questões comentadas

Upload: socrateslima

Post on 12-Jul-2015

402 views

Category:

Documents


2 download

TRANSCRIPT

GEAGU Objetiva

http://grupos.ebeji.com.br/GEAGU

GEAGU ObjetivaRodada 2009.42 23 de outubro de 2009

JustificativasConstitucional

01. O poder constituinte originrio inicial, autnomo, limitado juridicamente, incondicionado e soberano na tomada das decises.

Errada O erro da questo est que o poder constituinte originrio ilimitado juridicamente, visto que no tem que respeitar os limites postos pelo direito anterior.

02. A inconstitucionalidade nomodinmica diz respeito ao contedo do ato normativo em relao Constituio.

Errada A inconstitucionalidade nomodinmica diz respeito forma do ato normativo.

03. posio pacificada no STF que o Tribunal de Contas, no exerccio de suas atribuies, pode apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos normativos.

Correta A redao da questo reflete a Smula 347 do STF: STF Smula n 347 Tribunal de Contas - Apreciao da Constitucionalidade das Leis e dos Atos do Poder PblicoPreparao de qualidade para concursos? http://grupos.ebeji.com.br

1

GEAGU Objetiva

http://grupos.ebeji.com.br/GEAGU

O Tribunal de Contas, no exerccio de suas atribuies, pode apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do poder pblico.

04. No existe qualquer possibilidade das Constituies Estaduais e das leis orgnicas dos municpios criarem imunidades formais em relao aos vereadores.

Correta Est certa a afirmativa visto que cabe Unio legislar sobre direito civil, penal e processual, nos termos do Art. 22, I da Constituio da Repblica. Art. 22. Compete privativamente Unio legislar sobre: I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrrio, martimo, aeronutico, espacial e do trabalho;

05. Aos juzes federais compete processar e julgar as causas em que a Unio, entidade autrquica, empresa pblica federal ou sociedade de economia mista forem interessadas na condio de autoras, rs, assistentes ou oponentes, exceto as de falncias, as de acidente de trabalho e as sujeitas Justia Eleitoral e Justia do Trabalho.

Errada O Art. 109, I da Constituio no trata da sociedade de economia mista, devendo a demanda ser ajuizada na Justia Estadual. Administrativo

06. Segundo entendimento sumulado do STF, a falta de defesa tcnica por advogado no processo administrativo disciplinar no ofende a Constituio.

Correta O texto est de acordo com a redao da Smula Vinculante n 5 do STF. Smula Vinculante n 5 A falta de defesa tcnica por advogado no processo administrativo disciplinar no ofende a Constituio.

07. Segundo o STF, os servidores inativos tambm tem direito ao auxlio-alimentao.Preparao de qualidade para concursos? http://grupos.ebeji.com.br

2

GEAGU Objetiva

http://grupos.ebeji.com.br/GEAGU

Errada Nos termos da Smula 680 do STF, o direito ao auxlio-alimentao no se estende aos servidores inativos. STF Smula n 680 O direito ao auxlio-alimentao no se estende aos servidores inativos.

08. Segundo o STJ, salvo conveno das partes, o processo expropriatrio no se suspende por motivo de dvida fundada sobre o domnio.

Correta De acordo com o inteiro teor da Smula 42 do STJ. STJ Smula n 42 Compete Justia Comum Estadual processar e julgar as causas cveis em que parte sociedade de economia mista e os crimes praticados em seu detrimento.

09. Segundo o STJ, na ao expropriatria, a revelia do expropriado implica aceitao do valor da oferta e, por isso, dispensada a avaliao.

Errada A redao est em desacordo com a Smula 118 do STJ, que assim dispe: Na ao expropriatria, a revelia do expropriado no implica aceitao do valor da oferta e, por isso, no autoriza a dispensa da avaliao. STJ Smula n 118: Recurso - Homologao de Atualizao do Clculo da Liquidao O agravo de instrumento o recurso cabvel da deciso que homologa a atualizao do clculo da liquidao.

10. Pode-se conceituar permisso de uso como ato administrativo pela qual a Administrao consente que certa pessoa utilize privativamente bem pblico, atendendo unicamente ao interesse pblico.

ErradaPreparao de qualidade para concursos? http://grupos.ebeji.com.br

3

GEAGU Objetiva

http://grupos.ebeji.com.br/GEAGU

Na permisso de uso, so atendidos duplamente o interesse pblico e privado, visto que o particular tem o intuito lucrativo na utilizao do bem. Direito do Trabalho e Processo do Trabalho.

11. Segundo a Jurisprudncia do TST, o servidor pblico celetista da administrao direta, autrquica ou fundacional no beneficirio da estabilidade prevista no Art. 41 da Constituio de 1988.

Errada Vide Smula 390 do TST: ESTABILIDADE. ART. 41 DA CF/1988. CELETISTA. ADMINISTRAO DIRETA, AUTRQUICA OU FUNDACIONAL. APLICABILIDA DE. EMPREGADO DE EMPRESA PBLICA E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. INAPLICVEL (converso das Orientaes Jurisprudenciais ns 229 e 265 da SBDI-1 e da Orientao Jurisprudencial n 22 da SBDI2) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 I - O servidor pblico celetista da administrao direta, autrquica ou fundacional beneficirio da estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988. (ex-OJs ns 265 da SBDI-1 inserida em 27.09.2002 - e 22 da SBDI-2 - inserida em 20.09.00).

12. Segundo o TST, o delegado sindical goza da estabilidade provisria, no podendo ser demitido no perodo em que ocupar o cargo.

Errada OJ 369 da SDI-1 do TST: ESTABILIDADE PROVISRIA. DELEGADO SINDICAL. INAPLICVEL. O delegado sindical no beneficirio da estabilidade provisria prevista no art. 8, VIII, da CF/1988, a qual dirigida, exclusivamente, queles que exeram ou ocupem cargos de direo nos sindicatos, submetidos a processo eletivo

13. As convenes coletivas, embora de origem privada, criam regras jurdicas dirigidas a normatizar situaes ad futurum. A legislao brasileira, contudo,Preparao de qualidade para concursos? http://grupos.ebeji.com.br

4

GEAGU Objetiva

http://grupos.ebeji.com.br/GEAGU

estabelece que no ser permitido estipular durao de conveno ou acordo coletivo de trabalho por prazo superior a dois anos, gerando um debate sobre a permanncia ou no dos preceitos da negociao coletiva nos contratos obreiros individuais.

Correta Art.614, 3 CLT e a existncia de controvrsia doutrinria irrefutvel acerca da continuidade dos preceitos de negociao coletiva em relao aos contratos individuais de trabalho.

14. O prazo de prescrio para questionar judicialmente os depsitos do FGTS, que possui natureza unicamente trabalhista, aps o trmino do contrato de trabalho, de dois anos, podendo abranger depsitos at 30 anos anteriores ao ajuizamento da ao.

Errada. O FGTS possui natureza trabalhista, enquanto conjunto de depsitos e ao mesmo tempo fundo social de aplicao variada.

15. A prestao de servios a mais de uma empresa do mesmo grupo econmico, durante a mesma jornada de trabalho, no caracteriza a coexistncia de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrrio.

Correta O texto est de acordo com a Smula 129 do TST: TST Enunciado n 129 Prestao de Servios - Empresas do Mesmo Grupo Econmico - Contrato de Trabalho A prestao de servios a mais de uma empresa do mesmo grupo econmico, durante a mesma jornada de trabalho, no caracteriza a coexistncia de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrrio.

Preparao de qualidade para concursos? http://grupos.ebeji.com.br

5

GEAGU Objetiva

http://grupos.ebeji.com.br/GEAGU

16. pacfico o cabimento da Ao Rescisria na Justia do Trabalho, respeitada a peculiaridade de no ser exigido o depsito prvio.

Errada O depsito prvio ser de 20% do valor da causa, salvo prova de miserabilidade do autor (Art. 836 da CLT). Art. 836. vedado aos rgos da Justia do Trabalho conhecer de questes j decididas, excetuados os casos expressamente previstos neste Ttulo e a ao rescisria, que ser admitida na forma do disposto no Captulo IV do Ttulo IX da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 Cdigo de Processo Civil, sujeita ao depsito prvio de 20% (vinte por cento) do valor da causa, salvo prova de miserabilidade jurdica do autor. Pargrafo nico. A execuo da deciso proferida em ao rescisria far-se- nos prprios autos da ao que lhe deu origem, e ser instruda com o acrdo da rescisria e a respectiva certido de trnsito em julgado.

17. Os dissdios individuais cujo valor no exceda a quarenta vezes o salrio mnimo vigente na data do ajuizamento da reclamao ficam submetidos ao rito sumarssimo.

Correta A redao da questo est de acordo com o Art. 852-A da CLT. Art. 852-A. Os dissdios individuais cujo valor no exceda a quarenta vezes o salrio mnimo vigente na data do ajuizamento da reclamao ficam submetidos ao procedimento sumarssimo. Pargrafo nico. Esto excludas do procedimento sumarssimo as demandas em que parte a Administrao Pblica direta, autrquica e fundacional.

18. Segundo entendimento do TST, no competncia da Justia do Trabalho apreciar pedido de complementao de penso postulada por viva de ex-empregado, visto que pedido autnomo relao de emprego.

Errada A redao est em desacordo com a OJ n 26 da SDI-1 do TST, que assim dispe:

Preparao de qualidade para concursos? http://grupos.ebeji.com.br

6

GEAGU Objetiva

http://grupos.ebeji.com.br/GEAGU

A Justia do Trabalho competente para apreciar pedido de complementao de penso postulada por viva de ex-empregado, por se tratar de pedido que deriva do contrato de trabalho.

19. No processo do Trabalho, podemos afirmar que, da mesma forma que no Processo Civil, impera o princpio do dispositivo, no entanto, possvel verificar algumas excees, como no caso de reclamao de empregado ou seu sindicato perante a Delegacia Regional do Trabalho acerca da falta de anotao do contrato de trabalho na Carteira de Trabalho.

Correta O art. 2 CPC. No mais, notificado o reclamado, e alegando este a inexistncia de relao de emprego, ou sendo impossvel verificar essa condio pelos meios administrativos, diz o art. 39 da CLT que ser o processo encaminhado Justia do Trabalho. Trata-se, portanto, de iniciativa da DRT, e no do interessado que nos permite afirmar a exceo ao princpio em comento

20. O Ministrio Pblico no tem legitimidade para recorrer na defesa de interesse patrimonial privado, inclusive de empresas pblicas e sociedades de economia mista.

Correta Redao de acordo com a OJ 237 da SDI-1 do TST: Penal e Processo Penal

21. O fato de o ru se encontrar em priso especial impede a progresso de regime de execuo da pena, fixada em sentena no transitada em julgado.

Errada Segundo a Smula n 717 do STF: No impede a progresso de regime de execuo da pena, fixada em sentena no transitada em julgado, o fato de o ru se encontrar em priso especial.

Preparao de qualidade para concursos? http://grupos.ebeji.com.br

7

GEAGU Objetiva

http://grupos.ebeji.com.br/GEAGU

22. Tentar desmembrar parte do territrio nacional para constituir pas independente crime punido com pena de recluso.

Correta Conforme artigo 11 da Lei de Segurana Nacional, Lei n 7170/83, crime: Art. 11 - Tentar desmembrar parte do territrio nacional para constituir pas independente. Pena: Recluso, de 4 a 12 anos.

23. No haver reexame necessrio nas causas de que trata a Lei n 10.259/2001, a qual dispe sobre a instituio dos Juizados Especiais Cveis e Criminais no mbito da Justia Federal.

Correta Nos termos do artigo 13 da Lei n 10.259/2001, que dispe sobre a instituio dos Juizados Especiais Cveis e Criminais no mbito da Justia Federal, Nas causas de que trata esta Lei, no haver reexame necessrio.

24. No h citao por hora certa no processo penal brasileiro.

Errada De acordo com o art. 362 do Cdigo de Processo Penal, Verificando que o ru se oculta para no ser citado, o oficial de justia certificar a ocorrncia e proceder citao com hora certa, na forma estabelecida nos arts. 227 a 229 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Cdigo de Processo Civil. Civil e Processo Civil

25. A renncia da prescrio pode ocorrer ainda que no escoado o respectivo prazo.

Errada

Preparao de qualidade para concursos? http://grupos.ebeji.com.br

8

GEAGU Objetiva

http://grupos.ebeji.com.br/GEAGU

Giza o artigo 191 do Cdigo Civil, que: A renncia da prescrio pode ser expressa ou tcita, e s valer, sendo feita, sem prejuzo de terceiro, depois que a prescrio se consumar. Ou seja, no possvel a renncia da prescrio antes de escoado o respectivo prazo prescricional.

26. As aes constitutivas no esto sujeitas decadncia.

Errada imperioso tecer algumas consideraes preliminares sobre esse assunto. Consoante o artigo 189 do Cdigo Civil, Violado o direito, nasce para o titular a pretenso, a qual se extingue, pela prescrio. Portanto, a prescrio extingue a pretenso. Quando surge a pretenso? A resposta simples: quando um direito, j existente e efetivamente exercido pelo seu titular, foi lesado por violao de terceiro. Nesse caso, o titular do direito em questo passa a pretender a limpeza dessa mcula, a soluo desse problema. o que dispe o artigo mencionado. Pretenso essa, que ser resolvida em juzo, por meio da ao cabvel. Por outro lado, costuma-se dizer que a decadncia extingue o direito. Consoante Cmara Leal, decadncia a extino do direito pela inrcia do seu titular, quando sua eficcia foi, de origem, subordinada condio de seu exerccio dentro de um prazo prefixado, e este se esgotou sem que esse exerccio se tivesse verificado (Antnio Lus da Cmara Leal LEAL, Antnio Lus da Cmara. Da Prescrio e da Decadncia. Forense: Rio de Janeiro, 1982, 4a ed., p. 101). Tratemos dos direitos subjetivos, pois so os que fundamentam a existncia da prescrio e da decadncia. Ensina Chiovenda que tais direitos podem ser separados em duas grandes categorias: os direitos a uma prestao e os direitos potestativos. Direitos a uma prestao so aqueles em que um sujeito persegue um bem da vida a ser conseguido junto a outro sujeito, mediante uma prestao, positiva ou negativa. H sempre um sujeito passivo obrigado a uma prestao, seja positiva (dar ou fazer), seja negativa (abster-se). A ser assim, todos os direitos reais e pessoais compem tal categoria. So direitos passveis de sofrerem leso. Direitos potestativos, por sua vez, so aqueles em que a lei confere a determinada pessoa o direito de modificar uma situao jurdica to-somente por meio de uma declarao unilateral de sua vontade; influir, portanto, na situao jurdica de outra pessoa sem o concurso da vontade desta. Tratam de uma sujeio, estado jurdico que dispensa o concurso da vontade de um sujeito, bem como dispensa qualquer atitude dele. So exemplos: o poder que tem o mandante e o doador de revogarem o mandato ou a doao; o poder que tem o herdeiro de aceitar ou renunciar a herana; oPreparao de qualidade para concursos? http://grupos.ebeji.com.br

9

GEAGU Objetiva

http://grupos.ebeji.com.br/GEAGU

poder que tem o pai de contestar a legitimidade do filho de sua mulher (artigo 1.601 do CC/2002), dentre outros. So direitos os quais no tm como ser violados. sabido que as aes constitutivas so aquelas que se prestam a criar, modificar ou extinguir relaes jurdicas, no prevendo para isso nenhuma prestao por parte daquele que deve a seus efeitos se sujeitar. Observe-se que nessas aes no h leso a direito, no se exige prestao, no se prestam, pois, a restaurar direito lesado. Veiculam, regra geral, direitos potestativos que, como se viu, no podem ser violados (pois seu exerccio depende exclusivamente da vontade de seu titular). O prazo (definido em lei) para interposio dessas aes, ento, constituise como prazo decadencial. Assim, as aes constitutivas com prazo prefixado em lei para o seu exerccio esto sujeitas decadncia.

27. No corre a prescrio contra os relativamente incapazes.

Errada De acordo com o artigo 198 do Cdigo Civil, a prescrio no correr contra os incapazes de que trata o artigo 3 do mesmo diploma legal. Referido artigo 3 dispe: Art. 3o So absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil: I - os menores de dezesseis anos; II - os que, por enfermidade ou deficincia mental, no tiverem o necessrio discernimento para a prtica desses atos; III - os que, mesmo por causa transitria, no puderem exprimir sua vontade. Por conseguinte, no corre a prescrio contra os absolutamente incapazes.

28. O devedor que paga uma obrigao prescrita no possui o direito de repetir o pagamento.

Correta Art. 882 do Cdigo Civil: No se pode repetir o que se pagou para solver dvida prescrita, ou cumprir obrigao judicialmente inexigvel.

Preparao de qualidade para concursos? http://grupos.ebeji.com.br

10

GEAGU Objetiva

http://grupos.ebeji.com.br/GEAGU

29. De acordo com o STJ, contrato de mtuo bancrio, ainda que os valores sejam depositados em conta-corrente, ttulo executivo extrajudicial.

Certa PROCESSUAL CIVIL. COISA JULGADA. VIOLAO. OBJEO PR-EXECUTIVIDADE. DILAO PROBATRIA. INADMISSIBILIDADE. CONTRATO. MTUO BANCRIO. TTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL. 1 - Transitada em julgado a deciso definitiva da causa, todas as alegaes e defesas que poderiam ter sido formuladas para o acolhimento ou rejeio do pedido reputam-se arguidas e repelidas. Trata-se do denominado efeito preclusivo da coisa julgada. 2 - Somente comporta exceo de pr-executividade aquelas hipteses em que a aferio da inviabilidade da execuo dispensa maior dilao probatria. 3 - O contrato de mtuo bancrio, ainda que os valores sejam depositados em conta corrente, titulo executivo extrajudicial. Precedentes. 4 - Recurso especial provido. (REsp 757.760/GO, Rel. Ministro FERNANDO GONALVES, QUARTA TURMA, julgado em 12/05/2009, DJe 04/08/2009)

30. A propositura da ao de reviso de contrato inibe a caracterizao da mora do autor.

Errada Segundo a Smula n. 380 do STJ: A simples propositura da ao de reviso de contrato no inibe a caracterizao da mora do autor.

31 O pedido mediato, no processo comum ordinrio, pode ser genrico quando a determinao do valor da condenao dependa de ato a ser praticado pelo ru, hiptese em que o juiz fica autorizado a proferir sentena ilquida.

Correta Segundo a doutrina,

Preparao de qualidade para concursos? http://grupos.ebeji.com.br

11

GEAGU Objetiva

http://grupos.ebeji.com.br/GEAGU

Quando se alude ao pedido imediato, pensa-se na espcie de sentena e consequentemente no tipo de pedido que requerida ao rgo jurisdicional. Nesse sentido fala-se em pedido declaratrio, pedido constitutivo, pedido condenatrio, pedido executivo e pedido mandamental. (...) O pedido mediato o bem da vida pretendido pelo autor. Assim, por exemplo, a declarao da certeza jurdica (sentena declaratria); a criao de nova situao jurdica, a modificao de um contrato ou sua anulao (sentena constitutiva ou desconstitutiva) (Luiz Guilherme Marinoni e Sergio Arenhart. Processo de Conhecimento, 7 ed., So Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2008, p. 78). De acordo com o artigo 286, III, do CPC, lcito formular pedido genrico quando a determinao do valor da condenao depender de ato que deva ser praticado pelo ru. Cuida-se, ento, de pedido mediato, pois no se est a tratar da espcie de sentena, com visto acima. Neste caso especfico, assevera-se que no sendo possvel a determinao do objeto do pedido mediato no transcurso do processo, o juiz est autorizado a proferir sentena que denominada ilquida, e que, portanto, deve ser liquidada antes da fase de cumprimento da sentena, conforme os arts. 475-A e 475-J, introduzidos pela Lei 11.232/2005 (Luiz Guilherme Marinoni e Sergio Arenhart. Processo de Conhecimento, 7 ed., So Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2008, p. 84).

32. Quando o devedor puder cumprir a prestao de mais de um modo, o pedido poder ser sucessivo.

Errada Art. 288 do Cdigo de Processo Civi - CPC: O pedido ser alternativo, quando, pela natureza da obrigao, o devedor puder cumprir a prestao de mais de um modo. O pedido sucessivo, diga-se, autorizado pelo artigo 299 do mesmo diploma legal, a saber: lcito formular mais de um pedido em ordem sucessiva, a fim de que o juiz conhea do posterior, em no podendo acolher o anterior.

33. Na cumulao sucessiva, o segundo pedido somente ser apreciado se improcedente o primeiro; na cumulao alternativa, o segundo pedido somente ser apreciado se for acolhido o primeiro.

ErradaPreparao de qualidade para concursos? http://grupos.ebeji.com.br

12

GEAGU Objetiva

http://grupos.ebeji.com.br/GEAGU

No confundir cumulao sucessiva com pedido sucessivo (nem tampouco cumulao alternativa com pedido alternativo). Na cumulao chamada de sucessiva, o pedido formulado em segundo lugar somente ser apreciado na hiptese de procedncia do primeiro; o primeiro pedido prejudicial ao segundo. Assim, por exemplo, tem-se a ao reivindicatria cumulada com perdas e danos, ou ainda a ao de resoluo de contrato cumulada com perdas e danos (Luiz Guilherme Marinoni e Sergio Arenhart. Processo de Conhecimento, 7 ed., So Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2008, p. 86). Na cumulao alternativa ocorre o contrrio. Atente-se: Nesse caso, acontece o inverso daquilo que ocorre na cumulao sucessiva de pedidos. Na cumulao alternativa, o segundo pedido s ser apreciado se no for acolhido o primeiro; na cumulao sucessiva, ao contrrio, o segundo pedido apenas ser apreciado se for procedente o primeiro (Luiz Guilherme Marinoni e Sergio Arenhart. Processo de Conhecimento, 7 ed., So Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2008, p. 86).

34. permitida a cumulao, contra rus diversos, em um nico processo, de vrios pedidos, ainda que entre eles no haja conexo.

Errada Art. 292/CPC. permitida a cumulao, num nico processo, contra o mesmo ru, de vrios pedidos, ainda que entre eles no haja conexo.

35. Revogada a tutela antecipada, no trato de verba previdenciria, no h que falar em restituio dos valores recebidos diante de seu carter alimentar e de no estar configurada fraude ou m-f do segurado em seu recebimento.

Correta RESTITUIO. BENEFCIO. ANTECIPAO. TUTELA. A Turma reafirmou que, revogada a tutela antecipada, no trato de verba previdenciria, no h que falar em restituio dos valores recebidos diante de seu carter alimentar e de no estar configurada fraude ou m-f do segurado em seu recebimento. Quanto devoluo de parcelas pagas aps a revogao da tutela, alm de estar preclusa a discusso no mbito do agravo, pesa o fato de que, enquanto no mais obrigado ao pagamento, o instituto, mesmo assim, efetuou-o sob sua conta e risco, o que afasta suaPreparao de qualidade para concursos? http://grupos.ebeji.com.br

13

GEAGU Objetiva

http://grupos.ebeji.com.br/GEAGU

necessria devoluo, haja vista todos os motivos acima explanados. Precedentes citados: REsp 991.030-RS, DJ 15/10/2008, e AgRg no Ag 399.531-RJ, DJ 9/2/2004. AgRg no Ag 1.101.490-RS, Rel. Min. Celso Limongi (Desembargador convocado do TJ-SP), julgado em 26/5/2009 (Informativo n 396/STJ).

36. Na ao de indenizao por dano moral, a condenao em montante inferior ao postulado na inicial implica sucumbncia recproca.

Errada Segundo a Smula n.326 do STJ: Na ao de indenizao por dano moral, a condenao em montante inferior ao postulado na inicial no implica sucumbncia recproca. Ambiental

37. proibido o exerccio da caa profissional.

Correta Conforme o artigo 2 da Lei 5.197/67, a qual dispe sobre a proteo fauna, proibido o exerccio da caa profissional.

38. So rgos executores do Sistema Nacional de Unidades de Conservao da Natureza (SNUC) apenas o Instituto Chico Mendes e o Ibama, em carter supletivo.

Errada Lei 9985/2000 art. 6, O SNUC ser gerido pelos seguintes rgos, com as respectivas atribuies: (...) III - rgos executores: o Instituto Chico Mendes e o Ibama, em carter supletivo, os rgos estaduais e municipais, com a funo de implementar o SNUC, subsidiar as propostas de criao e administrar as unidades de conservao federais, estaduais e municipais, nas respectivas esferas de atuao.

39. O objetivo bsico das Unidades de Uso Sustentvel compatibilizar a conservao da natureza com o uso sustentvel de parcela dos seus recursos naturais.Preparao de qualidade para concursos? http://grupos.ebeji.com.br

14

GEAGU Objetiva

http://grupos.ebeji.com.br/GEAGU

Correta Lei 9985-2000 art. 7, 2: O objetivo bsico das Unidades de Uso Sustentvel compatibilizar a conservao da natureza com o uso sustentvel de parcela dos seus recursos naturais.

40. O Parque Nacional tem como objetivo bsico preservar stios naturais raros, singulares ou de grande beleza cnica

Errada A questo mistura os conceitos estabelecidos na Lei 9985-2000, arts. 11 e 12, a saber: Art. 11. O Parque Nacional tem como objetivo bsico a preservao de ecossistemas naturais de grande relevncia ecolgica e beleza cnica, possibilitando a realizao de pesquisas cientficas e o desenvolvimento de atividades de educao e interpretao ambiental, de recreao em contato com a natureza e de turismo ecolgico. Art. 12. O Monumento Natural tem como objetivo bsico preservar stios naturais raros, singulares ou de grande beleza cnica. Internacional

41. A formulao de pedido de naturalizao, cujo exame pela administrao esteja atrasado, impede a deportao do estrangeiro com visto de permanncia vencido.

Correta PROCESSO PENAL E ADMINISTRATIVO. ESTRANGEIRO COM VISTO DE PERMANNCIA VENCIDO. AMEAA DE DEPORTAO. CONSTRANGIMENTO ILEGAL CARACTERIZADO. Constatado que foi formulado pedido de naturalizao pelo estrangeiro e, passados oito meses, no houve a sua apreciao pelo rgo responsvel, no se pode admitir a deportao do requerente, sob alegao de que se encontra irregular no territrio nacional. Na pendncia do pedido de regularizao do visto de permanncia, no se revela legtima a medida extrema. Mora da administrao que milita em favor do paciente. (RHC 200670000161759, PAULO AFONSO BRUM VAZ, TRF4 - OITAVA TURMA, 25/10/2006)Preparao de qualidade para concursos? http://grupos.ebeji.com.br

15

GEAGU Objetiva

http://grupos.ebeji.com.br/GEAGU

42. A naturalizao pode ser requerida diretamente na Justia Federal, em procedimento de jurisdio voluntria.

Errada Segundo o artigo 111 do Estatuto do Estrangeiro, Lei n 6.815/80: A concesso da naturalizao nos casos previstos no artigo 145, item II, alnea b, da Constituio, faculdade exclusiva do Poder Executivo e far-se- mediante portaria do Ministro da Justia. A norma constitucional citada acima refere-se Constituio de 1967 (Emenda Constitucional n 1, de 17 de OUTUBRO de 1969), tendo correspondncia no artigo 12, II, da Constituio de 1988.

43. O processo de naturalizao somente se conclui com a entrega do respectivo certificado ao estrangeiro, privativa de juiz federal.

Correta Estatuto do Estrangeiro, Art. 119: Publicada no Dirio Oficial a portaria de naturalizao, ser ela arquivada no rgo competente do Ministrio da Justia, que emitir certificado relativo a cada naturalizando, o qual ser solenemente entregue, na forma fixada em Regulamento, pelo juiz federal da cidade onde tenha domiclio o interessado. O Decreto n 86.715/81, que regulamenta da Lei n 6.815/80, assim dispe sobre esse tema: Art . 128 - Publicada a Portaria de Naturalizao no Dirio Oficial da Unio, o Departamento Federal de Justia emitir certificado relativo a cada naturalizando. 1 - O certificado ser remetido ao Juiz Federal da cidade onde tenha domiclio o interessado, para entrega solene em audincia pblica, individual ou coletiva, na qual o Magistrado dir da significao do ato e dos deveres e direitos dele decorrentes. Art . 133 - O processo, iniciado com o pedido de naturalizao, ser encerrado com a entrega solene do certificado (...).

44. A naturalizao extraordinria ocorre pelo simples implemento do prazo, sendo dispensvel qualquer procedimento administrativo para sua consecuo.Preparao de qualidade para concursos? http://grupos.ebeji.com.br

16

GEAGU Objetiva

http://grupos.ebeji.com.br/GEAGU

Errada A naturalizao extraordinria est disposta no artigo 12, II, b, da Constituio Federal, a saber: Art. 12. So brasileiros: (...) II - naturalizados: (...) b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na Repblica Federativa do Brasil h mais de quinze anos ininterruptos e sem condenao penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira. Observe-se que o prprio texto constitucional exige o requerimento (procedimento administrativo) para a efetivao desse tipo de naturalizao, no sendo suficiente, portanto, to-somente o simples implemento do prazo. Comercial

45. No se considera empresrio e no pode ser considerado sujeito passivo de falncia aquele que exerce a profisso intelectual, de natureza cientfica, literria ou artstica.

Errada Veja-se o artigo 966 do Cdigo Civil, Art. 966. Considera-se empresrio quem exerce profissionalmente atividade econmica organizada para a produo ou a circulao de bens ou de servios. Pargrafo nico. No se considera empresrio quem exerce profisso intelectual, de natureza cientfica, literria ou artstica, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exerccio da profisso constituir elemento de empresa. Portanto, aquele que exerce a profisso intelectual, de natureza cientfica, literria ou artstica, quando esse exerccio constituir elemento de empresa, considerado empresrio e, por conseguinte, pode ser sujeito passivo de falncia, regulada pela Lei n 11.101/2005.

46. Apesar da recuperao judicial depender da homologao judicial, sua natureza contratual.

Preparao de qualidade para concursos? http://grupos.ebeji.com.br

17

GEAGU Objetiva

http://grupos.ebeji.com.br/GEAGU

Correta A lio doutrinria: "Assim, verifica que a partir da vigncia desta nova Lei, estamos resgatando um sistema j adotado em nosso Pas no sculo passado e no haver mais dvida quanto natureza contratualista da recuperao judicial que a princpio, obriga a participao efetiva de todos os credores representados em assemblia geral de credores, que tero o poder de aprovar ou no o plano de recuperao apresentado pelo devedor. Tem-se, portanto, que no obstante o pedido de recuperao judicial estar sujeito direo e homologao da autoridade judiciria competente, a fundamental representatividade e participao dos credores na deciso de aprovao do plano de recuperao da empresa imprime-lhe uma natureza contratual". (Ldia Valrio Marzaro, Comentrios Nova Lei de Falncia e Recuperao de Empresas", Ed. Quartier Latin, So Paulo, Coordenao de Rubens Approbato Machado, 2005, p. 93/94).

47. O trespasse do estabelecimento comercial (filiais ou unidade produtiva), como elemento da recuperao judicial, no importa na sub-rogao das obrigaes do devedor ao sucessor, ocorrendo a ttulo universal, mesmo quanto s obrigaes de natureza tributria.

Correta Trespasse o contrato de compra e venda do estabelecimento empresarial atravs do qual ocorre a transferncia de sua titularidade. Consoante a Lei de Falncias (Lei n 11.101/2005): Art. 50. Constituem meios de recuperao judicial, observada a legislao pertinente a cada caso, dentre outros: (...) VII trespasse ou arrendamento de estabelecimento, inclusive sociedade constituda pelos prprios empregados. (...) Art. 60. Se o plano de recuperao judicial aprovado envolver alienao judicial de filiais ou de unidades produtivas isoladas do devedor, o juiz ordenar a sua realizao, observado o disposto no art. 142 desta Lei. Pargrafo nico. O objeto da alienao estar livre de qualquer nus e no haver sucesso do arrematante nas obrigaes do devedor, inclusive as de natureza tributria, observado o disposto no 1o do art. 141 desta Lei.

Preparao de qualidade para concursos? http://grupos.ebeji.com.br

18

GEAGU Objetiva

http://grupos.ebeji.com.br/GEAGU

48. As dvidas tributrias nunca se submetem recuperao judicial, a qual no poder ser deferida na existncia daquelas, ressalvadas as hipteses de efetiva suspenso de exigibilidade.

Correta De acordo com o Cdigo Tributrio Nacional, Art. 191-A. A concesso de recuperao judicial depende da apresentao da prova de quitao de todos os tributos, observado o disposto nos arts. 151, 205 e 206 desta Lei. Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crdito tributrio: I - moratria; II - o depsito do seu montante integral; III - as reclamaes e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributrio administrativo; IV - a concesso de medida liminar em mandado de segurana. V a concesso de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espcies de ao judicial; (Includo pela Lcp n 104, de 10.1.2001) VI o parcelamento. (Includo pela Lcp n 104, de 10.1.2001) Pargrafo nico. O disposto neste artigo no dispensa o cumprimento das obrigaes assessrios dependentes da obrigao principal cujo crdito seja suspenso, ou dela conseqentes. Art. 205. A lei poder exigir que a prova da quitao de determinado tributo, quando exigvel, seja feita por certido negativa, expedida vista de requerimento do interessado, que contenha todas as informaes necessrias identificao de sua pessoa, domiclio fiscal e ramo de negcio ou atividade e indique o perodo a que se refere o pedido. Pargrafo nico. A certido negativa ser sempre expedida nos termos em que tenha sido requerida e ser fornecida dentro de 10 (dez) dias da data da entrada do requerimento na repartio. Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certido de que conste a existncia de crditos no vencidos, em curso de cobrana executiva em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa. Previdencirio

49. Considerando-se que o critrio de aposentadoria hodiernamente se faz por tempo de contribuio (e no por tempo de servio), ainda que o trabalhador haja laborado na condio de empregado, impossvel deferir-se-lhe benefcio previdencirio se noPreparao de qualidade para concursos? http://grupos.ebeji.com.br

19

GEAGU Objetiva

http://grupos.ebeji.com.br/GEAGU

constam no banco de dados da Previdncia Social as prestaes previdencirias pertinentes.

Errada Tendo o trabalhador laborado na condio de empregado, presume-se que tenha havido anotaes em sua CTPS. Desta feita, tem maior valor a condio de hipossuficiente do trabalhador diante das informaes do banco de dados da Previdncia Social, principalmente diante do fato de que o empregado no responsvel pelo recolhimento das contribuies previdencirias. Sobre o tema, as seguintes decises judiciais: EMENTA: PREVIDENCIRIO. RECONHECIMENTO DE TEMPO DE SERVIO URBANO. INFORMAES CONSTANTES NO CNIS. PROVA EQUIVALENTE S ANOTAES EM CTPS. DIVERGNCIA ENTRE DADOS CONSTANTES NAQUELAS. PREFERNCIA PELA INTERPRETAO MAIS FAVORVEL AO SEGURADO. 1. Os registros constantes no Cadastro Nacional de Informaes Sociais (CNIS), por fora da nova redao do art.19 do Decreto 3048/99, tem valor probatrio equivalente s anotaes em CTPS. 2. Quando os dados presentes naquele banco de dados vo de encontro aos apontamentos presentes na carteira de trabalho, deve-se preferir a interpretao mais favorvel ao segurado, dada a sua condio de hipossuficiente. 3. Quanto ao ndice de atualizao monetria, aplicvel o indexador do IGP-DI. 4. A correo monetria de dbitos previdencirios, por tratar-se de obrigao alimentar e, inclusive, dvida de valor, incide a partir do vencimento de cada parcela, segundo o disposto no 1 do art. 1 da Lei n 6.899/81. 5. Os juros moratrios, nas aes previdencirias, devem ser fixados taxa legal de 12% ao ano, devidos a partir da citao. 6. A verba honorria, quando vencido o INSS, em aes de natureza Previdenciria, deve ser fixada em 10% sobre o valor da condenao. 7. A base de clculo da verba honorria abrange, to-somente, as parcelas devidas at o presente julgado. 8. O INSS est isento do pagamento de custas quando litiga na Justia Federal. (TRF4, AC 2002.70.00.070703-9, Quinta Turma, Relator Victor Luiz dos Santos Laus, DJ 16/11/2005) EMENTA: PREVIDENCIRIO. EMBARGOS EXECUO DE SENTENA. HONORRIOS ADVOCATCIOS. VEDAO CONSTITUCIONAL DE SUA FIXAO EM SALRIOS MNIMOS. DIFERENAS NO VALOR DA RMI. VALIDADE DAS ANOTAES EM CTPS. 1. Vedada constitucionalmente a fixao da verba honorria em salrios mnimos, deve ser arbitrada em reais. 2. O registro constante na CTPS goza da presuno de veracidade juris tantum, devendo a prova em contrrio ser inequvoca, constituindo, desse modo, prova plena do servio prestado nos perodos ali anotados. 3. Os registros constantes no Cadastro Nacional de Informaes Sociais (CNIS), por fora da nova redao do art.19 do Decreto n 3048-99, tem valor probatrio equivalente s anotaes em CTPS. Contudo, em hiptese na qual os dados presentes no banco de dados vo de encontro relao de salrios-de-contribuio fornecida pelo empregador, deve-se preferir a interpretaoPreparao de qualidade para concursos? http://grupos.ebeji.com.br

20

GEAGU Objetiva

http://grupos.ebeji.com.br/GEAGU

mais favorvel ao segurado, mesmo porque, na condio de empregado, ele no responsvel pelo recolhimento das contribuies previdencirias. 4. Transitado o acrdo que aponta tempo de servio correspondente a 32 anos de servio - o qual gera a incidncia de 82% sobre o salrio-de-benefcio -, no h como dar guarida a apelo que se limita a argumentar que aplicou o percentual de 76% por ter apurado apenas 31 anos. (TRF4, AC 2006.71.99.002612-2, Sexta Turma, Relator Alcides Vettorazzi, D.E. 26/09/2008). Ademais, a jurisprudncia ptria entende que o banco de dados da Previdncia, o CNIS, no pode ser a nica opo para atestar a efetiva contribuio previdenciria, dado seu carter falho, devendo o INSS realizar diligncia para conferir as informaes, inclusive perante os empregadores: AGRAVO INTERNO SUSPENSO DE BENEFCIO DEVIDO PROCESSO LEGAL COMPROVADA IRREGULARIDADE NA CONCESSO. I A deciso atacada assevera que o ato administrativo que concede o benefcio previdencirio ato jurdico perfeito e acabado, dotado de legitimidade at prova em contrrio, sendo vedado ao rgo previdencirio, unilateralmente, sem motivo comprovado, por mera suspeita de fraude, suspender ou bloquear o pagamento, sob pena de violao dos princpios constitucionais da ampla defesa e do contraditrio, e de se configurar verdadeiro abuso de poder. II No caso em tela, verificou, entretanto, a deciso agravada, que no se afigurou mera suspeita de fraude, mas sim a ocorrncia de irregularidade comprovada, e, ainda, que foi dado o direito ao contraditrio e a ampla defesa segurada para se defender na esfera administrativa. III Inexiste, de fato, na presente hiptese, qualquer ofensa ao art. 5, inc. LV, da Constituio Federal, j que o INSS oportunizou Impetrante o exerccio do direito de defesa, enviando correspondncia para o endereo constante em seu cadastro, que deve ser mantido atualizado pelos prprios segurados. IV Logrou provar a Autarquia a existncia de irregularidade na concesso do benefcio da em tela, uma vez que no se limitou a proceder pesquisa no banco de dados do CNIS, notrio por sua inconsistncia, mas realizou diligncia perante a empresa supostamente empregadora, tendo verificado, entretanto, que a Impetrante no constava dos livros e registros da empresa. V Descabe falar, ainda, in casu, do prazo decadencial de 5 (cinco) anos, previsto no art. 54, da Lei n 9.784/99, para a Administrao Pblica Federal anular os atos administrativos de que decorram efeitos favorveis para os destinatrios, j que o referido artigo ressalva expressamente os casos em que se comprova a m-f do destinatrio. VI - Ao ajuizar o presente mandado de segurana, a Impetrante se limita a sustentar a irregularidade do ato de suspenso de sua aposentadoria, e no produz nos autos qualquer prova de que faz jus percepo do benefcio pretendido, o que afasta a liquidez e a certeza do direito pleiteado, e, conseqentemente, o direito concesso da segurana. VII Agravo Interno improvido.. (AGTAMS 199902010591208, Desembargador Federal MESSOD AZULAY NETO, TRF2 SEGUNDA TURMA ESPECIALIZADA, 24/10/2005)

Preparao de qualidade para concursos? http://grupos.ebeji.com.br

21

GEAGU Objetiva

http://grupos.ebeji.com.br/GEAGU

50. A expresso seguridade social abrange em sua semntica no apenas o seguro social propriamente dito, mas tambm a sade e a assistncia social.

Correta Referida assertiva decorrente da norma expressa no artigo 194 da Constituio de 1988, segundo a qual: A seguridade social compreende um conjunto integrado de aes de iniciativa dos Poderes Pblicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos sade, previdncia e assistncia social. No caso, previdncia sinnimo de seguro social.

Preparao de qualidade para concursos? http://grupos.ebeji.com.br

22