questões de concurso - psi - caps e saúde mental

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Sumário 

In Foco In Foco In Foco In Foco A Reforma Psiquiátrica e a mudança do modelo assistencial em saúde mental

03

 As Conferências de Saúde Mental05

 A Política de Atenção Básica e a Assistência à Saúde Mental09

 Organização das ações de Saúde Mental na Atenção Básica 11

 Responsabilidades Compartilhadas entre as Equipes Matriciaisde Saúde Mental e da Atenção Básica 13

 Formação Profissional e Educação Permanente em Saúde Mental14

 Caracterização dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS)15

 A Estratégia de Redução de Danos e o Programa de Volta para Casa27

  Intervenções Terapêuticas em Saúde Mental31

 Credenciamento e Financiamento dos CAPS34

 Trabalho em equipe e Gestão Compartilhada dos Serviços e Sistemas40

Questões Gabaritadas Questões Gabaritadas Questões Gabaritadas Questões Gabaritadas 44442222

Gabarito Gabarito Gabarito Gabarito 69696969

Bibliografia Bibliografia Bibliografia Bibliografia 7 77 70000

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cial em saúde

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Ana Vanessa Neves1 

Olá concurseiros,

Estão prontos para mais este assunto? O estudo das Políticas de Saúde Mental e sua

implementação através dos diversos serviços disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde

(SUS) é um tópico de grande importância para os concursos na área de saúde. Esta temática tem

ganhado maior destaque devido à flagrante realidade vivenciada pelos profissionais da saúde de

que há um grande número de pessoas que apresentam sofrimento psíquico em diferentes graus e

que buscam atendimento em unidades de saúde.

Frente a esta demanda, se faz necessário o desenvolvimento de estratégias de atenção à saúde

que permitam a prestação do cuidado em consonância com as reais necessidades do indivíduo

assistido, considerando-se não somente os aspectos intrínsecos da patologia apresentada, mas

também a rede de relações que cada indivíduo assistido estabelece seja na família, seja na

comunidade ou com a equipe que presta a assistência.

Nesta edição estudaremos o movimento da Reforma Psiquiátrica, as mudanças ocorridas na

assistência à saúde mental e como esta rede de cuidados está atualmente configurada no SUS.

A Reforma Psiquiátrica e a mudança do modelo assisten

mental

A Reforma Psiquiátrica teve início com o movimento da Luta Antimanicomial na Itália em meados

do século XX impulsionado pelo psiquiatra Franco Basaglia e caracteriza-se pela crítica e

transformação do tratamento e das instituições psiquiátricas e pela defesa dos direitos humanos e

o resgate da cidadania das pessoas com transtornos mentais.

O movimento da Reforma Psiquiátrica  objetiva a modificação do sistema de tratamento clínico

da doença mental, abolindo de forma gradual a internação como forma de exclusão social. Este

1 Ana Vanessa Neves é Psicóloga do Ministério da Saúde, Mestre em Psicologia pela UFBa, Especialista em Psicologia Analítica pela APPJ, Terapeuta

Comunitária pela UFC, Editora do site Concursos PSI, colaboradora do site Banco de Provas e possui experiências em docência, NASF, CRAS e nas

áreas Clínica, Hospitalar e Saúde do Trabalhador. 

In Foco In Foco In Foco In Foco

OOOO CAPSCAPSCAPSCAPS e a Política de Saúde Mental no SUS e a Política de Saúde Mental no SUS e a Política de Saúde Mental no SUS e a Política de Saúde Mental no SUS

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modelo propõe a substituição dos hospitais psiquiátricos por uma rede de serviços territoriais de

atenção psicossocial, com vistas à integração da pessoa que sofre de transtornos mentais à

comunidade.

O processo de reorientação do modelo de assistência em saúde mental ocorre por meio da

construção de uma rede de serviços e estratégias territoriais e comunitárias, intensamente

inclusivas, solidárias e libertárias com o intuito de construir um novo status social para a pessoa

com transtorno mental garantindo a cidadania, o respeito a seus direitos e sua individualidade,

promovendo o resgate da sua capacidade de participar das trocas sociais, tendo assegurados

seus direitos e deveres como todo cidadão.

No Brasil, tal movimento teve início no final da década de 1970 com a mobilização dos

profissionais da saúde mental e dos familiares de pacientes com transtornos mentais. Esse

movimento se inscreve no contexto de redemocratização do país e na mobilização político-social

que ocorreu na época.

Em 1990, o Brasil tornou-se signatário da Declaração de Caracas que propõe a reorganização da

atenção psiquiátrica, e, em abril de 2001, foi aprovada a Lei Federal 10.216 que dispõe sobre a

proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo

assistencial em saúde mental, regulamentando o processo de Reforma Psiquiátrica no Brasil. A

partir dessa lei originou-se a Política de Saúde Mental  que objetiva assegurar o cuidado ao

paciente com transtorno mental em serviços substitutivos aos hospitais psiquiátricos, alterando a

lógica das internações de longa duração cujo modelo de assistência isola o paciente da

convivência com a família e com a sociedade.

A Política de Saúde Mental no Brasil promove a diminuição planejada de leitos psiquiátricos de

longa permanência, estimulando que as internações psiquiátricas, quando necessárias, ocorramem hospitais gerais por curta duração. Além disso, essa política objetiva construção de uma rede

de dispositivos diferenciados que possibilitem a atenção ao portador de sofrimento mental em seu

território, a desinstitucionalização de pacientes de longa permanência em hospitais psiquiátricos e,

ainda, ações que permitam a reabilitação psicossocial através da inclusão pelo trabalho, da

cultura e do lazer.

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As Conferências de Saúde Mental

As Políticas Públicas de Saúde Mental tem por objetivo a elaboração de leis que contribuam para

a melhoria no atendimento dos serviços e benefícios para os usuários, com vistas a assegurar-

lhes os direitos sociais. A atenção à saúde mental é uma responsabilidade social e deve se

relacionar ao desenvolvimento da sociedade. As Políticas em Saúde Mental devem viabilizar o

estudo das demandas através de critérios epidemiológicos para a melhoria nos serviços e

promover a discussão e atualização dos meios de acesso da população às informações.

Dentro desta perspectiva incluem-se as Conferências de Saúde Mental durante as quais são

discutidos temas como inserção social, comunicação, educação e cujo intuito é obter a melhoria

dos serviços, construções de novos CAPS, Residências Terapêuticas e outras demandas

características de cada comunidade.

As diretrizes e os assuntos são discutidos inicialmente nas Conferências Municipais de Saúde

Mental nas quais estão presentes representantes de usuários, gestores e profissionais

prestadores de serviços de saúde. A partir destas discussões é elaborado um documento com

proposições de melhorias que é levado por delegados eleitos em assembléia para representar o

município na Conferência Estadual. O mesmo processo ocorre nas Conferências Estaduais eseguidamente as propostas de cada estado são apresentadas na Conferência Nacional de Saúde

Mental. As Conferências Nacionais dão origem a relatórios que servirão de diretriz para o

planejamento do Ministério da Saúde para as ações em Saúde Mental.

Como os delegados são eleitos? (Brasil, 2001)

A maior parte dos delegados da Etapa Nacional (86%) são eleitos nas fases estaduais. Porém é

primordial a realização da etapa municipal. É importante reconhecer a necessidade da estreitaarticulação da sociedade com seus conselhos municipais de saúde para a realização das

conferências municipais.

A composição percentual dos delegados eleitos em cada Conferência Estadual de Saúde Mental

obedece aos critérios estabelecidos pela Comissão Organizadora, com base no princípio de

paridade, adequados á realidade estadual.

Os Usuários e Sociedade Civil devem representar 50% do total de delegados eleitos, observando-

se a seguinte distribuição percentual por segmento, de acordo com a realidade local:

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a) Movimentos populares, entidades sindicais, exceto aquelas do Setor Saúde, entidades de

direitos humanos e associação de usuários de Serviços de Saúde - 20%.

b) Conselheiros usuários dos Conselhos Municipais e Estadual - 10%.

c) Associações, organizações e entidades de usuários de Serviços de Saúde Mental, familiares e

usuários do Sistema de Saúde - 20%.

Os delegados representantes da Administração Pública, dos Prestadores Privados, das

Instituições Formadoras e dos Trabalhadores de Saúde Mental deverão representar 50% do total

de delegados eleitos, observando-se a seguinte distribuição percentual por segmento, de acordo

com a realidade local:

a) Administrações Municipais - 13%.

b) Administração Estadual - 5%.

c) Trabalhadores em Saúde Mental - 18%

d) Prestadores de Serviços Privados - 10%.

e) Instituições Formadoras - 4%.

Em 1987 ocorreu a I Conferência Nacional de Saúde Mental, considerada um marco na

assistência à Saúde Mental no Brasil, visto que evidenciou a necessidade de que a política

nacional de saúde mental esteja inserida na política nacional de desenvolvimento social do

Governo Federal. A discussão contou com a participação de 176 delegados eleitos nas pré-

conferências estaduais; observadores e convidados de demais segmentos representativos da

sociedade. Sua estruturação constou de três eixos temáticos (Brasil, 1988):

Eixo I - Economia, Sociedade e Estado: impactos sobre saúde e doença mental;

Eixo II - Reforma sanitária e reorganização da assistência à saúde mental;

Eixo III - Cidadania e doença mental: direitos, deveres e legislação do doente mental.

Como produto desta discussão foi elaborada a “Proposta de Política de Saúde Mental da Nova

República” que contempla a observância das condições de vida e saúde da população brasileira e

sinaliza a importância de destacar a saúde mental como uma questão de saúde pública no Brasil.

A partir destas considerações ficou definido que as ações em saúde mental devem ser ofertadas

numa dimensão pedagógica a toda a população através da comunicação dos conhecimentos

sobre quais e como os fatores ambientais, sociais, familiares, individuais e genéticos podem atuarna promoção de saúde mental ou, inversamente, no adoecimento mental. Numa outra dimensão

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estão as ações específicas dirigidas à faixa da população que apresenta adoecimento psíquico ou

com alto risco de adoecimento. Ficaram estabelecidos como objetivos de ação em saúde mental:

•  Universalização e Equidade;

•  Articulação Intersetorial;

•  Ações Integradas de Saúde;

•  Regionalização e Hierarquização;

•  Descentralização;

•  Prioridade do Setor Público;

•  Modificação do Modelo Assistencial;

•  Desenvolvimento de Recursos Humanos;

•  Supervisão e Avaliação;

•  Epidemiologia;

•  Política Terapêutica.

A II Conferência Nacional de Saúde Mental (Brasil, 1994) ocorreu em 1992 com a participação

de 320 delegados representantes de 24 estados, observadores e convidados e teve como

indicador de mudança a participação efetiva dos usuários na realização dos trabalhos de grupo,

nas plenárias, nos debates e tribunas livres.

Os marcos conceituais desta conferência foram a Atenção Integral  à saúde mental e a

Cidadania. As discussões tiveram como ponto central o entendimento do processo saúde/doença

mental a partir de uma perspectiva contextualizada, onde qualidade e modo de vida são

determinantes para a compreensão do sujeito, sendo de importância fundamental vincular o

conceito de saúde ao exercício da cidadania, respeitando-se as diferenças e as diversidades.

Deste modo, a atenção integral em saúde mental deve propor um conjunto de dispositivos

sanitários e socioculturais que advenham de uma visão integrada das várias dimensões da vidado indivíduo, em diferentes e múltiplos âmbitos de intervenção (educativo, assistencial e de

reabilitação).

Outros destaques desta conferência foram a ênfase sobre a necessidade de descentralização da

atenção em saúde mental por meio da municipalização, a sinalização da importância da criação

dos Conselhos de Saúde, a articulação dos recursos comunitários, a organização do trabalho e

capacitação dos profissionais e a informação à população como ferramenta de educação para a

promoção de saúde.

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A III Conferência Nacional de Saúde Mental  ocorreu em 2001 e teve como eixo temático a

reorientação do modelo assistencial em saúde mental, subdividido nos temas: 1. Recursos

Humanos; 2. Financiamento; 3. Controle Social e 4. Direitos, Acessibilidade e Cidadania.

Participaram desta conferência 1.000 delegados, sendo 85% eleitos nas etapas estaduais e 15%

de delegados nacionais; 200 observadores e 100 convidados, indicados pela Comissão

Organizadora.

Dentre os temas discutidos, mais uma vez se destacou a necessidade da municipalização da

assistência em saúde mental e a imperatividade da fixação de investimentos específicos; destaca-

se também a recomendação da importância da realização de conferências municipais de saúde

mental como uma estratégia para assegurar a implantação de ações dentro das necessidades

locais. Contudo, o maior destaque esteve em torno da discussão sobre os direitos da pessoa com

transtorno mental, tema que se tornou o centro dos debates sobre a reforma psiquiátrica a partir

da promulgação da lei 10.216/01, sendo vista como um poderoso instrumento para a conquista da

cidadania dos usuários e familiares. A III Conferência Nacional de Saúde Mental reafirmou os

princípios da Reforma Psiquiátrica Brasileira.

Por fim, no ano de 2010 ocorreu a IV Conferência de saúde Mental, para as

quais foram realizadas 359 conferências municipais e 205 regionais, com a participação de cerca

de 1200 municípios. O ponto central das discussões foi intersetorialidade subdividida nos eixos

temáticos:

I - Políticas Sociais e Políticas de Estado: pactuar caminhos intersetoriais;

II - Consolidar a Rede de Atenção Psicossocial e Fortalecer os Movimentos Sociais;

III - Direitos Humanos e Cidadania como desafio ético e intersetorial.

O destaque principal desta conferência foi a promoção do debate sobre a atenção à saúde mentalcom os diversos setores da sociedade. O atual cenário da Reforma Psiquiátrica indica novos

desafios para a melhoria do cuidado em saúde mental no território, devendo contemplar o

desenvolvimento de ações intersetoriais. Pela primeira vez, uma Conferência de Saúde Mental

trouxe uma abordagem intersetorial, com a presença de parceiros da Secretaria Especial de

Direitos Humanos, do Ministério do Desenvolvimento Social e de Combate à Fome, do Ministério

da Cultura, do Trabalho e Emprego, da Educação, da Justiça e outros.

Destacou-se neste evento a necessidade da abordagem transversal de várias políticas sociais pormeio de alianças intersetorias com o estabelecimento de diretrizes, pactuações, planejamento e

avaliação de várias outras políticas, bem como a realização do apoio matricial e o sistema de

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referência e contra-referência articulados de forma intersetorial. É fundamental a participação dos

gestores e lideranças, colegiados e a promoção de eventos em todos os níveis de gestão.

Observe como todas as discussões que vem sendo promovidas desde a década de 1980 no Brasil

tem direcionado a assistência em saúde mental para o atual delineamento que conhecemos.

Perceba como os tópicos elencados na “Proposta de Política de Saúde Mental da Nova

República” elaborada na I Conferência de saúde Mental trazem os princípios norteadores da atual

Política de Saúde Mental (Lei 10.216/01). Nas Conferências II e III foram sinalizadas as

ferramentas necessárias para a reorientação do modelo assistencial em saúde mental em

consonância com a proposta do SUS e com os Direitos e Garantias Fundamentais prescritos no

texto constitucional. A IV Conferência de Saúde Mental propõe a intersetorialidade como a

concepção de assistência mais indicada para a consecução dos programas de atenção à saúde

mental, pois traz em si o cerne da integralidade ao permitir a articulação de vários saberes e a

ruptura definitiva da promoção fragmentada do cuidado.

A Política de Atenção Básica e a Assistência à Saúde Mental (Brasil, 2004) 

Os serviços de saúde mental existentes na maioria das cidades brasileiras têm se dedicado com

afinco à desinstitucionalização de pacientes cronicamente internados, ao tratamento de casosgraves, às crises etc. Uma grande parte do sofrimento psíquico menos grave continua sendo

objeto do trabalho de ambulatórios e da Atenção Básica (AB) em qualquer uma de suas formas.

A realidade das equipes de Atenção Básica demonstra que, constantemente, elas se deparam

com problemas de saúde mental: 56% das equipes de saúde da família referiram realizar “alguma

ação de saúde mental”, sobretudo quanto a problemas mais leves tais como queixas

psicossomáticas, dependência de benzodiazepínicos, transtornos de ansiedade menos graves,

abuso de álcool e drogas, etc. Por sua proximidade com famílias e comunidades, as equipes daAtenção Básica são um recurso estratégico para o enfrentamento de agravos vinculados ao uso

abusivo de álcool, drogas e diversas formas de sofrimento psíquico.

No entanto, nem sempre a Atenção Básica apresenta condições para dar conta dessa importante

tarefa. Às vezes, a falta de recursos de pessoal e a falta de capacitação prejudicam o

desenvolvimento de uma ação integral pelas equipes. Além disso, atender às pessoas com

problemas de saúde mental é de fato uma tarefa complexa. Nessa compreensão, o Ministério da

Saúde fundamenta a idéia de que urge estimular ativamente, nas políticas de expansão,

formulação e avaliação da Atenção Básica, diretrizes que incluam a dimensão subjetiva dos

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usuários e os problemas mais graves de saúde mental. Assumir esse compromisso é uma forma

de responsabilização em relação à produção de saúde, à busca da eficácia das práticas e à

promoção da eqüidade, da integralidade e da cidadania num sentido mais amplo.

As ações de saúde mental na Atenção Básica devem obedecer ao modelo de redes de cuidado,

de base territorial  e atuação transversal  com outras políticas específicas e que busquem o

estabelecimento de vínculos e acolhimento. Essas ações devem estar fundamentadas nos

princípios do SUS e nos princípios da Reforma Psiquiátrica. Podemos sintetizar como princípios

fundamentais dessa articulação entre saúde mental e Atenção Básica:

• noção de território;

• organização da atenção à saúde mental em rede;

• intersetorialidade;

• reabilitação psicossocial;

• multiprofissionalidade/interdisciplinaridade;

• desinstitucionalização;

• promoção da cidadania dos usuários;

• construção da autonomia possível de usuários e familiares.

Território  não é apenas uma área geográfica, embora sua geografia também seja muito

importante para caracterizá-lo. O território é constituído fundamentalmente pelas pessoas que

nele habitam, com seus conflitos, seus interesses, seus amigos, seus vizinhos, sua família, suas

instituições, seus cenários (igreja, cultos, escola, trabalho, boteco etc.). É essa noção de território

que busca organizar uma rede de atenção às pessoas que sofrem com transtornos mentais e

suas famílias, amigos e interessados.

As redes possuem muitos centros, muitos nós que as compõem e as tornam complexas e

resistentes. O fundamental é que não se perca a dimensão de que o eixo organizador dessasredes são as pessoas, sua existência, seu sofrimento.

A atenção em saúde mental deve ser prestada dentro de uma rede de cuidados. Estão incluídos

nessa rede:

•  Atenção Básica (Equipes de Saúde da Família, Núcleos de Apoio à Saúde da Família)

•  Centros de atenção psicossocial (CAPS)

•  Centros de convivência e cultura assistidos•  Cooperativas de economia solidária

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•  Oficinas de geração de renda

•  Residências terapêuticas

Esta rede visa substituir o modelo obsoleto dos hospitais psiquiátricos tendo em vista a prestação

da assistência à saúde como um direito de todos e através da descentralização  e da

territorialização dos atendimentos em saúde, conforme diretrizes estabelecidas pela Lei Federal

8080/ 90 que institui o SUS.

Organização das ações de Saúde Mental na Atenção Básica

O apoio matricial constitui um arranjo organizacional que visa conceder suporte técnico em áreasespecíficas às equipes responsáveis pelo desenvolvimento de ações básicas de saúde para a

população. Neste modelo, a equipe por ele responsável compartilha alguns casos com a

equipe de saúde local (no caso, as equipes da Atenção Básica responsáveis pelas famílias de

um dado território). Esse compartilhamento se produz em forma de co-responsabilização pelos

casos, que pode se efetivar através de discussões conjuntas de caso, intervenções

conjuntas junto às famílias e comunidades ou em atendimentos conjuntos.

A responsabilização compartilhada dos casos exclui a lógica do encaminhamento, pois visa

aumentar a capacidade resolutiva de problemas de saúde pela equipe local. Assim, ao longo

do tempo e gradativamente, também estimula a interdisciplinaridade e a ampliação da clínica

na equipe. A ampliação da clínica significa o resgate e a valorização de outras dimensões, que

não somente a biológica e a dos sintomas, na análise singular de cada caso. Assim, riscos como

os sociais e outros se incorporam à avaliação clínica.

As atuais diretrizes orientam que, onde houver cobertura da Estratégia de Saúde da Família,

deverá haver uma equipe de apoio matricial em saúde mental para no mínimo seis e no máximonove equipes de PSF. Outro arranjo possível é a presença obrigatória de profissionais da área de

saúde mental nos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF).

Como Organizar as Ações de Apoio Matricial

Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são instituições destinadas a acolher os pacientes

com transtornos mentais, estimular sua integração social e familiar, apoiá-los em suas

iniciativas de busca da autonomia, oferecer-lhes atendimento médico e psicológico. Suacaracterística principal é buscar integrá-los a um ambiente social e cultural concreto,

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designado como seu “território”,  o espaço da cidade onde se desenvolve a vida quotidiana de

usuários e familiares. Os CAPS constituem a principal estratégia do processo de reforma

psiquiátrica.

Os CAPS, dentro da atual política de saúde mental do Ministério da Saúde, são considerados

dispositivos estratégicos para a organização da rede de atenção em saúde mental. Eles

devem ser territorializados, ou seja, devem estar circunscritos no espaço de convívio social

(família, escola, trabalho, igreja etc.) daqueles usuários que os freqüentam. Deve ser um serviço

que resgate as potencialidades dos recursos comunitários  à sua volta, pois todos esses

recursos devem ser incluídos nos cuidados em saúde mental. A reinserção social pode se dar a

partir do CAPS, mas sempre em direção à comunidade.

Os CAPS devem assumir seu papel estratégico na articulação e na construção dessas redes,

tanto cumprindo suas funções na assistência direta e na regulação da rede  de serviços de

saúde, trabalhando em conjunto com as equipes de Saúde da Família e Agentes

Comunitários de Saúde, quanto na promoção da vida comunitária e da autonomia dos usuários,

articulando os recursos existentes em outras redes: sócio-sanitárias, jurídicas, cooperativas

de trabalho, escolas, empresas etc.

Rede e território são dois conceitos fundamentais para o entendimento do papel estratégico dos

CAPS e isso se aplica também à sua relação com a rede básica de saúde. A Reforma

Psiquiátrica consiste no progressivo deslocamento do centro do cuidado para fora do

hospital, em direção à comunidade, e os CAPS são os dispositivos estratégicos desse

movimento. Entretanto, é a rede básica de saúde o lugar privilegiado de construção de uma

nova lógica de atendimento e de relação com os transtornos mentais.

Desse modo, a organização das Ações de Apoio Matricial pode ser efetivada das seguintes

formas:

a. Onde houver CAPS, Oficinas e/ou outros equipamentos da Saúde Mental: os diversos membros

dessas equipes de saúde mental farão o apoio matricial às diferentes equipes da Atenção Básica,

programando sua carga horária para encontros semanais, e formas de contato para demandas

inesperadas ou intercorrências.

a.1. No caso de municípios onde o número de CAPS é insuficiente para garantir apoio matricial a

todas as equipes da Atenção Básica é possível compor esse apoio com a implantação de equipes

de apoio matricial (conforme item b) e/ou planejar a expansão do número de CAPS.

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b. Onde não houver serviços de saúde mental: criação de equipes de apoio matricial compostas,

no mínimo, por um médico psiquiatra (ou generalista com capacitação em saúde mental), dois

técnicos de nível superior (psicólogo, terapeuta ocupacional, assistente social, enfermeiro etc.) e

auxiliares de enfermagem, para no mínimo seis e no máximo nove equipes de PSF ou para

grupos populacionais entre 15 e 30 mil habitantes.

b.1) No caso de municípios com menos de 20 mil habitantes é possível pensar em equipes de

apoio matricial mais simples, compostas por um médico generalista com capacitação em saúde

mental e um técnico de saúde mental de nível superior.

Este “apoio matricial” é completamente diferente da lógica do encaminhamento ou da referência e

contra-referência no sentido estrito, porque significa a responsabilidade compartilhada dos

casos. Quando o território for constituído por uma grande população de abrangência, é importante

que o CAPS discuta com o gestor local a possibilidade de acrescentar a seu corpo funcional uma

ou mais equipes de saúde mental, destinadas a realizar essas atividades de apoio à rede básica.

Essas atividades não devem assumir características de uma “especialização”, devem estar

integradas completamente ao funcionamento geral do CAPS.

Responsabilidades Compartilhadas entre as Equipes Matriciais de

Saúde Mental e da Atenção Básica

As equipes de saúde mental de apoio à Atenção Básica incorporam ações de supervisão,

atendimento em conjunto e atendimento específico, além de participar das iniciativas de

capacitação. Além disso, as seguintes ações devem ser compartilhadas:

a. Desenvolver ações conjuntas, priorizando: casos de transtornos mentais severos e

persistentes, uso abusivo de álcool e outras drogas, pacientes egressos de internações

psiquiátricas, pacientes atendidos nos CAPS, tentativas de suicídio, vítimas de violência

doméstica intradomiciliar.

b. Discutir casos identificados pelas equipes da Atenção Básica que necessitem de uma

ampliação da clínica em relação às questões subjetivas.

c. Criar estratégias comuns para abordagem de problemas vinculados à violência, abuso de álcool

e outras drogas, estratégias de redução de danos etc. nos grupos de risco e nas populações em

geral.

d. Evitar práticas que levem à psiquiatrização e medicalização de situações individuais e sociais,

comuns à vida cotidiana.

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e. Fomentar ações que visem a difusão de uma cultura de assistência não manicomial, diminuindo

o preconceito e a segregação com a loucura.

f. Desenvolver ações de mobilização de recursos comunitários, buscando construir espaços dereabilitação psicossocial na comunidade, como oficinas comunitárias, destacando a relevância da

articulação intersetorial (conselhos tutelares, associações de bairro, grupos de auto-ajuda etc.).

g. Priorizar abordagens coletivas e de grupos como estratégias para atenção em saúde mental,

que podem ser desenvolvidas nas Unidades de Saúde, bem como na comunidade.

h. Adotar a estratégia de redução de danos nos grupos de maior vulnerabilidade, no manejo das

situações envolvendo consumo de álcool e outras drogas. Avaliar a possibilidade de integração

dos agentes redutores de dano a essa equipe de apoio matricial.

i. Trabalhar o vínculo com as famílias, tomando-a como parceira no tratamento e buscar constituir

redes de apoio e integração. 

Formação Profissional e Educação Permanente em Saúde Mental

A Coordenação de Saúde Mental do Ministério da Saúde, em seu Programa Permanente deFormação para a Reforma Psiquiátrica, prevê a implantação de Núcleos Regionais de

Capacitação e Produção de Conhecimento no interior dos Pólos de Educação Permanente em

Saúde. Esses núcleos estão se constituindo com representantes de SMS, SES, unidades

acadêmicas envolvidas etc. São, portanto, instrumentos de apoio/cooperação para os municípios

que estiverem realizando ações de saúde mental na Atenção Básica no sentido de qualificar a

rede e o cuidado, e de repensar as estratégias de formação.

Os cursos a serem oferecidos podem ser voltados para as equipes da rede básica: médicosgeneralistas, enfermeiros, agentes comunitários de saúde, incluindo propostas de atualização em

saúde mental (temas afins), de acordo com os princípios da Reforma Psiquiátrica. Nesse contexto,

é primordial que sejam desenvolvidas capacitações voltadas à promoção da autonomia dos

usuários, e a participação da família como parceira no tratamento. A Coordenação de Saúde

Mental/DAPE propõe conteúdos básicos a serem abordados nesses cursos, podendo ser

modificados de acordo com as demandas e necessidades locais. Há também a disponibilidade

para o suporte e a orientação técnica aos núcleos em formação e aos gestores locais.

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A estratégia de capacitação a ser desenvolvida pelos núcleos se entrelaça com a da implantação

das equipes de apoio matricial, pois estas podem trabalhar na linha da formação continuada e em

serviço, discutindo casos e textos junto às equipes da Atenção Básica.

Neste contexto, o CAPS precisa:

a) conhecer e interagir com as equipes de atenção básica de seu território;

b) estabelecer iniciativas conjuntas de levantamento de dados relevantes sobre os principais

problemas e necessidades de saúde mental no território;

c) realizar apoio matricial às equipes da atenção básica, isto é, fornecer-lhes orientação e

supervisão, atender conjuntamente situações mais complexas, realizar visitas domiciliares

acompanhadas das equipes da atenção básica, atender casos complexos por solicitação da

atenção básica;

d) realizar atividades de educação permanente (capacitação, supervisão) sobre saúde mental, em

cooperação com as equipes da atenção básica.

Como Financiar a Formação

De acordo com o contexto local, o financiamento pode ocorrer através dos recursos do Projeto de

Apoio à Expansão do Programa Saúde da Família (PROESF), de recursos da Secretaria de

Gestão do Trabalho e de Educação na Saúde (SEGTES) para os Pólos de Educação Permanente

em Saúde, de recursos específicos da Coordenação Geral de Saúde Mental e das parcerias entre

gestores locais e estaduais.

Caracterização dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS)

Os CAPS, assumindo um papel estratégico na organização da rede comunitária de cuidados,farão o direcionamento local das políticas e programas de Saúde Mental: desenvolvendo projetos

terapêuticos e comunitários, dispensando medicamentos, encaminhando e acompanhando

usuários que moram em residências terapêuticas, assessorando e sendo retaguarda para o

trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde e Equipes de Saúde da Família no cuidado

domiciliar . Esses são os direcionamentos atuais da Política de Saúde Mental para os CAPS –

Centros de Atenção Psicossocial, e esperamos que esta publicação sirva como contribuição para

que esses serviços se tornem cada vez mais promotores de saúde e de cidadania das pessoas

com sofrimento psíquico.

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Os CAPS – assim como os NAPS (Núcleos de Atenção Psicossocial), os CERSAMs (Centros de

Referência em Saúde Mental) e outros tipos de serviços substitutivos que têm surgido no país,

são atualmente regulamentados pela Portaria nº 336/GM, de 19 de fevereiro de 2002 e integram a

rede do Sistema Único de Saúde, o SUS. Essa portaria reconheceu e ampliou o funcionamento e

a complexidade dos CAPS, que têm a missão de dar um atendimento diuturno às pessoas que

sofrem com transtornos mentais severos e persistentes, num dado território, oferecendo cuidados

clínicos e de reabilitação psicossocial, com o objetivo de substituir o modelo hospitalocêntrico,

evitando as internações e favorecendo o exercício da cidadania e da inclusão social dos usuários

e de suas famílias.

Como já vimos, um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) ou Núcleo de Atenção Psicossocial é

um serviço de saúde aberto e comunitário do Sistema Único de Saúde (SUS). Ele é um lugar

de referência e tratamento para pessoas que sofrem com transtornos mentais, psicoses, neuroses

graves e demais quadros, cuja severidade e/ou persistência justifiquem sua permanência num

dispositivo de cuidado intensivo, comunitário, personalizado e promotor de vida.

O objetivo dos CAPS é oferecer atendimento à população de sua área de abrangência, realizando

o acompanhamento clínico e a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho, lazer,

exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários. É um serviço de

atendimento de saúde mental criado para ser substitutivo às internações em hospitais

psiquiátricos.

Os diferentes tipos de CAPS são:

• CAPS I e CAPS II:  são CAPS para atendimento diário de adultos, em sua população de

abrangência, com transtornos mentais severos e persistentes.

• CAPS III: são CAPS para atendimento diário e noturno de adultos, durante sete dias da semana,

atendendo à população de referência com transtornos mentais severos e persistentes.

• CAPSi: CAPS para infância e adolescência, para atendimento diário a crianças e adolescentes

com transtornos mentais.

• CAPSad:  CAPS para usuários de álcool e drogas, para atendimento diário à população com

transtornos decorrentes do uso e dependência de substâncias psicoativas, como álcool e outras

drogas. Esse tipo de CAPS possui leitos de repouso com a finalidade exclusiva de tratamento de

desintoxicação.

Em municípios de pequeno porte, com população inferior a 20.000 habitantes, o Ministério da

Saúde recomenda investimentos na rede de Atenção Básica com ações de saúde mental e com

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apoio matricial de uma equipe de saúde mental. A equipe de saúde mental neste contexto deverá

ser constituída por 1 psicólogo ou psiquiatra necessariamente e 1 terapeuta ocupacional e/ou 1

assistente social e deve estar articulada preferencialmente aos CAPS, onde houver, ou a um

outro serviço de saúde mental de referência. Uma possibilidade complementar a esta é a

formação de consórcios intermunicipais de saúde nos quais poderá ser pactuada a

implantação de um CAPS com atendimento regionalizado e cada município participante oferece

alguma forma de contrapartida, como o prédio, o mobiliário, o pagamento da equipe, etc.

Organizamos uma série de quadros com as principais características de cada um dos CAPS para

facilitar seu entendimento e dinamizar seu estudo. Recomendamos que observe as diferenças

existentes entre as várias propostas para evitar confusões no momento de resolver as questões

da prova. Dica: existe uma lógica de ampliação dos serviços e das responsabilidades de acordo

com a classificação nos casos dos CAPS I, II e III. Quanto aos CAPSi e CAPSad a lógica é da

especialização do serviço. Em todos os tipos enfatiza-se a responsabilidade da equipe em prestar

uma atenção estratégica, mantendo-se como referência nas ações em saúde mental e prestando

suporte a outros serviços de saúde.

Quadro 1: Características e Atribuições dos CAPS I 

CARACTERÍSTICAS ATRIBUIÇÕES

   C   A   P

   S

   I

 

• Municípios entre 20.000 e 70.000hab.;

•  Funciona no período das 8 às 18horas, em dois turnos, durante oscinco dias úteis da semana.

• Organiza, sob coordenação do gestor local, ademanda e a rede de cuidados em saúde mentalno âmbito do seu território;

•  Possui capacidade técnica para regular a porta deentrada da rede assistencial no âmbito do seuterritório e/ou do módulo assistencial;

• Coordena, por delegação do gestor local, asatividades de supervisão de unidades hospitalares

psiquiátricas no âmbito do seu território;

• Supervisiona e capacita as equipes de atençãobásica, serviços e programas de saúde mental noâmbito do seu território e/ou do móduloassistencial;

• Realiza, e mantem atualizado, o cadastramentodos pacientes que utilizam medicamentosregulamentados pelas Portarias GM/MS nº1.077/1999 e SAS/MS nº 341/ 2001;

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Observe que no CAPS I a assistência é prestada apenas a adultos, em cidades de médio porte e

em plantão diurno de segunda a sexta-feira. De acordo com a Portaria nº 336/GM, de 19 de

fevereiro de 2002, a  atividade de organização da demanda e da rede de cuidados deve ser

realizada sob coordenação do gestor local, a regulação da porta de entrada da rede assistencial

exige a priori   a capacidade técnica da equipe, enquanto a atividade de coordenação deve ser

delegada pelo gestor. Fique atento a estes requisitos, pois se aplicam a todos os tipos de CAPS e

costumam ser aplicados como pegadinha nas questões de concurso.

Quadro 2: Composição das Equipes e Tipos de Assistência Prestada pelos CAPS I

COMPOSIÇÃO DA EQUIPE TIPOS DE ASSISTÊNCIA

   C   A   P   S   I

 

Para 20 pacientes por turno, comlimite máximo 30 pacientes/dia, emregime de atendimento intensivo,será composta por:

•  1 Médico com formação em saúdemental;

• 1 Enfermeiro;•  3 profissionais de nível superior entre

as seguintes categorias profissionais:

Psicólogo;Assistente social;Terapeuta ocupacional;Pedagogo;

ou outro profissional necessário aoprojeto terapêutico.

•  4 profissionais de nível médio:

Técnico de enfermagem e/ouAuxiliar de enfermagem;

Técnico administrativo;Técnico educacional eArtesão.

• Atendimento individual (medicamentoso,psicoterápico, de orientação, entre outros);

• Atendimento em grupos (psicoterapia, grupooperativo, atividades de suporte social, entreoutras);

• Atendimento em oficinas terapêuticasexecutadas por profissional de nível superior ounível médio;

• Visitas domiciliares;

• Atendimento à família;

• Atividades comunitárias enfocando a integraçãodo paciente na comunidade e sua inserçãofamiliar e social;

• Os pacientes assistidos em um turno (quatrohoras) receberão uma refeição diária, osassistidos em dois turnos (oito horas) receberãoduas refeições diárias.

A composição da equipe é vinculada à capacidade de atendimento da demanda. No caso do

CAPS I a referência é de 20 pacientes por turno, com limite máximo 30 pacientes/dia, em

regime de atendimento intensivo. Em um próximo tópico explicaremos quais as características do

atendimento intensivo. Observe que é estabelecido o limite máximo de atendimento a fim de

assegurar a qualidade da assistência. Dentre a assistência prestada encontra-se o fornecimentode refeições diárias a cada usuário presente e em número vinculado à quantidade de horas de

permanência nas atividades.

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Para o CAPS I é necessário um médico com formação em saúde mental, mas não

necessariamente um psiquiatra, e o enfermeiro não precisa ter formação em saúde mental. São

necessários ainda 3 profissionais de nível superior dentre as quatro áreas de formação elencadas

e 4 profissionais de nível médio dentre as 5 profissões descritas. Os atendimentos são prestados

tanto ao usuário quanto a seus familiares e podem ocorrer individualmente ou em grupo. É

atribuição do CAPS também a realização de atividades na comunidade com intuito de favorecer a

inserção social dos usuários do serviço e de suas famílias.

Quadro 3: Características e Atribuições dos CAPS II

CARACTERÍSTICAS ATRIBUIÇÕES

   C   A   P   S

   I   I

 •  Municípios com população

entre 70.000 e 200.000 hab.;

•  Funciona das 8 às 18 horas,em dois turnos, durante oscinco dias úteis da semana,podendo comportar umterceiro turno funcionando até21 horas.

• Organiza, sob coordenação do gestor local, a demandae a rede de cuidados em saúde mental no âmbito doseu território;

• Possui capacidade técnica para regular a porta deentrada da rede assistencial no âmbito do seu territórioe/ou do módulo assistencial;

• Coordena, por delegação do gestor local, as atividadesde supervisão de unidades hospitalares psiquiátricas noâmbito do seu território;

• Supervisiona e capacita as equipes de atenção básica,serviços e programas de saúde mental no âmbito doseu território e/ou do módulo assistencial;

• Realiza, e mantem atualizado, o cadastramento dospacientes que utilizam medicamentos regulamentadospelas Portarias GM/MS nº 1.077/1999 e SAS/MS nº341/ 2001;

O CAPS II atende a municípios com população entre 70.000 e 200.000 habitantes em dois turnosdurante cinco dias da semana, no entanto, pode funcionar em um terceiro turno estendendo o

atendimento até as 21 horas caso seja observada a necessidade pela equipe e pelo gestor local.

As atribuições previstas são as mesmas apresentadas na descrição do CAPS I.

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Quadro 4: Composição das Equipes e Tipos de Assistência Prestada pelos CAPS II

COMPOSIÇÃO DA EQUIPE TIPOS DE ASSISTÊNCIA

   C   A   P   S

   I   I

 Para 30 pacientes por turno comlimite máximo 45 pacientes/dia, emregime intensivo, será compostapor:

• 1 Médico psiquiatra;• 1 Enfermeiro com formação em saúde

mental;• 4 profissionais de nível superior entre

as seguintes categorias profissionais:

Psicólogo,

Assistente social,Enfermeiro,Terapeuta ocupacional,Pedagogo

ou outro profissional necessário aoprojeto terapêutico;

• 6 profissionais de nível médio:

Técnico de enfermagem e/ouAuxiliar de enfermagem;Técnico administrativo;Técnico educacional eArtesão.

• Atendimento individual (medicamentoso,psicoterápico, de orientação, entre outros);

• Atendimento em grupos (psicoterapia, grupooperativo, atividades de suporte social, entreoutras);

•  Atendimento em oficinas terapêuticas executadaspor profissional de nível superior ou nível médio;

• Visitas domiciliares;

• Atendimento à família;

• Atividades comunitárias enfocando a integração dopaciente na comunidade e sua inserção familiar esocial;

• Os pacientes assistidos em um turno (quatrohoras) receberão uma refeição diária, os assistidosem dois turnos (oito horas) receberão duasrefeições diárias.

Observe que a composição da equipe do CAPS II exige uma especialização maior de alguns

profissionais e amplia o quadro de categorias que podem ser inseridas no trabalho. Assim, o

médico assistente deve ter residência em psiquiatria e o enfermeiro precisa ter formação em

saúde mental. O número de profissionais de nível superior é ampliado para 4 e existe a

possibilidade de inserção de um enfermeiro generalista. No caso das profissões de nível médio

ocorre a necessidade do aumento de profissionais. Esta recomendação se aplica para o

atendimento de 30 pacientes por turno com limite máximo 45 pacientes/dia, em regime intensivo.

A necessidade de especialização do médico e do enfermeiro se deve a parâmetros

epidemiológicos, tendo em vista que em populações maiores existe maior probabilidade de

ocorrência de casos com maior complexidade técnica. As atividades desenvolvidas mantem o

mesmo formato do CAPS I.

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Quadro 5: Características e Atribuições dos CAPS III

CARACTERÍSTICAS ATRIBUIÇÕES

   C

   A   P   S

   I   I   I

 

• Municípios com população acimade 200.000 hab.;

• Serviço ambulatorial de atençãocontínua, durante 24 horasdiariamente, incluindo feriados efins de semana;

• É referenciado a um serviço deatendimento de urgência/emergência geral de sua região,

que faça o suporte de atençãomédica;

•  Organiza, sob coordenação do gestor local, ademanda e da rede de cuidados em saúde mentalno âmbito do seu território;

• Possui capacidade técnica para regular a porta deentrada da rede assistencial no âmbito do seuterritório e/ou do módulo assistencial;

•  Coordena, por delegação do gestor local, asatividades de supervisão de unidades hospitalarespsiquiátricas no âmbito do seu território;

•  Supervisiona e capacitar as equipes de atençãobásica, serviços e programas de saúde mental noâmbito do seu território e/ou do módulo assistencial;

•  Realiza, e mantem atualizado, o cadastramentodos pacientes que utilizam medicamentosregulamentados pelas Portarias GM/MS nº1.077/1999 e SAS/MS nº 341/ 2001;

Os CAPS III tem como características principais o atendimento ambulatorial de atenção contínua,

ou seja, durante 24 horas por dia e todos os dias, inclusive feriados e finais de semana. Além

disso, necessita estar referenciado a um serviço de atendimento de urgência/ emergência geral de

sua região a fim de assegurar-se de que haverá suporte médico adequado caso ocorra alguma

intercorrência. O CAPS III deve ser implantado em municípios com população acima de 200.000

habitantes. As atribuições são as mesmas dos CAPS I e II.

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Quadro 6: Composição das Equipes e Tipos de Assistência Prestada pelos CAPS III

COMPOSIÇÃO DA EQUIPE TIPOS DE ASSISTÊNCIA

   C   A   P   S

   I   I   I

 Para 40 pacientes por turno, tendo comolimite máximo 60 pacientes/dia, em regimeintensivo, será composta por:

• 2 Médicos psiquiatras;• 1 Enfermeiro com formação em saúde

mental;• 5 profissionais de nível superior entre as

seguintes categorias:

Psicólogo,Assistente social,Enfermeiro,

Terapeuta ocupacional,Pedagogo

ou outro profissional necessário ao projetoterapêutico;

• 8 profissionais de nível médio:

Técnico de enfermagem e/ouAuxiliar de enfermagem;Técnico administrativo;Técnico educacional eArtesão.

Período de acolhimento noturno, emplantões corridos de 12 horas, aequipe deve ser composta por:

• 3 técnicos/auxiliares de enfermagem, sobsupervisão do enfermeiro do serviço;

• 1 profissional de nível médio da área deapoio.

Para as 12 horas diurnas, nossábados, domingos e feriados, aequipe deve ser composta por:

•  1 profissional de nível superior entre asseguintes categorias:

Médico,Enfermeiro,Psicólogo,Assistente social,Terapeuta ocupacional,

ou outro profissional de nível superior justificado pelo projeto terapêutico;

• 3 técnicos/auxiliares técnicos deenfermagem, sob supervisão doenfermeiro do serviço;

•  1 profissional de nível médio da área deapoio.

• Atendimento individual (medicamentoso, psicoterápico, deorientação, entre outros);

•  Atendimento em grupos (psicoterapia, grupo operativo,atividades de suporte social, entre outras);

• Atendimento em oficinas terapêuticas executadas porprofissional de nível superior ou nível médio;

• Visitas domiciliares;

• Atendimento à família;

• Atividades comunitárias enfocando a integração dopaciente na comunidade e sua inserção familiar e social;

• Os pacientes assistidos em um turno (quatro horas)receberão uma refeição diária, os assistidos em doisturnos (oito horas) receberão duas refeições diárias;

• Acolhimento noturno, nos feriados e fins desemana, com no máximo cinco leitos, paraeventual repouso e/ou observação;

• Os pacientes assistidos em um turno (quatrohoras) receberão uma refeição diária; os assistidosem dois turnos (oito horas) receberão duasrefeições diárias, e os que permanecerem noserviço durante 24 horas contínuas receberãoquatro refeições diárias;

• A permanência de um mesmo paciente noacolhimento noturno fica limitada a sete diascorridos ou dez dias intercalados em um períodode 30 dias. 

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Os CAPS III exigem uma ampliação ainda maior do quantitativo de profissionais devido à

necessidade do formato de plantões em turno ininterruptos de atendimento. No entanto, no

aspecto qualitativo se mantem as mesmas categorias profissionais. Quanto à assistência, observe

que são mantidas as mesmas atribuições dos CAPS I e II, contudo está previsto o acolhimento

noturno com a recomendação de até 5 leitos para observação e há a limitação do número de dias

de atendimento mensais em atendimento noturno para cada paciente. Esta recomendação visa

evitar que os CAPS III se tornem asilos nos quais os usuários pernoitam indefinidamente. A

equipe deve estar atenta às necessidades dos usuários e buscar estabelecer as articulações

necessárias a fim de assegurar que estas pessoas sejam acolhidas por suas famílias ou por sua

rede social de apoio.

Quadro 7: Características e Atribuições dos CAPSi

CARACTERÍSTICAS ATRIBUIÇÕES

   C   A   P   S   i

 

• Destinado a crianças eadolescentes com transtornosmentais;

• Municípios com população decerca de 200.000 hab. ou de

acordo com outro critérioepidemiológico estabelecido pelogestor;

• Serviço ambulatorial de atençãodiária;

• Funciona das 8 às 18 horas, emdois turnos, durante os cinco diasúteis da semana, podendocomportar um terceiro turnofuncionando até 21 horas.

•  Organiza, sob coordenação do gestor local, ademanda e a rede de cuidados em saúde mental decrianças e adolescentes no âmbito do seu território;

• Possui capacidade técnica para regular a porta deentrada da rede assistencial no âmbito do seu

território e/ou do módulo assistencial;

•  Supervisiona e capacita as equipes de atençãobásica, serviços e programas de saúde mental noâmbito do seu território e/ou do módulo assistencial,na atenção à infância e adolescência;

•  Realiza, e mantem atualizado, o cadastramentodos pacientes que utilizam medicamentosregulamentados pelas Portarias GM/MS nº1.077/1999 e SAS/MS nº 341/ 2001;

O CAPSi é um serviço de atenção diária destinado ao atendimento de crianças e adolescentes

gravemente comprometidos psiquicamente. Estão incluídos nessa categoria os portadores de

autismo, psicoses, neuroses graves e todos aqueles que, por sua condição psíquica, estão

impossibilitados de manter ou estabelecer laços sociais. A experiência acumulada em serviços

que já funcionavam segundo a lógica da atenção diária indica que ampliam-se as possibilidades

do tratamento para crianças e adolescentes quando o atendimento tem início o mais cedo

possível, devendo, portanto, os CAPSi estabelecerem as parcerias necessárias com a rede de

saúde, educação e assistência social ligadas ao cuidado da população infanto-juvenil. Todas as

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ações desenvolvidas tem como foco a atenção à criança e ao adolescente com transtorno mental,

seja em intervenções individuais, familiares ou junto à comunidade. O critério para implantação é

mais flexível e deve considerar indicadores epidemiológicos. Os horários de funcionamento são

similares ao proposto para os CAPS II.

Quadro 8: Composição das Equipes e Tipos de Assistência Prestada pelos CAPSi

COMPOSIÇÃO DA EQUIPE TIPOS DE ASSISTÊNCIA

   C   A   P   S   i

 Atendimento de 15 crianças e/ouadolescentes por turno, tendo comolimite máximo 25 pacientes/dia, serácomposta por:

•  1 Médico psiquiatra, ou neurologista, oupediatra com formação em saúde mental;

•  1 Enfermeiro;•  4 profissionais de nível superior entre as

seguintes categorias profissionais:

Psicólogo,Assistente social,Enfermeiro,Terapeuta ocupacional,Fonoaudiólogo,Pedagogo

ou outro profissional necessário aoprojeto terapêutico;

• 5 profissionais de nível médio:

Técnico de enfermagem e/ouAuxiliar de enfermagem;Técnico administrativo;Técnico educacional eArtesão.

• Atendimento individual (medicamentoso, psicoterápico, deorientação, entre outros);

•  Atendimento em grupos (psicoterapia, grupo operativo,

atividades de suporte social, entre outras);• Atendimento em oficinas terapêuticas executadas por

profissional de nível superior ou nível médio;

• Visitas e atendimentos domiciliares;

• Atendimento à família;

• Atividades comunitárias enfocando a integração dacriança e do adolescente na família, na escola, nacomunidade ou quaisquer outras formas de inserçãosocial;

  Desenvolvimento de ações inter-setoriais, principalmentecom as áreas de assistência social, educação e justiça;

• Os pacientes assistidos em um turno (quatro horas)receberão uma refeição diária, os assistidos em doisturnos (oito horas) receberão duas refeições diárias.

Em geral, as atividades desenvolvidas nos CAPSi são as mesmas oferecidas nos demais CAPS,como atendimento individual, atendimento grupal, atendimento familiar, visitas domiciliares,

atividades de inserção social, oficinas terapêuticas, atividades socioculturais e esportivas,

atividades externas. Elas devem ser dirigidas para a faixa etária a quem se destina atender. A

equipe deve ser composta por psiquiatra ou neurologista ou pediatra com formação em saúde

mental, a possibilidade de inserção de um médico neurologista ou pediatra tem em vistas as

especificidades da faixa etária assistida e da alta freqüência de transtornos mentais em crianças

associados a quadros neurológicos. Pela mesma razão, ocorre a possibilidade de inserção de um

fonoaudiólogo. Ocorre ainda a diminuição do número de atendimentos/dia, uma vez que aassistência a crianças e adolescentes com transtornos mentais possui especificidades que

necessitam de maior tempo investido.

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Quadro 9: Características e Atribuições dos CAPSad

CARACTERÍSTICAS ATRIBUIÇÕES

   C   A   P   S  a   d

 • Destinado a pacientes com

transtornos decorrentes do uso edependência de substânciaspsicoativas;

• Municípios com populaçãosuperior a 70.000 hab.

• Serviço ambulatorial de atençãodiária;

• Mantem de dois a quatro leitos

para desintoxicação e repouso;

•  Funciona das 8 às 18 horas, emdois turnos, durante os cinco diasúteis da semana, podendocomportar um terceiro turnofuncionando até 21 horas

•  Organiza a demanda e a rede em saúde mental deinstituições de atenção a usuários de álcool e drogas,no âmbito de seu território;

• Regula a porta de entrada da rede assistencial noâmbito do seu território e/ou do módulo assistencial;

• Coordena as atividades de supervisão de serviços deatenção a usuários de drogas, em articulação com oConselho Municipal de Entorpecentes;

• Supervisiona e capacita as equipes de atenção

básica, serviços e programas de saúde mental noâmbito do seu território e/ou do módulo assistencial,

Quanto a transtornos decorrentes do uso prejudicial de álcool e outras drogas, a necessidade de

atendimento regular atinge cerca de 6 a 8% da população, embora existam estimativas ainda maiselevadas. Para essa população específica, vemos que o sistema assistencial ainda vigente (mas

em processo contínuo de revisão e reversão de seu modelo) privilegia as pessoas mais

acometidas, nos dispositivos de atenção hospitalar.

Os usuários que já apresentam padrão de dependência para substâncias psicoativas não

constituem a maior parcela da população de consumidores dessas substâncias. Portanto, é mais

útil pensar em “problemas associados ao uso de álcool e/ou outras drogas” do que em

“dependência”.

Os CAPSad devem oferecer atendimento diário a pacientes que fazem um uso prejudicial de

álcool e outras drogas, permitindo o planejamento terapêutico dentro de uma perspectiva

individualizada de evolução contínua. Possibilita ainda intervenções precoces, limitando o estigma

associado ao tratamento. Assim, a rede proposta se baseia nesses serviços comunitários,

apoiados por leitos psiquiátricos em hospital geral e outras práticas de atenção comunitária (ex.:

internação domiciliar, inserção comunitária de serviços), de acordo com as necessidades da

população-alvo dos trabalhos. São disponibilizados de dois a quatro leitos para desintoxicação e

repouso e os horários de atendimento são similares aos dos CAPS II.

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Quadro 10: Composição das Equipes e Tipos de Assistência Prestada pelos CAPSad

COMPOSIÇÃO DA EQUIPE TIPOS DE ASSISTÊNCIA

   C   A   P   S  a   d

 Atendimento de 25 pacientes por turno,tendo como limite máximo 45pacientes/dia, será composta por:

•  1 médico psiquiatra;

•  1 enfermeiro com formação em saúdemental;

•  1 médico clínico, responsável pelatriagem, avaliação e acompanhamento

das intercorrências clínicas;

•  4 profissionais de nível superior entre asseguintes categorias profissionais:

Psicólogo,Assistente social,Enfermeiro,Terapeuta ocupacional,Pedagogo

ou outro profissional necessário aoprojeto terapêutico;

  6 profissionais de nível médio:

Técnico de enfermagem e/ouAuxiliar de enfermagem;Técnico administrativo;Técnico educacional eArtesão.

• Atendimento individual (medicamentoso, psicoterápico, deorientação, entre outros);

•  Atendimento em grupos (psicoterapia, grupo operativo,atividades de suporte social, entre outras);

• Atendimento em oficinas terapêuticas executadas porprofissional de nível superior ou nível médio;

• Visitas domiciliares;

• Atendimento à família;

• Atividades comunitárias enfocando a integração dopaciente na comunidade e sua inserção familiar e social;

• Os pacientes assistidos em um turno (quatro horas)receberão uma refeição diária, os assistidos em doisturnos (oito horas) receberão duas refeições diárias.

Os CAPSad possuem a composição da equipe similar aos dos CAPS II, contudo se faz necessária

a inclusão de um médico clínico para triagem, avaliação e acompanhamento de possíveis

intercorrências clínicas. Os CAPSad desenvolvem uma gama de atividades que vão desde o

atendimento individual (medicamentoso, psicoterápico, de orientação, entre outros) até

atendimentos em grupo ou oficinas terapêuticas e visitas domiciliares. Também devem oferecer

condições para o repouso, bem como para a desintoxicação ambulatorial de pacientes que

necessitem desse tipo de cuidados e que não demandem por atenção clínica hospitalar.

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A Estratégia de Redução de Danos e o Programa de Volta para Casa

Redução de danos em álcool e drogas

A prevenção voltada para o uso abusivo e/ou dependência de álcool e outras drogas pode ser

definida como um processo de planejamento, implantação e implementação de múltiplas

estratégias voltadas para a redução dos fatores de risco específicos e fortalecimento dos fatores

de proteção. Implica necessariamente a inserção comunitária das práticas propostas, com a

colaboração de todos os segmentos sociais disponíveis. A prevenção teria como objetivo impedir

o uso de substâncias psicoativas pela primeira vez, impedir uma “escalada” do uso e minimizar as

conseqüências de tal uso.

A lógica que sustenta tal planejamento deve ser a da Redução de Danos, em uma ampla

perspectiva de práticas voltadas para minimizar as conseqüências globais de uso de álcool e

drogas. O planejamento de programas assistenciais de menor exigência contempla uma parcela

maior da população, dentro de uma perspectiva de saúde pública, o que encontra o devido

respaldo em propostas mais flexíveis, que não tenham a abstinência total como a única meta

viável e possível aos usuários dos serviços CAPSad.

As estratégias de prevenção devem contemplar a utilização combinada dos seguintes elementos:

fornecimento de informações sobre os danos do álcool e outras drogas, alternativas para lazer e

atividades livres de drogas; devem também facilitar a identificação de problemas pessoais e o

acesso ao suporte para tais problemas. Devem buscar principalmente o fortalecimento de vínculos

afetivos, o estreitamento de laços sociais e a melhora da auto-estima das pessoas. Os CAPSad

devem construir articulações consistentes com os Hospitais Gerais de seu território, para servirem

de suporte ao tratamento, quando necessário.

Programa De Volta para Casa 

O Programa "De Volta Para Casa", criado pelo Ministério da Saúde, é um programa de

reintegração social de pessoas acometidas de transtornos mentais, egressas de longas

internações, segundo critérios definidos na Lei nº 10.708, de 31 de julho de 2003, que tem como

parte integrante o pagamento do auxílio-reabilitação psicossocial.

Esta estratégia vem ao encontro de recomendações da OPAS e OMS para a área de saúde

mental com vistas a reverter gradativamente um modelo de atenção centrado na referência à

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internação em hospitais especializados por um modelo de atenção de base comunitária,

consolidado em serviços territoriais e de atenção diária.

Estima-se em cerca de 15.000 usuários do SUS, a população que deve ser beneficiária do auxílio

financeiro de que trata este programa, sendo favorecida sua reinserção no meio social mais

amplo, desde que atendidos os requisitos necessários para recebimento deste auxílio. Este

Programa atende ao disposto na Lei nº 10.216, de 06 de abril de 2001, que dispõe sobre a

proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo

assistencial em saúde mental, a qual, mais especificamente em seu artigo 5º, determina que os

pacientes há longo tempo hospitalizados, ou para os quais se caracterize situação de grave

dependência institucional, sejam objeto de política específica de alta planejada e reabilitação

psicossocial assistida.

O objetivo deste programa é contribuir efetivamente para o processo de inserção social dessas

pessoas, incentivando a organização de uma rede ampla e diversificada de recursos assistenciais

e de cuidados, facilitadora do convívio social, capaz de assegurar o bem estar global e estimular o

exercício pleno de seus direitos civis, políticos e de cidadania.

Os documentos que regulamentam o Programa de Volta para Casa são:

a) Lei no 10.708, de 31 de julho de 2003.

b) Portaria nº 2077/GM, de 31 de outubro de 2003.

O benefício consiste no pagamento mensal de auxílio-pecuniário, no valor de R$ 240,00 (duzentos

e quarenta reais) ao beneficiário ou seu representante legal, se for o caso, com duração de 01

(um) ano. Poderá ser renovado, a partir da avaliação de equipe municipal e de parecer da

Comissão de Acompanhamento do Programa “De Volta Para Casa” (CAP-SES e CAP-MS), e temcomo objetivo apoiar e acompanhar o beneficiário no seu processo de reabilitação psicossocial.

São responsabilidades dos gestores do SUS com o Programa "De Volta Para Casa":

I- No âmbito municipal:

- ser responsável pela atenção integral em saúde e assegurar a continuidade de cuidados em

saúde mental, em programas extra-hospitalares, para os beneficiários do programa;- selecionar, avaliar, preencher e encaminhar ao Ministério da Saúde informações cadastrais

necessárias para inclusão dos beneficiários no Programa;

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- acompanhar os beneficiários inseridos no programa.

II- No âmbito estadual:

- acompanhar as ações dos municípios vinculados ao programa;

- confirmar o município como apto a se inserir no programa;

- analisar os recursos provenientes das solicitações indeferidas pelos municípios;

- ter papel articulador entre os Hospitais de Custódia e Tratamento Psiquiátrico e o município,

quanto da indicação de pessoas daquelas instituições, em condições de serem beneficiadas pelo

programa.

III- No âmbito federal:

- cadastrar os beneficiários do municípios habilitados no programa por portaria;

- organizar e consolidar os cadastros dos beneficiários e dos municípios inseridos no programa;

- zelar pelo monitoramento e avaliação do programa;

- definir critérios de prioridade de inclusão de beneficiários por municípios;

- julgar os recursos provenientes do âmbito municipal ou estadual;

- processar mensalmente folha de pagamento dos beneficiários do programa;

- constituir Comissão Gestora do Programa de Volta para Casa.

Sintetizando, os parâmetros populacionais para a implantação dos CAPS são definidos da

seguinte forma:

•  Municípios até 20.000 habitantes - rede básica com ações de saúde mental

•  Municípios entre 20 a 70.000 habitantes - CAPS I e rede básica com ações de saúde mental

  Municípios com mais de 70.000 a 200.000 habitantes  - CAPS II, CAPS AD e rede básicacom ações de saúde mental

•  Municípios com mais de 200.000 habitantes  - CAPS II, CAPS III, CAPS AD, CAPSi, e rede

básica com ações de saúde mental e capacitação do SAMU.

As equipes técnicas de quaisquer tipos de CAPS devem organizar-se para acolher os usuários,

desenvolver os projetos terapêuticos, trabalhar nas atividades de reabilitação psicossocial,

compartilhar do espaço de convivência do serviço e poder equacionar problemas inesperados e

outras questões que porventura demandem providências imediatas, durante todo o período defuncionamento da unidade.

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O processo de reconstrução dos laços sociais, familiares e comunitários, que vão possibilitar a

autonomia, deve ser cuidadosamente preparado e ocorrer de forma gradativa.

O CAPS precisa estar inserido em uma rede articulada de serviços e organizações que se

propõem a oferecer um continuum de cuidados.

As práticas realizadas nos CAPS se caracterizam por ocorrerem em ambiente aberto, acolhedor e

inserido na cidade, no bairro. Os projetos desses serviços, muitas vezes, ultrapassam a própria

estrutura física, em busca da rede de suporte social, potencializadora de suas ações,

preocupando-se com o sujeito e sua singularidade, sua história, sua cultura e sua vida quotidiana.

As pessoas atendidas nos CAPS são aquelas que apresentam intenso sofrimento psíquico, que

lhes impossibilita de viver e realizar seus projetos de vida. São, preferencialmente, pessoas com

transtornos mentais severos e/ou persistentes, ou seja, pessoas com grave comprometimento

psíquico, incluindo os transtornos relacionados às substâncias psicoativas (álcool e outras drogas)

e também crianças e adolescentes com transtornos mentais.

Os usuários dos CAPS podem ter tido uma longa história de internações psiquiátricas, podem

nunca ter sido internados ou podem já ter sido atendidos em outros serviços de saúde

(ambulatório, hospital-dia, consultórios etc.).

O importante é que essas pessoas saibam que podem ser atendidas e saibam o que são e o que

fazem os CAPS.

Para ser atendido num CAPS pode-se procurar diretamente esse serviço ou ser encaminhado

pelo Programa de Saúde da Família ou por qualquer serviço de saúde. A pessoa pode ir sozinhaou acompanhada, devendo procurar, preferencialmente, o CAPS que atende à região onde mora.

A partir daí irá se construindo, conjuntamente, uma estratégia ou um projeto terapêutico para cada

usuário. Caso essa pessoa não queira ou não possa ser beneficiada com o trabalho oferecido

pelo CAPS, ela deverá ser encaminhada para outro serviço de saúde mais adequado para sua

necessidade. Se uma pessoa está isolada, sem condições de acesso ao serviço, ela poderá ser

atendida por um profissional da equipe do CAPS em casa, de forma articulada com as equipes de

saúde da família do local, quando um familiar ou vizinho solicitar ao CAPS. Por isso, é importanteque o CAPS procurado seja o mais próximo possível da região de moradia da pessoa.

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Intervenções Terapêuticas em Saúde Mental (Brasil, 2004) 

Cada usuário de CAPS deve ter um projeto terapêutico individual ou singular (PTS), isto é, um

conjunto de atendimentos que respeite a sua particularidade, que personalize o atendimento de

cada pessoa na unidade e fora dela e proponha atividades durante a permanência diária no

serviço, segundo suas necessidades.

O Terapeuta de Referência (TR) terá sob sua responsabilidade monitorar junto com o usuário o

seu projeto terapêutico, (re) definindo, por exemplo, as atividades e a freqüência de participação

no serviço. O TR também é responsável pelo contato com a família e pela avaliação periódica das

metas traçadas no projeto terapêutico, dialogando com o usuário e com a equipe técnica dos

CAPS.

Cada CAPS, por sua vez, deve ter um projeto terapêutico do serviço.

Quanto à freqüência, a assistência pode ser:

• Atendimento Intensivo: trata-se de atendimento diário, oferecido quando a pessoa se encontra

com grave sofrimento psíquico, em situação de crise ou dificuldades intensas no convívio social efamiliar, precisando de atenção contínua. Esse atendimento pode ser domiciliar, se necessário;

• Atendimento Semi-Intensivo: nessa modalidade de atendimento, o usuário pode ser atendido

até 12 dias no mês. Essa modalidade é oferecida quando o sofrimento e a desestruturação

psíquica da pessoa diminuíram, melhorando as possibilidades de relacionamento, mas a pessoa

ainda necessita de atenção direta da equipe para se estruturar e recuperar sua autonomia. Esse

atendimento pode ser domiciliar, se necessário;

• Atendimento Não-Intensivo: oferecido quando a pessoa não precisa de suporte contínuo da

equipe para viver em seu território e realizar suas atividades na família e/ou no trabalho, podendo

ser atendido até três dias no mês. Esse atendimento também pode ser domiciliar.

Quanto aos tipos de assistência:

• Tratamento medicamentoso:  tratamento realizado com remédios chamados medicamentos

psicoativos ou psicofármacos.

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• Atendimento a grupo de familiares: reunião de famílias para criar laços de solidariedade entre

elas, discutir problemas em comum, enfrentar as situações difíceis, receber orientação sobre

diagnóstico e sobre sua participação no projeto terapêutico.

• Atendimento individualizado a famílias:  atendimentos a uma família ou a membro de uma

família que precise de orientação e acompanhamento em situações rotineiras, ou em momentos

críticos.

• Orientação: conversa e assessoramento individual ou em grupo sobre algum tema específico,

por exemplo, o uso de drogas.

• Atendimento psicoterápico:  encontros individuais ou em grupo onde são utilizados os

conhecimentos e as técnicas da psicoterapia.

• Atividades comunitárias: atividades que utilizam os recursos da comunidade e que envolvem

pessoas, instituições ou grupos organizados que atuam na comunidade. Exemplo: festa junina do

bairro, feiras, quermesses, campeonatos esportivos, passeios a parques e cinema, entre outras.

• Atividades de suporte social: projetos de inserção no trabalho, articulação com os serviços

residenciais terapêuticos, atividades de lazer, encaminhamentos para a entrada na rede deensino, para obtenção de documentos e apoio para o exercício de direitos civis através da

formação de associações de usuários e/ou familiares.

• Oficinas culturais:  atividades constantes que procuram despertar no usuário um maior

interesse pelos espaços de cultura (monumentos, prédios históricos, saraus musicais, festas

anuais etc.) de seu bairro ou cidade, promovendo maior integração de usuários e familiares com

seu lugar de moradia.

• Visitas domiciliares:  atendimento realizado por um profissional do CAPS aos usuários e/ou

familiares em casa.

• Desintoxicação ambulatorial:  conjunto de procedimentos destinados ao tratamento da

intoxicação/ abstinência decorrente do uso abusivo de álcool e de outras drogas. 

Algumas dessas atividades são feitas em grupo, outras são individuais, outras destinadas às

famílias, outras são comunitárias. Quando uma pessoa é atendida em um CAPS, ela tem acesso

a vários recursos terapêuticos:

• Atendimento individual: prescrição de medicamentos, psicoterapia, orientação;

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• Atendimento em grupo:  oficinas terapêuticas, oficinas expressivas, oficinas geradoras de

renda, oficinas de alfabetização, oficinas culturais, grupos terapêuticos, atividades esportivas,

atividades de suporte social, grupos de leitura e debate, grupos de confecção de jornal;

• Atendimento para a família:  atendimento nuclear e a grupo de familiares, atendimento

individualizado a familiares, visitas domiciliares, atividades de ensino, atividades de lazer com

familiares;

• Atividades comunitárias: atividades desenvolvidas em conjunto com associações de bairro e

outras instituições existentes na comunidade, que têm como objetivo as trocas sociais, a

integração do serviço e do usuário com a família, a comunidade e a sociedade em geral. Essas

atividades podem ser: festas comunitárias, caminhadas com grupos da comunidade, participaçãoem eventos e grupos dos centros comunitários;

• Assembléias ou Reuniões de Organização do Serviço:  a Assembléia é um instrumento

importante para o efetivo funcionamento dos CAPS como um lugar de convivência. É uma

atividade, preferencialmente semanal, que reúne técnicos, usuários, familiares e outros

convidados, que juntos discutem, avaliam e propõem encaminhamentos para o serviço. Discutem-

se os problemas e sugestões sobre a convivência, as atividades e a organização do CAPS,

ajudando a melhorar o atendimento oferecido.

• Oficinas  são atividades realizadas em grupo com a presença e orientação de um ou mais

profissionais, monitores e/ou estagiários. Elas realizam vários tipos de atividades que podem ser

definidas através do interesse dos usuários, das possibilidades dos técnicos do serviço, das

necessidades, tendo em vista a maior integração social e familiar, a manifestação de sentimentos

e problemas, o desenvolvimento de habilidades corporais, a realização de atividades produtivas, o

exercício coletivo da cidadania.

De um modo geral, as oficinas terapêuticas podem ser:

• Oficinas expressivas: espaços de expressão plástica (pintura, argila, desenho etc.), expressão

corporal (dança, ginástica e técnicas teatrais), expressão verbal (poesia, contos, leitura e redação

de textos, de peças teatrais e de letras de música), expressão musical (atividades musicais),

fotografia, teatro.

• Oficinas geradoras de renda:  servem como instrumento de geração de renda através doaprendizado de uma atividade específica, que pode ser igual ou diferente da profissão do usuário.

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As oficinas geradoras de renda podem ser de: culinária, marcenaria, costura, fotocópias, venda de

livros, fabricação de velas, artesanato em geral, cerâmica, bijuterias, brechó, etc.

• Oficinas de alfabetização: esse tipo de oficina contribui para que os usuários que não tiveram

acesso ou que não puderam permanecer na escola possam exercitar a escrita e a leitura, como

um recurso importante na (re) construção da cidadania.

Credenciamento e Financiamento dos CAPS

Todo o processo deve começar pela coordenação municipal de saúde mental. A iniciativa de criar um CAPS

é do gestor municipal. Ele deve consultar a coordenação estadual de saúde mental e avaliar a

disponibilidade orçamentária, existência de recursos humanos etc. Existe todo um processo de

planejamento, que começa no âmbito municipal, a seguir regional, depois estadual. O coordenador estadual

de saúde mental dispõe das informações sobre os serviços a serem futuramente implantados no Estado,

atendendo aos critérios essenciais: população atendida (a prioridade são os municípios com população

maior), existência de recursos humanos e materiais no município e outros.

O processo de cadastramento de um CAPS segue um caminho:

1 – implantação efetiva do CAPS;

2 – encaminhamento da proposta à Secretaria de Estado da Saúde;

3 – aprovação na Comissão Intergestores Bipartite;

4 – encaminhamento ao Ministério da Saúde para homologação e cadastramento.

Observe que o cadastramento só pode ocorrer se o serviço já estiver em funcionamento e depende de

limites orçamentários.

Os municípios menores, com população abaixo de 20.000 habitantes, não necessitam de um CAPS, mas

devem ter um serviço de saúde mental, articulado com a rede básica de saúde (por exemplo, Programa deSaúde da Família).

Como implantar um CAPS?

Para a implantação do CAPS no município, deve-se primeiro observar o critério populacional para

a escolha do tipo de CAPS mais adequado ao porte do município. O Ministério da Saúde repassa

um incentivo antecipado para a implantação do serviço nos valores de R$ 20.000,00 (CAPS I), R$

30.000,00 (CAPS II e CAPSi), R$ 50.000,00 (CAPS III e CAPSad).

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Para a solicitação do incentivo antecipado deve-se seguir os seguintes procedimentos:

1) Encaminhar ofício com a solicitação do incentivo ao Ministério da Saúde, com cópia para a

respectiva Secretaria de Estado da Saúde, com os seguintes documentos:

II - projeto terapêutico do serviço;

III - cópia das identidades profissionais dos técnicos compondo equipe mínima, segundo as

diretrizes da Portaria 336/GM, de 19/02/02;

IV - termo de compromisso do gestor local, assegurando o início do funcionamento do CAPS em

até 3 (três) meses após o recebimento do incentivo financeiro de que trata esta Portaria; e

V - proposta técnica de aplicação dos recursos.

Se os CAPS não forem implantados em 90 dias, os recursos recebidos deverão ser devolvidos ao

MS. Os incentivos serão transferidos em parcela única, aos respectivos fundos, dos Estados,

Municípios e do Distrito Federal, sem onerar os respectivos tetos da assistência de média e alta

complexidade (ref.: Portaria nº 245/GM, de 17 de fevereiro de 2005).

Para a solicitação de cadastramento do serviço junto ao Ministério da Saúde deve-se seguir os

procedimentos abaixo:

1) Requerer à Comissão Intergestores Bipartite, por meio do Secretário de Estado da Saúde, a

aprovação do pedido de cadastramento do serviço;

2) Encaminhar processo de solicitação de cadastramentos ao Ministério da Saúde, instruído com

a seguinte documentação:

A - Documentação da Secretaria Municipal de Saúde e do gestor.

B - Projeto Técnico do CAPS;

C - Planta Baixa do CAPS;

D - Discriminação da Equipe Técnica, anexados os currículos dos componentes;

E - Relatório de Vistoria realizada pela Secretaria de Estado da Saúde (ref.: Portaria nº 336/GM,

de 19/02/02 e Portaria nº 189/SAS de 20/03/02).

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Financiamento das atividades desenvolvidas nos CAPS

Conforme a Portaria nº 189, de 20 de março de 2002, que define as normas e diretrizes para a

organização dos serviços que prestam assistência em saúde mental, serão remunerados os

seguintes serviços de acordo com seus critérios específicos: 

•  Acolhimento a pacientes de Centro de Atenção Psicossocial.

•  Acolhimento a pacientes de Centro de Atenção Psicossocial.

Estes procedimentos consistem no acolhimento/observação/repouso de pacientes em

acompanhamento nos Centros de Atendimento Psicossocial III, quando necessária a utilização do

leito.

•  Acompanhamento de Pacientes

•  Acompanhamento de Pacientes Psiquiátricos

•  Acompanhamento de Pacientes em Serviço de Atenção

Diária

•  Acompanhamento de Pacientes que, em função de seu quadro clínico atual,

demandem cuidados intensivos em saúde mental. (máximo 25procedimentos/paciente/mês)

Consiste no conjunto de atendimentos diários desenvolvidos individualmente e/ou em

grupos, por equipe multiprofissional especializada em saúde mental. CAPS I – máximo 25

pacientes/mês, CAPS II máximo 45 pacientes/ mês, CAPS III máximo 60 pacientes/mês

•  Acompanhamento a pacientes que, em função de seu quadro clínico atual, demandem

cuidados semi–intensivos em saúde mental (máximo 12 procedimentos/paciente/mês)

Consiste no conjunto de freqüentes atendimentos desenvolvidos individualmente e/ou em

grupos, por equipe multiprofissional especializada em saúde mental. CAPS I – máximo 50

pacientes/mês, CAPS II máximo 75 pacientes/mês e CAPS III máximo 90 pacientes/mês

•  Acompanhamento a pacientes que, em função de seu quadro clínico, demandem

cuidados não intensivos em saúde mental (máximo 3 procedimentos/paciente/mês)

Consiste no conjunto de atendimentos quinzenais/mensais, desenvolvidos individualmente

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e/ou em grupos, por equipe multiprofissional especializada em saúde mental. CAPS I –

máximo 90 pacientes/mês, CAPS II – máximo 100 pacientes/mês e CAPS III – máximo 150

pacientes/mês

•  Acompanhamento a crianças e adolescentes com transtornos mentais que demandem

cuidados intensivos em saúde mental (máximo 22 procedimentos/paciente/mês)

Consiste no conjunto de atendimentos diários, desenvolvidos individualmente e/ou em

grupos, por equipe multiprofissional especializada em saúde mental. CAPSi – máximo 25

pacientes/mês

•  Acompanhamento a crianças e adolescentes com transtornos mentais que demandem

cuidados semi-intensivos em saúde mental (máximo 12 procedimentos/paciente/mês)

Consiste no conjunto de freqüentes atendimentos, desenvolvidos individualmente e/ou em

grupos, por equipe multiprofissional especializada em saúde mental. CAPSi – máximo 50

pacientes/mês

•  Acompanhamento a crianças e adolescentes com transtornos mentais que demandem

cuidados não intensivos em saúde mental (máximo 3 procedimentos/paciente/mês)

Consiste no conjunto de atendimentos quinzenais/mensais, desenvolvidos individualmente

e/ou em grupos, por equipe multiprofissional especializada em saúde mental. CAPSi –

máximo 80 pacientes/mês

•  Acompanhamento a pacientes com dependência e/ou uso prejudicial de álcool e outras

drogas, que demandem cuidados intensivos em saúde mental (máximo 22procedimentos/paciente/mês)

Consiste no conjunto de atendimentos diários, desenvolvidos individualmente e/ou em

grupos, por equipe multiprofissional especializada em saúde mental. CAPSad – máximo 40

pacientes/mês

•  Acompanhamento a pacientes com dependência e/ou uso prejudicial de álcool e outras

drogas, que demandem cuidados semi-intensivos em saúde mental (máximo 12procedimentos/paciente/mês)

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Consiste no conjunto de freqüentes atendimentos, desenvolvidos individualmente e/ou em

grupos, por equipe multiprofissional especializada em saúde mental. CAPSad – máximo 60

pacientes/mês

•  Acompanhamento a pacientes com dependência e/ou uso prejudicial de álcool e outras

drogas, que demandem cuidados não intensivos em saúde mental (máximo 3

procedimentos/paciente/mês)

Consiste no conjunto de atendimentos quinzenais/mensais, desenvolvidos individualmente

e/ou em grupos, por equipe multiprofissional especializada em saúde mental. CAPSad –

máximo 90 pacientes/mês

•  Acompanhamento de pacientes que demandem cuidados em saúde mental no período

das 18 às 21 horas (máximo 8 procedimentos/paciente/mês)

Consiste no conjunto de atendimentos desenvolvidos no período compreendido entre 18 e

21 horas, individualmente e/ou em grupos, por equipe multiprofissional especializada em

saúde mental. CAPS II – máximo 15 pacientes/mês, CAPS III – máximo 20 pacientes/mês,

CAPSi – máximo 15 pacientes/mês, CAPSad – máximo 15 pacientes/mês

Somente as unidades cadastradas no Sistema Ambulatorial do SUS (SIA/SUS), como Tipo de

Unidade de código 37 – Centro de Atenção Psicossocial e que possuam o Serviço de Atenção

Psicossocial (CAPS I, I, III, CAPSi ou CAPSad), poderão realizar/cobrar os procedimentos

descritos acima.

A Portaria nº 189, de 20 de março de 2002  regulamenta ainda a inclusão  no Subsistema de

Autorização de Procedimentos Ambulatoriais de Alta Complexidade/Custo (APAC-SIA), osprocedimentos descritos anteriormente, assim como regulamenta os instrumentos e formulários

utilizados no Sistema:

- Laudo para Emissão de APAC. Este documento justifica, perante o órgão autorizador, a

solicitação dos procedimentos. Deve ser corretamente preenchido pelo profissional responsável

pelo paciente, em duas vias. A primeira via ficará arquivada no órgão autorizador e a segunda

encaminhada para a unidade onde será realizado o procedimento.

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- APAC-I/Formulário. Documento destinado a autorizar a realização de procedimentos

ambulatoriais de alta complexidade/custo. Deve ser preenchido em duas vias pelos autorizadores.

A primeira via ficará arquivada no órgão autorizador e a segunda encaminhada para a unidade

onde será realizado o procedimento.

- APAC-II/Meio Magnético – Instrumento destinado ao registro de informações, identificação de

paciente e cobrança dos procedimentos ambulatoriais de alta complexidade/custo.

Lembrando, SAI/SUS é o Sistema Ambulatorial do SUS e APAC é Autorização de Procedimentos

Ambulatoriais de Alta Complexidade/Custo. Estas siglas são importantes para o entendimento das

formas de financiamento de procedimentos no SUS.

A identificação dos pacientes no Sistema ocorre por meio da utilização do número do Cadastro de

Pessoa Física/Cartão de Identidade do Contribuinte – CPF/CIC, mas não é obrigatório o seu uso

para os pacientes que não os possuírem até a data da realização do procedimento. Nesses casos,

eles serão identificados nominalmente.

A cobrança dos procedimentos principais autorizados na APAC-I/Formulário será efetuada

mensalmente somente por meio de APAC-II/Meio Magnético, da seguinte forma:

APAC-II/Meio Magnético Inicial – abrange o período a partir da data de início da validade da

APAC-I/Formulário até o último dia do mesmo mês.

APAC-II/Meio Magnético de Continuidade – Abrange o 2º e o 3º mês subseqüentes à APAC-

II/Meio Magnético inicial.

A APAC-II/Meio Magnético poderá ser encerrada  com os códigos abaixo discriminados, deacordo com a Tabela de Motivo de Cobrança do SIA/SUS:

6.3 – Alta por abandono do tratamento.

6.8 – Alta por outras intercorrências clínica/cirúrgica.

6.9 – Alta por conclusão de tratamento.

7.1 – Permanece na mesma UPS com o mesmo procedimento.

7.2 – Permanece na mesma UPS com mudança de procedimento.

8.1 – Transferência para outra UPS.8.2 – Transferência para internação por intercorrência.

9.1 – Óbito relacionado à doença.

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9.2 – Óbito não relacionado à doença.

O valor dos procedimentos inclui todas as atividades desenvolvidas pelos profissionais voltados

para a assistência em saúde mental, inclusive as desenvolvidas em oficinas terapêuticas.

O Departamento de Informática do SUS/DATASUS disponibiliza em seu BBS/DATASUS/MS

área38 – SIA, o programa de APAC-II/Meio Magnético, a ser utilizado pelos prestadores de

serviço.

É de responsabilidade dos gestores estaduais e municipais, dependendo das prerrogativas e

competências compatíveis com o nível de gestão, efetuar o acompanhamento, controle, avaliação

e auditoria que permitam garantir o cumprimento do disposto nesta Portaria.

Trabalho em equipe e Gestão Compartilhada dos Serviços e Sistemas

A rede básica de saúde se constitui pelos centros ou unidades de saúde locais e/ou regionais,

pelo Programa de Saúde da Família e de Agentes Comunitários de Saúde, que atuam na

comunidade de sua área de abrangência. Esses profissionais e equipes são pessoas que estão

próximas e que possuem a responsabilidade pela atenção à saúde da população daqueleterritório. Os CAPS devem buscar uma integração permanente com as equipes da rede básica de

saúde em seu território, pois têm um papel fundamental no acompanhamento, na capacitação e

no apoio para o trabalho dessas equipes com as pessoas com transtornos mentais.

O protagonismo dos usuários é fundamental para que se alcancem os objetivos dos CAPS, como

dispositivos de promoção da saúde e da reabilitação psicossocial. Os usuários devem ser

chamados a participar das discussões sobre as atividades terapêuticas do serviço. A equipe

técnica pode favorecer a apropriação, pelos usuários, do seu próprio projeto terapêutico atravésdo Terapeuta de Referência, que é uma pessoa fundamental para esse processo e precisa pensar

sobre o vínculo que o usuário está estabelecendo com o serviço e com os profissionais e

estimulá-lo a participar de forma ativa de seu tratamento e da construção de laços sociais.

Os usuários devem ser incentivados a criar suas associações ou cooperativas, onde possam,

através da organização, discutir seus problemas comuns e buscar soluções coletivas para

questões sociais e de direitos essenciais, que ultrapassam as possibilidades de atuação dos

CAPS.

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As organizações de usuários e/ou familiares têm cumprido um importante papel na mudança do

modelo assistencial no Brasil, participando ativamente da discussão sobre os serviços de saúde

mental e promovendo atividades que visam a maior inserção social, a geração de renda e trabalho

e a garantia de seus direitos sociais.

Um dos objetivos do CAPS é incentivar que as famílias participem da melhor forma possível do

quotidiano dos serviços, incentivando o usuário a se envolver no projeto terapêutico, mas também

participando diretamente das atividades do serviço, tanto internas como nos projetos de trabalho e

ações comunitárias de integração social. Os familiares são considerados pelos CAPS como

parceiros no tratamento. A presença no atendimento oferecido aos familiares e nas reuniões e

assembléias.

A comunidade poderá ser parceira dos CAPS através de doações, cessão de instalações,

prestação de serviços, instrução ou treinamento em algum assunto ou ofício, realização conjunta

de um evento especial (uma festa, por exemplo), realização conjunta de projeto mais longo,

participação nas atividades rotineiras do serviço. O CAPS deve ser parte integrante da

comunidade, de sua vida diária e de suas atividades culturais.

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Questões Gabaritadas Questões Gabaritadas Questões Gabaritadas Questões Gabaritadas

QUESTÃO 01, (SES/ SC – 2010) Com relação ao campo de atenção psicossocial,

identifique se são verdadeiras (V) ou falsas (F) as afirmativas abaixo.

( ) Os Centros de Atenção Psicossocial são dispositivos de atenção terciária,

voltados para o estabelecimento de uma rede de serviços em saúde mental.

( ) O modelo de atenção psicossocial surge em oposição à lógica hospitalocêntrica,cuja prioridade era o atendimentos ao nível terciário, distante do território do sujeito.

( ) A atenção psicossocial tem como um dos seus princípios a territorialização que

implica, por um lado, atender a área de responsabilidade de uma unidade de saúde e,

por outro, o contexto comunitário do usuário.

( ) As diversas ações de saúde mental necessitam ser coordenadas entre elas numa

articulação interdisciplinar entre saberes e fazeres. Essas diversas ações devem

conformar o projeto terapêutico da instituição, que lhes dá sentido e harmonia.( ) A atenção psicossocial tem como uma de suas metas terapêuticas beneficiar a

reinserção social dos usuários, pois compreende que a exclusão social está na base

do processo de sofrimento psíquico.

Assinale a alternativa que apresente a sequência CORRETA, de cima para baixo.

(A) V – V – F – F – V

(B) V – F – V – V – F

(C) F – V – V – V – V

(D) F – V – F – F – F

(E) F – F – V – V – V

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QUESTÃO 02. (Pref. de Bodocó – PE/2011) Julgue as assertivas verdadeiras ou

falsas:

( ) Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são instituições que visam à

substituição dos hospitais psiquiátricos;

( ) Os CAPS são unidades de saúde locais / regionalizadas que contam com uma

população adscrita definida pelo nível local e que oferecem atendimento de cuidados

intermediários entre o regime ambulatorial e a internação hospitalar, em um ou dois

turnos de 4 horas, por equipe multiprofissional, constituindo-se também em porta de

entrada da rede de serviços para as ações relativas à saúde mental;( ) A atenção do CAPS deve incluir ações dirigidas somente aos pacientes.

( ) Os projetos terapêuticos dos CAPS devem ser singulares, respeitando-se

diferenças regionais, contribuições técnicas dos integrantes de sua equipe,

iniciativas locais de familiares e usuários e articulações intersetoriais que

potencializem suas ações;

(A) VVFV; (B) FVFV; (C) VVVV; (D) VVFF; (E) VFVF;

QUESTÃO 03. (SEJUS/ RO – 2010) Na área de Saúde Mental, a rede de atenção básica

tem como responsabilidade, em relação ao CAPS:

(A) estabelecer iniciativas de levantamento de dados relevantes sobre os principais problemas de

saúde mental no território para execução do CAPS.(B) realizar apoio matricial às equipes do CAPS.

(C) realizar atividades de educação permanente sobre saúde mental no CAPS.

(D) cooperar na recepção de uma equipe de apoio matricial em saúde mental do CAPS para no

mínimo, seis e, no máximo nove equipes de PSF.

(E) realizar encaminhamentos dos casos graves aos setores especializados do CAPS através da

lógica da referência.

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QUESTÃO 04. (Pref. de Rio Negrinho/ SC – 2010) De acordo com o projeto terapêutico

individual do paciente, o Centro de Atenção Psicossocial - CAPS pode oferecer os

seguintes atendimentos:

(A) Cuidado paleativo; cuidado coletivo; cuidado não intensivo.

(B) Cuidado intensivo; cuidado semipresencial; cuidado não intensivo.

(C) Cuidado intensivo; cuidado semi-intensivo; cuidado não presencial.

(D) Cuidado intensivo; cuidado semi-intensivo; cuidado não intensivo.

(E) Cuidado familiar; cuidado semi-intensivo; cuidado individual.

QUESTÃO 05. (FESF/ BA – 2010) As relações que extrapolam as estruturas

arquitetônicas e se instalam nas práticas e nas ações cotidianas, sendo assimiladas

e incorporadas pelos indivíduos, nos seus desejos e singularidades, reproduzindo a

discriminação e a marginalização, para o Movimento Nacional de Luta

Antimanicomial denomina-se

(A) Cultura Territorial.

(B) Cultura Terapêutica.

(C) Cultura Manicomial.

(D) Cultura Antimanicomial Severa.

(E) Cultura Previdenciária.

QUESTÃO 06. (Pref. de Bodocó – PE/2011) Quanto aos PROJETOS TERAPÊUTICOS,

quais dos elencados NÃO se compatibiliza com os ditames do CAPS:

(A) devem ser singulares, dentro das possibilidades;

(B) respeitar as diferenças regionais;

(C) respeitar as contribuições técnicas dos integrantes de sua equipe;

(D) manter-se afastado de iniciativas locais de familiares e usuários;

(E) ter articulações intersetoriais que potencializem suas ações.

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QUESTÃO 07. (Fundo Municipal de Saúde de Cantagalo – RJ/ 2006) Segundo a

Portaria GM/MS nº 336/03, o Serviço de Atenção Psicossocial para municípios com

população entre 20.000 e 70.000 habitantes é o CAPS I. A assistência prestada ao

paciente que reside em município deste porte tem a seguinte característica:

(A) será realizada através de atendimentos em grupos, contrapondo-se ao atendimento individual

(B) exclui visitas domiciliares e atendimento familiar

(C) exige atendimento em oficinas terapêuticas executadas por profissional de nível superior

(D) prevê atividades comunitárias e a inserção familiar e social do usuário

QUESTÃO 08. (Pref. de Rio Negrinho/ SC – 2010) Conforme as diretrizes do Ministério

da Saúde (BRASIL, 2004), os CAPS são instituições destinadas a:

(A) Acolher os pacientes com transtornos mentais, garantir a sua integração social e familiar,

apoiando-os em suas iniciativas de busca de medicamentos.

(B) Acolher os pacientes com transtornos bipolares, estimular sua integração com a família,

apoiando-os em suas iniciativas de busca de emprego.

(C) Acolher os pacientes com transtornos mentais, estimular sua integração social e familiar,

apoiando-os em suas iniciativas de busca de autonomia.

(D) Acolher os pacientes com transtornos compulsivos, fortalecer sua integração social,

estabelecendo o consequente reconhecimento social.

(E) Acolher os pacientes com transtornos de conduta, propiciar sua integração familiar, garantindo

a sua internação hospitalar.

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QUESTÃO 09. (Pref. de Marinalva PR/ 2010) O CAPS I – Serviço de atenção

psicossocial deve ter capacidade operacional para atendimento em municípios com

população entre 20.000 e 70.000 habitantes, com as seguintes características,

EXCETO

(A) funcionar no período de 7 às 22 horas, ininterruptamente, todos os dias da semana.

(B) possuir capacidade técnica para desempenhar o papel de regulador da porta de entrada da

rede assistencial no âmbito do seu estado.

(C) coordenar, por delegação do gestor estadual, as atividades de supervisão de unidades

hospitalares psiquiátricas no âmbito do seu território.

(D) supervisionar e capacitar as equipes de atenção especializada, serviços e programas de

saúde mental no âmbito do seu estado.

QUESTÃO 10. (Pref. de Surubim/ PE – 2009) Os Centros de Atenção Psicossocial

(CAPS) foram regulamentados pela Portaria/SNAS nº 224/92, sendo estrategicamente

o mais importante alicerce para a reforma Psiquiátrica Brasileira. Sobre CAPS,

coloque V (Verdadeiro) ou F (Falso).

( ) A partir dos CAPS, existe a possibilidade de organização de uma rede substitutiva

ao Hospital Psiquiátrico no país.

( ) É função dos CAPS prestar atendimento clínico em regime de atenção diária.

( ) É função dos CAPS promover a inserção social das pessoas com transtornos

mentais por meio de ações intersetoriais.

( ) Os CAPS regulam a porta de entrada da rede de assistência em saúde mental na

sua área de atuação e dão suporte à atenção à saúde mental na rede básica.

( ) Os CAPS são serviços complementares aos hospitais psiquiátricos.

( ) É função dos CAPS prestar atendimento clínico em regime de internações bem

como prestar acolhimento e atenção às pessoas com transtornos mentais graves e

persistentes.

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Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA.

(A) V,V,V,V,V,V.(B) V,F,F,V,V,V.

(C) V,V,V,V,F,F.

(D) F,V,F,V,F,F.

(E) F,V,V,V,V,F.

QUESTÃO 11. (SEJUS/ DF – 2010) O CAPS integra-se à reforma psiquiátrica. Acercadesse fato, assinale a alternativa incorreta.

(A) A sustentabilidade social do CAPS baseia-se no princípio da equidade, no desenvolvimento de

dispositivos inclusivos, como moradia, trabalho, renda, convivência, locomoção e escolarização.

(B) CAPS I deve prover atenção a uma população de 50.000 habitantes.

(C) CAPS III deve prover a atenção a uma população de 150.000 habitantes.

(D) CAPSad (álcool e outras drogas) e CAPSi (infanto-juvenil) devem prover a atenção a uma

população de 100.000 habitantes.(E) CAPS especiais devem atender a qualquer caso, sem considerar o número de habitantes da

comunidade.

QUESTÃO 12. (Fundo Municipal de Saúde de Cantagalo – RJ/ 2006) Uma

característica marcante do movimento da reforma psiquiátrica brasileira diz respeito

à:

(A) transformação da assistência ao doente mental, com a construção de possibilidades de

atenção que garantam a sua inserção e de sua família no projeto terapêutico

(B) defesa e consolidação do modelo hospitalocêntrico asilar como o melhor para o tratamento da

pessoa com transtorno mental

(C) exclusão da família do projeto terapêutico, por entender ser esta a grande causa de transtorno

mental

(D) previsão de fechamento de todos os leitos de internação psiquiátrica, orientando que todo o

tratamento ao doente acometido de transtorno mental seja desenvolvido em nível ambulatorial

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QUESTÃO 13. (Pref. de Surubim/ PE – 2009) Ainda sobre CAPS, leia as assertivas

abaixo.

I. Os CAPS têm autonomia de trazer o usuário para ser responsável e participar detodo seu tratamento.

II. Os CAPS são serviços estaduais comunitários que oferecem atendimento em

regime de internações curtas às pessoas com transtornos mentais severos e

persistentes.

III. O perfil populacional do Estado é, sem dúvida, um dos principais critérios para o

planejamento da rede de atenção à saúde mental nos Estados e para a implantação

de centros de atenção.IV. Os CAPS, no processo de construção de uma lógica comunitária de atenção à

saúde mental, oferecem recursos fundamentais para a reinserção social de pessoas

com transtornos mentais.

Estão CORRETAS

(A) I e II, apenas.

(B) I e IV, apenas.

(C) II e III, apenas.

(D) II, III e IV, apenas.

(E) I, II e III, apenas.

QUESTÃO 14. (Pref. de Rio Negrinho/ SC – 2009) A estratégia de implementação de

Equipes Matriciais de Referência em Saúde Mental foi articulada junto aos gestores

municipais. O apoio matricial significa:

(A) Constituição de uma equipe de médicos especialistas em saúde mental para dar suporte

técnico em áreas específicas às equipes responsáveis pelo desenvolvimento de ações

básicas de saúde para a população.

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(B) Um arranjo organizacional que visa outorgar suporte técnico em áreas específicas às equipes

responsáveis pelo desenvolvimento de ações básicas de saúde para a população.

(C) Um arranjo administrativo que visa organizar o serviço de referência terciária em saúde

mental para as equipes responsáveis pelo desenvolvimento de ações básicas de saúde para

a população.

(D) Constituição de uma equipe de assistentes sociais e psicólogos especialistas em saúde

mental para dar suporte técnico em áreas específicas às equipes responsáveis pelo

desenvolvimento de ações básicas de saúde para a população.

(E) Uma forma de suporte técnico em saúde mental e conseqüente inserção do psicólogo junto

às equipes responsáveis pelo desenvolvimento de ações básicas de saúde para a população.

QUESTÃO 15. (Pref. de Machados/ PE – 2010) Nos programas de saúde mental, a

prevenção primaria tem a finalidade de:

(A) abreviar o tempo de duração da doença

(B) reduzir a incidência de doenças psiquiátricas

(C) readaptar socialmente pacientes com seqüelas da doença

(D) tratar clinicamente as complicações das doenças crônicas

(E) diminuir o numero de pessoas que estão doentes num dado momento

Questão 25QUESTÃO 16. (FESF/ BA – 2010) De acordo com as Funções e modalidades de

atendimento dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), como dispositivos da

Reforma Psiquiátrica assinale a alternativa INCORRETA. 

(A) CAPSad, atende usuários de álcool e outras drogas cujo uso é secundário ao transtorno

Mental Clínico.

(B) O CAPS II, destina-se para a população entre 20.000 e 70.000 habitantes.

(C) O CAPSi atende crianças e adolescentes até 17 anos de idade.

(D) O CAPS III destina-se para municípios com populações acima de 200.000.

(E) O CAPS III funciona 24 horas incluindo feriados e fins de semana

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QUESTÃO 17. (Pref. de Poço Verde/SE – 2010) Considere as seguintes assertivas

relativas ao Movimento de Reforma Psiquiátrica e identifique qual é Verdadeira:

(A) Movimento que prevê o fechamento de todos os hospitais psiquiátricos e orienta que todo

paciente portador de doença mental seja acompanhado exclusivamente em regime ambulatorial.

(B) Movimento que propõe a exclusão da família em todo o processo de atenção ao portador de

doença mental.

(C) Movimento que defende o modelo hospitalocêntrico como a melhor proposta de tratamento

para o paciente portador de doença mental.

(D) Movimento cuja origem remonta ao século XVII e teve com objetivo principal a

institucionalização do doente mental.

(E) Movimento que visa a transformação da assistência ao doente mental, enfatizando a

construção de possibilidades de atenção que garantam a inserção e interação do doente mental e

sua família no projeto terapêutico.

QUESTÃO 18. (Fundo Municipal de Saúde de Cantagalo – RJ/ 2006) Segundo a

Portaria nº 2.197/GM, a atenção integral aos usuários de álcool e outras drogas em

unidades de atenção básica, ambulatórios não-especializados, Programa Saúde da

Família e Programa de Agentes Comunitários de Saúde tem como característica:

(A) atuação desarticulada da rede de atenção integral à saúde

(B) vínculo com a rede terciária para encaminhar os casos de DST/AIDS assim que descobertos

(C) adoção da lógica de redução de danos

(D) aconselhamento profundo e sistemático para viabilizar a desintoxicação dos usuários

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QUESTÃO 19. (Pref. de Surubim/ PE – 2009) Sobre a Reforma Psiquiátrica no Brasil,

iniciada na década de 80, observe os seguintes itens:

I. É influenciada pelo movimento antipsiquiátrico surgido nos anos 60, o qual

contesta a perspectiva medicalizante da doença mental. Neste movimento, enfatiza-

se o desenvolvimento de uma proposta alternativa aos manicômios, especialmente

ao seu caráter reclusivo e repressivo.

II. Contrapõe-se à percepção da doença mental como um fenômeno que se manifesta

meramente no nível biológico, em prejuízo das noções de ser, de existência e de

integridade dos seres humanos.III. Propõe a desospitalização a partir de serviços que funcionem como estruturas

intermediárias entre a internação integral e a vida comunitária. O hospital-dia

exemplifica este tipo de serviço assistencial.

Assinale a alternativa que identifica o (s) item (ns) CORRETO (S).

(A) I e II, apenas.

(B) I e III, apenas.

(C) II e III, apenas.

(D) III, apenas.

(E) I, II e III.

QUESTÃO 20. (Pref. de Rio Negrinho/ SC – 2009) O desenvolvimento da estratégiasaúde da família nos últimos anos e dos novos serviços substitutivos em saúde

mental – especialmente os Centros de Atenção Psicossocial – CAPS marcam um

progresso indiscutível da política do Sistema Único de Saúde. Dentro da atual

política de saúde mental do Ministério da Saúde, os CAPS são considerados:

(A) Serviços de resgate das potencialidades individuais dos usuários.

(B) Serviços de reinserção social em direção a atenção terciária.

(C) Dispositivos estratégicos para a organização da rede de saúde mental.

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(D) Dispositivos estratégicos para a substituição total das internações hospitalares.

(E) Serviços de estruturação de cuidados em saúde mental a partir da atenção hospitalar.

QUESTÃO 21. (EBAL / 2010) A partir do ano de 1992, inspirado pelo Projeto de Lei

Paulo Delgado, são aprovadas, em vários estados brasileiros, as primeiras leis que

determinam a substituição progressiva dos leitos psiquiátricos por uma rede

integrada de atenção à saúde mental. É a partir desse período que a política do

Ministério da Saúde em relação à saúde mental, acompanhando as diretrizes em

construção da Reforma Psiquiátrica, começa a ganhar contornos mais definidos.

Assim, pode-se afirmar:

(A) É na década de 90, marcada pelo compromisso firmado pelo Brasil, na assinatura da

Declaração de Caracas, e pela realização da II Conferência Nacional de Saúde Mental, que

passam a entrar em vigor, no país, as primeiras normas federais, regulamentando a implantação

de serviços de atenção diária à saúde mental, CAPS, NAPS e hospitais-dia.(B) No período inicial, o processo de expansão dos CAPS e NAPS é descontínuo, mas novas

normatizações do Ministério da Saúde, em 1992, regulamentavam os serviços de atenção diária à

saúde mental e instituíam uma linha específica de financiamento para os CAPS e NAPS.

(C) Na década de 80, quando estava em pleno vigor o funcionamento dos hospitais psiquiátricos,

 já se evitava o internamento de pacientes, mesmo em se tratanto de casos graves, que

necessitavam de uma atenção específica diária.

(D) No período de 1990, o processo de expansão dos CAPS e NAPS é contínuo, mas as novas

normatizações do Ministério da Saúde, em 1992, embora regulamentassem os novos serviços deatenção diária à saúde mental, não instituíam uma linha específica de financiamento para os

CAPS e NAPS.

(E) As normas para fiscalização e classificação dos hospitais psiquiátricos previam mecanismos

sistemáticos para a redução de leitos, mas, ao final da década de 90, o país tinha em

funcionamento 208 CAPS, embora cerca de 93% dos recursos do Ministério da Saúde para a

saúde mental ainda fossem destinados aos hospitais psiquiátricos.

QUESTÃO 22. (FUNASA/ 2010) Um marco fundamental do processo da Reforma

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Psiquiátrica Brasileira foi a transformação político-epistemológica doMovimento dos

Trabalhadores em Saúde Mental em Movimento Por Uma Sociedade Sem

Manicômios. Tal transformação coincide com o seguinte acontecimento:

(A) Declaração de Caracas

(B) 8ª Conferência Nacional de Saúde

(C) Intervenção na Casa de Saúde Anchieta

(D) I Conferência Nacional de Saúde Mental

(E) II Congresso de Trabalhadores em Saúde Mental

QUESTÃO 23. (Pref. de Bonito de Santa Fé/ PB – 2010) O Ministério da Saúde definiu,

como uma das estratégias da atenção psiquiátrica, a remuneração pelo SUS de

procedimentos como a assistência em hospital-dia, em núcleos e centros de atenção

psicossocial, as oficinas terapêuticas, entre outros.

Essa estratégia reflete o movimento da reforma psiquiátrica, que propõe a reorientação do

modelo assistencial, tendo como uma de suas diretrizes a

(A) Desinstitucionalização dos doentes.

(B) Internação em hospitais gerais.

(C) Medicalização preventiva.

(D) Desobrigação do Estado.

(E) Retomada da abordagem hospitalocêntrica.

QUESTÃO 24. (Pref. de Dona Inês/ PB – 2010) A Reforma Psiquiátrica pretende

construir um novo estatuto social para o doente mental, que lhe garanta cidadania, orespeito a seus direitos e sua individualidade. 

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Sobre este ponto, é INCORRETO afirmar que:

(A) É amparada pela Lei No. 10.216/2001;

(B) Significa a mudança do modelo de tratamento: no lugar do isolamento, o convívio na família e

na comunidade;

(C) O atendimento é feito em CAPS (Centros de Atenção Psicossocial), Residências Terapêuticas,

Ambulatórios, Hospitais Gerais, Centros de Convivência;

(D) As internações, quando necessárias, são feitas em hospitais gerais ou nos CAPS/24 horas,

sendo progressivamente substituídos os hospitais psiquiátricos de grande porte;

(E) Prevê avaliação sazonal de todos os hospitais psiquiátricos por meio do Programa Nacional de

Avaliação dos Serviços Hospitalares - PNASH/ Psiquiatria.

QUESTÃO 25. (SES/ SC – 2010) Sobre as modalidades de atenção aos problemas

decorrentes do uso de álcool e outras drogas preconizadas pelo Ministério da Saúde,

assinale a alternativa CORRETA.

(A) A atenção deve se dar em uma rede de assistência centrada nos dispositivos comunitários,

associada à rede de serviços de saúde e sociais, que tenha ênfase na reinserção social dosusuários de substâncias psicoativas, tendo como princípio norteador a redução de danos.

(B) A atenção aos problemas decorrentes do uso de álcool e outras drogas deve ser feita de

preferência em serviços sociocomunitários que possibilitem a internação de usuários que estão

com suas vidas prejudicadas em função do uso abusivo dessas substâncias.

(C) Os fatores de risco ao uso de álcool e outras drogas geralmente são da esfera do indivíduo e

os fatores de proteção são da esfera do grupo e do coletivo, sendo que os tratamentos têm que

evitar os riscos e fortalecer a proteção.

(D) A abstinência deve ser a principal meta a ser alcançada no tratamento dos problemas

decorrentes do uso dependente de álcool e outras drogas, pois só é possível alcançar a

recuperação evitando o uso das substâncias psicoativas que estão no cerne do problema do

dependente.

(E) O controle social e político do uso de álcool e outras drogas deve ser estabelecido a partir da

consideração de que a oferta e a demanda destas substâncias é algo que deve ser regulado pelo

próprio mercado, sem interferências de leis e decretos governamentais.

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QUESTÃO 26. (Pref. de Ielmo Marinho / RN – 2010) Sobre a temática da “Saúde

Mental” assinale a alternativa falsa:

(A) O Programa de Saúde da Família (PSF) tem a potencialidade de atuar não só na unidade de

saúde, mas no espaço social onde a comunidade vive e circula, como também de estabelecer

vínculos de compromisso e corresponsabilidade com a população, de trabalhar visando uma

perspectiva ampliada sobre os modos de vida, de saúde e doença articulada ao contexto familiar e

cultural, e de intervir sobre fatores de risco aos quais a comunidade está exposta.

(B) A diretriz conceitual do Ministério da Saúde sobre Atenção Básica e sobre o Programa de

Saúde da Família indica que a expansão e a qualificação da atenção básica, organizadas pela

estratégia Saúde da Família, compõem parte do conjunto de prioridades políticas, devendo essaconcepção superar a antiga proposição de caráter exclusivamente centrado na doença.

(C) Após a Segunda Guerra Mundial, com o surgimento do Estado de Bem-estar Social, se

evidenciou uma maior preocupação com as políticas sociais e a instituição manicomial passou a

ser problematizada como um lugar de produção de doença mental.

(D) A Reforma Psiquiátrica aponta para a superação do modelo “hospitalocêntrico” no

atendimento do transtorno mental, visando um cuidado que afaste o portador do seu espaço

social, espaço que exclui e favorece a enfermidade.

(E) Pesquisas recentes apontam que o modelo hierarquizado de atendimento em saúde produziuuma fragmentação e burocratização na formas de relacionamento entre os serviços, ocasionando

uma desresponsabilização em detrimento da corresponsabilização entre profissionais e serviços

de saúde.

(SEJUS/ DF – 2010) Texto base para responder à questão 27.

Para melhor entendimento do processo de reforma psiquiátrica brasileira e do atual

panorama da atenção em saúde mental, destacam-se relevantes aspectos

apresentados no relatório de Gestão 2003 – 2006 da Coordenação Geral de Saúde

Mental do Ministério da Saúde. Esse relatório intitulado “Saúde mental no SUS:

acesso ao tratamento e mudanças do modelo de atenção”, foi organizado e

construído pelo colegiado formado em 2003, a partir das orientações da III

Conferência Nacional de Saúde Mental (III CNSM), realizada em 2001.

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QUESTÃO 27. (SEJUS/ DF – 2010) Acerca dos efeitos do relatório citado no texto

acima nas políticas de saúde e nos novos modos de atendimento em saúde mental,

assinale a alternativa correta.

(A) Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) tornam-se estratégicos para a organização de

uma rede complexa, diversificada e de base territorial.

(B) O mais importante para o funcionamento da política de saúde mental é o financiamento do

Ministério da Saúde para criação, expansão, consolidação e fortalecimento da rede de atenção

em saúde mental.

(C) Sem treinamento, desenvolvido pelas secretarias de saúde, os profissionais em saúde mental

não conseguem prestar a assistência eficaz aos pacientes do CAPS.(D) A família dos pacientes no CAPS participam ativamente do tratamento.

(E) A reforma psiquiátrica deve ter sustentabilidade cultural harmonizada com as ações

terapêuticas oferecidas aos pacientes no atendimento domiciliar.

QUESTÃO 28. (Pref. de Rio Negrinho/ SC – 2010) O Centro de Atenção Psicossocial –

CAPS, deve estar adequadamente preparado para atender à sua demanda específica.

É um dos objetivos do CAPS:

(A) Regular a atenção terciária na sua área de abrangência.

(B) Coordenar as atividades de saúde mental da Estratégia Saúde da Família.

(C) Garantir a referência e contra-referência em saúde mental no SUS.

(D) Prestar cuidado intensivo em regime de internação contínua.

(E) Promover a inserção social do usuário através de ações intersetoriais.

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QUESTÃO 29. (FESF/ BA – 2010) De acordo com a relação da família com o Portador

de Transtorno Mental e diante do Modelo Assistencial Hospitalocêntrico e a

Psiquiatria, assinale a alternativa INCORRETA.

(A) Neste contexto, a relação da família com o portador de Transtorno Mental é medializada pelo

sistema asilar e pelos trabalhos em Saúde.

(B) Neste Período o portador de Transtorno Mental e seu cuidado tornam-se uma questão médica

e organizacional.

(C) A família é excluída da abordagem ficando restrita a um papel periférico de informante e

visitadora.

(D) A família não é excluída da abordagem e participa ativamente nos produtos da ação médica.(E) O portador de transtorno Mental é incluído em uma pedagogia organizacional que se propõe a

restituir-lhe a razão pelo isolamento terapêutico.

QUESTÃO 30. (Pref. de Bodocó – PE/2011) Quanto a PREVENÇÃO, inserida dentre as

ações do CAPS, NÃO podemos afirmar:

(A) A prevenção voltada para o uso abusivo e/ou dependência de álcool e outras drogas pode ser

definida como um processo de planejamento, implantação e implementação de múltiplas

estratégias voltadas para a redução dos fatores de risco específicos e fortalecimento dos

fatores de proteção;

(B) A prevenção respalda-se em propostas Rígidas, que tenham a abstinência total como a única

meta viável e possível aos usuários dos serviços CAPS.

(C) A prevenção implica necessariamente a inserção comunitária das práticas propostas, com acolaboração de todos os segmentos sociais disponíveis;

(D) A prevenção teria como objetivo impedir o uso de substâncias psicoativas pela primeira vez,

impedir uma “escalada” do uso e minimizar as conseqüências de tal uso.

(E) A lógica que sustenta a prevenção deve ser a da Redução de Danos.

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QUESTÃO 31. (Hospital Regional de Cacoal - SESAU / RN – 2010) A principal crítica

da Reforma Psiquiátrica é a respeito do modelo de assistência:

(A) hospitalocêntrico.

(B) estatal.

(C) médico.

(D) de bem-estar social.

(E) industrial-farmacêutico.

(MPE/ GO – 2010) Texto para responder à questão 32.

A dependência química constitui hoje problema de saúde experienciado por um

contingente significativo da população. Considerando esse contexto, os municípios

precisam organizar-se para atender a pessoas acometidas por essa patologia, indo ao

encontro dos pressupostos da Reforma Psiquiátrica Brasileira.

Uma das drogas de ampla ingestão é o álcool. O consumo desse é um dos hábitos

sociais mais antigos e difundidos entre as populações, já que está correlacionado a

ritos religiosos, valores sociais e culturais, além de lhe serem conferidos efeitos como

calmante, afrodisíaco, estimulante de apetite, desinibidor, entre outros. Além do mais,

“a cultura pode influenciar o padrão e o contexto, assim como a quantidade do

consumo de álcool e o padrão desse consumo pode, por sua vez, ser um determinante

importante dos problemas com bebida”.

Cerca de 15% das pessoas que consomem álcool progridem para o alcoolismo. Esse é

um dado realmente preocupante, já que tal patologia pode prejudicar tanto a qualidade

de vida dos sujeitos alcoolistas, como do seu meio familiar e social.

Cíntia Nasi e Leila Mariza Hildebrandt. Ser un adicto en la voz de sujetos dependientes

del alcohol. SMAD, Rev. Eletrônica Saúde Mental Álcool Drog. Ed. port. [online]

ago./2007, vol.3, n.º 2. Internet: <http://pepsic.bvs-psi.org.br> (com adaptações). Acesso

em 17/5/2010. 

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QUESTÃO 32. (MPE/ GO – 2010) De acordo com o texto acima, a família do alcoolista

também é atingida pelos malefícios do álcool, já que é ela que convive com esse

sujeito dependente. O alcoolismo interfere nos papéis dos membros do grupo

familiar, fazendo que necessitem alterar sua dinâmica. A família também pode adotar

regras que possam contribuir para o alcoolista continuar com o uso de bebidas,

como não falar a respeito do abuso do álcool. Esse tipo de regra criada pela família

pode ser considerado como uma

(A) estratégia para proteger seus membros da dor emocional que experimenta e, ao mesmo

tempo, para esses membros aceitarem sem resistência esse padrão familiar.

(B) estratégia para manter a família em consonância com seus segredos familiares, encarando oproblema como algo normal.

(C) solução possível ao conflito familiar que poderia ser causado se se tocasse nesse assunto,

obrigando o alcoolista a buscar ajuda.

(D) negação da realidade, na qual a família exclui o membro dependente, deixando-o à margem

da organização familiar.

(E) aceitação da realidade familiar, na qual o problema é enfrentado por todos os membros da

família, e cada um toma para si a responsabilidade pelo fato.

QUESTÃO 33. (Pref. de Rio Negrinho/ SC – 2010) A equipe de saúde que atua no

Centro de Atenção Psicossocial - CAPS tem como um dos objetivos a Reabilitação

Psicossocial do usuário, que significa:

(A) Um processo de remoção de barreiras que impedem a plena integração de um indivíduo na

sua comunidade e ao exercício de seus direitos, de sua cidadania.

(B) Um processo de curto prazo de remoção de barreiras que impedem a plena integração de um

indivíduo na sua comunidade e ao exercício de seus direitos, de sua cidadania.

(C) Um processo inatingível de remoção de barreiras que impedem a plena integração de um

indivíduo na sua comunidade e ao exercício de seus direitos, de sua cidadania.

(D) Um processo de terapia coletiva de remoção de barreiras que impedem a plena integração de

um indivíduo na sua comunidade e ao exercício de seus direitos, de sua cidadania.

(E) Um processo fácil de remoção de barreiras que impedem a plena integração de um indivíduona sua comunidade e ao exercício de seus direitos, de sua cidadania.

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QUESTÃO 34. (Pref. de Bodocó – PE/2011) O CAPS é organizado através de equipe

multiprofissional constituída de diversos profissionais, das opções abaixo, qual NÃO

integra a equipe:

(A) psiquiatras;

(B) enfermeiros;

(C) psicólogos;

(D) auxiliares de enfermagem;

(E) professores de educação física.

QUESTÃO 35. (SMS de Anápolis/ GO – 2010) Dentre os conceitos preconizados pela

Reforma Psiquiátrica Brasileira, podemos citar:

(A) hospitalocentrismo e setorização.

(B) autogestão e descentralização.

(C) gestão coletiva e apoio matricial.

(D) gestão compartilhada e intersetorialidade.

(E) aumento de leitos hospitalares e transversalidade.

QUESTÃO 36. (Pref. de Marinalva PR/ 2010) Sobre os CAPS - Centro de Atenção

Psicossocial, assinale a alternativa correta.

(A) Os Centros de Atenção Psicossocial poderão constituir-se nas seguintes modalidades de

serviços: CAPS I,

CAPS II e CAPS III, definidos por ordem decrescente de porte/complexidade e tipos

populacionais, conforme disposto na Portaria 336.

(B) As modalidades de serviços do CAPS cumprem a mesma função no atendimento público em

saúde mental, distinguindo-se apenas pelas características descritas no artigo 3º da Portaria 336.

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(C) Os CAPS deverão constituir-se em serviço hospitalar de atenção diária que funcione segundo

a lógica do território.

(D) Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) poderão funcionar em área física hospitalar, sem

acesso privativo, mas com equipe profissional própria.

QUESTÃO 37. (Pref. de Beneditinos/ PI – 2010) 28. Em relação à reforma psiquiátrica:

I. Lei Federal nº 10.216/2001 tem como premissa fundamental a diminuição da

hospitalização, com ampliação da rede ambulatorial.

II. Centros de Atenção Psicossocial, foram instituídos com os NAPS, pela Portaria nº

224/92.

III. Os CAPS são Unidades de Saúde que contam com uma população definida e

oferecem atendimento de cuidados intermediários entre o regime ambulatorial e a

internação hospitalar.

IV. A Lei nº 10.216/2001 veio reforçar a política de re-hospitalização iniciada no início

dos anos 2000.

(A) V; F; F; V.

(B) F; F; V; F.

(C) V; V; V; F.

(D) F; V; V; F.

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QUESTÃO 38. (Pref. de Cruzeta/ RN – 2010) Analise as afirmativas referentes aos

Centros de Atenção Psicossocial – CAPS:

I - São instituições destinadas a acolher os pacientes com transtornos mentais,estimular sua integração social e familiar, apoiá-los em suas iniciativas de busca da

autonomia, oferecer-lhes atendimento médico e psicológico.

II - A criação do CAPS fez parte de um intenso movimento social da área da saúde,

iniciado pelos familiares dos doentes mentais, que buscavam a ampliação da rede de

assistência psiquiátrica no Brasil e denunciavam a situação precária dos hospitais

gerais.

III - É um serviço de saúde aberto e comunitário do Sistema Único de Saúde (SUS).Ele é um lugar de referência e tratamento para pessoas que sofrem com transtornos

mentais, psicoses, neuroses graves e demais quadros, cuja severidade e/ou

persistência justifiquem sua permanência num dispositivo de cuidado intensivo,

comunitário, personalizado e promotor de vida.

Após análise das afirmativas, assinale a alternativa CORRETA:

(A) É verdadeira apenas a afirmativa III;(B) São verdadeiras as afirmativas I e III;

(C) Todas as afirmativas são verdadeiras;

(D) Todas as afirmativas são falsas.

QUESTÃO 39. (Pref. de Bodocó – PE/2011) O CAPS deve considerar o cuidado,

articulando diversos recursos de natureza clínica, dos recursos elencados abaixo,

qual NÃO deve ser incluído:

(A) medicamentos;

(B) moradia;

(C) recurso financeiro do paciente;

(D) lazer;

(E) programas de reabilitação psicossocial.

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QUESTÃO 40. (Pref. de Goierê/ PR – 2010) A rede de cuidados em saúde mental

estrutura-se a partir da Atenção Básica, obedecendo ao modelo de redes de cuidado

de base territorial e buscando o estabelecimento de vínculos e acolhimento. Dentro

desta rede de cuidados em saúde mental, o que significa apoio matricial?

a) É o encaminhamento por referência dos pacientes da atenção básica para os Centros de Apoio

Psico-Social (CAPS);

b) É o encaminhamento por referência dos pacientes dos CAPS para hospitais Psiquiátricos;

c) É o atendimento prestado nas residências Terapêuticas;

d) É um arranjo organizacional que viabiliza o suporte técnico dos CAPS em áreas específicas

para as equipes responsáveis pelo desenvolvimento de ações básicas de saúde;e) Consiste na prática de desospitalização.

QUESTÃO 41. (SECT/ GO – 2010) Os pagamentos de procedimentos realizados a

pacientes psiquiátricos em Centros de Atenção Psicossocial ocorrem quando:

(A) o formulário APCI apresentar duas competências.

(B) na APAC I estiver discriminado o acompanhamento secundário de mais de um procedimento a

pacientes no período de 18 às 21 horas.

(C) incluem as atividades desenvolvidas em oficinas terapêuticas.

(D) forem realizados apenas em CAPS álcool e drogas.

(E) na APAC I estiver discriminado o acompanhamento primário de mais de um procedimento a

pacientes no período de 7 às 16 horas.

QUESTÃO 42. (SES/ SC – 2010) Desde 2001, o Ministério da Saúde propõe como uma

de suas políticas prioritárias para o campo da saúde mental a sua inserção na

atenção básica. Com relação a este tema, identifique se são verdadeiras (V) ou falsas

(F) as afirmativas abaixo.

( ) A atenção em saúde mental deve ser feita dentro de uma rede de cuidados. Estão

incluídos nesta rede: a atenção básica, as residências terapêuticas, os ambulatórios,

os centros de convivência, os clubes de lazer, entre outros.

( ) A relação entre as equipes de estratégia de saúde da família e as equipes de

referência em saúde mental deve ser feita pela lógica do encaminhamento, no qualcada uma delas cumpre sua parte na atenção ao usuário, encaminhando-o para a

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outra equipe complementar a atuação.

( ) O CAPS deve ser o dispositivo central da rede de cuidados em saúde mental,

tendo como uma de suas funções básicas ser a porta de entrada para os usuários

com sofrimento psíquico, sendo que a atenção básica deve atuar somente quando

este dispositivo não dá conta da demanda.

( ) Por estarem mais próximas das famílias e comunidades, as equipes da atenção

básica são consideradas um recurso estratégico para o enfrentamento de agravos

vinculados ao uso abusivo de álcool, drogas e diversas formas de sofrimento

psíquico.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA, de cima para baixo.

(A) V – V – F – V

(B) V – F – V – V

(C) V – F – F – V

(D) F – V – F – F

(E) F – V – V – F

QUESTÃO 43. (SEJUS/ RO – 2010) Em um CAPSad, cada usuário deve ter um projeto

terapêutico individual, personalizado, com propostas de atividades durante a

permanência no serviço. A depender do projeto terapêutico do usuário, dentre as

modalidades que o CAPSad poderá oferecer, conforme as determinações da

PortariaGM336/02, inclui-se o:

(A) atendimento intensivo, em que o usuário pode ser atendido até 12 dias no mês, com

possibilidade de regime de semi-internação.(B) atendimento não intensivo, em que o usuário pode ser atendido até 3 dias no mês, incluindo

visita domiciliar.

(C) atendimento não intensivo, oferecido quando a pessoa não precisa de suporte contínuo da

equipe para viver em seu território, não incluindo visita domiciliar.

(D) atendimento semi-intensivo, oferecido quando a desestruturação psíquica diminui, melhorando

as possibilidades de relacionamento, não incluindo visita domiciliar.

(E) atendimento intensivo, oferecido quando a pessoa se encontra em grave sofrimento psíquico,

com indicação de internação no local por mais de 30 dias corridos.

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QUESTÃO 44. (Pref. de Bodocó – PE/2011) Quanto as ESTRATÉGIAS DA

PREVENÇÃO, julgue os itens abaixo:

I - Fornecimento de informações sobre os danos do álcool e outras drogas;

II - Alternativas para lazer e atividades livres de drogas;

III - Facilitar a identificação de problemas pessoais e o acesso ao suporte para tais

problemas;

IV - Buscar o fortalecimento de vínculos afetivos, o estreitamento de laços sociais e a

melhora da auto-estima das pessoas.

Analisando as assertivas podemos AFIRMAR:

(A) As assertivas I e IV são as únicas verdadeiras;

(B) As assertivas III e IV são as únicas verdadeiras;

(C) As assertivas I, II e III são as únicas verdadeiras;

(D) Todas as assertivas são falsas;

(E) Todas as assertivas são verdadeiras.

QUESTÃO 45. (SES/ SC – 2010) Escolha, entre as palavra da coluna 1, aquela que

melhor cabe em cada descrição de conceitos relacionados às políticas de saúde e

psicologia da coluna 2.

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Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA, de cima para baixo.

(A) II – III – V – VII

(B) III – VII – V – II

(C) VI – III – I – VII

(D) I – VI – V – IV

QUESTÃO 46. (Pref. de Rio Negrinho/ SC – 2009) As ações de saúde mental na

atenção básica devem obedecer ao modelo de redes de cuidado. É um princípio

fundamental da articulação entre saúde mental e atenção básica:

(A) Promoção da cidadania dos usuários.

(B) Unisetorialidade das ações de saúde.

(C) Atuação de políticas verticalizadas.

(D) Habilitação profissional do usuário.

(E) Organização da atenção primária.

QUESTÃO 47. (Pref. de Bodocó – PE/2011) Quanto aos PRINCÍPIOS norteadores do

CAPS, NÃO podemos afirmar:

(A) Devem se responsabilizar pelo acolhimento de 50% da demanda dos portadores de

transtornos severos de seu território;

(B) Deve ser garantido a presença de profissional responsável durante todo o período de

funcionamento da unidade (plantão técnico);

(C) Criar uma ambiência terapêutica acolhedora no serviço que possa incluir pacientes muito

desestruturados que não consigam acompanhar as atividades estruturadas da unidade.

(D) Se baseia exclusivamente por critérios clínicos e técnico-científicos.

(E) Devem se responsabilizar pelo acolhimento de 100% da demanda dos portadores de

transtornos severos de seu território;

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QUESTÃO 48. (SES/ SC – 2010) Com relação à organização de saúde mental a partir

das políticas públicas de saúde, identifique se são verdadeiras (V) ou falsas (F) as

afirmativas abaixo.

( ) A Política Nacional de Saúde Mental propõe que as práticas de saúde mental na

atenção básica, no âmbito da Estratégia de Saúde da Família, substituam o modelo

tradicional medicalizante.

( ) A mudança do modelo de atenção à saúde mental dentro do SUS (Sistema Único

de Saúde) é direcionada para a ampliação e qualificação do cuidado nos serviços

comunitários, como base no território de moradia das pessoas.( ) Uma das dificuldades atuais para a efetiva implantação da Política Nacional de

Saúde Mental é a superação de modelo de atendimento proposto através do NASF

(Núcleo de Apoio à Saúde da Família), pois este ainda exclui a presença do

profissional de saúde mental em suas atividades.

( ) A premissa de que há sempre um componente de sofrimento subjetivo associado

a toda e qualquer doença vem prejudicando significativamente a implantação

adequada da articulação entre saúde mental e atenção básica.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA, de cima para baixo:

(A) V – V – V – F

(B) F – F – V – V

(C) F – V – F – V

(D) V – F – F – F

(E) V – V – F – F

QUESTÃO 49. (Pref. de Marinalva PR/ 2010) A equipe técnica mínima para atuação no

CAPS I, para o atendimento de 20 (vinte) pacientes por turno, tendo como limite

máximo 30 (trinta) pacientes/dia, em regime de atendimento intensivo, deverá ser

composta por

(A) 1 (um) médico com formação em saúde mental, 3 (três) enfermeiros, 3 (três) profissionais de

nível superior entre as seguintes categorias profissionais: psiquiatra, assistente social, terapeuta

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ocupacional, pedagogo ou outro profissional necessário ao projeto terapêutico, e 2 (dois)

profissionais de nível médio.

(B) 1 (um) médico com formação em saúde mental, 1 (um) enfermeiro, 3 (três) profissionais de

nível superior entre as seguintes categorias profissionais: psicólogo, assistente social, terapeuta

ocupacional, pedagogo ou outro profissional necessário ao projeto terapêutico, e 4

(quatro) profissionais de nível médio.

(C) 2 (dois) médicos com formação em saúde mental, 1 (um) enfermeiro, 4 (quatro) profissionais

de nível superior entre as seguintes categorias profissionais: psicólogo, assistente social,

terapeuta ocupacional, pedagogo ou outro profissional necessário ao projeto terapêutico, e 4

(quatro) profissionais de nível médio.

(D) 1 (um) médico com formação em saúde mental, 1 (um) enfermeiro, 4 (quatro) profissionais de

nível superior entre as seguintes categorias profissionais: psicólogo, assistente social, terapeuta

ocupacional, pedagogo ou outro profissional necessário ao projeto terapêutico, e 5 (cinco)

profissionais de nível médio. 

QUESTÃO 50. (Pref. de Dona Inês/ PB – 2010) A Reforma Psiquiátrica pretendemodificar o sistema de tratamento clínico da doença mental, eliminando

gradualmente a internação como forma de exclusão social. Sobre a Reforma

Psiquiátrica brasileira, NÃO podemos afirmar:

(A) será utilizada como modelo internacional para a saúde mental, a convite da Organização

Mundial da Saúde;

(B) é um processo que enfrenta dificuldades tanto do ponto de vista administrativo e financeiro,

quanto de recursos humanos e capacitação;

(C) atualmente, dispõe de 1.394 CAPS, o que corresponde a uma cobertura populacional de 57%;

(D) o Brasil não tem conseguido atender ao estabelecido nas políticas de saúde mental instituídas

pela Organização Mundial da Saúde;

(E) o fato do Brasil não ter uma cobertura total dos serviços voltados para a Reforma Psiquiátrica

não significa que a mesma está errada.

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G GG Gabaritoabaritoabaritoabarito

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

C A D D C D D C D C

11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

E A B B B B E C E C

21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

A E A E A D A E D B

31 32 33 34 35 36 37 38 39 40

A A A E B A B B C D

41 42 43 44 45 46 47 48 49 50

C C B E A A A E B D

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