, com resultados
positivos no que tange à reflexão e busca de melhoria de seus processos e organização
interna.
O desafio colocado para o próximo Ciclo Avaliativo consiste ainda em continuar
a desenvolver o sistema interno de avaliação da UFRGS, estimulando a comunidade
acadêmica a participar ainda mais intensamente da avaliação institucional. Para tanto,
fóruns têm sido estabelecidos junto aos Núcleos de Avaliação das Unidades: até o ano
de 2015, foram realizados sete (7) Fóruns dos NAUs, constituídos como espaços
coletivos de reflexão e troca de experiências sobre avaliação institucional. Foi instituída
a Semana de Avaliação na UFRGS, tendo se realizado a primeira edição em junho de
2015, envolvendo a comunidade universitária. Além disso, os índices de participação na
avaliação docente pelo discente têm sido significativos, a cada ciclo de avaliação que se
encerra. Uma iniciativa marcante na história da avaliação da UFRGS foi a promoção e
realização de um evento de porte internacional sobre avaliação em setembro de 2015: o
Simpósio Avaliação da Educação Superior (AVALIES), que aprovou a ideia de
continuidade e encerrou com sua segunda edição confirmada pelos organizadores e
participantes. Tais iniciativas buscam o alinhamento necessário para que tanto a
Secretaria de Avaliação Institucional quanto suas instâncias avaliativas, como a CPA e
os NAUs, consigam contribuir para o cumprimento do Plano de Desenvolvimento
Institucional.
Os resultados das avaliações gerais dos cursos devem servir de estímulo para a
busca de patamares ainda mais elevados de qualidade na Instituição, mantendo sua
cultura de comprometimento com a busca permanente de melhoria dos serviços
prestados.
A efetividade do caráter de autoavaliação do Relatório é um desafio que
permanece. Ao lado da prática da avaliação externa, deve constituir-se em recurso
permanente e indispensável para a melhoria da qualidade.