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Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Coluna Arte e Cultura Missões Mundiais Notícias do Brasil Batista Notícias do Brasil Batista Conheça a trajetória do ator Jônatas Pereira dos Santos Página 10 JMM planeja e alinha ações para 2017 Página 11 Batistas baianos comemoram 134 anos de história Página 13 Saiba o passo a passo para a construção de um templo Página 15 ISSN 1679-0189 Ano CXV Edição 47 Domingo, 20.11.2016 R$ 3,20 Quarto domingo de novembro: Dia da Educação Teológica Capela do Seminário do Seminário do Sul Capela do Seminário do Norte Capela do Seminário Equatorial

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Page 1: Quarto domingo de novembro: Dia da Educação Teológica duende brasileiro criado pela imaginação popular. Ele seria um guardião das florestas, perneta, que assus-taria todos os

o jornal batista – domingo, 20/11/16

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

Coluna Arte e Cultura

Missões Mundiais

Notícias do Brasil Batista

Notícias do Brasil Batista

Conheça a trajetória do ator Jônatas Pereira

dos SantosPágina 10

JMM planeja e alinha ações

para 2017Página 11

Batistas baianos comemoram 134 anos

de históriaPágina 13

Saiba o passo a passo para a construção

de um temploPágina 15

ISSN 1679-0189

Ano CXVEdição 47Domingo, 20.11.2016R$ 3,20

Quarto domingo de novembro:

Dia da Educação Teológica

Capela do Seminário do Seminário do Sul

Capela do Seminário do Norte

Capela do Seminário Equatorial

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2 o jornal batista – domingo, 20/11/16 reflexão

E D I T O R I A L

Teologia do Saci-Pererê

Um dos quadros mais t r i s tes da cristandade é a sua fragmentação

absurda. Há provavelmente cerca de cem mil denomina-ções evangélicas no mundo de hoje. Na verdade, a maio-ria delas é exatamente igual a muitas outras em termos de doutrinas e práticas. Infe-lizmente, muitos grupos se separam de seus irmãos na fé por motivos pouco cristãos. Todavia, apesar de tantos desencontros semelhantes, é fato que grande parte de nossas divisões teve origem em questões teológicas e doutrinárias.

É claro que teologia e dou-trina são elementos funda-mentais, dos quais não se pode abrir mão. Se alguém nega a divindade de Cristo, a onisciência de Deus, a sal-vação pela fé e a singularida-de da Bíblia, tal pessoa não pode ser considerada cristã evangélica. No entanto, nos-sas divisões não se limitam a doutrinas fundamentais. As questões que nos distanciam dos nossos irmãos são as menores, de importância se-cundária, e em alguns casos são questões irrelevantes.

Talvez a razão principal do nosso divisionismo exacerba-do seja a “teologia do Saci--Pererê”. Como todos sabem, o Saci-Pererê é uma espécie de duende brasileiro criado pela imaginação popular. Ele seria um guardião das florestas, perneta, que assus-taria todos os que perturbam o silêncio das matas. O que mais se destaca na figura do Saci é o fato de que ele tem uma perna só. Naturalmente,

a pergunta já surge na mente do amigo leitor: O que isso tem a ver com teologia? Saci e teologia juntos? O que que-remos dizer com isso é que boa parte da nossa teologia é uma “teologia de uma perna só”, isto é, uma teologia res-trita, que enxerga de modo limitado o quadro amplo da revelação divina.

Uma das razões pelas quais criamos uma teologia limita-da assim é a nossa herança racionalista. Os antigos he-breus e cristãos sabiam que a realidade era muito mais complexa do que a nossa razão. Além disso, entendiam que certas dimensões da fé, aparentemente distintas, não eram necessariamente con-traditórias. O problema é que quando nossa teologia se “helenizou” exagerada-mente, adotamos uma lógica simplista, que nos trouxe diversos problemas.

Para entender tal realidade, basta lermos a Bíblia e vermos que o texto sagrado não se incomoda em afirmar coisas que ofende o racionalismo de muitos. Por exemplo, como Deus pode ser infinito e en-carnar num bebê em Belém? Como Deus pode ser um e três ao mesmo tempo? Como a Bíblia pode ser Palavra de Deus e ser escrita por ho-mens? Como podemos ser sal-vos por nossa fé e ao mesmo tempo por obra exclusiva do Espírito Santo? Como enten-der que Deus é totalmente soberano e nós somos livres e responsáveis por nossos atos? Como decidir se é o bom sen-so ou sabedoria bíblica que nos norteia, ou é a direção so-brenatural do Espírito Santo?

A verdade é que o mistério e a complexidade da reali-dade bíblica tem sido redu-zida para “facilitar” a vida dos cristãos. Uns dizem que Deus é pura razão, outros afirmam que ele é só cora-ção e emoção. Uns insistem que Deus faz tudo, sendo plenamente soberano (até os ímpios foram predestinados ao inferno), outros afirmam que Deus não pode fazer nada sem nossa autorização (nós é que decidimos …será que Deus ainda é Senhor?). Uns preferem um Deus mais coletivo, sociológico; outros afirmam que ele é o Deus do indivíduo. Há quem veja Deus como inserido na reali-dade concreta do mundo; ou-tros o colocam no “milésimo céu”, em sua espiritualidade e distância absolutas.

A verdade é que toda te-ologia radical terá sérios problemas e graves conse-quências. Se entendermos que “duas paralelas só se encontram no infinito”, que toda moeda “tem duas faces” e que a realidade é mais dialética ou “poli-alética” do que admitimos, seremos muito beneficiados. Em pri-meiro lugar, seremos mais humildes em nossa afirma-ção de “conhecimento do sagrado”. Depois, aprende-remos a separar questões fundamentais de problemas secundários. Em terceiro lu-gar, desenvolveremos nossa tolerância e nosso senso de fraternidade e amor cristãos (esses inegociáveis, segundo Jesus). Espero que venhamos a amadurecer nesta direção, pois a teologia brasileira tem mais condições de ser me-

nos radical do que a teologia da maioria do chamado “pri-meiro mundo”.

A importância de fugirmos da teologia do Saci-Pererê, para evitar que nossas Igrejas saiam por aí, pulando de uma perna só, tropeçando e cain-do, é que em nossos dias, tal tendência está acentuada. Quando vivíamos em Boston, EUA, estávamos em contato com muitos centros teológi-cos de todo o mundo. Por lá há uma tendência em alguns grupos de se rejeitar a doutri-na das penas eternas, pois ela seria “irreconciliável com o amor de Deus” (a ideia é que se Deus é amor, ele não pode ser justiça, nem mostrar sua ira). Recentemente, um outro debate causou discussão no meio evangélico: surgiu a teologia do “teísmo aberto”.

A ideia de alguns teólogos americanos é que Deus abriu mão de sua soberania e onis-ciência e resolveu não saber o futuro. Em resumo, Deus “abriu mão de ser Deus”. O intuito é “livrar” Deus de ser responsabilizado do so-frimento que há no mundo. Trata-se de um ultra-arminia-nismo que ignora centenas de textos bíblicos. Nova-mente, temos uma teologia radical, polarizada, bastante ocidental, e que ignora a dialética hebraica, negando a realidade do mistério. Que Deus abençoe a Igreja bra-sileira a crescer no conheci-mento de Deus, na tolerância fraternal e no pensamento cristão equilibrado.

Luiz Alberto Sayão, pastor, reitor do Seminário Teológi-

co Batista do Sul do Brasil

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

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INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Infoglobo

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3o jornal batista – domingo, 20/11/16reflexão

Claiton André Kunz, diretor da Faculdade Batista Pioneira, vice-presidente da ABIBET

A palavra “teologia” não é encontrada na Bíblia. O ter-mo, segundo seus

aspectos etimológicos, é composto de duas palavras gregas: Theos (Deus) e lo-gos (palavra, fala, expressão, tratado, ciência). A teologia é, portanto, uma Theo-logia, isto é, uma palavra, uma fala ou expressão sobre Deus; uma doutrina sobre Deus. É o estudo sobre a revelação de Deus, que é a expressão dos Seus pensamentos e, assim, é também o estudo sobre Sua própria Pessoa. Portanto, te-ologia é o estudo sobre Deus, sua obra e sua revelação.

O teólogo Millard Erickson faz a seguinte definição do termo: “Teologia é aquela disciplina que se esforça para apresentar uma declaração coerente da doutrina da fé cristã, baseada, principal-mente, nas Escrituras, colo-cada no contexto da cultura geral, expressa em idioma contemporâneo e relaciona-da com a maneira de viver do homem”.

Alguns poderiam imaginar que a teologia é semelhante

a outras ciências como a bio-logia, a sociologia, a psicolo-gia, etc. Entretanto, há uma diferença muito significativa entre estas “ciências”. Na biologia (bios = vida), por exemplo, podemos pegar o objeto de estudo, como uma planta ou um animal, levá-lo a um laboratório e dissecá--lo com um microscópio ou outros instrumentos, ou ainda sujeitá-lo a elementos quí-micos para ver as reações e modificações. Nos últimos anos tem-se avançado tanto nas pesquisas científicas, que é possível, inclusive, elaborar um mapeamento genético extremamente minucioso de qualquer ser vivo. Mas a per-gunta intrigante é a seguinte: seria possível fazer isso com o objeto de estudo da teolo-gia? Seria possível levar Deus a um laboratório e analisá-lo com os equipamentos mais modernos que já foram in-ventados pelo ser humano?

Na verdade, esta pergunta não é apenas nossa ou dos estudiosos do século XXI. Já o amigo de Jó, chamado Zo-far, perguntou isto há alguns milhares de anos atrás: “É possível conhecer a Deus em profundidade?” (Jó 11.7). Te-mos que reconhecer que há uma diferença abismal entre Deus e o ser humano, seja

em posição (Deus é criador e nós somos criaturas), seja em poder (Ele é onipotente e nós somos totalmente dependen-tes), seja em conhecimento (Deus é onisciente e nós não conhecemos nem sequer a nós mesmos), seja em caráter (Deus é totalmente santo e nós somos pecadores). É esta diferença que torna impossí-vel ao ser humano conhecer totalmente a Deus. Por isso, a única chance ao ser huma-no foi o fato de Deus ter se revelado a nós. E ainda bem que Ele o fez!

O nosso problema não é nem o caso de conhecê-lo em “profundidade”. Temos dificuldade até mesmo de darmos uma definição de Deus. Do ponto de vista bí-blico, geralmente se con-corda que é impossível dar uma definição rigorosa da ideia de Deus. Definir, que significa limitar (dar os limi-tes), envolve a inclusão do objeto dentro de uma certa classe ou proposição univer-sal conhecida e a indicação dos seus aspectos distintivos comparados com outros ob-jetos daquela mesma classe. Visto que Deus é único e incomparável, não há ne-nhuma categoria universal a que possa ser comparado ou classificado. O próprio Deus

nos desafia a isso: “A quem, pois, me comparareis para que eu lhe seja igual? - diz o Santo” (Is 40.25).

É fácil definirmos uma mesa, por exemplo. Ela tem pernas e uma plataforma fixa sobre as mesmas. É como aquela sobre a qual está o meu computador enquanto escrevo este texto. Qualquer outra mesa pode ser compa-rada a ela, mesmo que seja de material diferente, de ou-tra cor, um pouco mais alta ou mais baixa, mas sempre saberei o que é uma mesa. Mas quando penso em Deus, a que posso compará-lo? Aí começamos a entender o quanto somos limitados.

Talvez, a conclusão lógica seria então que é impossível fazer “teologia”, já que nem sequer podemos dar uma definição completa e satis-fatória do próprio objeto de estudo da teologia. Mas, e se entendêssemos teologia não como uma tentativa de definir Deus (já que nunca conseguiremos fazê-lo ple-namente), mas sim como uma compreensão do rela-cionamento que este Deus quer ter com o ser humano? Talvez, justamente, aí resi-da o centro da nossa ques-tão: nós jamais poderíamos alcançar a Deus; por isso,

Deus nos alcançou através da Sua “revelação”. E isso eu posso compreender, isso eu posso estudar e, muita mais, isso eu posso viver.

Na verdade, quando uma pessoa pergunta sobre a sua origem ou sobre o seu destino, está fazendo teo-logia. Quando uma criança pergunta onde foi o seu avô que acabou de morrer, está fazendo teologia. Quando um recém-convertido exulta dentro de si, na tentativa de compreender exatamente o que aconteceu, está fazendo teologia. Até quando um ateu tenta provar que Deus não existe, está fazendo teologia.

É claro que existe o aspecto formal da teologia. Existem aqueles que se dedicam anos e anos ou até a vida inteira no estudo específico desta área do conhecimento. Mas teólogos, no seu sentido mais amplo, daqueles que refletem sobre Deus e sobre o maravi-lhoso plano que Ele tem para os seres humanos, sim, teólo-gos somos todos nós. Tenho eu algo a ver com isso? Claro que sim! Deus dotou você de sabedoria e inteligência; por isso, coloque-as a serviço da reflexão sobre o que o Senhor do Universo quer da sua vida.

Teologia! E eu com isso?!

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4 o jornal batista – domingo, 20/11/16 reflexão

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia

Comprar um campo?

“Comprei, pois, a herdade de Hanameel, filho de meu tio, a qual está em Anatote; e pesei-lhe o dinheiro, dezes-sete siclos de prata.” (Jr 32.9)

Jerusalém estava oprimida e humilhada. No meio de toda a desesperança, o Senhor manda Jeremias

comprar um campo naquele lugar sem futuro. Apesar de tudo, o profeta resolveu levar a sério a ordem divina. “Com-prei, pois, de Hananel, filho do meu tio, o campo que está em Anatote e lhe pesei o dinheiro: dezessete siclos de prata” (Jr 32.9).

Comprar um terreno simbo-liza alguma crença no futuro. Seja para cultivo da terra, seja para a construção de alguma

casa. Mas, por que comprar um terreno, quando tudo em volta é decadência e o futuro parece pior ainda? Duas hipó-teses: ou perdemos o juízo ou decidimos ter fé. Pelo jeito, a opção de Jeremias foi a fé.

O mundo que nos cerca não podia ser mais decadente. Por que o Senhor nos manda viver nele? Pior ainda: por que nos-so Cristo nos manda investir nossa vida no Seu processo de estabelecer Seu Reino? Paulo chama nosso testemunho neste mundo como “a loucura da pregação”. O mesmo Deus que vocacionou Jeremias é Aquele que nos convoca para investir Seu amor neste mun-do poluído. É loucura, mas é, principalmente, uma decisão de fé.

Elias Gomes de Oliveira, pastor da Primeira Igreja Batista Missionária em Parque das Missões - Duque de Caxias – RJ

“Bom é para o homem su-portar o jugo na sua mocida-de; assentar-se solitário, e ficar em silêncio, porquanto Deus o pôs sobre ele.” (Lm 3.27-28)

Vivemos um período crítico da história. O mundo pós-mo-derno possui várias

características que o distin-guem de forma severa dos tempos passados. Penso que assim como os israelitas no deserto, é sempre preciso que algo novo aconteça para que a Igreja desperte e avance para aquilo que Deus lhe deu como meta.

Dentre muitos desafios que a Igreja precisa enfrentar, tal-vez a classe que necessita de um maior envolvimento no Reino de Deus são os jovens. Por exemplo: um adolescente ou jovem cristão pode passar horas e mais horas na frente de um computador navegando na internet e em redes sociais, mas não consegue ler uma hora de Bíblia. Alguns conse-guem ficar acordado em uma festa a noite inteira, mas não conseguem ficar na vigília bus-

cando a Deus. Outros andam de tênis de marca e roupas da moda, mas são incapazes de serem dizimistas ou ofertantes na Casa de Deus.

Pergunto-me o que está acontecendo com esta gera-ção? Será que os desafios que enfrentam são causados por causa da distorção de seus va-lores cristãos? Ou resultam de não perceberem os sussurros, os sinais de Deus para eles? Existem muitos mitos entre os cristãos. Por exemplo, há quem creia que viver pela fé e no espírito é não ter es-forço, não ter compromisso, não ter a responsabilidade humana de santificar-se, por acreditar que a fé nos imuniza cotidiana e automaticamente contra o pecado. Precisamos perceber o caminho de Deus, indicado no texto de Paulo aos Colossenses 1.9-12 e em Filipenses 2.12.

Reconheço que tratar deste assunto requer temor e res-ponsabilidade. Desejamos despertar a geração jovem para perceber a seriedade dos desafios que enfrentam, e como se devem preparar para isso. Sabemos que o momen-to é crucial e importante. Essa geração de jovens que Deus quer usar já foi escolhida por Ele. Nota-se que ainda não estão equipados e desenvolvi-

dos para enfrentar os desafios e as dificuldades inerentes à caminhada cristã. Por isso, quero dar minha contribui-ção: espero que, pela direção de Deus, possamos ressaltar, no meio da juventude, a ur-gência da santidade e do que-brantamento (Salmo 51.17) como condições para haver transformação.

Segundo Ricardo Gondin, Deus não trata os pecadores com dureza e inclemência, mas pede que as pessoas se-jam honestas quando erram. Pelas características do jovem, ele tende a criar um mundo seu, onde possa viver e se expressar. E este é um dos de-safios: os jovens precisam sair de si mesmos, de seu peque-no mundo, para alcançar as pessoas ao redor, os carentes da salvação em Cristo. Acredi-to que Deus, em nossos dias, deseja um mover assim, não apenas para os jovens, mas para todos nós. Se os jovens virem outros cristãos a fazer isso, tal lhes servirá de incen-tivo, e o resultado será aper-feiçoamento dos santos. Deus ama Seu povo e quer vê-lo transformado. Oremos, Igreja, para que possamos ter uma juventude ativa nesta geração de pecadores. Uma geração que faz a diferença, que é um instrumento transformador do

Carlos Alberto Martins Manvailer, membro da Igreja Batista Nova Jerusalém - Porto Velho – Rondônia

“O engano está no coração dos que maquinam o mal, mas a alegria está entre os que promovem a paz.” (Pv 19.21)

O ser humano faz uso de seus talen-tos e capacidade intelectual, via

de regra, se considera capaz e pleno em suas realizações. Essa tem sido a tônica do ho-mem natural, isto é, aquele que não conhece a Palavra do Senhor e nem o Senhor da Palavra. Vive segundo o seu próprio entendimento, pla-neja e executa o que melhor

lhe convém. É certo que o mundo tem se desenvolvido. Nunca o homem experimen-tou tanto progresso e tanta capacidade técnica em todas as áreas do conhecimento. Isso é fato. Entretanto, ao lado dessa gama de avanço tecnológico que, em tese, de-veria trazer melhores dias a todos, indistintamente, temos testemunhado o aumento gigantesco da insensatez e a perda dos valores essenciais e valiosos que deveriam ser nutridos e preservados por toda a humanidade.

Na mesma proporção da rápida e fantástica desenvol-tura na área do domínio tec-nológico, constatamos, de igual forma, como a vida tem sido banalizada. Aquilo que, há poucas décadas atrás era

premissa essencial na vida co-munitária, assim como a ami-zade, o respeito, a conside-ração e tantos outros valores elementares, simplesmente desaparecem aos poucos. O ser humano evoluído tem se tornando insensível e embru-tecido. A ganância, sem dúvi-da, é a mãe de todos os males. Pois, para conquistar poder e patrimônio o homem passa por cima de tudo e de todos, especialmente, em um mun-do capitalista e globalizado como é o nosso contexto. E a verdade exposta na parte “a” do versículo acima, nunca foi tão real e verdadeira. O mal que habita no coração huma-no sem Deus é a ferramenta e o instrumento para praticar o engano e o engodo. Todas as mais recentes descobertas e

invenções, em particular, na área da informação, deveriam ser utilizadas tão somente para o bem e a felicidade do homem. Porém, devido ao en-gano e a maldade inerente ao ser humano, tais ferramentas são utilizadas por muitos para a destruição de valores e prin-cípios que sempre nortearam o bem-estar das pessoas.

No entanto, a parte “b” do versículo acima, mostra o ou-tro lado. Mesmo ao viver em um mundo onde o engano e o mal imperam, nós temos Jesus Cristo como nosso Senhor e Salvador, e por isso mesmo somos felizes, e muito mais do que isso, somos os promo-vedores da paz. Privilégio e responsabilidade ao mesmo tempo. Em razão disso, a ex-pectativa do nosso Senhor é

que possamos exercer, nes-te tempo, a nossa influência como promovedores da paz, transformando, assim, a triste e caótica realidade vivenciada.

O nosso Deus conta comi-go e com você, amado irmão. Individualmente, não temos condições de mudar o mun-do, mas devemos fazer a nos-sa parte. Afinal, somos teste-munhas do Senhor, somos sal e luz. E devemos exercer o nosso papel nessa sociedade corrompida pelo engano e maldade. Que Deus tenha misericórdia das vidas que tem sido objeto do engano e da maldade, e que o Evan-gelho, poder de Deus, seja anunciado e testemunhado por nós, transformando-os, tudo para honra e glória do Senhor. Amém!

Desafios dos jovens na pós-modernidade

Engano e mal x alegria e paz

seu meio e, principalmente, de vidas para Cristo.

“Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos

quais venhas a dizer: Não te-nho neles contentamento (…) antes que (…) o pó volte e à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu.” (Ec 12.1,6,7).

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5o jornal batista – domingo, 20/11/16reflexão

“De sorte que todas as gera-ções, desde Abraão até Davi, são catorze; desde Davi até o exílio na Babilônia, catorze; e desde o exílio na Babilônia até Cristo, catorze.” (Mt 1.17).

Na genealogia de Je-sus, preparada por Mateus, verifica--se que ele tem em

vista apresentar três aspectos da mesma:

Aspecto legal - Jesus é da es-tirpe de Abraão e Davi (Gêne-sis 12.3; II Samuel 7.16). José é esposo legítimo e pai legal

Genivaldo Antonio da Silva, pastor da Primeira Igreja Batista em Avaré - SP

A irmã Abelina era uma mulher mui-to simples, andava meio encurvada, ti-

nha uma voz presente e gos-tava muito de declamar po-esias. Ela sempre trazia algo para agradar o pastor Isaías. Lembro-me de que recebi o convite de um irmão para visitá-la no hospital, pois ela estava muito doente. Ali, na cama, ela pediu que o irmão abrisse a gaveta e retirasse um envelope: era o seu dízimo. Naquele dia eu fiquei sem palavras. Hoje, após 17 anos, algo parecido acontece, quan-do eu e alguns diáconos va-mos à casa de uma irmã já de bastante idade e com a saúde bem debilitada. Ali, cantamos,

de Jesus. Deste modo, podia transmitir a Jesus os direitos messiânicos.

Aspecto simbólico - Mateus dá à genealogia de Jesus o nome David. Em hebraico, as palavras eram escritas sem as vogais: D.V.D. Usavam como número as letras do alfabeto. As letras do nome David equi-valiam ao número 14. Assim é que 4 + 6 + 4 = 14.

Mateus ressaltou a messiani-dade davídica de Jesus. Assim como 14 é a soma do nome de David, em Jesus se realizam todos os direitos, as virtudes,

refletimos sobre a Palavra e servimos a Ceia; ao sairmos, ela sempre entrega o seu dí-zimo em minhas mãos para que seja entregue na Casa do Senhor. Fico sem palavras.

John Huyler (1808-1870) fundou a sua primeira fábrica de doces cristalizados em uma área metropolitana, na cidade de Nova York. Conta--se que no princípio de sua jornada de negócios, quando ainda era um microempresá-rio sem nenhuma expressão, em um momento de leitura da Bíblia, ele achou no livro de Gênesis: “Então Jacó fez um voto, dizendo: ‘Se Deus estiver comigo, cuidar de mim nesta viagem que estou fazen-do, prover-me de comida e roupa, e levar-me de volta em segurança à casa de meu pai, então o Senhor será o meu Deus. E esta pedra que hoje

a glória e as promessas de David. O Messias é herdeiro, não só no sentido físico, mas também no sentido moral.

Aspecto espiritual - A ci-tação dos nomes de quatro mulheres na genealogia, o que não está muito de acordo com o padrão judeu, demonstra que Mateus queria inculcar a ideia de que Cristo veio sal-var a todos; judeus e gentios, “santos” e pecadores. Que o direito à salvação messiânica não existia apenas para os que pertenciam à descendência de Abraão.

coloquei como coluna servirá de santuário de Deus; e de tudo o que me deres certa-mente te darei o dízimo’”(Gn 28.20-22). Tocado pelo que leu, foi à Igreja e ajoelhando--se, orou repetindo as palavras de Jacó. A partir daquele mo-mento, de todo o lucro, ele separava o dízimo e entregava na Casa do Senhor. Muitas Igrejas, em todos os lugares, foram abertas e sustentadas através desse homem. Ele sempre dizia: “Afinal de con-tas, o dinheiro não é meu, é do Senhor”.

São histórias de homens e mulheres fiéis a Deus. E foram além: eles entenderam que o Senhor tinha propósitos especiais ao conceder-lhes riquezas. O tesouro de Davi foi benção na construção do templo. Então o rei Davi disse a toda a Assembleia: “Forneci

Ora, como se verifica, Ma-teus dividiu a genealogia de Je-sus em três partes, tendo cada uma 14 nomes. O evangelista teve em mira mostrar que Je-sus rompeu quatro barreiras: social, moral, racial e religiosa. O total de anos na genealogia apresentada por Mateus deve chegar a mais de 2 mil anos.

Mateus faz a demolição da barreira racial, com a citação de quatro mulheres estrangeiras:

Tamar era cananeia (Gn 3.8) - Praticava o onanismo com o marido, e adulterou com seu sogro;

grande quantidade de recursos para o trabalho do templo do meu Deus: ouro, prata, bronze, ferro e madeira, bem como ônix para os engastes, e ainda turquesas, pedras de várias cores e todo tipo de pedras preciosas, e mármore. Além disso, pelo meu amor ao templo do meu Deus, agora entrego das minhas próprias riquezas, ouro e prata para o templo do meu Deus, além de tudo o que já tenho dado para este santo templo” (I Cr 29.1-3). Davi em nenhum momento foi soberbo, mas humilde, ao reconhecer que tudo vinha de Deus. “Ó Senhor, nosso Deus, toda essa riqueza que oferta-mos para construir um templo em honra do teu santo nome vem das tuas mãos, e toda ela pertence a Ti”( I Cr 29.16).

Não podemos dar o que não nos pertence, então, o

Rute - Era moabita e idólatra - Entregou-se, uma noite a Boaz, antes das legítimas núpcias;

Bate-Seba era hitita (II Sm 11.3) - Mulher de Urias, mas pecou com Davi;

Raabe - Hospedeira e prosti-tuta em Jericó;

A barreira social foi rompida com a inserção de três mulhe-res que não eram israelitas.

A barreira moral foi demo-lida com a inclusão do nome de Raabe, que era prostituta.

A barreira religiosa foi rom-pida com a inserção de Tamar, Rute e Bate-Seba.

que nos resta? Devolver! Sim, como uma expressão de gra-tidão por sermos escolhidos para administrar os recursos que Ele coloca em nossas mãos. O dízimo é uma das experiências de fé mais extra-ordinárias que encontramos na Bíblia e faz parte da dou-trina da Igreja. Todo novo convertido aprende algumas lições importantes antes de se batizar. Ele aprende sobre o tipo de compromisso que terá com Cristo, que Deus é pro-vedor, e que devemos confiar inteiramente na Sua Palavra e nas Suas promessas de que nada faltará para aqueles que confiam nEle. “Ponham-me à prova” (Ml 3.10). Se tudo pertence a Ele, porque reter? Por que não viver uma expe-riência de fé com Deus? Sua história pode mudar; confie no Senhor, e o mais Ele fará.

Ebenézer Soares Ferreira Diretor-geral do Seminário

Teológico Batista de Niterói – RJ

DIFICULDADES BÍBLICAS E OUTROS ASSUNTOS

Estudo sobre a genealogia de Jesus preparada por Mateus

História dos fiéis

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6 o jornal batista – domingo, 20/11/16

vida em famíliaGilson e Elizabete Bifano

Dois colegas pasto-res, em um espa-ço curto de tem-po, ligaram para

mim a fim de compartilhar casos de casais crentes que estavam se separando. “Mas eles são atuantes na Igreja”, disse-me um dos colegas pastores.

Sempre quando ouço esses compartilhamentos procuro ajudar o colega e, no final, digo que a situação vai pio-rar ainda mais. Mais casais vão se separar, mais jovens se envolverão com drogas, mais problemas atingirão as famílias. Mais casos de ho-mossexualidade aparecerão entre os membros.

Stephen Covey, em seu Livro “Os 7 hábitos das fa-mílias altamente eficazes”,

afirma que até a década de 60 vivíamos em uma socie-dade pró-família. O contexto social, político, urbanístico, trabalhista e econômico era favorável à família. As esco-las ajudavam as famílias na educação das crianças, as leis trabalhistas cooperavam para a estabilidade da família. A pressão econômica não exis-tia. O movimento feminista dava os primeiros passos. A televisão não era uma re-alidade. Não havia os ape-los comerciais que levam as pessoas ao consumismo. Os parentes moravam próximos uns aos outros e ajudavam na criação dos pequeninos. E hoje? Hoje é o oposto!

As leis são contrárias à família. A escola não se pre-ocupa mais em ajudar na

formação do aluno, mas ape-nas em mostrar os índices de aprovação nos vestibulares. As drogas estão por todos os lugares. Os parentes não moram próximos uns dos outros. O divórcio tornou--se banal. A figura de au-toridade não existe mais. Antigamente, os professores eram respeitados. Hoje não. O sexo antes do casamen-to, por exemplo, também é tão comum que até mesmo entre muitos jovens crentes tornou-se normal.

Howard Hendricks, concor-dando com Stephen Covey, em seu Livro “Transforme sua família”, afirma: “Esta-mos cercados de influências desconhecidas, hostis e des-truidoras do lar. Perdemos a proteção e a sustentação an-

tes providas pela sociedade”. Até a década de 60, as Igrejas não precisam dar muita aten-ção às famílias. A sociedade, de um modo geral, fazia este papel, isto é, de proteger e fortalecer a família.

Hoje, a situação mudou radicalmente. A Igreja pre-cisa voltar seus olhos para o ministério com famílias. A Igreja e a família são duas ins-tituições criadas por Deus. As duas devem andar de mãos dadas. A Igreja, ao investir recursos financeiros, pessoais e físicos para o fortalecimen-to das famílias, coopera para seu crescimento saudável.

Realizar um ministério sé-rio, bíblico é muito mais do que simplesmente realizar um encontro com casais ou uma programação especial

no Dia das Mães. Trabalhar com famílias precisa ser uma prioridade da Igreja e deve ser realizado de maneira con-tínua e de forma metodológi-ca, científica e bíblica.

É bom saber que muitas Igrejas já estão neste cami-nho, mas muitas outras ainda não se despertaram para esta necessidade. Ainda não se deram conta que realizar um ministério sério com famílias é urgente e se trata de uma questão bíblica.

Gilson BifanoEscritor, palestrante e

Coach na área de família,criação de filhos e vida

conjugal.gilsonbifano@

ministeriooikos.org.brwww.ministeriooikos.org.br

Igreja e ministério com famílias

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7o jornal batista – domingo, 20/11/16missões nacionais

Louvamos a Deus pelo compromisso dos Ba-tistas brasileiros na Campanha Nacional

de Mobilização 2016 da JMN. Igrejas como a Comu-nidade Batista Esperança, em Rio das Ostras - RJ, que du-rante os meses de setembro e outubro deu ênfase na Cam-panha “É tempo de avançar...Multiplicando o Amor de Deus”. “Gostaria de testemu-nhar o quão gratos estamos por ver o envolvimento de toda a nossa comunidade. Não foi apenas o ministério de Missões que realizou a Campanha, foi a Igreja”, re-lata Ana Caroline, que com o esposo, coordena o trabalho de Missões na Comunidade Batista.

Você e a sua Igreja tam-bém podem fazer parte da

mudança espiritual que o Brasil necessita. A Campa-nha “É tempo de avançar... Multiplicando ao amor de Deus” tem levado as Igrejas Batistas a disseminarem o Evangelho em todo país. Certos de que, por meio dessa mobilização, muitas vidas serão salvas, a nossa equipe está de prontidão para juntos fazermos a me-lhor campanha de todos os tempos. Para isso, queremos saber como está a Campanha em sua Igreja. Caso precise de algum apoio referente ao material, basta entrar em contato conosco.

Acesse http://www.misso-esnacionais.com.br/campa-nha-2016 e conheça todo material da Campanha “É tempo de avançar... Multi-plicando ao amor de Deus!”.

Construindo Sonhos:

evento beneficente é

realizado para ampliação do Projeto Novos

Sonhos

Noite linda de Cele-bração a Deus no evento beneficente em prol das novas

instalações do Projeto Cris-tolândia Novos Sonhos, que aconteceu em São Paulo. Além da participação de cantores da música gospel, a programação foi abrilhantada pelo Coro da Cristolândia São Paulo e do Ballet Novos Sonhos, formado por crianças e adolescentes assistidas pela iniciativa.

A Junta de Missões Nacio-nais tem enfatizado a impor-tância da evangelização dis-cipuladora com essas crian-ças que vivem em vulnerabi-lidade social. Acesse http://migre.me/vq9YD e seja um dos nossos parceiros. Conta-mos com você e com a sua Igreja para fazerem parte da construção de Novos Sonhos!

A missionária aposentada Maria dos Anjos da Silva foi ao encontro do Senhor na manhã do dia 30 de ou-tubro, em Salvador - BA.

A missionária nasceu em São Felipe - BA, após uma infância bastante difícil, teve o seu encon-tro com Cristo na adolescência. Batizou-se aos 14 anos. Fez sua pública dedicação de vida ao trabalho missionário, em 1962, em um culto no acampamento de Jaguaquara. Após muitas lutas e dificuldades, Maria dos Anjos chegou ao SEC, onde, em 1975, concluiu os cursos pedagógicos de Assistência Social e de Educação Religiosa.

Depois de estagiar na Casa da Amizade de Ibotirama, Maria foi mais uma filha da boa terra baiana que foi nomeada missionária dos Batistas brasileiros, atuando no sertão do estado da Bahia de 1976 a 2005. Entre outros campos, atuou no Lar Batista David Gomes, em Barreiras; e nas cidades de Carinhanha, Pedro caná-rio, Santa Maria da Vitória, Jacaraci, Pindaí e Licínio de Almeida. Era incansável na pregação do Evangelho, no discipulado, na evangelização de crianças e na área de educação cristã.

Mais uma perda A missionária Anna Teixeira Carvalho, apo-

sentada, também foi ao encontro do Senhor no dia 31 de outubro, em Assis - SP.

Anna Teixeira de Carvalho nasceu no dia 09 de março de 1925. Formada em enfermagem, apresentou-se, em 1951, à Junta de Missões Nacionais para servir a Deus na cidade de Porto Nacional, no então estado de Goiás, hoje Tocatins. Anna foi responsável por mais de mil partos enquanto enfermeira. Em 1957, a irmã Anna foi transferida para Natividade - TO. Em 1963 foi transferida para Cristalandia - TO, onde deu início a um novo ambulatório. Sua saída de Natividade causou impacto. Toda a cidade sentiu e reagiu, e enviou um longo abaixo-assinado para o então diretor executivo de Missões Nacionais, pastor David Gomes, pedindo o retorno de Anna para Natividade. Em abril de 1964, a Junta autorizou seu retorno para a cidade, o que foi motivo de júbilo para o povo. A missionária perma-neceu ali até 1980, atendendo ao povo como enfermeira e com a mensagem do Evangelho de Cristo. Nesta caminhada, foram aproximadamente 29 anos de serviço nos campos mis-sionários. Ela faleceu aos 91 anos de idade, em Assis - SP), sua cidade natal. Oremos pelos familiares enlutados.

É tempo de avançar: Comunidade Batista

Esperança realiza campanha missionária

Jovens da Comunidade Batista Esperança cantam o hino oficial da Campanha 2016

Notas de Falecimentos

Anna Teixeira Carvalho, vida dedicada a servir ao próximo

Meninas do balé Novos Sonhos se apresentam em noite dedicada ao Projeto

Missionária aposentada Maria dos Anjos da Silva foi ao encontro do Senhor

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10 o jornal batista – domingo, 20/11/16 notícias do brasil batista

Que alegria é, mais uma vez, poder compartilhar de um testemunho

que envolve os nossos artis-tas cristãos, povo que não têm se amedrontado em fazer a diferença e levar a mensa-gem do Amor e da Graça de Deus aos povos através da arte. Curta mais uma entre-vista.

Quem é Jônatas? Jônatas Alberto Perei -

ra dos Santos, nascido em 30/11/1983, filho mais novo (dentre os 11 filhos) de Cíce-ro Vitorino (in memoriam) e Adonília Pereira. Casado com Leidiane Pereira e pai de Es-ther Hadassa e (brevemente mais um integrante chegará na família, Nicolas Davi ou Laura Cecília). Escritor, ro-mancista, poeta, colunista, professor cênico, produtor, diretor, ator. Estudou Artes Cênicas no Rio de Janeiro no Cursos de Teatro Zaira Zambelli e Cursos e Oficinas Cênicas Geandro Pascarelli.

Como nasceu seu amor pela arte?

Minha primeira experiência cênica aconteceu em 25 de dezembro de 1983. Com apenas 25 dias de nascido, precisavam de uma criança para representar Jesus Cristo. Não tive algo marcante que tenha incentivado a fazer arte, mas o incentivo pela arte veio através do meu ir-mão e pastor Edson Alberto, que, na década de 90, dirigia e escrevia peças para a Pri-meira Igreja Batista de Ubatã – BA, onde sempre partici-pava de suas peças, jograis e coreografias.

Como nasceu a ideia e for-mação do grupo de teatro?

O grupo de Arte da Igreja sempre existiu desde as dé-cadas de 70, 80 e 90, mas ganhou força em finais de 90 com a criação de alguns gru-pos de arte, até para motivar os adolescentes, que, com o grupo participava de várias

apresentações artísticas pela região. Ficamos um perío-do inativo, e com esta nova formação com o nome de DiscipuLuz em 2012. Após a meu retorno do Rio de Ja-neiro, senti o desejo de reco-meçar o grupo de arte, fazer e promover atividades artís-ticas e espetáculos que não deixavam nada a desejar nas apresentações de peças das que participei ou prestigiei no Rio de Janeiro, com criações, adaptações e direções de es-petáculos levados por regiões baianas, além de trabalhos seculares com minha compa-nhia, levando a arte infantil, musical, comédia, drama, teatro de rua, hospitais, etc.

Quais outros espetáculos já apresentaram?

“A Grande Tribulação”; “Marcas de Cristo”; “Mais Uma Chance”; “Uma Histó-ria De Fé”; Pantomimas; “Jar-dim do Inimigo”; “O Natá De Zé e Maria”; “Uma Prova De Amor”; “O Mendigo Profeta”; “Discipulado Caipira”; “O Amor Nasceu”; “Tortura – A Igreja Perseguida”.

Quais os planos para o fu-turo do Ministério Artístico?

O grupo convocou a juven-tude evangélica da cidade de Ubatã para fazer impactos evangelísticos com missões urbanas e rurais através da arte, cumprindo o Ide de Cristo e fazendo missões, teatro de rua.

É possível ser artista profis-sional e ser cristão?

Com certeza. O que impor-ta é o testemunho que damos. Temos uma vida secular, afa-zeres como cidadão, por que não ter como artista também? Trabalho como professor cê-nico em uma escola, e tenho trabalhado a arte com estes alunos através da dança, da cultura. Isso é a raiz do nosso Brasil. Somos um país de arte e cultura. Certo é que temos que ter cuidado para certos trabalhos, pois a Bíblia nos alerta: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas nos convém”, mas temos que está envolvidos como cristãos nas mais distintas áreas da sociedade, quando o intuito é fazer a diferença.

E o profeta diz: “Quando não há sábia direção o povo cai”. Se houvesse no mundo mais cristãos envolvidos di-retamente, a nossa sociedade estaria melhor, mas deixamos tudo nas mãos de pessoas sem compromisso com a éti-ca, com a moral, sem temor a Deus, que sentimos os re-sultados desta colheita.

Como conheceu Jesus? Nasci em um lar cristão, fui

batizado em 23 de agosto de 1998. Mas meu dia de impac-to, que me fez tomar decisões até na vida artística, quando decidi me aprofundar e me preparar, aconteceu em 22 de agosto de 2008 quando, em um culto de Ceia, o corpo de servidores estava na frente cantando junto com a Igreja a música “A história de Cris-to”, e a forma como um dos irmãos cantava me chamou a atenção. Sentia o agir de Deus na vida dele, e entendi “Que Deus procura verda-deiros adoradores e tais que assim O adorem em espírito e verdade”. Conseguia ver a imagem de Cristo na simplici-

dade daquele irmão. E aquela imagem me fez refletir em minha vida e o que eu estou fazendo se sou cristão.

Qual a importância de um Ministério artístico para uma Igreja local?

Os tempos mudaram. Mui-tas Igrejas são joviais, e o mundo secular apresenta leques de oportunidades. La-mentavelmente, maioria que leva à perdição. Meu saudo-so pastor Almir Ferreira sem-pre dizia: “Temos que fazer uma arapuca santa”. Pessoas são levadas a Cristo por meio da música, de uma peça ou poesia. Podemos usar nossa comunicação criativa como parte da liturgia do culto. Podemos evangelizar através da arte. Uma coreografia, uma peça de teatro, etc. Nós como Igreja temos um dever de fazer algo para ouvirem a Palavra. Não que essas pesso-as serão salvas pela arte, pois quem salva é Cristo, e a arte é apenas um meio e o artista é o instrumento.

Deixe uma mensagem aos nossos irmãos artistas

O rei Davi foi um artista, e de talento! Excelente mú-sico, ótimos salmos. E um destes salmos define a arte cristã (Salmo 150). O que traz maldição é tudo que não é usado por Deus ou não é para a glória de Deus. Não esconda seu talento e nem seus dons. Deus te deu uma habilidade, use tudo, porque dEle, por Ele e para Ele são todas as coisas. Esteja com vida no Altar, vida de ora-ção, de serviço e Deus vai te usar na Igreja, nos cultos ao ar livre, em missões, na sua vida secular, como vaso, instrumento, para o Reino.

Não fique de fora! Busque a multiplicação dos seus dons e talentos para a glória de Deus. Escreva para Roberto Maranhão - Arte e Cultura- CBB: [email protected] / WhatsApp 11 949-807808.

Dramatizando a Igreja Perseguida

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11o jornal batista – domingo, 20/11/16missões mundiais

Jessé Carvalho, coordenador JMM no Oriente Médio e Norte da África

Uma das histórias sobre missionários que sempre me identifiquei é aque-

la de um casal de missionários que retornava para casa em um navio depois de muitos anos de serviço no campo. Estavam com uma grande expectativa de como seriam recebidos. Quando o navio atracou no porto, eles perce-beram que havia uma banda e tapetes vermelhos, flores e várias pessoas aguardando no cais. Eles ainda estavam no na-vio quando ouviram a banda começar a tocar e barulho de muitas pessoas. Quando eles finalmente chegaram à rampa de descida do navio, já não havia mais ninguém no por-to, ninguém para recebê-los. O missionário, muito triste, olhou para a esposa e disse: “É isso que Deus nos reserva na volta para casa depois de tantos anos servindo a Ele no campo?”. A esposa, com muita calma e carinho, lhe respon-deu: “Quem foi que disse que essa é a nossa casa? Nós ainda

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

A equipe de Promoção e Mobilização Mis-sionária se reuniu durante uma sema-

na na sede de Missões Mun-diais, no Rio de Janeiro, para um encontro de planejamento e alinhamento de ações para o próximo ano. De 07 a 11 de novembro, os mobilizadores participaram de uma série de atividades de imersão institu-cional e trocas de experiên-cias em relação à promoção missionária nas Igrejas.

A abertura aconteceu na noite do primeiro dia, com uma palavra sobre saúde emocional, e a interação com os colaboradores da sede aconteceu no dia seguinte, durante o culto semanal na manhã da terça-feira, 08 de novembro. Nessa ocasião, fo-ram relembradas Campanhas da JMM de anos anteriores como um aquecimento para o que será realizado em 2017.

O mensageiro do culto foi

não chegamos em casa”.Quando eu ainda pastoreava

no Brasil, nós sempre recebía-mos missionários na Igreja com muita alegria e procurávamos deixá-los bem à vontade. Para nós era um privilégio receber aqueles que eram os nossos enviados. Nós cuidávamos e recebíamos bem, não porque os achávamos pessoas espe-ciais ou um tipo de crente de maior categoria. Fazíamos isso porque entendíamos exata-mente o contrário. Eram pes-soas iguaizinhas a nós, que sentem saudades da família, do país de origem, da comida brasileira. Por isso, procurá-vamos nos colocar no lugar deles, agindo com todo esse cuidado. Na prática, agíamos conforme Jesus nos ensinou em Lucas 6.31, “E como vós quereis que os homens vos façam, da mesma maneira lhes fazei vós, também”.

Depois de oito anos no cam-po missionário, percebo o quão importante era a atitude de minha Igreja para com os mis-sionários que nos visitavam. Ao longo desse tempo no campo, tenho sentido na própria pele aquilo que imaginava que eles sentiam. Como é difícil você

o diretor executivo da JMM, pastor João Marcos Barreto Soares, que pregou basea-do na passagem bíblica da Grande Comissão. O culto também contou com a partici-pação dos diretores gerais da Convenção Batista Brasileira, pastor Sócrates Oliveira de Souza, e Fluminense, pastor Nilton Antonio de Souza.

Durante o encontro, o ge-rente de Missões, pastor Ale-xandre Peixoto, falou sobre a estrutura missionária da JMM, explicou aspectos rela-cionados à coordenação no campo e citou projetos que têm permitido avançar com a mensagem da esperança em Cristo no mundo, sobretudo entre povos não alcançados. Também houve palavras de coordenações como a de Tec-nologia da Informação e dos programas Voluntários Sem Fronteiras e Radical.

Momentos de pastoreio e apresentações sobre o dia a dia na mobilização também fizeram parte da semana de alinhamento na sede da JMM.

passar três, quatro anos longe e como é bom ser bem recebido quando retornamos a nossa Pátria e a nossas Igrejas.

A cada período de três a quatro anos no campo, os missionários da JMM têm a oportunidade de vir ao Brasil. Temos três meses, dois para visitarmos as Igrejas, e um para férias e revermos a família. Ainda me lembro da primeira vez que retornamos depois de três anos no Oriente Médio. Estávamos tão entusiasmados para irmos às Igrejas, querí-amos compartilhar o quanto Deus tinha feito em nós e atra-vés de nós. Nosso coração se regozijava ao vermos a alegria dos irmãos ao nos receber, mas ficávamos tristes quando não víamos esta vibração na Igreja que visitávamos. Des-culpe dizer, mas percebíamos claramente quando a Igreja estava preparada para nos re-ceber e quando não estavam.

Quando mencionei que me identifico muito com a ilus-tração contada no início, é porque eu hoje entendo o sentimento do missionário da história. Não queremos ser recebidos com banda, com flores e nem sermos tratados

Os mobilizadores foram apresentados ao mundo de comunicação institucional de Missões Mundiais. A gerente interina de Comunicação e Marketing, Marcia Pinheiro, falou sobre a importância do relacionamento com o público depois do advento das mídias sociais, apresen-tou materiais produzidos pela equipe da JMM e que estão disponíveis ao acesso de qualquer pessoa pela in-ternet. Ela mostrou a presen-ça de Missões Mundiais nas redes sociais e como esse tipo de comunicação tem alcançado um público cada vez maior. Também foram

como super-heróis. Queremos ser recebidos como parte do corpo, a parte que foi enviada onde o resto do corpo não pode ir. Queremos sentir que é precioso para a Igreja o tem-po que temos com eles para passarmos as informações que trazemos. É difícil chegar a uma Igreja que não se prepa-rou para receber o missionário, e que parece que a nossa pre-sença ali parece um peso.

Eu me identifico com o mis-sionário da história, e acredito que ele sabia que ainda não tinha chegado a sua terra de descanso e voltado ao seu destino final. Acredito também que ele só queria ser recebido com o carinho que geralmen-te as Igrejas têm para com os missionários. Hoje eu entendo a história desse missionário com muito mais propriedade, e já pude sentir um pouco do que ele sentiu, e sei que, em alguns casos, esse carinho e cuidado tem se esfriado em muitas Igrejas.

Voltar ao nosso país, estar com a nossa gente, o nosso povo, que é a família de Deus, não é estar em nosso destino final, onde receberemos a verdadeira recepção de bem-

apresentadas melhorias que tem sido estudadas com ou-tros setores para aprimorar o Canal de Relacionamento do adotante.

Outro assunto abordado pelos mobilizadores foi a pre-paração de eventos como os encontros e acampamen-tos de promotores de mis-sões, cujas inscrições já se encontram abertas em www.missoesmundiais.com.br/re-lacionamento. A equipe está se organizando para melhor receber os promotores e lhes apresentar um conteúdo rele-vante que possa auxiliar a pro-moção da Campanha 2017 nas Igrejas Batistas de todo

-vindo, mas estar aqui, ainda é o lugar onde podemos ser o que somos, missionários (falo isso em nome de todos os que trabalham em campos fecha-dos), e quem somos, membros do Corpo de Cristo, onde po-demos ter a liberdade de falar e compartilhar abertamente sobre a Palavra de Deus e contar tudo o que temos visto o Senhor fazer. Vamos resgatar a alegria de receber bem o missionário, que sempre foi característica marcante das nossas Igrejas Batistas. Assim faremos com que a alegria de regressar ao lar temporário também esteja no coração deles, até quando chegar o dia que, enfim, serão recebidos com a mais profunda alegria e festa no seu lar definitivo.

Durante nossa campanha mis-sionária, sempre no primeiro semestre de cada ano, é maior o número de Igrejas interes-sadas em receber a visita de um missionário. Por isso, as Igrejas já podem ligar para o nosso setor de promoção e agendar a participação de um de nossos missionários na sua programação. O telefone para contato é o: (21) 2111-1904

o Brasil. Eles já tiveram uma prévia do material produzido pela equipe de Comunicação e Marketing que seguirá para as Igrejas da CBB.

Para o coordenador de Mobilização da JMM, pastor Alípio Coutinho, um even-to como esse contém uma importância para os mobili-zadores conhecerem os con-ceitos da Campanha do ano seguinte, os grandes desafios institucionais e missionários, e avaliação do tempo traba-lhado.

“É importante também para a equipe entender os desafios de oração, de vocacionados e financeiros da instituição”, diz o pastor Alípio. “É importante também para eles receberem treinamento para melhor falar nas Igrejas, desafiar as pessoas e se portar na sua mobilização missionária, além de receber o planejamento para o próxi-mo ano”, acrescenta.

Para entrar em contato com o missionário mobilizador da sua região, escreva para [email protected].

Mobilização missionária em planejamento para 2017

Restaurando a alegria de receber

Pastores Alexandre Peixoto, João Marcos e Alípio Coutinho durante semana de mobilização JMM

Mobilizadores participaram de semana de alinhamento de ações da JMM para 2017

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12 o jornal batista – domingo, 20/11/16 notícias do brasil batista

Roland Körber, membro da Igreja Batista Alemã de São Paulo - SP

No dia 18 de setem-bro deste ano, a Igreja Batista Ale-mã de São Paulo

(IBASP) cancelou quase todas as suas atividades. Restou apenas o culto matutino, que teve baixa frequência, e os que assistiram ao culto abandonaram o local com pressa logo em seguida. O que houve?

Aconteceu que aquele foi o grande domingo da Con-gregação de Cotia, que fun-ciona junto ao Lar Criança Feliz, pertencente à Junta de Serviço Social da Con-venção Batista Pioneira. Foi inaugurado o novo ginásio multiuso construído no local - ou melhor, em frente ao local, do outro lado da rua. Assim, muitos membros da IBASP foram cedo para a lo-calidade a fim de ajudar nos preparativos, o que esvaziou

o culto. Logo em seguida, todos foram liberados para ir a Cotia participar do evento. Explica-se a pressa: o cami-nho é longo e ao meio-dia havia um almoço esperando por nós. A partir das 15h transcorreu então a festivida-de da inauguração.

Até agora, a Congregação de Cotia funcionava dentro das dependências do Lar Criança Feliz, o que não era conveniente, até porque poderia criar atritos legais. Além disso, a ênfase cada vez maior nas atividades do Núcleo Social, mais do que no Lar, fazia sentir a falta de um bom espaço coberto para atividades coletivas, espor-tivas e artísticas. Decidiu-se então aproveitar um terreno disponível do outro lado da rua para construir o ginásio que foi agora inaugurado. É um espaço muito amplo, com cobertura sustentada por estrutura metálica, compor-tando mais que uma quadra de esportes, um grande palco

e arquibancada, além de um salão no piso inferior, que será utilizado pela Congre-gação.

A construção durou apro-ximadamente dois anos e foi financiada, em parte, pela própria Congregação, pela IBASP, por EBM-MASA e por ofertas pessoais de vários irmãos.

O programa festivo iniciou--se com cântico do Hino Nacional e hasteamento de bandeiras, acompanhado pela Banda Militar da Guarda Civil Municipal de Cotia, que também inaugurou o palco ao abrir o programa com alguns números musicais. Ainda na área externa, foi descerrada uma placa comemorativa com os dados importantes do projeto. Após uma oração de-dicatória, todos entraram no recinto coberto para apreciar uma sequência de saudações, homenagens a colaborado-res que se destacaram em particular, cânticos, relatos e apresentações artísticas

das crianças atendidas pelo Lar e o Núcleo Social. Algo especial que aconteceu e muito nos alegrou foi o fato de podermos receber neste evento também a lideran-ça da Convenção Pioneira (membros do Conselho de Planejamento e Coordenação e da Junta de Serviço Social).

Ao mesmo tempo celebra-ram-se os 25 anos de exis-tência do Lar Criança Feliz, cabendo neste contexto uma menção honrosa especial aos incentivadores iniciais deste ministério, todos já falecidos, a saber: o pastor Robert Schmidt, que deu grande sustento local à obra em seu início mais difícil, o irmão Rheinhold Plec, que se empenhou em particular na administração das obras das atuais instalações do Lar, e o pastor Horst Borkowsky, que, por meio de MASA, na Alemanha, proporcionou os recursos que permitiram dar início a esse ministério. Atualmente, a direção do tra-

balho está nas mãos do casal pastor Manfredo e Edith Lan-denberger, ela como diretora do Lar e do Núcleo Social; ele como pastor da Congre-gação e capelão do Lar e do Núcleo. Muitos outros participaram ao longo dos anos do desenvolvimento deste ministério. A citação de todos os nomes caberia bem em um relato histórico maior e detalhado do ministério em Cotia.

Hoje, a Congregação que funciona no local inicia tam-bém uma nova fase, na qual busca criar identidade local sob o nome de Igreja Batista Ágape, ao dar assim o primeiro passo para sua emancipação em um momento oportuno.

A inauguração do Giná-sio em Cotia foi um evento marcante na história tanto da Junta de Serviço Social da Pioneira (Tabea), como da IBASP e da futura Igreja Batista Ágape, motivo de muita alegria e gratidão ao nosso Deus.

Congregação de Cotia, filha da Igreja Batista Alemã de São Paulo, inaugura ginásio multiuso

Apresentação do jardim temáticoApresentação

Apresetação das mulheres que participam do NúcleoConselheiros e ex diretores

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Pastor Matheus Guerra e pastor Erivaldo Barros

Coros cantando Aleluia de HandelCoro da Cristolândia

13o jornal batista – domingo, 20/11/16notícias do brasil batista

Lidiane Ferreira, gerente de Comunicação e Marketing da Convenção Batista Baiana

Uma noite de grati-dão a Deus, comu-nhão e de muita história dos Batis-

tas, além dos hinos de louvor e adoração. Essa frase expressa um pouco do que foi o culto festivo pelos 134 anos dos Ba-tistas na Bahia. Representantes de várias Igrejas da capital e do interior participaram da solenidade, que aconteceu no templo da Igreja Batista Dois de Julho, em Salvador, no emblemático 15 de outubro, mesmo dia em que foi funda-da a Primeira Igreja Batista no Brasil, voltada para o evange-lismo dos habitantes do país.

A evangelização dos brasi-leiros por meio dos Batistas surgiu na Bahia e a Conven-ção Batista Baiana faz parte disso. Criada em 1909 como União das Igrejas Batistas da Bahia e reorganizada em 1923 com seu atual nome, a CBBA promoveu a progra-mação que resgata o passado, comemora as conquistas até o presente e olha para o futuro.

Maria de Oliveira Nery, colaboradora de OJB

“Bem-Aventurado os que trilham com integridade o seu caminho e os que andam na lei do Senhor.” (Sl 119.01)

Ao homem que tem Deus no seu co-ração: Aqui está o meu servo a quem

sustenho, o meu eleito em quem se compraz a minha alma: Porei o meu Espírito sobre ele e justiça produzira entre as nações.” (Is 42.1). A Deus toda honra e toda glória ao ilustre pastor Billy Graham pelo seu aniversá-rio, ao completar 98 anos de glórias, já a caminho do seu centenário.

Esta é a mensagem do pas-tor Billy Graham a todos os povos e nações: “Em Deus

O secretário Geral da CBBA, pastor Erivaldo Barros, foi o dirigente do culto. Pernam-bucano de nascimento, mas baiano de coração, ele contou um pouco da história, e re-lembrou o início do trabalho Batista no Brasil em língua inglesa, na cidade de Santa Bárbara do Oeste (1871) e em Americana (1879); falou ainda sobre os pioneiros William e Anne Bagby, Zacharias e Kate Taylor, missionários america-nos auxiliados pelo ex-padre brasileiro Antônio Teixeira de Albuquerque, e que organiza-ram a PIB do Brasil.

Quem também contou a história dos Batistas foi o pas-tor Matheus Guerra, 1º vice--presidente da CBBA e pastor da Igreja Batista da Pituba, em Salvador; ele foi o ora-dor da noite. Ele ressaltou

está a minha Salvação, a mi-nha Glória, a Rocha da mi-nha fortaleza, o meu refúgio está em Deus. Confiai nEle, Ó povos, em todo o tempo, e derramai sobre Ele o vosso coração porque Deus está presente abençoando todos, de geração em geração” (Sl 62.08). Os EUA, especial-mente a denominação Batista e a família do pastor Billy Graham, agradece a Deus pelos seus 98 anos de vida dedicados ao Senhor, a Jesus Cristo e a Igreja com muitas festividades e alegrias .

Will iam Franklin Bil ly Graham Jr. nasceu nos EUA, na Carolina do Norte, em 07 de novembro de 1918. É conhecido como pastor Billy Graham e considerado um grande pregador do Evange-lho Batista Norte-Americano, e que ficou famoso pelas

o fato de que a Convenção Batista Brasileira, a Junta de Missões Nacionais e a Junta de Missões Estrangeiras (hoje Mundiais) nasceram em ter-ras baianas no ano de 1907. Destacou ainda a cooperação, unidade e comunhão entre os Batistas. Falou sobre a marca dos Batistas na área de edu-cação, vide o Colégio Batista Taylor-Egídio, localizado em Jaguaquara-BA. O mais anti-go colégio da denominação Batista no país completou 118 anos em outubro. Por fim, pontuou a importância de usarmos “O nosso discurso e muito mais a nossa prática para que muitas vidas sejam alcançadas para Cristo Jesus”.

Numerosas vidas foram al-cançadas por meio da evange-lização realizada pelos Batis-tas. Dentre essas, a de Adriana

suas cruzadas Evangelísti-cas mundiais, ao levar os ensinamentos da Palavra de Deus aos povos e nações dos cinco continentes, deixando em cada país suas mensagens positivas de que Deus é po-der, e Jesus Cristo é a única esperança para se encontrar o caminho da Salvação e Paz com Deus. Apesar da idade avançada e saúde debilitada, o que dificulta as viagens, ele tem o privilégio que Deus lhe deu de, através de seus livros, transmitir suas men-sagens, seus testemunhos,

Oliveira, que contou seu tes-temunho. Adriana foi voluntá-ria da Cristolândia Bahia, que teve uma participação mui-to especial na noite festiva. Liderados pelo missionário Raphael Scotelaro, o grupo formado por rapazes formou um coro, cantando canções de exaltação ao Senhor e que demonstram a transformação em suas vidas, longe das dro-gas e perto de Jesus. O projeto completou três anos no estado no mês de outubro.

Muita música durante a cele-bração dos Batistas baianos. A programação do culto contou com a participação dos corais da Igreja Batista Sião em Sal-vador (Coro El Shaday) e da Igreja Batista Metropolitana em Salvador (Coro Ágape). Os coros uniram-se para entoar o hino “Aleluia” de Handel. Os

ensinamentos bíblicos e sua comunhão com Deus.

Pastor Billy Graham foi con-sagrado a pastor Batista Ame-ricano ainda jovem, e casou--se com a senhora Rute Bell Graham, com quem manteve matrimônio por 64 anos. E desta união tão feliz nasce-ram seus filhos Franklin, Ned, Gigi, Anne, Ruth, e depois vieram os netos e bisnetos. Seus filhos participam do seu ministério pastoral e, para sua alegria, eles conservam este ministério tão glorioso, como evangelizadores nos EUA e em vários países. Billy Graham hoje vive do carinho que recebe dos seus filhos e muitos irmãos em Cristo que lhe visitam. Vive também de saudades de sua querida esposa Ruth, que faleceu em 2007. E assim ele se expressa sobre sua querida esposa

presentes também cantaram o Hino “Avante Cristãos Baia-nos” e cantaram também com o ministério de louvor da Igre-ja Batista Dois de Julho, além de ouvirem a participação solo da cantora Lizandra Gonçal-ves, da Igreja Batista Sião.

Pela data, os Batistas baia-nos receberam muitas mani-festações de congratulação, como a do diretor Executivo da Convenção Batista Brasilei-ra, pastor Sócrates de Olivei-ra, e do diretor Executivo da Junta de Missões Nacionais, pastor Fernando Brandão, ambos baianos, dentre outras autoridades civis e religiosas. Em 2017, os Batistas baianos estão convidados para o 135º aniversário do trabalho Batis-ta, previsto para o dia 14 de outubro, no templo da Igreja Batista Filadélfia em Salvador.

Ruth: “Uma melhor admirá-vel, virtuosa, uma mulher de oração e muito consagrada a Deus. Era linda, elegan-te, bondosa, e me amou de verdade, fez-me um homem feliz, e me deu 5 filhos que eu amo. Eu me considero um homem realizado como pastor, esposo, pai e avô, e amo a minha Pátria USA. Agradeço a Deus tudo que sou e consegui realizar como um servo de Deus”.

Ao i lustre pastor Bil ly Graham e sua família, o abra-ço de feliz aniversário de 98 anos, dos seus admiradores irmãos em Cristo Batistas bra-sileiros. Que Deus te aben-çoe e te guarde e te dê mui-tos anos de vida para nossa alegria. “Louvarei ao Senhor durante a minha vida, e can-tarei louvores ao meu Deus enquanto viver.” (Sl 146.2).

Ao vitorioso pastor Billy Graham: 98 Anos de glórias

Batistas baianos celebram 134 anos de história

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14 o jornal batista – domingo, 20/11/16 ponto de vista

Artigo extraído da Aliança Evangélica (http://www.alian-caevangelica.org.br/index.php/recursos/noticias/216--unidade-frente-as-divergen-cias-ideologicas)

“E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra. Agora estarão abertos os meus olhos e atentos os meus ouvidos à oração deste lugar.” (II Cr 7.14-15)

Não faz muito tem-po desde que ti-vemos relat iva concordância na

sociedade brasileira. Em junho de 2013, a Nação foi às ruas e foi protagonista da maior manifestação po-pular já registrada no país, desde as campanhas para as Diretas Já.

Ainda que não houvesse uma pauta única, houve algum consenso em relação a um ponto, qual seja, a generalizada ausência de ética na política brasileira, produto de uma sociedade onde a corrupção, muitas vezes chamada de ‘jeiti-nho’, predomina.

De lá para cá, o que se observou foi um aprofunda-mento da crise política, uma vez que esses ‘atores’, com exceções, buscaram, de toda forma, a sua sobrevivên-cia institucional, mostrando

pouca ou nenhuma intenção de elaborar um ‘mea culpa’ que pudesse, quem sabe, dar sequência a um esforço comum, no sentido de viabi-lizar uma profunda Reforma Política no Brasil.

As diferenças ideológicas criaram um ambiente de profundo mal-estar, espe-cialmente entre aqueles que optaram pelo caminho da violência, que gera um estado de polarizações que, ao que parece, vai durar por muito tempo.

Hoje, a justiça segue re-velando os maus feitos des-ses criminosos de colarinho e teme-se que, uma vez homologadas as delações dos executivos da Odebre-cht, não permaneça pedra sobre pedra.

Mais do que nunca, pre-cisamos orar pela unidade nacional. Não serão os po-líticos corruptos que, nesse momento, aglutinarão ca-pital de legitimidade para unir a Nação no sagrado interesse do bem comum. É preciso muita sobrieda-de e compromet imento cidadão com o futuro do nosso país.

Por isso, conclamamos a Igreja brasileira a unir as mãos e dobrar os joelhos diante dAquele que conduz a história e, na Sua sobe-rania, haverá de conduzir a nossa Pátria a um porto seguro.

E m n o s s a s o r a ç õ e s , apresentemo-nos diante de Deus como parte do problema. Confessemos os

nossos próprios pecados, uma vez que esse estado de coisas não seria possí-vel não fosse a conivência velada e silenciosa de toda a sociedade que, agora, vê desmoronar esse castelo de cartas que ela mesmo, na ação ou na omissão, ajudou a construir.

Em nossas orações, cla-memos por justiça e paz. Não a justiça que destrua as pessoas, mas que as trans-forme, no melhor espírito evangélico, em agentes do bem comum. Não a paz que seja fruto de uma or-dem aparente, mas Shalom, a paz que se expresse em saúde, harmonia e prospe-ridade para todos. Oremos assim, por nós mesmos. Oremos pelo Brasil!

Unidade frente às divergências ideológicas

Departamento de Ação Social da CBB

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15o jornal batista – domingo, 20/11/16ponto de vista

Amurabe Farel Bernardes de Andrade, arquiteto

Seguimos em uma sé-rie de textos sobre a construção de tem-plos. Já vimos que os

projetos auxiliares são muito importantes para a execução da obra e, também, para ela-boração do orçamento, isto é, para conhecer o custo da obra. Além disso, quero de-talhar um pouco mais o que esperar de cada um desses projetos.

Cálculo estruturalNormalmente elaborado

por um engenheiro calcu-lista, que vai estudar de que forma será distribuído o peso da construção projetada para o terreno. Então, às paredes do projeto de arquitetura serão acrescentados pilares e vigas de forma a distribuir o peso da construção.

Eduardo Romero, membro da Igreja Batista em Campina da Lagoa - PR

Considera-se o pre-sente texto como uma resposta a se-guinte ideia: o ho-

mem é inteiramente livre para conduzir sua vida em direção a Cristo, ou não, se assim o desejar. Porém, ao longo deste texto apresenta-rei algumas passagens bíbli-cas que contrariam essa ideia humanista. E em especial a passagem do Evangelho de João, capítulo 8, verso 36.

A Bíblia nos mostra, desde o início, a criatura humana agindo de acordo com sua vontade, como dar nomes aos animais (Gênesis 2.19-20) e o ato de desobedecer a Deus (Gênesis 3), como tam-bém em todo o restante das Escrituras. Assim não trago a ideia de que o homem é um ser sem vontade, o problema é – a sua vontade é amparada em quem?

Segundo as Escrituras a vontade do homem não é

Dependendo do tipo do solo e do tipo de construção, o calculista optará por estacas ou sapatas para apoiar todo o peso da construção no solo.

Instalações ElétricasEsse projeto visa identifi-

car a carga geral de energia necessária para o prédio. Vai definir toda a iluminação dos ambientes, a posição e alimen-tação das tomadas, a carga dos equipamentos, por exemplo, de ar-condicionado, eleva-dor, enfim, tudo que consuma energia na edificação, definin-do assim a carga elétrica ideal a ser contratada com a conces-sionária de energia.

Muitos não sabem, mas se esse dimensionamento não for feito de forma correta, em respeito as normas técnicas, a conta mensal pode ser muito superior à necessária, ou por sobrecarga de fios mal dimensionados ou por con-

arbitrariamente livre, como alguns pregam, mas é in-clinada para o mal (Êxodo 32.22, Oséias 11.7 e Efésios 2.2-3). Isso se deve ao fato de que por meio da desobe-diência a ordem de Deus o pecado entrou no mundo, e ao entrar, perverteu toda a criação, incluindo o ho-mem em todos seus aspec-tos, inclusive separando-o de Deus.

A esses que estão separa-dos de Deus, assim estão por sua própria vontade, pois sua vontade é contrária a vontade de Deus, como escreveu o profeta Oséias. “O meu povo é inclinado a desviar-se de mim” (Oséias 11.7).

Como escreveu Paulo, to-dos somos, por natureza, filhos da ira, filhos da deso-bediência, inimigos de Deus, não há no homem natural qualquer volição em direção a Deus. (Romanos 3.10-18, 5.9-10).

Considerando serem verda-deiras as afirmações registra-das na Bíblia, compreende-se que o homem não tem em

tratar carga muito superior à necessária. Contrate um bom engenheiro eletricista.

Deve ser considerada a pos-sibilidade de investimento em geração de energia eólica ou fotovoltaica ainda nessa fase de projeto. O investimento em geração de energia ainda é elevado em nosso país, no entanto, já existem soluções no mercado que apontam retorno do investimento entre 04 e 08 anos, dependendo da instalação.

Instalações hidráulicas e de esgoto

Além do dimensionamento de tubos e caixas, esse projeto deve respeitar as normas técni-cas que definem as necessida-des mínimas de reserva de água e de fluxo de esgoto, relaciona-das ao número de pessoas que ocupam a edificação.

Além disso, é fundamental considerar o reaproveitamen-

si capacidade de responder positivamente ao chamado de Deus. Mesmo com sua capacidade intelectual ple-namente favorável ao racio-cínio o que o impede é a sua própria vontade. (João 5.40)

Com essa verdade presente em toda a Escritura, torna-se também notável no texto do Evangelho de João, capítulo 8, o qual narra o dialogo de Jesus com alguns judeus que aparentemente creram nEle (v.31). Jesus trata com esses homens a realidade da escravidão ao pecado, e con-sequentemente a escravidão de suas vontades também ao pecado. “E conhecereis a verdade (a saber, Jesus Cristo), e a verdade (Jesus Cristo) vos libertará” (v.32). E também no v.36: “Se, pois, o Filho (Jesus Cristo) vos libertar, verdadeiramente sereis livres”.

Jesus falava a homens que aparentemente creram nEle, pois depois de ouvirem tais palavras eles revelaram seus intentos: “...Procurais matar--me, porque a minha palavra

to de água das chuvas como medida de economia e de responsabilidade ecológica.

Projeto acústico e de sonorização

Existe ainda pouca atenção dedicada a essa área. Quan-do se fala em sonorização de Igrejas, as pessoas pensam logo em caixas acústicas, amplificadores e microfones especiais. Muito antes disso é fundamental um bom pro-jeto acústico. Dependendo da escolha dos materiais de revestimento dos ambientes podemos ter índices de re-verberação de som que ne-nhum equipamento vai con-seguir corrigir. As pessoas passam a aumentar o volume do som para compensar e a reunião fica insuportável.

É muito importante pro-curar um profissional es-pecializado em acústica preferencialmente ainda na

não está em vós” (v.37). E no verso 43 novamente é reve-lada a questão da imperfeita, contrária, depravada e “in-capaz” vontade do homem: “...É porque sois incapazes de ouvir a minha Palavra.”

E aos mesmos homens, que aparentemente creram (v.31), Jesus referiu as seguin-tes palavras (v. 44): “Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos...”

Veja que a vontade deles estava inclinada a satisfazer o desejo de seu pai, ou seja, o diabo. A vontade deles era essa. É por isso, pelo fato de a vontade do homem ser tão contrária a Deus, que Jesus diz: “Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer...” (João 6.44).

E isso é de fato verdadeiro, pois quando Jesus se refere àqueles que foram feitos fi-lhos de Deus, assim o foram pela vontade de Deus, e não do homem. Isso está mui-to nítido em João 1.12-13, como segue abaixo:

“Mas, a todos quanto o

fase de desenvolvimento dos projetos auxiliares. Essa providência pode evitar gas-tos com revestimentos de paredes, painéis acústicos e substituição de revestimen-tos de forro por não ter sido analisada a reverberação do ambiente.

Existem ainda outros pro-jetos auxiliares, como o de contenção e combate a in-cêndio, que é, inclusive, exigência para obtenção da licença de obras.

O objetivo deste texto foi ressaltar a importância e a abrangência dos projetos auxiliares. É o somatório dos trabalhos desses profissionais que vai garantir uma execu-ção de obra mais programada e organizada.

Dúvidas? Algum tema que você gostaria que fosse abor-dado aqui? Faça contato co-migo através do e-mail: [email protected]

receberam, deu-lhes o po-der de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de deus.”

Portanto, aqueles que cre-em em Cristo, por sua pró-pria vontade, assim o fazem por que a vontade de Deus agiu de forma soberana so-bre esses, regenerando a sua vontade, fazendo-os nascer de novo! “Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim” (Jo 6.37).

Por que é tão certo que todo que é dado ao Filho pelo Pai de fato virá? Porque Deus trabalha de modo que a vontade desses é fazer a von-tade de Deus, e assim creem.

“Porque vos foi concedida a graça de padecerdes por Cristo e não somente de cre-des nEle...” (Fp 1.29).

Portanto, o que nos cabe agora, é louvar a Deus, e ser-mos gratos por nos regenerar a vontade e ter-nos levado ao seu encontro.

A vontade do homem

Construindo um templo - III

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