quem vê capas vê corações

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  • 8/18/2019 Quem Vê Capas Vê Corações

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    Colecção Quem vê Capas vê CoraçõesNão é pela capa que se escolhe o livro, porém, esta, além de procurar quase sempre espelhar alguma ideia ou conexpressos pela obra, tem, sem dúvida, um papel determinante no que o leitor sente em relação ao objecto que deseja

    ler e folhear.Quem vê Capas vê Corações  reúne 12 obras que se notabilizaram não só pelo seu coração, pelo seu contmas também pelo trabalho de quem concebeu as suas capas, prestando assim homenagem a autores, ilustrador

    designers. Novo Mundo, Mundo Novo, Páscoa Feliz , Histórias da Minha Rua, Noite sem Lua, A Gata, Amok , Os Homens ou O Mestre  são algumas das obras que constituem a colecção editada pelo Público em parceria com A Bela e o Mo

     Todos os sábados, com o PÚBLICO, por mais 5,95 euros

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    ColecçãoQuem vê Capasvê Corações

    Diz o ditado que “quem vê carasão vê corações”. O adágio popularcrescenta ainda que “não se deveulgar o livro pela capa”. Mas aolecção do PÚBLICO que agorahega às bancas vem provar queem sempre o saber popular temazão. Quem vê Capas vê Coraçõeseúne 12 obras da colecção pessoale Jorge Silva, seleccionadas por Rita

    Gomes Ferrão, que se notabilizaramão só pelo seu coração, peloeu conteúdo, mas também pelorabalho de quem concebeu as suasapas.

    A capa é uma espécie de janelaara o livro. Mais ou menos literal

    e representativa, mais ou menosmetafórica, esta é em geral aprimeira imagem que o leitor tem deuma obra e é por isso determinanteno modo como este se vai relacionarcom o objecto. Não é por acasoque autores e editoras têm todo ocuidado quando definem a capa deuma obra e que muitas constituem

     verdadeiras obras de arte.Prestando homenagem nãosó a escritores mas também ailustradores e designers que, aolongo dos anos, proporcionaramalgumas das mais belas capaspublicadas, Quem vê Capas vêCorações traz como volume inicial

     Novo Mundo, Mundo Novo. O livro,uma espécie de diário da viagemque António Ferro fez durante doismeses pelo território norte--americano, em 1927, conta com ailustração de Bernardo Marques.Invocando o espírito de progressoda nação americana, artista gráficoe pintor português escolheu um

     grandioso edifício azul para ilustrara capa. Desenraizados, de Erich MariaRemarque, e Páscoa Feliz , de JoséRodrigues Miguéis, com capasassinadas por António Dominguese Fred Kradolfer, respectivamente,constituem o terceiro e quarto

     volumes da colecção. O primeirocentra-se na vida dos refugiadosalemães em países estrangeirosdurante a Segunda Guerra Mundial,enquanto o segundo se foca no

     julgamento de um homem alienadopela sociedade que cometeu umhomicídio por ter sido apanhado aroubar ao patrão.A pintora e ilustradora MariaKeil, assina a capa de Históriasda Minha Rua, de Maria CecíliaCorreia, o primeiro livro da autoracom ilustrações exclusivamentepensadas para crianças e que é oquarto volume. Já Querubim Lapaé o autor da capa de Noite sem Lua 

    de John Steinbeck, enqGuilherme assina a capde Sidonie Colette, cujcentral é uma gata cha Eloi ou Romance numa João Gaspar Simões e de Victor Palla, e A FeiUpdike e ilustração deLeme, constituem os se oitavos volumes de QCapas vê Corações. Relhistória de um enconthomens a bordo do nanuma viagem para a E Amok , de Stefan Zweigilustrada por Júlio Amnos a descobrir o sign

     A capa é uma espéciede janela para o livro.Mais ou menos literal erepresentativa, mais oumenos metafórica, estaé em geral a primeiraimagem que o leitor tem de uma obra

    Os autores

    António Ferro

    Nascido em Lisboa, a 17 de Agosto de

    1895, António Ferro foi durante muitos

    anos o responsável pelo Secretariado

    da Propaganda Nacional e é por

    muitos apelidado como o “inventor do

    Salazarismo”. Antes de assumir o cargo

    político, teve uma prolíica carreira

    enquanto jornalista, tendo igualmente

    publicado várias obras literárias.

    Erich Maria Remarque

    Nascido em 1898 na Alemanha, Remark

    combateu na Grande Guerra antes de

    publicar a sua mais famosa obra A Oeste

    Nada de Novo. Escreveu outros livros

    sobre o pós-guerra até que em 1933 toda a

    sua obra foi queimada e banida, já o autor

    vivia na Suíça onde morreu e m 1970.

    José Rodrigues Miguéis

    Filho de pai galego e mãe be

    Rodrigues Miguéis nasceu em

    a 9 de Dezembro de 1901. Fo

    em Direito mas nunca exerce

    acabado por se dedicar prim

    jornalismo e, mais tarde, à lite

    pedagogia. Devido à sua opo

    regime do Estado Novo, foi p

    leccionar em Portugal, o que

    ao exílio nos EUA, onde falec

    Bon

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    Quandoas capasmostram

    os coraçUma folha em branco, um munddades por descobrir. Sejam palavdesenhos ou outro tipo de ilustraformam uma mensagem que, mclara, se quer passar a quem tamolhos. A nova colecção PÚBLICO Qvê Corações mostra como melhormensagem e urge o leitor a pegar nosempre é pela capa que se escolheobras dão-lhe muito boas razões.

    O trabalho de ilustradores, desig gráficos, de pegar num conceito ouobra e o puxar para a frente de qestá patente nestes 12 volumes quseu coração.

    Foi quando o novo mundo pardo novo que a obra  Novo Mundo,de António Ferro, saiu com a capaMarques. Natural de Silves, Marqda segunda geração do Modernismtendo feito grande parte da sua cilustrador e artista gráfico sobretue revistas portuguesas até meados sado. Trabalhou muitas vezes aoKradolfer, suíço chegado a Portuque ajudou ao impulsionamento dcas em Portugal, tendo sido a primeferência na área. É Kradolfer que as Páscoa Feliz , de José Rodrigues Migna colecção do seu jornal. Entre odecorativo dos 30 e o surrealismo dilustrações pictóricas foram suavizana cor a geometria agressiva dos p

    pos, revelando a sua faceta de pintopela qual o artista era bastante apTambém uma referência do mes

    Maria Keil, autora da capa de Histó Rua. A sua obra vasta abarca a pintue ilustração, azulejo, design gráficmobiliário e até mesmo tapeçariatudo toma forma na capa do livro dCorreia. Mistura linguagens e valoem toda a sua obra.

    Apesar de ter sido na cerâmica qLapa é amplamente reconhecido, las suas soluções plásticas e técnicaeste artista plástico português iludo quinto volume da colecção Noi John Steinbeck. A his tória da rescesa na Segunda Guerra, à qual homenagem, transparece na capa coragem.

     A Gata, de Sidonie Colette, temPaulo-Guilherme, famoso pelas su

     gráficas dos romances e thrillers coos; Eloi ou Romance numa Cabeça, dSimões, teve a capa feita pela mão darquitecto, fotógrafo, pintor e desige n’ A Feira, de John Updike, a ilustrCâmara Leme.

    Em Amok , de Stefan Zweig a il Júlio Amorim, e O Vento, de Claudetração de António Charrua. Os Hode Victor Hugo, com capa assinadNobre, e O Mestre, de Ana HatheSebastião Rodrigues, encerram a

    Quem vê Capas vê Corações  

    reúne 12 obras que senotabilizaram não só peloseu coração, pelo seu

    conteúdo, mas também pelotrabalho de quem concebeu

    as suas capas, prestandohomenagem a autores,ilustradores e designers

    Maria Cecília Correia

    Maria Cecília Correia Borges Cabral

    Castilho (19191993) nasceu em Viseu

    faleceu em Lisboa. Conhecida nos

    meios literários por Maria Cecília Correia,

    edicou-se sobretudo à Literatura Infantil.

    eixou um conjunto de livros inspirados

    o real, no quotidiano e cujas histórias têm

    omo tema o mundo da criança: a beleza, o

    onho e a magia.

    John Steinbeck

     A Leste do Paraíso, A Um Deus

    Desconhecido, A Pérola ou As Vinhas da Ira

    são apenas três das obras que marcaram

    o percurso literário do norte-americano,

    John Steinbeck. Prémio Nobel da

    Literatura em 1962, o autor publicou o seu

    primeiro livro, A Taça de Ouro, em 1929,

    e não mais parou de escrever. Dezassete

    das suas criações foram adaptadas ao

    cinema.

    Colette

    Sidonie Gabriella Colette nasceu em 1873

    e tornou-se conhecida como Colette. A

    escritora francesa era conhecida por ter

    uma grande colecção de objectos de Art

    Nouveau e mantinha um salão literário.

    Chéri, de 1920, é das suas obras mais

    conhecidas, relatando a relação entre uma

    mulher madura e um homem 24 anos mais

    novo.

    tosporfora

    e pordentro

    xpressão indonésia que dá nomeobra e pode ser traduzida comoatirar-se furiosamente ao inimigo”.áO Vento, de Claude Simon, cujaapa é uma criação de Antónioharrua, é apontado como um dos

    maiores romances da literaturarancesa e constitui o décimo volumea colecção. Os Homens do Mar , de

    Victor Hugo, com capa assinadaor Roberto Nobre, e O Mestre, de

    Ana Hatherly e capa de SebastiãoRodrigues, encerram Quem vê

    aras vê Corações e demonstramue, definitivamente, há livros queodem ser tão belos por dentroomo por fora.

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    Simon, e um dos maioresda literatura francesa, aqpor Mário Cesariny de VaEditado em 1957, O Ventoa fragmentação da sua é

    redescobrir a permanêne mantém o ser humano

    Os Homens do de Victor Hugo

    Capa dNobreVolum7 de MPublicaoriginacom o TrabalhMar” e de Mac

    Assis, o livro de Victor Huprotagonista Gilliat, um mvive na ilha de GuerneseyMancha, um marginal so

    enamora de Deruchettearmador Lethierry. Quande Lethierry naufraga noDouvres, um lugar particperigoso, não muito distaDeruchette promete cashomem capaz de recupevapor da embarcação. Gem oferecer-se para tão O romance passa a narraaventuras e desventurasluta com um imenso polv

    O Mestre,de Ana Hatherly

    Capa deRodriguVolume14 de Ma

    O Mestrea históriadiscípulaum mesta descobamor. Es

    acaba por ser alguém esindivíduo que se satisfaz saber e que encanta os dconfundindo a rapariga. da colecção marca o exisde Ana Hatherly e merecpelo humor, pelo drama,do amor e do ódio e pelaresultante.

    ensaísta português, autor de Amigos Sinceros, A Unha Quebrada ou O Marido Fiel.

     A Feira, de John UpdikeCapa João CâmaraLemeVolume 816 de AbrilOs residentes deDiamond County Homeestão a preparar-se paraa feira de verão anual,

    onde vendem artesanato produzido porsi próprios. Uma chuva forte traz umadiscussão entre alguns dos residentese o ancião Hook, um velho professor de94 anos com fortes princípios religiões.O romance analisa as diferençaspolíticas e religiosas geracionais. AFeira foi o primeiro livro de John Updiketraduzido em Portugal.

     Amok , de Stefan Zweig

    Capa de Júlio AmorimVolume 923 de Abril“Amok” é um termoindonésio que poderiaser traduzido como“atirar-se furiosamenteao inimigo” e foi o

    escolhido pelo escritor austríaco,Stefan Zweig, para designar a novelaque publicou em 1922. No livro, o autorconta a história de um encontro entredois homens: um anónimo que viajade Calcutá para a Europa – e que é onarrador da obra – e um médico queencontra uma noite a bordo do navioOceania. Apesar de aparentar quererevitar todo o contacto social, o médicoacaba por contar ao narrador, como asua obsessão por uma mulher que o

    procurou para fazer um aborto, e porquem se apaixonou desesperadamente,o conduziu até ali.

    O Vento,de Claude Simon

    Capa de AntónioCharruaVolume 1030 de AbrilLe Vent: Tentative derestituition d’un retablebaroque ou um principede transigure é umromance de Claude

    A colecção

    Novo MundoMundo Novo,de António Ferro

    Capa de Bernardo

    MarquesVolume 127 de FevereiroPublicado em 1930,Novo Mundo, MundoNovo nasceu de umaviagem que AntónioFerro, ao serviço doDiário de Notícias,fez pelo territórionorte-americanodurante cerca dedois meses, em 1927,com o objectivode retratar comovivia a comunidadeportuguesa no país.

    ividindo-se em duas partes, o livroonstitui inicialmente uma espécie deiário de um deslumbrado António

    erro que escreve como se contassema aventura, da qual é o granderotagonista, a um conjunto de amigos.uma segunda parte, intitulada

    Portugal na América”, a obra reúne umonjunto de textos sobre a vivência dosortugueses no país.

    Desenraizados,de Erich Maria Remarque

    Capa de AntónioDominguesVolume 25 de MarçoDesenraizados  contaa vida dos refugiadosalemães nos paísesestrangeiros, expulsos

    ela política de Hitler. A narrativa

    densa, urdida numa apertada empolgante teia. Mostra-nos a misériaor que passaram, indistintamente,deus e arianos, católicos erotestantes, homens de qualquerrença e de todas as ideologias, todaquela corte infeliz a quem foi negadapátria por não concordar com ostema reinante na Alemanha ou pore ter tornado suspeito.

    Páscoa Feliz , de JoséRodrigues Miguéis

    Capa de FredKradolfer

    Volume 312 de MarçoEditada em 1932, estaé a obra de estreiade José RodriguesMiguéis e, talvez, umadas suas criações

    mais pesadas, onde a alienação e aloucura do indivíduo ganham umaexpressão que não se encontranoutros trabalhos do autor. Vítima deopressão social, humilhado e derrotadopela vida, o protagonista da históriadecide dedicar-se ao crime, roubandocompulsivamente o patrão. Desligadodo mundo e até da sua família,talvez porque ele próprio tambémcresceu órfão, acaba por cometer umassassinato quando os seus crimes sãodescobertos. A novela inicia-se já com

    o seu julgamento e revela toda a suaparanóia e esquizofrenia.

    Histórias da Minha Rua,de Maria Cecília Correia

    Capa de Maria KeilVolume 419 de MarçoDe Maria CecíliaCorreia, Histórias daMinha Rua é umacolectânea de nove

    contos sugeridos por elementos doquotidiano, animais, plantas, objectos epessoas. Estas pequenas histórias queestimulam a imaginação datam de 1953.As ilustrações são de Maria Keil e captamos elementos centrais de cada uma dasnarrativas com uma riqueza estética e

    um cuidado plástico evidentes.

    Noite sem Lua,de John Steinbeck

    Capa de Querubim Lapa(ilustrações de CostaPinheiro)Volume 526 de MarçoA Segunda Guerra Mundialserve de mote para esta

    obra de John Steinbeck publicada em1942. Uma pequena cidade costeirano Norte da Europa, num país quenunca é nomeado, é invadida por

    um exército sem mostrar granderesistência. O Coronel Lanser, líder dastropas invasoras, rapidamente montao seu quartel-general e tenta mantera aparente paz na povoação. Porém, omilitar sabe que o bem e a tranquilidadenão subsistem quando a liberdade éroubada a uma população. Um romanceque aborda um tema universal quecontinua válido nos dias de hoje: avitória inevitável da liberdade humanasobre a violência.

     A Gata, de Colette

    Capa de PauloGuilhermeVolume 62 de Abril A Gata não foge à regrade toda a obra de Colettee está patente o seu

    amor pelos animais. Tem-se dito que hána sensualidade da escritora qualquercoisa de animal e que uma fraternidadesecreta a liga a este mundo: toda a

    sua escrita é instintiva. A igura centraldeste romance é uma gata – Saha, deseu nome – e Colette retrata-a atravésde imagens e relexões pouco comuns.Com uma mestria única, cria como quea presença física do felino, tornandotangível o seu corpo lexuoso e macio.Mas a história é também a análise de umsentimento muito humano: o ciúme.

    Eloi ou Romancenuma Cabeça,de João Gaspar Simões

    Capa de Victor PallaVolume 79 de AbrilPublicado pelasedições Presença, em

    1932, a edição de Elóiou Romance numaCabeça, de João

    Gaspar Simões, marca a publicaçãodo primeiro romance portuguêsconcebido essencialmente no planoda introspecção psicológica. Vencedordo Prémio da Imprensa no ano dasua edição, centra-se na história deElói, personagem que, devido ao seuciúme obsessivo, entra num caminhode ruptura que vai conduzir à inevitáveldestruição da sua vida amorosa,familiar e social. Com claras inluênciasdostoievskianas, esta foi a obra deestreia do escritor, crítico, biógrafo e

    Os autores

    oão Gaspar Simões

    atural da Figueira da Foz, onde nasceu

    25 de Fevereiro de 1903, o romancista,

    ramaturgo e ensaísta, João Gaspar Simões

    ornou-se conhecido sobretudo como crítico

    terário. Co-fundador das revistas Tríptico e

    resença, recebeu o Prémio da Imprensa em

    932, pelo seu primeiro romance, Elói ou o

    omance numa Cabeça, e pela biograia Eça

    e Queirós: O Homem e o Artista, em 1945.

    ohn Updike

    Considerado pela crítica um dos mais

    cutilantes analistas da sociedade norte-

    mericana, Updike escreveu mais de 50 livros,

    muitos deles traduzidos em Portugal, como

    Feira, A Escola de Música, Casais Trocados,

    O Centauro, As Bruxas de Eastwick , Corre

    Coelho, Coelho Enriquece, Brasil, O Terrorista.

    As suas obras, várias delas distinguidas com

    alguns dos mais prestigiosos prémios literários

    - nomeadamente dois Pulitzer e dois National

    Book Awards - estiveram muitas vezes nas

    listas dos best-sellers nos Estados Unidos.

    Stefan Zweig

    Oriundo de uma família de banqueiros, o

    austríaco Stefan Zweig nasceu em Viena,

    a 28 de Novembro de 1881. Formado em

    Filosoia, foi um escritor, jornalista e biógrafo,

    tornando-se a partir da década de 1920 num

    dos escritores mais famosos do mundo.

    Suicidou-se durante o seu exílio no Brasil,

    deprimido com o crescimento da intolerância

    e do autoritarismo na Europa no período da

    Segunda Guerra Mundial.

    Claude Simon

    Nasceu em 1913 em França mas cedo foi para

    Espanha onde quis combater os franquistas.

    Foi no regresso ao país natal que começou

    a escrever. Le Tricheur  foi o primeiro livro,

    seguindo-se Gulliver, La Route des Flandres,

    Le Sacre du Printemps ou Le Jardin des

    Plantes. Ganhou o Prémio Nobel da Literatura

    em 1995 pela “novelística que combina a

    criatividade do escritor com a do poeta

    conscientes da inluência do tempo no futuro

    da condição humana”.

    Victor Hugo

    O francês Victor Hugo tinha apenas 15 anos

    quando um dos seus poemas foi premiado.

    Desde então não mais parou de escreveu.

    Novelista, poeta, dramaturgo e ensaísta,

    notabilizou-se também como ac

    direitos humanos. Os Miseráveis 

    Senhora de Paris são algumas da

    que ganharam o estatuto de clás

    literatura mundial.

    Ana Hatherly

    Nascida em 1929 no Porto, Ana H

    uma professora, escritora e artis

    portuguesa. Leccionou na Unive

    Nova de Lisboa, na Escola de Ci

    do Conservatório Nacional e no

    Paralelamente desenvolveu uma

    como artista plástica, com inúm

    exposições individuais e colecti