questões de vestibular -diversos (1)

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Questões de vestibular sobre Democracia, Moral/Ética, Ciência (UFU-2005) “As instâncias do Poder, que os cidadãos acreditavam terem instalado democraticamente, estão, sob o peso da crítica, em vias de perder sua identidade. A opinião não lhes confere mais o certificado de conformidade que a legitimidade deles exige. Jürgen Habermas [...] vê nessa situação ‘um problema de regulação’. A opinião pública, abalada em suas crenças mais firmes, não dá mais sua adesão às regulações que o direito constitucional ou, mais amplamente, o direito positivo do Estado formaliza”. (GOYARD- FABRE, Simone. O que é democracia?. Trad. de Cláudia Berliner. São Paulo: Martins Fontes, 2003. p. 202-203.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre os Estados Democráticos de Direito na contemporaneidade, é correto afirmar: a) A atual identidade das instâncias do poder é confirmada pela “crítica”. b) Legalidade e legitimidade das instâncias de poder são coincidentes nos Estados Democráticos de Direito. c) A regulação das instituições de poder deve ser independente da opinião pública. d) A legitimidade das instâncias de poder deve ser baseada no direito positivo. e) A opinião pública é que deve dar legitimidade às instâncias de poder. Ciência (UEL-2004) “Só há ciência onde a discussão é possível, e só pode haver discussão entre mim e outra pessoa na medida em que eu estou em condições de esclarecer, com suficiente exatidão, o significado das expressões que uso e meu interlocutor possa, também, explicar-me o significado das palavras por ele empregadas.” (STEGMÜLLER, Wolfang. A filosofia contemporânea. Trad. de Nelson Gomes. São Paulo: EPU/ EDUSP, 1977. p. 283.) De acordo com o texto, assinale a alternativa que apresenta uma das características fundamentais do discurso científico. a) Na ciência devem ser usadas expressões subjetivas. b) As expressões usadas na ciência devem ser intersubjetivamente inteligíveis. c) A compreensão intersubjetiva das expressões é irrelevante para as discussões científicas. d) A objetividade das expressões é uma característica sem importância para a ciência. e) Na ciência as explicações lingüísticas são desnecessárias. (UEL-2005) “[...] nos tempos antigos era a filosofia que determinava o curso da ciência, o ideal do conhecimento era filosoficamente estipulado; nos tempos modernos, pelo contrário, o ideal científico, físico, do conhecimento passa a determinar o conhecimento metafísico”. (BORNHEIM, Gerd. Galileo Filósofo. In: Estudos sobre Galileo Galilei.

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Page 1: Questões de Vestibular -DIVERSOS (1)

Questões de vestibular sobre Democracia, Moral/Ética, Ciência

(UFU-2005) “As instâncias do Poder, que os cidadãos acreditavam terem instalado democraticamente, estão, sob o peso da crítica, em vias de perder sua identidade. A opinião não lhes confere mais o certificado de conformidade que a legitimidade deles exige. Jürgen Habermas [...] vê nessa situação ‘um problema deregulação’. A opinião pública, abalada em suas crenças mais firmes, não dá mais sua adesão às regulações que o direito constitucional ou, mais amplamente, o direito positivo do Estado formaliza”. (GOYARD-FABRE, Simone. O que é democracia?. Trad. de Cláudia Berliner. São Paulo: MartinsFontes, 2003. p. 202-203.)Com base no texto e nos conhecimentos sobre os Estados Democráticos de Direito na contemporaneidade, é correto afirmar:a) A atual identidade das instâncias do poder é confirmada pela “crítica”.b) Legalidade e legitimidade das instâncias de poder são coincidentes nos Estados Democráticos de Direito.c) A regulação das instituições de poder deve ser independente da opinião pública.d) A legitimidade das instâncias de poder deve ser baseada no direito positivo.e) A opinião pública é que deve dar legitimidade às instâncias de poder.Ciência

(UEL-2004) “Só há ciência onde a discussão é possível, e só pode haver discussão entre mim e outra pessoa na medida em que eu estou em condições de esclarecer, com suficiente exatidão, o significado das expressões que uso e meu interlocutor possa, também, explicar-me o significado das palavras por ele empregadas.” (STEGMÜLLER, Wolfang. A filosofia contemporânea. Trad. de Nelson Gomes. São Paulo: EPU/ EDUSP, 1977. p. 283.)De acordo com o texto, assinale a alternativa que apresenta uma das características fundamentais do discurso científico.a) Na ciência devem ser usadas expressões subjetivas.b) As expressões usadas na ciência devem ser intersubjetivamente inteligíveis.c) A compreensão intersubjetiva das expressões é irrelevante para as discussões científicas.d) A objetividade das expressões é uma característica sem importância para a ciência.e) Na ciência as explicações lingüísticas são desnecessárias.

(UEL-2005) “[...] nos tempos antigos era a filosofia que determinava o curso da ciência, o ideal do conhecimento era filosoficamente estipulado; nos tempos modernos, pelo contrário, o ideal científico, físico, do conhecimento passa a determinar o conhecimento metafísico”. (BORNHEIM, Gerd. Galileo Filósofo. In: Estudos sobre Galileo Galilei. Porto Alegre: UFRGS, Secretaria da Educação do Estado do Rio Grande do Sul e Consulado Geral da Itália de Porto Alegre, 1964. p. 78.)Com base no texto e nos conhecimentos sobre a relação entre filosofia e ciência, é correto afirmar:a) O conhecimento científico, a partir da modernidade, determina o conhecimento filosófico.b) A ciência antiga obteve maior êxito que a ciência moderna pelo fato de ter sido influenciada pela metafísica.c) A filosofia moderna, por partir da ciência, finalmente atinge a verdade metafísica buscada pelos antigos.d) A filosofia moderna, quando comparada às suas versões passadas, possui maior aplicabilidade instrumental.e) A ciência moderna, quando traduzida para o discurso filosófico, resume-se a um conhecimento metafísico.

Moral/Ética

(UEL-2004) “- O que significa exatamente essa expressão antiquada: ‘virtude’? – perguntou Sebastião.- No sentido filosófico, compreende-se por virtude aquela atitude de, na ação, deixar-se guiar pelo bem próprio ou pelo bem alheio – esclareceu o senhor Barros.- O bem alheio? – perguntou Sebastião.

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- Sim – disse o senhor Barros. – É verdade que a coragem e a moderação são virtudes, em primeiro lugar, para consigo mesmo, mas também há outras virtudes, como a benevolência, a justiça e a seriedade ou confiabilidade, ou seja, a qualidade de ser confiável, que são disposições orientadas para o bem dos outros.” (TUGENDHAT, Ernst; VICUÑA, Ana Maria; LÓPES, Celso. O livro de Manuel e Camila: diálogos sobre moral. Trad. de Suzana Albornoz. Goiânia: Ed. da UFG, 2002. p. 142.)Com base no texto, é correto afirmar:a) As ações virtuosas são reguladas por leis positivas, determinadas pelo direito, independentemente de um princípio de bem moral.b) A virtude limita-se às ações que envolvem outras pessoas; em relação a si próprio a ação é independente de um princípio de bem.c) A ação virtuosa é orientada por princípios externos que determinam a qualidade da ação.d) Ser virtuoso significa guiar suas ações por um bem, que pode ser tanto em relação a si próprio quanto em relação aos outros.e) As virtudes são disposições desvinculadas de qualquer orientação, seja para o bem, seja para o mal.

Questões de Vestibular sobre Existencialismo/Jean-Paul Sartre Existencialismo/ Jean-Paul Sartre

1)(UFU 1/1999) Segundo Jean Paul Sartre, filósofo existencialista contemporâneo, liberdade éI- escolha incondicional que o próprio homem faz de seu ser e de seu mundo.II- aceitar o que a existência determina como caminho para a vida do homem.III- sempre uma decisão livre, por mais que se julgue estar sob o poder de forças externas.IV- estarmos condenados a ela, pois é a liberdade que define a humanidade dos humanos.AssinaleA) se apenas I e IV estiverem corretas.B) se apenas II e III estiverem corretas.C) se apenas I, II e IV estiverem corretas.D) se apenas III e IV estiverem corretas.E) se apenas I, III e IV estiverem corretas.

2) (UFU -09/2002) Liberdade, para Jean-Paul Sartre (1905-1980), seria assim definida:A) o estar sob o jugo do todo para agir em conformidade consigo mesmo, instaurando leis e normas necessárias para os indivíduos.B) circunstâncias que nos determinam e nos impedem de fazer escolhas de outro modo.C) conformação às situações que encontramos no mundo e que nos determinam.D) escolha incondicional que o próprio homem faz de seu ser e de seu mundo. “Estamos condenados à liberdade”, segundo o autor.

3) (UFU- 2004)O nada, impensado para Parmênides, encontrou em Sartre valor ontológico, pois o nada é o ponto de partida da existência humana, uma vez que não há nenhuma anterioridade à existência, nem mesmo uma essência. Esta tese apareceu no livro O Ser e o Nada. Tal afirmação encontra-se também em outro livro, O existencialismo é um humanismo, no qual está escrito:“Porém, se realmente a existência precede a essência, o homem é responsável pelo queé. Desse modo, o primeiro passo do existencialismo é o de pôr todo homem na posse do que ele é, de submetê-lo à responsabilidade total de sua existência.” SARTRE, J.P. O existencialismo é um humanismo. Trad. de Rita CorreiaGuedes. São Paulo: Nova Cultural, 1987, p. 6. Coleção .Os Pensadores..A responsabilidade para Sartre diz respeitoA) ao indivíduo para consigo mesmo, já que o existencialismo é dominado pelo conceito de subjetividade que restringe o sujeito da ação à sua esfera interior, circunscrita pelas suas representações arbitrárias, que exclui o outro; toda escolha humana é a escolha por si próprio.B) ao vínculo entre o indivíduo e a humanidade, já que para o existencialista, cada um é responsável por todos os homens, pois, criando o homem que cada um quer ser, estaremos sempre escolhendo o bem e nada pode ser bom para um, que não possa ser para todos.C) à imagem de homem que pré-existe e é anterior ao sujeito da ação. É uma imagem tal qual se julga que todos devam ser, de modo que o existencialismo, em virtude da sua origem

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protestante com Kierkegaard, renova a moral asceta do cristianismo, que exige a anulação do eu.D) ao partido político que tem a primazia na condução do processo de edificação da nova imagem de homem comprometido com a revolução e que faz de cada um aquilo que deverá ser, tal como ficou célebre no mote existencialista: o que importa é o resultado daquilo que nos fizeram.

4) (UFU- 2ª fase janeiro de 2000) "Eu não podia admitir que a gente recebesse o ser de fora, que ele se conservasse por inércia, nem que os movimentos da alma fossem os efeitos de movimentos anteriores (...). Diziam-me amiúde: o passado nos impele; mas eu estava convencido de que o futuro me puxava".(Sartre - As palavras)O que significa, segundo Sartre, dizer que "O importante não é o que fazem do homem, mas o que ele faz do que fizeram dele"?

5) (UFU- 2ª Fase Junho de 2003) “Gostaria de defender, aqui, o existencialismo de uma série de críticas que lhe foram feitas”, assim começa Sartre o seu opúsculo O existencialismo é um humanismo.Quais foram as principais críticas dirigidas ao existencialismo sartreano?

Questões de Vestibular sobre Karl Popper

1) (UEL-2004) “O positivista desaprova a idéia de que possam existir problemas significativos fora do campo da ciência empírica ‘positiva’ – problemas a serem enfrentados por meio de uma teoria filosófica genuína. O positivista não aprova a idéia de que deva existir uma [...] epistemologia [...].” (POPPER, Karl R. A lógica da pesquisa científica. Trad. de Leônidas Hegenberg. São Paulo: Cultrix, 1974. p. 53.)Com base no texto, é correto afirmar que Karl Popper:a) Defende a idéia de que a filosofia é uma ciência.b) Atribui aos positivistas a tese de que a filosofia é uma ciência.c) Afirma que as teorias filosóficas devem resolver os problemas científicos.d) Descreve a rejeição do positivista à epistemologia.e) Desaprova a idéia de que deva existir uma epistemologia.

2) (UEL-2005) “As experiências e erros do cientista consistem de hipóteses. Ele as formula em palavras, e muitas vezes por escrito. Pode então tentar encontrar brechas em qualquer uma dessas hipóteses, criticando-a experimentalmente, ajudado por seus colegas cientistas, que ficarão deleitados se puderem encontrar uma brecha nela. Se a hipótese não suportar essas críticas e esses testes pelo menos tão bem quanto suas concorrentes, será eliminada”. (POPPER, Karl. Conhecimento objetivo. Trad. de MiltonAmado. São Paulo: Edusp & Itatiaia, 1975. p. 226.)Com base no texto e nos conhecimentos sobre ciência e método científico, é correto afirmar:a) O método científico implica a possibilidade constante de refutações teóricas por meio de experimentos cruciais. b) A crítica no meio científico significa o fracasso do cientista que formulou hipóteses incorretas.c) O conflito de hipóteses científicas deve ser resolvido por quem as formulou, sem ajuda de outros cientistas.d) O método crítico consiste em impedir que as hipóteses científicas tenham brechas.e) A atitude crítica é um empecilho para o progresso científico. Questões de Vestibular sobre Marx

1)(UFU – 2ª fase Setembro de 2002 )Considere o fragmento abaixo.“O modo de produção da vida material condiciona o processo em geral de vida social,político e espiritual.”MARX, K. Prefácio de 1859 de Para a crítica da Economia Política. Col. Os Pensadores, São Paulo: Abril Cultural, 1978.Explique como é determinada a consciência, segundo Karl Marx (1818-1883).

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2)(UFU 1ª fase Janeiro de 2004)Leia o fragmento abaixo, de Karl Marx.Com o próprio funcionamento, o processo capitalista de produção reproduz, portanto, a separação entre a força de trabalho e as condições de trabalho, perpetuando, assim, as condições de exploração do trabalhador. Compele sempre o trabalhador a vender sua força de trabalho para viver, e capacita sempre o capitalista a comprá-la..MARX, K. O capital, Livro I, O processo de produção do Capital [Vol. II]. Trad. De Reginaldo Sant.Anna. 11.ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1987, p. 672.De acordo com o filósofo alemão, a condição do trabalhador na economia capitalista clássica éI . de realização plena da sua capacidade produtiva, alcançando a autonomia financeira e a satisfação dos valores existenciais tão almejados pela humanidade, desde os primórdios da história.II . de alienação, pois os trabalhadores possuem apenas sua capacidade de trabalhar, que é vendida ao capitalista em troca do salário, por isso, a produção não pertence ao trabalhador, sendo-lhe estranha.III . de superação da sua condição de ser natural para tornar-se ser social, liberto graças à divisão do trabalho, que lhe permite o desenvolvimento completo de suas habilidades naturais na fábrica.IV . de coisa, isto é, o trabalhador é reificado, tornando-se mercadoria, cujo preço é o salário, ao passo que as coisas produzidas pelo trabalhador, na ótica capitalista, parecem dotadas de existência própria.Assinale a alternativa que apresenta as assertivas corretas.A) II e IVB) I e IIC) II e IIID) III e IV

Questão de Vestibular sobre Hegel

1) (2ª Fase Janeiro de 2004) Considere o fragmento abaixo.O Estado é a idéia moral exteriorizada na vontade humana e liberdade desta. Por isso,a alteração da história pertence essencialmente a ele, e os momentos da idéia nele se apresentam como princípios diferenciados..HEGEL, G.W.F. Filosofia da História. Trad. de Maria Rodrigues e Hans Harden. 2.ed. Brasília: Editora da UnB, 1998. p. 45.A constatação de Hegel foi feita no início do século XIX e retrata a nova constituiçãodo Estado que deixou de ser a encarnação do poder divino na figura do soberano, ou ainda, o despotismo monárquico. Com base na citação acima, explique o Estado moderno como processo histórico. Questão de Vestibular sobre Kant

1) (UFU 1/1999) Na obra Crítica da Razão Pura, Imannuel Kant, examinando o problema do conhecimento humano, distinguiu duas formas básicas do ato de conhecer. Assinale a alternativa CORRETA.A) O conhecimento religioso e o conhecimento ateu.B) O conhecimento mítico e o conhecimento cético.C) O conhecimento sofístico e o conhecimento ideológico.D) O conhecimento empírico e o conhecimento puro.E) O conhecimento fanático e o conhecimento tolerante.

2) (UFU 09/2002) O esclarecimento exige liberdade. Kant associou a liberdade ao exercício da razão em todas as circunstâncias da vida.Frente às informações apresentadas, analise as assertivas abaixo.I - A liberdade consiste no uso público da razão, ou seja, cada um faz uso de sua própria razão e fala em seu próprio nome.II - O uso privado da razão é, sempre e em todas as circunstâncias, o impedimento do progresso do esclarecimento.

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III - A prática de uma profissão, a do professor por exemplo, quando destituída de crítica, ela é tão só o uso privado da razão.IV - O sábio é aquele que, além de desempenhar uma função profissional, exerce sua liberdade de expor publicamente suas idéias.Assinale a alternativa que contém todas as afirmações corretas.A) II, III e IVB) I, II e IIIC) I, III e IVD) II e IV

3)(UFU- 2ª Fase Janeiro de 2004) Ao discutir sobre a noção de esclarecimento, I. Kant em sua obra: O que é Esclarecimento? ressalta: Para este esclarecimento porém nada mais se exige senão LIBERDADE. E a mais inofensiva entre tudo aquilo que se possa chamar liberdade, a saber: a de fazer uso público de sua razão em todas as questões.KANT, I. .Resposta à pergunta: que é .Esclarecimento.?. In: Textos Seletos. 2 ed. Trad. de Raimundo Vier. Petrópolis: Vozes, 1985, p. 104.Responda:Por que o uso público da razão está em oposição à menoridade do entendimentohumano?

4) (UEL-2004)“Quando a vontade é autônoma, ela pode ser vista como outorgando a si mesma a lei, pois, querendo o imperativo categórico, ela é puramente racional e não dependente de qualquer desejo ou inclinação exterior à razão. [...] Na medida em que sou autônomo, legislo para mim mesmo exatamente a mesma lei que todo outro ser racional autônomo legisla para si.” (WALKER, Ralph. Kant: Kant e a lei moral. Trad. de Oswaldo Giacóia Júnior. São Paulo: Unesp, 1999. p. 41.)Com base no texto e nos conhecimentos sobre autonomia em Kant, considere as seguintes afirmativas: I. A vontade autônoma, ao seguir sua própria lei, segue a razão pura prática.II. Segundo o princípio da autonomia, as máximas escolhidas devem ser apenas aquelas que se podem querer como lei universal.III. Seguir os seus próprios desejos e paixões é agir de modo autônomo.IV. A autonomia compreende toda escolha racional, inclusive a escolha dos meios para atingir o objeto do desejo.Estão corretas apenas as afirmativas:a) I e II.b) I e IV.c) III e IV.d) I, II e III.e) II, III e IV.

5) (Uel-2004)“Ser caritativo quando se pode sê-lo é um dever, e há além disso muitas almas de disposição tão compassivas que, mesmo sem nenhum outro motivo de vaidade ou interesse, acham íntimo prazer em espalhar alegria à sua volta, e se podem alegrar com o contentamento dos outros, enquanto este é obra sua. Eu afirmo porém que neste caso uma tal ação, por conforme ao dever, por amável que ela seja, não tem contudo nenhum verdadeiro valor moral, mas vai emparelhar com outras inclinações, por exemplo o amor das honras que, quando por feliz acaso, topa aquilo que efetivamente é de interesse geral e conforme ao dever, é conseqüentemente honroso e merece louvor e estímulo, mas não estima; pois à sua máxima falta o conteúdo moral que manda que tais ações se pratiquem não por inclinação, mas por dever.” (KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. Trad. de PauloQuintela. São Paulo: Abril Cultural, 1980. p. 113.)Com base no texto e nos conhecimentos sobre o dever em Kant, é correto afirmar:a) Ser compassivo é o que determina que uma ação tenha valor moral.b) Numa ação por dever, as inclinações estão subordinadas ao princípio moral.c) A ação por dever é determinada pela simpatia para com os seres humanos.d) O valor moral de uma ação é determinado pela promoção da felicidade humana.e) É no propósito visado que uma ação praticada por dever tem o seu valor moral.

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6) (UEL-2005) - “É na verdade conforme ao dever que o merceeiro não suba os preços ao comprador inexperiente, e quando o movimento do negócio é grande, o comerciante esperto também não faz semelhante coisa, mas mantém um preço fixo geral para toda a gente, de forma que uma criança pode comprar em sua casa tão bem como qualquer outra pessoa. É-se, pois servido honradamente; mas isto ainda não é bastante para acreditar que o comerciante tenha assim procedido por dever e princípios de honradez; o seu interesse assim o exigia; mas não é de aceitar que ele além disso tenha tido uma inclinação imediata para os seus fregueses, de maneira a não fazer, por amor deles, preço mais vantajoso a um do que outro”. (KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. Trad. de Paulo Quintela. São Paulo: Abril Cultural, 1980. p. 112.)Com base no texto e nos conhecimentos sobre o conceito de dever em Kant, considere as afirmativas a seguir, sobre a ação do merceeiro.I. É uma ação correta, isto é, conforme o dever.II. É moral, pois revela honestidade na relação com seus clientes.III. Não é uma ação por dever, pois sua intenção é egoísta.IV. É honesta, mas motivada pela compaixão aos semelhantes.Estão corretas apenas as afirmativas:a) I e II.b) I e III.c) II e IV.d) I, III e IV.e) II, III e IV.

7) (UEL-2005) “Tudo na natureza age segundo leis. Só um ser racional tem a capacidade de agir segundo a representação das leis, isto é, segundo princípios, ou: só ele tem uma vontade. Como para derivar as ações das leis é necessária a razão, a vontade não é outra coisa senão razão prática. Se a razão determina infalivelmente a vontade, as ações de um tal ser, que são conhecidas como objetivamente necessárias, são também subjetivamente necessárias, isto é, a vontade é a faculdade de escolher só aquilo que a razão independentemente da inclinação, reconhece como praticamente necessário, quer dizer bom”. (KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. Trad. de Paulo Quintela. Lisboa: Edições 70, 1995. p. 47.)Com base no texto e nos conhecimentos sobre a liberdade em Kant, considere as afirmativas a seguir. I. A liberdade, no sentido pleno de autonomia, restringe-se à independência que a vontade humana mantém em relação às leis da natureza.II. A liberdade configura-se plenamente quando a vontade humana vincula-se aos preceitos davontade divina.III. É livre aquele que, pela sua vontade, age tanto objetivamente quanto subjetivamente, por princípios que são válidos para todos os seres racionais.IV. A liberdade é a capacidade de o sujeito dar a si a sua própria lei, independentemente da causalidade natural.Estão corretas apenas as afirmativas:a) I e II.b) II e III.c) III e IV.d) I, II e IV.e) I, III e IV. Questões de Vestibular sobre David Hume 1)(UFU- 1/1999) David Hume, filósofo do século XVIII, partindo da teoria do conhecimento, sustentava que I- o sujeito do conhecimento opera associando sensações, percepções e impressões recebidas pelos órgãos dos sentidos e retidas na memória. II- as idéias nada mais são do que hábitos mentais de associações e impressões semelhantes ou de impressões sucessivas.

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III- as idéias de essência ou substância nada mais são que um nome geral dado para indicar um conjunto de imagens e de idéias que nossa consciência tem o hábito de associar por causa das semelhanças entre elas.AssinaleA) se I, II e III estiverem corretas.B) se apenas I e II estiverem corretas.C) se apenas II e III estiverem corretas.D) se apenas I e III estiverem corretas.E) se nenhuma estiver correta.

2)(UFU- 2ª fase Janeiro de 2000)"Suponha-se, agora, que esse homem adquiriu mais experiência e viveu no mundo o tempo suficiente para ter observado uma conjunção constante entre objetos ou acontecimentos familiares: qual é o resultado desta experiência? Ele infere imediatamente a existência de um objeto do aparecimento do outro. E, sem embargo, nem toda a sua experiência lhe deu qualquer idéia ou conhecimento do poder secreto pelo qual um objeto produz outro; e tampouco é levado a fazer essa inferência por qualquer processo de raciocínio. No entanto, é levado a fazê-la. (...) Há algum outro princípio que o determina a tirar essa conclusão".(HUME, David. Investigação sobre o entendimento humano. Col. Os Pensadores, Abril Cultural, 1978)Qual é o princípio a que Hume se refere acima?De acordo com o texto, aponte a sua relevância para a teoria do conhecimento.

3) (UFU 09-2002) David Hume escreveu que “podemos, por conseguinte, dividir todas as percepções do espírito em duas classes ou espécies, que se distinguem por seus diferentes graus de força e vivacidade”.HUME, D. Investigação acerca do entendimento humano. São Paulo: Nova Cultural, 1989, p. 69.Assinale a ÚNICA alternativa, que apresenta estas duas classes de percepções:A) os pensamentos e as impressões.B) as idéias inatas e os dogmas religiosos.C) as certezas evidentes e os hábitos sociais.D) as superstições e as intuições intelectuais.

4) (UEL-2004) “Para Hume, portanto, a causalidade resulta apenas de uma regularidade ou repetição em nossa experiência de uma conjunção constante entre fenômenos que, por força do hábito acabamos por projetar na realidade, tratando-a como se fosse algo existente. É nesse sentido que pode ser dito que a causalidade é uma forma nossa de perceber o real, uma idéia derivada da reflexão sobre as operações de nossa própria mente, e não uma conexão necessária entre causa e efeito, uma característica do mundo natural.” (MARCONDES, Danilo. Iniciação à história da filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997. p. 183.)De acordo com o texto e os conhecimentos sobre causalidade em Hume, é correto afirmar:a) A experiência prova que a causalidade é uma característica do mundo natural.b) O conhecimento das relações de causa e efeito decorre da experiência e do hábito.c) A simples observação de um fenômeno possibilita a inferência de suas causas e efeitos.d) É impossível obter conhecimento sobre a relação de causa e efeito entre os fenômenos.e) O conhecimento sobre as relações de causa e efeito independe da experiência.

Questão de Vestibular sobre Jean-Jacques Rousseau

1)(UFU 09/2002) A relação homem-natureza consome a maior parte das obras de Rousseau, que seguiu uma direção peculiar assentada na crítica ao progresso das ciências e das artes.A este respeito, pode-se afirmar queI - prevalece, nos escritos de Rousseau, a moral fundada na liberdade, a primazia do sentimento sobre a razão e, principalmente, a teoria da bondade natural do homem.II - o bom selvagem ou o homem natural é dotado de livre arbítrio e sentido de perfeição, sentimentos esses corrompidos com o surgimento da propriedade privada.III - o bom selvagem, descrito por Rousseau, possui uma sabedoria mais refinada que o conhecimento científico, o que confirma a completa ignorância da cultura letrada.

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IV - Rousseau não defende o retorno do homem à animalidade, ao contrário, é preciso conservar a pureza da consciência natural, isto é, alcançar a verdadeira liberdade.Assinale a alternativa que apresenta todas as afirmativas corretas.A) I, III e IVB) II, III e IVC) I, II e IVD) I, II e III

2)(UFU 2ª fase março de 2002) “ O homem nasce livre, e por toda a parte encontra-se a ferros. O que se crê senhor dos demais, não deixa de ser mais escravo do que eles. Como adveio tal mudança? Ignoro-o. Que poderá legitimá-la? Creio poder resolver esta questão (...). A ordem social é um direito sagrado que serve de base a todos os outros. Tal direito, no entanto, não se origina da natureza: funda-se, portanto, em convenções.”ROUSSEAU. Do contrato social. Coleção “Os Pensadores.” São Paulo: Abril Cultural, 1978.O que significa afirmar que para Rousseau (séc. XVIII), os indivíduos, quando criam a soberania e nela se fazem representar, são cidadãos, enquanto se submetem às leis e à autoridade do governante que os representa, são súditos?

3) (UFU 2ª fase Setembro de 2002 )Interprete o fragmento abaixo.“O princípio da vida política reside na autoridade soberana. O poder legislativo é o coração do Estado, o poder executivo, o cérebro que dá movimento a todas as partes.” ROUSSEAU, Do contrato social. Col. Os Pensadores, São Paulo: Abril Cultural, 1978.Defina, segundo Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), o conceito de soberania e, em seguida, explique em que essa concepção se diferencia dos outros contratualistas.

4) (UFU- Janeiro de 2004) Antes de escrever Discursos sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens e o Do contrato social, Rousseau já havia manifestado seu pessimismo em relação ao progresso social. Na dissertação escrita em 1750, para o concurso literário promovido pela Academia de Dijon, está escrito:“Antes que a arte polisse nossas maneiras e ensinasse nossas paixões a falarem a linguagem apurada, nossos costumes eram rústicos, mas naturais e a diferença dos procedimentos denunciava, à primeira vista, a dos caracteres. No fundo, a natureza humana não era melhor, mas os homens encontravam sua segurança na facilidade para se penetrarem reciprocamente, e essa vantagem, de cujo valor não temos mais a noção, poupava-lhes muitos vícios.”ROUSSEAU, J.J. Discurso sobre as ciências e as artes. Trad. de Lourdes Santos Machado.3 ed. São Paulo: Abril Cultural, 1983, p. 336. Coleção .Os Pensadores..Analise as assertivas abaixo.I . A palavra natural significa sabedoria, portanto, o primitivo era dotado de um saber comparável ao estágio do conhecimento do século das luzes.II . As ciências e as artes serviram não só para o progresso material, mas também levaram os homens a criarem vícios, antes inexistentes.III . O homem em estado de natureza era ignorante, porém, a ignorância preservava a pureza de coração e fazia, do primitivo, um ser livre.IV . A ignorância é um vício adquirido da natureza, portanto, as ciências e artes são necessárias para promover a liberdade humana.Assinale a alternativa correta.A) II e IIIB) I e IIIC) I e IVD) II e IV

5) (UEL-2004) “o Estado ou a Cidade mais que uma pessoa moral, cuja vida consiste na união de seus membros, e se o mais importante de seus cuidados é o de sua própria conservação, torna-se-lhe necessária uma força universal e compulsiva para mover e dispor cada parte da maneira mais conveniente a todos. Assim como a natureza dá a cada homem poder absoluto sobre todos os seus membros, o pacto social dá ao corpo político um poder absoluto sobre todos os seus, e é esse mesmo

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poder que, dirigido pela vontade geral, ganha, como já disse, o nome de soberania.” (ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do contrato social. Trad. de Lourdes Santos Machado. 3.ed. São Paulo: Nova Cultural, 1994. p. 48.)De acordo com o texto e os conhecimentos sobre os conceitos de Estado e soberania em Rousseau, é correto afirmar:a) A soberania surge como resultado da imposição da vontade de alguns grupos sobre outros, visando a conservar o poder do Estado. b) O estabelecimento da soberania está desvinculado do pacto social que funda o Estado.c) O Estado é uma instituição social dependente da vontade impositiva da maioria, o que configura a democracia. d) A conservação do Estado independe de uma força política coletiva que seja capaz de garanti-lo.e) A soberania é estabelecida como poder absoluto orientado pela vontade geral e legitimado pelo pacto social para garantir a conservação do Estado.

6) (UEL-2005) “Poder-se-ia [...] acrescentar à aquisição do estado civil a liberdade moral, única a tornar o homem verdadeiramente senhor de si mesmo, porque o impulso do puro apetite é escravidão, e a obediência à lei que se estatui a si mesma é liberdade”. (ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do contrato social. Trad. de Lourdes Santos Machado. São Paulo: Nova Cultural, 1987. p. 37.)Com base no texto e nos conhecimentos sobre a liberdade em Rousseau, é correto afirmar:a) As leis condizentes com a liberdade moral dos homens devem atender aos seus apetites.b) A liberdade adquire sentido para os homens na medida em que eles podem desobedecer às leis.c) O homem livre obedece a princípios, independentemente de eles também valerem para a sociedade.d) O homem afirma sua liberdade quando obedece a uma lei que prescreve para si mesmo.e) É no estado de natureza que o homem pode atingir sua verdadeira liberdade.

7) (UFU-2005) - “O verdadeiro fundador da sociedade civil foi o primeiro que, tendo cercado um terreno, lembrou-se de dizer isto é meu e encontrou pessoas suficientemente simples para acreditá-lo. Quantos crimes, guerras, assassínios, misérias e horrores não pouparia ao gênero humano aquele que, arrancando as estacas ou enchendo o fosso, tivesse gritado a seus semelhantes: ‘Defendei-vos de ouvir esse impostor; estareis perdidos se esquecerdes que os frutos são de todos e que a terra não pertence a ninguém!’”. (ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdadeentre os homens. Trad. de Lourdes Santos Machado. São Paulo: Nova Cultural, 1997. p. 87.)Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento político de Rousseau, é correto afirmar:a) A desigualdade é um fato natural, autorizada pela lei natural, independentemente das condições sociais decorrentes da evolução histórica da humanidade.b) A finalidade da instituição da sociedade e do governo é a preservação da individualidade e das diferenças sociais.c) A sociabilidade tira o homem do estado de natureza onde vive em guerra constante com os outros homens. d) Rousseau faz uma crítica ao processo de socialização, por ter corrompido o homem, tornando-o egoísta e mesquinho para com os seus semelhantes.e) Rousseau valoriza a fundação da sociedade civil, que tem como objetivo principal a garantia da posse privada da terra. Questões de vestibular sobre John Locke

1) (UFU 1/1999) Para John Locke, filósofo político inglês, os direitos naturais do homen eramA) família, propriedade e religião.B) liberdade, propriedade e servidão.C) propriedade, servidão e família.D) liberdade, igualdade e propriedade.E) família, religião e pátria.

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2) (UFU 1/1999) Para Thomas Hobbes e John Locke, a comunidade política eraA) artifício criado pelos homens através de um contrato.B) direito natural.C) mandamento divino.D) imposição de poder de um único homem sobre os outros.E) um estado democrático.

3) (UFU 2ª fase Janeiro de 1999)"A maneira única em virtude da qual uma pessoa qualquer renuncia à liberdade natural e se reveste dos laços da sociedade civil consiste em concordar com outras pessoas em juntar-se e unir-se em comunidade para viverem em segurança, conforto e paz umas com as outras, gozando garantidamente das propriedades que tiverem e desfrutando de maior proteção contra quem quer que não faça parte dela. Qualquer número de homens pode fazê-lo, porque não prejudica a liberdade dos demais; ficam como estavam no estado de natureza".(LOCKE, John. - Segundo Tratado sobre o governo civil. - Col. Os Pensadores. 1978)Explicite, conforme o pensamento de Locke, a concepção do contrato social e a concepção de poder que dele resulta.

4) (UFU 2ª Fase Janeiro de 2000) "Não é necessário, tampouco conveniente, que o poder legislativo esteja sempre reunido; mas é absolutamente necessário que o poder executivo seja permanente, visto como nem sempre há necessidade de elaborar novas leis, mas sempre existe a necessidade de executar as que foram feitas".(Locke. Segundo Tratado sobre o governo. Col. Os Pensadores, Abril Cultura, 1978)Segundo Locke (1632-1704), qual a relação que existe entre os poderes executivo e legislativo, decorrente do tipo de soberania existente no contrato?

5)(UFU 1ª Fase Janeiro de 2004)John Locke justificou a existência do Estado com estas palavras:“O motivo que leva os homens a entrarem em sociedade é a preservação da propriedade; e o objetivo para o qual escolhem e autorizam um poder legislativo é tornar possível a existência de leis e regras estabelecidas como guarda e proteção às propriedades de todos os membros da sociedade, a fim de limitar o poder e moderar o domínio de cada parte e de cada membro da comunidade; pois não se poderá nunca supor seja vontade da sociedade que o legislativo possua o poder de destruir o que todos intentam assegurar-se, entrando em sociedade e parao que o povo se submeteu a legisladores por ele mesmo criado.”LOCKE, J. Segundo tratado sobre o governo. Trad. de E. Jacy Monteiro. 3 ed. São Paulo: Abril Cultural, 1983, p. 121. Coleção .Os Pensadores..Analise as assertivas em conformidade com a citação acima.I . A propriedade privada é contratual, isto é, ela é subseqüente ao nascimento do Estado, que institui o direito à propriedade, distribuindo a cada um aquilo que era propriedade comunal no estado de natureza.II . A propriedade privada surge com o aparecimento da sociedade civil, a geradora do Estado, que é a instituição suprema que tem, inclusive, a prerrogativa de suprimir a propriedade em benefício da segurança do Estado.III . A propriedade privada é parte do estado de natureza, pois o homem possui a propriedade de si mesmo e, com isso, tem o direito de tornar como sua propriedade aquilo que está vinculado com seu trabalho.IV . A propriedade privada é anterior à sociedade civil, portanto, a propriedade antecedeu ao Estado, cuja existência resultou do contrato social e teve a finalidade de preservar e proteger a propriedade privada de cada um.Assinale a alternativa que tem as assertivas corretas.A) III e IVB) I e IIC) II e IIID) II e IV

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6)(UEL-2005) “Se todos os homens são, como se tem dito, livres, iguais e independentes por natureza, ninguém pode ser retirado deste estado e se sujeitar ao poder político de outro sem o seu próprio consentimento. A única maneira pela qual alguém se despoja de sua liberdade natural e se coloca dentro das limitações da sociedade civil é através do acordo com outros homens para se associarem e se unirem em uma comunidade para uma vida confortável, segura e pacífica uns com os outros, desfrutando com segurança de suas propriedades e melhor protegidos contra aqueles que não são daquela comunidade”. (LOCKE, John. Segundo tratado sobre o governo civil. Trad. de Magda Lopes e Marisa Lobo da Costa.Petrópolis: Vozes, 1994. p.139.)Com base no texto e nos conhecimentos sobre o contrato social em Locke, considere as afirmativas a seguir.I. O direito à liberdade e à propriedade são dependentes da instituição do poder político.II. O poder político tem limites, sendo legítima a resistência aos atos do governo se estes violarem as condições do pacto político. III. Todos os homens nascem sob um governo e, por isso, devem a ele submeter-se ilimitadamente.IV. Se o homem é naturalmente livre, a sua subordinação a qualquer poder dependerá sempre de seu consentimento.Estão corretas apenas as afirmativas:a) I e II.b) I e III.c) II e IV.d) I, III e IV.e) II, III e IV. Questão de Vestibular sobre Espinosa

1)(UEL-2004) “A idéia ilusória da vontade livre deriva de percepções inadequadas confusas; a liberdade, entendida corretamente, no entanto não é o estar livre da necessidade, mas sim a consciência da necessidade.” (SCRUTON, Roger. Espinosa. Trad. deAngélica Elisabeth Könke. São Paulo: Unesp, 2000. p. 41.)Com base no texto e nos conhecimentos sobre liberdade emEspinosa, considere as afirmativas a seguir.I. A liberdade identifica-se com escolha voluntária.II. A liberdade significa a capacidade de agir espontaneamente, segundo a causualidade interna do sujeitoIII. A liberdade e a necessidade são compatíveis.IV. A liberdade baseia-se na contingência, pois se tudo no universo fosse necessário não haveria espaço para ações livres.Estão corretas apenas as afirmativas:a) I e II.b) I e IV.c) II e III.d) I, III e IV.e) II, III e IV. Questões de Vestibular sobre Hobbes

1) (UFU 09/2002) Segundo Hobbes (1588-1679), podemos definir estado de natureza como sendo o lugar onde A) todos são bons por natureza, mas a vida em sociedade os corrompe.B) os homens são bons, “bons selvagens inocentes”, vivendo em estado de felicidade original.C) todos são proprietários de suas vidas, de seus corpos, de seus trabalhos, portanto, todos são proprietários.D) reina o medo entre os indivíduos, que temem a morte violenta, que vivem isolados e em luta permanente, guerra de todos contra todos.

2) (UEL-2005) “Hobbes realiza o esforço supremo de atribuir ao contrato uma soberania absoluta e indivisível [...]. Ensina que, por um único e mesmo ato, os homens naturais constituem-se em sociedade política e submetem-se a um senhor, a um soberano. Não firmam

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contrato com esse senhor, mas entre si. É entre si que renunciam, em proveito desse senhor, a todo o direito e toda liberdade nocivos à paz”. (CHEVALLIER, Jean-Jacques. As grandes obras políticas de Maquiavel a nossos dias. Trad. de Lydia Cristina. 7. ed. Rio de Janeiro: Agir, 1995. p. 73.)Com base no texto e nos conhecimentos sobre o contrato político em Hobbes, considere as afirmativas a seguir. I. A renúncia ao direito sobre todas as coisas deve ser recíproca entre os indivíduos.II. A renúncia aos direitos, que caracteriza o contrato político, significa a renúncia de todos os direitos em favor do soberano.III. Os procedimentos necessários à preservação da paz e da segurança competem aos súditos cidadãos.IV. O contrato que funda o poder político visa pôr fim ao estado de guerra que caracteriza o estado de natureza.Estão corretas apenas as afirmativas:a) I e II.b) I e IV.c) II e III.d) I, III e IV.e) II, III e IV.

Questões de Vestibular sobre Descartes

1)(UFU 2ª Fase Janeiro de 1999)"Além disso observei que os filósofos, ao empreenderem explicar, pelas regras da sua lógica, coisas que são manifestas por si próprias, não fizeram mais do que obscurecê-las".(Descartes - Princípios de Filosofia - trad. Alberto Ferreira, Lisboa, Guimarães Editores)Explique a concepção de conhecimento em Descartes.

2) (UFU 2 a fase Março de 2002 )Leia com atenção a exposição dos preceitos fundamentais do Método, feito por Descartes.“O primeiro era de jamais acolher alguma coisa como verdadeira que não conhecesse evidentemente como tal; (...). O segundo, o de dividir cada uma das dificuldades que eu examinasse em tantas parcelas quantas possíveis e quantas necessárias fossem para melhor resolvê-las. O terceiro, o de conduzir por ordem os meus pensamentos, começando pelos objetos mais simples e mais fáceis de conhecer, para subir, pouco a pouco, como por degraus, até o conhecimento dos mais compostos, (...) e o último, o de fazer revisões tão gerais, que eu tivesse a certeza de nada omitir.”DESCARTES. Discurso do Método. Coleção “Os Pensadores”. São Paulo: Abril Cultural, 1987.A efetivação do método ocorre graças ao esforço do pensamento que objetiva descobrir a verdade das coisas existentes. Tomando o texto de Descartes por referência, indique as quatro operações mentais que cada um deve fazer para executar o método proposto pelo filósofo francês.

3) (UFU 2ª fase Setembro de 2002) De acordo com Descartes:“a razão (...) “é naturalmente igual em todos os homens; e, destarte, que a diversidade de nossas opiniões não provém do fato de serem uns mais racionais do que outros, mas somente de conduzirmos nossos pensamentos por vias diversas e não considerarmos as mesmas coisas. Pois não é suficiente ter o espírito bom, o principal é aplicá-lo bem.” DESCARTES. Discurso do Método, para bem conduzir a própria razão e procurar a verdade nas ciências. São Paulo: Nova Cultural, 1987, p.29.Com relação ao fragmento acima, responda.Quais são as vias diversas, que prejudicam a boa aplicação da razão?

4) (UFU 2 a Fase Junho de 2003) Descartes afirmou no Discurso do método que a boa condução da razão na pesquisa da verdade das coisas deve ser feita em poucas regras. Sendo assim, o primeiro dos quatro preceitos básicos do seu método diz o seguinte: jamais acolha alguma coisa como verdadeira que não conheça evidentemente como tal.

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A aplicação desta primeira regra evita dois graves defeitos. Responda: quais são e como se caracterizam os dois defeitos a que se refere Descartes?

5) (UFU 1ª fase Janeiro de 2004)No escrito publicado postumamente, Regras para a orientação do espírito, Descartes fez o seguinte comentário:.Mas, toda vez que dois homens formulam sobre a mesma coisa juízos contrários, é certo que um ou outro, pelo menos, esteja enganado. Nenhum dos dois parece mesmo ter ciência, pois, se as razões de um homem fossem certas e evidentes, ele as poderia expor ao outro de maneira que acabasse por lhe convencer o entendimento..DESCARTES, René. Regras para a orientação do espírito. Trad. de Maria Ermantina Galvão. São Paulo: Martins Fontes, 1999, p. 6-7.Para alcançar a verdade das coisas, isto é, o conhecimento certo e evidente, é necessário um método composto de regras muito simples que evitem os enganos e as opiniões prováveis. Segundo Descartes, somente duas ciências podem auxiliar na fundamentação do método para a investigação da verdade, são elas:A) teologia e filosofia.B) mecânica e física.C) fisiologia e filologia.D) aritmética e geometria.

6) (UEL-2004)“Tomemos [...] este pedaço de cera que acaba de ser tirado da colméia: ele não perdeu ainda a doçura do mel que continha, retém ainda algo do odor das flores de que foi recolhido; sua cor, sua figura, sua grandeza, são patentes; é duro, é frio, tocamo-lo e, se nele batermos, produzirá algum som. Enfim, todas as coisas que podem distintamente fazer conhecer um corpo encontram-se neste. Mas eis que, enquanto falo, é aproximado do fogo: o que nele restava de sabor exala-se, o odor se esvai, sua cor se modifica, sua figura se altera, sua grandeza aumenta, ele torna-se líquido, esquenta-se, mal o podemos tocar e, embora nele batamos, nenhum som produzirá. A mesma cera permanece após essa modificação? Cumpre confessar que permanece: e ninguém o pode negar. O que é, pois, que se conhecia deste pedaço de cera com tanta distinção? Certamente não pode ser nada de tudo o que notei nela por intermédio dos sentidos, visto que todas as coisas que se apresentavam ao paladar, ao olfato, ou à visão, ou ao tato, ou à audição, encontravam-se mudadas e, no entanto, a mesma cera permanece.” (DESCARTES, René. Meditações. Trad. De Jacó Guinsburg e Bento Prado Júnior. São Paulo: Nova Cultural, 1996. p. 272.) Com base no texto, é correto afirmar que para Descartes:a) Os sentidos nos garantem o conhecimento dos objetos, mesmo considerando as alterações em sua aparência. b) A causa da alteração dos corpos se encontra nos sentidos, o que impossibilita o conhecimento dos mesmos. c) A variação no modo como os corpos se apresentam aos sentidos revela que o conhecimento destes excede o conhecimento sensitivo.d) A constante variação no modo como os corpos se apresentam aos sentidos comprova a inexistência dos mesmos.e) A existência e o conseqüente conhecimento dos corpos têm como causa os sentidos.

7) (UEL-2005) “E quando considero que duvido, isto é, que sou uma coisa incompleta e dependente, a idéia de um ser completo e independente, ou seja, de Deus, apresenta-se a meu espírito com igual distinção e clareza; e do simples fato de que essa idéia se encontra em mim, ou que sou ou existo, eu que possuo esta idéia, concluo tão evidentemente a existência de Deus e que a minha depende inteiramente dele em todos os momentos da minha vida, que não penso que o espírito humano possa conhecer algo com maior evidência e certeza”. (DESCARTES, René. Meditações. Trad. de Jacó Guinsburg e Bento Prado Júnior. São Paulo: Nova Cultural, 1996. p. 297-298.)Com base no texto, é correto afirmar:a) O espírito possui uma idéia obscura e confusa de Deus, o que impede que esta idéia possa ser conhecida com evidência.b) A idéia da existência de Deus, como um ser completo e independente, é uma conseqüência dos limites do espírito humano.

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c) O conhecimento que o espírito humano possui de si mesmo é superior ao conhecimento de Deus.d) A única certeza que o espírito humano é capaz de provar é a existência de si mesmo, enquanto um ser que pensa. e) A existência de Deus, como uma idéia clara e distinta, é impossível de ser provada.

Questões de Vestibular: Renascimento

1)(UNICAMP_1996) “Embora a origem da Reforma de Lutero se deva a uma experiência pessoal, ela refletiu, na verdade, o estado de espírito comum a muitos seguidores da Igreja Romana. De fato, a iniciativa da livre interpretação da Bíblia deve ser compreendida como mais uma das muitas manifestações típicas do individualismo do homem renascentista.”( Carmem Peris, Glória Vergés e Oriol Vérges, El Renacimiento. Barcelona: Parramón Ediciones, s/d, p. 32.)a) Quais foram as relações culturais da Reforma Protestante com o Renascimento?b) Por que a livre interpretação da Bíblia era criticada pelo alto clero medieval?

2)(UNICAMP-1997 ) “Já fiz planos de pontes muito leves (...). Conheço os meios de destruir seja que castelo for (...). Sei construir bombardas fáceis de deslocar, carros cobertos, inatacáveis e seguros, armados com canhões. Estou (...) em condições de competir com qualquer outro arquiteto, tanto para construir edifícios públicos ou privados como para conduzir água de um lugar para outro. E, em trabalhos de pintura ou na lavra do mármore, do metal ou da argila, farei obras que seguramente suportarão o confronto com as de qualquer outro, seja ele quem for.” [Leonardo da Vinci (retirado de Jean Delumeau, A Civilização do Renascimento, Lisboa, Editorial Estampa, 1984, vol. 1, p. 154)]O texto acima é parte da carta com que Leonardo da Vinci, em 1482, pedia emprego na corte de Ludovico, o Mouro. No trecho, estão alguns dos elementos principais que caracterizam o Renascimento como movimento cultural.a) Identifique três desses elementos.b) Como se dava o patrocínio dos artistas e técnicos do Renascimento? Helenismo/Cristianismo/Filosofia Medieval

1)(UFU 1/1999) Pedro Abelardo foi um filósofo medieval que participou de uma acirrada disputa filosófica noséculo XII. Essa disputa centrava-se sobreA) a existência de Deus.B) o predomínio da fé sobre a razão.C) a questão da existência dos universais.D) a presença do mal no mundo.E) a morte da alma.

Agostinho

1(UFU 09/2002) A Patrística, filosofia cristã dos primeiros séculos, poderia ser definida comoA) retomada do pensamento de Platão, conforme os modelos teológicos da época, estabelecendo estreita relação entre filosofia e religião.B) configuração de um novo horizonte filosófico, proposto por Santo Agostinho, inspirado em Platão, de modo a resgatar a importância das coisas sensíveis, da materialidade. C) adaptação do pensamento aristotélico, conforme os moldes teológicos da época.D) criação de uma escola filosófica, que visava combater os ataques dos pagãos, rompendo com o dualismo grego.

2 (UFU 09/2002) Agostinho formula sua teoria do conhecimento a partir da máxima “creio tudo o que entendo, mas nem tudo que creio conheço”. A posição do autor não impede que cada um busque a sabedoria com suas próprias forças; o que ainda não é conhecido pode ser revelado mediante a consulta da verdade interior.Com base neste argumento, assinale a alternativa correta.

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A) É incorreto afirmar que a verdade interior que soa no íntimo das pessoas seja o Cristo; e o arbítrio humano é consultado sobre o que não se conhece.B) As coisas que ainda não conhecemos só podem ser percebidas pelos sentidos do corpo e podem ser comunicadas facilmente por intermédio das palavras.C) A verdade interior está à disposição de cada um e encontra-se armazenada na memória, de modo que o uso da memória dispensa a contemplação da luz interior.D) A verdade interior só pode ser percebida pelo homem interior, que é iluminado pela luz desta verdade interior, que é contemplada por cada um.

3) (UFU- Março de 2002) “Diz o profeta: ‘Se não credes, não entendereis’; certamente não diria isto se não julgasse necessário pôr uma diferença entre as duas coisas. Portanto, creio tudo o que entendo, mas nem tudo que creio também entendo”.Sto. Agostinho. De Magistro. Coleção “Os Pensadores”. São Paulo: Abril Cultural, 1973.Explique a idéia central desse fragmento a partir da relação entre Fé e Razão no contexto da Filosofia Patrística

4) (UFU 1ª fase Janeiro de 2004)Agostinho escreveu a história de sua vida aos 43 anos de idade. Nas Confissões, mais do que o relato da conversão ao cristianismo, Agostinho apresenta também as teses centrais da sua filosofia. Tanto é assim que, ao narrar os primeiros anos de vida e a aquisição da linguagem, o autor já fazia menção à teoria da iluminação divina. Vejamos:“ Não eram pessoas mais velhas que me ensinavam as palavras, com métodos, comopouco depois o fizeram para as letras. Graças à inteligência que Vós, Senhor, me destes, eumesmo aprendi, quando procurava exprimir os sentimentos do meu coração por gemidos,gritos e movimentos diversos dos membros, para que obedecessem à minha vontade.”AGOSTINHO. Confissões. Trad. de J. Oliveira Santos e A. Ambrósio de Pina. São Paulo: Nova Cultural, 1987, p. 15.

Analise as assertivas abaixo.I . A condição humana é mutável e perecível, por isso, não pode ser a mestra da verdade que o homem busca conhecer, ou seja, conhecimento da verdade não pode ser ensinado pelo homem, somente a Luz imutável de Deus pode conduzir à verdade.II . A inteligência, dada por Deus, é idêntica à Luz imutável, que conduz ao conhecimento da verdade, ambas proporcionam a certeza de que o entendimento humano é divino e dotado da mesma força do Verbo de Deus, que a tudo criou.III . A razão humana é iluminada pela luz interior da verdade. Assim, Agostinho formulou, pela primeira vez, na história da filosofia, a teoria das idéias inatas, cuja existência e certeza são independentes e autônomas em relação ao intelecto divino.IV . O conhecimento daquilo que se dá exclusivamente à inteligência não é alcançado com as palavras de outros homens, porque elas soam de fora da mente de quem precisa aprender. Portanto, esta verdade só é ensinada pelo mestre interior.

Assinale a alternativa que contém as assertivas verdadeiras.A) I e IIIB) I e IVC) II e IIID) II e IV

Tomas de Aquino

1(UFU 1/1999)O filósofo grego que maior influência exerceu sobre Santo Tomás de Aquino foiA) Platão.B) Aristóteles.C) Sócrates.D) Heráclito.E) Parmênides.

2(UFU 1/1999) Para Santo Tomás de Aquino, um dos princípios do conhecimento humano era

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o princípio da causa eficiente. Esse princípio da causa eficiente exigia que o ser contingenteA) não exigisse causa alguma.B) fosse causado pelo intelecto humano.C) fosse causado pelo ser necessário.D) fosse causado por acidentes casuais.E) fosse causado pelo nada.

3(UFU 1ª Fase Janeiro de 2004) Em O ente e a essência, Tomás de Aquino argumenta sobre a existência de Deus, refutando teses de outras doutrinas da filosofia escolástica. Com este propósito ele escreveu:

“Tampouco é inevitável que, se afirmarmos que Deus é exclusivamente ser ou existência, caiamos no erro daqueles que disseram que Deus é aquele ser universal, em virtude do qual todas as coisas existem formalmente. Com efeito, este ser que é Deus é de tal condição, que nada se lhe pode adicionar. (...) Por este motivo afirma-se no comentário à nona proposição do livro Sobre as Causas, que a individuação da causa primeira, a qual é puro ser, ocorre por causa da sua bondade. Assim como o ser comum em seu intelecto não inclui nenhuma adição, da mesma forma não inclui no seu intelecto qualquer precisão de adição, pois, se isto acontecesse, nada poderia ser compreendido como ser, se nele algo pudesse ser acrescentado."AQUINO, Tomás. O ente e a essência. Trad. de Luiz João Baraúna. São Paulo: Nova Cultural, 1988, p. 15. Coleção .Os Pensadores..Tomás de Aquino está seguro de que nada se pode acrescentar a Deus, porqueA) sua essência composta de essência e existência é auto-suficiente para gerar indefinidamente matéria e forma, criando todas as coisas.B) sua essência simples é gerada incessantemente, embora não seja composta de matéria e forma, multiplica-se em si mesmo na pluralidade dos seres.C) é essência divina, absolutamente simples e idêntica a si mesma, constituindo-se, necessariamente, uma essência única.D) é ser contingente, no qual essência e existência não dependem do tempo, por isso, gera a si mesmo eternamente, dando existência às criaturas.

Questões de Vestibular sobre Aristóteles

(UFU 2ª fase Janeiro de 1999)"E se indagamos quais são os princípios ou elementos das substâncias, relações e quantidades – se são os mesmos ou diferentes - é claro que quando os nomes das causas são usados em vários sentidos as causas de cada um são as mesmas, mas quando distinguimos os sentidos elas são diferentes".(Aristóteles - Metafísica - Editora Globo - Porto Alegre.)O texto de Aristóteles refere-se à distinção das causas em sua teoria da causalidade. Quais são as causas aristotélicas? Descreva a especificidade de cada uma delas.

(UFG-2004 )Há na espécie humana indivíduos tão inferiores a outros como o corpo o é em relação a alma ou a fera ao homem; são os homens nos quais o emprego da força física é o melhor que dela se obtém. Partindo dos nossos princípios, tais indivíduos são destinados por natureza à escravidão, porque, para eles, nada é mais fácil de obedecer.Aristóteles, Política. Rio de Janeiro: Ediouro, s.d., p.26.Aristóteles escreveu esse texto no IV século a. C., momento do início da expansão macedônica sobre as cidades-Estados gregas escravistas. A partir do fragmento, identifique dois argumentos que justificavam a escravidão no mundo greco-romano.

(UFU 09/2002)Todos os homens são mortais.Sócrates é homem.Logo, Sócrates é mortalSobre o silogismo em geral e, sobre este em particular, é correto afirmar que:I - é um raciocínio indutivo, pois parte de duas premissas verdadeiras e chega a uma conclusão também verdadeira.II - o termo médio homem liga os extremos e, por isso, não pode estar presente na conclusão.

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III - é um raciocínio válido, porque é constituído por proposições verdadeiras, não importando a relação de inclusão (ou de exclusão) estabelecida entre seus termos.IV - as premissas, desde que uma delas seja universal, devem tornar necessária a conclusão.Marque a alternativa que contém todas as afirmações corretas.A) II e IVB) I e IIC) II e IIID) III e IV

(UEL-2004) Observe a charge e leia o texto a seguir.

Animal Político Não alimente

Fonte: LAERTE. Classificados. São Paulo: Devir, 2001. p. 25.“É evidente, pois, que a cidade faz parte das coisas da natureza, que o homem é naturalmente um animal político, destinado a viver em sociedade, e que aquele que, por instinto, e não porque qualquer circunstância o inibe, deixa de fazer parte de uma cidade, é um ser vil ou superior ao homem [...].” (ARISTÓTELES. A política. Trad. de Nestor Silveira Chaves. Rio de Janeiro: Ediouro, 1997. p. 13.)Com base no texto de Aristóteles e na charge, é correto afirmar:a) O texto de Aristóteles confirma a idéia exposta pela charge de que a condição humana de ser político é artificial e um obstáculo à liberdade individual. b) A charge apresenta uma interpretação correta do texto de Aristóteles segundo a qual a política é uma atividade nociva à coletividade devendo seus representantes serem afastados do convívio social.c) A charge aborda o ponto de vista aristotélico de que a dimensão política do homem independe da convivência com seus semelhantes, uma vez que o homem bastase a si próprio.d) A charge, fazendo alusão à afirmação aristotélica de que o homem é um animal político por natureza, sugere uma crítica a um tipo de político que ignora a coletividade privilegiando interesses particulares e que, por isso, deve ser evitado.e) Tanto a charge quanto o texto de Aristóteles apresentam a idéia de que a vida em sociedade degenera o homem, tornando-o um animal.

(UEL-2004)“Uma vez que constituição significa o mesmo que governo, e o governo é o poder supremo em uma cidade, e o mando pode estar nas mãos de uma única pessoa, ou de poucas pessoas, ou da maioria, nos casos em que esta única pessoa, ou as poucas pessoas, ou a maioria, governam tendoem vista o bem comum, estas constituições devem ser forçosamente as corretas; ao contrário, constituem desvios os casos em que o governo é exercido com vistas ao próprio interesse da única pessoa, ou das poucas pessoas, ou da maioria, pois ou se deve dizer que os cidadãos não participam do governo da cidade, ou é necessário que eles realmente participem.” (ARISTÓTELES. Política. Trad. de Márioda Gama Kury. 3.ed. Brasília: Editora UNB, 1997. p. 91.)Com base no texto e nos conhecimentos sobre as formas de governo em Aristóteles, analise as afirmativas a seguir.I. A democracia é uma forma de governo reta, ou seja, um governo que prioriza o exercício do poder em benefício do interesse comum.II. A democracia faz parte das formas degeneradas de governo, entre as quais destacam-se a tirania e a oligarquia.III. A democracia é uma forma de governo que desconsidera o bem de todos; antes, porém, visa a favorecer indevidamente os interesses dos mais pobres, reduzindo-se, desse modo, a uma acepção demagógica.

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IV. A democracia é a forma de governo mais conveniente para as cidades gregas, justamente porque realiza o bem do Estado, que é o bem comum.Estão corretas apenas as afirmativas:a) I e III.b) I e IV.c) II e III.d) I, II e III.e) II, III e IV.

(UFU - 2 a Fase Junho de 2003)“Sendo, pois, de duas espécies a virtude, intelectual e moral, a primeira, por via de regra, gera-se e cresce graças ao ensino - por isso requer experiência e tempo; enquanto a virtude moral é adquirida em resultado do hábito, donde ter se formado o seu nome ética [êthiké] por uma pequena modificação da palavra hábito [éthos]. Por tudo isso, evidenciase também que nenhuma das virtudes morais surge em nós por natureza; com efeito, nada do que existe naturalmente pode formar um hábito contrário à sua natureza. Por exemplo, a pedra que por natureza se move para baixo não se pode imprimir o hábito de ir para cima, ainda que tentemos adestrá-la jogando-a dez mil vezes no ar; nem se pode habituar o fogo a dirigir-se para baixo, nem qualquer coisa que por natureza se comporte de certa maneira a comportar-se de outra”. Aristóteles. Ética a Nicômaco. São Paulo: Abril Cultural, 1973. Coleção “Os Pensadores”. p. 267.A partir da análise do texto acima, estabeleça, em primeiro lugar, a distinção entre virtude intelectual e moral; mostre, a seguir, por que a virtude moral não surge em nós por natureza.(UFU 2ª fase Janeiro de 2004) No livro V da Metafísica, Aristóteles serviu-se das seguintes palavras para definir acidente: Acidente significa: (1) o que adere a uma coisa e dela pode ser afirmado com verdade, porém não necessariamente, nem habitualmente; por exemplo, se alguém ao cavar um buraco para plantar uma árvore, encontra um tesouro. Esse fato o encontro do tesouro é um acidente para o homem que cavou o buraco, pois nem uma coisa provém necessariamente da outra ou vem depois dela, nem é habitual descobrir tesouros quando se planta uma árvore.ARISTÓTELES. Metafísica [livro V, 30, 1025a 1-25] Trad. De Leonel Vallandro. Porto Alegre: Globo, 1969, p. 140.Com base na descrição de Aristóteles apresentada acima, explique qual é a causa responsável pelo acidente.

(UFU 1ª Fase Janeiro de 2004) Observe o silogismo abaixo:Muitas pessoas com mais de trinta anos são chatas.Esta pessoa tem mais de 30 anos.Esta pessoa é chata.Considerando, respectivamente, as premissas e a conclusão do silogismo, é correto afirmar que:A) as premissas são absolutamente inválidas e a conclusão do silogismo é verdadeira.B) as premissas são verdadeiras, logo, a conclusão do silogismo é verdadeira.C) as premissas podem ser verdadeiras, porém, a conclusão do silogismo é inválida.D) as premissas são logicamente inválidas, portanto, a conclusão do silogismo é falsa.

(UEL_2005) “A busca da ética é a busca de um ‘fim’, a saber, o do homem. E o empreendimento humano como um todo, envolve a busca de um ‘fim’: ‘Toda arte e todo método, assim como toda ação e escolha, parece tender para um certo bem; por isto se tem dito, com acerto, que o bem é aquilo para que todas as coisas tendem’. Nesse passo inicial de a Ética a Nicômacos está delineado o pensamento fundamental da Ética. Toda atividade possui seu fim, ou em si mesma, ou em outra coisa, e o valor de cada atividade deriva da sua proximidade ou distância em relação ao seu próprio fim”. (PAIXÃO, Márcio Petrocelli. O problema da felicidade em Aristóteles: a passagem da ética à dianoética aristotélica no problema da felicidade. Rio de Janeiro: Pós-Moderno, 2002. p. 33-34.)Com base no texto e nos conhecimentos sobre a ética em Aristóteles, considere as afirmativas a seguir. I. O “fim” último da ação humana consiste na felicidade alcançada mediante a aquisição de honrarias oriundas da vida política.II. A ética é o estudo relativo à excelência ou à virtude própria do homem, isto é, do “fim” da vida humana.

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III. Todas as coisas têm uma tendência para realizar algo, e nessa tendência encontramos seu valor, sua virtude, que é o “fim” de cada coisa.IV. Uma ação virtuosa é aquela que está em acordo com o dever, independentemente dos seus “fins”.Estão corretas apenas as afirmativas:a) I e IV.b) II e III.c) III e IV.d) I, II e III.e) I, II e IV.(UEL-2005) “[...] não é ofício do poeta narrar o que aconteceu; é, sim, o de representar o que poderia acontecer, quer dizer: o que é possível segundo a verossimilhança e a necessidade. Com efeito, não diferem o historiador e o poeta por escreverem verso ou prosa [...] diferem, sim, em que diz um as coisas que sucederam, e outro as que poderiam suceder. Por isso a poesia é algo de mais filosófico e mais sério do que a história, pois refere aquela principalmente o universal, e esta o particular”.(ARISTÓTELES. Poética. Trad. de Eudoro de Souza. São Paulo: Nova Cultural, 1987. p. 209.)Com base no texto e nos conhecimentos sobre a estética em Aristóteles, é correto afirmar:a) A poesia é uma cópia imperfeita, realizada no mundo sensível, sob a inspiração das musas e distante da verdade.b) Os poetas, de acordo com a sua índole, representam pessoas de caráter elevado, como ocorre na tragédia, ou homens inferiores, como na comédia.c) A poesia deve ser fiel aos acontecimentos históricos e considerar os fatos em sua particularidade.d) A poesia deve a sua origem à história e a compreensão daquela supõe o entendimento da própria natureza do ser humano. e) A imitação, que ocorre na tragédia, representa uma ação completa e de caráter elevado, de uma forma narrativa e não dramática. Questões de Vestibular: Sócrates/Platão

1)(UFU 09/2002) “Mas quem fosse inteligente (…) lembrar-se-ia de que as perturbações visuais são duplas, e por dupla causa, da passagem da luz à sombra, e da sombra à luz. Se compreendesse que o mesmo se passa com a alma, quando visse alguma perturbada e incapaz de ver, não riria sem razão, mas reparava se ela não estaria antes ofuscada por falta de hábito, por vir de uma vida mais luminosa, ou se, por vir de uma maior ignorância a uma luz mais brilhante, não estaria deslumbrada por reflexos demasiadamente refulgentes [brilhantes]; à primeira, deveria felicitar pelas suas condições e pelo seu gênero de vida; da segunda, ter compaixão e, se quisesse troçar dela, seria menos risível esta zombaria do que aquela que descia do mundo luminoso.”(A República, 518 a-b, trad. Maria Helena da Rocha Pereira, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1987. )Sobre este trecho do livro VII de A República de Platão, é correto afirmar. I - A condição de quem vive nas sombras é digna de compaixão. II - O filósofo, sendo aquele que passa da luz à sombra, não tem problemas em retornar às sombras.III - O trecho estabelece uma relação entre o mundo visível e o inteligível, fundada em uma comparação entre o olho e a alma.IV - No trecho, é afirmado que o conhecimento não necessita de educação, pois quem se encontraria nas sombras facilmente se acostumaria à luz.Marque a alternativa que contém todas as afirmações corretas.A) II e IIIB) I e IVC) I e IIID) III e IV

2)(UFU 2 a fase SETEMBRO de 2002 )Leia, abaixo, o trecho de Platão, extraído da Apologia de Sócrates. “(…) descobrem uma multidão de pessoas que supõem saber alguma coisa, mas que na verdade pouco ou nada sabem. (…) e afirmam que existe um tal Sócrates (…) que corrompe a

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juventude. Quando se lhes pergunta por quais atos ou ensinamentos, não têm o que responder; não sabem, mas para não mostrar seu embaraço apresentam aquelas acusações que repetem contra todos os que filosofam: ‘as coisas do céu e o que há sob a terra; o não crer nos deuses; fazer prevalecer o discurso e a razão mais fraca’. Isso porque não querem dizer a verdade: terem dado prova de que fingem saber, mas nada sabem.” Apol., 23 c-e.A partir do trecho apresentado acima, responda às seguintes questões.A) Para Platão, qual a verdadeira acusação que se faz contra Sócrates?B) Quais elementos característicos da filosofia socrática podem ser extraídos deste trecho?C) Que acusações, tendo em vista as características específicas da filosofia de Sócrates, são apresentadas como não tendo fundamento?

3) (UEL-2005) “- Mas a cidade pareceu-nos justa, quando existiam dentro dela três espécies de naturezas, que executavam cada uma a tarefa que lhe era própria; e, por sua vez, temperante, corajosa e sábia, devido a outras disposições e qualidades dessas mesmas espécies.- É verdade.- Logo, meu amigo, entenderemos que o indivíduo, que tiver na sua alma estas mesmas espécies, merece bem, devido a essas mesmas qualidades, ser tratado pelos mesmos nomes que a cidade”. (PLATÃO. A república. Trad. de Maria Helena da Rocha Pereira. 7 ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1993. p. 190.)Com base no texto e nos conhecimentos sobre a justiça em Platão, é correto afirmar:a) As pessoas justas agem movidas por interesses ou por benefícios pessoais, havendo a possibilidade de ficarem invisíveis aos olhos dos outros.b) A justiça consiste em dar a cada indivíduo aquilo que lhe é de direito, conforme o princípio universal de igualdade entre todos os seres humanos, homens e mulheres.c) A verdadeira justiça corresponde ao poder do mais forte, o qual, quando ocupa cargos políticos, faz asleis de acordo com os seus interesses e pune a quem lhe desobedece.d) A justiça deve ser vista como uma virtude que tem sua origem na alma, isto é, deve habitar o interior do homem, sendo independente das circunstâncias externas.e) Ser justo equivale a pagar dívidas contraídas e restituir aos demais aquilo que se tomou emprestado, atitudes que garantem uma velhice feliz.

Questões de Vestibular: Pré-socráticos Heráclito e Parmênides 1) (UFU-1ª Fase Janeiro de 1999)Parmênides de Eléia, filósofo pré-socrático, sustentava queI- o ser é.II- o não-ser não é.III- o ser e o não-ser existem ao mesmo tempo.IV- o ser é pensável e o não-ser é impensável.AssinaleA) se apenas I, III e IV estiverem corretas.B) se apenas I, II e III estiverem corretas.C) se apenas II, III e IV estiverem corretas.D) se apenas I, II e IV estiverem corretas.E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

2) (UFU- 1ª Fase Janeiro de 1999)Heráclito de Éfeso, filósofo pré-socrático, compreendia queI- o ser é vir-a-ser.II- o vir-a-ser é a luta entre os contrários.III- a luta entre os contrários é o princípio de todas as coisas.IV- da luta entre os contrários origina-se o não-ser.AssinaleA) se apenas I, II e III estiverem corretas.B) se apenas I, III e IV estiverem corretas.C) se apenas II, III e IV estiverem corretas.D) se apenas I, II e IV estiverem corretas.E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

3) (UFU_Setembro de 2002)

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“Só resta o mito de uma via, a do ser; e sobre esta existem indícios de que sendo não gerado é também imperecível, pois é todo inteiro, inabalável e sem fim; nem jamais era nem será, pois é agora todo junto, uno, contínuo (…)” Sobre a Natureza, 8, 2-5A partir deste trecho do poema de Parmênides, é possível afirmar queA) a continuidade, a geração e o imobilismo estão presentes na via do ser.B) o ser, por não poder não ser, não é gerado nem deixa de ser, não tendo princípio nem fim.C) a via do ser é aquela percebida pelos nossos sentidos.D) o ser, para o autor, de certo modo não é, pois nunca foi no passado nem será no futuro.

4) (UFU-Julho de 2003 1ª Fase ) “Só é possível pensar e dizer que o ente é, pois o ser é, mas o nada não é; sobre isso, eu te peço, reflita, pois esta via de inquérito é a primeira de que te afasto; depois afasta-te daquela outra, aquela em que erram os mortais desprovidos de saber e com dupla cabeça, pois, no peito, a hesitação dirige um pensamento errante: eles se deixam levar surdos e cegos, perplexos, multidão inepta, para quem ser e não ser é considerado o mesmo e não o mesmo, para quem todo o caminho volta sobre si mesmo”. Parmênides, Sobre a Natureza, 6, 1-9.Sobre este trecho do poema de Parmênides, é correto afirmar queI - só se pode pensar e dizer que o ser é.II - para os mortais o ser é considerado diferente do não ser.III - é possível dizer o não ser, embora não se possa pensá-lo.IV - duas vias de inquérito devem ser afastadas: a do não ser e a dos mortais.Assinale a alternativa que contém todas as afirmações corretas.A) II e IIIB) II e IVC) I e IIID) I e IV

5) (UFU-2000 2ª fase)"Para os que entram nos mesmos rios, correm outras e novas águas. (...) Não se pode entrar duas vezes no mesmo rio".(Heráclito. Pré-socráticos, Col. Os Pensadores, Abril Cultural, 1978)"Necessário é dizer e pensar que só o ser é, e o nada, ao contrário, nada é: afirmação que bem deves considerar".(Parmênides. Pré-socráticos. Col. Os Pensadores, Abril Cultural, 1978)A partir dos fragmentos acima, estabeleça as principais diferenças entre as concepções do ser de Heráclito e de Parmênides.

6) (UFU 2ª Fase Março de 2002) “Ao Logos, razão e palavra do que sempre é, os homens são incapazes de compreendê-lo, tanto antes de ouvi-lo quanto depois de tê-lo ouvido pela primeira vez, porque todas as coisas nascem e morrem segundo este Logos. Os homens são inexperientes, mesmo quando eles experimentam palavras ou atos tais quais eu corretamente os explico segundo a natureza, separando cada coisa e explicando como cada uma se comporta. Enquanto isso os outros homens esquecem tudo o que eles fazem despertos assim como eles esquecem, dormindo, tudo o que eles vêem.”Adaptado de HERÁCLITO. Pré-Socráticos. Coleção “Os Pensadores”. São Paulo: Abril Cultural , 1978. p. 79.A partir do aforisma de Heráclito, responda às questões propostas:A) Heráclito pode corretamente ser caracterizado como um filósofo empirista, cuja fonte de conhecimento se encontra nas sensações?B) Qual é o fundamento permanente de todo conhecimento e quem, segundo o texto, corretamente o conhece e o enuncia?Justifique as duas respostas com trechos do texto acima de Heráclito.

7) (UFU-Janeiro de 2004) .Do arco o nome é vida e a obra é morte..(HERÁCLITO. Sobre a natureza. Trad. de José Cavalcante de Souza. São Paulo: Nova Cultural, 1989, p. 56. Coleção .Os Pensadores..)Este fragmento ilustra bem o pensamento de Heráclito, que acreditou ser o mundo o eterno fluir, comparado a um rio no qual entramos e não entramos.. Assinale a alternativa que explica o fragmento mencionado acima.

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A) Todas as coisas estão em oposição umas com as outras, o que explica o caráter mutável da realidade. A unidade do mundo, sua razão universal resulta da tensão entre as coisas, daí o emprego freqüente, por parte de Heráclito, da palavra guerra para indicar o conflito como fundamento do eterno fluxo.B) A harmonia que anima o mundo é aberta aos sentidos, sendo possível ser conhecida na multiplicidade daquilo que é manifesto, uma vez que a realidade nada mais é que o eterno fluxo da multiplicidade do Logos heraclitídeo.C) A unidade dos contrários, a vida e a morte, é imóvel, podendo ser melhor representada para o entendimento humano por intermédio da imagem do fogo, que permanece sempre o mesmo, imutável e continuamente inerte, e não se oculta aos olhos humanos.D) O arco, instrumento de guerra, indica que a idéia de eterno fluxo, das transformações que compõem o fluxo universal, é o fundamento da teoria do caos, pois o fogo se expande sem medida, tornado a realidade sem nenhuma harmonia ou ordem.

8) (UFU-Dezembro de 2004) Os fragmentos abaixo representam três temas fundamentais que configuram o pensamento de Heráclito de Éfeso.“O deus é dia noite, inverno verão, guerra paz, saciedade fome; mas se alterna como fogo, quando se mistura a incensos, e se domina segundo o gosto de cada.” Fr. 67. “Por fogo se trocam todas (as coisas) e fogo por todas, tal como por ouro mercadorias e por mercadorias ouro”. Frag. 90

A partir das citações acima:A)Explicite quais são seus temasB) Comente cada um deles de modo a caracterizar a filosofia de Heráclito

9) (UFU-Janeiro de 2004) Parmênides (c. 515-440 a.C.) deixou seus pensamentos registrados no poema Sobre a natureza, do qual restaram apenas fragmentos cultivados pelos filósofos do mundo antigo, uma das passagens célebres preservadas é a seguinte:“Necessário é o dizer e pensar que (o) ente é; pois é ser,e nada não é; isto eu te mando considerar.Pois primeiro desta via de inquérito eu te afasto,mas depois daquela outra, em que mortais que nada sabemerram, duplas cabeças, pois o imediato em seuspeitos dirige errante pensamento; (...).”PARMÊNIDES. Sobre a natureza. Trad. de José Cavalcante de Souza.São Paulo: Nova Cultural, 1989, p. 88. Coleção .Os Pensadores..Analise as assertivas abaixo.I . A opinião humana busca o que é (ser) naquilo que não é (ser).II . O mundo dos sentidos é (ser), portanto, o único digno de ser conhecido.III . Não se pode dizer .não-ser é., porque .não-ser. é impensável.IV . Dizer .não-ser é não não-ser., é o mesmo que afirmar .não-ser não é..Assinale a alternativa que contém as assertivas corretas.A) I e IIIB) II e IIIC) II e IVD) I e IV

10) (UFU Julho de 2004) O fragmento a seguir é atribuído a Heráclito de Éfeso:“O mesmo é em (nós?) vivo e morto, desperto e dormindo, novo e velho; pois estes, tombados além, são aqueles e aqueles de novo, tombados além, são estes” HERÁCLITO. Sobre a natureza. Trad. de José Cavalcante de Souza. São Paulo: Nova Cultural, 1989, p. 93. Coleção .Os Pensadores..A partir do fragmento citado, escolha a alternativa que representa melhor o pensamento de Heráclito. A) Não existe a noção de “oposto” no pensamento de Heráclito, pois todas as coisas constituem um único processo de mudança que expressa a concórdia e a harmonia do “fluxo” contínuo da natureza.

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B) a equivalência de estados contrários com o mesmo exprime a alternância harmônica de pólos opostos, pela qual um estado é transposto no outro, numa sucessão mútua, como o dia e a noite. Todas as coisas são “Um”, toda a multiplicidade de opostos constitui uma unidade, e todos os seres estão em um fluxo eterno de sucessão de opostos em guerra. C) Se o morto é vivo, o velho é novo, e o dormente é desperto, então não existe o múltiplo, mas apenas o “Um”, como verdade profunda do mundo. A unidade primordial é a própria realidade da physis, e a multiplicidade, apenas aparência.D) a alternância entre pólos opostos constitui um fluxo eterno, regido pela “guerra” e pela discórdia, que ocorre sem qualquer medida ou proporção. A guerra entre contrários evidencia que a physis é caótica é denota o fato de que o pensamento de Heráclito é irracionalista.

11)(UFU-Julho de 2004) A relação entre mito e logos pode ser ilustrada a partir do seguinte fragmento do poema Sobre a Natureza de Parmênides:“e a deusa me acolheu benévolaMão direita tomou e assim dizia e me interpelava:Ó jovem, companheiro de aurigas imortaisTú que assim conduzido chega à nossa morada,Salve! Pois não foi mal destino que te mandou perlustrarEssa via (pois ela está fora da senda dos homens)...”Após ler o fragmento, escolha a alternativa que melhor representa a relação mito-logos nas origens da filosofia:A)a verdade filosófica aparece no poema de Parmênides como revelação divina e experiência mística, que são incompatíveis com o pensamento filosófico racional. A deusa do poema mostra que o conhecimento supremo esta fora do alcance da razão humana.B) A verdade filosófica no poema de Parmênides, é apresentada por meio de representações míticas que o filósofo retira de uma tradição religiosa. Essas imagens se traspõem, sem deixar de ser místicas, em uma filosofia do ser que busca o objeto inteligível do logos, ou seja, do pensamento racional e do Uno.C) A verdade filosófica, por ser revelação da deusa, é obtida apenas por experiência religiosa. As representações míticas do poema de Parmênides indicam que a filosofia grega do séc. V a.C. é irracional, pois não usa de categorias lógicas do rigor argumentativo.D) A filosofia representa o pensamento estritamente racional, que busca uma explicação do mundo somente por meios materiais. Por essa razão, o poema de parmênides ainda não representa o pensamento filosófico do século V a.C., caracterizado por uma ruptura com todas as imagens míticas da tradição cultural grega.

12) ( UFU-2003 2ª Fase Fevereiro)“Vou explicar-me, e não será argumento sem valor, a saber: que nenhuma coisa é una em si mesma e que não há o que possas denominar com acerto ou dizer como é constituída. Se a qualificares como grande, ela parecerá também pequena; se pesada, leve, e assim em tudo o mais, de forma que nada é uno, ou algo determinado ou como quer que seja. Da translação das coisas, do movimento e da mistura de umas com as outras é que se forma tudo o que dizemos existir, sem usarmos a expressão correta, pois em rigor nada é ou existe, tudo devém. Sobre isso, com exceção de Parmênides, todos os sábios (…) estão de acordo: Protágoras, Heráclito e Empédocles (…)”. Platão. Teeteto. Trad. Carlos Alberto Nunes. Belém: EDUFPA, 2001, p. 50.Tendo em vista o trecho de Platão citado acima, explique, a partir da distinção entre o uno de Parmênides e o devir de Heráclito, por que no mobilismo nada é e por que para Parmênides apenas o Ser é.

Questões de Vestibular: Pré-socráticos

1) (UEL_2003) - “Tales foi o iniciador da filosofia da physis, pois foi o primeiro a afirmar a existência de um princípio originário único, causa de todas as coisas que existem, sustentando que esse princípio é a água. Essa proposta é importantíssima... podendo com boa dose de razão ser qualificada como a primeira proposta filosófica daquilo que se costuma chamar civilização ocidental.” (REALE, Giovanni. História da filosofia: Antigüidade e Idade Média. São Paulo: Paulus, 1990. p. 29.)

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A filosofia surgiu na Grécia, no século VI a.C. Seus primeiros filósofos foram os chamados pré-socráticos. De acordo com o texto, assinale a alternativa que expressa o principal problema por eles investigado.a) A ética, enquanto investigação racional do agir humano.b) A estética, enquanto estudo sobre o belo na arte.c) A epistemologia, como avaliação dos procedimentos científicos.d) A cosmologia, como investigação acerca da origem e da ordem do mundo.e) A filosofia política, enquanto análise do Estado e sua legislação.

2) (UEL-2003) Ainda sobre o mesmo tema, é correto afirmar que a filosofia:a) Surgiu como um discurso teórico, sem embasamento na realidade sensível, e em oposição aos mitos gregos.b) Retomou os temas da mitologia grega, mas de forma racional, formulando hipóteses lógico-argumentativas.c) Reafirmou a aspiração ateísta dos gregos, vetando qualquer prova da existência de alguma força divina.d) Desprezou os conhecimentos produzidos por outros povos, graças à supremacia cultural dos gregos.e) Estabeleceu-se como um discurso acrítico e teve suas teses endossadas pela força da tradição.

3) (UEL-2004)- “Entre os ‘físicos’ da Jônia, o caráter positivo invadiu de chofre a totalidade do ser. Nada existe que não seja natureza, physis. Os homens, a divindade, o mundo formam um universo unificado, homogêneo, todo ele no mesmo plano: são as partes ou os aspectos de uma só e mesma physis que põem em jogo, por toda parte, as mesmas forças, manifestam a mesma potência de vida. As vias pelas quais essa physis nasceu, diversificou-se e organizou-se são perfeitamente acessíveis à inteligência humana: a natureza não operou ‘no começo’ de maneira diferente de como o faz ainda, cada dia, quando o fogo seca uma vestimenta molhada ou quando, num crivo agitado pela mão, as partes mais grossas se isolam e se reúnem.” (VERNANT, Jean-Pierre. As origens do pensamento grego. Trad. de Ísis Borges B. da Fonseca. 12.ed. Rio de Janeiro: Difel, 2002. p.110.)Com base no texto, assinale a alternativa correta.a) Para explicar o que acontece no presente é preciso compreender como a natureza agia “no começo”, ou seja, no momento original.b) A explicação para os fenômenos naturais pressupõe a aceitação de elementos sobrenaturais.c) O nascimento, a diversidade e a organização dos seres naturais têm uma explicação natural e esta pode ser compreendida racionalmente.d) A razão é capaz de compreender parte dos fenômenos naturais, mas a explicação da totalidade dos mesmos está além da capacidade humana.e) A diversidade de fenômenos naturais pressupõe uma multiplicidade de explicações e nem todas estas explicações podem ser racionalmente compreendidas.

4) (UEL-2004) “Mais que saber identificar a natureza das contribuições substantivas dos primeiros filósofos é fundamental perceber a guinada de atitude que representam. A proliferação de óticas que deixam de ser endossadas acriticamente, por força da tradição ou da ‘imposição religiosa’, é o que mais merece ser destacado entre as propriedades que definem a filosoficidade.” (OLIVA, Alberto; GUERREIRO, Mario. Présocráticos: a invenção da filosofia. Campinas: Papirus, 2000. p. 24.)Assinale a alternativa que apresenta a “guinada de atitude” que o texto afirma ter sido promovida pelos primeiros filósofos.a) A aceitação acrítica das explicações tradicionais relativas aos acontecimentos naturais.b) A discussão crítica das idéias e posições, que podem ser modificadas ou reformuladas.c) A busca por uma verdade única e inquestionável, que pudesse substituir a verdade imposta pela religião.d) A confiança na tradição e na “imposição religiosa” como fundamentos para o conhecimento.e) A desconfiança na capacidade da razão em virtude da “proliferação de óticas” conflitantes entre si.