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Atividade tem como principal produto a carne, que é saudável e rica em proteínas, considerada uma iguaria fina e com demanda crescente Rústicas e precoces, elas se proliferam com velocidade e se adaptam bem ao clima quente e úmido de várias regiões do Brasil. Não necessitam de grandes investimentos, apenas água de qualidade. Mas há ainda mais argumentos para se iniciar uma criação de rãs. A carne é leve e rica em proteínas, enquanto as vendas são consideradas boas. O retorno é rápido, pois o produto alcança bons preços no mercado. Um quilo está na faixa de 18 a 23 reais no atacado e 40 reais no varejo, quantia que cobre bem os custos de produção, na faixa entre 12 e 15 reais. A pele, muito procurada no mercado internacional, serve para a fabricação de bijuterias, bolsas, sapatos e cintos. O criador ainda pode obter lucros com o fornecimento de girinos e imagos (formas jovens) para outros ranicultores. Porém, é bom lembrar que, para obter bons resultados, é preciso de dedicação à atividade. A criação vai bem em pequenas propriedades, mas o manejo é delicado. Afinal, as rãs são animais muito suscetíveis a doenças e ao estresse. Pouco explorada no mercado nacional, a ranicultura já é praticada pelos brasileiros desde a década de 1930. O Brasil é pioneiro no cultivo intensivo em cativeiro, mas a atividade ganhou impulso somente nos anos 90, com o avanço das técnicas de criação, o surgimento de estufas agrícolas e a adoção de ração. Em ranários com boa estrutura e manejo correto é possível contar com um quilo de rã viva por mês para cada metro quadrado de área construída. A rã é um anfíbio que vive na água durante três meses em média, na primeira fase da vida, a de girino. Após passar por uma transformação na anatomia e na fisiologia do organismo (metamorfose), que também leva cerca de três meses, torna- se capaz de viver também fora da água. Mais quatro meses são necessários para chegar ao ponto de abate, com peso entre 200 e 250 gramas. Quanto mais quente o local, mais rápido se torna o metabolismo da rã e, por conseqüência, mais velozmente ela estará pronta para o abate. Como é a melhor para a criação intensiva e teve boa adaptação por aqui, a única espécie utilizada pelos ranários comerciais brasileiros atualmente é a rã-touro (Rana catesbeiana). De origem americana, chegou ao Brasil em 1935. É precoce, prolífica e mais rústica que outras espécies

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Page 1: Rã

Rã Atividade tem como principal produto a carne, que é saudável e rica em proteínas, considerada uma iguaria fina e com demanda crescente 

Rústicas e precoces, elas se proliferam com velocidade e se adaptam bem ao clima quente e úmido de várias regiões do Brasil. Não necessitam de grandes investimentos, apenas água de qualidade. Mas há ainda mais argumentos para se iniciar uma criação de rãs.

A carne é leve e rica em proteínas, enquanto as vendas são consideradas boas. O retorno é rápido, pois o produto alcança bons preços no mercado. Um quilo está na faixa de 18 a 23 reais no atacado e 40 reais no varejo, quantia que cobre bem os custos de produção, na faixa entre 12 e 15 reais. A pele, muito procurada no mercado internacional, serve para a fabricação de bijuterias, bolsas, sapatos e cintos.

O criador ainda pode obter lucros com o fornecimento de girinos e imagos (formas jovens) para outros ranicultores. Porém, é bom lembrar que, para obter bons resultados, é preciso de dedicação à atividade. A criação vai bem em pequenas propriedades, mas o manejo é delicado. Afinal, as rãs são animais muito suscetíveis a doenças e ao estresse.

Pouco explorada no mercado nacional, a ranicultura já é praticada pelos brasileiros desde a década de 1930. O Brasil é pioneiro no cultivo intensivo em cativeiro, mas a atividade ganhou impulso somente nos anos 90, com o avanço das técnicas de criação, o surgimento de estufas agrícolas e a adoção de ração. Em ranários com boa estrutura e manejo correto é possível contar com um quilo de rã viva por mês para cada metro quadrado de área construída.

A rã é um anfíbio que vive na água durante três meses em média, na primeira fase da vida, a de girino. Após passar por uma transformação na anatomia e na fisiologia do organismo (metamorfose), que também leva cerca de três meses, torna- se capaz de viver também fora da água. Mais quatro meses são necessários para chegar ao ponto de abate, com peso entre 200 e 250 gramas. Quanto mais quente o local, mais rápido se torna o metabolismo da rã e, por conseqüência, mais velozmente ela estará pronta para o abate.

Como é a melhor para a criação intensiva e teve boa adaptação por aqui, a única espécie utilizada pelos ranários comerciais brasileiros atualmente é a rã-touro (Rana catesbeiana). De origem americana, chegou ao Brasil em 1935. É precoce, prolífica e mais rústica que outras espécies

CRIAÇÃO MÍNIMA: de 50 a 60 fêmeas para 30 machos INVESTIMENTO INICIAL: 50 a 70 reais por metro quadrado RETORNO: dois anos CUSTO: nove reais por quilo vivoREPRODUÇÃO: cada fêmea produz, em média, cinco mil ovos ESPÉCIE COMERCIAL: rã-touro (Rana catesbeiana)Mãos à obraINÍCIO – primeiro visite alguns ranários e converse com os ranicultores. É imprescindível que haja na região boa disponibilidade de água de qualidade, de preferência de mina ou poço. É importante fazer análises física, química e

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microbiológica da água, pois a rã vive boa parte do tempo no meio aquático. Escolha terrenos com declive de 1% a 3% e baixo nível de ruído. AMBIENTE – deve ser bem arejado, se localizado em regiões de temperatura elevada. Em locais frios, a recomendação é fechar as laterais para manter o calor. A higienização é muito importante. Deve-se evitar o acúmulo de sujeira, pois os resíduos provocam gases que podem matar os animais. Como a divisão do ranário é pelas etapas do ciclo de produção, o ranicultor pode escolher lidar com apenas uma ou mais fases de vida do animal. ESTRUTURA – na fase aquática, a criação necessita de tanques com com leve declive no fundo, para o desenvolvimento dos girinos. Na etapa terrestre, precisa de baias de crescimento para os imagos (setor de recria), e de galpões fechados, estufas agrícolas ou telas de nálion para a engorda. Um ranário de porte médio ocupa uma área construída de cerca de 500 metros quadrados, composta pelos setores de reprodução, desenvolvimento embrionário, girinagem, metamoforse e engorda. As instalações de reprodução e engorda são compostas por cochos e abrigos em áreas secas e uma área com piscina. Os demais setores utilizam tanques. ALIMENTAÇÃO – os girinos, após dez dias do nascimento, comem ração farelada para trutas ou para rãs com 35% a 40% de proteína bruta. Forneça inicialmente o equivalente a 13% do peso vivo, dividido em quatro vezes ao dia. As rãs se alimentam de ração peletizada ou extrusada, também com 40% de proteína bruta. Uma opção é acrescentar 20% de larvas de dípteros (moscas), ou oferecer o alimento sobre cochos vibratórios. As rãs são canibais, carnívoras e caçadoras, por isso preferem comer o que parece estar vivo.BAIAS – entre as várias técnicas de criação, existem as baias semi-secas e as inundadas, que mantêm a rã o tempo todo na água. São tanques de alvenaria ou modelos de fibra de vidro, opção para reduzir os custos e facilitar a limpeza. Nas baias inundadas, a ração que está na superfície da água é movimentada pela respiração da rã, que fica atraída pelo alimento.REPRODUÇÃO – após a postura, os ovos devem se recolhidos com baldes ou puçá, a intervalos de duas a quatro horas, e levados para o setor da embriologia. Evite o choque térmico com o monitoramento da temperatura dos recipientes. Os girinos aparecem em dez dias, porém 20% deles não vingam até a metamorfose, quando há ainda uma quebra de 30%. Nos quatro meses seguintes passam por uma metamorfose até se tornarem imagos (rãs jovens).

Como iniciar uma criação de rãsA rã não é um dos animais mais adorados para se ter em casa, então é melhor evitar fazer uma criação em bairros residenciais mesmo que se tenha espaço, o que vai ser preciso. Jamais opte por começar uma criação em apartamentos, mesmo com boa área ou um apartamento por andar, pois estes animais tendem a fugir bastante e é considerada ilegal, uma criação em área residencial, com sujeição a multa e detenção em prisão. O ideal é que seja montada uma criação de rãs em sítios ou ambientes rurais com espaço e água potável em abundância.

Estrutura para a criação de rãsA estrutura a ser montada para a criação de rãs é mínima. É preciso apenas de água, os girinos para a criação e um tanque grande para que estas se acomodem. Alguma vegetação que se assemelhe a seu habitat natural e que se desenvolva na água é recomendada, além de água limpa e com oxigênio, pois a respiração deste animal é cutânea também. Assim, água mineral está descartada. A dica é usar água de poço ou de mina, bem presente em regiões rurais.

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O local em que as rãs devem ser criadas, também chamado de ranário, deve ser um tanque com compartimentos em formato retangular, com laterais em cimento ou placas pré-moldadas de argamassa. Jamais use azulejo, pois é mais caro e jamais pode ser criada na lateral uma vegetação que lembre o habitat das rãs e onde elas se sintam mais confortáveis. É ideal ainda que se tenha um pequeno declive no fundo do tanque, para que sejam ali depositados os girinos para crescimento em período de reprodução. A profundidade não deve variar em mais de 40 centímetros. Esse modelo é chamado de tanque ilha e é o mais usado hoje em dia.É preciso informar que o tanque só será usado pelas rãs mais novas, pois este animal possui duas fases: a aquática e a terrestre. Depois de seus dois meses de vida, as rãs devem ser transportadas para uma área seca próximo a água, como um terreno à beira de um lago, onde elas vão se alimentar e assim crescer fortes para o abate e posterior venda.Toda essa área para montagem de estrutura deve medir, em média, 800 metros quadrados, o que exige um ambiente grande. Também precisa ser iluminado, mas não diretamente pelo sol, o que causa a morte das rãs quando expostas por longo período, pois elas possuem a respiração cutânea. Uma dica é construir um tanque com baias que permita às rãs desfrutarem ao mesmo tempo da água e da parte seca, aguardando o período ideal para o abate e venda. Este modelo de estrutura poupa espaço, é mais barato e pode ser usado tanto para criação de rãs de grande porte como de pequeno porte.

Alimentação das rãs em criadouroEm ambiente natural, as rãs se alimentariam de insetos, mas para criação o ideal é que seja administrada uma ração balanceada ao menos quatro vezes ao dia. Enquanto ainda são girinos, a dosagem é menor, mas sempre quatro vezes ao dia, para que cresçam e se tornem rãs saudáveis para o abate. As rãs também podem ser alimentadas com larvas de dípteros (moscas), mas vivas e não mortas, pois as rãs são caçadoras e dão sempre preferência ao que ainda tem vida. Tanto ração como larvas devem ser jogadas próximas para que ela busque sozinha e assim se exercite, o que a fará comer mais.

Raça para criação de rãsAntes de começar a criação de rãs, as matrizes devem ser compradas sempre com a ajuda de um zootécnico para avaliar se estão em boas condições para reprodução. A rã mais usada para a reprodução em criadouro é a rã-touro, cujo nome cientifico é Rana catesbeiana. Ela se reproduz mais vezes, se adapta mais adaptáveis ao ambiente de criadouro e possui grande aumento de peso.

Reprodução das rãsCom temperatura ideal, sempre quente ou natural, as rãs se reproduzem em media quatro vezes ao ano e sempre com uma grande quantidade de ovos. O ideal é que eles sejam separados e colocados em outro tanque para acompanhamento e, quando os girinos nascerem, alimentados adequadamente.Após os ovos serem colocados no fundo do tanque, os girinos irão aparecer em torno de vinte dias depois. É normal que 30% dos ovos não se desenvolvam, mas o percentual tende a melhorar com o tempo e com a adaptação do animal ao habitat. Lembre-se de separar os animais mais novos dos mais velhos e saiba escolher os

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melhores reprodutores para continuar a produção, que geralmente são as rãs que colocam mais ovos e são mais gordas.Deve-se respeitar o período mínimo de quatro meses até a transformação completa do girino em rã antes de começar o abate para venda. Espere que eles alcancem a forma adulta completa, porque alcançam maior peso, são mais propícios para alimentação e estão com melhor sabor.

http://ranariosantaclara.com.br

Entre em contatos também pelos tels:

Endereço.:   Av. República de Portugal, 420 - Santa Isabel - SP - CEP.: 07500-000

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Uma atividade lucrativa para o produtor e saudável para o consumidor.Considerada exótica e nobre, a carne de rã tem ganhado, cada vez mais, apreciadores, tornando-se uma boa alternativa de negócio.Sua aceitação em supermercados, bares, casas de carne, peixarias e restaurantes está diretamente ligada ao fato de ser um produto saudável e saboroso.Entre as qualidades da carne de rã, podemos destacar:

1. Baixo percentual de colesterol e gordura;

2. Sabor inigualável;

3. Alta digestibilidade;

4. Alto valor nutricional.

O produtor de rãs pode ter bons lucros se estiver em contato com os canais de escoamento, tais como, associações de criadores, cooperativas agrícolas, empresas especializadas e centrais de abastecimento. Da rã, quase tudo é aproveitável, criando-se várias outras potencialidades de venda.

Formas de comercialização de seus produtos e subprodutos:

1. Carcaças inteiras, frescas ou congeladas;

2. Coxas para o mercado externo;

3. Carne industrializada;

4. Couro para a fabricação de sapatos, bolsas, cintos e enfeites;

5. Fígado para a produção de patê;

6. Matrizes para criatórios;

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7. Girinos para recria, reprodução ou engorda;

8. Animais vivos para o abate;

9. Animais para pesquisas, testes e estudos em laboratórios, universidades e empresas.

O comércio internacional de carne de rã envolve países asiáticos como exportadores. Os Estados Unidos e a União Europeia são os principais importadores desse produto. O Brasil ainda tem uma participação discreta, e torna-se evidente uma reestruturação na cadeia produtiva e comercial para que possamos ocupar um posto de maior destaque no mercado internacional.

Segundo Samuel Lopes Lima, professor do Curso   Criação de Rãs   – Novas Tecnologias elaborado pelo  CPT – Centro de Produções Técnicas , o conceito de Ranicultura de forma lucrativa está diretamente ligado ao sistema produtivo utilizado.

CRIAÇÃO DE RÃS  Apresentação

A ranicultura se iniciou no Brasil na década de 30, quando um técnico Canadense trouxe alguns casais da rã Touro Gigante de seu país e iniciou a criação no Estado do Rio de Janeiro. Desde então muita coisa se modificou, sendo que o Brasil foi o pioneiro na criação racional de rãs. 

Mercado

O mercado potencial é de cerca de três vezes superior à oferta, um dos fatores limitantes desse mercado é o preço que o produto tem chegado aos pontos de venda. Dados mais recentes estimam a produção brasileira em torno de 400 toneladas anuais, portanto, um mercado ainda em franca expansão.

Localização

Terreno próximo aos centros consumidores e pouco acidentado, variando seu tamanho de acordo com a produção almejada (tamanho médio 500 a 1000 m2). Locais com a temperatura ambiente mais elevada são recomendados, pois as rãs são animais ectotérmicos, adaptando sua temperatura corporal ao ambiente. Em outras palavras "quanto mais quente melhor".

Estrutura

Quando iniciamos uma criação de rãs, podemos fazê-lo com a aquisição de rãs adultas; rãs jovens; girinos ou desovas. 

A escolha depende de uma série de fatores como a facilidade de obter os animais nas suas diversas fases, época do ano, fator econômico, etc. Por isso, passamos a analisar

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cada uma das alternativas mencionadas. 

Rãs adultasSua aquisição e introdução no ranário devem ser feitas até junho ou julho, para que elas se adaptem e comecem a se reproduzir a partir de agosto ou setembro e até fevereiro ou abril do ano seguinte, quando termina a temporada de reprodução, que abrange os meses mais quentes do ano. Além disso, é a época em que os insetos e outros animais aparecem para servir de alimento para as rãs. 

Os animais só devem ser adquiridos quando todas as instalações já estiverem prontas para recebê-los. Essa é a forma de, em menos tempo, começarmos a criação e a produção comercial de rãs. 

GirinosO melhor é adquiri-los em agosto ou setembro, quando o tempo ou os meses vão começando a esquentar e podemos aproveitar todo o verão, época essa, que apresenta as melhores condições para os girinos se adaptarem ao novo ambiente e, também, que se desenvolvam mais rapidamente. 

Os lotes de girinos, sempre que possível, devem ser bem uniformes, no que diz respeito ao tamanho dos animais, o que evita ou diminui as possibilidades de competições e canibalismo. 

Selecionar os girinos, por tamanho, é uma tarefa muito difícil, trabalhosa, demorada e quase impossível em criações comerciais. Na prática, o que devemos fazer é não misturar lotes ou somente os da mesma idade e tamanho. Uma forma para homogeneizar os tamanhos dos girinos de um lote é colocá-los (na época certa), em tanques-rede. 

DesovasEmbora seja o método mais demorado para iniciarmos a produção, podemos perfeitamente começar a criação com desovas adquiridas em ranários de confiança. O maior problema é o seu transporte que deve ser feito com todo o cuidado, em sacos plásticos ou caixas isotérmicas. 

Existem portanto, em um ranário comercial diversos setores como: - Reprodução;- Embriologia;- Girinagem;- Metamorfose e Engorda.O setor de Engorda representa cerca de 70% das instalações em um ranário. Para os setores de reprodução e engorda são necessárias áreas secas com cochos e abrigos e uma área com piscina. As outras fases são exclusivamente aquáticas. Todos os tanques são construídos em alvenaria com cobertura de sombrite 50% e ficam sob estufas agrícolas, como foi mencionado anteriormente. Dessa forma promove-se um aumento da temperatura ambiente, permitindo assim um desenvolvimento mais rápido dos animais. 

Equipamentos Os equipamentos básicos são: bombas aquáticas, comedouros, telas, equipamentos veterinários e etc. 

Investimento Inicial: 

O investimento varia muito de acordo com o porte do empreendimento e do quantitativo

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de que dispõe o investidor. Calcula-se o investimento de 55 a 75 reais o metro quadrado de estrutura. Um ranário para ser economicamente viável precisa de pelo menos 700m2, o que requer um investimento de 38,5mil reais se considerar o mínimo; e 52,5mil se considerar o máximo. 

Obs.: os valores apresentados são indicativos e servem de base para o empresário decidir se vale ou não a pena aprofundar a análise de investimento. 

Pessoal

Irá variar de acordo com a estrutura do empreendimento. Porém para o funcionamento de um ranário do porte citado deverá ter no mínimo dois funcionários além do dono e administrador. 

Processos produtivos

A rã possui características biológicas e fisiológicas bem distintas dos animais comumente criados. O seu ciclo de vida compreende uma fase exclusivamente aquática, onde recebem o nome de girinos, e outra terrestre (rã propriamente dita), porém com extrema dependência da água. 

Algumas EspéciesSão várias as espécies de rãs, pode-se destacar algumas, tais como: a Rã-Touro, Rã-Pimenta, Rã-Manteiga ou Paulistinha, dentre estas citadas a mais indicada para a criação em cativeiro é a Rã-Touro Gigante, devido as suas características zootécnicas como precocidade, prolificidade e rusticidade.

Rã-touro giganteTambém conhecida como rã mugidora e bulfrog americana (Rana catesbeiana, Shaw), é originária das proximidades das montanhas rochosas na América do Norte. A coloração de pele é entre verde-claro e cinza-escuro. É considerada a terceira maior do mundo em tamanho, chegando aos 30 cm de comprimento total (desde o focinho às patas traseiras) e 2,5 kg de peso. A rã-touro vive no máximo 16 anos e sua capacidade reprodutiva é de aproximadamente 10 anos. No Brasil as pesquisas com criação de Rãs-Touro tiveram início no na década de 70.

ReproduçãoA rã tem uma extraordinária capacidade de reprodução, porém, se faz importante promover uma contínua melhoria nas condições do plantel.Não é difícil identificar o sexo de uma rã. A presença de testículos nos machos e ovários nas fêmeas é a característica sexual primária das rãs. Mas, para identificar o sexo dos animais, observe as características secundárias como: tamanho (os machos são menores), diâmetro do ouvido em relação ao do olho e coloração do papo. Quando a rã atinge a sua maturidade sexual, ou seja, está apta para o acasalamento, estas características são visíveis.

Para atingir a maturidade sexual, as rãs sofrem certas influências como: clima, chuva, pressão atmosférica, temperatura, fotoperíodo (tempo de exposição à luz). Estes são os fatores primordiais que atuam no seu processo de maturação do aparelho reprodutor.As rãs se reproduzem por acasalamento com fecundação externa, ou seja, o esperma é lançado sobre os óvulos, diretamente na água.

O processo inicia-se com o coaxar dos machos, visando a atração das fêmeas; para a

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desova procuram águas limpas, rasas, calmas e tépidas.

A pressão exercida pelo macho, durante o abraço nupcial, auxilia a fêmea na expulsão dos óvulos. Simultaneamente os machos lançam seu esperma fecundando-os à medida em que são expelidos. Os ovos mantêm-se unidos por uma substância gelatinosa e transparente. A função desta substância é auxiliá-los a flutuar na superfície da água, dar-lhes proteção mecânica e térmica e contra-ataques dos inimigos.

Os embriões (larvas) eclodem 3 a 5 dias após a fecundação. Têm cor negra e nutrem-se do saco vitelino. Depois do décimo dia, aproximadamente, passam a se alimentar do plâncton existente na água e de ração. Em seguida, começam a nadar. Nesta etapa já possuem boca formada.

Nas primeiras semanas ficam no fundo dos tanques, subindo à superfície em grupos para se alimentar. Quando alcançam determinado tamanho, os girinos começam a se metamorfosear, transformando-se em imago e adquirindo hábitos terrestres.

DensidadeA densidade recomendada no setor de reprodução é de 3 animais/m2 , e no setor de engorda, é de 50 rãs/m2. Quanto aos girinos a densidade para a transformação é de 1 girino/litro d'água, e quando se deseja reter o processo de metamorfose essa deve ser de até 20 girinos/litro d'água (estocagem), conforme seu tamanho. O tempo que o animal leva desde a fase de ovo até o peso de abate é em média de 7 meses e varia conforme a temperatura, manejo, alimentação e potencial genético. Destes 7 meses apenas 4 meses são relativos à engorda propriamente dita, sendo que os 3 meses iniciais são relativos ao tempo em que ocorre a eclosão dos ovos de onde saem os girinos que crescem e sofrem a metamorfose. Esses últimos sofrem diversas transformações internas e externas até se transformarem em rãs jovens.

AlimentaçãoPara os girinos em processo de metamorfose recomenda-se administrar ração para trutas ou rãs (aproximadamente 40% de Proteína Bruta) na forma farelada, na quantidade de 10% do seu peso vivo por dia (1O mês), relação essa que deve ser diminuída para 5% e 2% nos meses subsequentes. Já para as rãs, a ração a ser ofertada (também com aproximadamente 40% de PB), deve ser peletizada e acrescida de inicialmente 20% de larvas de dípteros. A ração pode ser oferecida também sobre cochos vibratórios, ou oferecida a lanço diretamente sobre a água com acontece em um sistema conhecido como "inundado".

Melhoramento da espéciePara obter-se um melhoramento da espécie em ranicultura, há dois principais caminhos:- Melhoramento das condições ambientais. Esta ligado a melhoramentos na alimentação, sanidade, construção, etc. Pode conduzir a um rápido retorno, mas precisa ser sempre renovado.

- Melhoramento genético. É um trabalho mais a longo prazo, com gastos elevados, porém, benefícios permanentes. Este trabalho em geral é promovido e patrocinado por institutos e centros de pesquisa. Os animais são escolhidos dentro do padrão de produção desejado. Devem ser sadios, fecundos, resistentes a doenças e apresentar um bom crescimento, de forma a induzir uma melhoria na criação. A seleção é feita ao longo de todo o ciclo de vida do animal.

É válido lembrar que o campo da genética aplicada à ranicultura é amplo, mas infelizmente ainda pouco explorado. Assim sendo, recomenda-se que o próprio ranicultor

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desenvolva a melhoria do seu plantel, através de seleção. Esta seleção consiste em escolher os melhores animais dentro de uma população e acasalá-los entre si.

Estrutura de produção

É distribuída por setores, que são: - O Setor de Reprodução. É constituído de duas áreas distintas: as baias de mantença e as de acasalamento. Na primeira, as rãs reprodutoras são mantidas confortavelmente durante todo o ano, sendo transferidas para as baias de acasalamento quando o ranicultor necessita de desovas. Essas baias de acasalamento podem ser para apenas um casal de cada vez (individualizadas), ou para vários casais (baias coletivas). Após a reprodução, a desova é transferida para o setor de girinos, e o casal retorna para a baia de mantença. Apesar dessa baia ser semelhante às do setor de recria, seus elementos básicos estão em número e dimensões proporcionais ao porte dos reprodutores, que são alojados em uma densidade bem inferior.

- O Setor de Girinos. É formado por um conjunto de tanques, construídos em tamanho e número proporcional ao porte do empreendimento. A desova é depositada em uma incubadeira, onde ocorrerá o desenvolvimento embrionário até a saída das larvas, as quais, decorridos alguns dias, darão origem aos girinos propriamente ditos. Nos tanques, os animais vão se desenvolver até a metamorfose.

- O Setor de Recria. Constituído de baias de recria inicial e baias de terminação. Essas baias consistem de abrigos, cochos e piscinas dispostos linearmente e adequados ao tamanho dos animais. 

* Baias de Recria Inicial. Recebem os imagos após a metamorfose, oriundos ou não de uma mesma desova. Quando as rãs alojadas nessas baias alcançam de 30 a 40 g, são tríadas e transferidas para as baias de crescimento e terminação. 

* Baias de Crescimento e Terminação. São destinadas a receberem lotes uniformes de rãs oriundas das baias de recria inicial, onde permanecem até atingirem o peso de abate. Nesse momento, são enviadas para a industria de abate e processamento. 

Fases da criaçãoSão as seguintes:- 1º Fase: Inicia-se no setor de reprodução, onde as rãs reprodutoras são mantidas confortavelmente durante todo o ano, sendo transferidas para as baias de acasalamento quando o ranicultor necessita de desovas. Após a reprodução, a desova é transferida para o setor de girinos.- 2º Fase: No setor de girinos, os girinos são depositados em uma incubadeira, onde ocorrerá o desenvolvimento embrionário até a saída das larvas, as quais, decorridos alguns dias, darão origem aos girinos propriamente ditos. Nos tanques, os animais vão se desenvolver até a metamorfose (imagos).- 3º Fase: Os imagos são transferidos para o setor de recria, onde são abrigados nas baias de recria inicial, nestas ficam alojados até alcançarem de 30 a 40 g (rãs), são tríadas e transferidas para as baias de crescimento e terminação, onde permanecerão até atingirem o peso de abate. Nesse momento, são enviadas para a industria de abate e processamento.

Clientes

Os principais compradores são: supermercados, butiques de carne e restaurantes. No

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caso de supermercados, somente os produtores com oferta regular e com grande volume têm condições de atender a esse segmento.

Lembretes 

Alguns fatores que devem ser lembrados pelo empreendedor, para que obtenha sucesso no empreendimento:- O que determina o sucesso do empreendimento não está apenas no potencial do mercado do produto, mas sim na forma como o negócio é gerenciado e na perseverança do empreendedor;- Antes de implantar o negócio, é importante que seja feito um levantamento de mercado e um bom planejamento das atividades.

OBS. No Brasil, em um ranário, um reprodutor permanece de 4 a 5 anos, em média, e as rãs destinadas ao abate cerca de sete meses a um ano.

Código Descrição do Projeto Pronto de Empreendimento (eBook)

RA-001 Ranário, para criação de rãs, com vários galpões (reprodutores, estufa, girinos, engorda)

Projeto Pronto de Empreendimento (eBook) com as Seguintes Seções:

Ranário com as seguintes galpões: Reprodutores Estufa Girinos Engorda (03 galpões) 

O Projeto Pronto de Empreendimento (eBook) contém:

Projeto Pronto de Empreendimento em arquivo para AutoCad (.dwg) (pranchas em formato A0 ou A1) (VER MODELO), com: - Planta Baixa da Construção- Lay-out dos Equipamentos- Cortes- Fachada- Planta de Situação das Construções no terreno- Planta dos Escritórios, Vestiários, Refeitórios e outros Anexos do Empreendimento

Memorial Básico da Construção (VER MODELO) Lista de Equipamentos (VER MODELO) Lista de Fornecedores de Equipamentos (VER MODELO) Lista de Materiais da Construção e Orçamento da Obra (VER

MODELO) Cronograma Físico-Financeiro da Obra (VER MODELO) Fluxograma de Produção (VER MODELO)

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Serviços Opcionais relacionados a este eBook de Projeto Pronto de Empreendimento (não estão inclusos nos eBooks):

- Estudo de Viabilidade do Empreendimento (VER MODELO)

- Projeto de Financiamento BNDES / FCO / BDMG / FINAME (VER MODELO

Para saber mais sobre os eBooks de Projetos Prontros de Empreendimento, clique aqui.

  PREÇO DO PROJETO PRONTO DE EMPREENDIMENTO

 Para o Brasil

Outros Países

Versão em Arquivo(enviada por e-mail)

  R$ 620,00US$ 310,00ou € 248,00

Versão Impressa com CD(enviada por SEDEX)

  R$ 846,00US$ 490,00ou € 392,00

http://www.engetecno.com.br/port/proj.php?projeto=ranario-para-criacao-de-ras-com-varios-galpoes-reprodutores-estufa-girinos-engorda