questões direito penal 124

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    Prof. Herclio Belarmino Direito Civil Parte Geral 124 Questes Discursivas 2

    www.professorhercilio.com 2

    Sumrio

    1) Que matrias so reguladas pelo Cdigo Civil (CC)? ............................................................................................................................................ 5

    2) Que pessoa natural? ............................................................................................................................................................................................... 5

    3) Quando comea a personalidade civil do homem e o que so direitos da personalidade? .......... ......... .......... ......... ......... .......... ......... ......... .... 5

    4) Que nascituro? ........................................................................................................................................................................................................ 5

    5) O nascituro possui direitos? ..................................................................................................................................................................................... 6

    6) A lei protege as expectativas de direito do nascituro? ........................................................................................................................................... 6

    7) Como so defendidos em juzo os direitos do nascituro? .................................................................................................................................... 6

    8) Que capacidade civil? ............................................................................................................................................................................................. 6

    9) Como termina a existncia do homem? ................................................................................................................................................................. 7

    10) Morrendo algum, cessam seus direitos? .............................................................................................................................................................. 7

    11) Que pessoas so consideradas por lei como absolutamente incapazes para exercer os atos da vida civil? ................. ......... ......... .......... ..... 7

    12) Quem so considerados pela lei civil como relativamente incapazes para realizar certos atos ou maneira de exerc-los? ......... ......... .... 713) Com que idade cessa a menoridade civil? ............................................................................................................................................................. 7

    14) H outras formas de fazer cessar a menoridade, antes de completar 21 anos?................................................................................................ 7

    15) Como se d a emancipao? .................................................................................................................................................................................. 8

    16) possvel revogar a emancipao? ....................................................................................................................................................................... 8

    17) Como praticam os atos da vida civil os menores de 16 anos e os que tm entre16 e 18 anos? ......... .......... ......... ......... .......... ......... ......... .... 8

    18) Que prdigo e a que se limita sua interdio? ................................................................................................................................................... 9

    19) As doenas, as deficincias fsicas ou a idade avanada so causa de incapacidade civil?............................................................................... 9

    20) Como os ndios praticam atos da vida civil? ........................................................................................................................................................ 9

    21) Quais os requisitos para a emancipao do ndio? .............................................................................................................................................. 9

    22) Qual a lei extravagante que regula a situao jurdica dos ndios? ...................................................................................................................10

    23) A lei distingue os direitos do brasileiro dos do estrangeiro? ............................................................................................................................1024) Qual a lei extravagante que regula a situao jurdica dos estrangeiros? .........................................................................................................10

    25) Quais os direitos assegurados e negados aos naturalizados? ............................................................................................................................10

    26) O que comorincia? ...........................................................................................................................................................................................10

    27) Quais as consequncias da comorincia? ...........................................................................................................................................................11

    28) O que pessoa jurdica? .......................................................................................................................................................................................11

    29) Como se dividem as pessoas jurdicas? Dar exemplos. ....................................................................................................................................11

    30) Qual a diferena entre associao e sociedade civil? .........................................................................................................................................12

    31) O que fundao? ................................................................................................................................................................................................13

    32) Como pode ser criada uma fundao de Direito Privado?...............................................................................................................................13

    33) Quem fiscaliza as fundaes privadas? ...............................................................................................................................................................1334) O que so sociedades de economia mista? .........................................................................................................................................................13

    35) O que so empresas pblicas unipessoais? .........................................................................................................................................................13

    36) O que so entes despersonalizados? ...................................................................................................................................................................13

    37) Quem representa em juzo esses entes? ..............................................................................................................................................................14

    38) Como se inicia a existncia legal das pessoas jurdicas de Direito Privado? ...................................................................................................14

    39) Como se inicia a existncia legal das pessoas jurdicas de Direito Pblico,como as autarquias? ......... ......... .......... ......... ......... .......... .........14

    40) Onde se registra o ato constitutivo de um escritrio de advocacia? ...............................................................................................................15

    41) Onde se registra o contrato social da sociedade empresariais? ........................................................................................................................15

    42) Como se extinguem as pessoas jurdicas? ...........................................................................................................................................................15

    43) O que domiclio civil da pessoa natural? .........................................................................................................................................................15

    44) Onde o domiclio das pessoas jurdicas de Direito Civil? ..............................................................................................................................15

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    45) Onde o domiclio legal da Unio, dos Estados e dos Municpios?...............................................................................................................15

    46) Quais os tipos de domiclios existentes? .............................................................................................................................................................16

    47) Onde o domiclio da pessoa natural se ela tiver diversas residncias ou vrios centros de ocupao? .......... ......... ......... .......... ......... .....16

    48) Qual o domiclio da pessoa que no tem residncia habitual ou ganha a vida sempre viajando, sem ponto central de negcios? .........16

    49) Qual o domiclio dos incapazes? .........................................................................................................................................................................16

    50) O que nome? ......................................................................................................................................................................................................16

    51) Qual a natureza jurdica do nome? ......................................................................................................................................................................16

    52) Quais os elementos que compem o nome? .....................................................................................................................................................17

    53) Em que casos se admite a alterao do nome? ..................................................................................................................................................17

    54) Pode a concubina utilizar o patronmico do companheiro? .............................................................................................................................17

    55) Em que outras situaes pode o nome ser alterado? ........................................................................................................................................17

    56) Que so bens corpreos e incorpreos?.............................................................................................................................................................17

    57) Que so bens mveis, semoventes e imveis? ...................................................................................................................................................18

    58) Que so bens fungveis e infungveis? ................................................................................................................................................................18

    59) Que so bens consumveis e inconsumveis? .....................................................................................................................................................18

    60) Que so bens divisveis e indivisveis? ................................................................................................................................................................1861) Que so bens singulares e coletivos? ..................................................................................................................................................................18

    62) Que so bens principais e acessrios? ................................................................................................................................................................18

    63) Que so bens particulares e bens pblicos? .......................................................................................................................................................18

    64) Que so bens em comrcio e bens fora do comrcio? .....................................................................................................................................19

    65) Que so benfeitorias?............................................................................................................................................................................................19

    66) Quais os tipos de benfeitorias existentes? ..........................................................................................................................................................19

    67) Que so frutos? .....................................................................................................................................................................................................19

    68) Quais os tipos de frutos existentes? ....................................................................................................................................................................19

    69) Que tipos de bens so os navios e as aeronaves? ..............................................................................................................................................19

    70) Que bem de famlia? ..........................................................................................................................................................................................19

    71) Que fato jurdico? ...............................................................................................................................................................................................20

    72) Que ato jurdico? ................................................................................................................................................................................................20

    73) Quais os requisitos de validade do ato jurdico? ................................................................................................................................................20

    74) Qual a diferena entre negcio jurdico e ato jurdico?.....................................................................................................................................20

    75) Quais so os principais defeitos dos atos jurdicos? ..........................................................................................................................................20

    76) Que erro? ............................................................................................................................................................................................................20

    77) Qual a conseqncia do erro sobre a validade do ato jurdico? .......................................................................................................................20

    78) Que dolo? ............................................................................................................................................................................................................20

    79) Qual a conseqncia do dolo sobre a validade do ato jurdico? ......................................................................................................................21

    80) Que coao? ........................................................................................................................................................................................................21

    81) Qual a conseqncia da coao sobre a validade do ato jurdico? ......... ......... ......... .......... ......... .......... ......... ......... .......... ......... ......... .......... ...2182) Que simulao?...................................................................................................................................................................................................21

    83) Qual a conseqncia da simulao sobre a validade dos atos jurdicos? .......... ......... ......... .......... ......... .......... ......... ......... .......... ......... ......... ..21

    84) Depois de praticarem ato jurdico simulado, as partes passam a discutir entre si e a litigar judicialmente. Alguma delas poder alegarque o ato jurdico foi simulado? .................................................................................................................................................................................21

    85) O que fraude contra credores? .........................................................................................................................................................................21

    86) Quais as condies necessrias para que se reconhea a fraude contra credores? ........................................................................................22

    88) O que fraude execuo?..................................................................................................................................................................................22

    89) Qual a diferena entre fraude execuo e fraude contra credores? ..............................................................................................................22

    90) Quais os elementos acessrios ou acidentais dos atos jurdicos? ....................................................................................................................22

    91) O que condio? .................................................................................................................................................................................................23

    92) O que termo? ......................................................................................................................................................................................................23

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    93) O que encargo? ...................................................................................................................................................................................................23

    94) Quais os tipos de condio existentes? ...............................................................................................................................................................23

    95) O que condio causal? .....................................................................................................................................................................................23

    96) O que condio simplesmente potestativa? ....................................................................................................................................................23

    97) O que condio puramente potestativa? .........................................................................................................................................................23

    98) O que condio mista? ......................................................................................................................................................................................23

    99) O que condio suspensiva? .............................................................................................................................................................................23

    100) O que condio resolutiva? .............................................................................................................................................................................24

    101) O que ato juridicamente nulo?........................................................................................................................................................................24

    102) Qual a diferena entre ato nulo e ato anulvel? ...............................................................................................................................................24

    103) O que convalidao? ........................................................................................................................................................................................24

    104) O que ratificao? ............................................................................................................................................................................................24

    105) O que ato jurdico inexistente? .......................................................................................................................................................................24

    106) O que ato jurdico ineficaz? ............................................................................................................................................................................24

    107) Qual a diferena entre nulidade e ineficcia do ato jurdico? .........................................................................................................................25

    108) Quando que o ato jurdico ser absolutamente nulo? ..................................................................................................................................25109) Quando o ato jurdico ser anulvel? ................................................................................................................................................................25

    110) O que so atos ilcitos no campo civil? .......... ......... .......... ......... ......... .......... ......... .......... ......... .......... ......... ......... ......... .......... ......... .......... ......25

    111) Qual a conseqncia para o agente que praticou ato ilcito? ..........................................................................................................................25

    112) O que exclui a ilicitude do ato?..........................................................................................................................................................................25

    113) O que prescrio? .............................................................................................................................................................................................26

    114) Como e onde pode ser argida a prescrio? ...................................................................................................................................................26

    115) O prazo prescricional pode ser interrompido? ................................................................................................................................................26

    116) Quais as causas interruptivas da prescrio? ....................................................................................................................................................26

    117) Qual a diferena entre interrupo e suspenso de prazos? ...........................................................................................................................26

    118) Em que casos no correm prazos prescricionais? ...........................................................................................................................................27

    120) Quais os prazos prescricionais previstos no CC? ............................................................................................................................................27

    121) Qual o prazo para o advogado cobrar honorrios devidos por um cliente? ................................................................................................28

    122) O que decadncia? ...........................................................................................................................................................................................28

    123) Citar 5 diferenas entre prescrio e decadncia. ............................................................................................................................................29

    124) Dar exemplos de prazos decadenciais. .............................................................................................................................................................29

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    PARTE GERAL DO CDIGO CIVIL

    1) Que matrias so reguladas pelo Cdigo Civil (CC)?R.: Os direitos e as obrigaes de ordem privada, concernentes s pessoas, aosbens e s suas relaes.

    2) Que pessoa natural?R.: O art. 1 do Cdigo Civil, ao prescrever toda pessoa capaz de direitos edeveres,emprega o termo pessoa na acepo de todo ser humano, sem qualquer distinode sexo, idade, credo ou raa.

    3) Quando comea a personalidade civil do homem e o que so direitos dapersonalidade?R.: A personalidade civil se inicia desde nascimento com vida. Integram os direitos dapersonalidade o direito vida, integridade fsico-psquica, identidade, honra, imagem, liberdade, privacidade e outros reconhecidos pessoa. Os direitos dapersonalidade so inatos, absolutos, intransmissveis, indisponveis, irrenunciveis,ilimitados, imprescritveis, impenhorveis e inexpropriveis. Os direitos dapersonalidade destinam-se a resguardar a dignidade humana, mediante sanes, que

    devem ser suscitadas pelo ofendido (lesado direto). Essa sano deve ser feita pormeio de medidas cautelares que suspendam os atos que ameacem ou desrespeitem aintegridade fsico-psquica, intelectual e moral, movendo-se, em seguida, uma aoque ir declarar ou negar a existncia da leso, que poder ser cumulada com aoordinria de perdas e danos a fim de ressarcir danos morais e patrimoniais. (art. 12,CC)

    4) Que nascituro?R.: o ser j gerado, mas que ainda est por nascer. Ante as novas tcnicas de

    fertilizao in vitro e do congelamento de embries humanos, houve quem levantasseo problema relativo ao momento em que se deve considerar juridicamente onascituro, entendendo-se que a vida tem incio, naturalmente, com a concepo noventre materno. Assim sendo, na fecundao na proveta, embora seja a fecundao dovulo, pelo espermatozoide, que inicia a vida, a nidao do zigoto ou ovo que agarantir; logo, para alguns autores, o nascituro s ser pessoa quando o ovo

    fecundado for implantado no tero materno, sob a condio do nascimento com vida.O embrio humano congelado no poderia ser tido como nascituro, apesar de deverter proteo jurdica como pessoa virtual, com uma carga gentica prpria. Embora avida se inicie com a fecundao, e a vida vivel com a gravidez, que se d com a

    nidao, entendemos que na verdade o incio legal da considerao jurdica da

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    personalidade o momento da penetrao do espermatozoide no vulo, mesmo forado corpo da mulher. Por isso, a Lei n. 8.974/95, nos arts. 8, II, III e IV, e 13, veio areforar, em boa hora, essa ideia no s ao vedar:a) manipulao gentica de clulas germinais humanas; b) interveno em material

    gentico humano in vivo, salvo para o tratamento de defeitos genticos; c) produo,armazenamento ou manipulao de embries humanos destinados a servir comomaterial biolgico disponvel, como tambm ao considerar tais atos como crimes,punindo-os severamente. Com isso, parece-nos que a razo est com a teoriaConcepcionista, uma vez que o Cdigo Civil resguarda desde a concepo os direitosdo nascituro e, alm disso, no art. 1.597, IV, presume concebido na constncia docasamento o filho havido, a qualquer tempo, quando se tratar de embrio excedente,decorrente de concepo artificial heterloga.

    5) O nascituro possui direitos?R.: Sim. Conquanto comece do nascimento com vida a personalidade civil do homem, alei pe a salvo, desde a concepo, os direitos do nascituro (CC, arts.22, 1.609, 1.779,pargrafo nico e 1.798), como o direito vida (CF, art. 52, CP, arts.124 a 128, I e II), filiao (CC, arts.1.596 e 1.597), integridade fsica, a alimentos (RT 650/220; RJTJSP150/906), a uma adequada assistncia pr-natal, a um curador que zele pelos seusinteresses em caso de incapacidade de seus genitores, de receber herana (CC,arts.1.798 e 1.800, 3), de ser contemplado por doao (CC, art.542), de serreconhecido como filho, etc. Poder-se-ia at mesmo afirmar que, na vida intrauterina,tem o nascituro, e na vida extrauterina, tem o embrio, personalidade jurdica formal,no que atine aos direitos personalssimos, ou melhor, aos da personalidade, visto ter apessoa carga gentica diferenciada desde a concepo, seja ela in vivo ou in vitro(Recomendao n.1.046/89, n. 7 do Conselho da Europa), passando a ter apersonalidade jurdico material, alcanando os direitos patrimoniais, que permaneciamem estado potencial, somente com o nascimento com vida (CC, art.1.800, 3o). Senascer com vida, adquire personalidade jurdica material, mas, se tal no ocorrer,nenhum direito patrimonial ter.

    6) A lei protege as expectativas de direito do nascituro?R.: Sim, a lei os protege. Nascendo com vida, confirmam-se esses direitos. O

    natimorto no os tem. como se esses direitos jamais tivessem existido.

    7) Como so defendidos em juzo os direitos do nascituro?R.: Por meio dos pais ou do curador, podendo figurar o nascituro como sujeitoativo ou passivo de obrigaes e direitos.

    8) Que capacidade civil?

    R.: a aptido da pessoa natural para exercer direitos e assumir obrigaes na

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    ordem jurdica.

    9) Como termina a existncia do homem?R.: Pela morte. Para fins patrimoniais, termina tambm pela declarao judicial deausncia.

    10) Morrendo algum, cessam seus direitos?R.: No. Cessa apenas sua capacidade civil, mas seus direitos se transmitem aosherdeiros. H direitos, como, por exemplo, o direito imagem, referentes aoprprio falecido, mas que podem, no entanto, ser pleiteados pelos herdeiros.

    11) Que pessoas so consideradas por lei como absolutamente incapazes paraexercer os atos da vida civil?R.: Art. 3o So absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil:Ios menores de dezesseis anos;II os que, por enfermidade ou deficincia mental, no tiverem o necessriodiscernimento para a prtica desses atos;III os que, mesmo por causa transitria, no puderem exprimir sua vontade.

    12) Quem so considerados pela lei civil como relativamente incapazes para realizarcertos atos ou maneira de exerc-los?R.: Art. 4o So incapazes, relativamente a certos atos, ou maneira de os exercer:Ios maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;IIos brios habituais, os viciados em txicos, e os que, por deficincia mental,tenham o discernimento reduzido;III os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;IV os prdigos.Pargrafo nico. A capacidade dos ndios ser regulada por legislao especial.

    13) Com que idade cessa a menoridade civil?R.: Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa ficahabilitada prtica de todos os atos da vida civil.

    14) H outras formas de fazer cessar a menoridade, antes de completar 21 anos?R.: Art. 5(...) Pargrafo nico. Cessar, para os menores, a incapacidade:Ipela concesso dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumentopblico, independentemente de homologao judicial, ou por sentena do juiz, ouvido

    o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;

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    II pelo casamento;III pelo exerccio de emprego pblico efetivo;IV pela colao de grau em curso de ensino superior;V pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existncia de relao de

    emprego, desde que, em funo deles, o menor com dezesseis anos completos tenhaeconomia prpria.

    15) Como se d a emancipao?R.: Emancipao expressa ou voluntria:Antes da maioridade legal, tendo o menoratingido dezesseis anos, poder haver a outorga de capacidade civil por concesso dospais, no exerccio do poder familiar, mediante escritura pblica inscrita no RegistroCivil competente (Lei n. 6.015/73, arts. 89 e 90; CC, art. 92, II), independentemente dehomologao judicial. Alm dessa emancipao por concesso dos pais, ter-se- aemancipao por sentena judicial, se o menor com dezesseis anos estiver sob tutela(CPC, arts. 1.103 a 1.112,1; Lei n. 8.069/90, arts. 148, VII, pargrafo nico, e), ouvido otutor.Emancipao tcita ou legal:A emancipao legal decorre dos seguintes casos: a)casamento, pois no plausvel que fique sob a autoridade de outrem quem temcondies de casar e constituir famlia; assim, mesmo que haja anulao domatrimnio, viuvez, separao judicial ou divrcio, o emancipado por esta forma noretoma incapacidade; b) exerccio de emprego pblico efetivo, por funcionrionomeado em carter efetivo (no abrangendo a funo pblica extranumerria ou emcomisso), com exceo de funcionrio de autarquia ou entidade paraestatal, que no alcanado pela emancipao. Diarista e contratado no sero emancipados por forade lei (RT 98/523; Smula 14 do STF Lei n.1.711\52, art.22, II: Lei 8.112\90, art.5o, V.)

    16) possvel revogar a emancipao?R.: Uma vez concedida, por qualquer meio, irrevogvel e definitiva.

    17) Como praticam os atos da vida civil os menores de 16 anos e os que tm entre16e 18 anos?R.: Os menores de 16 anos so representados pelos pais ou pelo tutor, quepraticam os atos sozinhos, pelo menor ou em seu nome. Os maiores de 16 emenores de 18, no emancipados, so assistidos pelos pais, pelo tutor ou pelocurador, que praticam atos ao lado do menor, auxiliando-o e integrando-lhe acapacidade civil.

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    18) Que prdigo e a que se limita sua interdio?R. So considerados relativamente incapazes os prdigos, ou seja, aqueles que,comprovada, habitual e desordenadamente, dilapidam seu patrimnio, fazendo gastosexcessivos. Com a interdio do prdigo, privado estar ele dos atos que possam

    comprometer seus bens, no podendo, sem a assistncia de seu curador (CC, art.1.767, V), alienar, emprestar, dar quitao, transigir, hipotecar, agir em juzo e praticar,em geral, atos que no sejam de mera administrao (CC, art. 1.782).

    19) As doenas, as deficincias fsicas ou a idade avanada so causa de incapacidadecivil?R.: Por si ss, no. Somente se impedirem a manifestao ou a transmisso dalivre vontade do doente, do deficiente ou do idoso.

    20) Como os ndios praticam atos da vida civil?R.: Os ndios, devido a sua educao ser lenta e difcil, so colocados pelo novo CdigoCivil sob a proteo de lei especial, que reger a questo de sua capacidade.

    21) Quais os requisitos para a emancipao do ndio?R.: Lei 6.001/73 - Art. 9 Qualquer ndio poder requerer ao Juiz competente a sualiberao do regime tutelar previsto nesta Lei, investindo-se na plenitude da

    capacidade civil, desde que preencha os requisitos seguintes:

    I - idade mnima de 21 anos;II - conhecimento da lngua portuguesa;III - habilitao para o exerccio de atividade til, na comunho nacional;IV - razovel compreenso dos usos e costumes da comunho nacional.Pargrafo nico. O Juiz decidir aps instruo sumria, ouvidos o rgo de

    assistncia ao ndio e o Ministrio Pblico, transcrita a sentena concessiva no registrocivil.

    Art. 10. Satisfeitos os requisitos do artigo anterior e a pedido escrito dointeressado, o rgo de assistncia poder reconhecer ao ndio, mediante declaraoformal, a condio de integrado, cessando toda restrio capacidade, desde que,homologado judicialmente o ato, seja inscrito no registro civil.

    Art. 11. Mediante decreto do Presidente da Repblica, poder ser declarada aemancipao da comunidade indgena e de seus membros, quanto ao regime tutelarestabelecido em lei, desde que requerida pela maioria dos membros do grupo ecomprovada, em inqurito realizado pelo rgo federal competente, a sua plenaintegrao na comunho nacional.

    Pargrafo nico. Para os efeitos do disposto neste artigo, exigir-se- opreenchimento, pelos requerentes, dos requisitos estabelecidos no artigo 9.

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    22) Qual a lei extravagante que regula a situao jurdica dos ndios?R.: O Cdigo Civil sujeita-os ao regime tutelar, estabelecido em leis e regulamentosespeciais - Lei n. 6.001/73; CF/88, arts. 22, XIV, 49, XVI, 129, V, 210, 22, 232. 109, XI,231, 176. , e art. 67 das Disposies Transitrias; Dec. n. 88.118/83.

    23) A lei distingue os direitos do brasileiro dos do estrangeiro?R.: Embora o art. 3. do CC diga que no h distino, encontram-se inmerasnormas constitucionais e ordinrias que distinguem, juridicamente, o estrangeiro,em relao ao brasileiro. Por exemplo, somente mediante autorizao, podero osestrangeiros comprar terras cuja rea seja superior a 3 vezes o mdulo rural (Lein. 5.709/71).

    24) Qual a lei extravagante que regula a situao jurdica dos estrangeiros?R.: Estatuto do Estrangeiro, Lei Federal n. 6.815/80. Encontra-se reguladatambm na Constituio Federal (CF) de 1988. Quanto aos portugueses, medianteConveno Internacional celebrada entre Brasil e Portugal, podem eles gozar deigualdade de direitos desde que o requeiram ao Ministro da Justia e preenchamcertos requisitos.

    25) Quais os direitos assegurados e negados aos naturalizados?R.: Asseguram-se-lhes os mesmos direitos civis dos brasileiros. No podem,entretanto, exercer alguns cargos polticos (Presidente e Vice da Repblica,Presidente da Cmara dos Deputados, do Senado, Ministro do Supremo TribunalFederal (STF), diplomata, oficial das Foras Armadas) e sofrem restries quanto propriedade de empresas de comunicao (devem ser naturalizados h mais de10 anos).

    26) O que comorincia?

    R.: A comorincia a morte de duas ou mais pessoas na mesma ocasio e em razo domesmo acontecimento. Embora o problema da comorincia, em regra, alcance casosde morte conjunta, ocorrida no mesmo acontecimento, ela coloca-se, com igualrelevncia, no que concerne a efeitos dependentes de sobrevivncia, na hiptese depessoas falecidas em locais e acontecimentos distintos, mas em datas e horassimultneas ou muito prximas.

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    27) Quais as consequncias da comorincia?R.: A comorincia ter grande repercusso na transmisso de direitos sucessrios, pois,se os comorientes so herdeiros uns dos outros, no h transferncia de direitos; umno suceder ao outro, sendo chamados sucesso os seus herdeiros ante a

    presuno juris tantum de que faleceram ao mesmo tempo. Se dvida houver nosentido de se saber quem faleceu primeiro, o magistrado aplicar o art. 8o do CdigoCivil, caso em que, ento, no haver transmisso de direitos entre as pessoas quemorreram na mesma ocasio.

    28) O que pessoa jurdica?R.: A pessoa jurdica a unidade de pessoas naturais ou de patrimnios que visa obteno de certas finalidades, reconhecida pela ordem jurdica como sujeito dedireitos e obrigaes.

    29) Como se dividem as pessoas jurdicas? Dar exemplos.R.: Pessoas jurdicas de direito pblico interno:So pessoas jurdicas de direitopblico interno:a)a Unio, que designa a nao brasileira, nas suas relaes com os Estados federadosque a compem e com os cidados que se encontram em seu territrio; logo, indica aorganizao poltica dos poderes nacionais considerada em seu conjunto. Assim, oEstado Federal (Unio) seria ao mesmo tempo Estado e Federao;b)os Estados federados, que se regem pela Constituio e pelas leis que adotarem.

    Cada Estado federado possui autonomia administrativa, competncia e autoridade naseara legislativa, executiva e judiciria, decidindo sobre negcios locais;c)o Distrito Federal, que a capital da Unio. um municpio equiparado ao Estadofederado por ser a sede da Unio, tendo administrao, autoridades prprias e leisatinentes aos servios locais. Possui personalidade jurdica por ser um organismopoltico-administrativo, constitudo para a consecuo de fins comuns;d)os Territrios, autarquias territoriais (Hely Lopes Meirelles), ou melhor, pessoas

    jurdicas de direito pblico interno, com capacidade administrativa e de nvelconstitucional, ligadas Unio, tendo nesta a fonte de seu regime jurdicoinfraconstitucional (Michel Temer) e criadas mediante lei complementar;

    e)os Municpios legalmente constitudos, por terem interesses peculiares e economiaprpria. A Constituio Federal assegura sua autonomia poltica, ou seja, a capacidadepara legislar relativamente a seus negcios e por meio de suas prprias autoridades.

    Pessoas jurdicas de direito pblico externo:So as regulamentadas pelo direitointernacional pblico, abrangendo: naes estrangeiras, Santa S e organismosinternacionais (ONU, OEA, Unesco, FAO etc.).

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    Pessoas jurdicas de direito privado: As pessoas jurdicas de direito privado, institudaspor iniciativa de particulares, dividem-se em:

    a)Fundaes particulares, que so universalidades de bens, personalizadas pela ordem

    pblica, em considerao a um fim estipulado pelo fundador, sendo este objetivoimutvel e seus rgos servientes, pois todas as resolues esto delimitadas peloinstituidor (CC, arts. 66 e 69; Lei n. 6.435/77, Art. 82; CPC, arts. 1.200 a 1.204). Deveser constituda por escrito e lanada no registro geral;b)associaes civis, religiosas, pias, morais, cientificas ou literrias e as associaes deutilidade pblica, que abrangem um conjunto de pessoas, que almejam fins ouinteresses dos scios, que podem ser alterados, pois os scios deliberam livremente, jque seus rgos so dirigentes. Na associao (CF/88, art. 52, XVII a XXI) no h fimlucrativo, embora tenha patrimnio formado com a contribuio de seus membrospara a obteno de fins culturais, educacionais, esportivos, religiosos, recreativos,

    morais etc.;c)sociedade simples, na qual se visa o fim econmico ou lucrativo, pois o lucro obtidodeve ser repartido entre os scios, sendo alcanado pelo exerccio de certas profissesou pela prestao de servios tcnicos (CC, arts. 997 a 1.038) (p. ex., uma sociedadeimobiliria ou uma sociedade cooperativa CC, arts. 982, pargrafo nico, e 1.093 a1.096). As sociedades devem constituir-se por escrito, lanar-se no registro civil daspessoas jurdicas (CC, arts. 998); d) sociedades empresrias, que visam o lucro,mediante exerccio de atividade empresarial ou comercial (RT, 468/207), assumindo asformas de: sociedade em nome coletivo; sociedade em comandita simples; sociedadeem comandita por aes; sociedade limitada; sociedade annima ou por aes (CC,

    arts. 1.039 a 1.092). Assim, para saber se dada sociedade simples ou empresriabasta considerar a natureza de suas operaes habituais; se estas tiverem por objeto oexerccio de atividades econmicas organizadas para a produo ou circulao de bensou de servios prprias de empresrio, sujeito a registro (CC, arts. 982 e 967), asociedade ser empresria; caso contrrio, simples, mesmo que adote quaisquer dasformas empresariais, como permite o Art. 983 do Cdigo Civil, exceto se for annima,que, por fora de lei, ser sempre empresria. As sociedades empresrias devero terassento no Registro Pblico de Empresas Mercantis (CC, arts. 1.150 a 1.154). E assimples, no Registro Civil das Pessoas Jurdicas (CC, art. 1.150, 2);d)partidos polticos, que so associaes civis assecuratrias, no interesse do regime

    democrtico, da autenticidade do sistema representativo e defensoras dos direitosfundamentais definidos na Constituio Federal (CF/ 88,art. 17,I a I V, 1 a 4, 22,XXVII, 37,XVILXIX,XX, 71, II a IV, 150, 2, 169, pargrafo nico, II, 163, II, e Lei n.9.096/95, com alterao das Leis n. 9.504/97 e 9.693/98).

    30) Qual a diferena entre associao e sociedade civil?R.: Em geral, a associao no possui fins lucrativos, ao contrrio da sociedadecivil, que sempre visa a lucro.(vide questo 29)

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    31) O que fundao?R.: um patrimnio, personalizado e afetado por seu instituidor a determinadafinalidade. (vide questo 29)

    32) Como pode ser criada uma fundao de Direito Privado?R.: Por escritura pblica ou por testamento. O instituidor dever doar os recursosnecessrios, indicar a finalidade e, se o desejar, a forma de administrar opatrimnio. Pode tambm ser criada pelo Poder Pblico, continuando a ter carterprivado, salvo lei federal expressamente em contrrio. (vide questo 29)

    33) Quem fiscaliza as fundaes privadas?

    R.: O Ministrio Pblico (MP).

    34) O que so sociedades de economia mista?R.: So pessoas jurdicas de Direito Privado, criadas por lei, para a explorao deatividade econmica, sob a forma de sociedade annima (S/A), em que seassociam capitais pblicos e privados, cujas aes com direito a voto pertenam,em sua maioria, ao Estado ou a entidade da Administrao Indireta,predominando, pois, a direo do Estado. Seus bens so penhorveis, mas no

    esto sujeitas falncia. Ex.: Companhia do Metropolitano de So Paulo - Metr.

    35) O que so empresas pblicas unipessoais?R.: So pessoas jurdicas de Direito Privado, com capital prprio e 100% pblico,criadas por lei, para a explorao de atividade econmica, que o governo sejaobrigado a exercer, podendo revestir-se de qualquer das formas em Direitoadmitidas, prevalecendo as definidas no Decreto-Lei n. 200. Ex.: Banco Nacionalde Desenvolvimento Econmico e Social (BNDES).

    36) O que so entes despersonalizados?R.: So entidades no dotadas de personalidade jurdica, mas que configuramcentros de relaes e interesses jurdicos, possuindo capacidade processual ativae passiva. Ex.: esplio, massa falida, herana jacente ou vacante, condomnio emedifcios.

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    37) Quem representa em juzo esses entes?R.: O administrador dos bens: inventariante, sndico da massa, sndico docondomnio, etc.

    38) Como se inicia a existncia legal das pessoas jurdicas de Direito Privado?R.: O fato que d origem a pessoa jurdica de direito privado a vontade humana, semnecessidade de qualquer ato administrativo de concesso ou autorizao, salvo oscasos especiais do Cdigo Civil (arts. 1.123a 1.125, 1.128, 1.130. 1.131, 1.132, 1.133,1.134, 1, 1.135 a 1.138. 1.140 e 1.141), porm a sua personalidade jurdicapermanece em estado potencial, adquirindo status jurdico, quando preencher asformalidades ou exigncias legais.Fases do processo gentico da pessoa jurdica de direito privado: Na criao da pessoa

    jurdica de direito privado h duas fases: a) a do ato constitutivo, que deve ser escrito,podendo revestir-se de forma pblica ou particular (CC, Art. 997), com exceo dafundao, que requer instrumento pblico ou testamento (CC, Art. 62). Alm dessesrequisitos, h certas sociedades que para adquirir personalidade jurdica dependem deprevia autorizao ou aprovao do Poder Executivo Federal (CC, arts. 45, 2 pane, e1.123 a 1.125), como, p. ex., as sociedades estrangeiras (LICC, Art. 11, 1o CC, arts.1.134 e 1.135); b) a do registro pblico (CC, arts. 45, 984, 985, 998 e 1.150 a 1.154),pois para que a pessoa jurdica de direito privado exista legalmente necessrioinscrever os contratos ou estatutos no seu registro peculiar (CC, Art. 1.150); o mesmodeve fazer quando conseguir a imprescindvel autorizao ou aprovao do PoderExecutivo Federal (CC, mis. 45, 46,1.123 a 1.125 e 1.134; Lei n. 6.015/73, arts. 114 a121, com alterao da Lei n. 9.042/95).Apenas com o assento adquirir personalidade jurdica, podendo, ento, exercer todosos direitos; alm disso, quaisquer alteraes supervenientes havidas em seus atosconstitutivos devero ser averbadas no registro. Como se v, esse sistema do registrosob o regime da liberdade contratual, regulado por norma especial, ou comautorizao legal, de grande utilidade em razo da publicidade que determinar osdireitos de terceiros. O registro do ato constitutivo uma exigncia de ordem pblicano que atina prova e aquisio da personalidade jurdica das entidades coletivas.Prazo decadencial para anular constituio de pessoa jurdica de direito privado:Havendo defeito no ato constitutivo de pessoa jurdica de direito privado, pode-se

    desconstitu-la dentro do prazo decadencial de trs anos, contado da publicao desua inscrio no Registro.

    39) Como se inicia a existncia legal das pessoas jurdicas de Direito Pblico,como asautarquias?R.: Inicia-se com a lei que as criou, e, por isso, no so registradas.

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    40) Onde se registra o ato constitutivo de um escritrio de advocacia?R.: No Registro Civil de Pessoas Jurdicas, pois sua forma jurdica sociedadecivil (S/C).

    41) Onde se registra o contrato social da sociedade empresariais?R.: Na Junta Comercial.

    42) Como se extinguem as pessoas jurdicas?R.: Pela dissoluo, deliberada entre seus membros, ressalvados os direitos daminoria e de terceiros; por determinao legal; por ato do governo, que lhe cassea autorizao para funcionar quando incorrer em atos opostos a seus fins ou

    contrrios aos interesses pblicos.Havendo dissoluo da pessoa jurdica ou cassada sua autorizao parafuncionamento, ela subsistir para fins de liquidao, mas aquela dissoluo oucassao dever ser averbada no registro onde ela estiver inscrita.Liquidao da sociedade: Percebe-se que a extino da pessoa jurdica no se operainstantaneamente, pois se houver bens de seu patrimnio e dvidas a resgatar, elacontinuar em fase de liquidao, durante a qual subsiste para a realizao do ativo epagamento de dbitos, cessando, de uma s vez, quando se der ao acervo econmicoo destino prprio (CC, arts. 1.036 a 1.038).Cancelamento da inscrio da pessoa jurdica: Encenada a liquidao, promover-se- o

    cancelamento da inscrio da pessoa jurdica. A extino da pessoa jurdica, com talcancelamento, produzir efeitos ex nunc, mantendo-se os atos negociais por elapraticados at o instante de seu desaparecimento, respeitando-se direitos de terceiro.

    43) O que domiclio civil da pessoa natural?R.: o lugar onde ela estabelece a residncia com nimo definitivo.

    44) Onde o domiclio das pessoas jurdicas de Direito Civil?R.: A sede ou a filial, conforme os atos praticados, ou determinao dos seusestatutos.

    45) Onde o domiclio legal da Unio, dos Estados e dos Municpios?R.: Respectivamente, o Distrito Federal, as respectivas capitais e os locais ondefunciona a Administrao Municipal.

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    46) Quais os tipos de domiclios existentes?R.: Voluntrio - estabelecido pela vontade do indivduo; legal - estabelecido em lei;de eleio - estabelecido pelas partes, de comum acordo, nos contratos.

    47) Onde o domiclio da pessoa natural se ela tiver diversas residncias ou vrioscentros de ocupao?R.: Em qualquer residncia, ou centro de ocupao.

    48) Qual o domiclio da pessoa que no tem residncia habitual ou ganha a vidasempre viajando, sem ponto central de negcios?R.: O do lugar onde for encontrada.

    49) Qual o domiclio dos incapazes?R.: O de seus representantes legais.

    50) O que nome?R.: o elemento externo pelo qual se designa, se identifica e se reconhece apessoa no mbito da famlia e da sociedade.

    51) Qual a natureza jurdica do nome?R.: H pelo menos 4 correntes a respeito, considerando o nome como: a) forma depropriedade; b) direito da personalidade, exercitvel erga omnes, e cujo objeto inestimvel; c) direito subjetivo extrapatrimonial, de objeto imaterial; d) sinaldistintivo revelador da personalidade.O nome integra a personalidade por ser o sinal exterior pelo qual se designa, seindividualiza e se reconhece a pessoa no seio da famlia e da sociedade.

    Elementos constitutivos do nome: Dois, em regra, so os elementos constitutivos donome: o prenome prprio da pessoa, que pode ser livremente escolhido, desde queno exponha o portador ao ridculo; e o sobrenome, que o sinal que identifica aprocedncia da pessoa, indicando sua filiao ou estirpe, podendo advir do apelido defamlia paterno, materno ou de ambos. A aquisio do sobrenome pode decorrer nos do nascimento, por ocasio de sua transcrio no Registro competentereconhecendo sua filiao, ruas tambm da adoo, do casamento, da unio estvel,ou ato de interessado, mediante requerimento ao magistrado.

    A pessoa tem autorizao de usar seu nome e de defend-lo de abuso cometido por

    terceiro, que, em publicao ou representao, venha a exp-la ao desprezo pblico mesmo que no haja inteno de difamar por atingir sua boa reputao, moral e

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    profissional, no seio da coletividade (honra objetiva). Em regra, a reparao por essaofensa pecuniria, mas h casos em que possvel a restaurao in natura,publicando-se desagravo. vedada a utilizao de nome alheio em propaganda comercial, por ser o direito ao

    nome indisponvel, admitindo-se sua relativa disponibilidade mediante consentimentode seu titular, em prol de algum interesse social ou de promoo de venda de algumproduto, mediante pagamento de remunerao convencionada.Protege-se juridicamente o pseudnimo adotado, comumente, para atividades ilcitaspor literatos e artistas, dada a importncia de que goza, por identific-los no mundodas letras e das artes, mesmo que no tenham alcanado a notoriedade.

    52) Quais os elementos que compem o nome?

    R.: Prenome (ex.: Joo, Jos Roberto), patronmico ou apelido de famlia (ex.:Gomes, Ferreira) e agnome (Filho, Jnior, Neto, Sobrinho).

    53) Em que casos se admite a alterao do nome?R.: Nome vexatrio (art. 55, LRP);Erro grfico (art. 110, LRP);HomonmiaDos 18 aos 19 anos sem qualquer justificativa (art. 56, LRP);Adoo (art. 47, 5, ECA);

    Casamento, separao ou divrcio (art. 1.565, 1 e 2, CC);Substituies por apelidos pblicos notrios (Art. 58, LRP).

    54) Pode a concubina utilizar o patronmico do companheiro?R.: Sim, desde que exista impossibilidade de contrarem matrimnio, que tenhamvida em comum por mais de 5 anos ou exista filho da unio, e que o companheiroconcorde.

    55) Em que outras situaes pode o nome ser alterado?R.: vide questo 53.

    56) Que so bens corpreos e incorpreos?R.: So, respectivamente, os bens fsicos (ex.: uma casa) e abstratos (ex.: umdireito).

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    57) Que so bens mveis, semoventes e imveis?R.: So, respectivamente, os que podem ser transportados por movimento prprioou removidos por fora alheia (ex.: um carro, um vaso), os animais e os que nopodem ser transportados sem alterao de sua substncia (ex.: um apartamento).

    58) Que so bens fungveis e infungveis?R.: So, respectivamente, os bens mveis que podem ser substitudos por outrosde mesma espcie, qualidade e quantidade (ex.: 5 sacos de feijo) e osinsubstituveis, por existirem somente se respeitada sua individualidade (ex.:determinada pintura ou escultura).

    59) Que so bens consumveis e inconsumveis?R.: So, respectivamente, os bens mveis que se destroem pelo uso (ex.:alimentos em geral) e os durveis (ex.: uma cadeira).

    60) Que so bens divisveis e indivisveis?R.: So, respectivamente, aqueles que podem ser fracionados em pores reais(ex.: um terreno) e aqueles que no podem ser fracionados sem se lhes alterar asubstncia, ou que, mesmo divisveis, so considerados indivisveis pela lei ou

    pela vontade das partes (ex.: um livro, um imvel rural de rea inferior ao mdulorural).

    61) Que so bens singulares e coletivos?R.: So, respectivamente, os que se consideram de per si (ex.: um livro) e osagrupados em um conjunto (ex.: uma coleo de moedas).

    62) Que so bens principais e acessrios?R.: So, respectivamente, os que existem em si e por si, abstrata ouconcretamente, e aqueles cuja existncia supe a existncia do principal (Obs.:em geral, salvo disposio em contrrio, a coisa acessria segue a principal -accessorium sequitur principale).

    63) Que so bens particulares e bens pblicos?R.: So, respectivamente, os que pertencem a pessoas naturais ou jurdicas deDireito Privado e os que pertencem a pessoas jurdicas pblicas polticas, Unio,

    aos Estados e aos Municpios.

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    64) Que so bens em comrcio e bens fora do comrcio?R.: So, respectivamente, os bens passveis de serem vendidos e os insuscetveisde apreciao (ex.: luz solar) ou inalienveis por lei ou por destinao (ex.: bem defamlia).

    65) Que so benfeitorias?R.: So bens acessrios acrescentados ao imvel, que o bem principal.

    66) Quais os tipos de benfeitorias existentes?R.: Necessrias (imprescindveis conservao do imvel ou para evitar-lhe adeteriorao), teis (aumentam ou facilitam o uso do imvel) e volupturias

    (embelezam o imvel, para mero deleite ou recreio).

    67) Que so frutos?R.: So bens acessrios que derivam do principal.

    68) Quais os tipos de frutos existentes?

    R.: Naturais (das rvores), industriais (da cultura ou da atividade) e civis (docapital, como os juros).

    69) Que tipos de bens so os navios e as aeronaves?R.: So bens sui generis. Necessitam de registro, admitem hipoteca, possuemnacionalidade, alm de nome (o navio) ou marca (a aeronave). No possuempersonalidade jurdica, mas so tidos como se a tivessem, sendo ainda centros derelaes e interesses jurdicos.

    70) Que bem de famlia?R.: imvel prprio, designado pelo proprietrio, para domiclio de sua famlia,isento de execuo por dvida, exceto de impostos relativos ao imvel. Pode servoluntrio, quando institudo pelo casal, ou legal, no caso de nico bem dafamlia, ou o de menor valor, no caso de a famlia ter mais de um.

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    71) Que fato jurdico?R.: todo acontecimento derivado do homem ou da natureza que produzconseqncias jurdicas.

    72) Que ato jurdico?R.: Conforme nosso CC, todo ato lcito, que tenha por fim imediato adquirir,resguardar, transferir, modificar ou extinguir direitos.

    73) Quais os requisitos de validade do ato jurdico?R.: Agente capaz, objeto lcito, livre vontade e forma prescrita (quando exigida) ouno proibida (defesa) em lei.

    74) Qual a diferena entre negcio jurdico e ato jurdico?R.: H autores que, adotando a doutrina alem dos pandectistas, empregam aexpresso negcio jurdico quando o ato jurdico for tpico de obrigaes econtratos, e ato jurdico para os demais. No Direito brasileiro, a distino no temmaior significado.

    75) Quais so os principais defeitos dos atos jurdicos?R.: Erro, dolo, coao, simulao ou fraude contra credores.

    76) Que erro?R.: a falsa noo sobre alguma coisa. "Errar saber mal; ignorar no saber".Ex.: comprar uma escultura de um artista, pensando que de outro.

    77) Qual a conseqncia do erro sobre a validade do ato jurdico?R.: Se o erro for substancial ou essencial, o ato jurdico poder ser anulado, comono caso anterior. Se o erro for acidental ou secundrio (comprar uma casa quetenha 26 portas pensando que tinha 27), no ensejar nulidade.

    78) Que dolo?R.: o artifcio empregado conscientemente para enganar algum.

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    79) Qual a conseqncia do dolo sobre a validade do ato jurdico?R.: O dolo com gravidade (dolus malus) enseja anulao do ato jurdico. Meroelogio de vendedor, enaltecendo a coisa (dolus bonus), no considerado dolo e,pois, no enseja a anulao do ato jurdico.

    80) Que coao?R.: a violncia fsica e moral que impede a livre manifestao da vontade depelo menos uma das partes.

    81) Qual a conseqncia da coao sobre a validade do ato jurdico?R.: A coao grave enseja anulao do ato jurdico. A ameaa do exerccio normal

    de um direito ou o simples temor reverencial no so consideradas formas decoao e, pois, no ensejam a anulao do ato jurdico.

    82) Que simulao?R.: a declarao enganosa da vontade, geralmente acordada entre as partes,que visam a obter algo diverso do explicitamente indicado, criando-se meraaparncia de direito, para iludir ou prejudicar terceiros ou burlar a lei.

    83) Qual a conseqncia da simulao sobre a validade dos atos jurdicos?R.: A simulao, ao impedir a livre manifestao de vontade, enseja anulao doato jurdico, mas necessrio que algum tenha tido prejuzo ou que a lei tenhasido burlada.

    84) Depois de praticarem ato jurdico simulado, as partes passam a discutir entre si ea litigar judicialmente. Alguma delas poder alegar que o ato jurdico foi simulado?

    R.: Quem criou o vcio no poder argi-lo em juzo. um tradicional princpio deDireito, o de que ningum pode alegar, em seu benefcio, a prpria torpeza.

    85) O que fraude contra credores?R.: o ato praticado pelo devedor insolvente ou na iminncia de s-lo, quedesfalca seu patrimnio, onerando, alienando ou doando bens, de forma asubtra-los garantia comum dos credores.

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    86) Quais as condies necessrias para que se reconhea a fraude contra credores?R.: Deve haver acordo entre as partes contratantes (consilium fraudis), e deve serpossvel demonstrar que a celebrao do ato jurdico se destinava a prejudicarterceiros (eventum damni). Se a alienao ocorreu a ttulo gratuito, presume-se a

    fraude.

    87) Como se pode anular o ato jurdico praticado em fraude a credores?R.: Mediante ao prpria, denominada revocatria ou pauliana.

    88) O que fraude execuo?R.: a alienao ou a onerao de bens do devedor, quando contra ele j pendiaao fundada em direito real ou corria contra ele demanda capaz de lev-lo

    insolvncia. Ocorre tambm nos casos expressos em lei.

    89) Qual a diferena entre fraude execuo e fraude contra credores?R.: Fraude execuo matria de direito processual. Pouco importa, para suaexistncia, que o autor tenha expectativa de sentena favorvel em processo decognio, ou se portador de ttulo executivo extrajudicial que enseja processo deexecuo. Os atos praticados em fraude execuo so ineficazes, podendo osbens ser alcanados por atos de apreenso judicial, independentemente dequalquer ao de natureza declaratria ou constitutiva. Fraude contra credores

    matria de direito material. Consta de atos praticados pelo devedor, proprietrio debens ou direitos, a ttulo gratuito ou oneroso, visando a prejudicar o credor emtempo futuro. O credor ainda no ingressou em juzo, pois a obrigao pode aindano ser exigvel. A exteriorizao da inteno de prejudicar somente semanifestar quando o devedor j se achar na situao de insolvncia. O credordeve provar a inteno do devedor de prejudicar (eventum damni) e o acordoentre o devedor alienante e o adquirente (consilium fraudis). Os atos praticadosem fraude contra credores so passveis de anulao por meio de aoapropriada, denominada ao pauliana. Os bens somente retornam ao patrimniodo devedor (e ficaro sujeitos penhora) depois de julgada procedente a ao

    pauliana.

    90) Quais os elementos acessrios ou acidentais dos atos jurdicos?R.: Condio, termo e encargo.

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    91) O que condio?R.: o evento futuro e incerto ao qual fica subordinado o efeito do ato jurdico.

    92) O que termo?R.: o momento em que comeam a valer ou perdem a validade os efeitos do ato

    jurdico.

    93) O que encargo?R.: a obrigao imposta pelo disponente ao favorecido, para que o ato jurdicopossa produzir efeitos.

    94) Quais os tipos de condio existentes?R.: Causal, simplesmente potestativa, puramente potestativa, mista, suspensiva eresolutiva.

    95) O que condio causal?R.: a que depende da ocorrncia de fatos derivados do acaso.

    96) O que condio simplesmente potestativa?R.: a que fica ao arbtrio relativo de somente uma das partes.

    97) O que condio puramente potestativa?R.: a que fica ao completo arbtrio de uma das partes. O ato jurdico poder serinvalidado se celebrado com esta condio, porque apenas uma das partesmanifesta sua vontade, inexistindo acordo de vontades.

    98) O que condio mista?R.: a que depende da vontade de uma das partes e tambm da vontade deterceiro.

    99) O que condio suspensiva?

    R.: aquela que subordina a aquisio de um direito a evento futuro e incerto.

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    100) O que condio resolutiva?R.: aquela que subordina a extino de um direito adquirido ocorrncia dedeterminado evento.

    101) O que ato juridicamente nulo?R.: aquele ao qual falta elemento substancial.

    102) Qual a diferena entre ato nulo e ato anulvel?R.: uma diferena de gravidade na falta ou no vcio de algum elemento, a critrioda lei. A nulidade absoluta constitui matria de ordem pblica, argvel a qualquertempo, por qualquer pessoa, pelo representante do MP e pelo juiz, de ofcio. No

    admite convalidao nem ratificao. decretada no interesse geral e imprescritvel. A nulidade relativa, que torna o ato anulvel, s pode ser argidapelos interessados, dentro dos prazos previstos. decretada no interesse privadodo prejudicado. Admite convalidao e ratificao.

    103) O que convalidao?R.: a transformao de ato anulvel em ato plenamente vlido, ocorrendo pelaprescrio, pela correo do vcio, pela ratificao, etc.

    104) O que ratificao?R.: a aprovao, a confirmao ou a homologao de ato jurdico praticado pelaparte contrria, ou de ato anulvel, pela prpria parte.

    105) O que ato jurdico inexistente?R.: aquele que contm grau de nulidade to relevante, que nem chega a entrar

    no mundo jurdico, independendo de ao para ser declarado como tal. inconvalidvel. Ex.: casamento entre pessoas do mesmo sexo.

    106) O que ato jurdico ineficaz?R.: o ato jurdico perfeito, vlido somente entre as partes, mas que no produzefeitos perante terceiros (ineficcia relativa) ou ento no produz efeito peranteningum (ineficcia absoluta). Ex.: venda de veculo no registrada.

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    107) Qual a diferena entre nulidade e ineficcia do ato jurdico?R.: A nulidade vcio intrnseco do ato, que o torna defeituoso. A ineficcia ocorrequando fatores externos ao ato, vlido somente entre as partes, impedem aproduo de efeitos em relao a terceiros, embora o ato jurdico seja perfeito.

    108) Quando que o ato jurdico ser absolutamente nulo?R.: Quando, embora reunindo os elementos essenciais de validade, tiver sidocelebrado com infrao a preceito legal obrigatrio, ou contenha clusula contrria ordem pblica ou aos bons costumes, ou ainda, no se tenha revestido da formaexpressamente determinada pela lei. A nulidade insanvel.

    109) Quando o ato jurdico ser anulvel?R.: Quando praticado por agente relativamente incapaz; quando eivado de vcioresultante de erro, dolo, coao, simulao ou fraude contra credores.

    110) O que so atos ilcitos no campo civil?R.: Art. 186. Aquele que, por ao ou omisso voluntria, negligncia ou imprudncia,violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete atoilcito.

    Art. 187. Tambm comete ato ilcito o titular de um direito que, ao exerc-lo, excedemanifestamente os limites impostos pelo seu fim econmico ou social, pela boa-f oupelos bons costumes.

    111) Qual a conseqncia para o agente que praticou ato ilcito?R.: A indenizao vtima pelo agente causador do dano.

    112) O que exclui a ilicitude do ato?R.: Art. 188. No constituem atos ilcitos:

    I - os praticados em legtima defesa ou no exerccio regular de um direito reconhecido;II - a deteriorao ou destruio da coisa alheia, ou a leso a pessoa, a fim de removerperigo iminente.Pargrafo nico. No caso do inciso II, o ato ser legtimo somente quando ascircunstncias o tornarem absolutamente necessrio, no excedendo os limites doindispensvel para a remoo do perigo.

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    113) O que prescrio?R.: a impossibilidade de algum exercer um direito, pelo decurso do tempo oupela inrcia da parte durante a ao, que perde a oportunidade processual depleite-lo.

    114) Como e onde pode ser argida a prescrio?R.: A prescrio meio de defesa processual indireta, podendo ser alegada pelointeressado em qualquer instncia.

    115) O prazo prescricional pode ser interrompido?R.: Pode ser interrompido pelo interessado quando a ao versar sobre direito

    obrigacional ou sobre direito das coisas.

    116) Quais as causas interruptivas da prescrio?R.: Art. 202. A interrupo da prescrio, que somente poder ocorrer uma vez, dar-se-:

    I - por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citao, se o interessadoa promover no prazo e na forma da lei processual;

    II - por protesto, nas condies do inciso antecedente;III - por protesto cambial;IV - pela apresentao do ttulo de crdito em juzo de inventrio ou em concurso decredores;V - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;VI - por qualquer ato inequvoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimentodo direito pelo devedor.

    Pargrafo nico. A prescrio interrompida recomea a correr da data do ato que ainterrompeu, ou do ltimo ato do processo para a interromper.

    117) Qual a diferena entre interrupo e suspenso de prazos?R.: Na interrupo, o prazo volta a ser contado integralmente quando cessa acausa que lhe deu origem. Na suspenso, a contagem do tempo que aindafaltava, quando comeou. Assim, se o prazo de 15 dias, e a prescrio seinterrompe aps decorridos 12 dias, ao ser retomada a contagem, o prazo sernovamente de 15 dias. Se tivesse ocorrido suspenso, seriam contados somentemais 3 dias.

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    118) Em que casos no correm prazos prescricionais?R.: Art. 197. No corre a prescrio:

    I - entre os cnjuges, na constncia da sociedade conjugal;

    II - entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar;III - entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela oucuratela.

    Art. 198. Tambm no corre a prescrio:

    I - contra os incapazes de que trata o art. 3o;II - contra os ausentes do Pas em servio pblico da Unio, dos Estados ou dosMunicpios;III - contra os que se acharem servindo nas Foras Armadas, em tempo de guerra.

    Art. 199. No corre igualmente a prescrio:

    I - pendendo condio suspensiva;II - no estando vencido o prazo;III - pendendo ao de evico.

    120) Quais os prazos prescricionais previstos no CC?R.:Art. 205. A prescrio ocorre em dez anos, quando a lei no lhe haja fixado prazomenor.

    Art. 206. Prescreve:

    1o Em um ano:

    I - a pretenso dos hospedeiros ou fornecedores de vveres destinados a consumo noprprio estabelecimento, para o pagamento da hospedagem ou dos alimentos;II - a pretenso do segurado contra o segurador, ou a deste contra aquele, contado oprazo:

    a) para o segurado, no caso de seguro de responsabilidade civil, da data em que citado para responder ao de indenizao proposta pelo terceiro prejudicado, ou dadata que a este indeniza, com a anuncia do segurador;b) quanto aos demais seguros, da cincia do fato gerador da pretenso;III - a pretenso dos tabelies, auxiliares da justia, serventurios judiciais, rbitros eperitos, pela percepo de emolumentos, custas e honorrios;IV - a pretenso contra os peritos, pela avaliao dos bens que entraram para aformao do capital de sociedade annima, contado da publicao da ata daassemblia que aprovar o laudo;V - a pretenso dos credores no pagos contra os scios ou acionistas e os liquidantes,

    contado o prazo da publicao da ata de encerramento da liquidao da sociedade.

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    2o Em dois anos, a pretenso para haver prestaes alimentares, a partir da data emque se vencerem.

    3o Em trs anos:

    I - a pretenso relativa a aluguis de prdios urbanos ou rsticos;II - a pretenso para receber prestaes vencidas de rendas temporrias ou vitalcias;III - a pretenso para haver juros, dividendos ou quaisquer prestaes acessrias,pagveis, em perodos no maiores de um ano, com capitalizao ou sem ela;IV - a pretenso de ressarcimento de enriquecimento sem causa;V - a pretenso de reparao civil;VI - a pretenso de restituio dos lucros ou dividendos recebidos de m-f, correndoo prazo da data em que foi deliberada a distribuio;VII - a pretenso contra as pessoas em seguida indicadas por violao da lei ou do

    estatuto, contado o prazo:a) para os fundadores, da publicao dos atos constitutivos da sociedade annima;b) para os administradores, ou fiscais, da apresentao, aos scios, do balanoreferente ao exerccio em que a violao tenha sido praticada, ou da reunio ouassemblia geral que dela deva tomar conhecimento;c) para os liquidantes, da primeira assemblia semestral posterior violao;VIII - a pretenso para haver o pagamento de ttulo de crdito, a contar dovencimento, ressalvadas as disposies de lei especial;IX - a pretenso do beneficirio contra o segurador, e a do terceiro prejudicado, nocaso de seguro de responsabilidade civil obrigatrio.

    4o Em quatro anos, a pretenso relativa tutela, a contar da data da aprovao dascontas.

    5o Em cinco anos:

    I - a pretenso de cobrana de dvidas lquidas constantes de instrumento pblico ouparticular;II - a pretenso dos profissionais liberais em geral, procuradores judiciais, curadores eprofessores pelos seus honorrios, contado o prazo da concluso dos servios, da

    cessao dos respectivos contratos ou mandato;III - a pretenso do vencedor para haver do vencido o que despendeu em juzo.

    121) Qual o prazo para o advogado cobrar honorrios devidos por um cliente?R.: 1 ano. O prazo contado a partir do vencimento do contrato de honorrios, dadeciso final do processo ou da revogao do mandato. (art. 206, 1, III)

    122) O que decadncia?

    R.: a perda do direito material do agente que, por inrcia, no o exerce no prazoassinalado.

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    123) Citar 5 diferenas entre prescrio e decadncia.R.: a) Na prescrio, o direito material extingue-se por via reflexa: perde-se odireito ao para pleite-lo e, portanto, no se consegue exercer o direitomaterial; na, decadncia, perde-se o prprio direito material, por no se ter

    utilizado tempestivamente da via judicial adequada para pleite-lo; b) a prescriose suspende e se interrompe. A decadncia no pode ser suspensa neminterrompida; c) a prescrio renuncivel, a decadncia irrenuncivel; d) aprescrio abrange, via de regra, direitos patrimoniais; a decadncia abrangedireitos patrimoniais e no patrimoniais; e) a prescrio tem origem na lei; adecadncia, na lei e no ato jurdico.

    124) Dar exemplos de prazos decadenciais.

    R.: Direito de preferncia (3 dias, coisa mvel; 30 dias, coisa imvel); direito acontrair matrimnio, passados 90 dias da data dos proclamas; mandado desegurana, 120 dias; ao rescisria, 2 anos.