r$ 3,20 batistas de pernambuco elaboram carta do ... · adoramos o que conhecemos “mas vem a hora...

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1 ISSN 1679-0189 Ano CXV Edição 03 Domingo, 17.01.2016 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Batistas de Pernambuco elaboram Carta do Pensamento Batista Entendendo que os Princípios e as Doutrinas Batistas precisam estar na agenda das Igrejas, a Convenção Batista de Pernambuco (CBPE) promoveu o Encontro Pensamento Batista 2015, um evento que discutiu diversos assuntos. Finalizando o evento com a elaboração de uma preciosa carta. (Pagina 10) Batistas Mineiros fazendo diferença “Natal com cheiro de gente, sorriso, olhares e sentimentos de gente” Pessoas de vários lugares se juntaram à equipe da Convenção Batista Mineira (CBM) que, desde o dia 06 de novembro, vem desenvolvendo trabalhos de apoio em Barra Longa e região. (Pagina 08) Uma cidade, uma visão, uma só Igreja. Marcados pelo poder do Evangelho, mais de 150 jovens, saíram das suas cidades representando todas as regiões do estado de Sergipe em um grande ajuntamento na cidade de Ilha das Flores, que fica a 127Km da capital Aracaju. (Pagina 09) Ilha das Flores - SE recebe o Impacto Jovem Missionário

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1o jornal batista – domingo, 17/01/16?????ISSN 1679-0189

Ano CXVEdição 03 Domingo, 17.01.2016R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

Batistas de Pernambuco elaboram Carta do Pensamento Batista

Entendendo que os Princípios e as Doutrinas Batistas precisam estar na agenda das Igrejas, a Convenção Batista de Pernambuco (CBPE) promoveu o Encontro Pensamento Batista 2015, um evento que discutiu diversos assuntos. Finalizando o evento com a elaboração de uma preciosa carta. (Pagina 10)

Batistas Mineiros fazendo diferença

“Natal com cheiro de gente, sorriso, olhares e sentimentos de gente”

Pessoas de vários lugares se juntaram à equipe da Convenção Batista Mineira (CBM) que, desde o dia 06 de novembro, vem desenvolvendo trabalhos de apoio em Barra Longa e região. (Pagina 08)

Uma cidade, uma visão, uma só Igreja. Marcados pelo poder do Evangelho, mais de 150 jovens, saíram das suas cidades representando todas as regiões do estado de Sergipe em um grande ajuntamento na cidade de Ilha das Flores, que fica a 127Km da capital Aracaju. (Pagina 09)

Ilha das Flores - SE recebe o Impacto

Jovem Missionário

2 o jornal batista – domingo, 17/01/16 reflexão

E D I T O R I A L

Adoramos o que conhecemos“Mas vem a hora e já chegou em que os verdadeiros ado-radores adorarão o Pai em espírito e verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores. Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e verdade” (Jo 4.23-24).

É comum ouvirmos a expressão “adoro tal coisa ou tal pessoa”, ainda que na maioria

das vezes seja uma força de expressão, muitas vezes elas realmente traduzem o sentimento de pessoas em relação ao bem material, a um artista ou atleta. No capítulo 4 do Evangelho

de João encontramos Jesus ensinando sobre o verda-deiro significado e forma de adoração.

O chamado a Adoração é universal e eterno. E é diri-gido para todas as pessoas, em cada geração, nação e tribo, embora haja ainda hoje, a grande maioria não atende este chamado, pois é o chamado mais elevado que pode ser feito a um ser humano.

Deus não somente chama, mas procura verdadeiros ado-radores. Portanto devemos estarmos atentos e dispostos a esse chamado divino.

Se entendermos e atender-mos ao chamado de Deus à adoração, precisamos en-

tender bem alguns aspectos fundamentais sobre adora-ção. Devemos ter claro que a verdadeira adoração tem a sua origem na dignidade de Deus – Ele é digno de toda à adoração – nós adoramos o que conhecemos.

Este é o particular caráter que identifica a verdadeira adoração, diferindo-a da adoração religiosa mera-mente formal. Ao alcançar-mos a visão desta verdade “Adoramos o que conhece-mos”, compreenderemos que a verdadeira adoração é obra da graça de Deus no coração do homem e não se baseia no desempenho humano. É a ação da graça de Deus preenchendo todos

os espaços do coração, da mente e da vida do verda-deiro adorador, que contrito aceita o chamado divino, permitindo que a ação da graça divina se sobreponha ao desempenho humano. Se dependesse do desempenho humano jamais atingiríamos o desejo de Deus de ser adorado em espírito e ver-dade. Adoramos a um Deus que conhecemos, criador e sustentador do universo, ao Deus verdadeiro que trans-forma e nos faz adoradores verdadeiros.

Sócrates Oliveira de Souza,diretor executivo da

Convenção Batista Brasileira

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEVanderlei Batista MarinsDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOPaloma Silva Furtado(Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ)

CONSELHO EDITORIALCelso Aloisio Santos BarbosaFrancisco Bonato PereiraGuilherme GimenezOthon AvilaSandra Natividade

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A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

3o jornal batista – domingo, 17/01/16reflexão

Jeferson Rodolfo Cristianini, pastor da Primeira Igreja Batista de Bauru - SP

As dietas estão na moda. Nessa época do ano recheada de confraternizações,

comilanças com familiares e amigos, as dietas da moda emergem com a propaganda de perder peso em pouco tem-po. São tantas propostas que as pessoas se perdem diante de tantas dietas. Há dietas com propostas mirabolantes de emagrecimento. Dietas de

poucos dias, com chás ema-grecedores; outras dietas que se dizem milagrosas reduzin-do o peso em pouco tempo. Dizem que o melhor regime é fechar a boca, ou seja, co-mer menos. Acompanhada da proposta de “fechar a boca” é bom uma boa dose de exer-cício físico. A dieta com a proposta “fechar a boca” é uma ótima alternativa. Ela não tem resultados mirabolantes e milagrosos, mas a longo prazo dá resultado.

A sabedoria diz que a nos-sa boca deve glorificar ao

Senhor, e que a língua é um pequeno órgão, mas pode ser usado para proferir maldição. Jesus disse que a boca fala do que o coração está cheio, ou seja, nossos lábios lançarão para fora o que depositamos em nosso interior. Nossa boca deve ser canal de bênçãos, por isso, que não podemos proferir palavras que não edi-fiquem e não agradem ao Senhor. Que em 2016 possa-mos manter a boca fechada. Não é um regime físico e sim espiritual. Essa época do ano de retrospectivas e sonhos é

caindo na casca de banana). Está evidenciado neste acon-tecimento que é possível manter a integridade mesmo diante de situações delica-díssimas, onde quem não é íntegro cai com a maior fa-cilidade (não segura a onda).

Somos um ser pensante, inteligente e responsável por nossas ações e/ou omissões, com liberdade para escolher entre o bem e o mal, para aceitar o que é certo, para rejeitar o que é errado, para fazer o que quisermos, para deixar de fazer o que não quisermos. Enfim a liberdade que Deus nos concede é nos-sa grande riqueza distintiva, por isso mesmo precisamos de discernimento espiritual e moral para usá-la adequa-damente ao fazer escolhas, porque atrás delas vem as consequências. O provér-bio chinês diz: “Podemos escolher o que semear, mas somos obrigados a colher o que plantamos”, alerta sobre a relevância no uso da liber-dade no processo de tomada de decisões.

É assim que a dispersão,

ótima para pensar nas dietas. Como o corpo precisa de cui-dado a mente também.

Quero fechar a boca para falar mal de situações que não posso intervir e interferir. Quero ficar de boca fechada diante de pessoas que só murmuram.

Diante da murmuração quero fechar a boca. Diante de acusações, críticas, e pro-vocações quero ficar de boca fechada para não retribuir o mal com o mal. Diante dos fofoqueiros não quero nem ouvir, e nem falar nada sobre

continua nos nossos dias, não apenas no mundo reli-gioso/eclesiástico/espiritual, mas na sociedade como um todo, abrangendo todos os segmentos da vida, como na administração, na política, na governança nas mais variadas áreas: pública, privada e 3º setor; executivo, legislativo e judiciário; federal, estadual e municipal; também nos organismos mundiais e in-ternacionais. Este mal assola a sociedade principalmente nas áreas do poder, dinheiro e sexo.

A história e o noticiário, mostram mazelas a partir dispersão: Watergate; FIFA; swissleaks; vatileaks; máfia italiana; corrupção dos cor-reios - mensalão; operação lava-jato - petrolão e suas ramificações; presidente (de país, organização, etc.) x secretária; etc. Seria muito bom se pudéssemos dizer que realidades deste gênero, que coisas “do arco-da-velha” não acontecem nos nossos arraiais. Acontecem porque as pessoas vão pelo caminho da dispersão, desprezando

a vida alheia, quero ficar com a boca fechada. Diante de posicionamentos extremis-tas, preconceituosos quero me calar. Minha dieta será alimentar-me mais e mais da Palavra de Deus, usar minha boca para edificação, abrir meus lábios para glorificar o Senhor e orar pelas pessoas que conhecem. Essa minha dieta da boa fechada é mi-lagrosa sim. Use seus lábios para o louvor da Glória do Senhor. Use seus lábios para promover edificação e salva-ção! Feliz 2016.

valores e princípios cristãos, morais e espirituais, dando expansão aos instintos e pai-xões mais primitivos e aí se dão muito mal.

A estratégia para enfrentar a dispersão, não caindo na es-parrela, do “laço do passari-nheiro (perigos escondidos)” - Salmos 91.3, e sair vitorioso é: 1º) Manter a disciplina, ter limites; 2º) Ocupar a mente com coisas relevantes (Men-te vazia, oficina do diabo. Quando alguém está ocioso, sem nada para fazer, tende sempre a cair em uma ar-madilha! O fato de estar de-socupado leva a pensar em coisas que geralmente não pensaria se estivesse envol-vido em alguma atividade!) 3º Proteger-se com “A Arma-dura do Cristão - Por isso pe-guem agora a armadura que Deus lhes dá. Assim, quando chegar o dia de enfrentarem as forças do mal, vocês po-derão resistir aos ataques do inimigo e, depois de lutarem até o fim, vocês continuarão firmes, sem recuar. Portanto, estejam preparados” (Efésios 6.13-14 - NTLH).

Dieta para 2016: Fechar a boca

Dispersão

pessoa a cometer desacertos. Assim aconteceu no jardim do Éden com Adão e Eva que cederam ao perceber vantagem naquela propos-ta mentirosa, sofrendo as consequências.

A ação perpetrada contra Urias (II Samuel 11) exem-plifica o quanto a dispersão não convém. Depois de uma vitória, em vez de estar jun-to com seu exército, Davi estava no palácio em Jerusa-lém, desocupado e alheio à guerra. Nesta circunstância confortável, que é propícia à dispersão, começando por um simples (maldoso) olhar, cometeu a insensatez (cobiça e adultério), culminando em crime hediondo (homicídio), pecados pelos quais pagou muito caro e dos quais, mais tarde se arrependeu amarga-mente (Salmos 51).

Em outra história bíblica, diametralmente oposta, cons-tata-se que José (do Egito), deixou um exemplo raro, extraordinário e inacreditá-vel rejeitando à sedução da mulher de Potifar (não ou-vindo o canto da sereia nem

Daltro de La Puente Machado, colaborador de OJB

“Estejam alertas e fiquem vigiando porque o inimigo de vocês, o Diabo, anda por aí como um leão que ruge, procurando alguém para de-vorar” (I Pedro 5.8 – NTLH).

Dispersão com o significado de fal-ta de atenção, de perder a atenção,

de perder o foco, capaz de levar a pessoa a se encantar com a paisagem e se desviar do destino é um problema grave e um inimigo traiço-eiro, porque age de modo sutil, retirando a percepção de perigo iminente e de suas consequências. Neste distan-ciamento há um risco pro-gressivo e agravante, igual ao descrito no Salmos 1 “andar, deter e assentar; conselho, caminho e roda; ímpios, pe-cadores e escarnecedores”.

A dispersão com este en-foque desde os primórdios até os dias atuais, representa ameaça e risco de levar a

4 o jornal batista – domingo, 17/01/16

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia

A mentira é maligna

reflexão

“E o Pai, que me enviou, ele mesmo testificou de mim. Vós nunca ouvistes a sua voz, nem vistes o seu pare-cer” (João 5.37)

Quando um judeu, contemporâneo de Jesus, queria que acreditassem

na sua palavra, fazia um ju-ramento. Quanto maior a postura de incredulidade expressada pelo outro, que ouvia, mais intensa e dra-maticamente o interlocutor jurava. Só que chegou um ponto em que as comuni-dades judaicas deixaram de acreditar nos juramentos. Ao criticar este nível de rea-lidade torcida e de mentiras ocultas, Jesus fez uma solene declaração: “Que o ‘sim’ de vocês seja sim e o ‘não’, não. Pois qualquer coisa a mais que disserem vem do Malig-no” (João 5.37).

Mentir revela a incapaci-dade que a pessoa desen-volveu de conviver com a realidade. Nestes casos, te-mos de escolher dentre duas hipóteses: ou a realidade que

nos apresentam é pura fic-ção ou os componentes que nos cercam são verdadeiros. Quando os dados que nos cercam são dimensões da realidade…e nós os rejeita-mos, refletimos imaturidade e irresponsabilidade. Nossa reação de mentir, de falsear o óbvio, expressa o mal-estar que a verdade nos causa. É neste contexto que Jesus atribui ao poder do malig-no, nosso desrespeito a ele próprio, que é a verdade. Não há juramento capaz de transformar uma mentira em expressão da verdade.

Fomos chamados para vi-ver a Verdade e para dar tes-temunho da Verdade, que é Cristo. Quando deixamos de demonstrar o desafio que é a submissão à verdade, o que nosso mau testemunho revela é nossa descrença quanto à “vida com abundância”, que somen-te Cristo pode desenvolver em nós. Nesta encruzilhada, resta-nos assumir a decisão, proposta por Josué. A quem, de fato, queremos servir? A decisão, por certo, tem que ser verdadeira, para valer…

Ora, Jesus afirmara ao ladrão na cruz: “[...] hoje estarás comigo no para-

íso”. Se ele fora ao paraíso, como afirmara ao ladrão, como na ressurreição ele diz às mulheres que não o to-cassem porque ele ainda não havia subido ao Pai? Não há nisso contradição? Será con-tradição se nós desprezarmos certos elementos que nos aju-dam na interpretação do texto.

A suposta contradição deixa de existir quando volvemos nos-sos olhos para a forma verbal.

No grego, me mu haptou pode ser traduzido assim: “Deixai de estar me tocando”’. O verbo está no presente do imperativo com uma partícula negativa. Essa partícula proíbe a continuação do ato. A forma imperativa presente indica um ato incipiente, realmente começado, ou ao ponto de começar.

O Dr. W. C. Taylor comenta: “Deixa de estar me tocando – há trabalho urgente, mensagens a serem levadas com pressa. Não é tempo de extravagância de devoções no terreno físico e material. Vai, Maria, cuidar de entregar minha mensagem, meu recado. Seja esta tua ma-nifestação de afeto”’.

A outra parte do texto tam-bém precisa ser explicada —

“[...] porque ainda não subi para meu pai”. Várias seitas têm procurado tirar proveito deste texto assim traduzido. Entretanto, o grego mais uma vez nos auxilia. Havia no grego dois tempos passados. O aoristo, em que a ação é definida. Esta ação é descrita como um ponto. Ao passo que o outro tempo, o perfeito, indica ação realizada no pas-sado. Embora demonstre que a ação é realizada no passado, deixa bem claro que o efeito ainda está durando. A melhor tradução de todo o texto seria: “Não continues a tocar-me, pois ainda não tenho ascen-dido definitivamente para meu Pai”. Jesus não quis dizer que não tinha estado no céu. Isso não, pois Ele fora ali em espírito: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” (Lucas 23.46). O que Ele falava era de sua ascensão definitiva em corpo e alma ao céu.

A contenda do arcanjo Miguel com o diabo

Na carta universal do após-tolo Judas, versículo nove, lemos: “Mas quando o arcan-jo Miguel, discutindo com o diabo, disputava a respeito do corpo de Moisés, não ousou pronunciar contra ele acusação infame, mas disse: O Senhor te repreenda!”.

Alguns pensam que este passo referido seja apenas uma figura da Lei Mosaica; outros ainda pensam que a fonte desta informação foi dada por Cristo na cena da Transfiguração.

No Antigo Testamento, o arcanjo Miguel aparece como protetor da nação judaica con-tra os poderes dos gentios. Para se ter uma noção do va-lor do arcanjo Miguel basta ler os seguintes textos Daniel 10.13;21; 12.1; Judas 9; Apo-calipse 12.7. Sem dúvida, este incidente descrito por Judas tem por base Deuteronômio 34.5-6 que narra ligeiramente a morte e a sepultura de Moi-sés. O Targum de Jonathan diz que o arcanjo Miguel foi cons-tituído guarda do túmulo de Moisés. Pensa-se que o diabo quis apoderar-se do corpo de Moisés a fim de fazer dele um objeto de idolatria para os ju-deus. Como o arcanjo Miguel não o permitiu, travou-se entre os dois uma disputa, uma alter-cação. O diabo estaria sempre a dizer ao arcanjo que Moisés não merecia o beneplácito de Deus, pois assassinara o egípcio. O arcanjo aturou a ousadia de satanás sem profe-rir sobre ele nenhuma palavra de maldição. Reconheceu que só dos lábios de Deus deveria sair a maldição.

Eraldo Coelho Bernardo, pastor e colaborador de OJB

Veio um homem de Deus a Eli, e lhe disse: Assim diz o Senhor....Na ver-

dade eu tinha dito que a tua casa e a casa de teu pai anda-riam diante de mim perpetu-amente. Mas agora o Senhor diz: Longe de mim tal coisa, porque honrarei os que me honram, mas os que me des-

prezam serão desprezados” (I Sm 2.27-30).

Ser honrado por Deus to-dos nós queremos, no entan-to, esse estado ou momento de honra só acontece quando nós propomos honrá-Lo em primeiro lugar, em todas as situações, em todos os mo-mentos.

Honrar é reverenciar, é respeitar, é obedecer, é amar, é ter consideração, é ter al-guém em alta estima. É assim

que eu e você devemos ser para com Ele, nosso Criador e Redentor.

O texto nos informa que os filhos do sacerdote Eli, embo-ra estivessem lidando com o sagrado, com o altar, não eram obedientes e tementes a Deus. Comportavam-se como filhos de Belial, enti-dade maligna.

Seu pai não teve uma ati-tude firme em relação a seus “filhinhos”. Fez vistas gros-

sas... Passou-lhes as mãos sobre a cabeça...

Este é um tempo em que te-mos que estar com os nossos olhos na Palavra para ver o que Deus deseja ver em nossa vida, em nossos lares, na vida de nossos filhos. Se os filhos forem rebeldes eles terão que nos ter como uma barreira diante deles. Tudo devemos fazer para tentar salvá-los.

A indignação do Senhor foi tão grande que Ele sen-

tenciou a morte dos filhos de Eli (Hofni e Finéias) I Samuel 2.34. O próprio sacerdote Eli teve também a sua vida ceifada (I Samuel 5.18).

Amados, os dias são difíceis para todos nós. Nossa alma tem gemido ao ouvir tanta maldade, tanta corrupção, tanta sem-vergonhice de todo o lado, mas o Senhor disse e está dizendo: “HONRAREI OS QUE ME HONRAM”. Quer ser honrado(a)?

Ebenézer Soares Ferreira Diretor-geral do Seminário

Teológico Batista de Niterói – RJ

DIFICULDADES BÍBLICAS E OUTROS ASSUNTOS

Honrarei os que me honram

“Não me toques, porque ainda não subi para meu pai”

5o jornal batista – domingo, 17/01/16reflexão

é o que não mata, não furta, não rouba, não pratica o mal, nem se compraz em meter-se na vida alheia. É o que sofre, sem desalento, por amor de Cristo, pela justiça e verdade do Evangelho. É o que diz Pedro em sua epístola acima referida.

5.Cristão é aquele que per-manece em Jesus e anda e procede como Ele viveu e procedeu. Diz I João 2.5,6: “Mas todo o que guarda a sua palavra, neste o amor de Deus tem de fato se aperfei-çoado. E assim sabemos que estamos nele (em Cristo). Quem afirma estar nele tam-bém deve andar como ele andou”.

Tais são as marcas identifi-cadoras do cristão ou da cris-tã, nas três ocasiões em que o termo é empregado conforme ensinos do NT.

6. São ainda elementos sinaléticos da identidade do cristão: perante a igreja, o

a erva, depois, a espiga, e, por último, o grão cheio na espiga. E, quando já o fruto se mostra, mete-lhe logo a foice, porque está chegada a ceifa” (Marcos 4.26-28).

Em Sua parábola, Jesus destaca a transformação que a semente sofre quan-do lançada em terra. Vem primeiro a erva, depois a es-piga e por fim o grão abun-dante na espiga. Ali, como o agricultor se alegra com o resultado. E algo nesse sen-tido que o Senhor quer nos conceder. “Os que semeiam em lágrimas segarão com alegria. Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazen-do consigo os seus molhos” (Salmos 126.5-6).

Então, semeemos. Espalhe-mos sementes. Façamos isso com constância e perseveran-

ato de fé; perante o mundo, a vivência de amor; diante da vida, uma caminhada de esperança. Diante da Igre-ja, o cristão diz: “Eu creio”; perante o mundo, ele prova: “eu amo”. “E espero a volta do meu Senhor”.

Diz Jesus: “Nisto conhece-reis que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos ou-tros” João 13.35.

Por outro lado, a ausên-cia de amor em nós cega as pessoas para as coisas que fazemos, e as torna surdas às palavras que proferimos.

Concluo. A vida do genuí-no cristão deve ser provada no crer, no amar, no viver, e em atitudes que revelem compromisso com a von-tade de Deus e valorização das pessoas. E, finalmente, vale repetir, cristão é aquele que se parece com Cristo na santidade de sua vida (IJo 2.6) e na disposição cons-tante de amar e servir. (Jo 13.13-17).

Você é um cristão?

ça. É tempo de viver as novas do Evangelho, é tempo de cultivar o que Deus tem de melhor para nós! Não pou-pemos esforços.“E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância também cei-fará” (II Coríntios 9.6).

Pode não ser muito fácil esse processo, contudo, o retorno é certo e seguro. Deus nos abençoará nessa empreitada.“Porque, assim como desce a chuva e a neve dos céus e para lá não tor-nam, mas regam a terra, e a fazem produzir, e brotar, e dar semente ao semeador, e pão ao que come, assim será a palavra que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia; antes, fará o que me apraz e prosperará na-quilo para que enviei” (Isaías 55.10-11).

Irland Pereira de Azevedo, pastor da Igreja Batista da Liberdade - SP

“…e em Antioquia foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos” (Atos 11.26).

“E disse Agripa a Paulo: Por pouco me queres persuadir a que me faça cristão” (Atos 26.28).

“Que nenhum de vós padeça como homicida, ou ladrão, ou malfeitor, ou como os que se intrometem em ne-gócios alheios. Mas, se pa-dece como cristão, não se envergonhe, antes glorifique a Deus nesta parte” (I Pedro 4.15-16).

Como se pode obser-var nessas citações bíblicas, a palavra cristão ocorre ape-

nas três vezes no Novo Tes-tamento, mas com suficiente clareza e riqueza para nos

Adriano Xavier Machado, pastor da Primeira Igreja Batista em Fátima - MS

Há um princípio co-nhecido, mas que ainda, por muitas vezes, continua

sendo ignorado. Trata-se da libertadora e poderosa Lei da Semeadura. Como disse o apóstolo Paulo: “Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará” (Gálatas 6.7).

Se queremos fazer a dife-rença, viver O novo, ser mais frutíferos, sem dúvida, temos que semear algo diferente e mais frequentemente”. A vida de uma pessoa é resultado daquilo que se plantou. Cada escolha, cada decisão, cada atitude, cada pensamento ou cada palavra são semen-tes no terreno da existência humana.

comunicar preciosas lições sobre a natureza mesma da fé e da vida cristã.

Que é um cristão?Muitos ridicularizam ou

desprezam o Cristianismo, não por lhe negarem a verda-de e a beleza, mas em virtude da vida e conduta de muitos denominados cristãos.

Por exemplo, Ernst Bloch define cristão como “o indi-víduo que no domingo con-fessa os pecados da semana anterior e que, com certeza, vai repetir na segunda-feira”. Terá ele razão?

O filósofo ucraniano Ni-colai A. Berdyaev escreveu uma obra cujo título é sin-tomático: “Da Dignidade do Cristianismo e da Indignida-de dos Cristãos”.

Num tempo de crise de identidade, faz-se mister a compreensão do que somos e do que não somos.

Você é cristão? Que é um cristão?

1.Cristão é, antes de tudo,

E muito fácil entendermos que, se um agricultor semeou batatas, não há como colher morangos. Da mesma forma, se plantou pêssegos não há como ceifar uvas. Assim é com a vida. Somos fruto das sementes que lançamos ao longo do caminho. Somos resultado daquilo que culti-vamos. O que colhemos é o que foi semeado.

Elifaz, um dos amigos de Jó, constatou: “Segundo eu tenho visto, os que lavram iniquidade, e semeiam mal, segam isso mesmo” (Jó 4.8). Já Paulo considerou: “E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houver-mos desfalecido” (Gálatas 6.9).

Quer seja com Elifaz, quer seja com o apóstolo Paulo, fica muito claro o princípio da Lei da Semeadura no cam-

a pessoa nascida de novo, regenerada pelo Espírito e feita nova criatura, em Cristo.

2.Cristão é o discípulo de Cristo, e que O segue e tanto aprende Dele, que fica pare-cido com Jesus.

Foi essa a experiência dos discípulos de Antioquia, de que dá conta a narrativa de Atos 11.19-26.

3.Cristão é aquele que de-monstra nova vida em Cristo e dá testemunho de sua fé e sua experiência perante a sociedade, pois cristão é testemunha de Jesus Cristo Atos 1.8.

Agripa compreendeu que Paulo era cristão, em face da transformação de sua vida, da ousadia e impacto de seu testemunho, aliado à beleza e integridade de sua vida. E diz-lhe: “por pouco me que-res persuadir a que me faça cristão”.

4.Cristão, negativamente,

po moral e espiritual. Não adianta querermos fechar os olhos para isso. Faz parte do processo, da natureza e do equilíbrio da vida. Não há atalhos. Colhemos o que plantamos!

Portanto, devemos assumir o propósito de semear o que é bom. Devemos semear a graça e o amor de Cristo. A vida é semeadura e cada semente lançada no percur-so de nossa jornada, brota e cresce, germina e floresce. Se tivermos sabedoria, escolhe-remos as melhores sementes, escolheremos as coisas exce-lentes.

“O Reino de Deus é assim como se um homem lançasse semente a terra, e dormisse, e se levantasse de noite ou de dia, e a semente brotasse e crescesse, não sabendo ele como. Porque a terra por si mesma frutifica; primeiro,

Ser Cristão

A Lei da Semeadura

vida em famíliaGilson e Elizabete Bifano

6 o jornal batista – domingo, 17/01/16 reflexão

“Naquele dia, ao anoitecer, disse ele aos seus discípulos: vamos para o outro lado” (Marcos 4.35).

Nunca concordei com a primeira estrofe daquele cântico que diz:

“Com Cristo no barco tudo vai muito bem.Vai muito bem, vai muito bem.Com Cristo no barco tudo vai muito bem...E passa o temporal”.

Pergunte a uma mãe piedo-sa que perdeu seu filho com 22 anos vítima de um câncer devastador, que da desco-berta do nódulo no esôfago até a morte, em dezembro de 2005, durou exatamente 120 dias.

Pergunte à esposa cristã que ligou para mim chorando e compartilhando a sua dor de ser traída durante dois anos. Isso depois de 27 anos de vida conjugal.

Pergunte a pessoa que, de repente, começa a se esque-cer dos nomes das pessoas mais próxima e depois de exames recebe a notícia que está com um câncer no cé-rebro.

Pergunte ao pai que rece-be a notícia que seu filho está trilhando o caminho da imoralidade ou está usando drogas.

Esses e outros casos familia-res eu, como pastor, acompa-nhei de perto.

Quando os discípulos esta-vam atravessando o mar da Galiléia o vento soprou forte, as ondas se elevaram.

Assim acontece em nossas famílias vez por outra. É uma doença, uma morte, a ferida que se abriu no coração, a

dor de ver o filho se afastan-do de Deus.

Nunca concordei com a primeira parte do cântico porque não é verdade que com Cristo tudo vai bem.

O que Ele disse, ao entrar no barco com os discípulos, foi: “vamos para o outro lado”. O que Ele garantiu é que chega-riam ao outro lado. Não garan-tiu que tudo correria bem.

Estamos começando um novo ano. Não sabemos como será a travessia. Pode ser que a travessia seja calma e com vento a favor.

Mas poderá ser também uma travessia com ondas violentas e ventos uivantes.

O ano que passou, para mim, foi de vento forte em algumas vezes. Enfermidade na família, perda de meu irmão mais velho.

Seja com ventos fortes ou calmaria para uma tranquila travessia, tenhamos a certeza de que Jesus estará conosco e chegaremos ao outro lado de acordo com o que Deus quer para nós e para nossas famílias.

Se o vento soprar mais forte no seu lar neste ano que se inicia não duvide da presen-ça de Jesus na sua família. Ele está atento a tudo e no momento certo Ele agirá.

Jesus mesmo afirmou que no mundo teríamos aflições. Mas nesta mesma fala do Mestre, disse que tivéssemos bom ânimo (Jo 16.33).

O mesmo Jesus que esteve com os discípulos no mar da Galiléia (Mateus 8.23-27) quando o mar se levantou é o mesmo que conosco está quando as coisas não vão bem conosco ou com a nossa família.

Ele nos garante paz, em meio ao temporal, e nos faz chegar do outro lado.

Extraído do site da Igreja Batista Jardim América – Londrina - PR

Jabez invocou o Deus de Israel, dizendo: Oh! Tomara que me aben-çoes e me alargues as

fronteiras, que seja comigo a tua mão e me preserves do mal, de modo que não me sobrevenha aflição! E Deus lhe concedeu o que lhe tinha pedido (I Crônicas 4.9-10).

Poucas pessoas gostam de ler o livro de Crônicas. É um livro que apresenta as gene-alogias e descendência do povo de Israel. Mas dentro desta genealogia está regis-trada esta pérola na Bíblia que é a oração de Jabez. Uma oração que serve para todos nós.

A Bíblia fala da vida de Jabez somente nestes versí-culos.

O significado do nomeJabez no hebraico Ya‘bets

procedente de uma raiz não utilizada e significando “afli-gir”, “pesar”, “com dores dei a luz”; “aquele que causa dor”. A Bíblia diz que a mãe sofreu muito para dar a luz a este menino. Jabez era um nome negativo que nasceu sobre o estigma da dor e do sofrimento. Mas, a Bíblia diz que ele foi mais ilustre do que seus irmãos.

Jabez invocou o Deus de Israel

Invocar significa chamar, clamar e gritar. Quando o

homem se volta para Deus e invoca [chama] pelo Seu nome, situações turbulentas da vida começam a mudar.

A oração de Jabez contém quatro pedidos1. Peço que me abençoe.

A Bíblia relata muitas bên-çãos ao que crê. A benção esta na mão de Deus e Ele não muda. Ele é o mesmo ontem, hoje e eternamente. Jabez não negociou com Deus, apenas chegou diante de Deus e pediu: Eu quero que o Senhor me abençoe.

2. Que alargues as mi-nhas fronteiras. Refere-se a pessoas, animais e objetos. Precisamos ampliar nossas fronteiras, crescer em tudo. Jabez foi um homem de vi-são pediu: Amplie meus ter-ritórios Senhor. Isaías 54.2 diz: “Alarga o espaço da tua tenda; estenda-se o toldo da tua habitação, e não o impe-ças; alonga as tuas cordas e firma bem as tuas estacas”. Onde eu posso firmar mi-nhas estacas: Na oração, na Palavra e no principal funda-mento que é Cristo.

3. Que tua mão seja co-migo. A mão Deus é nos-sa proteção.“O que habita no esconderijo do Altíssi-mo e descansa à sombra do Onipotente” (Salmos 91.1). Debaixo da mão de Deus significa manter-se na dependência de Deus, na sua provisão, debaixo de suas bençãos. É estar guar-dado pelo Todo Poderoso. Quando estamos debaixo da mão de Deus temos visão,

projeto, sabedoria e graça. Veja o pedido ousado de Moisés para o Senhor Deus: “A minha presença irá con-tigo, e eu te darei descanso. Então, lhe disse Moisés: Se a tua presença não vai comi-go, não nos faça subir deste lugar” (Êxodo 33.14-15). Jamais chegaremos a lugar algum sem a presença de Deus. Hoje o Espírito Santo é a presença real de Deus na vida do crente.

4. E me preserves do mal. Quando Jabez viu Deus lhe abençoando, as suas fron-teiras estavam aumentando e que a mão de Deus estava sobre ele, então Jabez com-preendeu a necessidade da proteção de Deus. Por isso ele fez este último pedido dizendo: “e me preserves do mal”. Na oração do Pai Nosso Jesus diz: não nos deixei cair em tentação, mas livrai-nos do mal, ou seja, me preserve do mal; livra me da tentação, do mal e do pecado. O caminho para recebermos as bençãos do Pai celeste depende de nossa intimidade através da san-tificação, fidelidade e da oração persistente. Através da oração temos livre acesso ao Pai. Por isso o verso 10 diz: “E Deus lhe concedeu o que tinha pedido” (v. 10) e ele se tornou “…o mais ilustre do que todos os seus irmãos” (v. 4).

Deus sempre intervém quando colocamos as prio-r idades Dele acima das nossas!

Chegaremos lá

A Oração de Jabez

7o jornal batista – domingo, 17/01/16missões nacionais

Redação de Missões Nacionais

Louvamos a Deus por-que 2015 foi um ano de grande colheita nos campos missio-

nários. Recebemos de vários obreiros, relatos de vidas transformadas e batismos.

Após quatro meses de dis-cipulado quatro irmãs foram batizadas em Ibicoara (BA). O casal de missionários, Aloisio e Pamela Farias, está implantando os princípios da formação de líderes e evangelização discipuladora que está resultando em vidas transformadas para a glória de Deus.

Ainda no nordeste, mais 14 pessoas foram batizadas em Mauriti, sertão do Ceará, onde atuam os missionários Rogério e Ana Maciel. E no Rio Grande do Norte, vidas foram batizadas como resul-tado do trabalho que os mis-sionários Luzinaldo e Maria das Graças Tomaz realizam nos municípios de Patu, Al-mino Afonso, Rafael Godeiro e Olho D’Água dos Borges. “Agradecemos aos parceiros do PAM e as orações. Juntos, somos multiplicadores”, de-clarou a missionária Maria das Graças.

Em Resende (RJ), mais qua-tro pessoas foram batizadas. Como fruto dos 17 Pequenos

Grupos Multiplicadores a Igreja chegou a 93 membros em quatro anos de trabalho do casal missionário Roose-velt e Milainy Arantes. Glori-ficamos a Deus por mais essa multiplicação! Se você tem desejo de saber mais sobre a Igreja Multiplicadora e se inscrever no Congresso Mul-tiplique 2016, acesse o site www.congressomultiplique.com.br

O último domingo de 2015 foi de muita alegria em Sapi-ranga (RS). Além de celebrar a ceia do Senhor, o missio-nário pastor Walter Azevedo batizou mais uma vida. “Foi noite de festa em Sapiranga. Tive o privilégio de batizar

a adolescente Gabriela, de apenas 12 anos, mas que é uma frequentadora assídua do PGM, bem como assiste todas as celebrações sema-nais em nossa congregação. Após o batismo, celebramos a ceia do Senhor, onde ela teve a oportunidade de par-ticipar pela 1ª vez”, conta o missionário. Este é um dos motivos que incentivam o contínuo avanço de Missões Nacionais no Sul do Brasil.

Em Porto Nacional (TO) também houve batismos. Louvamos a Deus pela vida de nossos missionários Paulo e Lidia Dias que tem avança-do na propagação do Evange-lho na região norte.

Graças a sua oração e con-tribuição podemos avançar ainda mais em 2016 na pro-pagação do Evangelho em nossa nação! Seja parceiro de projetos missionários que resultam em vidas al-cançadas pelo Evangelho e salvas. Nos ajude a con-tinuar avançando e faça uma parceria por meio do PAM Brasil. Basta escrever para [email protected] ou entrar em contato com a Central de Atendimento: Rio de Janeiro: (21) 2107-1818 / Outras Capitais e Regiões Metropolitanas: 4007-1075 / Demais localidades: 0800-707-1818.

Batismos marcaram fim de 2015 nos campos missionários

Batismos em Resende

Mais uma vida batizada em SapirangaBatismos em Ibicoara

Batismos em Porto Nacional

Batismos no Rio Grande do Norte

Batismos em Mauriti

8 o jornal batista – domingo, 17/01/16 notícias do brasil batista

Litza Alves,jornalista da Convenção Batista Mineira

Véspera de Natal na cidade de Belo Ho-rizonte. Os carros seguem apressados

pelas ruas, pois ninguém de-seja se atrasar para a ceia. Casas enfeitadas com pisca--pisca, mesa farta, música e agitação dos convidados. To-dos estão contentes em rever parentes e relembrar casos engraçados, bastante comuns em reuniões de família.

Centro de Belo Horizonte. O relógio marca 18 h e alguns minutos na rua Guaicurus, zona boêmia da cidade. Um carro estaciona e descem al-gumas mulheres com uma camisa amarela com os dize-res Jesus Transforma. Elas se-guem em direção aos famosos bordéis que, nesse horário, registram intenso movimento.

Mas é véspera de Natal. O que fazem estas mulheres neste lugar? Não deveriam estar em suas casas acertando os últimos detalhes para a ceia natalina? Acontece que nas “masmorras” da Guai-curus existem mulheres que não vão comemorar o Natal. Estão fadadas a passarem a noite feliz em seus quartos de trabalho. Boa parte das prosti-tutas não possuem famílias na cidade ou não se relacionam mais com os parentes devido à escolha que fizeram.

Mas quem se importa? Fo-ram elas que escolheram essa

“Natal sem palavras, sem ba-nho, sem roupas novas, sem glamour, de pé na lama e com muita transpiração, mas Natal real. Natal com cheiro de gente, sorriso, olhares e sentimentos de gente” Simo-ne Vieira.

Pessoas de vários lu-gares se juntaram à equipe da Conven-ção Batista Mineira

(CBM) que, desde o dia 06 de novembro, vem desen-

vida e muito provavelmente nem desejam estar no conví-vio do lar. São felizes assim, ganham dinheiro fácil. É o que pensa muita gente. Mas não é a opinião das missio-nárias da Junta de Missões Nacionais, Delma Soares e Mônica Peixoto, que atuam pela Casa Alma Livre.

A instituição – que tem a missão de oferecer apoio a egressas do sistema prisional, profissionais do sexo e mu-lheres em situação de risco – vai em busca de convidadas para o banquete, conforme a instrução de Jesus em Lucas 14.13.

E assim, persistem as missio-nárias convidando meretrizes para uma ceia de Natal na Casa Alma Livre. Delma e Mônica percorrem os longos e sombrios corredores dos ho-téis que oferecem programas sexuais no centro da capital mineira. O convite insistente funciona e, mais tarde, Del-ma volta para buscar as três mulheres que se dispuseram a passar um Natal diferente.

volvendo trabalhos de apoio em Barra Longa e região. Comovidos pela necessida-de do povoado, o grupo se deslocou para Gesteira a fim de promover ações de solida-riedade em prol de um Natal melhor para os moradores do distrito. O local, que tam-bém foi atingido pela lama da mineradora, teve grandes prejuízos e muitas pessoas perderam seus bens, com-prometendo a comemoração natalina de muitas famílias.

De fácil a vida destas mulhe-res não tem nada. Enquanto aguardava uma delas se trocar para seguir para a Casa Alma Livre, a missionária assiste a uma estarrecedora cena entre uma prostituta e um cliente. Eles brigam devido ao paga-mento de um programa e, aos tapas, discutem a questão até que o homem é empur-rado escada abaixo para fora do prostíbulo. Xingamentos, agressões e até mortes fazem parte do cotidiano obscuro destes bordéis.

Lá fora, dentro do carro, uma das meninas contava sua triste história de vida. Aos 27 anos, é mãe de três filhas que moram com a avó em Recife. Longe das garotas e esconden-do da família sua real fonte de sustento, ela descrevia como se desvencilhara de vários agressores que tentaram sair sem pagar e relata ameaças de morte sofrida por suas colegas frequentemente. Enfim, elas chegam a Casa e são recebi-das calorosamente por outras mulheres residentes que estão

Mas a solidariedade e o amor invadiram a comuni-dade através de pessoas que abdicaram de suas reuniões em família para doar tempo e atenção, promovendo uma grande ceia de Natal para os moradores da cidade. Os voluntários chegaram horas antes e preparam todo o car-dápio com muito carinho. O local em que foi servido o jantar foi cuidadosamente ornamentado para receber os convidados e um grupo

passando por um processo de ressocialização. Também são recebidas de forma amável pelas funcionárias da institui-ção e por um casal de irmãos voluntários que abdicaram de suas famílias para dar atenção a pessoas desconhecidas.

Nenhuma delas se sentiu deslocada ou constrangida. Conversaram e riram duran-te horas seguidas sem que ninguém lhes condenasse por suas escolhas. Juntaram--se para tirar fotos, comeram petiscos, cantaram juntas can-ções evangélicas até que a ceia foi servida.

Viveram momentos sin-gulares ao lado de pessoas desconhecidas que naquele instante se tornaram suas fa-mílias. Algumas falaram de tristezas e dificuldades, sen-do acolhidas por um abraço amigo. O clima de esperança e paz vividos nesta noite es-pecial protagonizou um Natal diferente para estas mulheres e criou laços que poderão ser a porta de entrada para o doce evangelho de Cristo que

de teatro animou o ambien-te, arrancando sorrisos pela simpatia com que se apresen-taram. As músicas tocadas ao violão embalavam a gratidão dos voluntários pela oportu-nidade de servir.

Jovens, idosos e crianças par-ticiparam da ceia e o exemplo dos evangélicos despertou o interesse da comunidade que abriu seus corações durante as muitas visitas realizadas pelo grupo nas casas da região. Ces-tas foram entregues às famílias,

liberta de todo o pecado.Esta é mais uma das muitas

ações realizadas pela Casa Alma Livre neste sentido. Porém para o próximo ano, o desejo é de aproximar ainda mais destas pessoas que vi-vem no isolamento social, por meio de um plano ainda mais ousado de abordagem. Os desafios são grandes, por isso contamos com a sua ajuda para manter este Projeto, que tem parceria com a Conven-ção Batista Mineira e a Junta de Missões Nacionais.

Jesus nos deu diversos exemplos de sua postura de acolhimento a pessoas des-prezadas pela sociedade. Afi-nal, Ele não olha para a nossa aparência, nem para nossa desprezível condição huma-na, mas sua graça é oferecida a todos de modo sublime e irrestrito.

Batistas, visitem a Casa Alma Livre, conheçam o ma-ravilhoso trabalho realizado ali e se envolvam orando e contribuindo com este Pro-jeto!

que ficavam admiradas com o exemplo de generosidade demonstrado. A palavra de Deus foi compartilhada e vivi-da de forma autêntica através do exemplo destes servos que também experimentaram o agir de Deus em todo o tempo. Portas foram abertas para que o Evangelho se estabeleça em Gesteira. Este certamente é mais um desafio para os Ba-tistas mineiros. Ore para que Deus envie recursos para um novo campo missionário.

Natal de esperança na Casa Alma Livre - MGAção de amor garante uma noite feliz para mulheres que vivem à margem da sociedade

Fotos: Laura Fonseca

Natal para as vítimas do rompimento da barragem em Gesteira - MG

Equipe da CBM realiza ações de solidariedade na região

9o jornal batista – domingo, 17/01/16notícias do brasil batista

Éricka de Souza, presidenta do Impacto Jovem Missionário

Igreja sendo Igreja: sementes plantadas em Ilha das FloresUma cidade, uma visão, uma

só Igreja. Marcados pelo poder do Evangelho, mais de 150 jo-vens, saíram das suas cidades representando todas as regiões do estado de Sergipe em um grande ajuntamento na cidade de Ilha das Flores, que fica a 127Km da capital Aracaju.

O Impacto Jovem Missionário (I.J.M.) já foi realizado em Brejo Grande, General Maynard, Am-paro do São Francisco e Água Fria. E a sua última edição, em Ilha das Flores, marcou a história de dezenas de jovens que nem esperavam participar do Projeto.

Como: “Particularmente não esperava muito do Impacto, talvez por pensar que seria mais um Projeto. Mas, mal sabia eu que passaria dias incríveis na presença de uma juventude forte e atuante no estado de Sergipe”, o jovem Lucas Eugênio conta ainda que ficou muito feliz em ter dedicado um pouco do seu

tempo em algo tão glorioso e precioso, ainda que só por um final de semana. “Testemunhei sementes plantadas em corações sedentos por esperança. Esse é objetivo principal do Impacto: tratar do ser humano por inteiro, em suas necessidades materiais e espirituais”, concluiu. No primeiro dia do Impacto, voluntários que estavam no grupo de música e evangelismo pessoal, realizaram uma caminhada de louvor e intercessão por várias ruas da cidade, levando o amor de Cristo através de canções, e de uma palavra amiga para que toda a comunidade soubesse que a Igreja de Jesus estava indo ao seu encontro. “Os moradores de Ilha são muitos acolhedores e sedentos de uma palavra de carinho, conforto e amor, dian-te da realidade tão difícil que vivem”. Um comentário unânime entre os voluntários, mas foi a jovem missionária Deyziane Santos que expressou a sua alegria em saber que há um Deus que os ama e que estará sempre com eles em qualquer dificuldade.

Na primeira noite do Impacto, voluntários do Projeto e convidados, se reuniram no Colégio Estadual Dr. Jessé Trindade para um momento de louvor e comunhão. Um culto festivo foi celebrado com participações de vários voluntários com apresentação de dança, música e pantomima. A mensagem da noite foi conduzida pelo pastor Flávio Amorim, que na ocasião contou um pouco do seu testemunho e vidas foram tocadas pelo poder de transformação que há em Jesus.

Missionário não dorme!Nos primeiros raios de sol,

do segundo dia, voluntários de música saíram por algumas ruas realizando uma Alvorada musi-cal. A comunidade de Ilha das Flores foi acordada com músicas inspirativas e uma palavra de fé e esperança para começar bem o dia. “De maneira espe-cial destaco a Alvorada, uma atividade executada pela equipe de música, onde evangelizamos uma mulher, abraçamos, demos um bom dia diferente e através dessa simples atitude, ela deci-diu entregar sua vida a Jesus”. O voluntário Daniel Santos conta que esse foi um dos momentos mais marcantes do Projeto e ain-da ressalta que em todo tempo presenciava o agir de Deus nos mínimos detalhes “Para mim foi maravilhoso ver e ter a certeza de que ainda existem jovens dispostos a obedecer ao Ide de Deus - completa”.

Ainda pela manhã, na Escola Municipal Formosa, voluntários de ação social, fizeram “mega” transformação no visual de muita gente. Eram servi-ços de manicure, cabeleireiro, aferição de pressão, palestras e muito mais. Através de ações como essas, os moradores puderam provar do Evangelho na prática, com demonstração de cuidado, amor e carinho.

Em Ilha tem crianças?A tarde foi à vez de mais de

200 crianças da comunidade provarem um pouco mais da manifestação dos filhos de Deus na terra. Voluntários do “Kids Game” realizaram uma série de atividades educativas, como teatro, dança e brincadeiras com aplicações a respeito do Evangelho. Elas ainda receberam um lanche delicioso, lá puderam comemorar o Dia das Crianças, pois além de receber brinquedos,

receberam também a mensagem da Salvação.“O que vê com bons olhos será abençoado, porque dá do seu pão ao

pobre” (Provérbios 22.9).A gratidão pelo que Deus já havia realizado transbordou em mais ações.

Os jovens missionários acordaram cedo para distribuírem sopa na feira livre da cidade. Adultos, jovens e crianças foram alimentados não apenas com o perecível, mas também com o que é eterno. E ali mesmo, um pouco mais tarde, foi realizado um ‘flash mob’- uma dança realizada de forma inusitada e previamente combinada com dezenas de pessoas. Após a ação, a equipe de evangelismo foi ao encontro dos feirantes para deixar uma Palavra de Salvação e na oportunidade oraram pelas vidas que necessitavam da mise-ricórdia de Deus.

Impactar ou ser impactado?

“O Impacto para mim foi um momento de confronto. Algo den-tro de mim mudou, e não dá para continuar a mesma pessoa depois de uma experiência forte como essa. Deus estava naquele lugar de uma maneira muito forte”. O voluntário Rayff Monteiro acre-dita que o Impacto foi muito im-portante para os missionários da cidade e para a Igreja local, pois a semente foi plantada, e a certe-za é de que ela vai se espalhar.

Outros voluntários que já participaram de algumas edições do Projeto, dizem que a cada edição Deus realiza coisas novas, é o que conta a missionária Camilla Soraia que fez parte da equipe de música: “É sempre gratificante participar do I.J.M.. Fiz parte de 3 edições e cada um deixou sua marca. Grandes coisas fez e fará o Senhor Deus em Ilha das Flores e na vida de cada jovem missionário voluntário, por isso estamos alegres! Aleluia!”.

Já o voluntário Gustavo Andrade percebe outra importância que o Impacto tem para a sociedade: “É importante porque através dele, as pessoas veem que nós, cristãos fazemos a diferença, não somos só pessoas que falam de religião, céu e/ou inferno, mas, pessoas que falam do amor de Deus, e que sempre estão prontas pra ajudar”.

O Projeto continua…Após o término das programa-

ções, a coordenadoria do IJM jun-to com a Igreja local, organizou cestas básicas que foram doadas pelos voluntários e que foram destinadas a famílias carentes da região. “Temos a consciência de que o trabalho não para por aí, há muito pra fazer e o pós-impacto vem aí, precisamos cuidar dos frutos”. Foi o que disse Éricka de Souza , ressaltando a importância

da consolidação com as vidas que foram alcançadas e com as pessoas que aceitaram receber estudo bíblico.

“Quanto ao próximo I.J.M., esperamos novidades e muita expectativa de vitória lá em Divina Pastora. Peço-lhes que desde já estejam orando. O muito que nós temos visto não passam de gotas, diante daquilo que Deus pode e quer fazer através de nós. Impacte, Evangelize, Frutifique, essa é a missão!”

Ilha das Flores - SE recebe o Impacto Jovem Missionário

10 o jornal batista – domingo, 17/01/16 notícias do brasil batista

Entendendo que os Princípios e as Doutrinas Batista precisam estar na agenda das Igrejas, a Convenção Batista de Pernambuco (CBPE) promoveu o Encontro Pensamento Batista 2015, um evento que discutiu assuntos como:

• O papel do vocacionado na obra Batista brasileira - Pr. Juracy Carlos Bahia; • O desenvolvimento das confissões de fé cristãs e a declaração doutrinária da CBB - Pr. Ney Silva Ladeia; • A autonomia da Igreja e a cooperação denominacional - Pr. Vanderlei Batista Marins; • A origem dos Batistas no mundo - Pr. Zaqueu Oliveira; • A origem dos Batistas no Brasil - Pr. Ramos André; • A origem dos Batistas em Pernambuco - Pr. Francisco Bonato;

Bem como, foi apresentado o Planejamento Brasil 2020 pela Assessoria de Planejamento da CBPE, delineando os próximos cinco anos da Convenção.Ao final, foi elaborada a “Carta do Pensamento Batista 2015” um documento que resume o entendimento da Convenção Batista de Pernambuco sobre

os assuntos apresentados, a qual reproduzirmos abaixo:

Carta do Pensamento Batista 2015 REAFIRMANDO A IDENTIDADE BATISTA PARA PROCLAMAR O REINO DE DEUS EM UNIDADE COM AS DEMAIS DENOMINAÇÕES EVANGÉLICAS Os Batistas pernambucanos, reunidos nos dias 29 a 31 de outubro de 2015, no Encontro “Pensamento Batista 2015”, no Seminário Teológico Batista

do Norte do Brasil, no Recife, publicamos o presente DOCUMENTO/MANIFESTO: Inseridos em um tempo de instabilidade doutrinária e crescimento disforme das Igrejas evangélicas, os Batistas pernambucanos, enquanto ENFATIZAMOS a nossa identidade histórica com os princípios da Reforma Protestante, a saber:

• Somente a Escritura• Somente a Graça• Somente a Fé• Somente Cristo• Glória somente a Deus,

REAFIRMAMOS nossa fidelidade aos princípios e doutrinas que nos distinguiram ao longo dos séculos, para ressaltar: a aceitação das Escrituras Sagradas como única regra de fé e conduta; o conceito de Igreja como sendo uma comunidade local democrática e autônoma, formada de pessoas regeneradas e biblicamente batizadas; a separação entre Igreja e Estado; a absoluta liberdade de consciência; a responsabilidade individual diante de Deus; a autenti-cidade e apostolicidade das igrejas e seus desdobramentos.

Estes princípios, conquanto identifiquem os Batistas em relação a outras denominações evangélicas, também nos animam a buscar posicionamen-

tos diante dos novos desafios que se impõem à Igreja do Senhor Jesus no contexto atual, destacando-se o compromisso Batista com o fortalecimento da família cristã, composta nos padrões Bíblicos da união entre homem e mulher, em confronto com a ofensiva midiática e institucional que tenta distorcer o projeto divino para a instituição familiar, por isso,

REITERAMOS nosso integral apoio às ações de fortalecimento da Família nos padrões bíblicos e nos termos do § 3º do Art. 226 da Constituição da

República, recomendando aos Pastores e Líderes que incentivem os Batistas em geral a se engajarem nas lutas pela garantia da manutenção do entendi-mento de que o casamento somente pode ocorrer entre um homem e uma mulher que declarem perante o juiz ou autoridade habilitada seu desejo de casar, nos termos do Art. 1.514 do Código Civil, enquanto manifestam sua discordância ante as atitudes dos meios de comunicação e até de poderes constitucionais contrárias aos padrões bíblicos.

Ao mesmo tempo, EXPRESSAMOS o compromisso Batista com a ética na atividade política, tanto institucional como partidária, e entendemos tal conceito como instru-

mento de construção dos valores cristãos da Justiça Social e da fraternidade entre as pessoas, e caminho efetivo de consolidação de uma nova cultura entre as novas gerações e as que protagonizam a cena política, de honestidade e sobriedade nos tratos públicos e nas relações interpessoais;

Tais posicionamentos nos aproximam de outras denominações, consistindo em convergências que devem ser fortalecidas junto aos demais segmentos

cristãos e não cristãos comprometidos com tais valores. CONCLAMAMOS, finalmente, todos os Batistas em Pernambuco a fortalecerem os compromissos acima proclamados, a investirem fortemente na re-

tomada e consolidação de um trabalho intenso e permanente de Educação Cristã, Missões, Ação Social, bem como a um esforço intenso de integração e mobilização dos Pastores e Líderes, das Igrejas e Associações de Igrejas, junto às organizações afins e auxiliares de nossa Convenção Batista de Pernam-buco, baseados nos princípios bíblicos e na nossa Declaração de Fé, e em harmonia e afinidade com a Convenção Batista Brasileira.

Recife, 03 de novembro de 2015.

Pr. Emanuel Alírio de Araújo Pr. João Marcos Florentino de Souza Presidente Secretário geral

A Comissão redatoraPr. Israel Dourado Guerra Filho - Relator

Pr. Ney Silva LadeiaPr. João Ferreira Santos

Pr. Paulo Cavalcanti PereiraIr ª. Rosemaria de Assunção Palmeira

Batistas de Pernambuco discutem seus Princípios e Doutrinas

11o jornal batista – domingo, 17/01/16missões mundiais

Elton Rangel Jr. – Missionário da JMM em Cabo Verde

Chegamos a Cabo Verde em 2010. Com o tempo, co-nhecemos as neces-

sidades locais, como treina-mento de liderança e preparo de pessoas para a música e discipulado.

Havia duas Igrejas que o pastor cabo-verdiano Ema-nuel Monteiro liderava, com cultos pela manhã e à tarde aos domingos nos dois lo-cais. Era uma correria. Trei-namento de liderança era prioritário!

Com três pontos de prega-ção e atividades no discipu-lado, a urgência crescia no quesito novos líderes. Co-meçamos o projeto Servindo e Abençoando Cabo Verde (SACV), um instituto bíblico voltado para preparo de no-vos líderes. O número inicial foi de 35 alunos, porém, dois anos depois, apenas seis estavam na formatura. Foi maravilhoso vê-los formali-zando seu compromisso com a obra do Senhor! E, dentre esses seis, estava um rapaz chamado Adriano Lopes.

Em 2013, entendemos como equipe missionária em Cabo Verde que cada pastor deveria cuidar de uma Igreja local e já tínhamos também uma nova congregação no interior. Ficamos trabalhando na Segunda Igreja Batista da Praia, e Adriano foi traba-lhar conosco. Adriano veio

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

Uma celebração de batismos no fim do ano levou alegria e muita fe-

licidade à Igreja em Cesena, na Itália. Ali, onde o casal Fa-biano e Anne Nicodemo tem anunciado a mensagem da esperança em Cristo, o mis-sionário batizou seis pessoas, sendo cinco italianos e uma romena; entre os italianos es-tava Fabrizio, filho mais novo dos obreiros da JMM.

Em um culto realizado na manhã de 13 de dezembro, Aimone, Carmela, Elisa, Da-niela, Rodolfo e Fabrizio cumpriram a ordenança de Cristo e desceram às águas. Segundo o Pr. Nicodemo, que celebrou os batismos, a Igreja em Cesena estava abar-rotada de visitantes, amigos e parentes que, na grande

de outra ilha, São Vicente. Foi lá que, quando menino, entregou sua vida a Jesus na Igreja Batista de Mindelo. Mesmo criado nos caminhos do Senhor, acabou se des-viando mais tarde da Palavra por mais de um ano, mas o Senhor tinha planos para ele.

Deus usou o Pr. Emanuel para resgatar Adriano e convi-dá-lo para um culto. Quando chegou lá, ouviu sobre as aulas de violão que eu dava e se interessou. Começou a frequentar assiduamente os cultos, participando das ati-vidades. E em tudo que era solicitado, atendia com pra-

maioria, entrou pela primeira vez em uma Igreja evangéli-ca e presenciou um batismo bíblico.

“Foi emocionante ouvir os testemunhos de vidas trans-formadas! Vidas que, antes, estavam nas trevas, na ido-latria e, ao mesmo tempo, vazias e sem a esperança verdadeira que há em Jesus Cristo, o Salvador”, conta o Pr. Nicodemo.

Após a mensagem, basea-da na passagem de Atos 16 sobre a conversão do carce-reiro, quatro pessoas tocadas pelo Espírito Santo foram à frente entregando suas vidas a Cristo. Uma dessas pessoas era Anna, uma jovem casada e filha de membros da Igreja em Cesena.

“Ser missionário e embai-xador de Cristo não é algo simples ou fácil, mas a ale-gria e o privilégio que Deus nos dá de compartilhar do

zer. Voltou à comunhão com Deus e a Igreja. Depois de um tempo, foi convidado pela missionária Kellen Rangel, minha esposa, para dar aulas na Escola Bíblica Dominical. Ainda tímido, começou com pequenas partes das lições dos jovens, até que depois de alguns meses assumiu como professor e seguiu se dedican-do por completo a esse minis-tério. Era o grande começo de um pastor! Em um dos cultos que tivemos sobre missões, ele entregou sua vida para ser um pastor. Que emoção!

Começou o seminário pela internet em uma faculdade

Seu amor e de dar testemu-nho do Seu poder transfor-mador na vida das pessoas supera qualquer desafio, dificuldade e dureza que podemos enfrentar”, decla-ra o Pr. Nicodemo. “Agora, tente imaginar a alegria geral e contagiante do Senhor em nossos corações em ver

teológica da Bahia, no Brasil. Foi se dedicando e mostra-va cada vez mais interesse em conhecer a Bíblia para anunciá-la com propriedade.

Adriano se casou com Jan-dira, cunhada do Pr. Ema-nuel Monteiro. O namoro de Adriano e Jandira foi um exemplo para todos da Igreja e as famílias, e o casamento deles foi um dos mais bonitos que vimos acontecer em nos-sa Igreja. Jandira é preparada para o ministério infantil, trabalha com música na Igre-ja e é coordenadora do PEPE (programa socioeducativo).

Em março de 2015, o ca-

vidas sendo salvas e seis pes-soas sendo batizadas. Era o céu em Cesena”, acrescenta.

O missionário explicou aos novos crentes, repetidas ve-zes, que o batismo não é a li-nha de chegada, mas apenas o início da corrida por Jesus Cristo. O Pr. Fabiano pede oração pelo crescimento, de-

sal teve uma experiência transcultural em São Tomé e Príncipe, onde passou 26 dias cumprindo um projeto missionário trabalhando jun-to com o Pr. Levi Godinho, atualmente no Timor-Leste. Em abril, Adriano foi consa-grado ao ministério pastoral.

O agora Pr. Adriano ficou como auxiliar durante alguns meses em nossa Igreja e, em 10 de outubro de 2015, pas-samos a liderança da nossa Igreja para ele. Hoje, eu, Elton Jr., voltei a ser pastor auxiliar. Esse é o nosso papel como missionários: preparar pessoas para dar continuida-de à obra do Senhor! Não ficamos para sempre em um local. Isso não quer dizer que temos menos trabalho. Te-mos mais três congregações que foram abertas nesse tem-po. Precisamos preparar mais líderes para esses locais. Pro-jetos e trabalho não faltam.

Na verdade, um missioná-rio só sabe que o ministério dele deu certo quando vai embora, pois somente assim é que saberá se o que ensi-nou, fez e mostrou foi real-mente aprendido, inculcado e introjetado nos corações das pessoas a quem dedica-mos tempo.

Louvamos a Deus pela vida do casal Adriano e Jandira Lopes. A Igreja os ama de paixão! Louve a Deus conos-co e alegre-se pelo resultado do investimento e amor por missões do povo que investe em Cabo Verde. Tem valido a pena.

senvolvimento, amadureci-mento e envolvimento desses novos irmãos na Igreja local. Interceda também para que o Senhor Deus dê ao missioná-rio sabedoria e discernimento para auxiliar esses e outros irmãos a crescer na fé para que sejam instrumentos para conduzir outros a Cristo.

Celebração de batismos na Itália

Temos que preparar pessoas

Adriano e Jandira Lopes (ao centro) com o casal Elton Jr. e Kellen Rangel

Batizandos dão profissão de fé antes do batismoFabiano Nicodemo, missionário da JMM na Itália

12 o jornal batista – domingo, 17/01/16 notícias do brasil batista

Primeira Igreja Batista de Ubatã - BA

A Primei ra I g re ja Batista de Ubatã -BA, tem o pra-zer de informar

as amadas Igrejas e seus

Joarês Mendes de Freitas, pastor da PIB em Jardim Camburi, Vitória - ES

Por 35 anos o pas-tor Jerry Stanley Key serviu como profes-sor no STBSB e por

25 no IBER. Seu ministério influenciou várias gerações de pastores, pregadores e missionários. Ele foi pionei-ro na obra Batista na região da Barra da Tijuca, onde sonhou com várias Igrejas, o que hoje é uma realidade. Pr. Key e sua esposa, Joana, vivem atualmente em Fort Worth, no Texas, EUA.

“Levantem os olhos, ve-jam!! Olhem de novo. Po-dem ver agora? Eu enxergo cinco torres aqui na Barra. Já posso ver essas Igrejas que teremos aqui no futuro”. Diversas vezes o pastor Jerry Key usou essas expressões, falando à nossa pequena congregação que se reunia em um salão na avenida Ar-mando Lombardi, região do Jardim Oceânico, na Barra da Tijuca. Ele era o nosso pastor, isso pelos idos de 1981, quando eu cursava o terceiro ano de Seminário e servia como auxiliar do meu mestre em homilética.

O objetivo destas linhas é prestar uma homenagem a um ministério que ilustra muito bem o potencial que existe na visão que vem de Deus. Servindo por tantos anos como professor nos cursos de teologia e educa-ção religiosa, o pastor Key nunca deixou de ser um homem de Igreja. Pastoreou algumas e plantou duas, a Igreja Batista Memorial da Tijuca, como também a Primeira Igreja Batista da

pas tores da Convenção Batista Baiana que na noi-te do dia 23 de setembro de 2015, foi ordenado ao Ministér io da Palavra o pastor Edivaldo Araújo dos Santos; uma noite solene com a presença de irmãos

Barra da Tijuca. Em 1973 ele escreveu o livro “José da Silva - um pregador leigo”, que tem abençoado milhares de pregadores por esse Brasil afora em sucessivas edições. Sua obra mais completa, com as notas das aulas, saiu em 2001, com o título “O preparo e a pregação do sermão”. Após sua aposen-tadoria no Brasil, que ocor-reu em 1997, o pastor Jerry Key serviu como professor adjunto no Southwestern Seminary, na cidade onde reside, nos EUA.

Em 1980, o pastor Key e sua esposa se juntaram ao grupo liderado pela mis-sionária Elizabeth Oates, diretora do Instituto Batista de Educação Religiosa, no propósito de organizar uma Igreja na Barra da Tijuca, onde algumas iniciativas

e dezenas de pastores das diversas Associações do nosso estado. O pastor Edi-valdo e sua família, como sua Igreja, agradecem as manifestações calorosas e abençoadoras de Deus pela presença de todos.

já haviam ocorrido sem, no entanto, obter resulta-dos permanentes. A equi-pe incluía outros obreiros do Seminário e do IBER como também alguns alu-nos daquelas instituições. No início, grupos de estudo bíblico reuniam adultos e crianças no Largo da Bar-ra, Tijuquinha, Itanhangá e Jardim Oceânico. Pouco tempo depois formou-se a Congregação que se reunia na casa de uma família bem no centro do bairro, passan-do em alguns meses a fazer os seus cultos num salão ce-dido gratuitamente por um empresário local. Em 1982, a Primeira Igreja Batista da Barra da Tijuca foi organi-zada com 22 membros e passou a utilizar a capela construída em terreno que fora adquirido pela Conven-

Seja essa a sua oração: “Ó Senhor, Tua seja a honra, a glória, o louvor e toda a adoração. Tu que não olhaste as minhas fraque-zas e minhas indignidades, minhas quedas e meus tro-peços, ajuda-me a prosse-

ção Batista Carioca no ano de 1955. Dias após a cons-tituição da Igreja, o pastor Key deixou a liderança do trabalho, indo de férias para o seu país e eu tive o privi-légio de sucedê-lo.

O sonho do pastor Jerry, naquele começo tão peque-no, quando via várias Igrejas na região da Barra, é hoje uma realidade que traz ale-gria para todos nós. A partir da Primeira Igreja Batista da Barra da Tijuca, que se tornou uma Igreja forte e re-centemente se mudou para uma área ampla onde pode crescer muito mais, surgi-ram duas das maiores Igreja Batistas da cidade do Rio de Janeiro nesse momento, a Primeira Igreja Batista do Recreio e a Igreja Batista Central da Barra(Igreja Ba-tista Atitude). Outras Igrejas

guir neste caminho, digni-ficando sem cessar o Teu nome e honrando minha vocação”. Uma palavra de gratidão a Suely Lima (esposa) e Tâmara, Tatiane, Taline e Ticianno (filhos).

No amor de Cristo Jesus.

Batistas também se estabe-leceram na região e assim aquela “profecia” do mestre Jerry Key já foi cumprida por Deus há algum tempo. Pelo crescimento da Gran-de Barra da Tijuca, muitas novas Igrejas Batistas ainda vão surgir nesses próximos anos.

Outro aspecto notável no ministério do pastor Jerry Key é o seu investimento no discipulado. Ele sempre teve os seus “Timóteos” aos quais dedicava aten-ção especial, treinando, mentoreando, animando e usando como auxiliares tanto nas escolas teológicas quanto no ministério pas-toral. Alguns destes se tor-naram excelentes pastores e outros seguiram o mestre como professores de teolo-gia. A todas essas gerações de discípulos ele sempre acompanhou de perto bus-cando ficar atualizado com as notícias de cada um, lem-brando as datas importantes e enviando uma mensagem. Faz isso até hoje.

Recentemente, ao com-pletar 32 anos de ministé-rio pastoral, 10 na Primeira Igreja Batista da Barra e 22 na Primeira Igreja Batista em Jardim Camburi, Vitória, ES, cresceu em mim o sen-so de gratidão a Deus pelas pessoas que Ele tem usado tão graciosamente para me abençoar com ensino, ora-ção, conselhos, amizade e oportunidades. Pensando no pastor Jerry Key, a sua visão estratégica no Reino de Deus sempre me impactou. ele é um visionário.

Obrigado meu pastor, ami-go, pai, conselheiro e sem-pre mestre.

Consagração ao ministério da Palavra

Homenagem a um visionário

OBITUÁRIO

13o jornal batista – domingo, 17/01/16ponto de vista

Sandra Natividade, colaboradora de OJB

“Preciosa é à vista do Senhor a morte dos seus santos” (Sl. 116.15).

Natural de Araca-ju (SE) Anderson Porto, f i lho de Zilda Porto, nas-

ceu no dia 09 de janeiro de 1964, fez sua decisão a Cris-to no município sergipano de Maruim. Em 1986 de volta a cidade natal apresentou sua carta de transferência na PIB de Aracaju de onde não mais saiu, era casado com Raildes e pai de Esdras, Fe-lipe e Davi Porto. Anderson construiu sua própria histó-ria, ovelha que todo pastor gostaria de ter no rebanho foi eleito e consagrado di-ácono da Igreja, tornou-se por eficiência líder proativo e empreendedor. Trabalhou como diretor do Ministério de Evangelismo na admi-

nistração dos pastores Jabes Nogueira e na transição 2008 - 2009 até 2015 com o pastor Paulo Sérgio dos Santos. Sua atuação no Departamento de Evangelismo e Missões não o credenciava apenas a liderar ele acompanhava os liderados fazendo-se um deles ministrando estudos bíblicos em muitos lares de Aracaju, promovendo pan-fletagem evangelística nos semáforos da capital, nos conjuntos habitacionais de casa em casa, culto ao ar livre e evangelismo por im-pacto em alguns povoados do interlan sergipano.

Organizou grupo de evan-gelistas para ajudar igrejas de localidades como: Maruim, Santo Amaro, Divina Pastora (evangelismo aos romeiros), Escola Agrotécnica Federal de São Cristóvão, promoção e acolhimento de Clínicas de Evangelismo e no ano do centenário dos Batistas sergi-panos - 2013 - formou grupo

envolvendo expressivo nú-mero de membros da PIB de Aracaju para evangelismo no vizinho estado de Alagoas mais precisamente na cidade de Penedo de onde vieram (em 1913) os organizadores da denominação em Sergipe.

Na capital houve a sedimen-tação do trabalho no con-junto habitacional Fernando Collor de Melo e implan-tação da frente missionária na zona de expansão de Aracaju, bairro denominado 17 de março. Gostava de trabalhar promovendo dia de Ação Social nas regiões mais carentes da capital e interior do Estado arregi-mentando junto as igrejas da denominação profissionais das áreas de: Clínica médica, enfermagem, odontologia, psicologia, assistência social e tantos outros. Incentivava a promoção e divulgação das Trans promovidas pela CBB e as campanhas missio-nárias.

O jovem diácono de 51 anos foi acometido por perti-naz enfermidade, sendo hos-pitalizado reiteradas vezes, as internações em sua grande maioria aconteciam em UTI, ao sair da casa de saúde - prontamente no dia seguinte

- estava na Igreja, parafrase-ando a Palavra de Deus, ele apresentava-se como “obrei-ro aprovado”, pronto para tra-balhar e o fazia por milagre de Deus com muita ousadia e competência. Anderson Por-to combateu o bom combate, mas a resistência terminou em 02 de janeiro de 2016 quando as paradas cardíacas afetaram como flecha cer-teira a saúde já combalida. Descansou, assim o bom diácono nos braços do Pai, a cerimônia fúnebre aconteceu na Igreja que tanto amou e serviu a PIB de Aracaju, o santuário ficou pequeno para a afluência, amigos, filhos na fé, admiradores, familiares, pastores Batistas e de outras denominações estiveram na PIBA agradecendo a Deus pela instrumentalidade do diácono Anderson Porto. Ficou o exemplo, verdadeiro legado de amor a causa de Cristo e fidelidade a denomi-nação Batista.

Diácono Anderson Porto, combateu o bom combate

14 o jornal batista – domingo, 17/01/16 ponto de vista

Helio Cordeiro Volotão, pastor e Coordenador executivo da ABALEMA - [email protected]

“Ouvi, Senhor, a tua palavra, e temi; aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos faze-a conhe-cida; na tua ira lembra-te da misericórdia” (Hab 3.2).

Avivamento é um assunto um tanto controvertido. Cada igreja ou cada de-

nominação o entende de uma maneira e maioria delas o transfiguram em fuga. Fuga da Bíblia e dos seus princí-pios doutrinários legados por Jesus, seus apóstolos e seus verdadeiros discípulos atra-vés dos séculos. Abandonam a Bíblia e dizem ter recebido outra revelação e, conse-quentemente, outra doutrina, enganando multidões. Para nós, os Batistas, o verdadei-ro avivamento é um retorno ao primeiro amor, à Bíblia e à Doutrina como aceitos, cridos e proclamados por nós desde a era apostólica. Igrejas que dizem que estão experimentando um reavi-vamento e ao mesmo tempo pisam em nossa história, se

isolam e atacam as demais Igrejas Batistas, se rebelam contra os líderes denomina-cionais, dividem igrejas, se apropriam indevidamente, dos bens denominacionais e ferem visivelmente os nossos princípios; creio que este “processo” pode receber qualquer outro nome, menos avivamento. O verdadeiro avivamento é, portanto, um retorno aos princípios imu-táveis e fundamentados nas Sagradas Escrituras.

Isso significa que apenas as Escrituras, que são os re-gistros escritos, da autorreve-lação de Deus aos homens, possuem autoridade suficien-te para guiar o indivíduo na sua crença e no seu compor-tamento. O verdadeiro aviva-mento não lança as igrejas no vazio doutrinário, mas traze--as de volta para a doutrina cristalina, fundamentada nas Sagradas Letras. O experien-cialismo e o misticismo, mar-cas registradas do homem pós-moderno, são colocados em um nível mais elevado que as Sagradas Escrituras. Portanto, o ponto de partida de um verdadeiro avivamen-to bíblico é o foco na Bíblia.

O teólogo Wilson Franklin assim se expressou no artigo que escreveu no Jornal ‘O

Batista Mineiro’, edição de dezembro de 2010: “Vale lembrar que, no passado, os Batistas buscavam no Evange-lho a resposta para os proble-mas da humanidade. Em nos-sos dias, muitas publicações evangélicas, ao contrário, mostram claramente o vá-cuo bíblico doutrinário que invadiu as igrejas e princi-palmente nossos seminários confessionais. Neste pon-to, a teologia pós-moderna abandonou definitivamente a crença na inerrância das verdades bíblicas para adotar claramente, sem nenhuma preocupação em esconder, as frágeis ‘verdades’ relativi-zadas do pós-modernismo”.

Se seminários confessio-nais, que são formadores de opinião estão chegando a este estágio, isto nos reporta para outro problema: qual a formação dos pastores que temos ordenado e entrega-do a denominação, sendo que estes também são for-madores de opinião? Tenho informações de que estão acontecendo concílios cujo candidato ao Mistério Pasto-ral Batista nunca leu a Bíblia inteira, não conhece os Prin-cípios Batistas, não conhece nossa origem e história e não conhece a Declaração

Doutrinária da Convenção Batista Brasileira. E o pior, é que estes homens são aprova-dos para exercer o Ministério Pastoral Batista, pois o argu-mento dos corporativistas de plantão é “se Deus os cha-mou, quem somos nós para reprová-los?”

O resultado disto é uma denominação frágil, sem identidade, isolamentos de pastores e igrejas, divisão e apropriação indébita das propriedades denominacio-nais. E muitos fazem tudo isto em nome de um suposto ‘avivamento’

“O genuíno avivamento não divide, nem cria ressen-timentos, divisões, discórdias e preconceitos. Cristo é o poder que quebra todas as barreiras pela ação do Espí-rito Santo que nos unifica (Atos 2.44; 4.32). No Espírito somos levados a nos aceitar, uns aos outros, apesar de nossas diferenças e manei-ras de ser. Nele somos um corpo em Cristo e membros uns dos outros” (extraído de livro Descubra Agora Como Alcançar o Genuíno Aviva-mento – Nelson Luiz Campos Leite – Editora Exodus).

Como o exposto em Atos 2, esta união foi multiforme: na doutrina, na oração, na

celebração, na cooperação, na confraternização, no dis-cipulado e principalmente na evangelização.

A expressão do texto supra-citado “… no meio dos anos faze-a conhecida…”, nos mostra que uma das marcas de uma igreja avivada é o seu comprometimento com a obra missionária; pois é o Espírito Santo quem nos im-pulsiona a evangelizar (Atos 1.8; 4.31).

Quando olhamos para a grandeza e os desafios do estado de Minas Gerais, com cerca de 356 cidades não alcançadas, mais de 200 igrejas com menos de 50 membros e carentes de re-vitalização, pastores que ganham pouco mais de um salário-mínimo, e, ao mesmo tempo, percebemos a indi-ferença de muitos líderes e de muitas igrejas associadas à CBM e à CBB, que não participam das atividades denominacionais, do Plano Cooperativo (10%), do Sus-tento das associações regio-nais, de Missões Estaduais e não tomam a iniciativa de abrir frentes missionárias em distritos e cidades vizinhas, concluímos que realmente as nossas Igrejas precisam de um avivamento espiritual.

Avivamento, propósito eterno de Deus!

15o jornal batista – domingo, 17/01/16ponto de vista

Israel Belo de Azevedo, pastor da Igreja Batista Itacuruçá - RJ

Imaginemos que alguns tomamos as seguintes decisões para este ano:

Voltarei a estudar; Vou ler a Bíblia toda; Pres-tarei um concurso; Vou me envolver no Reino de Deus, oferecendo-me para um serviço voluntário; Usarei a minha língua para edificar pessoas e para glorificar a Deus serei suave; Prestarei mais atenção às pessoas; Serei uma dizimista; Partici-parei de um pequeno grupo para alcançar meus vizinhos com a graça de Deus e me-lhorar minha comunhão com os membros da Igreja; Reagirei com menos raiva às situações que me abor-recem; Serei uma pessoa de oração.

Voltar a estudar é um pro-jeto com o qual todos po-demos nos comprometer – Pode ser um curso superior, adiado por muito tempo; pode ser a conclusão do en-sino fundamental ou médio; pode ser um curso de lín-guas; pode ser um mestrado ou doutorado; pode ser uma especialização; pode ser um curso técnico. Ainda dá tem-po, não importa a sua idade ou o seu eventual atraso es-colar. Então, escolha o curso. Veja quanto custa, quais são os prerrequisitos e horários. Reorganize sua agenda. Co-mece. Se encontrar alguma dificuldade, simplesmente continue.

Como recomendou Pau-lo ao seu aluno Timóteo: “Aplica-te à leitura” (I Timó-teo 4.13).

Ler a Bíblia toda é um em-preendimento para todos os anos – Não se compare com quem já dezenas de vezes a Palavra de Deus. Eles tam-bém tiveram uma primeira vez. Alguns deles também tentaram e não continuaram, mas depois prosseguiram e conseguiram. Reorganize os seus horários, porque a tarefa vai exigir renúncia. Como você vai precisar de meia hora por dia, de onde vai tirá-la?

Marque a hora do dia em que se assentará, recursos de anotação a mão, diante do tesouro de Deus (Deuteronô-mio 33.4) colocado à sua ins-piração. Escolha um plano de leitura, para que possa anotar os avanços e perceber os atrasos. Escolha uma versão de que goste. Saboreie cada capítulo. Agradeça a Deus pela etapa vencida.

Prestar um concurso é um desejo de valor – A primeira tarefa é precisamente con-solidar o desejo. Depois, faça um inventário sobre as suas características como estudantes: capacidade de concentração e de aprendiza-gem. Notes suas dificuldades. Observe seus pontos fortes. Planeje fazer o melhor. Avi-se a família e/ou os amigos que você vai se concentrar nos estudos. Peça o apoio deles. Peça as orações deles por você. Então, escolha o âmbito do concurso (fede-

ral, estadual ou municipal). Em seguida, veja em que áreas há ofertas. Escolha o concurso. Verifique as datas previstas e os locais onde s será realizado. Organize sua agenda. Escolha um lugar próprio para estudar (em sua casa ou numa biblioteca, por exemplo). Reúna os recur-sos necessários (livros, sites, etc.) e estude. Estude muito. Prepare-se. Prepare-se muito. Prestar um concurso é como construir uma torre, segun-do o ensino de Jesus (Lucas 14.28).

Concluamos, então, as orientações em como po-demos realizar no corpo o que já realizamos na mente, neste ano.

Prestarei mais atenção às pessoas – O texto áureo da ética cristã foi esculpido por Jesus Cristo: “Como vocês querem que os outros lhes fa-çam, façam também vocês a eles” (Lucas 6.31). Queremos ser amados. Queremos que as pessoas nos deem aten-ção. Queremos que as pesso-as nos chamem pelo nome. Queremos que as pessoas sorriam para nós. Devemos fazer o mesmo com as pesso-as. Nossas decepções podem nos afastar das pessoas, mas nós também decepcionamos. Nosso egoísmo pode nos encapsular, mas há alegria no convívio. Comecemos por perguntar os nomes das pessoas. Depois, sejam afetu-osos e interessados. Façamos um compromisso de orar por

algumas pessoas. A gente não fala mal de quem ora. Peça a Deus para lhe ensinar a amar, e não apenas aos amigos.

Participarei de um peque-no grupo – para alcançar meus vizinhos com a graça de Deus e melhorar minha comunhão com os membros da igreja. Quando vamos a um restaurante com um grupo de pessoas, logo este grupo estará dividido em dois ou três subgrupos. O espaço e a afinidade nos limitam. E assim também na Igreja. Po-demos cumprimentar a 100 e a sorrir para 50, mas não teremos como saber o nome de 200 pessoas. O lugar onde os laços são estreitados é o grupo pequeno (Grupo Fa-miliar, em nossa Igreja). O grupo pequeno também está onde nós estamos e onde estão os nossos amigos. Se você os convidar para vir à Igreja, a resposta de quase todos é “não”. Se os convidar para ir a sua casa, diferente-mente não dirão “sim”. Ali conosco, ouvirão, fraternal-mente, a palavra de Jesus. Dizer às pessoas a palavra do |Evangelho é a nossa prin-cipal tarefa na terra, que os pequenos grupos viabilizam. Então, decida participar de um pequeno grupo. Com exceções, em nossa igreja, os Grupos Familiares se en-contram às quartas-feiras de noite, em diferentes casas. Tomada a decisão, informe--se onde NESTA SEMANA se reúne um grupo perto da sua casa. Vá.

Reagirei com menos raiva às situações que me abor-recem – Quem convive se aborrece. (E também abor-rece,)

O que precisamos é pedir a ajuda do Espírito Santo para que nos ensine a controlar os nossos impulsos.

Precisamos pedir-lhe tam-bém a humildade de rogar ao outro perdão quando agimos impulsivamente (ou mesmo agressivamente) contra ele.

Um bom princípio é confe-rir antes de reagir se a pessoa disse aquilo que nos ofendeu ou fez mesmo aquilo que nos feriu. Muitas vezes, o fato gerador de nossa reação não existiu ou, se existiu, não teve a intenção que nossa insegurança decretou com certa.

Serei uma pessoa de ora-ção – Pessoas realmente grandes são pessoas de ora-ção. O resto passa, mas nos-sas orações chegam ao céu e voltam para nós como um trovão. Se você ora pouco (e talvez quase nada, fora das situações adversas) e decidiu orar mais, comece verifi-cando sua agenda. Escolha um horário mais propício (calmo), talvez antes de co-meçar a trabalhar, e um lugar adequado (confortável). Leia a Bíblia por uns minutos. Depois, ore. No início, tal-vez você durma enquanto ora. Depois, a prática vai se tornando prazerosa e você sentirá necessidade de ter mais tempo. Orar também demanda desejo e disciplina. O prazer vem depois. [FIM]

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